ARCHIVO HERÁLDICO Y GENEALÓGICO
Para realizar esta página, nos hemos basado en la obra así denominada del Vizconde Sánchez de Baena.
Este trabajo abarca un gran número de nobles portugueses, añadiendo una pequeña biografía.
ARCHIVO HERÁLDICO GENEALÓGICO
CONTENDO
NOTICIAS HISTORICO-HERALDICAS,
GENEALOGIAS E DUAS MIL QUATROCENTAS CINCOENTA E DUAS CÁRTS DE BRAZãO D'ARMAS,
DAS FAMILIAS QUE EM PORTUGAL AS REQUERERAM E OBTIVERAM E A EXPLICAÇÃO DAS
MESMAS FAMILIAS EM UM INDICE HERALDICO COM UM APPENDICE DE CARTAS DE BRAZãO PASSADAS
NO BRAZIL DEPOIS DO ACTO DA INDEPENDENCIA DO IMPERIO VISCONDE DE SANCHES DE BAENA –
E a nobreza um resplendor e
claridade, que se communica áquelle que descende de pessoas que fizeram
assignaladas façanhas. Aos que se jactam de nobres, não o sendo nos costumes,
pouco lhes aproveita a nobreza herdada.
ALVARO FERREIRA DE VERA
Origem da Nobreza politica.
LISBOA TYPOGRAPHIA UNIVERSAL DE
THOMAZ QUINTINO ANTUNES, IMPRESSOR DA CASA REAL Rua dos Calafates, 110
1872
Tarefa bem difficil e fastidiosa
é sem duvida a do escriptor heraldico-genealogico, principalmente em Portugal,
onde este ramo de estudos tem sido pouco menos que completamente descurado. Em
todos os paizes da Europa, e sobretudo na Hespanha, escriptores distinctissimos
se teem occupado quasi sem interrupção desta materia, e dado á estampa obras
monumentaes, como por exemplo as que em annos recentissimos se devem á
illustrada penna do sr. D. Francisco Piferrer (1). No entretanto é para admirar
que entre nós só e unicamente possamos contar um homem, que deveras se
esmerasse com inimitavel afinco a celebrar as glorias e grandezas da nossa
inclita nobreza, emprehendendo e terminando no seculo passado a Historia genealogica da Casa real
portugueza, e as Memorias historicas
e genealogicas dos Grandes de Portugal. Tudo quanto até aquele tempo se
escrevêra e publicára merece pouca attenção, pela deficiencia, incorrecções e
falta de verdadeiro conhecimento com que a maxima parte dos escriptores tractou
este variadissimo e intrincado assumpto; uns por esquivarem-se ao custoso
trabalho de compulsar documentos com que, apurando a verdade, auctorisassem as
suas asserções: outros por não saberem nem ainda copiar, transtornaram e
inverteram não só esses documentos, mas as memorias parciaes, que nos archivos
publicos e em cartorios de varias familias acharam em preciosos manuscriptos.
NOTA A PIÉ DE PÁGINA: (1) Nobiliario de los reinos y señorios de
España. Contiene las armas y blasones de los reinos, provincias, ciudades,
villas y principales pueblos de España, com todos los apelidos que se
encuentran en los tratados de heraldica y nobiliarios mas autorisados, etc.
etc. Ilustrado con un Diccionario de Heraldica, adornado com mas de dos mil
escudos de armas en cromo-litografia, etc., etc. Madrid, 1860. Seis tomos in
4.º fr. Archivo Heraldico, armas, timbres y blasones, etc. Adornado con
preciosas laminas al cromo. Ma drid, 1863. 4.º fr., dois tomos. Armorial
Español, etc., etc. Adornado con laminas finas em negro y algumas iluminadas.
Madrid, 1868.
Ha ainda uma outra parte, quiçá
limitadissima, dos já citados escriptores, que, receiosos de incorrer nas
faltas e censuras daquelles, houveram por mais assisado circumscrever os seus trabalhos
heraldico-genealogicos, tratando apenas de um certo numero de familias, a
respeito das quaes tinham, a seu parecer, elementos suficientes para dar como
certas taes noticias (1). Para prova do que avançamos em referencia aos
primeiros escriptores, citaremos além de outras obras, o Nobiliario do conde D.
Pedro, e o Theatro genealogico que contém as arvores de costados das principaes
familias do reino de Portugal, pelo prior D. Tivisco de Nasão Zarco y Colona
(pseudonymo). Os curiosos poderão ver o que largamente diz o sr. Alexandre
Herculano ácerca da primeira ; e o que pondera o sr. Innocencio Francisco da
Silva no que respeita á segunda. Foi neste estado de escuridão e de erros, que D. Antonio Caetano de Sousa compoz e
deu á luz as duas obras que já citámos, e que bem merecem o epitheto de
grandiosas e monumentaes no seu genero. Desde então é decorrido um período de
mais de um seculo, sem que neste largo intervalo alguma publicação notavel
heraldico-genealogica viesse enriquecer na litteratura patria este ramo dos
conhecimentos humanos. Por excepção, e
em graça da verdade, não devemos deixar em silencio os valiosos, posto que
limitados subsidios, que nestes ultimos annos o distincto e laborioso
genealogista João Carlos Feo Cardoso
de Castello-branco e Torres nos deixou publicados em algumas das suas obras;
trabalhos em verdade incompletos, mas ainda assim de grande merito, por serem
elaborados á vista de documentos que escrupulosamente compulsou e soube
apreciar.
NOTA A PIÉ DE PÁGINA (1) As obras e auctores que passam por mais
acreditados, e a que nos referimos são: Benedictina
Lusitana, pelo padre mestre Frei Leão de S. Thomaz. — Noticias de Portugal, por Manuel Severim de Faria. — Elementos da Historia, pelo abbade
Vallemont, — Francisco Coelho — Historia
genealogica { Casa Real (Provas da), tom. VI, pag. 670 e seguintes. —
Varias chronicas dos reis de Portugal,
etc. Na Memoria sobre a origem provavel
dos livros de linhagens. Mem. da
Acad. (2.º classe), tom. 1, p. 1.", pag. 35. No Diccionario
bibliographico portuguez, tom. V, pag. 388, e v. tambem o tom. III, pag.
307. Resenha das familias titulares do reino de Portugal. Lisboa, 1838,
8.° gr., de Lxx— 301 pag. — Esta obra, comquanto noticiosa, não satisfaz a
necessidade que todos reconhecem, por tractar apenas de uma parte da nobreza, e
ainda assim succintamente. Diccionario
aristocratico : contendo os alvarás dos fóros de fidalgos da casa real,
etc., etc. Tom I, 1840.—Ficou incompleto, parando a sua publicação na letra E;
e além disso é deficiente por não terem sido n’elle contemplados os agraciados
que durante o periodo dos treze annos de residencia da côrte portugueza no Rio
de Janeiro foram despachados; o que o proprio auctor faz sentir na segunda
pagina da introducção a esta sua obra. Quanto a esta parte, ficou supprida a
falta pelo trabalho que em 1867 publicámos debaixo do mesmo titulo. Resenha das
casas titulares de Portugal. — Esta obra attingiria de certo dimensões
colossaes, se pouco
Levado pois pelos bons desejos de
concorrer tambem por nossa parte para aplanar estes tão difficeis quão
escabrosos estudos, emprehendemos e entregamos á publicidade o presente
trabalho, que outra coisa não é mais que o extracto de documentos até hoje ineditos,
e sem cujo conhecimento e auxilio nos parece difficil, para não dizer
impossivel, descrever com o criterio devido as genealogias da nobreza de
Portugal e seus brazões de armas.
NOTA A PIÉ DE PÁGINA SIGUE: depois do começo da impressão d’ella, e antes
de terminado o tomo I, não viesse a morte do auctor interromper a sua
publicação. Incompleta por tão grande fatalidade, existe a parte impressa (pag.
1 até 736) na typographia da Academia Real das Sciencias de Lisboa, que
resolvera publical-a a expensas proprias. Consta-nos que se trata de completar
o tomo I, para ser dado á luz, tão depressa como o permittirem outros encargos
do socio a quem foi commettido esse trabalho.
I
ALGUMAS PALAVRAS ÁCERCA DA
PRESENTE PUBLICAÇÃO E DA SUA UTILIDADE
Tem havido até hoje notavel
divergencia de opiniões sobre a origem das armas ou brazões de familias; e a
que conta maior numero de proselytos é aquella que estabelece essa origem nos
torneos da edade media; por não ser então permittido a pessoa alguma usal-as,
posto que muito nobre fosse, sem se ter achado em alguns desses combates. Como
os torneos foram regulados em Alemanha, onde triennalmente eram solemnisados,
parece dever concluir-se que ali teve principio o invento de escudos de armas,
passando de lá a outras nações. Entretanto, o estudo desta sciencia é, no
parecer de muitos e mui graves au ctores, um abysmo; e segundo diz
Scohier, quem se tiver applicado trinta
ou qua renta annos a esta curiosidade achará sempre novas doutrinas. Á vista
pois de opinião de tamanho peso, e não estar ao alcance das nossas forças
aprofundar esta materia com a pericia, que o padre Menestrier e (como ele diz
nas suas obras) trezentos auctores antes d'elle, o fizeram; entendemos dever
restringir este nosso preambulo tão sómente aos limites precisos para
demonstrar com a clareza necessaria quando teve começo em Portugal o uso das
armas de familia sob autorisação legal, e algumas considerações mais, que a proposito
nos for suggerindo o assumpto.
II
A carta de brazão de armas mais antiga que se encontra hoje nas
chancellarias dos reis de Portugal é a que foi mandada passar a Gil Simões por
el-rei D. Duarte, trinta dias antes da morte deste monarcha (1): o que não
obsta a que, cincoenta annos
NOTA A PIÉ DE PÁGINA (1) Vai copiada na integra — v. nos documentos
appensos o n.° 1.
antes, o uso legal das armas de familia fosse instituido e determinado
por sancção regia. Na segunda edição da obra de Manuel Severim de Faria, que
tem por titulo Noticias de Portugal, a pag. 109, § 18, lê-se o seguinte: «Na
conservação das armas da nobreza pozeram
os reis muito cuidado, entendendo que foram ganhadas pelo valor dos fidalgos deste reino, na
recuperação d'elle. E como a grandeza e
segurança de seus estados consistia no valor dos nobres, por galardão e
agradecimento de tantos serviços, procuraram conservar as armas de cada
familia. Foi este intento tão antigo nos
reis de Portugal, que se conta na Chronica de el-rei D. Fernando, cap. 30, que mandou fazer um
rico paramento todo bordado de al «jofres, com as armas dos fidalgos de
Portugal, de modo que não tiveram menos
cuidado da conservação de seus brazões, que dos appelidos; querendo que
só «aquelles, a quem de direito tocavam, fossem honrados com elas. Para isto
orde «naram os reis de armas, em cujos livros mandaram pintar as insignias de todas
« as linhagens do reino. Começaram estes oficios em tempo de el-rei D. João I,
por que até então pelas poucas mudanças
que houve em Portugal eram todos os nobres conhecidos; e pacificamente possuia
cada um as heranças e honras que de seus
passados alcançára. Porém como por morte de el-rei D. Fernando se seguiram tão
largas e continuadas guerras, sobre a successão desta corôa, sustentando uns as partes da rainha D. Brites, filha do
morto rei D. Fernando e mulher de el-rei
D. João de Castella, e outros as do mestre de Aviz e rei D. João I de Portugal,
foi tanta a variedade e alteração das coisas, que com razão diz o
chronista, que começou então neste
reino, em certo modo, a setima edade do mundo; por «que gran parte das familias
nobres que seguiram a opinião de Castella ficaram extinctas e acabadas de todo, e algumas que
sustentaram as partes de el-rei D. João I foram de novo levantadas a grande
logar. Estas não eram d'antes conhecidas; para se acreditarem com o povo
tomaram em muitas partes os appellidos e armas doutras familias antigas, que
lhes não pertenciam. E assim diz o mesmo autor que no dia da batalha de Aljubarrota estavam as bandeiras dos
aventureiros cheias de varias armas e insignias, que a muitos não competiam.
Pelo que considerando el-rei D. João I depois de ter o reino
pacifico, como a confusão desta materia era de grão prejuízo á nobreza, movido
do exemplo dos reis de Inglaterra com quem estava aparentado, introduziu o oficio dos reis de armas,
e de então para cá os ha em Portugal.
Prova-se isto porque Fernão Lopes, na segunda parte, cap. 38 (1) da Chronica
deste rei, dá a entender claramente, que até o
NOTA A PIÉ DE PÁGINA: (1) Eis aqui as palavras textuaes do chronista : «Destas gêtes que os Reys consigo tinham ordenou cada hum sua batalha, segundo costume de Espanha, e digamos logo del-Rey de Portugal, que a poz primeiro, e esperou a praça, o qual em hum
tempo da batalha de Aljubarrota
os não houve; e o mesmo parece das historias dos « outros reis até então, nas
quaes se não acha feita menção alguma de reis de armas; «e comtudo de então
para cá se tracta d'elles nas chronicas dos reis, ordinariamente « nos logares
que lhes cabe.» Ora, além do que acabamos de referir e concordam todos os
auctores antigos de melhor nota, accrescem ainda outras provas tanto ou mais
evidentes, que são as que vão incorporadas no texto desta mesma obra, á
similhança dos brazões pasados em 20 de dezembro de 1567(1) e em 25 de abril de
1864, para a obtenção dos quaes os impetrantes
justificaram que seus avós em tempo de el-rei D. João I tiveram brazão de armas
: o primeiro apresentou uma carta de
brazão mandada passar pelo dito monarcha em 1427 a seu terceiro avô Pedro
Gil; o segundo do mesmo modo, a que foi dada a Christovão da Fonseca da Silva.
E portanto fóra de duvida que foi no
reinado de D. João I, e depois da batalha de Aljubarrota, que teve principio em Portugal a arte heraldica;
a qual era exercida exclusivamente pelos reis de armas, arautos e passavantes,
sob a denominação de oficiaes de armas .
NOTA A PIÉ DE PÁGINA: campo cham
cuberto de verdes vizes, no meo da estrada, por húos Castellañs auiaõ de vir,
ordenou dessa pouca gête : que tinha, duas pequenas azes, canam auia ahi para
mais; e na primeira, que se chama a våguarda, era o Condestabre cõ sua bandeira
tendida, e dobrados escudeiros consigo, júto com elle, por guarda della, e de
seu corpo, e nesta az auia seiscentas lanças, e mais nom. Na ala direita, que
nacia da põta desta az, hia Mê Rodriguez, e Ruy Mendez de Vasconcellos, e doutros bońs fidalgos húa leda côpanhia, que por
suas honras, e defensom do Reyno, entendiaõ defender o lugar, hú eraõ postos, e
chamauaõ-lhe a ala dos namorados e seriom por todos duzentas lanças, e auiaõ
hüa grande bandeira, ordenada á võtade de todos. Na outra parte na ala esquerda
erom de mistura, com Antom Vazquez, e com outros Portugueses alguns
estrangeiros, assi como Micer Johaõ de Monferrara, e Martim Paulo, e Bernardom
Sola, e doutros Ingreses frecheiros,
e outros homens darmas, que erom por todos outros duzêtos: assi que mingoauam a
estas alas da sua direita ordenança duzentos homens darmas, porque tãto auia
dauer em ambalas alas, como na direita az da vanguarda : e estes tinhaõ hua
alta bandeira de Saõ Jorge, e outros balsoens de mistura : assi que a az da
vanguarda com suas alas, era semeada de bandeiras, e pendoens, como a cada hum
prazia de ter : cahi nom auia entom Rey darmas, nem outro Arauto, que o a
ninguem des dissesse: deshi trombetas em algús logares, segundo se requeria,
detraz os homens darmas, que erom, em ambalas alas avia bésteria, e homens de
pé postos em tal ordenança que lhe podessem fazer ajuda, e empécer a seus
imigos; e a az dianteira nom auía nenhùs, ca nom compriam em tal logar : alli
nom auia cotas darmas, perque o Conde, nem outros fidalgos fossem conhecidos:
cainda estonce nõ era em vzo mas o Conde trazia húa jaqueta de laam verde toda
bordada de rozeiras, deshi cota, peito, e bracaes, e arnes de pernas, e
guantes, segundo de cote costumaua: e sempre espada cinta, e adaga, saluo
quando ouuia missa, etc., etc.»
(1)V. a carta passada a Gaspar
Gil Carrilho — documento n.° 2.
(2) «Ha grande diferença entre os feciaes dos romanos, e os reis
d'armas portuguezes, segundo o regimento que o senhor rei D. Manuel fez para os
oficiaes de armaria; e mais proprio será applical-os aos nossos arautos, que
são os segundos entre os reis de armas e
os passavantes, dos quaes arautos
não se encontram hoje registradas
as cartas dos ditos oficios, mas não admira, porque em identicas circumstancias
nos achamos na actualidade. Nas cartas de brazão passadas a Gil Simões e a seu
irmão Vicente Simões em 1438; na carta de perdão ao Extremoz arauto, em 1439, e
na de doação de certos bens ao rei de armas Algarve, em 1442, se reconhece pela
leitura delas, que existiam desde muito preenchidos esses logares, e que não foi, como erradamente affirmam varios
escriptores, el-rei D. Manuel quem os instituiu, nem tão pouco o seu
primeiro reformador; porque já anteriormente, em 1476, el-rei D. Afonso V fizera varias reformas e
reparou alguns abusos, como se vê do seguinte documento:
«Dom Afonso, etc. A quantos esta
minha carta virem, faço saber que a mim praz
movido por alguns justos e bons respeitos que nenhum rei de armas,
arauto, nem passavante, nem outra alguma
pessoa possa ordenar nenhumas armas por mim novamente dadas, nem por outra
maneira alguma confirmadas, senão Portugal meu rei de armas, que me praz e
quero que em sua vida este carrego tenha e não outra alguma pessoa, posto que
lhe em algum tempo seja mudado o nome de Portugal por qualquer maneira que
seja. E assim tenha como agora tem o livro dos registros e tombo das ditas
armas por mim novamente dadas e por ele ordenadas. E das armas de todos os
fidalgos antigos e de linha direita. E quero que haja de cada uma pessoa a que
assim as ditas armas ordenar por meu mandado e por qualquer outra maneira, um marco de prata de seu fôro, assim como o haviam os outros reis de armas que ante ele foram. E
porém mando aos meus chancelleres e escrivães da chancellaria, e a quaesquer
outros que seus carregos tiverem, que
acontecendo que alguma carta de armas á sua mão vá, não sendo certificadas que por ele dito Portugal foram ordenadas e em seu livro ficam registradas e
assentadas e pintadas, tal carta não a sellem nem passem em maneira alguma.
NOTA A PIÉ DE PÁGINA: logo faremos menção. Ora os reis de armas
foram entre nós introduzidos pelo sr. rei D. João I, como se mostra na sua
chronica, escripta por Fernão Lopes, part. 2º cap. 38, depois da batalha de
Aljubarrota: porque divisando nas bandeiras dos aventureiros armas e insignias
que lhes não competiam, e querendo evitar o prejuizo que recebia n'isto a nobreza
dos seus reinos, creou á imitação dos reis de Inglaterra o oficio de rei de
armas. Mas como no tempo do sr. rei D.
Manuel não estava este oficio ainda naquela perfeição que requeria, mandou
Antonio Ribeiro, seu rei de armas, ás côrtes estrangeiras para se informar do methodo que se usava na
distincção e conservação das armas e brazões da no Não se encontram hoje
registradas as cartas dos ditos oficios, mas não admira, porque em identicas
circumstancias nos achamos na actualidade ". Nas cartas de brazão passadas
a Gil Simões e a seu irmão Vicente Simões em 1438; na carta de perdão ao
Extremoz arauto, em 1439, e na de doação de certos bens ao rei de armas
Algarve, em 1442, se reconhece pela leitura delas, que exitiam desde muito
preenchidos esses logares, e que não foi, como erradamente affirmam varios
escriptores, el-rei D. Manuel quem os instituiu, nem tão pouco o seu primeiro
reformador; porque já anteriormente, em 1476, el-rei D. Afonso V fizera varias
reformas e reparou alguns abusos, como se vê do seguinte documento: «Dom
Afonso, etc. A quantos esta minha carta virem, faço saber que a mim praz «
movido por alguns justos e bons respeitos que nenhum rei de armas, arauto, nem
« passavante, nem outra alguma pessoa possa ordenar nenhumas armas por mim no «
vamente dadas, nem por outra maneira alguma confirmadas, senão Portugal meu
«rei de armas, que me praz e quero que em sua vida este carrego tenha e não ou
«tra alguma pessoa, posto que lhe em algum tempo seja mudado o nome de Portu
«gal por qualquer maneira que seja. E assim tenha como agora tem o livro dos
registros e tombo das ditas armas por mim novamente dadas e por ele ordenadas.
«E das armas de todos os fidalgos antigos e de linha direita. E quero que haja
de cada uma pessoa a que assim as ditas
armas ordenar por meu mandado e por º qualquer outra maneira, um marco de prata
de seu fôro, assim como o haviam « os outros reis de armas que ante ele foram.
E porém mando aos meus chancelleres e escrivães da chancellaria, e a quaesquer
outros que seus carregos tiverem, que
acontecendo que alguma carta de armas á sua mão vá, não sendo certificadas que por ele dito Portugal foram ordenadas e
em seu livro ficam registradas e assentadas e pintadas, tal carta não a sellem
nem passem em maneira alguma. logo faremos menção. Ora os reis de armas foram
entre nós introduzidos pelo sr. rei D. João I, como se mostra na sua chronica,
escripta por Fernão Lopes, part. 2º cap. 38, depois da batalha de Aljubarrota:
porque divisando nas bandeiras dos aventureiros armas e insignias que lhes não
competiam, e querendo evitar o prejuizo que recebia n'isto a nobreza dos seus
reinos, creou á imitação dos reis de Inglaterra o oficio de rei de armas. Mas
como no tempo do sr. rei D. Manuel não estava este oficio ainda naquela
perfeição que requeria, mandou Antonio Ribeiro,
seu rei de armas, ás côrtes estrangei ras para se informar do methodo que se
usava na distincção e conservação das armas e brazões da no breza. » — Historia
do Povo romano, por José Thomaz de Aquino Barradas, tom. I pag.110. Não admira que então houvesse taes omissões;
mas o que deve admirar é o que ao mesmo respeito se está passando hoje! Existem
altos funccionarios, que percebem pelo thesouro pingues ordena dos, e cujos
nomes se não encontram nas chancellarias dos reis contemporaneos!... *
Chancellaria de el-rei D. Afonso V, liv. xvIII, fl. 20. — V. adiante o
documento n.º 3. * Chancellaria do mesmo rei, liv. xxiii, fl. 59, e liv. x da
Extremadura, fl.24.—Vai na integra copiada: documento n.° 4.
E em caso que passem não sendo
lembrados desta minha carta ou em outra
qualquer maneira, quero que as ditas armas não sejam valiosas, e o dito
rei de armas as possa ordenar a outro qualquer que eu novamente der armas. E
assim o mando a todos os escrivães da minha côrte, assim da puridade como da
camara e fazenda, e quaesquer outros que ahi houver, que nenhum delles seja tão
ousado que nenhuma carta de armas por
mim novamente dadas nem confirmadas, façam nem mandem fazer, salvo por mandado
e portaria do dito rei de armas. E por esta mando e defendo que nenhum plebeu
nem outra alguma pessoa tragam nenhumas armas, em escudo, salvo se fôr fidalgo
de cota de armas, sob pena de pagar um marco de prata para o dito rei de armas.
Porque assim é minha mercê e o sinto por
meu serviço: e mando a todas as justiças de todos os meus reinos e senhorios
que cumpram e guardem, e façam cumprir e guardar e dar execução a esta minha carta como em ella é conteudo
sem outro nenhum embargo nem duvida. Dada em Toro a 21 de maio. Henrique Ribeiro a fez, de 1476. etc. etc.»
III
Vê-se pois, como el-rei D. Afonso
V entendeu dever reformar certos abusos, a respeito do modo porque se davam
brazões e armas, commettendo esse mister unica e exclusivamente ao seu Portugal
rei de armas. Estabelecidas assim as coisas continuaram sem interrupção até ao
começo do reinado de D. Manuel, e ainda em 1504 foi passada uma carta de brazão
de armas em conformidade daquela auctorisação. (V, no fim destas considerações
e advertencias preambulares o documento n.° 5.) Mais tarde porém, chegando ao
conhecimento deste monarcha o estado pouco lisongeiro em que a arte heraldica
se achava entre nós, resolveu mandar aos reinos estrangeiros pessoa idonea,
para estudar esta sciencia, a fim de tratar com acerto da sua reorganisação.
Recaiu a escolha para tão honroso cargo no bacharel em leis Antonio Rodrigues,
que pelos annos aproximadamente de 1509 partiu para o seu destino, acompanhado
do arauto Martim Vaz (2). Em seguida creou o mesmo soberano uma commissão com
posta do principal rei de armas, do mestre Arriet (pintor alemão), e de Antonio
Godinho, escrivão da sua camara, e ordenou-lhes que compozessem dois livros
com
NOTA A PIÉ DE PÁGINA:
(1) Acha-se esta carta registrada no Real Archivo, na Chancellaria
d'el-rei D. Afonso V, liv. vi fl. 91, e liv. d'Extras fl. 152 e 183.
(2) Parece que Antonio Rodrigues ao recolher-se a Portugal trouxera
comsigo o francez Jean du Cros. V, no I. H. artigo Cros.
as armas illuminadas de todas as
familias do reino, um que se guardaria na Torre do Tombo, o outro que ficaria
em poder do armeiro-mór. O primeiro, que ainda existe na Torre do Tombo (Real
Archivo) com um prologo do dito Antonio Godinho, tem por titulo ou epigraphe:
LIVRO DA NOBREZA, PERFEIÇÃO DAS
ARMAS DOS REIS CHRISTÃOS, E NOBRES
LINHAGENS DOS REINOS E SENHORIOS DE PORTUGAL.
0 mesmo rei mandou em uma das salas dos seus
paços de Sintra pintar em roda das armas reaes e das da sua familia, setenta e
quatro escudos com as armas das familias seguintes : Abreus, Aboins, Aguiares,
Albergarias, Albuquerques, Almadas, Almeidas, Andrades, Arcos, Azevedos,
Ataides, Barretos, Bittencourts, Borges, Britos, Cabraes, Carvalhos,
Castellos-brancos, Castros de seis arruelas, Castros de treze arruelas,
Coelhos, Cortes-reaes, Costas, Coutinhos, Cunhas, Eças, Farias, Ferreiras,
Gamas, Goes, Gouveas, Goyas, Henriques, Lemos, Limas, Lobatos, Lobeiras, Lobos,
Malafaias, Manueis, Mascarenhas, Meiras, Mellos, Mendonças, Menezes, Mirandas,
Monizes, Mottas, Mouras, Nogueiras, Noronhas, Pessanhas, Pachecos, Pereiras,
Pimenteis, Pintos, Queirozes, Ribafrias, Ribeiros,
Sás, Sampaios, Sequeiras, Serpas, Serveiras, Silvas, Silveiras, Souto-maiores,
Sousas, Tavares, Tavoras, Teixeiras, Valentes, Vasconcellos, e Vieiras. Na chronica do mesmo monarcha escripta por
Damião de Goes, p. 604 (edição de 1749) lê-se o seguinte: «Que el-rei mandou
ver todas as sepulturas do reino para
dellas se notarem as armas e insignias, letreiros que n'ellas havia, das
quaes armas mandou nos paços de Sintra pintar todos os escudos com suas côres e
timbres, etc., etc.» Este auctor não reparou que, só no archivo da repartição de que era guarda-mór, existiam (e existem
ainda hoje) registrados trinta e dois
brazões de armas até ao anno de 1509, anno que nos parece anterior ao em
que el-rei D. Manuel mandou fazer a aludida pintura; e que dessas trinta e duas
armas de que deveria ter conhecimento o chronista e guarda-mór da Torre do
Tombo, sómente tres figuram na sala de Sintra,
a saber: as dos Goes, Lobos, e Mascarenhas. E nenhumas outras. Como
concordar tão dispendiosas e difficeis buscas feitas por todo reino, segundo
afirma e encarece o chronista, com a facilidade que este havia, de examinar no
proprio archivo, commettido á sua guarda, onde em poucas horas depararia com
aquelles brazões de armas? É mister
acrescentar que os vinte e nove brazões de armas ignorados por Damião de Goes, não eram tão pouco de familias
desconhecidas, pois entre elas figuravam
NOTA A PIÉ DE PÁGINA: D. Antonio Caetano de Sousa trata d’este livro na
sua Historia genealogica, tomo I, appar. pag. cxCIV; mas não o viu ao que
parece, pois traz a epigraphe acima alterada pelo modo seguinte: Livro da
Nobreza per Fernão das Minas, etc.
as dos Alcaçovas, Amaraes, Azambujas, Arcos, Bandeiras, Bottos, Caceres, Camaras, Campos, Caãos, Chaves, Correas, Esteves, Gantes, Garcezes, Lemes, Perestrellos e outros, como largamente se vê no texto deste nosso livro. Devemos tambem notar que nos livros do cartorio da nobreza, que desde muitos annos existiam, como está provado, deveriam achar-se registrados muitos brazões de armas de successão, além dos registrados na Torre do Tombo: e é de crer que sómente esses ultrapassassem muito além o numero dos setenta e quatro que el-rei D. Manuel mandou pintar na sala de Sintra. O que nos parece mais plausivel e certo é, que os setenta e quatro escudos de armas que se pintaram na referida sala representavam as familias das pessoas dos oficiaes-móres, e outros empregados de elevada categoria da côrte daquele monarcha. D. Luiz Caetano de Lima na sua Geographia historica, D. Antonio Caetano de Sousa na Historia genealogica da Casa Real, e outros mais escriptores, nos auctorisam a pensar assim. Em resumo, o que podemos inferir sem incorrer na pecha de exagerado, é que el-rei D. Manuel foi o primeiro monarcha que fez surgir do cahos em que jazia, a arte heraldica de Portugal.
IV
D. João III, a exemplo de seu
pae, continuou a attender escrupulosamente a tudo quanto poderia tornar
efectiva a ordenação de 18 de julho de 1512, como se evidencia pela carta
passada em 1535 ao bacharel Antonio Rodrigues (documento nº 7). Desde então até
ao principio do seculo decimo-oitavo nada poderemos notar que por
extraordinario valha a pena de mencionar-se. D. João V, por motivos que nos não
foi possivel averiguar, mas que não
poderiam ser outros que a existencia de alguns abusos praticados pelos reis de
armas no exercício das suas funcções, nomeou na qualidade de reformador do
Cartorio da Nobreza o padre frei José da Cruz, tendo esse oficio por encargo não
sómente syndicar a verdade das alegações dos impetrantes, mas tambem a factura
dos brazões de armas. Por morte deste, foi provido no dito logar frei Manuel de
Santo Antonio, como se prova pelo documento n.º 9. Estes dois empregados
corresponderam sem duvida á confiança que neles depo sitou o rei. Para o
demonstrar basta ler os valiosos manuscriptos que o ultimo (frei
NOTAS A PIÉ DE PÁGINA:
Vej. a sua ordenação de 18 de julho de 1512 adiante transcripta. —
Documento n.° 6. º Prova-se entre muitos pelo documento que adiante vai
transcripto sob n.° 8.
Manuel de Santo Antonio) nos
deixou em heraldica, e se conservam ao presente na Bibliotheca Nacional de
Lisboa. Os serviços prestados por estes dois estrenuos reformadores elevaram
esta scien cia a um grau de adiantamento e perfeição, a que ainda não tinha
chegado em Portugal. Mas como não só esta senão todas as coisas humanas se
acham sujeitas ás vicissitudes dos tempos, e sobrevem á grandeza o abatimento,
foi assim que lhe acon teceu, no nefasto dia 1.º de novembro de 1755, que
enlutou toda a cidade de Lis boa! A par de muitas outras preciosidades serviu
conjuntamente de pasto ás chammas todo o Cartorio da Nobreza. Além dos immensos
documentos n’elle existentes, que serviram de base á concessão dos brazões de
armas desde longa data, perderam-se na fatal catastrophe de envolta com elles
os treze valiosíssimos livros in-folio em que estavam registradas cerca de tres
mil cartas de brazões de armas; destas apenas cento e cincoenta foram salvas,
por se acharem copiadas em um livro particular que estava fóra do cartorio, e
que pertencia ao reformador de então, frei Manuel de Santo Antonio. Este livro
continuou a servir depois, até ao anno de 1764, e foram nele regis tradas além
das cento e cincoenta de que já falamos mais cento e nove, até que em 1765 se
começou nova escripturação de taes registros; e desde então para cá exis tem
nove livros designados numericamente de n.º 1 a 9. É depois da morte do ultimo
reformador, que a arte heraldica se tornou de novo estacionaria entre nós; e
muito teria retrogradado, se de algum tempo a esta parte se não tivessem a isso
opposto o zêlo e ilustração do actual escrivão da nobreza o sr. Henrique Carlos
de Campos.
V
Foi grande e irreparavel a perda
que nesta parte (além de outras muitas) nos causou o terremoto de 1755. A não
ser ella, poderiamos ver hoje figurar nesta obra, a par de simples indicações
genealogicas, um numero mui mais crescido de homens notaveis por acções e
feitos em que o historiador, e até o bibliographo teriam que aproveitar. Como é
sabido, foi uso antigo e continuou a sel-o ainda por muito tempo, descreverem
os impetrantes em seus requerimentos e alegações (auctorisadas com os
indispensaveis documentos) não só a parte genealogica, mas ainda a narração ás
vezes minuciosa de todos os factos honrosos da sua, e da vida publica de seus
paes e avós, como se deduz de um avultado numero de exemplos que vão no corpo
desta obra. Ora dessa grande massa de biographias que se perderam, restam-nos
as poucas que se salvaram; e as que subsequentemente foram registradas: entre
as quaes bom
será que consignemos aqui por
amostra a resenha de uma parte das que
figuram neste nosso trabalho. Comprehende
ele as de dezeseis abbades, um adail-mór, um ajudante general, sete
alcaides-móres, um aposentador-mór, um arcediago, um arcipreste, cento quarenta
e seis bachareis formados em diferentes faculdades, vinte barões, dois bispos,
seis brigadeiros, tres capelães fidalgos, duzentos e dois capitães de primeira
e segunda linha, capitães tenentes e de mar e guerra, sessenta e sete
capitães-móres, um capitão general, trezentos noventa e quatro cavaleiros de
diferentes ordens militares, um chanceller-mór, tres chantres, cinco chefes de
esquadra e de divisão, cento e onze commendadores de varias ordens militares,
quatro condes, sete conegos, quarenta e cinco coroneis, quarenta e seis
conselheiros, dois consules geraes, oito contractadores do tabaco, trinta e
sete desembargadores, noventa e nove doutores, sete embaixadores e encarregados
de negocios, sessenta e tres familiares do Santo Oficio, trezentos sessenta e
um fidalgos da casa real, dezeseis governadores, dois grã-cruzes, treze lentes,
tres majores, dois marechaes de campo, onze mestres de campo, oito ministros de
estado, quinze monteiros-móres, um
mor domo-mór, seis ouvidores, seis pares do reino, quatro physicos-móres,
quarenta e cinco presbyteros, sete priores, oito provedores de saude, das armas
e da real fazenda, oitenta e um sargentos móres, trinta e cinco tenentes
coroneis, dois tenentes generaes, sete vigarios e dezesete viscondes. Esta
relação convida-nos a abrir um parenthesis para observar quão immenso é o
numero de pessoas, que na actualidade se pavoneiam com brazão de armas, na
portinhola de suas carruagens, em anneis, e nos diferentes logares em que elles
se podem colocar, isto em flagrante contravenção de todas as leis antigas e
modernas, e a despeito das penas nellas cominadas. E note-se que sobre todos
são os titulares os que com mais ostentação incorremnessas penas. Existiam até
o anno de 1856 não menos de trezentos e quinze titulares; desde então para cá
tem crescido prodigiosamente esse já crescido numero, que no Almanach daquele
anno a pag. 103 e seguintes vem do seguinte modo relacionado : duques sete,
marquezes vinte e um, condes setenta e nove, viscondes com grandeza trinta e
três, barões com grandeza treze, viscondes sessenta e nove, barões noventa e
tres (devendo contar-se além destes os bispos, os pares do reino, conselheiros
de estado, etc.). Pois de todos estes apenas vinte e seis tiraram cartas de brazão de armas, usando-os todos os
mais independentemente dessa indispensavel auctorisação,
NOTA A PIÉ DE PÁGINA: (1) Ha uma
lei que determina que dentro do praso de dois mezes todas as graças e mercês
regias sejam registradas no Real Archivo,
sob pena de ficarem de nenhum efeito: mas não obstante esta disposição poucos
são os brazões, tanto de mercê nova como de successão, que vão ao registro
competente.
sendo aliás expresso na lei
que os descendentes não poderão usar das
ditas armas sem cada um delles haver diploma em que se lhes concedam, etc.» Ha
trinta annos a esta parte, isto é, desde 1841 teem-se passado cento trinta e
quatro cartas de successão, e de mercês novas quarenta e uma (pertencendo
dezeseis destas aos annos decorridos de 1865 para cá). São mais as mercês novas
neste periodo que todas as concedidas em todo o tempo anterior da monarchia, a contar de 1438. Assim o demonstra
claramente o mappa resumido que ajuntámos a este trabalho. Causa espanto e
admiração como se teem dado tantas mercês novas ultimamente a pessoas, que pela
maior parte nem ao menos alegaram haver prestado alguns serviços ao paiz,
quando similhantes graças só podem ser conferidas por virtude de
relevantissimos serviços authenticamente provados. Por um lado impõe o governo
um direito quasi prohibitivo a quem quer fazer uso legal de suas armas; pois de
cada carta de brazão passada hoje entram nos cofres publicos 2.423.000 réis — e por outro concede-as de um modo
pouco decoroso, porque as facilita ao primeiro bem-vindo que póde e quer pagar
as despezas — e até consente, tolera e apoia que todo o mundo as traga sem
pagar nada. Apoia, dizemos; porque em repartições publicas, tanto
ecclesiasticas como civis, ha chefes que usam de selos e signetes com armas
que, ou não são suas, ou se o são não pagaram para as usar os competentes
direitos. Ainda não ha muito tempo que um ministro portuguez em certa côrte
estrangeira mandou pedir a um gravador que lhe arranjasse um signete com as
armas de tal familia, porque lhe constava descender della, etc. — sem se
lembrar, ou ignorando talvez que tal pedido implicava com o disposto na Ord. do
liv. V, tit. 92. Eis aqui porque julgamos a publicação desta obra não sómente
util á heraldica, á historia e á bibliographia, mas ainda um bom serviço
prestado aos interesses da fazenda publica nas dificeis circumstancias do
thesouro. Lance o governo os olhos para os abusos que existem, e que devem
merecer-lhe attenção. Faça observar a lei, e punir de conformidade com ela os
seus infractores. Não serão eles menos
de cinco mil, por um calculo approximado, em todo o continente de Portugal,
ilhas ad jacentes e dominios ultramarinos. Por este modo tornar-se-ha a coisa
mais appetecida, e lucrará a receita do estado uma quantiosa somma, que não é
de desprezar.
VI
Pareceu-nos que seria além de
superfluo excessivamente monotono descrever repetidas vezes as armas de uma
mesma familia. Para evitar esse inconveniente, consignámos em um Indice
Heraldico, que vai em seguida a este Archivo, a descripção
completa das armas de todas as
familias de que havemos notícia que em Portugal tiveram e registraram cartas de brazão de armas. Emquanto ás que primitivamente
foram lançadas desde 1438 até 1683 nos
livros das chancellarias dos nossos reis, entendemos que seria de interesse
para curiosos não eliminar aquella parte; porque hoje vemos que algumas armas
ha alli exactas, que se deram alteradas; e outras ha ali irregulares, que
depois se emendaram arbitrariamente (1), como verá o leitor em algumas notadas
em logar competente para servirem de exemplo.
A causa de similhantes faltas e
abusos não é facil perscrutar.
Á primeira vista parece que taes culpas só podem recair sobre duas
classes de funccionarios: nos oficiaes
de armas, a quem competia redigir as referidas cartas, e nos que na Torre do Tombo as registravam. Os
primeiros por absoluta falta de conhecimentos na materia; os segundos pela
pouca attenção com que talvez as transcreviam. Tambem póde mui bem ser que a prepotencia da fidalguia de então
tivesse maior ou menor parte nessas transgressões. Seja como for, o facto
existe, e cumprimos um dever em apontal-o.
Tambem para não tornar esta obra mais volumosa
assentámos em descrever a maior parte dos brazões
de mercê no dito Indice, com referencia neste á pagina em que se achar o
agraciado no Archivo, e vice-versa.
Da mesma sorte não nos parece que
seja ocioso dar aqui a seguinte explicação : as cartas que concediam
antigamente o uso de armas de nobreza a quem não as havia por successão,
chamadas de mercê nova, ou ainda aquelas que confirmavam as de algum
estrangeiro que vinha definitivamente residir em Portugal, e provava havel-as
no seu paiz, eram assignadas pelo regio punho (2). Egualmente o eram as de
confirmação a portuguezes que as tinham adquirido em paiz estranho, ou queriam accrescentar
estas ás que já possuiam. Depois passou esta expedição a ser do mesmo modo
feita por alvarás em logar de cartas, e ainda hoje assim se procede.
As cartas de successão de armas
foram porém sempre, e são ainda agora assignadas pelo rei de armas, e as de
algum tempo a esta parte teem a rubrica do mordomo-mór da casa real. Houve em
varios reinados (e por assim dizer até á epoca em que foram creados os
reformadores do Cartorio da Nobreza) reis de armas que passavam cartas de
successão em forma de certidão, ou certidões em forma de cartas (3), como se
verá nas
(1) Além de outras, vejam-se as
de mercê nova a Fernão Gil. — Documento n.º 10.
(2) V. por exemplo entre outros o
documento n.º 11. — E como illustração do assumpto v. tambem os n.º 12 e 13.
(3) Posto que assim fosse em
geral, vê-se que ás vezes havia escrupulo da parte de pessoas mais gra
que vão em supplemento a este
Archivo, encontradas entre os manuscriptos da Bibliotheca Eborense no
codice em numero de setenta e cinco, e
em mais algumas que achámos em cartorios particulares. As cartas que
encontrámos registradas no Real Archivo são em numero de quinhentas vinte e
seis, em que se incluem tanto as de successão, como as de mercê nova. As
registradas no Cartorio Privativo da Nobreza sobem em uma e outra especie a mil
oitocentas cincoenta e tres. Das primeiras todo o trabalho e extracto foi feito
debaixo da nossa immediata inspecção. Quanto ás segundas foi confiado a pessoa da
eleição do actual escrivão privativo, e levam o confere do mesmo, com a sua
rubrica. Não obstante os cuidados e attenção que votámos a este trabalho, sem
nos pouparmos até mesmo ás maiores despezas para leval-o a cabo, nem por isso
temos a veleidade de o considerar tão perfeito que não mereça os reparos dos
mais competentes que nós neste intrincadissimo assumplo. Acolheremos pois de
bom grado quaesquer observações que benevolamente nos forem communicadas,
concernentes a emendar as faltas ou descuidos em que por acaso e bem apezar
nosso tivermos incorrido.
NOTA A PÍE DE PÁGINA: ves e sisudas, que não se contentavam de aceitar
taes certidões em fórma de cartas, e recorriam por isso aos meios legaes para
obterem seus brazões na devida fórma. Sirva como prova o documento n.º 14.
D0CUMENTOS
DOCUMENTO N.º 1 Carta passada a
Gil Simões, pela qual lhe foram dadas armas, e havido elle e os que d'elle
descenderem por fidalgos (1438). DOM DUARTE etc. A quantos esta carta virem
fazemos saber, que Gil Simões cavalleiro nosso criado nos disse como bem
sabiamos a gram criação per longo tempo que em ele fizemos e seu irmão Vicente
Simões escudeiro da nossa caza. E esso mesmo os mui tos e boons serviços que
delles tinhamos recebidos em a guerra dos Mouros que ora com elles ouvemos. E
como outrosím foram com o Ifamte dom amrrique. E com o Ifamte dom fernando meus
irmãos sobre Tamger cercados com elles em o pallamque do infimdo poderio dos
mouros que sobre eles veo seemdo eles por nosso serviço em muitas e booas
cousas e feridos per muitas vezes postos em grandes trabalhos e perigos
guerreamdo com tra elles per terra e permar aguisa de boons em navios e em
fustas nossos e seus seemdo delles capitães damdo sempre de si comto de boons.
E que pero que assi sejam homens de boa geração e tenhão divido com alguns bons
cavalleiros fidalgos dos nossos reinos de que elles poderiam trazer suas armas
ou signaes direitamente a elles prazia mais de lhas nós darmos per seus bons
merecimentos que as averem per outra maneira. E que porem nos pediam por mercee
que em galardam de seus bons costumes e serviços e trabalhos nos prouvesse de
lhe dar armas que elles e todos de sua linhagem possam trazer e se re fertar
por fidalgos e gemtiis homens e gouvir de todos os privilegios e liberdades de
fi dalgos e gentiis homens. E nós vemdo seu justo pedir seemdo em verdadeiro
conheci mento de todos seus bons feitos e serviços que delles temos recebidos e
emtemdemos de receber E queremdolhe fazer graça e merce como áquelles que por
nosso serviço e seu bom acrecemtamento sempre se trabalharom de acrecemtar de
louvor darmas presemte os nobres do nosso comselho e fidalgos cavalleiros e
gentiis homens da nossa corte e oficiaes darmas segundo se per direito requer
lhe damos e outorgamos que elles sejam e possam trazer daqui em diante por
armas pera elles e todos de sua linhagem que delles vierem e descenderem hum
escudo branco com uma pimta verde e em elle um lião negro rompente gretado
douro com umhas e lingua vermelhas as quaes armas lhe nos damos e outorga mos
pera elles e todolos que delles vierem e descemderem e os avemos por fidalgos e
gemtiis homens. E queremos e mandamos que ajam todos privilegios e liberdades e
hon ras que os fidalgos ham e de direito devem aver como aquelles que per seus
merecimen tos o merecem. E em testemunho dello lhe mandamos dar esta nossa
carta assignada per
nos e assellada do nosso seelo do
chumbo. Damte em a villa daviz dez dias de julho Adartim gill a fez era de mil
quatrocentos trinta e oito annos. (Registrada no Real Archivo da Torre do
Tombo, na Chancellaria de el-rei D. Duarte, livro I, folhas 236, e livro Iv de
Misticos, folhas 45.)
DOCUMENTO N.° 2 Carta de brazão
de armas passada a Gaspar Gil Carrilho em 1567. DOM SEBASTIÃO ete. Aos que esta
minha carta de fidalguia e nobreza de brazão d'armas virem faço saber que a mim
me fez petição o capitão de cavallos Gaspar Gil Carrilho natural da villa de
Castello da Vide na qual me enviou dizer que elle era filho de Catharina
Carrilho da Serra e do capitão Manuel Gil Velho fidalgo muito estimado do
Senhor Rei D. João meu avô que santa gloria haja, neto por sua mai de Catharina
da Serra e de Gonçallo Fernandes Carrilho fidalgo castelhano que servio bem a
esta casa filho de D. Maria Servantes e do coronel Gonçallo Carrilho que foi
irmão do 1º conde de Cabra, e por seu pai Manuel Gil Velho, neto de Beatriz
Gonçalves Paredes e do ca pitão de cavallos Fernão Gil d'Albuquerque filho de
Gil Afº Fernandes, neto de Pedro Gil e bisneto de D. João Affº Senhor
d'Albuquerque, e tresneto de D. Affº Sanches, e por quanto por via dos ditos
seus avós e mais ascendentes era fidalgo de solares conhe cidos, descendentes
de senhores de vaçalos e grandes principes que a este reino fizerão bons
serviços e para a memoria dos ditos seus passados se não perder cuja nobreza
elle concervava lhe mandasse passar carta de fidalguia e brazão d'armas dos
Alboquerques Carrilhos Serras e Velhos como d’ellas uzavão os ditos seus
passados avós a qual sendo vista por mim mandei sobre ela tirar inquirição de
testemunhas pelo doutor Paulo Affº do meu conselho e meu dezembargador do paço,
e pela larga prova de testemunhas ver dadeira informação que se tirou papeis
antigos e brazões que se juntárão fui certificado descender o dito capitão
Gaspar Gil por seu pai e baronia de D. João Affº filho de D. Affº Sanches, e
por sua mai do coronel Gonçallo Carrilho filho de D. Pedro Fernandes de Cordova
e dos mais nomeados em sua petição que aos Senhores Reis meus antepassa dos
servirão bem e como bons fidalgos os estimárão e lhe mandei dar esta carta de
fidal guia e brazão d'armas que me pedia illuminadas em escudo esquartellado
com uma cruz de prata por diferença que uzava em seu escudo D. Affº Sanches 5.º
avô do supplicante e n'ella e no 1.º quartel as armas dos Albuquerques, a saber
: sobre cruz de prata que atravessa todo o escudo os 5 escudos de Portugal
azues com quinas de prata e no 1.° quartel em campo vermelho 5 flores de liz
d'ouro postas em aspa, no 2º as dos Carrilhos da casa de Cabra que uzão
castello d’ouro em campo de sangue, no 3.º as dos Serras que são em campo
vermelho castello de prata sobre um monte verde 2 cabeças de serpe ver
des salpicadas d’ouro, no 4.º
quartel as dos Velhos que são em campo vermelho 5 viei das d’ouro em aspa
empequetadas de preto, por timbre castello vermelho com flor de liz d'ouro e
por secção de uma carta de fidalguia que o Senhor Rei D. João de boa memo ria
dera no anno de 1427 a Pedro Gil 3.º avô do dito capitão Gaspar Gil e lembrança
da honra que a elle e a seus descendentes desejo fazer em satisfação de seus
serviços lhe mandei accrescentar nesta carta de fidalguia e brazão d'armas o
coronel posto ao pé do timbre assim como uzárão seus avós D. Affº Sanches e D.
João Affº do qual escudo pela maneira assima declarada e estampado poderá uzar
o dito capitão Gaspar Gil e seus descendentes em todas as ocaziões e logares à
d’elle quizerem uzar sem embargo ou con tradição que a elle seja posto por que
assim é minha mercê. Dada em a cidade de Lis boa aos vinte de Dezembro. ElRei o
mandou por Gaspar Velho seu Portugal principal Rei d'Armas, Jeronimo de Mattos
escrivão da nobreza a fez e subscreveu, anno do nascimtº de Nosso Senhor Jezus
Christo de 1567 annos, Jeronimo de Mattos a fiz escrever e sub SCTGVI,
(Registrada no Real Archivo, na Chancellaria de el-rei D. Sebastião, li vro
xvII, folhas 530.)
DOCUMENTO N.° 3 Carta de perdão passada ao
Arauto Estremoz, por haver matado sua mulher (1439). DOM AFFONÇO etc. A todolos
Juizes e Justiças de nossos Regnos a que esta carta for mostrada sabede que
Estremoz nosso Arauto rios disse que elle fora culpado na morte de Catelina
Anes sua mulher e que depois da sua morte ele se fora a nossa cidade de Ceuta
com Dom Sancho de Loronha meu primo e estivera em ella um anno cumprido e que
depois por ter desejo e vontade de servir se fora com o Ifiante Dom Fernando
meu tio em armada de Tanger que El-Rei meu Senhor e Padre cuja alma Deus haja
mandara sobre ella fazer esteve no cerco de Palanque ate o reconhecimento até
do Iffante Dom Henrique meu Tio a frota e da vinda que viera estivera na dita
cidade ceis mezes pela qual morte suplicara ao dito Senhor e meu Padre que em
galardam do serviço e trabalho que levara lhe perdoasse a nossa justiça se a ella
por a dita morte era tudo E o dito Se nhor por razão do dito serviço que fizera
se assim era que elle servira em a dita cidade de Ceuta o dito tempo estivera
no cerco e Palanque até o reconhecimento do Ifante Dom Henrique afora lhe
perdoava a sua justiça se a ella por a dita morte era tudo contanto que elle
fosse ainda servir e estar em a dita cidade de Ceuta nove mezes cumpridos se
gundo todo esto e outros melhores e mais compridamente som conteudas em uma
carta de perdão que do dito Senhor Rei tinha e ora dizia o dito Estremoz Arauto
que por quanto em conselho e hordenação que se foi no dito Palanque ate o
reconhecimento do Iffante
lhe fosse relevada ametade do
tempo que havia de servir nos pedia por merce que em galardão do dito serviço
que assim fizera o relevassemos d'ametade do dito tempo. E nós vendo o que nos
assim dizia e pedia e querendo-lhe fazer graça e merce relevamos o dito
Estremoz d'ametade do dito tempo de nove mezes que assim havia de servir e
mandamos que va servir e estar em a dita cidade de Ceuta quatro mezes e meio
cumpridos e se aprezente na dita cidade perante os de Dom Fernando da data
desta nossa carta ate dois mezes em o qual tempo ele não entre no lugar onde o
dito maleficio foi feito. E esto por determinação do conselho sobre esto feita.
E porem vos mandamos que o não prendaes nem o mandeis prender nem lhe façaes
nem consintaes fazer mal nem outro al gum dezaguizado quanto he por a dita
razão morte que nossa merce e vontade he. E o relevamos do dito tempo pela
guiza que dito he. E al mom façades. Dante em Lisboa treze dias do mez d'Abril
ElRei o mandou por Afonço Giraldes e Luiz Martinz seus vas salos e do seu
dezembarguo. Francisco Botelho a fez anno de mil quatrocentos trinta e I1OVG
all/10S, (Registrada no Real Archivo, na Chancellaria de el-rei D. Afonso v, li
vro xvIII, folhas 20 verso.)
DOCUMENTO N.° 4 Carta de doação de bens em
Cintra, passada aº Rei de armas Algarve (1442). DOM AFFONSO etc. A quantos esta
carta virem fazemos saber que sendo Gonçallo de Penhoranda Almoxarife em a
Villa de Sintra se partiu d’estes nossos Regnos pera os de Castella tratando e
fazendo couzas em nosso desserviço e contra os nossos ditos Re gnos. E depois
de sua partida foi tomado conta per Alvaro Annes nosso contador em a dita commarca
d'aquilo que recebeu e dispendeu em o dito oficio. E segundo o que se mostra he
achado que nos he devedor em grande somma de dinheiro por as quaes razões lhe
foram tomados todos seus bens moveis e de raiz por a nossa parte por a nós
pertem cerem. E os podemos dar de direito a quem nossa merce fôr. E ora
querendo nós fazer graça e mercê a Algarve nosso Rei d'Armas de nosso moto
propio livre vontade certa cremça poder absoluto sem mol-o ele pedir nem outrem
por elle Temos por bem e faze mos-lhe mercee livre e pura irrevogavel doação
antre os vivos valledoira deste dia pera todo o sempre pera elle e pera todos
seus herdeiros ascendentes e descendentes que depois d'elle vierem d'ametade de
todos os bens moveis e de raiz que o dito Gonçalo de Penho randa havia na dita
villa de Sintra e seu termo. E em outros quaes quer lugares de nos sos Regnos.
E da outra metade temos hordenado o que se sobre ello aja de fazer. E po rem
mandamos ao dito Alvaro Annes nosso contador e aos Juizes da dita villa de
Sintra. E a todolos outros Juizes Justiças &e. que metam logo em posse da
metade dos ditos bens
DOCUMENTO N.° 5 Carta de brazão
de armas passada a Diogo Borges Pacheco em 1504. Portugal rei de armas do muito
alto, mui excelso e mui poderoso rei D. Manuel, por graça de Deus rei de
Portugal e dos Algarves, etc. Faço saber a quantos esta minha carta de certidão
virem, que Diogo Borges, morador no julgado de Santo Estevão, termo de Ponte de
Lima, me requereu que porquanto elle é da linhagem e tronco dos Borges
verdadeiros d’estes reinos, vindo e descendendo d'elles por linha direita sem
nenhuma bastardia, por cuja verdadeira legitimação ha de gosar de todos os
privilegios, liberda des e franquezas, que hão, e de que gosaram todos os seus
antecessores por respeito de sua nobreza e fidalguia que tem de cavalleiros
fidalgos de cota de armas e solar conhe cido; me requereu de suas verdadeiras
armas como lhe de direito pertence lhe desse mi nha carta de certidão para cada
e quando lhe fosse necessario usar d’ellas como os ditos seus antecessores, e
visto por mim seu requerimento e a obrigação que tenho para com o meu oficio
prover a similhantes necessidades e requerimentos, antes de satisfazer a peti
ção do dito Diogo Borges lhe pedi prova de como era da dita linhagem e
fidalguia, e de que parte e sem bastardia; e ele me apresentou dois
instrumentos publicos, um d'elles feito por mandado de Ruy Velho, escudeiro e
juiz ordinario por el-rei nosso senhor em o julgado de Valdevez, terra do
visconde de Villa-nova da Cerveira, em o qual instru mento se continha que o
dito juiz dera juramento segundo costume a dois homens bons, moradores no dito
logar de Valdevez, os quaes pelo dito juramento que fizeram dos San tos
Evangelhos, que lhes pelo dito juiz foram dados, disseram que o dito Diogo
Borges era filho de Lopo Nunes, cavalleiro fidalgo, e de Isabel Pacheco, sua
mulher, e que a dita Isabel Pacheco era filha de Diogo Alvares Pacheco,
fidalgo, e de Leonor Lopes, sua mulher, e que o dito Diogo Alvares Pacheco era
filho de Luiz Alvares de Grade, e de Ignez Vaz Borges, sua mulher, e que o dito
Luiz Alvares de Grade era filho de Alvaro Paes de Grade, e de Branca Lopes
Pacheca, sua mulher, e que a dita Ignez Vaz Borges
DOCUMENTO N.° 5 Carta de brazão
de armas passada a Diogo Borges Pacheco em 1504. Portugal rei de armas do muito
alto, mui excelso e mui poderoso rei D. Manuel, por graça de Deus rei de
Portugal e dos Algarves, etc. Faço saber a quantos esta minha carta de certidão
virem, que Diogo Borges, morador no julgado de Santo Estevão, termo de Ponte de
Lima, me requereu que porquanto elle é da linhagem e tronco dos Borges
verdadeiros d’estes reinos, vindo e descendendo d'elles por linha direita sem
nenhuma bastardia, por cuja verdadeira legitimação ha de gosar de todos os
privilegios, liberda des e franquezas, que hão, e de que gosaram todos os seus
antecessores por respeito de sua nobreza e fidalguia que tem de cavalleiros
fidalgos de cota de armas e solar conhe cido; me requereu de suas verdadeiras
armas como lhe de direito pertence lhe desse mi nha carta de certidão para cada
e quando lhe fosse necessario usar d’ellas como os ditos seus antecessores, e
visto por mim seu requerimento e a obrigação que tenho para com o meu oficio
prover a similhantes necessidades e requerimentos, antes de satisfazer a peti
ção do dito Diogo Borges lhe pedi prova de como era da dita linhagem e
fidalguia, e de que parte e sem bastardia; e ele me apresentou dois
instrumentos publicos, um d'elles feito por mandado de Ruy Velho, escudeiro e
juiz ordinario por el-rei nosso senhor em o julgado de Valdevez, terra do
visconde de Villa-nova da Cerveira, em o qual instru mento se continha que o
dito juiz dera juramento segundo costume a dois homens bons, moradores no dito
logar de Valdevez, os quaes pelo dito juramento que fizeram dos San tos
Evangelhos, que lhes pelo dito juiz foram dados, disseram que o dito Diogo
Borges era filho de Lopo Nunes, cavalleiro fidalgo, e de Isabel Pacheco, sua
mulher, e que a dita Isabel Pacheco era filha de Diogo Alvares Pacheco,
fidalgo, e de Leonor Lopes, sua mulher, e que o dito Diogo Alvares Pacheco era
filho de Luiz Alvares de Grade, e de Ignez Vaz Borges, sua mulher, e que o dito
Luiz Alvares de Grade era filho de Alvaro Paes de Grade, e de Branca Lopes
Pacheca, sua mulher, e que a dita Ignez Vaz Borges era irmã de Pedro Borges o
velho, de Lopo Borges e de Garcia Borges, fidalgos, como mais largamente se
contém pelo instrumento. E outro instrumento foi tirado em esta ci dade de
Lisboa por mandado de Francisco Pestana, fidalgo da casa de el-rei nosso se
nhor, juiz do civel em a dita cidade e termo, em o qual instrumento se continha
como D. Isabel da Silva, mulher de João Fernandes de Sousa, fôra perguntada que
era o queera irmã de Pedro Borges o velho, de Lopo Borges e de Garcia Borges,
fidalgos, como mais largamente se contém pelo instrumento. E outro instrumento
foi tirado em esta ci dade de Lisboa por mandado de Francisco Pestana, fidalgo
da casa de el-rei nosso se nhor, juiz do civel em a dita cidade e termo, em o
qual instrumento se continha como D. Isabel da Silva, mulher de João Fernandes
de Sousa, fôra perguntada que era o que
sabia da linhagem do dito Diogo
Borges, e disse que elle era filho de Lopo Nunes, de nobre linhagem, e de
Isabel Pacheca, sua mulher, e que o dito Lopo Nunes era filho de Nuno
Gonçalves, outro sim fidalgo de linhagem, cavalleiro do duque de Bragança e ou
vidor que foi das terras de Luiz Alvares de Sousa : e assim mesmo disse que a
dita Isa bel Pacheca, mãe do dito Diogo Borges, era filha de Diogo Alvares
Pacheco, cavalleiro fidalgo, e de Leonor Lopes, sua mulher, a qual era de muito
boa geração : e que o dito Diogo Alvares Pacheco era filho de Luiz Alvares de
Grade, e de Ignez Vaz Borges, sua mulher, fidalga de boa geração : e que dos
Borges mais não sabia, mas quanto á parte dos Pachecos ella sabia mais
largamente, e disse que o dito Luiz Alvares, marido da dita Ignez Vaz Borges,
era filho de Alvaro Paes de Grade, fidalgo de cota de armas, e de Branca Lopes
Pacheco, sua mulher, a qual era sobrinha de um João Fernandes Pacheco, senhor
que foi da Guarda, filho de Lopo Fernandes Pacheco, senhor que foi de Giela e
Valdevez, e de Monção, seu irmão, como mais claramente se contém no instrumento
em que se mostra ser o dito Diogo Borges nobre, e descendente do tronco dos
verdadeiros Borges, sem erro nem bastardia : e eu vendo sua prova ser boa e
valiosa pelos ditos in strumentos lhe dou de meu publico oficio as armas
conteudas e assentadas no meio desta minha carta, assim como estão assentadas
nos livros antigos, que em meu poder são, as quaes a elle de direito pertence
trazer com sua diferença dos referidos Borges, e portanto mando como juiz da
nobreza que sou, e requeiro assim da parte do dito senhor rei nosso senhor,
pelo poder e autoridade que sua tenho, a todos os cavalleiros fidalgos de cota
de armas e titulos, corregedores, juizes e seus oficiaes, e pessoas a que esta
carta fôr mos trada e o conhecimento d’ella pertencer por qualquer guiza que
seja, que d'aqui em diante virem ao dito Diogo Borges trazer as ditas armas e
com elas entrar em qualquer trance de batalhas, desafios, que elle houver com seus
inimigos, assim elle como todos os que d'elle descenderem por linha direita,
lhe deixem gosar de todos os privilegios, franquezas e liberdades que hão, e de
que gosam e gosaram seus antecessores, e todos os outros ca valeiros fidalgos
de solar de armas conhecido por razão das armas como ele por direito melhor
podér fazer e houver, e lhe cumpram e guardem, e façam mui bem guardar e
cumprir esta minha carta como n’ella é conteudo, porquanto o dito Diogo Borges
é do tronco e linhagem dos verdadeiros Borges e de direito lhe pertence trazer
as ditas armas com sua diferença do chefe dos Borges como dito é, e não seja a
dita carta valiosa se não ao dito Diogo Borges, e aos que d’elle descenderem
por linha direita masculina. Feita em Lisboa aos 5 de janeiro de 1504. — Rei de
armas Portugal.
DOCUMENTO N.° 6 Ordenação da pena que averão os que trazem as Armas erradas ou as não podem trazer (1512). DOM MANOEL por Graça de Deos Rey de Portugal e dos Algarves daquem e dalem mar em Africa Senhor de Guiné, e da Conquista navegação Comercio da Etiopia Arabia
e o notefiquem p.º que a todos
seja notorio e se não possa alegar ignorancia. Dada em esta nossa cidade de
Lixboa a dezoito dias de julho anno de nosso Senhor Jezu Christo de mil
quinhentos e doze.
DOCUMENTO N.º 7 Carta passada a
pedido do hacharel Antonio Rodrigues, rei de armas Portugal em 1535. DOM JOHAM
etc. Faço saber a quantos esta minha carta virem que o bacharel Anto nio
Rodrigues meu Rei d'Armas Portugal me aprezentou um meu alvará de que o theor
de verbo a verbo he o seguinte = Eu El-Rei faço saber a quantos este meu alvará
virem que eu sou emformado que algumas pessoas me pedirão por mercê que lhe
mandasse dar carta de suas armas fazendo as serto por inquirição como he de
custume as quaes forão despachadas por as ditas inquirições pelos meus
Dezembargadores do Paço com meu passe em que lhes concedi a dita mercê e havião
de tirar suas cartas d'armas pelo meu Rei d'Armas Portugal segundo meu
Regimento para as haverem de uzar e gozar d’ellas e lhe serem dadas como de
direito lhes vem e que as ditas pessoas teem em seu poder as ditas inquirições
e despachos sem as darem ao dito Rei d'Armas nem quererem tirar suas cartas mas
antes por virtude do dito despacho querem uzar e gozar das liberdades d'el las
que nos ditos despachos lhe tenho mandado dar o que não hei por bem nem meu ser
viço pelo que mando a todas minhas justiças oficiaes e pessoas a quem este for
mostrado e o conhecimento pertemcer que d'aqui em diante não guardem os
sobreditos taes despa chos nem elles se aproveitem nem gozem delles em parte
nem em todo mas antes lhe se jam tomados e os entreguem ao dito Rei d'Armas e
tendo elle Rei d'Armas parte d'al guma pessoa ou pessoas que teem os taes
despachos querendo as demandar perante vós vos mando que o ouçais com elles e
lhe fareis logo entregar as taes inquirições e despa chos para que os rompão
não querendo as partes tirar suas cartas por que assim hei por meu serviço e
por este mando aos Dezembargadores do Paço por evitar que tal mais se não faça
que d'aqui em diante tanto que despacharem as ditas inquirições com meu passe
as entreguem logo ao dito Portugal Rei d'Armas e não á parte o que huns e outro
assim cumpräo sem outra duvida nem embargo que a ello seja posto. Duarte Velho
o fez em Lisboa aos 10 dias de Fevereiro de mil quinhentos e trinta annos.
Pedindo-me o dito Portugal Rei d'Armas que lhe mandasse passar o dito alvará em
Carta e porque elle me pediu lhe mandei passar a prezente carta a qual mando
que em todo se cumpra e guarde como no dito alvará se conthem por que assim he
minha mercê, Dada em a Cidade d'E vora aos douze dias do mez d'Abril, Henrique
da Mota a fez anno do Nascimento de Nosso Senhor Jezus Christo de mil
quinhentos trinta e cinco annos. (Registada no Real Archivo da Torre do Tombo,
Chancellaria de el-rei D. João III, livro x, folhas 60.)
DOCUMENTO N.° 8 Carta de brazão de armas
passada a José Alvares da Costa, feita pelo reformador do Cartorio da Nobreza
Frei José da Cruz, em 1727. DOM JOÃO, por graça de Deus rei de Portugal e dos
Algarves, d'áquem e d’além mar em Africa, senhor de Guiné, e da conquista,
navegação e commercio da Ethiopia, Arabia, Persia e India, etc. A quantos esta
nossa carta virem fazemos saber que José Alvares da Costa nos fez petição em
como ele descendia da geração e linhagem dos Mou ras, Costas, Castros e
Manueis, e suas armas lhe pertenciam de direito, pedindo-nos por mercê, que
para a memoria de seus antecessores se não perder, e ele poder usar da honra
das armas, que pelos merecimentos de seus serviços ganharam e lhes foram dadas,
e assim dos privilegios, honras, graças e mercês, que por direito e por bem
dellas lhe pertencem, lhe mandassemos dar nossa carta das ditas armas, que
estão registadas em os livros dos registos das armas dos nobres e fidalgos de
nossos reinos, que tem Portugal nosso prin cipal rei de armas. A qual petição
sendo vista por nós, mandámos sobre ella tirar inqui ção de testemunhas, a qual
foi tirada e sentenciada pelo doutor Antonio de Magalhães Velho, do meu
desembargo, e meu desembargador em esta minha côrte e casa da sup plicação,
corregedor do civel em ella, e por Simão da Silva Lamberte, escrivão do juizo
da correição do civel da côrte e casa da supplicação; pela qual fomos certos
que ele pro cede e vem da geração e linhagem dos Mouras, Costas, Castros e
Manueis, e que de di reito as suas armas lhe pertencem como filho legitimo de
Lopo Alvares de Moura, e de sua mulher D. Maria de Castro, moradores na
provincia do Minho; neto de João Alva res de Moura, e de D. Helena da Silveira;
bisneto de Lopo de Moura, e de D. Catha rina de Mello; terceiro neto de João
Alves de Moura, e de D. Aldonça Correa; quarto neto de Lopo Alves de Moura, e
de D. Catharina de Menezes; e por parte materna neto de D. Rodrigo Manuel, e de
D. Filippa de Castro; bisneto de D. Christovão Manuel de Vilhena, e de D.
Francisca de Castro; e que toda a sua ascendencia eram pessoas nobres e
aparentadas com as mais principaes, sem nota, nem rumor de judeu, mouro ou
mulato, nem de outra infecta nação : pela qual fomos certos que ele procede e
vem da geração e linhagem dos Mouras, Costas, Castros e Manueis, e que de direito
as suas ar mas lhe pertencem, as quaes lhe mandamos dar em esta nossa carta com
seu brazão, elmo e timbre, como aqui são devisas; e assim como fiel e
devidamente se acharam de visadas e registadas nos livros dos registos do dito
Portugal nosso rei de armas princi pal. A saber : escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Mouras, no segundo as dos Costas, no terceiro as
dos Castros, e no quarto as dos Manueis; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro com seu paquife, timbre o dos Mouras, e por diferença uma brica de oiro
com um — M–preto. (Logar das armas.) O qual escudo, armas e si gnaes possa
trazer e traga o dito José Alvares da Costa, assim como as trouxeram e d’ellas
usaram seus antecessores, e nobres e antigos fidalgos sempre costumaram trazer
em tempos dos mui esclarecidos reis nossos antecessores, e
com elas possa entrar em ba talhas, campos, rectos e escaramuças, e exercitar
com ellas todos os outros actos licitos da guerra e paz, e assim as possa
trazer em seus firmaes, aneis, sinetes e divisas, e as pôr em suas casas e
edificios, e deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente se ser vir, e
honrar, e aproveitar d’ellas, em tudo, e por tudo como a sua nobreza convém;
com a qual queremos e nos praz que haja elle, e todos os seus descendentes,
todas as honras, privilegios, liberdades, graças, mercês, isenções e franquezas
que hão, e devem haver os fidalgos e nobres de antiga linhagem, e como sempre
de tudo usaram e possuiram seus antecessores. Por isso mando a todos os nossos
corregedores, desembargadores, juizes, justiças, alcaides, e em especial aos
nossos reis de armas, arautos e passavantes, e a quaesquer outros oficiaes e
pessoas a quem esta nossa carta fôr mostrada e o conheci mento d’ella
pertencer, que em tudo lh'a cumpram e guardem, e façam cumprir e guardar como
n’ella se contém, sem duvida nem embargo algum que em ella lhe seja posto, por
que assim é nossa mercé. El-rei nosso senhor o mandou por Manuel Leal, seu rei
de armas Portugal e principal. Frei José da Cruz, da ordem de S. Paulo,
reformador do Cartorio da Nobreza, a fez por especial provisão do dito senhor,
aos 18 dias do mez de Fevereiro do anno do nascimento de nosso senhor Jesus
Christo de 1727. E vão subscriptas pelo doutor Agostinho Duarte Salvado, cavalleiro
fidalgo da casa de Sua Magestade, escrivão da nobreza n'estes reinos e
senhorios de Portugal e suas com quistas. — E eu Agostinho Duarte Salvado a
subscrevi. — Rei de armas principal. Fica registado este brazão no livro vIII
do registo dos brazões da nobreza de Portu gal, a folhas 35. Lisboa Occidental,
19 de Fevereiro de 1727. Declaro que vai este brazão escripto em duas meias
folhas de pergaminho por mim rubricadas, excepto a do titulo e a do subscripto.
—Agostinho Duarte Salvado.
DOCUMENTO N.º 9 Provisão passada a Frei Manuel de Santo
Antonio para continuar na factura dos brazões de armas (1745). DOM JOÃO etc.
Faço saber que o Padre Frei Manuel de Stº Antonio Religioso da Ordem de S.
Paulo me reprezentou por sua petição que ele acompanhára o Padre Frei Joze da
Cruz Religioso que fora da mesma Ordem na factura dos Brazões da Nobreza d’este
Reino por especial concessão minha, e por morte do dito Padre ficara o
Supplicante com a mesma occupação, e para continuar mésta pedira pela meza do
meu Dezembargo do Paço provizão, cujo requerimento se me consultara, e como na
dita occupação estavão em tempos dos mui esclarecidos reis nossos antecessores,
e com elas possa entrar em ba talhas, campos, rectos e escaramuças, e exercitar
com ellas todos os outros actos licitos da guerra e paz, e assim as possa
trazer em seus firmaes, aneis, sinetes e divisas, e as pôr em suas casas e
edificios, e deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente se ser vir, e
honrar, e aproveitar d’ellas, em tudo, e por tudo como a sua nobreza convém;
com a qual queremos e nos praz que haja elle, e todos os seus descendentes,
todas as honras, privilegios, liberdades, graças, mercês, isenções e franquezas
que hão, e devem haver os fidalgos e nobres de antiga linhagem, e como sempre
de tudo usaram e possuiram seus antecessores. Por isso mando a todos os nossos
corregedores, desembargadores, juizes, justiças, alcaides, e em especial aos
nossos reis de armas, arautos e passavantes, e a quaesquer outros oficiaes e
pessoas a quem esta nossa carta fôr mostrada e o conheci mento d’ella
pertencer, que em tudo lh'a cumpram e guardem, e façam cumprir e guardar como
n’ella se contém, sem duvida nem embargo algum que em ella lhe seja posto, por
que assim é nossa mercé. El-rei nosso senhor o mandou por Manuel Leal, seu rei
de armas Portugal e principal. Frei José da Cruz, da ordem de S. Paulo,
reformador do Cartorio da Nobreza, a fez por especial provisão do dito senhor,
aos 18 dias do mez de Fevereiro do anno do nascimento de nosso senhor Jesus
Christo de 1727. E vão subscriptas pelo doutor Agostinho Duarte Salvado,
cavalleiro fidalgo da casa de Sua Magestade, escrivão da nobreza n'estes reinos
e senhorios de Portugal e suas com quistas. — E eu Agostinho Duarte Salvado a
subscrevi. — Rei de armas principal. Fica registado este brazão no livro vIII
do registo dos brazões da nobreza de Portu gal, a folhas 35. Lisboa Occidental,
19 de Fevereiro de 1727. Declaro que vai este brazão escripto em duas meias
folhas de pergaminho por mim rubricadas, excepto a do titulo e a do subscripto.
—Agostinho Duarte Salvado.
DOCUMENTO N.º 9 Provisão passada a Frei Manuel de Santo
Antonio para continuar na factura dos brazões de armas (1745). DOM JOÃO etc.
Faço saber que o Padre Frei Manuel de Stº Antonio Religioso da Ordem de S.
Paulo me reprezentou por sua petição que ele acompanhára o Padre Frei Joze da
Cruz Religioso que fora da mesma Ordem na factura dos Brazões da Nobreza d’este
Reino por especial concessão minha, e por morte do dito Padre ficara o
Supplicante com a mesma occupação, e para continuar mésta pedira pela meza do
meu Dezembargo do Paço provizão, cujo requerimento se me consultara, e como na
dita occupação estavão
muitos Nobres requerendo os ditos brazões, e o Supplicante
os não podia fazer sem li cença minha me pedia que emquanto não baixava a dita
consulta lhe fizesse mercê de que podesse continuar em fazer os ditos Brazões
para expedir os pertendentes que na de mora padecião perjuizo, e tendo
consideração ao referido Hei por bem fazer mercê ao supplicante de que possa
continuar em fazer os Brazões que os Reis d'Armas mandarem passar na forma da
provizão para este mesmo efeito passada ao supplicante, e isto em quanto eu não
mandar o contrario, e esta provizão se cumprirá como n’ella se contem e valerá
posto que seu efeito haja de durar mais de hum anno, sem embargo da Orde nação
do Livro segundo Titulo quarto em contrario e pagou de novos direitos
quinhentos e quarenta reis que se carregárão ao thezoureiro da meza folhas 131
v.º do Livro 1.º de sua receita e se registou o conhecimento em forma no Livro
9.° do Registo geral a folhas 362 v.º El-Rei Nosso Senhor o mandou pelos
Doutores Joze Vaz de Carvalho e Manuel Gomes de Carvalho ambos do seu Concelho
e seus Dezembargadores do Paço. Joze Anasta cio Guerreiro a fez em Lisboa a 29
de Março de 1745, de feitio d'esta 200 reis Antonio Pedro Virgulino a fez
escrever. = Manuel d'Almeida e Carvalho = Manuel Gomes de Carvalho = Por
despacho do Dezembargo do Paço de 22 de Março de 1745 = Joze Vaz de Carvalho =
Pagou 540 reis e aos Oficiaes 314 reis. Lisboa 1 d'Abril de 1745 = Dom
Sebastião Maldonado. (Registrada no Real Archivo, na Chancellaria de el-rei D.
João V, livro cvii, folhas 265 verso.)
DOCUMENTO N.º 10 Carta passada a
fernam gill thesoureyro per que lhe foram dadas e outorgadas armas pera elle e
sseus filhos e todolos outros, etc, (1430). DOM AFFONSO per graça de deos Rey
de portugal e do algarve e senhor de cepta. A quamtos esta carta virem fazemos
saber que segumdo a doutrina dos sabedores conhe cida per evidemcia de feito e
pratica husada jeeralmente amtre todolos principes e rra zom naturall nos
costramge amar todolos nossos subditos e naturaaes E muyto em espi cial
aquelles que per criaçom amor e bôos serviços a nós o tem merecido por que
quamto a rrazom he mays chegada per lomga criaçom e serviços ou per outra
alguua maneyra tanto o amor deve seer mays firme e imtensso pera francamente
obrar nas cousas pera que naturalmente he hordenado. E porem comsyramdo nós a
grande criaçom que por muy lomgo tempo ho muy excellemte e muy poderoso
principe e comprido de muytas vir tudes elRey meu senhor e padre cuja alma deos
aja e nós fezemos em fernam gill seu
criado e nosso thesoureiro e os
muytos grandes serviços que ao dito senhor e a nós tem feitos e ao diamte
emtemdemos delle receber. E desy como servio o muito poderoso e muyto virtuoso
e de gramde memoria elRey dom Joham meu avoo cuja alma deos aja em a tomada de
cepta. E como em todallas outras cousas em que pollos ditos senhores e per nós
foy emcarregado deu sempre de ssy boom comto como homem leall e boom e digno de
todo bem e homrra. E bem assy comsyramdo ho singular amor que lhe por sua
lealdade e serviços os ditos senhores teverom e nós esso meesmo teemos todo
jumtamente nos obrigou e obriga de o acrecemtarmos em honrra a elle
comrrespondemte. Comfiamdo delle e de sua bomdade como foy e ao diamte nos
seria sempre leall e verdadeyro vas sallo queremdo horreconhecer como todo
primeipe he theudo a sseus bôos servidores e naturalmente pollas sobreditas
rrazõoes ssomos obrigado a fazer. O fezemos cavalleyro. E nom embargamte nós
seermos certo ele seer de booa jeeraçom e aver divydo com al güns gramdes
cavalleyros e fidalgos de que elle poderia trazer suas armas ou simaaes
dereytamente por que nos elle disse que seria mais comtemte per memoria de sua
cria çom e serviços de lhe nós darmos armas que elle e os filhos que ora tem e
todolos outros de sseu linhagem podessem trazer que de as aver per outra
maneyra pera sse poderem rrefertar por fidalgos e gemtys homões e gouvyrem dos
privilegios e liberdades e fram quezas exeyçooes de fidalgos. E desy por que
elle foy o primeyro cavalleiro que fezemos despoys que per graça de deos fomos
em estado de Rey. Nós com deliberada vomtade por lhe fazermos mercee presemte
os nobres do nosso comsselho e fidalgos cavalleyros e gemtys homões da nossa
corte e oficiaes darmas segundo sse per direito e tal autorreque rem lhe damos
e outorgamos que elle e os ditos sseus filhos que ora tem e ouver e todolos
outros de sseu linhagem que delles vierem e decemderem ajam e possam trazer
daquy em diamte por armas hüu escudo douro com hüu crecemte bramco. E sobre as
pomtas delle hüua aguia vermelha de cabeça partida e de byeos e pees brancos
com senhas chapelletas dera nas cabeças. As quaaes armas lhe nós assy damos e
outorgamos pera elle e pera os dy tossseus filhos e pera todolos outros que
delles vierem e descemderem. E os avemos daquy em diamte por fidalgos e gemtys
homões e que por taaes sse possam chamar e rrefertar em qualquer cousa auta e
lugar que compridoyro for. E damos a elle e a todos aquelles que delle
descemderem por titolo e apelido monterroyo. E queremos que se possam daquy em
diamte delle chamar por louvor de sua memoria em todo tempo e caso que lhes
aprou ver assy e pela guysa que os fidalgos e nobres homões jeeralmente
custumarom de sse chamar segundo a linhagem de que ssom e naturalmente
decendem. E tambem queremos e outorgamos e mandamos que ajam e gouvam e lhe
sejam guardadas compridamente todallas homrras privilegios e liberdades e
framquezas e eyxepçõoes que per direito lex e custumes dos nossos rregnos os
fidalgos delles ham e devem daver como aquelles que per sseus bõos merecimentos
o merecem. E em testemunho desto por sua guarda e segu rança lhe mandamos dar
esta nossa carta assymada per nós e asellada com ho nosso seelo do chumbo.
Damte em a nossa muy nobre e sempre muy leall cidade de lixboa vinte e um do
mes doutubro diego gomçalvez a fez anno do nacimento de nosso senhor Jeshu
Christo de mill e quatro centos cincoenta annos.
(Registrada no Real Archivo,
livro III de Misticos, folhas 105 verso.)
DOCUMENT0 N.° 12 Carta de brazā0
de armas, dada pel0 imperador Carlos VI a Jacques André Van Praet, em 1734.
CHARLES par la Grace de Dieu Empereur des Romains toujours Auguste, Roy d'Al
lemagne, de Castille, de Leon, d'Aragon, des deux Siciles, de Jerusalem, de
Hongrie, de Boheme, de Dalmatie, de Croatie, d'Esclavonie, de Servie, de
Navarre, de Grenade, de Tolede, de Valence, de Galice, de Majorque, de Seville,
de Sardaigne, de Cordoue, de Corsique, de Murcie, de Jaen, des Algarbes,
d'Algecire, de Gibraltar, des Isles de Ca marie, et des Indes, tant orientales
qu'occidentales, des Isles, terre ferme de la Mer Oceane, Archiduc d'Autriche,
Duc de Bourgogne, de Lotheer, de Brabant, de Limbourg, de Luxembourg, de
Gueldres, de Milan, de Stirie, de Wirtemberg, de la haute, et basse Silesie,
d'Athenes, de Neopatrie, Prince de Suabe, Marquis de St. Empire, de Rome, de
Bourgovie, de Moravie, de la haute, et basse Lusace, Comte d'Habsbourg, de
Flandres, d'Artois, de Tyrol, de Haynau, de Namur, de Barcelone, de Ferrette,
de Kybourg, de Gorice, de Roussillon, et de Cerdagne, Landgrave d'Alsace,
Marquis d'Oristan, et Comte de Goceano, Seigneur de la Marche d'Esclavonie, du
Port Naon, de Biscaie, de Moline, de Salins, de Tripoli, et de Malines, etc. A
tous ceux qui ces presentes verront, ou lire ouiront, salut. De la part de
notre cher et bien aimé Jacques André Van Praet natif et habitant de la ville
d'Anvers nous à été rencontré en deux respet; Qu'il seroit issu d'une famille
ancienne et noble de notre comté de Flandres. Que ses ancetres y au roint été
revetûs des principales charges et nommement de celles de Bourguemaitres, et
Echevins des villes de Brüges, et Dermonde, jusqu'au tems des troubles des Pays
Bas, durant les quels etant rester fidelement attaches tant à la foy
catholique, qu'au service de nos augustes Predecesseurs, et etant perdu la
meilleure partie de leurs biens, ils se seroient mis dans le negoce à l'exemple
d'autres familles nobles pour prevenir leur ruine entiere ; Que pour cet effet
ils se seroient etablis au dit Anvers, où ils auroient toujours vecû avec
lustre jusqu'a present, et occupé des charges honorables, et entre autres celle
de Grand Aûmonier que le suppliant auroit aussy remplie avec honneur, et au
contente ment du Public : Et comme il ne desireroit rien avec plus d'ardeur que
de marcher sur les traces de les dits ancêtres, et de se distinguer de plus en
plus par son attachement, et son zele inviolable pour le service de notre
auguste Maison, et de la Patrie, comme aussi d'animer ses enfans, descendans,
parents et alliés à souivre son exemple, au moyen de quelque grace de notre
munificence Royale : Il nous à très humblement supplié, que notre bon plaisir
soit de l'ennoblir avec ses enfans, e descendans, tant males, que fe melles nés
et à naitre de mariage legitime, au port des armes de sa famille, qui seroient
: Un eeu d'argent chargé de trois trefles de sinople, deux en chef, et une en
pointe, heaume d'argent, grillé, et liseré d'or, hachemens et bourlet d'argent,
et de sinople; et pour cimier une trefle de l'ecu : Sçavoir ſaisons, que nous
ce que dessus consideré,
et science, grace, liberalité,
plaine puissance, et authorité souveraine accordé et outroié, comme nous
accordons et octroions par ces presentes au dit Jacques André Van Praet, de
même qu'a ses enfans, et descendans, mâles, et femelles, nés, et á naitre de
mariage legitime, le titre et degré de noblesse ; voulons, et entendons, que
luy, et iceux jouissent, et usent dores en avant comme gens nobles en tous
leurs faits et actes des honneurs, franchises, prerogatives, preeminences,
privileges, libertés, et exemptions de noblesse, tout ainsi comme en usent et
son accoutumer d'user les autres nobles par toutes nos terres et sei gneuries
notamment en nos Pays Bas, et qu'ils soient tenus et reputes pour nobles en
toutes places et lieux, soit en jugement, ou hors d'iceluy, et qu'ils soient
capables d'avoir etats, et dignités tant de chevalerie, qu'autres, et qu'ils
puissent aussi entout tems avoir, acquerir, et posseder terres, et seigneuries,
rentes, revenus, possessions, et autres choses mouvantes de nos fiefs, et tous
autres nobles tenemens, et les reprendre de nous ou d'au tres seigneurs feodaux
de qui ils seront dependants, et s'ils en oue deja acquis !, les tenir, et
posseder, sans être contraints de les mêttre hors de leurs mains : à quel
effect nous les habilitons, et rendons suffisans et idoines, faisant en autre
vers nous, et nos hoirs, et successeurs les devoirs pertinens selon la mature
et condition d'iceux fiefs et biens acquis, ou á acquerir, et sa coutume du
pays ou ils sont situés. Et a fin que l'etat de noblesse du dit Jacques André
Van Praet, de ses enfans et descendans soit dautant plus notoire, nous leur
avons accordé et permis, acordons et permetons le port des armoiries blasonnées
ci dessus ainsi qu'il les á demandées, et qu'elles vont peintes et figurées au
milieu de ces presentes : si donnons en mandement à notre tres chere, et tres
aimée soeur la Serenissime Archiduchesse Marie Elisabeth, notre lieutenante, et
notre gouvernante génèrale de nos Pays Bas, et ordonnons à nos tres et feaux
ceux de nos Conseils d'Etat Privé, et de nos domaines et finances, President et
Gens de notre grand Conseil, Chancelier, et Gens de notre Chambre des comptes,
et à tous autres nos justiciers et officiers presens et à venir, leurs
lieutenans et chacun d'eux en droit soi, et si avant qu'a luy appartiendra,
qu'etant par les dits de nos comptes bien, et deûment procedè (comme leur
mandons de faire) à l'enterinement, verification et enregistrement de ces
presentes selon leur forme et teneur, ils fassent, souffrent, et laissent le
dit Jacques André Van Praet, ses enfans, et descen dans mâles et femelles, nes,
et à naitre de mariage legitime, de cette nôtre presente grace octroy,
ennoblissement et de tout le contenu en ces dites presentes pleinement,
paisiblement, et perpetuellement jouir et user, sans leur faire mettre ou
donner, mi souffrir etre fait, mis ou domné aucun trouble, ou empechement au
contraire, car ainsi nous plait il : pourvu que dans l'an après la date de
cettes icelles soient presentées à notre dite Chambre des comptes à Bruxelles,
à l'effect de la dite verification et enterinement, comme aussi dans le meme
terme à notre premier Roy d'Armes, ou autre qu'il appartiendra en nos dits Pays
Bas en conformité, et aux fins portez par le 15." article de l'Ordonnance
decretée par les Archiducs Albert, et Isabelle le 14 Decembre 1616, touchant
les port des Armoiries, Timbres, Titres, et autres marques d'honneur, et de
noblesse, l'un et l'au tre à peine de mullité de cette notre presente grace;
ordonnant à notre dite premier Roy
NOTA A PIÉ DE
PÁGINA: (1) Lieu du blason d'armoirie, avec toutes ses couleurs
I - d'Armes, ou à celuy qui
exercera son etat en nos dits Pays Bas, ensemble au Roy ou Heraút d'armes de la
province à qui il appartiendra, de souivre en ce regard ce que con tient le
Reglement fait par ceux de notre dit Conseil Privé le 2.º Octobre 1637 au suget
de l'enregistrement de nos lettres patentes touchant les dites marques
d'honneur, en tenant par nos dits oficiers d'armes respectivement notice au dos
de cettes: et a fin que ce soit chose ferme et stable à toujours, nous avons
signé ces presentes de notre main et a icelles fait mettre notre grand seel.
Donné en notre ville et Residence Imperiale de Viemme en Autriche le
dixneuvieme jour du mois de May l'an de grace mille sept cent trente quat tre,
et de l'Empire Romain le xxiii.", d'Espagne le xxxi.", et de Hongrie,
et de Bo heme le xxiiii paraphé Roc. v. signé CIIARLES. Et plus bas: Par
ordonnance de la Majesté contresigné A. F. Baron de Kúzz. Plus bas etoit encore
ecrit : Pago por derecho de real sello novien- Pago por el derecho de
mediannata ta florines, moneda Alemana. Signé Peres ciento cinquenta y seis fl.
Por el de re de las Agúas secret.º In Titulº quarto cepta del Consejo ciento y
ocho fl. Por el fol. clvij. de tassa extraordinaria trecientos y qua renta fl.
Por el de expedicion y formacion cinquenta y quatro fl. Y por el de hospital
ocho fl. 30 x." Todo moneda de Alemania. Signé. Legaspi Th. R." Folio
liso tout au pied etoit encore ecrit : Pago a los Porteros del Consejo y
Secretaria ocho fº por caxa y cordon quatro fº por pintura de armas quatro fº y
medio. Escritura y pergamino dies fº y por el recivo de me dia annata un e
medio fº Pago por derecho de registro y portero quatro f. e medio. Et etoient
ces lettres patentes seellées des grand et contreséel de Sa Magesté imprimé en
cire rouge, y pendant d'un double cordon de soye jaune noire blanche et rouge,
en une caisse de fer blanc separé par le milieu d'un anneau de cuivre. Folio
seq. etoit encore ecrit: Ce jourd’huy septieme de Juin mil sept cent trente
quattre ont ces Lettres patentes d'Annoblissement été vues et leues au Bureau
de la Chambre des Comptes de l'Empe reur et Roy en Brabant, et illec selon leur
forme et teneus interinées et enregistrées au Registre des Chartres octroyes,
et autres affaires du dit Brabant commençant avec l'année 1732 marque de la
lettre 2 quotée nº xx fol. xlij recto et seqti." etoient signe M. B.
Courcol — J. F. H. Schocckaert — F. A. Fraula. exer çant l'Etat de premier Roy
d'Armes dit Toison d'or, en ses Pays Bas et de Bourgogne ; et Richard de Grer,
Ecuyer Roy et Heraut d'Armes ordinair de Sa Magesté Imperiale et Catholique en
ses dits Pays Bas, à titre de la Province et Duché de Lothier et de Bra bant :
Certefions et declarons d'avoir vû et examiné ces presentes Lettres patentes
d'An noblissement et Armoirie, et den avoir tenu notice et memoire és livres et
registres de nos offices, chacun de nous en particulier, conformement que Sa
Magesté le veut et mande ètre fait au dispositiff d'icelles Lettres patentes.
En têmoin de ce Nous avons signé cete fete à Bruxelles Ville de cour au Duché
de Brabant, le huitieme jour du mois de Juin le l'an mil sept cent trante
quattre : Etoient signés Joseph Vanden Leene, et R. De Grer. Regrë. Je
soussigné André François Jaerens, Ecuyer Chevalier Roy et Heraût d'Armes ordi
naire de Sa Magesté Imperiale Catholique en les Pays Bas et de Bourgogne; à
titre de la Province et Duché de Luxembourg, et Comté de Chiny certefie, et
declare que la copie des Lettres Patentes d'Annoblissement que ci dessus acorde
de mot à mot tout à l'ecri ture qu'aux armoiries à celle du Registre du
Conseiller et premier Roy d'armes de l'em pereur et Roy dit Toison d'or en ses
dits Pays Bas reposant en son office. Temoin ma signeture et mon seel, ci mis à
Bruxelles Ville de Cour au Duché de Brabant le 8.°jour du mois de Jeuillet de
l'an 1734.A. F. Jaerens. = Lieu du seel =
D0CUMENTO N.° 13 Carta de brazā0 de armas passada a Pedro Pacheco em
1535.
DOM FILIPPE por graça de Deus rei
de Portugal e dos Algarves, d'áquem e d'álem mar em Africa, senhor de Guiné,
etc. Faço saber que por parte de João Pacheco me foi apresentada uma minha
provisâo, feita em meu mome, e por mim assignada e passada pela minha
Chancellaria com uma petiçâo inserta, de que o traslado verbo ad verbum é do
teor seguinte : Dom Filippe por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves,
d'aquem e d'além mar em Africa, senhor de Guiné, etc. Faço saber a vós Luiz
Ferreira de Azevedo, do meu Desembargo, guarda-mór da Torre do Tombo, que Joâo
Pacheco, morador na villa de Monchique, me fez a petiçâo seguinte : Diz Joâo
Pacheco, morador na villa de Mon chique do reino do Algarve, que para bem de
sua justiça lhe é necessario o traslado do brazâo que tirou seu tio Pedro
Pacheco, morador na ilha de S. Miguel. Pede a Vossa Magestade lhe faça mercê
mandar passar provisâo pelo guarda-môr da Torre do Tombo, e mandar dar na forma
costumada. — E receberá mercê. E visto seu requerimento, hei por bem, e vos
mando lhe deis o traslado do brazâo, de que na dita petiçâo faz mençâo, a qual
lhe dareis na forma costumada, conforme a provisão que mandei passar da ordem
porque da dita Torre se haviam de dar ás partes os traslados das coisas que
pedem. El-rei nosso senhor o mandou pelos doutores Antonio da Cunha e Luiz Machado de Gouvea, ambos do seu
Conselho e seus desembargadores do Paço. Sebastião Pereira a fez em Lisboa aos
19 de dezembro de 1607. João da Costa a fez escrever. — Antonio da Cunha — Luiz Machado de Gouvea. E em
cumprimento da mesma provisão buscaram os livros da dita Torre do Tombo, e em
um livro de privilegios, que serviu na Chancellaria no anno de 35, folhas
d’elle 79, está registada uma carta, de que o traslado verbo ad ver bum é o
seguinte: Dom João por graça de Deus rei de Portugal e Algarves, d’áquem e
d'álem mar em Africa, senhor de Guiné, da conquista, navegação, commercio da
Ethiopia, Arabia, Persia, e da India, etc. A quantos esta minha carta virem
faço saber, que Pedro Pacheco, morador na ilha de S. Miguel, me fez petição,
como elle descendia por linha recta e masculina da geração e linhagem dos
Pachecos, que n'estes reinos são fidal gos de cota de armas, e que de direito
as suas armas lhe pertencem, e pedindo-me por merce, que por memoria de seus
antecessores senão perder, e ele vir a usar da honra das armas, que pelos
merecimentos de seus serviços ganharão, e foram dadas, assim como dos
privilegios, honras, graças e mercês, que por direito e por bem d’ellas lhe
pertencem, lhe mandasse dar minha carta das ditas armas, que estavam registadas
em os livros dos re gistos das armas dos nobres e fidalgos de meus reinos, que
tem Portugal, meu principal rei de Armas : a qual petição por mim vista mandei
sobre ella tirar inquirição de teste munhas, a qual foi tirada pelo doutor
Christovão Estevens da Espragosa, do meu conse lho e desembargador das minhas
petições, e por Braz Fernandes, escrivão em minha côrte, pelo qual provou ele
supplicante, descendia por linha directa e masculina da dita geração dos
Pachecos, como filho legitimo de Antonio Pacheco, e meto de Pedro Pacheco, que
mataram os mouros em Ceuta, que foi do tronco d'esta geração, fidalgo honrado,
que por direito as suas armas lhe pertencem : ao qual lhe mandei dar esta minha
carta com seu brazão, elmo e timbre, como aqui são divisadas, e assim como fiel
e verdadeiramente se acharão registadas nos livros dos registos do dito
Portugal, meu rei de armas, as quaes são as seguintes, a saber: O campo de
oiro, e duas tinas caldeiras, e pala do mesmo com tres faxas, e azas viradas e
contraviradas de vermelho e preto, e quatro cabeças de ser pente, tambem de
oiro, e nos cabos das azas, duas para fora das caldeiras e duas para dentro, e
por diferença uma flor de liz vermelha; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre um pescoço de serpe de oiro com
duas ca beças, uma contra outra: o qual escudo, armas e signaes possa trazer e
traga o dito Pe dro Pacheco, assim como as trouxeram e d’ellas usaram os seus
antecessores em todos os logares de honra, em que os ditos seus antecessores,
nobres e antigos fidalgos sempre costumaram trazer em tempo dos mui
esclarecidos reis, meus antecessores, e com elas possa entrar em batalhas,
campos, rectos, escaramuças, desafios, e exercitar com elas to dos os outros
actos licitos de paz e guerra, e as possa trazer em seus firmaes, anneis,
divisas, e as pôr em suas casas, edificios, e deixal-as sobre suas sepulturas,
e finalmente servir, e honrar, usar, e aproveitar d’ellas em tudo e por tudo,
como a sua nobreza con vier. Porem mando a todos os meus corregedores,
desembargadores, juizes, justiças e al caides, em especial aos meus reis de
armas, arautos, passavantes, e quaesquer outros of pertencer, que em tudo lha
cumpram, guardem, façam cumprir, e guardar como n’ella é contido, sem duvida
nem embargo algum, que em ella seja posto, porque assim é minha mercê. Dada em
minha muito nobre e sempre leal cidade de Evora aos 22 de maio. El-rei nosso
senhor o mandou pelo bacharel Antonio Rodrigues, Portugal seu rei de armas
principal provedor de vara; Rei de armas Algarve, escrivão da nobreza, a fez em
1535 annos. E não dizia mais a dita carta, e nem se achou outra coisa em contrario
na dita Torre, e mandei se désse esta á qual se dará tão inteira fé e credito
como á propria do dito livro, com o qual foi concertada. El-rei nosso senhor o
mandou por Luiz Ferreira de Azevedo, do seu Desembargo, guarda-mór da Torre do
Tombo, aos 5 de janeiro de 1608. — Pedro de Moraes a fez. Luiz Ferreira de
Azevedo. Pagou com busca 600 réis, de sêlo 30 réis, e de assignar 370 réis. —
Antonio do Amaral — Belchior Velloso Ramalho.
DOCUMENTO N.° 14 Carta de antiga
fidalguia e brazão de armas passada a Manuel Godinho de Castello-branco em
1588.
SERIE DOS REIS DE ARMAS PORTUGAL
OU CATALOGO DE TODOS OS DE QUE SE APURARAM NOTICIAS PosTERIORMENTE Á REFORMAÇÃO
FEITA PoR EL-REI D. MANUEL •
O brazão de armas mais antigo em que ap .
ANToNIo RoDRIGUEs (Bacharel)... parece o seu nome é de 25 de fevereiro de 1513;
e ainda figura como tal em 1535. 1 2. GASPAR VELHO, sobrinho do antece dente,
cavalleiro da ordem de Sant'-Servia ainda em 1583. Iago. . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . • Figura o seu nome como Portugal rei de ar 3.
JoÃO DE PERADA ............... . mas em um brazão passado a Luiz de Car valho
em 1576. Serviu no reinado de D. Filippe I, e ainda 4. ANTONIO DE CARVALHO
.......... | se encontra o seu nome figurando em 1599. 5. MANUEL TEIXEIRA...............
# um brazão por elle passado a 15 de maio de 1599. Ainda no mesm • . Fi 6.
BALTHASAR DO VALLE . . . . . . . . …) o reinado, ou no de D. Fi lippe II. 7.
MARTIM AFFONSO ........ • • • • • • • É do reinado de D. Filippe III. 8.
ANTONIO COELHO................ Idem de D. João IV. 9. FRANCIsco GoNÇALVEs
CARRAsco. Acham-se brazões por elle passados até 1683. O primeiro brazão que
apparece com o seu 10. MANUEL LEAL ................... nome é de 1709, e o
ultimo de 1728. Ha brazões passados em seu nome desde 17 11. MANUEL PEREIRA DA
SILVA....... de julho de 1730 até 22 de março de 1755. 12. PEDRO DE SOUSA
................ Idem de 30 de junho de 1755 até 25 de ju nho de 1760. 13 14
15. 16. JoAQUIM PEREIRA CARosso ...... 17 18 19 20 21 22 23 24 25 . LUIZ RODRIGUES
CARDOSO ....... |"## # # de 1765 até 16 de ou . ANTONIO RODRIGUES DE
LEÃO.... "… ## de abril de 1776 até 25 de agosto B Idem de 5 de setembro
de 1785 até 20 de JosÉ BRABO..................... dezembro de 1790. Idem de 29
de março de 1791 até 11 de ou tubro de 1794. Idem de 18 de fevereiro de 1795
até 3 de . MANUEL José GoNÇALVES........ agosto de 1804. . ANTONIO DA SILVA
RODRIGUES ... "… # de julho de 1805 até 23 de agosto d • • . JosÉ THEODORO
DE SEIXAs ...... } # #" de 1811 até 3 de de Sendo rei de armas India
serviu interina W mente de rei de armas Portugal desde 23 . JosÉ DA CUNHA
MADEIRA ..... '''] de dezembro de 1817 até 20 de outubro de 1823. Apparece o
seu nome em brazões desde 1 de dezembro de 1823 até 14 de fevereiro de 1834. .
ANTONIO GOMES DA SILVA........ *** # #" de 1831 até 16 de . IsIDoRo DA
CosTA E OLIVEIRA ... Idem de 11 de abril de 1853 até 6 de feve . MANUEL
FRANCISCO DE FREITAs.. reiro de 1856. Idem de 20 de outubro de 1856 até 3 de .
JoÃO CARDos o DE FREITAs....... abril de 1859. . JoAQUIM JosÉ VALENTIM.........
""" 25 de março de 1860 até á data OBRA Alv. . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Alvará Br...... . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . Brazão Br. P. . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . Brazão passado Cart. da
N........................... Cartorio da Nobreza Chane. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . Chancellaria (C. C.). . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . Conferido — Campos
I.H..........…..................... Indice heraldico M. N..... • • • • • • • •
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • Mercê nova Reg. . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . Registrado R. Arch... . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . Real Archivo V... . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . Vídè ou veja A
2. AFFONSO BEMBo, filho de
Fabricio Bembo, morador em Lisboa. Carta pela qual el-rei D. Filippe I lhe
concede e a seus descendentes o seguinte bra zão de seus antecessores: — Escudo
de campo azul atravessado de uma asna de oiro en tre tres rosas do mesmo em
roquete, com um paquife e elmo; e por timbre um cavallo hyppogripho alado, com
azas de oiro, e dois rotulos em campo de oiro, que dizem: Vir tus et honor; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos Bembos,
que foram fidalgos em Veneza. — Dada em Lisboa a 28 de janeiro de 1583. Reg. na
Chanc. de D. Filippe I, liv. I, fl. 23 v.
3. AFF oNso CHANocA, filho de
Violante Chanoca, e neto de Afonso Chanoca, que foi fidalgo muito honrado e do
tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo partido em duas palas,
a primeira de oiro e a segunda de azul, e dois braços de leão um junto ao
outro, sendo um vermelho sobre o oiro, e o outro de oiro sobre o azul, e sobre
elles no campo duas estrellas, uma vermelha outra de oiro, e por diferença uma
brica verde; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, azul e
vermelho, e por timbre os mesmos braços com uma estrella no vermelho; com todas
as honras e privilegios de nobre fidalgo por descender da geração e linhagem
dos Chanocas. — Dada em Lisboa a 28 de março de 1549. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. II de privilegios, fl. 303 v.
4. AFFONso CoRDovIL, cavaleiro da
casa real e da ordem de Christo, filho de Anto nio Cordovil, cavalleiro
fidalgo, neto de Francisco Cordovil, e bisneto de Lourenço Cor dovil, que foi
fidalgo e do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo vermelho com
uma oliveira verde, com raizes de prata e fructo de oiro, e ao pé d’ella presa
uma lebre de prata com uma coleira azul guarnecida de oiro, elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de prata, vermelho e verde; e por timbre a
mesma lebre, com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração dos de Cordovil. — Dada em Lisboa a 2 de setembro de 1553. Reg, na
Chanc. de D. João III, liv. 1 de privilegios, fl. 52. • 1 1
5. AFFONso CoRREIA, fidalgo da
casa real, filho de Jorge Correia, neto de Pedro Correia, que foi capitão da
ilha Graciosa, bisneto de Gonçalo Correia, que foi do tronco d’esta geração dos
Correias; bem assim era filho de Leonor de Mello, neto de Gaspar Dias de Ayres,
e de D. Beatriz de Mello, bisneto de Vasco Martins de Mello, que foi fi dalgo
muito honrado e do tronco da geração dos Mellos, e irmão do conde D. Pedro Vaz
de Mello da Atalaya. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo esquartelado, o primeiro dos
Correias, vermelho e uma aguia de preto armada de prata, estendida, tendo nos
peitos um escudo de oiro fretado de ver melho de grossas cotiças; o segundo dos
Mellos, vermelho e seis besantes de prata em duas palas, entre uma dobre cruz e
uma bordadura de oiro, e por diferença uma flor de liz de prata; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre a mesma
aguia com uma correia no bico; com todas as honras de nobre e fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Correias e Mellos. — Dada em Almei rim a 23
de abril de 1544. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLI, fl. 15.
6. AFFONSO DA CUNHA, fidalgo da
casa real, morador em Coimbra, filho de João Lou renço Coelho, que foi pagem do
infante D. Pedro, neto de D. Guise, fidalgo francez, e da parte de sua mãe era
neto de Afonso Fernandes da Cunha, e todos foram fidalgos. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: —
Escudo de campo esquartelado, o primeiro de oiro e um leão de purpura com tres
faxas exaquetadas do primeiro e de azul, e uma bordadura do mesmo, cheia de coe
lhos de prata malhados de preto, e o segundo de oiro com nove cunhas de azul em
tres palas e a seu direito, e por diferença uma flôr de liz verde; elmo de
prata aberto, pa quife de oiro e purpura, e por timbre o mesmo leão; com todas
as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos
Cunhas e Coelhos. — Dada em Lis boa a 12 de outubro de 1523. Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. IV, fl. 1 v.
7. AFFONso GoNÇALVES DE
FIGUEIREDo, escudeiro da casa do Cardeal infante, fi lho natural de Pedro
Borges, que foi fidalgo muito honrado, neto de D. Diogo Borges, ab bade que foi
do mosteiro de Refoios de Basto, e bisneto de D. Gonçalo Borges, os quaes todos
foram fidalgos muito honrados e do tronco da casa dos Borges. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: —
Escudo de campo vermelho e um leão de oiro, e uma bordadura de azul semeada de
flores de liz de oiro, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro
e verme lho; e por timbre um meio leão com uma flor de liz sobre a cabeça, e
por diferença um filete preto em contrabanda; com todas as honras e privilegios
de nobre e fidalgo por descender da geração e linhagem dos Borges. — Dada em
Evora a 20 de junho de 1545. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXXV, fl. 76.
8. AFFONSO DE MIRA DE LA CoRoNA
CARVALHo E SILVA, morador na villa do Torrão, provedor-mór da Saude, e familiar
do Santo Oficio, administrador do morgado das Silvas, da villa de Alcaçova;
filho de João de Mira Valadão e de sua mulher Maria de la Corona Carreiro, neto
paterno de Affonso de Mira Valadão; bisneto de João de Mira Valadão, irmão de
Gaspar da Silva, cidadão e fidalgo da cidade de Evora : neto materno de Antonio
Carreiro e de sua mulher Luiza de la Corona, bisneto de Paulo Carreiro, que era
filho de Pedro Carreiro, ambos com os foros de moços da camara e de
cavalleiros. As armas dos Silvas, Carreiros, Coronas, Miras, e Valadão. —Br. p.
aos 21 de ja neiro de 1752. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 28. (C.
C.)
9. A FFoNso DE PoNTE MACIEL,
beneficiado na ilha Terceira e ahi morador, filho de Maciel, alcaide-mór que
foi de Villa nova de Cerveira, e fidalgo muito honrado e do tronco d'esta
geraçao. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecesso res: — Escudo de campo partido em pala, a primeira de prata com
duas flores de liz de azul e a segunda de preto com meia aguia de vermelho
armada de oiro, e por dife rença um trifolio de azul picado de oiro; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por timbre meia
aguia de oiro dos peitos para cima estendida; com todas as honras e privilegios
de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Ma cieis. — Dada em Lisboa a
10 de abril de 1540. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. L, fl. 157 V.
10. AFFONSO D E PROENÇA,
cavaleiro da casa do Cardeal infante e seu mordomo e aposentador, filho de
Catharina de Proença, a qual bem como seus avós foram do tronco da geração dos
Proenças. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecesso res: — Escudo de campo partido em pala, a primeira de verde com
uma aguia preta de duas cabeças com os pés e bico de oiro, a segunda de azul
com cinco flores de liz de oiro, em aspa, e por diferença uma brica de prata,
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, verde e azul; e por
timbre uma meia aguia de uma cabeça preta dos peitos para cima; com todas as
honras e privilegios de fidalgo de antiga linhagem por descender da geração e
linhagem dos Proenças. — Dada em Evora a 20 de setembro de 1536. Reg. na Chanc.
de D. João III, liv. XXII, fl. 120 v.
11. AFFONso D E To RREs, o VELHo,
fidalgo da casa real, morador em Lisboa. Carta pela qual el-rei D. Sebastião
lhe confirma o seguinte brazão de seus anteces sores: — Escudo de campo
vermelho e cinco torres de oiro quadradas e lavradas de preto assentadas em
aspas, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho; e
por timbre uma das torres das armas com uma estrella vermelha firmada sobre
ella; com todas as honras e privilegios de nobre e fidalgo pelos muitos
serviços que prestou a el-rei D. Sebastião e a el-rei D. João III, e por
descender da geração dos Torres dos reinos de Castella. Acha-se junta a carta
de sua nobreza passada em Valhadolid. — Dada em 13 de fevereiro de 1560. Reg.
na Chanc. de el-rei D. Sebastião, liv. II, fl. 175.
12. A FFoNso DE TORRES, o Moço,
fidalgo da casa real, morador em Lisboa. Carta pela qual el-rei D. Sebastião
lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo vermelho
e cinco torres de oiro quadradas e lavradas de preto, elmo de prata aberto
guarnecido de oiro; paquife de oiro e vermelho, e por timbre uma das torres das
armas com uma estrella vermelha assentada sobre ella; com todas as hon ras e
privilegios de nobre e fidalgo por descender dos Torres que eram fidalgos no
reino de Castella. —Dada em Lisboa a 3 de fevereiro de 1560. Reg. na Chanc. de
D. Sebas tião, liv. II, fl. 266 v.
13. AFFONso VIEIRA, cavalleiro da
casa real, morador em Aldeia-gallega, filho de Maria Vieira. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: —
Escudo de campo vermelho com seis vieiras de oiro riscadas de preto, em duas
palas, e por diferença uma brica de oiro e n'ella um — A — preto; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho e por timbre dois bordões
vermelhos fer rados, em aspa, e n'elles uma vieira; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração dos Vieiras. — Dada em Lisboa a
14 de novembro de 1537. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXIII, fl. 92.
14. A GosTINHO DE ABREU CouTINHo,
bacharel formado em canones pela Universi dade de Coimbra, cavaleiro fidalgo da
casa real, natural da villa da Moita, filho do te nente de cavallos Manuel de
Abreu Coutinho tambem cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D.
Antonia Luiza da Silva, neto pela parte paterna de Agostinho de Abreu Coutinho,
cavaleiro da ordem de Christo, capitão de cavallos, e alcaide-mór da praça de
Mazagão com o foro de cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Maria
da Cruz da Silveira; bisneto de Pedro de Abreu de Paiva Coutinho, que tambem
teve o dito foro, e foi capitão de infanteria na côrte, ao tempo que n’ella se
acclamou o senhor rei D. João IV onde rendeu o forte da Vedoria, junto ao paço
: o qual era descendente de Pedro Gomes de Abreu, donatario da villa de
Regalados, couto e casa de Abreu, e Merufe, e do paço e torre de S. João de
Cosiereiro, onde viveu. Um escudo partido em pala, na primeira as armas dos
Abreus, e na segunda as dos Coutinhos. — Br. p. a 27 de agosto de 1788. Reg. no
Cart, da N., liv. IV, fl. 70. (C. C.)
15. A GosTINHo ANToNIo DE So Us A
BRITo REZENDE Souto-MAYoR E SILVA, de Villa nova de Passos, filho de José
Mathias da Silva Rezende Souto-mayor, monteiro-mór da dita villa, e capitão da
de Alvaes, e de D. Maria Magdalena Joaquina de Brito e Sousa; neto pela parte
paterna do capitão Simão Luiz da Silva, cavaleiro professo da ordem de Christo,
familiar do Santo Oficio do numero, e de D. Francisca Rezende Souto-mayor, e
pela materna de Luiz de Brito, e de D. Maria de Brito. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Silvas, no segundo as dos Rezendes, no
terceiro as dos Souto-mayores, e no quarto as dos Britos. — Br. p. a 30 de maio
de 1787. Reg, no Cart. da N., liv. IV, fl. 11. (C. C.)
16. A GosTINHo Do Couto D E
MAGALHÃES GAMEIR o, mestre de campo dos auxilia res, e commandante dos Rios de
Senna, estados de Moçambique, filho de Antonio do Couto de Magalhães,
capitão-mór, e juiz das terras de Bardez, na India, e de sua mulher D. Bea triz
Felicia Gameiro Rollim; neto pela parte paterna de João do Couto de Aragão e
Maga lhães, natural da comarca de Santarem, como tambem o foi o pae do
supplicante, todos pessoas muito nobres das familias dos appellidos de Coutos,
e Magalhães deste reino. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Coutos, e na segunda as dos Magalhães. — Br. p. a 18 de março de 1788. Reg. no
Cart. da N., liv. IV, fl. 53. (C. C.)
17. A GosTINHO IMPERIAL, fidalgo
janoez, morador na ilha de S. Miguel, filho de Fe drião Imperial. Carta pela
qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: —
Escudo de campo de prata com uma pala de oiro e n'ella uma aguia preta, elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, prata e preto; e por timbre um
meio anjo vestido de branco e semeado de roxo, com um lirio verde florido na
mão esquerda e a direita levantada, com todas as honras de fidalgo, por
descender da geração e linha- . gem dos Imperiaes. — Dada em Lisboa a 17 de
junho de 1529. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XVII, fl. 75 V.
19. ALBERTO DE ABREU PEsso A DE
AMORIM, morador na sua quinta de Orão, termo e freguezia da villa da Redinha,
filho de Francisco Antonio de Amorim Pessoa Abreu e Gouveia, e de sua mulher D.
Catharina Joaquina Mauricia de Macedo; neto pela parte pa terna de Francisco
Mendes de Abreu, e de sua mulher D. Antonia de Amorim Pessoa e Gouveia, e neto
pela parte materna de Rodrigo Pacheco Pimentel, e de sua mulher D. Ma rianna de
Macedo Baracho de Alvayazere; bisneto de Jorge Pessoa de Amorim, e de sua
mulher D. Marianna de Gouveia; terceiro neto de João de Amorim Pessoa de Aragão
e Faria, e de sua mulher D. Helena de Brito, de cujo matrimonio nasceu Gaspar
Pessoa, pae de Luiz Pessoa de Amorim, que foi casado na villa do Rabaçal;
quarto neto de Gas par Pessoa de Amorim e Faria, e de sua mulher D. Maria Nunes
Cardoso e Gama; quinto neto de João de Amorim e Faria. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Amorins, no segundo as dos Pessoas, no
terceiro as dos Abreus, e no quarto as dos Gouveias. — Br. p. a 21 de julho de
1797, Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 201. (C. C.)
20. A LBERTO ANToNIo DE MENDoNÇA
BARRos, capitão de uma das companhias da ordenança da comarca de Tavira, e cavaleiro
da ordem de Sant'Iago da Espada, filho de Manuel Domingues Pereira de Barros,
sargento-mór do regimento de milicias da referida comarca, cavaleiro da ordem
de Sant'Iago da Espada, e familiar do numero do Santo Of ficio, e de sua mulher
D. Ignez Josepha de Mendonça; neto por parte paterna do alferes Manuel
Domingues Pereira de Barros, e de sua mulher D. Maria Viegas de Barros, e por
parte materna do capitão Domingos Lourenço de Mendonça, e de sua mulher D.
Clara Dias Guerreiro. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Barros, e na segunda as dos Mendonças. — Br. p. a 20 de maio de 1799. Reg, no
Cart, da N., liv. VI, fl. 81 v. (C. C.)
21. ALBINO DE ABRANCHES FREIRE DE FIGUEIREDo,
do conselho de Sua Mages tade, fidalgo cavalleiro da casa real, commendador da
ordem de Nossa Senhora da Con ceição de Villa-viçosa, bacharel formado em
direito, e presidente da Junta do deposito publico, filho de Bernardo de
Figueiredo Ferrão Freire de Abreu Castello-branco, pro prietario, e de sua
mulher D. Anna das Neves Castello-branco; neto paterno de Francisco de
Abranches Freire de Figueiredo, proprietario, e de sua mulher D. Josepha Maria
de Abreu Nogueira, e materno de Caetano Alves das Neves, e de sua mulher D.
Agueda Quaresma das Neves; segundo neto de Manuel de Figueiredo Ferrão
Castello-branco; ter ceiro neto de Francisco de Abranches Ferrão, aos quaes
foram concedidos brazões de 3I'II13S. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Figueiredos, no segundo as dos Freires, no terceiro as dos
Abranches, e no quarto as dos Ferrões. — Br. p. a 31 de janeiro de 1866. Reg,
no Cart. da N., liv. Ix, fl. 92. (C. C.)
22. ALBINo Dos SANTos PEREIRA,
capitão de caçadores do primeiro regimento de infanteria da cidade do Rio de
Janeiro, filho do sargento-mór Albino dos Santos Pereira, e de D. Luiza Maria
de Jesus; neto por parte paterna do sargento-mór Antonio de Carva lho de
Medeiros, e de D. Maria Pereira dos Santos; neto por parte João Pereira da
Silva, e de D. Anna Jacinta de Moraes. Um escudo, e n'elle as armas dos
Pereiras. — Br. p. a 5 de novembro de 1800. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl.
148 v. (C. C.)
23. ALEIxo DA FoNsECA, filho de
Gaspar da Fonseca, neto de João da Fonseca e bisneto de Gonçalo Vaz da Fonseca
Coutinho, que foi fidalgo muito honrado e do verda deiro tronco d'esta geração.
Carta pela qual el rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo de oiro com cinco estrellas vermelhas em aspa,
e por diferença um trifolio verde picado de oiro; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre meio toiro de
vermelho com uma estrella de oiro na testa : com todas as honras e privilegios
de fidalgo, por descender da geração dos Fonsecas. — Dada em Lisboa a 11 de
maio de 1549. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. II de privilegios, fl. 216.
24. ALEXANDRE ALVES DUARTE,
familiar do Santo Oficio, sargento-mór da villa de Maceió, comarca do Rio de
Janeiro, filho de Domingos Alves, e de sua mulher Maria Duarte; neto paterno de
Leonardo Alves, e de sua mulher Francisca de Magalhães, e neto materno de
Gregorio Duarte, e de sua mulher Apollonia Borges de Azevedo e Amaral. As armas
dos Magalhães, Borges, Azevedos e Amaraes. — Br. p. a 3 de novembro de 1761.
Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 133 v. (C. C.)
27. ALEXANDRE JosÉ DE GOUVÉ A
ToVAR E MELLO, natural e assistente na villa de Fonte-arcada, comarca de
Trancoso, filho de Manuel José de Gouvêa Coutinho e Mello, e de sua mulher D.
Josepha Thereza de Tovar Beja e Noronha; neto paterno de Antonio de Gouvêa
Coutinho, e de sua mulher D. Thomazia Maria Rosaria de Menezes, e materno de
Affonso Botelho de Sousa Pinto, e de sua mulher D. Thereza de Tovar Beja e Noro
nha, e por uma dilatada serie de avós é o supplicante descendente de João de
Gouvêa, fidalgo da casa real, a quem o senhor rei D. Affonso v se dignou
confirmar a carta de doação, que os senhores reis D. João I e D. Duarte haviam
feito a seu pae Vasco Fernando de Gouvêa, do Senhorio de Castello-melhor e
Almendra, com todos os direitos e rendas de juri e herdade para elle e seus
descendentes. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Gouvêas,
no segundo as dos Coutinhos, no terceiro as dos Tovares, e no quarto as dos
Bejas. — Br. p. a 19 de março de 1804. Reg, no Cart. da N., liv. IV, fl. 70.
(C. C.)
28. ALEXANDRE JosÉ DE LEMos,
cavalleiro professo da ordem de Christo, sargento mór do concelho de Vieira,
filho de Domingos Martins Fagundes, e de Margarida Vieira de Lemos; neto pela
parte paterna de Francisco Soares, e de Maria Martins, e pela ma terna de
Custodio Garcia, e de Brigida Vieira de Lemos. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Lemos, e na segunda as dos Vieiras. — Br. p. a 19 de
outubro de 1779. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 204 v. (C. C.)
30. ALEXANDRE JosÉ MALHEIRo,
capitão de infanteria auxiliar do terço da comarca da Torre de Moncorvo,
natural da freguezia de Santa Eugenia da mesma comarca, filho de Luiz Alvares
Malheiro, almoxarife da dita comarca, e capitão reformado do dito terço, e de
sua mulher e prima D. Maria Josepha Joaquina, da casa da Ponte; neto pela parte
paterna de Pedro Martins Malheiro, almoxarife da sobredita comarca, e de sua
mulher D. Maria Gonçalves da Cruz. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Malheiros, no segundo as dos Guedes, no terceiro as dos Mesquitas,
e no quarto as dos Araujos. — Br. p. a 5 de maio de 1788. Reg. no Cart. da N.,
liv. IV, fl. 56 v. • (C. C.)
31. ALEXANDRE JosÉ DA SILVA DE
ALMEIDA GARRETT, natural da cidade do Porto, cavalleiro professo na ordem de
Christo, e selador-mór da Alfandega da mesma cidade, filho de Antonio Bernardo
da Silva de Almeida Garrett, professo na ordem de Christo, e selador-mór da
referida alfandega, e de sua mulher D. Anna Augusta Leitão da Silva Garrett;
neto materno de José Bento Leitão, cavalleiro professo na ordem de Christo, e
deputado da illustrissima Junta da companhia dos vinhos do Alto-Douro, e de sua
mulher D. Maria do Nascimento de Almeida Leitão. O supplicante é sobrinho de D.
Frei Alexandre da Sagrada Familia, bispo de Malaca, e depois de Angra; do
arcediago Manuel Ignacio da Silva de Almeida Garrett, e do conego Ignacio da
Silva de Almeida Garrett, ambos d’esta ultima Sé, por serem todos irmãos
inteiros do referido seu pae, Antonio Bernardo da Silva de Almeida Garrett, que
é egualmente sobrinho do desembargador João Carlos Lei tão, provedor do Rio de
S. Francisco, por ser este irmão inteiro da dita sua mãe, D. Anna Augusta
Leitão da Silva Garrett. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis
as armas dos Silvas, no se gundo as dos Almeidas, e no terceiro as dos Leitões,
— Br. p. a 7 de janeiro de 1825. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 126 v. (C.
C.)
32. ALEXANDRE LUCIANo SoAREs DE
ALBERGARIA TAVAREs, natural do logar de Refoios, freguezia de Villa-cham,
bispado de Aveiro, filho de Manuel Bernardo Soares de Albergaria, monteiro-mór
do concelho de Cambra e senhor da quinta de Refoios, e de sua mulher D. Luiza
Clara Soares de Albergaria; neto paterno do capitão-mór Alexandre Bernardo
Soares de Albergaria, e de Thereza, solteira; e neto materno do capitão Manuel
Soares Homem, e de sua mulher D. Maria Tavares. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Soares de Albergaria, e na segunda as dos Tavares. — Br.
p. a 10 de setembro de 1827. Reg, no Cart. da N., liv. VIII, fl. 207 V. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Machados, no segundo as
dos Paes, no terceiro as dos Araujos, e no quarto as dos Gayos. — Br. p. a 19
de no vembro de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 35. (C. C.) "
34. AlexANDRE DE MEsourTA
CARDozo, alferes da ordenança da vila de Pernagoha, capitania de S. Paulo,
natural da villa de Rio de Moinhos, comarca e bispado de Vizeu, filho de
Bernardo Cardozo de Almeida Amado, e de sua mulher D. Maria da Conceição
Coelho; neto pela parte paterna de Manuel de Almeida Amado, e de sua mulher D.
Ma rianna Cardozo, e pela materna de Bernardo Dias Coelho, e de sua mulher D.
Isabel João. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Almeidas,
no segundo as dos Amados, no terceiro as dos Cardozos, e no quarto as dos
Coelhos. — Br. p. a 16 de setembro de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl.
124 v. (C. C.)
35. ALEXANDRE THEoToNIo DE SousA
E MELLo, cavalleiro fidalgo da casa real, sargento-mór do segundo regimento da
guarnição da cidade da Bahia, filho do capitão Ignacio Gomes de Sousa,
cavalleiro fidalgo da casa real, e de D. Thereza Maria de Sousa e Mello; neto
pela parte paterna de Pedro Gomes e de D. Luzia Fernandes, e pela ma terna do
capitão de mar e guerra Alvaro de Sousa, e de D. Jacinta Maria de Araujo. Um
escudo partido em pala: na primeira as armas dos Sousas, e na segunda as dos
Mellos, — Br. p. a 21 de janeiro de 1790. Reg, no Cart. da N., liv. Iv, fl. 145
v. (C. C.)
36. ALEXANDRINO ANToNIo DE MELLo,
barão do Cercal, commendador da ordem de Christo, filho de Antonio Maria Gotero
de Mello e de sua mulher D. Thomazia do Rosario Pereira de Mello, neto paterno
de Agostinho Gotero de Mello, e materno de José Francisco Pereira, e de sua
mulher D. Filippa Francisca Pereira. Um escudo partido em pala; na primeira as
armas dos Mellos, e na segunda as dos Pereiras. — Br. p. a 23 de agosto de
1853. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 369. (C. C.)
37. D. ALoNsO SANCHES DELGADO
TRIANNO, natural da cidade de Xerez de la Sanches Delgado, e de sua mulher D.
Isabel Trianno Camacho; neto pela parte paterna de D. Pe dro Sanches Delgado, e
de sua mulher D. Agostinha Franco, prima co-irmã de D. Pedro de Roxas Calbaxe,
vinte e quatro da mesma cidade, e filha de D. Pedro Garcia Valeste ros, e de
sua mulher D. Maria de Roxas, esta filha de D. João Dias Heredero e Cevada, e
de D. Anna de Roxas; bisneto de D. Sebastião Sanches Delgado, e de sua mulher
D. Mecia Ramos Delgado; terceiro neto de D. Pedro Sanches, e de sua mulher D.
Joanna Delgado e Cevada, filha de Bartholomeu Delgado; quarto neto de D.
Francisco Sanches, e de D. Isabel Fernandes. Um escudo com as armas dos
Sanches. — Br. p. a 11 de maio de 1775. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 62.
(C. C.)
38. ALVARO AFFONSO FRADE,
escudeiro, criado da casa real. • Carta pela qual el-rei D. Afonso V lhe
concede e a seus descendentes o seguinte brazão de armas: — Escudo em
quarteirões, do qual o campo do primeiro quartel é de celeste ou saphira a um
pesante branco ou dargante, e no segundo quartel o campo é de pesante em celle,
e n'elle uma estrella de purpura ou amatista, sobre tudo uma cruz de golas ou
de rubi sobre uma ponta ondada do primeiro quartel, pelos seus serviços na
tomada de Alcacer, da villa de Arzilla e da cidade de Tanger aos mouros.—Dada
em Cintra a 8 de novembro de 1471. (M.N.) Reg. na Chanc. de D. Afonso V, liv.
xxi, fl. 14, e L. de Mist. III, fl. 12.
39. ALVARO BARRADAs, cavalleiro
fidalgo da casa real, filho de Luiz Barradas. Carta pela qual el-rei D. João
III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo azul
com uma cruz de prata fechada, e em cada um dos quatro cantos do escudo cinco
vieiras de vermelho, em aspa, riscadas de oiro, e por diferença um crescente de
oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por
timbre uma aspa de oiro esgualhada, com as cinco vieiras das armas penduradas
n’ella; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e
linhagem dos Barradas.—Dada em Evora a 31 de julho de 1537. Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. XXIII, fl. 64 v.
40. ALVAR o BoTELHo, fidalgo da
casa real. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecesso res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de azul com uma
banda de prata e n’ella tres caldeiras de preto entre duas flores de liz de
oiro, o segundo de oiro com qua tro bandas de vermelho, e por diferença uma
merleta vermelha, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e
azul; e por timbre dois braços vestidos de azul com uma das caldeiras nas mãos;
com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e
linhagem dos Caldeiras por parte de seu pae, e dos Botelhos por parte de sua
mãe. — Dada em Lisboa a 30 de outubro de 1532. Reg. na Chanc. de D. João III, liv.
XVIII, fl. 106 v.
41. ALVARO DE BRITo VIEIRA,
morador em Faro, filho de Maria Vieira, neto de Fernão Vieira, que foi fidalgo
e do verdadeiro tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo vermelho com
seis vieiras de oiro perfiladas de preto em duas palas, e por diferença uma
brica de arminhos, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e
vermelho, e por timbre dois bordões vermelhos ferrados de oiro, em aspa, com
uma das vieiras das armas entre elles; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da geração e linhagem dos Vieiras. —Dada em Lisboa a 7 de
se tembro de 1557. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. v de privilegios, fl. 49.
42. ALVARO CARDoso, desembargador
dos aggravos da Casa do civel, filho de Diogo Cardoso, neto de Nuno Alvares
Cardoso, que foi irmão de Luiz Vaz Cardoso, chefe e mor gado d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus
antecesso res: — Escudo de campo vermelho e dois cardos verdes, em pala,
floridos e com as rai zes de prata entre dois leões de oiro batalhantes, e por
differença uma merleta de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro, vermelho e prata, e por tim bre uma cabeça de leão de oiro com
um dos cardos saindo-lhe da boca; com todas as honras de nobre fidalgo por
descender da geração dos Cardosos. — Dada em Lisboa a 31 de janeiro de 1561.
Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. II, fl. 47.
43. ALVARO DE CARVALHO MATTOSo,
cavalleiro professo na ordem de Christo, capi tão de granadeiros do regimento
de infanteria paga da cidade de S. Paulo da Assumpção, reino de Angola, filho
de Pedro Mattoso de Andrade, capitão-mór dos presidios de Am baça, Muxima, e da
vila de Massagano, no dito reino, e de sua mulher D. Anna Maria de S. Miguel;
neto pela parte paterna do coronel Francisco Mattoso de Andrade, cavaleiro da
ordem de Christo, e de sua mulher D. Josepha Maria de Lima Pinto Feyo, e pela
materna do capitão de cavallos Alvaro de Carvalho e Menezes, e de D. Maria
Bonine e Cerveira. Escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Andrades, no segundo as dos Limas, no terceiro as dos Menezes, e no quarto as
dos Mendonças. — Br. p. a 2 de novembro de 1781. Reg. no Cart. da N., liv. III,
fl. 30. • • (C. C.)
44. ALVARO DE CASTRO, morador em
Lisboa, filho de Pedro de Castro. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo de prata com
seis arruellas de azul em duas palas, e por diffe rença uma flôr de liz verde,
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por timbre
um leão de prata com seis arruellas de azul; com todas as honras e privilegios
de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Castros.—Dada em Lis boa a
27 de fevereiro de 1529. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XVII, fl. 41 v.
45. ALVARO no Couto, cavallero
fidalgo da casa real. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede e a seus
descendentes o seguinte bra zão de armas : — Escudo de campo vermelho com um
castello de prata guarnecido de preto, e as portas e frestas de verde, e o pé
do escudo ondado de prata e azul, elmo de prata cerrado guarnecido de oiro,
paquife de prata e vermelho, e por timbre o mesmo castello; com todas as honras
e privilegios de fidalgo pelos valiosos serviços que prestou contra os mouros,
e por ter tomado uma grande nau de corsarios francezes sendo capitão de uma
caravella, etc. — Dada em Evora a 28 de março de 1536. (M.N.) Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. XXII, fl. 85.
46. ALVARO DE FIGUEIREDo, morador
em Coimbra, neto de Ruy Dias de Bivar. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de armas de seus antecessores : — Escudo de campo
partido em faxa; o primeiro partido em palas, a pri meira esquartelada de
Castella e Leão, a segunda de vermelho com quatro palas de oiro, o segundo de
vermelho com uma azinheira verde com as raizes de prata e um leão de oiro, e
por diferença uma brica verde e n’ella um anel de prata, elmo de prata aberto,
paquife de oiro e vermelho, e por timbre o leão de oiro; com todas honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Bivares. — Dada
em Lisboa a 29 de maio de 1528. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xI, fl. 59
v. .
47. ALVARO GoNÇALVES DE CACEREs,
servidor da casa real e leitor das chronicas e livros de Castella. des
cendentes o seguinte brazão de armas: — Escudo de campo de oiro com uma palma
verde com seu fructo, em cima d’ella uma estrella vermelha; pelos serviços que
prestou em Africa na tomada de Alcacer-ceguer. — Dada em Lisboa a 23 de junho
de 1459. (M. N.) Reg. na Chanc. de D. Affonso V, liv. IV de Mist., fl. 1.
48. ALVARO LoPEs, cavaleiro da
ordem de S. Tiago e secretario da casa real. O pae CI'3 nºbre e tinha o
seguinte brazão : — Um escudo de campo vermelho com cinco chaves 3ZUIGS *.
Carta por que el-rei D. Afonso V lhe concede e a seus descendentes o uso do
appel lido de Chaves, e o seguinte accrescentamento no brazão de seu pae : — No
escudo das ditas armas na cabeça d'elle um castello e um leão da propria feição
e côres que as ar mas reaes de Castella, pelos serviços por elle prestados nos
reinos de Castella. —Dada em Touro a 4 de abril de 1477. (M. N.) Reg. na Chanc.
de D. Afonso V, liv. II de Mist., fl. 57.
49. ALVARO MANUEL FREIRE ZUZARTE
DE SOUSA, natural da villa de Abrantes, filho primogenito do capitão-mór das
ordenanças da mesma villa, Rodrigo de Castro de Sousa Freire, irmão de D. Frei
Antonio de Castro, bispo de Malaca, e de sua mulher D. Brites Temuda da
Silveira. Neto pela parte paterna de Alvaro Freire de Castro e Sousa, filho do
desembargador Ruy Dias de Castro, o qual por linha masculina descendia dos
Freires illustres d’estes reinos, que tiveram o senhorio da villa de Bobadella,
e a commenda hereditaria de Sousa, como filho que era de Diogo Freire de Sousa.
Neto de Alvaro Gil Freire de Sousa, bisneto de Affonso Freire de Sousa, que era
neto de João Freire de Andrade, e de sua mulher D. Catharina de Sousa, filha de
Martim Affonso de Sousa, bem conhecido nos nobiliarios, como progenitor de
muita e grande fidalguia d’este reino, e o mesmo desembargador Ruy Dias de
Castro, bisavô do supplicante pela linha de sua mãe D. Brites de Castro, irmã
do inquisidor Alvaro Soares de Castro, bispo eleito do Brazil, se mostrava que
descendera dos Castros que foram alcaides-móres de Melgaço, de que procederam
os condes das Galvêas, e outras illustres casas actualmente existentes, por ser
filha de Ruy Dias de Castro e Freitas, neta de Alvaro Soares de Castro, bisneta
de Christovão de Castro e Araujo, terceira neta de Affonso de Castro, filho de
Fernão de Castro, alcaide-mór de Melgaço, e Castro-Laboreiro, irmão de D. João
de Mello, arcebispo de Evora : e pela parte materna se mostrava tambem que o
supplicante é neto de Manuel Freire de Mendonça Caldeira, que foi um dos mais
ricos, nobres e distinctos morgados da villa de Abrantes, com ascendencia dos
ditos Freires, e dos Temudos, e Caldeiras da mesma villa, e dos Zuzartes que
foram alcaides-móres de Arrayollos, um dos quaes fôra Pedro Zuzarte seu sexto
avô. Todos pessoas nobres das familias dos Sousas, Freires, Castros, e
Ferreiras. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no
segundo as dos Freires, no terceiro as dos Castros, e no quarto as dos
Ferreiras, — Br. p. a 23 de julho de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl.
17. (C. C.)
50. ALVAR o DA MATTA LEITÃo,
filho de Ruy Leitão da Fonseca, neto de Martim Gon çalves da Fonseca e de Maria
Leitoa, que foi fidalgo muito honrado e da casa do infante D. Henrique e seu
escrivão da puridade, procurador e contador-mór de todas as suas terras, e foi
do verdadeiro tronco e geração dos Affonsecas. Carta pela qual el-rei D. João
III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus antecessores : — Escudo de
campo esquartelado; o primeiro dos Afonsecas de oiro com 1 Estas são as armas
chamadas—Inquiridas. cinco estrellas vermelhas de seis pernas, em aspa, e o
segundo dos Leitões, de prata com tres faxas de vermelho, elmo de prata aberto,
guarnecido de oiro, paquife de ouro, ver melho e prata, timbre um touro
vermelho com os paus de oiro, e uma estrella de oiro nas ancas; com todas as
honras e privilegios de fidalgo, por descender da geração dos Fonsecas e dos
Leitões. — Dada em Lisboa a 8 de junho de 1538. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. XLIV, fl. 74 V.
elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquife de prata e vermeiho, e por timbre um braço que sae do elmo
vestido de verme lho picado de oiro com o arco das armas na mão; com todas as
honras e privilegios de fidalgo, por descender por parte de seu pae dos
Guantes, e por parte de sua mãe e avós dos Sardinhas. — Dada em Lisboa a 24 de
maio de 1529. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XVII, fl. 70 V.
52. ALVARO DE ORNELLAs, morador
na ilha da Madeira, filho de Lopo Esteves de Ornellas que foi chefe d’esta
linhagem, cujo pae e avós foram fidalgos, muito honrados e TICOS. Carta pela
qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus descendentes o seguinte bra zão de
seus antecessores : — Escudo de campo azul e uma banda vermelha com tres flo
res de liz de oiro entre duas sereias da sua côr, com espelho e pente nas mãos;
elmo de prata aberto, timbre uma sereia das armas, paquife de oiro e azul; com
todas as honras de nobre e fidalgo, por descender da nobre linhagem e geração
dos Ornellas. — Dada em 1513. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. XI, fl. 43 v. e
liv. VI de Mist. fl. 128.
53. ALVAR o PIRES DE ARAUJo,
fidalgo da casa real, filho de Francisco de Araujo, neto de Pedro Gonçalves de
Araujo, e bisneto de Pedro Annes de Araujo, vassallo e al caide mór do castello
de Lindoso, que foi fidalgo e do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei
D. João III lhe concedeu o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de
campo branco com uma aspa azul com cinco bezantes de oiro tam bem em aspa, elmo
de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por tim bre meio
mouro sem braços vestido de azul com um capellar de oiro; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Araujos. — Dada
em Evora a 16 de novembro de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. x, fl.
177 v.
54. ALVARO DA SILVEIRA, morador
em Borba, filho de Francisco da Silveira e de Beatriz da Silveira, e neto de
João Alvares da Silveira, que foi fidalgo e do tronco d'esta geração. Carta
pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo de prata com tres faxas de vermelho, e por
differença uma flor de liz de azul com o pé de oiro, elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho; e por timbre meio urso preto
cortado em sangue sobre uma capella de silvas florida de prata, com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da nobre li nhagem dos Silveiras.
— Dada em Evora a 23 de dezembro de 1534. Reg. na Chanc. de D. João III, liv.
x, fl. 26.
55. ALVARO VELHo, morador na Atalaia,
filho de Nuno Velho, neto de Ruy Velho, de Tancos, e bisneto de Alvaro Velho,
que foi do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecessores: liz de prata por diferença,
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e ver melho; e por
timbre uma aspa vermelha e no meio d’ella uma vieira das armas, com to das as
honras e privilegios de fidalgo, por descender da geração e linhagem dos
Velhos. — Dada em Lisboa a 16 de agosto de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. LII, fl. 184 v.
56. AMADOR D'ALMEIDA, natural da
ilha de S. Miguel, filho de Simão Lopes d'Al meida, cavaleiro da ordem de
Christo, fidalgo do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III
lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo vermelho
com seis arruelas, entre uma dobre cruz e bordadura de oiro, e por diferença
uma meia brica de prata com um — A — de verde, paquife de oiro e de vermelho, e
por timbre uma aguia de vermelho besentada de oiro sobre o elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, com todas as honras e privilegios de fidalgo, por descender
da geração dos Almeidas. — Dada em Lisboa a 9 de abril de 1538. Reg. na Chanc.
de D. João III, liv. XLIV, fl. 46 v.
57. AMADoR D'ALPoEM, morador na
ilha de S. Miguel, filho de Estevão Rodrigues d'Alpoem, neto de Ruy Fernandes
d'Alpoem, que foi fidalgo muito honrado, bisneto de João Rodrigues d'Alpoem,
que foi do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo azul com uma
lua de prata de pontas para baixo e uma bor dadura de vermelho, e por diferença
um trifolio de oiro, elmo de prata aberto guarne cido de oiro, paquife de prata
e azul, e por timbre uma edem de sua côr, com os pés vermelhos e o bico de
oiro, com todas as honras e privilegios de fidalgo, por descender da geração e
linhagem dos Alpoens. — Dada em Lisboa a 13 de setembro de 1539. Reg. na Chanc.
de D. João III, liv. XXVII, fl. 85 v.
58. AMADoR PINTo, natural do
concelho de Villa-marim, filho de Alvaro Pinto e neto de João Martins Pinto e
de Briatiz de Rabello, que foram fidalgos muito honrados, e do tronco da
geração dos Pintos e dos Rabellos. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de armas dos seus antecessores: — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro de prata com cinco crescen tes de vermelho em aspa, e
assim o seu contrario; o segundo de azul com tres faxas de oiro e em cada uma
uma flor de liz vermelha em banda, e assim ao seu contrario, e por diferença um
quarto folio de azul picado de oiro, elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de prata vermelho, oiro e azul; por timbre um leão pardo de prata com a
lingua e unhas vermelhas, com um dos crescentes na espadua, por descender da
nobre geração e linhagem dos Pintos e Rabellos. — Dada em Lisboa a 22 de
janeiro de 1538. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLIV, fl. 6.
59. AMANCIo THOMAz DA Cost A
SILVA REIS, natural da villa de Ançã, comarca de Coimbra, filho de Thomaz dos
Reis e Silva, capitão-mór da dita villa, e de sua mulher D. Anna Maria Josepha
da Costa Freire, neto pela parte paterna de Manuel dos Reis Si mões e Lacerda,
e de sua mulher D. Maria da Silva, e bisneto de João Francisco dos Reis e
Lacerda, e de sua mulher D. Benta Simões da Conceição; e pela parte materna
neto do Onofre da Costa, ouvidor da dita villa, e de sua mulher D. Maria da
Nazareth, e bisneto de João Freire, que teve o dito logar de ouvidor da
referida villa, e de sua mu lher D. Maria da Costa. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Lacerdas, no segundo as dos Silvas, no terceiro
as dos Freires, e no quarto as dos Costas. — Br. p. a 14 de se tembro de 1787.
Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 26 v. (C. C.)
61. AMANTE FERNANDES DE LORDELLo,
morador na ilha da Madeira. Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a
seus descendentes o seguinte bra zão de seus antecessores: — Escudo de campo
verde e uma banda de prata, e n’ella qua tro folhas vermelhas entre seis
cordeiros do segundo, elmo de prata aberto e por timbre um cordeiro das armas
com uma das quatro folhas na bôca, paquife de prata e verde, e por diferença na
ponta da banda uma merleta preta; com todas as honras e privilegios de fidalgo
por descender da nobre geração e linhagem dos de Lordello. —Dada em 1514. Reg.
na Chanc. de D. Manuel, liv. XI, fl. 54, e liv. VI de Mist., fl. 129.
62. A MAR o DE CARVALHo SALAZAR,
natural da villa de Vimioso, filho de Francisco Fernandes Salazar, e de sua
mulher Thereza de Carvalho Quaresma, neto paterno de Ma nuel de Salazar, e de
sua mulher Maria Fernandes, neto materno de Affonso Fernandes, e de sua mulher
Filippa de Carvalho Quaresma. As armas dos Salazares, e Carvalhos. — Br. p. a 5
de maio de 1753. Reg. no liv. particular, fl. 55 v. (C. C.)
65. AMBRosio DE LANDIM, filho de
André Dias, escrivão da Camara real e procura dor dos Contos do reino. Carta
pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo de prata e uma faxa de vermelho, e uma cabeça de leão em
cima do mesmo, e por diferença uma brica azul com uma flor de liz de oiro, elmo
de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre
uma cabeça de leão entre duas azas de oiro; com todas as honras e privilegios
de fidalgo por des cender da geração e linhagem dos Landins. — Dada em Lisboa a
2 de maio de 1539. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXVII, fl. 58.
66. AMBR os Io MENDES NEGREIRos,
morador na villa de Estremoz, filho de Ruy Mendes Negreiros e de Guiomar de
Villa-lobos de Sande, neto paterno de Christovão Mendes de Negreiros, bisneto
de Ruy Mendes de Negreiros; e neto materno de Guiomar Lopes de Sande, bisneto
de Luiz Lopes de Sande, os quaes todos foram fidalgos e da geração dos
Negreiros e Sandes. - Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte
brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos
Negreiros, que trazem o campo esquartelado o primeiro de oiro e azul de seis
peças em pala, o segundo enxaquetado de oiro e azul de seis peças em faxa, e
assim os contrarios; o segundo dos Sandes, em campo vermelho um leão de oiro
rompente armado entre quatro flores de liz de oiro, postas em cruz, e assim os
contrarios, e por diferença um trifolio verde, elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquife de oiro, azul e vermelho, e por timbre um meio leopardo de
azul com tres palas de oiro sobre elle; com todas as honras de fidalgo por
descender da geração dos Negreiros e dos Sandes. — Dada em Lisboa a 15 de
outubro de 1565. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. IV, fi. 241.
67. ANA CLET o JosÉ DE MACED o
PoRTUGAL, bacharel formado na faculdade dos sagrados canones, filho legitimo de
Estevão de Macedo Portugal, natural da villa de Gui marães, e de Florinda Maria
do Nascimento e Almeida; neto pela parte paterna de Do mingos Gomes de Macedo,
e de sua mulher Domingas da Silva, filha de Domingos da Silva, e de sua mulher
Maria Antunes; e pela parte materna neto de André Pereira de Almeida, e de sua
mulher Michaela Maria, os quaes todos os ascendentes foram pessoas nobres, e se
trataram á lei da nobreza. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Macedos, no segundo as dos Silvas, no terceiro as dos Almeidas, e no quarto
as dos Macedos. —Br. p. a 30 de janeiro de 1767. Reg, no Cart. da N., liv. I,
fl. 45. (C. C.)
68. ANDRÉ DE ALMEIDA, morador em
Setubal, filho de Violante Ruy de Almeida, neto de Ruy Lopes de Almeida, que
foi veador da casa da rainha D. Joanna, mulher de el-rei D. Henrique de
Castella, irmã de el-rei D. Afonso V, o qual Ruy Lopes de Almeida era irmão de
Afonso Lopes de Almeida, que era o tronco d'esta linhagem. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus gº… A res: — Escudo de
campo vermelho com seis besantes em duas palas fechadas de uma dobre cruz e
bordadura, tudo de oiro, e por diferença uma brica de prata e n'ella uma
merleta preta, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e
vermelho, e por timbre uma aguia vermelha besantada de oiro; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos Almeidas.—Dada em
Lisboa a 31 de outubro de 1532. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XVIII, fl.
116.
69. ANDRÉ ALVES PEREIRA VIANNA
(Capitão), natural do logar de Carreiras, freguezia de Santo André de Victorino
dos Piões, termo da villa de Barcellos, filho legitimo de Ale xandre Rodrigues
Airão e de sua mulher Thereza Alves; neto pela parte paterna de Manuel
Rodrigues e de sua mulher Maria Gonçalves, e pela materna neto de Damião de
Araujo e de sua mulher Rosalia Alvares Pereira, irmã legitima do sargento-mór
da fortaleza de Santa Cruz da barra do Rio de Janeiro, Miguel Alvares Pereira.
Um escudo com as armas dos Pereiras. — Br. p. a 30 de agosto de 1766. Reg. no
Cart. da N., liv. I, fl. 35. (C. C.)
70. ANDRÉ Do AMARAL, conselheiro
e chanceller-mór da casa real, embaixador de Rho des, commendador de Vera-Cruz,
filho de Martim Gonçalves do Amaral e de Mecia Dias Homem, neto de Catharina Vicente
(que foi trineta de Domingos Joannes), filha de Vicente Annes Corream e de
Senhorinha Martins, bisneta do dito Domingos Joannes, de Oliveira do Hospital,
o qual instituiu morgado e uma capella na egreja de Santa Cruz da dita villa,
que é da ordem de S. João, na qual está a sua sepultura com suas armas
esculpidas. Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus descendentes
o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul e uma aspa de
prata entre quatro flores de liz de oiro, elmo de prata aberto, paquife de oiro
e de azul, e por timbre aspa de prata com uma flor de liz das armas no meio;
com todas as honras e privilegios de fidalgo, por descender da nobre linhagem
dos Amaraes. — Dada em Lisboa a 3 de abril de 1515. Reg. na Chanc. de D.
Manuel, liv. XI, fl. 99, e liv. VI de Mist., fl. 137.
71. ANDRÉ BOGALHo SoBRINHO,
natural da Guarda, filho de Fernão Sobrinho, neto de João Sobrinho e bisneto de
Fernão Sobrinho; todos foram fidalgos e do verdadeiro tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus
anteces sores : — Escudo esquartelado; o primeiro de vermelho e uma torre de
prata com portas, frestas, e lavrado de preto; e o segundo de verde, um casco
de prata e em cima d’elle uma flor de liz de oiro; e assim os seus contrarios,
sem diferença; elmo aberto de prata guarnecido de oiro, paquife de prata,
vermelho, oiro e verde, e por timbre um leão ver melho com o casco das armas na
cabeça e a flor de liz nas espaduas; com todas as honras e privilegios de nobre
fidalgo, por descender da geração dos Sobrinhos. — Dada em 12 de setembro de
1561. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. II, fl. 228 v.
72. ANDRÉ CALDEIRA, fidalgo da
casa real, casado com D. Catharina da Silva, filho de Manuel Caldeira. Carta
pela qual el-rei D. Filippe II lhe concede e a seus descendentes o seguinte
brazão d'armas : — Escudo de campo de prata com tres estrellas azues postas em
banda, elmo de prata cerrado guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por
timbre meio cavallo marinho de azul; com todas as honras e privilegios de
fidalgo, pelos seus rele vantes serviços. — (M. N.) Dada em Almada a 20 de
julho de 1599. Reg. na Chanc. de D. Filippe II, liv. III, fl. 10.
73. ANDRÉ CHIxoRRo DA GAMA Lobo E
ABREU, natural da villa de Monforte do de Portalegre, filho de Thomé José
Chixorro Pinheiro da Gama Lobo, coronel de infanteria, fidalgo cavalleiro da
casa real, e de sua mulher D. Guiomar Joaquina de Castro; neto paterno de André
Chixorro da Gama Lobo, tambem fidalgo cavaleiro da casa real, e de D. Catharina
Zuzarte Barreto da Silva; bisneto de Thomé Chixorro Pinheiro, e de D. Maria de
Abreu Figueiredo; terceiro neto de Manuel Chixorro Pinheiro, e de D. Violante
de Andrade, filha de Leoniz de Abreu Carvalho, e neta de Fernão da Gama Lobo.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no segundo as
dos Gamas, no terceiro as dos Lobos, e no quarto as dos Abreus, — Br. p. a 29
de No vembro de 1825. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 166 v. • (C. C.)
74. ANDRÉ DIAS DE OLIVEIRA DA
CostA, cavalleiro professo na ordem de Christo, capitão de infanteria de um dos
regimentos da cidade de Bragança, e d’ella natural; filho de André Dias de
Oliveira, natural do logar de Melhe, termo da dita cidade, tenente co ronel que
foi do regimento de infanteria da praça de Chaves, e de sua mulher D. Maria da
Costa, da cidade de Bragança; neto pela parte paterna de Francisco Dias de
Oliveira. natural do dito logar, e de sua mulher D. Maria Pires do de Soutello
de Penna Maurifea, e pela materna de Domingos da Costa, e de sua mulher D.
Thereza de Moraes, ambos da dita cidade. Um escudo partido em pala; na primeira
as armas dos Oliveiras e na segunda as dos Costas. — Br. p. a 30 de dezembro de
1771. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 167. (C. C.)
75. ANDRÉ SoAREs DE MADUREIRA,
fidalgo do solar da casa de Parada, da provin cia de Traz-os-Montes, familiar
do Santo Oficio, cidadão da cidade de Bragança, e natu ral da villa de Riborda;
filho legitimo e unico de Pedro Soares do Rego e Sousa, capitão que foi
fronteiro da provincia de Traz-os-Montes, e de sua mulher D. Benedicta de Mo
raes Madureira Feijó; neto paterno de André Soares Ayres, capitão de um terço
de in fanteria volante, e de sua mulher D. Anna de Moraes e Sousa; bisneto de
Pedro Ayres Soares, capitão de um terço de infanteria volante, governador de
Monforte do Rio Libre, e de sua mulher D. Maria de Sá de Moraes e Sousa;
terceiro neto de Pedro Ayres Soa res, governador que foi de Monforte, mestre de
campo de um terço de infanteria volante, progenitor tambem do coronel de
infanteria Pedro Soares, cavalleiro da ordem de Christo, fidalgo da casa real,
e de Antonio de Sá Pereira do Lago, coronel de cavallaria, tios do supplicante,
e descendentes todos dos moradores da casa real, como senhorios de terras,
alcaidarias-móres, e commendas nas tres ordens militares : neto materno de
Antonio de Moraes Madureira Feijó, fidalgo de solar, capitão de um terço de
infanteria volante, ca Valleiro da ordem de Christo, e de sua mulher D. Anna de
Lobam Mascarenhas, que era quarta neta de Ruy de Mascarenhas, commendador da
commenda de S. Miguel de Bam bres, e de D. Anna de Macedo, filha de Afonso
Gomes Mascarenhas, que serviu em Africa; bisneto de outro Antonio de Moraes
Madureira, fidalgo de solar, senhor da casa e solar de Parada e mais senhorios
d’ella, e de sua mulher D. Anastasia Pereira, filha de Gon çalo Borges Rebello,
nono senhor dos morgados do Corpo-santo e Quintella de Lampe ças; era tambem
quinta neta de Alvaro Pires de Meirelles, verdadeiro descendente de D. Nuno de
Aguilar de Chacim, e de D. Maria Borges, filha de Diogo Gonçalves Borges,
senhor da Torre de Moncorvo; terceiro neto de Alvaro Annes de Moraes Madureira,
fi dalgo de solar, senhor da casa e solar de Parada, e das jugadas de Parada, Paredes,
S. Pedro, Grijó, e Coelhoso, e de D. Anna de Moraes, sua prima, filha de Manuel
de Mo raes Pimentel, e de D. Isabel de Moraes, filha de Francisco de Moraes o
Palmeirim, com mendador da ordem de Christo, e thesoureiro do thesouro
particular que n'aquele tempo tinham os senhores reis deste reino, de quem
tambem descende D. Miguel Pereira; quarto neto de Antonio de Moraes Pimentel,
irmão de Jayme de Moraes Pimentel, que foi avô de Gregorio de Castro Moraes,
general de batalha, governador das armas de Traz-os-Mon tes, e commendador de
S. Miguel de Bogalhal, e de sua mulher D. Isabel de Madureira, filha herdeira
de Alvaro Annes de Madureira, fidalgo de solar, senhor da casa de Parada, e das
jugadas e mais senhorios sobreditos, e de D. Branca de Sousa, neta paterna de
Luiz Annes de Madureira, fidalgo de solar, senhor da casa de Parada, e mais
jugadas dos ditos logares e senhorios referidos, e de D. Isabel de Barros,
bisneta de Alvaro Annes de Madureira, senhor de Villa-franca de Sesulfra, Val
de Prados, Briloedo, Froeira, Arufe, aldeia de Corda-real, e outras mais em
Traz-os-Montes, fidalgo da casa do senhor rei D. Afonso V (a quem serviu nas
guerras do seu tempo, e acompanhou na batalha de Touro, e na conquista de
Africa foi este fidalgo o primeiro senhor das vódas ou jugadas de Parada,
Paredes, S. Pedro, Grijó, e Coelhoso, por bulla do papa Urbano VI expedida no
anno de 1417, com consentimento do arcebispo primaz D. Lourenço da Cunha, seu
primo co-irmão, a cuja mesa archiepiscopal pertenciam as ditas rendas, e foi
esta casa de Parada sempre tão attendida dos senhores reis d’este reino, como
testemunham as ma gnificas doações que lhe fizeram os senhores D. Diniz, D.
Pedro I, D. João I, e D. Af fonso V, como testemunham os instrumentos juridicos
e authenticos que conservam os interessados n’esta ascendencia, existem
originaes na Torre do Tombo; sendo uma d’ellas que os senhores d’ella pudessem
levantar torres nos paços de sua residencia) e de sua mulher D. Anna Fajardo,
filha de D. João Fajardo, senhor de Carvajales, em Castella, que depois foram
marquezes de los Valles; quinto neto de Aleixo de Moraes Pimentel, fi dalgo da
casa do senhor rei D. João III, veador da senhora infanta D. Maria, commenda
dor na ordem de Christo, e padroeiro do capitulo do convento de S. Francisco de
Bra gança, o qual era irmão do secretario de estado Nuno Alvares Pereira de
Moraes, pae de Pedro Alvares Pereira, senhor de Serra-Leôa, que teve a mercê do
titulo de conde de Muje; o qual casando com D. Mexia de Faro foi pae de D.
Francisco Pereira, bispo de Mi randa e Lamego, e de D. Maria, mãe do grande
Nuno Alvaro Botelho, governador da In dia, de quem descendem os condes de S.
Miguel, e de sua mulher D. Isabel Gomes de Macedo, filha de Ruy Gomes
Mascarenhas, commendador da commenda de S. Miguel de Bambres, cuja egreja
edificou, e de D. Anna de Macedo, neta de Affonso Gomes Masca renhas, já acima
mencionado; sexto neto de Pedro Alvares de Moraes Pimentel, padroeiro do dito
capitulo do convento de S. Francisco de Bragança, de cuja ascendencia trata o
Nobiliario de Affonso Lopes de Haro, na casa dos senhores da Serra-Leôa, e D.
Maria Pereira, filha de Gonçalo Vaz Guedes, terceiro senhor de Murça, e de D.
Maria Pereira, filha de Nuno Alvares Pereira, irmão de Ruy Vaz Pinto, senhor
das villas de Ferreiros e Tendaes; setimo neto de Alvaro Pires de Moraes
Pimentel, padroeiro do referido capitulo, e de D. Isabel de Valcaceres, irmã de
D. Mayor de Valcaceres, mãe de D. Rodrigo Oso rio, conde de Lemos, e filhas
ambas de D. João Rodrigues de Valcaceres; oitavo neto de Gil Afonso Pimentel,
que voltando de Castella para Portugal com seu primo D. Afonso Pimentel, conde
de Benavente, que se retirava ás persecuções de D. Alvaro de Luna, ca sou na
cidade de Bragança, d’onde era oriundo, com sua prima D. Leonor de Moraes,
filha herdeira de Gonçalo Rodrigues de Moraes, oitavo padroeiro do referido
capitulo, vas Sallo de el-rei D. Affonso V, e chefe d’esta familia dos Moraes,
e de D. Maria de Sousa, neta paterna de Rodrigo de Moraes, setimo padroeiro do
dito capitulo, e de D. Leonor de Tavora, bisneta de Gonçalo Rodrigues de
Moraes, sexto padroeiro do mesmo capitulo, e de Ginebra de Macedo, terceira
neta de Martim Gonçalo de Moraes, quinto padroeiro do referido capitulo, e de
D. Lourença Pires de Tavora, filha de Lourenço Pires de Ta vora, senhor da
grande casa de Tavora, quarta neta de Gonçalo Rodrigues de Moraes, quarto
padroeiro do mesmo capitulo, e de Estephania Soares, paes tambem de Alda G0n
çalves de Moraes, mulher do segundo Lourenço Pires de Tavora, senhor d’esta
casa, quinta neta de Ruy Martins de Moraes, terceiro padroeiro do dito
capitulo, alcaide-mór de Bragança, senhor de Moraes e outras terras, e de sua
segunda mulher Urraca Gonçal egreja de S. Francisco, senhor de Moraes e outros
logares, que viveu no tempo dos senhores reis D. Sancho, o Capello, e D. Afonso
III a quem fez grandes serviços, e de sua mulher Elvira Pires, setima neta de
Gonçalo Rodrigues de Moraes, que viveu em Bragança, pelos annos de 1210 a 1217,
e foi o que doou ao patriarcha S. Francisco a sua ermida de Santa Catharina e
cerca em que o mesmo santo fundou o seu convento, que é o primeiro que houve em
Portugal d’esta ordem, como attesta o cardeal Gonzaga na Historia Sera phica, e
o padre mestre Esperança na Historia da provincia de Portugal, primeira parte,
no convento de Bragança; nono neto de João Affonso Pimentel, que passou para
Castella com seu tio João Affonso Pimentel, primeiro conde de Benavente, e lá
casou com D. The reza Pacheco, filha de Serralvo, que depois foram marquezes e
grandes; decimo neto de Martim Affonso Pimentel, que era irmão de Affonso
Pimentel, senhor de Bragança, Vi nhaes e Outeiro, passando para Castella foi lá
o primeiro conde de Benavente, e de D. Ignez de Mello, filha de Vasco Martins
de Mello, senhor da Castanheira, Povos e Che leiros, alcaide-mór de Evora;
decimo primeiro neto de João Afonso Pimentel, commen dador-mór de Sant'Iago, e
de D. Lourença da Fonseca; decimo segundo neto de João Affonso Pimentel, e D.
Constança Rodrigues de Mello, filha de Ruy Martins de Moraes, terceiro
padroeiro da egreja de S. Francisco, alcaide-mór de Bragança, e senhor do solar
de Moraes; decimo terceiro neto de D. Afonso Vasques Pimentel, rico homem, e de
D. Sancha Fernandes de Maceira; decimo quarto neto de Vasco Martins Pimentel,
que foi avô materno do arcebispo primaz D. Gonçalo Pereira, e de D. Maria Annes
de Fornellos; decimo quinto neto de Martim Fernandes Pimentel, senhor da quinta
e honra da Torre. As armas dos Moraes, e Madureiras. — Br. p. a 9 de julho de
1755. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 87 v. • (C. C.)
76. ANDRÉ SoARES DE PAIVA
CoRoNEL, morador em Lisboa, filho de Manuel Soa res Coronel e neto de Diogo de
Lisboa Coronel e de Antonia Saraiva, e neto pela parte materna de Francisco
Nunes e Beatriz Gomes. Carta pela qual el-rei D. João IV lhe concedeu o seguinte
brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo azul com cinco aguias de oiro
estendidas postas em santor e a do meio coroada de oiro, elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife dos metaes e côres das armas; e por timbre a mesma
aguia de oiro coroada, e por differença um trifo lio de prata; com todas as
honras e privilegios de fidalgo, por descender da geração dos Coroneis. — Dada
em Lisboa a 3 de agosto de 1644. Reg. na Chanc. d'el-rei D. João IV, liv.
XVIII, fl. 64 v.
77. ANDRÉ DE QUADRos, provedor
das vallas e das lezirias e paúes, commendador da ordem e cavailaria de nosso
senhor Jesus Christo, filho de Ayres Gomes de Quadros, neto de outro Ayres
Gomes de Quadros, bisneto de Afonso de Quadros, que era her deiro de uma das
quatro alcaidarias móres de Sevilha; bem assim o dito André de Qua dros era
neto de Beatriz Gil Barreto, bisneto de André Gil Barreto do tronco da linhagem
dos BarretOS. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão
de seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Quadros,
que é enxaquetado de prata e azul, o segundo dos Barretos que é arminhado, elmo
de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata, azul e de arminho, e por
timbre meio leão de azul tendo na mão um xadrez das mesmas armas; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Quadros
e Barretos.—Dada em Lisboa a 11 de julho de 1541. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. xxxiv, fl. 43 v.
78. ANDRÉ DA SILVEIRA Do Pó,
cavalleiro fidalgo da casa real, filho de Christovão Alvares do Pó, e neto de
Gil Alvares do Pó, o qual foi neto de João Annes do Pó, que foi fidalgo e muito
honrado alcaide-mór de Obidos, e chefe desta geração. Carta pela qual el-rei D.
João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo
de prata com um leão de purpura com o rabo entre as pernas aga chado para
assaltar, e uma bordadura vermelha com oito aspas de prata, elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e purpura, e por timbre o mesmo
leão; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e
linhagem dos do Pó. —Dada em Setubal a 11 de abril de 1532. Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. XVIII, fl. 19 v.
79. ANDRÉ SILVERIo RosA,
cavalleiro professo na ordem de Christo, e tenente coro nel do segundo
regimento de milicias do termo de Lisboa, filho de João Gomes Silverio Rosa e
de D. Bernarda Thereza Joaquina Rosa, neto paterno de José Barbosa Rosa e de D.
Maria Gomes Rosa, e materno de Antonio Silverio Gonçalves e de D. Thereza
Mauricia. Escudo com as armas dos Gomes. — Br. p. a 27 de julho de 1816. Reg.
no Cart. da N., liv. VII, fl. 350 v. (C. C.)
81. ANGELo RoDRIGUEs, cavalleiro
professo na ordem de Christo, filho de José Ro drigues Frade e de sua mulher D.
Thereza de Jesus do Sacramento, neto paterno de An tonio Rodrigues Frade e de
sua mulher D. Paula Maria, e materno de Miguel de Sousa Rego e de sua mulher D.
Antonia do Sacramento. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Frades, e na segunda as dos Regos. — Br. p. a 12 de setembro de 1817. Reg. no
Cart. da N., liv. VII, fl. 385 v. (C. C.)
82. D. ANNA AVELINA PINTO LEÃO DE
CARVALHO PEREIRA, filha de José Pinto Leão de Carvalho Pereira, a quem se
passou brazão de armas a 25 de agosto de 1806, e de sua mulher D. Anna Avelina
Pinto Leão de Carvalho Pereira, neto paterno de João Pinto Leão Rodrigues de
Carvalho e de sua mulher D. Francisca Pinto Pereira de Carvalho; bis neto pelo
mesmo lado de Leão Rodrigues Pinto de Carvalho e de sua mulher D. Jeronyma
Teixeira. Uma lisonja partida em pala, a primeira de prata lisa, a segunda
esquartelada; no primeiro quartel as armas dos Leões, no segundo as dos Pintos,
no terceiro as dos Pe reiras, e no quarto as dos Teixeiras. — Br. p. a 23 de junho
de 1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 189 v. (C. C.)
83. D. ANNA DE CAsTELLo-BRANCo,
irmã de Manuel de Figueiroa de Castello-branco, filha do doutor Pedro de
Mendanha Figueiroa, e de Leonor Moreira de Castello-branco; neta paterna de
Simão de Figueiroa, e de Branca Mendanha; bisneta de Galaor de Men danha,
alcaide-mór de Castro-minho, no reino de Castella a velha, e de D. Ignez de Be
nevides, todos fidalgos : neta materna de Simão de Seixas, e de Anna Moreira de
Cas tello-branco; bisneta de Henrique de Seixas, e tresneta de Fernam de
Seixas, do verdadeiro tronco da geração dos Seixas. Carta pela qual el-rei D.
Filippe III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de
campo partido em pala; a primeira dos Mendanhas de campo azul com uma cota de
armas de prata, passada com tres settas com os cabos e hastes vermelhas, e as
pennas de oiro gotadas de sangue; a Segunda dos Seixas de verde com cinco
Seixas de prata, em aspa, armadas de vermelho, voando, tendo a mais alta e a
mais baixa de contra-banda, por timbre as tres settas das armas postas em
roquete, atadas com um tro çal de prata, elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife dos metaes e côres das armas; com todas as honras e privilegios
de fidalga por descender da geração dos Men danhas e dos Seixas. — Dada em
Lisboa a 6 de agosto de 1630. Reg. na Chanc. de D. Filippe III, liv. II, fl.
149.
84. D. ANNA CONSTANÇA MARINHO E
CASTRO, natural da Bahia de todos os San tos, filha de Antonio Cardoso dos
Santos, professo na ordem de Christo, coronel de infan teria auxiliar,
thesoureiro-mór da bulla da Santa Cruzada, deputado e thesoureiro geral da
Junta da real fazenda, e de sua mulher D. Anna Joaquina de S. Miguel Cardoso;
neta pela parte paterna de Pedro Domingues, e de sua mulher D. Antonia
Francisca, e pela materna do mestre de campo Francisco Barbosa Marinho e
Castro, e de sua mulher D. Anna Quiteria do Nascimento. Um escudo em lisonja
partido em pala, a primeira de prata lisa, e a segunda esquar telada; no
primeiro quartel as armas dos Cardosos, no segundo as dos Barbosas, no ter
ceiro as dos Marinhos, e no quarto as dos Castros. — Br. p. a 20 de junho de
1790. Reg, no Cart. da N., liv. IV, fl. 172. (C. C.)
Um
escudo em lisonja partido em pala, a primeira de prata lisa, a segunda esquar
telada; no primeiro quartel as armas dos Mendes, no segundo as dos Pimentas, no
ter ceiro as dos Limpos, e no quarto as dos Pimenteis. — Br. p. a 5 de agosto
de 1817. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 383 v. (C. C.)
86. D. ANNA QUITERIA DO NAs
CIMENTo E CASTRO, viuva do mestre de campo Francisco Barbosa Marinho e Castro,
negociante de grosso trato da praça da cidade da Bahia, e na mesma lavradora,
natural da referida cidade, filha de José de Sousa de Me nezes, e de sua mulher
D. Antonia Maria de Jesus. Uma lisonja partida em pala; a primeira de prata
lisa, e a segunda partida em pala, na primeira as armas dos Sousas, e na
segunda as dos Menezes. — Br. p. a 13 de outu bro de 1802. Reg, no Cart. da N.,
liv. VII, fl. 16. (C. C.)
88. ANTÃO BARBosA DA CUNHA, filho
de Alvaro Barbosa e de Clara Ferreira, que fo ram fidalgos muito honrados, e do
tronco desta geração dos Barbosas, e bem assim Clara Ferreira foi do tronco dos
Ferreiras. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
armas de seus antecessores : — Escudo de campo esquartelado ao primeiro de
prata com uma banda azul, e n’ella tres crescentes de oiro entre dois leões de
vermelho pegando na banda, e ao segundo de vermelho com tres faxas de oiro, e
por differença uma flor de liz de prata, elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de prata, azul, oiro e vermelho, e por timbre um dos leões; com todas
as honras e privilegios dos fidalgos da antiga geração, por descender da nobre
linhagem dos Barbosas e Ferreiras. — Dada em Evora a 12 de março de 1535. Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. x, fl. 74 v. 89. ANTÃO NUNES DE ABREU, natural
de Portel, filho de Manuel Nunes Chanoquo, cavaleiro da casa real, e de Isabel
do Rego; neto de Ruy Collaço do Rego, que foi do tronco d'esta geração dos do
Rego, e fidalgo muito honrado, e de Briolanja Gomes de Abreu, que foi filha de
Garcia Gomes de Abreu, que foi bisavô do dito Antão, e era fi dalgo e do tronco
da linhagem dos de Abreu. antecesso res: — Escudo de campo esquartelado; ao
primeiro de verde e uma banda ondada de prata e n’ella tres vieiras de oiro
riscadas de preto e perfiladas de azul; ao segundo de vermelho e cinco cotos de
oiro em aspa, e por differença uma brica de prata e n’ella uma de preto, elmo
de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, verde e vermelho, e por timbre
um dos cotos; com todas as honras de fidalgo por descender da nobre li nhagem
dos Regos e Abreus, — Dada em Eovora a 28 de agosto de 1535. Reg. na Chanc. de
D. João III, liv, x, fl. 136. •
90. ANTÃO DO REGo, cavaleiro da
ordem de Christo, morador em Elvas, filho de Bar tholomeu Dias Freire e de
Maria do Rego; neto de João do Rego, fidalgo muito honrado e do tronco da
geração dos do Rego. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de armas de seus an tecessores : — Escudo de campo verde com uma banda
ondada de prata e n’ella tres vieiras de oiro riscadas de preto e perfiladas de
azul, e por diferença uma brica de ver melho e n’ella um — A — de oiro, elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e verde, e por timbre uma
vieira de oiro entre dois penachos de verde; com todas as honras de fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Regos.—Dada em Evora a 7 de abril de 1536.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXII, fl. 152.
91. D. ANTONIA JosEPHA PAULA MAL
PICA BAHAMOND E, natural da cidade de Ba dajoz, reino de Castella, casada com o
bacharel Guilherme Antonio Apolinario Anderson, juiz de fora da cidade de Beja,
moradores na villa de Moura; filha de D. João Domingues Malpica e de D. Thereza
Amador; neta pela parte materna de D. Alonso Sanches Amador e de D. Maria Grian
Bahamonde. Uma lisonja partida em pala; na primeira as armas de Anderson, que
pertencem a seu marido; na segunda as armas de Bahamonde que lhe pertencem por seus
ascendentes.— Br. p. a 3 de fevereiro de 1779. Reg. no Cart. da N., liv. II,
fl. 176. (C. C.)
92. ANTONIO AFF oNso VELLAD o,
natural do Porto, commendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de
Villa-viçosa, e negociante matriculado; filho de Caetano Af fonso Vellado,
proprietario, e de sua mulher D. Maria Rosa de Jesus Vellado; neto paterno de
Manuel Affonso Vellado, negociante, e de sua mulher D. Anna Martins Vellado, e
materno de Ignacio José da Cunha, proprietario, e de sua mulher D. Joanna Maria
de Jesus Cunha. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Affonsos e
na segunda as dos Cunhas. — Br, p. a 10 de fevereiro de 1857. Reg. no Cart. da
N., liv. VII, fl. 16. (C. C.)
93. ANToN1o ALBERTO DE ANDRADE
PERDIGÃo, sargento-mór de infanteria da ilha da Madeira, filho do dr. Bernardo
José de Oliveira Perdigão, capitão-mór da villa de Ama rante, e de sua mulher
D. Quiteria Joaquina de Andrade; neto pela parte paterna de José Monteiro
Perdigão, cavaleiro da ordem de Christo, e tenente de cavallos do regimento de
Alcantara da guarnição d'esta côrte, e de sua mulher D. Antonia Josepha do
Sacramento, filha de Pedro Nunes e de sua mulher D. Joanna de Oliveira, neta
paterna de Francisco Marques de Oliveira e de sua mulher D. Catharina Coelho de
Oliveira, e materna de Luiz Gonçalves e de sua mulher D. Antonia de Oliveira,
da principal nobreza de Santarem; bisneto o supplicante pela sua baronia de
Antonio Ferreira Perdigão, descendente dos Per digões, que teem seu solar em
Benavente, e de sua mulher D. Barbara da Conceição Car doso; terceiro neto de
Lourenço Jorge Perdigão, da villa de Alverca, e de sua mulher D. Antonia
Ferreira, filha de João Vicente de Magalhães, natural da provincia de Traz-os
Montes, e de sua mulher D. Andreza Monteiro Barreiro Perdigão, natural da dita
villa de Alverca; quarto neto de Jeronymo de Brito Caldeira, fidalgo da casa
real, e de sua mu lher D. Catharina de Magalhães Perdigão : e pela parte
paterna se mostrava que é neto de Simão Antunes de Andrade e de sua mulher D.
Anna Maria Cardoso de Andrade, neta paterna de João Antunes da Costa Homem e de
sua mulher D. Maria da Costa e Andrade, e materna de Gregorio Bernardes de
Andrade, fidalgo da casa real, cavaleiro professo na ordem de Christo,
capitão-mór de Loures, e de sua mulher D. Catharina Homem de Sousa. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Perdigões; no segundo as dos
Oliveiras; no terceiro as dos Andrades, e no quarto as dos Caldeiras. — Br. p.
a 15 de junho de 1790. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 170. (C. C.)
94. ANTONIO ALEXANDRE BARBosA DE
AZEVEDo, da freguezia de S. Felix de Can demil, termo de Villa-nova da
Cerveira, filho do capitão Francisco José de Azevedo e de D. Maria Barbosa da
Silva; neto pela parte paterna de Francisco Affonso Nogueira de Aze vedo e de
D. Maria de Azevedo, e pela parte materna de Alexandre Rodrigues e de D. Ven
tura Barbosa da Silva. Um escudo com as armas dos Azevedos. — Br. p. a 11 de
maio de 1784. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 132. (C. C.)
95. ANToNIO DE ALMEIDA,
licenceado, morador na villa de Trancoso, filho de Ruy Lo pes de Almeida,
bisneto de Ruy Lopes de Almeida, que foi fidalgo de solar conhecido e do tronco
d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo vermelho e seis arruelas entre
uma dobre cruz e uma bordadura de oiro, e por diferença uma flor de liz metade
de prata e metade verde, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
oiro e vermelho, e por timbre uma aguia vermelha besantada de oiro; com todas
as honras de nobre fidalgo por descender da geração e li nhagem dos Almeidas. —
Dada em Evora a 1 de outubro de 1533. Reg, na Chanc. de D. João III, liv. XLVI,
fl. 72 v.
96. ANToNIo DE ALMEIDA CALDAs DE
MoRAEs E ANDRADE (Doutor), cavalleiro professo na ordem de Christo, lente da
faculdade de medicina na Universidade de Coim bra, deputado physico-mór do
exercito com a graduação de tenente coronel, filho primo genito de Antonio de
Almeida de Moraes, e de sua mulher D. Branca Luiza de Andrade; neto pela parte
paterna de Silvestre Rodrigues das Neves Almeida Moraes, e de D. Brites Josepha
Caldas; e pela parte materna de Antonio de Campos Lopes Henriques, e de D.
Violante Luiza de Andrade. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Almeidas, no segundo as dos Moraes, no terceiro as dos Caldas, e no quarto
as dos Andrades. — Br. p. a 12 de dezembro de 1818. Reg, no Cart. da N., liv.
VIII, fl. 22. (C. C.)
97. ANTONIO DE ALMEIDA CAMPos,
natural da cidade do Porto, commendador da ordem de Christo, cavaleiro da ordem
da Torre e Espada, e consul geral de Portugal em Liverpool; filho de Antonio
José de Almeida Campos, e de sua mulher D. Anna Joaquina Campos; neto paterno
de João de Almeida, e de sua mulher D. Luiza Maria da Costa Campos, e materno
de Manuel Antonio Fernandes, e de sua mulher D. Joaquina Fernandes. Um escudo
esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Almeidas, no segundo
as dos Campos, e no terceiro as dos Fernandes. — Br. p. a 22 de junho de 1855. Reg.
no Cart. da N., liv. Ix, fl. 2. de Antonio de Almeida Pinto, e de sua mulher
Custodia Luiza Leme; neto por parte paterna de Pedro de Almeida Pinto, e de sua
mulher Maria Pinto, e por parte materna de Manuel # Leme, e de sua mulher
Andreza Pinto de Carvalho, senhores de sua casa e quinta a Lama. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Almeidas, no segundo as dos
Pintos, no terceiro as dos Lemes, e no quarto as dos Carvalhos, — Br. p. aos 16
de julho de 1800. Reg. no Cart. do N., liv. VI, fl. 129. C. C.) (C. C.)
99. ANToNIo ALVES GUEDEs VAz (Presbytero),
natural de Moimenta da Beira, filho de Manuel Guedes Vaz, e de sua mulher D.
Maria Rita Vaz; neto paterno de Manuel Alves Guedes Vaz, a quem se passou
brazão de armas a 18 de novembro de 1815, e de sua mulher D. Maria de
Assumpção; neto materno de Manuel Baptista da Fonseca, e de sua mulher D. Maria
Rita da Fonseca. Um escudo oval esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Guedes, no segundo as dos Vazes, no terceiro as dos Costas, e no quarto as dos
Carvalhos. — Br. p. a 28 de maio de 1866. Reg, no Cart. da N., liv. Ix, fl.
100. (C. C.)
100. ANToNIo ALVES HEIToR DE
FIGUEIREDO E MATTos, capitão-mór, natural da villa de Belver, priorado do
Crato, filho de Antonio Alves Heitor e Mattos, formado em leis pela
Universidade de Coimbra, habilitado pelo Desembargo do Paço para os logares de
letras, e capitão-mór da mesma villa, e de sua mulher D. Ignez Maria Mansa
Leitão de Figueiredo; neto pela parte paterna do capitão-mór da dita villa Antonio
Alves Heitor e Mattos, cavalleiro fidalgo da casa real, familiar do Santo
Oficio do numero, e de D. Maria Teixeira e Mattos, e pela materna de Simão
Martins de Figueiredo, e de D. Luiza Maria Mansa e França. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Mattos, e na segunda as dos Figueiredos. — Br.
p. a 14 de dezembro de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. 1v, fl. 41. (C. C.)
101. ANToN1o ALVES DE SousA GUIMARÃEs,
commendador da ordem de Christo, vereador da Camara municipal da cidade do
Porto, e negociante de grosso tracto; filho de João Antonio de Sousa Guimarães,
negociante de grosso tracto, e capitão de milicias da cidade do Porto, e de sua
mulher D. Maria do Carmo Alves Guimarães; neto paterno de João de Sousa
Guimarães, negociante, e major de milicias da mesma cidade, e de sua mulher D.
Francisca Josepha de Sousa Guimarães; e materno de Antonio José dos Santos \#
capitão de milicias da mesma cidade, e de sua mulher D. Josepha Maria dos
Santos VeS, Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Guimarães, e na
segunda as dos Sousas. — Br. p. a 23 de setembro de 1848. Reg. no Cart. da N.,
liv. VIII, fl. 335 v. (C. C.)
102. ANTONIO ANICETO DE BRITo LIMA, natural de
Villa-nova da Cerveira, filho de Manuel Furtado de Mendonça e Lima, cavalleiro fidalgo
da casa real, professo na ordem de Christo, e de sua mulher D. Luiza Varella
Pereira; neto pela parte paterna de João de Brito Lima, cavalleiro fidalgo da
casa real, e de sua mulher D. Margarida Furtado de Mendonça; bisneto de Cosme
Cação de Brito, e terceiro neto de Francisco de Brito Cação, tambem cavalleiro
fidalgo da casa real; e pela materna neto de Cypriano Alvares Varella,
cavalleiro da ordem de Christo, fidalgo da casa real, governador que foi da
praça de Villa nova da Cerveira, e de sua mulher D. Leonor Pereira, Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Britos, e na segunda as dos Limas. —
Br. p. a 18 de agosto de 1772. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 183. (C. C.)
103. ANToN1o APoLINAR ANDREzoN
(Bacharel), cavalleiro professo na ordem de Christo, juiz de fora que foi na
villa de Serpa, natural de Villa-viçosa, filho de Antonio Zian dro Andrezon, e
de sua mulher D. Anna Thereza da Silveira; neto pela parte paterna de Guilherme
Andrezon, e de sua segunda mulher D. Joanna Ferreira, e bisneto de Renandre
Andrezon e de Helena Andrezon, descendentes da illustre casa e familia de
Andrezon. Um escudo com as armas da familia Andrezon. — Br. p. a 15 de setembro
de 1773. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 208 v. • (C. C.)
104. ANToN1o DE Az AM BUJA,
fidalgo da casa real, filho de Diogo de Azambuja. Carta pela qual el-rei D.
João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro de vermelho e um castello de oiro com tres torres e as
portas d’estas e frestas garnidas de azul; o segundo de oiro com quatro bandas
de vermelho, elmo de prata aberto garnido de oiro, paquife de oiro e ver melho,
e por timbre o mesmo castello; com todas as honras de fidalgo de antiga linha
gem por descender da geração dos Azambujas.—Dada em Evora a 12 de fevereiro de
1535. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. x, fl. 43.
105. ANToN1o DE AZEVEDO DE
ALMEIDA ANDRADE DE CARVALHO E SILVA, pres bytero do habito de S. Pedro,
bacharel formado nos sagrados canones, commissario do Santo Oficio da
Inquisição de Coimbra, habilitado para poder receber os habitos de al guma das
tres ordens militares, e abbade da freguezia de Simodaens, comarca de La mego,
filho de Antonio Martins da Silva, e de sua mulher Domingas de Azevedo; neto
pela parte paterna de Antonio Martins, e de sua mulher Maria da Natividade;
neto por parte materna de Domingos de Azevedo, e de sua mulher D. Joanna de
Andrade; bisneto por parte paterna de Antonio Gonçalves, e de sua mulher Maria
Martins; bisneto por parte materna de João Thomé, e de sua mulher Maria de
Azevedo. Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas
dos Sil vas, no segundo as dos Azevedos, e no terceiro as dos Andrades. —Br. p.
a 6 de julho de 1799. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 93. (C. C.)
106. ANToNIo BAPTISTA DA PoNTE
CoELHo, natural de Lisboa, filho de Bernardo Baptista de Andrade e Silva,
familiar do Santo Oficio, e de sua mulher D. Josepha Ma theura da Ponte; neto
pela parte paterna de Lourenço Baptista de Andrade e Sousa, te nente coronel de
infanteria dos estados da India, e de sua mulher D. Maria de S. José; bisneto
de Thomé Gonçalves de Andrade e Silva, pagador geral das tropas do reino do
Algarve, escudeiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Maria da Trindade :
neto pela parte materna de Garcia da Ponte Coelho, capitão-mór do districto dos
engenhos do Espirito Santo, e capitania da Parahyba, professo na ordem de
Christo, cavalleiro fidalgo da casa real, familiar do Santo Oficio, e de sua mulher
Catharina Matheura; bisneto de Manuel Fernandes da Ponte Coelho, professo na
ordem de Christo, cavaleiro fidalgo da casa real, familiar do Santo Oficio, e
de sua mulher Beatriz Coelho; terceiro neto de Thomé Martins Fernandes da Ponte
Coelho, capitão em Mazagão, professo na ordem de Sant'Iago, e escudeiro fidalgo
da casa real, e de sua mulher D. Isabel Fernandes da Rosa; quarto neto de
Miguel Vicente da Ponte Coelho, professo na ordem de Christo, familiar do Santo
Oficio, e sargento-mór das ordenanças da villa de Loulé, e de sua mulher D.
Thereza Coelho Francisca; quinto neto de Francisco Martins Francisco da Ponte
Coe Maria de Faria e Albuquerque; sexto neto de Martim Affonso Francisco da
Ponte Coelho, pro fesso na ordem de Sant'Iago, tambem escudeiro fidalgo da casa
real e capitão em Mazagão, e de sua mulher D. Simoa Guerreiro; setimo neto de
Francisco Martins Francisco da Ponte Coelho, escudeiro fidalgo da casa real, e
de sua mulher Guiomar Affonso. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Andrades, no segundo as dos Silvas, no terceiro as dos Pontes, e no
quarto as dos Coelhos. — Br. p. a 27 de abril de 1795. Reg. no Cart. da N.,
liv. V, fl. 46. (C. C.)
Um
escudo, e n'elle as armas dos Barbosas. — Br. p. a 26 de maio de 1820. Reg. no
Cart. da N., liv. VIII, fl. 59 v. • (C. C.)
109. ANToN1o BAsILIo DE CARVALHo
(Capitão), formado na faculdade dos sagrados canones pela Universidade de
Coimbra, cavalleiro professo na ordem de Christo, cidadão da cidade do Porto e
natural da freguezia de S. Mamede de Gondoris, concelho de Rega lados, couto de
Negrellos e Abadim, filho de Raphael de Carvalho, capitão dos privile giados da
Ribeira do Ouro, feitor geral da real fabrica dos armazens da mesma Ribeira, e
de sua mulher D. Antonia Maria de Aguiar; neto pela parte paterna de Bento
Francisco de Carvalho, que era neto de Gonçalo Lopes de Carvalho, senhor que
foi dos coutos de Negrellos e Abadim, e fidalgo da casa real. Um escudo com as
armas dos Carvalhos. — Br. p. a 4 de julho de 1781. Reg, no Cart. da N., liv.
III, fl. 15 v. (C. C.)
110. D. Miguel, por graça de Deus,
etc. Faço saber a todos os que esta minha carta virem, que tendo consideração
ao zelo, prestimo e fidelidade nunca assaz louvada com que se tem empregado no
meu real serviço, não só durante as viagens de mar e terra que fiz, mas
egualmente em todo o tempo que me demorei nas côrtes de Paris, de Vienna
d’Austria, e de Londres, concorrendo sempre para a minha conservação, dignidade
e decoro: ANTONIO BARTHOLoMEU PIRES, barão de Queluz, do meu conselho, e meu
m0ço fidalgo com exercicio, e accrescentado a fidalgo escudeiro, commendador
das ordens de nosso senhor Jesus Christo, de Nossa Senhora da Conceição, da
Torre e Espada, do Leão de Zaringe, cavaleiro da Legião de Honra e da Corôa de
Ferro : querendo mostrar-lhe quanto me foram agradaveis seus distinctos e assignalados
serviços, e dar-lhe um publico e perpetuo testemunho do apreço que me mereceu:
hei por bem conferir-lhe a mercê do escudo de armas da forma seguinte : —
Escudo esquartelado; no primeiro quartel em campo de prata o escudo das armas
reaes com a diferença pertencente aos primeiros in fantes; no segundo quartel
em campo vermelho uma espada de prata com as guarnições de oiro, posta em pala
com a ponta para cima; no terceiro quartel em campo azul um cão de prata
sentado, tendo na boca uma chave de oiro, e no quarto quartel em campo de prata
uma corôa de loiro verde, Orla azul com o moto seguinte em letras de oiro: — In
perpetuam memoriam honoris, fidelitatis, et constantiae; — sobre o escudo uma
corôa de oiro de cinco perolas, e por timbre um braço armado, de prata, tendo
na mão a es pada das armas em acção de descarregar o golpe, e n'ella enrolada
uma fita vermelha com o moto seguinte em letras de oiro: — Pro defentione
Regis. — De cujas armas e nobreza d’ellas, quero, hei por bem que o dito
Antonio Bartholomeu Pires, barão de Queluz, e todos os seus filhos, netos, e
descendentes possam usar e usem em tudo o que das armas lhes pertence, usam e
podem usar os fidalgos de cota de armas de meus reinos, e ainda melhor, se
elles com direito melhor o poderem fazer e d’ellas usar. E mando a vós Isi doro
da Costa e Oliveira, meu rei de armas Portugal, que assenteis e façaes debuxar
as ditas no livro do registo das armas da nobreza e fidalguia d’estes reinos,
fazendo outro sim trasladar esta minha carta no livro competente para em todo o
tempo se ver e saber como lhe fiz mercê das ditas armas, das quaes lhe
passareis carta de brazão em forma. E por firmeza de tudo lhe mandei dar esta
por mim assignada, e sellada com o sêlo pen dente de minhas reaes armas. — Dada
no palacio de Nossa Senhora das Necessidades a 6 de novembro de 1828. —El-rei
com guarda. — (M.N.) Reg, no Cart. da N., liv. VIII, fl. 238.
111. ANTONIO BERNARDEs DE ABREU E
LIMA, proprietario, natural de Lisboa, filh0 de Antonio Bernardes de Abreu,
proprietario, e de sua mulher D. Anna Joaquina de Lima; neto paterno de Antonio
Bernardes Coelho, proprietario, e de sua mulher D. Thereza Ma ria dos Santos, e
materno de Guilherme José de Sousa, proprietario, e de sua mulher D. Anna Rosa
de Lima; segundo neto paterno de João Bernardes Duque, proprietario, e de sua
mulher D. Isabel Bernardes; segundo neto por parte de sua avó paterna, de Fran
cisco de Abreu e de sua mulher D. Maria dos Anjos; terceiro neto pelo mesmo
lado, do capitão Leonel de Abreu e Lima; e quarto neto de Thomé de Abreu de
Lima, sargento mór do concelho de Regalados, legitimo descendente dos Abreus da
casa de Regalados de que eram senhores donatarios. Um escudo partido em pala;
na primeira as armas dos Abreus, e na segunda as dos Limas. — Br. p. a 2 de
dezembro de 1863. Reg, no Cart. da N., liv. Ix, fl. 61. (C. C.)
112. ANTONIO BERNARDO CARDOSO
PESSANHA E VILHE GAS CASTELLO-BRANCO, natural da cidade de Vizeu, morador nesta
côrte de Lisboa, filho de Antonio José CardosO Pessanha e de sua mulher D.
Euphemia Maria, da dita cidade; neto pela parte paterna de Manuel Cardoso
Pessanha de Castello-branco e de sua mulher D. Josepha de Jesus Coe lho;
bisneto de Amaro Pessanha de Castello-branco, filho de Antonio Pessanha de
Vilhegas; neto de Miguel Pessanha de Castello-branco, e bisneto de Julio de
Vilhegas Castello-branco. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Vilhegas; no segundo as dos Castellos-brancos; no terceiro as dos Cardosos,
e no quarto as dos Pessanhas. commendador da ordem de Nossa Senhora da
Conceição de Villa-víçosa, cavalleiro da ordem militar de S. João de Jerusalem,
e do Santo Sepulchro, e addido honorario á legação de Paris. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Ferreiras; no segundo as dos
Pereiras; no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos Avellares. — Br. p. a
24 de maio de 1861. Reg. no Cart. da N., liv Ix, fl. 42. (C. C.)
113. ANToNIO BERNARDo FERREIRA,
fidalgo cavaleiro da casa real, commendador da ordem de Nossa Senhora da
Conceição de Villa-víçosa, cavalleiro da ordem militar de S. João de Jerusalem,
e do Santo Sepulchro, e addido honorario á legação de Paris. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Ferreiras; no segundo as dos
Pereiras; no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos Avellares. — Br. p. a
24 de maio de 1861. Reg. no Cart. da N., liv Ix, fl. 42. (C. C.)
114. ANTONIO BERNARD o DA FoNs
ECA MoNIZ, presbytero secular, natural da villa de Moncorvo, bacharel na
faculdade de leis pela universidade de Coimbra, cavalleiro pro fesso na ordem
de Christo, arcediago de Neiva, abbade de Santa Eulalia de Beiriz, desem bargador
da Relação metropolitana de Braga, e secretario do reverendo arcebispo da mesma
diocese primaz das Hespanhas, filho do bacharel Francisco José Nunes da Fonseca
Moniz e de sua mulher D. Maria de Madureira Ferreira de Castro; neto paterno do
bacharel José Nunes da Fonseca Moniz e de sua mulher D. Rosalia Maria Rita da
Assumpção Tor res, e materno de João de Torres Portocarrero e de sua mulher D.
Luiza Ferreira de Castro. Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Fonsecas; no segundo as dos Monizes; no terceiro as dos Ferreiras,
e no quarto as dos Castros. — Br. p. a 19 de abril de 1826. Reg, no Cart. da
N., liv. VIII, fl. 200. (C. C.)
115. ANToNIo BERNARD o PAMPLoNA,
natural da cidade de Angra da ilha Terceira, filho de Antonio Xavier Pamplona e
de sua mulher D. Catharina Felicia; neto pela parte paterna de Mathias Pamplona
Terena e de sua mulher D. Josepha Maria de Mello; bisneto de D. Antonia Moniz
Alves Pamplona, filha de Mathias Pamplona que foi terceiro neto por linha legitima
de Gonçalo Alves Pamplona, natural da cidade do Porto, e um dos po voadores da
dita ilha. Um escudo com as armas dos Pamplonas. — Br. p. a 7 de fevereiro de
1770. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 118. (C. C.)
116. ANToNIo BERNARD o DA SILVA E
SousA, cavalleiro professo na ordem de Christo, natural da villa de Amarante,
filho de Francisco Xavier da Silva, e de D. Josepha Maria; neto pela parte
paterna de Manuel da Silva Braga, e de sua mulher D. Maria de Sousa, e pela
materna de João Teixeira e de D. Joanna da Cunha. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Silvas, no segundo as dos Sousas do Prado, no
terceiro as dos Teixeiras, e no quarto as dos Cunhas, — Br. p. a 22 de abril de
1786. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 215 v. (C. C.)
118. ANToNIo BoRGEs, natural de
Lisboa, filho de Duarte Borges, e neto de Pero Borges, que foi fidalgo muito
honrado e escrivão da camara, e do tronco d'esta geração. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus antecessores
: — Escudo de campo vermelho e um leão de oiro com a lingua do mesmo e uma
bordadura azul semeada de flores de liz de oiro, e por diferença um crescente
de prata; elmo de prata aberto, paquife de oiro vermelho e azul, e por timbre o
mesmo leão com uma das flores na cabeça, por descender da linhagem dos Borges.
— Dada em Evora a 13 de abril de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. x,
fl. 65 v.
119. ANToN1 o BoRGEs DE BETTENCo
URT, com o fôro de cavalleiro fidalgo, capitão de infanteria paga no castello
de S. Braz da cidade de Ponta-delgada da ilha de S. Miguel, filho de Nicolau
Pereira de Sousa, cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de
Christo, capitão do primeiro castello de S. Braz, e de sua mulher D. Anna de
Bettencourt; neto paterno de Manuel de Sousa Goes, capitão do dito castello, e
de D. Luiza de Medei ros; neto materno de Manuel de Bettencourt e Sá, capitão
das ordenanças da dita ilha, e de D. Barbara Tavares da Silva. • • As armas dos
Goes, Medeiros, Bittencourts e Borges. — Br. p. a 19 de dezembro de 1756. Reg.
no Cart. da N., liv. particular, fl. 103. (C. C.)
120. ANToN1o BoRGEs D A FoNs ECA
(Sargento-mór), cavalleiro fidalgo da casa real, e natural da cidade da
Parahyba do norte, capitania de Pernambuco, filho de Hyppolito Bandeira de
Mello, que teve o mesmo fôro, e de sua mulher D. Antonia da Conceição Velloso;
neto pela parte paterna de Bento Bandeira de Mello, que teve o dito fôro, e de
sua mulher e sobrinha D. Isabel Bandeira de Mello; bisneto do capitão-mór
Hyppolito Bandeira de Mello, que tambem teve o mesmo fôro, e de sua mulher D.
Maria da Con ceição; terceiro neto do capitão Bento Bandeira de Mello, fidalgo
da casa real, a quem pelos serviços da guerra de Pernambuco contra os
hollandezes foi dado por premio e de propriedade o oficio de escrivão da
fazenda real da Alfandega da dita capitania, e de sua mulher D. Antonia
Barbosa; quarto neto de Antonio Malheiros de Mello, fidalgo da casa real, e de
sua mulher D. Clara de Azevedo, a qual era filha de Mattheus de Freitas e
Azevedo, fidalgo da casa real e alcaide-mór da cidade de Olinda; quinto neto de
Pedro Bandeira de Mello, irmão de Filippe Bandeira de Mello, e ambos foram para
Pernambuco em companhia de seu donatario Duarte Pereira; sexto neto de
Sebastião Pires de Lou rado, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Brites
Bandeira de Mello; setimo neto de João Rodrigues Malheiros, fidalgo da casa
real, e de sua mulher D. Filippa Bandeira, a qual era filha de Gonçalo Peres
Bandeira, que foi o primeiro a quem foi dado o appelido de Bandeira pela grande
façanha que obrou na batalha de Toro, recuperando o estandarte que se achava em
poder do inimigo, sendo o dito genro fidalgo muito illustre por ser filho de
João Malheiros de Ponte de Lima, e de sua mulher Guiomar de Mello, filha de Fer
nando de Mello, o qual era filho de D. Rodrigo de Mello, commendador do
Pombeiro; e por parte materna neto de Antonio Borges da Fonseca, coronel que
foi do regimento de infanteria de Olinda, e governador da capitania da
Parahyba, e de sua mulher D. Joanna Cypriana de Miranda Henriques; bisneto de
Francisco Coelho da Fonseca, almoxarife da real casa de Bragança, e de sua
mulher D. Maria da Fonseca Velloso; terceiro neto de Francisco Coelho, e de sua
mulher Isabel da Fonseca Pinheiro, irmão de Manuel Pinheiro da Fonseca,
instituidor do morgado de Nossa Senhora do Pilar de Arneiros, sendo a re Lobo
de Albertin, fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo, e de sua
mulher D. Vio lante de Miranda Henriques, neta por parte paterna de Pedro Lelon
de Lence, fidalgo de Anvers, professo na ordem de Christo e mestre de campo de
infanteria do terço de Olinda, e de sua mulher D. Joanna de Albertin, e por
parte materna neta de João Valsien, fidalgo alemão, e de sua mulher D. Antouia
de Miranda Henriques, filha de Henrique IIenriques de Miranda, tenente general
de artilharia do reino e provedor dos armazens, irmão de D. Frei Aleixo de
Miranda Henriques, bispo de Miranda, e depois do Porto. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Bandeiras, no segundo as dos Mellos, no
terceiro as dos Limas, e no quarto as dos Cunhas, — Br. p. a 20 de junho de
1797. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 193 v. (C. C.)
Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Bottos, na segunda as dos
Machados. — Br. p. a 13 de janeiro de 1780. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl.
219 V. (C. C.)
122.
ANTONIO BRANDÃO PEREIRA DE MELLO (Bacharel), natural da villa de Ovar, termo da
villa da Feira, filho do capitão José Ribeiro
de Mello, e de sua mulher D. Anna Maria Pereira; neto pela parte paterna de
Gaspar Ribeiro de Mello, e de sua mulher D. Sebastiana de Pinho Brandão, esta
filha de Antonio Brandão Calidonio, e de sua mu lher D. Maria Pinho da Silva :
neto pela parte materna de Manuel Pereira Rebello, e de sua mulher D. Maria
Pinto, sendo o mesmo supplicante irmão do bacharel João Antonio Brandão Pereira
de Mello, a quem se passou brazão de armas a 21 de outubro de 1766. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Mellos, no segundo as dos
Brandões, no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos Pereiras. — Br. p. a 23
de maio de 1792. Reg, no Cart. da N., liv. IV, fl. 250 v. (C. C.)
124. ANTONIO CAMELLO DE CASTELLO-BRANCo,
natural e morador em Castello-branco. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão d'armas de seus anteces sores: — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro de prata com tres vieiras de azul em roquete, e o
segundo de azul com um leão de oiro com as unhas e lingua de vermelho, e por
diferença uma brica de vermelho; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro e azul, e por timbre um meio leão, dos de Castello-branco, que
é de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração e linhagem dos Camel los e Castello-brancos. — Dada em Evora a 20 de
março de 1536. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. 22, fl. 29. •
125. ANTONIO CARDOSo OsoBIO,
bacharel formado na faculdade de direito canonico pela Universidade de Coimbra,
natural do logar do Prado, concelho de Caria, comarca e bispado de Lamego;
filho do bacharel Paulo Correia Botelho Osorio, irmão do bacharel Carlos
Botelho Osorio, juiz de fóra da villa de Trancoso, e de sua mulher Seraphina
Car doso; neto paterno do bacharel Manuel Botelho da Fonseca Osorio, e de sua
mulher Do mingas de Aguiar; bisneto de D. Violante de Barros, e terceiro neto
de Jorge Botelho Osorio, natural da villa da Rua, que por serviços que fez á
corôa no militar se lhe deu em premio a serventia de cinco oficios no dito
concelho: neto materno de Gregorio Car doso Pereira, irmão do padre Manuel
Cardoso Pereira, cavalleiro da ordem de Christo e prior da egreja de Samora
Correia, e de sua mulher Isabel Fernandes. As armas dos Botelhos, Osorios,
Correias, e Cardosos. — Br. p. a 3 de julho de 1761, Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 133. (C, C.)
126. ANTONIO CARD os o Dos SANTos
MARINHo E CASTR o, natural da cidade da Bahia de Todos os Santos, professo na
ordem de Christo, coronel de infanteria auxiliar, thesoureiro-mór da bulla da
Santa Cruzada, deputado e thesoureiro geral da Junta da real fazenda, e de sua
mulher D. Anna Joaquina de S. Miguel Cardoso; neto pela parte pa terna de Pedro
Domingues, e de sua mulher D. Antonia Francisca, e pela materna do mestre de
campo Francisco Barbosa Marinho e Castro, e de sua mulher D. Anna Quiteria do
Nascimento. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Cardosos,
no segundo as dos Barbosas, no terceiro as dos Marinhos, e no quarto as dos
Castros. — Br. p. a 16 de julho de 1790. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 173
v, (C. C.)
127. ANToNIO CARLos DE
BETTENCOURT DE FREITAS EsMERALD o HENRIQUES, natural da villa de Santa-Cruz, da
ilha da Madeira, e residente na cidade de Paris, reino de França, filho do
capitão-mór do districto da mesma ilha José Carlos de Bettencourt de Freitas, e
de sua mulher D. Rosa Jacinta Esmeralda Henriques; neto pela parte paterna do
capitão-cabo Simeão de Freitas de Bettencourt, tenente coronel da dita ilha, e
de sua mulher D, Maria Sebastiana de Carvalho Dromondo, e pela materna de João
de Esmeraldo e Atouguia, fidalgo cavalleiro da casa real, e de sua mulher D.
Maria Thereza de Mene zes Henriques e Castro. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Noronhas, no segundo as dos Bettencourts, no
terceiro as dos Dromondos, e no quarto as dos Esmeraldos. — Br. p. a 23 de
julho de 1782. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 60. (C. C.) de Santa Martha
de Penaguião, comarca de Villa-real, filho do doutor José Bernardes Oso rio, e
de D. Anna Fortunata Rita da Cunha Osorio; neto paterno de Manuel da Fonseca
OSOrio, e de D. Rosa Maria. Um escudo com as armas dos Osorios. — Br. p. a 29
agosto de 1805, Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 96 v. (C. C.)
129. ANToN1o DE CARVALHo PINTo,
juiz ordinario do concelho de Bayão; filho de Paulo de Carvalho Pinto, juiz
ordinario que foi do dito concelho, e de sua mulher Maria Monteiro, irmã de
Domingos Monteiro de Carvalho, morgado de Louredo; neto paterno de Domingos
Pereira da Fonseca, juiz que foi do mesmo concelho, no anno de 1669, e de sua
mulher Luiza de Carvalho, irmã de Manuel de Carvalho Pinto ; bisneto de Fran
cisco Fructuoso, vereador que foi no dito concelho de Bayão, e de sua mulher
Cecilia Monteiro, irmã de Manuel Monteiro, abbade de Valladares, e filhos ambos
de Luiz Mon teiro Teixeira, capitão e juiz que foi do mesmo concelho; bisneto
de Antonio Fructuoso, caudel-mór, juiz e vereador que tambem foi no dito
concelho em 1689. As armas dos Fonsecas, Carvalhos, Pintos, e Monteiros. — Br.
p. a 20 de novembro de 1756. — Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 102 v.
(C. C.)
130. ANTONIO DE CASTILHo, filho
de João de Castilho, que foi morador na villa de Thomar e natural das montanhas
do reino de Biscaia. Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede e a seus
descendentes o seguinte bra zão de seus antecessores: — Escudo de campo verde
com um castello de prata com as portas e frestas e lavrado de preto, e em cima
da torre do meio uma flor de liz de oiro, e á porta do castello duas lebres de
prata olhando uma para a outra, com coleiras ver melhas, e presas por umas
cadeias de oiro que saem das bombardeiras, elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquífe de oiro, prata e verde, e por diferença uma merleta de oiro; com
todas as honras e privilegios de nobre fidalgo por descender da geração dos
Castilhos do reino de Biscaia. — Dada em Lisboa a 16 de fevereiro de 1561. Reg.
na Chanc, de D. Sebastião, liv. II, fl. 44 v.
131. ANToNIo CAs IMIR o DA
SILVEIRA MoNIz, natural de Villa-franca do Campo, na ilha de S. Miguel, e
tenente coronel commandante do batalhão de caçadores artilheiros, n.° 5, da
mesma ilha; filho de Francisco da Silveira Moniz e de sua mulher D. Quiteria Jacinta
do Amaral; neto paterno do capitão Antonio Moniz Furtado de Medeiros, e de sua
mulher D. Maria Clara de Castel-branco; neto materno do capitão Antonio Pacheco
do Amaral, e de sua mulher D. Dorothea Francisca do Amaral. Um escudo partido
em pala; na primeira as armas dos Monizes; na segunda as dos Amaraes, — Br. p.
a 13 de fevereiro de 1826. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 181 v. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quartel as armas dos Sousas; no se
gundo as dos Guerras, e no terceiro a dos Quaresmas. — Br. p. a 10 de janeiro
de 1815. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 335 v. (C. C.)
134. ANToNIo CoELHo PEDRosA
(Padre), da villa de Murça, comarca de Villa-real, arcebispado de Braga; filho
de Domingos Coelho Pedrosa e de sua mulher Anna Ferreira; neto pela parte
paterna de Pedro Coelho e de sua mulher D. Francisca Pedrosa; bis \" de D.
Luiza Teixeira Coelho, que era prima direita de Martim Teixeira Coelho de
illa-real. • Um escudo ovado espuartelado; no primeiro quartel as armas dos
Teixeiras; no se gundo as dos Coelhos; no terceiro as dos Pedrosas, e no quarto
as dos Ferreiras. — Br, p. a 19 de novembro de 1768. Reg. no Cart. da N., liv.
I, fl. 89 v. (C. C.)
135. ANToNIo CoRDEIR o BARA CHO
DE SousA NETo, natural da villa da Lourinhã, filho de José Cordeiro Garcia
Gomes, capitão-mór da mesma villa, e de sua mulher D. Le0 narda Thereza Baracho
de Almeida Josepha Neto; neto pela parte paterna de Manuel Cor deiro Garcia e
de sua mulher Anna Gomes, do logar de Bombarral, termo da villa de Obi dos, e
pela materna do capitão-mór que foi da sobredita villa da Lourinhã, Antonio
Baracho de Sousa Neto, cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D.
Maria Isidora de Je sus; bisneto de Filippe de Sousa Baracho, descendente de
Affonso de Sousa Neto, a que já se passou brazão de suas armas. • Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas; no segundo as dos
Cordeiros; no terceiro as dos Netos; no quarto as dos Barachos. — Br. p. a 16
de março de 1771. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 147. (C. C.)
136. ANToNIo CoRREIA, fidalgo da
casa real. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede e a seus doscendentes
o seguinte acres centamento no brazão de seus antecessores : — Escudo de campo
esquartelado; o pri meiro de vermelho com a cabeça do rei cortada em sangue,
foteada de prata com sua corôa de oiro, e o quarto esquartelado, o primeiro de
azul com uma cruz patra e vazia, e o segundo de Verde com cinco flores de liz
de oiro em aspa, e assim os seus contrarios; o segundo de vermelho com uma
aguia de preto estendida com as mãos e bicos de oiro com um escudo de oiro
fretado de vermelho que lhe cobre todo o corpo, á excepção da cabeça, mãos, as
pontas das azas e o rabo, e assim o seu contrario; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho e azul, e por timbre um braço
armado com a cabeça na mão pela fita; com todas as honras e privilegios de
fidalgo, por descendencia e pelos serviços que prestou indo numa frota como
capitão contra os mouros, que der rotou, cortando nesta occasião ao rei mouro
de Badem a cabeça, cuja apparece como ac na Chanc. de D. João III, liv. L, fl.
20 v.
137. ANToNIo CoRREIA DE AMORIM
(Bacharel), natural de Villa-viçosa; filho de Mi guel de Oliveira Guimarães e
Castro, cavalleiro professo na ordem de Christo, desembar gador da Casa da
supplicação, e ouvidor da dita Villa-viçosa, e de sua mulher D. Anna Thereza
Peregrina da Matta; neto pela parte paterna de Filippe de Oliveira Guimarães e
de sua mnlher D. Maria Guimarães Correia; bisneto de Antonio Correia de Amorim
e de sua mulher D. Isabel Maria de Guimarães; o qual Antonio Correia de Amorim,
de pois de viuvo seguiu a vida ecclesiastica, e foi abbade da freguezia de S.
Miguel de Dar ria; e pela parte materna neto de Antonio Figueira Rebello,
capitão-mór da villa de Mora, e de sua mulher D. Maria Fabronia de Oliveira;
bisneto de Antonio Figueira, tambem ca pitão-mor da da dita villa, e de sua
mulher D. Maria Rebello. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Oliveiras; no segundo as dos Guimarães; no terceiro as dos Correias, e no
quarto as dos Amorins. — Br. p. a 16 de fevereiro de 1778. Reg, no Cart. da N.,
liv. II, fl. 146 v. C. C.) (C. C.
138. ANTONIO CoRREIA CARDoso D E
FIGUEIREDo, natural de Villa-real, filho de André Correia de Figueiredo e de
sua mulher Maria Luiza Cardoso de Figueiredo; neto pela parte paterna de José
Correia de Figueiredo e de sua mulher Agueda Gomes Fer reira; bisneto de
Antonio Gouveia e de sua mlher Maria Correia, e pela materna, neto do bacharel
Manuel Nunes Cardoso e de sua mulher Leonor Guedes de Figueiredo; bisneto de
Ignacio Nunes Cardoso e de sua mulher Maria Fernandes. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Gouveias; no segundo as dos Correias; no
terceiro as dos Figueiredos, e no quarto as dos Cardosos. — Br. p. a 25 de
julho de 1771. Reg. no Cart. do N., liv. I, fl. 157 v. C. C (C. C.)
139. ANTONIO CORREIA DE CARVALHO
PINTO PEREIRA, natural de Villa-real, e fi dalgo da casa real, filho do capitão
Manuel Carvalho Correia e de D. Luiza Caetana Pereira; neto paterno de Antonic
de Carvalho e de sua mulher D. Maria Correia; bisneto de Ale xandre Correia
Pinto e de sua mulher D. Anna da Rocha de Castedo, e materno de João Pereira e
de sua mulher D. Isabel Pereira. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Carvalhos; no segundo as dos Correias; no terceiro as dos Pintos, e
no quarto as dos Pereiras. — Br. p. a 23 de dezembro de 1817. Reg. no Cart. da
N., liv. VII, fl. 391. (C. C.)
140. ANToNIo CoRREIA Dos SANTos,
capitão-mór da villa de Pombeiro, natural da Sobreira, termo de Pombeiro,
bispado de Coimbra, filho de Manuel Correia e de sua mu lher D. Maria dos
Santos; neto pela parte paterna de Manuel Rodrigues Branco e de sua mulher D.
Isabel Correia, e pela materna de Manuel Rodrigues dos Santos, irmão do mes tre
de campo João Rodrigues do Valle e de sua mulher D. Maria Rodrigues Nogueira,
sendo egualmente o supplicante irmão do sargento-mór Manuel Correia Branco, a
quem se pas sou brazão de armas a 24 de julho de 1789. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Correias; no segundo as dos Rodrigues; no
terceiro as dos Valles, e no quarto as dos Nogueiras. — Br. p. a 22 de setembro
de 1792. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 262. C. C (C. C.)
141. ANToNIo CoRREIA FURTAD o DE
MENDONÇA, cidadão da governança da cidade do Maranhão, mestre de campo de
auxiliares, filho de Constantino Correia de Araujo, ci dadão do dito estado, e
de D. Leonarda Mendes de Amorim; neto de Ignacio Correia Cou tinho de Cerveira,
cidadão e secretario do estado, e de D. Simeanna Furtado de Mendonça; bisneto
de Manuel de Araujo Cerveira, que serviu na tropa paga varios postos, foi
cidadão e juiz presidente do Senado d'aquelle estado, ouvidor da capitania do
Cumá, e de sua mu lher D. Margarida Correia de Lucena; terceiro neto de
Domingos de Cerqueira Baião, na tural da villa dos Arcos de Valdevez, da
provincia do Minho, filho de Antonio de Cerveira da Camara, e de sua mulher D.
Anna Fernandes de Araujo, que foi primeiro restaurador d'aquelle estado do
Maranhão do poder dos hollandezes, e senhor das Torres de Tamaracú e Canavieiras,
d'aquela capitania do Cumá; e sua avó D. Simeanna Furtado de Men donça foi
bisneta de Diogo de Campos Moreno, sargento-mór de todo o estado do Brazil,
primeiro conquistador do Maranhão do poder dos francezes, commandante general
d’elle em 1614, sendo general do Brazil Gaspar de Sousa, devendo-se-lhe toda a
felicidade d'aquelle estado, como escreveu Bernardo Pereira de Berredo, liv.
II, pag. 78; e D. Mar garida Correia, sua segunda avó, mulher de Manuel de
Araujo Cerveira, era filha de Agos tinho de Menezes, capitão de infanteria,
governador da fortaleza de Santa-Cruz da barra do Rio de Janeiro, e senhor da
ribeira do Meari; neta de Sebastião de Lucena de Azevedo, capitão-mór e
governador do Grão-Pará em 1645, cavalleiro da ordem de Christo, e ca pitão
governador da torre de Cascaes, filho de Mattheus de Freitas de Azevedo,
fidalgo da casa real, alcaide-mór de Pernambuco, filho de Sebastião de Lucena
de Azevedo, commen dador da Matta dos Lobos, da ordem de Christo, e guarda-mór
da cidade de Lisboa, e de sua mulher D. Jeronyma de Mesquita, filha de Thomé
Borges de Mesquita, neto de D. Pedro Alves de Mesquita, fidalgo castelhano, e
senhor do morgado de Meoes, bisneto de Vasco Gil Moniz; Sebastião Lucena de
Azevedo, commendador da Matta dos Lobos, foi filho de Vasco Fernandes de
Azevedo Lucena, fidalgo da casa real, um dos primeiros descobridores e
povoadores de Pernambuco, que pelos grandes serviços que fez n'aquelle estado
para fazer estender a sua povoação, que toda se deveu ao seu valor e actividade
(como faz memoria o padre Fr. Agostinho de Santa Maria, Sanctuario Marianno, t.
IX, pag. 306) se lhe fez mercê da alcaidaria-mór de Pernambuco. Vasco Fernandes
era nobilissimo por ser filho de matrimonio de Sebastião de Lucena, e de sua
mulher D. Maria de Vilhena, filha de Diogo de Azevedo, quarto senhor da villa
de S. João de Rei e terras de Bouro na provincia do Minho, casado com D. Brites
Dias Correia, filha de João Correia, o Portuguez, e de sua mulher D. Leonor
Annes, filha de João Correia, senhor da torre de Ladrão Baião, na comarca de
Thomar, todos fidalgos valorosos e bem conhecidos, de quem faz memoria o
Theatro Genealogico, arvore 123, cuja familia é bem conhecida n’este reino por
ser das mais antigas d’elle, e ter o seu principio em D. Arnaldo de Baião,
fidalgo francez que acompanhou o conde D. Henrique, e tem por descendentes os
senhores de S. João de Rei, e outras casas de fidalgos, os condes de Fontes, e
de Monte-Rei. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas
dos Correias, no segundo as dos Azevedos, e no terceiro as dos Furtados de
Mendonça. — Br. p. a 4 de maio de 1790. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 158
v. (C. C.)
142. ANTONIO DA CosTA GoDINHo,
natural de Beja, filho de Manuel Godinho e neto de Luiz Godinho, que foi fidalgo
muito honrado e do tronco d'esta geração dos Godinhos. Carta pela qual el-rei
D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de
campo partido em pala; a primeira parte enxaquetada de oiro e vermelho de
grossos pontes, a segunda de oiro e azul, e por diferença uma flor de liz de
prata, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e
por timbre uma meia hydra de oiro com sete cabeças de serpe com as linguas de
vermelho, com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração
dos Godinhos. — Dada em Evora a 14 de de agosto de 1536. Reg. na Chanc, de D.
João III, liv. XXII, fl. 84. de Luiz Gonçalves Ribeiro e de Leonor Nunes da Costa Homem, a qual foi filha de João
Ro drigues da Costa e de Filippa Nunes Homem, que foram pessoas muito honradas
e do verdadeiro tronco d'esta geração dos Costas e Homens, bem como o dito seu
avô Luiz #" Ribeiro foi fidalgo muito honrado, e do verdadeiro tronco da
linhagem dos Ri Cll'OS. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecesso res : - Escudo de campo esquartelado; o
primeiro dos Ribeiros, que é esquartelado o primeiro de oiro com tres palas de
vermelho, o segundo de preto com tres faxas veiradas e contraveiradas de prata
e vermelho, e assim o contrario; o segundo dos Costas, que é de vermelho e seis
costas de prata em tres faxas, e o contrario dos Homens, que é de azul e seis
crescentes de oiro em duas palas, e por differença uma merleta de oiro no se
gundo dos Ribeiros, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e
azul e vermelho, e por timbre um leão de azul com uma acha de armas nas mãos
com o cabo de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender
da geração e linhagem dos Ribeiros, Costas e Homens. — Dada em Evora a 17 de
setembro de 1545, Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXXV, fl. 103 v.
145.
ANTONIO DO COUTO RIBEIRO, escudeiro
cavaleiro da casa real, sargento-mór de infanteria auxiliar, natural de S. João
de Covas, termo da cidade do Porto, filho de Manuel Ribeiro, e de sua mulher
Agueda do Couto, neto paterno de Antonio Velho, e de sua mulher Maria Ribeiro;
neto materno de Diogo Teixeira. e de sua mulher Maria do Couto. As armas dos
Ribeiros e Coutos. — Br. p. a 17 de junho de 1752. Reg, no Cart. da N., liv.
particular, fl. 37 v. (C. C.)
146.
ANToN1o DA CUNHA PEREIRA BANDEIRA DE NEIVA (Doutor), fidalgo cavaleiro da casa
real, e do Conselho de sua magestade, lente de vespera da faculdade de direito.
Um escudo esquartelado com as armas que lhe foram concedidas por alvará de 29
de novembro de 1864 — Br. p. a 30 de dezembro de 1864. (M. N.) Reg. no Cart. da
N., liv. Ix, fl. 75. — V. no I. H. Neiva. (C. C.)
147. ANToN1o DINIz no Couto
VALENTE, natural da vila de Mazagão do Pará, ca valeiro fidalgo da casa real, e
cadete de infanteria da praça de Macapá, filho de João Tavares da Silva,
cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Francisca Margarida Rosa;
neto paterno de Francisco Fernandes de Macedo, professo na ordem de Christo.
cavalleiro fidalgo da casa real, e anadel de cavallaria da extincta praça de
Mazagão, e de sua mulher D. Maria Caetana Gil, filha de João Tavares da Silva,
cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo, e capitão de
cavalaria da dita extincta praça de Mazagão; bisneto pelo mesmo lado paterno de
Belchior Vieira de Macedo, cavaleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de
Christo e anadel de cavallaria da dita praça, e de sua mulher D. Maria Josepha;
neto materno de Antonio Diniz do Couto, cavaleiro fidalgo da casa real,
professo na ordem de Christo, capitão de infanteria da dita praça, e de sua
mulher D. Margarida Josepha da Fonseca, filha do sargento-mór de artilheria
Luiz da Fonseca Zuzarte, cavaleiro professo na ordem de Christo e cavaleiro
fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Francisca Cotta; bisneto materno de
Mattheus Valente do Couto, ca valeiro fidalgo da casa real e professo na ordem
de Christo, sargento-mór e adail de ca vallaria da dita extincta praça, e
mestre de campo da cidade do Pará, e de sua mulher D. Catharina Rosa da
Assumpção, filha do adail João Valente do Couto, cavaleiro fidalgo da casa
real, e cavalleiro professo na ordem de Christo. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Macedos, no segundo as dos Silvas, no terceiro as
dos Coutos, e no quarto as dos Valentes. — Br. p. a 25 de junho de 1807. Reg.
no Cart. da N., liv. VII, fl. 190 v. (C. C.)
148. ANToNIo DINIZ DE FIGUEIROA, commendador
de Santa-Cruz de Campo de Ou rique, filho de Luiz Gonçalves de Figueiroa e de
Violante Afonso Pereira, neto de Gonçalo Dias de Figueiroa, e bisneto de
Gonçalo de Figueiroa, todos naturaes do Porto, e fidal gos muito honrados e do
tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo de oiro e cinco folhas
de figueira verdes riscadas de oiro, em aspa, e por diferença uma lua de
vermelho, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e verde, e
por timbre um braço vestido de azul com um ramo de oiro na mão com as cinco
folhas verdes; com todas as honras de nobre fidalgo, por descender da geração e
linhagem dos Figueiroas. — Dada em Lisboa a 25 de agosto de 1543. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XXVIII, fl. 44.
149. ANToNIo DioGo PEDRoso
BARRETo, da freguezia de S. Miguel de Fontoura, filho de Manuel José Pedroso
Barreto, alferes de infanteria da praça de Valença, e de D. Esperança Maria
Barbosa; neto por parte paterna de Bento Lopes Pedroso, e de D. Joanna Thereza
Pereira Barreto; bisneto de Manuel Pereira Barreto, e de D. Francisca Dadine
Blanco, filha de Agostinho Dadine Blanco, e de D. Jacinta Garcia de Valinhos;
terceiro neto de Gonçalo da Rocha Barreto, e de D. Marianna Pereira da Silva,
filha de Balthasar Fernandes de Faria, instituidor da capella de Santo Christo
na Misericordia de Vianna, e de Susana Pereira da Silva; quarto neto de João
Velloso de Miranda, professo na ordem de Christo, fidalgo da casa real, e
governador que foi de Miranda, filho de ou tro João Velloso de Miranda, tambem
fidalgo da casa real, e de D. Ignez Barbosa Botto, e de sua mulher D. Rabil
Barreto da Rocha; quinto neto de Filippe Barreto Barbosa, fi dalgo da casa
real, e de D. Garcia da Rocha Botto, filha de João da Rocha Botto, e de Ignez
Guisado; sexto neto de Pedro Velho Barreto, fidalgo da casa real, e de D.
Isabel Barbosa, filha de Lourenço Annes Maciel, e de Ignez Barbosa; setimo neto
de João Velho Barreto, e de D. Violante Nunes Botto, filha do commendador
Gonçalo Esteves Botto; oi tavo neto do commendador Vasco Velho Barreto, e de D.
Ignez Nunes; nono neto de João Velho, escudeiro do duque de Bragança, e de D.
Leonor Gomes Barreto, filha de Pedro Gomes Barreto, commendador de
Castro-verde, e de D. Maria de Castro : neto 0 supplicante por parte materna do
bacharel Francisco Barbosa Marinho, e de Juliana Fer nandes Barbosa. dos
Barretos. — Br. p. a 20 de janeiro de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl.
187 v. - (C. C.)
153.
ANTONIO ELIAS DA FONSECA GALVÃO, capitão da cavallaria auxiliar da capita nia
de Pernambuco, filho do capitão de infanteria Cypriano Lopes da Fonseca Galvão,
e de sua mulher D. Maria de Vasconcellos
Viveiros; neto pela parte paterna de Manuel da Fonseca Jayme, capitão-mór, e
governador que foi da capitania do Ceará-grande, e de sua mulher D. Maria de
Proença; bisneto de Manuel Lopes Galvão, mestre de campo do regimento da cidade
de Olinda, e um dos restauradores d’aquella capitania, na expulsão dos
hollandezes, em cuja guerra serviu com o posto de capitão de infanteria; e pela
ma terna neto do capitão João Nunes Baião, e de sua mulher D. Felicia de
Vasconcellos. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Galvões,
no segundo as dos Fonsecas, no terceiro as dos Vasconcellos, e no quarto as dos
Viveiros. — Br. p. a 6 de abril de 1768. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 72.
(C. C.)
154. ANToN1o D E EsPINDoLA,
genovez, morador na ilha da Madeira, filho de Micer Cliam de Espindola, e de
Madona Pereta de Espindola, que foram do tronco d'esta li nhagem. Carta pela
qual el-rei D. Manuel lhe concede o brazão de seus antecessores: — Es cudo com
campo de oiro e uma faxa de escaques de prata e vermelho, com uma merleta de
negro, elmo de prata aberto, e por timbre um ramo de espinhas vermelhas que
está sobre a face do escudo, e por differença das de seu irmão uma estrella
azul no escudo, paquife de oiro e vermelho, por descender da geração e linhagem
dos Espindolas, que fo ram fidalgos e dos principaes da senhoria de Genoa. —
Dada em 1513. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv., XLII, fl. 48, e liv. das
Ilhas, fl. 136.
155. ANTONIO DE ESPINDOLA,
morador na ilha da Madefra, filho de Leonardo de ES pindola, e neto de ......
de Espindola, genovez, que foi fidalgo muito honrado em Ge nova, e do tronco
d'esta linhagem. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo de oiro e uma faxa de escaques
de prata e de vermelho, e no chefe do escudo um ramo de espinhas vermelhas, e
por differença uma merleta azul, elmo de prata aberto garnido de oiro, paquife
de oiro e vermelho, e por timbre o mesmo ramo de espinhas vermelhas; com todas
as honras de fidalgo de antiga linhagem por descen der da geração dos
Espindolas. — Dada em Evora a 27 de fevereiro de 1535. Reg. na Chanc. de D.
João III, liv. x, fl. 43 V.
156. ANTONIO DE Ess A LOBO DE
ALMADA E CASTRO, filho de D. Francisco ESSa e Castro, governador nomeado do
Piauhy, falecido na viagem, indo da cidade do Maranhão para o seu governo, e de
sua mulher D. Catharina de Almada; neto por parte paterna de D. Antonio de
Essa, governador que foi na ilha de Cabo-verde, e de sua mulher D. Qui teria
Bernardina da Gama e Freitas; bisneto de D. Manoel de Essa e Faria, e de sua mu
lher Isabel Antonia de Macedo; terceiro neto de D. Duarte de Essa, e de sua
mulher D. Maria de Oliveira; quarto neto de D. Antonio de Essa, e de sua mulher
D. Clara de Villas-boas; quinto neto de D. João de Essa, e de sua mulher D.
Catharina Bernardes, fi lha de Antonio Vaz Bernardes, senhor da quinta de Fós,
junto a Obidos; sexto neto de D. Duarte de Essa, que serviu na India, e de sua
mulher D. Leonor de Faria : neto pela parte materna de Antonio Lobo da Gama,
falecido na côrte de Madrid, onde foi ministro de Portugal, senhor do morgado de
Val de Guizo, e de sua mulher D. Marianna Ange lica de Arez Wandume; bisneto de
Miguel Diogo da Gama Lobo, guarda-roupa do se nhor rei D. Affonso VI, e de sua
mulher D. Guiomar de Almada, herdeira e senhora do dito morgado Val de Guizo;
terceiro neto de Manuel da Gama Lobo, e de sua mu lher D. "… Lobo da
Silva; quarto neto de Miguel de Torres da Silva, fidalgo da C3S3 TG31. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Essas, no segundo as dos
Castros, no terceiro as dos Lobos, e no quarto as dos Almadas. — Br. p. a 31 de
março de 1797. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 182. (C. C.) da ordem de
Christo, e da de S. Mauricio e S. Lazaro de Italia, cavalleiro da antiga e
muito no bre ordem da Torre e Espada do Valor, Lealdade e Merito, presidente da
Camara municipal de Lisboa, e proprietario, filho de João Esteves de Carvalho,
proprietario e negociante, e de sua mulher D. Anna Ferreira Vaz; neto paterno
de João Esteves de Carvalho, proprie tario e negociante, e de sua mulher D.
Maria da Assumpção Carvalho : neto materno de José Martins, proprietario, e de
sua mulher D. Maria Josepha Martins. Um escudo partido em pala; na primeira as
armas dos Carvalhos, e na segunda as dos Martins. — Br. p. a 17 de julho de
1863. Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 58. (C. C.)
157. ANToN1o EstEvEs DE CARVALHo,
barão de Santa Engracia, commendador da ordem de Christo, e da de S. Mauricio e
S. Lazaro de Italia, cavalleiro da antiga e muito no bre ordem da Torre e
Espada do Valor, Lealdade e Merito, presidente da Camara municipal de Lisboa, e
proprietario, filho de João Esteves de Carvalho, proprietario e negociante, e
de sua mulher D. Anna Ferreira Vaz; neto paterno de João Esteves de Carvalho,
proprie tario e negociante, e de sua mulher D. Maria da Assumpção Carvalho : neto
materno de José Martins, proprietario, e de sua mulher D. Maria Josepha
Martins. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Carvalhos, e na
segunda as dos Martins. — Br. p. a 17 de julho de 1863. Reg. no Cart. da N.,
liv. Ix, fl. 58. (C. C.)
158. ANToNI o EULA LIo DA RochA
BRANDÃo, capitão de milicias da capitania de Sabará, e d’ella natural, filho de
Manuel da Rocha Brandão, sargento-mór da cavallaria auxiliar da comarca de
Sabará, ao qual se passou brazão de armas a 13 de janeiro de 1775, e de sua
mulher D. Joanna Rosa Marcellina de Seixas; neto paterno do capitão Fran cisco
da Rocha Brandão e de D. Maria da Silva de Figueiredo; bisneto por este mesmo
lado do capitão Francisco Sanches Brandão e de D. Maria da Rocha Vieira, e por
parte de sua avó paterna é bisneto de Antonio José da Silva e de D. Maria de
Avila da Silva de Figueiredo, esta filha de outra do mesmo nome, prima do
coronel Garcia de Avila de Figueiredo, senhor da illustre casa da Torre da
cidade da Bahia, e o dito Antonio José da Silva filho de D. Francisco Antonio e
de D. Maria da Silva, filha do conde de Aveiras Luiz da Silva Telles de
Menezes; neto materno do tenente general Bernardo da Silva Ferrão e de sua
mulher D. Francisca de Seixas. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Brandões; no segundo as dos Silvas; no terceiro as dos Avilas, e no
quarto as dos Ferrões. — Br. p. a 7 de ou tubro de 1805. Reg. no Cart. do N.,
liv. VII, fl. 101. (C. C.)
159. ANTONIO DE FARIA CARDoso D o
AMARAL, filho de Leandro de Faria Cardoso e de sua mulher D. Rosa Maria do
Couto do Amaral; neto pela parte paterna de Manuel da Cunha Cardoso de Faria, e
de sua mulher Maria Pessoa de Andrade, filha de Antonio Pessoa de Andrade e de
sua mulher Agueda Cardoso; bisneto de Dionysio Cardoso de Fa ria e de sua
mulher Euphemia da Cunha Manuel, filha de Simão Manuel Monteiro, caval leiro
fidalgo da casa real, da ordem de Christo e de D. Maria da Cunha, irmã do dr.
Ma nuel da Cunha, desembargador da Casa da supplicação; terceiro neto de
Antonio Cardoso de Faria e de sua mulher Maria do Amaral, filha de Amador do
Amaral; quarto neto de Nuno Vaz Cardoso e de sua mulher Eva Bello de Faria,
irmã de Pedro Velho de Faria, abbade da egreja de Fornos, hoje vigario; quinto
neto de Balthasar Vaz Cardoso; e pela parte materna neto de João do Couto do
Amaral e de sua mulher Anna Marques Lobo, filha de Ignacio da Costa Faro e de
Maria Marques Lobo; bisneto de outro João do Couto do Amaral e de sua mulher
Damiana de Mattos e Almeida; e terceiro neto de Gaspar do Couto do Amaral e de
sua mulher Isabel da Costa Faro. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Cardosos, no segundo as dos Farias, no terceiro as dos Amaraes, e no
quarto as dos Coutos. — Br. p. a 11 de no vembro de 1766. Reg, no Cart. da N.,
liv. I, fl. 40. |- ) (C, C.
160. ANToNIo DE FARIA PIMENTEL,
presbytero do habito de S. Pedro e prior de Ma cinhata de Vouga no bispado de
Coimbra; filho de Bruno de Faria Pimentel e de sua mu lher D. Cecilia de
Andrade Freire; neto paterno de D. Juliana Maria de Faria, e de seu marido
Francisco de Caminha; bisneto de D. Simôa de Faria Pimentel e de seu marido
Luiz de Mattos Camões, moço da camara do Senhor rei D. João IV, As armas dos
Farias. — Br. p. a 14 de julho de 1752. Reg. no Cart. da N., liv. particular,
fl. 42. (C. C.)
161. ANTONIO FELICIANO DE Sous A,
fidalgo cavaleiro da casa imperial e real, com mendador da ordem de Christo,
brigadeiro do real exercito, e primeiro barão de Villa franca da Restauração;
filho de Joaquim José de Sousa, capitão-mór da referida villa; o dito
supplicante tem sempre prestado os mais relevantes serviços, já pela invasão
dos exercitos francezes n'estes reinos, contribuindo com avultados donativos
para o estado, já como governador militar do Ribatejo, em cujo logar se
distinguiu com todo o valor e pa triotismo, e por uma dilatada serie de avós, é
o mesmo supplicante descendente da illustre familia dos Sousas. Um escudo com
as armas dos Sousas. — Br. p. a 25 de fevereiro de 1826. Reg. no Cart, da N.,
liv. VIII, fl. 183. (C. C.)
162. ANToNIO FELIX DE MENDONÇA
CoELHo FRoEs, filho de Felix José Joaquim, cavalleiro professo na ordem de
Christo, e de sua mulher D. Maria Jacinta de Mendonça Froes de Mesquita; neto
pela parte paterna do capitão José Rodrigues Coelho e de sua mulher D. Martha
Maria Thereza da Costa e Mello, e pela parte materna de Fernando José de
Mendonça Arraes Froes do Rego e de sua mulher D. Maria Catharina de Moraes
Faria e Borja; bisneto de José Caetano de Mendonça Abreu de Faria e de sua
mulher D. Basi lia Froes de Avellar. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Coelhos, no segundo as dos Mellos, no terceiro as dos
Mendonças, e no quarto as dos Fonsecas. — Br. p. a 2 de março de 1789. Reg. no
Cart. da N., liv. Iv, fl. 101 v. (C. C.)
163. ANToNIo FELIx PIMENTEL
CoELHo, natural de Lisboa, filho de Carlos Manuel Pimentel Coelho, almoxarife
proprietario dos azeites da Mesa das tres casas d’esta dita ci dade, e de sua
mulher D. Leoniza Maria Caetana de Espinoza; neto paterno de Diogo Caldeira de
Abreu, proprietario que foi do dito oficio, e de sua mulher D. Maria da Silva
Pimentel, filha de Manuel Pimentel Coelho e de sua mulher D. Anna da Silva
Lobo; bis neto de Duarte Caldeira de Abreu, cavalleiro professo na ordem de
Aviz, e de sua mulher D. Garcia Sequeira; neto materno de José de Brito Rebello
e de sua mulher D. Joanna Men des Espinoza, filha de Nicolau Pinto de Almeida e
de sua mulher D. Angela Mendes Es pinoza; bisneto de Antonio Teixeira Rebello e
de sua mulher D. Felicia de Brito, As almas dos Caldeiras, Pimenteis, Coelhos,
Rebellos. — Br. p. a 8 de novembro de 1759. Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 124. (C. C.)
165. ANTONIO FERNANDES CoRREIA
JARVIs DE ATOUGUIA, natural da cidade do Funchal, da ilha da Madeira, filho do
capitão Antonio Richarte Jarvis de Faria, e de sua mulher D. Maria Correia
Bettencourt e Atouguia; neto pela parte paterna de Ignacio Jar vis de Faria, e
de sua mulher Antonia Vieira de França, filha de Luiz de França, e de sua
mulher Maria Pereira Machado; bisneto pela sua varonia de Richarte Jarvis,
cavalleiro in glez, que passando àquela ilha n’ella se estabeleceu, e foi o
chefe d’este appelido de Jarvis; e pela materna é o supplicante neto do
bacharel Antonio Correia Barbosa, e de sua mulher D. Gandiosa Francisca de
Atouguia Bettencourt, filha do capitão Amaro de Atouguia, e de sua mulher D.
Maria de Atouguia Bettencourt, e bisneto de José Bar bosa, e de sna mulher D.
Maria Correia. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Jarvis,
no segundo as dos Farias, no terceiro as dos Correias, e no quarto as dos
Barbosas. — Br. p. a 30 de setembro de 1780. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 252.
(C. C.)
166. ANTONIO FERNANDEs CoRREIA
JARVIS DE ATOUGUIA, natural da cidade do Funchal, da ilha da Madeira, filho do
capitão Antonio Richarte Jarvis de Faria, e de sua mulher D. Maria Correia
Bettencourt e Atouguia; neto pela parte paterna de Ignacio Jar vis de Faria, e
de sua mulher Antonia Vieira de França, filha de Luiz de França, e de sua
mulher Maria Pereira Machado; bisneto pela sua varonia de Richarte Jarvis,
cavalleiro inglez, que passando áquella ilha n’ella se estabeleceu, e foi o
chefe d’este appellido de Jarvis; e pela materna é o supplicante neto do
bacharel Antonio Correia Barbosa, e de sua mulher D. Gandiosa Francisca de
Atouguia Bettencourt, filha do capitão Amaro de Atouguia, e de sua mulher D.
Maria de Atouguia Bettencourt, e bisneto de José Bar bosa, e de sua mulher D.
Maria Correia. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Jarvis, e na
segunda as dos Atouguias, — Br. p. a 5 de maio de 1781. Reg. no Cart. da N.,
liv. III, fl. ? e) (C. C.
167. ANToN1o FERNAND o GIL
(Capitão), da villa de Candosa, comarca da cidade de Viseu, filho de Manuel
Fernandes Gil, e de sua mulher Maria Jorge; neto pela parte pa terna de Manuel
Francisco Gil, e de sua mulher Luiza Nunes; e pela materna de Bel chior
Rodrigues, e de sua mulher Maria Jorge. Um escudo com as armas do appelido de
Gil. — Br. p. a 14 de dezembro de 1776. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 122.
(C. C.)
168. ANTONIO FERNANDES DE
QUADRos, adail de Azamor, commendador da Ordem e cavallaria de nosso senhor
Jesus Christo, filho de Fernão Gomes de Quadros, neto de Ayres Gomes de
Quadros, bisneto de Affonso de Quadros, que era herdeiro de uma das quatro
alcaidarias-móres de Sevilha; bem assim o dito Antonio Fernandes de Quadros era
neto de Beatriz Gil Barreto, e bisneto de André Gil Barreto, do tronco da
linhagem dos Barretos. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o
primeiro dos Quadros, que é enxaquetado de prata e azul, o segundo dos
Barretos, que é arminhado, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
prata, azul e arminho, e por timbre meio leão de azul, tendo na mão um xadrez
das mesmas armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração e linhagem dos Quadros e Barretos. — Dada em Lisboa a 1 de agosto de
1541. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. 34, fl. 43 v.
169. ANToNIO FERNANDEs Do VALLE
(Doutor), cavalleiro da ordem de Christo, as sistente na cidade de S. Paulo,
estado do Brazil, natural do logar de Vandufe, filho do capitão Antonio
Fernandes do Valle, e de sua mulher Esperança Antonia Maria de S. José; neto
pela parte paterna de Mathias Rodrigues do Valle, e de sua mulher Marianna Ri
beiro, e pela materna de Antonio Gonçalves, e de sua mulher Domingas Lopes. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Fernandes, e na segunda as dos
Valles. — Br. p. a 7 de junho de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 12 v.
(C. C.)
170. ANToN1o FERRAZ DE MELLo
(Capitão), filho de Ruy Vaz Ferraz de Mello, e de D. Luiza de Figueiroa; neto
paterno de Antonio de Mello Coutinho, e de D. Maria Fer raz; bisneto de
Domingos Ferraz de Mello; trineto de João de Mello, alcaide-mór; quarto neto de
Gonçalo Vasques de Mello, senhor de Povolide, os quaes todos foram fidalgos.
Carta pela qual el-rei D. Pedro II lhe concede o seguinte brazão de seus
antecesso res: — Escudo de campo vermelho com seis arvellas de prata entre uma
bordadura e dobre cruz de oiro, elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro, prata e vermelho, e por timbre uma aguia preta estendida,
armada e arruelada de prata, e por diferença um trifolio de oiro; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descen der da geração dos Mellos. — Dada em
Lisboa a 2 de maio de 1681. Reg. na Chanc. de D. Affonso VI, liv. XL, fl. 151.
171. ANTONIO FERREIRA PINTo
BASTo, natural da cidade do Porto, um dos contra ctadores geraes do tabaco
d'estes reinos, ilhas adjacentes, e Macau, e das reaes sab0a rias, filho de
Domingos Ferreira Pinto Basto, negociante de grosso tracto da praça da ci dade
do Porto, e de sua mulher D. Maria do Amor Divino; neto por parte paterna de
Manuel Ferreira Pinto, e de sua mulher D. Jeronyma Alves; e por parte materna
de José Ferreira da Costa, e de sua mulher D. Thereza Maria de Sousa. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Ferreiras, e na segunda as dos
Pintos. — Br. p. a 29 de outubro de 1818. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl.
11 v. (C. C.)
172. ANToN 1o FERREIRA DA SILVA
BRITo, fidalgo cavaleiro da casa real, commen dador das ordens de Nossa Senhora
da Conceição de Villa Viçosa, e de Nosso Senhor Je sus Christo, capitalista, e
antigo vereador da Camara municipal do Porto, filho de Custo dio Ferreira da
Silva, e de sua mulher D. Maria Rosa da Silva; neto paterno de Antonio Ferreira
Pinto, e de sua mulher D. Maria da Silva Reis; e materno de Ventura Antonio, e
de sua mulher D. Brites Pinto. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Britos, no segundo as dos Silvas, no terceiro as dos Pintos, e no
quarto as dos Ferreiras. — Br. p. a 26 de maio de 1869. Reg. no Cart. da N.,
liv. IX, fl. 120. • (C. C.)
173. ANTONIO DE FIGUEIREDO DA
CUNHA E MELLO, natural e morador na Sua quinta de Taveiro, termo da cidade de
Coimbra, filho de José Antonio de Figueiredo e Sousa, e de sua mulher D.
Dionysia Engracia Isabel de Alvellos; neto por parte paterna do reverendo
Theotonio Valerio de Figueiredo, cavaleiro professo na ordem de Christo, e
arcediago da sé de Coimbra, e de sua mulher D. Catharina Euphrasia Luiza;
bisneto de Manuel Rodrigues de Figueiredo, desembargador da Relação do Porto, e
de sua mulher e Mello, fidalgo escudeiro da casa real, e de sua mulher D. Maria
Feliciana da Rocha; bis neto de Braz da Cunha de Figueiredo e Mello, fidalgo
escudeiro da casa real, e de sua mulher D. Antonia Thereza de Mesquita e
Loureiro. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos
Figueiredos, no segundo as dos Cunhas, e no terceiro as dos Mellos. — Br. p. a
6 de setembro de 1800. Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl. 135. (C. C.)
174. ANToNIo DA FoNs ECA E MoURA,
do logar dos Carvalhos, concelho de Gaya, comarca do Porto, filho de Nuno da
Fonseca e Moura, e de Clara da Fonseca; neto pa terno de Domingos Fernandes, e
de Brites da Fonseca; e materno de José de Carvalho da Fonseca e Moura, e de
Joanna da Fonseca. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Fonsecas, e na segunda as dos Mouras. — Br. p. a 29 de março de 1815. Reg. no
Cart. da N., liv. } fl. 311, (C. C.)
175. ANTONIo Fou RNIER TAVAREs L
EM os Bon G Es CABRAL, cadete do regimento de Peniche, filho de Hugo de
Fournier Leclair, capitão de engenheiros no real serviço, e natural da
provincia de Guienne, reino de França, e de sua mulher D. Clara Joaquina de Ta
vares Borges Cabral; neto paterno de Antonio Fournier de Choisi e de D.
Catharina de Marillac, os quaes são descendentes das familias mais distinctas e
nobres da referida pro vincia de Guienne, e materno de Jacinto Borges Leal e de
sua mulher D. Joanna Juliana Eugenia de Tavares da Costa Lobo; bisneto materno
do capitão Francisco Borges Leal, o qual serviu o cargo de vereador na cidade
de Angra em 1747, e de sua mulher D. Anto nia Eugenia de Lemos Cabral; terceiro
neto pelo mesmo lado de Silvestre Pereira Cabral de Lemos e de sua mulher D.
Catharina Pereira da Cunha, filha de João Rodrigues Pe reira, conselheiro do
regio tribunal do Conselho da fazenda e fidalgo da casa real; quarto neto pelo
mesmo lado de João de Lemos Cabral, vereador da cidade de Angra em 1747, e de
sua mulher D. Antonia Faria da Fonseca, filha de Roque Fernandes da Fonseca,
pro prietario de um dos oficios de secretario do Desembargo do paço, e de sua
mulher D. Martha de Faria, filha de Belchior Alvares de Faria, e de sua mulher
D. Martha de Sousa Andrade, irmã de Gaspar de Sousa, todos fidalgos da casa
real; quinto neto pelo mesmo lado de Belchior Pereira de Lemos; sexto neto pelo
mesmo lado de Fernão Ca bral, desembargador do regio tribunal do Desembargo do
paço, chanceller-mór do reino, moço fidalgo da casa real e commendador de
Penedão, e de sua mulher D. Isabel de Gouvea; setimo neto pelo mesmo lado de
Simão Cabral, do real Desembargo e conselho, vereador fidalgo do Senado de
Lisboa; oitavo neto pelo mesmo lado de Luiz Cabral, moço fidalgo da casa real;
nono neto pelo mesmo lado de Fernão Cabral, senhor e alcaide-mór de Belmonte,
Manteigas, Dapás de Gouvea e Quinta de Santo André; decimo neto pelo mesmo lado
de João Fernandes Cabral, fidalgo da casa real, alcaide-mór de Belmonte,
Azurara, Manteigas, Moimenta, Dapás de Gouvea, e Quinta de Santo André;
undecimo neto de Fernão Alvares Cabral, fidalgo da casa real, alcaide-mór de
Belmonte, Azurara, Manteigas, Moimenta, Dapás de Gouvea, e Quinta de Santo
André, regedor das justiças da Relação de Goa; duodecimo neto pelo mesmo lado
de Luiz Alvares Cabral, alcaide-mór de juro e herdade de Azurara, Dapás de
Gouvea, e Quinta de Santo André; decimo ter ceiro neto pelo mesmo lado de
Alvaro Gil Cabral, alcaide-mór da Guarda, senhor de juro e herdade de Azurara,
Vilhelhas e terras de Tavares por doação feita aos seus ascenden tes, sendo o
seu bisavô Francisco Borges Leal, filho de Thomaz Borges Leal e de sua mulher
D. Catharina de Castro Machado; neto de João Borges Leal e de D. Joanna Ro
drigues; bisneto do capitão José Leal, cavalleiro professo na ordem de Aviz e
presidente da Camara da ilha Terceira em 1670, e de sua mulher D. Maria de
Castro; terceiro neto de Manuel Leal e de D. Barbara Borges; quarto neto de
Diogo Leal; quinto neto de Dionysio Leal, todos fidalgos da casa real: sendo a
referida sua avó materna D. Joanna Juliana de Tavares da Costa Lobo, filha de
José Caetano de Tavares da Costa Lobo e de sua mulher D. Marianna Antonia
Josepha Freire da Cunha Castel-branco, neta de Luiz Tavares da Costa Lobo,
capitão-mór da villa da Covilhã, e de sua mulher D. Josepha Ma ria de Brito
Castel-branco, bisneto de Luiz Tavares da Costa Lobo, capitão-mór da villa da
Covilhã, e de sua mulher D. Maria Antonia de Albuquerque; terceira neta de
Grego rio Tavares, capitão-mór da villa da Covilhã, e de sua mulher D. Catharina
Lobo; quarta neta de Luiz Tavares, moço fidalgo da casa real, e de sua mulher
D. Maria de Mendonça; quinta neta de Luiz de Tavares, moço fidalgo da casa
real, e de sua mulher D. Jeronyma de Tavares; sexta neta de Antonio de Tavares,
moço fidalgo da casa real, commendador de S. Vicente da Beira, Alpedrinha e
Ouriz; setima neta de João de Tavares, moço fidalgo da casa real, tambem
commendador de S. Vicente da Beira, Alpedrinha, e Ouriz; oitava neta de Lopo
Dias de Tavares, commendador de S. Vicente da Beira, Alpedrinha, e Ouriz, moço
fidalgo da casa real; nona neta de Gonçalo de Tavares, moço fidalgo da casa
real e senhor de Mira; decima neta de Pedro de Tavares, alcaide-mór de juro e
herdade de Portalegre, Assumar, Alegrete, e cidade de Faro, e senhor de Mira;
undecima neta de Gonçalo Tavares, senhor de Tavares e Mira, moço fidalgo da
casa real; duodecima neta de Diogo Gonçalves de Tavares, alcaide-mór da villa
da Covilhã, vassallo e camareiro-mór do senhor rei D. Fernando; decima-terceira
neta de Pedro Esteves de Tavares, alcaide-mór da Guarda; decima-quarta neta de
D. Esteves de Tavares, alcaide-mór da Guarda e Covilhã. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Cabraes; no segundo as dos Tavares; no
terceiro as dos Sousas, e no quarto as dos Farias. —Br. p. a 27 de julho de
1804. Reg. no Cart. da N., liv VII, fl. 86 v. (C. C.)
178. ANTONIO FRADE DE FARIA,
fidalgo da casa real, filho de Alvaro Fernandes de Faria; neto de Fernão Dias
de Faria; bisneto de Afonso Annes de Faria, que foi fidalgo muito honrado e do
verdadeiro tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo vermelho e
uma torre de prata com as portas e frestas de preto, entre cinco flores de liz
de prata, tres em chefe e duas em faxa, e por diferença um cres cente de oiro,
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, e por
timbre a mesma torre com uma das flores de liz em cima; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Farias.—Dada em
Lisboa a 2 de abril de 1539. Reg. na Chanc. de João III, liv. XXVII, fl. 53 v.
180. ANToN1o FRANCIsco GAzo,
natural e morador na praça de Extremoz, sar gento-mór do regimento de
artilheria da mesma praça; filho de João André Gaz0, natural da cidade de Genova,
d’onde veiu a este reino servir na guerra do anno de de bombardeiros,
sargento-mór da artilheria, tenente coronel, coronel, e ultimamente é ge neral
de batalha, e de sua mulher D. Magdalena Santa Hugues Gazo; neto paterno de
Francisco Maria Gazo, capitão de bombardeiros que foi da republica, senhor da
casa e quinta dos Gazos, sita no suburbio da dita cidade, freguezia de S. Cyro,
e de sua mulher D. Maria Magdalena Gazo; neto paterno de Antonio Hugues,
fidalgo genovez, natural de Araci, freguezia de Santo Antonio, e de sua mulher
D. Anna Hugues, natural da cidade de Genova. As armas dos Gazos. —Br. p. a 2 de
janeiro de 1759. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 119 v. (C. C.)
Um
escudo com as armas dos Machados. — Br. p. a 18 de março de 1814. Reg. no Cart.
da N., liv. VII, fl. 289. • (C. C.)
182. ANTONIO FRANCISCO MACIEL MoNTEIRO,
tenente coronel de cavallaria auxiliar da capitania de Pernambuco, d’onde é
natural: filho de Antonio Francisco Monteiro, pro fesso na ordem de Christo,
capitão commandante dos auxiliares da capitania de Pernam buco, thesoureiro e
deputado de duas direcções da Companhia geral e da Alfandega da mesma cidade, e
de sua mulher D. Joanna Ferreira Maciel; neto pela parte paterna de Simão Luiz
Monteiro de Paiva e de sua mulher D. Maria Francisca de Araujo; neto pela parte
materna de Braz Ferreira Maciel, capitão das ordenanças da mesma cidade, onde
tambem serviu de juiz vereador da Camara da mesma cidade, e de sua mulher D.
Catha rina Bernarda de Oliveira Govim : sendo egualmente o mesmo supplicante
irmão de Ma nuel Francisco Maciel Monteiro, a quem se passou brazão de armas a
19 de julho de 1796. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Monteiros; na Segunda as dos Macieis. — Br. p. a 20 de março de 1798. Reg. no
Cart. da N., liv. VI, fl. 13 v. (C. C.)
183. ANToNIO FREIRE DE ANDRADE,
cavaleiro professo na ordem de Christo, fami liar do Santo Oficio, e cidadão
nesta cidade de Lisboa, d’onde é natural; filho de Roque Durão Freire e de sua
mulher D. Jeronyma Maria da Conceição; neto paterno de Manuel Jorge Durão e de
sua mulher D. Isahel Mestra Freire de Andrade, filha de Antonio Mes tre e de
sua mulher Maria Mendes; bisneto paterno de Roque Jorge e de sua mulher Ma ria
Luiza de Medeiros; neto materno de Giraldo Ferreira e de sua mulher D. Antonia
Ferreira, filha de Manuel Gonçalves e de sua mulher Maria Gonçalves; e bisneto
de Filippe Bayam e de sua mulher Margarida de Freitas. As armas dos Freires de
Andrade. — Br, p. a 10 de dezembro de 1758. Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 65. (C. C.)
184. ANTONIO GIL SEVERIM, natural
de Lisboa, filho de João Gil Severim, natural de Lisboa e morador na sua quinta
de Soo Aseca termo de Alhandra, e neto de Maria Annes • I – 4 Severim; bisneto
de Pedro Severim, natural do bispado de S. Luiz dos reinos de França, fidalgo
muito honrado e do verdadeiro tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D.
Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de
campo partido em pala; o primeiro de prata e uma bordadura com posta de prata e
vermelho, o segundo de vermelho e duas palas de prata, elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre um leão de prata
faxado com tres faxas vermelhas; com todas as honras e privilegios de nobre e
fidalgo por descender da geração dos Severins do reino de França. — Dada em
Lisboa a 24 de maio de 1562. Reg. na Chanc. de el-rei D. Sebastião, liv. III,
fl. 270.
185. ANToN1o GoMES BRANDÃo,
visconde de Carregoso, fidalgo cavalleiro da casa real, commendador da ordem de
Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, deputado da nação portugueza,
proprietario e negociante de grosso tracto, filho de Manuel José Go mes
Brandão, e de sua mulher D. Joaquina Rosa de Jesus Brandão; neto paterno de Ma
nuel Gomes, e de sua mulher D. Maria Francisca Gomes, e materno de João Dias
Mon teiro, e de sua mulher D. Isabel Francisca Monteiro. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Brandões, e na segunda as dos Gomes, — Br. p. a
2 de novembro de 1869. Reg, no Cart. da N., liv. Ix, fl. 125 v. (C. C.)
186. ANToNIo GoMEs Dos SANTos,
natural da cidade do Porto, commendador da ordem de Nossa Senhora da Conceição
de Villa-viçosa, fidalgo cavaleiro da casa real, filho do capitão Manuel Gomes
dos Santos, e de sua mulher D. Anna Isabel Emelinda dos Santos; neto paterno de
Lourenço Gomes dos Santos, proprietario, e de sua mulher D. Anna Maria de S.
José Santos, e materno de José Dias de Castro, e de sua mulher D. Jacinta
Ignacia de Castro. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Gomes, e
na segunda as dos Castros. — Br. p. a 14 de setembro de 1855. Reg. no Cart. da
N., liv. IX, fl. 5. (C. C.)
187. ANTONIO GOMES DA SILVA
BELFORT, bacharel formado na faculdade de canOnes, e natural da cidade de S.
Luiz do Maranhão, filho de Filippe Marques da Silva, cavalleiro fidalgo da casa
real, irmão do coronel de milicias José Antonio Gomes de Sousa, a quem se
passou brazão de armas a 28 de setembro de 1798, e de sua mulher D. Ignacia
Maria Freire Belfort da Silva; neto paterno do sargento-mór Antonio Gomes de
Sousa, e de sua mulher D. Marianna das Neves; bisneto de Filippe Marques da
Silva, almoxarife da real fazenda na dita cidade do Maranhão, e de sua mulher
D. Rosa Maria de Jesus. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Sousas, e na segunda as dos Gomes. — Br. p. a 6 de abril de 1804. Reg. no Cart.
da N., liv. VII, fl. 73. (C. C.)
188. ANToNIo HENRIQUEs DA
SILVEIRA (Doutor), graduado na faculdade dos sagra dos canones, oppositor ás
cadeiras da mesma faculdade na Universidade de Coimbra, fa miliar do Santo
Oficio; e seu irmão Amaro Henriques da Silveira, soldado do regimento de dragões
da cidade de Beja, e naturaes da villa de Extremoz, filhos do capitão Barnabé
Henriques, e de sua mulher Josepha Maria da Silveira; netos paternos de Gonçalo
Hen riques, e de Maria Francisca da Costa; bisnetos pela mesma parte de Antonio
Affonso Mendes, e de sua mulher Anna Henriques, filha de Gonçalo Henriques, e
de sua mulher Helena Henriques. As armas dos Henriques. — Br. p. a 8 de abril
de 1754. Reg, no Cart. da N.. liv. particular, fl. 73 v. (C. C.) das Vellas na
ilha de S. Jorge, filho do sargento-mór Antonio Sebastião Espinola, e de sua
mulher D. Ignacia Aurelia Felizarda Espinola da Silva; neto paterno de
Sebastião Espinola Homem, e de sua mulher D. Luiza Rosa Ornellas e Camara, e
materno de José Ignacio da Silva, e de sua mulher D. Felicia de Jesus Espinola
da Silva. Um escudo e n'elle as armas dos Espinolas, — Br. p. a 30 de agosto de
1821. Reg. n0 Cart. da N., liv. VIII, fl. 87 v. (C. C.)
189. ANTONIo HoMEM EsPINoLA DA
SILVA SoDRÉ (Alferes), natural da villa das Vellas na ilha de S. Jorge, filho
do sargento-mór Antonio Sebastião Espinola, e de sua mulher D. Ignacia Aurelia
Felizarda Espinola da Silva; neto paterno de Sebastião Espinola Homem, e de sua
mulher D. Luiza Rosa Ornellas e Camara, e materno de José Ignacio da Silva, e
de sua mulher D. Felicia de Jesus Espinola da Silva. Um escudo e n'elle as
armas dos Espinolas, — Br. p. a 30 de agosto de 1821. Reg. n0 Cart. da N., liv.
VIII, fl. 87 v. (C.
Um
escudo partido em pala: na primeira as armas dos Costas, e na segunda as dos
Machados. — Br. p. a 7 de março de 1817. Reg. no Cart. da N., liv. VII, %%} (C.
C.
191. ANToNIo INFANTE DA CAMARA E
ORNELLAs, natural da freguezia de S. Vicente de Paulo, termo da villa de
Santarem, filho de Braz de Ornellas da Camara e de D. Qui teria Maria; neto
pela parte paterna de Thomaz de Villa-nova Infante e de D. Thereza Josepha Paim
da Camara, filha de Braz de Ornellas da Camara Paim e de D. Isabel Maria, e
neta de Francisco de Ornellas da Camara Paim, fidalgo da casa real e do real
conselho, e governador do castello de S. João Baptista da ilha Terceira;
bisneto o supplicante pela parte paterna de Tristão Nunes Infante e de D. Maria
Antonia Lobo de Sequeira, filha de Gregorio Alves Bandeira e de D. Catharina
Lobo de Sequeira. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Ornellas,
e na segunda as dos Bandeiras. — Br. p. a 30 de janeiro de 1792. Reg. no Cart.
da N., liv. ## 244 V. (C. C.)
192. ANToNIo JANUARIo Do VALLE
PoNTE, cavalleiro professo na ordem de Christo, capitão de mar e guerra da real
armada, graduado em coronel de infanteria, natural da cidade de Lisboa, filho
do capitão de mar e guerra João Pinheiro do Valle, e de sua mulher D. Brigida
Maria de Santa Anna da Ponte; neto pela parte paterna de João Pinheiro do
Valle, e de sua mulher D. Maria de Bastos, e pela materna do capitão de
infanteria João da Ponte Ferreira, e de sua mulher D. Vicencia Maria Ferreira.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Valles, e na segunda as dos
Pontes. — Br. p. a 29 de outubro de 1773. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 210
v. (C. C.)
193. ANTONIo JoAQUIM CoELHo
CoUTINHo, cavaleiro professo na ordem de Christo, filho de Antonio Francisco
Coelho Coutinho e de D. Margarida Ursula Wanzeller; neto por parte paterna de
Pedro Alvares Coelho e de D. Rosa de Sequeira Coutinho; neto por parte materna
de Afonso Dias Wanzeller e de D. Leonor Rita de Sequeira. Um escudo
esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Coelhos, no segundo as
dos Coutinhos, e no terceiro as dos Sequeiras. — Br. p. a 27 de setembro de
1800. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 139. | (C. C.)
194. ANTONIO JOAQUIM CoRREA DE
PROENÇA E OLIVEIRA COELHo, do logar de Lopares, termo de Coja, filho do
capitão-mór da villa de Pombeiro José Luiz Correia de Proença, e de sua mulher
D. Joanna Maria de Sousa Coelho; neto pela parte paterna de Manuel Marques de
Proença, cavalleiro da ordem de Christo, e de sua mulher D. Maria Ignacia de
Oliveira; bisneto do sargento-mór Manuel Antunes Secco, e de sua mulher D. Anna
Marques de Proença, e pela materna neto de Pedro de Sousa Coelho, e de D. Ignez
Maria Michaela. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Correias, no segundo as dos Proenças, no terceiro as dos Oliveiras, e no quarto
as dos Coelhos. — Br. p. a 5 de setembro de 1783. Reg, no Cart. da N., liv.
III, fl. 100 v. (C. C.)
195, ANTONIO JoAQUIM CoUTINHO
MENDES DE CARVALHo, doutor na faculdade de canones pela Universidade de
Coimbra, filho do doutor José Mendes de Carvalho, caval leiro professo na ordem
de Christo, e de D. Anna Ignacia Joaquina; neto paterno de An tonio Mendes
Caldeira, e de D. Bernarda Mendes, e materno de José Ferreira Coutinho, e de D.
Maria Rosa. Um escudo e n'elle as armas dos Mendes. — Br. p. a 28 de fevereiro
de 1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 163 V. (C. C.)
196. ANToNIo JoAQUIM DIAS DE
AZEVEDo, tenente coronel do regimento de milicias de Soure, filho de Sebastião
Dias de Azevedo, e de sua mulher D. Maria Joanna Gonçal ves Henriques da Costa;
neto paterno de Manuel Dias da Piedade e Azevedo, e de sua mulher D. Maria
Rodrigues Perdigão, e materno de Antonio Duarte Gonçalves, e de sua mulher D.
Joanna Maria Gonçalves. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Azevedos, e na segunda # dos Gonçalves. — Br. p. a 4 de setembro de 1815. Reg.
no Cart. da N., liv. VII, . 321. (C. C.)
197. ANToNIo JoAQUIM DE GoUVE A
PINTo (Bacharel), natural de Anceris, comarca de Arganil, cavaleiro professo na
ordem de Christo, e cavaleiro fidalgo da casa real, fi lho do bacharel
Grozigano Nunes Castanheira, e de sua mulher D. Gregoria de Jesus ES teves de
Gouvea Pinto; neto materno do doutor Silvestre da Fonseca, e de Luiza de Gouvea
Pinto; bisneto de Luiz de Gouvea, e de Isabel Cardoso; terceiro neto de Fran
cisco de Gouvea, e de Francisca Pinto. Um escudo partido em pala; na primeira
as armas dos Gouveas, e na segunda as dos Pintos. — Br. p. a 28 de abril de
1825. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 142 v. (C. C.)
198. ANToNIo Jo AQUIM DE MoRAEs,
professo na ordem de Christo, cavalleiro fidalgo da casa real, e oficial da
Secretaria de estado dos negocios estrangeiros e da guerra, na tural de Lisboa,
filho de Manoel de Moraes Soares, professo na ordem de Christo, caval leiro
fidalgo da casa real e medico da real camara, e de sua mulher D. Margarida Jose
pha Rosa da Silva e Sousa; neto pela parte paterna de José de Moraes Soares, e
de sua mulher D. Josepha Maria de S. Bernardo; bisneto de Antonio Soares, e de
sua mulher D. Maria de Moraes, filha de Antonio de Moraes Mesquita Pimentel,
segundo morgado da casa de S. Moures, o qual andando nos estudos da
Universidade de Coimbra, casou em Monte-agua com D. Luiza Delfina; neto o
supplicante por parte de seu terceiro avô An tonio de Moraes Mesquita Pimentel,
de outro Antonio de Moraes Mesquita Pimentel, ca pitão-mór de Anciaens, e
primeiro successor do morgado de Sellores, que instituiram seus tios, o bispo
do Porto D. Gonçalo de Moraes, e Antonio de Moraes, e de sua mulher D. Josepha
de Mesquita e Castro; neto por parte de sua mãe de D. Margarida Josepha de
Thomar, e de sua mulher D. Nataria Maria. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Moraes, que são partidas em pala, a primeira em campo
vermelho uma torre de prata, lavrada de negro, a se gunda uma moreira com raizes
de verde; na segunda as dos Soares de Tamgil; e por timbre uma moreira das
armas. —Br. p. a 18 de junho de 1795. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 58 v.
(C. C.)
199. ANToN1o JoAQUIM DE OLIVEIRA,
tenente coronel do regimento de artilheria da cidade do Rio de Janeiro, e na
mesma lente de engenheria, natural de Lisboa, filho de José de Oliveira, e de
sua mulher D. Maria Joaquina de Miranda; neto pela parte paterna de Braz de
Oliveira, e de sua mulher D. Maria Magdalena, e pela materna de Antonio de
Miranda, e de sua mulher D. Anna Joaquina. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Oliveiras, e na segunda as dos Mirandas. — Br. p. a 12 de
dezembro de 1783. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 116. (C. C.)
200. ANToN1o JoAQUIM DE OLIVEIRA
PEREs Osoaio (Capitão), cavalleiro fidalgo da casa real, e professo na ordem de
Christo, natural e morador na cidade de Lisboa, filho do capitão Domingos
Cardoso de Oliveira de Almada, e de sua mulher D. Maria Magdalena Thereza da
Silva Peres Osorio; neto paterno de Martinho de Almada, e de sua mulher D.
Maria Cardoso da Silva; neto materno de Domingos Antunes de Almada, e de sua
mulher D. Maria Peres Osorio, ele filho do sargento-mór João Antunes de Almada,
ella filha de D. João Peres Osorio, fidalgo hespanhol. As armas dos Oliveiras,
Cardosos, Silvas e Osorios. — Br. p. a 9 de dezembro de 1761. Reg. no Cart. da
N., liv. particular, fl. 133 v. (C. C.)
201. ANToNI o JoAQUIM DE SÁ RoMEU
CASTEL-BRANCo, presbytero secular do ha bito de S. Pedro, da villa de
Cantanhede, comarca de Coimbra, filho do doutor Antonio José de Almeida Sá
Romeu, e de sua mulher D. Violante de Almeida Sá Romeu Castel branco; neto pela
parte paterna de Antonio Pereira Caetano, e de sua mulher Escolastica de
Almeida Sá Romeu; neto pela parte materna do doutor Antonio Rodrigues de
Aguiar, professo na ordem de Christo, e de sua mulher D. Feliciana de Almeida
Sá Romeu de Magalhães. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as
armas dos Almeidas, no segundo as dos Sás, e no terceiro as dos Castel-brancos.
— Br. p. a 10 de junho de 1795. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 57. • (C. C.)
202. ANTONIO JOAQUIM DA SILVA
MARQUES PEREIRA DO COUTO, da villa de Estar reja, comarca de Aveiro, filho de
Agostinho Marques Pereira do Couto, cavalleiro pro fesso na ordem de Christo,
sargento-mór do terço auxiliar da dita comarca de Aveiro, e de D. Maria Caetana
da Silva Soares; neto pela parte paterna do capitão Victorino Pe reira da Cruz,
e de sua mulher D. Antonia Marques do Couto, e pela materna do capitão Antonio
Soares da Silva. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Pereiras, no segundo as dos Coutos, no terceiro as dos Soares, e no quarto as
dos Silvas, — Br. p. a 20 de maio de 1790. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl.
168 v. (C. C.)
203. ANToNIo JoAQUIM SoAREs,
natural da cidade do Porto, filho de Joaquim José Soares, e de D. Maria
Margarida da Purificação e Silva; neto paterno de José Soares, e de sua mulher
D. Maria Soares, e materno de Antonio José da Silva, e de sua mulher D. Maria Thereza
do Rosario. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Soares, e na
segunda as dos Silvas. — Br. p. a 26 de novembro de 1819. Reg. no Cart. da N.,
liv. VIII, fl. 47 v. (C. C.)
205. ANToNIo JoAQUIM VIEIRA
REBELLo, familiar do Santo Oficio, monteiro-mór do concelho de Vieira, senhor
da capella de Nossa Senhora da Conceição, e morador na sua quinta da Lage;
filho de João Simões Dias, familiar do Santo Oficio, e de sua mu lher D.
Thomazia Luiza Vieira Rebello de Araujo; neto por parte paterna de José Simões,
e de sua mulher Domingas Dias; neto por parte materna de João Vieira de Araujo,
e de sua mulher D. Jacinta Rebello de Bouro, filha do capitão Jeronymo Vieira
Rebello. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Vieiras, e na
segunda as dos Rebellos. — Br. p. a 21 de abril de 1802. Reg. no Cart. da N.,
liv. VI, fl. 201 v. (C. C.) .
206. ANToN1o JoÃO DE ARAUJO
VALLE, capitão-mór do concelho da Ribeira de Soa res, e morador na sua quinta
de Sant'Anna, freguezia de S. Julião de Parada; filho de Domingos do Valle e
Araujo, e de sua mulher D. Maria Angelica; neto paterno de Igna cio do Valle, e
de sua mulher D. Garcia de Araujo; neto materno de Fructuoso Gonçalves, e de
sua mulher Maria Fernandes. As armas dos Valles, e Araujos. —Br. p. a 20 de
outubro de 1756. Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 101 v. • (C. C.)
207. ANToNIo JoÃo DE FREITAS DE
CARVALHO DRoMoNDo, guarda-môr das terras e aguas mineraes da freguezia de S.
Miguel de Antonio Dias, comarca do rio das Velhas, onde é morador, e natural da
cidade do Funchal da ilha da Madeira; filho do capitão An tonio de Carvalho
Dromondo e de sua mulher D. Ignacia Michaela de Freitas Henriques; neto pela
parte paterna de Sebastião de Carvalho Dromondo e de sua mulher D. Joanna da
Costa, e pela materna de Mathias de Freitas e de sua mulher D. Andreza Hen
riques. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no
segundo as dos Costas, no terceiro as dos Freitas, e no quarto as dos
Henriques. —Br. p. a 22 de maio de 1782. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 52
v. (C. C.)
208. ANToNIo JoÃo PINTo, familiar
do Santo Oficio, natural da aldea de Condolim, provincia de Brades, estado da
India; filho de João Baptista Pinto e de sua mulher Luiza de Sousa e de sua
mulher Lucrecia Maciel, naturaes da aldea de Calangute, Um escudo esquartelado;
no primeiro e quarto as armas dos Pintos, no segundo as dos Sequeiras, no
terceiro as dos Macieis. — Br. p. a 7 de abril de 1770. Reg, no Cart. da N.,
liv. I, fl. 123. (C. C.)
209. ANTONIo JosÉ DE AFFONSECA
MIMoso, natural da villa de Linhares, filho de Gregorio de Afonseca Mimoso e de
sua mulher Helena Caetana Pereira; neto pela parte paterna de Antonio de
Afonseca Mimoso, capitão que foi da dita villa, e de sua mulher Isabel Mimoso
da Guerra; e pela materna de Manuel de Paiva e de sua mulher Maria Pe reira
Saraiva. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos
Fonsecas, no segundo as dos Guerras, e no terceiro as dos Pereiras. — Br. p. a
6 de abril de 1775. Reg, no Cart. da N., liv. II, fl. 57. (C. C.)
210. ANToNIo JosÉ DE ALMEIDA
BEÇA, oficial da Vedoria geral e contadoria da ci dade do Porto, d’onde é
natural; filho de Manuel de Almeida Beça, vedor geral da ci dade do Porto, e de
sua mulher D. Anna Maria de Araujo; neto paterno de Silvestre de Almeida e de
sua mulher Thereza Moreira; neto materno de Manuel de Magalhães Lopes e de sua
mulher Antonia Maria de Araujo, filha de Leonardo Manuel da Costa Ferreira. As
armas dos Almeidas, Beças, Araujos, e Magalhães. — Br, p. a 13 de abril de
1753. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 53 V. (C. C.)
211. ANToN1o JosÉ DE ALMEIDA
CouTINHo, da freguezia de Medrões, concelho de Penaguião, filho de José
Rodrigues Ferreira Barbuda e de sua mulher D. Josepha Caetana de Almeida; neto
pela parte paterna de Pedro Rodrigues Ferreira, que foi alferes de in fanteria
na praça de Chaves, e de sua mulher Maria Fernandes Correa; bisneto de Pedro
Rodrigues Ferreira e de sua mulher Leonor Ferreira; terceiro neto de João da
Rocha, e de sua mulher Catharina Ferreira de Barbuda; quarto neto de outro João
da Rocha. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos
Rochas, no se gundo as dos Vieiras, e no terceiro as dos Barbudas, — Br. p. a
30 de julho de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 28. • (C. C.)
212. ANTONI o JosÉ DE ANTAS
MAGALHÃEs E PUGA (Bacharel), natural da villa de Monte-alegre da provincia de
Traz-os-Montes; filho de Francisco de Antas Magalhães e Puga, tenente de
cavallaria, e de sua mulher D. Anna Maria de Macedo; neto paterno do doutor
Francisco de Antas Lima; bisneto de Antonio Afonso de Antas e Puga e de sua
mulher Ignez Maria de Passos; terceiro neto de Bento Afonso e de sua mulher
Ignez Gon çalves de Antas e Puga, filha de Gaspar Rodrigues de Antas, e este
filho de Rodrigo Al vares de Antas, fidalgo muito conhecido da geração dos
Antas, da qual foi chefe Garcia Gonçalves de Antas, senhor de Frazão. As armas
dos Antas, Pugas, Magalhães, e Macedos. — Br. p. a 20 de julho de 1755. Reg. no
Cart. da N., liv. particular, fl. 90 V. (C. C.)
213. ANToNIo JosÉ ANTUNEs
NAVARRo, visconde da Lagoaça, fidalgo cavaleiro da casa real, commendador da
ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, presi dente da camara
municipal do concelho do Porto, negociante de gross0 tracto e proprietario;
filho de Manuel José Antunes, negociante de grosso tracto e proprietario, e de
sua mulher D. Helena Thereza Antunes; neto paterno de José Antunes,
proprietario e nego ciante de grosso tracto, e de sua mulher D. Luiza Lopes
Antunes, e materno de José Ber nardo Lopes, proprietario, e de sua mulher D.
Francisca Lopes Navarro. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Antunes, e na segunda as dos Navarros. — Br. p. no mez de agosto de 1862. Reg.
no Cart. da N., liv IX, fl. 45 v. (C. C.)
214. ANToN1o JosÉ DE ARAUJo
GoMEs, doutor em canones pela Universidade de Coimbra, familiar do Santo
Oficio; filho de Antonio de Araujo Gomes, natural do logar de Quintão,
freguezia de Cambres, bispado de Lamego, cavalleiro professo na ordem de
Christo, e de D. Francisca Thereza de Jesus, natural de Gaia freguezia de
Villa-nova do Porto; neto paterno de André Fernandes e de Maria de Araujo, e
materno de Manuel Gonçalves da Cruz e de Catharina de Sá. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Araujos, e na segunda as dos Sás. — Br. p. a 15
de fevereiro de 1771. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 143. (C. C.)
215. ANToN1o JosÉ DE AVILA, do
Conselho de Sua Magestade, conselheiro de estado efectivo, ministro secretario
de Estado dos negocios da fazenda e estrangeiros, commen dador das ordens de
Christo e de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, caval leiro da antiga
e muito nobre ordem da Torre e Espada do valor, lealdade, e merito. Um escudo
partido em pala, com as armas que lhe foram concedidas por alvará de 9 de
outubro de 1860. (M.N.) — Br. p. a 19 de novembro de 1860. Reg. no Cart. da N.,
liv. IX. fl. 37. — V. no I. H. Avila e Bolama. (C. C.)
216. ANToNIo JosÉ CAVALCANTE
LINs, presbytero secular do habito de S. Pedro, natural da capitania de
Pernambuco, filho do bacharel Manuel de Araujo Cavalcante, pro curador da real
corôa e fazenda na dita capitania, e de sua mulher D. Isabel Thereza de Moraes
Lins; neto pela parte paterna do capitão Pedro Coelho Pinto e de D. Romualda
Cavalcante de Albuquerque; elle filho de Braz Pinto Lobo da Silva e de sua
mulher D. Ma ria Coelho, ela filha do capitão João Luiz da Serra Pereira e de
sua mulher D. Brazia · Cavalcante de Albuquerque : e pela parte materna neto do
mestre de campo Manuel Al vares de Moraes e Navarro e de D. Thereza de Jesus
Lins. Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro quartel as armas do reino com
a Sua quebra de bastardia, no segundo as dos Cavalcantes. — Br. p. a 19 de
setembro de 1788. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 71. (C. C.)
217. ANTONIO JosÉ CERQUEIRA DA GAMA ARAUJo E
AZEVEDo, proprietario dos oficios de chanceller e escrivão do Juizo da
correição da villa de Valença do Minho; filho de José Luiz Cerqueira da Gama
Araujo e Azevedo e de sua mulher D. Maria Rosa Vaz; neto paterno de Manuel
Cerqueira Thomé e de sua mulher D. Jeronyma da Gama Araujo e Azevedo, filha de
Miguel de Araujo e Azevedo, senhor da casa das Lages e da de solar do Paço da
Ponte de Lima, governador da dita villa de Valença, e ultimamente procurador de
Côrtes da mesma villa e província, e de sua mulher D. Antonia de SOuSa. Um
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Gamas, no se
gundo as dos Araujos, e no terceiro a dos Azevedos. — Br. p. a 20 de janeiro de
1802. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 27. (C. C.) cidade do Maranhão, filho
de Theodoro Correa de Azevedo Coutinho, capitão de cavallaria auxiliar, a quem
se passou brazão de armas a 6 de maio de 1790, e de sua mulher D. Antonia de
Araujo Cerveira; neto paterno de Constantino Correa de Araujo, e de sua mulher
D. Leo narda Mendes de Amorim; bisneto de Ignacio Correa Coutinho de Cerveira, secretario
do estado do Maranhão, e de sua mulher D. Simeanna Furtado de Mendonça;
terceiro neto de Manuel de Araujo Cerveira, que serviu varios postos na tropa
paga, foi cidadão e juiz presidente do Senado d’aquelle estado, e ouvidor da
capitania de Cumá, e de sua mulher D. Margarida Correa de Lucena; quarto neto
de Domingos de Cerveira Bayão, filho de Antonio Cerveira da Camara e de D. Anna
Fernandes de Araujo, e foi o primeiro restau rador d’aquele estado do Maranhão
do poder dos hollandezes, e senhor das Torres de Tamanacú e Canavieiras
d’aquela capitania de Cumá; e sua bisavó D. Simeanna Furtado de Mendonça era
bisneta de Diogo de Campos Moreno, sargento-mór de todo o estado do Brazil,
primeiro conquistador do Maranhão do poder dos francezes, e commandante ge
neral d’elle em 1614, sendo general do Brazil Gaspar de Sousa, devendo-se-lhe
toda a felicidade d’aquelle estado : e D. Margarida Correa de Lucena, sua
terceira avó era filha de Agostinho de Menezes, capitão de infanteria e
governador da fortaleza de Santa-Cruz da barra do Rio de Janeiro, e senhor da
ribeira do Meari; neta de Sebastião de Lucena de Azevedo, capitão-mór e
governador do Grão-Pará em 1645, cavaleiro da ordem de Christo e capitão
governador da torre de Cascaes, filho de Mattheus de Freitas de Aze vedo,
fidalgo da casa real e alcaide-mór de Pernambuco, filho de Sebastião de Lucena
de Azevedo, commendador da Matta de Lobos, da ordem de Christo, e guarda-mór da
cidade de Lisboa, e de sua mulher D. Jeronyma de Mesquita, filha de Thomé Borges
de Mes quita, neta de D. Pedro Alves de Mesquita, fidalgo castelhano e senhor
do morgado de Meoes; bisneta de Vasco Gil de Moniz. O dito Sebastião Lucena de
Azevedo, commenda dor da Matta de Lobos, era filho de Vasques Fernandes Lucena
de Azevedo, fidalgo da casa real, um dos primeiros descobridores e povoadores
de Pernambuco, a quem se fez mercê da alcaidaria-mór de Pernambuco. • Um escudo
esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Correas, no segundo as
dos Azevedos, e no terceiro as dos Furtados de Mendonça. —Br. p. a 10 de março
de 1806. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 121. (C. C.)
218. ANToNIo José CoRREA DE Az
EvRD o CouTINHo (Tenente), natural da cidade do Maranhão, filho de Theodoro
Correa de Azevedo Coutinho, capitão de cavallaria auxiliar, a quem se passou
brazão de armas a 6 de maio de 1790, e de sua mulher D. Antonia de Araujo
Cerveira; neto paterno de Constantino Correa de Araujo, e de sua mulher D. Leo
narda Mendes de Amorim; bisneto de Ignacio Correa Coutinho de Cerveira, secretario
do estado do Maranhão, e de sua mulher D. Simeanna Furtado de Mendonça;
terceiro neto de Manuel de Araujo Cerveira, que serviu varios postos na tropa
paga, foi cidadão e juiz presidente do Senado d’aquelle estado, e ouvidor da
capitania de Cumá, e de sua mulher D. Margarida Correa de Lucena; quarto neto
de Domingos de Cerveira Bayão, filho de Antonio Cerveira da Camara e de D. Anna
Fernandes de Araujo, e foi o primeiro restau rador d’aquele estado do Maranhão
do poder dos hollandezes, e senhor das Torres de Tamanacú e Canavieiras
d’aquela capitania de Cumá; e sua bisavó D. Simeanna Furtado de Mendonça era
bisneta de Diogo de Campos Moreno, sargento-mór de todo o estado do Brazil,
primeiro conquistador do Maranhão do poder dos francezes, e commandante ge
neral d’elle em 1614, sendo general do Brazil Gaspar de Sousa, devendo-se-lhe
toda a felicidade d’aquelle estado : e D. Margarida Correa de Lucena, sua
terceira avó era filha de Agostinho de Menezes, capitão de infanteria e
governador da fortaleza de Santa-Cruz da barra do Rio de Janeiro, e senhor da
ribeira do Meari; neta de Sebastião de Lucena de Azevedo, capitão-mór e
governador do Grão-Pará em 1645, cavaleiro da ordem de Christo e capitão
governador da torre de Cascaes, filho de Mattheus de Freitas de Aze vedo,
fidalgo da casa real e alcaide-mór de Pernambuco, filho de Sebastião de Lucena
de Azevedo, commendador da Matta de Lobos, da ordem de Christo, e guarda-mór da
cidade de Lisboa, e de sua mulher D. Jeronyma de Mesquita, filha de Thomé
Borges de Mes quita, neta de D. Pedro Alves de Mesquita, fidalgo castelhano e
senhor do morgado de Meoes; bisneta de Vasco Gil de Moniz. O dito Sebastião
Lucena de Azevedo, commenda dor da Matta de Lobos, era filho de Vasques
Fernandes Lucena de Azevedo, fidalgo da casa real, um dos primeiros
descobridores e povoadores de Pernambuco, a quem se fez mercê da alcaidaria-mór
de Pernambuco. • Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas
dos Correas, no segundo as dos Azevedos, e no terceiro as dos Furtados de
Mendonça. —Br. p. a 10 de março de 1806. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl.
121. (C. C.)
219. ANToNIo José CoRREA DA
SILVA, coronel do regimento de milicias e regente da casa da polvora, no estado
da India, filho de Pedro Correa da Cunha, capitão e mestre da casa da polvora
no estado da India, e de sua mulher D. Maria Antonia Ferreira de Abreu
Castello-branco; neto por parte paterna de Domingos Correa da Silva, capitão e
mestre da referida casa da polvora, e de sua mulher D. Catharina Falcão da
Cunha. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Correas, no
segundo as dos Silvas, no terceiro as dos Ferreiras, e no quarto as dos Abreus.
—Br. p. a 12 de abril de 1799. Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl. 73 v. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Ribeiros, no segundo as dos
Machados, no terceiro as dos Costas, e no quarto as dos Coutos. — Br. p. a 15
de fevereiro de 1821. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 74 v. (C. C.)
221. ANToN1o JosÉ DA CUNHA REIS
DA MoTTA GoDINHo, do concelho de Lanhoso, comarca de Guimarães, filho de Lucas
da Motta da Cunha Reis, e de D. Maria Josepha Godinho da Cunha; neto paterno de
João da Motta da Cunha, e de D. Francisca Fernan des, e materno de João Martins
Godinho e Freitas, e de D. Marianna da Cunha. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Mottas, no Segundo as dos Cunhas, e no
terceiro as dos Godinhos. —Br. p. a 6 de dezembro de 1815. Reg, no Cart. da N.,
liv. VII, fl. 333. (C. C.)
222. ANToN1o JosÉ D1As CoELHo,
sargento-mór do regimento de cavallaria de Villa rica, em Minas-geraes, filho
de José Dias Coelho, e de sua mulher Marianna Carvalho; neto por parte paterna
de Sebastião Dias da Costa, e de sua mulher Maria Coelho; neto por parte
materna de Balthasar Gonçalves, e de sua mulher Jeronyma Carvalho. • Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Dias, e na segunda as dos Coelhos. —
Br. p. a 27 de março de 1797. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 180 v. (C. C.)
223. ANToNIo JosÉ FERREIRA DE
CARVALHo, cavalleiro professo na ordem de Christo, doutor de capello pela
Universidade de Coimbra na faculdade dos sagrados ca nones, natural e morador
na cidade do Porto; filho de Antonio Ferreira de Carvalho, ci dadão da cidade
do Porto, e de sua mulher D. Ignacia Clara Rosa de Almeida; neto pa terno de
Balthasar Pires Ferreira de Carvalho, e de sua mulher D. Josepha Maria de Lima;
neto materno de Antonio de Almeida Saraiva, e de sua mulher D. Maria do Couto.
As armas dos Ferreiras, e Carvalhos. — Br. p. a 13 de dezembro de 1753. Reg. no
Cart. da N., liv. particular, fl. 65 v. (C. C.)
224. ANToN1o JosÉ DE FIGUEIREDO E
CARVALHo, capitão das ordenanças do logar de Canellos, termo da villa da
Bemposta, filho de Manuel João de Figueiredo, e de sua mulher D. Maria Esteves
de Carvalho; neto paterno de João Manuel de Figueiredo e de sua mulher D. Maria
João Dias, e materno de Domingos Fernandes de Carvalho, e de Sua mulher D.
Maria Esteves de Carvalho. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Figueiredos, e na segunda as dos Carvalhos. — Br. p. a 27 de janeiro de 1807.
Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 156 v. (C. C.)
225. ANToNIo JosÉ DA FoNs ECA,
cavalleiro professo na ordem de Christo, e seus irmãos o doutor Francisco
Marcellino de Gouvea, desembargador na Relação do Porto, e cavalleiro professo
na mesma ordem de Christo, e José Ignacio da Fonseca, tenente de dragões na
provincia das Minas, naturaes d’esta cidade de Lisboa, filhos de Manuel da
Fonseca da Cruz, familiar do Santo Oficio, escrivão das terras, fazenda e
estado da rainha nossa senhora, e de sua mulher D. Thereza Maria Antonia de
Gouvea; netos paternos de Manuel da Fonseca da Cruz, que foi guarda-mór do sal;
bisnetos de Pe dro Fernandes da Fonseca; terceiros netos de Francisco Fernandes
da Fonseca, capitão mór no concelho da Bemposta; quartos netos de Fernão
Martins da Fonseca; quintos netos de Francisco Fernandes da Fonseca; sextos
netos de Fernão Martins Coutinho; se timos netos de Fernão Martins Coutinho da
Fonseca, que foi senhor de Aregos, Mafra, Enxara, Ericeira, e outras terras;
oitavos netos de Vasco Fernandes Coutinho, senhor do no logar de Fonseca,
concelho de S. Martinho de Mouros, comarca de Lamego, progenitor d’esta familia
dos Fonsecas e d'outras muitas, e d’elle procedem tambem ricos homens, fidalgos
de solar e linhagem n’este reino. As armas dos Fonsecas. — Br. p. a 10 de
novembro de 1757. Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 111 v. (C. C.)
226. ANToNIo JosÉ DA FoNs ECA
PIMENTEL (Desembargador), cavalleiro professo na ordem de Christo, ministro da
Relação e Curia patriarchal, juiz de genere em todo este patriarchado,
protonotario apostolico de Sua Santidade com beneplacito regio, com missario do
Santo Oficio, secretario do real padroado e do do cardeal patriarcha, na tural
do logar de Villa-longa, concelho de Gulfar, comarca de Viseu, filho de Antonio
Gonçalves Pimentel, e de sua mulher D. Anna da Fonseca, ambos do dito logar;
neto pela parte paterna de Simão Gonçalves Pimentel, e de sua mulher D. Maria
da Fonseca; bisneto do capitão Antonio Lourenço Pimentel, e pela parte materna
neto de Manuel Fer nandes da Fonseca, e de sua mulher D. Maria da Fonseca, Um
escudo ovado e partido em pala; na primeira as armas dos Pimenteis, e na se
gunda as dos Fonsecas. — Br. p. a 20 de setembro de 1783. Reg. no Cart. da N.,
liv. III, fl. 104. (C. C.)
227. ANToNIo JosÉ GoMEs DE
AGUIAR, monteiro-mór do termo de Aguiar da Beira, comarca de Linhares, filho de
José Gomes de Aguiar, e de sua mulher D. Luiza Antunes Guerra; neto pela parte
paterna de Antonio Gonçalves de Aguiar, e de sua mulher D. Anna de Aguiar, e
pela materna de Domingos Antunes, e de sua mulher D. Maria da Guerra. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Aguiares, no segundo as dos
Gonçalves, no terceiro as dos Antunes, e no quarto as dos Guerras, — Br. p. a
13 de outubro de 1789. Reg. no Cart, da N., liv. IV, fl. 131 v. (C. C.)
229. ANToN1o José GoNÇALVES
BRAGA, commendador da ordem de Christo, pro prietario e negociante de grosso
tracto da cidade do Porto, filho de João Manuel Gonçal ves, e de sua mulher D.
Josepha Maria Lopes Gonçalves; neto paterno de Pedro Gonçal ves, e de sua
mulher D. Angela Soares Gonçalves, e materno de Constantino Lopes, e de sua
mulher D. Thereza Domingas Lopes. Um escudo partido em pala; na primeira as
armas dos Gonçalves, e na segunda as dos Lopes. — Br. p. a 2 de dezembro de
1853. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 374 v. • (C. C.)
230. ANToN1ô José GUILHERME,
SoAREs DA SILVA RochA, escripturario com pre dicamento do real Erario da mesa
dos vinhos, na contadoria da superintendencia geral dos contrabandos e
descaminho dos reaes direitos, e mais Sete casas, filho de Francisco José
Soares da Silva, escrivão que foi do registo da Chancellaria da côrte e reino,
e de D. Joanna Rita da Silva Soares; neto pela parte paterna de Simão, dos
Santos, que foi ajudante do mestre de campo general da provincia do Minho, e de
D. Josepha Maria da Rocha, filha do sargento-mór do terço da infanteria
auxiliar do Porto José Fernandes da Luz, e de D. Antonia Maria Rocha; neto pela
parte materna de Ambrosio Soares da Silva, cavalleiro fidalgo, e escrivão do
registo da Chancelaria, e de D. Maria dos Santos Valle, filha de João Afonso,
capitão de auxiliares, e de D. Maria dos Santos; bisneto por parte paterna de
Francisco Gomes, sargento-mór de ordenanças da comarca de Elvas, e de D.
Marianna da Costa, filha de Manuel Alves, capitão de infanteria do regimento da
ar mada, e de D. Isabel Luiz; bisneto pela parte materna de Francisco Soares da
Silva, que foi mestre de campo de infanteria auxiliar, e de D. Luiza Vieira de
Andrade, filha de Antonio Francisco Pereira, capitão de infanteria, e de D.
Leonor Luiza de Andrade. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis
as armas dos Soares, no segundo as dos Silvas, e no terceiro as dos Rochas. —
Br. p. a 22 de outubro de 1796. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 151 v. (C. C.)
231. ANToNIo JosÉ DE GUIMARÃEs,
cavalleiro professo da ordem de Christo, cida dão, e natural da cidade do
Porto, filho de Domingos Francisco de Guimarães, cavaleiro tambem professo da
ordem de Christo, e de sua mulher D. Rosa Clara; neto pela parte paterna de
outro Domingos Francisco Guimarães, e de sua mulher D. Catharina Vieira, e pela
materna de Antonio Goncalves da Silva, e de sua mulher D. Francisca da Silva.
Um escudo com as armas dos Guimarães. — Br. p. a 12 de agosto de 1782. Reg. no
Cart. da N., liv. III, fl. 64 V. (C. C.)
232. ANTONIo JosÉ DE MACED o PINA
PATALIM SENTIDo REY DoNo, natural da villa de Portel, morador na da Vidigueira,
filho do capitão José Ignacio de Torres Palha de Almeida Reydono, e de sua
mulher D. Rita Josepha Maria de Macedo; neto pela parte paterna do capitão
André Vaz de Torres Palha e Almeida, cavalleiro da ordem de Christo, e de sua
mulher D. Brites Nunes Perdigoa; bisneto de Domingos Velho de Torres, e de sua
mulher D. Anna Palha de Almeida, e pela parte materna é neto do sargento-mór
Francisco de Macedo Pina Patalim Sentido, e de sua mulher D. Ursula Maria de
Novaes da Silvã; bisneto de José de Chaves de Macedo Pina Patalim. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Torres, no segundo as dos
Macedos, no terceiro as dos Pinas, e no quarto as dos Chaves. — Br. p. a 2 de
ju nho de 1786. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 225 v. • (C. C.)
233. ANToN1o JosÉ DA MAIA CoLAço, fidalgo da
casa real, natural e morador na villa do Recife de Pernambuco, filho de
Francisco Xavier da Maia, cavalleiro da ordem de Christo, fidalgo da casa real,
familiar do Santo Oficio, e de sua mulher D. Anna The reza Mauricia Campello;
neto paterno de Antonio da Maia, cavalleiro fidalgo da casa real, oficial-maior
do Conselho da fazenda nesta côrte, e de sua mulher D. Paschoa Maria da
Conceição; neto materno do capitão José Rodrigues Colaço, familiar do Santo
Oficio, e de sua mulher D. Florencia Rodrigues Campello, irmã do desembargador
João Rodrigues Campello, professo na ordem de Christo, de Manuel Rodrigues
Campello, capitão de in fanteria com o exercicio das ordens do governo de
Pernambuco, professo na ordem de Christo e fidalgo da casa real, e do reverendo
Filippe Rodrigues Campello, clerigo do ha bito de S. Pedro, professo na ordem
de Christo, commissario do Santo Oficio, e proto notario apostolico de Sua
Santidade, aos quaes todos se passaram já seus brazões de ar mas, filhos todos
do sargento-mór Antonio Rodrigues Campello, familiar do Santo Oficio, sua
mulher Isabel Antunes. As armas dos Maias, Callados, Campellos, e Barros. — Br.
p. a 14 de agosto de 1761. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 132. (C.
C.)
234. ANToNIo JosÉ MARQUEs
BACALHAU, bacharel formado em philosophia pela Universidade de Coimbra, e
capitão de infanteria das ordenanças da villa de Igarassú, da capitania de
Pernambuco, filho do capitão-mór João Marques Bacalhau, e de sua mulher D.
Juliana de Oliveira Gondim; neto paterno do capitão João Marques Bacalhau, e de
sua mulher D. Maria de Oliveira Goes, e materno do capitão-mór José Ignacio de
Oliveira Gondim, e de sua mulher D. Placida Mauricia de Aguiar. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Oliveiras, no segundo as dos
Goes, no terceiro as dos Gondins, e no quarto as dos Aguiares. — Br. p. a 3 de
maio de 1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 176 v. (C. C.)
235. ANToN1o JosÉ DE MoRAEs
PIMENTEL (Bacharel), juiz de fóra da Torre de Moncorvo, filho do capitão-mór e
monteiro-mór da villa de Mogadouro Manuel Ignacio de Moraes, e de sua mulher D.
Maria José Antonia Pimentel; neto pela parte paterna de Luiz Ignacio de
Figueiredo, e de sua mulher D. Rosa Maria de Moraes; neto pela parte materna de
Antonio Rodrigues Pimentel, e de sua mulher D. Maria Ferreira. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Moraes, e na segunda as dos
Pimenteis. — Br. p. a 22 de junho de 1795. Reg, no Cart. da N., liv. V, fl. 62.
(C. C.)
236. ANToN1o JosÉ Osorio,
bacharel formado pela Universidade de Coimbra, e juiz de fóra da villa de
Alfandega da Fé, natural do logar de Manigeto, termo da cidade de Pinhel; filho
de Venancio José da Gama de Pina Leitão e de D. Maria José da Conceição Osorio
da Fonseca; neto paterno de Antonio Dias de Pina Leitão e de D. Maria Joaquina
Simões dos Santos, e materno de Fr. Antonio José Osorio da Fonseca, cavalleiro
professo na sagrada religião de Malta, e de D. Paschoa Maria Joaquina de
Mattos; bisneto pela parte paterna de Antonio Dias de Pina Leitão, monteiro-mór
da villa de Lamegal, filho este de João Gomes Leitão de Pina, cavalleiro professo
na ordem de Christo, e fidalgo da casa real. - Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Pinas, no segundo as dos Leitões, no terceiro as
dos Osorios, e no quarto as dos Fonsecas. — Br. p. a 19 de fevereiro de 1793.
Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 272 v. (C. C.)
237. ANTONIO JosÉ PEREIRA DA
CUNHA E GUEDEs, natural de Lisboa; filho de Ma nuel José Pereira da Cunha e de
sua mulher D. Justiniana Francisca de Paula; neto pa terno de Domingos Gomes
Pereira e de sua mulher D. Maria Joaquina Filippa da Cunha, sendo esta irmã
germana de D. Antonia Michaela Filippa da Cunha casada com João Gue des
Pereira, fidalgo da casa real, dos quaes foi filho Manuel Guedes Pereira,
fidalgo da casa real, e commendador da ordem de Christo. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Pereiras, e na segunda as dos Guedes. — Br. p. a
8 de fevereiro de 1817. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 368 v. (C. C.)
238. ANTONIO JosÉ PEREIRA PINTO
DE FIGUEIRED o CASTELLO-BRANCo, natural e morador no logar do Copinho, termo da
villa de Fundão, comarca da Guarda, filho de Antonio Mendes de Castello-branco,
familiar do Santo Officio, capitão de infanteria auxi liar da comarca da
Guarda, e de D. Catharina Thereza de Figueiredos; neto pela parte pa terna de
outro Antonio Mendes de Castello-branco, professo na ordem de Christo a quem se
passou brazão com as armas dos Castellos-brancos em 1656, e de D. Maria Mendes
Paes; bisneto de Domingos Mendes de Castello-branco; terceiro neto de Antonio
Mendes de Castello-branco, e de Maria Pereira Pinto; quarto neto de Sebastião
Mendes de Cas tello-branco, filho de Miguel Mendes de Castello-branco, e neto
de Mendes Rodrigues Cas tello-branco; quarto neto de Vasco Paes de
Castello-branco, undecimo avô do supplicante e o primeiro que teve este
appelido de Castello-branco; e pela materna neto de Manuel José da Costa, e de
Maria Nunes de Figueiredo. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Castello-brancos, no segundo as dos Pintos, no terceiro as dos Pereiras, e
no quarto as dos Figueiredos. — Br. p. a 15 de setembro 1769. Reg, no Cart. da
N., liv. I, fl. 111. (C. C.)
239. ANTONIo JosÉ PINHEIRO DE
FIGUEIRED o SARMENTo (Bacharel), professo na ordem de Christo, natural do logar
de Rabal, termo da cidade de Bragança, filho do ca pitão Miguel Pires Pinheiro,
e de sua mulher D. Luiza Esteves de Figueiredo; neto pela parte paterna de
Francisco Pires Pinheiro, e de sua mulher D. Isabel Rodrigues; neto pela parte
materna de Antonio Esteves Pinheiro, e de sua mulher D. Domingas de Figueiredo
Sarmento. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos
Pinheiros, no segundo as dos Figueiredos, e no terceiro as dos Sarmentos. — Br.
p. a 4 de março de 1796. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 118 v. (C. C.)
240. ANTONIo José PINTo DA CUNHA
E Sous A, natural da freguezia de Nossa Se nhora da Candelaria da cidade do Rio
de Janeiro, filho de Manuel Pinto da Cunha, e de sna mulher Maria Thereza dos
Santos e Sousa; neto pela parte paterna de Manuel Pinto, e de sua mulher
Seraphina Fernandes da Cunha; e pela materna neto do capitão Antonio Pinto dos
Santos, e de sua mulher Antonia de Sousa e Oliveira. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Pintos, no se gundo as dos Cunhas, e no
terceiro as dos Sousas. — Br. p. a 7 de julho de 1774. Reg. no Cart. da N.,
liv. II, fl. 21 v. (C. C.)
241. ANTONIO JosÉ PINTO DE
FIGUEIREDO E FONSECA, natural do Pezo da Reg0a, concelho de Penaguião, comarca
de Lamego, provincia de Traz-os-Montes; filho de Anto nio Pinto de Figueiredo,
e de sua mulher Luiza Maria Pinto; neto paterno de Gonçalo Pinto de Figueiredo,
e de sua mulher Maria da Fonseca; neto materno de Luiz Pinto da Fonseca, e de
sua mulher Maria Monteiro. As armas dos Pintos, Figueiredos, Fonsecas, e Monteiros.
—Br. p. a 13 de dezem bro de 1757. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl.
112. (C. C.)
242. ANToN1o José Do RE Go,
capitão de dragões da praça de Chaves, e natural de Villa-flor, comarca da
Torre de Moncorvo; filho de Manuel Lopes do Rego, e de sua mulher D. Maria
Thereza; neto pela parte paterna de Bartholomeu Lopes do Rego, e de sua mulher
D. Maria Esteves, e pela materna de Doutel da Silva, e de sua mulher D. Maria
Thereza. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Lopes, e na
segunda as dos Regos. — Br. p. a 18 de dezembro de 1787. Reg. no Cart. da N.,
liv. IV, fl. "}, (C. C. da Bahia, e natural da mesma, filho do capitão
Antonio Xavier da Costa, e de sua mulher D. Leonor Maria de Araujo da
Encarnação; neto pela parte paterna de Manuel da Costa Rocha, e de sua mulher
D. Luiza de Mello, e pela parte materna se mostra que é neto de Eugenio Soares
Falcão, e de sua mulher D. Antonia de Araujo da Conceição; bisneto de Manuel
Soares Falcão, e de sua mulher D. Andreza Dromundo Pimentel, filha de An tonio
Dromundo Pimentel, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Maria Camello, e
neta de Belchior Sanches de Pina, fidalgo da casa real, natural da ilha da
Madeira, d’onde pas sou para a cidade da Bahia, e de sua mulher D. Andreza
Dromundo, filha de João Gon çalves Dromundo, dos Dromundos da dita ilha, e de
sua mulher D. Martha de Sousa, fidalgo illustre dos mesmos Sousas de que
procedem os condes do Prado, marquezes das Minas, e outras muitas casas
illustres d’este reino. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Sousas do Prado, no se gundo as dos Rochas, no terceiro as dos Costas, e no
quarto as dos Dromundos. — Br. p. a 29 de novembro de 1784. Reg. no Cart. da
N., liv. III, fl. 180. (C. C.)
243. ANTONIO JosÉ DA ROCHA So Us
A DRoMUNDo, escrivão da Camara da cidade da Bahia, e natural da mesma, filho do
capitão Antonio Xavier da Costa, e de sua mulher D. Leonor Maria de Araujo da
Encarnação; neto pela parte paterna de Manuel da Costa Rocha, e de sua mulher
D. Luiza de Mello, e pela parte materna se mostra que é neto de Eugenio Soares
Falcão, e de sua mulher D. Antonia de Araujo da Conceição; bisneto de Manuel
Soares Falcão, e de sua mulher D. Andreza Dromundo Pimentel, filha de An tonio
Dromundo Pimentel, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Maria Camello, e
neta de Belchior Sanches de Pina, fidalgo da casa real, natural da ilha da
Madeira, d’onde pas sou para a cidade da Bahia, e de sua mulher D. Andreza
Dromundo, filha de João Gon çalves Dromundo, dos Dromundos da dita ilha, e de
sua mulher D. Martha de Sousa, fidalgo illustre dos mesmos Sousas de que
procedem os condes do Prado, marquezes das Minas, e outras muitas casas
illustres d’este reino. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Sousas do Prado, no se gundo as dos Rochas, no terceiro as dos Costas, e no
quarto as dos Dromundos. — Br. p. a 29 de novembro de 1784. Reg. no Cart. da
N., liv. III, fl. 180. (C. C.)
244. ANToNIo José Dos SANTos,
fidalgo cavalleiro da casa real, commendador da ordem de Nossa Senhora da
Conceição de Villa-viçosa, e proprietario. - Um escudo com as armas dos Gomes.
— Br. p. a 30 de janeiro de 1871. Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 130 v. (C.
C.) 245. ANTONIo JosÉ SoA REs, capitão do segundo regimento do arraial de
Trejano, co marca de Serro do Frio, cavalleiro professo na ordem de Christo, e
fidalgo cavalleiro da casa real; filho de José Francisco Soares, coronel do
regimento de infanteria do terço de S. José do Rio de Janeiro; neto paterno de
Custodio José Soares Albuquerque, caval leiro professo na ordem de Christo, e
capitão de um dos regimentos de linha da dita ci dade do Rio de Janeiro. Um
escudo com as armas dos Soares. — Br. p. a 10 de janeiro de 1804. Reg. no Cart.
da N., liv. VII, fl. 59. (C. C.)
246. ANToN1o JosÉ DE So Us A,
cavalleiro professo na ordem de S. Tiago da Espada, escudeiro e cavalleiro
fidalgo da casa real, e sargento-mór das ordenanças da corte; filho de Domingos
de Sousa e de sua mulher D. Margarida de Sousa; neto paterno de Manuel de Sousa
e de sua mulher D. Maria Pereira, e materno de Sebastião Duarte e de sua mu
lher D. Maria da Luz. Um escudo com as armas dos Sousas. — Br. p. a 27 de março
de 1806. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 125. (C. C.)
247. ANToNIo JosÉ DE SousA DA
CUNHA, alferes de milicias do regimento de Braga, natural da freguezia de Santa
Maria da Palmeira, termo da dita cidade; filho de José An tonio de Sousa de
Carvalho, cavaleiro professo na ordem de Christo, e de D. Marianna Antonia
Barbosa da Cunha; neto paterno de Francisco Fernandes de Sousa, capitão de
ordenanças, e de sua mulher D. Catharina Maria de Carvalho, e materno de Antonio
da Cunha e de Feliciana Barbosa. Um escudo partido em pala; na primeira as
armas dos Sousas, e na segunda # dos Cunhas. — Br. p. a 16 de maio de 1812.
Reg. no Cart. da N., liv. VII, . 252. (C. C.)
248, ANToNIo JosÉ TAVEIRA VAZ DE
CARVALHo E SousA (Capitão), natural do lo gar e freguezia de Santa Maria de
Guiães, termo de Villa-real, arcebispado primaz de Braga; filho de Manuel
Taveira de Macedo e de sua mulher D. Joanna Maria de Carvalho Vaz Camara de
Sousa; neto pela parte paterna de Manuel Taveira de Macedo, de Villa marim, e
de sua mulher D. Luiza Pereira da Conceição, e pela materna de Manuel de Sousa,
e de D. Maria de Carvalho Vaz Alvares da Camara. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Taveiras; no segundo as dos Macedos, no terceiro
as dos Carvalhos, e no quarto as dos Camaras. — Br. p. a 11 de outubro de 1788.
Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 77. (C. C.)
250. ANTONIo JosÉ VAZ VELHo,
provedor cosmographo da comarca de Tavira, e sargento-mór do real corpo de
engenheiros, filho de Verissimo José dos Santos, e de D. Marianna de Jesus
Thereza; neto paterno de José dos Santos, e de D. Theodora Ma ria do Espirito
Santo, e materno de Manuel Vaz Velho, cavaleiro professo na ordem de Christo, e
de D. Rita Maria Pereira. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Velhos, e na segunda as dos Vazes. — Br. p. a 1 de junho de 1816. Reg, no Cart.
da N., liv. VII, fl. 346, (C. C.)
251. ANToN1o JUL1o DE CAsTRO
PINTo DE MAGALHÃEs, bacharel formado na fa culdade de philosophia pela
Universidade de Coimbra, coronel de milicias do ultramar, primeiro oficial
chefe da primeira repartição da secretaria do Conselho ultramarino, filho de
Joaquim Pinto de Magalhães, proprietario, e de sua mulher D. Barbara Emilia de
Castro de Mesquita Pimentel, a quem foi concedido brazão de armas a 14 de
novembro de 1855; neto paterno de José Pinto de Magalhães, cavaleiro da ordem
de S. Tiago da Espada, e proprietario, e de sua mulher D. Sancha Teixeira de
Magalhães, e neto ma terno de José Ferreira de Macedo, e de sua mulher D.
Leonor Violante Castro de Mes Ma ria José Gouvea; bisneto pelo mesmo lado de
Manuel de Gouvea Pinto, e de sua mulher D. Anna de Mesquita Pimentel
Souto-maior Castro. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Mesquitas, no segundo as dos Castros, no terceiro as dos Pimenteis, e no quarto
as dos Gouveas. — Br. p. a 28 de agosto de 1860. Reg. no Cart. da N., liv. IX,
fl. 35. (C. C.)
253. ANToNIO DE LANDIM,
cavalleiro da guarda real, morador em Estremoz, filho de João de Landim, e neto
de João de Landim, fidalgos muito honrados e do tronco d'esta geração. Carta
pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo de prata e uma faxa de vermelho, e em cima d’ella
no meio uma cabeça de leão de vermelho, e por diferença uma merleta de azul,
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, e por
timbre a cabeça do leão entre duas azas de oiro; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Landins. — Dada
em Evora a 20 de junho de 1536. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXIII, fl.
7 V.
254. ANToNIO LEITE, natural do
Porto, filho de João Dias Leite, neto de Diogo Luiz Leite, e bisneto de Alvaro
Annes Leite, os quaes foram todos fidalgos muito honrados e do tronco d'esta
geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecessores : — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de verde e tres
flores de liz de oiro, em roquete, o Segundo de vermelho com uma cruz de prata
florida vazia, e por diferença uma merleta de prata, elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e verde, e por timbre a mesma cruz; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem
dos Leites. — Dada em Lisboa a 8 de março de 1542. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. XXXII, fl. 35 v.
255. ANTONIO LEITE DE ARAUJ o
FERREIRA BRAVO (Doutor), oppositor aos logares de letras, filho de Antonio
Leite Pinheiro, e de sua mulher D. Luiza Thereza de Araujo Ferreira Bravo; neto
pela parte paterna de João Pinheiro, e de sua mulher D. Josepha Leite, da casa
da Quintando, concelho de Felgueiras, comarca de Guimarães; neto pela parte
materna de Barnabé de Araujo Pereira, e de sua mulher D. Benta Maria Ferreira
Bravo; bisneto de Antonio de Araujo Pereira, alferes de infanteria na praça de
Mazagão, e de sua mulher D. Maria Loureiro : sendo egualmente o mesmo
supplicante sobrinho de Bento de Araujo Pereira, capitão de cavallaria, e cavaleiro
fidalgo da casa real, a quem se passou brazão de armas no anno de 1748, o qual
era irmão de seu avô materno Bar nabé de Araujo Pereira. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Leites, no segundo as dos
Araujos, no terceiro as dos Ferreiras, e no quarto as dos Bravos. — Br, p. a 23
de janeiro de 1798. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 4. (C. C.)
256. ANToNIo LEITE PITA DA RochA,
cavaleiro professo na ordem de Christo, na tural da villa de Caminha, comarca
de Valença, filho do capitão Luiz da Rocha Marinho, e de sua mulher D. Luiza
Leite Pita; neto por parte paterna de José da Rocha, e de sua mulher D. Thereza
Marinho; neto por parte materna de Fernando Leite Pita, fidalgo da casa real, e
de sua mulher D. Paschoa Affonso, sendo o supplicante irmão germano do capitão
José Leite Pita Falcão Marinho, a quem se passou brazão de armas a 5 de junho
de 1779. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Marinhos, e na
segunda as dos Pitas. — Br. p. a 2 de setembro de 1800. Reg. no Cart. da N.,
liv. VI, fl. 133 v. (C. C.)
257. ANToNIO LEME, cavaleiro da
casa real, filho de Martim Leme, fidalgo da casa real, que tambem usava de
brazão de armas. Carta pela qual el-rei D. Affonso V lhe concede e a seus
descendentes o seguinte bra zão de armas: — Um escudo de oiro com cinco
merletas de sable em santoir, pelos ser viços prestados na tomada da villa de
Arzilla e cidade de Tangere, com certos espingar deiros e homens em uma urca na
qual seu pae o mandou para servir na dita guerra. — (M.N.) Dada em Lisboa a 12
de novembro de 1471. Reg. na Chanc. de D. Afonso V, liv. XXI, fl. 90, e liv.
III de Mist., fl. 13 v.
259. ANToNIo THEoDoRo BETTENcou
RT E FRANÇA (Capitão), da cidade do Funchal, ilha da Madeira, filho do capitão
Diogo de França da Costa, e de sua mulher D. Angela Costa, e de sua mulher D.
Maria de França Sá e Andrade, filha de Antonio de França e Andrade, e de sua
mulher D. Ignez, e neta de Manuel de França Camacho seu terceiro avô d’elle
Supplicante. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Franças, e na
segunda as dos Andrades. — Br. p. a 10 de julho de 1772. Reg. no Cart. da N.,
liv. I, fl. 178. (C. C.)
260. ANToNIO DE LIMA BRITo, natural da
freguezia de Villela, termo da villa dos Arcos, filho de Manuel de Lima Brito,
e de sua mulher D. Laura de Sousa Rodrigues; neto paterno do doutor Antonio de
Brito Lima, e materno de Domingos Rodrigues. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Britos, e na segunda as dos Limas. — Br. p. a 7 de
outubro de 1805. Reg, no Cart. da N., liv. VII, fl. 102. • (C. C.)
261. ANToNIO DE LIMA FREIRE,
natural do termo da villa de Santo Amaro da Pu rificação, comarca da Bahia,
filho do alferes Francisco Affonso de Lima, da villa de Vianna, e de sua mulher
Maria de Almeida Freire; neto pela parte paterna de Manuel Velho Freire, que no
estado da India e nas guerras de Pernambuco, onde militou, fez acções mui
heroicas e distinctas, e de sua mulher Catharina das Neves, que foi neta de
Simão de Almeida, filho de Fernando Vaz Cernache, natural da cidade do Porto,
gover nador da capitania do Espirito-Santo, com patente de capitão-mór, e
senhor de uma le goa de terra, que lhe foi dada de sesmaria. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Limas, no segundo às dos
Freires, no terceiro as dos Cernaches, e no quarto as dos Almeidas. — Br. p. a
25 de setembro de 1771. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 158 v. (C. C.)
262. ANToNIo Lobo DA CosTA BoRGEs
E ABRANCHEs, fidalgo da casa real, admi nistrador do morgado de S. Miguel do
Outeiro, da comarca de Viseu, onde é morador, e do de Costas Borges da villa de
Oliveira do Conde; filho de João Lobo da Costa Borges e Abranches, fidalgo da
casa real, cavalleiro da ordem de Christo, familiar do Santo Oficio, e
administrador do dito morgado de S. Miguel do Outeiro, e de sua mulher D.
Helena Maria de Mello e Mendonça, filha de Christovão de Sá de Albuquerque,
fidalgo da casa real, familiar do Santo Oficio, e de sua mulher D. Luiza de
Mello; neto paterno de An tonio Lobo Abranches, administrador do dito morgado,
e administrador geral pelo rei das minas de estanho das provincias da Beira e
Traz-os-montes, e de sua mulher e prima D. Maria Luiza de Castro, filha de João
da Costa Leitão, cavaleiro da ordem de Christo, e de sua mulher D. Anna Borges
de Castro, filha herdeira de Alvaro Borges de Castro; bisneto de Gil de Castro,
fidalgo da casa real, contador da real fazenda nas comarcas de Viseu e Lamego,
senhor dos logares de Cernadella e outros, com toda a sua jurisdicção, e de sua
mulher Genebra Borges, que era dos mesmos Borges, de Gomes, Borges, fidalgo da
casa real, no tempo do rei D. Affonso v, escrivão ou vedor de sua chancellaria,
e se nhor dos ditos logares de Cernadella; bisneto de Antonio de Abranches
Lobo, adminis trador do dito morgado de S. Miguel do Outeiro, e de sua mulher
D. Maria da Costa Côrte-real, filha de Gonçalo Aranha da Costa Leitão, e de sua
mulher D. Anna da Costa Côrte-real; neta de João da Costa Côrte-real, fidalgo
da casa real, alcaide-mór de Linhares, filho de Gomes da Costa Côrte-real, neto
de João Vaz da Costa Côrte-real, fronteiro do reino do Algarve dos Costas
Côrtes-reaes, progenitores dos marquezes de Castello-Rodrigo, e de quem
procedem muitas casas illustres d’esta côrte e reino; terceiro neto de Antonio
Fernandes de Abranches Lobo, morador na villa de Moura, de cujo concelho foi
capitão livre, sem dependencia de algum capitão-mór, e de sua mulher D. Anna Lobo
de Figueiredo, da antiquissima familia dos Lobos, pela qual entrou n’esta casa
o morgado dos Lobos, situado no logar de S. Miguel do Outeiro, sendo senhor do
dos Fernandes na dita villa, instituido por seu tio o doutor Francisco
Fernandes do Amaral, collegial do collegiô de S. Pedro na Universidade de
Coimbra, onde foi tambem lente e conego doutoral da Sé da mesma cidade, a favor
de sua irmã Branca Fernandes do Amaral e Abranches, mulher de Domingos João
Paes da Costa, escudeiro fidalgo da casa da infanta D. Maria, de cujo
ascendente herdaram, com a obrigação de se appellidarem Fernandes de Abranches,
cuja clausula se observa ainda hoje nos que possuem, pela memoria de D.
Fernando de Al mada, chefe do appellido de Abranches, por ser segundo conde
desta terra em França, por mercê de Carlos VIII, rei d'aquele reino; filho de
D. Alvaro Vaz de Almada, primeiro conde da dita terra, que, seguindo as partes
do infante D. Pedro, foi morto na batalha de Alfarrobeira, motivo porque o dito
D. Fernando de Almada se refugiou na Beira ao resentimento de el-rei D. Affonso
V, e d’elle descendem estes Abranches, o que fez certo por uma sentença tirada
na correição do Civel da côrte de que foi juiz o desembarga dor Antonio José da
Fonseca Lemos, e escripta por Antonio Soares Guerreiro, escrivão do dito juizo,
e o rei de armas Portugal Manuel Pereira da Silva, cavaleiro professo na ordem
de Christo, lhe passou brazão com as armas das ditas familias. Feito em Lisboa
em 1752. As armas dos Cunhas, e Nogueiras. — Br. p. em 1751. Reg. no Cart. da
N., liv. par ticular, fl. 26. (C. C.)
263. ANTONIO LOPES DE CALHEIROS,
natural de Ponte de Lima. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul com cinco Vieiras
de prata riscadas de preto, em aspa, e tres estrellas do mesmo, em faxa, ao pé,
e por differença uma brica de oiro, com um — A— grego de preto; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por timbre dois bordões
de S. Tiago de prata, em aspa, com uma das vieiras no meio; com todas as honras
e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Ca
lheiros.—Dada em Evora a 20 de agosto de 1534. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. XX, fl. 194.
264. ANToNIo LoPEs CARNEIRO
(Doutor), formado em leis pela Universidade de Coimbra, oppositor ás cadeiras
da mesma Universidade, filho de Francisco Lopes Car neiro, e de sua mulher
Helena da Cruz; neto paterno de Pedro Fernandes Carneiro, e de sua mulher Luiza
Lopes, e materno de Antonio Borges Teixeira, e de sua mulher Helena da Cruz. As
armas dos Carneiros, Lopes, Borges, e Teixeiras. — Br. p. a 20 de fevereiro de
1759. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 120. (C. C.)
265. ANToN1o Lop Es DA CUNHA,
filho de Francisco José Lopes, cavaleiro profess0 na ordem de Christo, deputado
da Junta do commercio d’estes reinos e seus dominios, e da do Grão-Pará e
Maranhão, e de sua mulher D. Anna Angelica Severina de Sousa; neto paterno de
Bernardo Lopes, e de sua mulher D. Antonia Gomes; bisneto de Jeronymo Dias da
Cunha, e de sua mulher D. Brites Lopes; neto materno de Antonio de Sousa
Barbosa Guimarães, e de D. Caetana Rosa Angelica Collaço. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Cunhas, e na segunda as dos Lopes, — Br. p. a 5
de março de 1807. Reg, no Cart. da N., liv. VII, fl. 168, (C. C.)
266. ANToNIo LoPEs GALHARD o
filho de D. Diogo Lopes Galhardo, neto de Antonio Lopes Galhardo, que no reino
de Castella foi governador da praça de Salvaterra, e ficando patente de tenente
general de cavallaria na provincia da Beira, e de sua mulher D. Francisca
Abarca, filha de D. Afonso Abarca, e de sua mulher D. Theodora de Andrade; o
qual Afonso Abarca era descendente de D. Pedro de Guevarra, que creou D. Sancho
Abarca, de quem tomou appelido, que tem seu solar no reino de Aragão; bisneto
de Diogo Lopes Galhardo, fidalgo castelhano, e governador que foi da praça de
Larache pelos annos de 1682, em cuja defensa faleceu quando a tomaram os mouros
de Maquinés. As armas dos Galhardos e Abarcas. — Br. p. a 3 de setembro de
1750. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 4. (C. C.)
268. ANToNIo LoPEs VELLoso DE
SEQUEIRA, filho de Gregorio Lopes Bastos e de D. Maria Engracia Velloso de
Sequeira; neto materno de André Rodrigues, e de D. Feli cidade Maria Velloso de
Sequeira; bisneto de Sebastião Velloso de Sequeira, e de D. Maria Alvares
Pereira; terceiro neto de José Velloso de Sequeira, e de D. Isabel Francisca;
quarto neto de João da Fonseca, cavalleiro fidalgo da casa real, e capitão de
mar e guerra da real armada, e de D. Maria da Fonseca. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Rodrigues, no segundo as dos Vellosos, no
terceiro as dos Sequeiras, e no quarto as dos Pereiras. — Br. p. a 30 de junho
de 1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 185. C (C. C.)
269. ANToNIo LUIZ CABRAL DE
QUEIRoz (Capitão), filho de Manuel Cabral de Aze vedo, e de sua mulher D.
Francisca Cabral; neto pela parte materna do capitão Silvestre Cabral, e
bisneto do sargento-mór Antonio Cabral de Sequeira. Um escudo com as armas dos
Cabraes. — Br. p. a 17 de agosto de 1786. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 232
v. (C. C.)
271. ANToNIo LUiz FERREIRA VAz,
do logar de Alvações do Corgo, termo de Villa real, filho de Manuel Luiz
Pereira, e de sua mulher Anna Maria Vaz de Carvalho; neto por parte materna de
Manuel de Carvalho Vaz, e de sua mnlher Luiza Pereira de Carva lho; bisneto de
Luiz de Carvalho, e de sua mulher Marianna de Carvalho, e aparentado com
Gonçalo Vaz, o moço, a quem se concedeu o privileglo de fidalgo para elle e
seus SUCCOSSOI'êS. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Carvalhos, e na segunda as dos Vazes. — Br. p. a 26 de junho de 1798. Reg. no
Cart. da N., liv. VI, fl. 25 v. (C. C.)
270. ANTONIO LUIZ CARDOSO DE MENEZES
BARRETO, filho de Francisco Cardoso de Menezes Barreto, e de sua mulher D.
Maria Caetana Osorio de Magalhães Coutinho; neto pela parte paterna de João Ribeiro Bernardes, e de sua mulher D.
Cecilia Cardoso de Menezes Barreto, esta filha de Antonio Cardoso de Menezes
Barreto, e de sua mulher D. Marianna da Silva e Menezes, administradores que
foram do morgado de Nespereira. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto
quarteis as armas dos Cardosos, no segundo as dos Menezes, e no terceiro as dos
Barretos. —Br. p. a 28 de outubro de 1793. Reg. no Cart. da N., liv. v, fl. 3.
(C. C.)
274. ANToNIO LUIZ D E MoRAEs
REGo, bacharel formado nos sagrados canones pela Universidade de Coimbra,
cavalleiro professo na ordem de Christo, oficial maior da Se cretaria da guerra
com a graduação de tenente coronel dos reaes exercitos, filho de An tonio de
Moraes Rego, sargento-mór da comarca de Santarem, e oficial maior da dita
Secretaria da guerra, e de sua mulher D. Antonia Maria Michaela de Mello; neto
por parte paterna de Manuel do Rego de Moraes, tambem oficial maior da mesma
Secretaria, e de sua mulher Bernardina do Espirito-Santo; neto por parte
materna do doutor João Coelho Pereira, advogado da Casa da supplicação, e de
sua mulher D. Maria Magdalena. Um escudo partido em pala; na primeira as armas
dos Moraes, e na segunda as dos Regos. — Br. p. a 20 de janeiro de 1800. Reg.
no Cart. da N., liv. VI, fl. 117 v. (C. C.)
275. ANToNIo LUIZ DE SousA Dos
REIS MAIA, natural da cidade de Coimbra, filho do doutor Luiz de Sousa dos
Reis, cidadão da cidade de Coimbra, neto de Antonio Gomes da Manuel dos Reis e
Sousa, lente que foi de prima, jubilado em vespera na faculdade de medicina na
Universidade da mesma cidade, cavalleiro da ordem de Christo, e familiar do
Santo Oficio. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Maias, e na
segunda as dos Sousas. — Br. p. a 12 de junho de 1775. Reg. no Cart. da N.,
liv. II, fl. 67. (C. C.)
277. ANTONIO
MACHADO, morador em Barcellos, filho de Pedro Machado e neto de Lopo
Machado, os quaes foram do tronco d'estas gerações. Carta pela qual el-rei
D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: —
Escudo
esquartelado; o primeiro de vermelho, com cinco machados de prata com os cabos
de oiro, em aspa, e o segundo de vermelho com uma aguia preta estendida, com os
pés e membrada de oiro, e por diferença uma flor de liz de prata; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de prata, oiro e vermelho, e por timbre dois
dos machados em aspa; com as honras de fidalgo por descender da geração e
linhagem dos Machados e dos da Maia. — Dada em Evora a 21 de julho de 1537.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLIV, fl. 82.
278.
ANTONIO MACHADO FRAZÃO, fidalgo da
casa de D. Maria, princeza de Parma, filho de Sebastião Machado Nogueira, e de
Constança Frazoa; neto paterno de Affonso Martins Nogueira, e neto materno de
Pedro Frazão, os quaes foram fidalgos e do tronco d’estas gerações. • Carta
pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: —
Escudo
de campo esquartelado; o primeiro dos Nogueiras, de oiro, e uma banda
enxaquetada de prata e verde e cinco pontas em faxa e sobre as do meio uma
cotiça ver melha; o segundo dos Frazões, de vermelho, e uma asna de prata entre
tres flores de liz de oiro em roquete, e assim os contrarios, e por diferença
uma merleta azul, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro,
verde, prata e vermelho, e por timbre um pescoço de serpe de oiro enxaquetado
de verde, com um ramo de nogueira na boca, que tem ouriços de nozes; com todas
as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos Frazões e
Nogueiras. — Dada em Lisboa a 10 de novembro de 1568, Reg. na Chanc. de D.
Sebastião, liv. VII, fl. 33.
279. ANToNIO MAIA, natural do
Porto, cavalleiro professo na ordem de Christo, e fi dalgo cavalleiro da casa
real, filho de Antonio de Oliveira Maia, fidalgo cavaleiro da casa real, e de
sua mulher D. Luiza Bernardina de Moura; neto paterno de Hyppolito de Oli veira
Maia, e de sua mulher D. Theodosia da Silva; e materno de José Rodrigues
Pereira, e de sua mulher D. Anna Maria de S. José. Um escudo partido em pala;
na primeira as armas dos Oliveiras, e na segunda as dos Maias, — Br. p. a 27 de
maio de 1818. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 396. (C. C.)
280. ANToNIo MANUEL CAETAN o DE
ABREU SoA REs, bacharel formado pela Uni versidade de Coimbra, thesoureiro-mór da
insigne collegiada de Santo Estevão, da villa de Valença do Minho, commissario
do Santo Oficio, e natural da villa de Melgaço, co marca de Barcellos,
provincia do Minho; filho de Caetano de Abreu Soares de Novaes, cavalleiro
professo na ordem de Christo, a quem se passou brazão de armas em 1751 a 7 de
maio, e de sua mulher D. Caetana Maria Gomes de Abreu; neto pela parte paterna
de Antonio Soares de Naboa, e de sua mulher D. Margarida Gomes de Abreu;
bisneto de João Soares de Naboa, e de sua mulher D. Maria Duraes de Abreu, ele
filho de Filippe Soares, e de sua mulher D. Maria Gonçalves de Naboa, e ela
filha de Sebastião Duraes, e de sua mulher D. Maria Rodrigues de Abreu; e pela
parte materna se mostra tambem que é neto do capitão Domingos Gomes de Abreu,
cavalleiro da ordem de Christo, irmão legitimo da dita D. Margarida Gomes de
Abreu, sua avó paterna, a quem se passou tam bem brazão de armas em 1701, e de
sua mulher D. Isabel de Faria; bisneto de outr0 Domingos Gomes de Abreu, e de
sua mulher Francisca Coelho, ele filho de Domingos de Azureira, e de sua mulher
Maria Gomes; neto de Pedro Gonçalves Besteiro, e de sua mulher Cecilia Gomes de
Abreu, e ella filha de Francisco da Rosa, e de sua mulher Ma ria Coelho, neta
de Gonçalo Affonso Coelho, e de sua mulher Violante de Novaes. Um escudo ovado
e esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Soares, no se gundo as dos
Naboas, no terceiro as dos Abreus, e no quarto as dos Novaes. — Br. p. a 25 de
agosto de 1786. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 235. (C. C.)
281. ANTONIO MANUEL GoMEs DE
QUEIRO GA TEIXEIRA, graduado na Universidade de Coimbra, e oppositor ás
cadeiras da mesma Universidade, na faculdade de leis, natu ral de Arganil,
termo da villa de Chaves; filho de Manuel Gomes Teixeira, e de sua mu lher D.
Marianna Gomes; neto pela parte paterna de Pedro Teixeira, e de sua mulher D.
Christiana Gomes; e pela materna de Domingos Pires, e de sua mulher D. Catha
rina Gomes. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Gomes, e na
segunda as dos Teixeiras. — Br. p. a 15 de novembro de 1790. Reg. no Cart. da
N., liv. Iv, fl. 194 V. (C. C.)
282. ANToNIo MANUEL DE JESUS DE
ANDRADE, sargento-mór do terço das orde nanças da sagrada religião de Malta, e
natural da villa de Parahyba do Sul; filho de Bento Xavier de Andrade,
capitão-mór das ordenanças da dita villa, e de sua mulher D. Maria Pereira de
Sequeira; neto paterno de João Freire de Andrade, sargento-mór da mesma villa,
e de sua mulher D. Maria Thomazia Xavier; e materno de Francisco Pereira de
Azevedo, capitão das ordenanças da villa de Catiá, e de sua mulher D. Angela de
Sequeira. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos
Andrades, no segundo as dos Pereiras, e no terceiro as dos Sequeiras. — Br. p.
a 2 de novembro de 1803. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 43 v. (C. C.)
284. ANToN1o MANUEL DE MELLo E
CASTRo, filho natural e legitimado de Antonio de Mello e Castro, fidalgo
cavalleiro da casa real, governador e capitão general que foi de Moçambique e
Rios de Senna; neto pela parte paterna de Francisco de Mello e Castro, moço
fidalgo da casa real; bisneto de André de Mello e Castro, embaixador que foi na
côrte de Roma; terceiro neto de Diniz de Mello e Castro, conde das Galveias. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Mellos, e na segunda as dos
Castros. — Br. p. a 3 de julho de 1797. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl.
"; C.) (C. C. .
286. ANToNIO MANUEL XAVIER Do
VALLE, natural da cidade de Lisboa; filho de Antonio Xavier do Valle,
negociante matriculado da praça de Lisboa, e de sua mulher D. Helena Margarida
Moreira; neto paterno de Francisco Xavier do Valle, e de sua mu lher D. Anna
Joaquina Monteiro; bisneto de Antonio da Costa Valle, cavalleiro da ordem de
Sant'Iago, e de sua mulher D. Rosa Monteiro; bisneto egualmente por sua
referida avó D. Anna Joaquina Monteiro, de Joaquim Manuel Monteiro, negociante
da praça de Lisboa, e de sua mulher D. Francisca Rosa Monteiro. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Valles, e na segunda as dos
Monteiros. — Br. p. a 23 de fevereiro de 1826. Reg. no Cart. da N., liv.
"}", * V. (C. C.
287. ANTONIO MARCELLINo BoRGEs
UCHoA, natural do Recife de Pernambuco, fi lho de Antonio Borges Uchoa,
professo na ordem de Christo, e de sua mulher D. Caetana Maria Joaquina da
Fonseca Galvão; neto pela parte paterna do capitão-mór Manuel Tava res de
Brito, e de sua mulher D. Rita Thereza de Jesus, esta filha do capitão-mór Anto
nio Borges Uchoa, fidalgo cavalleiro da casa real, e senhor do engenho
intitulado Uchoa na referida cidade de Pernambuco, e que o dito seu pae, depois
de viuvo se ordenou. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Borges, na segunda as dos Fonsecas. — Br. p. a 29 de maio de 1795. Reg. no
Cart. da N., liv. V, fl. 55 v. (C. C.)
288. ANTONIO MARIA DA COSTA BUENO
E NIETo CEVALHOS DE VILLA-LoBos HyDALGo E Moscoso, natural de Portalegre,
fidalgo cavaleiro da casa real, filho do ca pitão-mór de Portalegre João
Baptista da Costa, e de sua mulher D. Gregoria Antonia Bueno e Nieto Cevalhos
de Villa-lobos Hydalgo e Moscoso; neto paterno do capitão-mór Manuel da Costa
Carneiro, e de sua mulher D. Catharina Antunes da Costa Carneiro, e neto
materno de D. Francisco Manuel Bueno e Nieto Villa-lobos e Moscoso, e de Sua
mulher D. Maria Manuel Cevalhos Ortiz Hydalgo. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Villa-lobos, no segundo as dos Buenos, no terceiro
as dos Netos, e no quarto as dos Moscosos. — Br. p. a 6 de fevereiro de 1856.
Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 8. (C. C.)
289. ANToNIo DE MARIz, morador na
vila do Conde, neto de Lopo de Mariz da li nhagem dos Marizes. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas dos seus
antecessores: — Escudo de azul com cinco vieiras de oiro riscadas de preto em
cruz en tre quatro razas de prata, que fica tudo em tres palas ou faxas, e por
diferença uma brica de prata com um anel de vermelho, elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e aznl, e por timbre meio leão de azul com
uma vieira de oiro sobre a cabeça, com todas as honras de nobre e fidalgo, por
descender da nobre linhagem dos Marizes, que foram fidalgos muito honrados. —
Dada em Evora a 13 de setembro de 1534. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. x,
fl. 29 V.
290. ANToNIo MARTINS DE
FIGUEIREDo MAIO E LIMA, filho de Bernardo de Figuei redo Maio e Lima, a quem se
passou brazão de armas a 28 de agosto de 1795, e de sua mulher D. Joanna
Michaela de Bastos; neto paterno de João de Figueiredo de Maio e Lima,
administrador dos morgados instituidos pelo padre Damião Francisco Ferreira, e
Manuel Rodrigues Maio; bisneto pelo mesmo lado de Bernardo de Figueiredo Maio e
Lima, capitão-mór da villa de Borba, e de sua mulher D. Luiza Bernarda Barreto
de Lima; neto materno de Diniz Martins, e de sua mulher D. Luiza de Bastos. Um
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Figueiredos, no
segundo as dos Limas, e no terceiro as dos Bastos. — Br. p. a 24 de dezembro de
1805. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 112 v. (C. C.)
291. ANToN1o DE MATTos SoEIRO DE
AVELLAR SALGAD o E AYALLA, cavaleiro fi dalgo da casa real, natural d’esta
cidade de Lisboa; filho de José Ignacio de Mattos Soeiro, com foro de
cavalleiro fidalgo, e de D. Joanna Josepha de Liz; neto pela parte materna de
#" João de Avellar Ayalla, e de sua mulher D. Feliciana Thereza Margarida
Rosa Salgado. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Soeiros,
no segundo as dos Mattos, no terceiro a dos Ayallas, e no quarto as dos
Salgados. — Br. p. a 6 de ou tubro de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl.
128 v. (C. C.)
292. ANToNIo MAXIMo HoMEM DA
CostA, natural da villa de Souzel, filho de Mi guel Homem da Costa, e de sua
mulher D. Maria Josepha; neto pela parte paterna de Ho # da Costa; quarto neto
de Miguel Homem da Costa; quinto neto de Sebastião Homem a Costa. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Homens, na segunda as dos Costas. —
Br. p. a 2 de julho de 1798. Reg, no Cart, da N., liv. 6, fl. 29 v. (C. C.)
293. ANToN1o DE MENDoNÇA BARBosA
(Bacharel), familiar do Santo Oficio, natural e morador na quinta de Legade,
freguezia de S. Miguel de Bustello; filho de Manuel Go mes Barbosa de Mendonça,
e de sua mulher D. Esperança Maria Pereira; neto de João de Mendonça Barbosa, e
de sua mulher Maria Pinto dos Reis da Fonseca. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Barbosas, na segunda # dos Mendonças. — Br. p. a 20 de
setembro de 1775. Reg, no Cart. da N., liv. II, . 73 V. (C. C.)
294. ANToNIo MExIA, natural de
Campo-maior, filho de Diogo Mexia, e de Isabel Afonso; neto de Lopo Vaz Mexia,
e bisneto de Gonçalo Vaz Mexia, que foi do verdadeiro tronco dos Mexias. Carta
pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo de oiro com tres faxas azues, e por differença
uma merleta preta, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e
azul, e por timbre meia onça com uma faxa azul; com todas as honras e
privilegios de fidalgo, por descender da gera ção dos Mexias.—Dada em Lisboa a
21 de outubro de 1551. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. Iv dos Privilegios,
fl. 174.
295. ANTONIO MExIA FoUTo GALVÃO
PEREIRA, natural e morador na villa de Campo maior, provincia do Alemtejo;
filho do dr. Manuel Mexia Fouto, e de D. Anna Pereira de Sequeira; neto pela
parte paterna de Antonio Mexia Fouto, e de sua mulher Maria da Conceição do
Couto Mexia, e pela materna do capitão Fernando do Rego Pereira Galvão Mexia, e
de sua mulher D. Catharina Vaz de Sequeira. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Mexias, no segundo as dos Galvões, no terceiro as dos
Pereiras, e no quarto as dos Sequeiras. — Br. p. a 15 de outubro de 1770. Reg,
no Cart. da N., liv. I, fl. 137. (C. C.)
296. ANToNIo DE MIRANDA E ALMEIDA
(Doutor), bacharel em todas as sciencias na turaes, e oppositor ás cadeiras da
Universidade de Coimbra, natural da villa de Olivença, filho de Thomaz José de
Miranda e Almeida, capitão de cavallos, e lente de mathematica na praça de
Olivença, e de sua mulher D. Anna Antonia Pereira de Lemos; neto pela parte
paterna de José de Miranda e Almeida Castro, tenente de cavallaria, e de sua mu
lher D. Thereza Marcellina; bisneto de Antonio de Miranda e Mendonça,
sargento-mór de cavallaria e commendador da Ordem de Christo, e de sua mulher
D. Luiza Francisca de Almeida Castro; terceiro neto de Luiz de Miranda
Henriques, coronel da armada geral de batalha, e commendador de Santo André de
Sevér, Santa Eulalia de Balzar, S. Julião de Lobão, e Santa Maria de Penna
d'Aguia, da ordem de Christo, e de sua mulher D. Magda lena Luiza de Bourbon;
quarto neto de Fernando de Miranda Henriques, commendador das mesmas commendas,
e de sua mulher D. Helena de Miranda. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Mirandas, no segundo as dos Almeidas, no terceiro as dos
Pereiras, e no quarto as dos Lemos. — Br. p. a 25 de outubro de 1793. Reg. no
Cart. da N., liv. V, fl. 1. (C. C.)
297. ANTONIO MoNTEIRO, morador em
Villa-maior, do concelho de Baiam, filho de Ruy Monteiro Homem, fidalgo, e de
Leonor de Alvarenga; neto de Gonçalo Monteiro, que foi fidalgo muito honrado e
do tronco da geração dos Monteiros; bisneto de Lopo Martins Monteiro, que foi o
verdadeiro tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo de prata e
tres bozinas de preto, em roquete, guarnecidas de cordões vermelhos, e por
diferença uma flor de liz verde, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, e,
por timbre duas das bozinas em aspa; com todas as honras e privilegios de
fidalgo. por descender da geração e linhagem dos Monteiros. — Dada em Lisboa a
30 de dezembro de 1540. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXVII, fl. 111 v.
298. ANToNIo MoNTEIRO BoRGEs DE
ARAUJo, natural de Fonte-arcada, comarca de Penafiel, filho de Manuel Monteiro
Borges de Araujo, escrivão proprietario dos oficios do publico judicial e
notas, crime e orphãos do concelho do Porto-carreiro, Canavezes e Fi nas, e do
das sisas e direitos reaes de Canavezes, Finas, e Soalhães, e de sua mulher D.
Anna Maximiana Vaz de Carvalho, neto paterno de Antonio Ribeiro Monteiro, e de
sua mulher D. Thereza Angelica Borges, e neto materno de João Pereira, e de sua
mulher D. Maria de Carvalho. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Monteiros, no segundo as dos Borges, no terceiro as dos Araujos, e no
quarto as dos Carvalhos. — Br. p. a 19 de setembro de 1831. Reg. no Cart. da N.,
liv. VIII, fl. 258 v. (C. C.)
299. ANToN1o DE MoRAEs BoRGEs DE
CARVALHo MoNTEIRO (Doutor), professo na ordem de Christo, morador na villa e
couto de Provezende, filho do doutor José Borges de Carvalho Monteiro, e de sua
mulher D. Maria de Moraes de Carvalho, neto pela parte paterna de Gaspar Borges
Rebello, e de sua mulher D. Sabina de Carvalho Monteiro; bis neto de Gaspar
Lopes Rebello, e de sua mulher D. Magdalena Borges de Mansilha, e pela materna
neto de Manuel de Moraes de Carvalho, e de sua mulher D. Maria Lopes Pereira;
bisneto de Antonio Gaspar de Moraes, e de sua mulher D. Isabel de Carvalho. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Borges, no segundo as dos
Carvalhos, no terceiro as dos Monteiros, e no quarto as dos Moraes. — Br. p. a
13 de maio de 1786. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 219. (C. C.)
300. ANTONIO DE MoRAEs SILVA,
presbytero secular do habito de S. Pedro, e pr0 fessor regio de grammatica
latina na villa de Vinhaes, filho de Luiz de Moraes, tenente de infanteria, e
de sua mulher Maria da Silva; neto pela parte paterna do capitão Sebastião
Fernandes de Moraes, e de sua mulher Maria Martins; neto pela parte materna de
Pedro Gonçalves de Moraes, e de sua mulher Maria da Silva, filha de Antonio da
Silva, e de Sua mulher Catharina Rodrigues, sendo o dito segundo avô do
supplicante Antonio da Silva, filho de Belchior Martins, e de sua mulher Maria
da Silva, filha de Gaspar da Silva, e de sua mulher Isabel de Moraes: sendo
egualmente o dito Gaspar da Silva filho de Christovão da Silva, e de sua mulher
Francisca do Rego, irmã germana de Antonio de Moraes, a quem se passou brazão
de armas em 6 de janeiro de 1628, com as de Sousas, Moraes, Silvas e Regos, as
quaes justificou o supplicante pertencerem-lhe por ser legitimo descendente das
familias que n'este reino são fidalgos de linhagem, cota de armas, e de solar
conhecido, e como taes se trataram com cavallos, criados, e toda a mais
ostentação propria da nobreza. Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro
quartel as armas das Sousas, no Sê gundo as dos Moraes, no terceiro as dos
Silvas, e no quarto as dos Regos. — Br. p. a 15 An tonio Moreira Dias,
cavalleiro professo na ordem de Christo, e de sua mulher D. Maria Moreira, neto
paterno de João Moreira, e de sua mulher D. Maria Moreira, e materno de Antonio
Moreira, e de sua mulher D. Domingas Dias. • Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Moreiras, e na segunda as dos Dias. — Br. p. a 18 de
dezembro de 1819. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 49 v. (C. C.)
301. ANToNIo MoREIRA DIAS,
cavaleiro professo na ordem de Christo, filho de An tonio Moreira Dias,
cavalleiro professo na ordem de Christo, e de sua mulher D. Maria Moreira, neto
paterno de João Moreira, e de sua mulher D. Maria Moreira, e materno de Antonio
Moreira, e de sua mulher D. Domingas Dias. • Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Moreiras, e na segunda as dos Dias. — Br. p. a 18 de
dezembro de 1819. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 49 v. (C. C.)
302. ANToN1o MoREIRA PEGAs FREIRE
(Doutor), natural da cidade de Miranda, pro vincia de Traz-os-montes, filho de
Mathias Moreira, e de sua mulher Isabel Pires, neto pela parte paterna de
Nicolau Moreira, e de sua mulher Maria Gonçalves; bisneto de Bento Moreira, e
de sua mulher Isabel Pegas; terceiro neto de João Lopes Freire, fidalgo da casa
real, todos naturaes, e cidadãos da cidade de Miranda do Douro. Um escudo
esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Moreiras, no segundo
as dos Pegas, e no terceiro as dos Freires. — Br. p. a 2 de dezembro de 1774.
Reg. no Cart. da N., liv. 1, fl. 213 v. (C. C.)
303. ANToNIO DE NEIVE DE CHAVEs,
cavaleiro da casa real, morador em Azamor, filho de João de Neive de Guimarães,
e de Catharina Freire de Chaves, neto de Isabel Gonçalves de Chaves, bisneto de
Lopo Gonçalves de Chaves, que foi fidalgo muito hon rado e do tronco d'esta
geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecesso res: — Escudo de campo vermelho com cinco chaves grandes de
oiro", em aspa, e por diferença uma brica de prata, elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre duas das chaves em
aspa, com todas as honras de fidalgo por # #…-" em Evora a 10 de abril de
1537. Chanc. de D. João III, iv. XXIII, fl. 30 V,
304. ANToN1o DE NovA Es DE CAMPos
EstEvEs DA CAMA RA (Bacharel), familiar do Santo Oficio, natural da cidade de
S. Sebastião do Rio de Janeiro, filho de Antonio de Novaes de Campos, e de sua
mulher D. Francisca de Sousa da Camara; neto pela parte paterna de Cosme de
Novaes de Campos, e de sua mulher D. Anna Velloso da Silva Paes, e pela materna
de Manuel Alvares de Sousa, e de sua mulher D. Agueda Esteves da Camara. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Campos, no segundo as dos
Novaes, no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos Camaras. — Br. p. a 13 de
maio de 1778. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 158. (C. C.)
305. ANToNIo DE OLIVA E SousA, do
logar de Aldea-nova, concelho de Ferreira de Aves, d’onde é capitão-mór e
monteiro-mór, comarca de Viseu, filho de Feliciano de Oliva e Sousa, e de sua
mulher Luzia de Almeida; neto paterno de Pedro de Oliva e Sousa, e de sua
mulher D. Maria Monteiro de Gouvea; bisneto de outro Pedro de Oliva e Sousa, e
de sua mulher D. Beatriz Cabral de Amaral. As armas dos Olivas, Cabraes e
Amaraes. — Br. p. a 4 de setembro de 1753. Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 63. (C. C.)
306. ANToNIo DE OLIVEIRA E
CASTRo, sargento-mór das ordenanças das companhias das villas de Môens, Alva,
Roriz e Molledo, na comarca de Viseu, natural e morador na 1 Estas armas dos Chaves acham-se aqui
arbitrariamente emendadas (Vid. Alvaro Lopes). dita villa de Môens, filho do
ajudante Antonio de Oliveira, e de D. Margarida Lourenço; neto pela parte
paterna de José de Oliveira, juiz dos orphãos, e administrador do vinculo e
capella de Nossa Senhora dos Remedios, e de Cacilda da Silva; bisneto de João
Lou renço, administrador do mesmo vinculo, e de D. Maria de Oliveira; terceiro
neto de Pe dro Lourenço e Castro, e de D. Maria Lourenço; neto pela parte
materna de Manuel Lou renço Antunes, e de Catharina Ferreira; bisneto de André
Lourenço Antunes, irmão de João Lourenço, bisavô paterno do supplicante. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Oliveiras, e na segunda as dos
Castros. — Br. p. a 9 de agosto de 1793. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 284
V. (C. C.)
307. ANToNIo DE PAIVA BRANDÃo, da
freguezia de S. Martinho de Ferreira, concelh0 da villa da Povoa, comarca de
Guimarães, filho de Manuel de Paiva Brandão, e de sua mulher D. Ignez de
Azevedo; neto pela parte paterna de Alexandre de Paiva Brandão, cidadão da
cidade de Braga, e uma das pessoas de maior nobreza d’ella, e pela materna de
Domingos de Azevedo, e de sua mulher D. Maria Alves. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Paivas, no se gundo as dos Brandões, e
no terceiro as dos Azevedos. — Br. p. a 29 de novembro de 1787. Reg. no Cart.
da N., liv. IV, fl. 37 v. (C. C.)
308. ANToNIo PAMPLONA, natural da ilha
Terceira, filho de Antonio Bernardo Pam plona Rodovalho, administrador de um
vinculo estabelecido na mesma cidade, tenente do forte do Bom Jesus da dita
ilha, a quem se passou brazão de armas a 7 de fevereiro de 1770, e de D. Anna
Francisca Rosa; neto pela parte paterna do alferes Antonio Xavier Pamplona, e
de D. Catharina Felicia; bisneto de Mathias Pamplona Merens, e de D. Jo sepha
Maria; terceiro neto de Mattheus de Figueiredo, e de D. Antonia Moniz Merens
Pamplona, filha de Mathias Pamplona, terceiro neto de Gonçalo Alvares Pamplona,
um dos primeiros povoadores da referida ilha. Um escudo com as armas dos
Pamplonas. — Br. p. a 2 de agosto de 1792. Reg, no Cart. da N., liv. IV, fl.
259. (C. C.)
309. ANToNIo PEDRo DE FIGUEIREDo,
cavaleiro professo da ordem de Christo, cº pitão-mór da villa de Torres-novas,
comarca de Santarem, filho do doutor Manuel da Silva Antunes, e de sua mulher
D. Antonia Paula de Flgueiredo; neto pela parte paterna de Valentim Antunes, e
de sua mulher D. Isabel da Silva, e pela materna neto de Pedro Cra veiro de
Figueiredo, e de sua mulher D. Luiza Maria. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Silvas, e na segunda as dos Figueiredos. — Br. p. a 17 de
outubro de 1784. Reg, no Cart. da N., liv. III, fl. 175 V. (C. C.)
310. ANToNIo PEREIRA BAstos
LIMAVARELLA BARCA, formado na Universidade dº Coimbra, habilitado pela Mesa do
Desembargo do paço para os logares de letras, natural da villa da Carreira,
comarca da cidade da Bahia, filho do capitão José Pereira Lima, e de sua mulher
D. Maria Josepha Varella e Barca; neto pela parte paterna de Vicente Pereirº
Lima, e de sua mulher D. Thereza da Encarnação, e pela materna de Antonio de
Bastos Varella, e de sua mulher D. Luiza Maria Varella e Barca, naturaes do
cidade do Porto. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Pereiras; no segundo dº dos Limas, no terceiro as dos Bastos, e no quarto as
dos Varellas, — Br. p. a 11 de ca vallaria de Miranda, natural da villa de
Vianna do Minho, filho de Antonio Pires Campello, cavalleiro da ordem de
Christo, e de sna mulher D. Anna Maria Luiza Pereira de Brito; neto pela parte
paterna de Manuel Rodrigues Campello, e de D. Rosa Michaela Thereza, e pela
materna do doutor Bernardo Pereira do Valle, e de D. Maria Madris de Brito. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Campellos, no segundo as
dos Moraes, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Britos. — Br. p. a
24 de outubro de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 38 v. C. C. (C. C.)
312. ANTONIO PEREIRA DA CosTA CABRAL, filho do doutor Manuel Pereira Cabral, juiz de fora em Villa-real, e provedor da comarca da Torre de Moncorvo, e de sua mulher D. Maria da Costa; neto paterno de Domingos Diniz Pereira Cabral, e de sua mulher D. Isabel André; bisneto de Pedro Diniz, e de sua mulher D. Maria Martins Lopes. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, e na segunda as dos Cabraes. — Br. p. a 31 de maio de 1793. Reg, no Cart. da N., liv. Iv, fl. # (C. C.)
314. ANToNIo PEREIRA DE MIRANDA,
da freguezia de S. Miguel de Nogueira da Montanha, termo da villa de Chaves,
filho de Jeão Barroso Pereira, o qual seu pae e os mais ascendentes foram
pessoas muito nobres, legitimos descendentes das illustres familias dos
appelidos de Pereiras, Barrosos, Mirandas, e Gonçalves d’este reino. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no segundo as dos
Barrosos, no terceiro as dos Mirandas, e no quarto as dos Gonçalves. — Br. p. a
29 de dezembro de 1781. Reg, no Cart. da N., liv. III, fl. 40 v. (C. C.)
315. ANToNIo DE PINHo SEIXAs DA
GAMA (Doutor), natural da villa de Sabugosa, COmarca de Viseu, filho do doutor
Antonio de Pinho Rebello e Seixas da Gama, cavalleiro da ordem de Christo, juiz
de fora que foi da villa de Celorico, e ouvidor de Villa-real, e de sua mulher
D. Maria Thereza de Seixas; neto pela parte paterna de Pedro de Pinho Pessoa da
Gama, e de sua mulher D. Francisca Rebello, elle descendente de D. Francisco da
Gama, e de sua mulher D. Maria da Gama, fundadores que foram da casa da Fonte
na villa do Outeiro, onde viveram, tendo o padroado da egreja da mesma, e
procediam da illustre casa dos condes da Vidigueira; e pela materna neto do
doutor José Rodrigues Pereira, e de sua mulher D. Eugenia Maria. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pinhos, no segundo as dos
Seixas, no terceiro as dos Gamas, e no quarto as dos Pereiras. — Br. p. a 14 de
maio de 1774. Reg, no Cart. da N., liv. II, fl. 10. (C. C.)
316. ANTONIO PINTo DA AssUMPÇÃo
(Ajudante), cavaleiro fidalgo da casa real, na tural da praça de Mazagão, filho
de Manuel Gonçalves Martins de Macedo e de D. Antonia de Macedo e Pinho; neto
pela parte paterna de Luiz Ferro de Pina e de D. Leonor de Pinho, e pela
materna de Diogo Pereira de Macedo e de D. Leonor de Pinho, todos na turaes da
dita praça, aonde serviram com cavallos e armas, e eram pessoas nobres das
familias dos appellidos de Macedos, Pinas, Pereiras, e Pinhos d’este reino. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Macedos, no segundo as
dos Pinas, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Pinhos. — Br. p. a
20 de abril de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 104 v. (C. C.)
317. ANTONIO PIRES DE CALHEIRos,
morador na villa de Caminha. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul com cinco vieiras
de prata, em aspa, riscadas de preto, e tres estrellas de cinco pontas de
prata, em faxa, ao pé do escudo, e por diferença uma brica de oiro com uma
merleta preta; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e
azul, e por timbre dois bordões de S. Tiago de prata, em aspa, com uma vieira
das armas no meio; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por descender
da geracão e linhagem dos Calheiros. — Dada em Lisboa a 20 de agosto de 1529.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XVII, fl. 109.
318. ANToNIo PIRES DA SILVA
PoNTEs LEME, cavaleiro professo na ordem de S. Bento de Aviz, capitão da real
armada, e governador da capitania do Espirito-Santo; filho de José da Silva
Pontes de Carvalho, professo na ordem de Christo, capitão-mór da cidade de
Marianna, guarda-mór das minas do Inficionado, e Cota Altes, e senhor de muitas
lavras de mineral na capitania de Minas-geraes, e de sua mulher D. Marianna
Dias Paes Leme, irmã do desembargador José Pires Monteiro, que faleceu em
conservador da Universidade de Coimbra, e do doutor Francisco Paes de Oliveira
Leite, guarda-mór que foi das minas de Villa-rica; neto por parte paterna do
capitão Francisco da Silva de Car valho e Costa, irmão dos capitães Diogo da
Silva, e Thomé da Silva, com os quaes acom panhou Antonio de Albuquerque Coelho
de Carvalho, capitão general de S. Paulo, e Mi nas, quando foi em Soccorro da
cidade do Rio de Janeiro invadida pelos francezes, e de sua mulher D. Ignez
Domingues de Pontes, filha de Antonio Domingues de Pontes, irmão do padre
Belchior de Pontes, e do doutor João de Pontes, vigario geral que foi de S.
Paulo, e de sua mulher D. Susana Rodrigues Borba, irmã de Manuel de Borba Gato,
natural de S. Paulo, que mereceu a distincta honra de receber algumas cartas
firmadas pelo real pu nho do senhor rei D. Pedro II : e por este mesmo lado
bisneto de Diogo da Silva de Car valho, descendente da illustre casa dos
senhores de Veiros, d’este reino, e de sua mulher D. Paula da Costa, irmã do
conego João Gonçalves da Costa, e descendente da nobre fa milia dos Sequeiras,
da mesma capitania; neto por parte materna de Maximiano de Oli veira Leite
Leme, cavaleiro professo na ordem de Christo, senhor de lavra de mineral,
guarda-mór das minas da cidade de Marianna, e de sua mulher D. Ignacia Pires de
Arruda; bisneto pelo mesmo lado do capitão Francisco Paes de Oliveira, nobre
cidadão de S. Paulo, que foi com seu sogro o governador Fernão Dias Paes Leme
ao descobrimento das es meraldas do sertão do Sabará Buçú, hoje Minas-geraes, e
de sua mulher D. Marianna Paes Leme, irmã de Garcia Rodrigues Paes, fidalgo da
casa real, e guarda-mór geral das minas; terceiro neto por este lado do capitão
Salvador de Oliveira, e de sua mulher D. Antonia Paes, irmã do guarda-mór
Estevão Raposo Bocarro; quarto neto pelo mesmº de S. Paulo; e pela dita sua
bisavó D. Marianna Paes Leme, terceiro neto de Fernão Dias Paes, governador que
foi do descobrimento das esmeraldas, por ordem do senhor rei D. Pedro II, que o
honrou com muitas cartas firmadas pelo seu real punho; e por ele Setimo neto
com quebra de bastardia de Pedro Leme, fidalgo da casa real, e tronco da
illustre familia do seu appelido naquela capitania, e em outras do Brazil; e
pela referida sua avó D. Ignacia Pires de Arruda, mulher de Maximiano de
Oliveira Leite, neto do ca pitão Francisco Pires, que acompanhou a seu tio
materno o dito Fernão Dias Paes ao descobrimento das esmeraldas; era por
varonia quarto neto de João Pires, tronco da no bre família dos Pires, e de sua
mulher D. Maria de Arruda, e por esta terceiro neto de Arruda Sá, natural da
Ribeira-grande, da ilha de S. Miguel, e tronco da nobre família do seu
appellido, o qual era quarto neto sem quebra de bastardia de Gonçalo Vaz
Botelho, e de sua mulher D. Maria de Quadros, descendentes das nobres familias
de Quadros, Bi cudos, e Mendonças, da mencionada capitania de S. Paulo. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Silvas, no segundo as dos
Pontes, no terceiro as dos Lemes, e no quarto as dos Botelhos, — Br. p. a 24 de
se tembro de 1799, Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 42 v. (C. C.)
319. ANToNIO REBELLO DE SANTIA Go
(Padre), bacharel em canones e philosophia, e commissario do Santo Oficio;
filho de Bernardo Rebello, e de sua mulher D. Antonia Clara; neto paterno de
João Vaz Rebello, e de sua mulher D. Maria Antonia; e materno de Paschoal
Manuel, e de sua mulher D. Maria Jorge. Um escudo ovado com as armas dos
Rebellos, — Br. p. a 26 de abril de 1804. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 76
v. (C. C.)
320. ANToNIo REGo DE ALBUQUERQUE
E CASTRo, cavalleiro professo na ordem de Christo, natural da cidade de Lisboa;
filho do capitão de mar e guerra Francisco Dias Rego, cavalleiro professo na
ordem de Christo, e de sua mulher D. Joanna Margarida Al buquerque e Castro;
neto paterno do capitão de mar e guerra Antonio Dias Rego; neto materno de
Francisco de Albuquerque e Castro, cavalleiro professo na ordem de Christo,
governador da fortaleza de Santo Antonio da Barra, criado e fidalgo da casa
real; bisneto de Francisco de Albuquerque e Castro, tenente general da
cavallaria na Beira, commen dador na ordem de Christo, e fidalgo da casa real.
As armas dos Albuquerques, Regos, e Castros. — Br. p. a 24 de janeiro de 1752.
Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 27 v. (C. C.)
321. ANToN1o Do RE Go CAsTELLo-BRANco,
ajudante do regimento de cavallaria da guarnição de Oeiras, capitania de S.
José de Pianhy, estado do Brazil, bispado do Mara nhão; filho do tenente
coronel João do Rego Castello-branco, e de sua mulher D. Perpe tua Gomes dos
Santos; neto pela parte paterna do capitão-mór da villa de Pernahiba João Gomes
do Rego Barra, e de sua mulher D. Anna de Castello-branco, filha legitima de D.
Francisco de Castello-branco, irmão do conde de Pombeiro; e pela materna neto
do capitão-mór da dita cidade, Gonçalo de Barros Taveira, e de sua mulher D.
Antonia Go Imes TravaSSOS. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Regos, no segundo as dos Castellos-brancos, no terceiro as dos Barros, e no
quarto as dos Travassos. — Br. p. a 2 de março de 1782. Reg, no Cart. da N.,
liv. III, fl. 46 V. (C. C.)
322. ANTONIO RIBEIRO DE CARVALHO ABREU PESSOA E AMORIM, bacharel formado
em direito, cavalleiro da ordem da Torre e Espada, juiz de fóra da cidade de
Elvas, e actual juiz substituto de direito da comarca de Arganil, e
administrador dos vinculos de Sarzedo e Algaça; filho do doutor José Antonio
Ribeiro de Carvalho, juiz de fóra da villa de Odemira, e capitão-mór de
ordenanças de Arganil, e de sua mulher D. Anna de Abreu Pessoa de Amorim; neto
paterno de Manuel Ribeiro da Fonseca, capitão de ordenanças de Arganil, e de
sua mulher D. Agueda de Carvalho; e materno de Alberto de Abreu Pessoa de
Amorim, e de sua mulher D. Luiza Maria Felizarda da Luz Coutinho; bisneto de
Francisco Antonio de Abreu Pessoa de Amorim, e de sua mulher D. Catharina Joa
quina Mauricia de Macedo; terceiro neto de Francisco Mendes de Abreu, e de sua
mu lher D. Antonia de Amorim Pessoa e Gouvea, esta filha de Jorge de Amorim
Pessoa e Gouvea, a quem se passsou brazão de armas a 17 de dezembro de 1701. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo as
dos Abreus, no terceiro as dos Pessoas, e no quarto as dos Amorins. — Br. p. a
11 de junho de 1859. Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 25 v. (C. C.)
323. ANTONIO
RIBEIRO DA COSTA GUIMARÃES, cavalleiro professo na ordem de Christo,
natural da villa de Guimarães, filho legitimo de Antonio Ribeiro da Silva, e de
sua mulher D. Magdalena Lopes de Menezes; neto pela parte paterna de Antonio
Francisco da Silva, e de sua mulher Angela Ribeiro de Vasconcellos; e pela materna neto de Antonio Francisco da Silva de
Menezes, e de sua mulher Maria Manuel de Menezes do Amaral. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Silvas, no segundo as dos
Ribeiros, no terceiro as dos Menezes, e no quarto as dos Amaraes. — Br. p. a 23
de setembro de 1765. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 15. (C. C.)
324. ANTONIO RIBEIRO DA COSTA HENRIQUES, cavaleiro professo na ordem de
Sant'Iago da Espada; filho de Pedro Balthazar Ribeiro, e de D. Genoveva
Thereza; neto paterno de João Ribeiro, e de D. Maria Henriques; e materno de
Antonio da Costa Ra mos, e de D. Maria do Espirito Santo Ledo. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Ribeiros, no segundo as dos
Henriques, no terceiro as dos Costas, e no quarto as dos Ledos. — Br. p. a 26
de julho de 1804. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 82v. (C. C.)
325. ANToNIo RoBERTO DE OLIVEIRA
LoPEs BRANCo, do conselho de Sua MageS tade, fidalgo cavalleiro da casa real,
commendador da ordem de Nossa Senhora da COn ceição de Villa-viçosa, e ministro
e secretario de Estado honorario. Um escudo esquartelado, com as armas que lhe
foram concedidas por alvará de 9 de janeiro de 1862. (M. N.)— Br. p. a 2 de
julho de 1862. Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 49. — V. no I. H. Lopes
Branco. • (C. C.) 326. ANTONIo RoBERTo Dos REIs TAVAREs, natural de Lisboa,
cavaleiro profess0 na ordem de Christo, condecorado com a medalha de oiro da
restauração dos direitos da realeza, e oficial do Thesouro publico, filho de
Antonio Roberto dos Reis Tavares, caval leiro professo na ordem de Christo,
contador das contas da serenissima Casa e estado do infantado, e do grão
priorado do Crato, escrivão do thesouro, e guarda joias da mesma sereníssima
Casa e estado, e oficial-maior do Terreiro publico, e de sua mulher D. Ger mana
Ignacia Rita Tavares; neto paterno de João Chrysostomo dos Reis Tavares, ofi
cial dos Contos do reino, e da referida sereníssima Casa e estado do infantado,
e de Sua of ficial-maior do Correio geral, e de sua mulher D. Anna Rita
Ludovina. , Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Tavares, e na
segunda as dos Silvas. — Br. p. a 1 de agosto de 1827. Reg, no Cart. da N.,
liv. VIII, fl. 205 v. (C. C.)
327. ANTONIo RoDRIGUEs BoTELHo,
cavalleiro professo na ordem de Christo, capitão de cavallos do regimento de
que é coronel Henrique Garcez Palha d'Almeida, filho legitimo de Manuel
Rodrigues Botelho, familiar do Santo Oficio, e de sua mulher Rosa Maria do Es
pirito Santo; neto pela parte paterna de outro Manuel Rodrigues Botelho, e de
sua mu lher Maria Rodrigues, e pela materna neto de Antonio João, e de sua
mulher Leonor Vieira. Um escudo com as armas dos Botelhos. — Br. p. a 15 de
julho de 1765. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 9 v. (C. C.)
328. ANToNIo RodRIGUEs BRAvo,
capitão do regimento de milicias da comarca de Ourique, cavalleiro professo na
ordem de Sant'Iago da Espada, correio-mór da villa de Mertola, onde é morador,
e natural de Castro-verde; filho de Carlos Rodrigues Bravo, e de Christina
Maria Rosa; neto pela parte paterna de Antonio Rodrigues Bravo, e de D. Laura
Guiomar de Arnedo; neto pela parte materna de Francisco Alvares, e de Maria
Catharina Rosa. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Rodrigues,
e na segunda as dos Bravos. — Br. p. a 20 de setembro de 1798. Reg. no Cart. da
N., liv. VI, fl. 41. (C. C.)
329. ANTONIO RoDRIGUEs PEREIRA DE
NoRoNHA E MENEZEs, filho do capitão-mór Antonio Rodrigues Pereira, e de D. Anna
Maria de Noronha e Menezes; neto pela parte materna de Sebastião Mendes, e de
Bernarda da Conceição, do logar dos Anacos; e por esta sua avó bisneto de
Manuel Rodrigues, e de Maria Freire, irmã legitima do reverendo Domingos
Alvares da Paz Noronha e Menezes, a quem já se passára brazão com as armas das
familias d’estes appellidos em 5 de junho de 1728. Um escudo partido em pala;
na primeira as armas dos Noronhas Menezes de Villa real, e na segunda as dos
Mendes, — Br. p. a 20 de fevereiro de 1779. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl.
183. (C. C.) 330. ANToNIo DE SÁ REBELLo Osoaro DE SAMPAIo, cavaleiro professo
na ordem de Sant'Iago, natural da villa de Britiande, comarca de Lamego, filho
de Manuel Francisco de Sá e Sampaio, e de sua mulher D. Maria Osorio de
Carvalho e Almeida; neto pela parte paterna de Antonio Francisco de Sá Pereira
de Sampaio, e de sua mulher e prima D. Jeronyma Francisca de Sá e Mello; e pela
materna de Manuel Carvalho e Almeida, e de sua mulher D. Clara Osorio da
Fonseca Pinto, filha de Manuel Rebello Osorio, da an tiga casa de Val de
Oleiros, junto a Lamego, e de sua mulher e prima D. Maria da Fon Seca Pinto
Osorio. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sás, no
segundo as dos Pereiras, no terceiro as dos Sampaios, e no quarto as dos
Osorios, — Br. p. a 1 de julho de 1775. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 70 v.
(C. C.)
331. ANToNIo DE SÁ SouToMAIOR,
natural de Freixo de Espada á cinta, filho de Francisco de Sá Souto-maior, que
foi fidalgo e do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. Henrique lhe
concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado;
o primeiro dos Sás de campo enxaquetado de prata e azul de seis peças em faxa;
o segundo dos de Souto-maior de campo de prata e tres faxas enxaquetadas de
oiro e vermelho de tres peças em pala, e assim os contrarios, e por diferença
uma merleta de oiro, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paqui e de prata,
azul, oiro e vermelho, e por timbre um bufalo de sua côr enxaquetado de prata
com uma manilha de prata nas ventas; com todas as honras de fidalgo por
descender das gerações dos Soutos-maiores e Sás. — Dada em Lisboa a 10 de abril
de 1579. Reg, na Chanc. de D. Henrique, liv. XI, fl 211 v.
332. ANToN1o SEBAsTIÃO SALGADO,
filho do bacharel Antonio Vaz Salgado, caval leiro professo na ordem de
Christo, que serviu em varios logares de letras na Occu pação de ministro, e de
D. Francisca Xavier Josepha Leonor; neto pela parte paterna do capitão de mar e
guerra Antonio Vaz Salgado, e de sua mulher D. Francisca Maria Jose pha, e pela
materna de Francisco de Oliveira, e de sua mulher Francisca Estaça Metello. Um
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Salgados, no
segundo as dos Oliveiras, e no terceiro as dos Metellos. — Br. p. a 20 de junho
de 1769. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 102. (C. C.)
333. ANToNIo DE SEIXAS PINTO,
Manuel de Seixas Pinto, João de Seixas Pinto, e Custodio Vieira de Seixas,
filhos de Antonio Monteiro Alves, e de sua mulher Anna de Seixas Vieira; netos
paternos de Francisco Monteiro Alves, filho de Manuel Monteiro, e de Margarida
Francisca; neto de Antonio Monteiro Alves, e de sua mulher Isabel Alves;
bisneto de Manuel Monteiro, que casou na familia dos Mouras; terceiro neto de
Alvaro Annes, e de sua mulher Maria Monteiro; e o dito Alvaro Annes, filho de
João Alves, ca valeiro fidalgo que serviu os reis d’este reino nas guerras de
Castella, e com armas e cavallos encobertados, e de sua mulher Beatriz Alves
Bravo, dos Bravos da cidade de Braga apparentados na casa da Barca, e irmã do
commendatario de Mansilhos, morado res que foram no assento da egreja de
Fervença de que eram administradores, e na mesma sua quinta de Vinhal; o qual
João Alves era dos cavaleiros fidalgos d’aquele tempo, pºr rente de Pedro da
Cunha, senhor de Basto; neto materno de Marçal Vieira de Seixas, e de sua
mulher Maria de Seixas da Fonseca; os supplicantes são bisnetos de Ambrosio
Vieira, e de sua mulher Maria da Silveira dos Silveiras, senhores de villa
Cains; terceiros netos de Braz Gonçalves, e de sua mulher Isabel Ribeiro: e a dita Maria de Seixas da
Fonseca, avó dos supplicantes, filha de João Pinto Soares, e de Helena Velloso;
neta de Domingos Pinto, e de sua mulher Maria Soares; bisneta de Balthasar
Gonçalves, e de sua mulher Beatriz Vaz; e a dita Maria Soares mulher de
Domingos Pinto, filha de Fernão Soares, º de Catharina Antonia moradora na sua
quinta e solar do Paço, casa de torres com ameias que procede de Henrique
Teixeira, fidalgo da casa real, porteiro da camara do infantº D. Duarte, e do
senhor rei D. João II; e a dita Helena Velloso, bisavô dos supplicantes, filha
de Pedro de Seixas Pinto, e de sua mulher Helena Velloso; neto de Belchior Pintº
da Fonseca, e de sua mulher Maria Vieira, descendentes dos Seixas de
Fonte-arcada da Beira, Pintos e Fonsecas, morgados de Balsemão, por onde os
mesmos supplicantes ºpº parentam com o morgado no quarto grau, e com o
grão-mestre de Malta Fr. Manuel Pinto da Fonseca, e seu irmão Balio de Lessa.
As armas dos Pintos, Fonsecas, Seixas e Ribeiros. — Br. p. a 5 de dezembro de
1750. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 5 v. • (C. C.)
344. ANToNIo DE SEQUEIRA, natural
de Lisboa, filho de Pedro de Sequeira, cavaleiro fidalgo da casa real, e da
ordem de Christo, e de Maria Pacheca; neto paterno de Jo㺠Gonçalves Sequeira,
bisneto de Gonçalo de Sequeira; neto materno de Joanna Pacheca, º eram fidalgos
e das ditas gerações. Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o
seguinte brazão de seus anteces sores: — Escudo de campo esquartelado; o
primeiro dos Sequeiras, que é de campo azul e cinco vieiras de oiro em aspa, e
o segundo dos Pachecos, que é de campo de oiro e duas caldeiras de preto com
tres faxas cada uma, veiradas e contraveiradas de oiro e vermelho, e assim as
azas, e em cada caldeira quatro cabeças de serpe de oiro, rasfeiga das das
azas, duas para fora e duas para dentro, com as linguas vermelhas, e por dife
rença uma estrella de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife
de oiro, azul, vermelho e preto, e por timbre um pescoço de serpe de oiro com
duas cabeças, uma contra a outra batalhantes; com todas as honras de fidalgo,
por descender da ge ração dos Sequeiras e Pachecos. — Dada em Almeirim a 20 de
março de 1565. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. IV, fl. 286.
335. ANToNIo DA SILVEIRA PEIxoto,
natural da ilha do Faial, filho do capitão Ma nuel de Avila Peixoto, e de sua
mulher D. Margarida Josepha; neto pela parte paterna do capitão Jorge Gularte
da Silveira, e de sua mulher D. Maria de Faria, e pela materna do alferes
Lourenço Pereira, e de sua mulher Maria de Bettencourt. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Avilas, no segundo as dos Peixotos, no
terceiro as dos Silveiras, e no quarto as dos Bettencourts. — Br. p. a 3 de
agosto de 1781. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 18. (C. C.)
336. ANToNIo SIMÕEs REs URGIDo
(Sargento-mór), natural da cidade de Lisboa, filho de Luiz Simões Resurgido,
almoxarife geral das fortalezas da marinha d’esta cidade, e de sua mulher D.
Maria Joaquina do Nascimento; neto pela parte paterna de Manuel Simões,
sargento-mór de auxiliares da cidade de Aveiro, e de sua mulher D. Helena Maria
Soares, e pela materna neto de Domingos Simões, e de sua mulher D. Domingas da
Silva, todos descendentes da nobre familia do appelido de Simões d’este reino.
Um escudo com as armas dos Simões. — Br. p. a 14 de julho de 1788. Reg. no
Cart. dá N., lv, Iv, fl. 60 v. (C. C.)
337. ANToN1o SoAREs BRANDÃo (Coronel),
cavalleiro professo na ordem de Christo, fidalgo da casa real, e cirurgião-mór
d’estes reinos, filho de Antonio Soares Brandão, e de sua mulher Anna da Rocha.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Soares de
Tangil, no segundo as dos Brandões, e no terceiro as dos Dantas. — Br. p. a 24
de julho de 1776. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 103. (C. C.)
338. ANTONIo SoA REs HoMEM,
chantre da Sé de Lamego, filho de Manuel Soares, de Santarem, fidalgo, neto de
Lopo Alvares Soares, fidalgo, bisneto de Alvaro Soares, que foi tambem fidalgo
muito honrado, bem assim era filho de Beatriz da Costa Homem, que foi da
geração dos Costas Homens. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecesso res : — Escudo de campo esquartelado; o
primeiro e quarto quarteis dos Soares, de prata, com uma cruz florida de
vermelho, vasia do primeiro, e uma bordadura do mesmo cheia de escudinhos de
azul, e em cada um cinco besantes de prata; o segundo dos Homens, de azul, com
seis crescentes de oiro em duas palas, e o terceiro de vermelho, com seis
costas de prata em faxa e em duas palas; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de prata e azul, e de oiro e vermelho, e por timbre um dragão de
vermelho; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender das
gerações e linhagens dos Soares de Albergaria, Homens e Costas. — Dada em
Lisboa a 30 da outubro de 1541. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXXII, fl.
10.
339, ANToNIo SoAREs Dos Rios
(Doutor), desembargador da Casa da supplicação, filho de João Alvares Aires,
cavalleiro da casa real, e de Maria Calada; neto de João Martinez dos Rios, que
foi fidalgo e do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo de oiro e
duas faxas de azul bordadas de branco, e uma b0r dadura de prata com cinco
cabeças de serpe verdes, cortadas e com as linguas de ver melho, e por
diferença uma brica de purpura e nella um — A — de oiro; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro. azul, prata e verde, e por timbre uma das
cabeças de serpe; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por descender
da geração e linhagem dos Rios. — Dada em Lisboa a 19 de setembro de 1540. Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. L, fl. 209 v.
340. ANToN1o SoBRINHo, cavaleiro
fidalgo da casa real, filho de Fernão Sobrinho, neto de João Sobrinho, e
bisneto de Fernão Sobrinho, que foram fidalgos e do tronco d’esta geração.
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus
antecesso res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de vermelho com uma
torre de prata com as portas e frestas, e lavrada de preto; o segundo de verde
com um casco de prata, e em cima d’elle uma flor de liz de oiro, e assim os
contrarios, e por diferença uma lua de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro, vermelho, prata e verde, e por timbre um leão vermelho
rompente, com o casco das armas na cabeça e a flor de liz na espadoa; com todas
as honras de fidalgo por descender da nobre geração dos Sobrinhos. — Dada em
Almeirim a 20 de março de 1569. Reg. na Chanc. de D. Se bastião, liv. VIII, fl.
58 v.
341. ANToNIo DE SousA CAs TRo
MENEZEs, professo na ordem de Christo, natural da villa de Melgaço, provedor da
saude e vereador do Senado da camara da cidade da Bahia, filho de Antonio de
Castro Soares, tenente de cavallos que foi na guerra de 1714, e de sua mulher
Maria Thereza Domingues da Costa; neto por parte paterna de Antonio Felgueiras
Soares de Castro, cavalleiro da ordem de Christo, capitão de infanteria que foi
na dita guerra, e de D. Francisca Rosa de Araujo; bisneto de Antonio de Castro
e Sousa e Azevedo, cavaleiro da ordem de Christo e fidalgo da casa real. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Castros, no segundo as
dos Menezes, no terceiro as dos Felgueiras, e no quarto as dos Azevedos. — Br.
p. a 25 de novembro de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 41 v. (C, C.)
342. ANToN1o DE SousA PINTO DE
MAGALHÃEs, do conselho de Sua Magestade, fidalgo cavalleiro da casa real,
commendador da ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, escrivão da
mesa grande da alfandega grande de Lisboa, filho do doutor João de Sant'Anna
Neves e Sousa, advogado do numero da Relação do Porto, e de sua mulher D. Maria
Benedicta de Magalhães Pinto de Sousa; neto paterno de Thomaz de Sousa,
proprietario da cidade do Porto, e de sua mulher D. Antonia Thereza Pinto de
Magalhães. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Sousas, e na
segunda as dos Magalhães. — Br. p. a 17 de outubro de 1861. Reg. no Cart. da
N., liv. IX, do Domingos de Sousa e Silva, e de sua mulher Barbara da Trindade;
neto paterno de João de Mendonça, e de sua mulher Agueda de Sousa e Mello,
filha de Manuel de Sousa e Mello, e de sua mulher Agueda Rodrigues; bisneto de
João de Aviz, e de sua mulher Catharina Furtado; neto materno de André Furtado
de Mendonça, e de sua mulher Maria da Rocha, filha de Salvador Gonçalves, e de
sua mulher Isabel Fernandes; bisneto de Francisco Nunes, e de sua mulher Maria
Albornos. As armas dos Mendonças, Furtados, Rochas, e Albornos. — Br. p. a 4 de
dezembro de 1756. Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 103 v. (C. C.)
344. ANToNIO DE SousA TELLEs D E
MENEZEs, formado em canones pela Universi dade de Coimbra, professo na ordem de
Christo e capitão-mór de Villa-boa, comarca de Goyazes, estado do Brazil, filho
de Antonio de Sousa Telles de Menezes, e de sua mulher D. Maria Leite Ferreira;
neto paterno de Bernardo de Sousa Telles, e de sua mulher D. Jeronyma da Silva,
e materno de Manuel Fernandes, e de sua mulher D. Marianna Leite. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Sousas, e na segunda as dos Telles e
Menezes. — Br. p. a 3 de julho de 1788. Reg. no Cart. da N., liv. d" 59.
(C. C.)
345. ANToN1o TAVAREs CAsTANHEIRA,
capitão-mór do districto de Poiares, bispado de Coimbra, filho do capitão-mór
que foi do mesmo districto João Francisco, e de sua mulher D. Thereza Tavares;
neto pela parte paterna de João Francisco Fructuoso, e de sua mulher Maria
Francisca, e pela materna de Domingos Fernandes Secco, e de sua mu lher
Margarida Tavares. • Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as
armas dos Fernandes, no segundo as dos Seccos, e no terceiro as dos Tavares. —
Br. p. a 23 de julho de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 26 v. (C. C.)
346. ANToNIo TEIXEIRA BEZERRA,
natural da casa e quinta do Sobrado de Muxoens, freguezia de Santa Maria de
Viada, concelho de Celorico de Basto, comarca de Guimarães, e morador na cidade
do Grão-Pará, filho de Domingos de Andrade Teixeira, e de sua mulher Maria
Thereza; neto pela parte paterna de Manuel de Andrade, e de sua mulher Favianna
Alvares de Araujo, e pela materna de Manuel Francisco de Carvalho, e de sua
mulher Catharina Jorge. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Andrades, no segundo as dos Teixeiras, no terceiro as dos Bezerras, e no
quarto as dos Carvalhos. — Br. p. a 10 de abril de 1797. Reg. no Cart. da N.,
liv. V, fl. 184. (C. C.)
347. ANToNIo TEIXEIRA CAstRo SÁ E
MELLo (capitão), filho do doutor Antonio Teixeira Castro e Sá, e de sua mulher
D. Thereza de Jesus; neto pela parte paterna do capitão Balthasar Teixeira, e
de sua mulher D. Anna de Sá, neto pela parte materna de João Esteves, e de sua
mulher Maria José Rodrigues. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto
quarteis as armas dos Teixeiras, no segundo as dos Castros, e no terceiro as
dos Sás. — Br. p. a 20 de julho de 1797. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 199.
(C. C.)
349. ANToNIo TEIXEIRA DE QUEIRoz,
cavaleiro da ordem de Christo, filho de Joa quim Teixeira de Queiroz, tenente
de milicias da cidade de Penafiel, condecorado com a cruz de campanha, e de sua
mulher D. Maria Luiza de Almeida; neto paterno de Joã0 Baptista de Queiroz,
proprietario, e de sua mulher D. Anna Rita Teixeira, e materno de João Pedro de
Madureira, e de sua mulher D. Luiza de Almeida. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Queirozes, e na segunda as dos Madureiras, — Br. p. a 21
de abril de 1860. Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 33. (C. C.)
351. ANToNIo THEoDoRo FERREIRA
TABoRDA DE AZEVEDo FREIRE, capitão-mór da praça e villa de Monsanto; filho de
José Manuel de Azevedo Freire, sargento-mór da referida vila e praça, e de D. Antonia
Maria Xavier Taborda Grande, irmã de João Xa vier Taborda Pinhateli, coronel de
milicias, do tenente coronel Miguel Antonio Ferreira Taborda, e de Francisco
Xavier Ferreira Taborda, sargento-mór de infanteria reformado, todos tres
fidalgos de solar conhecido; neto por parte paterna de Estevão Vaz de Azevedo
Freire, e de D. Ignez Freire Roballo; bisneto de Lourenço Vaz Freire, e de D.
Maria de Azevedo, todos naturaes da villa de Penamacôr, e das familias mais
nobres e distinctas d’ella : sendo o dito supplicante parente do capitão-mór da
dita praça Antonio Carlos de Gouvea Osorio, assim como de outras pessoas
illustres da comarca de Castello-branco, como o desembargador do Porto,
commendador e alcaide-mór Fernando Afonso Giraldes, José da Silva de Castel-branco,
e de Antonio Bonifacio Coelho, que morreu arcebispo de Lacedemonia; neto por
parte materna de Antonio Theodoro Ferreira Taborda, fidalgo de solar conhecido,
capitão de infanteria, administrador dos morgados do Alcaide, Lomba, Atalaya, e
do do Nome de Jesus; bisneto de João Ferreira Taborda, fidalgo de solar co
nhecido, sargento-mór e governador da praça de Penamacôr, administrador dos
ditos morgados, e de sua mulher e prima D. Brites Maria Taborda, filha de
Francisco Taborda, que serviu distinctamente na guerra da acclamação e em
Mazagão, e morreu governador da praça de Almeida, sendo legitimo descendente de
Vasco Paes Cardoso, alcaide-mór de Trancoso, senhor de Moreira, e de Avilhão,
assim como do mordomo-mór do senhor rei D. Afonso Henriques, primeiro senhor da
quinta de solar e casa forte de Abreu, em Re galados, assim como de Payo Soares
de Paiva Castel-branco, senhor da honra de Sobrado, Castel branco,
commendadores do Rosmaninhal; terceiro neto de Antonio Ferreira Taborda, moço
fidalgo com exercício no reinado do señHÕFrei D. Affonso VI, nono senhor da sua
quinta de solar, e casa forte de Antão Alves, e quinto administrador dos
morgados do Alcaide, e de Lomba, e de sua mulher D. Isabel Leitão da Cunha de
Aguiar, legitima descendente de Pedro Leitão, e de Fernão Annes de Carvalho,
commendador de S. Vicente da Beira, e de Pero Feyo, senhores da villa de
Alcaide, e alcaides-móres de Sortelha, assim como de Martim Vasques de
Castel-branco, alcaide-mór da Covilhã, irmão de Gon çalo Vasques de Castel-branco,
ascendentes dos condes do Sabugal, e de Pombeiro, e de D. Isabel da Costa, meia
irmã do cardeal de Alpedrinha D. Jorge, e irmã inteira do ar cebispo de Lisboa
D. Martinho da Costa, e de D. Margarida Vaz da Costa, ascendente da casa de
Pancas; quarto neto de D. Maria Taborda, chefe deste appelido por ser filha
primogenita de Salvador Taborda, e de sua mulher D. Isabel Lopes de Elvas,
filha de Gaspar de Elvas de Campos, alferes-mór de Penamacor, cujo castello
defendeu á sua custa na guerra da acclamação, foi fidalgo da casa real, e por
uma dilatada serie de illus tres avós descendente por varonia de Gil Fernandes
de Elvas, o bom alcaide-mór, e de Ruy Fernandes de Elvas, alcaide-mór d’esta
cidade, decimo quarto avô do supplicante, que é decimo quinto neto de Thomé de
Elvas de Campos, alcaide-mór de Elvas; o qual Salvador Taborda foi quem mandou
edificar a casa que as tropas francezas queimarão em Penamacor no anno de 1810,
em vingança do actual senhor d’ella Francisco Xavier Fer reira Taborda ter feito
a acclamação em 1808. O referido Salvador Taborda, filho primo genito de
Estevão Gonçalves Taborda, que casou em Alpedrinha com sua parenta Ignez
Gonçalves Taborda, senhora das casas e quintas que possuiu seu pae Simão
Taborda, em Alpedrinha e Valle de Prazeres, por ser unica herdeira de seu
terceiro avô Alvaro Gon çalves Taborda, filho segundo da illustre casa de
Taborda, que em Castella chamam Ta boada, que por ser leal a seu legitimo rei
D. Pedro de Castella, quando este perdeu o seu reino, passou para Portugal com
seu primo Garcia Rodrigues Taborda, conde de Ta boada, e o senhor D. Fernando,
rei de Portugal, lhe deu grandes mercês, e o fez escu deiro de sangue. O dito
Estevão Gonçalves Taborda, filho primogenito de Bento Taborda de Negreiros, e
ambos foram senhores de Porto de Moz, Nespreira, e Povolide, alcaides móres de
Obidos, e commendadores de duas commendas, que tudo lhes foi confiscado por
ordem de el-rei D. Filippe II de Castella por ter sido tão leal que acclamou o
senhor infante D. Antonio em Santarem, servindo contra o exercito hespanhol na
fatal batalha principiada em Barcarena pelo leal povo de Lisboa, e perdida na
ribeira de Alcantara. O qual Bento Taborda de Nogueira casou com D. Helena de
Aguiar e Sequeira, neta de Francisco Annes de Torres, veador e amo da senhora
rainha D. Isabel, e filha de Pedro Afonso de Aguiar, do conselho do senhor rei
D. Manuel, e amo da infanta D. Joanna, finalmente terceira neta dos primeiros
viscondes de Ponte de Lima, dos condes de Sarze das, dos senhores de Villa-nova
de Portimão, dos da Castanheira, dos de Mello, dos de Farelães, e dos
descobridores da ilha de S. Miguel. O referido Bento Taborda de Negrei ros foi
filho primogenito de Ruy Gonçalo Taborda, fidalgo de solar em Castella, assim
como seus ascendentes e descendentes primogenitos, foi commendador de Arruda, e
de S. Miguel de Lobão na ordem de Christo, alcaide-mór de Obidos, e senhor de
tres villas, assim como seus avós, e morreu em Africa pelejando ao lado do
senhor rei D. Sebastião, e foi casado com D. Mecia de Negreiros, filha de José
Vidal de Negreiros, fidalgo de el rei, e irmãos do famoso André Vidal de
Negreiros, um dos restauradores de Pernambuco. O dito Ruy Gonçalo Taborda foi
filho primogenito de Garcia Rodrigues Taborda, fidalgo da casa do senhor rei D.
João III, e do senhor rei D. Manuel, alcaide-mór de Obidos, se nhor das ditas
tres villas, casou com D. Maria Peixoto da Silva, filha do senhor de Pena fiel
de Sousa, e de D. Maria Coelho, filha de Martim Coelho, senhor de Felgueiras e
Vieira, descendente por varonia legitima de D. Egas Moniz, o Bemaventurado. O
dito Garcia Rodrigues Taborda foi filho primogenito de Ruy Taborda, fidalgo de
solar em Galliza, com exercicio na casa real, onde foi monteiro-mór, e doado
pelo senhor infante D. Fernando em seu testamento, foi senhor da honra de
Canellas, e dos mais senhorios de seu avô, commendador da ordem de Sant'Iago, o
qual morreu gloriosamente em Africa, foi casado com D. Eufemia de Casfro, da
illustre familia dos Castros de Galliza, d’onde era natural. O dito Ruy Taborda
foi filho primogenito de João Rodrigues Taborda, fidalgo de grande solar em
Galiza, cavaleiro da casa do primeiro duque de Bragança D. Afonso, senhor da
honra de Canellas, foi capitão de uma nau a Ceuta com gente sua em 1415, e casou
com D. Thereza de Ayala, filha legitima de Pedro Lopes de Ayala, rico homem em
Galiza, e de D. Leonor de Gusmão Ponce de Leão, prima dos duques dos Arcos, e
Ma queda. O dito João Rodrigues Taborda foi filho primogenito de Garcia
Rodrigues Taborda, fidalgo de grande solar em Galliza e Asturias, conde de
Taboada, senhor de S. Miguel de Taborda, e do castello de Piconha, e de muitas
villas, rico homem no principado de As turias, chefe da familia de Tabordas, ou
Taboadas, cuja illustre ascendencia decorre sem pre em grande lustre, até ao
capitão general de el-rei D. Pelayo, que em paga dos seus grandes serviços
contra os moiros lhe deu em casamento sua filha legitima a infanta D. Falquile
Pelae (e da rainha D. Guadiosa), e os quaes fundaram a casa e o condado de
Taboada, para seu filho e toda a sua legitima descendencia, e o referido Garcia
Rodrigues Taborda, que pela lealdade com que seguiu o seu legitimo rei D. Pedro
de Castella con tra o partido de seu irmão Henrique, conde de Trastamara,
quando este tirou a vida e o reino ao dito seu rei e irmao, ele chefe dos
Tabordas, fugiu para Portugal, onde o se nhor rei D. Fernando o fez seu
mordomo-mór, meirinho-mór do reino, alcaide-mór de Leiria, senhor de Porto de
Moz, e outras villas. Que a referida D. Maria Taborda, quarta avó do
supplicante, que foi irmã primogenita de D. Isabel Taborda, mãe do grande poli
tico Salvador Taborda, enviado de Portugal na côrte de França, e depois
embaixador em Roma, foi casada com o quarto avô do supplicante Antão Alves
Ferreira Taborda, fidalgo da casa real, e de solar conhecido, por ser oitavo
senhor da sua quinta de solar e casa forte de Antão Alves, terceiro
administrador dos morgados do Alcaide-mór e da Lomba, e foi dos que acclamaram
o senhor rei D. João IV, em cuja guerra fez grandes proezas, defendendo por
vezes a sua quinta e o castello de Atalaya da Vigia, com gente paga á sua
custa, por cujos serviços cedeu a seu sobredito filho Antonio Ferreira Taborda
0 exercicio de moço fidalgo no paço do senhor rei D. Affonso VI; quinto neto
por estava ronia de Antonio Ferreira, fidalgo da casa real, e de solar
conhecido, setimo senhor da dita quinta de solar, e casa forte, segundo
administrador dos referidos morgados, e de sua mulher D. Catharina Lopes
Roballo, legitima descendente dos fidalgos Roballos, que vieram de Biscaia, e
ajudaram a conquistar do dominio dos moiros a villa de Penamacor, de cujos
Roballos é hoje chefe Francisco Xavier Roballo Pinhateli, morgado em Freix0 de
Espada á cinta; sexto neto de Antão Alves Ferreira, fidalgo de el-rei, e de
solar co nhecido, sexto senhor da dita quinta de solar, e casa forte, primeiro
administrador dos ditos morgados, procurador em Côrtes pela villa de Penamacor
em 1579, e de sua mu lher D. Catharina Lopes Botelho, neta de Martim Faria
Botelho, alcaide-mór de Sortelha; setimo neto de Rodrigo de Ferreira, professo
na ordem de Christo, e n'ella commendador, fidalgo de el-rei, e de solar
conhecido, quinto senhor da dita quinta de solar, e casa forte, e de sua mulher
D. Catharina Freire, filha de Simão Freire, fidalgo da casa real, o pri meiro
capitão-mór de Castello-novo em 1573, e neta dos antigos castellanos do
castello e villa de Pena-Garcia, e dos senhores de Aldea-nova das Donas; oitavo
neto de Antão Al ves Ferreira, quarto senhor da dita quinta, fidalgo de solar
conhecido, cavalleiro fidalgo do senhor rei D. João III, com moradia, e de sua
mulher D. Francisca Tavares, filha de João Tavares, commendador de Alpedrinha,
irmã do commendador de Ouris Antonio Ta vares, e quarta neta por ilustre varonia
de Pedro Tavares, irmão da fundadora da egreja de Santa Maria Magdalena, da
villa da Covilhã, todos dos legitimos Tavares dos senhores de Mira; novo neto
de Alvaro de Ferreira, terceiro, senhor da dita quinta, fidalgo da casa do
senhor rei D. Manuel, e de solar conhecido, e de sua mulher D. Beatriz Rebello,
filha fun dadores do convento da Graça, de Castello-branco, e senhores de S.
Felizes el Grande, em Castella; decimo neto de Fernão de Alvares de Ferreira,
fidalgo de solar conhecido, se gundo senhor da dita quinta de solar, e torre
dos Namorados, antigo solar de seus avós, fidalgo escudeiro da Excellente
senhora, que serviu com muita distincção em Africa e n'este reino; decimo
primeiro neto de Antão Alves Ferreira, fundador da dita quinta de seu nome por
provisão do senhor rei D. Pedro I, por ter privilegio de fidalgo de solar conhe
cido, sendo já fidalgo de el-rei, e de sua mulher D. Francisca de Souto-maior,
filha de D. Pedro de Souto-maior, senhor da Torre dos Namorados, antiquissimo
solar de seus avós desde o principio d'esta monarchia; decimo segundo neto de
Gomes Martins de Fer reira, quinto senhor da illustre casa de Cavalleiros, no
Minho; decimo terceiro neto de Martim de Ferreira, fidalgo de el-rei, senhor da
casa de Cavaleiros, a quem chamaram Martim Narizes, pela cutilada que levou no
Porto na batalha das Favas em Guimarães, foi tambem procurador da corôa, e de
D. Brites Annes de Sandim, legitima descendente por varonia legitima de Martim
Moniz, que morreu esmagado no castello de Lisboa, assim como do conde D. Mendo,
o Sousão; decimo quarto neto de Estevão de Ferreira, fidalgo de el-rei,
terceiro senhor da dita casa e morgado de Cavaleiros, e de D. Maior Martins;
decimo quinto neto de Pedro Ferreira, o moço, fidalgo de el-rei, e segundo
senhor do dito morgado; decimo sexto neto de Estevão Pires Ferreira, o velho,
fidalgo de el-rei e insti tuidor do dito morgado, de que hoje é senhor D.
Gregorio Ferreira de Eça, conde de Cavalleiros; decimo setimo neto de Pedro
Ferreira, fidalgo de el-rei, senhor do paço de Ferreira, e de Ferreira de Aves;
decimo oitavo neto de D. Fernão de Alvares de Ferreira, fidalgo de el-rei, e
senhor do dito paço; decimo nono neto de D. Rodrigo Alves de Fer reira, rico
homem no reino de Leão, e fidalgo muito poderoso, irmão do conde D. Fer nando
de Alvares de Ferreira; vigesimo neto de D. Alvaro de Ferreira, meirinho-mór do
reino de Leão, senhor de Maciella de la Sierra, e outras villas, o qual tinha
uma illustre varonia na casa de Lara, em Castella; neto tambem por parte materna
de D. Violante Xavier Felicia Taborda Nogueira; bisneto de Francisco Taborda
Nogueira, e de D. Filippa Roballo Pinhateli, a qual foi filha de Manuel Roballo
Pinhateli, e de D. Isabel da Gama, ambos instituidores do morgado de Santa
Luzia, e do seu altar na freguezia de Sant'Iago da villa e praça de Penamacor,
o qual Manuel Roballo Pinhateli, tendo tido o valor e a fortuna de aprisionar
no choque de Santo Albim em 1670, a D. Antonio Pinhateli, capitão de cavallaria
do exercito hespanhol, onde commandava a cavallaria catalã, e que era irmão do
marquez de S. Vicente, capitão general da Estremadura, e principe de Pinhateli,
foi reconhecido pelo dito seu prisioneiro por seu parente, e por isso o senhor
rei D. Affonso VI lhe mandou que usasse das armas de Pinhateli, ele e todos os
seus descendentes, pelo que ficou sendo chefe d’esta familia em Portugal, e
hoje é seu bisneto pela linha primo genita Francisco Xavier Roballo Pinhatelli,
administrador do morgado de Freixo de Es pada á cinta, e do de Santa Luzia; o dito
Manuel Roballo Pinhateli serviu com toda a distincção nas guerras da
acclamação, e na da grande liga conquistou a praça de Moraleja, em Castella, e
a cidade de Coria, morreu mestre de campo de infanteria e governador de
Penamacor, e por este lado vem a ser o supplicante descendente tambem dos
antigos Ro ballos, fidalgos que vieram de Biscaya ajudar a conquista de
Penamacor, no reinado do senhor rei D. Afonso Henriques, e dos Mascarenhas de
Valezim, cavalleiros muito nobres e descendentes do duque de Burgos. O referido
seu bisavô Francisco Taborda Nogueira, capitão-mór de S. Vicente da Beira, e
juiz de fóra da mesma villa, e da de Arronches, administrador do morgado de
Nogueiras, em que lhe succedeu sua filha a sobredita sua avó; terceiro neto de
Domingos Nogueira Perez, que depois de servir muito na guerra da acclamação
defendendo a praça de Segura, e entrando com a sua tropa em Castella,
capitão-mór da villa de S. Vicente da Beira, e de sua mulher D. Isabel Taborda
Grande, filha do doutor Gaspar Mendes Grande de Castello-branco, auditor geral
da provincia da Beira, descendente dos illustres Castellos-brancos, já
mencionados, e de sua mulher D. Brites Taborda, irmã de D. Isabel Taborda, mãe
do já referido embaixador Salvador Taborda, e de seu irmão João Antunes Taborda
Portugal, que foi embaixador ao Gran Mogol, e governador da India, aos quaes
por falta de successão representa hoje o referido tio carnal do supplicante, o
coronel João Xavier Taborda de Pinhateli, assim como o seu decimo segundo avô
Garcia Rodrigues Taborda, mordomo-mór do senhor rei D. Fernando; quarto neto de
Antonio Nogueira Tavares, capitão-mór de Sarzedas, que na justificação que fez
da sua nobreza e fidalguia mostrou ser por illustre ascendencia legitimo descen
dente dos Tavares, senhores de Mira, e dos Nogueiras, de quem é hoje chefe o
marquez de Ponte de Lima; e finalmente que os referidas seus paes, avós, e mais
ascendentes são pessoas muito nobres, legitimos descendentes das illustres
familias dos Azevedos, Freires, Ferreiras, e Tabordas. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Azevedos, no segundo as dos Freires, no
terceiro as dos Ferreiras, e no quarto as dos Tabordas. —Br. p. a 16 de outubro
de 1818. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 12 v. (C. C.)
352. ANToN1o THEoDoRo DE GAMBoA E
LIz, cavaleiro fidalgo da casa real, natural e capitão-mór da villa da Arruda;
filho de Bartholomeu de Gamboa e Liz, cavalleiro fi dalgo da casa real, e de
sua mulher D. Caetana Maria Ignacia de Figueiredo; neto pela parte paterna de Antonio
de Gamboa e Liz, tambem cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D.
Clara de Azevedo, e pela parte materna de Domingos Teixeira, e de D. Ma ria do
Espírito Santo. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Gamboas, na
segunda as dos Lizes. — Br. p. a 10 de fevereiro de 1778. Reg. no Cart. da N.,
liv. II, fl. 142 V. (C. C.)
353. ANToN1o THEoPHILo DE ARAUJo,
visconde dos Olivaes, fidalgo cavalleiro e moço fidalgo com exercicio na casa
real, commendador da ordem de Christo, e proprietario; filho de Francisco José
de Araujo, e de sua mulher D. Marianna Rosa do Carmo Araujo; neto paterno de
Francisco José de Araujo, e de sua mulher D. Helena Luiza de Araujo, e materno
de Filippe Lopes, e de sua mulher D. Maria Brigida Lopes. Um escudo com as
armas dos Araujos. — Br. p. a 30 de julho de 1864. Reg, n0 Cart. da N., liv.
IX, fl. 68 V. (C. C.)
356. ANToNIo VAz DE ARAUJo,
cavalleiro professo na ordem de Christo, sargento mór de infanteria, filho de
Antonio Vaz de Araujo, e de sua mulher D. Domingas Vaz de Araujo; neto pela
parte paterna de Antonio Gonçalves, e de sua mulher D. Maria Vaz de Araujo, e
pela parte materna de Francisco Vaz, e de sua mulher D. Catharina Alves, to dos
do termo da villa de Chaves. Um escudo partido em pala; na primeira as armas
dos Vazes, e na segunda as dos Araujos. — Br. p. a 29 de abril de 1784, Reg. no
Cart. da N., liv. III, fl. '#', (C. C.)
357. ANToNIo VAz CARDEIRA,
capitão de cavallos do regimento de cavallaria da praça de Olivença, natural da
cidade de Beja; filho de Luiz Vaz Correa, ajudante da comarca da cidade de
Beja, e de sua mulher D. Maria Josepha Franco Pimentel da Fonseca; neto pela
parte paterna de Domingos Vaz, e de sua mulher D. Ignez Mendes, e pela materna
de José Gonçalves Franco, e de sua mulher D. Ignacia Maria da Fonseca. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Vazes; no segundo as dos
Correas, no terceiro as dos Pimenteis, e no quarto as dos Fonsecas, — Br. p. a
21 de março de 1785. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 189. (C. C.)
358, ANToN1o VELLoso DE MIRANDA,
coronel do regimento de cavallaria de milicias do districto de Villa-rica;
filho de Francisco Velloso de Miranda, cavalleiro professo na ordem de Christo,
e de sua mulher D. Thereza da Nazareth ; neto paterno do dr. Jero nymo da Silva
Guimarães, e de sua mulher D. Angelica de Miranda da Fonseca, e ma terno de
Paulo Rodrigues Durão, sargento-mór do districto de Matto-dentro, comarca da
cidade de Marianna, e de sua mulher D. Anna Garcez de Moraes. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Vellosos, no segundo as dos
Mirandas, no terceiro as dos Durões, e no quarto as dos Garcezes. — Br. p. a 3
de outubro de 1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 209. (C. C.)
359. ANToN1o VICENTE DE CARVALHo
E SousA (Bacharel), filho de Antonio Vicente de Sousa, desembargador dos
aggravos da Casa da supplicação; neto do tenente coronel Bento Dias de Carvatho
Landim, e descendente legitimo da familia dos Landins, sendo por esta razão
possuidor da quinta do mesmo nome. Um escudo com as armas dos Landins. — Br. p.
a 6 de outubro de 1823. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 98 v. (C. C.)
360. ANToN1o ViceNTE TEIXEIRA DE
SAMPAIO, administrador das munições de boca na provincia de Traz-os-Montes;
filho de Jacinto Teixeira Leite, capitão de ordenanças do concelho de
Felgueira, e de sua mulher D. Josepha Caetana de Castro e Sam paio; neto
paterno de Domingos Teixeira, e de sua mulher D. Maria Leite, e materno de
Domingos Fernandes Pimenta, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Maria de
Castro e Sampaio. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Teixeiras, no segundo as dos Leites, no terceiro as dos Castros, e no quarto as
dos Sampaios. — Br. p. a 19 de julho de 1809. Reg, no Cart. da N., liv. VII,
fl. 222 v. (C. C.)
361. ANToNIo VIEIRA BARBosA CoRRE
A PINTo CALHEIRos, filho do capitão Anto nio Vieira Barbosa de Araujo, e de sua
mulher D. Maria Thereza de Campos Correa Pinto Calheiros; neto pela parte
paterna do alferes Constantino Vieira, e de sua mulher D. Se nhorinha Barbosa,
e pela materna de Bento Correa Pinto Calheiros, e de sua mulher D. Ma ria de
CampOS. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Veiras, no
segundo as dos Barbosas, no terceiro as dos Correas, e no quarto as dos Pintos.
— Br. p. a 7 de ja neiro de 1782. Reg, no Cart. da N., liv. III, fl. 42. (C.
C.)
363. ANToNIo VILHEGAs DE
VILLA-NovA, filho de Pedro de Villa-nova, que foi phy sico e cirurgião da casa
real, e irmão de Jorge Fernandes de Villa-nova. Carta pela qual el-rei D.
Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecess0 res: — Escudo de
campo verde e uma bicha de oiro, por nome tiro, picada de preto com a lingua
vermelha e o rabo retornado para cima e os pés picados do mesmo, e por
diferença um flor de liz de prata, elmo de prata serrado abaulado na vista e
guarnecido de oiro, paquife de oiro, verde e preto, e por timbre metade da
bicha; com todas as hon ras e privilégios de fidalgo por descender da geração
dos Villa-novas. — Dada em Lisboa a 16 de janeiro de 1562. Reg. na Chanc. de D.
Sebastião, liv. III, fl. 121 v.
Um escudo partido em pala; na primeira as
armas dos Machados, e na segunda as dos Cerveiras. — Br. p. a 19 de dezembro de
1787. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 39. (C. C.)
365. ANToN1o XAVIER DE REZENDE,
professo na ordem de Christo e capitão de ca vallaria do regimento do Caes,
natural da cidade de Lisboa; filho de Eusebio Xavier de Rezende, e de sua
mulher D. Josepha Maria Xavier da Silva; neto pela parte paterna de Antonio
Rezende Paiva, capitão de mar e guerra, e de sua mulher D. Maria de Rezende;
neto pela parte materna de Guilherme Duk, e de sua mulher D. Maria Antonia. dos
Paivas. — Br. p. a 10 de julho de 1795. Reg, no Cart. da N., liv. V, fl. 67.
(C. C.)
368. As CENSO SEVERIM, morador em
Lisboa, filho de Maria Annes Severim, e neto de Pero Severim. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus anteces sores : —
Escudo meio partido em pala; a primeira de prata com uma bordadura com posta de
prata e vermelho, e a segunda pallada de vermelho e de prata de seis pe ças,
começando primeiro em vermelho, e por differença a primeira casinha da borda
dura azul; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e
vermelho, e por timbre um leão de prata com tres barras de vermelho; com todas
as honras e pri vilegios de fidalgo, por descendar da nobre geração dos
Severins, que foram fidalgos em # Dada em Lisboa a 10 de janeiro de 1530. Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. L, fl. 90.
369. AUGUSTO CESAR FALCÃO DA FoNs
ECA, empregado da secretaria da serenissima Casa de Bragança, filho de José Gonçalves
da Fonseca, escrivão da Alfandega de Chaves, e de sua mulher D. Maria Gertrudes
do Cabo Fonseca; neto paterno de Antonio Gonçal ves da Fonseca, e de sua mulher
D. Escolastica Diniz Chaves, e materno de João Alberto de Abreu, e de sua
mulher D. Francisca Rita de Abreu. Um escudo com as armas dos Fonsecas, — Br.
p. a 13 de abril de 1859. Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 23 v. (C. C.)
370. AUGUSTo FRANCIs Go CARNEIRO,
visconde de Loures, commendador da ordem de Christo, negociante de grosso tracto
e proprietario, filho de André João Carneiro, pro prietario, e de sua mulher D.
Gertrudes Rosa Carneiro; neto paterno de André João Car neiro, proprietario e
negociante de grosso tracto, e de sua mulher D. Maria Francisca da Silva, e
materno de Antonio Gomes da Costa, proprietario, e de sua mulher D. Leonarda
Maria da Costa. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas
dos Carneiros, no segundo as dos Silvas, e no terceiro as dos Costas. — Br. p.
a 28 de agosto de 1851. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 351. (C. C.)
371. AUGUSTO PINTO DE MoRAEs
SARMENTo, natural d’esta cidade, cavaleiro da Ordem de Christo, moço da real
camara, e coronel de infanteria do estado maior do exer cito do Brazil, filho
do doutor João Gualberto Pinto de Moraes Sarmento, e de sua mu lher D. Isabel
de Good; neto paterno de Estevão Pinto de Moraes Sarmento, cavalleiro professo
na ordem de Christo, cavaleiro fidalgo da casa real, guarda-roupa e secretario
da repartição das justiças no regio tribunal do Desembargo do paço, e de sua
mulher D. Thereza Mongiardino, e materno de Guilherme de Good, e de sua mulher
D. Margarida Hiaef de Good. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto
quarteis as armas dos Pintos, no se gundo as dos Moraes, e no terceiro as dos Sarmentos.
— Br. p. a 29 de novembro de 1820. Reg, no Cart. da N., liv. VIII, fl. 70 v.
(C. C.)
372. AUGUSTo RoMANO SANCHEs DE
BAENA E FARINHA, natural de S. Salvador de Varzião, bispado do Porto,
negociante de grosso tracto, filho de José de Sousa Costa, vice consul de
Hespanha na cidade do Porto, inspector das obras publicas em Miragaia, e de sua
mulher D. Maria do Carmo Baena Coimbra Portugal; neto paterno de João da Costa
Santos, e de sua mulher D. Maria da Assumpção Santos, e materno de Francisco da
Silva Coimbra de Carvalho, cavaleiro professo da ordem de Christo, e de sua
mulher D. Maria Fortunata Agostinha de Portugal; bisneto por parte de seu avô
materno de Manuel da Silva Coimbra de Carvalho, bacharel formado em direito,
moço fidalgo da casa real, e ca valeiro professo da ordem de Christo, e de sua
mulher D. Joaquina Thereza Froes de Brito; bisneto por parte de sua avó materna
de Antonio Sanches de Baena e Farinha, doutor em direito, moço fidalgo com
exercicio e commendador da ordem de Christo, e de D. Anna Joaquina de Lemos. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo as
dos Sanches, no terceiro as dos Baenas, e no quarto as dos Farinhas. — Br. p. a
28 de maio de 1860. — Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 34. (C. C.)
373. AUGUSTo RoMANo SANCHEs DE
BAENA E FARINHA, cavaleiro da ordem de Malta, commendador da do Santo Sepulcro
de Jerusalem, e negociante matriculado da praça do Rio de Janeiro, filho de
José de Sousa Costa, vice-consul de Hespanha na cidade do Porto, inspector das
obras publicas em Miragaia, e de sua mulher D. Maria do Carm0 Baena Coimbra de
Portugal: neto paterno de João da Costa Santos, cavaleiro fidalgo da casa real
e cavaleiro professo da Ordem de Christo, a quem se passou brazão de armas a 27
de novembro de 1752, e de sua mulher D. Maria da Assumpção Santos; neto ma
terno de Francisco da Silva Coimbra de Carvalho, cavalleiro professo na ordem
de Christo, e de sua mulher D. Maria Fortunata Agostinha de Portugal; bisneto
de Manuel da Silva Coimbra de Carvalho, bacharel formado em direito, moço
fidalgo da casa real e cavaleiro professo na ordem de Christo, e de sua mulher
D. Joaquina Thereza Froes de Brito; bis neto por parte de sua avó materna de
Antonio Sanches Baena e Farinha, doutor em di reito, moço fidalgo com exercicio
e commendador da ordem de Christo, e de sua mulher D. Anna Joaquina de Lemos.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no segundo às
dos Costas, no terceiro as dos Sanches, e no quarto as dos Baenas, — Br. p. a 24
de mal0 de 1867. Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 105. (C. C.)
374. AUGUSTO XAVIER DA SILVA,
fidalgo cavaleiro da casa real, bacharel formado em leis, advogado nesta côrte,
e socio da Academia real das sciencias, filho do doutor Joaquim Xavier da Silva,
fidalgo cavalleiro da casa real, cavalleiro professo na ordem de mulher D.
Joanna Helena Xavier da Silva; neto paterno de André Xavier da Silva,
negociante e proprietario, e de sua mulher D. Margarida Rosa Angelica Xavier da
Silva; bisneto de Bernardo Lopes da Silva, negociante, e de sua mulher D.
Leonor Maria Rosa da Silva; neto materno de Fernando da Silva Correa,
negociante e proprietario, e de sua mulher D. Paula Rosa Ximenes de Aragão
Correa; bisneto de Francisco da Silva Correa, nego ciante, e de sua mulher D.
Leonor Maria Rosa da Silva. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Silvas, no segundo as dos Lopes, no terceiro as dos Ximenes, e no
quarto as dos Aragões. — Br. p. a 20 de junho de 1839. Reg. no Cart. da N.,
liv. VIII, fl. 296. (C. C.)
375. AYRES ANTONIO PEREIRA PINTo
REBELLo Pop RozA, da casa de Rebello Riba Paiva, concelho de Alafões, filho de
Manuel Fernandes Podroza, cavalleiro professo na or- - dem de Christo, e de sua
mulher D. Angela Antonia Pinto Rebello; neto paterno de Ma nuel Fernandes
Podroza, criado particular do senhor rei D. João V, a quem o mesmo se nhor fez
mercê em sua vida de thesoureiro-mór da Bulla no bispado de Viseu, e de sua
mulher D. Isabel Maria da Conceição; neto materno de Silvestre Rodrigues de Almeida,
e de sua mulher D. Marianna Ignacia Pereira Pinto Rebello. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Podrozas, no segundo as dos
Pereiras, no terceiro as dos Pintos, e no quarto as dos Rebellos, — Br. p. a 21
de março de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. vix, fl. 32 v. (C. C.)
376. A YRES CARNEIR o HoMEM So
Uto-MAIoR, mestre de campo, natural da cidade de Lisboa, filho de Antonio
Carneiro Homem Souto-maior, cavaleiro professo da ordem de Christo, e de sua
mulher D. Josepha Margarida da Conceição; neto pela parte paterna do doutor
João Gomes Homem, e de sua mulher D. Thereza Aurelia Joaquina Souto maior;
bisneto de Antonio Gomes Homem, e de sua mulher D. Marianna Henriques; ter
ceiro neto de Gabriel Gomes Homem, e de sua mulher D. Brites Gomes de Moura;
quarto neto de Balthasar Gomes Homem, descendente legitimo e por varonia do
barão de Solino, no reino de Napoles, e pela sua avó D. Thereza Aurelia
Joaquina Souto-maior se mostrava tambem que ele era bisneto do doutor Gaspar
Carneiro Leitão, cavalleiro professo da or dem de Christo, e de sua mulher D.
Brigida Maria Thereza; terceiro neto de Francisco Carneiro Souto-maior, e de
sua mulher D. Marianna Monteiro da Silva; quarto neto de Martim Carneiro
Leitão, que era legitimo descendente da familia de Carneiros da villa da
Golegã, uma das mais esclarecidas d’ella, que procede dos Carneiros de Coimbra,
e estes dos do Porto, que tiveram a sua origem em João de Montous, fidalgo
francez, parente dos reis de França, de cuja familia procedem tambem os condes
de Lumiares, como larga mente se mostrava na sentença. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Gomes, no segundo as dos Homens, no terceiro
as dos Carneiros, e no quarto as dos Souto-maiores, — Br. p. a 22 de agosto de
1787. Reg. no Cart, da N., liv. Iv, fl. 20 v. C.) (C, C.
377. AYRES DE MAGALHÃEs,
cavaleiro da casa real. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo de prata com tres faxas
enxaquetadas de prata e vermelho, e por diferença uma merleta preta; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre um
abutre de sua côr com o bico e pés de oiro; com todas as honras e privilegios
de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Magalhães, por parte de seu
pae e avós. — Dada em Lisboa a 21 de janeiro de 1530. Reg, na Chanc, de D. João
III, liv. Lu, fl. 9. 7
378. AYRES PINTO, commendador de
S. Salvador de Anciães, filho de Francisco Pinto e neto de Pedro Pinto, que foi
fidalgo muito honrado e do tronco desta geração. Carta pela qual el-rei D. João
III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: —Escudo de campo de
prata com cinco crescentes de vermelho em aspa; e por dife rença uma flor de
liz verde; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e
vermelho, e por timbre um meio leão de prata com um crescente das armas na
espadoa; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração
dos Pintos.—Dada em Evora a 12 de agosto de 1533. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. XLV, fl. 59. }}
379. BALTHAzAR DE ALMEIDA
CARDoso, fidalgo da casa real, e natural de Viseu, fi lho natural de João de
Almeida Cardoso, neto de Antão Martins Cardoso e de Aldonça de Almeida, bisneto
de Martim Annes Cardoso, que foi fidalgo muito honrado e do tronco da geração
dos Cardosos, bem assim a dita Aldonça de Almeida era filha de Pedro de Almeida
que tambem foi fidalgo e do tronco dos Almeidas. Carta pela qual el-rei D. João
III lhe concede o seguinte brazão de seus antecess0 res: — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro de vermelho com dois cardos verdes com as raizes e
floridos de prata, um sobre o outro, entre dois leões de oiro com as mãos
postas n’elles e os rabos tornados para cima; o segundo tambem de vermelho com
Sels besantes entre dobre cruz e bordadura de oiro, e um filete preto e uma
estrella azul, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e
vermelho, e por timbre uma cabeça de leão de oiro e um dos cardos saindo
d’ella; com todas as honras e privilegios de fi dalgo por descender da geracão
e linhagem dos Almeidas e dos Cardosos.—Dada em Lis boa a 24 de setembro de
1539. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXVII, fl. 100 V.
380. BALTHAZAR DE AZEVEDO, filho
de Alvaro Martins Azevedo, que foi do tronco d’esta linhagem. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecess0 res: —
Escudo de campo azul com oito contrabandas de oiro, e por diferença uma meiº
brica de vermelho, e nela um annel de prata; elmo de prata aberto guarnecido de
oir0, paquife de oiro e azul, e por timbre um meio leão de azul contrabandado
de oiro; com 10 das as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração
e linhagem dos Avezedos. — Dada em Lisboa a 13 de dezembro de 1530. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XVIII, fl. 24.
381. BALTHAZAR DA CosTA, morador na ilha de S.
Miguel, filho de Luiz Fernandes da Costa, neto de Diogo Fernandes da Costa
Homem, e bisneto de João Rodrigues da Costa, que foi fidalgo muito honrado e do
tronco desta geração dos da Costa, e irmão de D. Jo㺠da Costa, bispo que foi
de Lamego e prior de Santa Cruz de Coimbra, que foi casado com Filippa Nunes
Homem, bisavó do dito Balthazar da Costa, mulher muito honrada e fidalgº, filha
de Nuno Gonçalves Homem que foi o tronco d'esta geração e fidalgo muito
honrado, senhor que foi da Lagoisa, de Paços e de Sergueiros. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus antecessores:
— Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Costas, de vermelho com seis
costas de prata postas em faxa em duas palas; o segundo dos Homens, de azul com
vermelho e azul, e por timbre um leão de azul com uma taxa de armas nas mãos
com o cabo de oiro, e por differença uma merleta de prata; com todas as honras
de fidalgo por descen der da nobre linhagem dos Costas e Homens. — Dada em
Lisboa a 16 de maio de 1538. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLIV, fl. 61.
382. BALTHAzAR DA FoNs ECA Do AMARAL GURGEL,
natural da cidade de Loanda, reino de Angola, filho do capitão Fernando Martins
do Amaral Gurgel, e de sua mulher D. Vicencia Rodrigues da Silva, irmã legitima
do sargento-mór Manuel Rodrigues da Silva, a quem se passou brazão com as armas
dos Silvas no anno de 67; neto pela parte paterna do capitão Balthazar da
Fonseca Homem, e de sua mulher D. Helena do Amaral, e pela materna neto do
capitão Francisco Rodrigues da Silva, e de Ignez Carvalho, naturaes que foram
do logar da Gesteira, n’este reino, da villa de Monte-mór o velho. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Fonsecas, e na segunda as dos Silvas,
— Br. p. a 2 de fevereiro de 1769. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 93. (C. C.)
383. BALTHAZAR GoNÇALVES PEREIRA
DE DRUMOND, morador na ilha da Madeira, filho de Pedro Gonçalves Pereira de
Drumond, cavaleiro, neto de Catharina Annes de Drumond, bisneto de João
Drumond, trineto de D. João Drumond, senhor de Escobar, na Escocia, irmão de
Anna Bella, rainha de Escocia, o qual descendia de todos os senho res de
Escocia da nobre casa dos Drumondes; e por parte de sua mãe Catharina Vases
Pereira neto de Vasco Gonçalves Pereira, bisneto de Gonçalo Rodrigues Pereira,
que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geração, e sobrinho do conde
Ruy Pereira. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão
de armas de seus antecessores: — Escudo esquartelado; o primeiro de oiro com
tres faxas ondadas de ver melho; o segundo de vermelho com uma cruz de prata
florida e vasia, e por diferença um trifolio de azul picado de oiro, elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, timbre meia lebre
de vermelho com sua colleira de oiro; com todas as honras e privilegios de
fidalgo de nobre linhagem por descender da geração dos Drumond e Pereiras. —
Dada em Lisboa a 12 de março de 1538. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLIV,
fl. 33.
384. BALTHAZAR JoRGE DE VALDEZ,
filho de Ruy Jorge de Valdez e neto de João Jorge de Valdez, que foi fidalgo
muito honrado e do tronco d'esta geração; bem assim o dito Balthazar Jorge de
Valdez descende por parte de sua mãe e avós das linhagens dos Abreus e Costas.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecesso res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro e quarto de vermelho
e um elefante de sua côr com os pés, mãos e dentes de prata e sobre ele uma
torre de madeira de sua côr, com as silhas de prata; o segundo tambem de
vermelho com seis costas de prata em faxa de tres em tres, e por diferença uma
flor de liz de oiro, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata
e vermelho, e por timbre dois dentes de elefante de prata em aspa, com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender das ditas ge lº? — Dada em Evora
a 3 de dezembro de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. x, . 179.
385, BALTHAZAR DE SAMPAIO,
cavalleiro, morador em Cintra, filho de Affonso Fer nandes de Sampaio, neto de
Ruy de Sampaio, fidalgo da casa real, bisneto de Ruy Lopes de Sampaio, outrosim
fidalgo da casa real e do verdadeiro tronco desta geração. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: —
Escudo de campo esquartelado; o primeiro de oiro e uma aguia de purpura estendida;
o segundo enxaquetado de oiro e preto e uma bordadura de vermelho cheia de —SS
— de prata, e por diferença uma flor de liz de oiro na bordadura e dois terços
de filete preto em contrabanda, elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro e de purpura, e por timbre a aguia enxaquetada no corpo de
oiro; com todas as honras de fi dalgo por descender da geração e linhagem dos
de Sampaio. —Dada em Almeirim a 8 de março de 1541. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. XXXIV, fl. 20.
386. D. BARBARA MARIA Do CAsTELLo
DELA A GE, filha de Francisco Delaage, ca valeiro professo na ordem de Christo,
cavalleiro fidalgo da casa real, familiar do Santo Oficio, oficial da
Secretaria de estado dos negocios da marinha e dominios ultramarinos, e de sua
mulher D. Felicia Rosa do Castello Nogueira, irmã de João de Mello Nogueira,
sargento-mór, governador da ilha de S. Filippe do Fogo, a quem se passou brazão
de ar mas aos 18 de novembro de 1789, com as de Nogueiras, Figueiredos,
Castellos e Mellos; neta por parte paterna de Manuel Paulo Delaage, e de sua
mulher D. Thereza Josepha Delaage, e por parte materna de Antonio José
Nogueira, cavalleiro professo na ordem de Christo, e familiar do Santo Oficio,
e de sua mulher D. Isabel Jacinta do Castello; bis neta por seu avô materno de
Domingos Nogueira Cardoso, e de sua mulher D. Joanna Baptista Pontes, e por sua
avó tambem materna bisneta de Pedro Barbosa e Figueiredo, e de sua mulher D.
Anna Michaela Archangela da Fonseca. Uma lisonja partida em pala; a primeira de
prata lisa, e a segunda esquartelada; n0 primeiro quartel as armas dos
Nogueiras, no segundo as dos Figueiredos, no terceiro as dos Castellos, e no
quarto as dos Mellos. — Br. p. a 29 de outubro de 1800. Reg. n0 Cart. da N.,
liv. VI, fl. 141 V. (C. C.)
387. BARTHOLoMEU FERNANDES DE
PADILHA, escudeiro da casa real. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede
o seguinte brazão de seus antecess0 res: — Escudo de campo de prata com tres
pás de preto, em pala, e por diferença uma brica azul, elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de prata e preto e por tim bre uma meia aguia
preta, estendida; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração dos Padilhas do reino de Castella. — Dada em Lisboa a 30 de abril de
1530. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LII, fl. 66.
388. BART HOLoMEU FERRAz. Carta
pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecess0
res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de vermelho com cinco vieiras
de oiro, em quina, e assim o contrario; o segundo de azul semeado de flores de
liz de oiro, o por timbre um chapeo preto com uma vieira de oiro, elmo de prata
aberto, paquife de oito e vermelho; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender dos Velhos e do infante Richarte que foi filho de el-rei
de França, pae de D. Froreca, que foi casada com Affonso Lourenço de Lacões,
vice-rei de Galliza e d'Entre Douro e Minho. - Dada em Lisboa a 10 de dezembro
de 1516 (?). Reg. na Chanc. de D. João III, liv, L, fl. 66 v.
389. BARTHoloMEU DE GAMBoA E LIz,
professo na ordem de Christo, cavaleiro fi dalgo da casa real, capitão-mór da
villa da Arruda, e coronel aggregado ao regimento de milicias de Soure; filho
do capitão-mór Antonio Theodoro de Gamboa e Liz, professo na ordem de Christo,
e cavalleiro fidalgo da casa real, a quem se passou brazão de armas a 10 de
fevereiro de 1778, e de sua mulher D. Maria Rita do Quintal Souto-maior; neto
paterno de Bartholomeu de Gamboa e Liz, cavaleiro fidalgo da casa real, e de
sua mu lher D. Caetana Maria Ignacia de Figueiredo; segundo neto de Antonio de
Gamboa e Liz, cavaleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Clara de
Azevedo; segundo neto tam Domingos Teixeira, e de D. Maria do Espirito-Santo.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Liz, e na segunda as dos
Gamboas. — Br. p. a 8 de agosto de 1816. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl.
352. (C. C.)
390. BARTHoloMEU JUGE, natural da
villa de Torres-novas, filho de Bartholomeu Juge, e de sua mulher D. Maria
Juge, a quem se passou brazão de armas aos 29 de abril de 1795, com as armas de
Cabreiras; neto pela parte paterna de Joaquim Juge, e de sua mulher Maria
Guedes Trante; neto pela parte materna de José Rossó, e de sua mulher D. Maria
Garcia; bisneto de José Garcia, e de sua mulher Sebastiana Cabreira. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Guedes, e na segunda as dos
Cabreiras. — Br. p. a 18 de maio de 1795. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. }'c
(C. C.)
391. BARTHo LoMEU Dos MARTYRES
DIAS E SousA, do conselho de sua magestade, bacharel formado na faculdade de
Canones, director e secretario geral aposentado do Mi nisterio dos negocios
ecclesiasticos e de justiça, commendador da ordem de Nossa Se nhora da
Conceição de Villa-viçosa, e da de Sant'Iago da Espada, cavaleiro da antiga e
" * ordem da Torre e Espada do valor, lealdade e merito, e fidalgo
cavalleiro 3 C3S3 I'931. (M. N.)—Por alv. de 2 de julho de 1870. V. no I. H.
Bartholomeu dos Martyres.
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Machados, no segundo as
dos Marinhos, no terceiro as dos Moreiras, e no quarto as dos Ferreiras. — Br.
p. a 3 de outubro de 1806. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 151. (C. C.)
393, BAs TIÃo MENDEs DE AZEVED o
", cavalleiro fidalgo da casa real, filho de Manuel Mendes de Tanger, e de
Joanna de Azevedo. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede a mesma graça
que el-rei D. Manuel fez a seu pae, não só do appelido de Tanger, mas do
seguinte brazão de armas: — Escudo de campo azul e uma porta com duas torres de
prata lavradas e com as frestas de preto e o pé do escudo de vermelho, e n'elle
uma cabeça de moiro toucada de prata cortada em sangue, e tres lanças em pala
com roquete, e por diferença uma flor de liz de oiro, elmo de prata serrado
guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, timbre a mesma cabeça; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da linhagem dos de
Tanger. — Dada em Lisboa a 8 de fevereiro de 1538. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. XLIV, fl. 13 v.
394. BELCHIoR BoR GEs, natural de
Carvalhaes, termo da villa de Oliveira, filho de Gaspar Borges. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas dos seus
antecessores: — Escudo de campo vermelho com um leão de oiro com uma bordadura 1 Só tem Bastiam; e fazem estas armas alguma
diferença d'aquelas que foram dadas a seu pae. de azul semeada de flores de liz
de oiro, e por diferença uma meia brica de prata com um — B — preto, elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre o
mesmo leão com uma das flores de liz sobre a cabeça; com todas as hon ras de
fidalgo por descender da linhagem e geração dos Borges, que eram fidalgos.—Dada
em Evora a 20 de fevereiro de 1535. Reg, na Chanc. de D. João III, liv. x, fl.
27.
395. BELCHIOR DE PROENÇA,
escudeiro fidalgo do cardeal D. Henrique, e guarda roupa do principe de
Piamonte, filho de Luiz de Proença, natural da Guarda, neto de Antão Luiz de
Proença, bisneto de Alvaro de Proença, todos fidalgos do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecess0 res: — Escudo de campo partido em pala; a primeira de verde com uma
aguia de preto de duas cabeças armada de oiro; a segunda de azul com cinco
flores de liz de oiro, em aspa, e por diferença um trifolio de oiro picado de
vermelho, elmo de prata aberto guar necido de oiro, paquife de oiro e azul, e por
timbre meia aguia dos peitos para cima, de uma cabeça; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração e li nhagem dos Proenças. —
Dada em Lisboa a 19 de julho de 1542. Reg. na Chanc. de D. João III, liv.
XXXII, fl. 64.
396. BELCHIoR DE Sov ERAL DA
BARBUDA, morador em Lisboa, filho de Fernão da Barbuda, neto de Diogo Gonçalves
da Barbuda, e bisneto de Lourenço Esteves da Barbuda que foi fidalgo da casa de
el-rei D. Duarte, e do tronco desta geração. Carta pela qual el-rei D. João III
lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo de oiro
com nove lisonjas de veiros em tres palas, e por dife rença um crescente
vermelho, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, azul e
preto, e por timbre meio galgo preto entre duas pennas de pavão; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos de Barbuda. — Dada
em Lis boa a 4 de junho de 1550. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. Iv de
Privilegios, fl. 4.
397. BELCHIoR VIEIRA, cavalleiro
da ordem de Christo, morador nas partes da India. Carta pela qual el-rei D.
Filippe I o armou cavalleiro e lhe concede e a seus descen dentes o appellido
de Tarnate, e o seguinte brazão de armas: — Escudo de campo ver melho com um
baluarte de prata, sem portas, lavrado de preto, apparecendo dentro d'elle um
braço vestido de malha com uma espada nua na mão com o cabo de oiro, e ao pé do
baluarte uma cabeça de moiro foteada de prata; elmo de prata serrado guarnecido
de oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre o dito braço com a cabeça
pela fota, pe los serviços por elle prestados em guerra com os moiros. — Dada
em Lisboa a 2 de março de 1584. (M. N.) Reg. na Chanc. de D. Filippe I, liv.
IV, fl. 169.
398. BELCHIoR VIEIRA ARNA o,
natural de Miranda, bispado de Coimbra, filho de Balthasar Vieira Arnao, neto
de Diogo Arnao, e bisneto de Lançarote Arnao. Carta pela qual el-rei D. João
III lhe concede o seguinte brazão de seus antecess0 res: — Escudo de campo de
prata com seis leões pretos rompentes em duas palas, e por diferença uma flor
de liz azul, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e preto,
e por timbre um dos leões das armas; com todas as honras e privilegios de fi
dalgo por descender da geração dos Arnaos. — Dada em Lisboa a 13 de dezembro de
1554. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. III de Privilegios, fl. 128.
399. BENoco AMA DoR, filho de
Nicolau Amador, e neto de Amonto Amador, fidalgos e dos mais honrados da cidade
de Florença, que governavam a dita cidade. Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe
concede e a seus descendentes o seguinte bra zão de seus antecessores : —
Escudo tralado, o campo azul, e uma banda do mesmo en tre duas cotiças de prata
e a banda veirada do primeiro e o veirado repartido de um fi0 as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Amadores. — Dada
em Lisboa a 25 de abril de 1514. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. XI, fl. 62,
e liv. VI de Mist., fl. 129.
400. BENTo ALVARES FERREIRA,
cavalleiro da Ordem de Christo, bacharel formado na faculdade de canones, major
da praça de Chaves, condecorado com a cruz de campa nha peninsular, e medalha
transmontana; filho de Antonio José Ferreira, e de sua mulher D. Maria José
Gomes Garcia; neto paterno de Manuel Alvares Ferreira, e de D. Maria Alvares
Ferreira, e materno de João Gomes Garcia, e de sua mulher D. Maria Gomes
Garcia. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Alvares, no
segundo as dos Ferreiras, no terceiro as dos Gomes, e no quarto as dos Garcias.
— Br. p. a 1 de de zembro de 1823. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 101 v.
401. BENTo BANDEIRA DE MELLo,
professo na ordem de Christo, cavalleiro fidalgo da casa real, capitão-mór, e
escrivão proprietario da real fazenda e Alfandega da cidade da Parahiba do
norte, d’onde é natural e morador; filho de Hyppolito Bandeira de Mello, que
teve o mesmo fôro, e de sua mulher D. Antonia da Conceição Velloso; neto pela
parte paterna de Bento Bandeira de Mello, que teve o dito fôro e de sua mulher
e sobrinha D. Isabel Bandeira de Mello; bisneto do capitão-mór Hyppolito
Bandeira de Mello, que tambem teve o mesmo fôro; e de sua mulher D. Maria da
Conceição; terceiro neto do capitão Bento Bandeira de Mello, fidalgo da casa
real, a quem pelos serviços na guerra de Pernambuco contra os hollandezes, foi
dada por premio a propriedade do oficio de escrivão da real fazenda, e da
Alfandega da dita capitania, e de sua mulher D. Antonia Barbosa; quarto neto de
Antonio Malheiro de Mello, tambem fidalgo da casa real, e de sua mulher D.
Clara de Azevedo, filha de Mattheus de Freitas de Azevedo, fidalgo da casa
real, e alcaide-mór da cidade de Olinda; quinto neto de Pedro Bandeira de
Mello, irmão de Filippe Bandeira de Mello, e ambos foram para Pernambuco em
companhia de seu donatario Duarte Pereira; sexto neto de Sebastião Pires de
Louredo, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Brites Bandeira de Mello;
setimo neto de João Rodrigues Ma lheiro, fidalgo da casa real, e de sua mulher
D. Filippa Bandeira, filha de Gonçalo Pires Bandeira, que foi o primeiro a quem
foi dado o appellido de Bandeira, pela grande fa çanha que obrou na batalha de
Toro, recuperando o estandarte que se achava em poder do inimigo, sendo o dito
genro, fidalgo muito illustre, por ser filho de João Malheiro de Ponte de Lima,
e de sua mulher Guiomar de Mello, filha de Fernando de Mello, filho de D.
Rodrigo de Mello, commendador de Pombeiro; e por parte materna neto de Antonio
Borges da Fonseca, que foi do regimento de infanteria de Olinda, e governador
da capi tania da Parahiba, e de sua mulher D. Joanna Cypriana de Miranda
Henriques; bisneto de Francisco Coelho da Fonseca, almoxarife da real casa de
Bragança, e de sua mulher D. Maria da Fonseca Velloso; terceiro neto de
Francisco Coelho, e de sua mulher Isabel da Fonseca Pinheiro, irmãos de Manuel
Pinheiro da Fonseca, instituidor do morgado de Nossa Senhora do Pilar de
Arneiros, sendo a referida D. Joanna Cypriana de Miranda Henriques, avó do
supplicante, filha de Luiz Lobo de Albertin, fidalgo da casa real, e professo
na ordem do Christo, e de sua mulher D. Violante de Miranda Henriques; neto por
parte paterna de Pedro Lelon de Lence, fidalgo de Anvers, professo na ordem de
Christo, e mestre de campo de infanteria do terço de Olinda, e de sua mulher D.
Joanna de Albertin; e por parte materna neta de João Valsien, fidalgo alemão, e
de sua mulher D. Antonia de Miranda Henriques, filha de Henrique Henriques de
Miranda, tenente ge neral da artilheria do reino, e provedor dos armazens, irmã
de D. Frei Aleixo de Miranda Henriques, bispo de Miranda, e depois do Porto. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Bandeiras, no segundo as
dos Mattos, no terceiro as dos Limas, e no quarto as dos Cunhas. — Br. p. a 28
de julho de 1797. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 207. (C. C.)
402. BENTo CARNEIRO DE MENDoNÇA LoBo, morador
na villa de Barcellos; filho legitimo de Antonio Carneiro de Mesquita, e de sua
mulher Marianna Carneiro de Barros; neto pela parte paterna de João Carneiro do
Amaral, e de sua mulher Maria Gomes Leitão; e por esta, bisneto de Antonio de
Campos Coelho; terceiro neto de Jeronymo de Mesquita e Mendonça; quarto neto de
Antonio de Campos Coelho; quinto neto de Luiz Coelho de Campos; e sexto neto de
Luiz Lourenço Coelho, senhor que foi da casa e prazo de Barbeita; e pela
materna neto de Francisco Carneiro de Barros, e de sua mu lher Maria Pinbeiro
de Faria, filha de Antonio Lobo de Faria. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Carneiros, no segundo as dos Mendonças, no terceiro as dos
Mesquitas, e no quarto as dos Barros. — Br. p. a 28 de janeiro de 1768. Reg. no
Cart. da N., liv. I, fl. 66. (C. C.)
403. BENTo CoELHO FERRAZ, filho
de Bento Coelho Ferraz, e de sua mulher Ma ríanna Theresa de Oliveira; neto
pela parte paterna de Pedro Coelho Ferraz, e de sua mulher Ignacia Pinto,
bisneto de outro Pedro Coelho Ferraz, e de sua mulher Engracia Lopes; e pela
materna neto de Francisco de Oliveira, e de sua mulher Marianna de Araujo
Pereira. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Coelhos, e na
segunda as dos Ferrazes. — Br. p. a 27 de julho de 1773. Reg, no Cart. da N.,
liv. I, fl. 203 v. (C. C.)
404. BENTO DA CostA PEIxoto
SoAREs CoELHo, morador na sua quinta de Cortes, freguezia de S. Martinho de
Armil, concelho de Monte-longo, comarca de Gui marães; filho de Manuel da Costa
Peixoto, e de sua mulher D. Marianna Soares Coelh0. As armas dos Costas,
Peixotos, Soares, e Coelhos. — Br. p. a 5 de maio de 1753. Reg. no Cart. da N.,
liv. particluar, fl. 55 v. (C. C.)
405. BENTo FERREIRA CAs
TEL-BRANCo VELLEs E BRITo, natural do logar de Al malagues; filho de José
Ferreira Velles e Brito, e de sua mulher D. Maria Teixeira de Moraes da
Fonseca; neto paterno de Manuel Ferreira de Brito, e de sua mulher D. Maria
Josepha de Castel-branco Neto Velles, filha de Antonio Neto Velles, e de sua
mulher D. Marianna Caldeira de Campos e Castel-branco; bisneto do doutor Manuel
Ferreira de Brito, natural da cidade de Coimbra, descendente dos morgados de
Santo Estevão, de Beja, e de sua mulher D. Marianna da Cruz Monteiro; neto
materno de Manuel Luiz Pereira, e de sua mulher Catharina Teixeira de Moraes,
filha do capitão Christovão de Moraes Gonzaga da Fonseca, e de sua mulher
Catharina Teixeira. As armas dos Ferreiras, Britos, Pereiras e Teixeiras, — Br.
p. a 25 de junho de 1760. Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 127 v. (C.
C.)
406. BENTo FREIRE DE CARVALHO E
FIGUEIREDo, cavaleiro da ordem de S. Bento de Aviz, capitão tenente da real
armada, e delegado da superintendencia geral dos comº trabandos e reaes
direitos no porto da villa da Ericeira; filho de Ayres Antonio Antunes Freire
de Figueiredo, bacharel formado em canones pela Universidade de Coimbra, e
mordomo de Freixede pela mesma Universidade, e de sua mulher D. Maria Joaquina
Se queira de Carvalho; neto paterno do doutor Luiz Antunes de Figueiredo, e de
sua mu da ordem de Christo e lente de prima, da faculdade de medicina na
referida Universidade; neto materno de Manuel Luiz Sequeira, e de sua mulher D.
Rosa Joaquina Sequeira de Carvalho. Um escudo partido em pala; na primeira as
armas dos Freires, e na segunda as dos Carvalhos. — Br. p. a 10 de maio de
1819. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, } # (C. C.)
407. BENTo GARCIA GALVÃO DE HAR o
FARINHA (Tenente), natural da cidade de Santa Maria de Belem, do Grão-Pará;
filho do capitão José Garcia Galvão de Haro Fari nha, a quem se passou brazão
de armas aos 17 de julho de 1778, e de sua mulher D. Anna Joaquina do Porto
Freire; neto por parte paterna de Diogo Garcia Galvão, e de D. Francisca
Josepha Michaela de Haro Farinha, e por esta bisneto de Rodrigo de Haro
Farinha, fidalgo da casa real, terceiro neto de Pedro Sanches Farinha. Um
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Sanches, no
segundo as dos Haros, e no terceiro as dos Farinhas. — Br. p. a 12 de outubro
de 1798. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 51 v. (C. C.)
408. BENTO JosÉ DE ALMEIDA Lobo, cavaleiro
professo na ordem de Christo, mo rador na cidade de Loanda, reino de Angola, e
n’ella capitão da fortaleza de S. Pedro Gonçalves, da Marinha; filho do capitão
Caetano da Silva Pereira, e de D. Theodosia de Sousa de Almeida Lobo, natural
da villa de Basto, arcebispado da cidade de Braga. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Silvas, no se gundo as dos Pereiras, e
no terceiro as dos Almeidas. — Br. p. a 10 de junho de 1769. Reg. no Cart. da
N., liv I, fl. 98 v. (C. C.)
409. BENTo JosÉ Do AMARAL,
cavaleiro professo na ordem de Christo, corregedor actual da comarca de Viseu,
com predicamento de primeiro banco, natural da villa de Mangualde; filho de
Melchior do Amaral, desembargador da Relação do Porto, e de D. Agueda Maria
Saraiva; neto pela parte paterna de Manuel do Amaral, e de sua mu lher D.
Antonia do Amaral; bisneto de Paulo Osorio do Amaral, e de D. Maria Paes, e de
Domingos Lopes, e de Maria do Amaral; e pela parte materna neto do doutor Lou
renço Saraiva da Silveira, e de D. Maria da Costa; bisneto de José Saraiva da
Silveira, e sobrinho do inquisidor Manuel Saraiva da Silveira, irmão do seu avô
materno. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Amaraes, e na
segunda as dos Saraivas. — Br. p. a 7 de novembro de 1783. Reg. no Cart. da N.,
liv III, fl. 111 v. (C. C.)
410. BENTo JosÉ CoRREA DE MELLo,
natural da capitania de Pernambuco, e fami liar do Santo Oficio da inquisição
d'esta côrte; filho de José Fernandes de Araujo, senhor do engenho de Jagouré,
e de D. Anna Correa de Mello; neto paterno do capitão Agosti nho de Aguiar de
Castro, e de sua mulher D. Antonia Correa de Almeida, e materno do capitão
Antonio de Sousa Valle, e de sua mulher D. Josepha de Sousa e Mello. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Castros, no segundo as dos
Correas, no terceiro as dos Valles, e no quarto as dos Mellos. — Br. p. a 5 de
abril de 1806. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 126 v. (C. C.)
411. BENTo JosÉ FREIRE DE FARIA
SE QUEIRA GIADA, capitão-mór, e morador em Villa-cova de Sub-avô, da ouvidoria
de Arganil; filho de Luiz Marques de Sequeira, tambem capitão-mór da dita
villa, e de D. Engracia Freire de Faria Giada; neto pela parte paterna de Simão
Marques, e de D. Agueda Nunes, parentes muito proximos do desembargador Luiz da
Costa e Faria, e Manuel Homem Freire, pessoas nobres e quali ficadas; e pela
parte materna neto do dr. Simão Marques da Costa Coelho, ouvidor na villa de
Arganil, e de sua mulher D. Maria Michaela Freire de Faria Giada, descendente
de João Alves Freire de Faria Giada, provedor em Castello-branco. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sequeiras, no segundo as dos
Costas, no terceiro as dos Coelhos, e no quarto as dos Freires. — Br. p. a 8 de
janeiro de 1785. Reg, no Cart. da N., liv. III, fl. 183. (C. C.)
412. BENTo JosÉ VEL Loso TEIXEIRA
(Doutor), natural da cidade de Coimbra; fi lho do doutor Miguel Teixeira
Rebello, e de sua mulher Escolastica de S. Bento Velloso; neto paterno de
Domingos Teixeira Rebello, e de sua mulher Anna Francisca Teixeira; bisneto do
licenciado Domingos Teixeira Rebello, filho de Domingos Rebello, e de sua
mulher Maria Teixeira Rebello. As armas dos Teixeiras, Vellosos, e Rebellos. —
Br. p. a 17 de março de 1751. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 15. (C.
C.)
413. BENTo MANUEL DOMINGUES
DUARTE, filho de Antonio Domingues Duarte, e de sua mulher D. Rosa Maria
Domingues Duarte; neto paterno de Antonio Domingues Duarte, e de sua mulher D.
Margarida Domingues Duarte, e materno de Manuel José Mendes, e de sua mulher D.
Domingas Francisca Mendes, Um escudo com as armas dos Mendes. — Br. p. a 20 de
junho de 1853. Reg, no Cart. da N., liv. VII, fl. 364. (C. C.)
414. BENTo MARIA DE BRITo HoMEM
FERREIRA TAB o RDA, moço fidalgo da casa real. Um escudo esquartelado com as
armas que lhe foram concedidas por alvará de 28 de abril de 1865, e a seu irmão
Nuno Augusto de Brito Homem Ferreira Taborda. — (M.N.) Br. p. a 13 de abril de
1866. Reg, no Cart. da N., liv. Ix, fl. 99. V. no I. H. Ferreira Taborda. (C.
C.)
416. BENTo PEREIRA DA SILVA E
MENEZEs Sou To-MAIoR, tenente de infanteria que foi na guerra proxima passada,
morador na sua quinta do Carvalhal, freguezia de S. Mamede de Recezinhos,
concelho da villa de Santa Cruz de Riba-Tamega; filho natural fi dalgo da casa
real; neto de Rodrigo Pereira Souto-maior, alcaide-mór, e governador que foi da
dita villa, coronel de um regimento da provincia do Minho, senhor do conhecido
Solar da Torre e Casa-branca do Paço de Barbeita, commendador de S. Pedro
Damião de Azere, na ordem de Christo, e fidalgo da casa real. As armas dos
Pereiras, Silvas, Menezes, e Souto-maiores. — Br. p. a 22 de março de 1758.
Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 114. C. C.) (C. C.
418. BENTO DA ROCHA PIMENTEL,
filho de André Martins da Rocha e de Maria de Araujo; neto paterno de Diogo
Martins e de Ignez da Rocha; bisneto de Martinho Gon çalves e de Maria
Pimentel; tresneto de João Pimentel Pereira, fidalgo da casa real, e de D.
Joanna da Rocha; quarto neto de D. Gomes da Rocha, commendatario que foi de Pom
beiro; neto materno do licenciado Bartholomou Afonso (que era irmão do doutor
Gonçalo Affonso, conego da Sé de Braga), e de Martha Fernandes de Araujo;
bisneto de Fernão Velho de Araujo e de Maria Fernandes; e o dito Bartholomeu
Affonso foi filho de Affonso Annes e de Isabel Carvalha, os quaes foram todos
muito nobres. Carta pela qual el-rei D. João IV lhe concede o seguinte brazão
de seus antecessores: — Escudo esquartelado; o primeiro e quarto quarteis dos
Pimenteis, que são esquartela dos o primeiro de oiro, com tres faxas
sanguineas; o segundo de verde, com cinco vieiras de prata, em aspa, riscadas
de preto, e uma pala de prata com oito aspas vermelhas, e assim os contrarios;
o segundo e terceiro dos Araujos, de campo de prata atravessado com uma aspa
azul, e n’ella cinco besantes de oiro, e por diferença um trifolio verde; elmo
de prata aberto guarnecido de oiro, paquife dos proprios metaes e côres das
armas, e por timbre meio touro sanguineo com os paus de oiro, e uma das vieiras
das armas na testa; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender
das ditas gerações. — Dada em Lisboa a 27 de maio de 1649. Reg. na Chanc. de D.
João IV, liv. XV, fl. 207.
420. BENTO SODRÉ PEBEIRA, natural
do Rio de Janeiro, sargento-mór reformado das ordenanças da cidade de
Ponta-delgada da ilha de S. Miguel, filho de Francisco Tavares França, alferes
de cavallaria no regimento de Minas, e de D. Isabel Narcisa Sodré; neto paterno
do capitão João de Sousa Cnbral, e de sua mulher D. Maria Tavares França, e
materno de Agostinho de Lemos Rangel, sargento-mór de milicias da cidade do Rio
de Janeiro, e de sua mulher D. Isabel Sodré Pereira, filha unica de Duarte
Sodré Pereira, que teve o fôro de moço fidalgo. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Sodrés, e na segunda as dos Pereiras. — Br. p. a 12 de
outubro de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 35 v. (C. C.)
421. BENTo TEIXEIRA ALVAREs (Bacharel), filho de Gervasio Teixeira Alvares, e de sua mulher Feliciana Alvares; neto paterno de Antonio Teixeira Alvares, e de sua mulher Ignacia Teixeira, e materno de Gonçalo João, e de sua mulher Benta Pinheiro. As armas dos Teixeiras, e Pinheiros. — Br. p. a 10 de março de 1753. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 49 v. (C. C.)
424. BENT o XUZIR DE OLIVEIRA
(Bacharel), cavalleiro professo na ordem de Christo, juiz de fora das villas de
Castello-novo e Alpedrinha, natural da villa de Maçam, comarca de Thomar; filho
de Marcos de Oliveira, e de sua mulher Catharina Guifoa; neto paterno de José
Correa de Fontes, e de sua mulher Margarida Pereira de Oliveira, todos naturaes
e moradores na dita Villa. As armas dos Correas, e Oliveiras. — Br. p. a 12 de
fevereiro de 1760. Reg. n0 Cart. da N., liv. particular, fl. 125 v. (C. C.)
425. BERNARDINO ANTONIO DE FARIA
E BARRos (Doutor), cavaleiro professo na ordem de Christo, corregedor de
Setubal; filho de Antonio Dias Barros e de D. Francisca Caetana das Chagas e
Faria; neto pela parte materna de Manuel de Faria Santos, e de sua mulher D.
Ignacia Maria; o qual seu avô era legitimo descendente da nobre familia dos
Farias da Castanheira, e Salvaterra de Magos, onde viveram os seus ascendentes
dos brazão com as armas da dita familia em 18 de dezembro de 1745. Um escudo
com as armas dos Farias. — Br. p. a 22 de agosto de 1780. Reg. no Cart. da N.,
liv. II, fl. 248. (C. C.)
426. BERNARD1No ANToN1o TEIXEIRA
VAz PINTo, capitão-mór das ordenanças do concelho de Arouca; filho do doutor
Gaspar José Teixeira Pinto, e de sua mulher D. Luiza Thereza Angelica Brandão;
neto paterno de Manuel Teixeira José, e de sua mulher D. Ma ria Thereza Clara,
e materno do doutor Domingos Ferreira Brandão, e de sua mulher An tonia de
Pinho. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Teixeiras, na
segunda as dos Pintos. — Br. p. a 19 de junho de 1819. Reg, no Cart. da N.,
liv. VIII, fl. 40. ) • (C. C.)
427. BERNARDINo ANTONIO TEIXEIRA
VAz PINTo, capitão-mór das ordenanças do concelho de Arouca; filho do doutor
Gaspar José Teixeira Pinto, e de sua mulher D. Luiza Thereza Angelica Brandão;
neto paterno de Manuel Teixeira, e de sua mulher D. Maria Thereza Clara;
bisneto do capitão Manuel Teixeira Barbosa de Escovar, e de sua mulher D. Maria
Barbosa de Ataide; bisneto por sua avó a referida D. Maria Thereza Clara, de
Manuel Pinto da Fonseca, e de sua mulher D. Jeronyma Vaz; terceiro neto de Luiz
Pinto da Fonseca, e de sua mulher D. Maria de Miranda; neto materno do doutor
Domingos Fernandes Ferreira, e de sua mulher D. Antonia de Pinho Brandão;
bisneto de João Bran dão, e de sua mulher D. Luiza Ferreira; bisneto tambem por
sua avó D. Antonia de Pinho Brandão, de Manuel Brandão, e de sua mulher D.
Maria de Pinho. Um escudo esquartelado; no primelro quartel as armas dos
Barbosas, no segundo as dos Teixeiras, no terceiro as dos Pintos, e no quarto
as dos Fonsecas. — Br. p. a 21 de janeiro de 1825. Reg. no Cart. da N., liv.
VIII, fl. 128 v. (C, C.)
Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Machados, na segunda as dos
Vieiras, — Br. p. a 27 de agosto de 1801. Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl.
175. (C. C.)
429.
BERNARDINO HENRIQUES DE ORNELLAS VASCONCELLOS
(Capitão), natural da cidade do Funchal, na ilha da Madeira; filho primogenito
do capitão Manuel Henriques de Oliveira, familiar do Santo Oficio, e de sua
mulher D. Maria Antonia Galhardo de Ornel las e Vasconcellos, administradora do
morgado instituido por D. Catharina Galhardo no anno de 1538; neto pela parte
paterna de Antonio de Oliveira, e de sua mulher D. Clara Oytana, e pela materna
de Antonio Gomes da Costa Leal, e de sua mulher D. Maria Or nellas de
Vasconcellos, esta filha de Diogo Ferreira de Novaes Dormundo, e de sua mu lher
D. Maria de Ornellas e Vasconcellos; neto pela parte paterna de Francisco
Dormundo de Novaes, que era terceiro neto de Belchior Gonçalves Ferreira, e de
sua mulher D. Branca Afonso Dormundo, elle descendente dos Ferreiras, porteiros-móres,
que foram neste reino, e ela dos senhores de Escobar, no reino de Escocia; e
pela parte materna era neta a mesma D. Maria de Ornellas e Vasconcellos de
Gaspar de Abreu, bisneto de Alvaro de Ornellas Saavedra, a quem se passou
brazão de armas no anno de 1513, Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Ornellas, no segundo as dos Vasconcellos, no terceiro as dos
Dormundos, e no quarto as dos Ferreiras, — Br. p. a 29 de outubro de 1790. Reg.
no Cart. da N., liv. IV, fi. 191 v. (C. C.)
430. BERNARDINO JosÉ DO AMARAL
SousA E NAVAs DE FIGUEIREDo, do logar de Mizarella, termo e comarca de
Linhares; filho de Alexandre de Sousa do Amaral, e de sua mulher D. Anna
Rodrigues; neto pela parte paterna de Gaspar de Sousa do Amaral, e de sua mulher
D. Catharina Navas de Figueiredo, e pela materna de Balthazar Fernan des, e de
sua mulher D. Maria Rodrigues. Um escuda esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Sousas do Prado, no se gundo as dos Amaraes, no terceiro as dos
Navas, e no quarto as dos Figueiredos. — Br. p. a 22 de abril de 1784. Reg. no
Cart. da N., liv. III, fl. 129. C. C.) (C. C.
431. BERNARDINo JosÉ DE CASTRO,
cavalleiro professo na ordem de S. Bento de Aviz, chefe de divisão da real
armada com patente de brigadeiro, e intendente da mari nha da cidade da Bahia;
filho de Francisco José de Castro, e de D. Joaquina Bernarda de Santa Anna;
neto paterno de José Simões Barbosa, e materno de Joaquim José do Couto Quevedo
e Castro, governador de Cabo-verde com patente de coronel. Um escudo com as
armas dos Castros. — Br. p. a 30 de janeiro de 1807. Reg. no Cart. da N., liv.
VII, fl. 158. (C. C.)
432. D. BERNARDINO MADEIRA,
natural da cidade de Cadiz, reino de Castella; filho de Miguel Lopes Madeira, e
de sua mulher D. Catharina Durante; neto pela parte paterna de Belchior Alvares
Madeira, e de sua mulher Catharina de Moraes, e pela materna neto de Pedro
Durante, e de sua mulher D. Catharina Melgarejo. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Madeiras, na segunda as dos Moraes. — Br. p. a 6 de
dezembro de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 43. (C. C.)
433. BERNARDINo DE SENNA
FERNANDEs. — (M.N.) Alvará de 11 de maio de 1871. V. no I. H. Senna Fernandes.
434. BERNARDINO XAVIER DE
QUADRos, filho de Sebastião Xavier, oficial maior da Secretaria do estado da
Índia, e no mesmo varias vezes encarregado dos negocios do mesmo estado nas
côrtes circumvisinhas, e de sua mulher D. Justina de Quadros Pinto; neto
paterno de Ignacio Caetano Xavier Pereira, secretario que foi da capitania
general de Moçambique, e de sua mulher D. Leonor Collaço; e materno de Manuel
Antonio de Quadros Pinto, que foi das ordenanças de Goa, e de sua mulher D.
Francisca Pereira Collaço. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto
quarteis as armas dos Collaços, n0 segundo as dos Quadros, e no terceiro as dos
Pintos. —Br. p. a 28 de dezembro de 1820. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl.
71 v. (C. C.)
435. BERNARDo DE ABREU
CASTEL-BRANco (Bacharel), corregedor da comarca de Guimarães, e natural da
cidade de Viseu; filho do doutor Carlos Antonio de Almeida, e de sua mulher D.
Genoveva Feliciana Guedes de Abreu Castel-branco; neto pela parte Esperança;
neto pela parte materna do doutor Jacinto Lopes Pinheiro, e de sua mulher D.
Michaela Eugenia de Castel-branco; bisneto de José Rebello de Castel-branco;
este filho de Fran cisco Rebello Castel-branco, que militando na campanha de
1642 se distinguiu pelo seu valor; o qual era neto de Domingos Nunes
Castel-branco, que serviu o logar de corre gedor da comarca da villa de Vianna;
sendo egualmente bisneto do doutor Miguel Re bello Castel-branco, que foi
provedor da comarca de Lamego. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Almeidas, no segundo as dos Pinheiros, no terceiro as dos Abreus, e
no quarto as dos Castel-brancos, — Br, p. a 22 de outubro de 1795. Reg. no
Cart. da N., liv. V, fl. 105. (C. C.)
436. BERNARDO ANToNIO DE
ALBUQUERQUE DA SILVA AMARAL, natural da Villa de Mangualde, concelho de Azurara
da Beira, bispado e comarca de Viseu; filho de Ber nardo de Amaral Paes de
Figueiredo, e de sua mulher D. Eugenia Maria de Albuquerque da Silva Cabral;
neto pela parte paterna de Manuel de Amaral e Albuquerque, e de sua mulher D.
Catharina da Fonseca Cabral; esta filha de Simão da Fonseca Paes de Figuei
redo, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Domingas Lopes Cabral; e pela
materna neto de Pedro da Fonseca Cabral, capitão-mór do dito concelho, e de sua
mulher D. Maria de Albuquerque da Silva; elle filho de Manuel da Fonseca Paes
de Figueiredo, e de sua mulher D. Antonia Simões de Figueiredo; e ella filha de
Manuel Lopes Cabral, e de sua mulher D. Isabel da Costa e Albuquerque. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Amaraes, no segundo as
dos Albuquerques, no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos Fonsecas. — Br.
p. a 20 de maio de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 109. (C. C.)
As
armas dos Machados, Fonsecas, Sousas, e Moraes. — Br. p. a 19 de junho de 1756.
Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 97 v. (C. C.)
438. BERNARD o CLAMoUsE,
cavalleiro da ordem de Christo, natural da cidade do Porto; irmão legitimo de
Manuel Clamouse, consul da nação franceza na dita cidade do Porto, a quem o rei
de armas de França, Antonio Maria de Hosier de Serigny, cavaleiro da grande
cruz honorario da ordem de S. Mauricio de Sardenha, passou brazão de armas na
côrte de Paris da familia de Clamouse em 4 de dezembro do anno proximo passado
de 1775, e na mesma côrte foi reconhecido, certificado e legalisado por D.
Vicente de Sousa Coutinho, embaixador do reino de Portugal junto a sua
magestade christianissima, aos nove do dito mez e anno, como n’elle se via que
estava junto á dita sentença, na qual se mostrava que ambos são filhos
legitimos de outro Bernardo Clamouse, consul que tambem foi da nação franceza
na dita cidade do Porto, natural da de Tolosa no dito reino de França, e de sua
mulher D. Genoveva Clamouse. Um escudo com as armas da familia Clamouse. — Br.
p. a 16 de setembro de 1776. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 114. (C. C.)
439. BERNARDO FELIX DE ALMEIDA
VIEIRA DE MoURA, sargento-mór das orde nanças da villa de Serpa, e natural da
mesma villa; filho de João Valente Metello de Al meida, e de D. Margarida
Bernarda Lamprea; neto por parte paterna de Afonso Annes Metello Valente, e de
D. Isabel Vieira de Almeida de Moura; esta filha de Bento de Al meida, moço
fidalgo da casa real, e de D. Brites Pimenta Vieira de Moura; sendo o dito
Bento de Almeida neto do doutor Cid de Almeida, que foi desembargador do Paço,
moço fidalgo da casa real, e conselheiro de estado do conselho supra no tempo
do senhor rei D. Filippe IV de Castella, sendo egualmente reitor da
Universidade de Coimbra nos annos de 1610, 1613 e 1614, conservando o mesmo
foro na pessoa do coronel de cavallaria Damião Borges de Almeida, primo
co-irmão do pae do justificante, por serem ambos netos do dito Bento de
Almeida. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Almeidas,
no segundo as dos Vieiras, e no terceio as dos Mouras—Br. p. a 27 de março de
1801. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 167 v. (C. C.)
440. BERNARDo FERREIRA DE SousA E
LA CERDA MADEIRA, natural do logar e fre guezia de S. Martinho do Chão,
concelho de Lumiares; filho de Simão Ferreira da Costa, e de sua mulher D.
Luiza Carneiro de Sousa e Lacerda; neto pela parte paterna do ca pitão Antonio
Ferreira da Costa Madeira, e de sua mulher D. Maria da Fonseca; bisneto de
Diogo Ferreira Cardoso, filho de outro Diogo Ferreira Cardoso; e pela materna,
é ele supplicante neto de Luiz Carneiro de Sousa e Lacerda, e de sua mulher D.
Angela Maria de Sampayo; bisneto de outro Luiz Carneiro de Sousa, filho de Luiz
de Figueiredo; neto de João de Sequeira e Lacerda; bisneto de Balthazar de
Sequeira Pinto e Sousa, fidalgo da casa real; e terceiro neto de Balthazar
Cardoso, moço da camara do senhor cardeal rei D. Henrique. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Ferreiras, no segundo as dos
Madeiras, no terceiro as dos Sousas, e no quarto as dos Lacerdas. — Br. p. a 8
de fevereiro de 1782. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 42 v. (C. C.)
441. BERNARDO DE FIGUEIRED o MAIo
E LIMA, filho de João de Figueiredo Maio e Lima, administrador dos morgados
instituidos pelo padre Damião Franco Ferreira, e pela parte paterna de Bernardo
de Figueiredo Maio e Lima, capitão-mór da villa de Borba; e de sua mulher D.
Luiza Bernarda Barreto Lima; neto pela parte materna de Christovão Martins, e
de sua mulher D. Josepha Maria Vidigal. Um escudo partido em pala; na primeira
as armas dos Figueiredos, e na segunda as dos Limas. — Br. p. a 8 de agosto de
1795. Reg. no Cart. da N., liv. V, "o79. (C. C.)
442. BERNARDO JosÉ DE AZEVEDo
BoRGEs MoURÃO, da villa e concelho de Mondim de Basto, comarca de Guimarães;
filho de Francisco Borges de Azevedo, e de sua mu lher Prudencia Borges Mourão;
neto por parte paterna de José Gonçalves, e de sua mu lher Paula Loureiro; neto
por parte materna de João Ferreira Mourão, e de sua mulher Maria Borges. Um
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Borges, no
segundo as dos Azevedos, no terceiro as dos Mourões. — Br. p. a 24 de abril de
1765. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 4. (C. C.)
443. BERNARDo José Do CoUTo DA
CosTA FAR o (Doutor), filho do capitão Lourenço do Couto da Costa e Sampaio, e
de sua mulher D. Angela Maria da Annunciação; neto paterno do capitão Antonio
do Couto da Costa e Faro, e de sua mulher D. Maria de Sampaio; bisneto de
Domingos da Costa e Faro, e de sua mulher Maria do Couto da Costa; o qual
Domingos da Costa e Faro era terceiro neto de Henrique da Costa e Faro, fidalgo
da casa real, que, segundo a tradição, vivia nobremente em Lisboa, no reinado
do senhor rei D. Sebastião, d’onde foi degradado para o sobredito concelho de
Azurara por ordem de Filippe I, em razão de não seguir o seu partido, onde
viveu o resto de sua vida, e jaz sepultado na egreja de Povolide, tendo n’ella
sepultura com as armas de sua familia. As armas dos Costas, Sampaios e Coutos.
— Br. p. a 26 de janeiro de 1756. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 94.
(C. C.)
444. BERNARDo JosÉ DE MELLO DA
SILVA PEIXOTO, morador na sua casa de Cas tendo, comarca de Viseu, provincia da
Beira; filho de Bernardo da Silva e Mello Peixoto, e de sua mulher D. Luiza
Cardoso de Almeida Souto-maior; neto por parte paterna de João da Silva Mello
Peixoto, senhor da dita casa de Castendo, morgado do Salgueiral, e grande prazo
denominado das Medas na villa de Guimarães, de cuja casa está o dito sup
plicante de posse; bisneto de Valerio da Silva Pessoa; terceiro neto de João
Peixoto da Silva e Mello, fidalgo cavalleiro da casa real; sendo o referido
supplicante em terceiro grau de consanguinidade parente de João de Mello de
Abreu Pereira, fidalgo da casa real, coronel reformado do regimento de
infanteria de milicias da dita comarca; o qual é so brinho de Francisco de
Albuquerque e Castro, fidalgo, commendador da ordem de Christo, coronel
reformado no dito regimento, de quem foram filhos Luiz de Albuquerque de Mello
e Castro, e João de Albuquerque e Castro, que foram capitães generaes de
Matto-grosso; neto por parte materna de Francisco Cardoso de Almeida
Souto-maior, fidalgo de geração, senhor donatario das jugadas, do Pinheiro e
Praguzelos, termo da cidade de Viseu; sendo este filho de João de Almeida da
Cunha Souto-maior, fidalgo da casa real, Senhor dona tario das mesmas jugadas,
e de sua mulher Maria de Albuquerque Castel-branco, senhora da casa ROris. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Silvas, no segundo as dos
Mellos, no terceiro as dos Peixotos, e no quarto as dos Cardosos. — Br. p. a 11
de dezembro de 1800. — Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl. 151. (C. C)
445. BERNARDo JosÉ TRIGUEIRos
PEREIRA, morador na freguezia de S. Pedro de dois portos, capitão de auxiliares
no termo desta cidade; filho do alferes José Pinheiro de Oliveira, e de sua
mulher D. Marianna Antonia Souto-maior; neto paterno de Pedro Francisco
Pinheiro, e de sua mulher Lourença de Oliveira; bisneto de João Dias, e de sua mulher
Maria dos Santos; neto materno de João Trigueiros Souto-maior administra dor da
capella dos Trigueiros e Semedos, capitão que foi de auxiliares, e de sua
mulher D. Leonor França da Silva; segundo neto de Francisco de Cabreira Semedo,
e de sua mulher D. Luiza Lobo de Lemos e Souto-maior; terceiro neto de João
Trigueiros Pereira, e de sua mulher e prima D. Isabel Trigueiros; quarto neto
de Francisco Pereira Semedo que tirou brazão em 14 de abril de 1592, primo
co-irmão de Sebastião Semedo Triguei ros a quem se passou brazão em 1597, e de
sua mulher D. Isabel Cabreira; quinto neto de Ruy Pereira, e de sua mulher
Francisca Trigueiros; sexto neto de Francisco Pereira Semedo, e de sua mulher
Beatriz Trigueiros, todos descendentes de familias nobres e de fidalgos
conhecidos n’este reino pelo appellido de Trigueiros, procedem de Antonio Tri
gueiros, cavaleiro castelhano, que veiu a este reino com a rainha D. Maria,
segunda mu lher do rei D. Manuel, por seu trinchante; a quem o mesmo rei fez
fidalgo, e a seus fi lhos, e d’elle procedem n’este reino todos os d’este
appellido. As armas dos Pinheiros, Oliveiras, Pereiras e Trigueiros. — Br. p. a
2 de dezembro de 1758. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 119. (C. C.)
446. BERNARD o JosÉ VIEIRA DA
MoTTA, do conselho de sua magestade, fidalgo ca valeiro da casa real,
commendador da ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa viçosa, e
presidente da Relação do Porto; filho de Bernardo José Vieira da Motta, caval
leiro professo na ordem de Sant'Iago, e de sua mulher D. Maria Joanna Nogueira;
neto paterno de Nicolau Vieira da Motta, e de sua mulher D. Marianna Nogueira,
e materno de Gabriel Nogueira, e de sua mulher D. Thereza do Couto. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Mottas, e na segunda as dos
Nogueiras. — Br. p. a 30 de julho de 1851. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl.
348 v. (C. C.)
447. BERNARDo Dos SANTos No
GUEIRA, cavaleiro professo na ordem de Christo, moço da camara do numero,
cavaleiro fidalgo da casa real, provedor dos registos das Contadorias,
thesoureiro da Casa da moeda: filho de Manuel Gonçalves Nogueira, capitão de
mar e guerra que foi das fragatas da corôa, e de sua mulher D. Maria Gonçalves
Pires; neto paterno de Manuel Gonçalves, e de Paula Nogueira; bisneto de Simão
Gonçalves, e de Maria Gaspar, filha de Pedro Jorge de Figueiredo, de quem o
supplicante é terceiro neto, como tambem de Gaspar Gonçalves, e de Domingas
Fernandes; neto materno de Ma nuel Gonçalves, e de Maria Gonçalves; bisneto de
Gonçalo Pires, e de Isabel Gonçalves. As armas dos Gonçalves e Nogueiras. — Br.
p. a 17 de junho de 1754. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 73. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Teixeiras, no segundo as
dos Coutinhos, no terceiro as dos Alvares, e no quarto as dos Carvalhos. — Br.
p. a 28 de setembro de 1790. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 181. C. C.) (C.
C.
449. BERNARD o TEIXEIRA PINTo,
alferes de cavallaria na guarnição da praça de Cha ves, e natural de
Villa-real; filho de Sebastiana Teixeira Pinto, e de seu marido Manuel Correa
de Carvalho, filho de Diniz Lourenço, e de Isabel de Carvalho; neto de Gonçalo
Teixeira Pinto, e de sua mulher D. Maria Taveira; bisneto o mesmo supplicante
de Luiz Teixeira Pinto, e de sua mulher D. Magdalena; terceiro neto de Marcos
Pinto, e de sua mulher Ignez Dias; quarto neto de Beatriz Teixeira, e de seu
marido Ruy Vaz de Meirel les, escudeiro fidalgo, irmã legitima a dita Beatriz
Teixeira de Ayres Pinto Ferreira, com mendador de Anciães, a quem se passou
brazão com as armas dos Teixeiras e Pintos, em 12 de agosto de 1533, e eram
ambos filhos de Francisco Pinto, acclamado o velho, pes Soa nobre d’esta
familia. As armas dos Pintos, Teixeiras, Correas, Taveiras e Meirelles. — Br.
p. a 23 de fe vereiro de 1752. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 34.
(C. C.)
450. BERNARDo TELLEs DE MATTos,
natural da villa de Souzel, negociante de grosso tracto da praça de Estremoz, e
sargento-mór de ordenanças da sagrada religião de Malta; filho do capitão José
Telles Xavier de Mattos, e de sua mulher D. Maria Rosa da Concei ção; neto
paterno de Francisco Xavier Gonçalves, e de sua mulher D. Francisca Maria de
Mattos, e materno de Antonio Mendes de Abreu, e de sua mulher D. Guiomar Maria
Rita. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Telles, e na segunda
as dos Mattos. — Br. p. a 22 de maio de 1827, Reg. no Cart. da N., liv. VIII,
fl. 202. ) (C. C.
451. BoAVENTURA GoNÇALVES RoQUE,
fidalgo cavalleiro da casa real, commendador da ordem de Christo, e
proprietario; filho de Francisco Gonçalves Roque, e de sua mu lher D. Marianna
Gonçalves Roque; neto paterno de Domingos Gonçalves, e de sua mu lher D.
Marianna Gonçalves, e materno de Francisco Gonçalves, e de sua mulher D. Ma
rianna Affonso. Um escudo com as armas dos Gonçalves, — Br. p. a 19 de
fevereiro de 1869. Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 117. (C. C.)
452. BOAVENTURA PEDRO DE CARVALHO
PRosTEs, natural de Setubal, cavalleiro fi dalgo da casa real, moço da real
camara, commendador da ordem de Christo, e cavaleiro da de nossa Senhora da
Conceição de Villa-viçosa; filho de Theotonio Pedro de Carvalho, e de sua
mulher D. Escolastica Peregrina Soares; neto paterno de Manuel Rodrigues de
Carvalho, e de sua mulher D. Anna Maria de Carvalho, e materno de Valentim
Estanislau Soares, e de sua mulher D. Josepha da Esperança Soares. * Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Carvalhos, e na segunda as dos
Soares. — Br. p. a 26 de abril de 1828. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl.
225. (C. C.)
453. BoNIFACIO ANTONIO DE MoURA
CURTO E GOUVEA, da freguezia de Cambres, termo e comarca de Lamego; filho de
Antonio de Moura Curto e Gouvea, e de sua mulher D. Maria Bernarda de S. José e
Fonseca; neto paterno de Santos de Moura Curto, e de sua mulher D. Luiza Maria
de S. José e Gouvea; bisneto pelo mesmo lado de José Rodrigues Curto, e de sua
mulher D. Marinha de Moura. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Mouras, e na segunda as dos Gouveas. — Br. p. a 14 de agosto de 1804. Reg. no
Cart. da N., liv. VII, fl. 93. (C. C.)
454. BRAZ CARNEIRO LEÃo, professo
na ordem de Christo, fidalgo cavalleiro da casa real, coronel do primeiro
regimento de milicias da cidade do Rio de Janeiro, negociante de grosso tracto
da praça da dita cidade, e natural do bispado do Porto; filho do capitão Manuel
Martins Carneiro, e de D. Raphaela Carneiro; neto paterno de João Martins, e de
D. Catharina Carneiro, e materno de Francisco Carneiro, e de D. Luiza Barbosa.
Um escudo com as armas dos Carneiros. — Br. p. a 16 de dezembro de 1802. Reg.
no Cart. da N., liv. VII, fl. 28. (C. C.)
455. BRAz CoRREA, morador em
Mata-mouros, termo de Badajoz, e natural de Por tugal, filho de Tristão
Rodrigues Correa, neto de Ruy Vaz de Penaboa, bisneto de Duarte Vaz Correa de
Castro, os quaes foram fidalgos e do tronco d'esta geração. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecess0 res: —
Escudo de campo fretado de vermelho de grossas cotiças, e por diferença uma
flor de liz verde, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e
vermelho, e por timbre dois braços armados que saem do elmo com as mãos atadas
com uma cor reia vermelha; com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Correas. — Dada em Lisboa a 22 de maio de
1542. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXXII, fl. 48.
456 BRAZ DE EsPINDoLA, morador na
ilha da Madeira, filho de Leonardo de Espin dola, neto de Quirijo de Espindola
e de D. Violante Catanha, e bisneto de Quirijo de ES pindola e de D. Pereta
Catanha, os quaes todos foram fidalgos e do tronco desta geração. Carta pela
qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecess0 res: —
Escudo de campo de oiro e uma faxa enxaquetada de vermelho e prata de tres
peças em pala, e em chefe um ramo de espinhas vermelho florido de verde, e por
dife rença uma estrella azul, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife
de oiro, Ver melho e prata, e por timbre o mesmo ramo de espinhas das armas;
com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos
Espindolas. — Dada em Almeirim a 29 de janeiro de 1572. Reg. na Chanc. de D.
Sebastião, liv. Ix, fl. 287 v.
457. BRAz LUIZ DE FREITAs Don
MoND DE ARAGÃo (Capitão), natural da ilha da Madeira, filho de Antonio de
Aragão e Teive, e de sua mulher D. Marianna Vieira de Sousa; neto paterno de
André de Freitas Dormond, e de sua mulher Archangela Cordeiro de Sampaio, filha
de Jeronymo Cordeiro de Sampaio, e de sua mulher Simoa de Almeida Pereira;
bisneto de Manuel de Freitas Dormond, e de sua mulher Maria de Aragão; ter
ceiro neto de André Afonso Dormond, instituidor da capella de Nossa Senhora da
Piedade do convento de S. Bernardino no logar da Camara de Lobos da dita ilha,
o qual militºu com o dito seu filho na India, e de sua mulher Branca de
Atouguia, filha de Antonio de Aragão e Teive, e de sua mulher Helena de
Atouguia; quarto neto de Gonçalo de Freitºs Dormond, e de sua mulher Beatriz
Lopes, filha de Pedro Lopes Teixeira; quinto neto de João Escorcio Dormond, e
de sua mulher e sobrinha Guiomar de Lordelho, filha de João de Freitas Correa,
fidalgo cavaleiro da casa real, fundador da egreja e collegiada da villa de
Santa-Cruz, e de sua mulher Guiomar de Lordelho, filha de Henrique de Lordelho,
e de sua mulher e tia Guiomar Escorcio; filha de João Escorcio Dormond, e de
sua mulher de sua mulher Isabel Teixeira, filha de Tristão Vaz Teixeira,
primeiro capitão donatario de Machico, e de sua mulher Branca Teixeira : e o
dito João de Freitas Correa, filho de Gonçalo de Freitas, monteiro-mór do
infante D. Fernando, e de sua mulher Maria de Vao lois; sexto neto pela dita
varonia de João Dormond, natural do reino de Escocia, o qual vindo á ilha da
Madeira, n’ella casou na villa de Santa-Cruz com Branca Affonso, irmã d
primeiro vigario da mesma villa, e foi tronco commum das familias de Escorcios
e Dor monds, do qual era filho; quarto neto de João Dormond, senhor de Escobar
no dito reino de Escocia, e irmão da rainha Anna Bella, mulher de el-rei Jacob
de Escocia, de quem descendem os reis de Inglaterra, e na melhor opinião todos
os mais reis e principes da Europa. As armas dos Dormonds, e Aragões. — Br. p.
a 10 de fevereiro de 1751. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 11. (C.
C.)
458. BRAZ MoUTINHo, fidalgo da
casa real, filho de João Moutinho, e neto de Martim Annes Moutinho, ambos
fidalgos e do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul com uma
flor de liz entre quatro cabeças de serpe, tambem azues, cortadas em vermelho,
duas em chefe e duas no pé; elmo de prata aberto guar necido de oiro, paquife
de oiro e azul, e por timbre uma das cabeças do escudo; com to das as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração dos Moutinhos. — Dada #"
Lisboa a 21 de agosto de 1548. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. IV de
Privilegios, . 211 V.
459. BRAZ NETo (Doutor),
desembargador da Casa da supplicação. Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe
concede e a seus descendentes o seguinte bra zão de armas dos seus antecessores
: — Escudo partido em pala, de vermelho e azul, sobretudo um leão de oiro
armado de preto e uma bordadura de oiro com quatro flores de liz de prata
perfiladas de azul, e quatro folhas de figueira antecambadas; elmo de prata
aberto, paquife de oiro e vermelho, e por timbre o mesmo leão com uma folha de figueira
na cabeça; com todas as honras de fidalgo de antiga linhagem, por descender da
nobre geração dos Netos de Salamanca, que nos reinos de Castella são fidalgos.
— Dada em Lisboa a 12 de setembro de 1515. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv.
XI, fl. 124, e liv. VI de Mist., fl. 142.
460. D. BRITES MARIA FELIZARDA DE
CASTRo, natural da villa de Valença do Mi nho, arcebispado de Braga, viuva de
Luiz de Almeida Moraes, negociante de grosso tracto na praça da cidade do
Porto, filha de Luiz de Miranda de Castro, administrador de taba cos, e de sua
mulher D. Marianna de Alvim; neta por parte materna de Francisco Gabriel
Ferreira de Castro, e de sua mulher D. Clara da Fonseca, Uma lisonja partida em
pala; na primeira um campo de prato liso, e na segunda as armas dos Castros. —
Br. p. a 29 de março de 1800. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 121 V. (C. C.)
461. BRUNO ANToN1o CARDoso E
MENEZEs, professo na ordem de Christo, desem bargador, e corregedor da cidade
do Porto e sua comarca, natural da freguezia de S. Tiago de Arcuzello, filho de
Pedro Cardoso e de D. Luiza de Araujo e Menezes, filha de Francisco de Araujo e
Menezes e de D. Marianna Alvares Barbosa; neto o supplicante pela sua varonia
de Domingos Cardoso de Abreu, e de Seraphina de Barros Portuguez; bisneto de
Pedro Cardoso e de Isabel de Abreu; terceiro neto de Manuel Cardoso e de D.
Luiza Pereira; quarto neto de Alvaro Cardoso Borges e de D. Maria Rebello da
Fon seca; quinto neto de Fernão Cardoso de Menezes e de D. Anna Borges. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Cardosos, no segundo as
dos Menezes, no terceiro as dos Araujos, e no quarto as dos Barros. — Br. p. a
8 de maio de 1775. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 60. • (C. C.)
462. BRUNo GRANATE CURvo SEMMEDo,
natural d’esta cidade de Lisboa, filho de An tonio Felix Curvo Semmedo e de D.
Luiza Bernarda Josepha de Faria; neto pela parte pa terna de Pedro Joaquim
Curvo Semmedo e de D. Maria Josepha Granate, e pela materna de Maria de Faria.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Curvos, e na segunda as dos
Farias. — Br. p. a 3 de julho de 1784. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 145.
(C. C.)
463. CAETANO DE ABREU SOAREs DE
Nobo A, morador na villa de Melgaço, filho de Antonio Soares de Noboa, e de sua
mulher D. Margarida Gomes de Abreu, irmã do ca pitão Domingos Gomes de Abreu,
professo na ordem de Christo, que tirou brazão com as armas dos Gomes, Abreus,
Coelhos, e Novaes no anno de 1701, por ser descendente d’estas familias; neto
paterno de João Soares de Noboa, e de sua mulher D. Maria Du rães, filha de
Sebastião Durães, e de sua mulher Maria Rodrigues de Abreu; bisneto de Filippe
Soares, e de sua mulher D. Maria Gonçalves de Noboa; e pela materna neto de
Domingues Gomes de Abreu, e de sua mulher D. Francisca Coelho, filha de Gonçalo
Af fonso Coelho, e de sua mulher Violante de Novaes; bisneto de Domingos de
Azureira, e de sua mulher Maria Gomes, filha de Pedro Gonçalves Besteiros, e de
sua mulher Cecilia Gomes de Abreu. As armas dos Soares, Noboas, Abreus, e
Novaes; Durães, Coelhos, Azureiras, e Bes teiros. — Br. p. em abril de 1751.
Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 15 v. (C. C.)
464. CAETANO ALBERTO DE SEIXAs,
professo na ordem de Christo e primeiro con tador da Junta da real fazenda da
cidade da Bahia de todos os Santos, natural e bapti sado na freguezia de S.
Julião d'esta cidade, filho de João Lourenço de Seixas, e de sua mulher Isidora
Caetana de Jesus; neto por parte paterna de João Lourenço, e de sua mul lher
Maria Gonçalves; neto por parte materna de Mathias Jorge, e de sua mulher Fran
cisca de Jesus. Um escudo com as armas dos Seixas. — Br. p. a 21 de junho de
1802. Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl. 208 v. (C. C.)
465. CAETANO DA Cost A BRANDÃO,
natural da cidade da Bahia de todos os Sant0S, filho de Francisco da Costa
Brandão, e de sua mulher D. Leonor Maria do Nasciment0 e Andrade; neto pela
parte paterna de Domingos Francisco, e de D. Isabel João, e pela materna de
Pedro Ferreira de Andrade e de D. Ursula Maria de S. José. dos Brandões. — Br.
p. a 26 de outubro de 1773. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 211 v. (C. C.)
466. CAETANo DioGo PARREIRAs DA
SILVA CoRRE A CoUTINHO, cavalleiro professo na ordem de Christo, secretario dos
reaes exercitos na provincia do Minho, natural d’esta cidade de Lisboa. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Silvas, no segundo as dos
Coutinhos, no terceiro as dos Correas, e no quarto as dos Silvas. — Br. p. a 10
de março de 1769. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 94. (C. C.)
467. CAETANO FRANCIs Co LUM ACHE
DE MELLO BARRoso DE ALBUQUERQUE, ca valeiro professo na ordem de S. Tiago da
Espada, cadete do regimento de Lisboa, e pro prietario do oficio de escrivão da
mesa grande da Alfandega da cidade de Pernambuco; filho de Jacome Lumache,
capitão do regimento de cavallaria auxiliar da cidade de Per nambuco, e de sua
mulher D. Maria da Conceição de Mello Barroso de Albuquerque; neto paterno de
Caetano Lumache, que occupou os distinctos logares de conselheiro e de
gonfalonier na cidade de Liorne, e de sua mulher D. Catharina Franciali, e materno
de Antonio Gonçalves Barroso, de sua mulher D. Maria da Conceição de Mello e
Albuquerque. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos
Barrosos, no segundo as dos Mellos, e no terceiro as dos Albuquerques. — Br. p.
a 14 de outubro de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 38 v. (C. C.)
468. CAETANO FRANCIs Go SANCHEs,
capitão da companhia dos nobres e privilegia dos da cidade de Faro e seu termo,
morador na dita cidade, filho do capitão Damião Francisco Domingues Grillo, e
de sua mulher D. Feliciana Maria Sanches; neto por parte materna do capitão
Manuel Sanches Maia, e de sua mulher D. Apollonia Rita Domingues; bisneto por
parte paterna do tenente Antonio Rodrigues Grillo, e de sua mulher D. Jacinta
Sanches Maia; bisneto por parte materna do capitão Francisco Lima da Silva, o
de sua mulher D. Antonia da Silveira Grillo. Um escudo, e n'elle as armas dos
Sanches. — Br. p. a 25 de outubro de 1799. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl,
104. (C. C.)
469. CAETANo GoMEs DA CostA,
cavalleiro professo na ordem de Christo, capitão te nente de mar e guerra da
armada da corôa no estado da India, natural da praça de Da mão do mesmo estado;
filho de João Gomes da Costa, capitão de mar e guerra, e chefe da marinha da
cidade de Goa, e de sua mulher D. Josepha Maria Caetana de Freitas; neto pela
parte paterna de Manuel Gomes da Costa, e pela materna de José Brandão de
Sousa, que muitos annos foi almoxarife da praça de Diu. Um escudo esquartelado;
no primeiro e quarto quarteis as armas dos Gomes, no se gundo as dos Costas, e
no terceiro as dos Freitas. — Br. p. a 4 de janeiro de 1781. Reg. no Cart. da
N., liv. II, fl. 257. (C. C.)
470. CAETANo JosÉ DE ALMEIDA
(Capitão), natural da villa de S. João d'El-Rei do rio das Mortes, bispado de
Marianna; filho de Manuel Gomes de Villas-boas, e de D. Igna cia Quiteria de
Almeida e Gama; neto por parte paterna de Antonio Villas-boas, e de D. Domingas
Gomes; neto por parte materna do capitão Luiz de Almeida Ramos, e de D. Helena
Josepha da Gama; sendo o supplicante irmão germano de D. Anna Joaquina de Almeida
e Gama, mãe de Manuel Jacinto Nogueira da Gama, professo na ordem de S. Bento
de Aviz, capitão de fragata da real armada, e lente da real Academia da
marinha, a quem se passou brazão de armas com as dos appellidos de Nogueiras e
Gamas, a 28 de agosto de 1798. Um escudo partido em pala; na primeira as dos
Villas-boas, na segunda as dos Ga mas. — Br. p. a 2 de fevereiro de 1799. Reg.
no Cart. da N., liv. VI, fl. 64. (C. C.)
471. CAETANO Jos É Dos SANTos
FERREIRA, commerciante de grosso tracto da praça do Porto; filho do capitão
João dos Santos Ferreira, e de D. Isabel Francisca; neto pela parte paterna do
sargento-mór Domingos Francisco dos Santos Ferreira, e de D. Isabel João Mariz
Sarmento; neto pela parte materna do ajudante de auxiliares João Francisco de
Sousa, e de D. Maria Francisca: bisneto por parte paterna do capitão-mór que
foi de Ilhavo, João Gonçalves Ferreira, e de D. Maria Francisca de Almeida;
bisneto pela parte materna de Antonio Francisco de Sousa, e de D. Catharina
Ferreira. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Sousas, na
sagunda as dos Ferreiras. — Br. p. a 22 de outubro de 1796. Reg, no Cart. da
N., liv. V, fl. 149. (C. C.) 172.
473. CAETANo MANUEL DE So Us AMEs
QUITA CoELHo PINTo PEREIRA, natural da quinta da Soalheira, freguezia de S.
José de Godim, comarca de Sobre-Tamega, bispado do Porto; filho de Domingos de
Sousa Diniz, familiar do Santo Oficio do numero, e de sua mulher D. Joanna
Thereza de Mesquita Coelho Pinto Pereira; neto pela parte paterna de Alexandre
de Sousa, e de sua mulher D. Luiza Diniz; neto pela parte materna de Manuel
Rodrigues Coelho, e de sua mulher D. Maria de Mesquita Pinto Pereira. Um escudo
esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Sousas, no Se gundo as
dos Coelhos, e no terceiro as dos Mesquitas. — Br. p. a 20 de julho de 1791.
Reg, no Cart. da N., liv. IV, 223 v. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Machados, no segundo as
dos Cunhas, no terceiro as dos Soares, e no quarto as dos Costas. — Br. p. a 3
de agosto de 1776. Reg, no Cart. da N., liv. II, fl. 105,
476.
CAETANO PEREIRA BRAVO DE VASCONCELLOS OSORIO,
da quinta da Povoa, freguezia de Poyaes, concelho de Sanfins, filho de José
Carlos Pereira Bravo, e de sua mulher D. Marianna Leonarda de Sousa Carneiro de
Azevedo; bisneto de José Soares Pe reira Bravo, e de sua mulher D. Helena
Soares Pinto da Cunha; terceiro neto de Thomé Bravo Pereira, e de sua mulher D.
Catharina Mendes de Vasconcellos; quarto neto de Gil mulher D. Josepha Pereira;
elle filho de Thomé Simões, e de sua mulher D. Isabel João; e ela filha de
Manuel Ferreira, e de sua mulher D. Isabel Correa; e pela parte materna neto de
Luiz Dias, e de D. Luiza de Sousa. . Um escudo com as armas dos Ferreiras. —
Br. p. a 13 de fevereiro de 1789. Reg, no Cart. da N., liv. IV, fl. 97 v. (C.
C.)
477. CAMILLO DA SILVA E VASCONCELLOS,
capitão reformado do regimento de cavallaria n.º 2, da divisão do sul, natural
da villa de Moura; filho de Verissimo da Silva e Vasconcellos, e de D. Rosa
Maria de Jesus; neto paterno de Manuel da Silva e Vasconcellos, e de D. Antonia
Thereza Monteiro, e materno de João
Rodrigues Gago, e de D. Domingas Rodrigues Correa. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Silvas, no segundo as dos Vasconcellos, no
terceiro as dos Monteiros, e no quarto as dos Rodrigues. — Br. p. a 4 de agosto
de 1813. Reg, no Cart. da N., liv. VII, fl. 277. (C. C.)
480. CARLos AUGUSTO DE MAS
CARENHAS RELVAs DE CAMPos, natural da vila da Gollegã, fidalgo cavalleiro da
casa real e commendador da ordem de nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa;
filho de José Farinha Relvas de Campos, proprietario, e de sua mulher D.
Clementina Amalia Mascarenhas Pimenta; neto paterno de Manuel Ferreira Relvas,
proprietario, e de sua mulher D. Maria Antonia Relvas; e materno de José de
Mascarenhas Leitão, e de sua mulher D. Barbara Benedicta Leitão. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Campos, e na segunda as dos Leitões.
— Br. p. a 14 de setembro de 1855. Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 4. (C. C.)
481. CARLos JosÉ FELIX DA CosTA E
SOUSA, natural e cidadão d’esta cidade; filh0 de Domingos da Costa Fortunato,
professo na ordem de Christo, e cidadão d'esta cidade, e de sua mulher D.
Isabel Jacinta de Sousa; neto pela parte paterna de Francisco da Costa, e de
sua mulher Maria da Luz; filha de José Rodrigues da Costa, capitão de gra
nadeiros do segundo regimento de infanteria da armada real; neto pela parte
materna de Chrisogno de Freitas Sousa e Araujo, e de sua mulher D. Magdalena de
Sousa, filha de Luiz Beltrão de Sousa, fidalgo cavalleiro da casa real, e
sobrinho de Carlos de Sousa Pessanha, sargento-mór de infanteria, primo da mãe
do supplicante. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Sousas, e
na segunda # dos Costas. — Br. p. a 11 de outubro de 1794. Reg, no Cart. da N.,
liv. V, . 34 V. (C. C.)
483. CARLos MATHIAS PEREIRA,
natural de Lisboa, e commendador da ordem de Christo, e de nossa Senhora da
Conceição de Villa-viçosa; filho do capitão Mathias José da Silva Pereira,
cavalheiro da ordem de Christo, e de sua mulher e prima D. Thereza Angelica de
Jesus Pereira; neto paterno de Mathias José da Silva Pereira, e de D. Maria
Barbara Pereira; bisneto de José Antonio Pereira, e de D. Anna de Jesus
Pereira; neto materno de João Henriques Pereira Farto e Tavora, e de D. Maria
Umbelina Pereira Ta vora; bisneto de Manuel dos Santos Pereira Tavora, e de sua
mulher D. Anna de Jesus Maria Tavora. Um escudo esquartelado; no primeiro e
quarto quarteis as armas dos Pereiras, no segundo as dos Silvas, e no terceiro
as dos Henriques.—Br. p. a 16 de julho de 1828. Reg. no Cart. da N., liv. VIII,
fl. 232. (C. C.) sargento-mór das ordenanças da villa de Santarem, a quem Sua
Magestade fez a mercê do habito da ordem de Christo, e a quem se passou brazão
dê armas a 12 de outubro de 1802; e de sua segunda prima e mulher D. Rita
Marianna Giralda Freire, neta paterna de José Nunes Rodrigues, e de sua mulher
D. Maria de Jesus Freire; bisneta de Bento de Azevedo, e de sua mulher D. Maria
Duarte; neta materna de Manuel Marques Neves, tenente coronel de milicias da
cidade de Tavira, reino do Algarve, e de sua mulher D. Theresa de Jesus Freire.
• Uma lisonja partida em pala; a primeira de prata lisa, e a segunda com armas
dos Freires. — Br. p. a 14 de outubro de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VII, }
34, (C. C.)
485. D. CARoLINA VICENCIA DE
CARVALHo PRosTEs, casada com Joaquim Elyseu da Fonseca Rosado, fidalgo
cavalleiro da casa real, cavalleiro da ordem de Cristo, vice presidente da
Camara municipal da villa de Estremoz, a quem se passou brazão de armas a 26 de
outubro de 1862; filha de Henrique Jeronymo de Carvalho Prostes, cavaleiro
fidalgo da casa real, moço supranumerario da real camara, cavaleiro das ordens
de Christo, e de nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, oficial de
primeira classe da repartição de contabilidade do ministerio da guerra, chefe
de secção reformado com a graduação de tenente coronel addido ao primeiro
batalhão de veteranos; e de sua mulher D. Maria Barbara da Conceição Prostes,
neta paterna de Boaventura Pedro de Carvalho Prostes, cavalleiro fidalgo da
casa real, moço fidalgo da real camara, commendador da ordem de Christo,
cavaleiro da ordem da Conceição de Villa-viçosa, a quem se passou brazão de
armas a 26 de abril da 1828; e de sua mulher D. Maria Euphrasia Ferreira: neta
materna de João Pedro Soares, e de sua mulher D. Maria Justina. Uma lisonja
partida em palas; na primeira as armas de seu marido que são do appel lido de
Fonsecas, na segunda as da familia de seu pae, que são partidas em palla, na
primeira as armas dos Carvalhos, e na segunda as dos Soares— Br. p. a 24 de
abril de de 1865. Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 80. • (C. C.)
486. CHARLES HENRIQUEs, fidalgo
da casa real, camareiro que foi do infante D. Fer nando; filho de Duarte Vaz de
Freitas, e neto de Gil Vaz de Freitas; bisneto de Pedro Vaz de Freitas, os
quaes todos foram fidalgos e da geração d'esta linhagem. Carta pela qual el-rei
D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de
campo vermelho, com cinco estrellas de oiro em aspa, e por diferença uma flor
de liz de prata, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e ver
melho, e por timbre um leão vermelho com uma das estrellas na espadoa; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem
dos Freitas. — Dada em Lisboa a 15 de março de 1542. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. XXXII fl. 39. 187.
487. CHRISTO VÃO DE ALPOEM,
morador em a villa de Vianna de foz de Lima; filho de João Martins de Alpoem, e
de Isabel Gomes de Freitas; neto de João Collaço de Faria e de Mecia Gomes de
Freitas; bisneto de João Gomes de Freitas, que foi fidalgo muito honrado e do tronco
da geração dos Freitas. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores. Escudo de campo esquartelado, o primeiro
e quarto de azul com uma lua de prata e uma bordadura de vermelho, o segundo de
vermelho e uma torre de prata com as portas e frestas, e lavrada de preto entre
cinco flores de liz de prata, tres em chefe e duas nas ilhargas, e o terceiro
de vermelho e cinco estrellas de oiro, em aspa, e por diferença um trifolio de
prata na primeira ponta do escudo; elmo de prata aberto, guarnecido de oiro,
paquife de oiro, vermelho, prata e azul, e por timbre um adem de sua côr com os
pés vermelhos e o bico de oiro; com todas as honras e privilegios de nobre e
fidalgo por descender da geração e linhagem dos Alpoens, Farias e Freitas. —
Dada em Evora a 30 de outubro de 1536. Reg. na Chanc. de D. João III, liv.
XXIII, fl. 14.
488. CHRISTOVÃO DE ANDRADE,
criado do marquez de Villa-real, morador em Almeida. Carta pela qual el-rei D.
João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores. Escudo de campo
esquartelado; o primeiro dos Andrades de verde com uma banda ver melha,
perfilada de oiro entre duas cabeças de serpe de oiro; o segundo dos Britos, de
vermelho com nove lisonjas de prata em tres palas, e em cada lisonja um leão de
purpura, e por diferença uma lua vermelha sobre a cabeça da serpe; elmo de
prata aberto, paquife de oiro e verde, e por timbre dois pescoços de serpe, de
oiro, com os rostos um contra o outro; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da geração e linha gem dos Andrades por parte de seu pae,
e dos Britos por parte de sua mãe. — Dada em Lisboa a 11 de junho de 1529. Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. XVII, fl. 139.
490. CHRIST ovÁo BoRGEs D E
CHAVEs, filho de Duarte Borges, natural do Porto, fidalgo, neto de Pedro
Borges, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geração dos Borges,
sobrinho de Pedro Borges, veador de D. João II; outro sim filho de Senho rinha
Dias de Chaves, neto de Isabel de Chaves, bisneto de Lopo Gonçalves de Chaves,
que foi pae de D. Alvaro de Chaves, bispo da Guarda, e irmão do cardeal D.
Antão de Chaves. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores. Escudo de campo esquartelado; o primeiro de
vermelho com um leão de oiro e uma bordadura azul semeada de flores de liz de
oiro, o segundo de vermelho com cinco chaves de oiro grandes, em aspa, e por
differença um crescente de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro, azul e vermelho, e por timbre um meio leão de oiro com uma das
flores de liz sobre a cabeça: com todas as honras e privilegios de fidalgo, por
descender da geração e linhagem dos Borges e dos Chaves. — Dada em Lisboa a 13
de maio de 1539. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXVII, fl. 47: 471.
493. CHRISTO VÃO DIAS DE GOUVEA,
morador em Lisboa; filho de João Affonso de Figueiredo, que era do tronco
d'esta linhagem, e de Maria Gonçalves de Gouvea; neto de Gonçalo Dias de
Gouvea, que foi do tronco d'esta linhagem. Carta pela qual el-rei D. João III
lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro de vermelho com cinco folhas de fi gueira perfiladas e
guarnecidas de oiro, em aspa; o segundo meio partido em palas, a primeira de
vermelho com seis besantes de prata entre uma dobre cruz e bordadura de oiro, a
segunda de prata com seis torteur de azul, em duas palas, e por diferença uma
merleta de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e
vermelho, e por timbre uma aguia vermelha besantada de prata; com todas as
honras e privilegios de fidalgo, por descender das linhagens dos Figueiredos e
Gouveas. — Dada em Lisboa a 17 de maio de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. LII, fl. 86.
494. CHRISTOVÃO EstEves D E
EsPARGos A, licenciado, conselheiro e desembarga dor do Paço. Carta pela qual
el-rei D. João III o fez fidalgo de cota d'armas, lhe concedeu e a seus
descendentes o seguinte brazão: — Escudo de campo azul e n'elle um castello de
prata, guarnecido de preto com portas verdes fechadas, e um leão de oiro com a
mão nas ditas portas; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, e por timbre o
mesmo castello com um ramo de purgueira de oiro florido, na torre de menagem;
attendendo aos seus muitos merecimentos.—Dada em Evora a 3 de novembro de 1533.
(M. N.) Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLVI fl. 104.
495. CHRIstovÃo D A FoNs ECA,
cavaleiro da ordem de Christo. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de armas: — Escudo de campo de oiro com cinco estrellas
vermelhas em aspa, e por diferença uma flor de liz de prata em uma brica azul;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por
timbre um meio toiro vermelho com uma estrella de oiro na testa; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da nobre geração dos Afon secas.
— Dada em Lisboa a 12 de setembro de 1528. Reg. na Chanc. de D. João III, liv.
XI, fl. 116 V.
496. CHRISTovÃo JosÉ FRANCo
BRAvo, cavalleiro professo na ordem de Christo, moço da real camara, e natural
d’esta cidade de Lisboa, aonde é procurador da Cidade; filho de José Franco
Bravo, professo na ordem de Christo, natural da freguezia de Santo Quintino,
termo d'esta cidade, e neto de Christovão Franco Bravo, cavalleiro da Ordem de
Christo, natural de Cascaes. Um escudo partido em pala; na primeira as armas
dos Francos, e na segunda as dos Bravos. — Br. p. a 25 de setembro de 1769.
Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 112. (C. C.)
497. CHR Isto vÃO LEITÃo, cavaleiro fidalgo da
casa real, coronel e capitão de alabar deiros. Carta pelo qual el-rei D. João
III o armou cavaleiro e lhe concedeu e a seus descen dentes o seguinte brazão
de armas: — Escudo esquartelado; o primeiro e o quarto de campo vermelho com
uma torre de prata cheia de setas de oiro e duas bandeiras de prata e na cabeça
um sino azul, com janellas de preto; o terceiro de vermelho com duas bom bardas
da sua cor sobre dois caretoes de oiro, e o contrario de prata com tres faxas
de vermelho; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e
vermelho, e por timbre a mesma torre das armas; com todas as honras e
privilegios de fidalgo pelos Ser viços pelo mesmo prestados contra os moiros,
sendo mandado numa armada sobre Aza mor e depois sobre Arzila. — Dada em Lisboa
a 30 de junho de 1528". (M.N.) Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XI, fl.
81.
498. CHRIstovÃo Lobo, natural de
Olivença, filho de Ruy Lobo, neto de João Lobo, que foi fidalgo muito honrado e
do tronco da geração dos Lobos, bem assim era filho de Leonor de Ilhoa, neto de
João Gonçalves de Goes da geração dos de Goes. Carta pela qual el-rei D. João
III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus antecessores: — Escudo de
campo esquartelado; o primeiro de prata com cinco lobos de preto em aspa, com
as linguas e unhas vermelhas; o seguudo de azul com seis caden08 de crescentes
de prata em duas palas, e por diferença uma flor de liz vermelha, elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de prata, vermelho e azul, e por timbre um
dos lobos; com todas as honras e privilegios de nobre fidalgo por descender da
geração dos Lobos e Goes. — Dada em Evora a 23 de junho de 1535. Reg. na Chanc.
de D. João III, liv. XXII, fl. 50.
499. CHRISTOVÃO PINTO DE PAIM,
morador na cidade de Lisboa, filho de Ruy Lopes Paim, neto de Isabel Paim,
bisneto de Valentim Paim, fidalgo, quarto neto de Chonal/ Paim, fidalgo da casa
de el-rei D. João I, que veiu de Inglaterra com a rainha D. Filippa de
Alencastr0. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecess0 res: — Escudo de campo franchado de prata e preto, e um leão
antrecambado do mesmº com a lingua e unhas vermelhas, e por diferença meia
brica de oiro, elmo de prata abertº guarnecido de oiro, paquife de prata e
preto, e por timbre o mesmo leão; com todas dº honras e privilegios de fidalgo
por descender da geração dos Pains. — Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLV,
fl. 19 v. 1 Existe outra carta de brazão dada ao mesmo em Evora a 21 de abril
de 1524. Reg. na Chanc, de D. João III, liv. II, fl. 78 v., que faz alguma
diferença desta. Pedro Rangel, neto de Pedro Afonso Rangel, e bisneto de Ayres
Gomes Rangel, que foram fidal gos e do verdadeiro tronco d'esta geração. -
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecesso res:
— Escudo de campo azul com uma
flor de liz de prata e uma bordadura de oiro com sete romãs de sua cor; elmo de
prata aberto, paquife de oiro, azul e prata, e por timbre um escudinho azul com
a flor de liz de prata; com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Rangeis. — Dada em Lisboa a 2 de outubro de
1540. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. L, fl. 214.
500. CHRIstovÃo RANGEL, natural
de Britiande, ao pé de Lamego, filho de Pedro Rangel, neto de Pedro Afonso
Rangel, e bisneto de Ayres Gomes Rangel, que foram fidal gos e do verdadeiro
tronco d'esta geração. - Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo azul com uma flor de
liz de prata e uma bordadura de oiro com sete romãs de sua cor; elmo de prata
aberto, paquife de oiro, azul e prata, e por timbre um escudinho azul com a
flor de liz de prata; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender
da geração e linhagem dos Rangeis. — Dada em Lisboa a 2 de outubro de 1540.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. L, fl. 214.
501. CHRYsosTOMO DIAS DE GouvEA,
morador em Lisboa, filho de João Afonso de Figueiredo e de Maria Gonçalves de
Gouvea, e neto de Gonçalo Dias de Gouvea. Carta pela qual el-rei D. João III
lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro vermelho com cinco folhas de figueira perfilhadas e
guarnecidas de oiro, em aspa; o segundo meio partido em pala; a primeira
vermelha com seis besantes de prata entre uma dobre cruz e bordadura de oiro; a
se gunda de prata com seis alveloas azues em seis palas, e por differença uma
merleta de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e
vermelho, e por timbre uma aguia vermelha besantada de preto; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender das gerações e linhagens dos
Figueiredos e dos Gouveas. — Dada em Lisboa a 17 de maio de 1530. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. LII, fl. 86.
502. CLAUDIO JosÉ BARRADAS NETo,
natural da aldea de Vayamonte, termo da villa de Monforte, casado com D.
Francisca Joaquina Rosa de Almeida; filho de Joaquim Fer reira Neto, e de sua
mulher D. Archangela Michaela; neto pela parte paterna de Fran cisco Fernandes
Neto, e de sua mulher D. Domingas Antunes, e pela materna de Manuel Lopes, e de
sua mulher D. Isabel Maria, dita filha de João Barradas, e de sua mulher D.
Anna Gonçalves, e neto de Francisco Barradas, e de sua mulher D. Maria Ayres. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Ferreiras, no segundo as
dos Netos, no terceiro as dos Barradas, e no quarto as dos Ayres. — Br. p. a 1
de fe vereiro de 1790. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 143 v. (C. C.)
503. CLAUDIo JosÉ PEREIRA DA
SILVA, cavaleiro professo na ordem de Christo, fa miliar do Santo Oficio,
natural e morador na cidade do Rio de Janeiro, filho de José Pereira da Silva,
cavaleiro professo na ordem de Christo, familiar do Santo Oficio, fidalgo de
cotta de armas, por carta de brazão d’ellas, que se lhe passou em 11 de janeiro
de 1729, e de sua mulher D. Maria Bernarda Pacheco; neto pela parte paterna de
Antonio Pereira da Silva, e de sua mulher D. Anna Maria dos Martyres, filha de
Antonio João, e de Ma ria Vaz Pereira; bisneto de Domingos Manuel, e de D.
Antonia Pereira; terceiro neto de outro Domingos Manuel, e de Anna da Silva. Um
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Pereiras, no
segundo as dos Silvas, no terceiro as dos Manueis.—Br. p. a 21 de julho de
1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 25 v. (C. C.)
504. CLEMENTE DA CUNHA DE ATAYDE
BARA HoNA, natural da cidade de Lisboa, filho de José da Cunha de Atayde
Barahona, e de sua mulher D. Faustina Rosa da Con ceição; neto pela parte
paterna de Luiz da Cunha de Atayde Barahona, e de sua mulher Maria Magdalena
Cabral de Avellar, e pela materna de Vicente Rodrigues Monteiro, e de sua
mulher D. Antonia d'Assumpção. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Barahonas, no segundo as dos Cunhas, no terceiro as dos Ataydes, e no
quarto as dos Monteiros. — Br. p. a 13 de fevereiro de 1787. Reg. no Cart. da
N., liv. III, fl. 260 v. (C. C.)
505. CLEMENTE HENRIQUES DA FOSECA PIMENTEL,
natural da cidade de Beja, filho legitimo de Jeronymo Pimentel da Fonseca, e de
D. Anna Maria Henriques; neto pela parte paterna de Fernando da Fonseca Chaves,
e D. Maria; bisneto de Jeronymo Pimentel da Fonseca, e D. Catharina Pimentel, e
tambem do capitão Luiz Gago Valente,
e pela materna neto de Sebastião Dias da Silva, e D. Maria Henriques. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Pimenteis, e na segunda as dos
Chaves. — Br. p. a 17 de agosto de 1767. Reg, no Cart. da N., liv. I, fl. 56.
(C. C.)
507. Co GoMBREIRO DA CostA, morador
na ilha de S. Miguel, filho de Affonso Eannes Cogombreiro da Costa; neto de
Rodrigo Eannes Cogombreiro da Costa, que foi fidalgo muito honrado e do tronco
da geração dos Costas. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo vermelho com seis
costas de prata em faxa em duas palas, e por diferença um trifolio de oiro;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, e por
timbre duas costas das armas em aspa; com todas as honras e privi legios de
fidalgo, por descender da nobre geração dos Costas. — Dada em Evora a 2 de
dezembro de 1536. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXII, fl. 129.
508. CoNsTANTINO ANTONIO DO VALLE
PEREIRA CABRAL, bacharel formado em direito, fidalgo cavalleiro da casa real, e
commendador da ordem de Christo, filho de Constantino Antonio do Valle, e de
sua mulher D. Francisca Thomazia do Sacrament0 Pereira Cabral; neto paterno de
José Alves do Valle, e de sua mulher D. Maria da Puri ficação, e materno de
Manuel José Pereira Cabral, e de sua mulher D. Maria Rosa das Neves Madeira. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Valles, no segundo as dos
Pereiras, no terceiro as dos Cabraes, e no quarto as dos Madeiras — Br. p. a 3
de de abril de 1859. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 30. • (C. C.) de
Barcellos, e juiz de fóra da cidade de Braga; filho de Fructuoso de Sá
Felgueiras, e de D. Anna Maria de Almeida; neto pela parte paterna de Manuel da
Silva Felgueiras, e de D. Maria Cerqueira de Sá; e pela materna de Gaspar de
Almeida Benevides. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Sás, no segundo as dos Felgueiras, no terceiro as dos Almeidas, e no quarto as
dos Cerqueiras. — Br. p. a 15 de abril de 1791. Reg. no Cart. da N., liv. IV,
fl. 209 v. (C. C.)
509. CoNsTANTINO DE SÁ FELGUEIRAs
BENEVIDEs (Bacharel), natural da villa de Barcellos, e juiz de fóra da cidade
de Braga; filho de Fructuoso de Sá Felgueiras, e de D. Anna Maria de Almeida;
neto pela parte paterna de Manuel da Silva Felgueiras, e de D. Maria Cerqueira
de Sá; e pela materna de Gaspar de Almeida Benevides. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Sás, no segundo as dos Felgueiras, no terceiro
as dos Almeidas, e no quarto as dos Cerqueiras. — Br. p. a 15 de abril de 1791.
Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 209 v.
510. CosME DAMIÃO DA Cost A
MEDEIRos, presbytero do habito de S. Pedro, na tural de Villa-rica, capitania
de Minas-geraes; filho de Manuel da Costa Sousa de Medei ros, e de D. Ignacia
da Costa; neto pela parte paterna de Manuel da Costa Medeiros e Albuquerque, e
de D. Antonia de Faria; e pela materna do sargento-mór Pantaleão da Costa de
Antas, e de D. Marianna de Jesus Lane. Um escudo ovado e partido em pala; na
primeira as armas dos Albuquerques, e na se gunda as dos Medeiros. —Br. p. a 30
de agosto de 1788. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 68 v. (C. C.)
511. CRISPIM XAVIER DE FARIA E
AGUIAR, professo na ordem de Christo, caval leiro fidalgo da casa real; filho
de Innocencio de Faria e Aguiar, tambem professo na or dem de Christo,
cavalleiro fidalgo da casa real, e oficial maior do Conselho da real fa zenda,
e de sua mulher D. Francisca Xavier de Faria; neto pela parte paterna de José
de Faria, escudeiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Andreza Maria de
Aguiar; e pela parte materna de Francisco Xavier de Faria, thesoureiro que foi
do real rendi mento da Obra Pia, e de sua mulher D. Joanna Maria Moreira. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Farias, e na segunda as dos Aguiares.
— Br. p. a 27 de outubro de 1786. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 245. (C.
C.)
Un
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Oliveiras, no segundo as
dos Mouras, no terceiro as dos Machados, e no quarto as dos Magalhães. — Br. p.
a 7 de novembro de 1782. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 76. (C. C.)
513. CUs ToDIO FERNAND o GIL
(Doutor), provisor e vigario geral que foi da cidade de Macau, natural da villa
de Candosa, comarca da cidade de Viseu; filho de Manuel Fernandes Gil, e de sua
mulher Maria Jorge; neto pela parte paterna de outro Manuel Fernandes Gil, e de
sua mulher Luiza Nunes; e pela materna neto de Belchior Rodrigues, e de sua
mulher Maria Jorge. Um escudo ovado com as armas da familia de Gil. — Br. p. a
18 de junho de 1776. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 101. (C. C.)
514. CUs Top 1o JosÉ CAMELLO DE
MAGALHÃEs E So Us A, da freguezia de S. Nico lau, concelho de Cabeceiras de
Basto; filho de Manuel Gonçalves, e de sua mulher D. Ma ria Camello de
Magalhães e Sousa; neto pela parte paterna de João Gonçalves, e de sua mulher
D. Domingas Alves; e sua mãe D. Maria Camello de Magalhães e Sousa era irmã
legitima de Anacleto Marcellino Camello de Magalhães e Sousa, a quem se passou
brazão de armas; ambos filhos legitimos de Dionysio Gonçalves de Magalhães, e
de sua mulher D. Rosaria Camello de Sousa. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Sousas, e na segunda as dos Magalhães. —Br. p. a 11 de
dezembro de 1784. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 181. (C. C.)
516. CUs To Dio JosÉ DA CUNHA Os
o Rio, da freguezia de Paço de Sousa, filho de Manuel da Cunha Osorio, e de
Maria de Jesus Moreira; neto pela parte paterna do dou tor Mattheus Dias, e de
D. Maria de Araujo, esta filha legitima de Miguel de Araujo, e de Escolastica
Osorio, filha legitima de Pedro da Cunha Coutinho; neto de Jeronymo Osorio
Coutinho, filho legitimo de D. João Osorio Coutinho, commendatario do mosteiro
de Paço Sousa, fidalgo de geração, e cotta de armas. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Cunhas, n0 segundo as dos Osórios, e no
terceiro as dos Coutinhos. — Br. p. a 9 de setembro de 1783. Reg. no Cart. da
N., liv. III, fl. 102 v. (C. C.)
517. CUs ToDro José SoAREs DE PINHo DA SILVA
GoMEs, natural e morador na sua quinta de Macinhata de Seissa, termo da villa
de Oliveira de Azemeis; filho de Antonio Soares de Pinho, e de sua mulher D.
Rosa Euphrasia da Silva Gomes; neto paterno de Ma nuel Gil Soares, e de sua
mulher D. Maria de Pinho, e materno de Manuel da Silva, e de sua mulher D.
Isabel Gomes. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Soares,
no segundo as agosto de 1805. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 94. (C. C.)
518. CUSTOD1o JosÉ DE SousA DE
CARVALHO, natural do logar de Villela, termo da cidade de Viseu, filho de
Rodrigo de Sousa de Carvalho, e de sua mulher D. Michaela de S. Bento; neto
paterno de José de Carvalho, sargento-mór do termo da cidade de Lamego, e de
sua mulher D. Maria Francisca Vidigal; bisneto de Miguel de Carvalho e Sousa, e
quarto neto de Amador Pinto Rebello de Sousa, morgado da antiquissima casa da
Rede, fidalgo da casa real, e que por todos estes illustres ascendentes era o
Supplicante legitimo descendente das nobres familias dos appellidos de Sousas e
Carvalhos d’este reino. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Sousas, e na segunda as dos Carvalhos. — Br. p. a 25 de agosto de 1788, Reg. no
Cart. da N., liv. IV, } } (C. C.
520. CUSTODIO VIEIRA DE SEIXAS. Teve brazão de
suas armas em 5 de dezembro de 1750. V. seu irmão Antonio de Seixas Pinto. 521.
CYPRIANo Lo PEs DA FoNs E CA GALVÃo (Conego), natural da capitania de Per
nambuco, filho do capitão de infanteria Cypriano Lopes da Fonseca Galvão, e de
sua mu lher D. Maria de Vasconcellos
Viveiros; neto pela parte paterna de Manuel da Fonseca Jayme, capitão-mór e
governador que foi da capitania do Ceará-grande, e de sua mulher D. Maria de
Proença; bisneto de Manuel Lopes Galvão, mestre de campo do regimento da cidade
de Olinda, e um dos restauradores d’aquella capitania, na expulsão dos hollande
zes, em cuja guerra serviu com o posto de capitão de infanteria; e pela materna
neto do capitão João Nunes Baião, e de sua mulher D. Felicia de Vasconcellos.
Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Galvões, que
são partidas em pala, no segundo as dos Fonsecas, no terceiro as dos
Vasconcellos, e no quarto as dos Viveiros. — Br. p. a 28 de abril de 1768. Reg.
no Cart. da N., liv. I, fl. 75 v. (C. C.)
522.
CYPRIANO RIBEIRO FREIRE, fidalgo da
casa real, cavalleiro da ordem de S. Tiago da Espada, oficial da Secretaria de
estado dos Negocios estrangeiros e da guerra, secre tario encarregado dos
negocios na côrte de Londres, filho de Antonio Ribeiro Freire, na tural da
freguezia de S. João da Cova, arcebispado de Braga, e de D. Thereza Maria Rosa;
neto pela parte paterna de João Ribeiro, e de D. Josepha Ribeiro; bisneto de
Thomé Ri beiro, e de D. Catharina Freire; e pela materna neto de Antonio Velho,
e de D. Maria Ribeiro. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Ribeiros, e na segunda as dos Freires. — Br. p. a 26 de agosto de 1788. Reg. no
Cart. da N., liv. IV, fl. 65 v. (C. C.) D
523. DAMIÃO DE ARAUJo PIMENTEL
(Doutor), conego prebendado da Sé de Braga, fi lho de André Martins da Rocha, e
de Maria de Araujo; neto paterno de Diogo Martins, e Ignez da Rocha; bisneto de
Martinho Gonçalves, e de Maria Pimentel; trineto de João Pimentel Pereira,
fidalgo da casa real, e de D. Joanna da Rocha; e quarto neto de D. GO mes da
Rocha, commendatario que foi de Pombeiro; neto materno do licenceado Barth0
lomeu Affonso (que era irmão do doutor Gonçalo Afºnso, conego da Sé de Braga),
e de Martha Fernandes de Araujo; bisneto de Fernão Velho de Araujo, e de Maria
Fernandes: e o dito Bartholomeu Afonso foi filho de Affonso Annes, e de Isabel
Carvalho, Os quaes todos foram muito nobres. Carta pela qual el-rei D. João IV
lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo esquartelado; o
primeiro dos Pimenteis que é esquartelado; o primeiro e o quarto de oiro com
tres faxas sanguineas; o segundo e o terceiro verdes com cinco vieiras de
prata, em santer, riscadas de preto e uma orla de prata com oito aspas Ver
melhas; o segundo dos Araujos, de prata, com uma aspa azul e cinco alveloas de
oiro, e assim os contrarios, e por diferença uma flor de liz azul, e em logar
de timbre um cha pão preto com o ferro e cordões do mesmo deitados por ambos os
lados, cercando o es cudo e servindo de paquife; com todas as honras e
privilegios de nobre fidalgo por des cender das gerações dos Pimenteis e
Araujos. — Dada em Lisboa a 20 de maio de 1649. Reg. na Chanc. de D. João IV,
liv. III, fl. 352.
524. DAMIÃO DE GoEs, fidalgo da
casa real. Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede e a seus
descendentes o seguintebra zão de seus antecessores: — Escudo de campo azul com
cinco cadernas de crescentes de prata, em aspa; elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquife de prata e azul, e por timbre um meio leão de prata armado de
oiro, com um coronel do mesmo entre duas azas de azul sobre as quaes estão as
mesmas cadernas das armas semeadas; com todas as hon ras e privilegios de
fidalgo pelos seus serviços, e por descender da geração dos de Goes. —Dada em
Lisboa a 15 de agosto de 1567. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. VI, fl.
252.
525. DAMIÃo NoGUEIRA, da cidade
do Porto, filho de Manuel Francisco, e de Maria Nogueira; neto paterno de
Antonio Francisco, e de sua mulher Maria da Cunha; neto mº terno de Damião
Domingues, e de sua mulher Cecilia Nogueira. As armas dos Cunhas e Nogueiras. —
Br. p. a 30 de janeiro de 1751. Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 27 v.
(C. C.)
526. DAMIÃO PEREIRA, morador na
villa de Ponte de Lima. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessº res: — Escudo de campo vermelho com uma cruz
de prata vasia e florida, cheia do pri meiro, e por diferença uma brica de
oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, pºr quife de prata e vermelho, e
por timbre a mesma cruz entre duas azas de prata: c0" todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Perei ras, por parte
de sua mãe e avós. —Dada em Lisboa a 21 de outubro de 1532. Reg, nº Chanc. de
D. João III, liv. XVIII, fl. 113 v. logar de Paços, termo de Villa-real; filho
de Pedro de Niza Pimentel, e de sua mulher Jacinta Botelho de Abreu
Castel-branco; neto paterno de Jeronymo de Mesquita Pimentel, e de sua mulher
D. Juliana Correa de Mesquita; bisneto de Mauricio de Mesquita Pimentel, e de
sua mulher Anna Antonia de Carvalho; terceiro neto de Antonio Borges de
Mesquita Pimentel, e de sua mulher Maria Borges de Mesquita : neto materno de
Vicente de Abreu Castel-branco, e de sua mulher Isabel Botelho. As armas dos
Mesquitas, e dos Pimenteis. — Br. p. a 18 de junho de 1761. Reg. no Cart. da
N., liv. particular, fl. 129. (C. C.)
527. DANIEL BoTELHO DE MEsQUITA
PIMENTEL, morador na sua quinta do logar de Paços, termo de Villa-real; filho
de Pedro de Niza Pimentel, e de sua mulher Jacinta Botelho de Abreu
Castel-branco; neto paterno de Jeronymo de Mesquita Pimentel, e de sua mulher
D. Juliana Correa de Mesquita; bisneto de Mauricio de Mesquita Pimentel, e de
sua mulher Anna Antonia de Carvalho; terceiro neto de Antonio Borges de
Mesquita Pimentel, e de sua mulher Maria Borges de Mesquita : neto materno de
Vicente de Abreu Castel-branco, e de sua mulher Isabel Botelho. As armas dos
Mesquitas, e dos Pimenteis. — Br. p. a 18 de junho de 1761. Reg. no Cart. da
N., liv. particular, fl. 129. (C. C.)
528. DANIEL BOTELHO DE SAMPAIO So
USA E ARAUJO, natural da villa de Setubal, filho do capitão de mar e guerra
Daniel Sirgado Victorio, e de sua mulher D. Margarida Botelho Sampaio Sousa e
Araujo; neto paterno de Paschoal Sirgado de Figueiredo, e de D. Isabel Marques
de Araujo; neto materno de Christovão de Araujo e Mendonça, e de D. Maria da
Costa Camara; bisneto de outro Christovão de Araujo, e de D. Maria Fur tado de
Mendonça, e de Isabel Ferreira, que foi casada com Manuel Botelho de Sousa,
cavalleiro fidalgo da casa real, filho de Francisco Nunes Botelho, tambem
cavalleiro fidalgo. As armas dos Sousas, Araujos, Botelhos, e Sampaios. — Br.
p. a 17 de maio de 1752. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 36. - (C.
C.)
529. DANIEL JosÉ DIAS DE CASTR o
PEREIRA, natural da cidade de Bragança, filho de Gabriel Dias Mendes, e de sua
mulher D. Josepha Maria de Castro; neto paterno de Antonio Dias Pereira, e de
sua mulher D. Anna Luiza; e materno de Antonio de S. Tiago Pereira do Lago;
bisneto de Manuel de São; terceiro neto de João de Castro. Um escudo
esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Dias, no se gundo as
dos Castros, e no terceiro as dos Pereiras. — Br. p. a 16 de fevereiro de 1828.
Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 217 v. • (C. C.)
531. DINIZ DE SAMUEL (Barão),
oficial da ordem da Rosa, do imperio do Brazil, sub dito britannico. Um escudo
esquartelado, com as armas que lhe foram concedidas por alvará de 22 de agosto
de 1856. (M. N.)— Br. p. a 20 de outubro de 1856. Reg, no Cart. da N., liv. IX,
fl. 11 v. V. no I. H. Samuel. (C. C.)
532. DI o Go DE ABREU, natural de
Valença do Minho, filho de Ignez Affonso de Abreu; seus avós foram fidalgos e
do tronco d'esta geração. • Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de armas de seus antecessores: — Escudo de campo vermelho com
cinco cotos de azas de oiro, em aspa, e por diferença uma dobre brica de prata
e azul; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e
por timbre um dos cotos das armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo
por descender da geração e linhagem dos Abreus.—Dada em Evora a 12 de dezembro
de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xxii, fl. 148 v.
533. DioGo ALFAR o, licenceado,
physico e cirurgião do Hospital de todos os Santos, em Lisboa, filho do doutor
Fernando de Alfaro, neto de João de Alfaro, natural de Ara gão, que foi fidalgo
muito honrado e do tronco desta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo vermelho e
tres pescoços e cabeças de serpe de prata atados com uma corda de oiro, uma das
cabeças olhando para a direita, outra para a esquerda, e a outra para cima;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, prata e ver melho, e
por timbre os tres pescoços com as cabeças saindo do elmo; com todas as hon ras
e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Alfaros.—Dada
em Evora a 14 de outubro de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLVII,
fl. 26.
534. DioGo DE AFF oNs E CA,
cavaleiro fidalgo da casa real, morador na Alhandra, fi lho de Gaspar da
Fonseca, neto de Diogo da Fonseca, bisneto de Affonso Vaz da Fonseca, fidalgo
muito honrado e alcaide-mór de Marialva, e de Moreira, e de Sabugal, e foi do
tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo de oiro e cinco
estrellas de vermelho de sete pontas, em aspa, e por diferença uma flor de liz
verde; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e
por timbre meio touro vermelho com uma estrella de oiro na testa e os paus de
prata; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração
dos Fon secas. — Dada em Lisboa a 4 de julho de 1547. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. XXIX, fl. 40.
535. DioGo ALVARES PEREIRA, filho
de Alvaro Pereira; neto de Pedro Gonçalves Monteiro; bisneto de Martim Pereira,
que foi fidalgo muito honrado e nobre, e do verda deiro tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: Escudo de campo vermelho e uma cruz de prata florida e vazia do
primeiro, e por dife rença um trifolio de oiro picado de verde; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, pa quife de prata e vermelho, e por timbre a mesma
cruz entre duas azas de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por
descender da geração dos Pereiras. — Dada em Lisboa a 11 de outubro de 1543.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXVIII, fl. 55 V.
536. DioGo DE ANDRADE, cavalleiro da casa
real. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo verde e n'elle uma banda vermelha perfilada e
semeada de duas ca beças de serpe de oiro, e por diferença um flor de liz de
prata; elmo de prata abert0, paquife de verde e oiro, e por timbre um pescoço
com duas cabeças de serpe de oiro; com todas as honras de nobre fidalgo, por
descender da geração e linhagem dos Andra des.—Dada em Lisboa a 12 de agosto de
1522. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. I, fl. 46.
537. DioGo DE AZAMBUJA,
cavalleiro da ordem de Aviz, conselheiro, commendador da Cabeça da Vide,
Rio-maior, Montados de Pedroso, alcaide-mór na villa de Monsaraz, # nas guerras
passadas como no fazimento do castello de S. Jorge, que é nas partes e Guiné.
Carta pela qual el-rei D. João II lhe concede licença para poder metter no
escudo elle prestados.—Dada em Beja a 17 de março de 1485. (M.N.) Reg. na
Chanc. de D. João II, liv. III de Mist., fl. 241.
—
Escudo de campo vermelho e cinco machados de prata com os cabos de oiro, em
aspa, e por diferença um brica de prata; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro, prata e vermelho, e por timbre dois machados das armas
em aspa; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração
e linhagem dos Machados, por parte de sua mãe e avós. — Dada em Evora a 20 de
novembro de 1533. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLVI, fl. 89.
539. DioGo BARRADAs (Doutor),
filho de Luiz Barradas. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo de azul com uma cruz de
prata fechada e em cada um dos quatro cantos do escudo cinco vieiras vermelhas
riscadas de oiro, em aspa, e por diferença uma estrella de oiro; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por timbre uma aspa de
oiro esgalhada com as cinco vieiras das armas penduradas n’ella; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos
"#" em Lisboa a 8 de julho de 1532. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. XVIII, fl. 105.
540. Diogo BARRADAs JUzARTE
(Doutor), natural e morador na villa de Monforte, comarca de Villa-viçosa;
filho de Pedro Barradas Pesqueira, natural e capitão-mór da villa de Monforte,
e de sua mulher Maria Juzarte da Silva; neto paterno de Manuel Bar radas
Pesqueira, e de sua mulher Maria Delicada Tavares; bisneto de Pedro Barradas
Pesqueira, e de sua mulher Catharina Mendes, filha de Pedro Mendes Barradas, e
de sua mulher Filippa da Costa Mures; neto materno de Miguel Barradas Juzarte,
e de sua mu lher Maria Juzarte da Silva : o qual Miguel Barradas Juzarte, filho
de Brites Juzarte da Costa, e de seu primeiro marido Francisco Barradas
Montozo; e da dita Brites Juzarte da Costa, e de seu segundo marido Manuel
Rodrigues Alemão, filho do doutor Rodrigues Ju zarte, a quem se passou brazão
com as armas d’esta familia dos Juzartes em 12 de feve reiro de 1700; terceiro
neto o supplicante de Maria Martins Juzarte, e de seu marido An tonio Garcia da
Costa; quarto neto de Salvador Juzarte; quinto neto de Isabel Juzarte; sexto
neto de Nicolau Juzarte; setimo neto de Gaspar Juzarte, alcaide-mór, que foi
das villas de Aviz e Setubal, commendador de Azeitão, e capitão-mór da armada
que o senhor rei D. João II mandou á costa de Barbaria fazer uma fortaleza;
oitavo neto de João Ju zarte, alcaide-mór que foi da sobredita villa de
Monforte. As armas dos Juzartes e Barradas. — Br. p. a 28 de julho de 1753.
Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 61. (C. C.)
541. DioGo BARRoso, veador da
marqueza de Villa-real. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de armas de seus antepassados: — Escudo esquartelado; o
primeiro de vermelho com cinco leões de pur pura em aspa com duas faxas de oiro
cada uma, as unhas de oiro; o segundo partido em faxa, a primeira partida em
palas, a primeira esquartelada de Castella e de Leão, e a segunda de Vermelho
com quatro palas de oiro; a segunda parte de vermelho com uma 1 As armas que ficou tendo, são : — Escudo de
campo esquartelado; o primeiro de vermelho com um castello de oiro com tres
torres, e as portas d’estas e frestas guarnecidas de azul, o segundo de oiro
com quatro bandas de vermelho, e assim os contrarios; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre o mesmo castello. azinheira
verde, e as raízes de prata e um leão de oiro, paquife de oiro e vermelho, por
timbre um dos cinco leões, e por differença uma merleta de prata; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender por parte de seu pae e avós dos
Barrosos, e por parte de sua mãe e avós dos de Bivar. — Dada em Lisboa a 4 de
outubro de 1537. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xLiv, fl. 16.
542. DioGo BoTELHo, cavalleiro
fidalgo da casa real. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo de oiro e quatro bandas de
vermelho, e por diferença uma flor de liz de prata; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre um meio leão de
oiro faxado de vermelho; com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Botelhos e Callados. — Dada em Lis boa a 12
de julho de 1533. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLV, fl. 43 v.
543. D10 GO CA Áo, neto de
Gonçalo Caão, cavalleiro da casa real. Carta pela qual el-rei D. João II lhe
concede e a seus descendentes o titulo de nobre de cota de armas, podendo usar
do seu elmo e escudo (não o descreve) pelos serviços prestados por seu avô a
el-rei D. João I nas guerras de Castella, e pelos seus serviços em Guiné, aonde
foi mandado á descoberta para augmento da santa fé, e accrescentamento do
reino. — Dada em Santarem a 14 de abril de 1484. (M. N.) Reg. na Chanc. de D.
João II, liv. II de Mist., fl. 294. V. no I. H.
544. DioGo DE CASTILHo, filho de
João de Castilho, que foi morador na villa de Th0 mar, e natural das montanhas
do reino de Biscaia. Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede e a seus
descendentes o seguinte bra zão de seus antecessores : — Escudo de campo verde
com um castello de prata com as portas e frestas e lavrado de preto, e em cima
da torre do meio uma flor de liz de oiro, e á porta do castello duas lebres de
prata olhando uma para a outra, com coleiras ver melhas, e presas por umas
cadeias de oiro que saem das bombardeiras; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro, prata e verde, por timbre uma das lebres das armas, e
por diferença uma merleta de oiro; com todas as honras e privilegios de nobre
fidalgo por descender da geração dos Castilhos do reino de Biscaia. — Dada em
Lisboa a 16 de fevereiro de 1561. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. II, fl.
44 v.
545. DIo Go DE CASTRO Do Rio. •
Carta pela qual el-rei D. Sebastião o fez fidalgo de cota de armas, dando-lhe
por S0 lar a sua quinta do Rio, e o mesmo appelido, egualmente o seguinte
brazão para ele e seus descendentes: — Escudo de campo de prata e duas faxas de
agua ondadas entre nove alveloas de purpura, elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de prata, pur pura e azul, e por timbre um cavallo marinho da sua
cor, saindo metade deste do elmo cercado de uma onda de agua; com todas as
honras e privilegios de nobre fidalgo pelos seus serviços e merecimentos. —
Dada em Lisboa a 15 de julho de 1561. (M.N.) Reg. na Chanc. de D. Sebastião,
liv. II, fl. 304 v.
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pretos, no segundo as dos
Cunhas, no terceiro as dos Cabraes, e no quarto as dos Osorios. — Br. p. a 3 de
agosto de 1791. Reg, no Cart. da N., liv. IV, fl. 228. (C. C.)
547. Diogo FERNANDEs, cavalleiro
da ordem de Sant'Iago, filho de Gomes Ayres, e de Isabel Fernandes Lobo, neto
de Fernão Vaz Lobo, fidalgo morador em Evora e do tronco da geração dos Lobos.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores
: — Escudo de campo de prata e cinco lobos de preto com as linguas de vermelho,
em aspa, e por diferença uma brica azul; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de prata, preto e vermelho, e por timbre um dos lobos; com todas
as honras e privile gios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos
Lobos. — Dada em Lisboa a 13 de maio de 1533. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. XLV, fl. 23.
548. DioGo FERNANDES DE CARVALHAL
BEMFEITo, cavaleiro da Ordem de Christo. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede não só o titulo de nobre e fidalgo, mas tambem o seguinte brazão de
armas: — Escudo de campo vermelho com um baluarte de prata, com as portas e
frestas lavradas de preto; elmo de prata cerrado guarnecido de oiro, paquife de
prata e vermelho, e por timbre um meio moiro vestido de malha, com a cabeça
foteada e a barba ruiva, e uma lança quebrada que lhe passa por baixo do braço
esquerdo, com o ferro ensanguentado, todo inclinado para diante; com todas as
honras e privilegios de nobre fidalgo pelos grandes e valiosos serviços que
prestou no cerco de Arzilla, contra os moiros. — Dada em Evora a 27 de setembro
de 1537. (M. N.) Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLIV, fl. 14.
549. DIOGO FERNANDES CORREA.
Carta pela qual o imperador Maximiliano I, rei dos romanos, o fez cavalleiro do
paço e côrte, e lhe concedeu um escudo com parte das armas d’elle imperador, e
augmentado com outras proprias; com muitos enobrecimentos, graças e privilegios
para elle e seus filhos, pelos seus muitos merecimentos. (Não descreve o
brazão.) — Dada em 15 de ju nho de 1509. (M. N.) Gaveta 18, maço 7, n.° 22. V.
no I. H. Fernandes.
550. DioGo FERNANDEs DAs Povo As
PRIVADo, cavalleiro fidalgo da casa real. Carta pela qual el-rei D. João III
lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo de oiro
com quatro bandas de vermelho, elmo de prata aberto guar necido de oiro,
paquife de oiro e vermelho, e por timbre um gripho vermelho com as azas, bico e
unhas de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração e linhagem dos Privados. — Dada em Lisboa a 26 de jnnho de 1529. Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. XVII, fl. 91.
551. DioGo FERREIRA, fidalgo da
casa do infante D. Henrique, e escrivão da sua fa zenda, filho de Ayres Ferreira,
morador em Coimbra; neto de Diogo Ferreira, que foi fidalgo muito honrado;
bisneto de Gonçalo Ferreira, fidalgo e do tronco d'esta geração. Carta pela
qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: —
Escudo de campo vermelho com quatro faxas de oiro, e sobre a primeira faxa um
cardo verde de tres folhas por diferença; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, pa quife de oiro e vermelho, e por timbre uma ema da sua côr com uma
ferradura de oiro no bico; com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descender da geração e linha gem dos Ferreiras. — Dada em Lisboa a 21 de
janeiro de 1542. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXXII, fl. 6 v.
552. Diogo FERREIRA DA SILVA
INFANTE, professo na ordem de Christo, cavaleiro fidalgo da casa real, capitão
das ordenanças da villa de Setubal, e na mesma morador, filho de Vicente
Ferreira da Silva, tenente de infanteria do regimento da dita villa, e de sua
mulher D. Thereza Theodora Xavier; neto pela parte paterna de Diogo Ferreira da
Silva, cavaleiro da ordem de Christo, e de sua mulher D. Bernarda Francisca
Xavier; bisneto de Theodoro Ferreira da Silva, cavalleiro fidalgo da casa real,
professo na ordem de Christo, guarda-joias do fidelissimo senhor rei D. João V,
e de sua mulher D. Fran cisca Maria Xavier. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Ferreiras, e na segunda as dos Silvas. — Br. p. a 13 de
agosto de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 23. (C. C.)
553. DioGo FIGUEIRA, morador em
Alhos-vedros, filho de Pedro Gonçalves Figueira, neto de Gonçalo Annes
Figueira, que foram fidalgos e d’esta geração. Carta pela qual el-rei D. João
III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo de
oiro com cinco folhas de figueira verdes, em aspa, e por dife rença uma flor de
liz azul; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e verde, e
por timbre um braço vestido de azul com um ramo de oiro na mão com cinco folhas
de figueira verdes; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender
da geração e linhagem dos Figueiras. — Dada em Setubal a 2 de maio de 1532.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XVIII, fl. 41 v.
554. DioGo GALVÃO DE BRITo,
natural de Evora, filho de Antonio de Oliveira, e de Isabel Fallim de Brito;
bisneto paterno de Luiz de Oliveira e Ignez de Almeida, e de Mecia Rodrigues de
Brito, que todos foram fidalgos e do tronco d'estas gerações. Carta pela qual
el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecess0 res: —
Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Oliveiras, de vermelho, com uma
oliveira verde com azeitonas de oiro e as raizes de prata; o seu contrario dos
Britos, de vermelho, com nove lisonjas de prata em tres palas, e em cada uma um
leão de pur pura; o segundo dos Galvões, de campo partido em pala, a primeira
de prata e uma aguia de preto estendida, e sobre o peito d'esta um crescente de
oiro, e a segunda de vermelh0 com seis costas de prata firmadas nos cabos,
postas em tres faxas, e o contrario dos Ma rizes, de azul, e cinco vieiras de
oiro em cruz entre quatro rosas de prata riscadas de preto, e por diferença uma
merleta de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro,
vermelho, prata, purpura e azul, e por timbre um leão de purpura rom pente; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos Britos,
Oliveiras, Marizes, e Galvões. — Dada em Lisboa a 23 de fevereiro de 1571. Reg.
na Chanc. de D. Sebastião, liv. VIII, fl. 106 V.
556. Dio Go GoMEs ZAGALo, filho
mais velho de Ruy Dias Zagalo, neto de Diogo Go mes Zagalo, bisneto de Diogo
Gomes Martins Zagalo, que foi o tronco desta geração, e todos foram fidalgos.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecesso res: — Escudo de campo de oiro, com dois crescentes, duas estrellas e
dois torteaula, tudo de vermelho, em duas palas, sendo um crescente, uma
estrella e um torteau em uma pala, e a outra pala egual; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre um leopardo de
oiro com uma das estrellas na testa; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da geração e linhagem dos Zagalos. — Dada em Evora a 28
de fevereiro de 1534. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xx, fl. 77.
557. DioGo GoNÇALVES DE
FIGUEIROA, cavaleiro da ordem de Sant'Iago, filho de Gonçalo dias de Figueiroa,
natural do Porto, e bisneto de Gonçalo de Figueiroa, que fo ram fidalgos e
nobres. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecesso res: — Escudo de campo de oiro com cinco folhas de figueira
verdes, em aspa, e por diferença uma flor de liz vermelha, elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e verde, e por timbre um braço vestido de
azul com um ramo de oiro na mão com cinco folhas de figueira verdes; com todas
as honras e privilegios de fidalgo por descen der da geração e linhagem dos
Figueiroas. — Dada em Alvito a 22 de dezembro de 1531. Reg. na Chanc. de D.
João III, liv. XVIII, fl. 5 v.
558. Diogo IGNACIO DE PINA
MANIQUE, moço fidalgo da casa real, bacharel formado em direito, e
proprietario; filho de Paulo Nogueira de Andrada Antonio Pina Manique, moço
fidalgo da casa real, cavalleiro da ordem de Malta, doutor na faculdade de
leis, e coronel de milicias, e de sua mulher D. Antonia Herculana de
Figueiredo; neto paterno do doutor Diogo Ignacio de Pina Manique, fidalgo cavalleiro
da casa real, commendador da ordem de Christo, senhor donatario da villa de
Manique do intendente, e do morgado de S. Joaquim da villa de Coina,
alcaide-mór de Portalegre, chanceller-mór do reino, des embargador do paço,
intendente geral da Policia da côrte e reino, administrador geral da Alfandega
grande de Lisboa, e feitor-mór das mais do reino, administrador da Casa pia do
castello de S. Jorge, padroeiro da egreja matriz de S. Pedro da villa de
Manique, e das collegiadas da dita egreja, e das do Espirito Santo de Castello
de Vide, e de sua mu lher D. Ignacia Margarida Umbelina de Brito Nogueira
Mattos e Andrada; bisneto de Pe dro Damião de Pina Manique, cavaleiro fidalgo
da casa real, e cavalleiro da ordem de Christo, e de sua mulher D. Helena Ignacia
de Faria; sobrinho por parte paterna de Pe dro Antonio de Pina Manique Nogueira
Mattos de Andrada, primeiro visconde e primeiro barão de Manique do Intendente,
quinto senhor do morgado de S. Joaquim da villa de Coina, alcaide-mór de
Portalegre, do conselho de Sua Magestade, commendador da ordem de Christo,
deputado da Mesa da consciencia e ordens, conselheiro do Ultramar, e desem
bargador da Relação do Porto; neto materno de João Baptista Comtilé, e de sua
mulher D. Maria Isabel de Figueiredo; bisneto de Francisco Monteiro da Silva,
cavalleiro da or dem de Christo, oficial-maior da secretaria do Conselho
ultramarino, e de sua mulher D. Marianna Rosa Teixeira de Figueiredo. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pinas, no segundo as dos Nogueiras,
no terceiro as dos Figueiredos, e no quarto as dos Maniques. — Br. p. a 15 de
abril de 1862. Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 47 v. (C. C.)
559. DioGo JACOME GRAMACHO,
morador em Alcacer do Sal, filho de Pedro Grama cho, neto de Ruy Gramacho, e bisneto
de Fernão Gramacho, os quaes todos foram fidal gos e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concedeu o seguinte brazão de seus
antecesso res: — Escudo de campo vermelho com um leão de oiro rompente armado
de prata, en tre quatro merletas tambem de oiro, e por diferença um trifolio de
prata picado de azul; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro
e vermelho, e por timbre o mesmo leão com uma merleta vermelha nas unhas; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem
dos Gramachos.—Dada em Lisboa a 16 de fevereiro de 1554. Reg. na Chanc. de D.
João III, liv. III de Privilegios, fl. 165 v.
560. DioGo JosÉ MARTINS DA Cost
A, cavalleiro da ordem de Christo, natural de Peso da Regoa, filho de Manuel
Martins da Costa, familiar do numero do Santo Oficio, e de sua mulher D. Maria
Caetana Vieira; neto pela parte paterna de Manuel Fernandes Pereira, e de sua
mulher Maria Martins da Costa; bisneto de Antonio Rebello, e de Sua mulher Anna
Martins; e pela materna neto de Manuel Vieira Cardoso, e de sua mulher Bernarda
Marques; bisneto de Domingos Vieira, capitão de Malta, e de sua mulher Ma ria
Marques. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no
segundo as dos Costas, no terceiro as dos Vieiras, e no quarto as dos Cardosos.
— Br. p. a 18 de fevereiro de 1775. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 52 v. (C.
C.)
561. DioGo JosÉ DE PAIVA E SILVA,
professo na ordem de S. Bento de Aviz, e ca pitão de mar e guerra das reaes fragatas,
natural da villa de Vimieiro; filho de José de Paiva e Silva, e de Theodora
Maria Vidigal; neto pela parte paterna de José de Paiva, sargento-mór da praça
de Extremoz, e de D. Maria Rosa de Froes; neto pela parte ma terna de Simão
Pinto, e de D. Luiza Vidigal. Um escudo partido em pala; na primeira as armas
dos Paivas, e na segunda as dos Silvas. — Br. p. a 9 de setembro de 1796. Reg.
no Cart. da N., liv. V, fl. 140. (C. C.)
562. Diogo JosÉ DA SILVA CAMPos,
natural da villa de Murça, comarca de Villa-real, cavalleiro professo na ordem
de Christo, fidalgo cavalleiro da casa de Sua Magestade, e capitão-mór das
ordenanças da mesma villa; filho de Henrique José da Silva, e de sua mulher D.
Antonia Luiza de Campos; neto paterno de João Garcia da Fonseca, e de D. Ca
tharina Lopes, e materno de Antonio José de Campos, e de sua mulher D. Anna
Maria. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Silvas, e na segunda
as dos Campos. — Br. p. a 15 de novembro de 1826. Reg. no Cart. da N., liv.
VIII, fl. 195. (C. C.)
563. DIOGO LEITÃO, morador na
villa de Certã. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecess0 res: — Escudo de campo de prata com tres faxas
vermelhas, e por diferença uma brica de azul e n'ella um X de oiro; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre um
leitão de prata; com todas as honras de nobre fidalgo por descender da nobre
linhagem e geração dos Leitões. — Dada em Evora a 15 de julho de 1535. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. x, fl. 97. Lopes de Calheiros, e neto de Diogo
Lopes de Calheiros; bisneto de Garcia Lopes de Calheiros, chefe do dito tronco,
que foram do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul com
cinco vieiras de prata riscadas de preto, em aspa, e tres estrellas de prata de
cinco pontas cada uma, em faxa ao pé do escudo, e por diferença um crescente de
oiro, elmo de prata aberto, paquife de prata e azul, e por timbre dois bor dões
de Sant'Iago de prata, em aspa, e no meio d'elles uma das vieiras das armas;
com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e
linhagem dos Calheiros. —Dada em Lisboa a 3 de agosto de 1528. Reg. na Chanc.
de D. João III, liv. XVII, fl. 116 v.
564. DioGo LoPEs DE CALHEIRos,
fidalgo de cota de armas, filho de Gonçalo Lopes de Calheiros, e neto de Diogo
Lopes de Calheiros; bisneto de Garcia Lopes de Calheiros, chefe do dito tronco,
que foram do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul com
cinco vieiras de prata riscadas de preto, em aspa, e tres estrellas de prata de
cinco pontas cada uma, em faxa ao pé do escudo, e por diferença um crescente de
oiro, elmo de prata aberto, paquife de prata e azul, e por timbre dois bor dões
de Sant'Iago de prata, em aspa, e no meio d'elles uma das vieiras das armas;
com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem
dos Calheiros. —Dada em Lisboa a 3 de agosto de 1528. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. XVII, fl. 116 v.
565. DioGo LUIZ DE CACEREs NoITEL
DE AMORIM DANTAs, natural da cidade de Lisboa, filho de Ricardo Antonio Morato
de Caceres de Amorim Dantas, e de sua mulher Leonor Euphrazia Rita; neto pela
parte paterna de Luiz da Silva Noite! Caceres, e de sua mulher D. Rosa de
Amorim Dantas, filha de Manuel da Silva e Sousa, e de sua mulher D. Maria de
Amorim Dantas. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas
dos Caceres, no segundo as dos Amorins, e no terceiro as dos Dantas. — Br. p. a
6 de novembro de 1786. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 250 v. (C. C.)
Escudo
esquartelado; o primeiro de vermelho com cinco machados de prata com os cabos
de oiro, em aspa, e o segundo de vermelho com uma aguia preta estendida com os
pés e membrada de oiro, e por diferença um trifolio de prata; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de prata, oiro e vermelho, e por timbre dois
dos mesmos machados em aspa, por descender da nobre linhagem dos Machados e dos
da Maia. — Dada em Evora a 23 de julho de 1537. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. LXIV, fl. 82.
567. DioGo MARTINs, cavalleiro
fidalgo. Carta pela qual el-rei D. Sebastião o armou cavalleiro e lhe concede e
a seus des cendentes o seguinte brazão de armas: — Escudo partido em faxa; o
primeiro de preto com duas barras de oiro; o segundo com tres flores de liz de
purpura, em pala; elmo de prata serrado guarnecido de oiro, paquife de oiro,
preto e purpura, e por timbre uma das flores de liz das armas; com todas as
honras e privilegios de fidalgo pelos relevantes serviços que prestou. — Dada
em Lisboa a 1 de abril de 1560. (M. N.) Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv.
II, fl. 275 v.
568. DIOGO MENDES DE LA PENHA,
neto de Thomaz de la Penha, morador na cidade de Salamanca. Carta pela qual
el-rei D. João III o fez fidalgo de cota de armas, e lhe concedeu e a seus
descendentes a faculdade de poder usar do brazão que el-rei D. Fernando concedêra
ao dito seu avô; com todas as honras e privilegios de fidalgo, não só pela sua
descen dencia, mas tambem pelos serviços por elle prestados (Não descreve a
forma do brazão). — Dada em Almeirim a 27 de maio de 1527. Reg. na Chanc. de D.
João III, liv. II, fl. 45. V. no I. H. Penha (de la).
569. Di Go MEXIA, natural de
Campo-maior, filho de Affonso Mexia, morador na dita villa; neto de Diogo
Gonçalves Mexia, que foi fidalgo muito honrado e do tronco da geração dos
Mexias. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecesso res: — Escudo de campo de oiro com tres faxas de azul, e por
diferença uma flor de liz vermelha; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro e azul, e por timbre meia onça de oiro rompente faxada com as
tres faxas azues; com todas as honras e pri vilegios de fidalgo por descender
da geração e linhagem dos Mexias. — Dada em Lisboa a 4 de dezembro de 1542.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXXII, fl. 91 v.
569. Diogo MIGUEL FRARY DA SILVA
MAIA E MoREIRA (Bacharel), juiz de fora e orphãos da villa de Extremoz, e
actual ouvidor da capitania de Goyazes na America, na tural da dita villa, com
a sua casa e familia na de Borba; filho de Francisco Frary, na tural da cidade
de Cutance da baixa Normandia, provincia do reino de França, e de sua mulher D.
Antonia Joaquina França da Silva, irmã legitima do doutor Manuel Dias Nó, juiz
de fora da Villa de Monforte, e ouvidor de Barbacena, a quem já se passou
brazão de armas das familias dos appellidos Dias, Moreiras, Maias, e Silvas no
anno 1750; neto pela parte materna de outro doutor Manuel Dias Nó, tambem juiz
de fora da mencionada vila de Monforte, e depois ouvidor da comarca de
Villa-viçosa, cujo logar exerceu no temp0 das reaes passagens no anno de 1729
com muito explendor e credito, e ultimamente fal lecêra com o de auditor geral
da provincia do Alemtejo, e com a beca, e de sua mulher D. Cecilia França da
Silva, filha de Sebastião Rodrigues Moreira Maia, e de sua mulher D. Maria
Martins Proxoa; bisneto de Antonio Dias Nó, natural da villa do Crato, d’onde
veiu para a de Borba a casar com D. Maria Rodrigues; terceiro neto de Pedro
Dias Nô, o qual era filho de Affonso Dias Nó, naturaes da dita villa do Crato,
pessoas da mais es clarecida nobreza d’ella. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Dias, no segundo as dos Moreiras, no terceiro as
dos Maias, e no quarto as dos Silvas. — Br. p. a 26 de abril de 1782. Reg. no
Cart. da N., liv. III, fl. 49. (C. C.)
570. DIo Go NUNEs DE ABREU, natural
de Portel, filho de Manuel Nunes Chan0qu0, cavalleiro da casa real, e de Isabel
do Rego; neto de Ruy Collaço do Rego, que foi do tronco da geração dos do Rego
e fidalgo muito honrado, e de Briolante Gomes de Abreu, que foi filha de Gracia
Gomes de Abreu, bisavô do dito Antão, que era fidalgo e do tronco da linhagem
dos de Abreu. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão
de seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de verde com
uma banda bordada de prata e n’ella tres vieiras de oiro riscadas de preto e
perfiladas de azul; o segundo de Verme lho com cinco cotos de oiro em aspa, e
por diferença uma brica de prata e nela um — G— de preto; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro, verde e Ver melho, e por timbre um dos
cotos; com todas as honras e privilegios de fidalgo por des cender da geração e
linhagem dos Regos, e Abreus. — Dada em Evora a 30 de agosto de 1535. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. x, fl. 136 v.
573.
DIo Go NUNEs FERREIRA, cavaleiro fidalgo da casa real, filho de Gonçalo do
Rego, neto de Gonçalo Nunes do Rego Ribeiro,
bisneto de Alvaro Fernandes do Rego, os quaes foram todos fidalgos e do
verdadeiro tronco d'estas gerações. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado;
o primeiro dos do Rego, verde, com uma banda de prata ondada, e n’ella tres
vieiras de oiro riscadas e perfiladas de preto; o segundo de preto com tres
faxas veiradas e contraveiradas de prata e vermelho; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de prata, verde, oiro e vermelho, e por timbre dois
penachos verdes guarnecidos de oiro, com uma das vieiras no meio d'elles, e por
differença um crescente de prata; com todas as honras de nobre fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Regos e dos Ribeiros. — Dada em Lisboa a 8
de outubro de 1543. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXVIII, fl. 50.
574. DIo Go OKELIs, capitão de
cavallos no regimento de Moura, filho de Guilherme Okelis, tenente de
cavallaria do dito regimento, e de sua mulher D. Marianna Josepha; neto pela
parte paterna de Bernardo Okelis, natural do reino de Irlanda, o qual servindo
nos exercitos de França chegou a ser governador de uma praça com patente de
coronel, e pela parte materna neto de Sebastião Vaz Mayorga, com posto tambem
no militar, por cujos serviços feitos em campanha, obtiveram sua mulher, avó, e
um filho, tio do sup plicante, uma tença; e era sobrinho de Guilherme Okelis, e
de Hugo Okelis, primeiro co ronel do regimento de cavallaria de Moura, e
segundo brigadeiro de infanteria do regi mento de Chaves, todos parentes do
conde Okelis, tenente general de infanteria nos exercitos do imperador, em
Alemanha. Um escudo com as armas de Okelis. — Br. p. a 14 de abril de 1785.
Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 194 v. (C. C.)
575. DIo G o PIMENTEL, escudeiro
fidalgo, filho de Alvaro Pimentel e de Branca Lo pes (este Alvaro era homem
fidalgo e parente do conde de Benavente); neto de João de Lousada, que era
homem fidalgo do tronco dos Lousadas, e de Thereza Pimentel, filha de João
Affonso Pimentel, bisavô do conde de Benavente d’esta era. + Carta pela qual
el-rei D. Manuel lhe concede e a seus descendentes o brazão de ar mas de seus antecessores:
— Um escudo de campo vermelho com cinco vieiras de prata e no campo por
differença uma estrella de oiro; elmo de prata aberto, e por timbre um meio
leão de oiro, e paquife de prata e vermelho, por descender da nobre linhagem
dos Pimenteis. — Dada em Lisboa a 27 de abril de 1514. Reg. na Chanc. de D.
Manuel, liv. XV, fl. 58, e liv. v de Mist., fl. 117.
576. DioGo PIRES DE DRUMOND,
morador na ilha da Madeira, filho de Andreza Gon çalves de Drumond; neto de
Joanna Escorcia de Drumond; bisneto de João de Escorcio de Drumond; trineto de
João Drumond, senhor de Escobar, em ESCOSsia, que foi irmão de Anna Bella,
rainha de Escossia, o qual descendia dos principaes senhores de Escossia da
nobre casa dos Drumond. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo de oiro com tres faxas
ondadas de vermelho, e por brica de verde com um dez de oiro; elmo de prata
aberto garnido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre uma meia lebre
de vermelho com sua colleira de oiro; com todas as honras de nobre fidalgo por
descender da geração dos Drumond. — Dada em Lisboa a 19 de março de 1538. Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. XLIV, fl. 39 v.
577. DioG o RATTON DE CLAMOUSE,
morador na cidade de Lisboa, filho de JacOme Ratton, cavaleiro professo da
ordem de Christo, e de sua mulher D. Anna de Clamouse Ratton; neto pela parte
paterna de Jacome Ratton, cavalleiro professo da ordem de Christo, e de sua
mulher D. Francisca Bellon; e pela materna de Bernardo de Clamouse, que foi
consul geral da nação franceza na cidade do Porto, e de sua mulher D. Genoveva
Martefocher. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Rattons, e na
segunda as dos Clamouses. — Br. p. a 13 de fevereiro de 1788. Reg. no Cart. da
N., liv. IV, fl. 47. (C. C.)
578. DioGo DE SISNEIRos, natural
de Beja, filho de João de Sisneiros, cavaleiro da ordem de S. Tiago, que foi do
tronco desta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo meio partido em pala; a primeira
parte de vermelho partida em faxa, na primeira d’estas tres cisnes de prata em
roquete e uma argola de oiro no pes coço de cada um, na segunda cinco flores de
liz de prata, em aspa; a segunda parte do escudo de prata com tres barras de
vermelho, e por differença uma merleta de oiro; elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre um dos cisnes; com todas as
honras e privilegios de nobre fidalgo por descender da geração dos Sisneiros. —
Dada em Evora a 24 de outubro de 1533. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xx,
fl. 5 V.
579. DioGo SoA RES, morador na
cidade de Goa, neto de Gomes Soares de Toledo. Carta pela qual el-rei D. João
III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo
vermelho com duas albarradas de oiro de duas azas cada uma, cheias de cebollas
cecem da sua côr entre uma banda que retem pelos cabos duas cabe ças de serpes,
tambem de oiro, armadas de azul; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife
de oiro, vermelho e prata, e por timbre uma das albarradas; com todas as honras
e privilegios de fidalgo por descender da geração dos Soares de Toledo, que são
fidalgos no reino de Castella. — Dada em Lisboa a 23 de fevereiro de 1556. Reg.
no liv. V de Privilegios, fl. 262 V.
580. DioGo SoAREs DE VILLA-BoA,
natural de Beja, filho de Martim Manuel de Vil la-b0a. Carta pela qual el-rei
D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecess0 res: — Escudo de
campo verde e uma bicha por nome tiro de prata picada de preto com a lingua
vermelha faxada, e o rabo retornado, e por diferença uma estrella de oiro; elmo
de prata atrolhado guarnecido de oiro, paquife de prata e verde, e por timbre
metade do tiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por descender da
geração dos Villas-boas. — Dada em Lisboa a 29 de maio de 1571. Reg. na Chanc.
de D. Sebastião, liv. VIII, fl. 260.
581. DioGo DE SOURO DE AFFONSECA,
cavaleiro fidalgo da casa real, morador na cidade da Guarda. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecess0 res: —
Escudo de campo de oiro com cinco estrellas de vermelho, em aspa, e por dife
rença uma merleta de Vermelho; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife
de oiro e vermelho, e por timbre um meio touro vermelho com os paus de oiro e
uma estrella tambem de oiro na testa; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da na Chanc. de D. João III, liv. XVII, fl. 9.
582. DioGo VAz, cavalleiro
fidalgo, filho de Vasco da Fonseca e de Lianor Osores, que foram moradores em
Pinhel, e neto de Diogo da Fonseca, que foi aio do conde D. Vasco (que foi
primeiro conde de Marialva) e bisneto de Gonçalo da Fonseca e de D. Becaca, a
qual foi herdeira do morgado de S. Romão. Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe
concede e a seus descendentes o brazão de seus antecessores : — Escudo de campo
de oiro com cinco estrellas vermelhas em aspa, e elmo de prata fechado, e por
timbre um meio corpo de homem com uma maça nas mãos, ar mado de branco, paquife
de oiro e vermelho; com todas as honras de fidalgo por descen der da geração e
linhagem dos Afonsecas. — Dada em Lisboa a 11 de julho de 1514. Reg. na Chanc.
de D. Manuel, liv. XI, fl. 42, e liv. VI de Mist., fl. 127.
583. DioGo VAZ CARREIRO, morador
na ilha de S. Miguel, filho de Pero Gonçalves Carreiro e neto de Gonçalo Vaz
Carreiro, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d’esta linhagem. Carta pela
qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus
antecessores : — Escudo de campo vermelho com uma banda de azul, e n’ella um
leão de oiro entre dois pinheiros verdes com as raizes de prata e o fruto de
oiro, e por diferença uma flor de liz de prata na banda; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre um meio leão de
oiro; com todas as honras de fidalgo por descender da nobre linhagem dos
Carreiros. — Dada em Evora a 23 de outubro de 1534. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. x, fl. 1.
584. DIOGO VAZ DA ToRRE, filho de
Bastiam Vaz da Torre, cavaleiro, e neto de Vasco Pires da Torre, cavaleiro
fidalgo, bisneto de Pedro Vicente da Torre, que foi fidalgo muito honrado e o
principal do tronco d'esta geração dos da Torre. Carta pela qual el-rei D. João
III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus antecessores : — Escudo de
campo vermelho com uma torre de prata lavrada de preto entre duas cabeças de
leões de oiro postas sobre o pé do escudo de agua ondado; elmo de prata aberto,
paquife de oiro, prata e vermelho, e por timbre a mesma torre; com todas as honras
e privilegios de fidalgo por descender da nobre geração dos da Torre. —Dada em
Lisboa a 7 de outubro de 1538. — Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLIV, fl.
113 v.
585. DIONYSIO COTRIM DE SOUSA,
natural d’esta cidade de Lisboa; filho de Luiz RO drigues Manuel e Lemos, que
era irmão de Manuel Rebello de Lemos, moço da camara que foi do Senhor rei D.
Pedro II; neto paterno do capitão Antonio Rodrigues de Lemos e de sua mulher D.
Francisca Cotrim de Abreu, dona da camara que foi da augustissima Senhora D.
Maria de Austria; elle irmão de João Rebello, filhos ambos de João Rebello, a
quem se passou brazão com as armas dos Rebellos, Meirelles e Macedos, em 20 de
fe vereiro de 1650, o qual era filho de Miguel Rebello, e de sua mulher Antonia
de Lemos e Carvalho; neto paterno de João Jorge, e de Camilla Rebello; neto
materno de Antonio Carvalho, e de Antonia de Lemos. As armas dos Rebellos,
Cotrins, Lemos, e Meirelles. — Br. p. a 8 de junho de 1758. Reg, no Cart. da
N., liv. particular, fl. 116. (C. C.)
586. DioNvs1o GoNÇALVES BRANco
(Doutor), ouvidor geral da cidade da Bahia e sua comarca, natural de Lisboa;
filho de Pedro Gonçalves Branco, e de sua mulher D. Maria Magdalena; neto
paterno de Antonio Dias, e de Maria Gonçalves Branco; bis neto de Domingos Pires,
e de Maria Dias; terceiro neto de João Dias, e de Maria Dias; neto materno de
Gaspar Dias, e de Feliciana Dias; bisneto de Domingos Pires, e Do mingas Dias.
As armas dos Dias, Gonçalves Brancos. — Br. p. a 18 de março de 1751. Reg. no
Cart. da N., liv. particular, fl. 14, v. C. C.
587. DIONYsio JosÉ XAVIER DA
FRANÇA E OLIVEIRA HORTA, natural de Villa verde dos Francos; filho de Francisco
Nunes Xavier, e de Isabel Maria da França; neto paterno de João Nunes da Horta;
neto materno de Luiz da França. As armas dos Hortas, e Franças. — Br. p. a 29
de julho de 1754. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 76. C. C. 588.
DIoNYs 1o PEDRo LoPEs, cavaleiro professo na ordem de Christo, e natural de
Villa-franca de Xira; filho de Manuel Lopes da Silva, e de sua mulher D. Maria
Theresa; neto paterno de Bartholomeu da Silva, e de sua mulher D. Anna Lopes; e
materno de Manuel Martins, e de sua mulher D. Maria da Conceição. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Silvas, e na segunda as dos Lopes. —
Br. p. a 10 de fevereiro de 1820. Reg. no Cart. da N., liv. VIII fl. 52, v. C.
C.
589. DoMINGos DE ALMEIDA
MAGALHÃEs, capitão de infanteria auxiliar, e ouvidor da villa de Arouca; filho
de Francisco Moreira de Magalhães; neto de Luiz Pinto de Ma galhães; bisneto de
Bernardo de Almeida de Magalhães, descendente da casa de Covo e Trofa, o que
fez certo por uma sentença tirada na Correição do civel da corte, de que foi
juiz o desembargador Bento da Costa de Oliveira Sampaio, e escripta por Antonio
Soares Guerreiro, escrivão do dito juizo, e o rei de armas Portugal Manuel
Pereira da Silva, cavalheiro professo na ordem de Christo. As armas dos
Moreiras, Almeidas, Magalhães, e Pintos. — Br. p. a 23 de novembro de 1750.
Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 5, v. C. C.
590. DoMINGos ALVAREs LEITE DE CHAvEs, natural
de Chaves, filho legitimado de Domingos Alvares Leite de Chaves, abbade da
egreja de S. Thomé de Parada; neto de Alvaro Annes Leite de Chaves; e bisneto
de outro Alvaro Annes Leite de Chaves, alcaide da villa de Monforte e
Rio-livre; e tresneto de Pedro Esteves Leite de Chaves, os quaes todos foram
fidalgos muito honrados e do verdadeiro tronco d'esta geração. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus anteces sores: Escudo
de campo esquartelado: o primeiro dos Chaves, que são cinco chaves de oiro em
campo vermelho, em aspa, e assim o contrario, o segundo dos Leites, que é es
quartelado o primeiro de verde com tres flores de liz de oiro em roquete, o
segundo de vermelho com uma cruz de prata florida e vazia, e assim os
contrarios, e por diferença um filete preto posto em contrabanda; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquilº de oiro, vermelho, prata e verde, e por
timbre duas chaves em aspa; com todas às honras e privilegios de fidalgo, por
descender da geração dos Leites e Chaves.—Dada em Almeirim a 16 de setembro de
1551. Reg. no liv. IV de Privilegios, fl. 84.
591. DoM INGos Alves TELLEs, e
Domingos Alvares Telles Bandeira (Doutores), e seu irmão João Telles Bandeira,
todos naturaes d’esta côrte e cidade de Lisboa, cavalleiros pr0 fessos na ordem
de Christo, filhos do capitão Estevão Alves Bandeira, cavaleiro fidalgo, e
professo na ordem de Christo, familiar do Santo Oficio, e de sua mulher D.
Thereza da Fonseca Telles, o qual tirou brazão em 12 de março de 4704; netos
paternos de João Al Ban deira, que viveu no concelho de Besteiros onde teve
solar dos Bandeiras; quartos netos de Gaspar Alvares Bandeira, irmão de Pedro
Alvares Bandeira, neto do capitão de caval laria Simão Nunes Infante de
Sequeira; quintos netos de Anna Bandeira, e de seu marido Diogo Fidalgo, filho
de Gaspar Alvares Fidalgo; sextos netos de Gonçalo Pires Bandeira, que foi
aquelle famoso e esforçado cavalleiro, que chamando-se Gonçalo Pires Zuzarte lhe
deu o rei D. João II o appelido de Bandeira por haver restaurado a bandeira
real deste reino, que os castelhanos tinham ganhado na batalha de Touro,
dando-lhe tambem por ar mas a mesma bandeira, e n’ella um leão; e de sua mulher
Violante Nunes Barreto, filha de Fernando Nunes Cardozo, filho de Francisco
Nunes Barreto, commendador de Castel lães, e Sant'Iago de Besteiros, ouvidor da
casa da rainha D. Leonor, e de sua mulher D. Bertholeza de Figueiredo; netos
maternos de D. Maria Lopes da Fonseca Telles, e de seu marido Antonio Dias da
Silva; bisnetos de Francisco Telles de Menezes, que do dis tricto de Alemquer,
onde nasceu, se ausentou por um crime, e viveu escondido na terra da Feira,
onde casou na familia dos Lopes Fonsecas, aparentados com os morgados de
Fontellas; terceiros netos de Fernando Telles de Menezes, primeiro conde de
Unhão, e de D. Maria Garcez, mulher nobre da villa de Alemquer, como provou no
anno de 1710 sua neta D. Thereza da Fonseca Telles no civel da côrte; quartos
netos de Ruy Telles de Me nezes, oitavo senhor de Unhão, commendador de Arguim,
e de sua mulher D. Marianna da Silveira, filha de Vasco da Silveira,
commendador de Arguim, e de sua mulher D. Ignez de Noronha; quintos netos de
Fernando Telles de Menezes, setimo senhor de Unhão, com mendador das commendas
de Ourique, e de sua mulher D. Maria de Castro, dama da rainha D. Catharina, e
filha de D. Jeronymo de Noronha, neto do marquez de Villa Real; sextos netos de
Manuel Telles de Menezes, sexto senhor de Unhão, Supoens, Gestaes, Mei nedo, e
Ribeira de Sons, commendador de Ourique na ordem de Sant'Iago, e de sua mu lher
D. Margarida de Castro, filha de D. Fernando de Castro, capitão-mór de Evora,
avô paterno do primeiro conde de Basto, e de sua mulher D. Marianna de Vilhena;
setimos netos de Ruy Telles de Menezes, quinto senhor de Unhão, mordomo-mór da
infanta D. Isabel, que foi imperatriz, mulher do imperador Carlos V, e de sua
mulher D. Guio mar de Noronha, filha de D. Pedro de Noronha, commendador-mór da
ordem de Sant'Iago, e mordomo-mór de el-rei D. João o II, progenitor da casa
dos condes dos Arcos, Villa verde, marquezes de Angeja e Marialva; oitavos
netos de Fernão Telles de Menezes, quarto senhor de Unhão, mordomo-mór da
rainha D. Leonor, e de sua mulher D. Maria de Vi lhena, filha de Martim Affonso
de Mello, guarda-mór do rei D. Duarte, alcaide-mór de Olivença; nonos netos de
Ayres Gomes da Silva, segundo senhor de Vagos, progenitor da casa de Aveiras, e
de sua segunda mulher D. Brites de Menezes, filha de D. Martinho de Menezes,
primeiro senhor de Cantanhede, ascendente dos condes de Unhão. As armas dos
Bandeiras, Menezes, e Telles. — Br. p. em julho de 1752. Reg. no Cart. da N.,
liv. particular, fl. 38 v. (C. C.)
592. DoM INGos DE ARAUJo SoA REs,
e seu irmão João de Araujo Soares Costa, naturaes da villa de Valladares, na
provincia de entre Douro e Minho, arcebispado de Braga, e moradores n'esta
côrte, filhos de Sebastião de Araujo Costa, e de Isabel Soares Rodri gues;
netos paternos de Domingos Vieytes, e de Antonia Fernandes de Araujo; bisnetos
de Sebastião Fernandes de Araujo, e de sua mulher Maria Alvares de Ceybaes;
terceiros netos de Bartholomeu Fernandes de Araujo, e de Isabel Rodrigues da
Costa; quartos ne tos de Damião Fernandes de Araujo. As armas dos Araujos,
Soares, e Costas. — Br. p. a 25 de outubro de 1754. Reg. no Cart. da N.. liv.
particular, fl. 81. (C. C.) neto materno de Gaspar Dias, e de Feliciana Dias;
bisneto de Domingos Pires, e Do mingas Dias. As armas dos Dias, Gonçalves
Brancos. — Br. p. a 18 de março de 1751. Reg. no Cart. da N., liv. particular,
fl. 14, v. C. C.
587. DIONYsio JosÉ XAVIER DA
FRANÇA E OLIVEIRA HORTA, natural de Villa verde dos Francos; filho de Francisco
Nunes Xavier, e de Isabel Maria da França; neto paterno de João Nunes da Horta;
neto materno de Luiz da França. As armas dos Hortas, e Franças. — Br. p. a 29
de julho de 1754. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 76. C. C.
588. DIoNYs 1o PEDRo LoPEs,
cavaleiro professo na ordem de Christo, e natural de Villa-franca de Xira;
filho de Manuel Lopes da Silva, e de sua mulher D. Maria Theresa; neto paterno
de Bartholomeu da Silva, e de sua mulher D. Anna Lopes; e materno de Manuel
Martins, e de sua mulher D. Maria da Conceição. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Silvas, e na segunda as dos Lopes. — Br. p. a 10 de
fevereiro de 1820. Reg. no Cart. da N., liv. VIII fl. 52, v. C. C.
589. DoMINGos DE ALMEIDA
MAGALHÃEs, capitão de infanteria auxiliar, e ouvidor da villa de Arouca; filho
de Francisco Moreira de Magalhães; neto de Luiz Pinto de Ma galhães; bisneto de
Bernardo de Almeida de Magalhães, descendente da casa de Covo e Trofa, o que
fez certo por uma sentença tirada na Correição do civel da corte, de que foi
juiz o desembargador Bento da Costa de Oliveira Sampaio, e escripta por Antonio
Soares Guerreiro, escrivão do dito juizo, e o rei de armas Portugal Manuel
Pereira da Silva, cavalheiro professo na ordem de Christo. As armas dos
Moreiras, Almeidas, Magalhães, e Pintos. — Br. p. a 23 de novembro de 1750.
Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 5, v. C. C.
591. DoM INGos Alves TELLEs, e
Domingos Alvares Telles Bandeira (Doutores), e seu irmão João Telles Bandeira,
todos naturaes d’esta côrte e cidade de Lisboa, cavalleiros pr0 fessos na ordem
de Christo, filhos do capitão Estevão Alves Bandeira, cavaleiro fidalgo, e
professo na ordem de Christo, familiar do Santo Oficio, e de sua mulher D.
Thereza da Fonseca Telles, o qual tirou brazão em 12 de março de 4704; netos
paternos de João Al Ban deira, que viveu no concelho de Besteiros onde teve
solar dos Bandeiras; quartos netos de Gaspar Alvares Bandeira, irmão de Pedro
Alvares Bandeira, neto do capitão de caval laria Simão Nunes Infante de
Sequeira; quintos netos de Anna Bandeira, e de seu marido Diogo Fidalgo, filho
de Gaspar Alvares Fidalgo; sextos netos de Gonçalo Pires Bandeira, que foi
aquelle famoso e esforçado cavalleiro, que chamando-se Gonçalo Pires Zuzarte
lhe deu o rei D. João II o appelido de Bandeira por haver restaurado a bandeira
real deste reino, que os castelhanos tinham ganhado na batalha de Touro,
dando-lhe tambem por ar mas a mesma bandeira, e n’ella um leão; e de sua mulher
Violante Nunes Barreto, filha de Fernando Nunes Cardozo, filho de Francisco
Nunes Barreto, commendador de Castel lães, e Sant'Iago de Besteiros, ouvidor da
casa da rainha D. Leonor, e de sua mulher D. Bertholeza de Figueiredo; netos
maternos de D. Maria Lopes da Fonseca Telles, e de seu marido Antonio Dias da
Silva; bisnetos de Francisco Telles de Menezes, que do dis tricto de Alemquer,
onde nasceu, se ausentou por um crime, e viveu escondido na terra da Feira,
onde casou na familia dos Lopes Fonsecas, aparentados com os morgados de
Fontellas; terceiros netos de Fernando Telles de Menezes, primeiro conde de
Unhão, e de D. Maria Garcez, mulher nobre da villa de Alemquer, como provou no
anno de 1710 sua neta D. Thereza da Fonseca Telles no civel da côrte; quartos
netos de Ruy Telles de Me nezes, oitavo senhor de Unhão, commendador de Arguim,
e de sua mulher D. Marianna da Silveira, filha de Vasco da Silveira,
commendador de Arguim, e de sua mulher D. Ignez de Noronha; quintos netos de
Fernando Telles de Menezes, setimo senhor de Unhão, com mendador das commendas
de Ourique, e de sua mulher D. Maria de Castro, dama da rainha D. Catharina, e
filha de D. Jeronymo de Noronha, neto do marquez de Villa Real; sextos netos de
Manuel Telles de Menezes, sexto senhor de Unhão, Supoens, Gestaes, Mei nedo, e
Ribeira de Sons, commendador de Ourique na ordem de Sant'Iago, e de sua mu lher
D. Margarida de Castro, filha de D. Fernando de Castro, capitão-mór de Evora,
avô paterno do primeiro conde de Basto, e de sua mulher D. Marianna de Vilhena;
setimos netos de Ruy Telles de Menezes, quinto senhor de Unhão, mordomo-mór da
infanta D. Isabel, que foi imperatriz, mulher do imperador Carlos V, e de sua
mulher D. Guio mar de Noronha, filha de D. Pedro de Noronha, commendador-mór da
ordem de Sant'Iago, e mordomo-mór de el-rei D. João o II, progenitor da casa
dos condes dos Arcos, Villa verde, marquezes de Angeja e Marialva; oitavos
netos de Fernão Telles de Menezes, quarto senhor de Unhão, mordomo-mór da
rainha D. Leonor, e de sua mulher D. Maria de Vi lhena, filha de Martim Affonso
de Mello, guarda-mór do rei D. Duarte, alcaide-mór de Olivença; nonos netos de
Ayres Gomes da Silva, segundo senhor de Vagos, progenitor da casa de Aveiras, e
de sua segunda mulher D. Brites de Menezes, filha de D. Martinho de Menezes,
primeiro senhor de Cantanhede, ascendente dos condes de Unhão. As armas dos
Bandeiras, Menezes, e Telles. — Br. p. em julho de 1752. Reg. no Cart. da N.,
liv. particular, fl. 38 v. (C. C.)
592. DoM INGos DE ARAUJo SoA REs,
e seu irmão João de Araujo Soares Costa, naturaes da villa de Valladares, na
provincia de entre Douro e Minho, arcebispado de Braga, e moradores n'esta
côrte, filhos de Sebastião de Araujo Costa, e de Isabel Soares Rodri gues;
netos paternos de Domingos Vieytes, e de Antonia Fernandes de Araujo; bisnetos
de Sebastião Fernandes de Araujo, e de sua mulher Maria Alvares de Ceybaes;
terceiros netos de Bartholomeu Fernandes de Araujo, e de Isabel Rodrigues da
Costa; quartos ne tos de Damião Fernandes de Araujo. As armas dos Araujos,
Soares, e Costas. — Br. p. a 25 de outubro de 1754. Reg. no Cart. da N.. liv.
particular, fl. 81. (C. C.) 593. DoM INGos CABAço CoRTEz, cavalleiro professo
na ordem de Christo, familiar do Santo Oficio, natural e morador na cidade de
Portalegre; filho do capitão José Ca baço Cortez, e de D. Magdalena Rodrigues;
neto paterno de Manuel Cabaço Cortez, e de Anna Gonçalves; neto materno de
Antonio Rodrigues Galego, e de Catharina Ro drigues. As armas dos Gonçalves,
Rodrigues, e Galegos. — Br. p. a 9 de setembro de 1752. Reg. no Cart. da N.,
liv. particular, fl. 43 v. (C. C.)
As
armas dos Machados, e Oliveiras. — Br, p. a 21 de abril de 1756. Reg. no Cart.
da N., liv. particular, fl. 95 v. (C. C.)
595.
DOMINGOS FERNANDES JULES, do lugar de Quintan, sargento-mór de ordenan ças da
villa de Alfarela, comarca de Villa-real; filho de André Rodrigues, e de sua mu
lher D. Anna Ribeiro de Carvalho;
neto paterno de Lourenço Affonso, e de sua mulher Isabel Rodrigues, e materno
de Domingos Ribeiro, e de sua mulher Maria Fernandes. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Affonsos, e na segunda 3S # Ribeiros. — Br. p. a
26 de agosto de 1811. Reg. no Cart, da N., liv. VII, fl. 233. • (C. C.)
596. DoMINGos FRANCIs Co PENA DE
CARVALHo, natural de Ribeira da Pena; filho de Miguel Francisco de Carvalho, e
de sua mulher Catharina Gonçalves; neto paterno de João Gonçalves de Carvalho,
e de sua mulher Catharina Gonçalves; bisneto de Antonio João, e de sua mulher
Maria Sanches; neto materno de Antonio de Gonçalves, e de sua mulher Maria
Botelho; bisneto de Antonio Gonçalves, e de sua mulher Catharina G0n çalves. As
armas dos Carvalhos, Botelhos, Gonçalves, e Sanches. — Br. p. a 25 de setembro
de 1756. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 100. (C. C.)
597. DoM INGos DE GAMBôA E Liz,
cavaleiro fidalgo da casa real, primeiro deputado da Junta da administração de
todas as fabricas do reino e obras das aguas livres; natural da villa da
Arruda; filho de Bartholomeu de Gambôa e Liz, cavaleiro fidalgo da casa real, e
de sua mulher Maria Ignacia de Figueiredo; neto pela parte paterna de Antonio
de Gam bôa e Liz, tambem cavaleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D.
Clara de Azevedo, e pela parte materna de Domingos Teixeira, e de D. Maria do
Espirito Santo. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Gambôas, na
segunda as dos Lizes. — Br. p. a 11 de fevereiro de 1778. Reg. no Cart. da N.,
liv. II, fl. 143 v. (C. C.)
598. DoM INGos GoNÇALVES LoPEs,
capitão-mór da baliagem de Lessa, da sagrada Religião de Malta, e administrador
do morgado de S. Tiago; filho de José Gonçalves Lopes, capitão-mór da mesma
baliagem, e administrador do mesmo morgado, e de Sua mulher D. Anna Maria da
Silva; neto paterno de Domingos Gonçalves Lopes, instituidor do mencionado
morgado, e de sua mulher D. Anna Maria Dias, e materno do capitão Ma nuel da
Silva Guimarães, e de sua mulher D. Antonia Maria Martins. dos Silvas. — Br. p.
a 7 de outubro de 1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 212 v. (C. C.)
599. DoM INGos GoNÇALVES PINTO
CAMELLo CoTTA, cavalleiro fidalgo da casa real; filho de Simão Camello da Rosa,
e de D. Mexia Rodrigues; neto pela parte paterna de João Neto da Rosa, e de D.
Catharina de Sena, e pela materna de Domingos Gonçalves Pinto, e de D. Guiomar
Botelho, todos com os ditos fóros de cavalleiros fidalgos da casa real, e
descendentes das nobres familias dos appellidos de Camellos, Cottas, Gonçalves,
e Pintos d’este reino. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Camellos, no segundo as dos Cottas, no terceiro as dos Gonçalves, no quarto as
dos Pintos. — Br. p. a 3 de fe vereiro de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. IV,
fl. 93. (C. C.)
600. DoMINGos JosÉ DE CARVALHo
QUEIXAD o E Cost A, professo na ordem de Christo, filho do sargento-mór Estevão
da Costa Borges, e de D. Maria da Costa Quei xado; neto pela parte paterna de
Antonio Nunes, e de D. Maria da Costa, e pela materna de Antonio Gomes de
Carvalho, e de D. Maria da Costa Palmo. Um escudo partido em pala; na primeira
as armas dos Costas, e na Segunda as dos Carvalhos. — Br. p. a 18 de abril de
1791. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 210 V. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo as
dos Pimentas, no terceiro as dos Guerras, e no quarto as dos Machados. — Br. p. a 16 de setembro de
1789. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 123. C (C. C.)
602. DoMINGos JosÉ LEITE,
commendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, e
negociante de grosso tracto; filho de Francisco José Barroso, proprie tario, e
de sua mulher D. Maria Leite Alves Pereira; neto paterno de Domingos José
Barroso, proprietario, e de sua mulher D. Luiza João Barroso; e materno de
Francisco Gonçalves Leite, proprietario, e de sua mulher D. Damiana Thereza
Alves Pereira; bisneto pelo mesmo lado, de João Gonçalves Leite, proprietario,
e de sua mulher D. Ignacia Leite de Magalhães; bisneto tambem por parte materna
de Manuel Alves Pereira, e de sua mu lher D. Maria dos Prazeres Alves Pereira.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Barrosos, no segundo
as dos Gonçalves, no terceiro as dos Leites, e no quarto as dos Pereiras. — Br.
p. em no vembro de 1856. Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 14. (C. C.)
603. DoMINGos JosÉ DE Sous A,
cavalleiro professo na ordem de S. Bento de Aviz, cavalleiro fidalgo da casa
real, sargento-mór de infanteria, e governador do forte do Bom successo; filho
de Bento José de Sousa, e de D. Catharina de Lima; neto paterno de João Rodrigues
de Sousa, e de sua mulher D. Francisca de Sousa Lima; e materno de Anto nio
Francisco de Sousa, e de sua mulher D. Ventura de Lima. Um escudo com as armas
dos Sousas. — Br. p. a 12 de outubro de 1805. Reg, no Cart, da N., liv. VII,
fl. 103. (C. C.)
As
armas dos Machados, e Lopes. — Br. p. a 3 de junho de 1751. Reg. no Cart. da
N., liv. particular, fl. 17 v. (C. C.)
605. DoMINGos MANUEL PEREIRA DE
ALBUQUERQUE SÁ E REZENDE, filho de Se bastião Pereira Borges de Azevedo, e de
sua mulher D. Isabel Jacinta Josepha Pinta; neto paterno de Miguel Borges de
Azevedo, e de sua mulher D. Marianna de Sá, moradores e administradores do seu
morgado de Barcellos; bisneto de João de Rezende Moraes Sar mento, e de sua
mulher D. Paula de Azevedo, moradores na sua quinta e solar da Boa vista;
terceiro neto de Gaspar de Rezende de Albuquerque, senhor donatario de Rezende,
commendador de Santa Maria de Monforte, e governador da mesma praça, e de sua
mu lher D. Maria de Azevedo; neto materno de Bernardo Pita Calheiros, gentil
homem que foi da curia romana do cardeal Pauluei Negrão, e de sua mulher D.
Anna Margarida Generque. As armas dos Pereiras, Rezendes, Albuquerques, e
Borges. — Br. p. a 2 de fevereiro de 1751. Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 13. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Peixotos, no segundo as
dos Pereiras, no terceiro as dos Fonsecas, e no quarto as dos Mirandas. — Br.
p. a 22 de junho de 1767. Reg. no Cart. da N., liv. 1, fl. 50. (C. C.)
607. Do MINGos MENDEs, cavaleiro
da ordem de Christo, natural do logar de Medei ros; filho de Domingos Mendes, e
de sua mulher Maria Dias; neto pela parte paterna de outro Domingos Mendes, e
de sua mulher Maria Francisca, e pela materna de Alexandre Dias, e de sua mulher
lgnez Afonso. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Mendes, e na
segunda as dos Dias. — Br. p. a 20 de agosto de 1773. Reg. no Cart. da N., liv.
I, fl. 206 v. (C. C.) Co vilhã, natural do logar de Pedrogão, e morador no de
Santa Margarida, ambos da comarca de Castello-branco; filho de Domingos Nunes
Christovão, e de sua mulher D. Isabel de Oliveira; neto pela parte materna do
capitão de cavallos Gaspar Fernandes de Oliveira, filho de Francisco
Christovão, administrador da capella que instituiu seu tio Domingos Fernandes,
e de sua mulher D. Maria Carrasca, filha de Jacome Ferreira. Um escudo partido
em pala; na primeira as armas dos Oliveiras, e na segunda # dos Ferreiras. —
Br. p. a 7 de setembro de 1782. Reg. no Cart. da N., liv. III, . 68. (C. C.)
610. DoMINGos RoDRIGUEs DE
QUEIRoz, cavaleiro professo na ordem de Christo, bacharel formado pela
Universidade de Coimbra, oppositor aos logares de letras, natural da cidade de
Marianna, estado do Brazil; filho de Bento Rodrigues Coelho, e de sua mu lher
D. Maria de Queiroz Seixas; neto pela parte paterna de Amaro Rodrigues Coelho,
e pela materna neto de João de Queiroz de Seixas, e de sua mulher D. Feliciana
de Araujo Dantas; bisneto de Jacinto de Queiroz, e de sua mulher Maria Coelho;
terceiro neto de Antonio Francisco Marinho, e de sua mulher D. Maria de Queiroz
Seixas, descendentes de Antonio de Queiroz Mascarenhas, bem conhecido neste
reino pela sua distincta quali dade, e conhecido valor. Um escudo esquartelado;
no primeiro e quarto quarteis as armas dos Coelhos, no segundo as dos Queiroz,
e no terceiro as dos Seixas, — Br. p. a 2 de agosto de 1773. Reg. no Cart. da
N., liv. I, fl. 204 v. (C. C.)
611. DoMINGos TAVEIRA DE MoRAEs,
da cidade de Lamego, filho de Antonio Pe reira Taveira, e de sua mulher D.
Lourença Laureana de Moraes Pinto; neto pela parte paterna do capitão Manuel
Taveira da Fonseca, e de Clara Maria Baptista da Fonseca; bis neto do doutor
Antonio Pereira Taveira, e de sua mulher Marianna Carneiro da Fonseca; terceiro
neto de José Taveira, e de Helena Rodrigues Pereira; e pela parte materna neto do
capitão José de Moraes Pinto, e de D. Francisca Xavier de Passos; bisneto de
Sebas tião de Moraes, e de Anna Maria Pinto. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Taveiras, e na segunda as dos Moreiras. — Br. p. a 12 de
fevereiro de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 4 v. (C. C.)
612. DoMINGos DE VILLAs-BoAs
TRUÁo, da freguezia da Magdalena de Villar, filho de Antonio Lopes, e de sua
mulher Joanna de Villas-boas, da dita freguezia; neto pela parte paterna de
Paulo Lopes, e de sua mulher Maria Francisca; e pela materna neto de Domingos
Gonçalves, e de sua mulher Marianna de Villas-boas, filha de outro Domingos
Gonçalves, e de sua mulher Francisca de Villas-boas, neta do reverendo vigario
da fregue zia de Santo André de Barcellinhos, João de Villas-boas Truão,
pessoas da principal no breza da villa de Barcellos. Um escudo partido em pala;
na primeira as armas dos Lopes, e na segunda as dos Villas-boas. — Br. p. a 23
de agosto de 1769. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 108. • (C. C.)
613. DUARTE BoRGEs, morador na
ilha da Madeira, filho de Fabião Borges, neto de Fernão Carrilho Albernaz,
pagem da duqueza de Bragança, e de Maria Borges, que foi do tronco d'esta
geração dos Borges, e o dito Fernão Carrilho foi fidalgo muito honrado e do
tronco d'estas gerações dos Carrilhos e Albernazes. Carta pela qual el-rei D.
João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo
esquartelado; o primeiro dos Carrilhos, de campo azul, com cinco flores deliz
de oiro, em aspa, e o seu contrario dos Albernazes, de campo esquartelado, o
primeiro de azul com um carapeteiro de prata de sete ramos e o segundo de prata
com um cara peteiro de azul, e na segunda parte o escudo dos Borges, e seu
contrario, que é campo de vermelho com um leão de oiro e uma bordadura de azul
semeada de flores de liz de oiro, e por diferença uma merleta de prata; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, azul e vermelho, timbre um
meio leão de azul com uma flor de liz de oiro na cabeça; com todas as honras de
nobre fidalgo por descender da geração e linha gem dos Carrilhos, Albernazes e
Borges. — Dada em Lisboa a 13 de março de 1538. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. XLIV, fl. 37.
614. DUARTE COELHo, fidalgo da
casa real. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede e a seus descendentes
o seguinte bra zão de armas: — Escudo de campo de oiro, e um leão de purpura
passante, e uma cruz de sua côr firmada em um pé de verde, e um chefe de prata
com cinco estrellas de ver melho afogueadas de oiro, e uma bordadura azul com
cinco castellos de prata cobertos com as portas e frestas lavradas de preto;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, pa quife de oiro e purpura, e por
timbre o mesmo leão; com todas as honras e privilegios de fidalgo pelos
relevantes serviços que prestou nas partes da India em guerra contra 08
moiros.—Dada em Evora a 6 de julho de 1545. (M.N.) Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. XXXV, fl. 75 V.
616. DUARTE GoMEs SERRÃo, morador
na villa de Angra da ilha Terceira, bisneto de João Serrão. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus antecessores:
— Escudo de campo de prata com um leão vermelho com um pé em cima de uma serra
verde ondado, e por diferença uma dobre brica de azul e de cima de oiro, elmo
de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de vermelho, e por timbre o mesmo
leão das armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração # Serrões. — Dada em Santarem a 11 de abril de 1528. Reg. na Chanc. de
D. João III, iv. XI, fl. 44 V.
617. DUARTE GUILHERME FERRERI,
coronel do 4.º regimento de artilheria, filho de Francisco Ferreri, coronel do
regimento de infanteria n.º 1, e de D. Josepha Maria Paes; neto paterno de
Fernando Conde Ferreri, e de sua mulher D. Marianna de Gusmão. Um escudo, e
n'elle as armas dos Gusmões. — Br. p. a 9 de maio de 1825. Reg. no Cart. da N.,
liv. VIII, fl. 144. (C. C.)
619. DUARTE TAVEIRA, fidalgo da
casa real. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecessores: — Escudo de campo de oiro com nove aroelas e tres palas de
vermelho, e por differença uma merleta de azul; elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquife de oiro e verme lho, e por timbre meio leão de oiro; com todas
as honras e privilegios de fidalgo, por descender da geração e linhagem dos
Taveiras. — Dada em Lisboa a 13 de abril de 1527. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. II, fl. 57 v.
620. DUARTE VELHO, cavaleiro da
ordem de Aviz, e escrivão da camara real. Carta pela qual el-rei D. João III
lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo vermelho
com cinco vieiras de oiro, em aspa, riscadas de preto, e por diferença um
crescente de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e
vermelho, e por timbre um chapeo preto com uma vieira das armas na testa; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem
dos Velhos, por parte de seu pae e avós. — Dada em Lisboa a 13 de agosto de
1532. — Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XVIII, fl. 107. E
621. EDUARD o DE FARIA, fidalgo
cavaleiro, e moço fidalgo da casa real com exerci cio, commendador da ordem de
Christo, e negociante da praça do Rio de Janeiro; filho de Ricardo Pereira de
Faria, negociante, e de sua mulher D. Angelica Pulcheria Pita; neto paterno de
José Pereira de Faria, negociante, e de sua mulher D. Thomazia Rosa de Fa ria,
e materno de Manuel da Cunha Valle, proprietario, e de sua mulher D. Felisberta
Theodora da Cunha Valle. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Farias, e na segunda as dos Valles. — Br. p. em janeiro de 1861, Reg. no Cart.
da N., liv. Ix, fl. 37 v. (C. C.)
622. EDUARDo PEREIRA,
proprietario, natural da cidade de Macau; filho de Antonio Pereira, fidalgo
cavalleiro da casa de Sua Magestade Imperial do Brazil, e de sua mulher D.
Aurelia Suzanna Pereira; neto por parte paterna do conselheiro Manuel Pereira,
fidalgo cavalleiro da mesma imperial casa, e de sua mulher D. Rosa Vianna
Pereira; neto por parte materna de Mattheus Mendes, e de sua mulher D. Monica
Mendes. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, e na
segunda as dos Viannas. — Br. p. a 20 de maio de 1859. Reg. no Cart. da N.,
liv. Ix, fl. 25. (C. C.)
623. EDUARDo VENTURA DA PAz,
capitão das ordenanças de Palmella, e negociante da praça da cidade de Lisboa;
filho de Manuel Ventura da Paz, negociante da praça da dita cidade, e de sua
mulher D. Maria Joaquina Pereira de Sousa Cordova; neto paterno de Raymundo da
Paz, e de D. Francisca Theresa Rosa, descendente de Manuel da Paz, e de João da
Paz, fidalgos cavalleiros da casa real; e materno de Lourenço Antonio Pereira
de Sousa Cordova, a quem se passou brazão de armas a 4 de abril de 1762. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pazes, no segundo as dos
Pereiras, no terceiro as dos Cordeiros, e no quarto as dos Sequeiras. — Br. p.
a 30 de abril de 1814. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 290 v. (C. C.)
624. ElizIARIO MANUEL DE
CARVALHo, sargento-mór do terço da ordenança da Villa de Torres-vedras, natural
da cidade de Lisboa; filho de Manuel Dias de Carvalho, Sar gento-mór que tambem
foi do dito terço, e de sua mulher D. Rita Severa Correa Salgado; neto pela
parte paterna do capitão Domingos Dias de Carvalho, e de sua mulher D. Ca
tharina Simoa da Silva, e pela materna do capitão Bento Correa Salgado, e de
sua mulher D. Clara da Cunha do Sacramento Pereira. Um escudo com as armas dos
Carvalhos. — Br. p. a 16 de novembro de 1778. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl.
170 V. (C. C.)
625. D. EsPERANÇA ANGELICA DE SÁ
PEREIRA BARRos DE BULHÕEs, natural da villa de Tondella, filha de Antonio
Ferreira Sant'Iago, e de sua mulher D. Marianna The resa da Cunha; neta pela
parte paterna de Manuel Ferreira Sant'Iago, e de sua mulher de sua mulher
Placida Maria; bisneta por bastardia de outro Miguel do Valle de Bulhões, filho
de Manuel de Sá Pereira, da casa de Condeixa. Uma lisonja partida em pala; a primeira
de prata lisa, e a segunda esquarte lada; no primeiro quartel as armas dos
Valles, no segundo as dos Bulhões, no terceiro as dos Sás, e no quarto as dos
Pereiras. — Br. p. a 15 de janeiro de 1794. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 9.
(C. C.)
626. ESTEVÃO DE BETANCOURT
PERESTRELLO, fidalgo da casa real, governador e capitão donatario da ilha do
Porto-santo; filho de Victorianno de Betancourt e Vasconcellos, governador e capitão donatario da dita ilha, e de sua
mulher D. Violante Theodora de Betancourt; neto paterno de Estevão de
Betancourt Perestrello, governador e capi tão donatario da mesma ilha, e de sua
mulher D. Jacinta Dormond e Vasconcellos; neto materno do capitão Antonio da
Silva Favella, e de sua mulher D. Angela Betancourt de Atouguia e Menezes. As
armas dos Betancourts, Sousas, Perestrellos e Homens. — Br. p. a 18 de julho de
1754. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 75 v. (C. C.)
627. EsTEVÃO DE CARVALHAL,
camareiro do conde de Faro, natural de Odemira, filho de Antonio de Carvalhal,
neto de Fernão Lopes, bisneto de Lopo Gonçalves de Carvalhal, que foi fidalgo
muito honrado e do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III
lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo vermelho
partido em pala; no primeiro uma arvore verde, e no segundo uma torre de prata
frestada e guarnecida de preto, e o pé do escudo ondado de azul e prata, e por
diferença uma flor de liz de oiro, elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de prata, vermelho e verde, e por timbre a mesma torre com um ramo
verde nas ameias; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração e linhagem dos Carvalhaes. — Dada em Lisboa a 28 de abril de 1533. Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. XLV, fl. 30.
628. EstEVÃo JoÃo PEREIRA PALHA,
formado em direito civil pela Universidade de Coimbra, e natural da villa da
Vidigueira; filho de João Pereira Palha, alcaide-mór e capitão-mór da dita
villa, cavaleiro da ordem de Christo, e de sua mulher D. Domin gas Theresa
Coelho; neto paterno de Estevão Pereira, e de sua mulher Luiza Maria Pa lha;
neto materno de Domingos Coelho, e de sua mulher Margarida Dias. As armas dos
Pereiras. — Br. p. a 7 de dezembro de 1759. Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 125 v. (C. C.)
629. EsTEVÃO PERESTRELLo DANTAs,
natural de Coimbra, filho de Diogo Rodrigues Dantas, morador em Coimbra, e neto
de Rodrigo Eannes Dantas, que foi morador em Soure, e fidalgo muito honrado;
bisneto de João Rodrigues Dantas, que foi secretario de D. Af fonso V, e do Verdadeiro
tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo vermelho com uma cruz
de seis lisonjas de azul perfiladas de oiro, quatro em pala e duas em faxa, e
por diferença uma flor de liz de prata; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro, azul e vermelho, e por timbre uma anta; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Dantas.
— Dada em Lisboa a 5 de janeiro de 1540. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. L,
fl. 25.
630. EstEVÃO REBELLo, moço da
camara do infante D. Luiz, filho de Ruy Vicente Cardoso, neto de Vicente Annes
Cardoso, bisneto de Luiz Vaz Cardoso, que foram fidal gos e do tronco d'esta
linhagem. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecessores: — Escudo de vermelho com dois cardos verdes, um sobre o
outro, com as raizes de prata e floridos, entre dois leões de oiro batalhantes,
por diferença uma flor de liz de prata; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre uma cabeça de leão de oiro com a
boca para cima e um dos cardos a sair d’ella; com todas as honras de fidalgo
por descender da nobre linhagem dos Cardosos. — Dada em Evora a 13 de janeiro
de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. x, fl. 61.
632. EstEvÃO SALEMA, morador em
Lisboa, filho de João Salema, morador em Al dea-gallega; neto de Estevão
Salema, fidalgo; bisneto de outro Estevão Salema, que tam bem foi fidalgo e do
tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo verde com um castello
de oiro, com as portas e guarnecido de preto, e uma bordadura azul com sete salemas
de prata; elmo de prata aberto guarne cido de oiro, paquife de oiro, verde e
azul, e por timbre o mesmo castello; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da geração e linhagem dos Salemas. — Dada em Lisboa a 3
de dezembro de 1542. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xxxII, fl. 91.
633. EstoLANo IGNACIO DE OLIVEIRA
PEREIRA (Alferes), natural da ilha do Fayal, filho do alferes João Ignacio de
Oliveira Pereira, e de sua mulher D. Clara Thomasia Pe reira; neto pela parte
paterna de Manuel de Oliveira, e de D. Victoria da Luz, instituido res de um
vinculo na dita ilha, e na do Pico; e pela parte materna do capitão Domingos
Terra, e de sua mulher D. Thereza Pereira de Jesus. - Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Oliveiras, e na segunda as dos Pereiras. — Br.
p. a 30 de julho de 1788. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 61 v. (C. C.)
634. D. EUFRAZIA MARIA PACHEco
GoMEs DE AREDE VIDAL, casada com José Baptista Pimenta Corrêa, moradores na sua
quinta de Villar, termo da villa de Tondella, comarca de Viseu; filha de João
Gomes Martins, e de sua mulher D. Maria Eufrazia Pa checo Telles de Arede
Vidal; neta pela parte paterna de Manuel Martins Viegas, e de sua mulher D.
Isabel Martins Gomes, e pela materna de Mathias Gomes Pacheco, e de Sua mulher
D. Francisca Gomes de Arede Vidal Pacheco. Um escudo de lisonja partido em
pala; na primeira as armas dos Pimentas e Cor rêas de seu marido, que ella deve
usar segundo o regimento da armaria, e na segunda as que lhe pertencem por seus
paes, que é cortada em faxa, na superior as dos Pachecos, e Iv, . 7 V. (C. C.)
635. D. EUGENIA CANDIDA DA FoNs
ECA, natural da villa de Canas de Senhorim, e moradora na cidade de Viseu;
filha de José Antonio da Fonseca, e de sua mulher D. Per petua Maria da Costa;
neta paterna de Francisco Mendes Furtado, e de sua mulher D. Bri tes Lopes da
Fonseca; neta materna de Luiz Novaes da Costa, e de sua mulher D. Fran cisca
Xavier. A supplicante é viuva de João da Silva Mendes, natural da Villa de
Figueiró dos Vinhos, pessoa nobre das illustres familias dos Silvas e Mendes, o
que tendo sido justificado por seu filho Francisco Antonio da Silva Mendes, se
passou a este o seu bra zão de armas a 3 de dezembro de 1818. Uma lisonja
partida em pala; na primeira as armas dos Silvas e Mendes, na segunda as dos
Costas. — Br. p. a 17 de junho de 1825. Reg. no Cart. da N., liv. } fl. 149. C.
C.)
636. EUGENIo DIoNysio MAs
CARENHAS GRADE, visconde de Lagôa, do conselho de sua magestade, e conselheiro
do supremo Tribunal de justiça. Um escudo esquartelado, com as armas que lhe
foram concedidas por alvará de 20 de agosto de 1861. (M. N.)— Br. p. a 2 de
abril de 1862. Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 46 v. V. no I. H. Grade. (C.
C.)
637. EZEQUIEL DE PAULA SÁ PREGo,
natural de Lisboa, cavalleiro fidalgo da casa real, e proprietario; filho de
Ezequiel Epiphanio da Fonseca Prego, negociante de grosso tracto, e de sua
mulher D. Henriqueta Angelina de Oliveira Banha e Sá; neto paterno de Henrique
da Fonseca Sousa Prego, cavalleiro fidalgo da casa real, do conselho de sua
magestade, commendador das ordens de S. Bento de Aviz e de Leopoldo da Austria,
vi ce-almirante da armada, e de sua mulher D. Maria do Carmo Prego; bisneto de
José Joa quim da Fonseca, proprietario, e de sua mulher D. Joaquina Ignacia da
Fonseca; e neto materno de João José da Costa e Sá, proprietario, e de sua
mulher D. Anna Marinha Ju lia de Oliveira e Banha; bisneto de Antonio de
Oliveira Banha, e de sua mulher D. Pla cida Julia de Santa Anna e Banha. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Fonsecas, no segundo as
dos Sousas, no terceiro as dos Pregos, e no quarto as dos Sás. — Br. p. a 25 de
março de 1861. Reg. no Cart, da N., liv. IX, fl. 40. (C. C.) F
638. FAUSTINo JosÉ LoPEs No
GUEIRA DE FIGUEIRED o E SILVA (Bacharel), filho de Bernardo José Lopes
Nogueira, sargento-mór, e juiz das aposentadorias, e direitos reaes das
imposições da villa de Santarem, e de sua mulher D. Brigida Thereza Pereira da
Silva; neto pela parte paterna do bacharel Manuel Simões Martins Nogueira, juiz
dos orphãos da villa de Goes, e de sua mulher D. Rosa Maria de Figueiredo,
filha de José Lopes de Carvalho, e de D. Maria da Cruz Nogueira de Figueiredo;
bisneto pela sua varonia de Manuel Simões Nogueira, e de D. Maria Antonia da Silveira,
filha de Domingos Martins da Silveira, cavalleiro da ordem de Christo, e de sua
mulher D. Maria da Silva. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Nogueiras, no segundo as dos Silveiras, no terceiro as dos Carvalhos, e no
quarto as dos Figueiredos. — Br. p. a 23 de novembro de 1787. Reg. no Cart. da
N., liv. IV, fl. 36. (C. C.)
639. FAUsTINo José LoPEs No
GUEIRA DE FIGUEIRED o E SILVA (Bacharel), filho de Bernardo José Lopes
Nogueira, sargento-mór, e juiz das aposentadorias, e direitos reaes das
imposições da villa de Santarem, e de D. Brigida Thereza Pereira da Silva; neto
pela parte paterna do bacharel Manuel Simões Martins Nogueira, juiz dos orphãos
da villa de Goes, e de D. Rosa Maria de Figueiredo, filha de José Lopes de
Carvalho, e de D. Marianna da Cruz Nogueira de Figueiredo; bisneto pela sua
varonia de Manuel Simões Nogueira, e de D. Maria Antão da Silveira, filha de
Domingos Martins da Sil veira, cavalleiro da Ordem de Christo, e de sua
terceira mulher D. Maria da Silva; ter ceiro neto pela mesma varonia do
capitão-mór Manuel Fernandes Nogueira, do couto de Fermozelle, e de D. Anna
Rodrigues de Oliveira. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Nogueiras, no segundo as dos Silveiras, no terceiro as dos Carvalhos, e no
quarto as dos Figueiredos. — Br. p. a 21 de outubro de 1788. Reg, no Cart. da
N., liv. IV, fl. 80 v. (C. C.)
640. FELICIA MARIA DE MESQUITA
BoRGEs, natural do logar do Souto-maior, fre guezia e concelho de Atayde, irmã
de José de Oliveira de Andrade Borges de Mesquita, a quem se passou brazão de
armas a 17 do corrente mez e anno, e ambos filhos de Mat theus de Oliveira, e
de sua mulher Maria Francisca, filha de Antonio Francisco, e de sua mulher
Maria Borges; neta a supplicante pela sua varonia de Fructuoso de Oliveira Bor
ges, e de sua mulher Seraphina Monteiro; bisneta de Francisco Ferreira, e de
sua mulher Margarida de Mesquita Borges, esta filha de Antonio Borges, e de sua
mulher Margarida de Mesquita, terceiros avós da Supplicante; e por esta parte
quarta neta de Antonio Paes do Amaral, capitão-mór da Villa de Celorico de
Basto, e de sua mulher Marinha Borges, e por esta quinta neta de Balthazar
Borges Lousada, e de sua mulher D. Isabel Gomes de Abreu e Brito; sexta neta de
Fernando Gonçalves de Faria, ouvidor que foi de Mezão frio, e de sua mulher D.
Isabel Borges de Azevedo, esta filha de Belchior Borges, fidalg0 da casa real,
cavaleiro da ordem de Sant'Iago, e de sua mulher D. Felicita Cerqueira, e neta
de Gaspar Borges de Sousa, e de sua mulher e parenta D. Thereza Gomes, e neta
de D. Senhorinha do Rego Borges, e de seu marido João de Lousada de Ledesma;
bisneta de D. Catharina do Rego Borges, e de seu marido Afonso de Mancilhas: a
qual D. Catharina do Rego Borges, filha de João Borges, fidalgo da casa real,
senhor da terra de Alva, e do padroado das tres egrejas S. Miguel de Mamoras,
S. Martinho de Alva, Santa Maria de Pipião, alcaide-mór de Santarem, decimo avô
da supplicante; e por esta parte decima primeira neta de Ruy Borges, fidalgo da
casa real, senhor das terras de Carvalhaes, do couto de Avelãs de cima, e de
Ferreiros do reguengo de Quintella e de Arcos, logares de Ilhavo, villa de
Milho e casaes de Sá, com o padroado das referidas egrejas, mer0 e mixto
imperio nas terras d’ellas; e finalmente decima segunda neta de Diogo Borges,
com mendador do Torrão, e senhor donatario das referidas terras e outras mais.
As armas dos Borges, Oliveiras, Mesquitas e Monteiros. — Br. p. a 20 de janeiro
de 1758. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 113. (C. C.)
641. FELICIANo José GoNÇALVES
REINAUT (Capitão), natural da cidade de Lisboa, filho do capitão Bernardo
Gonçalves Reinaut, e de sua mulher D. Anna Joaquina; neto Lourença Caetana; e
pela materna de André Moreira, e de sua mulher D. Thereza Josepha. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Gonçalves, e na segunda as dos
Moreiras. — Br. p. a 13 de maio de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 106.
(C. C.)
643. D. FELICIssIMA CoNSTANÇA
SALGAD o DE BAENA E FARINHA, casada com D. Augusto Romano Sanches Baena e
Farinha, moço fidalgo com exercicio na casa real, commendador da ordem do Santo
Sepulcro, e cavalleiro da ordem de Malta, a quem se passou brazão de armas a 24
de maio de 1867; filha de Luiz Antonio Salgado, nego ciante matriculado da
cidade do Porto, capitão do regimento de milicias da mesma cidade, e
condecorado com a medalha das campanhas da liberdade, e de sua mulher D. Maria
José Salgado; neta paterna de Luiz Antonio Salgado Guimarães, negociante
matriculado da dita cidade, e de sua mulher D. Joaquina Rosa Salgado Guimarães;
bisneta de Manuel Salgado do Canto, e de sua mulher D. Francisca Rosa do Canto;
neta materna de Antonio Manuel dos Santos, negociante matriculado da cidade do
Porto, e consul do Brazil na mesma ci dade, e de sua mulher D. Antonia Angelica
Manuel dos Santos; o qual era irmão de Fran cisco das Chagas Santos, formado em
mathematica, marechal do exercito brazileiro, fidalgo cavalleiro da casa
imperial, commendador da ordem de Aviz e da imperial ordem da Rosa, oficial da
imperial ordem do Cruzeiro, e condecorado com as medalhas de campanha do sul do
imperio; bisneta de Antonio Manuel dos Santos, e de sua mulher D. Joaquina Ma
ria de Jesus; terceira neta emfim de D. Francisco Manuel, e de sua mulher D.
Luiza VelloS0. Uma lisonja partida em pala; na primeira as armas de seu marido,
que são esquar teladas, no primeiro quartel as armas dos Sousas, no segundo as
dos Costas, no terceiro as dos Sanches, e no quarto as dos Baenas; na segunda
pala as armas da sua familia, que são partidas em pala, na primeira as armas
dos Salgados de Guimarães, e na segunda as dos Manueis de Castella. —Br. p. a 3
de fevereiro de 1869. Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 114 v. • (C, C.)
644. FELIS BERTO CALDEIRA BRANT
PoNTES OLIVEIRA E ORTA, tenente coronel aggregado a um dos regimentos de
infanteria da cidade da Bahia, e natural de Minas-ge raes, filho de Gregorio
Caldeira Brant, e de sua mulher D. Anna Francisca Joaquina de Oliveira e Orta;
neto por parte paterna de Felisberto Caldeira Brant, capitão de cavalla ria de
Minas-geraes, onde fez algumas diligencias do real serviço á sua custa, e de sua
mulher D. Branca de Oliveira e Orta; neto por parte materna de José Caetano
Rodrigues Orta, coronel de milicias do regimento da cidade de Marianna,
professo na ordem de Christo, e fidalgo da casa real, e de sua mulher D.
Ignacia Maria Peres de Oliveira. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto
quarteis as armas dos Caldeiras, no segundo as dos Oliveiras, e no terceiro as
dos Ortas, — Br. p. a 12 de fevereiro de 1801. Reg. no Cart. da N., liv. VI,
fl. 164 v. (C. C.)
646. FELIx DUARTE, ajudante de
infanteria, com exercicio de engenheiro na praça de Valença do Minho; filho de
Estevão Mendes de Araujo, e de sua mulher D. Ignez Maria Duarte, o qual seu pae
era natural do reino de Galiza, da freguezia de S. João de Al ves, d’onde se
passou para este de Portugal, e se estabeleceu na freguezia de S.Paio de Arcos;
filho de D. Leonardo Mendes de Araujo; neto de D. Filippe Mendes de Gun dar e
Souto-maior; bisneto de D. Tristão Mendes de Gundar e Souto-maior; terceiro
neto de D. Gregorio Mendes de Gundar Souto-maior, e de sua mulher D. Beatriz
Alvares de Araujo, quartos avós do supplicante, e que todos foram descendentes
das esclarecidas fa milias e solares dos Mendes, Gundares, Araujos, e
Souto-maiores do dito reino, senhores da torre de Sande, e das casas de
Pombeiros e Souto-maior. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Mendes, no segundo as dos Gundares, no terceiro as dos Araujos, e no quarto
as dos Souto-maiores. — Br. P. a 28 de setembro de 1770. Reg. n0 Cart. da N.,
liv. I, fl. 134 v. (C. C.)
647. FELIX José Co1MBRA, da
cidade da Bahia, filho de Bento Coimbra Porto-alegre e Andrade, e de Antonia
Luiza Pereira, da cidade de Braga; neto pela parte paterna de Lourenço José
Coimbra, e de D. Clara da Silva, e pela materna de Francisco Pereira Ve lho, e
de Domingas Pereira. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Andrades, no segundo as dos Silvas, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as
dos Velhos. — Br. p. a 11 de outubro de 1781. Reg. no Cart. da N., liv. III,
fl. 26 v. (C. C.)
648. D. FELIx MoRENO MoNRoy E Rós
DE MEDRANo, cadete de infanteria de Grâ nada, natural de S. Roque, campo da
cidade de Gibraltar, reino de Hespanha; filho de D. Pedro Moreno Monroy,
regedor perpetuo que foi da dita cidade de Gibraltar, e de Sua mulher D.
Manuela de Rós; neto pela parte paterna de outro D. Pedro Moreno Monroy,
regedor perpetuo que tambem foi da cidade de Gibraltar, sorteado para alcaide
dos fidal gos; bisneto de D. Antonio Moreno Monroy, tenente general que foi nas
Indias de Ca$ tella, onde serviu aquela corôa com grande distincção; terceiro
neto de D. Fernando de Monroy, cavalleiro tão esclarecido, que o senhor
imperador Carlos v o honrou com granº neto de D. João de Rós, e de D. Lourença
Ponte; bisneto de D. Francisco de Rós e Medrano, cavalleiro da ordem de
Alcantara, regedor que foi da cidade de Alcalá de Enares; terceiro neto de D.
João de Rós e Medrano, e de D. Maria Molina. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Morenos, no segundo as dos Monroys, e
no terceiro as dos Medranos. — Br. p. a 15 de agosto de 1776. Reg. no Cart. da
N., liv. II, fl. 107. (C. C.)
649. FELIX PEREIRA DE MEDEIRos,
natural da villa de Lamas de Orelhão, comarca da Torre de Moncorvo, arcebispado
de Braga, e capitão-mór da mesma villa; filho de Pe dro Pereira de Medeiros
Teixeira Padrão, sargento-mór da referida villa, e de sua mulher D. Anna Maria
de Moraes Teixeira Coelho; neto pela parte paterna de Leonardo Pereira de
Medeiros, e de sua mulher D. Ursula de Medeiros Teixeira, e pela materna de
Baltha zar Teixeira Coelho, e de sua mulher D. Angela Teixeira de Moraes. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no segundo as
dos Medeiros, no terceiro as dos Teixeiras, e no quarto as dos Moraes. — Br. p.
a 9 de dezembro de 1790. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 199 v. (C. C.)
Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, e na segunda #
"? Silvas. — Br. p. a 17 de outubro de 1769. Reg. no Cart. da N., liv. I,
. 114 V. (C. C.)
651. FELIZARD o ANToNIo DA SILVA
MIRANDA, natural da freguezia de Nossa Se nhora, suburdios d’esta cidade,
commendador honorario da Ordem de S. Bento de Aviz, cavalleiro fidalgo da casa
real, e capitão tenente da real armada; filho de Antonio José de Sousa Miranda,
cavaleiro da ordem de S. Bento de Aviz, cavaleiro fidalgo da casa real, e
capitão de fragata graduado da real armada, e de sua mulher D. Jeronyma Thereza
da Silva Miranda; neto paterno de Felizardo José de Miranda, cavalleiro da
ordem de Christo, cavaleiro fidalgo da casa real, capitão de infanteria da
guarnição da praça de Mazagão, e na mesma escrivão proprietario da vedoria
geral, e depois escrivão das mercearias da se nhora rainha D. Catharina, e do
infante D. Luiz, e de sua mulher D. Catharina Maria de Sousa; bisneto de
Antonio da Silva Chagas de Miranda, e de sua mulher D. Maria Thereza Caetana,
dos quaes foram egualmente filhos D. Rosalia Barbara Isabel de Miranda, e An
tonio Silverio de Miranda, cavalleiro da ordem de Christo, provedor da Casa da
moeda, e thesoureiro geral das tenças, do qual foram tambem filhos o
desembargador da Relação do Porto, José Guilherme de Miranda, e o actual
thesoureiro geral das tenças, Joaquim Marcellino de Miranda; bisneto egualmente
por sua referida avó D. Catharina Maria de Sousa do coronel do mar Salvador
Nunes de Abreu, e de sua mulher D. Thereza Maria de Sousa, os quaes foram
egualmente paes de D. Anna Maria Euphemia de Sousa, e d’esta foi filha D. Maria
Clementina Gonzaga das Mercês, que casando com Antonio Raphael Da maso de Sousa,
tiveram por filhos Paulo Maria de Campos e Sousa, moço da real camara, e as
açafatas com exercicio, D. Anna Maria de Campos e Sousa, D. Maria Joanna de Cam
pos e Sousa, e D. Joaquina Emilia de Campos e Sousa; neto materno do
sargento-mór Alberto Nunes da Silva. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Mirandas, no segundo as dos Abreus, no terceiro as dos
Sousas, e no quarto as dos Silvas. — Br. p. a 17 de abril de 1826. Reg. no
Cart. da N., liv. VIII, fl. 186. (C. C.)
652. FERNÃo DE ANDRADE VELHo,
filho de Pedro Fernandes Velho, neto de Fernão Vicente Velho, e bisneto de
Vicente Annes Velho, que foram homens nobres e fidalgos, e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo vermelho com cinco vieiras de oiro, em aspa, e
por diferença uma flor de liz de prata; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro e verme lho, e por timbre um chapéO preto com uma das
vieiras; com todas as honras e privile gios de nobre e fidalgo por descender da
geração e linhagem dos Velhos. — Dada em Evora a 24 de julho de 1536. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XXII, fl. 62 v.
653. FERNÃo BoRGEs, moço da
camara escusado do duque de Bragança, filho de Garcia Borges, cavalleiro da
casa do infante D. Pedro, e de Leonor Rodrigues de Almeida; neto de Lopo
Borges, que foi do tronco d'esta geração, e viveu sempre em lei de fidalgo. Carta
pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus descendentes o brazão de ar mas
seguinte, dos seus antepassados, que lhe pertence por descender da geração e
linha gem dos Borges; — Um escudo de campo vermelho com leão de oiro, com uma
borda dura azul cheia de flores de liz de oiro, e por diferença uma manilha de
prata; elmo de prata, paquife de oiro e de vermelho, e por timbre um leão de
oiro, com a lingua e unhas azues e os dentes de prata, e na cabeça uma flor de
liz vermelha. — Dada em 1513. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. XLII, fl. 69
v., e liv. v de Mist., fl. 98, v.
654. FERNÃO DE CAMPos, criado do
cardeal infante. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de azul
com tres cabeças de leão de oiro, em roquete, com as linguas encortadas de
vermelho; o segundo partido em pala, a pri meira de oiro com meia aguia de
preto, e a segunda de azul com uma faxa de vermelho e n'ella uma lua de prata e
duas abaixo da faxa, e por diferença uma dobre brica de prata e verde; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre meia
aguia de preto estendida, dos peitos para cima: com todas as honras e pri
vilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Campos, e d'Abul
por parte de sua mãe e avós. — Dada em Lisboa a 30 de agosto de 1529. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XVII, fl. 116.
655. FERNÃO CARDoso, fidalgo da
casa real. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Leitões, que
é de prata com tres faxas de vermelho; o quarto dos Cardosos, que é de
vermelho, com um cardo verde com duas alcachofras, florido de oiro e as raizes
de prata, entre dois leões de oiro rompentes; 0 segundo dos Homens, é de azul
com seis crescentes de oiro em pala de tres em tres: 0 terceiro dos Camellos,
que é de azul com uma estrella de oiro entre quatro crescentes de prata
apontados, e por diferença uma flor de liz verde; elmo de prata aberto, paquile
de oiro e vermelho, e por timbre um leão dos Cardosos com um cardo saindo-lhe
de entre as mãos; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração e linha gem dos Leitões, Cardosos, Homens e Camellos. — Dada em Evora a
27 de outubro de 1524. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. IV, fl. 81 v.
656. FERNÃO GIL, cavalleiro,
criado e thesoureiro da casa real. Carta pela qual el-rei D. Affonso V lhe
concede e a seus filhos e descendentes o se oiro com um crescente branco *, e
sobre as pontas d’elle uma aguia vermelha de cabeça par tida, e de bicos e pés brancos
com senhas, chapeletas de hera nas cabeças. — Dada em # a 21 de outubro de
1450. (M.N.) Reg. na Chanc. de D. Afonso V, liv. III de Mist., . 105 V. 657. FERNÃO
DE LANDIM, cavalleiro da casa real, morador em Extremoz, filho de Alvaro de
Landim, e neto de João de Landim, que foi fidalgo e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo de prata com uma faxa de vermelho e no meio do
chefe do escudo uma cabeça de leão vermelha com sua lingua, e por diferença uma
merleta preta; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e
vermelho, e por timbre a mesma cabeça de leão entre duas azas de oiro; com
todas as honras de nobre fidalgo por des cender da linhagem e geração dos
Landins. — Dada em Evora a 8 de julho de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. x, fl. 96.
659. FERNANDO DE ALMEIDA, morador
na cidade do Porto, filho de Diogo de Al meida, fidalgo da casa real, e de
Maria da Fonseca; neto de Affonso Annes da Fonseca, o qual Diogo de Almeida foi
filho de Alvaro Pires da Silveira, que foi fidalgo da casa real e conselheiro,
e de D. Isabel de Almeida, do tronco da linhagem dos Almeidas; bem assim o dito
Alvaro Pires da Silveira foi do verdadeiro tronco da linhagem dos Silveiras.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de prata com tres
faxas de vermelho, e o segundo de vermelho com seis arvelas de oiro entre uma
dobre cruz e bordadura do mesmo, e por diferença um filete preto; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, pa quife de prata e vermelho e oiro, e por timbre um
meio huso cortado de vermelho, sobre uma capella de silvas perluzidas de prata;
com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e
linhagem dos Silveiras e Almeidas. — Dada em Lisboa a 25 de novembro de 1540.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. L, fl. 231.
660. FERNANDO ALVAREs DE REBELLo,
cavaleiro fidalgo da casa real, filho de Ro drigo de Rebello, e de Catharina da
Maia; neto de Fernando Alvares de Rebello, e bisneto de Alvaro Annes de
Rebello, bem assim era neto de Antonio Fernandes Privado, e bisneto 1 Isto é, metal sobre metal; ao que os
heraldicos chamam armas inquiridas ou a inquirir. Para maior esclarecimento vai
no supplemento a carta acima, na sua integra, e no Indice, appellido
Monterroyo, fazemos varias considerações a respeito. de Aldonça Rodrigues
Privada, terceiro neto de João Privado, que foi fidalgo da casa de el-rei D.
Duarte, e chefe d’esta geração dos Privados. Carta pela qual el-rei D. João III
lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro dos Rebellos, de azul com tres faxas de oiro, e em
cada faxa uma flor de liz vermelha, em contrabanda, o Segundo de oiro com
quatro bandas de vermelho; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
oiro, azul e vermelho, e por timbre um leopardo de oiro com uma flor de liz na
testa; com todas as honras e privilegios de nobre fidalgo por descender da
geração e linhagem dos Rebellos e dos Privados. — Dada em Lisboa a 6 de outubro
de 1543. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXVIII, fl. 54.
661. FERNANDO ANTONIO PINTO DA
SILVA NovAEs, filho de Antonio Pinto de Al meida Novaes, e de sua mulher D.
Maria Delphina Rosa da Silva; neto paterno de Fer nando Antonio de Almeida
Novaes, e de sua mulher D. Engracia Emilia Pereira Pinto Rebello Novaes; e
materno de Antonio Rodrigues da Silva, capitão das extinctas ordenan ças de
besteiros, e de sua mulher D. Michaela Joaquina da Silva; bisneto paterno de Va
lentim de Almeida Novaes, bacharel formado em direito, e de sua mulher D. Maria
Ma rianna Joaquina Pereira Coutinho e Almeida. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Novaes, no segundo as dos Silvas, no terceiro as
dos Almeidas, e no quarto as dos Pintos. — Br. p. a 30 de Ou: tubro de 1859.
Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 27 v. (C. C.)
662, FERNANDO CARDoso MAIA, negociante da
praça de Lisboa, filho de Isidoro Cardoso Maia, e de sua mulher D. Catharina de
Sena; neto paterno de Domingos Car doso Maia, e de sua mulher D. Thereza Maria
de Jesus, e materno de Manuel Antunes de Carvalho, e de sua mulher D. Feliciana
Rosa de S. José. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Cardosos,
e na segunda as dos Maias. —Br. p. a 16 de outubro de 1815. Reg. no Cart. da
N., liv. VII, fl. 325 V. (C. C.)
663. FERNANDO CARNEIRO LEÃO,
professo na ordem de Christo, fidalgo cavaleiro da casa real, capitão do 1.°
regimento de milicias da cidade do Rio de Janeiro, neg0 ciante de grosso tracto
da praça da mesma cidade, e da mesma natural; filho de Braz Carneiro Leão,
professo na ordem de Christo, fidalgo cavalleiro da casa real, coronel do
referido regimento de milicias da dita cidade, e negociante de grosso tracto da
praça da mesma cidade, a quem se passou brazão de armas a 16 de dezembro de
1802, e de Sua mulher D. Anna Francisca Rosa Maciel da Costa; neto paterno do
capitão Manuel Martins Carneiro, e de sua mulher D. Raphaela Carneiro; bisneto
de João Martins, e de sua mu lher D. Catharina Carneiro; neto materno do
sargento-mór Antonio Lopes da Costa, e de Sua mulher D. Francisca Antunes
Maciel da Costa. Um escudo com as armas dos Carneiros. — Br. p. a 20 de
dezembro de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 29 V. (C. C.)
664. FERNANDo DIAs, morador na
ilha da Madeira, filho de Diogo Fernandes, sobri nho de João Fernandes do Arco,
ao qual el-rei D. João II ennobreceu e deu armas. Carta pela qual el-rei D.
João III lhe concede e a seus descendentes o seguinte bra zão de armas de seus
antecessores : — Escudo de campo de oiro e n'elle um sagitario, metade homem, metade
cavallo, 0 homem de sua côr e o cavallo entre morezelo e casta nho escuro, com
o arco armado nas mãos de vermelho e a corda de prata, e a flecha empenada de
verde, e por diferença um compas azul na primeira ponta; elmo de prata todas as
honras e privilegios de fidalgo, por descendencia e pelos serviços prestados
por elle e por seu pae. — Dada em Santarem a 17 de abril de 1528. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XI, fl. 52.
665. FERNANDO DE LANDIM,
cavalleiro da ordem de Aviz, filho de Alvaro de Lan dim, e neto de Fernando
Eannes de Landim, que foi fidalgo muito honrado, e do tronco d’esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo de prata com uma faxa vermelha e n'esta uma
cabeça de leão tam bem vermelha, e por diferença uma flor de liz verde; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre a
mesma cabeça de leão com duas azas de oiro; com todas as honras e privilegios
de fidalgo, por descender da geração dos de ""; —Dada em Lisboa a 18
de setembro de 1537. Reg, na Chanc. de D. João III, liv. XLIV, fl. 10.
666. FERNAND o Lou RENço Dos
BUZIos, cavalleiro fidalgo da casa real, filho de Lou renço Vaz dos Buzios, e
neto de Fernão Lourenço dos Buzios, outro sim filho de Beatriz Pegada, e neto
de Mem Pegado, os quaes foram fidalgos honrados, e dos troncos d’estas
gerações, e dos principaes da cidade de Elvas. Carta pela qual el-rei D. João
III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro de azul Xaquetado de oiro de treze pon tos, e sobre
tudo tres palas de vermelho; o segundo de oiro com quatro faxas de verme lho, e
por diferença uma flor de liz de prata; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro, azul e vermelho, e por timbre duas cornetas de preto
guarnecidas de oiro, em aspa; com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Buzios e Pegados. — Dada em Evora a 27 de
julho de 1537. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXIII, fl. 82v.
667. FERNANDO LUIZ, cavaleiro,
morador na cidade do Porto. Carta pela qual el-rei D. Afonso V lhe concede e a
seus descendentes o seguinte bra zão de armas: — Um escudo em campo azul e uma
torre branca com suas portas e ja nellas, e um canario verde dentro n’ella, e
um leão rompente com a lingua, dentes e unhas doiradas subinte á torre; pelos
seus feitos de armas nas tomadas de Arzilla e cidade de Tanger aos
infieis.—Dada em Samora a 13 de novembro de 1475. (M.N.) Reg. na Chanc. de D.
Afonso V, liv. II de Mist., fl. 62 v.
668. FERNANDo MALDONA Do, morador
em Alegrete, filho de João Maldonado, neto de Gonçalo Maldonado, e bisneto de
Alvaro Maldonado, que foi fidalgo muito honrado e da geração dos Maldonados de
Salamanca. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecessores: — Escudo de campo vermelho com cinco flores de liz de oiro,
em aspa, e por diferença um crescente de prata, paquife de oiro e vermelho, e
por timbre um leão de oiro rom pente com uma flor de liz vermelha na espadoa;
com todas as honras de fidalgo por des cender da geração dos Maldonados de
Salamanca. — Dada em Lisboa a 18 de novembro de 1548. Reg. no liv. II de
Privilegios, fl. 61.
669. FERNAND o MARIA DE MENDONÇA
PEssANHA MAs CARENHAs, tenente coronel do regimento de milicias da comarca de
Faro, filho de Joaquim Thomaz de Mendonça Pes sanha Mascarenhas, cadete do
regimento de infanteria de linha n.° 14, e agente dos nego cios de Portugal
junto ao Conselho supremo de Sevilha, e consul geral da nação portu gueza na
cidade de Cadiz e portos adjacentes, a quem se passou brazão de armas a 30 de julho
de 1806, e de sua mulher D. Gertrudes Gomes Gonçala Ramos del Barco; netopa
terno de Francisco de Mendonça Pessanha Mascarenhas, coronel de infanteria e
governa dor de Villa-real de Santo Antonio, e de sua mulher D. Feliciana
Thomazia de Aquino da Silva; bisneto de Diogo de Mendonça Pessanha, capitão do
indicado regimento n.º 14, e de sua mulher D. Anna Thereza de Faria
Mascarenhas; terceiro neto de Domingos Coe lho Vieira Pessanha, coronel do
regimento de milicias da cidade de Lagos, e de sua mu lher D. Anna Maria de
Gouvea Mendonça Pessanha, filha de Manuel Correa Mascarenhas, fidalgo cavaleiro
da casa real; bisneto por parte de sua avó paterna D. Feliciana Thoma zia de
Aquino da Silva, de Francisco Nunes da Silva, vedor geral das munições das
tropas do Algarve, e de sua mulher D. Maria Antonia Augusta Ubal Montener,
natural da cidade de Valença, reino de Hespanha, filha de D. Salvador Agostinho
Ubal Montener, alcaide mór de Murviedro, no mesmo reino, e de sua mulher D.
Maria Suribio; neto materno de D. Fernando Gomes Gonzales Ramos del Barco,
cavalleiro fidalgo, e de sua mulher D. Fran cisca Gomes, estes egualmente
naturaes do reino de Hespanha. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Pessanhas, no segundo as dos Mascarenhas, no terceiro as dos
Mendonças, e no quarto as dos Silvas. —Br. p. a 12 de agosto de 1811. Reg. no
Cart. da N., liv. VII, fl. 231. (C. C.)
670. FERNANDo MARIA PEREIRA Dos
SANTos, fidalgo cavalleiro, moço fidalgo com exercicio na casa real, e guarda
roupa da real camara. Um escudo esquartelado com as armas que lhe foram concedidas
por alvará de 6 de junho de 1863. — Br. p. a 28 de junho de 1863. (M. N.) Reg.
no Cart. da N., liv. IX, fl. 57 v. V. no I. H. Pereira dos Santos. (C. C.)
671. FERNANDo DE MEsQUITA,
fidalgo da casa real, natural de Elvas, filho de Alvaro de Mesquita Pimentel. •
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo esquartelado; o primeiro dos Pimenteis, que é esquartelado,
o primeiro de oiro com tres faxas de vermelho, o segundo de verde com tres
vieiras de prata, em roquete, riscadas de preto, e uma bordadura de prata com
oito cruzes patras de vermelho, e 0 segundo dos Mesquitas, de oiro, com cinco
cintas de vermelho com suas fivelas e biquei ras em tres tachoes cada cinta de
prata, esmaltadas de azul e uma bordadura azul com sete flores de liz de prata,
e por differença uma merleta preta; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro e vermelho, e por timbre um meio moiro vestido de azul e
toucado de prata, com uma azagaia na mão de côr natural; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Pimenteis e
Mesqui tas.—Dada em Lisboa a 24 de abril de 1529. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. XVII, fl. 80 V.
672. FERNANDo DE MEsQUITA
MouTINHo, cavalleiro fidalgo da casa real, filho de João Moutinho, e neto de
Martim Annes Moutinho, ambos fidalgos, e do tronco desta eraça0. g Carta pela
qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: —
Escudo de campo azul com uma flor de liz entre quatro cabeças de serpe tambem
azues *, duas em chefe e duas no pé, cortadas em vermelho; elmo de prata aberto
guar necido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre uma das cabeças de
serpe do escudo: com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração dos Moutinhos. - Dada em Lisboa a 21 de agosto de 1548. Reg. no liv. Iv
de Privilegios, fl. 211 v. da cidade de Lagos. • Carta pela qual el-rei D. Filippe
I lhe concede e a seus descendentes o appellido de Parangual e o arma
cavalleiro, dando-lhe o seguinte brazão de armas: — Escudo de campo azul e uma
faxa de prata endentada entre uma estrella de oiro e a cabeça do moiro, que
matou, cortada em sangue e fretada de prata; elmo de prata cerrado guarnecido
de oiro, paquife de vermelho, azul e prata, e por timbre meio leão azul
rompente armado de ver melho com a estrella das armas na espadua; com todas as
honras e privilegios de fidalgo pelos seus revelantes serviços, que prestou em
guerra contra os moiros na Africa. — Dada em Lisboa a 23 de março de 1585.
(M.N.) Reg. na Chanc. de D. Filippe I, liv. V, fl. 92 v.
674. FERNANDO PINTO, morador em
Lisboa, filho de Duarte Teixeira Pinto, neto na tural de Ayres Pinto, e bisneto
legitimo de Gonçalo Pinto, que foi alferes-mór do duque de Bragança, os quaes
todos foram fidalgos e do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D.
Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de
campo de prata e cinco crescentes vermelhos, em aspa, e por dife rença meia
cotiça verde; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e ver
melho, e por timbre um leopardo de prata armado de vermelho com um crescente
das armas na espadua; com todas as honras e privilegios de nobre fidalgo por
descender da geração dos Pintos.—Dada em Lisboa a 15 de junho de 1571. Reg. na
Chanc. de D. Se bastião, liv. VII, fl. 279 v.
676. FERNANDo Do PoRT o DE
PEDRoso, morador em Vianna da Foz do Lima, filho de Affonso do Porto de
Pedroso, neto de João do Porto de Pedroso, e bisneto de Ruy Boroa de Pedroso,
que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geração. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo
de campo de oiro e duas faxas de vermelho, e sobre o campo sete leões de
purpura, tres em cada faxa e um no pé, e por diferença uma flor de liz azul;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho e purpura, e
por timbre um dos leões; com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descender da geração dos Pe drosos. — Dada em Lisboa a 12 de novembro de 1548.
Reg. no liv. II de Privilegios, fl. 57.
677. FERNANDo DA VEIGA, morador
em Villa-viçosa, filho de Diogo da Veiga, neto de Fernão da Veiga, e bisneto de
Diogo da Veiga, os quaes foram fidalgos e do tronco d’esta geração. Carta pela
qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: —
Escudo de campo esquartelado; o primeiro de prata e uma aguia azul, estendida,
o contrario do primeiro com tres flores de liz azues, em roquete, o segundo de
vermelho e uma cruz de prata entre quatro flores de liz de oiro, e assim o seu
contrario, e por dif ferença uma merleta preta; elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquife de prata, azul, oiro e vermelho, e por timbre a mesma aguia
das armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração
dos Veigas.—Dada em Lisboa a 27 de maio de 1561. Reg. na Chanc. de D.
Sebastião, liv. VI, fl. 25.
678. FILIPPE ALIsTAM TELLEs MoNIZ
CoRTE-REAL, alferes de cavallos do regi mento de Moura, natural da cidade de
Silves, reino do Algarve; filho do capitão Manuel Telles Moniz, e de sua mulher
D. Jacinta de Almeida Castello-branco; neto pela parte paterna do capitão
Filippe Alistam Raposo, e de sua mulher D. Francisca Telles; bis neto de André
de Atayde Mascarenhas, e de sua mulher Isabel Toscana Raposo e Al meida;
terceiro neto de Manuel da Costa Corte-real, e de sua mulher Isabel
Mascarenhas; e pela materna neto do capitão Francisco Bentes Vieira, e de sua
mulher D. Maria de Sousa e Almeida Castello-branco; bisneto do capitão João
Bentes Raposo, e de sua mu lher Maria Adains. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Cortes-reaes, no segundo as dos Monizes, no
terceiro as dos Telles, e no quarto as dos Almeidas. — Br. p. a 20 de janeiro
de 1773. Reg, no Cart. da N., liv. I, fl. 191 v. C.) (C. C.
679. FILIPPE ANToNIo BRUN
BoTELHo, tenente que foi do forte de S. João Ba ptista, da cidade de
Ponta-delgada, da ilha de S. Miguel, natural e morador na mesma; filho de
Filippe Antonio, consul que foi da nação britannica na mesma ilha, e tenente do
forte do corpo da guarda do Porto, e de sua mulher D. Francisca Marianna
Ignacia de Mello e Cunha; neto por parte materna de Christovão da Cunha, e de
sua mulher D. Isabel Botelho de Mello, filha do capitão Antonio Botelho Zagalo,
em cujo posto se portou com distincto valor em quatro batalhas navaes contra os
hollandezes, na Ame rica, e n'este reino na defeza da praça de Valença, no
sitio de Badajoz, e na batalha das linhas de Elvas, pelo qual serviço lhe fez o
senhor rei D. Affonso VI a mercê do post0 de capitão, e de sua mulher D. Maria
Barbosa, e neta de João da Costa, e de sua mulher Cecilia da Cruz. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Cunhas, no segundo as dos
Botelhos, no terceiro as dos Mellos, e no quarto as dos Costas. —Br. p. a 5 de
fe vereiro de 1781. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 265 v. (C. C.)
680. FILIPPE DE BRITo DE NIcotE,
fidalgo da casa real, e cavaleiro da ordem de Christo. Carta pela qual el-rei
D. Filippe II lhe concede e a seus descendentes o seguinte brazão de armas: —
Escudo de campo partido em faxa; o primeiro de vermelho com um castello de
oiro, com a porta azul, e as frestas e pintas de preto, acompanhado de seis
roelas de prata de tres em pala; o segundo do mesmo, ondado de azul, e por
timbre 0 mesmo castello com uma roela ao alto; elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquile dos metaes e cores das armas; e egualmente lhe concede o
appelido de Brito de Nicole; pelos serviços por ele prestados.—Dada em Lisboa a
26 de março de 1608. (M.N.) Reg. na Chanc. de D. Filippe II, liv. III, fl. 181
v.
682. FILIPPE FIALHo, natural de
Lisboa, filho de João Fialho, cavaleiro da casa real e contador d’ella, e de
Mecia Froes Borges; bisneto de João Borges, de Basto, fidalgo e do tronco
d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo vermelho e um leão de oiro com
uma bordadura de azul semeada de flores de liz de oiro, e por diferença uma
brica de prata e nella uma merleta de preto; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro e vermelho, e por tim bre o mesmo leão das armas; com
todos as honras e privilegios de fidalgo por descender da nobre geração e linhagem
dos Borges. — Dada em Evora a 20 de outubro de 1533. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. XX, fl. 35.
683. FILIPPE JosÉ Do CoUTo VIEIRA
SANCHEZ DE BARBos A E SÁ SECCO, senhor do morgado de Fundo, villa no concelho
de Porto-carrero, pensionario in quocumque statu da santa Sé cathedral da
cidade do Porto, senhor da antiga casa e solar de Sanchez, junto á ponte de
Canavezes; filho de Manuel Barbosa de Meirelles, cidadão da mesma cidade, e de
sua mulher D. Anna Clara de Jesus do Couto Vieira Sanchez e Sá; neto pela parte
paterna de Estevão Barbosa e Sá, e de sua mulher D. Anna Luiza de Meirelles;
bisneto de João Barbosa e Silva, e de sua mulher D. Maria da Silva; e pela
parte materna neto do capitão João do Couto Vieira, cidadão da cidade do Porto,
e de sua mulher D. Helena Thereza de Jesus Sanchez Monteiro e Sá Secco; bisneto
de Francisco Vieira Branco, e de sua mulher D. Domingas Luiza do Couto, e pela
dita sua avó D. Helena Thereza de Je sus Sanchez Monteiro e Sá Secco, bisneto
de Faustino da Costa Monteiro e Sá Secco, ci dadão da dita cidade do Porto, e
de sua mulher D. Angela Thereza Sanchez de Sousa Monteiro, senhora do dito
morgado, filha de André de Sousa, e de sua mulher D. Maria Rebello, filha esta
de Francisco Sanchez, e de sua mulher D. Maria Rebello, e neta pa terna de
Francisco Sanchez, cavaleiro hespanhol, natural do logar da Povoa, da cidade de
Soria de Almazan, priorado de Vellez, que era dos Sanchez da villa de Brocas, o
qual passando a Portugal no tempo de Filippe II, e fazendo assento junto á
ponte de Canave zes, casou ahi com D. Catharina André Gonçalves Vaz, filha de
André Gonçalves, e de sua mulher D. Beatriz Vaz, senhora de uma grande casa,
que seus descendentes fizeram illustre solar desta sua família e appelido de
Sanchez de Castella. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Barbosas, no segundo as dos Coutos, no terceiro as dos Vieiras, e no quarto as
dos Sanchez de Castella. — Br. p. a 24 de janeiro de 1789. Reg. no Cart. da N.,
liv. Iv, fl. 91 v. C. C.) (C. C.
684. FILIPPE JosÉ DE SousA,
cavalleiro professo na ordem de Sant'Iago da Espada, morador e cidadão da
cidade do Porto; filho de Manuel de Sousa Coelho Caldas, e de D. Custodia dos
Santos Sequeira; neto por parte paterna do capitão de infanteria do re gimento destacado
em Vianna, Francisco de Sousa Caldas, e de sua mulher D. Joanna Francisca
Coelho, e por parte materna de Pedro de Moura Sequeira, capitão que tambem foi
de infanteria do regimento do Porto, e de sua mulher D. Thereza Maria do Couto;
bisneto por parte paterna do capitão de cavallos João de Sousa Caldas, e de sua
mulher D. Theodora de Amorim, senhores que foram do morgado do Pinheiro em
Monção. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no
segundo as dos Caldas, no terceiro as dos Coelhos, e no quarto as dos Mouras. —
Br. p. a 26 de ju nho de 1800. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 124. • (C. C.)
686. FILIPPE PINTo DA CUNHA
(Conego), natural da freguezia de Nossa Senhora da Candelaria do Rio de Janeiro;
filho de Manuel Pinto da Cunha, e de sua mulher Maria Thereza dos Santos e
Sousa; neto pela parte paterna de Manuel Pinto, e de sua mulher Seraphina
Fernandes da Cunha, e pela materna neto do capitão Antonio Pires dos Santos, e
de sua mulher Antonia de Sousa e Oliveira. Um escudo ovado e esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Pin tos, no segundo as dos Cunhas, e no
terceiro as dos Sousas. — Br. p. a 9 de julho de 1774. Reg. no Cart. da N.,
liv. II, fl. 20. • (C. C.)
687. FILIPPE Rod RIGUES CAMPELLo
(Sargento-mór), cavalleiro fidalgo da casa real, natural e morador na villa de
Recife de Pernambuco; filho de Manuel Rodrigues Campello, capitão de infanteria
com exercicio das ordens do governo de Pernambuco, professo na ordem de
Christo, e fidalgo da casa real; irmão legitimo de João Rodrigues Campello,
desembargador da Relação do Porto, cavalleiro da ordem de Christo, e do
reverendo Fi lippe Rodrigues Campello, clerigo do habito de S. Pedro,
cavalleiro da ordem de Christo, commissario do Santo Oficio, protonotario
apostolico de Sua Santidade, e de sua mulher D. Innocencia de Brito Falcão;
neto paterno do sargento-mór Antonio Rodrigues Campello, familiar do Santo
Oficio, e de sua mulher D. Engracia de Barros Rego; neto materno de Luiz Braz
Bezerra, capitão de infanteria em Pernambuco, e de sua mulher D. Francisca
Sanches del Pass0. As armas dos Campellos, Barros, Regos e Bezerras. — Br. p. a
8 de agosto de 1762. Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 131 v. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Alpoins, no segundo as
dos Serrões, no terceiro as dos Sousas, e no quarto as dos Sarmentos. — Br. p.
a 27 de março de 1825. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 138. (C. C.)
689. FLORENCIo ToR CAT o ANDREsoN
MAL PICA E BAAMOND E, natural da villa de Moura, provincia do Alemtejo, cadete
de um dos regimentos da cidade de Goa; filho do bacharel Guilherme Antonio
Apollinario Andreson, cavalleiro professo na ordem de Christo, e provedor da
comarca de Beja, e de sua mulher D. Antonia Josepha Paula Malpica Baa monde,
natural da cidade de Badajoz, raia de Castella; neto pela parte paterna de Anto
nio Leandro Andreson, e de sua mulher D. Thereza da Silveira; bisneto de
Guilherme Andreson, natural da côrte de Dublin do reino de Irlanda, d’onde veiu
para Portugal, e de sua segunda mulher D. Joanna Ferreira; e terceiro neto de
Alexandre Andreson, e de D. Helena Andreson, descendentes legitimos da illustre
casa e familia de Andreson, uma das mais principaes, e esclarecidas da dita
côrte e reino, que teve por seu ascendente a Henrique Andreson, criado baronete
por Carlos I em 1643; neto o supplicante pela parte materna de João Domingos
Malpica, e de D. Thereza Amador; bisneto de D. Afonso San ches Amador, e de D.
Maria Graçam Baamonde, cuja familia de Baamonde tem seu solar na villa de Santa
Martha de Ortigueira do reino de Galliza, e procede do conde D. Rodrigo de
Romaes, e de sua mulher D. Milia, infanta de Inglaterra, em contemplação de
quem puzeram seus descendentes um — M — por armas. Um escudo partido em pala;
na primeira as armas dos Andresons, e na segunda as dos Baamondes. — Br. p. a
16 de abril de 1790. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 153 v. • (C. C.)
690. D. FRANCISCA DE BRITo,
casada com D. Evaristo Peres de Castro, actual mi nistro de Sua Magestade
Catholica nesta côrte; filha de Luiz José de Brito Correa de Azevedo,
cavalleiro professo na ordem de Christo, contador geral do extincto Erario, a
quem se passou brazão de armas em 30 de junho de 1769, e de sua mulher D.
Helena Victoria Antonia de Moraes Sarmento; neta paterna de José Correa de
Andrade, e de sua mulher D. Marianna Josepha Dorothea da Cunha, e materna de
Estevão Pinto de Moraes Sarmento, e de sua mulher D. Thereza Monjardin, prima
de Augusto Pinto de Moraes Sarmento, a quem se passou brazão de armas a 29 de
novembro de 1820, por ser este filho de João Gualberto Pinto de Moraes
Sarmento, irmão de sua mãe. Uma lisonja partida em pala; a primeira de prata
lisa, e a segunda esquartelada; n0 primeiro quartel as armas dos Britos, no
segundo as dos Correas, no terceiro as dos Moraes, e no quarto as dos
Sarmentos. — Br. p. a 7 de abril de 1838. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl.
288. (C. C.)
692. FRANCIsco DE ABREU, morador
no Assumar, filho de Alvaro de Abreu, neto de Gonçalo Alvares de Abreu, que foi
fidalgo muito honrado, e alcaide-mór de Assumar, º do verdadeiro tronco d'esta
geração, bisneto de Alvaro de Abreu, que foi filho do Senhor de Regalados e de
Lapelas, e alcaide-mór de Monção. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecess0 res: — Escudo de campo vermelho com
cinco cotos de azas de oiro, em aspa, e por dif. ferença uma flor de liz de
prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e
por timbre um dos cotos; com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Abreus. — Dada em Lisboa a 10 de março de
1542. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXXII, fl. 26 v. Lopes da Silva, e de
sua mulher D. Maria de Araujo Lima; neto pela parte paterna de Manuel Lopes da
Silva, e de D. Maria Ignez de Castro; bisneto de Ignacio Lopes da Silva, sar
gento-mór de cavallaria, e fidalgo da casa real, e pela parte materna neto de
Francisco Affonso Lima, e de sua mulher D. Magdalena de Araujo; bisneto de
Francisco Affonso Lima, fidalgo da casa real, com os mesmos ascendentes
mencionados na sentença. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Silvas, no segundo as dos Castros, no terceiro as dos Limas, e no quarto as
dos Araujos. — Br. p. a 6 de no vembro de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. Iv,
fl. 31 v. (C. C.)
694. FRANCIsco AFF oNso PIRES DE
MIRANDA, natural da freguezia de Almofala, bispado de Pinhel; filho de Antonio
Affonso Pires, e de sua mulher D. Maria Balthazar; neto paterno de Affonso
Pires, e de sua mulher D. Isabel de Brito, e materno de D. Ma ria Balthazar. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Affonsos, e na segunda as dos
Britos. — Br. p. a 22 de junho de 1826. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, ! /*
(C. C.
695. FRANCIsco A GosTINHo GoMEs
(Padre), negociante de grosso tracto na cidade da Bahia de Todos os Santos, com
legitima dispensa; filho de Agostinho Gomes, caval leiro professo na ordem de
Christo, e familiar do Santo Oficio, negociante de grosso tra cto da referida
cidade da Bahia, e de sua mulher D. Isabel Maria Maciel Teixeira; neto pela
parte materna de Bento Maciel Teixeira, e de sua mulher Maria da Silva, sendo o
supplicante, e o dito seu pae descendentes das familias de Fontouras e
Carneiros que n'este reino são fidalgos de linhagem, cota de armas, e solar
conhecido. Um escudo ovado e partido em pala; na primeira as armas dos
Fontouras, e na se #"# as dos Carneiros. — Br. p. a 24 de outubro de 1799.
Reg. no Cart. da N., liv. VI, (C. C.)
697. FRANCIs Co DE ALVA BRANDÃo
(Coronel), natural da ilha de S. Thomé, filho do coronel Francisco de Alva
Brandão, e de sua mulher D. Maria Correa de Almeida; neto paterno do capitão
José Soares de Noronha, e de D. Catharina de Alva Brandão; neto ma terno do
capitão Francisco Correa da Silva, e de D. Simoa Fernandes de Aguiar. As armas
dos Noronhas, Alvas, Brandões, e Correas. — Br. p. a 8 de outubro de 1756. Reg,
no Cart. da N., liv. particular, fl. 100 v. • (C. C.)
698. FRANCIs Co ALVARES CAMELLo,
fidalgo, morador na ilha da Madeira, Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecess0 res: – — Escudo de campo de prata
com tres vieiras de azul riscadas de oiro, em trian gulo, e por diferença uma
merleta vermelha; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e
azul, e por timbre um pescoço e cabeça de camello de côr natural; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Camellos.
— Dada em Lisboa a 2 de abril de 1529. Reg. na Chanc. de D. João III, liv.
XVII, fl. 56 V.
699. FRANCIsco ALVARES DA CosTA
(Capitão), natural do logar de Quintão, fregue zia de Sanfins, comarca do villa
da Feira, bispado do Porto; filho de Simão Alvares, e de sua mulher Maria da
Costa; neto pela parte paterna de Simão Manuel, e de sua mulher Maria Alvares;
neto pela parte materna de Dionysio da Costa, e de sua mulher Maria de Rezende.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Alvares, e na segunda as
dos Costas. — Br. p. a 27 de junho de 1795. Reg, no Cart. da N., liv. V, fl. 63
'cº (C. C.
700. FRANCIsco ALVARES DA SILVA,
cavaleiro da ordem de Christo, juiz de fóra da cidade de Leiria, natural da
Bahia; filho de José Alves da Silva, familiar do Santo Oficio, natural da villa
de Vianna, e de sua mulher D. Agueda Maria do Sacramento, natural dº villa da
Cachoeira, arcebispado da cidade da Bahia; neto pela parte paterna de Franciscº
Alvares de Carvalho, e de sua mulher D. Maria Alvares da Silva; e pela materna
do tenente coronel Lourenço Correa Lisboa, e de sua mulher D. Maria de
Magalhães. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos,
no segundº as dos Silvas, no terceiro as dos Correas, e no quarto as dos
Magalhães. — Br. p. a 29 de outubro de 1771. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl.
161. | • (C. C.) Rio livre, familiar do Santo Oficio, natural do logar de
Iseda, jurisdicção da cidade de Bra gança; filho de Gonçalo Ochoa, e de sua
mulher Maria André Rodrigues, filha de Fran cisco André Rodrigues, e de sua
mulher Catharina Leonardes; neto o supplicante pela sua varonia de Francisco
Ochoa, e de sua mulher Catharina Leonardes; bisneto de Gonçalo Ochoa, e de sua
mulher Maria Leonardes; terceiro neto de outro Gonçalo Ochoa, e de sua mulher
Maria Rodrigues; quarto neto de Francisco Ochoa, filho de Pedro Ochoa, es
cudeiro fidalgo da casa do senhor rei D. João III, neto de Lopo Affonso Ochoa,
que teve o mesmo foro, e bisneto de Affonso Vaz Ochoa, moço fidalgo da casa do
senhor rei D. Afonso v, o qual fôra quarto neto de Pedro Affonso Ochoa, rico
homem em tempo do senhor rei D. Diniz, irmão do padre Simão Ochoa, abbade da
egreja de S. Lourenço de Rebordello, ambos quartos netos de Martim Henriques
Ochoa, cavalleiro de Navarra, da casa, solar e palacio de Ochoa, d'aquelle
reino, d’onde veiu á conquista de Portugal na companhia do conde D. Henrique.
Um escudo com as armas dos Ochoas. —Rr. p. a 20 de fevereiro de 1773. Reg. no
Cart. da N., liv. I, fl. 194. (C. C.)
701. FRANCIsco ANDRÉ O choA
(Bacharel), juiz de fóra da villa de Monforte de Rio livre, familiar do Santo
Oficio, natural do logar de Iseda, jurisdicção da cidade de Bra gança; filho de
Gonçalo Ochoa, e de sua mulher Maria André Rodrigues, filha de Fran cisco André
Rodrigues, e de sua mulher Catharina Leonardes; neto o supplicante pela sua
varonia de Francisco Ochoa, e de sua mulher Catharina Leonardes; bisneto de
Gonçalo Ochoa, e de sua mulher Maria Leonardes; terceiro neto de outro Gonçalo
Ochoa, e de sua mulher Maria Rodrigues; quarto neto de Francisco Ochoa, filho
de Pedro Ochoa, es cudeiro fidalgo da casa do senhor rei D. João III, neto de
Lopo Affonso Ochoa, que teve o mesmo foro, e bisneto de Affonso Vaz Ochoa, moço
fidalgo da casa do senhor rei D. Afonso v, o qual fôra quarto neto de Pedro
Affonso Ochoa, rico homem em tempo do senhor rei D. Diniz, irmão do padre Simão
Ochoa, abbade da egreja de S. Lourenço de Rebordello, ambos quartos netos de
Martim Henriques Ochoa, cavalleiro de Navarra, da casa, solar e palacio de
Ochoa, d'aquelle reino, d’onde veiu á conquista de Portugal na companhia do
conde D. Henrique. Um escudo com as armas dos Ochoas. —Rr. p. a 20 de fevereiro
de 1773. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 194. (C. C.)
702. FRANCIsco D o AMARAL GURGEL,
morador no seu engenho de Santo Antonio de Rio-fundo, termo da villa de Santo
Amaro da Purificação; filho do doutor José Correa do Amaral Gurgel, ouvidor
geral que foi da comarca de Sergipe de El-Rei, e de sua mu lher D. Michaela
Caetana de Almeida; neto do sargento-mór Miguel Monteiro de Sá, e de sua mulher
D. Maria, que era irmã legitima de Manuel Lobo de Sousa, pessoa principal da
dita comarca. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Amaraes, e na
segunda as dos Gurgeis. — Br. p. a 9 de junho de 1769. Reg. no Cart. da N.,
liv. I, fl. 99 V. (C. C.)
703. FRANCISCO ANNES GAGO, cavaleiro fidalgo da casa real,
filho de João Rodrigues Gago, e de Mecia Pestana; neto de Ruy Gago; bisneto de
Lourenço Annes Gago, os quaes foram fidalgos e do tronco d'esta geração. Carta
pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores:
— Escudo de campo vermelho com uma aspa de prata entre tres
crescentes tam bem de prata, dois nos lados com as pontas para a aspa e um no
pé, e uma estrella de oiro de oito pontas na cabeça do escudo; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre um
leopardo vermelho com a estrella de oiro na testa; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da gera ção e linhagem dos Gagos.—Dada em 20 de setembro de 1533.
Reg, no liv. I de Privi legios, fl. 35.
704. FRANCIS Co ANTONIO DE
ANDRADE, cavalleiro da ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa,
negociante de grosso tracto, contractador do contracto do tabaco, sabão e polvora,
proprietario, e major graduado; filho de Bento Antonio de Andrade, ne gociante
de grosso tracto, e proprietario, e de sua mulher D. Marianna Ignacia do Espi
rito Santo Andrade; neto paterno de Antonio João de Andrade, e de sua mulher D.
Jose pha Martins Bernardes de Andrade, e materno de Antonio da Silva Monteiro,
e de sua mulher D. Luiza Leonor de Carvalho Monteiro. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Andrades, no segundo as dos Martins, no
terceiro as dos Carvalhos, e no quarto as dos Monteiros. — Br. p. a 17 de abril
de 1850. Reg, no Cart. da N., liv. VIII, fl. 344. (C. C)
705. FRANCISCO ANTONIO DE ANDRADE
MoURA MELLO E SILVA, bacharel formado na faculdade de leis pela Universidade de
Coimbra, e natural da villa da Feira; filho de Luiz Antonio de Andrade, e de D.
Brigida Maria da Silva Moura Mello e Andrade; neto paterno do doutor Antonio
Luiz de Andrade, e de D. Luiza Rita de Andrade, e materno de Ber nardo da Silva
e Moura, sargento-mór de Malta, e de D. Anna Luiza de Mello. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Andrades, no segundo as dos
Mouras, no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos Mellos. — Br. p. a 16 de
novembro de 1815. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 328 v. (C. C.)
706. FRANCISCO ANTONIO DE ANDRADE
PINA TAVARES, filho de Antonio de An drade Pina Tavares, e de Anna Maria Neves
Reyna; neto paterno de Manuel de Pina Ta vares, e materno de Manuel Domingos
Teixeira. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pinas, e na
segunda as dos Tavares. — Br. p. a 3 de novembro de 1815. Reg. no Cart. da N.,
liv. VII, fl. 330. (C. C.)
707. FRANCIsco ANToN1o DE CAMPos
(Bacharel), natural de Villa-nova de Fozcoa, cavalleiro professo na ordem de
Christo, caixa e contador geral do Tabaco d'estes reinos, ilhas adjacentes,
Macau, e das reaes saboarias; filho de Luiz de Campos Henriques, e de sua
mulher D. Angelica Maria da Silva; neto por parte paterna de João de Campos Hen
riques, e de sua mulher D. Maria Thereza de Campos, e por parte materna de
Gabriel Méndes da Silva, e de sua mulher D. Josepha Lopes Navarro. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Campos, e na segunda as dos
Henriques. — Br. p. a 28 de agosto de 1818. Reg, no Cart. da N., liv. VIII, fl.
7 v. (C. C.)
708. FRANCIsco ANTONIO DE CAMPos,
barão de Villa-nova de Fozcoa, do conselh0 de Sua Magestade, commendador da ordem
de Nossa Senhora da Conceição de Villa-Vi. çosa, cavalleiro professo na ordem
de Christo, ministro e secretario de Estado honorario, é par do reino; filho de
Luiz de Campos Henriques, e de sua mulher D. Angelica Maria da Silva; neto
paterno de João de Campos Henriques, e de sua mulher D. Maria Thereza de
Campos, e materno de Gabriel Mendes da Silva, e de sua mulher D. Josepha Lopes
NavarrO. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Campos, e na
segunda as dos Henriques. — Br. p. a 15 de setembro de 1861. Reg, no Cart. da
N., liv. IX, fl. 43 V. (C. C.)
709. FRANCIsco ANTONIO DE
CARVALHo Lobo (Capitão), familiar do Santo Oficio, natural da villa de Extremoz;
filho de Nicolau Martins Lobo, e de sua mulher Franciscº Maria Xavier de
Carvalho, irmã legitima de Antonio Gomes de Carvalho, capitão nas parº tes da
India, onde serviu com grande distincção, e do capitão Manuel Gomes de Carva
lho, que viveu em Extremoz, onde foi das pessoas distinctas d’aquela villa;
neto paternº de João Martins Lobo, e de sua mulher Catharina Rodrigues, filha
de Antonio Jorge, e de sua mulher Margarida Fernandes; bisneto de Manuel
Martins Lobo, e de sua mulher Ma ria Martins; neto materno de Miguel Gomes de
Carvalho, e de sua mulher Maria Nunes, filha de João Fernandes Dias, e de sua
mulher Catharina Nunes; bisneto de Lourenço G0 mes de Carvalho, e de sua mulher
Maria Rodrigues da Veiga. As armas dos Lobos, Martins, Carvalhos, e Gomes. —
Br. p. a 9 de abril de 1753. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 52. (C.
C.) pro fesso na ordem de Christo, e lente cathedratico de leis da Universidade
de Coimbra, filho do doutor João Duarte da Fonseca, lente da mesma
Universidade, e de sua mulher D. Ma ria Magdalena da Costa Montanha; neto pela
parte paterna de Miguel Duarte da Fonseca, e de sua mulher D. Jacinta de
Oliveira, irmã legitima do capitão Antonio de Oliveira, que na guerra do anno
de 1704 obrou voluntario valorosas acções com cavallos e armas á Sua custa,
filhos ambos de Luiz de Oliveira Fonseca, e de sua mulher D. Maria Gomes, e
pela parte paterna se mostrava tambem que elle era neto do doutor Domingos da
Costa Montanha, e de sua mulher D. Maria da Silva. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Fonsecas, e na segunda as dos Oliveiras. — Br. p. a 20 de
outubro de 1788. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 82v. (C. C.)
710. FRANCIsco ANTONIO DUARTE
FoNs ECA MoNTANHA (Doutor), cavalleiro pro fesso na ordem de Christo, e lente cathedratico
de leis da Universidade de Coimbra, filho do doutor João Duarte da Fonseca, lente
da mesma Universidade, e de sua mulher D. Ma ria Magdalena da Costa Montanha;
neto pela parte paterna de Miguel Duarte da Fonseca, e de sua mulher D. Jacinta
de Oliveira, irmã legitima do capitão Antonio de Oliveira, que na guerra do
anno de 1704 obrou voluntario valorosas acções com cavallos e armas á Sua
custa, filhos ambos de Luiz de Oliveira Fonseca, e de sua mulher D. Maria
Gomes, e pela parte paterna se mostrava tambem que elle era neto do doutor
Domingos da Costa Montanha, e de sua mulher D. Maria da Silva. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Fonsecas, e na segunda as dos
Oliveiras. — Br. p. a 20 de outubro de 1788. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl.
82v. (C. C.)
711. FRANCISCO ANTONIO DE
FIGUEIREDO BARRos CARNEIRO, morador na Sua quinta de S. Jorge, cabeça do
morgado do mesmo nome, sita no termo de Villa-real; filho de Bernardo de
Figueiredo, juiz de fóra que foi da villa de Souzel, e ouvidor da dita
Villa-real, e de sua mulher D. Luiza Teixeira de Barros Taveira; neto pela
parte paterna de Pedro Fernandes Vassallo, e de D. Isabel de Figueiredo; e pela
materna de Pedro Teixeira de Barros Carneiro, e de D. Maria Gonçalves Cardoso.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Figueiredos, no
segundo as dos Barros, no terceiro as dos Carneiros, e no quarto as dos
Taveiras. — Br. p. a 11 de maio de 1778. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 157.
(C. C.)
713. FRANCIsco ANTONIO MENDES DE
NOVAEs, filho de Francisco Mendes Novaes, e de sua mulher Seraphina Lopes e
Freitas; neto pela parte paterna de Francisco Men des, e de sua mulher Maria de
Novaes de Oliveira, e pela materna de Antonio Lopes, e de sua mulher Maria de
Freitas. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Mendes, no
segundo as dos Novaes, no terceiro as dos Oliveiras, e no quarto as dos
Freitas. — Br. p. a 26 de janeiro de 1773. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 219
v. (C. C.)
714. FRANCIsco ANToNIO DE PAULA
No GUEIRA DA GAMA, cavaleiro da ordem de Christo, e tenente de uma das
companhias do regimento de cavallaria de dragões da capi tania de Minas-geraes,
natural da freguezia de Nossa Senhora do Pilar, da villa de S. João de El-rei,
comarca do Rio das Mortes, bispado de Marianna; filho do alferes Nicolau An
tonio Nogueira, e de sua mulher D. Anna Joaquina de Almeida e Gama; neto por
parte paterna do capitão-mór Thomé Rodrigues Nogueira, e de sua mulher D. Maria
Leme do Prado, filha de Antonio da Rocha Leme, capitão commandante que foi do districto
e capitania de S. Paulo, e por parte materna de Manuel Gomes Villas-boas, e de
sua mulher D. Ignacia Quiteria de Almeida e Gama; bisneto por parte paterna de
Antonio Nogueira, e de sua mulher Francisca Fernandes, e por parte materna do
capitão Luiz de Almeida, e de sua mulher D. Helena Josepha da Gama; sendo o
supplicante irmão germano de Ma nuel Jacinto Nogueira da Gama, cavalleiro
professo na ordem de S. Bento de Aviz, capi tão-tenente, e lente da Real
Academia da marinha, a quem se passou brazão de armas com as dos appelidos de
Nogueiras e Gamas aos 28 de agosto de 1798. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Nogueiras, e na segunda as dos Gamas. — Br. p. a 8 de
janeiro de 1799. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 60. (C. C.)
715. FRANCIs Co ANTONIO PEREIRA
DA SILVA, natural d’esta côrte e cidade de Lis boa, filho de Manuel Monteiro de
Almeida e Mello, e de sua mulher D. Isabel Maria The reza Pereira da Silva;
neto pela parte materna de Francisco Pereira da Silva, e de sua mulher D. Clara
Thereza da Silva, filha de Antonio da Silva Borges, e de sua mulher D. Joanna
Senhorinha de Oliveira, irmã do doutor José Ferraz de Araujo, conego da Sé de
Coimbra, a quem se passou brazão de armas das familias de Ferrazes, Araujos,
Cas tros e Sousas em 1720; neta do capitão Francisco Pereira de Araujo, filho
de Francisco Ferraz da Motta, e de sua mulher D. Maria de Araujo Sousa e
Castro, filha de Antonio de Castro e Sousa, fidalgo de entre Douro e Minho,
senhor das freguezias de Arrentella e Pedras-rubias em Galliza, com a
jurisdicção de pôr e tirar justiças d’ellas, cuja regalia se conserva em seus
descendentes. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Ferrazes, no segundo as dos Araujos, no terceiro as dos Castros, e no quarto as
dos Sousas. — Br. p. a 31 de ju lho de 1782. Reg, no Cart. da N., liv. III, fl.
62 v. (C. C.)
716. FRANCIsco ANTONIO PITA
BEZERRA DE ALPoIM E CAsTRo, capitão da setima companhia do regimento de
infanteria de Loanda, natural da freguezia de S. Sebastião de Darque,
arcebispado de Braga; filho de Thomaz Pita Bezerra de Alpoim, e de sua mu lher
D. Apolonia Maciel de Faria; neto paterno de Diogo Pita Bezerra, e de sua
mulher D. Josepha de Castro, e materno de Sebastião Maciel de Faria, e de sua
mulher D. Ma rianna Alvares Leitão. Um escudo esquartelado; no primeiro e
quarto quarteis as armas dos Pitas, no se gundo as dos Bezerras, e no terceiro
as dos Alpoins, — Br. p. a 15 de outubro de 1793. Reg. no Cart. da N., liv. IV,
fl. 291. (C. C.)
717. FRANCIsco ANTONIO PINTO DA
FONs ECA (Capitão), da quinta de Villa-nova, concelho de Sinfaes, comarca de
Lamego; filho do capitão Antonio Pinto da Fonseca, e de sua mulher D. Euphemia
Luiza de Gouvea; neto pela parte paterna de Antonio Pinto da Fonseca, e de sua
mulher D. Maria da Costa, e pela materna de Antonio da Cunha e Gouvea, e de sua
mulher D. Euphemia Maria de Gouvea, Um escudo partido em pala; na primeira as
armas dos Pintos, e na segunda as dos Fonsecas. — Br. p. a 26 de abril de 1792.
Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. # (C. C.
718. FRANC1sco ANTONIO REBELLO DE
SousA E SILVA ARAUJo, cavalleiro professº na ordem de Christo, capitão de
cavallos no regimento de Minas-geraes, de Villa-rica, º ajudante de ordens do
governo daquella capitania, natural da freguezia de S. Martinho de Travassos,
concelho da Povoa de Lanhoso, comarca de Guimarães, e baptisado na de Santa
Maria do Bouro, ambas do arcebispado de Braga; filho natural e legitimado de fa
milias dos appelidos de Sousas, Rebellos, Araujos, e Silvas da casa de Fafe
deste TelI]O. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas,
no segundo as dos Rebellos, no terceiro as dos Araujos, e no quarto as dos
Silvas. — Br. p. a 25 de ou tubro de 1786. Reg, no Cart. da N., liv. III, fl.
248. ( C. C.):
720. FRANCISCO ANTONIO Dos REIs
SousA E MAIA, natural da cidade de Coimbra, filho de Francisco dos Reis e
Sousa, familiar do Santo Oficio da Inquisição da dita ci dade, e cidadão da
mesma; neto de Antonio Gomes da Maia, tambem cidadão da dita ci dade, e de sua
mulher Thereza de Jesus e Sousa, irmã do doutor Manuel dos Reis e Sousa, lente
que foi de prima jubilado em vespera na faculdade de medicina da Universidade
da mesma cidade, cavalleiro da ordem de Christo, familiar do Santo Oficio. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Maias, e na segunda as dos
Sousas. — Br. p. a 5 de maio de 1778. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 1%
"c) (C. C.
721. FRANCIs Co ANTONIO DA SILVA
MENDEs, natural da cidade de Viseu, cavalleiro professo na ordem de Christo, e
um dos contractadores geraes do Tabaco destes reinos, ilhas adjacentes, Macau,
e das reaes saboarias; filho de João da Silva Mendes, e de sua mulher D.
Eugenia Candida da Fonseca; neto por parte paterna de Francisco Mendes Furtado,
e de sua mulher D. Brites da Silva, e por parte materna de José Antonio da
Fonseca, e de sua mulher D. Perpetua Maria Xavier. • Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Mendes, no segundo as dos Silvas, e no
terceiro as dos Fonsecas. — Br. p. a 3 de dezembro de 1818. Reg. no Cart. da
N., liv. VIII, fl. 20 v. (C. C.)
722. FRANCIs Go ANTONIo SoAREs D E FIGUEIRôA E
CA stRo, capitão-mór das or denanças do concelho de Ceira, filho do doutor
Manuel Antonio Pinheiro de Figueirôa e Castro, e de sua mulher D. Maria Josepha
Soares de Figueiredo; neto paterno de Gaspar Pereira de Castro e Sousa, e de
sua mulher D. Juliana Pereira, e materno de Domingos de Figueiredo, e de sua
mulher D. Filippa Soares da Costa. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Figueirôas, no segundo as dos Castros, no terceiro as dos
Pereiras, e no quarto as dos Sousas. — Br. p. a 23 de maio de 1806. Reg. no
Cart. da N., liv. VII, fl. 134. (C. C.)
723. FRANCIsco ANTONIo SoAREs D E
FIGUEIRôA E CASTRO, filho do doutor Ma nuel Antonio Pinheiro de Figueirôa e
Castro, e de sua mulher D. Maria Josepha Soares de Figueiredo; neto pela parte
paterna de Gaspar de Castro e Sousa, e de sua mulher D. Juliana Pereira; neto
pela parte materna de Domingos de Figueiredo, e de sua mu lher D. Filippa
Soares da Costa. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas
dos Figueirôas, no segundo as dos Castros, e no terceiro as dos Pinheiros. —
Br. p. a 29 de abril ne 1795. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 49. (C. C.)
724. FRANCIs co ANToNIo DE SousA
MACED o E QUEIRoz, cavalleiro professo na ordem militar de Sant'Iago da Espada,
coronel do regimento de milicias da cidade de S. Paulo no Brazil; filho de José
Luiz de Sousa, e de Anna Maria de Macedo; neto paterno de Manuel de Sousa, e de
Maria de Sampaio, e materno de Manuel Teixeira, e de Luiza de Sousa de Queiroz.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Sousas, no
segundo as dos Macedos, e no terceiro as dos Queirozes. — Br. p. a 9 de agosto
de 1820. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 64. (C. C.)
725. FRANCIsco DE ARAUJO, moço da
camara real, filho de Lopo Rodrigues de Araujo, neto de João Rodrigues de
Araujo, e bisneto de outro João Rodrigues de Araujo, os quaes todos foram
fidalgos. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecess0 res: — Escudo de campo de prata com uma aspa azul e cinco
arruelas de oiro, uma no meio e as outras nas pontas, e por diferença uma
merleta verde; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, prata
e azul, e por timbre a mesma aspa do es cudo; com todas as honras e privilegios
de fidalgo por descender da geração dos Araujos. — Dada em Lisboa a 8 de
setembro de 1548. Reg, no liv. II de Privilegios, fl. 41 W.
726. FRANCIsco DE ARAUJo
CARVALHo, cavalleiro fidalgo da casa real, filho de Fran cisco Lopes de
Carvalho, e neto de Diogo Lopes de Carvalho, que foram fidalgos e do tronco
d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte
brazão de seus antecess0 res: — Escudo de campo azul e uma estrella de oiro
entre uma cadeia de crescentes de prata apontados, e por diferença uma merleta
de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, azul e
prata, e por timbre um cisne da sua côr com uma estrella de oiro no peito; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem
dos Carvalhos. — Dada em Lisboa a 25 de outubro de 1561. Reg na Chanc. de D.
Sebastião, liv. II, fl. 238 v.
727. FRANCIsco D E ARAUJo LA GE,
natural da cidade de Lisboa, cavaleiro da ordem de Christo, e condecorado com a
medalha de oiro da Restauração dos direitos da realeza; filho de José Joaquim
Braga Lage, cavaleiro da ordem de Christo, contador geral do Real Erario, e
vice-presidente da Junta dos donativos para o exercito da guerra peninsular, e
de sua mulher D. Francisca Victoria de Araujo Lage; neto paterno de Francisco
Gomes Braga, e de sua mulher D. Maria Thereza Joaquina de Oliveira Rodrigues
Lage; bisneto de Gregorio Martins Braga, e de sua mulher D. Anna Gomes da Mina;
neto materno de Francisco de Araujo Leitão, cavaleiro professo na ordem de S.
Bento de Aviz, capitão de mar e guerra da Armada real, e ajudante do
vice-almirante, inspector do Real Arsenal da marinha, e de sua mulher D. Anna
Joaquina de Sousa e Araujo; bisneto de Antonio de e de sua mulher D. Victoria
Maria Michaela Girão. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Gomes, no segundo as dos Martins, no terceiro as dos Araujos, e no quarto as
dos Leitões. — Br. p. a 4 de no vembro de 1825. Reg, no Cart. da N., liv. VIII,
fl. 163 v. (C. C.)
728. FRANCIsco ARNAU, cavaleiro
da ordem de Sant'Iago. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo esquartelado; o
primeiro dos Arnaus, que é de campo de prata com seis leões de preto postos em
duas palas, e assim o contrario, e o segundo dos Lei tões, que é tambem de
campo de prata com tres faxas vermelhas, e assim o contrario, e por differença
um trifolio verde picado de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de prata, preto e vermelho, e por timbre um leão das armas rompente; com
to das as honras e privilegios de fidalgo por descender das gerações dos Arnaus
e Leitões. — Dada em Lisboa a 14 de outubro de 1550. Reg. no liv. IV de
Privilegios, fl. 285.
729. FRANCIsco BARRADAs,
cavalleiro da ordem de Christo, filho de Luiz Barradas. Carta pela qual el-rei
D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de
campo azul com uma cruz de prata fechada, e em cada um dos qua tro cantos do
escudo cinco vieiras de vermelho riscadas de oiro, em aspa, e por diferença uma
flor de liz de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata
e azul, e por timbre uma aspa de oiro esgalhada com as cinco vieiras das armas
penduradas n’ella; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender
da geração e linhagem dos Barradas. — Dada em Lisboa a 6 de julho de 1532. Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. XVIII, fl. 104 V.
732. FRANCIs Co BARRoso PEREIRA,
moço da camara real, natural da villa de Ar ruda, filho de Christovão Rodrigues
Barroso Pereira, neto de Martim Rodrigues Pereira, e de Clara Fernandes
Barroso, e bisneto de Gonçalo Rodrigues Pereira, e de Ayres Fer nandes Barroso,
os quaes todos foram fidalgos e do tronco d'estas gerações. Carta pela qual
el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo
de campo esquartelado; o primeiro de vermelho e uma cruz de prata flo rida e
vasia; o segundo tambem de vermelho com cinco leões de prata, em aspa, facha
dos com duas faxas de purpura enxaquetadas de oiro e armados do mesmo, e assim
os contrarios, e por diferença uma flor de liz de oiro; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho e prata, e por timbre uma cruz
florida vermelha entre dois cotos de aguia de oiro; com todas as honras de
fidalgo por descender da geração dos Pereiras e Barrosos. — Dada em Lisboa a 20
de setembro de 1563. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. III, fl. 233 v.
734. FRANCIs Co BRANCO DE BARRos
BARRIGA, morador em Villa-rica do Oiro preto, e natural da cidade de Lisboa;
filho do capitão Martinho Branco Perelhal, e de D. Leonor de Barros; neto
paterno de Bento Francisco da Fonseca, e de sua mulher Mar tha Martins Ferraz;
bisneto de Sebastião Pires da Fonseca, e de sua mulher Catharina Francisca;
terceiro neto de Gonçalo Martins Ferraz, e de sua mulher Helena Domin gues
Lopes; neto materno do capitão João Rodrigues Barriga, e de sua mulher Ma ria
de Barros; bisneto de Manuel Jorge, e de sua mulher Susana Volante; terceiro
neto de Domingos Rodrigues Barriga, e de sua mulher Leonor de Barros; o
spplicante é s0 brinho do capitão de mar e guerra Simão Preto, e de João
Rodrigues Barriga, comman dante das armadas das Indias e das Hespanhas. As
armas dos Fonsecas, Ferrazes, Barrigas, e Barros. — Br. p. a 28 de novembro de
1750. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 5. (C. C.)
735. FRANCISCO BRANDÃO CoELHo,
morador em Vianna da Foz do Lima, Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado;
o primeiro de oiro com um leão de purpura com tres faxas enxaquetadas de oiro e
azul e com a lingua e unhas vermelhas, e uma bordadura de azul cheia de coelhos
de prata, malhados de preto; o segundo de prata, com uma aspa de azul com cinco
besantes de oiro, e por diferença um crescente vermelho; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e purpura, e por timbre um meio leão das
armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e
li nhagem dos Coelhos e Araujos.—Dada em Evora a 8 de fevereiro de 1536. — Reg,
na Chanc. de D. João III, liv. XXII, fl. 153 V.
736. FRANCIsco DE BRITo BEZERRA
CALVA CANTE E ALBUQUERQUE, bacharel fôr mado nos sagrados canones pela
Universidade de Coimbra, natural e morador na villa de Santo Antonio do
Arrecife, capitania de Pernambuco; filho do capitão de cavallaria auxi Leonarda
Bezerra Cavalcante e Albuquerque; neto pela parte paterna de Francisco de Brito
Lira, tenente de cavallaria auxiliar da villa de Goianna, e de sua mulher D.
Juliana Durmont; e pela materna de Antonio da Costa Leitão Arnoso, capitão de
cavallaria auxiliar da villa de Aguarassu, e de sua mulher D. Maria Bezerra
Cavalcante de Albuquerque, filha de Leonardo Bezerra Cavalcante de Albuquerque,
coronel de cavallaria auxiliar da dita villa, e de sua mulher D. Joanna Pereira
da Silva; neta paterna do capitão Cosme Bezerra Mon teiro, e de sua mulher D.
Leonarda Cavalcante de Albuquerque, filha de Antonio Caval cante de
Albuquerque, fidalgo cavaleiro da casa real, um dos restauradores da dita ca
pitania, e materna de Antonio da Silva, capitão chefe de cavallaria na guerra
da mesma restauração; e assim elle, supplicante, como os ditos seus paes, avós
e mais ascendentes foram pessoas muito nobres da esclarecida familia de
Cavalcantes e Albuquerques na dita capitania, onde serviram com tanto valor e
honra, que a custo do proprio sangue, vidas, e fazendas a restauraram do poder
dos hollandezes e a submetteram á obediencia da real corôa de Portugal. Um
escudo com as armas dos Cavalcantes, e Albuquerques. — Br. p. a 8 de janeiro de
1787. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 254 v. (C. C.)
737. FRANCIsco D o CA Bo DE AR C
E L o PEs, cavalleiro professo na ordem de Christo, familiar do Santo Oficio,
sargento-mór das ordenanças no logar da Cuba, cidadão da ci dade de Beja, e
n’ella deputado actual do celleiro commum por Sua Alteza Real; filho de Manuel
do Cabo de Arce, cidadão que foi da mesma cidade, e de sua mulher Antonia
Lopes; neto pela parte paterna de Belchior do Cabo de Arce, e de sua mulher
Ignez de Mira e Goes; e pela parte materna neto de Francisco do Monte Godinho,
e de sua mulher Catharina Lopes. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Arces, no segundo as dos Goes, no terceiro as dos Godinhos, e no
quarto as dos Lopes. — Br. p. a 21 de maio de 1768. Reg, no Cart. da N., liv.
I, fl. 76 v. (C. C.)
Um
escudo ovado e esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Cerqueiras, no
segundo as dos Machados, no terceiro as dos Andrades, e no quarto as dos
Teixeiras. — Br. p. a 12 de abril de 1769. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 95
v. C. C (C. C.)
739. FRANC1sco CAETAN o DE
QUEVEDo HoMEM DE MAGALHÃES E ARAUJo, natu ral d’esta cidade de Lisboa, filho
legitimo de Manuel Correa de Quevedo Homem de Magalhães, moço da camara que foi
do fidelissimo rei D. João V, porteiro da camara da fidelissima rainha D.
Marianna de Austria, e de sua mulher D. Thereza Josepha da Silva; neto pela
parte paterna do capitão Domingos Correa da Fonseca, e de sua mulher D.
Theodora Maria de Quevedo, filha de Vital Homem de Magalhães, fidalgo da casa
real, e de sua mulher D. Maria Josepha de Quevedo; bisneto de Manuel Correa da
Fonseca, capitão de mar e guerra da real armada, e de sua mulher D. Maria
Antonia de Araujo; terceiro neto de Domingos Correa, provedor que foi da real
fazenda no Rio de Janeiro, e de sua mulher D. Maria da Fonseca. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Quevedos, no segundo as dos
Homens, no terceiro as dos Magalhães, e no quarto as dos Araujos. — Br. p. a 12
de dezembro de 1767. Reg, no Cart. da N., liv. I, fl. 62 v. (C. C.)
740. FRANCIs co CALDEIRA CoUTINHo
DA CUNHA, cavalleiro fidalgo da casa real, e professo na ordem de Sant'Iago,
natural da extincta praça de Mazagão; filho de Fer nando Valente da Cunha,
cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo, e escrivão da
vedoria geral da mesma praça de Mazagão, e de sua mulher D. Francisca Cotta;
neto pela parte paterna de Francisco Fernandes Giraldes, que tambem teve o
mesmo fôro de cavalleiro fidalgo da casa real, e professo na ordem de Christo,
e de sua mulher D. Francisca da Cunha; bisneto de Fernando Valente da Cunha,
com o referido fôro de cavaleiro fidalgo, professo na ordem de Christo, capitão
de uma das guardas de cavalla ria da referida praça, e de sua mulher D.
Catharina de Pinho; terceiro neto de Francisco Fernandes Giraldes, que casou na
dita praça com D. Isabel Valente Coutinho, filha de João Barreto Coutinho,
fidalgo cavaleiro da casa real, professo na ordem de Christo, e capitão de
infanteria da guarnição da mesma praça; neto pela parte materna de Manuel
Alvares Romeiro, cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo
e vedor geral da sobredita praça, e de sua mulher D. Catharina Rodrigues;
bisneto de Gaspar Al ves Romeiro, cavalleiro fidalgo da casa real, professo na
ordem de Christo, e de sua mu lher D. Maria Neta. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Cunhas; no segundo as dos Giraldes, no terceiro
as dos Coutinhos, e no quarto as dos Cottas, — Br. p. a 13 de novembro de 1795.
Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 103 v. (C. C.)
741. FRANCIS co CALDEIRA CoUTINHO
CUNHA DA CostA, cavalleiro fidalgo da casa real, natural da Praça de Mazagão;
filho de Fernando Valente Cunha da Costa Coutinho Caldeira, e de sua mulher D.
Francisca Cotta; neto pela parte paterna de Francisco da Cunha Caldeira
Coutinho da Costa, e de sua mulher D. Francisca Cunha da Costa Coull nho
Caldeira; e pela materna neto de Manuel Alves Romeiro, e de D. Catharina Rodri
gues; bisneto de Francisco Fernandes Giraldes, e de D. Isabel Alves, Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Caldeiras, no segundº as dos
Cunhas, no terceiro as dos Coutinhos, e no quarto as dos Costas. — Br. p. a 12
de agosto de 1784. Reg, no Cart. da N., liv. III, fl. 150 v. | (C. C.)
742. FRANCIsco CAMELLO, fidalgo,
morador na ilha da Madeira. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecess0 res: — Escudo de campo de prata com tres
vieiras de azul riscadas de oiro, em trial gulo, e por diferença uma lua de
vermelho; elmo de prata aberto guarnecido de oirº, paquife de prata e azul, e
por timbre um pescoço e cabeça de camello; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da nobre geração e tronco dos Camellos.-- # em Lisboa a
23 de fevereiro de 1529. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XVII, . 24. villa
da Idanha-nova, comarca de Castello-branco; filho de Bartholomeu José Caiado, sargento
mór das ordenanças da dita villa, e de sua mulher D. Isabel Giraldes Angelica
Leitão de Mello; neto pela parte materna do doutor Manuel Correa Soares, juiz
de fóra que foi da villa de Penamacor, e de sua mulher D. Isabel Joaquina
Giraldes de Mello Leitão, filha do sargento-mór Manuel Giraldes Leitão, e de
sua mulher D. Maria Marques da Cruz e Mello, filha de Bartholomeu Affonso da
Cruz, e de sua mulher D. Isabel de Mello Couti nho e Eça; esta filha de
Balthazar de Mello Eça, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Catharina
Marques: o qual Balthazar de Mello Eça era filho de Luiz de Mello Coutinho;
neto de Manuel de Mello Coutinho, e bisneto de Diogo Soares de Mello, todos
fidalgos da casa real. • Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Giraldes, no segundo as dos Leitões, no terceiro as dos Mellos, e no quarto
as dos Coutinhos. — Br. p. a 27 de setembro de 1786. Reg. no Cart. da N., liv.
III, fl. 239. (C. C.)
744. FRANCIsco CARDoso, cortezão, fidalgo da
casa real e capellão, filho de Diogo Cardoso, que foi neto de Alvaro Vaz
Cardoso, irmão de Luiz Vaz Cardoso, que foi chefe e herdeiro do morgado dos Cardosos.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecesso res: — Escudo de campo vermelho e um cardo verde com duas alcachofras
e florido de oiro e as raizes de prata, entre dois leões de oiro rompentes, e
por diferença um filete preto em contrabanda; elmo de prata aberto, paquife de
oiro e vermelho, e por timbre um dos leões saindo-lhe de entre as mãos um
cardo; com todas as honras de nobre fi dalgo por descender da geração e
linhagem dos Cardosos. — Dada em Lisboa a 25 de ja neiro de 1523, Reg, na
Chanc. de D. João III, liv. XLV, fl. 98 v.
745. FRANCIsco CARDoso,
licenceado, desembargador do cardeal infante, filho de Diogo Cardoso e neto de
Nuno Alvares Cardoso, que foi irmão de Luiz Vaz Cardoso, chefe e morgado d'esta
geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecesso res: — Escudo de campo vermelho com dois cardos verdes floridos
um em cima do ou tro em pala, com as raizes de prata, entre dois leões de oiro
peleijantes, e por diferença um crescente de prata; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e ver melho, e por timbre uma cabeça de
leão de oiro com um dos cardos na boca; com to das as honras e privilegios de
fidalgo por descender da geração e linhagem dos Cardosos. —Dada em Lisboa a 20
de novembro de 1529. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XVII, fl. 137.
747. FRANCISCO CARNEIRO FONTOURA
TEIXEIRA TAVEIRA DE MAGALHÃES, de Villa-real, provincia de Traz-os-montes;
filho do doutor Antonio Pereira Tarefa de Oli veira, e de sua mulher D. Isabel
Joanna Botelho Cardoso de Fontoura Teixeira de Maga lhães; neto paterno de
Domingos Pereira Tarefa, e de sua mulher Domingas Nunes; neto materno de
Francisco Carneiro de Fontoura de Azevedo Teixeira Taveira de Magalhães, e de
sua mulher D. Brites Botelho Cardoso de Lousada. As armas dos Carneiros,
Fontouras, Botelhos, e Cardosos. — Br. p. a 12 de setem bro de 1755. Reg. no
Cart. da N., liv. particular, fl. 91 v. (C. C.)
748. FRANCIsco CARNEIRO HoMEM
Souto-MAIoR, alferes de cavallaria, aggregado á primeira plana da côrte,
natural da cidade de Lisboa; filho de Antonio Carneiro Homem Souto-maior,
cavalleiro professo da ordem de Christo, e de sua mulher D. Josepha Mar garida
da Conceição; neto pela parte paterna do doutor João Gomes Homem, e de sua
mulher D. Thereza Aurelia Joaquina Souto-maior; bisneto de Antonio Gomes Homem,
e de sua mulher D. Marianna Henriques; terceiro neto de Gabriel Gomes Homem, e
de sua mulher D. Brites Gomes de Moura; quarto neto de Balthasar Gomes Homem,
descendente legi timo e por varonia do barão de Solino, no reino de Napoles; e
pela sua avó D. Thereza Aurelia Joaquina Souto-maior se mostrava tambem que
elle é bisneto do doutor Gaspar Carneiro Leitão, cavalleiro professo da ordem
de Christo, e de sua mulher D. Brigida Ma ria Thereza; terceiro neto de Francisco
Carneiro Souto-maior, e de sua mulher D. Ma rianna Monteiro da Silva; quarto
neto de Martim Carneiro Leitão, e de sua mulher D. Francisca de Faria; o qual
Martim Carneiro Leitão era descendente da familia dos Carneiros, da villa da
Gollegã, uma das mais esclarecidas d’ella, que procedeu dos Car neiros de
Coimbra, e estes dos do Porto, que tiveram a sua origem em João de Montou, fidalgo
francez, parente dos reis de França, de cuja familia procedem tambem os condes
de Lumiares, como largamente se mostrava na sentença. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Gomes, no segundo as dos Homens, no terceiro
as dos Carneiros, e no quarto as dos Souto-maiores. — Br. P. 24 de agosto de
1787. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 21 v. (C. C.)
749. FRANCIsco CARVALHO DA CUNHA
E AMARAL, cavalleiro da ordem de Christ0, capitão-mór da villa de Paraty,
natural da cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro; filh0 do coronel Lourenço
Carvalho da Cunha, cavaleiro da ordem de Christo, e de sua mulher D. Marcelina do
Amaral Gurgel, filha do capitão Francisco do Amaral Gurgel. • As armas dos
Amaraes. — Br. p. a 9 de agosto de 1760. Reg, no Cart. da N., liv. particular,
fl. 127 v. (C. C.)
750. FRANCIsco Do CASAL,
cavalleiro da ordem de Christo. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede
o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado: o
primeiro de azul com tres flores de liz de prata em banda, o segundo de oiro
com cinco flores de liz de Vermelho em aspa, e por diferençº uma merleta de
oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por
timbre uma aspa de oiro com duas flores de liz de vermelho nas pontas de cima;
Pai vas, e por parte de sua mãe e avós dos do Casal. — Dada em Lisboa a 20 de
maio de 1529. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XVII, fl. 68 v.
751. FRANCIsco CLAUDIo PINTo DA
CUNHA E SousA (Tenente), natural da fregue zia de Nossa Senhora da Candelaria
do Rio de Janeiro, filho de Manuel Pinto da Cunha, e de sua mulher D. Maria
Thereza dos Santos e Sousa; neto pela parte paterna de Manuel Pinto e Sousa, e
de sua mulher Seraphina Fernandes da Cunha, e pela materna neto do capitão
Antonio Pires dos Santos, e de sua mulher Antonia de Sousa e Oliveira. Um
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Pintos, no se
gundo as dos Cunhas, e no terceiro as dos Sousas. — Br. p. a 7 de julho de
1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 17 v. (C. C.)
752. FRANCIs Co Coelho, escrivão
da camara do Mestre de Sant'Iago, filho de Pedro Cardoso, cavalleiro e natural
de Viseu, e de Anna Coelha; neto de João Coelho, que foi fidalgo muito honrado
e do tronco d'esta geração. Carta pela
qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: —
Escudo de campo de oiro, com um leão de purpura com tres faxas enxaquetadas de
oiro e de azul, e uma bordadura azul com cinco coelhos de prata malhados de
preto, e por diferença uma brica vermelha com uma estrella de oiro; elmo de
prata aberto guar necido de oiro, paquife de oiro e purpura, e por timbre um
meio leão das armas com a lingua e unhas vermelhas; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Coelhos. — Dada
em Lisboa a 22 de julho de 1533. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLV, fl.
57 v.
755. FRANCIs Co CoRELHA DE
ORNELLAs, cavalleiro da casa real, escrivão da fa zenda real, da comarca de
Beja, filho de João Affonso Tavares e de Victoria de Ornellas, neto de Afonso
Corelha de Ornellas, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'estas gerações;
bem assim foi neto de Ruy de Ornellas Corelha, que tambem foi fidalgo e do
mesmo trOnCO. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão
de seus antecesso res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de azul e uma
banda de vermelho com tres flores de liz de oiro entre duas sereias de oiro com
um espelho e um pente de oiro nas mãos de cada lado; o segundo de vermelho com
uma meia donzella dos peitos para cima e uma torre de prata entre dois libres
tambem de prata com suas coleiras vermelhas guarnecidas de oiro, alevantados e
com os rabos retornados para cima como leões, e por diferença uma brica de
prata com um — F— de preto; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
azul, oiro, prata e vermelho, e por timbre uma das se reias; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos
Corelhas e Ornellas. — Dada em Evora a 7 de agosto de 1537. Reg. na Chanc, de
D. João III, liv. XXIII, fl. 95 V.
756. FRANCIsco CoRREA DE ARAUJo,
cavalleiro da ordem de Christo, e capitão das ordenanças do reino da villa de
Serinhaem na capitania de Pernambuco; filho de José Fernandes de Araujo, e de
sua mulher D. Anna Correa de Mello; neto paterno do capi tão Agostinho de
Aguiar e Castro, e de sua mulher D. Antonia Correa de Almeida, e ma terno do
capitão Antonio de Sousa Valle, e de sua mulher D. Josepha de Sousa e Mello, Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Castros, no segundo as
dos Correas, no terceiro as dos Valles, e no quarto as dos Mellos, — Br. p. a
15 de ja neiro de 1808. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 220. (C. C.)
757. FRANCIsco CoRREA LopEs
FREITAs E SousA, natural da freguezia de Sant0 Ildefonso da cidade do Porto, e
n'ella morador; filho de Manuel Correa Lopes, profess0 na ordem de Christo, e
de sua mulher D. Anna Felicia de Sousa Delicado; neto pela parte paterna de
Manuel Correa Lopes, e de D. Marianna Moreira Correa da Silva; bisneto de
Miguel de Freitas Correa, professo na ordem de Christo, e provedor que foi dos
Contos da côrte, e de D. Cecilia Pereira; neto pela parte materna de Anacleto
de Sousa Delicado, e de D. Rosa de Sousa; bisneto de Antonio Pires Delicado,
capitão de mar e guerra, ci dadão da cidade do Porto, e de D. Francisca dos
Santos e Sousa. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Sousas, no segundo as dos Correas, no terceiro as dos Lopes, e no quarto as dos
Freitas. — Br. p. a 28 de Ou tubro de 1795. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 99
v. (C. C.)
758. FRANCIsco CoRREA DA SILVA, cavaleiro da
ordem de Christo, guarda-mór da Saude da cidade de Lagos, d’onde é natural, e
monteiro-mór, commissario de mostras; filho de Manuel Correa da Silva, e de sua
mulher D. Leonor de Sousa Basen; neto paº terno de Francisco Correa da Silva,
natural da praça de Tangere, da principal nobreza da mesma praça, capitão de
infanteria em Lisboa, escrivão proprietario dos cavaleiros e das commendas de
Riba-tejo, thesoureiro das Ordens militares, e de sua mulher D. Catharina
Baeman; neto materno de Gregorio Aranha Freire, e de sua mulher D. Isabel de
Sousa Basen. As armas dos Correas, Silvas, Aranhas, e Freires. — Br. p. a 6 de
maio de 1758. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 115. (C. C.)
759. FRANCIsco CosME VARELLA
CARDoso DA GAMA Lobo, superintendente das caudelarias da comarca da Villa de
Aviz, e d’ella natural; filho de Jeronymo José da Gama neto pela parte paterna
de Francisco Cosme Varella Pereira, capitão-mór da dita villa, e de sua mulher
D. Angela Isabel Caetana Pacheco de Sá, ele filho de Jeronymo José da Gama
Pereira, e de sua mulher D. Antonia Dourado Villela, e ella filha de Thomé
Manso de Sá Pimentel, e de sua mulher D. Cecilia de Mesquita e Abreu; e pela
parte Imaterna é neto de João de Lemos Zagalo Carvalhal, e de sua mulher D.
Luiza Zagalo de Carvalho, e bis neto de Francisco de Lemos de Carvalho, e de
sua mulher D. Jeronyma de Braga. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Villelas, no segundo as dos Lobos, no terceiro as dos Gamas, e no
quarto as dos Cardosos. — Br. p. a 16 de agosto de 1787. Reg. no Cart. da N.,
liv. IV, fl. 24. (C. C.)
760. FRANCIsco DA CostA, morador
em Santarem, filho de Francisco da Costa, neto de Nuno Vaz da Costa, e bisneto
de Vasco Vicente da Costa, os quaes todos foram fidal gos e do tronco d'esta
geração. Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de
seus antecesso res: — Escudo de campo vermelho e seis costas de prata, e
firmadas nos cabos do escudo postas em tres faxas, e por diferença um cardo de
oiro florido de azul; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata
e vermelho, e por timbre duas costas das armas em aspa atadas com uma fita vermelha;
com todas as honras e privilegios de fi dalgo por descender da geração dos
Costas. — Dada em Lisboa a 10 de maio de 1571. Reg. na Chanc. de D. Sebastião,
liv. VII, fl. 275 v.
761. FRANCISCO DA COSTA REBELLo,
coronel de milicias, morador no termo da villa de S. João da Pernaiba, comarca
da cidade de Oeiras, capitania de S. José de Piauhi, natural da villa de
Campo-maior, comarca da dita cidade de Oeiras, da mesma capitania; filho do
capitão das ordenanças João Rebello Cardoso, e de sua mulher D. Maria da Costa
e Oliveira; neto por parte paterna de Manuel Rebello Portella, e de sua mulher
Anna Maria de Jesus; neto por parte materna do sargento-mór das ordenanças,
Sebastião da Costa e Oliveira, e de sua mulher D. Engracia da Costa Ferreira.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Rebellos, no segundo
as dos Cardosos, no terceiro as dos Costas, e no quarto as dos Oliveiras. — Br.
p. a 16 de março de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 199 v. (C. C.)
762. FRANCIs Go DA CUNHA SILVA
CASTELLO-BRANCo, capitão do regimento de ca vallaria da cidade de Oeiras,
capitania de S. José de Piauhi, bispado do Maranhão; filho de Manuel Carvalho e
Almeida, commissario de cavallaria, e de sua mulher D. Clara de
Castello-branco; neto paterno de Belchior Gomes, e de sua mulher D. Isabel
Rodrigues Correa, e materno de D. Francisco de Castello-branco, e de sua
primeira mulher D. Maria Eugenia de Mesquita. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Carvalhos, no segundo as dos Almeidas,
e no terceiro as dos Castellos-brancos. — Br. p. a 5 de março de 1793. Reg. no
Cart. da N., liv. Iv, fl. 274. (C. C.)
764. FRANCISCO EDUARDO DA SILVA
FRAGoso, natural da villa da Covilhã, comarca da Guarda, filho de Manuel
Joaquim da Silva Botelho de Queiroz, e de sua mulher D. Ma ria Leonarda da
Silva Fragoso, irmã legitima de João Manuel da Silva de Figueiredo Fra goso, a
quem se passou brazão de armas a 24 de agosto de 1774; neto pela parte pa terna
do capitão Eduardo da Silva Proença, e de sua mulher D. Agueda Margarida
Michaela Nogueira de Moura, e pela materna neto de João da Silva de Figueiredo
Fra goso, cavalleiro da ordem de Christo, e de sua mulher D. Brigida Joaquina
de Pina Fra goso, filha de Luiz Fragoso Homem, e de sua mulher D. Francisca da
Fonseca; bisneto de Manuel da Silva Fragoso, e de sua mulher D. Luiza de Sousa
Correa, que foi filha de Romão Sinel, neta de Filippe Romão, e de sua mulher
Guiomar de Sousa, e bisneta de Luiz Romão; terceiro neto o mesmo supplicante
pela sua varonia materna de Francisco Vaz Fragoso, e de sua mulher Isabel da
Silva Figueiredo; e quarto neto de Pedro Vaz Fragoso, filho de Manuel Fragoso
de Aguiar. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Fragosos, e na
segunda as dos Silvas. — Br. p. a 29 de agosto de 1785. Reg. no Cart. da N.
liv. III, fl. # V. (C. C.)
765. FRANCIs Co FALCÃo,
cavalleiro da ordem de Christo, filho de Fernão Falcão, ca valeiro da ordem de
Christo, neto de Alvaro Fernandes de Brito e de Isabel Falcoa, bis neto de
Vicente Annes Falcão, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecess0 res : — Escudo de campo azul e tres bordões de prata ferrados e
fincados de vermelho, e uma meia brica de oiro, e n'ella um — F— de preto; elmo
de prata aberto guarnecido de oiro, paquífe de prata e azul, e por timbre um
falcão de sua cor com um dos bordões no bico e com uma das mãos no mesmo; com
todas as honras e privilegios de fidalg0 por descender da geração e linhagem
dos Falcões, — Dada em Lisboa a 23 de janeiro de 1539. Reg. na Chanc. de D.
João III, liv. XXVII, fl. 2.
766. FRANCIsco FERNANDES DE
PADILHA, morador em Lisboa, irmão legitimo de Bartholomeu Fernandes de Padilha.
• Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo azul com tres pás de prata, em pala, em cada
uma sua nacaneta n0 cabo, e no meio, em cada uma, seu estromento de dois cabos,
e seis crescentes do mesm0, tres sobre aspas em chefe, dois nas ilhargas das
pás do cabo, e outro ao pé da do meio, e por diferença uma brica de prata; elmo
de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por timbre uma
aguia azul; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender dos
Padilhas do reino de Castella, que eram fidalgos.—Dada em Lisboa a 23 de agosto
de 1532, Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XVIII, fl, 71 v.
767. FRANCIsco FERRÃO DE
CASTELLo-BRANco, fidalgo, filho de Diogo Ferrão de Castello-branco, e neto de
João Ferrão de Castello-branco. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede
o seguinte brazão de armas de seus an tecessores : — Escudo de campo azul com
um leão de oiro em cima rompente, com as unhas e lingua vermelhas, e por
diferença uma flor de liz de prata no escudo; elmo de prata aberto guarnecido
de oiro; paquife de oiro e azul, e por timbre o mesmo leão das armas; com todas
as honras e privilegios de fidalgo por descender da nobre linhagem dos
Castellos-brancos. — Dada em Santarem a 29 de janeiro de 1528. Reg. na Chanc.
de D. João III, liv. XI, fl. 11. antecessores: — Escudo de campo vermelho com
quatro faxas de oiro, e por diferença uma brica de prata com um — F — de preto;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre
uma emma de prata com uma ferradura de oiro no bico; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da nobre linhagem e geração dos Ferreiras,
que eram fidalgos e nobres. — Dada em Evora a 28 de fevereiro de 1536. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XXII, fl. 138 v.
769. FRANC1sco FERREIRA, natural
de Coimbra, e morador no termo de Alemquer, filho de Ayres Ferreira, neto de
Diogo Ferreira, bisneto de Gonçalo Ferreira, o qual foi sobrinho de D. Alvaro
Ferreira, bispo de Coimbra. Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o
seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo vermelho com quatro
faxas de oiro, e por diferença um cres cente de prata; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre uma emma da sua
côr com uma ferradura de oiro no bico; com todas as hon ras e privilegios de
fidalgo por descender da geração dos Ferreiras.—Dada em Lisboa a 4 de dezembro
de 1561. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. II, fl. 85 v.
770. D. FRANCIsco FRANco FEIJó,
senhor de Contiq Helmont, filho de D. Gaspar Franco, e de sua mulher D. Isabel
Franco; neto pela parte paterna de D. Gaspar Porcel Franco, e de sua mulher D.
Guiomar de Campos, e pela materna de D. Sebastião Franco, e de sua mulher D.
Catharina de Morales, todos naturaes do reino de Portugal. Um escudo
esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Francos, no segundo as
dos Campos, e no terceiro as dos Morales. — Br. p. a 27 de março de 1775. Reg.
no Cart. da N., liv. II, fl. 55 v. (C. C.)
771. FRANCISCO FRAZÃO, cavalleiro
da Ordem de Christo. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo vermelho e n'elle um chaveron de
prata entre tres flores de liz de oiro, em roquete; elmo de prata aberto,
paquife de oiro e vermelho, e por timbre o cha veron das armas de vermelho com
uma flor de liz de oiro no meio d'elle; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da geração e linhagem dos Frazões. — Dada em Evora a 15
de dezembro de 1524. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. IV, fl. 104 V.
772. FRANCIs Go FRAZÃO, morador
na cidade de Azamor, neto de Constança Vaz Frazoa. Carta pela qual el-rei D.
João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo
vermelho e n'elle um chabeiram de prata entre tres flores de liz de oiro, em
roquete, e por diferença no canto do escudo uma meia brica de prata com um —L —
de preto no meio d’ella; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
oiro, prata e vermelho, e por timbre o chabeiram das armas vermelho com uma
flor de liz de oiro no meio; com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descender da geração dos # #" em Evora a 10 de março de 1537. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XXIII, fl. 18 V.
773. FRANCISCO GOMES DE SOUSA,
natural da cidade da Bahia de Todos os Santos, e n’ella contador geral da real
fazenda; filho de Bernardo José de Sousa, cavalleiro fidalgo da casa real, e de
D. Luiza Caetana da Silveira; neto pela parte paterna de Ignacio Go mes de Sousa,
cavalleiro fidalgo da casa real, e de D. Thereza Maria de Sousa e Mello, e pela
materna de Filippe Gomes da Cruz, e de D. Maria Antonia da Silveira. Um escudo
esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Sousas, no segundo as
dos Mellos, e no terceiro as dos Silveiras. — Br. p. a 8 de novembro de 1788.
Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 85 V. (C. C.)
774. FRANCIs Go GoNÇALVES
PEREIRA, cavalleiro da ordem de Christo, capitão de um dos regimentos da praça
de Olivença; filho do capitão de infanteria Pedro Gonçalves Beirão, e de sua
mulher D. Brites Pereira; neto paterno de João Beirão, e de sua mulher Maria
Gonçalves. As armas dos Gonçalves e dos Pereiras. — Br. p. a 29 de maio de
1760. Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 128. (C. C.)
775. FRANCIsco D E Gouve A,
fidalgo da casa do infante D. Fernando, filho de Luiz de Gouvea, fidalgo,
morador que foi em Castello-Rodrigo, e do tronco desta geração. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo
de campo meio partido em pala, o primeiro de vermelho e seis besantes de prata,
em pala, fechados de uma dobre cruz e uma bordadura de oiro, o segundo de prata
com seis torteos de azul em duas palas, e por diferença uma meia brica verde
com uma merleta de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
oiro, Verme lho, prata e azul, e por timbre uma aguia vermelha besantada de
prata; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e
linhagem dos Gouveas.—Dada em Montemór-o-novo a 15 de maio de 1531. Reg, na
Chanc. de D. João III, liv. XVIII, fl. 3V.
776. FRANCIsco HoMEM, morador na
ilha da Madeira, na vila da Calheta, filho de Francisco Homem, neto de Pero
Homem, que foi morador em Genua, e era fidalgo muito honrado e do verdadeiro
tronco d'esta linhagem. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul com seis
crescentes de oiro em duas palas, e por diferença uma merleta de prata; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre um leão
azul com uma facha de armas nas mãos com o cabo de oiro; com todas as honras de
fidalgo por descender da nobre linhagem e geração dos Homens. -- Dada em Evora
a 23 de abril de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. 10, fl. 71.
778. FRANcIsco IGNACIO SILVERIO
DA CUNHA E BRITo (Capitão), natural da Villa de Messejana, filho de Alexandre
Correa da Cunha, e de sua mulher D. Margarida Con stança Pérpetua de Brito e
Abreu; neto pela parte paterna de Manuel Martins Silveriº, cavaleiro da ordem
de Christo, e de sua mulher D. Ântonia Helena de Mendonça Castel lo-Branco, ele
filho do doutor Manuel Martins Silverio, juiz de fóra que foi de Setubal, e da
cidade de Tavira, corregedor da comarca de Thomar, e de Coimbra, o qual foi
mortº no real serviço, e de sua mulher D. Catharina Correa, e ella filha de
Estevão Correa dº Isabel Magdalena de Almeida; e pela materna neto de Ignacio
de Brito, e de sua mulher D. Ma ria Lamego Mendanha e Abreu, ele filho de Pedro
Gomes de Brito, e ella filha de João Coelho de Abreu, e de sua mulher Margarida
Correa. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Correas, no
segundo as dos Cunhas, no terceiro as dos Britos, e no quarto as dos Raposos. —
Br. p. a 15 de novembro de 1780. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 254 v. (C .
C.)
779. FRANCIsco JAcoME, morador em
Lisboa. Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de
seus antecesso res: — Escudo partido em pala; o primeiro de oiro com tres — III
— pretos, em roquete, o segundo de prata com quatro asnas vermelhas e uma brica
verde e n’ella um cisne de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro, preto, prata e vermelho, e por timbre o mesmo cisne; com todas
as honras e privilegios de nobre fidalgo pelos serviços por elle prestados e
por descender da geração do condado de Hollanda na villa de Dorte.—Dada em
Lisboa a 5 de setembro de 1561. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. II, fl.
128 v.
792. FRANCIsco JosÉ MARTINS
HILARIO MENDEs, natural da villa de Safra, rein0 de Castella, filho de Hilario
Martins, fidalgo, natural d’este reino de Portugal, da freguezia de Cardichos,
termo da Villa de Vianna, foz do Lima; neto pela parte paterna de Domin gos
Martins, fidalgo, e de sua mulher D. Anna Martins; bisneto de Domingos Martins
da Torre, e de sua mulher D. Maria Gonçalves; terceiro neto de Pedro Martins
Mendes, ir mão de Domingos Martins, a quem se passou já brazão de armas dos
Mendes e Aranhas, em 1636, e de sua mulher D. Maria Rodrigues, filhos ambos de
Antonio Martins, e de sua mulher D. Anna Martins Mendes; neto de Affonso Mendes,
e de sua mulher D. Catharina Martins Lopes. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Mendes, e na segunda as dos Aranhas. — Br. p. a 4 de maio
de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 107 v. (C. C.)
793. FRANCIsco JosÉ MONTEIRO CABRAL,
filho de Domingos Monteiro Cabral, e de sua mulher D. Jacinta Clara Pimentel;
neto paterno de Gaspar de Sequeira, e de sua mu lher D. Maria Monteiro, e
materno de Domingos Dias, e de sua mulher D. Maria Pimentel. Um escudo partido
em pala; na primeira as armas dos Monteiros, e na segunda as dos Cabraes. — Br.
p. a 13 de setembro de 1806. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 144. (C. C.)
As
arms dos Moraes, Antas, Ribeiros, e Machados,
— Br. p. a 31 de julho de 1751. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 23 v.
(C. C.)
797. FRANCIsco JosÉ DE OLIVEIRA,
professo na ordem de Christo, cavalleiro fidalgo da casa real, e oficial da
Secretaria de estado dos negocio do reino; filho de Feliciano de Oliveira, e de
sua mulher D. Anna Victoria Joaquina de Andrade; neto pela parte paterna de
Pedro de Oliveira, e de sua mulher D. Ramires de Oliveira; neto pela parte
materna de Francisco Lopes de Andrade, e de sua mulher D. Daria de Andrade. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Oliveiras, na segunda as dos
Andrades. — Br. p. a 13 de março de 1795. Reg. no Cart. da N., liv. v, fl. 41
v. (C. C.)
798. FRANCISC o JosÉ PACHECO,
commendador da Ordem de Christo, e da Ordem da Rosa no imperio do Brazil; filho
de José dos Santos Pacheco, negociante de grosso tracto, e de sua mulher D.
Maria Josepha Pacheco; neto paterno de Francisco José Pacheco, pro prietario, e
de sua mulher D. Anna Rita Pacheco, e materno de Bernardino Antonio, e de sua
mulher D. Maria Josepha. Um escudo com as armas dos Pachecos. —Br. p. a 22 de
outubro de 1862. Reg, no Cart. da N., liv. IX, fl. 50 v. (C. C.)
799. FRANCIsco JosÉ PACHEco,
negociante, filho de Francisco José Pacheco, com mendador da ordem de Christo,
e da ordem da Rosa no imperio do Brazil, a quem se passou brazão de armas a 22
de outubro de 1862, e de sua mulher D. Marianna Henri queta Pacheco; neto
paterno de José dos Santos Pacheco, negociante, e de sua mulher D. Maria
Joaquina dos Santos, e materno de João José de Mello, e de sua mulher D. Anna
Joaquina de Mello. Um escudo com as armas dos Pachecos. —Br. p. a 27 de junho
de 1864. Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 66 v. (C. C.)
800. FRANCIsco JosÉ Ron RIGUES
BARATA FREIRE, alferes do regimento de Ma cajá, cidade do Grão-Pará, natural da
villa de Alvaro, comarca de Thomar; filho de João Rodrigues Vaz, e de sua
mulher Luiza Maria da Conceição Freire; neto por parte paterna de Jacinto
Rodrigues Vaz, e de sua mulher D. Isabel Antunes; neto por parte materna de
Manuel Mendes, e de sua mulher D. Maria Barata Freire. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Rodrigues, no segundo as dos Vazes, no
terceiro as dos Baratas, e no quarto as dos Freires. — Br. p. a 29 de dezembro
de 1800. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 156 v. (C. C.)
801. FRANC1sco JosÉ SALGAD o
CARDoso, natural do logar de Travanca, freguezia de Macedo de Cavaleiros, termo
da cidade de Bragança; filho legitimo de Francisco de Freitas, natural da
freguezia de Santo Thyrso de Prazins, e de sua mulher Anastacia Go mes Pedroso
Barreto Salgado; neto pela parte paterna de Jeronymo de Freitas, e de sua
mulher Maria Francisca, naturaes da freguezia de Santo Thyrso de Prazins, e
pela parte materna neto de Bento Gomes Pedroso, e de sua mulher Catharina
Salgado, filha de D. Ma nuel Salgado Barreto, irmão de D. Antonio Salgado,
general de batalha, governador de Chaves, e das armas da provincia de
Traz-os-Montes, pae dos bispos de Pernambuco e Rio de Janeiro, D. Francisco
Luiz Salgado, e D. Francisco da Cruz Salgado, primos co irmãos de Catharina
Salgado, avó do supplicante, e de seus irmãos Francisco Antonio G0 mes Salgado,
reitor actual da egreja de S. Bartholomeu de Rabal do padroado da sere nissima
Casa de Bragança, e Manuel Caetano Salgado, os quaes seus ascendentes foram
pessoas nobres. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Cardosos, no segundo as dos Salgados, no terceiro as dos Barretos, e no quarto
as dos Peixotos. — Br. p. a 14 de - maio de 1766. Reg. no Cart. da N., liv. I,
fl. 29 v. (C. C.)
802. FRANCIsco JosÉ TAVEIRA DA
FoNs ECA, filho legitimo de José Taveira de Mes quita, e de Sebastiana Teixeira
da Fonseca; neto pela parte paterna de Francisco Ta veira Pinto de Mesquita,
bisneto de Antonio Francisco Taveira, e terceiro neto de Pedro Taveira de
Mesquita, fidalgo da casa real; e pela materna neto de Pedro da Fonseca Tei
xeira, capitão-mór da villa de Canellas, e bisneto de Manuel Teixeira da
Fonseca da mesma villa. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Taveiras, e na segunda as dos Teixeiras. — Br. p. a 20 de agosto de 1767. Reg.
no Cart. da N., liv. I, fl. 57 v. (C. C.)
803. FRANCIsco JosÉ TEIXEIRA DE
SAMPAIo, natural da cidade de Lamego, filh0 de Pedro Teixeira de Sampaio, que
em outro tempo se denominou de Tavora, e de D. Ber narda Luiza Thereza do
Amaral Guedes; neto pela parte paterna de Manuel de Tavora Ferreira, e de D.
Magdalena Teixeira de Sampaio, e pela materna de Antonio de Almeida Coelho, e
de D. Isabel Maria da Silva, da quinta da Portella em Cambra, termo da cidade
de Lameg0. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Teixeiras,
no segundo as dos Sampaios, no terceiro as dos Amaraes, e no quarto as dos
Guedes. — Br. p. a 2 de setembro de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 121
v. (C. C.)
805. FRANCIsco LEANDR o D E To
LED o RENDON, ouvidor da villa de Pernagúa, e natural da cidade de S. Paulo da
America; filho de Agostinho Delgado Arouche, cidadão da dita cidade, e
guarda-mór das terras e aguas mineraes da villa de Pernaiba, e de sua mulher D.
Maria Thereza de Araujo Rendon; neto pela parte paterna do sargento-mór
Francisco Nabo Freire, e de sua mulher D. Anna Pires de Barros, e pela materna
de Diogo de Toledo Lara, capitão-mór, e regente de Paranam-panema, que
descobriu á sua custa, e de sua mulher D. Angela de Sequeira Rendon de Quevedo;
bisneto de João de Toledo Castelhano, e de sua mulher D. Maria de Lara, filha
de Lourenço Castanho Ta ques, governador da leva do descobrimento das
Minas-geraes, de que recebeu honradissi mas cartas do senhor rei D. Pedro II, e
de sua mulher D. Maria de Lara; terceiro neto de D. Simão de Toledo Piza,
natural da cidade de Angra, d’onde depois de militar nas armadas e presidios de
Castella se passou para S. Paulo, e foi n'aquela capitania o tronco e chefe da
familia de seu appelido, e de sua mulher D. Maria Pedrosa; quarto neto de D.
Simão de Toledo Piza, governador do castello de S. Filippe, da cidade de Angra,
e de sua mulher D. Garcia da Fonseca Rodovalho; quinto neto de D. João de
Toledo Piza, fi dalgo illustre da illustrissima casa de Alva de Tormes, que são
duques de Alva, e condes de Oropeza, e de sua mulher D. Anna de Castelhanos: e
pela dita D. Angela de Sequeira Rendon de Quevedo, mulher de Diogo de Toledo
Lara, seus avós maternos, bisneto de D. Francisco Mattheus Rendon, e de sua
mulher D. Maria de Araujo, filha de D. Pedro Taques de Almeida, fidalgo da casa
real, capitão-mór, governador, e alcaide-mór da capi tania de S. Vicente e S.
Paulo, e administrador geral das aldeas do real padroado da mesma capitania, e
de sua mulher D. Angela de Sequeira; terceiro neto de D. Pedro Mattheus Rendon,
e de sua mulher D. Maria Moreira Cabral; quarto neto de D. João Mattheus Ren
don, illustre fidalgo da cidade de Coria, no reino de Leão, d’onde passou com
mais dois irmãos para o Brazil, militando na armada de Castella, que com a de
Portugal foram res taurar a cidade da Bahia do poder dos hollandezes, todos em
praça de soldados, vencendo tres escudos de mais, além da sua praça, e passaram
para S. Paulo, onde já estabelecido levantou á sua custa uma companhia de infanteria
para a restauração de Pernambuco, e de sua mulher D. Maria Bueno da Ribeira,
filha de Amador Bueno da Ribeira, capitão mór e governador d’aquela capitania
de S. Vicente e S. Paulo, e na mesma ouvidor e provedor da fazenda real; quinto
neto de D. Pedro Mattheus Rendon, fidalgo de vingar quinhentos soldos segundo o
fôro de Hespanha, e regedor das justiças, pelo estado de fidalgo da villa de
Ocanha, e de sua mulher D. Magdalena Clemente de Alarcão Cabeça de Vacca. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Toledos, e na segunda as dos
Rendons. — Br. p. a 20 de fevereiro de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl.
100. (C. C.)
806. FRANCIS Co LEONARDO CARNEIRO
DA ROCHA DE SOUSA MENEZES, natural da cidade da Bahia, soldado distincto de
infanteria auxiliar da mesma cidade, tendo já ser vido na infanteria paga;
filho de Carlos Carneiro da Rocha de Sousa e Menezes, e de D. Thereza Maria de
Jesus Bittencourt e Atouguia; neto pela parte paterna do capitão de cavallos
Bernardo Carneiro da Rocha, e de D. Guiomar de Sousa Zorrilha Castel-branco;
bisneto por parte paterna do capitão de mar e guerra Luiz Carneiro da Rocha,
fidalgo escudeiro da casa real, e primo do segundo conde da ilha do Principe,
Francisco Carneiro de Sousa; terceiro neto de Antonio Carneiro, senhor da ilha
do Principe, e de D. Brites de Alcaçova, filha de Pedro de Alcaçova Carneiro,
primeiro conde das Idanhas, e de D. Jeronyma da Silva; neto pela parte materna
de Gonçalo de Brito Bittencourt e Atou guia, moço fidalgo da casa real, e de D.
Anna Maria de Jesus Leite dos Santos; bisneto por parte materna de Antonio de
Brito e Oliveira, que foi tambem moço fidalgo da casa real, e morgado da ilha
da Madeira, e de D. Isabel de Atouguia; terceiro neto por parte de sua avó
paterna de Jacome Caldeira da Silva, moço fidalgo da casa real, e de D. Ma
rianna da Rocha Zorrilha Castel-branco, filha de Antonio Cardoso de Mattos
Adorno, descendente por varonia dos Adornos, fidalgos venezianos; segundo neto
por parte de sua avó materna do doutor Bartholomeu Fernandes Repado, e de D.
Helena Leite dos SantOS. Um escudo com as armas dos Carneiros. —Br. p. a 20 de
setembro de 1796. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 142. (C. C.)
807. FRANCIsco Lobo, cavalleiro
da casa real, filho de Lopo Rodrigues Lobo, e neto de Ruy Lobo, que foi fidalgo
e do tronco desta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo de prata com cinco
lobos de preto com as linguas e unhas de Ver melho, em aspa, e por diferença
uma flor de liz verde; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
prata e preto, e por timbre um dos lobos das armas; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Lobos.—Dada em
Evora a 8 de julho de 1534. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xx, fl. 149 v.
809. FRANCIsco LUIZ FERREIRA
TAVAREs PEREIRA E SILVA, capitão-mór da Villa de Sovaes, filho de Manuel
Ferreira Luiz, e de D. Helena Rodrigues da Silva; neto pº terno de Manuel
Ferreira Luiz, e de D. Joanna Tavares, e materno de Domingos Rodri gues, e de
D. Maria da Silva. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Ferreiras,
e na segunda as dos Rodrigues. — Br. p. a 12 de agosto de 1807. Reg, no Cart.
da N., liv. }} 198. • (C. C.
810. FRANCIS co D E MACEDO
MESQUITA DA FONSECA Os o RIO DE OLIVEIRA, n㺠tural de Teixoso, termo da
Covilhã, comarca da Guarda; filho de Francisco de Macedo º Mesquita, e de sua
mulher e prima D. Ignez Mesquita Oliveira da Fonseca Osorio; nel0 paterno do
alferes José Rodrigues de Macedo, e de sua mulher D. Jacinta Maria, e ma terno
do capitão João da Fonseca de Mesquita, e de sua mulher D. Rita Maria dos San
tos; bisneto de outro João da Fonseca de Mesquita, e de sua mulher D. Luiza
Ferreirº de Macedo; terceiro neto de João da Fonseca Pacheco, e de sua mulher
D. Anna de Mes quita Velasco, natural de Castello-branco, a qual era
descendente de Francisco de Mesquita e Oliveira, da dita cidade, a quem no anno
de 1669 se passou brazão de armas com as dos Mesquitas, e Oliveiras. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Macedos, no segundo as dos
Mesquitas, no terceiro as dos Oliveiras, e no quarto as dos Fonsecas. — Br. p.
a 21 de junho de 1824. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 107. C. C.) (C. C.
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Machados, no segundo as
dos Rebellos, no terceiro as dos Farias, e no quarto as dos Vasconcellos. — Br.
p. a 12 de setembro de 1780. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 250. C (C. C.)
812. FRANCISCO MANUEL DE MESQUITA
PIMENTEL FURTADO DE MENDONÇA, ca pitão-mór da ilha das Flores, e natural da
mesma; filho de Roberto Pimentel de Mesquita, capitão-mór da dita ilha, e de D.
Delfina Furtado de Mendonça; neto pela parte paterna do capitão Gaspar Furtado
de Mendonça, e de D. Sebastiana Pimentel de Mesquita, e bis neto do capitão-mór
Balthasar Velho, e de D. Branca Furtado de Mendonça; pela parte materna neto do
capitão-mór Diogo Pimentel de Mesquita, e de D. Branca Furtado de Mendonça;
bisneto de Thomé Furtado de Mendonça, e de D. Susana Pimentel. Um escudo
esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Pimenteis, no segundo
as dos Mesquitas, e no terceiro as dos Furtados. — Br. p. a 30 de maio de 1791.
Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 213 v. (C. C.)
813. FRANCIsco MANUEL PIMENTEL
MoNTEIRO E FRIAs, da villa de Meda, filho de Manuel Pimentel de Abreu,
capitão-mór do concelho de Ranhados, e de sua mulher D. Anna Maria de S. José;
neto pela parte paterna de João Pimentel, e de sua mulher D. Maria da
Abrunhosa, e pela materna de Domingos Jorge, e de sua mulher D. Anna Fernandes.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Pimenteis,
no segundo as dos Monteiros, e no terceiro as dos Frias. — Br. p. a 23 de
janeiro de 1788. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 45 v. • (C. C.)
814. FRANCISCO MANUEL RAP os o
BICUDO CORREA, natural, e morador na cidade de Ponta-Delgada, ilha de S.
Miguel; filho de Pedro da Ponte Raposo Bicudo Correa, e de sua mulher D. Maria
Ursula Bettencourt Corte-Real; neto paterno de Manuel Raposo Correa Bicudo, e
de sua mulher D. Maria da Camara de Medeiros, filha de Gaspar Me deiros,
fidalgo cavaleiro da casa real; neto materno de Antonio Brum da Silveira,
fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Catharina Bettencourt, filha de Vital
de Bettencourt, fidalgo da casa real. As armas dos Correas, Raposos, Bruns, e
Bettencourt, — Br. p. a 23 de maio de 1760. Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 126 v. (C. C.)
815. FRANcisco MARIA GoRDILHO
VELLoso DE BARBUDA, fidalgo cavaleiro da casa real, guarda-roupa, e coronel de
cavallaria com exercicio de ajudante de ordens do governo das armas do Rio de
Janeiro; filho do doutor José Julio Henriques Gordilho Cabral, desembargador da
relação da Bahia, e ouvidor geral do Serro do Frio, e de sua mulher D. Maria
Barbara Benedicta Cabral de Barbuda, dona da camara do infante D. Sebastião;
neto paterno de Elias Xavier Gordilho, e de sua mulher D. Quiteria Leo cadia
Henriques Cabral, e materno de Ladislau José Monteiro de Barbuda, e de sua mu
lher D. Genoveva Ignacia Peregrina Xavier Cabral. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Vellosos, e na segunda as dos Barbudas. — Br. p. a 10 de
março de 1819. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 32. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Machados, no Segundo as
dos Marinhos, no terceiro as dos Moreiras, e no quarto as dos Ferreiras — Br.
p. a 20 de setembro de 1805. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 98 v. (C. C.)
817. FRANC1sco MARINHO DE S. PAYo
(doutor), presbytero secular do habito de S. Pedro, professo na ordem de
Sant'Iago, natural da cidade da Bahia; filho de Manuel de S. Payo e Freitas, e
de sua mulher D. Anna de S. Miguel de Mello; neto pela parte paterna do capitão
de infanteria Antonio de S. Payo e Freitas, e de sua mulher D. Ca tharina da
Silva, e pela materna de Gonçalo Marinho de Figueirôa, e de sua mulher D. Maria
de Araujo do Lago. Um escudo ovado com as armas dos Marinhos, — Br. p. a 26 de
março de 1781. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 2 v. (C. C.)
818. FRANC1sco MARTINS DE
CERQUEIRA, conego da Sé de Lamego; filho de Braz Martins Cerqueira e neto de
Martim Rodrigues de Cerqueira. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus anteces sores: — Escudo de campo vermelho com um leão
de oiro com uma coleira vermelha guarnecida de oiro, elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, é por timbre o mesmo leão das
armas, com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração
dos Cerqueiras. — Dada em Lisboa a 30 de março de 1530. Reg. na Chanc. de D.
João III, liv. LII fl. 55.
821. FRANCIsco D E MATTos FERRÃo
CAsTEL-BRANCo, sargento-mór das ordenan ças da villa de Pena-cova e Carvalho,
natural de Villa-chan de Poyares, filho de Ambro sio de Mattos Ferreira, e de
sua mulher D. Anna Joaquina Maria Ferrão Castel-branco, Figueiredo Tavares
Affonso e Brito; neto pela parte paterna de Luiz de Mattos, e de sua mulher D.
Maria Ferrão; neto pela parte materna de Manoel Ferrão Castel-branco, e de sua
mulher D. Maria Nunes. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Mattos, no segundo as dos Ferreiras, no terceiro as dos Ferrões, e no quarto as
dos Castel-brancos. — Br. p. a 19 de abril de 1796, Reg, no Cart. da N., liv.
V, fl. 124. • (C. C.)
822. FRANCIs Go DE MATTos TERRINHo,
sargento-mór da comarca de Elvas, natural de Villa-viçosa; filho de José de
Mattos, e de sua mulher Maria Gomes Terrinho; neto paterno de Belchior de
Mattos, e de Isabel Martins; neto materno do sargento-mór dos auxiliares de
Villa-viçosa, Manoel Gomes, e de sua mulher Brites Rodrigues. As armas dos Mattos,
Martins, Gomes, Rodrigues, e Terrinhos. — Br. p. a 27 de março de 1752. Reg, no
Cart. da N., liv. particular, fl. 30 v. (C. C.)
823. FRANCIsco MAXIMIANO ALVES DE
MELLo E ALBUQUERQUE (Capitão), filho de Francisco José Alves, professo na ordem
de Christo, e capitão-mór da villa de Barba cena, comarca do Rio das Mortes,
capitania das Minas-geraes, e de sua mulher D. Anna Leonarda Ludovina de Mello
e Albuquerque; neto paterno de Braz Alves Antunes, sar gento-mór de um dos
regimentos de milicias da dita capitania, e de sua mulher D. Lu ciana Clara de
Santa Rosa, e materno de Antonio José de Mello Pinto da Silva, e de sua mulher
D. Joanna Felix da Silva. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Alvares, no segundo as dos Mellos, no terceiro as dos Albuquerques, e no
quarto as dos Silvas.— B. p. a 30 de outubro de 1805. Reg. no Cart. da N., liv.
VII, fl. 104 v. (C. C.)
824. FRANCIsco D E MEDEIRos,
cavalleiro fidalgo da casa real e escrivão da Casa da India, filho de Antonio
de Medeiros, fidalgo, morador em Mezão-frio; neto de Fernão de Medeiros,
fidalgo muito honrado e alcaide-mór de Montalegre e de Piconha, e era do ver
dadeiro tronco da geração dos Medeiros; outro sim era filho de Isabel Rebella
Pinta, que foi do tronco da linhagem dos Pintos. Carta pela qual el-rei D. João
III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro de vermelho com cinco cabeças de aguia de oiro, em
aspa, o segundo de prata com cinco crescentes de vermelho, em aspa; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho e prata, e por
timbre meia aguia de vermelho; com todas as honras de nobre fidalgo por
descender da geração eli nhagem dos Medeiros e dos Pintos.—Dada em Almeirim a 6
de abril de 1543. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXVIII, fl. 44 V.
825. FRANCIsco D E MELLo No
GUEIRA CASTELLo, professo na ordem de Christo, natural d’esta cidade; filho de
Antonio José Nogueira, professo na ordem de Christo, fa miliar do Santo Oficio,
e escrivão proprietario da Provedoria dos residuos, e de sua mu lher Isabel
Jacinta do Castello; neto pela parte paterna de Domingos Nogueira Cardoso, e de
sua mulher D. Joanna Baptista, e pela materna de Pedro Barbosa de Figueiredo, e
de sua mulher D. Michaela Archangela da Fonseca Castello: irmão o supplicante
de João de Mello Nogueira, sargento-mór e governador da ilha do Fogo, a quem se
passou brazão de armas a 18 de novembro de 1789. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Nogueiras, no segundo as dos Figueiredos, no
terceiro as dos Castellos, e no quarto as dos Mellos. —Br. p. a 22 de setembro
de 1790. Reg, no Cart. da N., liv. Iv, fl. 184. (C. C.)
827.
FRANCISCO DE MELLO E VASCONCELLOS
(Doutor), cavaleiro fidalgo da casa real, natural da cidade de S. Salvador da
Bahia de todos os Santos, filho de Caetano de Mello Vasconcellos, e de sua
mulher D. Leandra Bezerra de Alpoim, filha de José Bezer ra, e de sua mulher D.
Apolonia da Cruz; neto pela parte paterna do coronel Luiz de Mello
Vasconcellos, e de sua mulher D. Margarida Telles de Menezes e Bittencourt,
filha do sargento-mór Marcos de Bittencourt, senhor do engenho de Cotigipe, e
de sua mulher D. Angela de Menezes, irmã de Francisco Telles de Menezes,
alcaide-mór que foi da dita cidade; bisneto pela mesma parte paterna, de outro
coronel Luiz de Mello Vasconcellos, e de sua mulher D. Antonia Garcez de Oliva,
filha de João Garcez de Oliva, e de sua mu lher D. Victoria de Oliva, o qual
coronel era filho segundo, e primo segundo de Bartho lomeu de Vasconcellos da
Cunha, que foi commendador da ordem de Christo, governa dor da ilha da Madeira,
e capitão general de Murmugão, e outras terras; terceiro neto de Manoel de
Mello e Vasconcellos, cavaleiro professo na ordem de Christo, cavaleiro fidalgo
da casa real, e apontador dos fidalgos da mesma real casa, o qual ficando
captivo na batalha de Alcacer, quando acompanhou o senhor rei D. Sebastião á
Africa, e vindo de pois para Portugal, o rei D. Filippe primeiro lhe fez mercê
de vinte mil réis de tença, com o habito da ordem de Christo, e de sua mulher
D. Francisca de Parada, que era filha de Henrique de Parada, tambem cavalleiro
fidalgo da casa real, e apontador dos fidalgos, e de sua mulher D. Francisca
Sequeira Cabral, com tença em sua vida; todos fidal gos muito nobres em
geração, e procedimento, legitimos e verdadeiros descendentes das illustres
familias dos appellidos de Vssconcellos e Mellos d’este reino: e o dito Manoel
de Mello e Vasconcellos, terceiro avô do supplicante, o doutor Francisco de
Mello e Vascon cellos, primo-irmão de Francisco de Vasconcellos da Cunha,
commendador da ordem de Christo, governador de Cabo-verde e Angola, e
despachado conde do Porto Santo em Ma drid em 1641; e não sómente era elle dito
Manoel de Mello e Vasconcellos filho legitimo do capitão Antonio de Oliveira do
Carvalhal, cavalleiro fidalgo da casa real, cujo foro teve antes da reformação
do senhor rei D. Sebastião, e alcaide-mór de Pereira no Brazil, e ir mão de
Francisco de Oliveira do Carvalhal, a quem se passou brazão de armas aos 23 de
dezembro de 1541, com as dos Carvalhaes, ambos filhos legitimos de Simão de Oli
veira, e descendente por linha direita, e masculina da geração, e linhagem dos
Carvalhaes, como bisneto de Lopo Gonçalves do Carvalhal, fidalgo muito honrado,
e o verdadeiro tronco da dita linhagem de Carvalhaes, que são fidalgos de
conhecido solar, e cotta de armas, sendo o mesmo Manoel de Mello e Vasconcellos
filho de D. Luiza de Mello e Vasconcellos, irmã de Bartholomeu de Vasconcellos,
fidalgo da casa real, commendador e alcaide-mór do Seixo amarello do Ervedal,
na ordem de Aviz, e capitão-mór das armadas d’estes reinos; neto pela parte
materna de Froylos de Vasconcellos, e de sua mulher D. Iria de Mello, o qual
Froylos de Vasconcellos por sua tia a rainha D. Leonor Telles, mulher do senhor
rei D. Fernando, era primo-terceiro da rainha D. Brites, herdeira de Portugal,
e mulher do senhor rei D. João o primeiro de Hespanha; bisneto pela mesma parte
materna de Heitor Mendes de Vasconcellos, e de sua mulher D. Constança Correa
da Cunha, filha legitima de Pedro Correa da Cunha, capitão da ilha Graciosa;
terceiro neto de Mem Rodrigues de Vasconcellos, e de sua mulher D. Margarida
Furtado de Men donça, filha de Bartholomeu Pires Perestrello, capitão, e senhor
da ilha do Porto Santo; quarto neto de D. Martins Mendes de Vasconcellos, e de
sua mulher D. Ignez Martins, senhora de Alvarenga; quinto neto de D. Mem Rodrigues
de Vasconcellos, rico-homem, privado do senhor rei D. Diniz, seu meirinho-mór,
alcaide-mór de Guimarães, e senhor de muitas terras, e de sua mulher D.
Constança Affonso de Brito; sexto neto de D. RO drigo Annes de Vasconcellos,
rico-homem, e de sua mulher D. Mecia Rodrigues, senhora das honras de Penella,
e Penagate; setimo neto de D. João Pires de Vasconcellos, o pri meiro do
appelido de Vasconcellos, rico-homem, e senhor do solar de Vasconcellos, e
egualmente por parte da dita sua avó D. Iria de Mello, foi o mesmo Manoel de
Mello e Vasconcellos bisneto de Diogo de Mello da Cunha, irmão de D. Leonor de
Mello, ambos filhos de Gaspar Dias de Arce, fidalgo hespanhol, e de sua mulher
D. Brites de Mello, fi lha de Vasco Martins de Mello, irmão de D. Pedro Vaz de
Mello, conde de Atalaia e de Tancos, governador da Casa do civel de Lisboa,
ambos filhos de Gonçalo Vaz de Mello 0 moço, senhor de Povos, e da Castanheira,
alcaide-mór de Evora e Santarem, e de sua mulher D. Isabel d'Albuquerque, filho
de Vasco Martins da Cunha, senhor da Taboa, e Angeja, e de sua mulher D.
Thereza de Albuquerque, que descendia do senhor rei D. Di niz; o qual Gonçalo
Vaz de Mello, foi fidalgo muito honrado, e o tronco verdadeiro da geração e
linhagem dos Mellos. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto as armas dos Carvalhaes,
no segundo as dos Vasconcellos, e no terceiro as dos Mellos. — Br. p. a 24 de
fevereiro de 1795. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 89. (C. C.)
828.
FRANCISCO DE MELLO E VASCONCELLOS LIMA,
natural da cidade da Bahia, fi lho do doutor Francisco de Mello e Vasconcellos,
e de sua mulher D. Isabel Maria de Lima; neto pela parte paterna do coronel
Vasco de Mello e Vasconcellos, e de sua mulher D. Isabel Télles de Menezes,
todos naturaes da cidade da Bahia; e pela materna neto de Francisco de Lima
Pinto, e de sua mulher D. Brites Clara da Silva, naturaes deste rein0. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Mellos, no segundo as dos
Vasconcellos, no terceiro as dos Limas, e no quarto as dos Pintos. — Br. p. a 4
de maio de 1779. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 188. (C. C.)
829. FRANCIsco MoNTEIRO DE PALLE,
cavalleiro fidalgo da casa real. Carta pela qual el-rei D. João III o faz
fidalgo de cota de armas, e lhe concede 0 seguinte brazão: — Escudo de campo
vermelho com uma serra alta e verde com seus ro chedos, e no pé d’esta dois
baluartes de prata, tendo o primeiro destes uma porta e fres tas lavradas de
preto, e entre os dois baluartes um muro preto rompido pelo meio, e duas
bombardas da sua côr com seus carretões de oiro ao pé da dita serra, e de
dentrº do muro um homem armado de armas brancas sobre um turco vestido de
vermelho, º qual está matando com um punhal; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de prata, vermelho, oiro e verde, e por timbre um braço armado
com um punhal ensanguem tado; com todas as honras e privilegios de fidalgo
pelos relevantes serviços por elle pres tados, principalmente na tomada da
fortaleza de Palle, onde fez prodigios contra os turcºs. —Dada em Lisboa a 12
de março de 1548. (M.N.) Reg, no liv. II de Privilegios, fl. 176.
831. FRANCIsco DE OLIVEIRA
BARRETo (Doutor), familiar do Santo Oficio; filho de Manoel Antonio da Cruz, e
de sua mulher Anna de Oliveira; neto paterno de Domingos Lourenço, e de sua
mulher Isabel Antonia, ele filho de João Lourenço, ela filha de An tonio Domingues;
neto materno de Francisco de Oliveira, e de sua mulher Isabel Anto nia,
naturaes de Penella, ela filha de Antonio Pires, o Regalão de alcunha, e de sua
mu lher Catharina Marques, neta paterna de Gaspar Coelho, o primeiro, por
distincção de ou tros que houve do mesmo nome, e de sua mulher Anna de
Magalhães, filha de Alvaro Pires, e de sua mulher Maria de Magalhães; bisneto o
supplicante de Manoel Lopes, e de sua mulher Maria de Oliveira, elle filho de
Fernão Lopes, e de sua mulher Isabel Do mingues, e ella filha de Manoel de
Oliveira Ferreira, e de sua mulher Maria Matheus, filha de Manoel Matheus, e de
sua mulher Brites Lopes : e o dito Manoel de Oliveira Fer reira, filho de
Balthazar de Oliveira Ferreira, e de sua mulher Catharina Fernandes; neto de Francisco
de Oliveira Ferreira, alcaide-mór da dita villa de Penella, cavaleiro da or dem
de Sant'Iago, fidalgo da casa real, e de sua mulher Ignez da Silveira, filha de
Ma noel da Silveira; bisneto de João de Oliveira, alcaide-mór que tambem foi da
dita villa, cavalleiro da casa real, e de sua mulher Isabel Ferreira, e
finalmente terceiro neto de Fernão de Oliveira, e de sua mulher Violante Lopes.
As armas dos Oliveiras, Ferreiras, Coelhos, e Magalhães. —Br. p. a 12 de julho
de 1761. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 129 v. (C. C.)
832. FRANCIs Co DE OLIVEIRA
CARVALHAL, natural de Extremoz, filho de Simão de Oliveira, neto de Fernão
Lopes de Oliveira, bisneto de Lopo Gonçalves de Carvalhal, que foi fidalgo
muito honrado e do tronco desta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo vermelho
partido em pala, e um pé d'agua, na primeira parte um carvalho verde, e na
outra uma torre de prata com as portas e frestas e lavrada de preto, e por
diferença uma flor de liz d'ouro; elmo de prata aberto guarnecido d’ouro,
paquife de prata e vermelho e por timbre a mesma torre com um ramo de carvalho
pen dente da dita; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender
da geração e linhagem dos Carvalhaes. — Dada em Lisboa a 23 de dezembro de
1541. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXXII, fl. 15. • (C. C.)
833. FRANCIs co DE OLIVEIRA
VILLA-NovA, doutor physico, filho do mestre Pedro de Villa-nova. Carta pela
qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seu pae: — Es cudo de
campo verde com uma bicha d'ouro, por nome tiro, picada de preto tendo a lin
gua vermelha e o rabo retornado para cima, e os pés igualmente picados de
preto, e por diferença uma estrella de prata; elmo de prata cerrado e abrolhado
na vista guarnecido d'ouro, paquife d'ouro, verde e preto, e por timbre metade
da bicha, com todas as hon ras e privilegios correspondentes, por descender de
Pedro de Villa-nova, a quem havia sido concedido o referido brazão de armas. —
Dada em Lisboa a 22 de novembro de 1561. Reg, no liv. II de privilegios, fl. 83
v. (C. C.)
834. FRANCIsco DE PAULA DE BRITo
VILLAR, cavaleiro professo na ordem de Christo, e actual provedor da comarca de
Castello-branco; filho de João Rodrigues Villar, professo na ordem de Christo,
desembargador dos aggravos da Casa da supplicação, super intendente dos foros
de Nossa Senhora da Ajuda, e administrador da Casa do infantado, thesoureiro da
real Ucharia e criado particular de sua magestade; e de sua mulher D. Jo sepha
Sancha Paula da Madre de Deus de Brito e Barros; neto paterno de Antonio Ro
drigues Villar, e de D. Domingas Villar; e materno de Francisco de Magalhães de
Brito e Barros, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Maria Thereza
Michaela. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Rodrigues,
no segundo as dos Magalhães, no terceiro as dos Britos, e no quarto as dos
Barros. — Br. p. a 15 de junho de 1819. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 38
v. (C. C.)
835. FRANCIsco D E PAULA DA CUNHA
MALDoNAD o ATAIDE BARAHoNA, admi nistrador do morgado dos Barahonas, natural
d’esta cidade de Lisboa; filho de Pedro N0 lasco da Cunha Ataide Barahona,
alferes do regimento da armada da guarnição da côrte, e de sua mulher D.
Catharina Rosa Maldonado Espinosa; neto pela parte paterna de Luiz da Cunha de
Ataide de Barahona, e de sua mulher D. Maria Magdalena Cabral de Mes quita,
naturaes todos da cidade de Florença, e de sua mulher D. Maria Eugenia Solano
Maldonado, filha de D. Francisco Solano, neto de outro do mesmo nome. e ella
filha de D. Francisco Maldonado Espinosa. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Barahonas, no segundo as dos Cunhas, no terceiro as dos
Ataides, e no quarto as dos Maldonados. —Br. p. a 16 de julho de 1774. Reg. no
Cart. da N., liv. II, fl. 22. (C. C.)
836. FRANC1sco DE PAULA DURÃO
PADILHA, major do regimento de milicias de Al cacer do Sal, filho de Manoel
José Durão Padilha, cavalleiro da ordem de S. Bento de Aviz, e capitão do
regimento de artilheria n.° 3, e de D. Jeronyma Thereza Nogueira Re bello; neto
paterno de João Antonio José Durão Padilha, e de D. Theodora Maria de Cas tro,
e materno de Manoel Francisco da Cruz, e de sua mulher D. Maria Rebello;
bisneto de Manoel Antonio de Sousa, fidalgo escudeiro da casa real. Um escudo
partido em pala, na primeira as armas dos Padilhas, e na segunda as dos Durões.
Br. p. a 31 de janeiro de 1816. — Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 337 V. (C.
C.)
837. FRANCIsco DE PAULA FRAYÃO
METELLo, immediato successor do morgado das Parxanas, filho do doutor Antonio
Luiz da Costa Metello, monteiro-mór da villa de Grandola, e seu termo, e de sua
mulher D. Maria Magdalena Xavier Frayão; neto pela parte paterna de Luiz da
Costa, e de Barbara Sovreira, senhores que foram da herdade das Ferrarias no
termo da mesma villa; bisneto de Manoel Nunes, e de Jeronyma da Costa, senhores
que foram tambem da dita herdade; terceiro neto de Bartholomeu Rodri gues
Metello, e de Domingas Sovreira; quarto neto de Francisco Sobral, e de
Catharina Mattheus; quinto neto do capitão Antonio Sobral da Corte dos
Medeiros, e pela materna neto de Antonio Rodrigues de Carvalho, e de sua mulher
Francisca Luiza Frayão, ele fi lho de José Carvalho Ferrão, e ela filha de Belchior
Rodrigues Frayão; neta de Bartho mor gado das Parxanas. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Metellos, no segundo as dos Costas, no
terceiro as dos Carvalhos, e no quarto as dos Sobraes. — Br. p. a 17 de janeiro
de 1780. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 221. C. C.) (C. C.
838. FRANCISCO DE PAULA LEITÃO
FERREIRA DE FIGUEIREDO NOGUEIRA, natu ral da villa da Covilhã, comarca da
Guarda; filho de Francisco de Paula Duarte Leitão, e de sua mulher D. Maria Barbosa
Ferreira de Figueiredo Nogueira; neto paterno de Gre gorio Duarte Leitão, e de
sua mulher D. Joanna da Silva Nunes, e materno de Vicente Ferreira de
Figueiredo Nogueira, e de sua mulher D. Jacinta Ferreira de Figueiredo No
gueira. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Leitões, no
segundo as dos Ferreiras, no terceiro as dos Figueiredos, e no quarto as dos
Nogueiras. — Br. p. a 21 de junho de 1824. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl.
108. (C. C.)
Um
escudo com as armas dos Magalhães. — Br. p. a 15 de julho de 1800. Reg, no
Cart. da N., liv. VI, fl. 127 v. (C. C.)
840. FRANCIs Co DE PAULA PIMENTEL
DE ALMEIDA RAMALHo, do Couto de For mozelha, comarca de Coimbra, filho do
desembargador João Pimentel de Almeida, e de sua mulher D. Maria Michaela da
Fonseca Lemos Ramalho; neto paterno do capitão José Pimentel Gomes, e de sua
mulher D. Thereza Maria de Almeida; neto materno de João Ramalho de Oliveira
Catana, e de sua mulher D. Antonia Luiza da Fonseca. Um escudo com as armas dos
Pimenteis. — Br. p. a 23 de agosto de 1809. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl.
226. (C. C.)
841. FRANCIs Co PEDRo SoBRINHo DE Sous A,
alferes de uma companhia do terço das ordenanças da villa e termo de Monçaraz,
filho de José Antonio Sobrinho de Sousa, e de sua mulher D. Michaela Thereza
Ignacia Gallega, filha de José de Pina, e de sua mulher Maria Gomes; neto pela
sua varonia do sargento-mór Gaspar Dias Caeyro, e de sua mulher D. Maria
Josepha Pombinho; bisneto de Gonçalves Caeyro, e de sua mulher Angela da Rosa,
irmã legitima do capitão Manoel Sobrinho de Sousa, a quem se passou brazão de
suas armas em 1678, filhos ambos de Francisco Sobrinho de Sousa, e de sua
mulher Anna Martins; netos de Belchior Alvares, e de sua mulher Angela de
Sousa, que foi filha de Manoel Sobrinho, a quem se passou outro similhante
brazão em 1503, por ser filho de João Sobrinho, e neto de Francisco Sobrinho,
setimo avô do supplicante. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto
quarteis as armas dos Sousas, no segundo as dos Sobrinhos, e no terceiro as dos
Pinas. — Br. p. a 3 de fevereiro de 1781. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl.
262. (C. C.)
842. FRANCIS co PEIXOTO
BETTENCOURT DA SILVEIRA, natural e morador na villa de Horta da ilha do Faial,
filho de Antonio Rodrigues Rocha, e de sua mulher Victoria Maria Peixoto da
Silveira; neto pela parte paterna de João Rodrigues da Rocha, neto do capitão
Amaro Rodrigues da Rocha; bisneto de Ambrosio da Rocha; e ela filha de Mathias
da Costa, e de Maria Rodrigues; e pela materna neto de Manoel de Avila Peixoto,
e de Beatriz da Conceição; bisneto de Francisco Dutra de Faria e de Catharina
de Avila, filha de Francisco da Silveira Bettencourt, neta de Manoel de Brum
Peixoto, e bisneta de An tonio da Silveira de Brum, e de Beatriz Evangelho,
filha de Ruy Dias Evangelho, ouvidor da ilha do Pico, e de Isabel Carvalho. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Peixotos, no segundo as
dos Pereiras, no terceiro as dos Bettencourts, e no quarto as dos Silveiras. —
Br. p. a 20 de abril de 1781. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 5 v. (C. C.)
843. FRANCIs Co PEREIRA DE
BITTENCOURT LoPEs, natural da cidade de Ponta delgada, na ilha de S. Miguel;
filho de Francisco José de Ataide de Bittencourt, capitão do regimento de
milicias da dita cidade, e de sua mulher D. Anna Ursula Bicudo da Ca mara; neto
paterno de Gonçalo Raposo da Camara Bittencourt e Sá, e de sua mulher D. Joanna
Clara de Ataide Moniz Côrte-real; e materno de Pedro Borges Bicudo da Ca mara,
e de sua mulher D. Maria Magdalena Ignacia da Camara e Silva; bisneto patern0
de Francisco Pereira de Bittencourt, capitão do castello da referida cidade, Um
escudo e n'elle as armas dos Pereiras. — Br. p. a 29 de maio de 1820. Reg. n0
liv. VIII, fl. 60 v. (C. C.)
845. FRANCIsco PEREIRA Lobo PINTO
DE FIGUEIREDo, administrador do morgado de Nossa Senhora da Nazareth, filho de
Timotheo Pereira Lobo da Silva, sargento-mór das ordenanças da comarca de
Lamego, administrador do dito morgado, e de sua mulher D. Euphrasia Joaquina
Cardoso de Figueiredo, irmã legitima de Tiberio Cardoso Borges de Carvalho Soares,
a quem se passou já brazão de armas das familias de seus appelli dos em 1727;
neto pela parte paterna de Francisco Pereira de Almeida, sargento-mór da dita
comarca, e de sua mulher D. Anna Luiza da Silva Lobo, senhora do dito morgado,
ele filho de Antonio Pereira Carneiro, e de sua mulher D. Maria Francisca de
Almeida, e ella filha de Luiz de Castro Lobo, administrador do referido
morgado, e de sua mulher Car doso Coelho, e de sua mulher D. Maria Caetana
Luiza Borges de Figueiredo; elle filho de Gaspar Francisco de Oliveira, e de
sua mulher D. Maria Soares Cardoso, e ella filha de Figueiredo, e de sua mulher
D. Maria Luiza de Carvalho Cerqueira. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Pereiras, no segundo as dos Castros, no terceiro as dos
Lobos, e no quarto as dos Borges. — Br. p. a 22 de abril de 1790. Reg. no Cart.
da N., liv. Iv, fl. 157. (C. C.)
846. FRANCIsco PEREIRA REBELLo DA
FoNs E CA NovAEs (Doutor), actual juiz de fóra da vila de Santa Martha, filho
do doutor Antonio Pereira Rebello, natural de Villa real, e de sua mulher D.
Michaela Maria Caetana de Novaes; neto pela parte paterna de Domingos Pereira
Bicudo, e de sua mulher D. Bernarda Rodrigues Rebello; e pela ma terna de José
Alves de Novaes, e de sua mulher D. Joanna Maria da Fonseca. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Bicudos, no segundo as dos
Pereiras, no terceiro as dos Rebellos, e no quarto as dos Novaes. — Br. p. a 17
de julho de 1784. Reg, no Cart. da N., liv. III, fl. 144. (C. C.)
847. FRANCIsco PEREIRA DA SILVA
LEAL, e o doutor Joaquim Pereira da Silva Leal, ambos irmãos e professos na
ordem de Christo; filhos de Manuel Pereira da Silva, cavalleiro professo na
ordem de Christo, familiar do Santo Oficio, rei de armas Portugal, que acclamou
o senhor rei D. José, cuja occupação tinha já quando foi acclamado o se nhor
rei D. João V, supposto não era então o mais antigo; e de sua mulher D. Filippa
Baptista da Silva, filha de Manuel Leal; netos paternos de Manuel Pereira da
Silva, e de sua mulher Sebastiana Carvalho; bisnetos de Gaspar Rodrigues
Pereira, e de sua mulher Maria Pereira da Silva. As armas dos Pereiras, Silvas,
Pimentas, e Avelares. — Br. p. a 15 de março de 1752. Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 41 v. (C. C.)
848. FRANCIsco PEREIRA SoDRÉ,
filho de Bento Sodré Pereira, sargento-mór da cidade de Ponta-delgada, na ilha
de S. Miguel, a quem se passou brazão de armas a 12 de outubro do corrente anno,
e de sua mulher D. Antonia Joaquina Sodré; neto paterno de Francisco Tavares
França, alferes de cavallaria do regimento de Minas, e de sua mu lher D. Isabel
Narcisa Sodré; neto materno de Manuel de Sousa Cordeiro Camello, e de sua
mulher D. Francisca do Espirito Santo Cordeiro Camello. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Sodrés, no segundo as dos Pereiras, no
terceiro as dos Cordeiros, e no quarto as dos Camellos. — Br. p. a 25 de
dezembro de 1803. Reg, no Cart. da N., liv. VII, fl. 56. C (C. C.)
849. FRANCIsco PERESTRELLo,
cavalleiro da ordem de Christo, alcaide da villa de Avoo, neto de Isabel
Perestrello, bisneto de Micer Filippe Perestrello, que foi o chefe d’esta
geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecessores: -- Escudo de campo meio partido em pala; a primeira de oiro
com um leão de purpura com o rabo tornado por cima da cabeça, com a lingua e
unhas vermelhas, e a segunda de prata com uma banda de azul com tres estrellas
de oiro, entre seis rosas de vermelho de tres em tres; elmo de prata aberto
guarnecido de Ciro, paquife de oiro e purpura, e por timbre o mesmo leão das
armas, e por differença uma brica de prata sobre outra de azul na primeira
ponta do escudo; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração e linhagem dos Perestrellos. — Dada em Almeirim a 6 de fevereiro de
1500 (?...) Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XI, fl. 13 v.
850. FRANCIsco PICANço, moço da
camara real, filho de Fernão Lopes Picanço, neto de Lopo Picanço, e bisneto de
Gonçalo Annes Picanço, fidalgo do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei
D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de
campo de prata com uma amoreira verde, tendo as raizes cortadas á ponta, e por
diferença uma merleta de azul picada de oiro; elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquife de prata e verde, e por timbre um picanço da sua côr (negral);
com todas as honras de fidalgo por descender da geração dos Picanços.—Dada em
Lisboa a 5 de junho de 1548. Reg. no liv. II de Privilegios, fl. 30 v.
851. FRANCISCO DE PINA, morador
em Evora. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de vermelho com
uma torre de prata la vrada de azul, o segundo de prata com cinco pinheiros
verdes, em aspa, paquife de prata e vermelho, e por diferença uma merleta de
oiro, e por timbre a mesma torre; com to das as honras, privilegios e
liberdades de fidalgo por descender da nobre geração e linha gem dos Pinas e
Pinheiros, — Dada em Evora a 2 de setembro de 1524. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. IV, fl. 61.
852. FRANCIsco D E PINHO E
CAsTILHo (Capitão), professo na ordem de Christo, ca valeiro fidalgo da casa
real; filho de Afonso Leitão de Pinho e Castilho, professo na or dem de
Christo, cavaleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Joanna de Sousa;
neto pela parte paterna de Francisco de Pinho e Castilho, e de sua mulher D.
Brites Gonçal ves, e bisneto de João Gonçalves de Castilho, todos professos na
ordem de Christo, e ca valeiros fidalgos da casa real; e pela parte materna
neto de Valentim Camello, e de sua mulher D. Isabel Rodrigues; bisneto de
Bartholomeu de Macedo, e de sua mulher D. Anna Rodrigues, todos tambem
professos na ordem de Christo, e cavalleiros fidalgos da casa real. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Pinhos, no segundo as dos Castilhos, no
terceiro as dos Camellos, e no quarto as dos Macedos. — Br. p. a 19 de outubro
de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 34. (C. C.)
853. FRANCIsco RABELLo, abbade de
Cedain, e vigario da Conceição d’esta cidade de Lisboa; filho de Pedro Lopes
Teixeira, e de Ignez Dias de Rabello; neto de Lopo Dias de Rabello, que foi
fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D.
João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo
azul com tres faxas de oiro, e em cada uma d’ellas uma flor de liz em
contrabanda, e por diferença uma brica de prata e n’ella um — R - de preto;
elm0 de prata aberto, paquife de oiro e azul, e por timbre um leão pardo de
oiro com uma das flores de liz na testa; com todas as honras de fidalgo por
descender da geração dos Rabellos. — Dada em Lisboa a 13 de abril de 1538. Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. XLIV, fl. 47 V.
854. FRANCIS co D o REGo, natural
de Vianna da Foz do Lima, filho de Luiz do Reg0, fidalgo; neto de Fernando
Eannes do Rego, que foi do verdadeiro tronco d'esta geração. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecess res: — Escudo
de campo verde com uma banda de agua ondada, e n’ella tres vieiras de oiro, e
por diferença uma merleta de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquilº de prata e verde, e por timbre dois pennachos Verdes com uma das
vieiras de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração e linhagem dos do Rego. — Dada em Lisboa a 9 de janeiro de 1542. Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. xxxII, fl. 4.
856, FRANCIsco RoDRIGUEs PINHEIRO
DE AGUIAR, do logar de Val de Telhas, termo da villa de Mirandella, comarca da
Torre de Moncorvo, provincia de Traz-os-mon tes; filho de João Rodrigues
Pinheiro, e de sua mulher Luiza Lopes Cardoso; neto pa terdo de Belchior
Rodrigues Pinheiro, e de sua mulher Comba Pires; neto materno de Gonçalo de
Aguiar Cardoso, e de sua mulher Maria Braz. As armas dos Pinheiros, e Cardosos.
—Br. p. a 23 de maio de 1753. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 58. (C.
C.)
857. FRANCIsco RUFINO DE CARVALHo
PRosTEs, natural de Lisboa, cavalleiro fi dalgo da casa real, moço honorario da
real camara, cavalleiro da ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa,
e empregado na segunda direcção do Ministerio da guerra, com graduação de
tenente; filho de Henrique Jeronymo de Carvalho Prostes, cavalleiro fidalgo da
casa real, moço supranumerario da real camara, cavaleiro das ordens de Christo
e de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, oficial de primeira classe da
repartição de contabilidade do Ministerio da guerra, chefe de secção reformado,
com a graduação de tenente coronel, addido ao primeiro batalhão de veteranos, e
de sua mulher D. Maria Barbara da Conceição Prostes; neto paterno de Boaventura
Pedro de Carvalho Prostes, cavalleiro fidalgo da casa real, moço supranumerario
da real camara, commendador da ordem de Christo, cavalleiro da de Nossa Senhora
da Conceição de Villa-viçosa, e escri vão dos aggravos da extincta Casa da
supplicação, a quem se passou brazão de armas a 26 de abril de 1828, e de sua
mulher D. Maria Euphrasia Ferreira; neto materno de João Pedro Soares, e de sua
mulher D. Maria Justina. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Carvalhos, e na segunda as dos Soares. — Br. p. a 29 de outubro de 1862. Reg.
no Cart. da N., liv. } fl. 51. (C. C.)
858. FRANCIs co SABINo ALVAREs DA
Cost A PINTO DE MoRAEs LEITE (Bacharel), natural da cidade de Lisboa, e juiz de
fóra da villa de Torres-novas; filho do doutor Fe liciano José Alvares da Costa
Pinto, professo na ordem de Christo, e de sua mulher D. Maria Barbara de Sousa;
neto pela parte paterna de Manuel Alvares de Moraes Leite, capitão do terço da
cidade de Bragança, e serviu os cargos honrosos do governo da mesma cidade, e
de sua mulher D. Marianna Antonia Pinto, filha de Francisco da Costa, capitão
de infanteria do regimento de Bragança, e faleceu na batalha de 15 de maio de
1711; neto pela parte materna de Luiz Antonio Monteiro, que servindo sempre nos
reaes exer citos, faleceu no posto de capitão do regimento de Bessa. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Alvares, no segundo as dos
Costas, no terceiro as dos Pintos, e no quarto as dos Leites. — Br. p. a 3 de
novem bro de 1791. Reg. no Cart. da N., liv. 1v, fl. 237. (C. C.)
859, FRANCIsco SANCHEs BRANDÃo,
capitão de dragões da guarnição das Minas-ge raes, filho do capitão Francisco
da Rocha Brandão, e de D. Maria da Silva de Figueiredo; , neto pela parte
paterna do capitão-mór Francisco Sanches Brandão, e de D. Maria da Rocha
Vieira; e pela materna de Antonio José da Silva, e de D. Maria de Avila da
Silva de Figueiredo, fllha de outra do mesmo nome, prima do coronel Garcia de
Avila de Fi gueiredo, senhor da illustre casa da Torre, da cidade da Bahia: e o
dito Antonio José da Silva, filho de D. Francisco Antonio, e de D. Maria da
Silva, filha do conde de Aveiras, Luiz da Silva Telles de Menezes. Um escudo
esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Brandões, no segundo
as dos Silvas, e no terceiro as dos Avilas. — Br. p. a 12 de janeiro de 1775.
Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 48. (C. C.)
860. FRANCIsco DE SANDE, fidalgo,
filho mais velho de Fernão Lopes de Sande, neto de Lopo Fernandes de Sande,
bisneto de Estevão Lopes de Sande, e trineto de Lopo Af fonso de Sande, que
viveu com el-rei D. João I, e todos eram nobres. Carta pela qual el-rei D.
Manuel lhe concede e a todos os seus descendentes o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo vermelho e um leão entre quatro flores de liz
de oiro, uma na cabeça, outra aos pés e as outras duas das ilhargas; o elmo de
vermelho, e por timbre um meio leão vermelho com uma flor de liz de oiro na
cabeça; com as honras, privilegios, liberdades, etc., que teem todos os nobres
fidalgos por des cender da dita linhagem. — Dada a 22 de fevereiro de 1513.
Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. XLII, fl. 29, e liv. v de Mist., fl. 84 V.
861. FRANCIsco DE SEQUEIRA,
cavaleiro fidalgo da casa real, filho de Simão de Se queira, e de Catharina de
Afonseca; neto de Vasco Annes de Sequeira, e de Diogo de Afonseca, os quaes
foram fidalgos muito honrados e do tronco d'estas gerações. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo
de campo esquartelado; o primeiro de azul com cinco vieiras de oiro e cinco
estrellas de vermelho, em aspa, e por diferença uma flor de liz de oiro; elmo
de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre uma
aspa azul com as mesmas vieiras, quatro nas pontas e uma no centro; com todas
as honras e privilegios de fidalgo por descender das gerações dos Sequeiras e
dos Fonsecas. — Dada em Lisb0a a 14 de abril de 1541. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. XXXIV, fl. 64.
862. FRANCISCO SERNIGE, morador
em Lisboa. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecessores: — Escudo de campo de prata com seis montes de terra e no
mais alto monte e nos dos cabos tres ramos verdes picados de oiro, e em cada
ramo uma flor vermelha de cinco fo lhas e um chefe azul com tres flores de liz
de oiro, e um labeo vermelho com quatro pen dentes perfilados de oiro, e por
diferença um annel de prata; elmo de prata aberto guar necido de oiro, paquife
de prata, vermel o e verde, e por timbre um pescoço de Serpe verde picado de
oiro, e na boca um coração vermelho; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da geração dos Serniges, — Dada em Lisboa a 23 de abril
de 1529. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XVII, fl. 120.
864. FRANCIsco DA SILVA CAMPos,
presbytero secular do habito de S. Pedro, natu ral e baptisado na freguezia de
S. José da Barra-longa, bispado de Marianna; filho de Pe dro Romeiro de Campos,
e de D. Luiza da Silva e Castro; neto por parte paterna de Amaro Romeiro da
Costa, e de D. Agueda da Conceição, filha de Manuel Vaz da Costa, e de D. Maria
Sant'Iago; e por parte paterna neto de Bartholomeu Vaz da Costa, e de Maria
Santa; e por parte materna de Bartholomeu Gonçalves Castanho, e de Barbara da
Costa; bisneto pela sua varonia do alferes Vicente Romeiro Velho, e de Joanna
Dias, filha de Pedro de Campos, e de Anna Dias; terceiro neto de Thomé da
Costa, e de Catharina Vaz Velho; quarto neto de Vicente Romeiro Velho, e de D.
Maria Cotta Cabral; quinto neto do capitão Sebastião de Fontes Velho, pae de
Gaspar de Andrade Columbeiro, a quem se passou brazão de armas com as dos
Mellos, Romeiros, Cabraes, e Travassos, sendo o supplicante tambem neto do
capitão Leonardo de Azevedo e Castro, filho de Manuel de Azevedo e Castro, e de
D. Branca Furtado de Mendonça; e pela varonia d’esta bisneto o supplicante de
Feliciano Cardoso, e de sua mulher D. Maria Rodrigues de Sequeira; ter ceiro
neto do coronel Salvador Fernandes Furtado de Mendonça, e de D. Maria Cardoso;
quarto neto do capitão Manuel Fernandes Hedre, e de D. Marqueza Cubas. • Um
escudo ovado e esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Velhos, no se
gundo as dos Mellos, no terceiro as dos Cabraes, e no quarto as dos Travassos.
— Br. p. a 8 de novembro de 1799. Reg. no Cart, da N., liv, VI, fl. 105 v. •
(C. C.)
865. FRANCIs co DA SILVA MELLo
SoAREs D E FREITAs, do conselho de Sua Mages tade, fidalgo cavaleiro da casa
real, e commendador da ordem de Nossa Senhora da Con ceição de Villa-viçosa;
filho de Joaquim José de Mello, e de sua mulher D. Luiza Ange lica de Freitas
Soares; neto paterno de Antonio da Silva Mello, e de sua mulher D. Ma rianna
Rita do Rosario Mello, e materno de Antonio Pinheiro de Freitas Soares, e de
sua mulher D. Josepha Luiza de Jesus. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Silvas, no segundo as dos Mellos, no terceiro as dos
Soares, e no quarto as dos Freitas. — Br. p. a 9 de março de 1864. Reg. no
Cart. da N., liv. Ix, fl. 64. (C. C.)
866. FRANCIsco DA SILVA E
OLIVEIRA, fidalgo cavalleiro da casa real, e commenda dor da Ordem de Christo.
Um escudo esquartelado com as armas que lhe foram concedidas por alv. de 4 de
outubro de 1864. (M. N.) Br. p. a 4 de novembro de 1869. — Reg. no Cart. da N.,
liv. Ix, fl. 70. V. nO I. H. Silva e Oliveira. (C. C.) 867. FRANCIsco D E
SISNEIRos, moço do infante D. Luiz, filho de Fernão de Sisnei ros, neto de
Francisco Rodrigues Sisneiros, e bisneto de Diogo Fernandes de Sisneiros, que
foi do tronco d'esta geração, dos vinte e quatro de Sevilha. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo
de campo meio partido em pala, a primeira de vermelho partido em faxa, na primeira
tres cisnes de prata, em roquete, e uma argola de oiro no pescoço de cada um, e
na segunda cinco flores de liz de prata, em aspa; a segunda parte tambem de
prata com tres barras de vermelho, e por differença uma merleta de oiro; elmo
de prata aberto guar necido de oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre
um dos cisnes; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração dos Sisneiros.—Dada em Setu bal a 23 de maio de 1532. Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. XVIII, fl. 71.
868. FRANCISCO DE SOUSA, morador
no Porto, filho de Heitor de Sousa; neto de Fernão de Sousa, commendador que
foi das Galveas; bisneto de Affonso Vaz de Sousa, cavalleiro da ordem de
Christo, que foi neto de Lopo Dias de Sousa, mestre de Christo, os quaes todos
foram fidalgos e do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. Sebastião
lhe concede o seguinte brazão de seus antecess0 res: — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro das armas do reino, com um filete preto em
contrabanda, o segundo de vermelho e uma cadeia de crescentes de prata apon
tados, e assim os contrarios, e por diferença uma merleta de prata; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, azul, prata e vermelho, e por
timbre um dos castel los das armas; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da geração dos Sousas. — Dada em Lisboa a 25 de julho de
1566. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. VI, fl. 35 v.
870. FRANCIsco DE So Us A PINTo
MAssUELLos, cavalleiro professo na ordem de Sant'Iago, e thesoureiro da
Chancellaria das tres ordens militares; filho de Guilherme de Sousa Pinto, e de
sua mulher D. Damiana Espinosa Massuellos; neto pela parte paterna de Raphael
de Sousa Pinto, e de sua mulher D. Maria Josepha de Madureira Falcato; neto
pela parte materna de D. Pedro de Torres e Massuellos, e de sua mulher D. Da
miana Maria Teixeira. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Sousas, no segundo as dos Pintos, no terceiro as dos Massuellos, e no quarto as
dos Sousas. — Br. p. a 6 de agosto de 1795. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl.
77. (C. C.)
871. FRANCIs co TA BoRDA RoBALLO
FERREIRA DE AzEvEDo, natural da villa de Penamacor, comarca de Castello-branco,
cavalleiro da ordem de Christo, e condecorado com a medalha de oiro da
restauração da Realeza, e alferes do regimento de infanteria nº 23; filho de
João Martins de Azevedo Taborda Grande, capitão-mór reformado da villa de
Penamacor, e de sua mulher D. Ignez Antonia Roballo Branco Ferreira de Azevedo;
or denanças da referida villa, e de sua mulher D. Maria Thereza Taborda
Ferreira Roballo; bisneto de Antonio Martins Carrasco, e de sua mulher D.
Guiomar Garcia; terceiro neto do capitão Antonio Martins Carrasco de Azevedo; a
referida sua avó D. Maria Thereza Taborda Ferreira Roballo era filha de João
Ferreira Taborda, fidalgo de solar conhecido, major e governador da praça de
Penamacor, administrador dos morgados do Alcaide, Lomba, Atalaya, e Nome de
Jesus, e de sua mulher e prima D. Brites Maria Taborda, os quaes sendo bisavós
do supplicante, o são egualmente de Antonio Theodoro Ferreira Ta borda de
Azevedo Freire, capitão-mór da praça de Monsanto, a quem se passou brazão de
armas com as dos Azevedos, Freires, Ferreiras e Tabordas aos 16 de outubro de
1818; o dito João Ferreira Taborda, bisavô do smpplicante, filho de Antonio
Ferreira Taborda, moço fidalgo com exercicio no reinado do senhor rei D.
Affonso VI, nono senhor da quinta de solar e casa forte de Antão Alves, quinto
administrador dos morgados do Alcaide e da Lomba, e de sua mulher D. Isabel
Leitão da Cunha e Aguiar; a referida D. Brites Maria Taborda, bisavó do
supplicante, era filha de Francisco Taborda Grande, que serviu dis tinctamente
na guerra da acclamação e em Mazagão, e morreu em governador da praça de
Almeida, e de sua mulher D. Maria Thereza Roballo e Branco, sendo esta filha do
ma jor Manuel Gonçalves Branco, e de sua mulher D. Maria Thereza Roballo, e
esta filha do capitão-mór Christovão Vaz Roballo; o supplicante é sobrinho do
coronel de milicias João Xavier Ferreira Taborda Pinhateli, do tenente coronel
Miguel Antonio Ferreira Taborda, e do major Francisco Xavier Ferreira Taborda,
fidalgos de solar conhecido, os quaes foram filhos de Antonio Theodoro Ferreira
Taborda, e este irmão da dita avó paterna do sup plicante, o qual é egualmente
parente por parte paterna das familias mais distinctas da sua comarca e provincia,
como são o capitão-mór de Fundão, Lourenço José Taborda Ta vares de Negreiros Feio Falcão, dos Tabordas, Roballos
Pinhateis de Freixo, e dos de Cea, dos Cunhas, Pereiras Pintos, Gouveas,
Osorios e outros: neto materno de João Ro ballo, e de sua mulher D. Ignez Maria
Pimenta Ferreira; bisneto do capitão Antonio Lou renço Roballo de Azevedo, e de
sua mulher D. Isabel Gomes; a referida sua avó materna era filha de Sebastião
Fernandes Branco Ferreira, e de sua mulher D. Maria Lopes, pa renta de Estevão
Leitão, que foi governador das armas da provincia da Beira; o suppli cante é da
mesma forma parente pela linhagem materna dos capitães Domingos Ramos Toscan0 e
Gil, e Manuel Pires Branco, e estes descendentes do licenceado João Gonçalves
Branco, do doutor Miguel Monteiro Branco, que foi juiz de fóra de Penamacor, e
de D. Maria Thereza Roballo e Branco, filha do já mencionado major Manuel
Gonçalves Branco, sendo o supplicante egualmente parente do abbade José
Ferreira das Neves, des cendente dos Tabordas pela linhagem dos Ferreiras. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Tabordas, no segundo as
dos Roballos, no terceiro as dos Ferreiras, e no quarto as dos Azevedos. — Br.
p. a 28 de julho de 1824. Reg. no Cart, da N., liv. VIII, fl. 109 v. (C. C.)
872. FRANCIs Co TAVARES DE
ALMEIDA, desembargador da Relação e casa do Porto com exercício no logar de
corregedor da comarca de Setubal, natural d’esta cidade; filho do doutor João
Tavares de Almeida, e de sua mulher D. Gertrudes Dorothea Rosa da Silveira;
neto paterno de Gaspar Mendes Castanho, e de sua mulher D. Catharina Henri ques,
e materno de João Rodrigues Pereira, e de sua mulher D. Catharina Henriques
Pereira. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Tavares, e na
segunda as dos Almeidas. — Br. p. a 20 de novembro de 1802. Reg. no Cart, da
N., liv. VII, fl. 17. - (C. C.)
873. FRANCIs Co TAVARES DE
ALMEIDA PROENÇA (Doutor), natural de Tortozendo, termo da Covilhã, comarca da
Guarda, oppositor da faculdade de leis na Universidade de Coimbra; filho do
doutor Manuel Tavares de Proença Capinhão, e de sua mulher D. Bar bara Maria
Joaquina Rombo; neto paterno do bacharel Manuel Tavares de Proença, e de sua
mulher D. Luiza de Brito; e materno de João Ferreira Rombo e Almeida, e de sua
mulher D. Maria Thereza Barata. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto
quarteis as armas dos Tavares, no segundo as dos Proenças, e no terceiro as dos
Almeidas. —Br. p. a 19 de agosto de 1825. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl.
158 v. (C. C.)
875. FRANCIsco TEIXEIRA SAMPAIo,
encarregado dos negocios da Junta da Compa nhia geral do Alto-Douro no reino
unido da Grã-Bretanha, Escocia e Irlanda; filho de Francisco José Teixeira de
Sampaio, a quem se passou brazão de armas a 2 de setembro de 1789, e de sua mulher
D. Eulalia Floriana Gualberto de Sampaio; neto paterno de Pedro Teixeira de
Sampaio, e de D. Bernarda Luiza do Amaral Guedes; bisneto de Manuel de Tavora
Ferreira, e de D. Magdalena Teixeira de Sampaio. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Teixeiras, no segundo as dos Sampaios, no
terceiro as dos Amaraes, e no quarto as dos Guedes. — Br. p. a 7 de abril de
1819. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 35. (C. C.)
876. FRANCIsco Tos CANo, moço
fidalgo, filho de Diogo Toscano, neto de Gomes Toscano, e bisneto de Diogo
Toscano. Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de
seus antecess0 res: — Escudo de campo vermelho e um leão de prata rompente
armado de azul, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e
vermelho, e por timbre um meio leão das armas, e por diferença uma flor de liz
de oiro; com todas as honras e privile gios de fidalgo por descender da geração
dos Toscanos. — Dada em Lisboa a 6 de julh0 de 1558. Reg. na Chanc. de D.
Sebastião, liv. I, fl. 291.
878.
FRANCISCO DE VASCONCELLOS MONTEIRO LIMA,
natural de Villa do Conde, filho de Paulo José de Lima, cavalleiro da ordem de
Christo, e de sua mulher D. Monica Escolastica de Vasconcellos Monteiro e
Barros; neto pela parte paterna de Paulo Lourenço de Lima, e de sua mulher D.
Luiza Francisca Correa; e pela materna de Verissimo Pe reira, e de sua mulher
Benta Escolastica de Vasconcellos. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Limas, no segundo as dos Vasconcellos, no terceiro as dos
Monteiros, e no quarto as dos Barros. — Br. p. a 15 de junho de 1779. Reg. no
Cart. da N., liv. II, fl. 192. (C. C.)
879. FRANC1sco VAZ DE QUINA,
governador, provisor, vigario geral do bispado de Miranda, commissario do Santo
Oficio, e oppositor que foi aos logares de letras, natural do logar de
Argozello, da provedoria de Miranda; filho do capitão André Martins, e de sua
mulher Isabel Vaz Torrão; neto pela parte paterna de outro André Martins, e de
sua mnlher Anna de Quina; e pela materna neto de Francisco Vaz, e de sua mulher
lsabel Torrão, filha de outro Francisco Vaz, e de sua mulher Francisca de Quina.
Um escudo ovado partido em pala; na primeira as armas dos Martins, na segunda
as dos Vazes. — Br. p. a 24 de março de 1781. Reg. no Cart. da N., liv. } fl.
1. (C. C.)
880. FRANCIs Go VENTURA MACIEL
ARANHA, natural da freguezia de S. João de Souto, da cidade de Braga, bacharel
nos sagrados canones, e formado na faculdade de leis, professo na Ordem de
Christo, cavalleiro fidalgo da casa real, secretario da casa do despacho da
dita cidade, e superintendente geral das visitas do arcebispado primaz; filho de
Boaventura Maciel Aranha, proprietario dos ditos oficios; neto paterno de
Lourenço Manuel Aranha, e de sua mulher D. Isabel Rodrigues; e materno de
Mathias Gonçalves, e de sua mulher D. Thereza Maciel. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Macieis, e na segunda as dos Aranhas. — Br. p. a
9 de agosto de 1791. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 230 v. (C. C.)
881. FRANCIS co D E VILLAs-BoAs
PALMEIRO, natural da Villa de Barcellos, filho de Manuel Francisco Palmeiro, e
de sua mulher D. Andreza Maria de Villas-boas; neto pela parte paterna de Pedro
Francisco Palmeiro; neto pela parte materna de Antonio de Vil las-boas, sendo o
mesmo supplicante irmão do doutor Gabriel de Villas-boas Palmeiro, lente de
vespera de canones, na Universidade de Coimbra, e desembargador dos aggravos da
Casa da supplicação, em cujo emprego falecera. Um escudo, e n'elle as armas dos
Villas-boas. — Br. p. a 5 de fevereiro de 1794. Reg. no Cart. da N., liv. V,
fl. 13. (C. C.)
882. FRANCIs co XAVIER DE BARRos,
capitão de uma das companhias do terço au xiliar da ilha de Itaparica, natural
da freguezia do Santissimo Sacramento do Pilar, da cidade da Bahia de todos os
Santos; filho de Damião de Barros Galvão, familiar do Santo Oficio, e de sua
mulher D. Catharina da Conceição; neto pela parte paterna de João de Barros, e
de sua mulher Isabel Velloso; bisneto de Pedro de Barros, e de sua mulher
Joanna Rodrigues; terceiro neto de João de Amorim, e de sua mulher Isabel de
Barros; bisneto o supplicante por parte de sua avó Isabel Velloso, de Domingos
Velloso, e de sua mulher Maria Dias; terceiro neto de Antonio Velloso, e de sua
mulher Domingas Gonçalves. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Barros, no segundo as dos Amorins, no terceiro as dos Vellosos, e no quarto
as dos Gonçalves. —Br. p. a 9 de dezembro de 1797. Reg. no Cart. da N., liv. V,
fl. 218 v. C (C. C.)
883. FRANCIS co XAVIER BARRoso DE
SousA, morador no logar de Val de Madeiro, termo da villa de Mirandella, sexto
administrador da casa e morgado de Santo Antonio, do logar de Mascarenhas;
filho de Manuel Mendes Alvares Moreno e Sousa, quinto admi nistrador do dito
morgado, e de sua mulher D. Isabel Barroso de Sousa; neto paterno de João Alves
Moreno de Sousa, capitão de auxiliares, quarto administrador do referido mor
gado; bisneto de Francisco Alves de Sousa Sarmento, cavaleiro da ordem de
Christo, te nente de cavallos na guerra da acclamação, terceiro administrador
do dito morgado; ter ceiro neto de Joaquim de Sousa Sarmento, governador que
foi do castello de Outeiro; neto materno de Sebastião Barroso, capitão de
infanteria da ordenança de Mirandella, e de sua mulher D. Maria Teixeira, que
era filha de Alvaro Annes de Sousa, capitão de infanteria em Bragança, e de sua
mulher D. Joaquina Teixeira de Mendonça, filha de Francisco Pinto Teixeira,
cavalleiro da ordem de Christo; e o dito Alvaro Annes de Sousa, filho de Anto
nio Barroso de Sousa, governador que foi de Cabo-verde, terceiros avós do
supplicante. As armas dos Sousas, Chichorros, Sarmentos, Barrosos, e Teixeiras.
— Br. p. a 6 de outubro de 1758. Reg. no Cart, da N., liv. particular, fl. 118.
(C. C.)
884. FRANCIs co XAVIER CARNEIRO
DA CUNHA, natural da villa de Santo Antonio do Recife, capitania de Pernambuco,
filho de outro Francisco Xavier Carneiro da Cunha, familiar do Santo Oficio, e
capitão-mór da villa de Iguarassu, e este filho de João Car neiro da Cunha,
tambem familiar do Santo Oficio, capitão-mór da dita villa, e de sua mulher D.
Antonia da Cunha Souto-maior, esta filha de Gonçalo Novo de Brito, e de sua
mulher D. Cosma da Cunha de Andrade, neta paterna de Antonio de Bulhões, ca
valeiro da ordem de Christo, e materna de Pedro da Cunha de Andrade, moço
fidalg0 da casa real, filho de Ruy Gonçalves de Andrade, que teve o dito foro,
e o dito seu avô João Carneiro da Cunha, coronel das ordenanças da cidade de
Olinda, e de sua mulher D. Sebastiana de Carvalho, filha de Sebastião de
Carvalho, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Francisca Monteiro, neta
paterna de João Alvares de Carvalho, tambem fidalg0 da casa real, desembargador
da Relação do Porto, filho de Manuel Alvares de Carvalho, do real conselho,
desembargador do Paço, e enviado que foi a Inglaterra; e pela parte materna era
o supplicante neto de Roque Antunes Correa, tambem familiar do Santo Of ficio,
cavaleiro da ordem de Christo, capitão-mór da villa de Recife, almoxarife da
real fazenda, e de sua mulher D. Ignacia Rosa Tenorio, filha do sargento-mór João
Baptista Jorge, e de sua mulher D. Fernandina Lourença Rosa Tenorio; e o dito Roque
Antunes Correa, filho de Manuel Antunes Correa, que teve o dito oficio, e neto
de Roque Antu nes Correa, cavaleiro da ordem de Christo, tenente de infanteria
paga nesta cidade. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Carneiros, no segundo as dos Cunhas, no terceiro as dos Andrades, e no quarto
as dos Correas. —Br. p. a 5 de setembro de 1783. Reg. no Cart. da N., liv. III,
fl. 105 v. (C. C.)
885. FRA cisco XAVIER Co R REA DE MEs QUITA
PINTo TEIXEIRA, filho de Salva dor Lopes Pinto, e de sua mulher Maria Pereira
Correa Pinto Teixeira; neto materno de Manuel Cºrrea de Carvalho, e de sua
mulher Sebastiana Teixeira Pinto; bisneto de Diniz Lourenço, e de sua mulher
Isabel de Carvalho; terceiro neto de Luiz Teixeira Pinto, e de sua mulher D. Magdalena;
quarto neto de Marcos Pinto, e de sua mulher Ignez Dias; de Anciães, a quem se
passou brazão com as armas dos Teixeiras, e Pintos, em 12 de agosto de 1533, e
de seu marido Ruy Vaz de Meirelles; sexto neto de Francisco Pinto Teixeira, O
Velho. As armas dos Pintos, Teixeiras, Mesquitas, e Correas. —Br. p. a 24 de
dezembro de 1753. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 66. (C. C.)
886. FRANCIsco XAVIER DA Cost A
GoDILHA, vigario da parochial egreja da villa de Iguarasú, filho de Manuel da
Costa Godilha, e de sua mulher D. Manuela Isabel de Barros Pacheco; neto pela
parte paterna de Jorge da Costa Godilha, coronel de cavallaria na villa de Icó,
na comarca do Ceará-grande, e de sua mulher D. Marianna Teixeira da Silva e
Albuquerque; neto por parte materna de Antonio Gomes Pacheco, professo na or
dem de Christo, e capitão-mór vitalicio da villa de Itamaracá, a quem se passou
brazão de armas a 20 de novembro de 1696, com as de Gomes, e Pachecos, e de sua
mulher D. Maria Coelho de Roboredo. Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Albuquerques, no segundo as dos Costas, no terceiro as dos
Gomes, e no quarto as dos Pachecos. —Br. p. a 12 de abril de 1797. Reg, no
Cart, da N., liv. V, fl. 185 v. C (C. C.)
887. FRANCIs co XAVIER LOBO DA
GAMA E ALMADA, capitão de mar e guerra, na tural d’esta cidade, filho de
Antonio Lobo da Gama, enviado na corte de Madrid, e de sua mulher D. Marianna
Angelica de Arez; neto pela parte paterna de Miguel Diogo da Gama Lobo,
guarda-roupa do senhor rei D. Afonso vi, e de sua mulher D. Guiomar de Almada
da Cunha; bisneto de Manuel da Gama Ferreira, e de D. Catharina Lobo da Silva;
e pela materna neto de Manuel Monteiro da Rocha, e de sua mulher D. Catharina
de Arez Vandune. Um escudo esquartelado; no primeiro as armas dos Gamas, no
segundo as dos Lo bos, no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos
Almadas.—Br. p. 30 de março de 1783. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 92 v.
(C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Machados, no segundo as dos Mirandas, no térceiro as dos Vazes, e
no quarto as dos Sequeiras. — Br. p. a 20 de julho de 1801. Reg. no Cart. da
N., liv. VI, fl. 172. (C. C.)
889.
FRANCISCO XAVIER LOPES E MORAES GARRIDO,
cavalleiro professo na or dem de Christo, monteiro-mór das villas de Carecedo,
Tailde e seus districtos, natural e morador na cidade de Bragança, filho
primogenito de Antonio Lopes Alves de Moraes, capitão de infanteria das
ordenanças, e fronteira de Traz-os-montes no districto da dita ci dade, e de
sua mulher D. Isabel dos Santos de Vasconcellos
Garrido; neto paterno de Francisco Lopes de Moraes, capitão de fronteira que
foi do mesmo districto, e de sua mu lher D. Maria Fernandes da Silva; bisneto
de Simão de Sá Sarmento, cavaleiro da Ordem de Christo, fidalgo escudeiro da
casa real, capitão de cavallos na guerra da feliz acclama ção, e de sua mulher
D. Guiomar Thereza de Andrade, de quem era consanguineo O ge neral de batalha
Domingos Teixeira de Andrade, que governou aquella provincia; neto materno de
Bartholomeu Pires de Vasconcellos, cavalleiro da ordem de Sant'Iago, capitão de
infanteria do partido de Traz-os-montes, e de sua mulher D. Maria Lopes Marques
de Moraes Garrido: bisneto de D. José Marques de Castel-branco, fidalgo galego,
filho se gundo de D. Diogo Marques Osorio, senhor de Picosacro no reino de
Galiza, e de sua mulher D. Joanna Rosa do Carmo e Mendonça. As armas dos Sás,
Lopes, Garridos, e Moraes, — Br. p. a 2 de junho de 1760. Reg. no Cart. da N.,
liv. particular, fl. 127. • (C. C.)
890.
FRANCISCO XAVIER MACHADO E CERVEIRA,
natural do couto de Aguiar, co marca de Coimbra; filho de Manuel Machado
Teixeira, e de sua mulher D. Josepha Luiza Cerveira; neto pela parte paterna de
Gonçalo Teixeira, e de sua mulher D. Marianna Ma chado de Miranda, e pela
materna de Francisco Cerveira Velho, e de sua mulher D. Ma ria Cerveira.
Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Machados, e na segunda as dos
Cerveiras. — Br. p. a 24 de outubro de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl.
30. (C. C.)
891. FRANCIsco XAVIER DA MAIA,
cavalleiro fidalgo da casa real, professo na Or dem de Christo, tenente da
cavaliaria de Alcantara desta côrte, proprietario dos oficios de juiz da
Alfandega-mór, e reaes direitos da ilha de S. Miguel, natural da villa de Cin
tra; filho de Diogo Alvares da Maia, cavaleiro da ordem de Christo, fidalgo da
casa real, capitão de cavallaria que foi n'esta côrte, proprietario dos ditos
oficios, e de sua mulher D. Ursula Ignez de S. Bernardo; neto pela parte
paterna de Lourenço Gaspar Faleiro, cavalleiro da ordem de Christo, fidalgo da
casa real, e de sua mulher D. Isabel Rodri gues da Maia, filha de Francisco da
Maia, e de sua mulher D. Maior Mendes; bisneto de Antonio Vieira, commendador
que foi de uma das quatro commendas obrigatorias do reino, fidalgo da casa
real, e de sua mulher D. Maria Faleira; e pela materna neto de Manuel de
Oliveira Furtado, cavaleiro fidalgo da casa real, o qual serviu, com distinct0
valor na praça de Mazagão, com cavallos e armas à sua custa, e de sua mulher D.
Ma ria Manuel da Fonseca; bisneto de outro Manuel de Oliveira Furtado, e de sua
mulher D. Maria de Santo Antonio. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Vieiras, no segundo as dos Maias, no terceiro as dos Oliveiras, e
no quarto as dos Fonsecas. — Br. p. a 17 de junho de 1768. Reg. no Cart. da N.,
liv. I, fl. 81. (C. C.)
892. FRANCIsco XAVIER DE MoURA
CARVALHAEs, natural de Travanca, termo de Bragança, tenente coronel de milicias
d'aquele districto; filho do capitão Caetano José Dias Carvalhaes, e de D.
Maria de Moura; neto paterno de Pedro Dias Carvalhaes, tenente de infanteria de
Bragança; e materno de D. Luiza Pinto. as dos Mouras. — Br. p. a 21 de agosto
de 1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 199 v. (C. C.)
893. FRANCIsco XAVIER DE MoRAEs E
FIGUEIREDo, cavalleiro professo na ordem de Christo, corregedor actual da
comarca de Pinhel, natural da villa de Cernancelhe; fi lho de Francisco de
Moraes e Figueiredo, e de sua mulher Brites Thereza do Salvador; neto pela
parte paterna de Manuel Gomes de Figueiredo, e de sua mulher Catharina de
Moraes; e pela materna de Bernardo João de Figueiredo, e de sua mulher Anna da
Fonseca. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Moraes, e na
segunda as dos Figueiredos. — Br. p. a 3 de fevereiro de 1777. Reg. no Cart. da
N., liv. % } jº V. - (C. C.
894. FRANCIsco XAVIER PEREIRA DE
MAGALHÃEs, morador na quinta da Covilhã, freguezia de Sant'Iago da Faya,
concelho de Cabeceiras de Basto, comarca de Guimarães; filho do capitão-mór
João de Magalhães Pereira, e de sua mulher D. Maria da Cunha; neto paterno de
José de Magalhães Pereira, e de sua mulher Senhorinha de Andrade; neto materno
de Manuel Lopes, e de sua mulher Anna Carvalho da Cunha. As armas dos
Magalhães, Pereiras, Lopes, e Cunhas. — Br. p. a 14 de novembro de 1754. Reg.
no Cart. da N., liv. particular, fl. 83. (C. C.)
895. FRANCIsco XAVIER PINHEIRO DE
ALMEIDA (Capitão), filho do capitão Sera phim Pinheiro de Almeida, e de sua mulher
Anna Antunes; neto pela parte paterna do capitão Sebastião Pinheiro Leitão, e
de sua mulher Maria de Almeida; bisneto de João Martins, e de sua mulher
Magdalena Antunes, e de João de Almeida, e de sua mulher Angela Antunes; e pela
materna neto de Antonio Lopes, e de sua mulher Jeronyma An tunes, da quinta de
Bouças. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pinheiros, e na
segunda as dos Almeidas.—Br. p. a 30 de setembro de 1772. Reg. no Cart. da N.,
liv. I, fl. 187. (C. C.)
897. FRANCIsco XAVIER DA RUA,
bacharel formado em canOnes, prior encommen dado da freguezia da villa de Roge,
natural de Alverca, da villa de Trancoso; filho de Antonio da Rua, natural do
dito logar de Alverca, e de sua mulher Maria da Fonseca, na tural de Boca-cova;
neto pela parte paterna de Manuel Fernandes da Rua, e de sua mu lher Isabel
Gomes; e pela materna de Francisco Fernandes Pinheiro, e de sua mulher ISabel
Gomes. Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Ruas,
no se gundo as dos FOnsecas, no terceiro as dos Pinheiros, e no quarto as dos
Gomes. — Br. p. a 12 de julho de 1771. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 156 v.
- (C. C.)
898. FRANCIsco XAVIER Dos SANTos,
cavalleiro professo na ordem de Christo, capi tão de cavallaria auxiliar da
cidade de S. Paulo no Brazil, d’onde é natural; filho de Lopo dos Santos Serra,
sargento-mór das ordenanças da dita cidade, e de D. Ignacia Maria Rodri gues
Villares; neto pela parte paterna de Pedro Gomes Ferreira, e de sua mulher D.
An tonia Maria Pinto Ferreira; e pela materna de Luiz Rodrigues Villares, capitão
povoador da villa de Cuyabá, e de sua mulher D. Angela Vieira. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Serras, no segundo as dos Gomes,
no terceiro as dos Pintos, e no quarto as dos Vieiras. — Br. p. a 20 de de
zembro de 1781. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 39. (C. C.)
899. FRANCIsco XAVIER DA SILVA
REGo, capitão do regimento de cavallaria de Miranda, natural da freguezia de
Tojo-coval, concelho de Albergaria, comarca de Vianna; filho de Antonio Dantas
Barbosa, professo na ordem de Christo, e de D. Rosa Maria da Silva Rego; neto
pela parte paterna de Gonçalo Dantas Barbosa, capitão de auxi liares, falecido
na guerra da Catalunha; e neto pela parte materna de José da Silva Reg0. 8 Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Antas, no segundo as dos
Barbosas, no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos Regos. — Br. p. a 6 de
feve reiro de 1793. Reg. no Cart, da N., liv. IV, fl. 271 v. (C. C.)
901. FRANCIsco XAVIER TAVEIRA DE
MACEDo, filho de Bernardo Taveira de Ma cedo, e de sua primeira mulher D.
Josepha Teixeira; neto pela parte paterna de José Leitão Pinheiro, e de sua
mulher D. Anna Maria de Macedo; bisneto de Luiz Taveira de Macedo, e de sua
mulher D. Anna Pinto Guedes; terceiro neto de Antonio Taveira de Macedo, e de
sua mulher D. Maria de Andrade Monterroyo; quarto neto de Duarte Ta veira,
commendador de Santa Maria de Belmonte na ordem de Christo, cavalleiro fidalgo
da casa real, de que teve provisão dos privilegios para seus criados e
caseiros; general da armada que o senhor rei D. João III mandou visitar as
costas d’este reino, e todas as conquistas até á India com auctoridade para que
se achasse alguns navios sem licença do dito senhor fizesse autos,
confiscações, é condemnasse a morte natural, sem ficar obrigadº a dar-lhe
conta. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Taveiras, no
segundo aº dos Macedos, no terceiro as dos Andrades, e no quarto as dos
Monterroyos. —Br. p. º 17 de março de 1784. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl.
122, supplicante. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Teixeiras, no segundo as dos
Macedos, no terceiro as dos Barros, e no quarto as dos Carvalhos. — Br. p. a 31
de maio de 1825. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 145. (C. C.)
902 FRANCIsco XAVIER TEIXEIRA DE
MACEDo, natural da casa e quinta do Outeiro do meio, freguezia de Viade,
concelho de Celorico de Basto, filho de Julião Teixeira de Carvalho, e de sua
mulher D. Josepha Teixeira de Barros; neto pela parte paterna de Miguel
Teixeira, e de sua mulher D. Catharina de Carvalho, e bisneto de Gonçalo Miguel
Pires, e de sua mulher D. Margarida Teixeira de Macedo; descendente por largas
series de avós de João Gonçalves Teixeira, sexto senhor da honra, e couto de
Teixeira, e de Martim Gonçalves de Macedo, camareiro-mór do Senhor rei D. João
I, ambos chefes d’es tas illustres familias : e pela parte materna se mostrava
tambem ser neto de Bento Teixeira de Macedo, e de sua mulher D. Marianna de
Barros; bisneto de Gaspar Francisco de Barros de Carvalho, e de sua mulher D.
Anna de Macedo, descendente tambem por Outras largas Series de avós dos chefes
das illustres familias de Barros e Carvalhos, se nhores do morgado d’estes
appellidos na província da Beira, tendo muitos d’elles, assim da parte paterna,
como da materna, os fóros de fidalgos da casa real, sendo commenda dores da
ordem de Christo, e tendo servido a real corôa n’estes reinos, e na India, nos
logares e postos de maior graduação, até o de vice-rei d’aquelle estado, que no
tempo do Senhor rei D. Manuel teve em vagancia Fernando Carvalho da Cunha,
sexto avó do Sup plicante, o qual era bisneto de Alvaro Gil de Carvalho, senhor
do dito morgado, e de sua mulher D. Estephania Pereira, irmã do condestavel D.
Nuno Alvares Pereira, como larga mente constava da sentença; e que todos os
referidos, e os mais expressados n’ella foram pessoas nobres das ditas familias
de Teixeiras, Macedos, Barros, e Carvalhos das que ti veram já seus brazões de
armas, e se trataram com ellas, e com cavallos, creados, e toda a mais
ostentação propria da nobreza, cujo tratamento conservava o supplicante. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Teixeiras, no segundo as
dos Macedos, no terceiro as dos Barros, e no quarto as dos Carvalhos. — Br. p.
a 9 de julho de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. 1v, fl. 15 v. (C. C.)
903. FRANCIsco XAVIER TEIXEIRA DE
BARRos E MACEDo, natural da casa e quinta do Outeiro do meio, freguezia de
Santa Maria de Viade, concelho de Celorico de Basto; filho de Ignacio Teixeira
de Barros, e de sua mulher e prima D. Maria José Teixeira de Barros; neto
paterno de Manuel Antonio Teixeira de Carvalho, a quem se passou brazão de
armas a 12 de julho de 1787, e de sua mulher D. Rosa Maria Alves; bisneto de Ju
lião Teixeira de Carvalho, e de sua mulher D. Josepha Teixeira de Barros;
terceiro neto de Miguel Teixeira, e de sua mulher D. Catharina de Carvalho;
quarto neto de Gonçalo Miguel Pires, e de sua mulher D. Margarida Teixeira de
Macedo, descendente por larga serie de avós de João Gonçalves Teixeira, sexto
senhor da honra, e couto de Teixeira, e de Martim Gonçalves de Macedo,
camareiro-mór do senhor rei D. João I, ambos chefes de illustres familias;
terceiro neto egualmente por sua referida bisavó D. Josepha Tei xeira de
Barros, de Bento Teixeira de Macedo, e de sua mulher D. Marianna de Barros;
quarto neto por este mesmo lado de Gaspar Francisco de Barros de Carvalho, e de
sua mulher D. Anna de Macedo, descendente tambem por outras largas series de
avós dos chefes das illustres familias de Barros e Carvalhos, senhores do
morgado d’estes appelli dos na provincia da Beira, tendo muitos d’elles assim
da parte paterna como da materna, o fôro de fidalgo da casa real, commendador
da ordem de Christo, e servindo outros distin ctamente, tanto neste reino, como
na India, nos logares e postos de maior graduação, até o de vice-rei d'aquelle
estado que no tempo do senhor rei D. Manuel teve em vagan cia Fernando Carvalho
da Cunha, oitavo avô do supplicante, o qual era bisneto de Alvaro Gil de
Carvalho, senhor que foi do dito morgado, e de sua mulher D. Estephania Pereira,
irmã do condestavel D. Nuno Alvares Pereira; neto materno de Francisco Xavier
Teixeira de Macedo, a quem se passou brazão de armas a 9 de julho de 1787, e de
sua mulher D. Anna Maria de Castro, o qual era irmão do já mencionado Manuel
Antonio Teixeira de Carvalho, avô paterno do supplicante.
904. FRANCIsco XAVIER VIEIRA VAZ
DE ANDRADE (Doutor), natural da villa de Cezimbra, advogado nesta côrte onde é
morador; filho de Manuel Vieira, e de sua mu lher Maria do O Ribeira; neto
paterno de Paschoal Vieira, e de sua mulher Anna dos Santos, filha de Domingos
Francisco, e de sua mulher Francisca dos Santos; bisneto de Domingos Dias
Ferro, e de sua mulher Domingas Dias; neto materno de Raphael Jorge, irmão do
coronel Francisco Vaz Vieira, e de sua mulher Maria Ribeira, filha de Simão
Lopes, e de sua mulher Anna Ribeira; neta do tenente coronel Manuel Lopes
Bernardes de Menezes; bisneto o supplicante do brigadeiro Antonio Correa Vaz de
Andrade, e de sua mulher D. Maria Francisca; terceiro neto do governador Antonio
Pereira Correa, e de sua mulher D. Antonia Correa Vaz. As armas dos Vieiras, e
Ribeiras. — Br. p. a 9 de maio de 1759. Reg. no Cart. da N., liv. particular,
fl. 122 v. (C. C.)
906. GABRIEL ANToN1o FRANCo DE
CAstRo, cavalleiro professo na ordem militar de S. Bento de Aviz, e brigadeiro
dos reaes exercitos; filho de João Franco, e de Sua mulher D. Joanna Alvares de
Castro; neto por parte paterna de Fructuoso Franco, e de sua mulher D. Maria
Domingues; e por parte materna de Mattheus Alvares de Castr0, º de D. Maria
Alvares. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Francos, na
segunda as d08 Castros.—Br. p. a 30 de dezembro de 1818. Reg. no Cart. da N.,
liv. viII, "# (C. C. foram do tronco d'esta geração. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: —
Escudo de campo azul com cinco vieiras de prata, em aspa, riscadas de preto, e tres
estrellas de prata de cinco pontas cada uma, em faxa, ao pé do escudo, e por
dife rença uma flôr de liz de oiro; elmo de prata aberto, paquife de oiro e
azul, e por timbre dois bordões de Sant'Iago, de prata, em aspa, e no meio
d'elles uma das vieiras das ar mas; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da geração e linhagem dos Calheiros. — Dada em Lisboa a
11 de agosto de 1529. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XVII, fl. 115 v.
907. GABRIEL DA FoNs E CA E
SousA, sargento-mór das ordenanças da villa de Jun diahi da capitania de S.
Paulo, natural da mesma villa; filho de Gabriel Antunes da Fon seca, cidadão da
cidade de S. Paulo, e de sua mulher D. Maria da Conceição e Silva Fra goso; neto
pela parte paterna de Gabriel Antunes, e de sua mulher Sebastiana Maria da
Fonseca, esta filha de Francisco Rodrigues, e de sua mulher Maria Fernandes;
bisneto de Domingos Antunes, e de sua mulher Maria Francisca; neto pela parte
materna de Fran cisco de Sousa Murça, e de sua mulher Isabel da Silva Fragoso,
e por esta bisneto de Domingos Fragoso de Abreu, e de sua mulher Maria Rebello;
terceiro neto de Gaspar de Campos Fragoso, e de sua mulher Isabel de Freitas, e
pela dita sua bisavó Maria Rebello é terceiro neto de Jeronymo Rebello, e de
sua mulher Anna Cabral. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Fonsecas, no segundo as dos Rodrigues, no terceiro as dos Fragosos, e no
quarto as dos Abreus.—Br. p. a 26 de agosto de 1794. Reg. no Cart. da N., liv.
V, fl. 32 v. (C. C.)
908. GABRIEL GoNÇALVES,
cavalleiro da casa real, morador na cidade do Porto. Carta pela qual el-rei D.
Affonso V lhe concede, e a seus descendentes, o seguinte brazão de armas : — Um
escudo em campo azul com um cordão de S. Francisco por bordadura, e uma aguia
doirada com duas cabeças em meio d'elle, com as mãos postas sobre a cabeça de
um moiro; pelos muitos serviços prestados nos tempos de el-rei D. João, seu
avô, e de el-rei D. Duarte, seu pae (de quem foi creado) nas guerras da Africa
contra os infieis.—Dada na villa de Arevol a 11 de outubro de 1475. (M.N.) Reg.
na Chanc. de D. Afonso V, liv. xxx, fl. 20, v., e liv. II de Mist., fl. 63.
909. GABRIEL SALGAD o ARAUJo
CARNEIRO CHAVEs, natural da cidade de Braga, filho de Manuel Felix Salgado de
Araujo Chaves, a quem se passou brazão de armas a 1 de março de 1766, e de sua
mulher D. Antonia Joanna da Encarnação Carneiro; neto pela parte paterna de
Francisco Xavier Salgado Chaves, e de sua mulher D. Eugenia Ma ria de Araujo
Saa Tinoco, senhores da casa e morgado de Esporões; pela parte materna neto do
capitão André Francisco Requião, e de sua mulher D. Marianna Luiza Carneiro,
Senhores da casa de Fassão. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Salgados, no segundo as dos Araujos, no terceiro as dos Chaves, e no
quarto as dos Carneiros.—Br. p. a 5 de agosto de 1791. Reg. no Cart. da N.,
liv. IV, fl. 229 v. (C. C.)
910. GARCIA LoPEs DE CALHEIRos, morador em
Ponte de Lima, fidalgo de cota de armas; filho de Gonçalo Lopes; neto de Diogo
Lopes; bisneto de Garcia Lopes de Ca lheiros, que foi chefe e tronco d'esta
geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecesso res: — Escudo de campo azul com cinco vieiras de prata, em aspa,
riscadas de preto, e tres estrellas de prata de cinco pontas cada uma, em faxa,
ao pé do escudo; elmo de prata aberto, paquife de prata e azul, e por timbre
dois bordões de Sant'Iago, de prata, em aspa, e no meio d’elles uma das vieiras
das armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração e linhagem dos Calheiros.—Dada em Lisboa a 4 de agosto de 1528. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XVII, fl. 115 v.
911. GARCIA LoPEs DE CALHEIRos,
fidalgo de cota de armas, morador em Ponte de Lima, filho de Diogo Lopes de
Calheiros, e neto de Garcia Lopes de Calheiros, que foram do tronco d'esta
geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecesso res: — Escudo de campo azul com cinco vieiras de prata, em aspa,
riscadas de preto, e tres estrellas de prata de cinco pontas cada uma, em faxa,
ao pé do escudo, e por dife rença uma flôr de liz de oiro; elmo de prata
aberto, paquife de oiro e azul, e por timbre dois bordões de Sant'Iago, de
prata, em aspa, e no meio d'elles uma das vieiras das ar mas; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos
Calheiros. — Dada em Lisboa a 11 de agosto de 1529. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. XVII, fl. 115 v.
912. GARCIA MANUEL DURÃo PADILHA,
major da praça de Peniche, filho de Manuel José Durão Padilha, cavalleiro da
ordem de S. Bento de Aviz, e capitão do regimento de artilheria n.º 3, e de D.
Jeronyma Thereza Nogueira Rebello; neto paterno de João Anto nio José Durão
Padilha, e de D. Theodora Maria de Castro, e materno de Manuel Fran cisco da
Cruz, e de sua mulher D. Maria Rebello; bisneto de Manuel Antonio, fidalgo es
cudeiro da casa real, sendo o referido supplicante irmão do major Francisco de
Paula Durão Padilha, a quem se passou brazão de armas a 31 de janeiro de 1816.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Padilhas, e na segunda as
dos Durões. — Br. p. a 20 de abril de 1816. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl.
343. (C. C.)
913. GAsPAR ALVAREs BARB os A
CARNEIRO (Capitão), morador na sua quinta e casa da Praça, da freguezia, e
honra de Frazão, termo, comarca e bispado do Porto; filho de Manuel Alvares da
Praça, e de sua mulher D. Catharina Barbosa; neto pela parte pa terna de outro
Manuel Alvares da Praça, e de sua mulher D. Senhorinha Francisca Car neiro;
neto pela parte materna de Manuel Barbosa, e de sua mulher D. Maria João Mo
reira de Meirelles; bisneto de Thomaz Barbosa, e de sua mulher D. Maria
Catharina Duarte Moreira de Meirelles, sendo o supplicante tambem possuidor da
quinta e casa de seu proximo parente o doutor Francisco Teixeira da Motta Moreira
de Meirelles, primeiro juiz de fora da cidade de Penafiel, Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Leitões, no segundo as dos
Barbosas, no terceiro a dos Moreiras, e no quarto as dos Meirelles. — Br. p. a
24 de maio de 1799. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 83 v. (C. C.)
914. GAsPAR BERENGUER CEsAR
BITTENCoURT, familiar do Santo Oficio, natural e morador na cidade do Funchal
da ilha da Madeira, filho legitimo de Agostinho Cesar Berenguer, e de sua
mulher D. Helena Josepha Marianna de Bittencourt; neto pela parte paterna de
José de França Berenguer, e de sua mulher D. Maria de Castello-branco; bis neto
de Gaspar Berenguer de Andrade, e de sua mulher D. Isabel de França; terceiro
neto de Heitor Nunes Berenguer, e de sua mulher D. Maria de Lira; quarto neto
de Christovão Berenguer, e de sua mulher D. Maria Cesar; quinto neto de outro
Heitor Nu- - nes Berenguer, e de sua mulher D. Maria Giralte, e finalmente
sexto neto do doutor Pedro Berenguer de Liminhana, fidalgo da casa real,
natural da cidade de Valença em Catalunha, d'onde passou a este reino de
Portugal, e foi n'elle o chefe da familia Berenguer de Li minhana, e se lhe
passou brazão de suas armas em 5 de novembro de 1524; casou na ilha da Madeira
com Isabel Rodrigues de Andrade, filha de Rodrigo Annes, criado do in fante D.
Henrique. Um escudo com as armas dos Berengueis de Liminhana. — Br. p. a 23 de
abril de 1768. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 69. (C. C.)
915. GAs PAR BER ENGUER CEsAR
BITTENCo URT, familiar do Santo Oficio, padroeiro do mosteiro de freiras de
Nossa Senhora das Mercês da cidade do Funchal da ilha da Madeira; filho do
capitão Agostinho Cesar Berenguer, e de sua mulher D. Helena Josepha pro fesso
na ordem de Christo, capitão de infanteria que foi em Angola, fundador com seu
pae e padroeiro do dito mosteiro de Nossa Senhora das Mercês, da cidade do
Funchal, e de sua mulher D. Maria de Castello-branco, filha de João de
Bittencourt e Atouguia, e de sua mulher D. Angela de Atouguia; bisneto de
Gaspar Berenguer de Andrade, cavaleiro pro fesso na ordem de Christo, fidalgo
da casa real, o qual nas guerras do Brazil serviu a real corôa, e na dita ilha
com o referido seu filho foi o fundador e padroeiro do dito mos teiro por
provisão real; e de sua mulher D. Isabel de França, filha de Belchior de
França, e de D. Maria Pereira; terceiro neto de Heitor Nunes Berenguer, e de
sua mulher D. Ma ria de Lira, filha de Pedro Pinto Tristão, e de D. Antonia
Dias de Lira; quarto neto de Christovão Berenguer, e de sua mulher D. Maria
Cesar, filha de Agostinho Cesar, e de Isabel de Abreu, neta paterna João Antão
Cesar, fidalgo genovez, irmão de André Cesar, que foi sogro de um dos doges ou
duques da republica de Genova; e pela materna neto de Pedro Giralte,
ínstituidor da Santa Casa da Misericordia da villa da Calheta, da mesma ilha;
quinto neto de Heitor Nunes Berenguer, fidalgo da casa real, e de sua mulher D.
Ma ria Giralte, filha de Pedro Giralte, fidalgo florentino que vindo a este
reino passou a mo rar na dita ilha, onde foi um dos illustres povoadores
d’ella, e de sua mulher D. Brites de Abreu, filha de Antonio de Abreu, e de D.
Branca de França; sexto neto do doutor Pedro Berenguer de Liminhana, natural de
Valença, em Catalunha, fidalgo da casa real, cavalleiro da ordem de Christo,
tronco n’este reino da nobre familia dos Berengueis de Liminhana, que procede
de Berengario, senhor absoluto da Catalunha, e se lhe passou brazão de suas
armas em 5 de novembro de 1524, e de sua mulher Isabel Luiza de An drade, filha
herdeira de Rodrigo Annes, criado do infante D. Henrique; e pela materna é neto
o supplicante do capitão Antonio de Bittencourt Heredia, e de sua mulher D.
Maria de Aragão, filha de Domingos Pereira Camacho, e de D. Catharina de
Aragão; bisneto de Manuel de Araujo, e de sua mulher D. Bernarda de Atouguia
Clara, filha de João Rodri gues de Teive, e de sua mulher D. Francisca de
Heredia, neta paterna de João Rodrigues Neto, e de D. Magdalena de Atouguia, e
materna de D. Antonio de Heredia, governador que foi da dita ilha, no tempo da
sujeição a Castella, e de D. Anna de Cuba, illustre se nhora das ilhas
Canarias; terceiro neto de Antonio Gonçalves de Araujo; quarto neto de Manuel
Affonso de Araujo, e de sua mulher Simoa Gonçalves; quinto neto de Gonçalo
Alvares de Araujo, o primeiro d'este appelido que foi para a dita ilha pelos
annos de 1500, e finalmente sexto neto de Gonçalo Alvares de Araujo, filho de
Alvaro de Araujo, que di zem ser filho de Payo Rodrigues de Araujo, e neto de
outro Payo Rodrigues de Araujo, chamado o cavalleiro commendador de Rio-frio,
senhor da terra de Villar, de Vaças do logar de Cidraes, e do casal das Donas,
no termo de Barroso e terras de Lindoso, por mercê do rei D. Fernando. Um
escudo com as armas dos Berengueis. — Br. p. a 8 de julho de 1768. Reg. no
Cart. da N., liv. 1, fl. 84. (C. C.)
916. GASPAR CARDoso, cavalleiro fidalgo da
casa real, filho natural e legitimado de João de Almeida Cardoso; neto de Antão
Martins Cardoso, e de Aldonça de Almeida; bisneto de Martim Annes Cardoso, por
alcunha o Pequeninho, que foi fidalgo muito hon rado e do tronco da geração dos
Cardosos, bem assim a dita Aldonça de Almeida foi filha de Pedro de Almeida,
que tambem foi fidalgo e do verdadeiro tronco dos Almeidas. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo
de campo esquartelado; o primeiro de vermelho e dois cardos verdes com as
raizes e floridos de prata, um sobre o outro, entre dois leões de oiro com as
mãos pos tas n’elles e os rabos tornados para cima; o segundo tambem de
vermelho com seis be santes entre uma dobre cruz e uma bordadura de oiro, e um
quatro folio de verde picado de oiro com o pé de prata; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre uma cabeça de leão
de oiro saindo d’ella um dos cardos; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da geração e linhagem dos Cardo sos e Almeidas.—Dada em
Lisboa a 10 de novembro de 1540. Reg, na Chanc. de D. João III, liv. XXXIV, fl.
28 v.
917. GASPAR DA Cost A HoMEM,
morador na ilha Terceira, filho de Gonçalo Vaz Ho mem; neto de João Vaz Homem
que foi fidalgo e do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III
lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul com
seis crescentes de oiro em duas palas e por diferença um trifolio de prata;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro; paquife de oiro e azul, e por timbre
um leão azul com uma facha de armas nas mãos, e com o rabo de oiro; com to das
as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos
Homens. —Dada em Evora a 7 de janeiro de 1536, Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. L, fl. 39 v.
919. GASPAR DIAS DE LANDIM, filho
de André Dias, escrivão da camara real e pro vedor dos Contos do reino. Carta
pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo de prata com uma faxa de vermelho e uma cabeça
de leão em cima do mesmo, e por diferença uma brica verde e n’ella uma flor de
liz de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e
vermelho, e por timbre uma cabeça de leão entre duas azas de oiro; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por des cender da geração e linhagem dos
Landins. — Dada em Lisboa a 16 de abril de 1539. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. XXVII, fl. 40 v.
920. GAs PAR FELICIANo D E
MoRAEs, do real Conselho, commendador da ordem de Christo, cavalleiro da ordem
de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, e oficial maior da Secretaria de
estado dos negocios do reino; filho de Gaspar José de Moraes, ca valeiro da
ordem de Christo, e oficial da Secretaria de estado dos negocios estrangeiros e
da guerra, e de sua mulher D. Maria Margarida de Moraes e Mesquita
Castel-branco; Es pada, e de sua mulher D. Joanna Luiza Rosa Schultz; neto
materno de Antonio Baduem da Serra, e de sua mulher D. Paula Maria Antonia de Mesquita
Castel-branco. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas
dos Moraes, no se gundo as dos Mesquitas, e no terceiro as dos Castel-brancos.
— Br. p. a 14 de fevereiro de 1825. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 131 v.
(C. C.)
921. GASPAR FERREIRA, morador em
Evora, natural de Foz de Lima, filho de Maria Ferreira, e neto de João Ferreira
que foi desta linhagem. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo de vermelho com quatro
faxas de oiro, e por diferença uma brica azul e n’ella um annel de prata; elmo
de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre
uma emma com uma ferradura de oiro no bico; com todas as honras e privilegios
de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Ferreiras.—Dada em Lisboa a
3 de junho de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LII, fl. 115.
922. GAsPAR FRoes, cavalleiro
fidalgo da casa real, filho de Francisco Froes, e neto de Alvaro Annes Froes,
ambos fidalgos e do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III
lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul e
tres luas de oiro, com as pontas umas para as outras, em ro quete; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre uma pomba
de prata com o bico e os pés de oiro, tendo no bico um raminho de flores azues,
e por diferença uma flor de liz; com todas as honras e privilegios de fidalgo
por descen der da geração dos Froes. —Dada em Lisboa a 17 de agosto de 1548.
Reg, no liv. II de Privilegios, fl. 35.
923. GAs PARGIL CARRILHo, capitão
de cavallos, natural da villa de Castello de Vide, filho de Catharina Carrilho
da Serra, e do capitão Manuel Gil Velho, fidalgo muito esti mado do senhor rei
D, João; neto materno de Gonçalo Fernandes de Carrilho, fidalgo cas telhano,
filho de D. Maria Cervantes, e do coronel Gonçalo Carrilho, que era filho de D.
Pedro Fernandes de Cordova, e irmão do primeiro conde de Cabra; neto paterno de
Beatriz Gonçalves Paredes, e do capitão de cavallos Fernão Gil de Albuquerque,
filho de Gil Afonso Fernandes, neto de Pedro Gil, bisneto de D. João Affonso,
senhor de Albu querque, e trineto de D. Afonso Sanches. Carta pela qual el-rei
D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo
esquartelado com uma cruz de prata por diferença, a qual usava D. Af fonso
Sanches, quinto avô do dito Gaspar Gil Carrilho, tendo no primeiro quartel as
ar mas dos Albuquerques, a saber : sobre cruz de prata, que atravessa todo o
escudo, os cinco escudos de Portugal azues com quinas de prata, e no primeiro
quartel em campo vermelho cinco flores de liz de oiro postas em aspa, no
segundo as dos Carrilhos da casa de Cabra, que usam castello de oiro em campo
de sangue, no terceiro as dos Serras, que são em campo vermelho castello de
prata sobre um monte verde, duas cabeças de serpe verdes salpicadas de oiro; no
quarto as dos Velhos, que são em campo vermelho cinco Vieiras de oiro, em aspa,
empaquetadas de preto; por timbre um castello vermelho com uma flor de liz de
oiro, e ao pé do timbre um coronel, por ser fidalgo de solares conhe cidos e
descendente de senhores de vassallos, e grandes principes que a estes reinos
fize ram grandes serviços.—Dada em Lisboa a 20 de dezembro de 1567. Reg. na
Chanc. de D. Sebastião, liv. XVII, fl. 530.
924. GAsPAR DE GoEs, filho de
João Lopes, e de Leonor de Goes, moradores em Leiria; neto de Nuno Alvares de
Goes, alcaide-mór que foi de Coimbra e do tronco d'esta linhagem. Carta pela
qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: —
Escudo de campo azul com seis cadimos de crescentes de prata, em duas palas, e
por diferença uma brica de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de prata e azul, e por timbre um dragão verde com um crescente das
armas nos peitos; com to das as honras e privilegios de fidalgo por descender
da geração e linhagem dos Goes. — Dada em Evora a 3 de fevereiro de 1534. Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. xx, fl. 91.
925. GASPAR GoNÇALVES, cavalleiro
da ordem de Christo. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede e a seus descendentes
o appelido de —Riba-fria — e o faz fidalgo de cota de armas, com o seguinte
brazão: — Escudo verde com o pé de agua e n'elle uma torre de prata lavrada de
preto, e o coberto enxaquetado de oiro e azul, entre duas estrellas de oiro;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e verde, e por timbre
um leopardo de azul com uma das estrellas na espadoa; com todas as honras e
privilegios de nobre e fidalgo pelos serviços por elle prestados. — Dada em
Lisboa a 16 de setembro de 1541. (M. N.) Reg. na Chanc. de D. João III, liv.
xxxiv, fl. 55.
926. GASPAR HoMEM, morador na ilha da Madeira,
filho de Francisco Homem, e neto de Pedro Homem que foi fidalgo e do verdadeiro
tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul com seis crescentes de oiro
em duas palas, e por diferença uma flor de liz de oiro; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre um leão azul com uma
faxa de armas nas mãos, com o cabo de oiro; com todas as honras e privilegios
de fidalgo por descender da geração dos Homens.—Dada em Evora a 26 de abril de
1535. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. x, fl. 71 v.
927. GAs PAR JoAQUIM DE FARIA
TELLEs LIoTE, natural da cidade de Lagos, filho de Francisco Liote Tavares,
professo na ordem de Christo, governador de Villa-nova, e de sua mulher D.
Joanna Tavares da Silva Falcão; neto pela parte paterna de Antonio Tava res
Liote, professo na ordem de Christo, fidalgo de solar e mestre de campo do
terço au xiliar da comarca de Lagos, e de sua mulher D. Maria de Sousa; neto
pela parte materna de Gaspar Simões de Faria Telles, professo na ordem de
Christo, e de sua mulher D. Ma rianna Tavares da Silva Falcão, herdeira da casa
e morgados dos Costas Tavares, bisneta pela parte paterna de João de Reprezo e
Mattos, professo na ordem de Christo, o qual serviu oficios da republica e real
fazenda, e de sua mulher D. Brites de Sousa e Bassem; neto pela parte materna
de Manuel da Costa Tavares, professo na ordem de Christo, e de sua mulher D.
Joanna de Lemos e Faria; terceiro neto pela parte paterna de Antonio Ta vares
Liote, professo na ordem de Christo, fidalgo da casa real e capitão de
infanteria, e de sua mulher D. Margarida de Sousa e Mattos; neto pela parte
materna de José da Costa Tavares, governador de Portimão e Silves; quarto neto
pela parte paterna de Francisco Liote Tavares, professo na ordem de Christo,
fidalgo da casa real, general da provincia do Alemtejo, e grande capitão,
titulo que lhe foi dado pelo senhor rei D. Filippe III, e de sua mulher D.
Isabel Alvares Banha; e pela parte materna de Pedro da Costa Tavares, capitão
mór de Cabeço de Vide, e capitão da guarda real, e de sua mulher D. Catharina
Mexia. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Liotes, no
segundo as dos Tavares, no terceiro as dos Costas, e no quarto as dos Falcões.
— Br. p. a 9 de 0u tubro de 1795. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 101. (C. C.)
—
Escudo de campo vermelho com cinco machados de prata com os cabos de oiro, em
pa quife de oiro e vermelho, e por timbre dois machados em aspa; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos
Machados. — Dada em Lisboa a 12 de março de 1533. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. L, fl. 56 v.
929. GASPAR MoNTEIRO, filho de
Lopo Monteiro, natural do Porto; neto de Gonçalo Monteiro, fidalgo que foi da
casa do infante D. Fernando; bisneto de Lopo Martins Mon teiro, que foi fidalgo
muito honrado e do verdadeiro tronco da geração dos Monteiros. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo
de campo de prata com tres buzinas de preto douradas nos cabos e guarnecidas de
vermelho, em roquete, e por diferença uma flor de liz verde; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre duas das
buzinas em aspa; com todas as honras e privilegios de fldalgo por descender da
geração dos Monteiros. — # em Lisboa a 8 de outubro de 1543. Reg. na Chanc, de
D. João III, liv. XXVIII, . 54 V.
930. GAS PAR MoREIRA DE ALTERo,
cavalleiro da ordem de Christo. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede
o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo esquartelado; o primeiro dos
Moreiras, de vermelho, com nove escudinhos de prata, em tres palas, e em cada
escudinho uma cruz verde florida; O Segundo dos de Al tero, enxaquetado de oiro
e vermelho, de dezeseis pontes, e por diferença uma moleta de oiro; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre meio
leão vermelho enxaquetado de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo
por descender da geração e linhagem dos Moreiras e de Altero. —Dada em Lisboa a
3 de julho de 1529. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XVII, fl. 95.
931. GASPAR DE NEGREIROS BRAVO, natural
da villa de Bellas, termo d'esta cidade, filho de Gaspar de Negreiros Bravo, a
quem se passou brazão de armas a 8 de março de 1723, e de sua mulher D. Maria
Pires Cançado de Lima; neto pela parte paterna do sar gento-mór Manuel Bravo de
Negreiros, e de sua mulher D. Margarida Ribeiro,
e pela ma terna de Luiz Cançado de Lima, e de sua mulher D. Maria Palma de
Vargas. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Negreiros, e na
segunda as dos Bravos. — Br. p. a 20 de dezembro de 1790. Reg. no Cart. da N.,
liv. Iv, fl. 203. (C. C.)
932, GAsPAR DA No BREGA (Doutor),
filho de Pedro Alvares da Nobrega. que foi fi dalgo muito honrado e do tronco
d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede O Seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo de oiro e quatro palas de
Vermelho, e por diferença uma flor de liz, ametade de azul e ametade de prata;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, pa quife de oiro e vermelho, e por
timbre um leão pardo de oiro com uma pala de vermelho ao longo; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linha gem dos
Nobregas. — Dada em Evora a 13 de fevereiro de 1537. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. XXIII, fl. 44 v.
933. GASPAR PACHEco, cavalleiro
da ordem de Christo. Carta pela qual el-rei D. João III o fez cavalleiro de
cota de armas, e lhe concedeu o Seguinte brazão de armas : — Escudo de campo de
prata com um azambujeiro de sua cor firmado em um pé azul, tendo pendurada no
tronco uma adaga de oiro guarnecida de vermelho; elmo de prata serrado
guarnecido de oiro, paquife de prata verde, oiro e azul, e por timbre um ramo
do mesmo azambujeiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo pelos relevantes
serviços por ele prestados, principalmente em Africa, onde D. Duarte de Menezes
o armou cavalleiro. — Dada em 28 de julho de 1554. (M.N.) Reg. no liv. III de
Privilegios, fl. 29.
934. GASPAR PACHEco DE LIMA,
morador na cidade de Lamego, filho do licenceado João Pacheco de Lima, neto de
Isabel Pacheca de Lima, bisneto de João Pacheco e de Branca Gomes de Lima, e
trineto de Manuel Pacheco e de Gomes Fernandes de Lima, os quaes todos foram
fidalgos e do tronco d'estas gerações. Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe
concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro dos Pachecos, de campo de oiro, com duas caldeiras de
preto em pala, e tres faxas veiradas e contraveiradas de oiro e verme lho em
cada uma, e assim tambem as azas, tendo cada caldeira quatro cabeças de serpe
de oiro, duas para fora e duas para dentro, nos cabos das azas, e com as
linguas verme lhas; o segundo dos Limas, que são de campo partido em tres
palas, a primeira de oiro e quatro palas vermelhas e as duas esquarteladas, a
primeira de prata e um leão de pur pura armado de azul, a segunda de prata e
tres faxas enxaquetadas de oiro e vermelho de tres peças em pala, e assim os
contrarios, e por diferença uma meia brica verde e sobre ella um trifolio de
prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho,
prata e purpura, e por timbre um pescoço de serpe de oiro com duas cabeças
batalhantes, uma contra a outra; com todas as honras e privilegios de fidalgo,
por des cender da geração dos Limas e Pachecos. — Dada em Lisboa a 7 de outubro
de 1572. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. Ix, fl. 336 v. •
935. GAsPAR PEGADo (Doutor),
alcaide-mór das saccas de entre Tejo e Odiana e Campo de Ourique. Carta pela
qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: —
Escudo de campo esquartelado; o primeiro enxaquetado de oiro e azul e sobre
tudo quatro palas de vermelho, que são as armas dos Buzios, e o segundo de oiro
com quatro bandas de vermelho, que são as armas dos Pegados; elmo de prata
aberto, paquife de oiro e azul, e por timbre duas buzinas de preto guarnecidas
de oiro; com todas as hon ras e privilegios de fidalgo, por descender da
geração e linhagem dos Buzios e Pegados. — Dada em Lisboa a 3 de julho de 1528.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XI, fl. 65.
936. GAsPAR PEsso A TAVAREs DE
AMORIM, cavalleiro professo na ordem de Christo, negociante da praça de Lisboa,
instituidor de um vinculo de sessenta contos de réis de capital, em um padrão
que a real fazenda lhe paga a juro de tres e meio por cento, as sentado no
rendimento da Alfandega do assucar d’esta cidade, e tambem de uma proprie dade
de casas no cimo da rua Augusta; natural da villa de Fundão, filho de Gabriel
Ta vares Pessoa, negociante da praça de Lisboa, e de sua mulher D. Leonor
Pereira da Silva; neto pela parte paterna de Sancho Pessoa da Cunha e Amorim,
cadete do regimento dos dragões de Aveiro, e de sua mulher D. Franca Nunes. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pessoas, e na segunda as dos
Amorins. — Br. p. a 26 de junho de 1795, Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 65.
(C. C.)
938. GAsPAR Do REGo, fidalgo,
morador na ilha de S. Miguel, filho de Gonçalo do Rego, fidalgo, e cidadão da
cidade do Porto, e neto de João Vaz do Rego, fidalgo que foi da geração dos do
Rego. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo verde com uma banda ondada de prata e n’ella
tres vieiras de oiro perfiladas de azul; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro e verde, por diferença uma merleta de oiro, e por timbre
nma vieira de oiro entre dois penachos ver des; com todas as honras e
privilegios de fidalgo, por descender da nobre geração e li nhagem dos do Rego.
— Dada em Lisboa a 6 de março de 1529. Reg. na Chanc. de D. III, liv. XVII, fl.
45 v.
939. GASPAR RoDRIGUES DE GONDIM,
natural de Vianna de Foz de Lima, filho de Bartholomeu Rodrigues de Gondim, neto
de Ruy Garcia de Gondim, bisneto de Gonçalo Garcia de Gondim, que foram
fidalgos muito honrados e do verdadeiro tronco d'esta ge raça0. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo
de campo de prata e tres leopardos de vermelho passantes armados de azul, e por
diferença um trifolio de verde picado de oiro; elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre um dos leopardos; com todas
as honras de nobre fidalgo, por descender da geração e linhagem dos Garcias de
Gondim. — Dada em Almeirim a 26 de janeiro de 1543. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. XXVIII, fl. 7 v.
940. GASPAR RoDRIGUEs TEIXEIRA,
filho de Lucas Fernandes e de Lianor Lourenço Teixeira; neto de Lourenço Rodrigues
Teixeira, e bisneto de João Rodrigues Teixeira, que foi fidalgo muito honrado e
do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul e uma cruz de oiro
potencia e vasia do primeiro, e por diffe rença uma brica de prata e n’ella um
—X — de preto; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul,
e por timbre uma aspa de azul perfilada de oiro; com todas as honras dos
fidalgos de antiga linhagem, por descender da nobre geração dos # Fº" em
Evora a 7 de setembro de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III, V. X, Il. V.
941. GASPAR DE SISNEIROS, natural
de Beja, filho de João de Sisneiros, cavalleiro da ordem de Sant'Iago, que foi
do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo meio partido em pala; a
primeira parte de vermelho partida em faxa, na primeira tres cisnes de prata,
em roquete, e uma argola de oiro no pescoço de cada um, e na segunda cinco
flores de liz de prata, em aspa; a segunda parte de prata com tres barras de
vermelho, não tendo coisa alguma por diferença, por ser filho mais velho d’esta
linhagem; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho,
e por timbre um dos cisnes; com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Sisneiros. — Dada em Evora a 22 de outubro
de 1533. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xx, fl. 37.
942. GASPAR DE TEIVE, contador da
casa e terras da rainha, filho de Diogo de Teive, neto de Diogo Vaz de Teive,
bisneto de Alvaro Gonçalves da Maia, que foi veador da fa Zenda da cidade do
Porto e todos foram fidalgos. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o
primeiro tambem esquartelado, o primeiro de oiro com seis torteaua de vermelho
em duas palas, o segundo de prata com tres arminhos em faxas; o segundo de
vermelho com uma aguia preta estendida, membrada de oiro, e por diferença uma
merleta preta; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e
vermelho, e por timbre um leopardo de oiro até á cinta e d’ahi para traz
arminhado; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração dos Teives e Maias. — Dada em Evora a 23 de setembro de 1534. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. xx, fl. 173.
943. GENIPRO DA CUNHA DE EÇA E
CostA, filho de Luiz da Cunha de Eça, fidalgo escudeiro da casa real, e de D.
Thereza Bernarda; neto de Genipro da Cunha de Eça, fi dalgo cavalleiro da casa
real armado em acto de guerra, e de sua mulher D. Francisca Serram; bisneto de
Luiz da Cunha de Eça; terceiro neto de Simão da Cunha de Eça; quarto neto de
Martim da Cunha de Eça; quinto neto de Mattheus Homem da Cunha; sexto neto de
João Rodrigues Homem, que foi filho do desembargador Rodrigo Homem, todos
fidalgos da casa real. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as
armas dos Cunhas, no segundo as dos Eças, e no terceiro as dos Costas. — Br. p.
a 27 de setembro de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 37. (C. C.)
945. GIL FERNANDES SEGURADo,
cantor da capella real e contador dos feitos e cuS tas da côrte e casa da
supplicação, filho de Martim Fernandes Segurado, neto de Lopo Fernandes
Segurado, e bisneto de Fernão Martins Segurado, que foram do tronco desta
geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecessores: — Escudo de campo azul com cinco seguras de prata e os cabos
de oiro, em cruz, e uma bordadura verde; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre duas seguras em aspa; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Segurados.
— Dada em Setubal a 12 de junho de 1532. Reg. na Chanc. de D. João III, liv.
XVIII, fl. 62 v. brazão de seus antecessores : — Escudo de campo azul e seis
cadimos de crescentes de prata em duas palas; elmo de prata aberto, paquife de
prata e de azul, e por timbre uma serpe verde; com todas as honras,
privilegios, liberdades e franquezas que gozam os fidalgos de solar conhecido,
por descender de geração nobre, e pelos serviços que prestou, tanto na Africa
como no continente, gastando muito de sua fazenda. — Dada em Lisboa a 6 de se
tembro de 1504. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. VI de Mist., fl. 194.
946. GIL DE GOES, cavalleiro da
casa real. Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus descendentes o
seguinte brazão de seus antecessores : — Escudo de campo azul e seis cadimos de
crescentes de prata em duas palas; elmo de prata aberto, paquife de prata e de
azul, e por timbre uma serpe verde; com todas as honras, privilegios,
liberdades e franquezas que gozam os fidalgos de solar conhecido, por descender
de geração nobre, e pelos serviços que prestou, tanto na Africa como no
continente, gastando muito de sua fazenda. — Dada em Lisboa a 6 de se tembro de
1504. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. VI de Mist., fl. 194.
947. GIL HoMEM, filho de Gil
Homem, cavaleiro fidalgo da casa real; neto de Gon çalo Homem, fidalgo; bisneto
de Diogo da Costa Homem, que foi o tronco e chefe d’esta geração. Carta pela
qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus an
tecessores : — Escudo de campo azul, com seis crescentes de oiro, em duas
palas, e por diferença um trifolio de prata, com o pé de verde picado de oiro;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre
um leão de azul com sua faxa de armas nas mãos com o cabo de oiro; com todas as
honras e privilegios de fidalgo, por descender da geração dos Homens. — Dada em
Lisboa a 4 de julho de 1539. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLIV, fl. 137
V.
948. GIL DE REBELLO CARDOSO.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas de
seus an tecessores : — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de azul com
tres faxas de oiro e em cada faxa uma flor de liz vermelha, postas em
contrabanda; o segundo de vermelho com dois cardos verdes, floridos de prata,
um sobre o outro, entre dois leões batalhan tes, com as linguas de prata, e por
diferença um trifolio de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro, vermelho e azul, e por timbre uma cabeça de leão e um dos
cardos saindo-lhe da boca; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por
des cender da geração e linhagem dos Rebellos e Cardosos, que n'estes reinos
foram fidalgos. — Dada em Evora a 18 de junho de 1535. Reg. na Chanc. de D.
João III, liv. xxii, fl. 135 v.
949. GIL SIMÕES, cavalleiro e
criado da casa real. Carta pela qual el-rei D. Duarte lhe concede e a seus
descendentes o seguinte brazão de armas : — Escudo branco com uma pinta verde,
e n'elle um leão negro rompente, gretado de oiro, com unhas e lingua vermelhas;
pelos importantes serviços e viagem que fez a Tanger com D. Henrique e D.
Fernando contra os mouros. — Dada em Aviz a 10 de julho de 1438. (M.N.) Reg. na
Chanc. de D. Duarte, liv. I, fl. 236, e liv. IV de Mist., fl. 45.
950. GoMEs DE AMORIM, moço da
camara do infante D. Henrique. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul com cinco vieiras
de prata, em aspa, e tres estrellas de prata tambem (de cinco pontas) no pé do
escudo, e por diferença uma brica de oiro e n’ella um — G— de preto; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por timbre dois
bordões de Sant'Iago de prata, em aspa, com uma das vieiras no meio; com todas
as honras e privilegios de fidalgo, por descender da geração e linhagem dos
f:"#" em Evora a 28 de outubro de 1536. Reg. na Chanc. de D. João
III, iv. L, fl. 43.
951. GoMEs GoDINHo, escudeiro
fidalgo da casa real, filho de Pedro Godinho, e neto de Gomes Godinho, que foi
fidalgo muito honrado e do verdadeiro tronco dos Godinhos. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo
de campo partido em quatro palas; a primeira de vermelho, a segunda de oiro, a
terceira de azul, e a quarta tambem de oiro, e por cima de tudo quatro filetes
de preto, em faxa, que fazem todo o escudo enxaquetado, e uma flor de liz azul
na segunda ponta do escudo; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
oiro, vermelho e azul, e por timbre meio urso de sua cor; com todas as honras
de nobre fidalgo, por descender da geração e linhagem dos Godinhos. — Dada em
Evora a 9 de novembro de 1543. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXXV, fl.
24.
952. GOMES PACHECO, cavaleiro da
casa real, morador na ilha Terceira, filho de João Pacheco, e neto de Manuel
Pacheco, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta ge ração. Carta pela
qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: —
Escudo de campo de oiro, com duas caldeiras em pala tambem de oiro, com tres faxas
e as azas veiradas e contraveiradas de vermelho e preto, e quatro cabeças de
serpe de oiro nos cabos das azas, duas para fora e duas para dentro, e por
diferença uma estrella azul; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife
de oiro e vermelho, e por timbre um pescoço de serpe de oiro com duas cabeças
uma contra a outra; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender
da geração e linhagem dos Pachecos.—Dada em Evora a 22 de agosto de 1534. Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. xx, fl. 144 V.
953. GoMEs PACHEco, cavaleiro
fidalgo da casa real, filho de João Pacheco, que foi fidalgo muito honrado e do
tronco d'esta geração, e egualmente filho de Branca Gomes de Lima, e neto de
Gomes Fernandes de Lima, que foi fidalgo muito honrado e do tronco da geração
dos Limas. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede e a seus descendentes
o seguinte brazão de armas de seus antecessores : — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro de oiro com duas caldeiras do mesmo, em pala, com tres
faxas em cada uma, as azas veiradas e contraveiradas de vermelho e preto, com
quatro cabeças de serpe de oiro, duas para fora e duas para dentro; o segundo
partido em pala em tres partes, a primeira de aragão e as outras duas esquarteladas
: o primeiro de prata com um leão de purpura com as unhas e lingua de azul, e o
segundo de prata com tres faxas enxaquetadas de oiro e de verme lho, e por
diferença uma flor de liz verde; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, pa
quife de oiro, preto, prata e vermelho, e por timbre um pescoço de oiro com
duas cabe ças de serpe; com todas as honras e privilegios de fidalgo de antiga
linhagem, por des cender da nobre linhagem des Pachecos e Limas. — Dada em
Lisboa a 12 de janeiro de 1538. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLIV, fl. 6
v, e liv. xx, fl. 144 v.
954. GoNÇAlo DE BARRos, cavaleiro
da casa real, filho de Alvaro Afonso de Araujo, neto de Afonso Gonçalves de
Araujo, fidalgo de geração e do tronco da linhagem dos Araujos; bem assim era
filho de Ignez de Barros, que foi o tronco da geração dos Barros. Carta pela
qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: —
Escudo de campo esquartelado; o primeiro de prata e uma aspa de azul besantada
de oiro, e o segundo de vermelho com tres bandas de prata, e sobre a ponta
vermelha do chefe uma estrella de oiro, sobre a segunda vermelha tres
estrellas, sobre a terceira Ver melha outras tres, e sobre a quarta duas
estrellas, todas de oiro, e por diferença uma merleta preta; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de prata, azul, oiro e vermelho, e por
timbre a mesma aspa; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por
descender da geração e linhagem dos Araujos e Barros. — Dada em Lisboa a 4 de
novem bro de 1523. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xLv, fl. 58.
955. GoNÇALo CARDoso, morador na
ilha de Sant'Iago de Cabo-verde, filho de An dré Cardoso, neto de Gonçalo
Martins Cardoso, alcaide-mór que foi da villa de Fronteira, que foi fidalgo
muito honrado e do tronco d'esta geração. antecessores: — Escudo de campo
vermelho com dois cardos verdes, um sobre o outro, floridos e com as raizes de
prata, entre dois leões de oiro batalhantes, e por differença uma flor de liz
de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e
por tim bre uma cabeça de leão de oiro com a boca para cima, saindo d’ella um
dos cardos; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração e linhagem dos Cardo #. Dada em Evora a 27 de setembro de 1533. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XLVI,
956. GONÇALO CARDoso. Carta pela
qual el-rei D. Manuel lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Um
escudo de campo esquartelado; o primeiro quartel de azul com seis crescentes de
oiro, em duas palas, com as pontas para cima, e no pé uma rodeta de prata por
diffe rença; o segundo de vermelho com um cardo verde florido e as raizes de
prata entre dois leões, com as mãos direitas n’elle; o terceiro de campo azul
com tres faxas de oiro, e so bre elle tres flores de liz de vermelho postas em
banda; o quarto de azul com uma es trella de oiro entre quatro crescentes de
prata, com as pontas umas para as outras; elmo aberto, e por timbre um leão
azul com uma faxa de armas nas mãos, a haste de oiro, o paquife de oiro e azul;
por descender da linhagem dos Homens e Carvalhos por parte de seu pae, e dos
Cardosos e Rebellos por parte de sua mãe, os quaes eram nobres e *#*-* em 1512.
Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. XLII, fl. 4, e liv. v de Mist., . 82.
957. GoNÇAL o CARNEIRO DE CoURos,
natural do Porto, filho de Gaspar Carneiro de Couros, e de Maria Alvares de
Medeiros; neto paterno de João Affonso de Leça Carneiro, e de Beatriz de
Couros; bisneto de Martim Affonso Carneiro, de Alvaro Rodrigues Couros, e de
Ignez Eanes Carneira; trineto de João Domingues Couros, e de Lourenço Eanes Car
neiro; neto materno de Gonçalo Fernandes de Castro, e de Maria Alvares Bordim
de Me deiros; bisneto de Ignez Fernandes de Castro, e de Alvaro Vaz de
Medeiros, os quaes fo ram todos fidalgos e do tronco d'estas gerações. Carta pela
qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: —
Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Carneiros, de campo vermelho com
uma banda azul acotizada de oiro, com tres flores de liz do mesmo entre dois
carneiros de prata, passantes, armados de oiro; o contrario dos Couros, de
prata, gretado de san gue, e uma serpente de sua côr ferida nos peitos, envolta
em duas grevas em coxetes de azul, postos em aspa, mordendo em uma d’ellas; o
segundo dos Castros, de prata, com seis torteaua de azul, em duas palas; o
contrario dos Medeiros, de vermelho, com cinco cabeças de aguia de oiro, em
aspa, e por diferença um alcachofre de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro, vermelho, prata e azul, e por timbre um car neiro das
armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender das ditas
gerações. — Dada em Lisboa a 13 de novembro de 1571. Reg. na Chanc. de D.
Sebastião, liv. VII, fl. 128 v. .
958. GONÇALO DA CosTA DE GouvEA,
morador no termo de Gouvea. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo partido em pala; a
primeira de vermelho com seis besantes de prata em pala, firmados de uma doble
cruz e bordadura de oiro; a segunda de prata com seis tortraux de azul, em pala,
e por diferença uma merleta preta; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro, prata e vermelho, e por timbre uma aguia vermelha com besantes
de prata; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da ge
ração e linhagem dos Gouveas. — Dada em Lisboa a 6 de agosto de 1529. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XVII, fl. 108 v.
959. GoNÇALo FERREIRA DE TEIVE,
morador na ilha Graciosa, filho de Duarte Fer reira de Teive, e neto de Gonçalo
Ferreira de Teive, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'estas gerações.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Ferreiras, que é
de vermelho com qua tro faxas de oiro; o segundo esquartelado, o primeiro deste
de oiro com seis torteaur de vermelho, em dnas palas, a segunda de prata com
tres arminhos em faxa, e por dif ferença um trifolio de azul; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre uma emma de
prata com uma ferradura de oiro no bico; com to das as honras e privilegios de
fidalgo por descender da geração dos Ferreiras e Teives. Dada em Evora a 20 de
julho de 1534. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xx, fl. 126 v.
960. GoNÇALo D E GouvFA LEITE
(Padre), conego encommendado da sé da cidade de S. Paulo da Assumpção, do reino
de Angola; filho de Thomaz de Gouvea Leite, e de sua mulher D. Leonarda
Ferreira da Fonseca; neto pela parte paterna do capitão João Mendes de Gouvea
Leite, e de sua mulher D. Guiomar de Sá e Miranda; bisneto do ca pitão Pedro de
Gouvea Leite, e de sua mulher D. Antonia Borges. Um escudo ovado com as armas
dos Gouveas. — Br. p. a 28 de junho de 1769. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl.
103. (C. C.)
961. GoNÇAL o Lou RENço BoTELIlo
DE LEM os REGo E CASTRO, brigadeiro de in fanteria, engenheiro-mór d’este
reino, professo na ordem de Christo, e fidalgo da casa real; filho de José
Lourenço Botelho de Lemos, cavaleiro professo na ordem de Christo, e de sua
mulher D. Joanna Luiza de Castro Castello-branco, filha e herdeira de Antonio
de Abreu Rego Castello-branco, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Antonia
Caetana de Sousa Coutinho e Castro, e neta de Luiz de Sousa Falcão Coutinho,
moço fidalgo da casa real, capitão de mar e guerra das naus da India; neto o
supplicante pela sua varo nia de Antonio de Lemos Botelho Zuzarte da Fonseca,
cavaleiro professo na ordem de Christo, capitão de infanteria, e de sua mulher
D. Luiza de Mattos Franco, filha de Belchior de Mattos de Carvalho e Goes,
fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Isabel Henriques da Costa; bisneto
pela mesma varonia de Antonio Botelho de Lemos e Moura, profess0 na ordem de
Christo, e de sua mulher D. Isabel Zuzarte da Fonseca, filha de Francisco da
Fonseca Zuzarte, familiar do Santo Oficio, e de sua mulher D. Antonia do Casal
Pe reira, que era legitima parenta de D. Bartholomeu do Casal, bispo de
Coimbra, e conde de Arganil; terceiro neto pela dita sua varonia de Arthur
Botelho de Lemos, cavaleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo,
senhor da quinta da Chouriceira, no termo de Alemquer, e de sua mulher D.
Isabel Pedroso de Moura, filha de Bartholomeu Gil de Moura, cavaleiro fidalgo
da casa real, e de sua mulher D. Brites Pedrosa, cunhada de Antonio Borges
Landim, com fôro de moço da camara real; quarto neto de Francisco Botelho de
Lemos Galhardo, cavaleiro fidalgo da casa do senhor rei D. Sebastião, de quem
foi muito acceito, e com ele passou á Africa, onde morreu na batalha de
Alcacer. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Botelhos, no
segundo as dos Lemos, no terceiro as dos Regos, e no quarto as dos Castros. —
Br. p. a 29 de ja neiro de 1790. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 141 v. (C.
C.)
962. GoNÇALo MARINHO DE CAsTRO, cavaleiro
professo na ordem de S. Bento de Aviz, e coronel de artilheria do novo
regimento da capitania de Pernambuco; filho de Wi ctorino José Marinho Brandão,
alferes de infanteria de tropa paga, e de sua mulher D. Fe liciana Angelica;
neto por parte paterna de Pedro José Marinho Brandão, cavalleiro pro fesso na
ordem de Christo, e de sua mulher D. Luiza Josepha Pereira; neto por parte
materna materna de João Parente Pinheiro, ajudante de infanteria de tropa paga,
e de sua mulher D. Domingas Francisca Velho. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Marinhos, na segunda as dos Brandões. — Br. p. a 14 de
janeiro de 1801. Reg, no Cari, da N., liv. VI, fl. 160. (C. C.) 963. GoNÇALo
MENDEs SA coto, fidalgo da casa real, alcaide-mór do reino, e capitão da cidade
de Azamor. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecessores, com accrescentamento: — Escudo de campo esquartelado; o
primeiro de prata com uma arvore verde; o segundo de oiro com cinco estrellas
de vermelho, em cruz, e um chefe de oiro com quatro cabeças de moiros cortadas
em vermelho e toucadas de prata e azul; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro, azul e vermelho, e por timbre um braço armado de oiro,
com uma das cabeças pela rota; com todas as honras e privi legios de fidalgo
por descender da geração e linhagem dos Sacotos, e pelos serviços que prestou
em Azamor, onde em guerra derrotou os moiros, ficando mortos quatro alcaides
d’estes. — Dada em Lisboa a 19 de julho de 1538. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. XXVII, fl. XVII.
964. GoNÇALo NUNEs BARRETo,
cavalleiro fidalgo da casa real, morador na cidade do Porto, filho de Fernão
Nunes Barreto, cavalleiro fidalgo; neto de João Nunes Cardoso, e de Leonor
Gomes Barreta; bisneto de Fernão Nunes Cardoso, os quaes todos foram no bres e
fidalgos e dos verdadeiros troncos d’estas gerações. Carta pela qual el-rei D.
João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro dos Cardosos, vermelho e dois cardos ver des, em pala,
floridos e com as raizes de prata, entre dois leões de oiro batalhantes; o
segundo dos Barretos, arminhado, e por differença uma flor de liz de oiro; elmo
de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho e arminhado, e
por timbre uma meia donzella sem braços, vestida de arminhos, em cabello; com
todas as honras de no bre e fidalgo por descender das gerações dos Barretos e
Cardosos. — Dada em Almeirim a 20 de abril de 1544. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. XLI, fl. 13 v.
965. GoNÇALo PIMENTA (Frei),
commendador da ordem de Rhodes. Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e
a seus descendentes o seguinte bra zão de seus antecessores: — Escudo de campo
de oiro e tres faxas de vermelho, e em cada uma tres estrellas de prata, por
timbre tres espadas com os cabos e maças de oiro e os punhos vermelhos, paquife
de oiro e vermelho, e por diferença uma brica azul; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da muito nobre geração e linhagem dos de
Avelar. —Dada em Lisboa a 25 de novembro de 1517. Reg. na Chanc. de D. Ma nuel,
liv. VI de Mist., fl. 155 v.
966. GoNÇALo PINTo, natural da terra da Feira,
filho de Ayres Pinto, cavaleiro fi dalgo da casa do duque de Bragança; neto de
Gonçalo Pinto, que foi alferes-mór do du que de Bragança, fidalgo muito honrado
e do tronco d'esta geração. • Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo de prata com cinco
crescentes de vermelho, em aspa, e por dife rença uma merleta preta; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquífe de prata e ver melho, e por timbre um
leopardo de prata, com a lingua e unhas vermelhas e um cres cente das armas na
espadoa; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração
e linhagem dos Pintos. — Dada em Evora a 2 de março de 1534. Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. xx, fl. 94 v.
967. GoNÇALo PIRES, escudeiro da
casa real. Carta pela qual el-rei D. João II lhe faz e a seus descendentes a
mercê de nobre de cota de armas e do appelido de — Bandeira — com o brazão de
armas seguinte: — Um escudo vermelho com uma bandeira quadrada de oiro, e
n'ella um leão rompente azul, com a lingua, dentes e unhas vermelhas, a haste
da bandeira de oiro, e a bandeira com um filete de prata em quadra, paquife de
prata e azul; elmo de prata cerrado guarnecido de oiro, e por timbre a mesma
bandeira; pelos muitos serviços por elle prestados a seu pae tanto nas partes
da Africa como nos reinos de Castella. — Dada em Evora a 4 de julho de 1483.
(M. N.) Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. VI, fl. 68, e liv. I de Mist., fl.
234 v.
968. GoNÇAL o REBELLo, cavalleiro
fidalgo, filho de Francisco Rebello, e de Maria Alvares; neto de Luiz Eanes, e
de Violante Vaz Rebella; bisneto de Martim Vaz Rebello, que foi fidalgo e do
tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus
descendentes o brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul com tres
faxas de oiro, e n'ellas tres flores de liz vermelhas, e por diferença a
primeira ponta do escudo vermelha e n'ella uma merleta de prata; elmo aberto, e
por timbre duas flores de liz vermelhas, paquife de oiro e verme lho; por
descender da nobre geração e linhagem dos Rebellos. — Dada a 6 de junho de
1513. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. XLII, fl. 46, e liv. v de Mist., fl.
91.
969. GoNÇALo RoDRIGUES DE ARAUJo,
natural de Ponte do Lima, filho de Rodrigo Alvares de Araujo, cavalleiro da
ordem de Sant'Iago; neto de Alvaro Rodrigues de Araujo, que foi fidalgo e do
tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo de prata com uma aspa
de azul besantada de oiro, e por diferença uma merleta preta; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por timbre a mesma aspa;
com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos
Araujos. — Dada em Lisboa a 20 de fevereiro de 1531. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. L, fl. 110.
970. GoN CAlo TAVAREs, morador na
ilha de S. Miguel, filho de Fernando Eanes Ta vares e neto de Fernão Tavares,
de Portalegre, que foi fidalgo e do tronco desta geração. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo
de campo de oiro com cinco estrellas vermelhas, em aspa, e por diferença uma
lua azul; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho,
e por timbre um pescoço de cavallo Vermelho com a brida e guarnecido de oiro,
com falsas redeas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender
da geração e linhagem dos Tavares. —Dada em Evora a 5 de dezembro de 1534. Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. XX, fl. 195.
971. GoNCALo VAz DE CAMPos, escudeiro e criado
de D. Fr. Vasco de Ataide, al caide da villa do Crato. Carta pela qual el-rei
D. Affonso V lhe concede e a seus descendentes o seguinte bra zão de armas: —
Um escudo todo de campo azul e dentro tres cabeças de leão de oiro, com as
linguas vermelhas e arrancamentos vermelhos: pelos serviços que prestou na tô
mada da Villa de Alcacer, nas partes da Africa, com um navio e homens seus e
outros es peciaes. — Dada em Portalegre a 11 de maio de 1465. (M.N.) Reg. na
Chanc. de D. Af fonso V, liv. III de Mist., fl. 45 V.
972. GoNÇALo VAZ DA MOTTA,
morador em Vianna de Caminha. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo verde com cinco flores
de liz de oiro, em aspa, e por diferença uma brica de prata com uma lua
vermelha dentro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, - GREGORIO CADENA 245
paquife de oiro e verde, e por timbre uma aspa verde com tres flores de liz das
armas, duas nos cabos de cima e uma no centro; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender por parte de sua mãe e avós da geração dos
Mottas. — Dada em Lisboa a 22 de dezembro de 1529. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. LII, fl. 5.
973. GoNÇALO VIEIRA, morador em
Lisboa, filho de João Vieira, neto de Gonçalo Vieira, contador que foi de
Entre-Douro e Minho e Traz-os-montes, e foi do tronco d'esta geração, bem assim
era filho de Mecia Braz da Maia; neto de Braz Afonso da Maia, que foi do tronco
da geração dos da Maia. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o
primeiro de vermelho com seis vieiras de prata, em duas palas; o segundo tambem
de vermelho com uma aguia de preto, estendida, com os pés e bico e picada de
oiro, e por diferença uma flor de liz de oiro; elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre a mesma aguia das armas; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem
dos Viei # e Maias. — Dada em Lisboa a 8 de março de 1530. Reg. na Chanc. de D.
João III, iv. LII, fl. 32.
975. GREGORIo BoR GEs, morador na
ilha Terceira, na villa da Praia, filho de Pedro Borges, e neto de Lopo Borges,
que foi do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo vermelho, com
um leão de oiro e uma bordadura de azul semeada de flores de liz de oiro; elmo
de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, ver melho e azul, e por
timbre o mesmo leão com uma flor de liz de azul na cabeça, e por diferença um
crescente de prata; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por des
cender da geração e linhagem dos Borges. — Dada em Lisboa a 23 de junho de
1536. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LII, fl. 119 v. e 137 v.
976. GREGo Rio CADENA BANDEIRA DE
MELLo, moço fidalgo, filho de Pero de Ca dena, moço fidalgo, e de D. Beatriz
Bandeira de Mello; neto materno de Filippe Bandeira de Mello; bisneto de
Sebastião Pires de Louredo, e de Brites Bandeira de Mello; tresneto de João
Rodrigues Malheiro de Mello e de Filippa Bandeira; quarto neto de Gonçalo Pires
Bandeira, o primeiro d'este appelido; o qual João Rodrigues Malheiro de Mello
foi filho de João Malheiro de Ponte de Lima, e de Guiomar de Mello, que foi
filha de Fernão de Mello, filho de D. Rodrigo de Mello, filho de D. Leonel de
Lima, setimo avô do dito Gre gorio Cadena Bandeira de Mello, e que foi o
primeiro visconde de Villa-nova da Cerveira, e era casado com D. Filippa da
Cunha, filha de Alvaro da Cunha, senhor de Pombeiro, e de D. Brites de Mello,
filha de Martim Afonso de Mello. Carta pela qual el-rei D. Filippe III lhe
concede e a seus descendentes o seguinte brazão de seus antecessores : — Escudo
de campo esquartelado; o primeiro dos Bandei ras, de vermelho, com uma bandeira
quadrada de prata com a haste e franja de oiro, car regada de um leão de
purpura rompente armado de vermelho; o segundo dos Mellos, de vermelho, e seis
besantes de prata entre uma dobre cruz e bordadura de oiro; o terceiro dos
Limas, um escudo partido em tres palas : a primeira de aragão e as duas
esquarte ladas dos Silvas e Souto-maior; o quarto dos Cunhas, de oiro, com nove
cunhas de azul formadas em tres palas, e por diferença uma brica com um coxim,
por timbre o leão da bandeira; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, e o
paquife dos metaes e cores das armas; com todas as honras e privilegios de
fidalgo, por descender das ditas gerações. —Dada em Lisboa a 16 de junho de
1633. Reg. na Chanc. de D. Filippe III, liv. I, fl. 306.
977. GREGoRio FRANCIsco DE MIRANDA,
cavaleiro professo na ordem de Christo, cavalleiro fidalgo da casa real, e
sargento-mór das ordenanças da villa de S. Salvador dos Campos das Goitacazes,
Parahiba do sul, capitania do Rio de Janeiro, natural e baptisado na freguezia
de S. Salvador de Joannes, arcebispado de Braga; filho de João Francisco de
Miranda, e de sua mulher D. Maria Lopes. Tanto o supplicante como os referidos
seus paes foram pessoas muito nobres da illustre familia de Miranda. Um escudo
com as armas dos Mirandas. — Br. p. a 19 de junho de 1802. Reg. no Cart. da N.,
liv. VI, fl. 206. (C. C.)
978. GREGoRIo FRANCIs co D E
MIRANDA, cavalleiro fidalgo da casa real, filho de Gregorio Francisco de
Miranda, cavaleiro professo na ordem de Christo, cavaleiro fidalgo da casa
real, e sargento-mór das ordenanças da villa de S. Salvador dos Campos de Goi tacazes,
Parahiba do sul, capitania do Rio de Janeiro, a quem se passou brazão de armas
a 19 de junho de 1802, e de sua mulher D. Maria Francisca da Assumpção; neto
paterno de João Francisco de Miranda, e de sua mulher D. Maria Lopes, e materno
do alferes Agostinho Francisco da Cruz, e de sua mulher D. Maria das Neves
Penetto. Um escudo e n'elle as armas dos Mirandas. — Br. p. a 10 de agosto de
1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 160. (C. C.)
Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Machados, e na segunda as dos
Guerreiros. — Br. p. a 8 de fevereiro de 1804. Reg, no Cart. da N., liv. VII,
fl. 65. (C. C.)
980. GREGo Rio PINTo DE BARRos,
cavalleiro fidalgo da casa real, filho de João Af fonso de Souto e de Suzanna
Luiz, o qual foi padroeiro da egreja de Santa Senhorinha, sita no concelho de
Cabeceiras de Bastos, onde foi morador; tresneto paterno de Fran cisco
Fernandes de Barros, e tresneto materno de Affonso Pinto e de Maria Cardosa.
Carta pela qual el-rei D. Filippe III lhe concede e a seus descendentes o
seguinte brazão de seus antecessores : — Escudo de campo esquartelado; o
primeiro dos Barros, de campo sanguineo e tres bandas de prata, e no campo nove
estrellas de oiro, uma no alto, tres nas partes do meio, e duas na parte de
baixo; o segundo dos Pintos, de prata, com cinco crescentes sanguineos postos
em santer; o terceiro dos Cardosos, de campo sanguineo, e um cardo de prata com
duas alcachofras verdes perfiladas de prata, uma no meio do tronco do cardo e a
outra no cimo do dito cardo, posto em pala, e dos lados doic leões de oiro
batalhantes, tendo cada um um pé na alcachofra do meio, e uma das mãos na
alcachofra de cima; o quarto egual ao primeiro; com todas as honras e privile
gios de fidalgo, por descender das ditas gerações. — Dada em Lisboa a 18 de
setembro de 1637. Reg, na Chanc. de D. Filippe III, liv. Iv, fl. 140 v.
981. GREgoRIO TAVAREs PEsso.A DE
AMORIM, monteiro-mór e capitão-mór das or denanças da villa de Torres-novas,
natural da villa de Fundão; filho de Gabriel Tavares Pessoa, negociante da
praça d’esta cidade, e de sua mulher D. Leonor Pereira da Silva; neto pela
parte paterna de Sancho Pessoa da Cunha e Amorim, cadete que foi no regi mento
dos dragões de Aveiro, e de sua mulher D. Branca Nunes; neto pela parte ma
terna de Gaspar Mendes Pereira, e de sua mulher D. Filippa Nunes; sendo o mesmo
sup plicante irmão germano de Gaspar Pessoa Tavares de Amorim, cavaleiro
professo na or dem de Christo, negociante da praça de Lisboa, e instituidor de
um vinculo de 60:000$000 réis de capital, em um padrão de juro, com uma
propriedade de casas nobres, a quem se passou brazão de armas a 26 de junho de
1795, com as de Pessoas, e Amorins, egual mente pertencem ao supplicante, que
mostrou tratar-se com cavallos, criados, e toda a mais ostentação propria da
nobreza. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pessoas, e na
segunda as dos Amorins. — Br. p. a 30 de janeiro de 1796. Reg. no Cart. da N.,
liv. V, % ? (C. C.)
Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, e na segunda as dos
Machados. — Br. p. a 14 de janeiro de 1854. Reg. no Cart. do N., liv.
"%"#" (C. C.
983. GUILHERME Rouze, flamengo,
morador em Lisboa e familiar da Inquisição. Carta pela qual el-rei D. Filippe
III lhe concede e a seus descendentes o seguinte bra zão de seus antecessores:
— Escudo de campo de prata com tres faxas sanguineas e tres barras do mesmo
sobre-postas; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife das pro prias
córes e metaes das armas (o escudo é sustentado pelas mãos de dois libreos ou
mas tins pardos, que estão postos em pé como batalhantes), e por timbre um
pescoço e cabeça de mastim da mesma cór; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da geração dos Campos, que eram nobres em Flandres. —
Dada em Lisboa a 20 de setembro de 1638. Reg. na Chanc. de D. Filippe III, liv.
II, fl. 215 v. ||
984. HEIToR DE MATTos, filho de
João Cardoso Leitão, e de Catharina de Mattos. Carta pela qual el-rei D. João
III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus an tecessores : — Escudo de
campo esquartelado; o primeiro e quarto de prata com tres faxas de vermelho, o
segundo de vermelho com dois cardos floridos um em cima do outro entre dois
leões de oiro pelejantes, e o terceiro tambem de vermelho com uma arvore verde,
e as raizes d'esta de prata entre dois leões de oiro pelejantes, e por
diferença uma merleta preta; elmo de prata aberto, paquife de oiro e vermelho,
e por timbre um - leão com um cardo na boca; com todas as honras e privilegios
de fidalgo, por descender da geração dos Leitões, Cardosos e Mattos.—Dada em
Lisboa a 20 de outubro de 1528. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XI, fl. 138
v.
985. HEIToR NUNEs PALHA DE
ALMEIDA, morador na villa de Cajada de Castella, filho de Diogo Nunes Palha de
Almeida, e neto de Nuno Gonçalves Palha de Almeida, que foi fidalgo muito
honrado e do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de armas de seus antecessores : — Escudo de campo
vermelho com seis crescentes de oiro, em duas palas, fechadas de uma sobrecruz
e bordadura de oiro, e por diferença uma flor de liz de azul; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquífe de oiro e vermelho, e por timbre uma aguia
preta besantada de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descen der da nobre geração dos Almeidas. — Dada em Evora a 17 de julho de
1536. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXII, fl. 59 V.
986. HEITOR DA SILVA, morador em
Borba, filho de Francisco da Silveira, e de Bea triz da Silveira, e neto de
João Alvares da Silveira, os quaes foram fidalgos e do tronco d’estas gerações.
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus
antecesso res: — Escudo de campo de prata e tres faxas de vermelho, e por
differença uma lua de azul; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
prata e vermelho, e por tim bre meio urso preto cortado em sangue sobre uma
capella de silvas da sua côr, floridas de prata; com todas as honras de fidalgo
por descender da geração dos Silveiras. —Dada em Lisboa a 6 de julho de 1561.
Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. VII, fl. 100.
987. HENRIQUE CARLOS DE MESQUITA
GUERNER, natural da cidade do Porto, e al feres do regimento de cavallaria n.°
6; filho de Manuel Guerner, cavaleiro professo na ordem do Christo, e deputado
da illustrissima Companhia geral dos vinhos do Alto-Douro, e de sua mulher D.
Francisca Margarida Guerner; neto materno de João Barbosa Rodri gues de
Mesquita, e de sua mulher D. Maria Angelica de Mesquita. Um escudo
esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Barbosas, no segundo
as dos Rodrigues, e no terceiro as dos Mesquitas. —Br. p. a 14 de abril de
1824. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 104. (C. C.)
988. HENRIQUE DA CosTA, morador
em Lisboa, filho de Pedro da Costa. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo vermelho com
seis costas de prata, em faxa, em duas palas, e por diferença uma flor de liz
de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho,
e por timbre duas das costas em aspa; com todas as honras e privile gios de
fidalgo por descender da geração e linhagem dos Costas.—Dada em Lisboa a 11 de
setembro de 1532. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XVIII, fl. 86.
989. HENRIQUE FREIRE DE ANDRADE,
cavaleiro professo na ordem de Christo, na tural de Villa-viçosa, província do
Alemtejo; filho do ajudante de cavallaria Manuel da Rosa Bernardes Freire de
Andrade, e de sua mulher D. Mecia Lopes Telles; neto pela parte paterna do
sargento-mór de infanteria Manuel Freire de Andrade, e de sua mulher D.
Catharina Bernardes; e pela materna de Fernando Rodrigues de Moura, e de sua mu
lher D. Anna Telles Monteiro. Um escudo partido em pala; na primeira as armas
dos Freires de Andrade, e na segunda as dos Mouras. — Br. p. a 29 de maio de
1770. Reg. no Cart, da N., liv. I, 249
990. HENRIQUE HOMEM, cavalleiro
da ordem de Christo, filho de André Dias, e de Guiomar Nunes Homem; neto de
Arthur Homem, pae da dita sua mãe, que foi do tronco d’esta linhagem. Carta
pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus descendentes o seguinte brazão
de seus antecessores: — Escudo de campo azul e seis crescentes de oiro em duas
palas, e a primeira ponta do escudo é de prata e n'ella uma merleta negra por
diferença; elmo de prata aberto, paquife de oiro e azul, e por timbre um leão
azul com uma faxa de ar mas nas mãos, com o cabo de oiro; por descender da
linhagem e geração dos Homens, que foram nobres de cota de armas. — Dada em
1513. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. XLII, fl. 85, e liv. v. de Mist., fl.
103.
991. HENRIQUE José Bo UCHART,
natural da cidade de Lisboa, tenente do segundo regimento de infanteria da
armada real; filho de Nicolau Vicente Bouchart, capitão do dito regimento, a
quem se passou brazão com as armas dos Boucharts a 6 de setembro de 1751, e de
sua mulher D. Quiteria Maria Joaquina Rosa; neto pela parte paterna de Hen
rique José Bouchart, professo na ordem de Christo, a quem tambem se passou
brazão com as ditas armas dos Boucharts no anno de 1718; bisneto de Nicolau
Bouchart, pro fesso na ordem de Christo, e familiar do Santo Oficio na cidade
de Avinhão, d’onde era natural, e morador n’esta côrte, onde foi reconhecido
por fidalgo pelo senhor rei D. Pedro II no anno de 1698, cujo reconhecimento
lhe foi confirmado pelo senhor rei D. João V no anno de 1713, e de sua mulher
D. Francisca Clara; terceiro neto de Henrique de Bou chart; quarto neto de Luiz
de Bouchart; quinto neto do conde Henrique de Bouchart; sexto neto do conde
Luiz de Bouchart, oriundo de Richeirol, no ducado de Saboya, e des #*# do
grande condestavel Bouchart, no reino de França, reinando o imperador Car os
Magno. Um escudo com as armas dos Boucharts. — Br. p. a 17 de novembro de 1791.
Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 239. (C. C.)
992. HENRIQUE JosÉ CAMA CH o
GUERREIRO BRITo, morador na Parragosa, fregue zia de S. Miguel do Pinheiro,
termo da villa de Mertola; filho de João Camacho Guerreiro e Brito, e de sua
mulher D. Violante Perpetua Maxima de Mira e Brito; neto pela parte paterna de
João Camacho de Brito Guerreiro, e de sua mulher D. Isabel Varella; e pela
parte materna de Manuel de Mira e Brito, e de sua mulher Francisca Nobre de
Jesus. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Camachos, no
segundo as dos Guerreiros, no terceiro as dos Britos, e no quarto as dos
Nobres. —Br. p. a 2 de maio de 1771. Reg, no Cart. da N., liv. I, fl. 150. (C.
C.)
993. HENRIQUE JosÉ CAMINHA,
natural da cidade do Porto, condecorado com o ti tulo de oficial da ordem da
Rosa, do imperio do Brazil, negociante de grossso tracto da praça do Rio de
Janeiro; filho de José Antonio Caminha, e de sua mulher D. Custodia Maria Alves
Caminha; neto paterno de Pedro Antonio Caminha, e de sua mulher D. The reza de
Sousa Andrade Caminha; e materno de Manuel Alves, e de sua mulher D. Cus todia
Sousa Cardosa Alves. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as
armas dos Caminhas, no segundo as dos Andrades, e no terceiro as dos Cardosos.
— Br. p. a 14 de dezembro de 1855. Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 6. (C. C.)
994. HENRIQUE José GABRIEL.
Ronarques PissAnno (Capitão), natural da cidade de Bragança, filho de Raphael
Rodrigues Gabriel, e de sua mulher Maria Nunes da Conceição; neto pela parte
paterna de Antonio Rodrigues Gabriel, e de Isabel Rodrigues; e pela materna de
Lourenço Rodrigues Alvares Pissarro, e de Brites Nunes. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Rodrigues, e na segunda as dos Pissarros. — Br.
p. a 25 de abril de 1776. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 89. (C. C.)
995. HENRIQUE JosÉ DA SILVA,
negociante de grosso tracto, filho de Luiz Antonio da Silva, e de sua mulher D.
Maria Porphyria; neto paterno de Antonio José, e de sua mulher D. Barbara Ignacia;
e materno de Nicolau José, e de sua mulher D. Marianna Barbara. Um escudo com
as armas dos Silvas. — Br. p. a 5 de abril de 1834. Reg. no Cart. da N., liv.
VIII, fl. 270 v. (C. C.)
996, HENRIQUE JosÉ DA SILVA,
barão de Lagos, filho de Luiz Antonio da Silva, e de sua mulher D. Maria
Porphyria da Silva; neto paterno de Antonio José da Silva, e de sua mulher D.
Barbara Ignacia da Silva; e materno de Nicolau José de Oliveira, e de sua mu lher
D. Marianna Barbara de Oliveira. Um escudo com as armas dos Silvas. — Br. p. a
18 de fevereiro de 1836. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 280. (C. C.)
997. HENRIQUE DE MACEDo,
cavaleiro fidalgo da casa real, filho de Francisco de Ma cedo, e neto de Jorge
de Macedo, que foi fidalgo muito honrado e do tronco da linhagem dos Macedos;
outro sim filho de Guiomar de Freitas, neto de João Vaz de Freitas, e bis neto
de Vicente Vaz de Freitas, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta
geração dos Freitas. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de azul
com cinco estrellas de oiro de seis pernas, em aspa; o segundo de vermelho com
cinco estrellas de oiro, em aspa, e por dif: ferença um annel de prata; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, azul e vermelho, e por timbre
um braço vestido de azul e uma faxa de armas na mão, com 0 cabo de oiro; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem
dos Macedos e Freitas. — Dada em Lisboa a 21 de março de 1539. Reg. na Chanc.
de D. João III, liv. XXVII, fl. 41 v.
999. HENRIQUE TAVA REs, morador
na ilha de S. Miguel, filho de Fernando Eannes Ta vares, e neto de Fernão Tavares,
de Portalegre, que foi fidalgo e do tronco d'esta geração. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo
de campo de oiro com cinco estrellas vermelhas, em aspa, e por diferença uma e
por timbre um pescoço de cavallo vermelho com a brida e guarnecido de oiro, e
falsas redeas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração e linhagem dos # — Dada em Evora a 3 de dezembro de 1534. Reg. na
Chanc, de D. João III, liv. XX, fl. 195.
1000. HENRIQUE TEIXEIRA DE
SAMPAIO, do conselho de Sua Magestade, senhor da villa de Sampaio, commendador
das ordens de Christo, e da Torre e Espada, e barão de Teixeira; filho de
Francisco José Teixeira de Sampaio, a quem se passou brazão de ar mas a 2 de
setembro de 1789, e de sua mulher D. Eulalia Floriana Gualberta de Sam paio;
neto paterno de Pedro Teixeira de Sampaio, e de D. Bernarda Thereza do Amaral
Guedes; bisneto de Manuel de Tavora Ferreira, e de D. Magdalena Teixeira de
Sampaio. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Teixeiras, no
segundo as dos Sampaios, no terceiro as dos Amaraes, e no quarto as dos Guedes.
— Br. p. a 6 de março de 1819. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 30 V, (C.
C.)
1001. HENRIQUE DA VEIGA,
cavalleiro fidalgo da casa real, natural de Besteiros, fi lho de Henrique
Esteves, neto de João Esteves, bisneto de Leonardo Esteves, os quaes todos
foram fidalgos e do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III
lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo de prata
com uma flor de liz vermelha com dois florões, e por dif ferença uma merleta
preta; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, e por
timbre a mesma flor de liz com os florões; com todas as honras e pri vilegios
de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Esteves. — Dada em Lisboa a
31 de agosto de 1542. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXXII, fl. 74 v.
1004. HYPoLITo JosÉ DA CostA
PEREIRA, natural da praça da nova colonia do Sa cramento, filho de Felix da Costa
Furtado de Mendonça, e de D. Anna Josepha Pereira; neto por parte_paterna de
Jorge Antonio da Costa Soares, e de D. Anna Maria Furtado de Mendonça; neto por
parte materna de Vicente Pereira. e de D. Magdalena Martins Pinto de Mesquita.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Costas, e na segunda as dos
Pereiras. — Br. p. a 18 de fevereiro de 1797. Reg. no Cart. da N., liv. v, fl.
174. (C. C.) |
1005. IGNACIO BAPTISTA CoRTELLA So
Us A E ALBUQUERQUE, cavaleiro professo na ordem de Christo, natural da cidade
do Nome de Deus, de Macau; filho de Lourenço Baptista Cortella e Albuquerque, e
de sua mulher D. Esmeralda Soares; neto paterno de João Baptista Cortella e
Albuquerque, e de D. Coleta de Sousa, e materno de Manuel Soa res, e de D.
Antonia Pereira. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Albuquerques, e na segunda as dos Soares. — Br. p. a 20 de agosto de 1821. Reg.
no Cart. da N., liv. VIII, fl. 84 V. (C. C.)
1006. IGNACIO DE BULHÕEs,
cavaleiro fidalgo da casa real, filho de Pedro de Bu lhões, e de Filippa Gomes
de Abreu; neto de Alvaro Vaz de Bulhão, e de Maria Soares; bisneto de Vasco
Lourenço de Bulhão, que foi do tronco da geração dos Bulhões, e de D. Maria
Varella. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de prata e uma
cruz de vermelho com doze boletas de oiro de casulos verdes, tres em cada
ponta, o contrario tambem de prata e uma cruz de vermelho florida e vazia, e
uma bordadura do primeiro cheia de escudinhos de azul e em cada um cinco
besantes de prata, e por diferença uma flor de liz verde; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de prata, oiro, azul e vermelho, e por timbre uma
aspa vermelha com seis boletas nas pontas de cima; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Bulhões, Soares
de Al bergaria e Varellas. — Dada em Lisboa a 20 de novembro de 1532. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XVIII, fl. 119.
1007. IGNACIO DA CUNHA E BARRos,
alferes de cavallaria da guarnição da praça de Campo-maior, filho de Theodoro
de Barros e Magalhães, e de sua mulher Adriana de Abreu, filha do doutor Luiz
Alvares da Cunha; neto paterno de Maria de Magalhães Ta veira, e de seu marido
Manuel de Gouvea; bisneto de Paulo de Sousa de Magalhães, e de Sua mulher
Marcellina Taveira de Barros. As armas dos Sousas, Barros, Magalhães, e
Taveiras. — Br. p. a 8 de novembro de 1753. Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 64 v. - (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no segundo as dos
Coutinhos, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Nobregas. — Br. p. a
12 de novembro de 1796. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 158 v. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no segundo as dos
Coutinhos, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Nobregas. — Br. p. a
12 de novembro de 1796. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 158 v. (C. C.)
1010. IGNA CIO FREIRE DE ALMEIDA
LIMA, natural do termo da villa de Santo Amaro da Purificação, comarca da
Bahia, filho do alferes Francisco Affonso de Lima, da villa de Vianna, e de sua
mulher Maria de Almeida Freire; neto pela parte paterna de Manuel Velho Freire,
que no estado da India e nas guerras de Pernambuco, onde militou, fez acções
muito heroicas e distinctas, e de sua mulher Catharina das Neves, neta de Si
meão de Almeida, filho de Fernando Vaz Cernache, governador da capitania do
Espirito Santo, com patente de capitão-mór, e senhor de uma legua de terra, que
lhe foi dada de SCSII131'13. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Limas, no segundo as dos Freires, no terceiro as dos Cernaches, e no
quarto as dos Almeidas. — Br. p. a 2 de outubro de 1771. Reg. no Cart. da N.,
liv. I, fl. 159 v. (C. C.)
1011. IGNACIO D E GoUVEA
CASTELLo-BRANCo (Bacharel), cavalleiro professo na ordem de Christo, familiar
do Santo Oficio, corregedor actual da cidade e comarca de Viseu, natural do
logar de Mós, freguezia de Santa Maria Magdalena, bispado de Lamego; filho de
Manuel de Gouvea de Carvalho, e de sua mulher Thereza de Lima de Gouvea
Castello-branco; neto pela parte paterna de Antonio Pereira Freire, e de sua
mulher Luiza de Gouvea Castello-branco, naturaes do logar de Villa-meã,
freguezia de S. Pedro de Ta rouca, e pela materna do doutor Manuel Ferreira de
Lima, e de Marianna de Gouvea de Castello-branco; bisneto de João Ferreira de
Sampaio; terceiro neto de Balthasar Ferreira de Gouvea. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Gouveas, no segundo as dos Castellos-brancos,
no terceiro as dos Ferreiras e no quarto as dos Limas. — Br. p. a 6 de julho de
1771. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 154. (C. C.)
1012. IGNACIo JoAQUIM FERREIRA DE
AVELLAR, natural d’esta cidade de Lisboa, filho do capitão Vicente Ferreira de
Avellar, natural da villa da Lourinhã, e de sua mu lher D. Antonia Thereza de
Lima, desta cidade; neto pela parte paterna de Domingos João Ferreira, e de sua
mulher D. Maria da Assumpção de Avellar, da dita villa; e # materna de Manuel
Ferreira, e de D. Josepha Maria de Lima d’esta mesma C1C13Cl6. Um escudo
esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Ferreiras, no segundo
as dos Avellares, e no terceiro as dos Limas. — Br. p. a 2 de julho de 1771.
Reg. no Cart. da N., liv. 1, fl. 153 v. (C. C.)
1013. IGNACIo JosÉ PINHEIRO,
natural d’esta cidade, e capitão-mór das ordenanças da villa de Alcantara na
capitania do Maranhão, filho de José Antonio Pinheiro, e de sua mulher D.
Feliciana Joaquina da Piedade; neto por parte paterna de Manuel Gomes Pi
nheiro, e de sua mulher D. Maria Thereza, e por parte materna de Manuel
Rodrigues, e de sua mulher D. Rosa Maria Ferreira. E os referidos seus paes e
avós são pessoas no bres das familias de Pinheiros, Rodrigues, e Ferreiras. Um
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Pinheiros, no
se gundo as dos Rodrigues, e no terceiro as dos Ferreiras. — Br. p. a 20 de
agosto de 1818. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 6. (C. C.)
1014. IGNACIo Jos É DE So Us A
MEIRELLEs, morador na villa de Guimarães, filho de Francisco Ferreira, e de sua
mulher Maria de Sousa; neto pela parte materna de Domin gos Lopes, e de sua mulher
Maria de Sousa, sendo o mesmo supplicante irmão de José Antonio de Sousa
Meirelles, a quem se passou brazão aos 28 de setembro de 1795. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Sousas, e na segunda as dos
Meirelles. — Br. p. a 15 de novembro de 1797. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl.
213 V. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no segundo as
dos Lagos, no terceiro as dos Martins, e no quarto as dos Macedos. — Br. p. a 8
de maio de 1817. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 376 v. (C. C.)
1016. INA CIo LUIZ PINHEIRO DE CA
stRo, commissario do Santo Oficio, e reitor da egreja de S. Pedro de Riba de
Mouro; filho de Manuel Gomes Pinheiro, e de sua mulher D. Andreza Luiza da
Cunha; neto paterno de Gregorio Gomes, e de sua mulher D. Maria Pinheiro, e
materno de Manuel Rodrigues, e de sua mulher D. Luiza Gomes da Cunha. Um escudo
de tarja dentro de um ovado de hera, e esquartelado; no primeiro quar tel as
armas dos Gomes, no segundo as dos Castros, no terceiro as dos Pinheiros, e n0
quarto as dos Cunhas. — Br. p. a 20 de setembro de 1790. Reg. no Cart. da N.,
liv. IV. fl. 185 V. (C. C.)
1017. IGNACIO MATToso DE ANDRADE, cavalleiro
professo na ordem de Christo, ca pitão de infanteria paga do regimento da
guarnição da cidade de S. Paulo da Assumpção, reino de Angola, e natural do
mesmo reino; filho do capitão-mór Pedro Mattoso de An drade, e de D. Josepha
Maria de Lima, e pela materna do capitão de cavalos Alvaro de Carvalho e
Menezes, e de sua mulher D. Maria Bonini. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Andrades, no segundo as de setembro de 1788. Reg. no Cart.
da N., liv, Iv, fl. 72 v. - (C. C.)
1018. IGNACIO DE MATTos TELLEs D
E MENEZEs, tenente de infanteria da praça da Bahia, filho de Ignacio de Mattos
Pinto de Carvalho, capitão de infanteria de um dos re gimentos da dita praça da
Bahia, cavalleiro professo da ordem de Christo, e de sua mu lher D. Anna de Sá
e Menezes; neto paterno de Manuel Pinto de Carvalho, familiar do Santo Oficio,
e de sua mulher Ursula de Mattos, irmã legitima de monsenhor Mattos, prelado da
santa Egreja de Lisboa, deputado do Santo Oficio, cavalleiro professo na ordem
de Christo, e do Conselho de estado; neto materno de Antonio Rebello de Macedo,
e de sua mulher D. Marianna Telles de Menezes. As armas dos Mattos, Carvalhos,
Pintos, Menezes, e Telles, Sás e Rebellos, — Br. p. a 6 de junho de 1751. Reg.
no Cart. da N., liv. particular, fl. 18. C (C. C.)
1021. IGN Acio PINTo, familiar do
Santo Oficio, natural da aldea de Condolim, pro vincia de Bardez, estado da
India; filho de João Baptista Pinto, e de sua mulher Joanna de Sousa; neto por
parte paterna de Paschoal Pinto, e de sua mulher Luiza de Sequeira; e pela
materna de Agostinho de Sousa, e de sua mulher Lucrecia Maciel. Um escudo
esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Pintos, no se gundo as
dos Sequeiras, e no terceiro as dos Macieis.—Br. p. a 6 de abril de 1770. Reg.
no Cart. da N., liv. 1, fl. 122 v. (C. C.)
1022. IGNACIo Rod RIGUEs VIEIRA
MAs CARENHAs (Doutor), cavalleiro professo na ordem de Christo, formado nos
sagrados canones pela Universidade de Coimbra, natural da cidade de S.
Sebastião do Rio de Janeiro; filho do doutor Francisco Luiz Porto, e de sua
mulher D. Cecilia Vieira do Bom-successo; neto paterno de Maria da Rocha Masca
renhas, e de seu marido Francisco Luiz Porto, natural da cidade do Porto neste
reino, d'onde passou para a dita de S. Sebastião do Rio de Janeiro; bisneto de
Francisco Rodrigues Mascarenhas, e de sua mulher Barbara Vieira: o qual
Francisco Rodrigues Mascare nhas foi filho de D. Anna Mascarenhas, que era da
casa dos condes de Palma. As armas dos Mascarenhas. — Br. p. a 2 de julho de
1754. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 74. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Magros, no segundo as dos
Campos, no terceiro as dos Barrosos, e no quarto as dos Pereiras. — Br. p. a 22
de julho de 1767. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 54. C. C (C. C.)
1025. IGNACIo XAVIER DE FIGUEIREDo,
cavaleiro professo na ordem de Christo, natural da villa de Porto de Moz,
morador n’esta côrte e cidade de Lisboa; filho de José Vieira, e de sua mulher
D. Joanna de Figueiredo, da mesma villa de Porto de Moz; neto pela parte
materna de João de Figueiredo de Abrantes, natural da Abrunhosa, concelho de
Tavares, e de sua mulher D. Antonia Pereira de Azevedo; bisneto de Domingos de
Abrantes de Figueiredo, e de sua mulher D. Isabel Antunes de Mello, filha de
Pedro Fer nandes de Mello, neta de Jorge de Mello de Figueiredo, fidalgo da
casa real, filho de An tonio de Mello de Figueiredo, senhor da casa e morgado
do Ramirão e Casainho, tambem fidalgo da casa real. Um escudo partido em pala;
na primeira as armas dos Mellos, e na segunda as dos Figueiredos. — Br. p. a 21
de fevereiro de 1778. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 147 v. (C. C.)
1026. IGNACIO XAVIER DE MENDONÇA
FURTAD o (Doutor), presbytero do habito de S. Pedro, conego da Sé de Angra, da
ilha Terceira, e commissario do Santo Oficio; filho de Francisco Furtado de
Mendonça, natural do logar de Castello-branco, da ilha do Fayal, e de sua
mulher Margarida de Santo Ignacio, natural da Terceira; neto pela parte paterna
de Domingos Furtado de Mendonça, e de sua mulher Maria do Espirito Santo; e
pela materna de Miguel Pereira, e de sua mulher Michaela dos Anjos. Um escudo
ovado partido em pala; na primeira as armas dos Mendonças, e na se gunda as dos
Pereiras. — Br. p. a 15 de outubro de 1771. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl.
160 V. (C. C.)
1027. INFANTE SoAREs GALHARDo,
cavaleiro da casa real. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo vermelho e um leão
pardo de oiro, e uma flor de liz de oiro sobre as costas, sem chegar ao leão,
com o rabo arrevezado, e por differença uma lua de prata; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre o mesmo leão pardo
das armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da no bre
linhagem e geração dos Galhardos. — Dada em Lisboa a 6 de abril de 1529. Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. XVII, fl. 36 v.
1028. INNOCENCIO FREIRE DE ANDRA
DE LANÇA, natural e morador na cidade de Beja, filho do capitão Theodosio
Freire de Andrade Coimbra, e de sua mulher D. Euse bia da Lança; neto pela
parte paterna de Silvestre Gonçalves Branco, e de sua mulher D. Maria Freire de
Andrade, filha de Sebastião Bacias, e de sua mulher D. Maria das Ne ves Freire
de Andrade, neta de Gomes Freire de Andrade, e de Isabel Fernandes, tercei ros
avôs d’elle supplicante; e pela parte materna se mostrava que era neto de
Manuel Fer nandes, e de sua mulher D. Isabel da Lança, filha de João Peixoto, e
de sua mulher D. Maria Lança. Um escudo partido em pala; na primeira as armas
dos Freires de Andrade, e na segunda as dos Lanças. — Br. p. 22 de julho de
1786. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 228. (C. C.)
1029. INNo CENCIo JosÉ DA CosTA,
cavaleiro professo da ordem de Christo, capi tão do regimento dos Reis, da
cidade da Bahia de Todos os Santos, deputado da Mesa da inspecção da mesma
cidade, natural de Lisboa; filho de João Gomes da Costa, e de sua mulher D. Margarida
Maria da Caridade; neto pela parte paterna de Manuel Gomes da Costa, e de sua
mulher D. Maria Antunes; bisneto de Francisco Gomes, e de sua mu * D. Ignez
Martins; e pela materna neto de Paulo Simões, e de sua mulher Brites tuneS. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Gomes, e na segunda as dos
Costas. — Br. p. a 6 de fevereiro de 1779. Reg. no liv. II, fl. 177 v. (C. C.)
1030. INNOCENCIO MATTOSO DE
ANDRADE CAMARA, natural da cidade de Loanda, reino de Angola, filho de
Francisco Mattoso de Andrade Camara, primeiro coronel de milicias que havia na
dita cidade de Loanda, e de sua mulher D. Marianna Simões da Silveira; neto paterno
de Manuel Mattoso de Andrade, cavaleiro professo na ordem de Christo, e
primeiro coronel de linha que houve no reino de Angola, e de sua mulher D. Anna
Gago da Camara; bisneto de Francisco
Mattoso de Andrade, cavalleiro professo na ordem de Christo, e coronel dos
moradores na mesma cidade de Loanda, e de sua mulher D. Josepha Maria de Lima
Carvalho Feijó; bisneto pelo mesmo lado de João
Gago da Camara, tenente general de
artilheria, que passou para a dita cidade para a defender no tempo da
guerra com os hollandezes, e de sua mulher D. Luiza de Medeiros Bettencourt;
neto materno de Antonio Simões da Silveira, e de sua mulher D. Maria das
Candeas. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Andrades, no
segundo as dos Camaras, no terceiro as dos Simões, e no quarto as dos
Silveiras. — Br. p. a 25 de Novembro de 1830. Reg. no Cart. da N., liv. VIII,
fl. 255 v. (C. C.)
1031. IsAAC LYoN GoLDsMID,
subdito britannico. Foi-lhe conferido o seguinte: «Eu a Rainha faço saber aos
que este meu alvará virem, que attendendo ao que me representou sir Isaac Lyon
Goldsmid, baronet do reino unido da Grã-bretanha e Irlanda, barão de Goldsmid e
da Palmeira, commendador da antiga, muito nobre e real ordem da Torre e Espada,
do valor, lealdade, e merito, e oficial da ordem da Rosa do imperio do Brazil,
e em consideração ás distinctas qualidades e mais partes que concorrem na sua
pessoa: Hei por bem fazer-lhe mercê de um brazão de armas, para que d’elle
possa usar, o qual será da fórma seguinte: — Um escudo esquartelado, em aspa; o
primeiro quartel de cima em campo de prata, o segundo em campo de oiro, e assim
os contrarios, todos semeados de arminhos negros, e sobreposto um escudete
sanguineo carregado com uma torre de oiro, corôa de barão; chefe em campo
sanguineo, uma ave de prata com as azas amarellas e as pontas verdes, entre
duas rosas de oiro; brica de prata com uma mão vermelha; sobre o escudo a corôa
de barão, e por timbre um dragão de oiro com as azas levantadas, segurando em
uma rosa vermelha com pedunculo e folhagem de côr propria, e a par d’ella o
timbre das armas de Goldsmid, que é um leão de prata rompente, segu rando nas
garras um rolo de oiro interlaçado de fita azul clara, e por supporters do lado
direito um leão de prata rompente, ducalmente coroado, carregado na espadoa com
uma rosa vermelha, e do lado esquerdo um dragão de oiro com as azas levantadas,
tambem carregado na espadoa com uma rosa vermelha; por baixo do escudo uma fita
com a le genda seguinte : Concordia et selilitate, etc., etc.» — Alv. datado de
3 de abril de 1846. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 323. (C. C.)
1032. IsIDoRo CoRREA PEREIRA,
cavaleiro da ordem de Christo, coronel de mili cias, e commandante militar de
Rios de Senna, no districto de Quilimane, provincia de mulher D. Josepha
Natalia Pinto; neto paterno do Manuel José Correa, coronel de milicias, e de
sua mulher D. Josepha Maria Pereira; e materno de Ignacio Francisco Pinto, e de
sua mulher D. Maria Carrilhão. Um escudo partido em pala; na primeira as armas
dos Pereiras, e na segunda as dos Pintos. — Br. p. em setembro de 1858. Reg. no
Cart. da N., liv. IX, %%) (C. C.
1033. IsIDoRo FREIRE DE ALMEIDA
LIMA, natural do termo da villa de Santo Amaro da Purificação, comarca da
Bahia; filho do alferes Francisco Affonso de Lima, da villa de Vianna, e de sua
mulher Maria de Almeida Freire; neto pela parte paterna de Ma nuel Velho
Freire, que no estado da India e nas guerras de Pernambuco, onde militou, fez
acções mui heroicas e distinctas, e de sua mulher Catharina das Neves, que foi
neta de Simão de Almeida, filho de Fernando Vaz Cernache, natural da cidade do
Porto, g0 vernador da capitania do Espirito Santo, com patente de capitão-mór,
e senhor de uma legua de terra que lhe foi dada de sesmaria. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Limas, no segundo as dos
Freires, no terceiro as dos Cernaches, e no quarto as dos Almeidas. — Br. p. a
2 de outubro de 1771. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 159. J
1034. JACINTO DIAS DAMAs Io,
cavaleiro professo na ordem de Christo, e negociante matriculado na real Junta
do commercio; filho do doutor Manuel Dias Damasio, e de sua mulher D. Josepha
Maria de Jesus Bastos; neto paterno de Domingos Lopes Dias, e de sua mulher D.
Maria Dias; e materno do doutor Gabriel de Bastos, e de sua mulher D. Isabel
Rodrigues. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Dias, e na
segunda as dos Bastos. — Br. p. a 20 de novembro de 1803. Reg, no Cart. da N.,
liv. VII, } 49. (C. C.) (C. C.)
1035. JACINTO HOMEM DA CUNHA CORTE-REAL,
morador na villa de Linhares, ca beça de comarca, e terra da Serenissima Casa
do infantado; filho de Heitor Felix da Cunha Corte-real, morador que foi na
mesma villa e capitão-mór d’ella, e de sua mulher D. Maria Caetana de Sequeira
Coutinho, filha de Manuel de Sequeira Ferreira, e de sua mulher D. Ignez
Pacheco da Costa Corte-real, neta paterna de Gregorio de Sequeira Fer reira,
neta materna de Antonio Botelho de Carvalho, e de D. Barbara da Costa de Carva
lho Maldonado e Mattos, todos pessoas principaes e de distincta nobreza; neto o
suppli cante de Jeronymo Pacheco da Cunha Corte-real, capitão-mór que foi da
dita villa de Li nhares, e de sua mulher D. Maria Pacheco da Costa, filha de
Antonio Botelho Correa, que havia sido capitão-mór da mesma villa, e de sua
mulher D. Isabel Pacheco da Costa Corte real, neta paterna de Antonio Botelho
Correa, e de sua mulher D. Maria de Almeida, neta materna de Antonio Pacheco da
Costa Corte-real, descendente da familia dos Cortes-reaes, illustrissima neste
reino, e de sua mulher D. Brites da Costa; bisneto de Heitor Homem da Cunha, e
de sua mulher D. Eusebia Cardoso da Costa, filha de Belchior Rodrigues da Costa
Pacheco, e de sua mulher D. Sabina Cardoso da Costa Neto, neta de outro
Belchior da Costa Pacheco, filho de Antonio Rodrigues da Guerra, capitão-mór da
Villa de Celorico da Beira, e neto de Sebastião Rodrigues da Guerra, fidalgo
illustre do reino de Galiza, que por crimes viveu refugiado na villa de
Celorico, onde casou ; e o dito capitão-mór An tonio Rodrigues da Guerra foi
casado com D. Isabel Pacheco da Costa, que era dos Pa checos do grande Duarte Pacheco
Pereira, tão conhecido pelas grandes acções de valor que obrou na India, e dos
Costas Corte-reaes, do reino do Algarve, por seu avô João da Costa Corte-real,
fidalgo da casa real, cavalleiro da ordem de Christo, e alcaide-mór da villa de
Linhares; terceiro neto de Jacinto Botelho Homem, e de sua mulher D. Brites de
Proença da Cunha, natural da cidade da Guarda, dos Proenças de Antão de Proença
da Fonseca, do morgado de Bem-espero, de quem tambem foi terceiro neto Martinho
de Men donça de Pina de Proença, fidalgo da casa real, superintendente-geral
das Minas, conse lheiro ultramarino, bibliothecario de el-rei, e guarda-mór da
Torre do Tombo do Reino; quarto neto de Heitor Homem Botelho, que applicando-se
ás lettras serviu varios logares e foi ultimamente provedor da comarca de
Guimarães, e de sua mulher Antonia do Rego da Fonseca, filha de Pedro Lopes do
Rego, e neta de Afonso do Rego, da antiga familia d’este appelido, que desde o
principio do reino floresceu n’elle com grande nobreza; quinto neto de Rodrigo
Homem, fidalgo da casa do senhor rei D. João III por alvará feito no anno de
1547, e de sua mulher D. Maria Botelho, filha de Ayres Botelho, contador da
fazenda real na provincia da Beira, no tempo em que não havia vedores da
fazenda; sexto neto de Pedro Homem de Castro, fidalgo da casa real por alvará
do anno de 1525 (irmão de D. Maria de Castro, mulher de Pedro Gomes de Abreu,
filho de Diogo Gomes de Abreu, senhor da casa de Regalados), e de sua mulher D.
Filippa da Cunha, filha de Alvaro Men des de Figueirôa, e de sua mulher segunda
Jeronyma da Cunha Barreto; setimo neto de João Homem, pessoa que viveu algum
tempo na villa de Cea, e outro na Covilhã, e de sua mulher D. Anna de Mello,
filha de Pedro Feyo, senhor de Monte-redondo, alcaide-mór da
villa de Botam, e estribeiro-mór do senhor rei D. Manuel, e de sua mulher D.
Ignez de Mello, filha de João de Mello, e de sua mulher D. Joanna de Bulhões,
descendente de um irmão do glorioso Santo Antonio de Lisboa, neta de Gonçalo
Vaz de Mello, mestre-sala do senhor rei D. Afonso V, e de sua mulher D. Ignez
de Brito, filha de Mem de Brito, tambem ascendente do actual visconde de
Villa-nova da Cerveira, estribeiro-mór da rainha nossa senhora; oitavo neto de
Pedro Homem, que serviu com valor na India, onde foi governador da fortaleza de
Sofala, e de sua mulher D. Maria Pessoa, filha de Ballha sar Pessoa, cavalleiro
da ordem de Sant'Iago, governador da cidade de Ormuz, e embai xador ao rei da
Persia Sekoch Ismael, como consta das historias da India; nono neto de Fernão
Rodrigues Homem, fidalgo da casa real, e contador da fazenda do senhor rei D.
Af fonso V na comarca de Coimbra, e irmão de João Rodrigues Homem, moço fidalgo
da casa real, e pagem da campainha; decimo neto de Rodrigo Homem, que viveu na
villa de Cea, e serviu ao senhor rei D. João I na guerra contra Castella, e se
achou nas Côrtes de Coim bra, em que se lhe deu a corôa deste reino, como
consta da sua chronica; decimo pri meiro neto de Vasco Martins Homem, que foi
um fidalgo muito honrado no tempo do se nhor rei D. Fernando, e de sua mulher
D. Constança Gonçalves de Tavares, irmã de Martim Gonçalves de Tavares,
alcaide-mór de Portalegre e Assumar, e filha de Gonçalo Esteves de Tavares,
embaixador que foi do senhor rei D. Affonso IV ao rei de Castella, de quem
procedeu e foi herdeira a casa dos marquezes de Arronches, que hoje possue. O
duque de Lafões; decimo segundo neto de Martim Annes Homem, e de sua mulher D.
Guiomar Gonçalves da Nobrega, filha de Gonçalo Martins da Nobrega, e de sua
mulher D. Maria Annes, filha de João Nunes de Cardoso, e de sua mulher D.
Sancha Annes, ter ceira neta de Fafes Luz, rico homem e alferes-mór do conde D.
Henrique de Borgonha; decimo terceiro neto de João Homem, que tinha comedoria
com seus irmãos no mosteiro de Mansellos, no foro de cavaleiro, que era o
primeiro depois dos ricos homens, e de sua mulher D. Mayor Mafalda, que era
filha de Martim Mendes, e neta paterna de Silvestre Migueis de Guimarães,
sobre-juiz, cargo que correspondia ao de desembargador dos ag gravos, e era
irmã de Maria Migueis, que foi ama de leite do senhor rei D. Diniz, em decimo
quarto neto de D. Pedro Homem, que viveu na Beira, e de sua mulher D. Mayor
Martins, filha de Martim Lourenço de Abreu, senhor de Murufe, da familia dos
Abreus, antiga e nobilissima n’este reino; decimo quinto neto de D. Martinho
Peres Frazão, que foi senhor da Lagiosa e Gestosa, e de sua mulher D. Maria
Gomes de Alvarenga, filha de Gomes Peres de Alvarenga, e de sua mulher D.
Sancha Gonçalves Correa, e descendente por seu pae do grande D. Egas Moniz, aio
do senhor rei D. Afonso Henriques; decimo sexto neto de D. Pedro Peres Pereira,
senhor da Lagiosa e Gestosa, e de outras muitas terras e fa zendas na Beira, em
Touro, Alfayates, Villa-boa, Nespereira, e outras partes, e foi o que pelo seu
valor ganhou o epitheto de Homem, que ficou por appelido aos seus descenden
tes, e de sua mulher D. Thereza Annes de Mello, que era por sua mãe da illustrissima
familia dos Mellos : e este D. Pedro Peres Pereira, a que vulgarmente chamaram
D. Pe dro Homem, era por uma longa serie de avós da preclara familia dos
Pereiras, como filho de D. Pedro Rodrigues Pereira, um dos maiores senhores em
Portugal, e descendente dos reis da Lombardia, As armas dos Homens. — Br. p. a
30 de junho de 1755. Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 85 v. (C. C.)
1036. JACINTO IGNACIO RODRIGUES
SILVEIRA, barão de Fonte-bella, do conselho de Sua Magestade, commendador da
ordem de Christo, e natural da cidade de Ponta-del gada; filho de Jacinto
Ignacio Silveira, proprietario e negociante de grosso tracto, e de sua mulher
D. Jacinta Rosa Silveira; neto paterno de Simão José da Silveira, proprietario
e negociante de grosso tracto, e de sua mulher D. Ignacia Michaela da Silveira;
e materno de Antonio de Miranda, proprietario e negociante de grosso tracto, e
de sua mulher D. Francisca Xavier de Medeiros e Miranda. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Silveiras, e na segunda as dos Mirandas. — Br.
p. a 12 de março de 1838. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 286. (C. C.)
1038. JACINTO DE LEMOS MoNTEIRO
FERRÃO E AZEVEDo, da villa de Gouvães, co marca de Villa-real; filho do doutor
João de Lemos, e de sua mulher D. Joanna Maria de S. José Monteiro; neto
paterno de Antonio de Lemos, e de sua mulher D. Maria de Aze vedo; e materno de
Francisco da Costa, e de sua mulher D. Luiza Monteiro. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Lemos, no segundo as dos Ferrões, no terceiro
as dos Azevedos, e no quarto as dos Monteiros. — Br. p. a 17 de maio de 1824.
Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 105 v. (C. C.)
1039. JACINTo DE LOB AM TELLo,
natural de Carvalho de Egas, comarca da Torre de Moncorvo; filho de João de
Lobam e Almendra, e de sua mulher Maria José de Maga lhães; neto pela parte
paterna de Domingos Rodrigues, e de sua mulher Maria de Almendra, irmã legitima
de Clemente de Lobam Tello, a quem já se passou brazão de suas ar mas em 18 de
março de 1725; e pela parte materna neto do capitão Domingos Gonçalves
Vassallo, e de sua mulher Catharina Triga de Magalhães, todos do referido
logar, Um escudo partido em pala; na primeira as armas de Lobam, e na segunda
as dos Tellos Silvas. — Br. p. a 20 de julho de 1779. Reg. no Cart. da N., liv.
II, fl. 196 v. (C. C.)
1040. JA CINTo DE PINA DE Lou
REIRo, cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo,
sargento-mór commandante do regimento de infanteria da cidade de Faro, reino do
Algarve, natural d’esta cidade de Lisboa; filho de Francisco Gonçalves Ca cis,
cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo, e de sua mulher D.
Se bastiana das Neves; neto pela parte paterna de Diogo Gil de Pinho, tambem
cavaleiro fi dalgo e professo na ordem de Christo, natural da praça de Mazagão,
onde serviu com dis tincto valor nos postos de tenente e capitão de cavallos, e
ultimamente no de anadel, e de sua mulher D. Isabel Gonçalves : o qual seu avô
era bisneto de Francisco Gonçalves Ca cis, que na companhia do capitão-mór da
mesma praça, Luiz de Loureiro, na entrada que fizeram na cidade de Azamor,
encontrando-se só com tres cacises moiros, ele os sujei tou e fez ir á presença
do capitão-mór, por cuja acção foi d’ahi por diante conhecido al cunho de
Cacis, e que seus descendentes continuaram por appellido; e pela materna neto
de Jacinto de Pina de Loureiro, cavalleiro fidalgo da casa real, professo na
ordem de Christo, capitão de infanteria na dita praça, e de sua mulher D. Catharina
das Neves; e seu avô era dos Loureiros do dito capitão-mór da referida praça, o
grande Luiz de Lou reiro, de cujas façanhas fazem honrosa memoria as chronicas d’este
reino. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos
Pinheiros, no segundo as dos Loureiros, e no terceiro as dos Pinas.—Br. p. a 3
de novembro de 1772. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 188 v. • (C. C.)
1041. JACINTo DE SousA DE GUsMÃo,
capitão de infanteria do regimento da praça de Olivença, e d’ella natural;
filho de Sebastião de Sousa de Gusmão, sargento-mór que foi da dita praça, e de
sua mulher D. Thereza Maria de Barros; neto pela parte paterna do capitão
Lourenço de Sousa da Fonseca, e de sua mulher D. Felicia de Gusmão; e pela
materna de João Rodrigues, e de sua mulher D. Maria Mexia. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no segundo as dos
Fonsecas, no terceiro as dos Gusmões, e no quarto as dos Mexias. — Br. p. a 9
de novembro de 1779. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 209 v. (C. C.)
1042. JACINTO TEIXEIRA DE
CARVALHO COUTINHO, alferes de infanteria auxiliar, na tural da quinta de
Sobre-telões, freguezia de Telões, termo de Basto, comarca de Guima rães; filho
de Jacinto Teixeira de Carvalho, capitão de infanteria auxiliar; neto do capitão
Manuel Teixeira de Carvalho; bisneto do capitão Jacinto Teixeira de Carvalho, e
de sua mulher Anna de Abreu da Cunha. E os ditos seus paes e avós, e mais antepassados,
São pessoas muito nobres e descendentes das familias dos Carvalhos, Coutinhos,
Abreus, e Cu nhas, como tambem das dos Pereiras, e Teixeiras, por descendencia
legitima de Fernando Carvalho Coutinho, alcaide-mór de Basto, de Gil Vasques da
Cunha, senhor de Basto e Monte-longo, e de sua mulher D. Isabel Pereira, irmã
inteira do condestavel D. Nuno Al vares Pereira, e de Diogo de Abreu, filho de
Fernando Vasques de Abreu, senhor de Ser nache dos Alhos e do couto de Arvins.
As armas dos Carvalhos, Coutinhos, Abreus, e Cunhas. — Br. p. a 4 de dezembro
de 1752. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 48 v. (C. C.) de Setubal,
cavalleiro professo na ordem de Christo, e oficial da Secretaria de Estado dos
negocios da marinha e dominios ultramarinos; filho de João Ignacio Pereira da
Azambuja, natural da cidade de Lisboa, cavalleiro professo na Ordem de Christo,
e guarda-mór da alfandega do tabaco da repartição do mar, da dita cidade, ao
qual se passou brazão de armas das mesmas familias em 26 de fevereiro de 1770,
e de sua mulher D. Elisabeth Luiza Torlade, natural de Setubal; neto paterno de
José Joaquim Pereira da Azambuja, caval leiro professo na ordem de Christo, e
guarda-mór da dita alfandega, e de sua mulher D. Luiza Ignacia Caetana
Macklark; e materno de Jacob Frederico Torlade, consul de sua magestade
imperial e apostolica o Imperador da Allemanha no porto de Setubal, e de sua
mulher D. Maria Ignacia Torlade; bisneto paterno de João Pereira da Costa da
Azambuja, cavalleiro professo na ordem de Christo, e de sua mulher D. Thereza
Isabel Archangela de Lara, irmã do desembargador José Simões de Barbosa e
Azambuja, deputado da Mesa da consciencia e ordens, pae de Francisco de Sales
de Barbosa Pereira de Azambuja, moço fidalgo da casa real; terceiro neto de José
Pereira de Azambuja, moço fidalgo da casa real, com 15000 réis de moradia por
mez e alqueire de cevada por dia na fórma do alvará de 2 de setembro de 1654, e
de sua mulher D. Ignacia da Costa; quarto neto de João Pe reira de Azambuja,
moço fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Margarida Pereira, que viveram em
Aljubarrota; quinto neto de Mattheus de Azambuja, moço fidalgo da casa real, e
de sua mulher D. Simoa Pereira, ambos naturaes de Aljubarrota, onde viveram;
sexto neto de Onofre Fernandes de Azambuja, e de sua mulher D. Apollonia
Francisca Fer reira; setimo neto do desembargador Fernão Rodrigues de Azambuja,
que morreu em França, e de sua mulher D. Ignez da Cerveira; oitavo neto do
doutor Fernão Rodrigues de Azambuja, senhor do morgado de Nossa Senhora da
Assumpção, e de sua mulher D. Isabel Pires de Tavora; nono neto de João Rodrigues
de Azambuja, alcaide-mór do Barreiro e commendador da ordem de Sant'Iago, e de
sua mulher D. Caetana Fernandes; decimo neto de Lopo Alvares de Azambuja,
oitavo senhor da villa de Azambuja, e de sua mulher D. Maria de Freitas, que
viveram em 1420, e foram paes de Lopo Alvares de Azam buja, e de Fernão
Rodrigues de Azambuja, que serviram e morreram em Africa, e de Lourenço
Rodrigues de Azambuja, o Crespo, e sua mulher D. Brites Gil de Tavora, irmã de
Vasco Gil de Tavora, dos quaes descende Luiz Pires de Azambuja, que instituiu
mor gado em 1582, e sua mulher D. Isabel de Tavora; decimo primeiro neto de
Alvaro Ro drigues de Azambuja, senhor da herdade de S. Romão; decimo segundo
neto de João Ro drigues de Azambuja, senhor da dita herdade, e de sua mulher D.
Thereza, que foram paes de D. Ignez Rodrigues de Azambuja, mulher de Pedro
Afonso Rodrigues, dos quaes foi filha D. Ignez Alvares de Azambuja, dama da
rainha D. Filippa, mulher de el-rei D. João I; decimo terceiro neto de Ruy
Fernandes de Azambuja, terceiro senhor e alcai de-mór da Azambuja, e de sua
mulher D. Elvira Estevens, e tambem foram paes de Pe dro Rodrigues de Azambuja,
quarto senhor da dita villa, que casou com D. Thereza Ro drigues de Noruega, de
quem descendem os marquezes de Castel-Rodrigo, de Tarifa, de Valença, Aguiar,
os duques de Nocera, e de Alcalá, os principes de S. Gregorio, os con des de
Vimioso, de Azambuja, de Lumiar, e de Prum, e de Estevão Rodrigues de Azam
buja, de quem foi filho João Esteves de Azambuja, o Privado, alcaide-mór de Lisboa,
que casou com D. Violante Lopes de Albergaria, de quem nasceu D. Brites Annes
de Azam buja, que casou com Pedro Lourenço de Tavora, e Lourenço Esteves de
Azambuja, alcai de-mór de Salvaterra e embaixador em Roma, e Affonso Esteves de
Azambuja, reposteiro mór e embaixador em Roma, e que casou com D. Branca
Domingues, e foram seus filhos D. João Afonso de Azambuja, bispo do Porto, de
Coimbra, arcebispo de Lisboa e cardeal, e João Esteves de Azambuja, grande
cavaleiro que se achou no cerco de Alemquer, onde morreu, e outros; decimo
quarto neto de Fernão Gonçalves de Azambuja, segundo senhor e alcaide-mór da
dita villa, e de D. Oriana Godins; decimo quinto neto de Gonçalo Pires de
Tavares, que morreu na tomada de Silves, e de D. Maria Rolim; decimo sexto neto
de D. Pedro Viegas de Tavares, senhor da cidade da Guarda e Tavares, e de D.
Maria Gonçalves, e tambem decimo sexto neto de D. Rolim, primeiro senhor da
villa de Azam buja, que viveu no anno de 1200, e foi pae da dita D. Maria
Rolim; decimo setimo neto de D. Egas Garcia, o Buso, rico homem, senhor de
Leonil, e de D. Maria Paes, e decimo setimo neto de D. Rogerio Childe Rolim;
decimo oitavo neto de D. Garcia Rodrigues, rico homem, senhor do couto de
Leonil, e de D. Dordia Ramires; e decimo oitavo neto de Ro land, conde de
Cestia, ou Chester, que era por varonia neto da casa real de Inglaterra,
principe de sangue; decimo nono neto de D. Rodrigo Garcia, rico homem; vigesimo
neto de D. Garcia Moniz, senhor do couto de Leonil; vigesimo primeiro neto de
D. Marinho Viegas, que fundou e dotou Villa-boa do Bispo no anno de 1020;
vigesimo segundo neto do conde Egas Gundesindes, rico homem de sangue, que
viveu em Cima do Douro; vige simo terceiro neto do conde D. Godesindo Eris, e
da condessa D. Endorquina Perla; vi gesimo quarto neto do conde D. Ero, e da
condessa D. Adosinda; vigesimo quinto neto do conde D. Gundesindo, rico homem,
conde de Lugo e das terras entre Douro até ao Mon dego nos annos 650 a 700. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, e na segunda as dos
Azambujas. — Br. p. a 6 de fevereiro de 1826. Reg. no Cart. da N., liv. VIII,
fl. 173. (C. C.)
1043. JACOB FREDERICo ToRLADE
PEREIRA DE AZAMBUJA, natural da villa de Setubal, cavalleiro professo na ordem
de Christo, e oficial da Secretaria de Estado dos negocios da marinha e
dominios ultramarinos; filho de João Ignacio Pereira da Azambuja, natural da
cidade de Lisboa, cavalleiro professo na Ordem de Christo, e guarda-mór da
alfandega do tabaco da repartição do mar, da dita cidade, ao qual se passou
brazão de armas das mesmas familias em 26 de fevereiro de 1770, e de sua mulher
D. Elisabeth Luiza Torlade, natural de Setubal; neto paterno de José Joaquim
Pereira da Azambuja, caval leiro professo na ordem de Christo, e guarda-mór da
dita alfandega, e de sua mulher D. Luiza Ignacia Caetana Macklark; e materno de
Jacob Frederico Torlade, consul de sua magestade imperial e apostolica o
Imperador da Allemanha no porto de Setubal, e de sua mulher D. Maria Ignacia
Torlade; bisneto paterno de João Pereira da Costa da Azambuja, cavalleiro
professo na ordem de Christo, e de sua mulher D. Thereza Isabel Archangela de
Lara, irmã do desembargador José Simões de Barbosa e Azambuja, deputado da Mesa
da consciencia e ordens, pae de Francisco de Sales de Barbosa Pereira de
Azambuja, moço fidalgo da casa real; terceiro neto de José Pereira de Azambuja,
moço fidalgo da casa real, com 15000 réis de moradia por mez e alqueire de
cevada por dia na fórma do alvará de 2 de setembro de 1654, e de sua mulher D.
Ignacia da Costa; quarto neto de João Pe reira de Azambuja, moço fidalgo da
casa real, e de sua mulher D. Margarida Pereira, que viveram em Aljubarrota;
quinto neto de Mattheus de Azambuja, moço fidalgo da casa real, e de sua mulher
D. Simoa Pereira, ambos naturaes de Aljubarrota, onde viveram; sexto neto de
Onofre Fernandes de Azambuja, e de sua mulher D. Apollonia Francisca Fer reira;
setimo neto do desembargador Fernão Rodrigues de Azambuja, que morreu em
França, e de sua mulher D. Ignez da Cerveira; oitavo neto do doutor Fernão
Rodrigues de Azambuja, senhor do morgado de Nossa Senhora da Assumpção, e de
sua mulher D. Isabel Pires de Tavora; nono neto de João Rodrigues de Azambuja,
alcaide-mór do Barreiro e commendador da ordem de Sant'Iago, e de sua mulher D.
Caetana Fernandes; decimo neto de Lopo Alvares de Azambuja, oitavo senhor da
villa de Azambuja, e de sua mulher D. Maria de Freitas, que viveram em 1420, e
foram paes de Lopo Alvares de Azam buja, e de Fernão Rodrigues de Azambuja, que
serviram e morreram em Africa, e de Lourenço Rodrigues de Azambuja, o Crespo, e
sua mulher D. Brites Gil de Tavora, irmã de Vasco Gil de Tavora, dos quaes
descende Luiz Pires de Azambuja, que instituiu mor gado em 1582, e sua mulher
D. Isabel de Tavora; decimo primeiro neto de Alvaro Ro drigues de Azambuja,
senhor da herdade de S. Romão; decimo segundo neto de João Ro drigues de
Azambuja, senhor da dita herdade, e de sua mulher D. Thereza, que foram paes de
D. Ignez Rodrigues de Azambuja, mulher de Pedro Afonso Rodrigues, dos quaes foi
filha D. Ignez Alvares de Azambuja, dama da rainha D. Filippa, mulher de el-rei
D. João I; decimo terceiro neto de Ruy Fernandes de Azambuja, terceiro senhor e
alcai de-mór da Azambuja, e de sua mulher D. Elvira Estevens, e tambem foram
paes de Pe dro Rodrigues de Azambuja, quarto senhor da dita villa, que casou
com D. Thereza Ro drigues de Noruega, de quem descendem os marquezes de
Castel-Rodrigo, de Tarifa, de Valença, Aguiar, os duques de Nocera, e de
Alcalá, os principes de S. Gregorio, os con des de Vimioso, de Azambuja, de
Lumiar, e de Prum, e de Estevão Rodrigues de Azam buja, de quem foi filho João
Esteves de Azambuja, o Privado, alcaide-mór de Lisboa, que casou com D.
Violante Lopes de Albergaria, de quem nasceu D. Brites Annes de Azam buja, que
casou com Pedro Lourenço de Tavora, e Lourenço Esteves de Azambuja, alcai
de-mór de Salvaterra e embaixador em Roma, e Affonso Esteves de Azambuja,
reposteiro mór e embaixador em Roma, e que casou com D. Branca Domingues, e
foram seus filhos D. João Afonso de Azambuja, bispo do Porto, de Coimbra,
arcebispo de Lisboa e cardeal, e João Esteves de Azambuja, grande cavaleiro que
se achou no cerco de Alemquer, onde morreu, e outros; decimo quarto neto de
Fernão Gonçalves de Azambuja, segundo senhor e alcaide-mór da dita villa, e de
D. Oriana Godins; decimo quinto neto de Gonçalo Pires de Tavares, que morreu na
tomada de Silves, e de D. Maria Rolim; decimo sexto neto de D. Pedro Viegas de
Tavares, senhor da cidade da Guarda e Tavares, e de D. Maria Gonçalves, e
tambem decimo sexto neto de D. Rolim, primeiro senhor da villa de Azam buja,
que viveu no anno de 1200, e foi pae da dita D. Maria Rolim; decimo setimo neto
de D. Egas Garcia, o Buso, rico homem, senhor de Leonil, e de D. Maria Paes, e
decimo setimo neto de D. Rogerio Childe Rolim; decimo oitavo neto de D. Garcia
Rodrigues, rico homem, senhor do couto de Leonil, e de D. Dordia Ramires; e
decimo oitavo neto de Ro land, conde de Cestia, ou Chester, que era por varonia
neto da casa real de Inglaterra, principe de sangue; decimo nono neto de D.
Rodrigo Garcia, rico homem; vigesimo neto de D. Garcia Moniz, senhor do couto
de Leonil; vigesimo primeiro neto de D. Marinho Viegas, que fundou e dotou
Villa-boa do Bispo no anno de 1020; vigesimo segundo neto do conde Egas
Gundesindes, rico homem de sangue, que viveu em Cima do Douro; vige simo
terceiro neto do conde D. Godesindo Eris, e da condessa D. Endorquina Perla; vi
gesimo quarto neto do conde D. Ero, e da condessa D. Adosinda; vigesimo quinto
neto do conde D. Gundesindo, rico homem, conde de Lugo e das terras entre Douro
até ao Mon dego nos annos 650 a 700. Um escudo partido em pala; na primeira as
armas dos Pereiras, e na segunda as dos Azambujas. — Br. p. a 6 de fevereiro de
1826. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 173. (C. C.)
1044. JAcoME CARNEIRO BARB os A
SÁ, da villa do Conde; filho do doutor Antonio de Faria e Gusmão, ministro que
foi de Sua Magestade, e de sua mulher D. Angela Bar bosa Carneiro de Sá; neto
paterno do capitão de mar e guerra Manuel de Faria de Mattos, e de D. Anna de
Gusmão; neto materno de Jacome Carneiro Barbosa de Sá, senhor do morgado e
capella de S. Bento, da dita villa, e de D. Brites de Sá, filha de Antonio de
Sá. As armas dos Carneiros, Sás, Barbosas, e Farias.—Br. p. a 6 de fevereiro de
1761. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 11 v. (C. C.)
1045. JACQUEs RATTON, escudeiro
fidalgo, assisteute em Lisboa; filho de Jacques Ratton, escudeiro fidalgo,
condecorado com o oficio de conselheiro secretario de El-rei da casa e corôa de
França, e das suas rendas reaes, e de D. Francisca Bellon, sua esposa, que
nasceu aos 7 de julho de 1736, e baptisado no mesmo dia na freguezia de
Manitier da cidade de Briacou, no Delfinado. Um escudo de azul com um mar de
prata passante da ponta do escudo, sobre o qual está um atum de sua propria
côr, e um chefe tambem de prata, carregado de um rato passante, tambem de sua
côr; este escudo é timbrado de um casco em perfil, ornado com paquife de prata,
azul e preto. — Br. p. a 16 de março de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl.
42 v. (C. C.)
1046. JANUARIO ANToNIO LOPEs DA
SILVA, do real conselho, commendador da Or dem de Christo, e fidalgo cavalleiro
da casa real; filho de Antonio Lopes da Silva, e de sua mulher D. Maria
Joaquina Rita de Castro; neto paterno de Antonio Lopes da Silva, e de D. Maria
José Leitão; e materno de João Antonio de Castro, e de D. Josepha Ma ria da
Conceição. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos
Lopes, no se gundo as dos Silvas, e no terceiro as dos Castros. — Br. p. a 2 de
maio de 1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 175. (C. C.)
1047. JERoNYMA PEREGRINA DE Gouve
A LEITE, casada com o sargento-mór Anto nio Gomes Leite; filha de Pedro da
Matta Farinha, e de D. Joanna de Gouvea Leite; neta Matta; neta pela parte materna
de Antonio de Gouvea Leite, e de D. Antonia Josephina; bisneta do sargento-mór
Constantino Mendes de Gouvea, e de D. Maria Josepha de Aguiar; ter ceira neta
de Manuel de Gouvea, e de Maria de Serpa; quarta neta de Jayme de Gouvea Leite,
e de D. Marianna de Pavia; quinta neta de Constantino Mendes de Gouvea, e de
Luiza de Medeiros; sexta neta de Antonio Mendes de Gouvea, e de Maria Neta, dos
quaes foi filho Gonçalo Mendes de Gouvea, alcaide-mór de Samora, e cavalleiro
professo na or dem de Sant'Iago da Espada. Uma lisonja partida em pala; a
primeira de prata lisa; a segunda cortada em faxa, na primeira as armas dos
Gouveas, e na segunda as dos Leites. — Br. p. a 2 de janeiro de 1798. Reg. no
Cart. da N., liv. VI, fl. 1. (C. C.)
1048. JERONYMo DE CARVALHAL,
filho de Lourenço de Carvalhal, neto de Ruy de Carvalhal, bisneto de Lourenço
Vaz de Carvalhal, e trineto de Vasco Fernandes de Carva lhal, que foi
alcaide-mór de Beja. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo vermelho partido em pala, com um
colar preto, na primeira um car valho verde, na segunda uma torre de prata
guarnecida de preto, e o pé de todo o es cudo ondado de azul, e por differença
uma merleta de prata; elmo de prata aberto, pa quife de prata e vermelho, e por
timbre a mesma torre com um ramo de carvalho nas ameias; com todas as honras de
nobre e fidalgo por descender da geração e linhagem dos # # — Dada em Lisboa a
20 de outubro de 1522. Reg. na Chanc. de D. João III, iv. I, fl. 106.
1049. JERONYMO CERNIGE. Carta
pela qual el-rei D. Manuel lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res:
— Um escudo de prata com seis montes de terra, e no maior monte e nos dois ca
bos tres hervas verdes picadas de oiro, e em cada herva uma flor vermelha de
cinco fo lhas e um chefe azul com tres flores de liz de oiro com quatro
pendentes; elmo de prata aberto, paquife de prata, vermelho e verde, e como
timbre o pescoço de uma serpe verde picado de oiro, e na boca um coração
vermelho; por descender da geração e li nhagem dos Cerniges, que foram fidalgos
e nobres de cota de armas.—Dada em Lisboa a 4 de julho de 1515. Reg. na Chanc.
de D. Manuel, liv. XXIV, fl. 134 v., e liv. v de Mist., fl. 179.
1050. JERoNYMO CoRTE-REAL, fidalgo da casa
real, filho de Vasco Annes Corte-real. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecessores : — Escudo de campo vermelho com
seis costas de prata em faxa e em duas palas, e uma lança de oiro no meio do
escudo com o ferro de prata, e uma bandeira tambem de prata, de duas faxas, com
uma cruz vermelha n’ella, e um chefe de prata com outra cruz ver melha; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, prata e vermelho, e por
timbre um braço armado guarnecido de oiro, que sae do elmo com a lança e
bandeira na mão; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração e linhagem dos Cortes-reaes. — Dada em Lisboa a 17 de outubro de 1541.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXXII, fl. 69 v.
1051. JERoNYM o DIAS DE AZEVEDo, visconde de
Podentes, do conselho de Sua Ma gestade, par do reino, e governador civil do
districto do Porto; filho de João Pedro Dias de Azevedo, proprietario, e de sua
mulher D. Theodora Joaquina de Azevedo; neto pa terno de Jordão Dias Vasques de
Almeida, proprietario, e de sua mulher D. Nazareth da Silva Furtado; e materno
de Sebastião Dias de Azevedo, e de sua mulher D. Maria Joaquina Gonçalves
Henriques da Costa; sobrinho por parte materna de Antonio Joaquim Dias de
Azevedo, coronel do regimento de milicias de Soure, por ser este irmão de sua
mulher, a quem se passou brazão de armas a 4 de março de 1815. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Dias, e na segunda as dos Azevedos. —
Br. p. a 23 de abril de 1852. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 354 V. (C.
C.)
1052. JERoNYMo FRANQUI
CoNESTAG10, natural de Genova. Carta pela qual el-rei D. Filippe I lhe concede
o gozo de todos os privilegios e liber dades que gozam todos os nobres e
fidalgos de cota de armas, e egualmente lhe concede licença para usar em
Portugal o brazão que lhe pertence como descendente das casas de Conestagio e
Franqui, em Genova. (Não descreve o brazão.) — Dada em Lisboa a 7 de março de
1584. Reg. na Chanc. de D. Filippe I, liv. 1 de Privilegios, fl. 37. W. no I.
H. Franqui e Conestagio.
1053. JERONYMo JosÉ DANIEL No
GUEIRA DE ANDRADE, natural da villa de Mel gaço, arcebispado de Braga, capitão
commandante, e chefe do corpo de artilheria da praça de Moçambique, com assento
do mesmo posto de capitão da primeira plana da côrte , fi lho do doutor
Francisco Daniel Nogueira, medico dos reaes exercitos, e de sua mulher D.
Marianna Joaquina Velloso de Campos; neto pela parte paterna de Pedro Lopes No
gueira, e de sua mulher D. Placida Thereza Xavier; e pela materna de Theodosio
Velloso de Campos, e de sua mulher D. Josepha Maria Fernandes. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Nogueiras, no segundo as dos
Vellosos, no terceiro as dos Campos, e no quarto as dos Andrades. — Br. p. a 13
de outubro de 1790. Reg. no Cart, da N., liv. IV, fl. 190. (C. C.)
1055.
JERONYMO JOSÉ RIBEIRO DE GOUVEA,
natural da cidade de Lisboa, filho de Leandro Ribeiro de Gouvea, e de sua
mulher Maria da Silva; neto pela parte paterna de Bento Ribeiro, e de Jeronymo
Ribeiro de Gouvea; e pela materna de Luiz Nunes, e de Se bastiana da Silva. Um
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Ribeiros, no
segundo as dos Gouveas, e no terceiro as dos Silvas. —Br. p. a 23 de fevereiro
de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 259 v. (C. C.)
1056. JERONYMO LOURENÇO DIAS,
capitão e monteiro-mór da villa de Lomba, caval leiro da ordem de Christo,
filho de Luiz Dias Alão, e de sua mulher D. Francisca Lou rença; neto paterno
de José Dias Alão, cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Leonor
Amorim Dias; e materno de Francisco Duarte de Vasconcellos, e de sua mu lher D. Maria Luiza Dias. dos Dias. —Br.
p. a 26 de março de 1813. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 270. .) (C. C.
1057. JERoNYMo MARTINS FERNANDEs,
cavaleiro professo na ordem de Christo, e assistente na cidade de S. Paulo da
America; filho de João Gomes, e de sua mulher D. Maria Fernandes; neto pela
parte paterna de Francisco Gomes, e de sua mulher D. Maria Martins de Macedo; e
pela materna de Domingos Martins, e de sua mulher D. Anna Pires. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Gomes, no segundo as dos Martins,
no terceiro as dos Macedos, e no quarto as dos Fernandes. — Br. p. a 21 de
outubro de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 135 v. (C. C.)
1058. JERONYMO DE MELLO CARNEIRO
TERRAS DE AZEVEDo, filho de José Carneiro de Mello Terras e Azevedo, e de sua
mulher D. Marianna Luiza Soares de Almeida, paes tambem de D. Thomazia Angelica
de Mello Terras de Azevedo, irmã do supplicante; neto paterno de Jeronymo de
Mello Carneiro Terras e Azevedo, e de sua mulher D. Clara Ma ria Soares da
Fonseca e Motta; neto materno de Pedro Soares da Motta, e de sua mulher Luiza
Maria de Almeida. • As armas dos Mellos, Carneiros, Terras, e Almeidas. — Br.
p. a 15 de janeiro de 1757. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 104. (C.
C.)
1059. JERoNYM o DA MoTTA,
desembargador. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão
de seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de vermelho
com um leão de prata, rom pente, armado de oiro, o segundo de oiro com cinco
flores de liz verdes, em aspa, e as sim os contrarios; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de prata, vermelho, oiro e verde, e por timbre meio
leão das armas; com todas as honras e privilegios de fi dalgo por descender da
geração dos Mottas, e pelos serviços por elle prestados.—Dada em Almeirim a 2
de janeiro de 1552. Reg, no liv. III de Privilegios, fl. 119.
1060. JERoNYMo PAMPLoNA
(Alferes), natural da ilha Terceira, cidade de Angra, fi lho de Antonio
Bernardo Pamplona Redovalho, administrador de um vinculo estabelecido na mesma
cidade, tenente que foi do forte do Bom-Jesus da dita ilha, a quem se passou
brazão de armas a 7 de fevereiro de 1770, e de sua mulher D. Anna Francisca
Rosa; neto por parte paterna do alferes Antonio Xavier Pamplona, e de sua
mulher D. Catharina Fe licia; bisneto de Mattheus Pamplona Merens, e de sua
mulher D. Josepha Maria; terceiro neto de Mathias de Figueiredo, e de sua
mulher D. Antonia Moniz Merens Pamplona, fi lha de Mathias Pamplona, que foi
terceiro neto por linha legitima de Gonçalo Alvares Pam plona, natural da
cidade do Porto, um dos primeiros povoadores da referida ilha. Um escudo, e
n'elle as armas dos Pamplonas. — Br. p. a 22 de junho de 1802. Reg. no liv. VI,
fl. 209 v. (C. C.)
1062.
JERONYMO RIBEIRO NEVES, homem de
negocio da praça do Rio de Janeiro, natural da villa de Guimarães; filho de
José Ribeiro, e de sua mulher Domingas da Silva de Macedo; neto pela parte
paterna de Antonio Francisco Ribeiro, e de sua mulher An tonia Antunes, filha
de Domingos Antunes, e de sua mulher Maria Fernandes; bisneto de Antonio
Francisco Ribeiro, e de sua mulher Margarida Gaspar Neves; e pela materna neto
de Domingos Gomes de Macedo, e de sua mulher Domingas da Silva, filha de
Domingos da Silva, e de sua mulher Maria Antunes; bisneto de Antonio Gomes, e
de sua mulher Maria de Macedo. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto
quarteis as armas dos Ribeiros, no segundo as dos Macedos, e no terceiro as dos
Silvas. — Br. p. a 30 de março de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 7.
(C. C.)
1063.
JERONYMO RIBEIRO NEVES, negociante
da praça do Rio de Janeiro, natural do termo da villa de Guimarães; filho de
José Ribeiro, e de sua mulher Domingas da Silva de Macedo; neto pela parte
paterna de Antonio Francisco Ribeiro, e de sua mulher An tonia Antunes, filha
de Domingos Antunes, e de sua mulher Maria Fernandes; bisneto de Antonio
Francisco Ribeiro, e de sua mulher Margarida Gaspar Neves; e pela materna neto de
Domingos Gomes de Macedo, e de sua mulher Domingas da Silva, filha de Domingos
da Silva, e de sua mulher Maria Antunes; bisneto de Antonio Gomes, e de sua
mulher Maria de Macedo, todos natures da vila de Guimarães. Um escudo
esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Ribeiros, no segundo
as dos Macedos, e no terceiro as dos Silvas. — Br. p. a 21 de janeiro de 1779.
Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 173. (C. C.)
1064. D. JoÃo, bispo de Tanger.
Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus descendentes o seguinte
accres centamento nas suas armas (brazão dos Lobos): — Em logar do primeiro
lobo dos cinco das ditas armas, tragam como timbre um castello dos da orla e
bordadura do escudo das armas reaes, que é de oiro em campo vermelho, para
diferença de mais nobreza e fidal guia; pelos serviços por ele prestados em
Africa e á rainha D. Leonor, e por descender da nobre linhagem dos Lobos, os
quaes tinham por armas um escudo de prata com cinco lobos pardos vivos, postos
em quina. — Dada em Thomar a 24 de junho de 1506. Reg. na Chanc. de D. Manuel,
liv. XX, fl. 34, e liv. v de Mist., fl. 8.
1065. JoÃo AFFoNso FREIRE
(Doutor), desembargador da Mesa do despacho episco pal, provisor e vigario
geral nas vacantes do bispado de Miranda; filho de Francisco Af fonso, e de sua
mulher Anna Affonsa Freire; neto paterno de Bartholomeu Afonso, e de Sua mulher
Martha Cordeiro, esta filha de Afonso Cordeiro, e de sua mulher Maria Mar tins;
bisneto de Francisco Afonso, e de sua mulher Catharina Martins; neto materno de
Francisco Affonso, e de sua mulher Maria Fernandes, esta filha de João Affonso,
e de sua mulher Catharina. | As armas dos Afonsos, Freires, Cordeiros, e Martins.—Br.
p. a 24 de maio de 1756. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 97 v. • (C. C.)
1066. JoÃo ANAsTAs 10 DE
CARVALHos.A HENRIQUEs (Bacharel), cavalleiro professo na ordem de Christo,
natural de Cortegana, termo de Aldea-gallega da Merciana, comarca de Alemquer;
filho do bacharel Filippe Monteiro Henriques, formado na faculdade de leis pela
Universidade de Coimbra, e de sua mulher D. Maria Rita Carvalhosa e Silva; neto
paterno de João Monteiro Henriques Delgado, e materno de Francisco da Costa Carvalhosa
e Silva, ambos capitães de milicias; bisneto paterno de Manuel Monteiro
Henriques Del servido em diversos logares da magistratura, se acha habilitado
para um logar ordinario da Re lação do Porto. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Henriques, e na segunda as dos Carvalhosas, — Br. p. a 10
de junho de 1825. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 147. (C. C.)
1067. JoÃo ANAsTAs Io FERREIRA
RAPoso (Doutor), professo na ordem de Christo, desembargador da Casa da
supplicação, superintendente de Mafra, e natural da mesma villa; filho do
capitão José Ferreira Raposo, e de sua mulher D. Josepha dos Anjos; neto
paterno de João Dias Raposo, e de sua mulher D. Escholastica Francisca; e
materno de Antonio Fernandes, e de sua mulher D. Antonia João. Um escudo com as
armas dos Raposos.—Br. p. a 20 de junho de 1793. Reg. no Cart. da N., liv. IV,
fl. 279 v. (C. C.)
1068. JoÃO ANTONIO DE ALMEIDA,
fidalgo cavaleiro da casa real, commendador da ordem de Christo, cavalleiro da
de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, coronel commandante do primeiro
batalhão nacional provisorio de Lisboa, e empregado na Alfan dega da mesma
cidade; filho de José Joaquim de Almeida, e de sua mulher D. Victoria Maria do
Nascimento e Almeida; neto paterno de João Baptista de Almeida, e de sua mu
lher D. Maria Caetana de Almeida; e materno de Miguel Martins, e de sua mulher
D. Ma ria Thereza Martins. Um escudo com as armas dos Almeidas. — Br. p. a 20
de maio de 1836. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 281 v. (C. C.)
1069. JoÃO ANTONIO DE BARBUDA
CABRAL, natural da villa de Setubal, moço hono rario da real camara; filho de
Ladislau José Monteiro de Barbuda, cavalleiro professo da ordem de Christo, e
de sua mulher D. Genoveva Ignacia Peregrina Xavier Cabral; neto paterno de José
Monteiro Nayo, e de sua mulher D. Quiteria Michaela Velloso Voxeiro de Barbuda.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Barbudas, e na segunda as
dos Cabraes. — Br. p. a 8 de novembro de 1831. Reg. no Cart. da N., liv. VIII,
fl. 260. (C. C.)
1071. JoÃo ANToNIo DAs CHAGAs
GUERRA, ajudante da cidade de Elvas, filho de José Gomes de Aguiar, e de sua
mulher D. Luiza Antunes Guerra; neto pela parte pa terna de Antonio Gonçalves
de Aguiar, e de sua mulher D. Anna Aguiar; e pela materna de Domingos Antunes,
e de sua muiher D. Maria da Guerra. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Aguiares, no segundo as dos Gonçalves, no terceiro as dos Antunes,
e no quarto as dos Guerras. — Br. p. a 30 de setembro de 1789. Reg, no Cart. da
N., liv. 1v, fl. 125 v. (C. C.)
1072. JoÃO ANTONIO COIMBRA DE
ANDRADE PIMENTEL, familiar do Santo Oficio, filho natural, perfilhado e
legitimado pelo Pontifice e por Sua Magestade, do doutor João Coimbra de
Andrade Pimentel, fidalgo cavalleiro da casa real; neto de Simão de Paiva Pi
mentel, professo na ordem de Christo, fidalgo cavalleiro da casa real, e de sua
mulher D. Josepha Maria Coimbra e Andrade, filha de José de Coimbra e Andrade,
professo na ordem de Christo, moço fidalgo da casa real, e de sua mulher D.
Anna de Mello; bisneto de Outro Simão de Paiva Pimentel, e de sua mulher D.
Isabel Cabral. As armas dos Pimenteis, Andrades, Mellos, e Paivas. — Br. p. a 3
de março de 1751. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 14. (C. C.)
1073. JoÃo ANTONIO DA FoNs ECA,
fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo, e negociante de grosso
tracto da praça da cidade de Lisboa, e d’ella natural; filho de Ber nardino
Senna da Fonseca, familiar do numero do Santo Oficio d'esta côrte, e de sua mu
lher D. Clara Maria da Fonseca; neto por parte paterna de André João de Aguiar,
e de sua mulher D. Clara da Fonseca; neto por parte materna do doutor Manuel da
Costa Silva, e de sua mulher D. Maria Ferreira. Um escudo com as armas dos
Fonsecas. —Br. p. a 6 de novembro de 1801. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl.
181 v. (C. C.)
1074. JoÃO ANTONIO PACHEco D E
EçÁ ARAGÃo CABRAL, do logar do Peixoso, termo da villa da Covilhã, comarca da
cidade da Guarda; filho de João Alberto de Aragão Cabral Pacheco, e de sua
mulher D. Maria Barbara de Eça Telles; neto pela parte paterna de João Correa
de Aragão Cabral, e de sua mulher D. Josepha Bernarda Xavier Coelho; bisneto de
Braz da Costa Cabral, e de sua mulher D. Maria Mendes Botelho; terceiro neto de
Diogo Fernandes Botelho, que serviu de superintendente da caudelaria e capitão
de ca vallaria auxiliar nos partidos da Beira e Cima-Côa, e de sua mulher
Guiomar Correa de Figueiredo; quarto neto de Lourenço da Costa Cabral,
descendente por linha legitima da casa de Belmonte, e de sua mulher Cecilia
Pacheco de Aragão, descendente de Pedro L0 pes Pacheco, cavalleiro fidalgo da
casa real, e fundador da capella de Nossa Senhora do Rosario, onde instituiu
morgado e jaz enterrado; e pela parte materna neto do doutor João de Eça
Telles, e de sua mulher Maria Esteves Cardoso; bisneto de Manuel de Eça TelleS.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Cabraes, no segundo as
dos Pachecos, no terceiro as dos Aragões, e no quarto as dos Eças. — Br. p. a 5
de n0 vembro de 1781. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 32. (C. C.)
1075. JoÃo ANTONIO RoBAL o DA
CUNHA PIGNATELLI DE FIGUEIREDo, filho legitimo do capitão Silvestre de Figueiredo,
e de sua mulher D. Maria Xavier da Cunha Pignatelli; neto pela parte materna do
capitão João Baptista da Cunha e Fonseca, cavalleiro professo na ordem de
Christo, e bisneto de Baptista da Cunha e Fonseca; os quaes todos seus paes e
avós se trataram como pessoas nobres e a lei da nobreza. Um escudo com as armas
dos Cunhas. — Br. p. a 11 de dezembro de 1765. Reg, n0 Cart. da N., liv. I, fl.
42. (C. C.) capitão da primeira companhia do primeiro regimento de milicias da
cidade de Belem do Grão Pará, a quem Sua Magestade fez mercê do habito da ordem
de Christo, e natural da mesma cidade; filho do mestre de campo João Manuel
Rodrigues, e de sua mulher D. Maria Jo sepha Rodrigues; neto paterno de
Francisco Antonio Rodrigues, e de sua mulher D. Ma ria Rodrigues, e materno do
mestre de campo Antonio Rodrigues Martins, e de D. The reza de Jesus Rodrigues.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Rodrigues, e na segunda as
dos Martins. — Br. p. a 4 de outubro de 1802. Reg, no Cart. da N., liv. % % jº
1076. JoÃO ANToNIo RodRIGUEs
MARTINs, cavalleiro fidalgo da casa real, capitão da primeira companhia do
primeiro regimento de milicias da cidade de Belem do Grão Pará, a quem Sua
Magestade fez mercê do habito da ordem de Christo, e natural da mesma cidade;
filho do mestre de campo João Manuel Rodrigues, e de sua mulher D. Maria Jo
sepha Rodrigues; neto paterno de Francisco Antonio Rodrigues, e de sua mulher
D. Ma ria Rodrigues, e materno do mestre de campo Antonio Rodrigues Martins, e
de D. The reza de Jesus Rodrigues. Um escudo partido em pala; na primeira as
armas dos Rodrigues, e na segunda as dos Martins. — Br. p. a 4 de outubro de
1802. Reg, no Cart. da N., liv. % % jº
1078.
JOÃO ANTONIO DA SILVEIRA LINHARES
CARVALHAL COSTA FALCÃO E NORONHA, padroeiro do convento dos religiosos de
Santo Antonio da ilha do Fayal, adminis trador dos morgados e vinculos de sua
nobre casa, e natural da dita ilha; filho do capitão Antonio da Silveira
Linhares Carvalhal Costa Falcão, administrador ditos morgados e pa droado, e de
sua mulher D. Francisca Luiza da Silveira Soares de Noronha Bittencourt; neto
pela parte paterna de João Antonio da Silveira Linhares, capitão-mór da villa
de S. Roque na ilha do Pico, administrador dos ditos vinculos, e padroado, e de
sua mulher D. Maria Margarida Sebastiana de Bittencourt, filha do capitão
Sebastião Homem da Costa, e de sua mulher D. Margarida Vieira; bisneto do
capitão Antonio da Silveira Li nhares de Bittencourt, e de sua mulher D.
Antonia Luiza Joanna do Carvalhal, senhora dos ditos vinculos, e irmã do
capitão Antonio da Silveira Linhares Peixoto, fundador e primeiro padroeiro do
dito convento, filhos ambos de João de
Barcellos Machado, e de sua mulher D. Sebastiana Falcão; terceiro neto do
capitão João da Silveira Peixoto, juiz dos orphãos da dita ilha do Fayal, e de
sua segunda mulher D. Anna de Santo Antonio Brum, filha de Francisco da
Silveira Peixoto, e de sua mulher D. Maria Dutra de Medeiros; quarto neto do
capitão Gregorio da Silveira Evangelho, e de sua mulher D. Luiza Duarte
Linhares, filha de Duarte Fernandes de Linhares, instituidor de um dos vinculos
de que o supplicante é administrador: e pela parte materna é o supplicante neto
de Bernardo Soares de Sousa, cavaleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D.
Maria Lauriana da Silveira Bittencourt, filha do capitão José Pereira de
Bittencourt, e de sua mulher D. Ma ria Francisca Peixoto; bisneto do capitão
Ignacio Soares de Sousa, cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D.
Ignez Antonia da Silveira, filha do alferes Gregorio Dutra da Silveira, e de
sua mulher D. Ignez da Silveira; terceiro neto de Bernardo Soares de Sousa, que
teve o dito foro de cavalleiro fidalgo, e de sua mulher D. Maria da Silveira;
quarto neto do sargento-mór Amaro Soares, tambem cavalleiro fidalgo da casa
real, e de Sua mulher D. Suzana Teixeira de Sousa.
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Silveiras, no segundo as
dos Bittencourts, no terceiro as dos Carvalhaes, e no quarto as dos Soares. —
Br. p. a 24 de maio de 1784. Reg, no Cart. da N., liv. III, fl. 135. (C. C.)
1080. JoÃo ANToNIO DE SousA LEITE
(Alferes), natural do logar de Lago-bom, con celho de Villa-pouca de Aguiar,
comarca de Villa-real; filho de João Borges, e de sua mu lher D. Maria José de
Sousa Leite; neto paterno de Manuel Gonçalves Borges, e de sua mulher D. Maria
Gonçalves, e materno de Roque Teixeira Leite, e de sua mulher D. Se bastiana
Maria. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Borges, e na segunda
as dos Leites. — Br. p. a 25 de outubro de 1793. Reg, no Cart. da N., liv. IV,
fl. 292. (C. C.)
1081. Joà o AATONIO VAs QUEs DE
ARAUJo NETo, natural e morador na cidade do Funchal da ilha da Madeira, filho
de João Correa Vasques de Araujo, e de sua mulher D. Joanna Sabina Rosa
Evangelista; neto pela sua varonia de Felix Filippe de Oliveira, e de sua
mulher D. Anna Correa Salvago de Brito, e por esta bisneto de João Correa Vas
ques de Araujo, e de sua mulher D. Catharina Salvago de Brito; terceiro neto de
Manuel Correa de Araujo, e de sua mulher D. Helena de Andrade, filha de João
Rodrigues Pes tana, que foi filho de Manuel Pestana, e de sua mulher D.
Catharina Salvago de Brito; elle filho de Jorge Pestana, neto de Pedro
Rodrigues Neto, e bisneto de João Rodrigues Neto, o primeiro desta familia que
passou á dita ilha, e ella filha de João Martins Sal vago, a quem se passou brazão
de armas da familia d’este appellido em 1589, neto de Lucas Salvago, cavalleiro
genovez. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Netos, no
segundo as dos Homens, no terceiro as dos Britos, e no quarto as dos Salvagos,
— Br. p. a 6 de julho de 1780. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 246 v. (C. C.)
1082. JoÃo DE ARAUJO DA RochA Bo
CARRo, filho de Manuel Ferreira de Brito, e de sua mulher D. Catharina Theodora
da Rocha Bocarro; neto paterno de João de Araujo da Rocha, e de sua mulher D.
Maria Josepha de Lacerda; neto materno de Luiz da Rocha Bocarro, fidalgo da
casa real, professo na ordem de Christo, mestre de campo de auxi liares da
comarca de Beja, e de sua mulher D. Vicencia Josepha de Lacerda e Mello; 0
supplicante é sargento-mór com actual exercicio na villa de Serpa. - As armas
dos Araujos, Lacerdas, Rochas e Bocarros. — Br. p. a 12 de dezembro de 1752.
Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 48 v. (C. C.)
1083. João DE ARGUMEDo, natural
da villa de Gamano, nas montanhas de Burg0S, casado com Ignez de Pareda,
natural de Espinoza, nos montes de Castella a Velha. Alvará pelo qual el-rei D.
Filippe II lhe concedeu licença para usar das armas que de de maio de 1619.
Reg. no liv. v de Privilegios, fl. 139.
1084. Jo Áo AURELIANO GoMES
BARBOSA, natural e morador na villa de Salvaterra de Magos, filho do doutor
Pedro Gomes Barbosa, formado em leis pela Universidade de Coimbra, e de sua
mulher Helena Michaela Barbosa; neto paterno do capião João Gomes Barbosa, e de
sua mulher Maria Quaresma Barbosa; neto materno de Manuel Gomes Bar bosa, e de
Francisca da Conceição; bisneto pelas duas varonias, paterna e materna, de
outro João Gomes Barbosa, e de Ignez Gonçalves. As armas dos Barbosas. — Br. p.
a 13 de abril de 1758. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 114 v. (C. C.)
1085. JoÃO BAPTISTA CoRRAUD
CLoots VANZELLER, cavaleiro da ordem de Christo, filho de Ambrosio Thomaz
Corraud, natural da cidade de Marselha, reino de França, d’onde veio para esta
de Lisboa, e de sua mulher D. Maria Catharina Cloots, na tural d’esta mesma cidade;
neto pela parte paterna de Ambrosio Corraud, e de D. Clara Beaumont, e pela
materna neto de Paulo Cloots, natural da cidade de Amsterdam, mora dor que foi
n'esta de Lisboa, e de sua mulher D. Luiza Maria Vanzeller, natural d’esta
mesma cidade. Um escudo partido em pala; na primeira as armas das familias
Cloots, e na se gunda as de Vanzelleres. — Br. p. a 15 de janeiro de 1783. Reg.
no Cart. da N., liv. III, fl. 83. (C. C.)
1086. JoÃo BAPTISTA DA FonsECA
CoELHo CARDoso, da cidade de Lamego, filho de Agostinho Teixeira de Almeida,
professo na ordem de Christo, familiar do Santo Ofi cio, e de sua mulher D.
Francisca Thereza da Fonseca Coelho; neto paterno de João Tei xeira de Almeida,
e de sua mulher D. Maria Carneiro Correa, filha de Manuel Correa Car doso, neta
de outro Manuel Correa Cardoso, e bisneta de Balthasar Correa da Fonseca e de
sua mulher Francisca Cardoso, filha de Luiz Cardoso, e de sua mulher e parenta
Guio mar Teixeira; neta paterna de Francisco Cardoso, capitão-mór de S.
Martinho de Mouros, descendente da casa de Cardoso; neta materna de Luiz Vaz
Cardoso, Senhor do solar e honra de Cardoso, fidalgo da casa real; e o dito
Balthasar Correa da Fonseca, filho de Francisco da Fonseca, e de sua mulher
Lucrecia Correa; neto paterno de Gaspar da Fon seca, descendente de Ruy Lopes
Homem, muito cavalheiro; neto materno de Gaspar Dias Correa, e de sua mulher
Margarida Correa; bisneto de Gonçalo Dias Correa, moço fidalgo da casa do
senhor rei D. Manuel; neto materno de João Baptista da Fonseca Coelho, e de sua
mulher D. Maria Luiza; bisneto de Antonio da Fonseca Coelho, sobrinho de Marcos
da Fonseca Coelho, commendador da ordem de S. Bento de Aviz, e capitão de
infanteria que foi nas guerras da Acclamação. As armas dos Cardosos, Correas,
Coelhos, e Fonsecas. — Br. p. a 17 de maio de 1753. — Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 57 v. (C. C.)
1087. JoÃO BAPTISTA PEREIRA DA
RochA, natural da cidade de Lamego, filho de Diogo José Soares, e de sua mulher
D. Maria Joaquina Pereira da Rocha; neto de João Pereira da Rocha, e de sua
mulher D. Anna Pereira da Rocha; e bisneto de outro João Pereira da Rocha. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, e na segunda as dos
Rochas. — Br. p. a 18 de fevereiro de 1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl.
162. (C. C.)
1088, Jo Âo BAPTISTA SANTIAG o
RoBALLO PACHECO DA SILVA, morador na villa de S. Francisco, arcebispado da
Bahia; filho do doutor João Baptista Sant'Iago Roballo Pacheco da Silva, e de
sua mulher D. Michaela Rosa da Silva; neto pela parte paterna de João Baptista
Sant'Iago, e de sua mulher D. Maria Rosa Baptista da Silva; neto pela parte
materna de Manuel Mendes Bordalo, e de sua mulher Joanna Maria. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Pachecos, no segundo as dos Sant'Iagos, no
terceiro as dos Roballos, e no quarto as dos Silvas. — Br. p. a 3 de outubro de
1795. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 98. (C. C.)
1090. JoÃo BAPTISTA DA SILVA
BARRos, da villa de Guimarães, filho de Theotonio da Silva Barros, e de sua
mulher D. Custodia Maria Vieira; neto paterno de André da Silva Barros, e de
sua mulher D. Isabel da Silva; e materno de João Antonio Vieira, e de sua
mulher D. Josepha Rodrigues. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto
quarteis as armas dos Silvas, no se gundo as dos Barros, e no terceiro as dos
Vieiras. —Br. p. a 25 de setembro de 1815. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl.
322 v. (C. C.)
1091. JoÃo BAPTISTA DA SILVA
CoUTINHo E ABREU, graduado em direito canonico pela Universidade de Coimbra,
superintendente das caudelarias da comarca de Leiria, e natural da mesma
cidade; filho do doutor Manuel da Silva Ferreira, e de D. Luiza de Abreu
Coutinho; neto pela parte paterna do capitão Paschoal da Silva, e de D. Isabel
Fer reira; e pela materna de João Rodrigues da Silva, e de D. Maria de Abreu
Coutinho. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos
Silvas, no se gundo as dos Coutinhos, e no terceiro as dos Abreus, — Br. p. a 2
de agosto de 1792. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 257 v. (C. C.)
1092. JoÃo BAPTISTA DE Sous A,
administrador do antigo morgado denominado Gon domil, no couto de Moure, e
capitão-mór do mesmo couto, e de Feitosa; filho de Joã0 Gomes de Sousa Lanhos,
que foi capitão-mór dos ditos coutos, e de D. Antonia de Lemos da Cunha, da
casa dos Bouças, illustre familia da provincia do Minho; neto pela parte pa
terna de Alexandre Gomes Loureiro Peixoto, e de sua mulher D. Marianna; neto
pela parte materna de Miguel de Carvalho e Sousa, e de sua mulher D. Martha de
Sousa da Cunha. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Sousas, e
na segunda as dos Gomes. — Br. p. a 29 de novembro de 1796. Reg. no Cart. da
N., liv. V, fl. } (C. C.)
1093. João BARATA DA GUERRA CostA
E CUNHA (Capitão), familiar do Santo Ofi cio do numero, natural do logar de
Monforte da Beira, termo e comarca da cidade de Cas tello-branco; filho do
capitão João Barata da Guerra, tambem familiar do Santo Oficio do numero,
natural do dito logar de Monforte da Beira, e de sua mulher D. Maria Vaz da ca
pitão do referido logar Diogo Padilhas, o qual na guerra de Castella no anno de
1672 sendo cercado no forte do mesmo logar que estava governando, com mais de
seis mil homens de tropa castelhana, por muitas vezes lhes tomou as presas de
gados que eles vinham fazer na dita provincia, O que tudo obrou com tão
distincto valor, que a mesma mogestade se dignou escrever-lhe uma carta de
louvor; neto pela sua varonia de Pedro da Costa Cunha da Guerra, e de sua
mulher D. Maria de Carvalho; bisneto do capitão Bartholomeu da Costa Cunha da
Guerra, e de sua mulher D. Maria Martins Barrantes, da esclarecida familia
d’este appelido, da praça de Alcantara, do reino de Castella, institui dora da
capella de que o supplicante é administrador na villa da Zibreira; terceiro
neto de Belchior da Costa Pacheco Cunha da Guerra, e de sua mulher D. Thereza
de Almeida; quarto neto de Antonio Rodrigues Cunha da Guerra, capitão-mór da
villa de Celorico da Beira, e de D. Isabel Pacheco da Costa, filha de D. Maria
Pacheco, descendente do grande Duarte Pacheco Pereira, bem conhecido pelas
egregias acções que obrou na India, e dos Costas Corte-reaes, por seu avô João
da Costa Corte-real, fidalgo da casa real, cavalleiro na ordem de Christo, e
alcaide-mór de Linhares; quinto neto de Sebastião Rodrigues da Guerra, fidalgo
illustre do reino de Galliza, que passando a Portugal se estabeleceu na dita
villa de Celorico da Beira, onde cason com D. Isabel Rodrigues, cuja
descendencia se derivou a Linhares e d’ahi a Monforte da Beira; a qual se acha
actualmente restricta na casa do Supplicante, e na de Jacinto Homem da Cunha
Corte-real, capitão-mór da dita villa de Linhares, com quem o supplicante se
trata por parente, e trataram os progenito res do supplicante, de uma e outra
casa. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Costas, no
segundo as dos Cunhas, no terceiro as dos Guerras, e no quarto as dos Paehecos,
descendentes do referido Duarte Pacheco Pereira. — Br. p. a 14 de novembro de
1782. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 73 v. (C. C.)
1094. JOÃO BARATA DA GUERRA COSTA
DA CUNHA, familiar do Santo Oficio do nu mero, senhor do morgado de Monforte da
Beira, e natural do mesmo logar, termo e co marca da cidade de Castello-branco;
filho de João Barata da Guerra Costa e Cunha, ca pitão de infanteria auxiliar,
familiar do Santo Oficio do numero, e de sua prima e mulher D. Maria Vaz da
Costa Padilha, instituidores do dito morgado, filha legitima de Pedro Pa dilha,
e de D. Maria de Sequeira, e neta pela parte paterna de Diogo Padilha, capitão
do dito logar, o qual no anno de 1654, na guerra da feliz acclamação, sendo
cercado no forte que ele estava governando com mais de seis mil homens de
tropas castelhanas, os fez levantar o cerco e os desbaratou inteiramente com
perda total de sitiadores, e por muitas vezes lhes tomou as presas de gados,
que elles vinham fazer n'aquella provincia, o que tudo obrou com tão distincto
valor, que a mesma magestade se dignou escrever-lhe uma carta de louvor além
das honradas e authenticas certidões que de tudo lhes passaram os gene raes da
província da Beira e mais oficiaes de milicia e justiça; neto o supplicante
pela sua varonia de Pedro da Costa Cunha da Guerra, e de sua mulher D. Maria de
Carvalho; bis neto do capitão Bartholomeu da Costa Cunha da Guerra, e de sua
mulher D. Maria Mar tins Barrantes, da esclarecida familia deste appelido da
praça de Alcantara, do reino de Castella, da qual foi tambem descendente o
glorioso S. Pedro de Alcantara, e instituido res da capella de que o
supplicante é administrador na villa da Zibreira; terceiro neto de Belchior da
Costa Pacheco Cunha da Guerra, capitão-mór da villa de Celorico da Beira, e de
D. Isabel Pacheco da Costa, filha de D. Maria Pacheco, que era descendente do
grande Duarte Pacheco Pereira, bem conhecido pelas egregias acções que obrou na
India, e dos Costas Corte-reaes, por seu avô João da Costa Corte-real, fidalgo
da casa real, cavalleiro da ordem de Christo, e alcaide-mór de Linhares; quinto
neto de Sebastião Rodrigues da Guerra, fidalgo illustre do reino de Galliza,
que passando a Portugal se estabeleceu na villa de Celorico da Beira, onde
casou com D. Isabel Rodrigues, cuja descendencia se de rivou a Linhares, e
d’ahi a Monforte da Beira, a qual se acha actualmente restricta na casa do
supplicante, e na de Jacinto Homem da Cunha Corte-real, capitão-mór da vila de
Li nhares, com quem o supplicante se trata por parente, e trataram os
progenitores de uma e Outra CaSa. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Guerras, no segundo as dos Baratas, no terceiro as dos Costas, e
no quarto as dos Pachecos. — Br. p. a 16 de junho de 1784. Reg. no Cart. da N.,
liv. III, fl. 139. • |- (C. C.)
1095. JoÃo BARBUDo, morador na
Raposeira, termo de Lagos, filho de Filippe Gon çalves Barbudo, e neto de
Gonçalo Barbudo Vassallo, que foi do tronco d'esta geração. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo
de campo de oiro com cinco estrellas de vermelho, em aspa, e uma bordadura de
azul, e por diferença uma merleta de prata; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, pa quife de oiro e vermelho, e por timbre uma aspa de oiro com cinco
estrellas de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender
da geração e linhagem dos Barbudos. —Dada em Evora a 13 de julho de 1534. Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. XX, fl. 139.
1096. JoÃo BARRETo DE SÁ E
MENEZEs, capitão-mór das ordenanças da villa de S. Francisco das Chagas da
Barra do Rio-grande do Sul, filho do capitão João de Mene zes Barreto, e de sua
mulher D. Rita Barreto de Menezes; neto paterno de João Rodri gues Barreto,
capitão do regimento de infanteria de linha da cidade da Bahia, e de sua mu
lher D. Anna de Sá; e materno do sargento-mór Sebastião Alves da Fonseca,
profess0 na ordem de Christo, e de sua mulher D. Maria de Sousa. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Barretos, e na segunda as dos
Menezes. — Br. p. a 11 de fevereiro de 1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl.
159. |- (C. C.)
1097. JoÃo DE BARRos, doutor e
desembargador, filho do doutor Diogo Gonçalves, e de Briolanja de Barros; neto
de João de Barros, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d’esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo vermelho com tres bandas de prata e nove
estrellas de oiro sobre 0 campo, sendo uma na ponta mais alta, tres em cada uma
das do meio, e duas na mais baixa, e por diferença uma brica azul com um —Y— de
prata: elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho e
prata, e por timbre uma aspa vermelha e sobre ela cinco estrellas de oiro; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por des cender da geração dos Barros.
— Dada em Lisboa a 23 de junho de 1553. Reg, no liv. 1 de Privilegios, fl. 341
V.
1098. JoÃo DE BAs To MAIA
PEREIRA, cavalleiro professo na ordem de Christo, na tural da freguezia de S.
João da Foz, comarca da cidade do Porto; filho de João de Basto Maia, e de D.
Josepha Francisca Pereira; neto paterno do capitão José Fernandes Maia, e de
sua mulher Isabel de Basto; neto materno do capitão Bento Pereira Pederneira, e
de sua mulher Antonia Francisca Pereira. As armas dos Maias, Bastos, e
Pereiras. — Br. p. a 7 de novembro de 1764. Reg. n0 Cart. da N., liv.
particular, fl. 138. (C. C.)
1099. João BERNARDo BoRRALHo,
sargento-mór da primeira plana militar, e aju dante de ordens do governador e
capitão general da cidade do Pará, cavaleiro da ordem mulher D. Catharina Maria
da Silva; neto paterno de Domingos Correa de Azevedo, governador de Ouguella,
com patente de tenente coronel, e de sua mulher D. Maria Benedicta; neto ma
terno de Domingos Sebastião, lavrador da Penha do Gato, de terras suas, e de
sua mulher D. Maria Francisca Ephigenia; sendo o mesmo supplicante irmão de
Francisco Rodrigues Borralho, que faleceu em Gôa com a patente de coronel, de
Joaquim Pedro Borralho, ca pitão de infanteria paga da dita cidade do Pará, e
de Silvestre Joaquim Pedro Borralho, pri meiro tenente commandante da terceira
companhia do primeiro regimento da real armada. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Correas, no segundo as dos Azevedos, no terceiro
as dos Borralhos, e no quarto as dos Silvas. —Br. p. a 29 de julho de 1797.
Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 197. (C. C.)
1100. JoÃO BERNARDO MALAFAYA MAs
CARENHAs, filho de José Bernardo da Costa, e de D. Anna Malafaya Mascarenhas;
neto materno de Francisco da Silva, e de D. Maria da Silva Malafaya
Mascarenhas; bisneto de Narciso Malafaya Mascarenhas, e de D. Antonia da Silva;
terceiro neto de Manuel Alvares da Silva, e de D. Paschoa do Couto Malafaya Mas
carenhas; quarto neto de Balthasar do Couto, e de D. Christina Malafaya
Mascarenhas; quinto neto de Pedro Rodrigues Malafaya, e de D. Anna Jorge; sexto
neto de Belchior de Malafaya, commendador da ordem de Christo; setimo neto de
Pantaleão Rodrigues Mala faya, commendador de S. Salvador de Brazia, em Arouca.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Malafayas, e na segunda as
dos Mascarenhas. — Br. p. a 13 de dezembro de 1792. Reg. no Cart. da N., liv.
Iv, fl. 270. (C. C.)
1101. JoÃo BoRGEs, morador em
Alemquer, filho de Alvaro Borges, e neto de João Borges, fidalgo muito honrado
e do tronco d'esta geração dos Borges. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecessores : — Escudo de campo vermelho com
um leão de oiro com o rabo retornado contra a ca beça, com uma bordadura de
azul semeada de flores de liz de oiro, e por differença uma merleta de prata;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por
timbre o mesmo leão com uma flor de liz de oiro na cabeça; com todas as honras
de fidalgo por descender da nobre geração e linhagem dos Borges. — Dada em
Evora a 18 de janeiro do 1536. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXII, fl. 6.
1102. JoÃo BoRGEs D E GoEs
(Doutor), natural da cidade de Santa Maria de Belem do Grã-Pará, filho de
Lazaro Fernandes Borges, familiar do Santo Oficio, e de sua mu lher D. Antonia
Maria Ferreira de Goes; neto pela parte paterna de Marcos Fernandes Borges,
familiar do Santo Oficio, e de sua mulher D. Joanna Gonçalves da Silva, ele
filho de Antonio Fernandes Borges, e de sua mulher D. Isabel Gonçalves de
Araujo, e ella fi lha de Filippe Fernandes Borges, e de sua mulher D. Isabel
Gonçalves da Silva; e pela parte materna se mostrava tambem que elle é neto do
capitão Manuel de Goes, familiar do Santo Oficio, e de sua mulher D. Thomazia
Ferreira de Mello; bisneto de Amaro Si mões de Carvalho, e de sua mulher D.
Maria Francisca Rita de Goes, ele filho de Manuel Francisco de Carvalho, e de
sua mulher D. Isabel Simões, e ella filha de Antonio Fran cisco, e de sua
mulher D. Maria Francisca de Goes, e a dita D. Thomazia Ferreira de Mello,
filha do capitão João Monteiro de Azevedo, e de sua mulher D. Thomazia de
Sousa, e ella filha de José Ferreira Pacheco, e de sua mulher D. Maria de
Gusmão. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Borges, no
segundo as dos Goes, no terceiro as dos Pachecos, e no quarto as dos Gusmãos, —
Br. p. a 2 de se tembro de 1784. Reg, no Cart. da N., liv. III, fl. 157 v. (C.
C.)
1104. Joà o BRANDÃO DA SILVA
PINHEIRO PEREIRA, bacharel formado na faculdade de canones, administrador do
morgado que instituiu o reverendo doutor Christovão Fer nandes de Oliveira, e
senhor de Payalvo, natural da villa de Oliveira do Bairro, comarca de Aveiro;
filho do doutor Manuel Brandão da Silva, administrador do dito morgado, e de
sua mulher D. Marianna Rosa, senhora de Payalvo; neto pela parte paterna do dou
tor João Brandão da Silva, e de sua mulher D. Maria Thereza de Oliveira, irmã
do reve rendo doutor Christovão Fernandes de Oliveira, instituidor do dito
morgado; neto pela Ferreira. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Brandões, no segundo as dos Silvas, no terceiro as dos Pereiras, e no
quarto as dos Pinhos. — Br. p. a 9 de novembro de 1792. Reg. no Cart. da N.,
liv. IV, fl. 268 v. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Cabraes, no segundo as
dos Mellos, no terceiro as dos Sousas, e no quarto as dos Machados. — Br. p. 15 de ju lho de 1779. Reg. no Cart. da N., liv.
II, fl. 195 v. (C. C.)
1106. JoÃo CAETANO PEREIRA
VALENTE (Doutor), presbytero secular do habito de S. Pedro, da freguezia de
Santa Marinha de Aranca; filho do capitão Manuel Pereira An tão, e de sua
mulher Brigida Joanna Tavares de Resende; neto pela parte paterna de Ma nuel
Pereira, e de sua mulher Domingas de Oliveira; bisneto do capitão Manuel Antão
Pereira; e pela materna neto do capitão Manuel de Resende Fragoso, e de sua
mulher Thereza Valente. Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Pereiras, no se gundo as dos Oliveiras, no terceiro as dos Tavares, e
no quarto as dos Valentes. — Br. p. a 26 de abril de 1776. Reg. no Cart. da N.,
liv. II, fl. 91. (C. C.)
1107. JoÃo CAETANO DE SAMPAIO
PEIXoto, natural da cidade de Braga, filho do doutor Caetano José de Sampaio
Peixoto, e de sua mnlher D. Anna Maria Soares; neto pela parte paterna de
Manuel de Sampaio, e de D. Joanna da Silva e Almeida; bisneto de Mathias de
Sampaio, e de D. Angela Peixoto; terceiro neto de Manuel de Sampaio, e de D.
Paula Carvalho. «Um escudo com as armas dos Sampaios. — Br. p. a 22 de maio de
1787. Reg, no Cart. da N., liv. IV, fl. 6. (C. C.)
1108, Jo Áo CA MACHO DE BRITo,
filho de Bartholomeu Gomes de Brito, alferes de infanteria do regimento de
Serpa, e de sua mulher Angela Gonçalves Monteza, filha do capitão Estevão
Guisado Raposo, e de sua mulher Maria Gonçalves Janeira; neto pela sua varonia de
Domingos Coelho de Brito, e de sua mulher Joanna Louzã; bisneto de João Camacho
Guerreiro, e de sua mulher Margarida Coelho; terceiro neto de outro João Ca
macho Guerreiro, que foi sargento-mór da villa de Almodovar, e de sua mulher
Isabel Guerreiro de Brito, filha de Diogo Mestre de Brito, e de sua mulher
Maria Guerreiro Boim. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Britos, no segundo as dos Camachos, no terceiro as dos Guerreiros, e no quarto
as dos Raposos. — Br. p. a 5 de abril de 1780. Reg. no Cart. da N., liv. II,
fl. 237 v. (C. C.)
1109. JoÃO CAMACHO REBELLo,
morador em Lisboa. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul com tres faxas de oiro e em
cada uma uma flor de liz verme lha, postas em banda, e por differença uma luma
de prata; elmo de prata aberto guar necido de oiro, e por timbre duas flores de
liz vermelhas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
nobre geração e linhagem dos Rebellos.—Dada em Lisboa a 9 de setembro de 1532.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XVIII, fl. 90 v.
1110. JoÃO CAMILLO DA SILVA So Us
A E BAsto, cavaleiro professo na ordem de Sant'Iago da Espada, filho de
Clemente da Silva Neves, e de D. Joanna Maria Margarida de Sousa: neto paterno
de Manuel Fernandes da Silva, e de D. Maria da Silva; e ma terno de João
Villela Basto, e de D. Thereza Maria de Jesus Leitão e Sousa. Um escudo partido
em pala; na primeira as armas dos Sousas, e na segunda as dos Silvas. — Br. p.
a 12 de outubro de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 13 v. (C. C.)
1111. JoÃO CANDIDo DA CostA E
CAMPos, natural de Lisboa, cavaleiro professo na ordem de Sant'Iago da Espada,
e escrivão da Correição do civel da côrte e casa da sup plicação; filho de
Mattheus Gonçalves da Costa, cavaleiro professo na ordem de Christo, e
egualmente escrivão do civel da côrte, e de sua mulher D. Isabel Joaquina Maria
de Campos; neto paterno de João Gonçalves da Costa, tambem escrivão do referido
juizo, e de sua mulher D. Maria Bernarda; neto materno de Manuel Francisco de
Campos, caval leiro professo na ordem de Christo, escudeiro cavaleiro da casa
real, e negociante de grosso tracto da praça desta cidade, e de D. Luiza da Luz
e Sousa. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Costas, e na
segunda as dos Campos. — Br. p. a 9 de novembro de 1825. Reg. no Cart. da N.,
liv. VIII, fl. 165. (C. C.)
1113. JoÃo CARDoso DE LEMos,
sargento-mór, cavalleiro do Esporão de Oiro de Roma, notario publico
apostolico, morador no bispado de Marianna, estado da America, e natural da
villa da Covilhã; filho de Manuel Cardoso, e de sua mulher D. Seraphina da
Fonseca de Lemos; neto paterno de Filippe de Carvalho, e de sua mulher D.
Isabel Car doso; neto materno de Antonio de Lemos, e de sua mulher D. Francisca
Monteiro. As armas dos Carvalhos, Lemos, Cardosos, e Monteiros, — Br. p. a 24
de janeiro de 1758. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 113 v. (C. C.)
1114. JoÃO CARLos DE MELLo E ARAUJo,
presbytero secular, bacharel formado na faculdade dos sagrados canones, vigario
da egreja de Nossa Senhora do Rosario da villa de Goyana; filho de Manuel de
Mello e Araujo, e de sua mulher D. Quiteria Bernardina Bezerra; neto pela parte
paterna de João Fernandes de Araujo, e de sua mulher D. Anna Maria Ferreira de
Azevedo; e por parte materna de Pedro Coelho Pinto, capitão de in fanteria paga
da cidade de Olinda, capitania de Pernambuco, e de sua mulher D. Ignez Pessoa
Bezerra; bisneto por parte materna de Antonio da Silva Pereira, capitão-mór que
foi da villa de Igarasú, filho de João Dourado de Azevedo, professo na ordem de
Christo, este filho de Antonio da Silva, o qual tendo exercicio de capitão de
cavallaria na mesma restaura dores d’ella, e houve-se com tanto valor, e fez
tão relevantes serviços á corôa, que foi pro movido em um dos governos do reino
de Angola. Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Mellos, no se gundo as dos Araujos, no terceiro as dos Pessoas, e no quarto as
dos Bezerras. — Br. p. a 28 de março de 1798. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl.
15. (C. C.)
1115. Jo Âo CARVALHo DE ARAUJo,
cavaleiro professo na ordem de Christo, filho de Simão de Araujo, e de sua
mulher Maria Carvalho; neto paterno de Manuel de Araujo, e de sua mulher Anna
Francisca; e pela parte materna neto de Manuel Fernandes, e de sua mulher
Domingas Carvalho, todos naturaes da freguezia de Sant'Iago de Lanhoso. As
armas dos Araujos, e Carvalhos. —Br. p. a 25 de agosto de 1759. Reg. no Cart. da
N., liv. particular, fl. 123 v. • (C. C.)
1116. Jo Âo CARVALHo D E MAGALHÃEs
(bacharel), filho legitimo do capitão João Car valho de Magalhães, e de sua
mulher D. Luiza de Mattos e Figueiredo; neto pela parte paterna de Manuel de
Carvalho e Magalhães, e de sua mulher D. Bernarda de Sousa Ma galhães; e pela
materna neto de Jeronymo de Mattos, e de sua mulher D. Isabel Fran cisca de
Figueiredo. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos,
no segundo as dos Magalhães, no terceiro as dos Mattos, e no quarto as dos
Figueiredos. — Br. p. a 30 de novembro de 1767. Reg. no Cart. da N., liv. I,
fl. 61. J (C. C.
1117. JoÃO DE CAs TILHo, escrivão
da camara real, filho de João de Castilho, que foi morador na villa de Thomar e
natural das montanhas do reino de Biscaia. Carta pela qual el-rei D. Sebastião
lhe concede e a seus descendentes o seguinte bra zão de seus antecessores: —
Escudo de campo verde com um castello de prata com as portas e frestas e
lavrado de preto, e em cima da torre do meio uma flor de liz de oiro, e á porta
do castello duas lebres de prata, olhando uma para a outra, com colleiras ver
melhas e presas por umas cadeias de oiro que saem das bombardeiras; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, prata e verde, e por timbre
uma das lebres das armas, e por differença uma muleta de oiro; com todas as
honras e privilegios de nobre fidalgo por descender da geração dos Castilhos do
reino de Biscaia.—Dada em Lis boa a 16 de fevereiro de 1561, Reg. na Chanc. de
D. Sebastião, liv. II, fl. 44 v.
1118. JoÃO DE CASTRO, morador em
Evora. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo de prata com seis arruelas de azul, em duas
palas, e por diferença uma lua vermelha; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de prata e azul, e por timbre um leão de prata com seis arruelas
de azul; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração
e linhagem dos Castros. — Dada em Lisboa a 22 de junho de 1529. Reg. na Chanc.
de D. João III, liv. XVII, fl. 81.
1119. JoÃO DE CASTRO DA Roch A
TAVARES JUNIoR (Bacharel), filho de João de Castro da Rocha Tavares Pereira
Corte-real, senhor da casa de Feijó, juiz dos direitos reaes, e capitão-mór da
villa da Feira; e de sua mulher D. Antonia de Castro Corte-real; neto paterno
do sargento-mór Francisco Joaquim da Rocha Tavares Pereira Corte-real, ca
valeiro professo na ordem de Christo, e juiz dos direitos reaes, que foi de
propriedade no condado da Feira, e de sua mulher D. Violante Luiza Pereira de
Castro, filha de Manuel Pereira de Castro, senhor da dita casa de Feijó e
morgado de Sernadello, e de D. Leo nor Queiroz Monteiro e Azevedo; bisneto de
Salvador da Rocha Tavares Pereira Corte real, senhor dos morgados de Castelons
de S. Martinho de Arguncelhe, e de Pegueiros, e padroeiro in solidum da egreja
da dita freguezia de Santa Maria de Pegueiros, e de sua mulher D. Anna Maria de
Sousa Vieira de Avila; terceiro neto de Manuel Tavares da Rocha Pereira,
morgado e padroeiro de Santa Maria de Pegueiros, e de D. Maria de Mat tos
Soares da Fonseca; quarto neto de Francisco Tavares da Rocha Pereira
Corte-real, morgado e padroeiro da egreja de Santa Maria de Pegueiros, e de D.
Maria Lobato Go dinho; quinto neto de Manuel Tavares da Rocha Pereira Pinto
Corte-real, morgado e pa droeiro de Santa Maria de Pegueiros, e de D. Martha da
Cunha; sexto neto de Francisco Tavares Pinto, e de D. Margarida da Rocha,
herdeira do morgado e padroado de Santa Maria de Pegueiros; setimo neto de Jeronymo
Tavares Pereira, e de D. Maria Pinto, filha dos senhores da honra de Paramos;
oitavo neto de Francisco Tavares, instituidor do vin culo de Castelons, filho
dos senhores de Mira, e dos Pescados de Aveiro, e de sua mu lher D. Maria
Pereira, filha de D. Manuel Pereira, conde da Feira, Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Corte-reaes, no segundo as dos Tavares, no
terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Castros. — Br. p. a 20 de
fevereiro de 1825. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 133. (C. C.)
1120. JoÃO DE CAST Bo DA RochA
TAVARES PEREIRA CORTE-REAL, senhor da casa de Feijó, juiz dos direitos reaes, e
capitão-mór da villa da Feira; filho do sargento-mór Francisco Joaquim da Rocha
Tavares Pereira Corte-real, cavalleiro professo na ordem de Christo, e juiz dos
direitos reaes que foi de propriedade no condado da Feira, e de sua mulher D.
Violante Luiza Pereira de Castro, a qual era filha de Manuel Pereira de Castro,
senhor da dita casa de Feijó, e morgado de Sernadello, e de D. Leonor Queiroz
Monteiro e Azevedo; neto paterno de Salvador da Rocha Tavares Pereira
Corte-real, senhor dos morgados de Castelões, de S. Martinho de Arguncilhe, e
de Pegueiros, e padroeiro in soli dum da egreja da dita freguezia de Santa
Maria de Pegueiros, e de sua mulher D. Anna Maria de Sousa Vieira de Avila;
bisneto de Manuel Tavares da Rocha Pereira, morgado e padroeiro de Santa Maria
de Pegueiros, e de D. Maria de Mattos Soares da Fonseca; ter ceiro neto de
Francisco Tavares da Rocha Pereira Corte-real, morgado e padroeiro da egreja de
Santa Maria de Pegueiros, e de D. Maria Lobato Godinho; quarto neto de Ma nuel
Tavares da Rocha Pereira Pinto Corte-real, morgado e padroeiro de Santa Maria
de Pegueiros, e de D. Martha da Cunha; quinto neto de Francisco Tavares Pinto,
e de D. Mar garida da Rocha, herdeira do morgado e padroado de Santa Maria de
Pegueiros; sexto neto de Jeronymo Tavares Pereira, e de D. Maria Pinto, filha
dos senhores da honra de Pa ramo; setimo neto de Francisco Tavares, instituidor
do vinculo de Castelloens, que foi filho dos senhores de Mira e Pescados de Aveiro,
e de sua mulher D. Maria Pereira, fi lha de D. Manuel Pereira, conde da Feira.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Rochas, no segundo as
dos Tavares, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Castros, — Br. p.
a 2 de abril de 1813. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 271 v. (C. C.)
1121. JoÃo CHANoco, natural de
Beja, filho de Lopes Chanoco, cavalleiro, fidalgo muito honrado e do tronco da
geração dos Chanocos, e o principal d’elles; e bem assim era filho de Joanna de
Sequeira, e bisneto de Lopo de Sequeira, que foi fidalgo muito honrado e do
tronco da geração dos Sequeiras. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede
o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o
primeiro partido em pala, de oiro e azul, com dois braços de leão, rompentes,
armados um de vermelho sobre o oiro e o outro de oiro SO de azul com cinco
vieiras de oiro riscadas de preto, em aspa, e por differença um trifolio de
verde; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho e
azul, e por timbre os dois braços com uma estrella de oiro na mão do braço
vermelho; com to das as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração e linhagem dos Chanocos e Sequeiras. — Dada em Evora a 27 de setembro
de 1536. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXII, fl. 92.
1122. JoÃo CHRysostoMo DA SILVA
VALLE Lobo, cavaleiro professo na ordem de Christo, bacharel formado nos
sagrados canones pela Universidade de Coimbra, e natural da cidade de Lisboa;
filho de José Antonio da Silva Valle, e de sua mulher D. Joanna Antonia
Margarida da Silva Lobo; neto pela parte paterna do sargento-mór aggregado á
plana da côrte Roberto Soares da Silva, e de sua mulher D. Maria Josepha
Lobato; neto pela parte materna de Polycarpo Paes de Sousa, e de sua mulher D.
Antonia da Silva Lobo. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as
armas dos Silvas, no se gundo as dos Valles, e no terceiro as dos Lobos. — Br.
p. a 13 de novembro de 1793. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 6. (C. C.)
1123. JoÃO CLAUDIo FERREIRA
CALADO DE OLIVEIRA, juiz de fóra da villa de Alandroal, natural da de Punhete;
filho de José Caetano de Oliveira, e de D. Maria Tho mazia de Jesus Ferreira da
Silva; neto pela parte paterna de Manuel Rodrigues de Oli veira, e de Maria
Vicente; e pela materna neto de Lucas Ferreira Calado, e de D. Joanna Paula
Maria da Silva. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Oliveiras, no segundo as dos Silvas, no terceiro as dos Ferreiras, e no quarto
as dos Calados. — Br. p. a 8 de março de 1778. Reg. no Cart. da N., liv. II,
fl. 151. (C. C.)
1124. Jo Âo Co ELHo. natural de
Villa-franca, filho de Martim Coelho, morador na dita villa, neto de João
Coelho, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geração, e Sobrinho de
Gonçalo Coelho. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo de oiro com um leão de purpura e
faxado em tres faxas Xaqueta das de oiro e azul, e uma bordadura de azul cheia
de coelhos de prata malhados de preto, e por diferença uma merleta de oiro;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de purpura e oiro, e por
timbre o mesmo leão com um dos coelhos nas unhas; com to das as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Coelhos.
F#" em Lisboa a 1 de fevereiro de 1542. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. xxxII, . 12.
1125. JoÃO DA Cost A BARRos RochA
Do AMARAL, capitão de milicias da cidade do Rio de Janeiro, d’onde é natural;
filho do sargento-mór Alexandre da Costa Barros, cidadão da referida cidade, e
de sua mulher D. Catharina Vianna de Freitas; neto paterno de Alexandrc da
Costa, descendente da casa do morgado do Peso da Regoa, familiar do Santo
Oficio, e de sua mulher D. Antonia Nunes de Barros; neto materno do tenente co
ronel Salvador Vianna da Rocha, e de sua mulher D. Antonia Correa do Amaral, Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Costas, no segundo as dos
Barros, no terceiro as dos Rochas, e no quarto as dos Amaraes. — Br. p. a 29 de
dezembro de 1802, Reg. no Cart, da N., liv. VII, fl. 22 v. (C. C.)
1126. JoÃo DA CosTA BRANDÃo,
natural da cidade da Bahia de todos os Santos, fi lho de Francisco da Costa
Brandão, e de sua mulher D. Leonor Maria do Nascimento e Andrade; neto pela
parte paterna de Domingos Francisco, e de D. Isabel João; e pela materna de
Pedro Ferreira de Andrade, e de D. Cordula Maria de S. José. Um escudo partido
em pala; na primeira as armas dos Costas, e na segunda as dos Brandões. --Br.
p. a 10 de dezembro de 1773. Reg. no Cart, da N., liv. 1, fl. 216. (C. C.)
1127. JoÃO DA CosTA SANTos,
cavaleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo e assistente na
provincia do Minho, onde serve no regimento de milicias da Maia; filho de
Manuel da Costa Santos, e de sua mulher D. Maria da Assumpção; neto pela parte
paterna de Domingos da Costa, e de sua mulher D. Catharina de Abreu de Figuei
redo; bisneto de Manuel da Costa; e pela materna neto de Manuel Dias de Sousa,
e de sua mulher D. Maria Anna da Encarnação. Um escudo esquartelado; no
primeiro as armas dos Costas, no segundo as dos Sou sas, no terceiro as dos
Tavares, e no quarto as dos Abreus. — Br. p. a 27 de novembro de 1752. Reg. no
R. Arch. da T. do T., liv. XVIII das Mercês, fl. 281.
1128. JoÃo Cou CEIRO DA SILVA,
tenente da companhia de granadeiros do segundo regimento da real armada, e
administrador do vinculo que instituiram o reverendo Simão Pereira e seu irmão
Antonio Fernandes Pereira; filho de Antonio Pinheiro Pimentel, capi tão de uma
das companhias das ordenanças da villa de Pereira, comarca de Coimbra, e de sua
mulher D. Maria Josepha Couceiro, administradora do dito vinculo; neto pela
parte paterna de Manuel Gonçalves Floriado, e de sua mulher D. Isabel Pinheiro
Pimen tel; e pela parte materna de Antonio Couceiro da Silva, administrador do
referido vin culo, e de sua mulher D. Isabel Tavares; bisneto de Pedro
Fernandes da Silva, e de sua mulher D. Dionysia Couceiro, da qual consta serem
avós Domingos João, e sua mulher D. Catharina Couceiro, sendo o dito Domingos
irmão dos referidos instituidores do men cionado vinculo. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pinheiros, no segundo as dos
Pimenteis, no terceiro as dos Couceiros, e no quarto as dos Pereiras, — Br. p.
a 15 de março de 1796. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 122. (C. C.)
1129. JoÃO DA CUNHA CoUTINHo
Osoal o PINTo DA FoNs ECA, filho de Manuel da Cunha Osorio Pinto da Fonseca,
capitão-mór que foi do concelho de Unhão, e de D. Jo sepha Maria Brochado; neto
paterno de Paulo da Cunha Coutinho, capitão-mór que tam bem foi do mesmo
concelho; neto materno de João da Paz Monteiro, capitão de mar e guerra,
occupação que por muitos annos serviu com distincto valor, sendo assim descen
dente o dito João da Cunha Coutinho Osorio Pinto da Fonseca por ambas as linhas
de su jeitos que serviram esta corôa em varios empregos auctorisados na ordem
da mili cia, e em muitos honorificos logares do governo da republica,
singularisando-se entre elles seu quarto avô paterno Gonçalo Coelho de
Sequeira, capitão de infanteria que acompanhou o senhor rei D. Sebastião na
jornada de Africa, descendente tambem de D. João Osorio, seu antigo avô,
oriundo da casa e solar dos marquezes de Astorga, em Galliza. As armas dos
Cunhas, Coutinhos, Osorios, e Pintos. — Br, p, a 24 de outubro de 1753. Reg, no
Cart. da N., liv. particular, fl. 64. (C. C.)
1130. João Diogo FRANCIsco
HonTEGA SoloRzANo CosTA E CAVALLERI. Foi lhe conferido o seguinte: me representou
João Diogo Francisco Hortega Solorzano Costa e Cavalleri, natural de Hes panha,
e naturalisado em Portugal, fidalgo cavaleiro da minha real casa, commendador
da ordem militar portugueza de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, e da
ordem de Isabel a Catholica em Hespanha, consul geral de Portugal nas
provincias do norte d’a quelle reino; filho de Claudio Hortega Solorzano e
Castro, e de sua mulher D. Maria das Dores Jacoba Florentina Costa e Cavalleri;
neto paterno de Lazaro Hortega Solorzano, e de sua mulher D. Maria Manuela
Garcia; e materno de Eustachio Mathias Costa, e de sua mulher D. Josepha Moldes
de Cavalleri, descendentes das familias Drago e Cavalleri, e to mando em
consideração as suas qualidades e das illustres familias de que descende, e os
muitos e bons serviços que tem prestado a este paiz, não só no exercício das
funcções con sulares que exerce ha quinze annos, mas tambem cooperando a favor
da causa do meu throno, e da constituição deste paiz em differentes epocas, e
principalmente durante as ul timas perturbações politicas: Querendo por estes
respeitos dar-lhe um novo testemunho da minha real munificencia : hei por bem,
em vista dos documentos que apresentou e das informações havidas, e em plena
remuneração de todos os seus serviços, fazer-lhe mercê de um brazão de armas,
para que d’elle possa usar, o qual será da fórma seguinte: — Um escudo
esquartelado, tendo no primeiro quartel as armas da familia Cavalleri; no
segundo, em allusão aos serviços de supplicante, em campo azul um castello de
prata com ban deira portugueza, assente na margem de um rio de prata e azul; no
terceiro, tambem em allusão aos mesmos serviços, em campo azul uma embarcação
de guerra, de prata, com tres mastros e bandeira portugueza, e em mar de prata
e azul; e no quarto as armas da familia Drago.» — Em data de 18 de dezembro de 1848.
(M. N.) Reg, no Cart. da N., liv. VIII, fl. 338. (C. C.)
1131. JoÃO DUARTE DE FARIA E
SILVA, cavaleiro professo na ordem de Christo, fa miliar do Santo Oficio,
natural da villa de Guimarães, e cidadão na cidade de Braga; fi lho de Manuel
Duarte de Faria, e de sua mulher D. Jeronyma de Faria e Silva; neto pa terno de
Francisco Duarte, e de sua mulher Antonia da Silva; neto materno de Manuel de
Faria, e de sua mulher Jeronyma Rebello. As armas dos Farias, Silvas e
Rebellos. — Br. p. a 4 de julho de 1753. Reg. no Cart. da N., liv. particular,
fl. 59 v. (C. C.)
1132. JoÃo DUARTE Do VALLE, filho
do ajudante-tenente João do Valle Peixoto, e de sua mulher D. Quiteria Duarte
de Meirelles: neto materno de João Duarte do Valle, e de sua mulher Maria de
Jesus: ele alferes de milicias da freguezia de Santo Antonio do Bom-retiro da
Roça-grande, e irmão de Francisco Duarte de Meirelles, e de Dionysio Duarte aos
quaes se passaram já seus brazões de armas, filhos todos de João Duarte do
Valle, e de sua mulher Catharina de Meirelles. As armas dos Valles, Meirelles,
e Peixotos. — Br. p. a 14 de agosto de 1762. Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 131. (C. C.)
1133. JoÃO E G As MoNIz,
cavalleiro, natural de Lisboa. Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul com cinco
estrellas de oiro, em aspa, e por diferença uma mu leta de prata; elmo de prata
aberto, paquife de oiro e azul, e por timbre um leão pardo azul com uma
estrella das armas na testa; com todas as honras e privilegios de fidalgo de
antiga linhagem por descender da nobre geração dos Monizes. — Dada em Lisboa a
fº de agosto de 1517. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. IX, fl. 38, e liv. VI
de Mist., fl. 150.
1134, JoÃo EsMERALDo, fidalgo da
casa real, morador na ilha da Madeira. Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe
concede e a seus descendentes o seguinte brazão de armas dos seus antecessores
: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de prata com uma banda preta, o
segundo de azul com uma faxa de oiro carnelea, o terceiro de prata com um leão
preto, e por cima d’elle um filete vermelho em banda, e em redor vi nhetas
pretas, e o quarto de azul e uma banda de prata fimbrada de vermelho; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre um leão
preto; com todas as honras, graças e privilegios dos fidalgos nobres de antiga
linhagem, por descen der da geração e linhagem dos Esmeraldos. — Dada em Evora
a 16 de maio de 1520. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. VI de Mist., fl. 174 v.
1135. JoÃO ESTEVES DA FONSECA
MARTINS, familiar do Santo Oficio, natural da freguezia de S. Paio de
Agua-longa, filho de Domingos Esteves, e de sua mulher D. Ru fina Martins; neto
pela parte paterna de outro Domingos Esteves, e de sua mulher D. Do mingas
Gonçalves, e pela materna de Domingos Martins, e de sua mulher D. Francisca
Fernandes. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos
Esteves, no se gundo as dos Fonsecas, e no terceiro as dos Martins. — Br. p. a
16 de fevereiro de 1773. Reg, no Cart. da N., liv. I, fl. 193. (C. C.)
1136. JoÃO EVANGELISTA
VILLA-REAL, cavalleiro professo na ordem de Christo, ca pitão de milicias da
provincia de Moçambique; filho de Antonio Alves, negociante, e de sua mulher D.
Maria Florencia Alves; neto paterno de Manuel Alves, proprietario, e ma terno
de José Caetano Gonçalves, proprietario, e de sua mulher D. Maria Gonçalves. Um
escudo com as armas dos Gonçalves. — Br. p. a 2 de junho de 1861. Reg, no Cart,
da N., liv. IX, fl. 42 V. (C. C.)
1137. JoÃo D E FARIA GUIMARÃES
FREITAS E CAs TRo, natural da freguezia de S. Vicente de Oleiros, termo da
villa de Guimarães, arcebispado de Braga; filho de Manuel Luiz de Faria
Guimarães, cavalleiro professo na ordem de Christo, e de sua mulher D. Maria
Thereza Vieira de Mattos; neto paterno de Manuel Luiz do Valle, e de sua mulher
D. Dionysia de Faria; bisneto de João de Faria Guimarães e Castro; neto materno
de João de Freitas, e de sua mulher D. Joanna Vieira de Mattos. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Farias, no segundo as dos
Guimarães, no terceiro as dos Freitas, e no quarto as dos Castros. — Br. p. a
17 de dezembro de 1791. Reg. no Cart, da N., liv. IV, fl. 242 v. (C. C.)
1138. JoÃo FARINHA, morador em Almada, filho
de Gomes Fernandes Farinha. Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a
seus descendentes o seguinte brazão de seus antecessores : — Escudo de campo
azul e nove montes de farinha em aspa, entre quatro cruzes de oiro floridas, e
vasias e cheias do primeiro; elmo de prata aberto, pa quife do mesmo elmo
forrado de azul, e uma grinalda de azul perfilada de oiro, e por timbre dois
molhos de espigas em aspa; com todas as honras de nobre e fidalgo, por des
cender da geração e linhagem dos Farinhas, que eram nobres e fidalgos. — Dada
em 1512. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. XLII, fl. 2 V, e liv. VII de
Guadiana, fl. 53.
1139. JoÃO FERNANDES DO ARco,
fidalgo de cota de armas, - Carta pela qual el-rei D. João II lhe concede e a
seus descendentes o seguinte brazão de armas: — Um escudo com campo de oiro, e
n'elle um saggitario, metade que é ho" dentro d’este vermelho com as
empolgueiras negras e a corda de prata, a frecha verde e branca, e o ferro
preto; pelos serviços por elle prestados a D. Affonso V nas tomadas de Arzilla
e Tanger, na Africa. — Dada em Vianna d’a par de Alvito, a 28 de fevereiro de
1485. Reg. na Chanc. de D. João II, liv. II de Mist., fl. 120.
1140. JoÃO FERNAND Es D E
CARVALHO VALENTE Do Couto, cavaleiro fidalgo da casa real, e natural da
extincta praça de Mazagão; filho de Francisco Rodrigues do Couto Valente,
cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo, e capitão de uma
das companhias de infanteria da cidade do Pará, e de sua mulher D. Antonia
Veiga da Fonseca; neto pela parte paterna de Mattheus Valente do Couto,
cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo, e que passou de
sargento-mór de infanteria da ex tincta praça de Mazagão para mestre de campo
do terço auxiliar da nova villa de Mazagão no estado do Grão-Pará, e de sua
mulher D. Catharina Rosa e Ascenção, filha do adair João Valente da Costa,
cavaleiro fidalgo da casa real, e professo na ordem de Christo; e por parte
materna de Bernardino da Fonseca, e de sua mulher D. Anna Fernandes de
Carvalho, filha de João Fernandes de Carvalho, tambem com o mesmo fôro,
professo na ordem de Christo, vedor geral que foi da dita praça de Mazagão, e
de sua mulher D. An tonia Veiga da Fonseca; bisneto por parte paterna de
Antonio Diniz do Couto, cavaleiro fidalgo da casa real, professo na Ordem de
Christo, o qual foi por muitos annos adair da cavallaria, e vedor geral da
referida extincta praça, e de sua mulher D. Maria Valente, filha do adair
Lazaro Valente Marreiros, com o dito fôro, e professo na ordem de Christo, e de
sua mulher D. Catharina Dias, e por parte materna de Ignacio Freire da Fonseca,
capitão que foi de engenheiros da mencionada praça, cavalleiro fidalgo da casa
real, pro fesso na ordem de Christo, e de sua mulher D. Maria da Fonseca, filha
de Luiz da Fon Seca Juzarte, e de sua mulher D. Isabel da Ascenção. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Valentes, no segundo as dos
Coutos, no terceiro as dos Fernandes, e no quarto as dos Carvalhos. — Br. p. a
9 de abril de 1799. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 71. (C. C.)
1141. JoÃO FERRÃO DE
CAsTELLo-BRANCO, protonotario e commendatario do mos teiro de Santa Maria de
Aguiar, filho legitimado natural de D. João Ferrão de Castello branco, que foi
abbade do dito mosteiro, e que foi do tronco d'esta geração. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus an tecessores
: — Escudo de campo azul com um leão de oiro com a lingua e unhas de ver melho,
e por diferença uma luma de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, pa
quife de oiro e azul, e por timbre o mesmo leão; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração dos Castellos-brancos. — Dada
em Evora a 8 de agosto de 1536. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXII, fl.
76.
1142. JOÃO FERRÃO DE CASTELLO-BRANCO,
filho de Alvaro Ferrão de Castello branco, neto de Diogo Ferrão, morador no
Tojal, e fidalgo de cota de armas. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul com um
leão de oiro rompente, com as unhas e lingua Verme lhas, e por diferença uma
luma de prata e tres quartos d'um filete preto; elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre o mesmo leão; com todas as honras
e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos de
Castello-branco. — Dada em Lisboa a 12 de janeiro de 1529. Reg. na Chanc. de D.
João III, liv. XVII, fl. 9 v.
1143. JoÃO FERREIRA DE FRIAs E
GouvÉA (Bacharel), do logar do Barril, termo de Mortagoa, comarca de Viseu, e
capitão-mór do mesmo termo; filho do bacharel Manuel Ferreira de Frias,
capitão-mór do dito termo, e de D. Paula Maria de S. Pedro e Gou vea; neto pela
parte paterna de Manuel Ferreira, e de D. Anna Ferreira de Frias, e pela
materna de João Vaz Monteiro, e de D. Theodora de Gouvea. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Frias, e na segunda as dos Gouveas. — Br. p. a 3
de junho de 1792. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 252. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Ferreiras, no
segundo as dos Machados, e no terceiro as dos Lopes. — Br. p. a 25 de outubro
de 1796. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 156 v. (C. C.)
1145.
JOÂO FERREIRA DE MELLO, cavalleiro professo na ordem de Christo, e capitão
reformado do regimento de infanteria auxiliar de Viseu, natural da freguezia de
S. Marti nho de Pinho, da mesma comarca, filho de Manuel Ferreira Ribeiro de Lemos, e de D. Maria Rosa de
Mello; neto paterno de Manuel Ribeiro de Carvalho, e de D. Maria Fer reira de
Sousa e Lemos, filha de Antonio de Lemos e Sousa, fidalgo da casa real, e de D.
Maria dos Santos e Abreu, e neto materno de Francisco André de Pina, e de D.
R0Sa do Amaral e Mello. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Ribeiros, no segundo as dos Ferreiras, no terceiro as dos Lemos, e no
quarto as dos Mellos. — Br. p. a 23 de junho de 1806, Reg. no Cart. da N., liv.
VII, fl. 136. (C. C.)
1146. JoÃo FERREIRA DE OLIVEIRA
BUENO, presbytero do habito de S. Pedro, ba charel formado nos sagrados canones
pela Universidade de Coimbra, conego da Sé da ci dade de S. Paulo, e natural da
villa e praça de Santos; filho do sargento-mór João Fer reira de Oliveira, e de
sua mulher D. Maria Bueno da Conceição; neto pela parte pa terna de Manuel
Ferreira de Oliveira, e de sua mulher D. Maria de Oliveira; e pela ma terna de
Manuel Gomes Palheiros, e de sua mulher D. Rosa Maria Bueno, filha de Manuel
Lobo Franco, e de sua mulher D. Maria Bueno, esta filha de Sebastião Preto
Moreira, e de sua mulher D. Marianna Bueno, filha de Amador Bueno, capitão-mór
e governador da ca pitania de S. Paulo, e de sua mulher D. Bernarda Luiz, filha
de Domingos Luiz, caval leiro da ordem de Christo, e de sua mulher D. Anna
Camacho, Um escudo ovado e n'elle as armas dos Lobos. — Br. p. a 26 de junho de
1789. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 115. (C. C.)
1148.
JOÃO FERREIRA RIBEIRO PINTO RANGEL DIAS
DE SAMPAIO, escrivão pro prietario da provedoria e correição da comarca e
cidade do Porto, d’onde é natural; filho de José Ferreira Pinto Ribeiro Rangel,
cavaleiro professo na ordem de Sant'Iago da Es pada, e fidalgo da casa real, e
de sua mulher D. Maria Joaquina Ferreira Dias de Sam paio; neto paterno de
Constantino Ferreira Ribeiro Pinto Rangel, e de sua mulher D. Ma ria Thereza
Josepha Ribeiro de Aguiar Rangel; e materno de Damião Alvares Martins, e de sua
mulher D. Marianna Dias de Sampaio. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Ferreiras, no segundo as dos Ribeiros, no terceiro as dos Dias, e
no quarto as dos Sampaios. — Br. p. a 18 de novembro de 1820. Reg. no Cart. da
N., liv. VIII, fl. 69.
1149. JoÃO FERREIRA Dos SANTos E
SILVA, do conselho de Sua Magestade, com mendador da Ordem de Christo,
cavalleiro da de Nossa Senhora da Conceição, e commen dador da ordem de
Hespanha de Isabel a Catholica; filho do capitão João Ferreira dos Santos, e de
sua mulher D. Maria Thomazia Narcisa; neto paterno de Manuel José dos Santos, e
de sua mulher D. Josepha Maria Sant'Anna; e materno do capitão José Pereira dos
Reis, e de sua mulher D. Maria Lidora da Conceição. Um escudo partido em pala;
na primeira as armas dos Silvas, e na segunda as dos Ferreiras. — Br. p. a 14
de julho de 1845. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 317 v. (C. C.)
1150. JoÃO FERREIRA DE TEIVE,
morador na ilha Graciosa, filho de Duarte Ferreira de Teive, e neto de Gonçalo
Ferreira de Teive, que foi fidalgo muito honrado e do verda deiro tronco d'esta
geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Ferreiras,
que é vermelho com quatro faxas de oiro; o segundo esquartelado, sendo o
primeiro de oiro com seis arruelas ver melhas, em duas palas, o Segundo de
prata com tres arminhos, em faxa, e por diferença uma flor de liz de prata;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e ver melho, e por
timbre uma emma de prata com uma ferradura de oiro no bico; com todas as honras
e privilegios de fidalgo por descender das gerações dos Ferreiras e Teives. —
Dada em Evora a 23 de julho de 1534. Reg, na Chanc. de D. João III, liv. xx,
fl. 126 v.
1151. JoÃO DE FIGUEIREDo. Carta
pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo meio partido em pala; a primeira de azul com
uma torre de prata, com as portas e frestas lançadas de vermelho, e com quatro
bandeiras de Christo com as varas de oiro, em cada canto sua; a segunda de
vermelho com cinco folhas de figueira verdes, perfiladas de oiro, em aspa; elmo
de prata aberto, paquife de prata, azul, oiro e vermelho, e por timbre a mesma
torre com as bandeiras; com todas as honras e pri vilegios de fidalgo por
descender da geração dos Figueiredos, e pelos serviços que fez na tomada de
Arzilla aos moiros, onde perdeu um olho. —Dada em Lisboa a 8 de outubro de
1528, Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XI, fl. 133.
1152, JoÃO FILIPPE DE SEQUEIRA,
cavalleiro professo na ordem de Christo, e capi tão-mór das ordenanças da villa
de S. Francisco da Barra de Sergipe do Conde, do estado da Bahia; filho de
Ignacio Sequeira Villas-boas, capitão-mór que foi da villa de Sergipe do Conde,
e de sua mulher D. Joanna Caetana de Menezes e Aragão; neto pela parte pa terna
de José Goes de Sequeira, cavaleiro professo na ordem de Christo, e o primeiro
capitão dos familiares do Santo Oficio na dita cidade da Bahia, e de sua mulher
D. Ma ria Debra; bisneto do capitão João de Aguiar Villas-boas de Andrade, e de
sua mulher D. Catharina de Goes de Sequeira; neto pela parte materna de D.
Felix de Bittencourt e Sá, moço fidalgo da casa real, e de sua mulher D.
Catharina de Aragão e Ayala; bisneto de D. Francisco de Bittencourt e Sá, moço
fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Joanna de Menezes. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sequeiras, no segundo as dos
Villas-boas, no terceiro as dos Goes, e no quarto as dos Aragões. — Br. p. a 12
de outubro de 1796. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 144 v. (C. C.)
1153. JoÃo Flo RENCIo HENRIQUEs
(Tenente coronel), filho do coronel Ambrosio Henriques, a quem se passou brazão
de armas a 30 de março de 1789, e de sua mulher D. Antonia Joaquina de Oliveira
e Silva; neto paterno de D. Bento Lourem, e de sua mu lher D. Paula Henriques;
e materno de Manuel da Silva, e de D. Isabel Ferreira. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Henriques, e na segunda as dos Silvas. — Br. p.
a 15 de setembro de 1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 204. (C. C.)
1154. JoÃO FRANC1sco DE ALMEIDA,
natural da cidade de Lisboa, capitão de infan teria, tenente general, juiz
ordinario e ouvidor geral muitas vezes da ilha de S. Thomé; filho de João
Francisco de Almeida, criado particular do senhor rei D. Pedro II, e de sua
mulher D. Maria Francisca Pereira de Barreto; neto paterno de Francisco de
Almeida; bisneto de D. João de Almeida, chamado o Sabio, commendador de
Andraes, na ordem de Christo; terceiro neto de D. Francisco de Almeida,
commendador de Penella e de An draes, na dita ordem, governador que foi de Diu,
na India, e depois de Tanger, e do reino de Angola, em Africa, e presidente da
Camara de Lisboa, e de sua mulher D. Isabel Bran dão, filha herdeira de Diogo
Brandão Pereira, com o qual entrou nesta casa dos Almei das o senhorio do couto
de Avintes, que hoje logram com o titulo de condes os seus des cendentes;
quarto neto de outro D. João de Almeida, e de sua mulher D. Luiza Dornellas,
filha de Francisco Dias da Ribeira, e de sua mulher D. Luiza Dornellas; quinto
neto de D. Bernardino de Almeida, e de sua mulher D. Guiomar Freire, filha de
Nuno Fernandes Freire, commendador das Entradas, irmã de João Fernandes de
Andrade, senhor da casa de Bobadella, ascendente dos marquezes de Villa-real, e
dos duques de Caminha; sexto neto de D. João de Almeida, segundo conde de
Abrantes, vedor da fazenda do senhor rei D. João II, e de sua mulher D. Ignez
Maria de Noronha, filha de D. Pedro de Noronha, arcebispo de Lisboa, progenitor
dos marquezes de Angeja e Marialva, e de outros muitos titulos, que era filho
de D. Afonso, conde de Noronha e Gijon, filho bastardo do rei D. Henrique II de
Castella; setimo neto de D. Lopo de Almeida, primeiro conde de Abran tes,
senhor das villas do Sardoal, Maçã, alcaide-mór de Punhete, embaixador do rei
D. Afonso V ao imperador Frederico III, e conductor da imperatriz D. Leonor,
filha do Senhor rei D. Duarte, á Alemanha, chefe de todos os Almeidas d’este
reino; neto matern0 o supplicante de D. Catharina Constantina Pereira de Berredo,
senhora do reguengo de Tavira e dos morgados de seus avós, e de uma pessoa da
mais alta qualidade d’este reino, como se justificou judicialmente; bisneto de
Diogo Pessanha de Abranches, e de sua mu lher D. Sebastiana Pessanha Falcão,
filha de Antonio de Abreu Pessanha; terceiro neto de João Pereira de Berredo, e
de sua mulher D. Catharina Ravasco, filha de Ruy Lourenço Ravasco; quarto neto
de Francisco Pereira de Berredo, senhor do morgado dos Carvalhaes, e de sua
mulher D. Isabel de Abranches, filha de Diogo Pessanha, este filho de Alvaro
Pessanha, e de sua mulher D. Isabel de Abranches, dama da infanta D. Joanna,
filha de D. Alvaro Vaz de Almada, primeiro conde de Abranches; quarto neto de
misser Carlos Pes sanha, almirante que foi de Portugal; quinto neto de Diogo
Pereira, chamado o Bochim, senhor do reguengo de Tavira, e de sua mulher D.
Isabel de Mello, filha de Pedro L0u renço Ferreira, chamado o Mata-judeus,
senhor dos direitos da judiaria de Trancos0 e da Mello, guarda-mór da pessoa do
rei, senhor da villa de Barbacena, de cujos avós são tambem dêScendentes os
condes de Povolide, e o foi o cardeal Cunha; sexto neto de Fernão Mar tins do
Carvalhal, alcaide-mór de Tavira, senhor do seu reguengo, e das villas Formosa,
Chancellaria, e Assumar, e de sua mulher D. Oruana Pereira, filha de Alvaro
Gonçalves de Figueiredo; setimo neto de Martim Gonçalves do Carvalhal, tio do
condestavel D. Nuno Alvares Pereira, irmão de sua mãe Iria Gonçalves do
Carvalhal, e de sua mulher D. Vio lante Pereira, irmã do mesmo condestavel,
filhos ambos de D. Alvaro Gonçalves Pereira, dom prior do Crato, e bisnetos do
grande conde D. Gonçalo Pereira. As armas dos Almeidas, Pereiras de Berredo,
Noronhas, e Abranches. — Br. p. a 29 de novembro de 1752. Reg. no Cart. da N.,
liv, particular, fl. 46 v. C (C. C.)
1155, JoÃO FRANCIs Co GUIMARÃEs,
sargento-mór de milicias, residente na cidade do Porto; filho do capitão João
Francisco Guimarães, cavalleiro professo na ordem de Christo, e de sua mulher
D. Benta Bernardina Barbosa; neto por parte paterna de Do mingos Francisco
Guimarães, e de sua mulher D. Catharina Vieira, e por parte materna de Manuel
Alvares, e de sua mulher D. Catharina de Barbosa; bisneto por parte paterna de
Agostinho Francisco Guimarães, e de sua mulher D. Isabel Correa, e por parte ma
terna de Manuel Alvares, e de sua mulher D. Senhorinha Antonia Ataíde; terceiro
neto por parte paterna de D. José dos Anjos de Carvalho e Noronha, e de sua
mulher D. Ma ria da Silva e Lencastre; e por parte materna de Manuel Barbosa
Carneiro, e de sua mu lher D. Maria João de Mello. Um escudo e n'elle as armas
dos Guimarães, — Br. p. a 16 de janeiro de 1801. Reg. no Cart. da N,, jiv. VI,
fl. 161 v. (C. C.)
1156. JoÃO FRANCISCO DE OLIVEIRA
ALVAREs (Doutor), graduado em medicina pela Universidade de Coimbra, e n'ella
lente substituto da mesma faculdade, natural da cidade do Funchal; filho de
Domingos de Oliveira Alvares, negociante da mesma cidade do Fun chal, e de sua
mulher D. Lourença Rosa Justiniana; neto pela parte paterna de Domin gos de
Oliveira Alvares, e de sua mulher D. Marianna Gonçalves; bisneto de Domingos
Gonçalves, e de sua mulher D. Catharina Gonçalves; neto pela parte materna de
José dos Reis de Oliveira, e de sua mulher D. Maria do Espirito Santo; bisneto
de Domingos de Figueiredo Calheiros, a quem se passou brazão de armas a 27 de
fevereiro de 1672. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Oliveiras, e na segunda as dos Calheiros. — Br. p. a 26 de julho de 1791. Reg,
no Cart. da N., liv. % % > V. (C. C.
1157. JoÃO FRANC1sco PACII Eco DE
BITTENCo URT, capitão-mór de Villa-franca do Campo, da ilha de S. Miguel; filho
legitimo do tenente Antonio Pacheco Manuel de Mello, e de D. María Francisca de
Bittencourt; neto pela parte paterna de João Pacheco de Mello, sargento-mór que
foi da mesma villa, e de Maria Margarida Soares de Bulhões, e pela parte
materna do capitão Sebastião Furtado de Bittencourt, e de Maria Caldeira, os
quaes todos foram pessoas nobres, e se trataram como taes á lei da nobreza. O
escudo das armas é esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pachecos, no
segundo as dos Mellos, no terceiro as dos Bittencourt, e no quarto as dos
Cabraes. — Br. p. a 11 de setembro de 1766. Reg. no Cart. da N., liv. 1, fl.
36. C. C.) (C. C.
1158. JoÃo FREIRE GAMEIRO
(Bacharel), ex-juiz de fóra da villa da Chamusca, e oppositor aos logares de
lettras, e natural da dita villa; filho de Francisco Freire Gameiro, e de sua
mulher D. Anna Rosa de Jesus do Valle; neto paterno de Francisco Freire
Gameiro, e de D. Maria Theodora Freire, e materno de Bernardo Nunes Garcia, e
de D. Anna Maria do Valle. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Freires, no segundo as dos Nunes, no terceiro as dos Garcias, e no quarto
as dos Valles. — Br. p. a 20 de agosto de 1811. Reg. no Cart. da N., liv. VII,
fl. 237. (C. C.)
1159. JOÃO GAMEIRO DE MELLO
FREIRE, da ordem de S. Tiago, prior da matriz de Cabrela, e natural
da villa da Gollegã; filho legitimo de Sebastião Carrillas Gameiro e Silva, e
de sua mulher D. Maria Soares de Mello; neto pela parte paterna de Sebastião
Carrillas Gameiro e Silva, e de sua mulher D. Anna da Silva, filha do capitão
de infanteria Francisco Lopes da Silva, e de sua mulher D. Antonia Gameiro,
filha de Sebastião de Carvalho, e de sua mulher Antonia Gameiro, que era filha
de Sebastião Luiz Feio, e de sua
mulher Antonia Gameiro, que foi filha de Alvaro Gameiro; bisneto do alferes de infanteria
João Dias da Silva Gago, e de sua
mulher e parenta Branca Carrillas Gameiro, filha de Sebastião Gameiro, e de sua
mulher Leonor Carrillas, e ele filho de Alvaro Gameiro, terceiro neto de
Jeronymo Dias Gago, e de sua mulher Isabel da Silva, filha de Francisco Lopes
da Silva, e de sua mulher Guiomar Rodrigues; quarto neto de João Dias Gago,
descendente de Rodrigo Annes Gago, chefe da familia d’este appellido, e de sua
mulher D. Maria Ayres de Cerveira; e pela materna é neto de Francisco Soares de
Mello, bisneto de Manuel Soares de Mello; terceiro neto de Francisco Soares de
Mello e Silva, e de sua mulher Maria Massa Velloso, que era filha de Lopo Velloso:
e finalmente quarto neto de João Soares de Mello, e de sua mulher Leonor Lima,
ele descendente legitimo por linha de varão de Estevão Soares de Mello, senhor que foi da villa de Mello, solar da
familia deste illustre appelido, o qual Estevão Soares de Mello foi chefe de todos os Mellos d’este reino.
O escudo das armas ovado, e esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as
armas dos Gagos, no segundo as dos
Silvas, e no terceiro as dos Mellos. — Br. p. a 5 de maio de 1765. Reg. no
Cart. da N., liv. I, fl. 6. (C. C.)
1160. JoÃo GARCEz, cavaleiro da
casa real, e escrivão da fazenda real. Carta pela qual el-rei D. João II lhe
concede e a seus descendentes o seguinte brazão de armas : — Uma garça de oiro
em campo azul, e esta recatando-se posta direita ao long0 do escudo que se
chama noblazam, em pala entre quatro estrellas de oiro que ficam atra véz do escudo
como faxa, e ao longo tambem em pala; pelos serviços por ele prestados na
tomada da villa de Alcacer, em Africa, e bem assim de Arzilla e Tanger. — Dada
em Evora a 6 de novembro de 1481. (M. N.) Reg. na Chanc. de D. João II, liv. II
de Mist., fl. 143.
1161. JoÃo GARCIA GALVÃO DE HARO
FARINHA, filho de Diogo Garcia Galvão, e de D. Francisca Josepha Michaela de
Haro Farinha; neto pela parte materna de Rodrig0 de Haro Farinha, fidalgo da
casa real; e bisneto de Pedro Sanches Farinha. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Sanches, no segundo as dos Haros, e no
terceiro as dos Farinhas. — Br. p. a 18 de julho de 1778. Reg. no Cart. da N.,
liv. II, fl. 165 V. (C. C.)
1162. JoÃO GIL LAMADEITA
RODRIGUES SALGAD o LouzADA, natural do logar de Moimenta, administrador de um
opulento morgado; filho de Francisco Gil Lamadeita, administrador do dito
morgado, e de sua mulher D. Maria Josepha Salgado Louzada, na neto pela parte
paterna de Domingos Gil Lamadeita; bisneto de Estevão Lamadeita, filho de
Bartholomeu Lamadeita, natural de Requeixo, jurisdicção de la Puebla no dito
reino, de onde passou para este de Portugal; o qual era filho de Estevão
Lamadeita, natural do dito logar : e pela materna neto de D. Francisco
Rodrigues de Louzada, e de sua mulher D. Maria Josepha Salgado; bisneto de
outro Francisco Rodrigues de Louzada, filho de ou tro do mesmo nome, e de sua
mulher D. Catharina Louzada. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Lamadeitas, no segundo as dos Louzadas, no terceiro as dos Salgados,
e no quarto as dos Castros. —Br. p. a 5 de fevereiro de 1771. Reg. no Cart. da
N., liv. I, fl. 144. (C. C.)
1163. JoÃO GOMES DE OLIVEIRA
SILVA BANDEIRA DE MELLo, visconde de Rilvas, conselheiro e secretario da
Legação real na côrte de Londres, cavalleiro da ordem do ca pitulo de Malta,
commendador das ordens de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, e
Sant'Iago da Espada, cavalleiro da ordem de Christo, commendador de primeira
classe da ordem dos Guelphos da Hanover, commendador da ordem de Leopoldo da
Belgica, cavalleiro de segunda classe em brilhantes da ordem de Hohenzollern,
cavalleiro da ordem da Aguia vermelha da Prussia. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Bandeiras, no segundo as dos Mellos, no terceiro
as dos Limas, e no quarto as dos Cunhas. — Br. p. a 22 de março de 1865. (M. N.
por Alv. de 7 de dezembro de 1864 do acrescentamento ás ar mas acima. V. no I.
H. Rilvas.) Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 77 v. ( C. C.)
1164. João GoNÇALVES DE CAMARA DE
Lobos, cavalleiro, creado do infante D. Hen rique. Carta pela qual el-rei D.
Afonso V lhe concede e a seus descendentes o seguinte bra zão de armas : — Um
escudo preto e ao pé uma montanha verde, sobre a qual está edi ficada uma torre
de prata entre dois lobos de oiro; pelos feitos de armas por elle praticados
não só em Ceuta, mas tambem em Tanger, contra os infieis.—Dada em Santarem a 4
de julho de 1460. (M.N.) Reg. na Chanc. de D. Affonso V, liv. III de Mist, fl.
56 v. 1165. JoÃO GUALBERTO PINTo, coronel graduado do regimento de milicias da
ilha da Madeira, filho de Paschoal Pestana Annes, e de sua mulher D. Thereza
Maria Pinto; neto paterno de Francisco Pestana, e de sua mulher D. Marianna de
Faria; neto materno de Gaspar Pinto da Silva, e de sua mulher D. Antonia
Gonçalves. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pestanas, e na
segunda as dos Pintos. — Br. p. a 11 de julho de 1825. Reg. no Cart. do N.,
liv. VIII, fl. *a) (C. C.
1166. JoÃO HENRIQUE ULRICH,
fidalgo cavaleiro da casa real, commendador da Or dem de Nossa Senhora da
Conceição de Villa-viçosa, cavaleiro da ordem da Rosa do im perio do Brazil, e
addido honorario á Legação real na côrte do Rio de Janeiro. Um escudo partido
em pala com as armas que lhe foram concedidas por alvará de 12 de fevereiro de
1867. — (M. N.) V. no I. H. Ulrich. —Br. p. a 14 de março de 1867. Reg. no
Cart. da N., liv. Ix, fl. 103 v. (C. C.)
1167. JoÃO HOMEM, cavaleiro da
casa real, e vedor das obras do mosteiro da Bata lha; filho de Ruy Fernandes
Homem, e neto de Fernão Rodrigues Homem, que foi fidalgo e do tronco d'esta
geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecessores: — Escudo de campo azul com seis crescentes de oiro, em duas
palas, e por diferença uma flor de liz de prata; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre um leão de oiro com
uma faxa de armas nas mãos com o cabo de oiro; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Homens. —Dada em
Evora a 12 de junho de 1534. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xx, fl. 155 v.
1168. JoÃo HoMEM, morador na ilha
Terceira, filho de Heitor Alvares Homem, que foi fidalgo muito honrado e do
tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul com seis cresceutes
de oiro, em duas palas, e por differença uma merleta de prata; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre um leão azul
com uma faxa de armas com o cabo de oiro; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da geração e linhagem dos Homens. — Dada em Lisboa a 15 de
setembro de 1542. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXXII, fl. 78.
1169. JoÃo HoMEM CARDoso. Carta
pela qual el-rei D. Manuel lhe concede o brazão de seus antepassados: —Um
escudo de campo esquartelado; o primeiro quartel de azul com seis crescentes de
oiro, em duas palas, com as pontas para cima, e ao pé uma rodeta de prata por
diferença; o segundo de vermelho com um cardo verde florido e as raizes de
prata entre dois leões de oiro com as mãos direitas n’elle; o terceiro de campo
azul com tres faxas de oiro, e sobre eletres flores de liz de vermelho postas
em banda; o quarto de azul com uma es trella de oiro entre quatro crescentes de
prata com as pontas, umas para as outras; elmo de prata aberto, e por timbre um
leão azul com uma taxa de armas nas mãos, e a cota de ôiro; paquife de oiro e
azul; por descender da linhagem dos Homens e Carvalhos por parte dé seu pae, e
dos Cardosos e Rebelºs por Pºlº de sua mãº, os quaes foram nobres e fidalgos.—Dada
a 2 de abril de 1513. Reg, na Chanc. de D. Manuel, liv. XLII, fl. 66, e liv. V
de Mist., fl. 90 V.
1170. João IGNAcio DE ALMEIDA E
SOUSA (Doutor), cavaleiro professo na ordem de Christo, juiz de fora que foi
das vilas da Souzel e Barcellos, natural da praça de Almeida, filho legitimo de
José Ferreira Laborão, sargento-mór que foi nº regimento de infanteria da praça
de Almeida, e de sua mulher D, Thºrºa de Sousa; neto pela parte paterna de
Manuel Gonçalves, oficial que foi da vedoria da mesma praça, e de sua mulher D.
Ca tharina Pereira Laborão; bisneto do capitão de cavallos Joã0 Ferreira
Laborão, e de sua mulher D. Maria Mendes Bandeira de Sá; terceiro neto de
Domingos Ferreira Laborão, tenente general da cavalaria de Almeida, o capitão
que se reduziu a tenente coronel, e dé sua mulher D. Bernarda da Silveira e
Gama: e pela materna neto de João de Almeida e Sousa, sargento-mór da comarca
de Coimbra, cavaleiro da ordem de Christo, e de Maria Martins; bisneto do
capitão de infanteria João de Almeida e Sousa, e de sua mulher D. Catharina
Lopes de Sousa; terceiro neto de Sebastião de Almeida e Sousa, natural da ci
dade da Guarda. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Ferreiras, no segundo as dos Bandeiras, no
terceiro as dos Sás, º nº quarto as dos Almeidas. — Br. p. a 24 de ro de 1767.
Reg, no Cart. da N., liv. I, fl. 358 V. outub 8 (C. C.)
1171. JOAO INGAcio PEREIRA DE
AZAMBUJA, cavaleiro professo na ordem de dade e côrte de Lisboa; filho de José
Joaquim Pereira de Azam na ordem de Christo, e de sua mulher D. Luiza Ignacia
Caetana; de João Pereira da Costa, e de sua mulher D. Thereza Isabel Ar Anna
Maria do Sacramento. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Pereiras, e na segunda as dos Azambujas, — Br. p. a 26 de fevereiro de 1770.
Reg. no Cart. da N., } ## 119.
1173.
JOÃO JERONYMO DE CASTRO SOUSA ABREU E
VASCONCELLOS, bacharel for mado nos sagrados canones pela Universidade de
Coimbra, natural da freguezia do Sal vador de Frandeiras, arcebispado de Braga;
filho do capitão José do Couto Ribeiro
e Cas tro, e de sua mulher D. Anna Maria da Maia Sousa Abreu e Vasconcellos;
neto pela parte paterna de Manuel do Couto Ribeiro Veiga, capitão-mór da cidade
de S. Paulo nos estados do Brazil, e de sua mulher D. Maria Rosa Alvares de
Castro; bisneto de Manuel Rodri gues Veiga, e de sua mulher D. Catharina do
Couto. O pae do supplicante era neto pela parte materna de José Alvares de
Castro, sargento-mór da comarca de Guimarães em toda a provincia do Minho,
thesoureiro geral dos captivos, e de sua mulher D. Francisca Ri beiro, senhores
da quinta de Sendello; neto o supplicante pela parte materna de Custodio Duarte
Villas-boas, e de sua mulher D. Rosa Maria da Maia Sousa Abreu e Vasconcellos.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no segundo as
dos Castros, no terceiro as dos Abreus, e no quarto as dos Vasconcellos. — Br.
p. a 13 de maio de 1793. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 277. (C. C.)
1174.
JOÃO JOAQUIM PEREIRA DO LAGO, natural da freguezia de Guilhufe, termo da cidade
de Penafiel, cavalleiro das ordens de S. Bento de Aviz e Torre e Espada, conde
corado com a cruz de oiro de seis campanhas da guerra peninsular, e com a das
campa nhas da margem oriental do Rio da Prata, e coronel do regimento de
infanteria n.º 12; filho de Manuel José Ribeiro
Moreira e Queiroz, e de sua mulher D. Eugenia Maria Pe reira do Lago; neto
paterno de João Ribeiro Moreira, e de sua mulher D. Josepha Maria Moreira; neto
materno de Hypolito Pereira do Lago, e de D. Quiteria Jacinta de Queiroz. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Moreiras, no segundo as
dos Lagos, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Queirozes. — Br. p.
a 14 de março de 1825. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 135. (C. C.)
1175. JoÃo JosÉ DE ABREU E SILVA
(Desembargador), da villa de Pico de Regalados, comarca de Vianna, filho do
doutor Joaquim de Abreu e Silva, e de D. Innocencia da Silva Rezende, senhores
da quinta da Ribeira; neto por parte paterna de Alexandre de Abreu e Silva, e
de D. Antonia de Araujo Meirelles; bisneto de Francisco de Abreu, e de D.
Isabel da Silva, senhores da dita quinta; neto por parte materna de Balthasar
Lopes da Silva Mourão, senhor da quinta de Farinhela, e de D. Isabel da Silva
de Rezende; bis neto de Alexandre Lopes da Silva, e de Thereza de Rezende,
senhores da mencionada quinta da Farinhela. • Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Abreus, e na segunda as dos Silvas. — Br. p. a 13 de
fevereiro de 1798. Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl. 10 } + (C. C.
1176. JoÃo JosÉ DE ALMEIDA
MAGALHÃEs, cavaleiro professo na ordem de Christo, morador na cidade do Porto,
filho de João de Almeida Guimarães, e de sua mulher D. Custodia da Encarnação
de Almeida Magalhães; neto pela parte materna de Custodio Vieira de Mattos, e
de sua mulher D. Bernarda do Espírito Santo; bisneto de Pedro de Barros, e de
sua mulher D. Anna da Assumpção, filha de Manuel Dias, e de sua mulher D. Ber
narda Teixeira de Magalhães Villela, esta filha de Bernardo Teixeira de
Magalhães, descen dente legitimo de Rodrigo de Magalhães e Menezes, e de sua
mulher D. Leonor Freire, senhores que foram da casa illustre e antiquissima dos
senhores da villa da Barca, fidal gos nobilissimos de geração, solar e cota de
armas. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Magalhães, no
segundo as dos Coutos, no terceiro as dos Menezes, e no quarto as dos Bastos. —
Br. p. a 21 de janeiro de 1784. Reg, no Cart. da N., liv. II, fl. 118 v. C. C.)
(C. C.
1177. JoÃo José Coelho FRAGoso,
da freguezia de Santa Maria de Freixaró, co marca de Sobre-Tamega, bispado do
Porto; filho de Alexandre Coelho Fragoso, capitão das ordenanças privilegiadas
da sagrada religião de S. João do Hospital de Jerusalem, e de D. Maria da
Conceição; neto paterno de Manuel dos Santos Coelho, e de sua mulher D. Luiza
Joaquina; e materno do alferes José Rodrigues Coelho, e de D. Josepha Thereza.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Coelhos, e na segunda as
dos Fragosos. — Br. p. a 1 de julho de 1819. Reg. no Cart. da N., liv. VIII,
fl. # (C. C.)
1178. JOÃO JOSÉ JACOME CORREA DE
ATOUGUIA, natural de Ponta-delgada, na ilha de S. Miguel; filho de Pedro Jacome
Correa, e de sua mulher D. Maria Josepha Thereza de Andrade; neto pela parte
paterna de Manuel Raposo Pimentel, e de sua mulher Maria Soares do Canto;
bisneto de outro Manuel Raposo Pimentel, e de sua mulher Maria Furtado;
terceiro neto de Antonio Jacome Raposo, e de sua mulher Isabel da Ponte; quarto
neto de Anna Jacome Raposo. e de seu marido Gaspar Manuel Pimentel, ela filha
de Sebastião Jacome, e neta de Jordão Jacome Raposo, irmão legitimo do barão Jacome Correa, que foi pae de Ayres Jacome Correa, instituidor do
primeiro morgado, e filhos ambos de Beatriz Rodrigues Raposo, e de seu marido
Jacome Dias Correa, fidalgo da casa real; e ella irmã tambem legitima de Mecia
Raposo, mãe de Nuno de Atouguia, instituidor do segundo morgado, e filhos ambos
de Ruy Vaz Gago, e de sua mulher
Catharina Gomes Raposo, oitavos avós do supplicante. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Jacomes, no segundo as dos Correas, no terceiro
as dos Atouguias, e no quarto as dos
Raposos. — Br. p. a 8 de outubro de 1781. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 24
V. (C. C.)
1179. JoÃo JosÉ DE LIMA VIANNA,
filho legitimo de João de Lima Calheiros, e de sua mulher Benta Fernandes; neto
pela parte paterna de Francisco de Lima, e de sua mu Ignez Gonçalves de
Malheiros; os quaes todos seus ascendentes foram pessoas nobres, e se tra taram
á lei da nobreza. • • Um escudo partido em pala; na primeira as armas des
Calheiros, e na segunda as dos Limas. —Br. p. a 27 de janeiro de 1767. Reg. no
Cart. da N., liv. I, ! # (C. C.
1180. JOÃO JOSÉ DE MACEDO FEIO DA COSTA DE CASTELLO-BRANCO,
natural da villa da Covilhã, comarca da Guarda; filho de João Barata da Guerra,
familiar do Santo Oficio, e de sua mulher D. Rita de Macedo Castello-branco
Pereira Coutinho Forjaz; neto pela parte materna de João de Macedo Feio de
Castello-branco, e de sua mulher D. Anna Ignacia Pereira Coutinho Forjaz;
bisneto de Bernardo de Macedo de Castello-branco Feio, e de sua mulher D.
Thereza da Costa de Castello-branco. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Macedos, no segundo as dos Castello-brancos, no terceiro
as dos Feios, e no quarto as dos Costas. — Br. p. a 22 de dezembro de 1767.
Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 63 v. C. C.) (C. C.
1181. JoÃO JOSÉ MARTINS PEREIRA
Do REGo GoNDÃO, filho de José Martins Pe reira Gondão, capitão-mór das
ordenanças de Castello-branco, e de sua mulher D. Joanna Bernarda do Rego
Telles Carmona; neto paterno de Manuel Fernandes de Sousa Branco, #" das
ordenanças; e materno de Antonio Fernandes Carmona, e de D. Maria Custodia. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, e na segunda as dos
Regos. — Br. p. a 20 de março de 1821. Reg. no Cart. da N., liv. "";}
(C. C.
1182. JoÃo JosÉ Dos REIS,
cavaleiro da ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, e da da Rosa
do imperio do Brazil, e negociante da praça do Rio de Janeiro; filho de
Francisco José dos Reis, negociante, e de sua mulher D. Rita Maria da Silva;
neto paterno de Joaquim José dos Reis, e de sua mulher D. Francisca Rosa
Coelho; e materno de Domingos da Rocba, e de sua mulher D. Maria Rosa da Silva.
Um escudo com as armas dos Rochas. — Br. p. a 29 de novembro de 1862. Reg. no
Cart. da N., liv. IX, fl. 52. (C. C.)
1183. JoÃo JosÉ VAz PEREIRA,
reitor do seminario archiepiscopal de Braga, chantre da santa sé da mesma
cidade, e desembargador provisor d’aquele arcebispado; filho do capitão João
Vaz, e de sua mulher D. Comba Alvares Dias Pereira; neto paterno de Pe dro Vaz,
e de sua mulher D. Maria Vaz; e materno de Pedro Alvares, e de sua mulher D.
Thereza Dias Pereira; e egualmente é irmão inteiro do sargento-mór Pedro José
Vaz Pereira, a quem se passou brazão de armas a 21 de março de 1815. Um escudo
ovado e esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Vazes, no
segundo as dos Dias, e no terceiro as dos Pereiras. — Br. p. a 7 de março de
1817. Reg, no Cart. da N., liv. VII, fl. 370. (C. C.)
1186. João DE LEMos CALDEIRA,
capitão de artilheria, e lente da Academia militar de Angra; filho de João de
Lemos e Sousa Castel-branco, cavalleiro professo na ordem de Christo, fidalgo
cavalleiro da casa real, e de sua mulher D. Isabel Joanna Moniz Freire de Brito
Caldeira; neto por parte paterna de Henrique de Lemos e Sousa Castel branco, e
de sua mulher D. Antonia Maria de Figueiredo, e por parte materna de Gon çalo
Rodrigues Caldeira, e de sua mulher D. Maria Thereza Freire de Albuquerque. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Lemos, no segundo as dos
Sousas, no terceiro as dos Freires, e no quarto as dos Caldeiras, — Br. p. a 22
de dezembro de 1818. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 23 v. |- (C. C.)
Um
escudo ovado e esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Mendes, no se
gundo as dos Pimentas, no terceiro as dos Limpos, e no quarto os dos Pimenteis.
— Br. p. a 26 de março de 1817. Reg, no Cart. da N., liv. VII, fl. 373. C. C.)
(C. C.
1188. JoÃo DE LoB Áo TELLo, da
villa de Serpa, provincia do Alemtejo, cavalleiro fi dalgo da casa real; filho
de Clemente de Lobão Tello, e de sua mulher D. Isabel da Con ceição; neto pela
parte paterna de Manuel de Lobão, e de sua mulher Maria de Almen dra, e pela
materna de Manuel Rodrigues Sezudo, e de Maria Martins. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas de Lobão, na segunda as dos Tellos. — Br. p. a 18 de
julho de 1779. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 194 v. (C. C.)
1189. João LOMBARDo, natural da
Picardia, e morador na ilha da Madeira. Carta pela qual el-rei D. Manuel
confirma ao dito, e a seus descendentes, o brazão de nobreza que o imperador
Maximiliano lhe concedeu em attenção a seus serviços: —Um escudo em campo de
oiro e de prata, dividido de uma aspa no meio de Sanstandre (Santo André)
vermelha, e na cabeça do escudo uma aguia vermelha com as azas estendidas, co
roada e membrada de oiro, e no pé uma estrella negra reluzente; elmo de prata
cerrado, e por timbre as duas azas da aguia, paquife de prata e negro, e a
outra metade de oiro e vermelho; por ser morador neste reino onde tenciona
morrer. (Egual mercê fez o im perador a seus irmãos Filippe Lombardo e Gil
Lombardo.)— Dada em 1513. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. XLII, fl. 83 v.,
liv. das Ilhas, fl. 136, e liv. VI de Mist., fl. 16. 1190. Jo Âo Lo PEs,
cavalleiro da infante D. Joanna. Carta pela qual el-rei D. Affonso V lhe
concede e a seus descendentes o seguinte brazão de armas : — Um escudo azul e
uma palmeira de oiro n'elle, com um corvo pou sante na dita palmeira com as
azas tendidas; pelos muitos serviços por ele prestados na tomada de Arzilla e
Tanger, e na guerra com el-reiº de Cezillia, e em outras muitas. — Dada na
cidade de Tours a 6 de junho de 1477. (M. N.) Reg. na Chanc. de D. Afonso V,
liv. II de Mist., fl. 53.
1190. Jo Âo Lo PEs, cavalleiro da
infante D. Joanna. Carta pela qual el-rei D. Affonso V lhe concede e a seus
descendentes o seguinte brazão de armas : — Um escudo azul e uma palmeira de
oiro n'elle, com um corvo pou sante na dita palmeira com as azas tendidas; pelos
muitos serviços por ele prestados na tomada de Arzilla e Tanger, e na guerra
com el-reiº de Cezillia, e em outras muitas. — Dada na cidade de Tours a 6 de
junho de 1477. (M. N.) Reg. na Chanc. de D. Afonso V, liv. II de Mist., fl. 53.
1191. JoÃo Lopes DE PINA,
cavaleiro fidalgo da casa real, natural da cidade da Guarda; filho de Antonio
de Pina, e de Beatriz Borges, os quaes viviam a lei da nobreza, e eram do
tronco d'estas gerações. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecesso res; — Escudo de campo esquartelado, o
primeiro dos Pinas, que é de campo vermelho com uma banda de oiro e n’ella um
leão azul, entre dois pinheiros verdes com raizes de prata; o segundo dos
Borges, que é de campo vermelho com um leão de oiro, e uma bordadura azul
semeado de flores de liz de oiro, e assim os contrarios, e por diferença uma
merleta de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro,
azul, prata e vermelho, e por timbre meio leopardo de oiro com uma flor de liz
vermelha sobre a ca beça; com todas as honras e privilegios de nobre fidalgo por
descender das geraçãos dos Pinas e dos Borges. — Dada em Lisboa a 16 de
dezembro de 1554.
1192. JoÃO LOURENço, amo do conde
de Faro. Carta pela qual el-rei D. Affonso V lhe concede o seguinte brazão de
seus antecesso res: — Um escudo de campo azul com tres estrellas de oiro, e o
chefe de oiro adiante; pelos muitos serviços prestados pelo dito na Africa, em
mar e terra. — Dada na villa de Arevol a 5 de setembro de 1475, (M.N.) Reg. na
Chanc. de D. Afonso V, liv. II de Mist. fl. 64.
1193. JoÃo LUiz DE Couto ALAM,
natural da freguezia de Santo Ildefonso da cidade do Porto; filho de Domingos
Luiz, e de sua mulher D. Maria da Natividade de Couto; neto pela parte paterna
de Luiz Coelho, e de sua mulher D. Maria Duarte, e pela materna do doutor
Agostinho Marques de Couto Alam, e de D. Anna solteira. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Coutos, e na segunda as dos Alões, — Br. p. a 18
de maio de 1790. Reg, no Cart. da N., liv. IV, fl. 163 v. (C. C.)
1195. JoÃO LUIZ GAVIÃO PEIxoto
(Bacharel), natural da villa de Serpa, comarca de Beja, juiz de fóra que foi da
villa de Aljuster; filho de Manuel Luiz Gavião, e de D. Ma ria Joanna Cançada
da Costa; neto F" parte paterna de Estevão Luiz Peixoto, e de D. Bri tes
Joanna Gavião; e pela maternâ de André da Costa Torres Francez, e de D. Joanna
Martins Cançada da Costa. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Peixotos, e na segunda as dos Gaviões. — Br. p. a 23 de abril de 1776. Reg. no
Cart. da N., liv. II, fl. 87 v. (C. C.)
1196. JoÃO LUIZ DE MEDEIR os DA
CosTA ALMEIDA PoNTE, bacharel formado em leis pela Universidade de Coimbra;
filho natural legitimado de Luiz José de Medeiros da Costa Almeida Ponte,
chanceller e advogado na camara de Ponta-delgada, ilha de S. Mi guel, e de
Isabel Maria Lauriana, solteira; neto paterno de Caetano José de Medeiros da
Costa e Almeida Ponte, e de D. Antonia Rita de Medeiros e Arruda. as dos
Costas, no terceiro as dos Almeidas, e no quarto as dos Pontes. — Br. p. a 23
de setembro de 1820. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 66 v. (C. C.)
1197. JoÃO LUIZ MoNTEIRO DE
CARVALHO E OLIVEIRA, provedor da comarca de Ourique, e corregedor do mestrado
da ordem de Sant'Iago da Espada, na dita comarca; filho do doutor José Monteiro
de Carvalho e Oliveira, cavalleiro professo na ordem de Christo, e de D. Anna
Joaquina Rosa de Viterbo Caldeira Gorjão; neto paterno de Anto nio Carvalho
Correa de Barros, e de D. Thereza Monteiro de Oliveira; e materno de João
Francisco Caldeira Gorjão, e de sua mulher D. Francisca das Chagas e Sousa. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo as
dos Oliveiras, no terceiro as dos Caldeiras, e no quarto as dos Gorjões. — Br.
p. a 4 de junho de 1807. Reg, no Cart. da N., liv. VII, fl. 180. (C. C.)
1198. JoÃO LUIZ PIMENTA, natural
de Poiares, arcebispado de Braga, fidalgo ca valeiro da casa real, e
commendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa viçosa; filho de
Manuel Bernardo Pimenta, proprietario, e de sua mulher D. Anna Maria Pimenta;
neto paterno de José Bernardo Teixeira, proprietario, e de sua mulher D. Maria
Teixeira; e materno de Manuel Luiz Pimenta, proprietario, e de sua mulher D.
Maria Pe reira Pimenta. Um escudo esquartelado..... — Br. p. a 11 de fevereiro
de 1863. Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 54 v. (C. C.)
1199. JoÃO LUIZ DA SERRA
CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE (Doutor), natural da capitania de Pernambuco; filho
legitimo de Pedro Coelho Pinto, e de sua prima e mulher D. Romualda Cavalcanti
de Albuquerque; neto pela parte paterna de Braz Pinto Lobo da Silva, e de sua
mulher Maria Coelho; e pela materna neto do capitão João Luiz da Serra Pereira,
e de sua mulher D. Brazia Cavalcanti de Albuquerque; todos estes foram pessoas
nobres, e descendentes da familia Cavalcanti e Albuquerque, e se trataram á lei
da nobreza. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Albuquerques, e
na segunda as dos Cavalcantis. — Br. p. a 23 de 1766. Reg. no Cart. da N., liv.
I, fl. # 6) (C. C.
1200. JoÃO DE MACEDo, fidalgo da
casa real, filho de Gonçalo de Macedo, e neto de Fernão Esteves de Macedo, que
foi o chefe d’esta linhagem. Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a
seus descendentes o seguinte bra zão de armas de seus antecessores: — Escudo de
campo azul e cinco estrellas de oiro de seis pernas; elmo de prata aberto, e
por timbre um braço vestido de azul com uma maça de ferro com o cabo de oiro,
paquife de oiro e azul; com todas as honras e privilegios de nobre e fidalgo
por descender da nobre linhagem dos Macedos. — Dada em Lisboa a 15 de abril de
1518. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. Ix, fl. 65, e liv. VI de Mist., fl.
158.
1201. JoÃO DE MACEDO DE ANDRADE
So USA, desta cidade de Lisboa; fiiho de João de Macedo de Andrade e Sousa, e
de D. Ignacia da Silva Nobrega; neto paterno de Do mingos Gonçalves, e de Seraphina
de Andrade de Macedo, filha de Gaspar Fernandes Mei relles, e de Isabel de
Macedo Sousa e Andrade. As armas dos Gonçalves, Macedos, Andrades, e Meirelles.
— Br. p. a 15 de outubro de 1756. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl.
101. (C. C.)
1202. JOÃO DE MACEDO PEREIRA
COUTINHO DA GUERRA FROJAS, natural da villa da Covilhã, comarca da Guarda:
filho de João Barata da Guerra Costa da Cunha, familiar do Santo Oficio do
numero, senhor do morgado de Monforte da Beira, natural do mesmo logar, e de sua
mulher legitima D. Rita de Macedo Pereira Coutinho Frojas de Vilhena; neto pela
sua varonia de João Barata da Guerra Costa e Cunha, capitão de infanteria au
xiliar, familiar do Santo Oficio do numero, e de sua prima e mulher D. Maria
Vaz da Costa Padilha, instituidores do dito morgado, filha legitima de Pedro
Padilha, e de D. Ma ria de Sequeira, e neta paterna de Diogo Padilha, capitão
do dito logar, o qual no anno de 1654, na guerra da feliz acclamação, sendo
cercado no forte do mesmo logar que ele estava governando, com mais de seis mil
homens de tropas castelhanas, os fez levantar o cerco, e os desbaratou
inteiramente com perda total dos sitiadores, e por muitas vezes lhes tomou as
presas de gados, que elles vinham fazer n'aquela provincia, o que tudo obrou
com tão distincto valor que a mesma Magestade se dignou escrever-lhe uma carta
de lou vor, além das honradas e authenticas certidões que de tudo lhes passaram
os generaes da provincia da Beira e mais oficiaes de milicia e justiça; bisneto
o supplicante pela sua va ronia de Pedro da Costa Cunha da Guerra, e de sua
mulher D. Maria de Carvalho; ter ceiro neto do capitão Bartholomeu da Costa
Cunha da Guerra, e de sua mulher D. Maria Martins Barrantes, da esciarecida
familia d’este appelido, da praça de Alcantara, do reino de Castella, de cuja
familia foi o glorioso S. Pedro de Alcantara, e instituidores da capella de que
o pae do supplicante é administrador na villa da Zibreira; quarto neto de Belchior
da Costa Pacheco Cunha da Guerra, e de sua mulher D. Thereza de Almeida; quinto
neto de Antonio Rodrigues da Cunha da Guerra, capitão-mór da villa de Celorico
da Beira, e de D. Isabel Pacheco da Costa, filha de D. Maria Pacheco, que era
descendente do grande Duarte Pacheco Pereira, bem conhecido pelas egregias
acções que obrou na India, e dos Costas Côrte-reaes por seu avô João da Costa
Côrte-real, fidalgo da casa real, cavaleiro da ordem de Christo, e alcaide-mór
de Linhares; sexto neto de Sebastião Rodrigues da Guerra, fidalgo illustre do
reino de Galliza, que passando a Portugal se estabeleceu na villa de Celorico
da Beira, onde casou com D. Isabel Rodrigues, cuja descendencia se de rivou a
Linhares, e d’ahi a Monforte da Beira, a qual se acha actualmente restricta na
casa do supplicante, e na de Jacinto Homem da Cunha Côrte-real, capitão-mór da
villa de Li nhares com quem se trata por parente, e se trataram os progenitores
de uma e outra casa; e pela parte materna se mostrava que o supplicante é neto
de José de Macedo Castello branco Feio,
natural da villa da Covilhã, senhor do morgado da Carrapata, padroeiro do
priorado de S. Lourenço da mesma villa, pagador geral da gente de guerra da
província da Beira, e de sua mulher D. Anna Ignacia Pereira Coutinho Frojas de
Vilhena; bisneto de Bernardo de Macedo Castello-branco Feio, senhor do morgado
da Carrapata, e de sua mu lher D. Thereza da Costa Castello-branco, filha de
Antonio Ferreira Ferrão Castello-branco, fidalgo, cavaleiro da ordem de
Christo, mestre de campo da comarca de Castello-branco, governador da praça de
Castello-Rodrigo, que defendeu do cerco que lhe pôz o duque de Ossuna, general
hespanhol na mencionada guerra da acclamação, e de sua mulher D. Ma ria da
Costa Castello-branco; terceiro neto de Filippe de Macedo Castello-branco Feio,
tam bem senhor do dito morgado, e procurador em Côrtes pela mesma villa em 1697
quando foi jurado principe herdeiro o fidelissimo senhor rei D. João v, e de
sua mulher D. Maria Telles de Eça, dos Eças descendentes de D. Fernando de Eça,
filho do infante D. João, e neto do senhor rei D. Pedro I e da rainha D. Ignez
de Castro; quarto neto de Diogo de Macedo Feio de Castello-branco, segundo
senhor do mencionado morgado, e de sua mu lher D. Maria de Almeida Souto-maior;
quinto neto de Filippe de Macedo Castello-branco Feio, primeiro senhor e
administrador do morgado da Carrapata, instituido por seu irmão Antonio da Costa Feio de Castello-branco,
ao qual se uniram depois pela lei do fidelissimo senhor rei D. Jcsé I todos os
mais vinculos da sua nobre casa; filhos ambos de João GO mes de Macedo, fidalgo
cavalleiro da casa real, e de sua mulher D.
Brites Feio de Castello-branco, ele descendente desta nobre familia de
Macedos, parentes muito chegados da Covilhã, e de quem procedem as illustres
casas que ha neste reino d'esta illustre familia; e pela sua avó materna D.
Anna Ignacia Pereira Coutinho Frojas de Vilhena se mosirava mais que o
supplicante é bisneto de Ruy Pereira Coutinho Freire Frojas, fidalgo cavalleiro
da casa real, capitão de infanteria auxiliar, e de sua mulher D. Maria de
Tovar, filha de Gaspar Fernandes Gago, cavalleiro da ordem de Sant'Iago, vedor
geral da proviucia da Beira, e de sua mulher D. Maria Martins de Tovar,
legitima descendente da nobilissima familia dos Tovares da villa de Broças, do
reino de Castella; terceiro neto de José Pereira Coutinho Freire Frojas,
fidalgo cavalleiro da casa real, e de sua mulher D. Maria Branca Roballos
Freire, da familia dos Roballos da praça de Penamacor: o qual José Pereira Cou
tinho Freire Frojas era irmão legitimo de D. Anna Pereira Coutinho, que casando
com seu segundo primo Alvaro Pinto da Fonseca, fidalgo cavaleiro da casa real,
alcaide-mór de Ranhados, foram paes de Miguel Alvaro Pinto da Fonseca, fidalgo
cavalleiro da casa real, alcaide-mór de Ranhados, e capitão-mór de Lamego, que
de sua mulher D. Anna Pinto Teixeira, filha legitima e herdeira de Gonçalo
Teixeira Pinto, senhor dos morgados de Cal vilhe, Sedros, e Penedo, teve entre
outros filhos a D. Frei Manuel Pinto da Fonseca, grã mestre da sagrada e
militar religião de Malta, parente em quinto grau do supplicante; quarto neto
de Belchior Pereira Frojas que teve o foro de fidalgo cavalleiro, e foi capitão
de mar e guerra, almirante da armada, e commendador de Regis, da ordem de
Christo, e de sua mulher D. Leonor Coutinho de Vilhena, filha legitima de
Manuel Pinto da Fon seca, senhor da illustre casa e morgado de Balsemão; quinto
neto do doutor Luiz Pereira Frojas, desembargador e conselheiro da real
fazenda, provedor das capellas, juiz das jus tificações do paço, cavalleiro da
ordem de Christo, e de sua mulher D. Anna Botelho, se nhora do morgado de
Penedono; e finalmente sexto neto de João Pereira Frojas, fidalgo da casa real,
filho de Annes Pereira, e neto de Diogo Dias Alves Pereira, tronco dos Pe
reiras da villa de Penedono, que seus descendentes dizem fôra irmão do grande
condestavel D. Nuno Alvares Pereira, glorioso ascendente de todos os monarchas
christãos da Europa. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Guerras, no segundo as dos Costas, no terceiro as dos Macedos, e no quarto as
dos Pereiras. — Br. p. a 23 de julho de 1784. Reg. no Cart. da N., liv. III,
fl. 164 v. (C. C.)
Escudo
de campo esquartelado, o primeiro de vermelho com cinco machados de prata, em
aspa, o segundo tambem de vermelho com uma aguia preta estendida armada de
oiro, e por diferença uma flor de liz de prata; elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, pa quife de oiro e vermelho, e por timbre dois machados das armas em
aspa; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e
linhagem dos Machados e Maias. —Dada em Evora a 17 de abril de 1534. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. xx, fl. 92 v.
1204. JOÃO DE MAGALHÃES TABORDA
DE NEGREIR os CALDEIRA DA CostA LEI TÃo, natural da villa da Certã, filho de
Luiz Antonio da Motta Freire, e de sua mulher D. Faustina Caldeira Taborda;
neto pela parte paterna de Antonio da Motta Freire, ca valeiro da ordem de
Christo, e de sua mulher D. Desideria de Magalhães; bisneto de outro Antonio da
Motta Freire, e de sua mulher D. Anna Maria Leitoa; terceiro neto de Antonio de
Abreu Monteiro, e de sua mulher D. Marianna Leitoa; e quarto neto de Ma nuel
Leitão, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Feliciana dos Reis; e pela
parte materna é o supplicante neto de Faustino Taborda de Negreiros Franco da
Costa Lei tão, e de sua mulher Maria Antonia Caldeira Freire de Meirelles,
filha de Manuel de Proença Campos, e de sua mulher D. Maria Michaela, filha de
Pedro Salvado Pissarro, e de sua mulher D. Marianna Caldeira, filha de
Bartholomeu Caldeira, capitão-mór da villa de Proença a nova; neta do sargento-mór
Antonio Mendes Caldeira, fidalgo da casa real; bisneto o supplicante pela
varonia materna do doutor Pedro Franco Marques, e de sua mulher D. Maria das
Neves Taborda, e por esta terceiro neto de Manuel Simões Sarafana, e de sua
mulher D. Violante Rodrigues Taborda, filha do capitão Pedro Salvado Leitão, e
de sua mulher D. Catharina Esteves Taborda de Negreiros, ele filho do capitão
Pedro Salvado da Costa Leitão, descendente por linha direita de Estevão
Gonçalves o velho, al caide-mór, e commendador de Segura, embaixador de el-rei
D. João II a Roma com titulo de conde de Castello-branco, e de sua mulher D.
Margarida Vaz da Costa, irmã do car deal D. Jorge da Costa, e de D. Martinho,
arcebispo de Lisboa, e de D. Pedro, arcebispo de Braga, e ela filha de Estevão
Rodrigues Taborda, fidalgo da casa real, e neta de Bento Taborda de Negreiros,
cavaleiro da ordem de Christo, fidalgo tambem da casa real, e descendente de
Garcia Rodrigues Taborda, fidalgo gallego, senhor que foi do solar dos Tabordas
d’aquele reino. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Leitões, no segundo as dos Costas, no terceiro as dos Tabordas, e no quarto as
dos Caldeiras. — Br. p. a 28 de agosto de 1781. Reg. no Cart. da N., liv. III,
fl. 22 v. (C. C.)
1205. D. João MALDONADO DE AZEVED
o DA GAMA LoBo, natural da cidade de Evora, filho de D. José Maldonado de
Azevedo da Gama Lobo, e de sua mulher D. Jose pha Umbelina do Carmo de Mendonça
Furtado; neto paterno de D. João Maldonado de Azevedo da Gama Lobo, e de sua
mulher D. Maria Boaventura Magdalena Chichorro da Gama Lobo; bisneto de D.
Afonso Thomaz Maldonado da Gama Lobo, e de sua mulher D. Violante Michaela
Leitão de Aboim; bisneto egualmente por sua referida avó D. Maria Boaventura
Magdalena Chichorro da Gama Lobo, de André Chichorro da Gama Lobo, fi dalgo
cavalleiro da casa real, e de sua mulher D. Catharina Jeronyma Juzarte Barreto;
terceiro neto de D. João Maldonado de Azevedo, e de sua mulher D. Brites da
Gama Lobo; quarto neto de D. Francisco Maldonado e Azevedo, estribeiro do
cardeal infante D. Fernando, irmão de el-rei D. Filippe IV de Hespanha, e nesta
qualidade o acompanhou a Flandres, e de sua mulher D. Olaya da Silva; quarto
neto egualmente por parte de sua terceira avó D. Brites da Gama Lobo, de
Affonso Mendes Lobo, cavalleiro da ordem de Christo, e o primeiro governador da
praça de Olivença, depois da acclamação do senhor rei D. João IV; quinto neto
de D. Antonio Maldonado Hontiveras, descendente do tronco e antigo solar de
Aldana, que foi gentilhomem do imperador Carlos v, e o acompanhou a Alemanha na
guerra contra os rebeldes, e passando depois a este reino tomou o appelido de
Azevedo, e se casou com D. Isabel da Silva; neto materno de D. João Pessanha de
Mendonça Furtado e Carcome, e de sua mulher D. Brites Josepha Pereira de
Lacerda. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Maldonados,
no segundo as dos Azevedos, no terceiro as dos Gamas, e no quarto as dos Lobos.
— Br. p. a 12 de dezembro de 1827. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 212 v.
(C. C.)
1206. Jo Âo MANUEL BARBosA DA
FRANÇA CoRTE-REAL, filho de João Manuel Bar bosa, e de sua mulher D. Ursula
Isabel da França Côrte-real; neto paterno de Antonio Manuel Barbosa, e de sua
mulher D. Maria Cavalcante, e materno de João Pires Garcia, e de sua mulher D.
Maria Magdalena do Nascimento da França Corte-real. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Barbosas, no segundo as dos Franças, e
no terceiro as dos Corte-reaes. — Br. p. a 11 de agosto de 1807. Reg. no Cart.
da N., liv. VII, fl. 194 v. (C. C.)
1207. JoÃO MANUEL BORGES SÁ
MoRAES E CASTRO, natural de Villa-flor, comarca de Moncorvo, filho legitimo de
Luiz Antonio de Moraes Castro, natural da dita villa, onde de João Borges de
Moraes Castro, natural da mesma villa, onde foi capitão-mór, e de sua mulher D.
Thereza Josepha Botelho de Villa-real; bisneto de João Borges de Moraes, ca
pitão-mór e natural da referida Villa-flor, e de sua mulher D. Isabel de
Moraes; terceiro neto de Christovão de Seixas e Moraes, e de sua mulher D.
Isabel de Moraes; quarto neto de Antonio de Seixas Moraes; quinto neto de Lopo
Borges Pinto de Moraes, fidalgo da casa real; e pela materna neto de Alexandre
Borges Sá, natural de Val-bemfeito, termo de Bragança, capitão de granadeiros
do regimento de cavallaria de dragões de Chaves. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Moraes, no segundo as dos Castros, no terceiro as
dos Sás, e no quarto as dos Borges. — Br. p. a 16 de agosto de 1769. Reg. no
Cart. da N., liv. I, fl. 106 v. (C. C.)
1208. JoÃO MANUEL DE CARVALHO
PEREs, da villa de Mondim de Basto, comarca de Villa-real, provincia do Minho;
filho de Manuel de Carvalho Peres, e de sua mulher Emerenciana Teixeira; neto
de outro Manuel de Carvalho Peres. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Carvalhos, no segundo as dos Peres, no terceiro as dos Teixeiras,
e no quarto as dos Borges. — Br. p. a 24 de abril de 1781. Reg. no Cart. da N.,
liv. III, fl. 4. (C. C.)
1209. JoÃo MANUEL FERNANDEs FEITos A, fidalgo
cavalleiro da casa real, commen dador da ordem de Nossa Senhora da Conceição de
Villa-viçosa, e negociante de grosso tracto, actualmente residente no Rio de
Janeiro; filho de João Fernandes, e de sua mulher D. Ma rianna das Dores
Fernandes; neto paterno de Francisco Fernandes, e de sua mulher D. Cus todia
Rosa Fernandes; neto materno de Luiz Barca, e de sua mulher D. Luiza Maria
Barca. Um escudo com as armas dos Fernandes. —Br. p. a 19 de março de 1870.
Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 127. (C. C.)
1210. JoÃO MANUEL GOMES DE ABREU
CUNHA DE ARAUJo, bacharel formado nos sagrados canones pela Universidade de
Coimbra; filho do doutor João Antonio de Araujo, e de sua mulher D. Marianna
Gomes de Abreu; neto paterno de Bento da Cunha Araujo, e de sua mulher D. Catharina
Esteves; e materno de João Gomes de Abreu, e de sua mulher D. Maria Gomes
Figueirô; bisneto de Manuel Gomes de Abreu, e de sua mulher D. Jeronyma de
Castro. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Cunhas, no
segundo as dos Araujos, no terceiro as dos Gomes, e no quarto as dos Abreus. —
Br. p. a 12 de se tembro de 1793. Reg. no Cart. da N., liv, Iv, fl. 288 v. (C.
C.)
1211. JoÃO MANUEL GUERREIRO DE
AMoRIM, do conselho de Sua Magestade, e do da real fazenda, e fidalgo
cavalleiro da casa real; filho do desembargador João de Amo rim Pereira, e de
D. Anna Maria Guerreiro; neto paterno de Francisco de Amorim Pe reira, e de D.
Monica Quaresma; e materno de Diogo Lourenço França, e de D. Maria Rosa
Guerreiro. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, e na
segunda as dos Guerreiros. — Br. p. a 22 de outubro de 1828. Reg, no Cart. da
N., liv. VIII, fl. 236 v. (C. C.)
1212. JoÃo MANUEL HoMEM DE MACEDo (Doutor),
capitão de auxiliares de um dos terços da cidade de Aveiro, filho do bacharel
Manuel Caetano Homem de Macedo, que foi juiz de fóra da villa de Outeiro, e
depois provedor e intendente da real fazenda nas mi nas dos Goyazes, e de sua
mulher D. Josepha Luiza; neto paterno de Manuel Homem da Matta, e de sua mulher
D. Luiza Thereza da Camara, e por esta bisneto de Manuel de Macedo de Perada,
cavaleiro fidalgo da casa real, e terceiro neto de Francisco de Macedo Coelho;
neto materno de Gregorio Ferreira, e de sua mulher D. Maria Francisca. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Homens, no segundo as dos
Macedos, no terceiro as dos Mattas, e no quarto as dos Camaras. — Br. p. a 8 de
julho de 1773. Reg. do Cart. da N., liv. I, fl. 200 v. (C. C.)
1214. JoÃO MANUEL DA SILVA
FIGUEIREDO FRA Goso, da villa da Covilhã, filho de João da Silva de Figueiredo
Fragoso, cavalleiro professo na ordem de Christo, e de sua mulher D. Brigida
Joaquina de Pina Fragoso, filha do capitão Luiz Fragoso Homem, e de sua mulher
D. Francisca da Fonseca; neto pela parte paterna de Manuel da Silva Fra goso, e
de sua mulher D. Luiza de Sousa Correa, filha de Luiz Romão Sinel, cavalleiro
fidalgo da casa real, e logar-tenente do alcaide-mór da mesma villa da Covilhã,
o qual era filho de Filippe Romão, tambem cavaleiro fidalgo da casa real, e de
sua mulher Guio mar de Sousa, e neto de Luiz Romão; bisneto o supplicante pela
sua varonia de Francisco Vaz Fragoso, capitão pago dos auxiliares da comarca de
Coimbra, e de sua mulher Isa bel da Silva de Figueiredo; terceiro neto de Pedro
Vaz Fragoso; e quarto neto de Manuel Fragoso de Aguiar, tambem cavaleiro
fidalgo da casa real. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Fragosos, no segundo as dos Silvas, no terceiro as dos Figueiredos, e no quarto
as dos Sousas. — Br. p. a 25 de agosto de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II,
fl. 29 v. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas de Arronches, no
segundo as dos Manueis, no terceiro as dos Aragões, e no quarto as dos Castros.
— Br. p. a 19 de setembro de 1812. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 256. (C.
C.)
1217. JoÃO MANUEL DE SousA E
MENEZES SARMENTo, natural e morador na fre guezia de Paderne, termo de
Valladares, comarca de Valença do Minho; filho de João Ma nuel de Sousa Caldas
de Menezes, e de sua mulher D. Maria Luiza Alvares de Araujo Sarmento. Um
escudo esquartelado; no primeiro as armas dos Araujos, no segundo as dos Sar
mentos, no terceiro as dos Menezes, e no quarto as dos Fajardos. — Br. p. a 12
de ou tubro de 1812. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 262. (C. C.)
1218. JoÃo MANUEL VAZ DA CostA
CARVALHo E SILVA, natural da freguezia de S. Vicente, da villa de Ervedosa do
Douro, comarca de Trancoso; filho de Francisco da Silva, e de sua mulher D.
Rosa Maria de Carvalho Vaz da Costa Fernandes; neto paterno do alferes Domingos
da Silva, e de sua mulher D. Anna Carvalho; bisneto de Domingos Vaz Negocio, e
de sua mulher D. Maria da Silva; neto materno de Antonio Rodrigues da Silva, e
de sua mulher D. Maria Vaz Fernandes; bisneto de Lourenço Fernandes, e de Sua
mulher D. Maria da Costa. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis
as armas dos Silvas, no se gundo as dos Carvalhos, e no terceiro as dos Costas.
— Br. p. a 18 de outubro de 1791. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 236. (C.
C.)
1219. JoÃo MARCELLINo DE MEsQUITA
PIMENTEL, sargento-mór das ordenanças das ilhas das Flores e Corvo, natural e
morador na primeira d’ellas; filho do capitão João Pimentel da Silveira, e de
sua mulher D. Maria Ursula do Sacramento; neto paterno do capitão Antonio da
Silveira Pimentel de Mesquita, e de sua mulher D. Susana Pimentel Furtado de
Mendonça, esta filha do ouvidor das justiças Gaspar Furtado de Mendonça, e de
sua mulher Isenda de Praga, e neta de Thomé Furtado de Mendonça; segundo neto
do capitão-mór Alexandre Pimentel de Mesquita, e de sua mulher D. Francisca dos
Santos, o qual Alexandre Pimentel de Mesquita era irmão legitimo de D.
Sebastiana Pimentel de Mesquita, que foi mãe do capitão-mór Roberto Pimentel de
Mesquita, e este pae do coro nel de milicias Francisco Manuel de Mesquita Pimentel,
que é legitimo tio do supplicante; terceiro neto de Nicolau da Costa Pimentel:
o sobredito Gaspar Furtado de Mendonça foi irmão legitimo do capitão-mór da
villa das Lages Diogo Pimentel de Mesquita, de quem foi filha D. Delphina
Pimentel de Mesquita, e d’esta nasceu o coronel de milicias Francisco Manuel de
Mesquita Pimentel, tio do supplicante : o referido Thomé Furtado de Men donça
fez relevantes serviços no reinado do senhor D. João IV durante o sitio do
castello de S. João Baptista, da ilha Terceira, e teve por legitimos irmãos a
Antonio de Mendonça, e Manuel Furtado de Mendonça, que egualmente militaram e
morreram no serviço de Sua Magestade debaixo do commando do mestre de campo
general D. Francisco de Mascarenhas. Um escudo esquartelado; no primeiro e
quarto quarteis as armas dos Pimenteis, no de março de 1815. Reg. no Cart. da
N., liv. VII, fl. 307 v. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Soares, no se
gundo as dos Machados, e no terceiro as dos Lopes. — Br. p. a 20 de agosto de
1824. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 113 v. (C. C.)
1221. JoÃo MARIA Do VALLE,
natural de Lisboa, fidalgo cavaleiro da casa real, e commendador da ordem de
Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa; filho de José An tonio do Valle,
cavaleiro das ordens de Christo e de Nossa Senhora da Conceição, chefe de
repartição da Secretaria de Estado dos negocios do reino, e de sua mulher D.
Maria do Carmo do Valle; neto paterno de José Antonio do Valle, proprietario, e
de sua mulher D. Anna Theodora do Valle; e materno de José da Cunha Leite,
proprietario, e de sua mulher D. Ignez Maria da Cunha Leite. Um escudo partido
em pala; na primeira as armas dos Valles, e na segunda as dos Leites. — Br. p.
a 5 de março de 1860. Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 31. c (C. C.)
1222. JoÃo MARINHO DE MoRAEs
FALCÃO E CASTRO (Capitão), filho de Manuel Ma rinho Falcão e Castro, e de sua
mulher D. Rosa Maria de Moraes; neto pela parte paterna de Manuel Marinho
Falcão e Castro, e de D. Paschoa Simões; e pela materna do capitão João de
Moraes, e de sua mulher D. Luiza Simões. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Marinhos, no segundo as dos Falcões, no terceiro as dos
Castros, e no quarto as dos Moraes. — Br. p. a 20 de junho de 1782. Reg. no
Cart. da N., liv. III, fl. 57. (C. C.)
1223. JoÃo MARQUES FALCÃo, familiar do Santo
Oficio, alferes da ordenança, e mo rador na villa de Idanha a nova, comarca de
Castello-branco, bispado da Guarda; filho de Simão Peres Falcão, alferes da
ordenança, vereador e juiz ordinario na dita villa de Ida nha a nova, e de sua
mulher Maria Gonçalves Lucas; neto paterno de Francisco Peres, e de sua mulher
Isabel Alves, esta filha de... Falcão, segundo avô do supplicante, e por esta
parte terceiro neto de Manuel Gomes Falcão; quarto neto de Gaspar Gomes Falcão;
neto materno de Marcos Dias, e de sua mulher Catharina Marques. As armas dos
Falcões. — Br. p. a 20 de junho de 1758. Reg, no Cart. da N., liv. par ticular,
fl. 116 v. (C. C.)
1224. JoÃO DE MELLO NoGUEIRA,
cadete do regimento de Lippe, depois sargento mór, e governador da ilha do
Fogo; filho de Antonio José Nogueira, e de sua mulher D. Isa bel Jacinta do
Castello; neto pela parte paterna de Domingos Nogueira Cardoso, e de sua mulher
D. Joanna Baptista Pontes, e pela materna de Pedro Barbosa de Figueiredo, e de
sua mulher D. Michaela Archangela da Fonseca do Casteilo. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Nogueiras, no segundo as dos Figueiredos, no
terceiro as dos Castellos, no quarto as dos Mellos. — Br. p. a 18 de novembro
de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 138 v. (C. C.)
1225. JoÃO DE MELLO E SousA DA
CUNHA Sou To-MAIOR, da cidade do Porto, filho de João Joaquim Cardoso de Sousa
e Mello, sargento-mór de cavallaria, governador do castello de Mattosinhos, e
doutor em leis pela Universidade de Coimbra, e de sua mulher e prima D.
Bernarda Rita José da Cunha Souto-maior; neto paterno de Manuel de Sousa . e
Mello, cavalleiro professo na ordem de Christo, e de sua mulher D. Anna Marcellina
Cardoso, o qual era irmão de José de Sousa e Mello, fidalgo cavalleiro da casa
real, com mendador de Serra Leoa na Ordem de Christo; bisneto do sargento-mór
João de Sousa e Mello, cavalleiro da ordem de Christo, e deputado da Companhia
geral dos vinhos do Alto Douro; terceiro neto de Manuel de Sousa e Mello;
quarto neto de João de Mello e Sousa; quinto neto de Francisco de Mello e
Sousa, moço fidalgo da casa real; sexto neto de Roque de Mello e Sousa, moço
fidalgo da casa real; setimo neto de Martim de Mello e Sousa, moço fidalgo da
casa real; neto materno do sargento-mór Agostinho da Cunha Souto-maior, e de
sua mulher D. Francisca Ludovina de Mello, filha do referido sargento mór João
de Sousa e Mello. • Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Mellos, no segundo as dos Sousas, no terceiro as dos Cunhas, e no quarto as dos
Soutos-maiores. — Br. p. a 3 de julho de 1815. Reg. no Cart. da N., liv. VII,
fl. 316 v. (C. C.)
1226. JoÃO DE MENDONÇA PACHEco E
MELLO RIBEIRA (Alferes), da ilha Graciosa, cavalleiro fidalgo da casa real;
filho do sargento-mór José Correa de Mello, e de sua mu lher D. Hora Joaquina
de Mendonça Pacheco e Mello; neto paterno do capitão-mór Anto nio Correa de
Mendonça, e de D. Ursula Espinola; neto materno do capitão José Thomaz da
Cunha, e de D. Anna Baptista da Cunha, e bisneto de Manuel Antonio Correa de
Men donça, cavalleiro fidalgo da casa real. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Correas, no segundo as dos Mellos, no terceiro as dos
Mendonças, e no quarto as dos Cunhas. — Br. p. a 10 de maio de 1826. Reg. no
Cart. da N., liv. VIII, fl. 188. (C. C.)
1227. JoÃO DE MENELAU, cavaleiro fidalgo da
casa real, morador na cidade de Lis boa, filho de João de Menelau. Carta pela
qual el-rei D. Filippe I lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: —
Escudo de campo vermelho e uma serpe de prata picada de verde amedrontada de
uma aguia de oiro armada de azul que está sobre ella, elmo de prata aberto
guarne cido de oiro, paquife de oiro, vermelho, e prata, e por timbre uma meia
aguia de oiro voando; com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descender da geração dos Me nelaus. — Dada em Lisboa a 10 de dezembro de 1582.
Reg. na Chanc. de D. Filippe I, liv. XIII de D. Sebastião, fl. 327.
1228. JoÃo DE MIRA PITTA BARBosA,
alferes cadete do regimento de cavallaria da praça de Moura, morador na villa
de Cuba, provincia de Alemtejo; filho de Francisco Xa vier Barbosa Pitta, filho
legitimo de Francisco Barbosa Pitta, e neto de Sebastião Barbosa Pitta, filho
de Francisco Nunes Barbosa, e de sua mulher D. Ignez Pitta da Rocha; neto
paterno de Agostinho Nunes Barbosa, e de sua mulher D. Antonia Barbosa, e neto
ma terno de Pedro Ferreira, e de sua mulher D. Ignez Pitta da Rocha, quartos
avós do sup plicante por legitima varonia; todos pessoas nobres, filhados nos
livros de el-rei, que procediam das casas de solar, de Aboim, Tangil, e
Meixedo, descendentes das nobres fa tractaram como taes á lei da nobreza, cujo
tractamento conserva o supplicante. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Barbosas, no segundo as dos Pittas, no terceiro as dos Ferreiras,
e no quarto as dos Rochas. — Br. p. a 18 de março de 1785. Reg. no Cart. da N.,
liv. III, fl. 188. (C. C.)
1229. JoÃO DE MIRANDA EstEves, monteiro-mór
da villa de Cabra, filho de João de Miranda Esteves, e neto paterno de João de
Miranda. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Mirandas, e na
segunda as dos Esteves. — Br. p. a 14 de agosto de 1813. Reg. no Cart. da N.,
liv. } } #… (C. C.
1230. JoÃo MoNIZ PEREIRA CAMELLo
BITTENCoURT, natural da cidade de Ponta delgada, na ilha de S. Miguel, onde foi
capitão da ordenança; filho do capitão Braz Moniz Pereira Bittencourt Camello,
e de sua mulher D. Natalia Thereza da Silva; neto paterno de João Camello
Pereira Moniz, e de sua mulher D. Barbara de Bittencourt; neto materno de
Belchior Cordeiro, e de sua mulher Anna da Silva. As armas dos Monizes,
Camellos, Pereiras, e Bittencourts. — Br. p. a 13 de março de 1758. Reg. no
Cart. da N., liv. particular, fl. 114. (C. C.)
1231. JoÃo MoNIZ DA SILVA Botto
(Bacharel), oppositor aos logares de letras, filho de Estevão Moniz da Silva
Botto, secretario e fiscal da Delegação geral do physico-mór do reino, e
advogado n’esta cidade, e de sua mulher D. Luiza Maria Isabel; neto por parte
paterna do doutor João Lourenço Moniz, e de D. Joanna Maria de Menezes Pimentel
Botto; e por parte materna de José Rodrigues Costa. capitão do regimento de
infanteria n.º 16, e de sua mulher D. Catharina da Conceição Costa; e os
referidos seus paes e avós são pessoas nobres das familias dos Monizes, Bottos,
Pimenteis, e Menezes. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Monizes, no segundo as dos Bottos, no terceiro as dos Pimenteis, e no quarto as
dos Menezes, — Br. p. a 28 de julho de 1818. Reg. no Cart. da N., liv. VIII,
fl. 4 v. (C. C.)
1232. JoÃo DE MoRAEs LEITE,
natural da freguezia de Telões e Fervença, termo da villa de Basto, e
assistente nas partes do Brazil; filho de João Monteiro Leite, e de sua mulher
Anna Gomes; neto paterno de Antonio Monteiro, e de sua mulher Joanna Leite;
bisneto de Manuel Monteiro, e de Margarida Francisca; terceiro neto de Antonio
Monteiro Alvares, e de sua mulher Isabel Alves; quarto neto de Manuel Monteiro,
que casou na fa milia dos Mouras; quinto neto de Alvaro Annes, e de sua mulher
Maria Monteiro; sexto neto de João Alvares, cavalleiro fidalgo, que serviu os
reis d’este reino nas guerras de Castella e Azamor com armas e cavallos
encobertados, e de sua mulher Beatriz Alvares Bravo, dos Bravos da cidade de
Braga, irmã do commendatario de Mansellos, moradores no assento da egreja de
Fervença, de que foram administradores, e parentes de Pedro da Cunha, senhor de
Basto. As armas dos Bravos, Monteiros, Mouras, e Pereiras. — Br. p. a 5 de
dezembro de 1750. Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 7. (C. C.)
1233. JoÃo DA MoTTA E SILVA,
morador na sua quinta e morgado do Hospital, fre guezia de S. Miguel do Prado,
concelho de Regalados, comarca de Vianna do Minho; filho de Manuel da Silva, e
de sua mulher Maria da Motta; neto paterno de João de Almeida Pereira, e de
Anna da Silva; neto materno de Antonio Rodrigues, e de Margarida da Motta e
Azevedo, da casa e morgado do Hospital, descendentes da dita casa e morgado do
Hospital. As armas dos Mottas, Azevedos, Almeidas, e Pereiras. — Br. p. a 10 de
junho do 1752. Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 36 v. (C. C.)
1234: JoÃO NEPOMU CENo PEREIRA DA
FoNs ECA SILVA VELLoso (Bacharel), juiz de fora actual da villa de Mecejana, e suas
annexas, natural da freguezia de Santa Marinha de Remelhe, termo e comarca da
villa de Barcellos, filho de José Pereira da Fonseca, se nhor da casa da Torre
de Moldes, na dita freguezia, cavalleiro professo na ordem de Christo, que
serviu muitos annos os postos de capitão de auxiliares e de sargento-mór da
dita comarca, e de sua mulher D. Josepha Maria do Sacramento Silva e Oliveira,
paes tambem de José Valerio Pereira da Fonseca Velloso e Silva, oppositor aos
logares de le tras; neto pela parte paterna do capitão João Gonçalves Pereira,
senhor da casa de Adens, e de sua mulher D. Maria da Fonseca; bisneto pela
mesma varonia de outro João Gonçalves Pereira, filho de Fernando Martim
Pereira; neto de outro do mesmo nome; bisneto de Martim Fernandes Pereira, e
terceiro neto de Fernando Martim Pereira, o Velho, sexto avó d’elle
supplicante, todos senhores da dita casa de Adens, tão nobre, rica e antiga,
que no inventario que d’ella se fez no anno de 1607, por morte do dito Fernando
Martim Pereira, o Velho, se acharam descriptos cavallos e moveis preciosos que
bem denotavam a grandeza e qualidade da dita casa : e pela dita sua avó D.
Maria da Fonseca se mostrava que era ele supplicante bisneto de Pedro Lourenço,
morgado e senhor da casa de Real na freguezia de Moure, e de sua mulher D.
Isabel da Fonseca; terceiro neto por esta sua bisavó de João Thomé da Silva, da
casa do Paço de Santa Eulalia do Rio Covo, e de sua mulher D. Helena Thomé da
Fonseca, irmã legitima de Bento da Fonseca, abbade de Santa Maria, do abbade de
quem foram filhos o doutor Bento da Fonseca, fidalgo da casa real, do conselho
do senhor rei D. Pedro II, seu desembargador do Paço e enviado na Curia de
Roma, e Manuel da Fonseca Coelho, fidalgo tambem da casa real; quarto neto de
Domin gos Thomé da Fonseca, senhor da quinta da Conega, situada junto aos muros
da cidade de Braga, fidalgo tão principal que era irmão legitimo de D. Lourença
da Fonseca, mu lher de Rodrigo Affonso Pimentel, paes do primeiro conde de
Benavente, de quem proce dem tantas casas grandes em Hespanha : o qual Vasco
Lourenço era filho de Lourenço Vasques da Fonseca, e de sua mulher D. Sancha
Vasques de Moura, ela parente da rai nha D. Brites, mulher do senhor rei D.
Afonso III, e ele irmão de Ruy Vasques da Fon seca, bisavô de Pedro Rodrigues
da Fonseca, alcaide-mór de Olivença e senhor das mes mas terras no termo de
Villa-real, pae de João Rodrigues da Fonseca, guarda-mór do rei D. João I de
Castella, de quem procedeu por varonia D. Pedro da Fonseca, cardeal da Santa
Egreja de Roma, e descendem os marquezes de Orelhana, condes de Monte-rei,
grandes de Hespanha, os condes de Villa-nova de Canedo, os senhores de Coca, e
Alaejos, e outros muitos cavalleiros illustres d’aquele reino; neto de Vasco
Mendes da Fonseca, e bisneto de Mem Gonçalves da Fonseca, chefe da nobilissima
familia dos Fonsecas, o qual fôra filho de Gonçalo Viegas, rico homem, irmão de
Vicente Viegas, senhor de Leomil, tronco da familia dos Coutinhos, e de D.
Pedro Viegas, progenitor dos Tavares, filhos todos tres de D. Egas Garcia, e
netos de D. Garcia Rodrigues, rico homem do conde D. Henrique, senhor do solar
dos Fonsecas e do couto de Leomil, ascendente tambem das casas de Arronches,
Marialva, Redondo, e de outras muitas illustres d’este reino. E pela parte
materna se mostrava que era elle supplicante neto de Bernardo da Silva, se nhor
da casa da Torre de Moldes, e de sua mulher D. Bernarda de Oliveira; bisneto de
Manuel da Silva, que serviu honradamente nas guerras do senhor D. Pedro II, e
depois creou de novo uma companhia de auxiliares, de que foi capitão, servindo
nas fronteiras; irmão de Francisco da Fonseca, casado com D. Jeronyma
Bernardes, neta dos fidalgos da vezes prelado geral da religião de S. Bento, e
de esclarecido nome; terceiro neto de João Thomé da Silva, senhor da casa do
Paço de Santa Eulalia de Rio Covo, e quarto neto de Manuel Affonso da Silva,
senhor que foi da mesma casa, da qual procedem muitos varões illus tres, que
hoje são da governança da villa de Barcellos: que era ele mesmo supplicante bisneto
de Antonio de Oliveira Couto, senhor da quinta da Anta, e de sua mulher D. Mar
garida Velloso, que era descendente da casa do Paço de Villa-nova de Famalicão,
e prima co-irmã de D. Anna Velloso da Fonseca, casada com Adrião de Miranda na
Torre de Ba çar, freguezia de Chustello, dos quaes é neto João Velloso de
Miranda, cavaleiro e com missario das tres ordens militares, pessoas das principaes
e da governança de Barcellos, parente d’elle supplicante. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no segundo as dos
Fonsecas, no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos Vellosos. — Br. p. a 8
de março de 1783. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 89. C. C.) (C. C.
1235. João NUNES DE GOUVEA,
alcaide de Lisboa, filho de Francisco Nunes de Gou vea e de Isabel Cardosa, e
neto de Nuno Cardoso. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro meio
partido em pala, a primeira de ver melho com seis besantes de prata fechados de
uma dobre cruz e bordadura de oiro, a se gunda de prata com seis aruelas de
azul, o contrario de vermelho com dois cardos verdes, um sobre o outro, com as
alcachofras floridas e as raizes de prata entre dois leões de oiro batalhantes,
e por differença uma merleta de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro, prata e vermelho, e por timbre uma cabeça de leão de oiro vol
tada para cima, tendo na boca um dos cardos; com todas as honras e privilegios
de fi dalgo por descender da geração e linhagem dos Gouveas e Cardosos. — Dada
em Lisboa a 29 de novembro de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LII,
fl. 209 v.
1236. JoÃo DE OLIVEIRA BARBosA,
capitão de infanteria paga da praça do Rio de Janeiro, filho legitimo de Bento
Barbosa Soares, e de sua mulher Catharina de Oliveira; neto pela parte paterna
de José da Costa Soares, alcaide-mór na cidade da Bahia, e pela materna neto de
Braz Pereira Sarmento, e bisneto de Antonio Pereira, os quaes todos seus
ascendentes foram pessoas nobres, e se trataram á lei da nobreza. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Barbosas, no segundo as dos
Soares, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Sarmentos. — Br. p. a 2
de junho de 1767. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 49. (C. C.)
1237. João PAEs BARRETo, natural
da capitania de Pernambuco, morador nos subur bios da cidade de Olinda, filho
de Estevão José Paes Barreto, e de D. Manuela Luiza de Mello; neto paterno de
João Paes Barreto, e de D. Manuela Luiza de Mello, e materno do mestre de campo
João Marinho Falcão, morgado do Cayara, e de D. Maria José da Rocha. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Paes, e na segunda as dos Barretos. —
Br. p. a 30 de outubro de 1783. Reg. no Cart. da N., liv. III, } }% (C. C.
1238. JoÃo PAEs BARRETo, natural da capitania de Pernambuco, e morador nos su
burbios da cidade de Olinda, filho de Estevão José Paes Barreto, e de D.
Manuela Luiza de Mello; neto pela parte paterna de João Paes Barreto, e de D.
Manuela Luiza de Mello, e pela materna do mestre de campo João Marinho Falcão,
morgado do Cayara, e de D. Maria José da Rocha. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Paes, no segundo as dos Barretos, no terceiro as
dos Marinhos, e no quarto as dos Falcões. — Br. p. a 12 de junho de 1788. Reg.
no Cart. da N., liv. Iv, fl. 58. (C. C.)
1239. JoÃo PEDR o BoRGEs D E
GoEs, presbytero do habito de S. Pedro, natural da cidade do Grão-Pará, filho
de Lazaro Fernandes Borges, familiar do Santo Oficio, e de sua mulher D.
Antonia Maria Ferreira de Goes; neto pela parte paterna de Marcos Fer nandes
Borges, e de sua mulher D. Joanna Gonçalves da Silva, ele filho de Antonio Fer
nandes Borges, e de sua mulher D. Isabel Gonçalves de Araujo, e ella filha de
Filippe Fernandes Borges, e de sua mulher D. Isabel Gonçalves da Silva; pela
parte materna é neto o supplicante do capitão Manuel de Goes, tambem familiar
do Santo Oficio, e de sua mulher D. Thomazia Ferreira e Mello; bisneto de Amaro
Simões de Carvalho, e de sua mulher D. Maria Francisca Rita Goes, ele filho de
Manuel Francisco de Carvalho, e de sua mulher D. Isabel Simões, e ella filha de
Antonio Francisco, e de sua mulher D. Maria Francisca de Goes : e a dita D.
Thomazia Ferreira de Mello era filha do capitão João Mon teiro de Azevedo, e de
sua mulher D. Catharina Ferreira de Mello, elle filho de Bernardo Monteiro de
Azevedo, e de sua mulher D. Thomazia de Sousa, e ela filha de José Fer reira
Pacheco, e de sua mulher D. Maria de Gusmão. Um escudo ovado e esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Borges, no se gundo as dos Goes, no terceiro as
dos Pachecos, e no quarto os dos Gusmões. —Br. p. a 13 de março de 1793. Reg.
no Cart. da N., liv. IV, fl. 275 v. (C. C.)
1240. JoÃo PEDRo FERREIRA TAVAREs
D E GouvEA (Presbytero), natural da fregue zia de Guaripiranga, bispado de
Marianna, estado da America, filho de Luiz José Ferreira de Gouvea, coronel do
regimento de cavallaria da dita cidade de Marianna, e de sua mu lher D. Rita
Maria Josepha Tavares, da freguezia de Guaripiranga; neto pela parte paterna do
mestre de campo João Ferreira Feio, a quem se passou ja brazão de armas das
fami lias dos Ferreiras, Gouveas, Tavares e Feios em 22 de março de 1684, e de
sua mulher D. Maria Teixeira Tavares; e pela materna do alferes de cavallos
Simão Tavares dos San tos, e de sua mulher Francisca da Fonseca, da cidade da
Bahia. Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Ferreiras, no segundo as dos Gouveas, no terceiro as dos Tavares, e no quarto
as dos Feios. — Br. p. a 20 de julho de 1785. Reg. no Cart. da N., liv. III,
fl. 201. (C. C.)
1241. JoÃO PEDRo MIGUEIs DE
CARVALHo DE BRITo, do conselho de Sua Magestade, cavalleiro da ordem de Nossa
Senhora da Conceição de Villa-viçosa, e encarregado de ne gocios na côrte de Roma;
filho de João Pedro Migueis, cavalleiro professo na ordem de Christo, capitão
do corpo de engenheiros, e de sua mulher D. Barbara Liberia Magdalena de
Carvalho de Brito; neto paterno de Antonio Pedro Migueis, e de sua mulher D.
Anna Joaquina Migueis, e materno de João Gonçalves de Carvalho de Brito,
capitão de ordenan ças, e de sua mulher D. Maria Magdalena de Carvalho de
Brito, pertencendo-lhe brazão de armas em razão de sua nobreza, e por serem os
seus ascendentes pessoas nobres. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Migueis, no segundo as dos Gonçalves, no terceiro as dos Carvalhos, e
no quarto as dos Britos.—Br. p. a 10 de julho de 1838. Reg. no Cart. da N.,
liv. VIII, fl. 292. (C. C.)
1242. João PEDRo TEIXEIRA DE
CARVALHO E SILVEIRA, guarda-marinha da armada real, filho de João Teixeira de
Carvalho, e de sua mulher D. Dionysia Theodora da Sil Maria do Vencimento; e pela
materna do sargento-mór Pedro da Silveira, e de sua mulher D. Isabel Maria. Um
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Teixeiras, no
segundo as dos Carvalhos, e no terceiro as dos Silveiras. — Br. p. a 27 de
março de 1786. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 211. (C. C.)
1243. JoÃO PEDRO TELLo DA
FoNSECA, da villa de Alegrete, filho de Antonio Freire Tello da Fonseca, e de
sua mulher D. Anna Eugenia Zuzarte Mergulhão de Campos; neto pela parte paterna
de Manuel Cabreira de Sousa Galiano, sargento-mór da villa de Ale grete, e de
sua mulher D. Bernarda Maria Euphrasia Caldeira da Fonseca, filha do doutor
Manuel Freire da Fonseca, fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo, e
prove dor que foi da villa de Torres-vedras, e de sua mulher Isabel Caldeira da
Fonseca; neta do doutor Antonio Freire da Fonseca, fidalgo da casa real,
professo na ordem de Christo, deputado da Mesa da consciencia e ordens, e de
sua mulher D. Maria Sueiro de Madu reira, e por parte materna neto de José Pedro
Mergulhão de Campos Rodrigues Ramanho; bisneto por parte paterna de Manuel
Cabreira de Sousa, e de sua mulher D. Maria Mou zinho Galiano, e por parte
materna de Manuel Zuzarte de Campos, e de sua mulher Vio lante Barradas. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Cabreiras, na segunda as dos
Fonsecas. — Br. p. a 14 de julho de 1798. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 32.
(C. C.)
1244. JoÃO PEIXOTO DA SILVA
MENEZES ALAR CÃO, bacharel formado em leis, filho de Luiz Peixoto da Silva
Menezes Alarcão, e de sua mulher D. Maria Delfina Pinto de Menezes
Castello-branco; neto paterno de Luiz Peixoto Menezes Alarcão, e materno de
José Filippe de Almeida Castello-branco, e de sua mulher D. Antonia de Oliveira
Peixoto. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Peixotos, no
segundo as dos Silvas, no terceiro as dos Menezes, e no quarto as dos Alarcões.
— Br. p. a 29 de julho de 1830. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 254. (C.
C.)
1245. JoÃO PEIxoto DA SILVEIRA
BITTENCOURT E LACERDA (Capitão), filho do capitão-mór Antonio Vicente Pimentel
de Mesquita, e de sua mulher D. Rita Thomazia Peixoto de Bittencourt; neto
paterno do capitão João Pimentel da Silveira, e de D. Maria Pimentel de
Freitas; neto materno de Antonio Rodrigues Rocha, e de D. Victoria Maria
Peixoto Bittencourt da Silveira. D. Rita Thomazia Peixoto de Bittencourt, mãe
do suppli cante, era irmã germana de Francisco Peixoto Bittencourt da Silveira,
a quem se passou brazão de armas a 20 de abril de 1781. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Pimenteis, no segundo as dos Silveiras, no
terceiro as dos Peixotos, e no quarto as dos Bittencourts. — Br. p. a 11 de
janeiro de 1804. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 60 v. C. C.) (C. C.
1246. JoÃo PEREIRA, morador em
Alter do chão, filho de Ignez Dias Pereira, e neto de Diogo Dias Pereira,
fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D.
João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo
vermelho e uma cruz de prata florida e vazia, do primeiro, e por diferença uma
brica de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e
vermelho, e por timbre a mesma cruz entre duas azas de vermelho; com todas as
honras e privilegios de fidalgo, por descender da geração e linhagem dos
Pereiras. — Dada em Evora a 30 de agosto de 1536. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. XXIII, fl. 5.
1247. JoÃO PEREIRA BAPTISTA
VIEIRA SoAREs, bacharel na faculdade de leis pela Universidade de Coimbra,
natural e morador na cidade do Porto; filho de Manuel Pereira Baptista, e de
sua mulher Anna Vieira; neto paterno de Antonio Pereira, e de sua mulher Anna
Pereira, e materno de João Soares, e de sua mulher Anna Vieira. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, e na segunda as dos
Vieiras. — Br. p. a 6 de maio de 1815. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 312.
(C. C.)
1248. JoÃo PEREIRA BARRETo,
sargento-mór da praça de Cacheu, e d’ella natural; filho de João Pereira
Barreto, e de Maria das Neves da Conceição; neto paterno de Hen rique da Costa
Alvarenga, graduado em commissario geral das tropas da capitania de Cabo-verde,
sendo o referido seu pae irmão legitimo de Pascoal Pereira da Silveira, ca
valeiro professo na ordem de S. Bento de Aviz, e sargento-mór da praça de Farim,
e de Manuel de Carvalho Alvarenga, sargento-mor commandante da praça de
Zeguichor. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, e na
segunda as dos Barretos. — Br. p. a 14 de fevereiro de 1814. Reg. no Cart. da
N., liv. VII, fl. 286. (C. C.)
Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, e na segunda as dos
Machados. — Br. p. a 20 de outubro de 1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl.
211. (C. C.)
1250. JoÃO PEREIRA DE MELLO
PACHEco E SousA, capitão do regimento de mili cias da ilha Graciosa; filho do
alferes André Francisco de Mello Correa Pacheco e Sousa, e de D. Luiza
Francisca da Silva e Sousa; neto paterno do alferes Francisco de Mello Cor rea
Pacheco e Sousa, e de D. Maria do Rozario da Cunha e Silveira, e materno do
alferes Timotheo Espinola de Sousa, e de D. Luiza Francisca da Silva Bacamarte.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Correas, no segundo as
dos Mellos, no terceiro as dos Sousas, e no quarto as dos Silvas. — Br. p. a 19
de junho de 1820. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 61 v. (C. C.)
1251. JoÃo PEREIRA VAZ DE
CARVALHo, do logar de Alvações do Corgo, termo de Villa-real; filho de João
Pereira, e de sua mulher Maria Vaz de Carvalho; neto pela parte paterna de
Domingos Francisco, e de sua mulher Anna Pereira; neto pela parte materna de
Luiz de Carvalho, e de sua mulher Marianna de Carvalho Vaz; bisneto de Mathias
RO drigues Vaz, e de sua mulher Anna de Carvalho. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Pereiras, no segundo as dos Vazes, e no
terceiro as dos Carvalhos. — Br. p. a 16 de dezembro de 1799. Reg. no Cart. da
N., liv. VI, fl. 113. (C. C.)
1252. João PEssANHA DE MENDONÇA,
morador na cidade de Beja, filho de Bartho lomeu de Aboim Pessanha Moreno, e de
sua mulher D. Joanna Barbara de Mendonça Fur An dré da villa de Pinhel, e
senhor de Barra a barra, e de sua mulher D. Filippa Manuel de Mendonça Furtado;
bisneto de Pedro de Mello, senhor de Ficalho, mestre de campo, go vernador de
Serpa e do Rio de Janeiro, mestre de campo general da provincia da Beira, do
conselho de guerra, e commendador da referida commenda, e da de S. Pedro, e de
sua mulher D. Thereza de Mendonça; e por esta sua bisavó terceiro neto de
Tristão de Mendonça Furtado, commendador de Mourão, embaixador a Hollanda, e
general de uma armada, e de sua mulher D. Helena Manuel; quarto neto de Pedro
de Mendonça Furtado e Albuquerque, chamado o Larim de alcunha, capitão de
Chaul, e commendador de Mou rão, do conselho de estado da India, e vereador de
Lisboa, e de sua mulher D. Marianna de Mendonça, filha de João de Mendonça,
chamado o Cação; quinto neto de Tristão de Mendonça, que serviu o senhor D.
Jorge, e de sua mulher D. Maria de Albuquerque, fi lha de Lopo de Albuquerque,
o Bode de alcunha, e de sua mulher D. Joanna de Bulhão. As armas dos Mendonças,
Furtados, e Albuquerques.—Br. p. a 17 de julho de 1761. Reg. no Cart. da N.,
liv. particular, fl. 130. (C. C.)
1253. JoÃO PINTO, morador na
quinta da Lagariça, do concelho da Regoa, filho de Gonçalo Martins Cochofel,
escudeiro de linhagem, e de Briolanja Pinto; neto de Ayres Pinto, que foi
fidalgo muito honrado e do tronco da geração dos Pintos. Carta pela qual el-rei
D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de
campo de prata com cinco crescentes de vermelho, em aspa, e por dife rença uma
brica de verde com um — I — de oiro; elmo de prata guarnecido de oiro, pa quife
de prata e vermelho, e por timbre um leão pardo de prata armado de vermelho com
um dos crescentes na espadoa; com todas as honras de fidalgo por descender da
geração e linhagem dos Pintos. — Dada em Lisboa a 27 de julho de 1538. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XLIV, fl. 86.
1254. JoÃo PINTo DA CUNHA E SousA
(Capitão), natural da freguezia de Nossa Se nhora da Candelaria, da cidade do
Rio de Janeiro; filho de Manuel Pinto da Cunha, e de Maria Thereza dos Santos e
Sousa; neto paterno de Manuel Pinto, e de Seraphina Fernan des da Cunha; neto
materno do capitão Antonio Pires dos Santos, e de Antonia de Sousa. Um escudo
esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Pintos, no se gundo as
dos Cunhas, e no terceiro as dos Sousas, — Br. p. a 6 de julho de 1774. Reg. no
Cart. da N., liv. II, fl. 19. (C. C.)
As
armas dos Almeidas, Sequeiras, Pintos, e Cerqueiras. — Br. p. a 21 de março de
1757. Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 106. C (C. C.)
1256. JoÃO PINTO TEIXEIRA DE
CARVALHO DE SousA DA SILVA, natural da villa de Guimarães, filho de Francisco
Pinto de Carvalho Bezerra de Sousa da Silva, e de sua mulher D. Luiza Joanna de
Barbosa de Lima; neto paterno do sargento-mór Manuel Pinto Alves de Carvalho, e
de sua mulher D. Maria Gertrudes Teixeira Bezerra do Rego; se gundo neto de
Gaspar Alves de Carvalho de Sousa da Silva, e de sua mulher D. Senho rinha
Francisca Bezerra do Rego; terceiro neto de Antonio Teixeira do Rego de Sousa
da Silva, e de sua mulher D. Maria Francisca Teixeira da Cunha; quarto neto de
Antonio Rodrigues Pinto Teixeira da Cunha, e de sua mulher D. Maria do Rego;
quinto neto de Gaspar João de Sousa da Silva, e de sua mulher D. Maria Bezerra
do Rego; sexto neto de Jorge Teixeira Bezerra do Rego; setimo neto de Antonio
Teixeira Bezerra do Rego, e de sua mulher D. Catharina do Rego; oitavo neto de
Jorge Lopes Teixeira Bezerra do Rego; nono neto de Lopo Dias Teixeira Bezerra
do Rego. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no
segundo as dos Carvalhos, no terceiro as dos Pintos, e no quarto as dos Silvas.
—Br. p. a 28 de ja neiro de 1817. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 364. (C.
C.)
1257. JoÃO PIREs Dos Rios,
cavalleiro fidalgo da casa real, commendador da ordem de Christo. Carta pela
qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: —
Escudo de campo de oiro, com duas faxas ondadas de azul picadas de prata, e uma
bordadura de prata com cinco cabeças de serpes verdes, cortadas em vermelho e
arma das com as linguas saidas; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro, azul e verde, e por timbre uma cabeça de serpe; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Rios
das Asturias.—Dada em Lisboa a 14 de julho de 1530. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. LII, fl. 170 v.
1258. JOÃO DO QUINTAL LoBo. Carta
pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de prata com cinco
lobos de preto com as linguas vermelhas, o segundo de prata com uma banda enxaquetada
do primeiro e de ver melho, e uma cotiça de preto pelo meio, e por diferença
uma flor de liz verde; elmo de prata aberto, paquife de prata e vermelho, e por
timbre um dos lobos; com todas as hon ras e privilegios de fidalgo por
descender por parte de seu pae e avós dos Lobos, e por parte de sua avó dos do
Quintal. — Dada em Lisboa a 21 de julho de 1528. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. XI, fl. 85 v.
1259. JoÃo RABELLo, fidalgo da
casa real, filho de Pedro Rabello, da dita linhagem. Carta pela qual el-rei D.
João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo
azul com tres faxas de oiro e em cada uma d’ellas uma flor de liz de vermelho,
postas em maneira de contrabanda, e por diferença uma merleta de prata; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre duas
flores de liz de vermelho; com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Rabellos.—Dada em Lisboa a 22 de abril de
1530. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LII, fl. 215 V. –
1260. JoÃo RABELLo DE CALHEIRos,
morador na villa de Caminha. + Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul com cinco vieiras
de prata, em aspa, riscadas de preto, e tres estrellas de cinco pontas de
prata, em faxa ao pé do escudo, e por diferença uma brica de oiro com um annel
de vermelho; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul,
e por timbre dois bordões de Sant'Iago, de prata, em aspa, com uma vieira gera
ção e linhagem dos Calheiros. — Dada em Lisboa a 11 de agosto de 1526. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XVII, fl. 109.
1261. JoÃo do RE Go, morador em
Viseu, filho de João do Rego, e neto de Gonçalo Gil do Rego, que foi do tronco
d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo verde com uma banda ondada de
prata, e sobre ella tres vieiras de oiro perfiladas de azul, e por diferença
uma flor de liz de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
oiro e verde, e por timbre uma vieira de oiro entre dois pennachos verdes; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da gera ção e linhagem
dos Regos. — Dada em Lisboa a 5 de setembro de 1530. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. LII, fl. 186 v.
1262, JoÃo Do RE Go, natural de
Vianna da Foz do Lima, filho de Luiz do Rego, fi dalgo, e neto de Fernando
Eannes do Rego, que foi do verdadeiro tronco d'esta geração. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo
de campo verde com uma banda de agua ondada, e n’ella tres vieiras de oiro, e
por diferença um crescente de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de prata e verde, e por timbre dois pennachos verdes com uma das
vieiras de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração e linhagem dos Regos.— Dada em Lisboa a 5 de agosto de 1542. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XXXII, fl. 4 v.
1263. JoÃO DO REGO BALDAYA,
natural da cidade de Lisboa, filho de João do Rego Baldaya, e de sua mulher D.
Antonia Francisca Cabral; neto pela parte paterna de Ma nuel Alvares de Aguiar,
e de sua mulher D. Agatha do Rego Baldaya; e pela materna de João Velho Cabral
de Mello, e de sua mulher D. Apollonia Josepha. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Regos, no segundo as dos Baldayas, no terceiro as
dos Cabraes, e no quarto as dos Mellos. — Br. p. a 15 de março de 1775. Reg. no
Cart, da N., liv. II, fl. 54. (C. C.)
1265. JoÃo RodRIGUEs, morador em
Villa-franca, filho de Ruy Fernandes, e neto de Fernão Rodrigues, que foi do
tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo de prata com uma cruz
de vermelho com tres boletas de oiro e os casulos de verde em cada cabo, e por
diferença uma moleta preta; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
vermelho, e por timbre uma aspa vermelha com seis bo letas das armas nas pontas
de cima; com todas as honras e privilegios de fidalgo por des cender da geração
e linhagem dos Bulhões.—Dada em Lisboa a 23 de dezembro de 1530. Reg. na Chanc.
de D. João III, liv. L, fl. 66.
1266. JoÃo Rod RIGUEs ANTUNEs
EstEVEs D E CARVALHo, capitão de infanteria mi liciana do primeiro regimento da
comarca da Guarda, e monteiro-mór da villa de Sarzedo, da mesma comarca,
natural do logar de Tortozendo, termo da villa da Covilhã; filho do capitão
Manuel Rodrigues Antunes, e de sua mulher D. Custodia Maria de Mattos e Car
valho; neto pela parte paterna de Francisco Rodrigues Antunes, e de sua mulher
Isabel Antunes; neto pela parte materna de Manuel Esteves de Mattos, governador
que foi da praça de Pena-Garcia, e de sua mulher D. Maria Lourença. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Rodrigues, no segundo as dos
Antunes, no terceiro as dos Esteves, e no quarto as dos Mattos. —Br. p. a 26 de
julho de 1797. Reg, no Cart. da N., liv. V, fl. 205. (C. C.)
1267. JoÃo RoDRIGUEs CAMELLo,
morador na ilha de S. Miguel, filho de Garcia Ro drigues Camello, da linhagem da
dita geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão
de seus antecessores: — Escudo de campo de prata com tres vieiras de azul em
triangulo riscadas de oiro, e por diferença uma flor de liz vermelha; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por timbre um
pescoço e cabeça de camello, de côr natural, com uma manilha de oiro no beiço;
com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e
linhagem dos Camellos. — Dada em Evora a 30 de junho de 1536. Reg. na Chanc. de
D. João III, liv. XXIII, fl. 41.
1269.
JOÃO RODRIGUES DE VASCONCELLOS, amo
do principe D. Filippe, filho de Diogo Rodrigues, cavalleiro da casa real, e de
Filippa Domingas de Vasconcellos; neto de Bastião Dias de Vasconcellos; bisneto
de Diogo Gomes, que foram fidalgos e do tronco d’esta geração. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo
de campo negro e tres faxas veiradas e contraveiradas de prata e vermelho, e
por differença uma brica de oiro com um — J— verde; elmo de prata aberto,
paquife de prata, preto e vermelho, e por timbre um leão preto faxado como as
mesmas tres faxas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender
por parte de sua mãe da ge de D. João III, liv. XXXIV, fl. 48. –
1270. JoÃo D E SÁ, escrivão da
especiaria da Casa real na India. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo enxaquetado
de prata e azul, e por diferença meia brica de vermelho e quarta parte de um
filete preto; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul,
e por timbre um pescoço de bufero preto com os paus gretados de oiro; com todas
as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos de
Sá. — Dada em Lisboa a 12 de maio de 1529. Reg. na Chanc. de D. João III, liv.
XVII, fl. 69.
Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Sás, e na segunda as dos
Machados. — Br. p. a 5 de janeiro de 1797. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl.
"}, (C. C.
1272. JoÃO DE SALDANHA DA SILVA
(Bacharel), professo na ordem de Christo, pro vedor do paul da Trava da villa
da Chamusca, monteiro-mór das coutadas e mattas da mesma villa, natural e
morador na villa da Gollegã; filho de Manuel de Saldanha e Sousa, capitão-mór
da villa da Gollegã, superintendente das coudelarias da Serra, de Villa-nova,
de Torres-novas, a quem se passou brazão de armas com as dos Saldanhas, a 2 do
pre sente mez e anno, e de sua mulher D. Luiza Maria Joaquina; neto pela parte
paterna de João de Saldanha, e de sua mulher D. Francisca de Sousa; bisneto de
Manuel Gonçalves, e de sua mulher D. Gregoria de Saldanha; neto pela parte
materna de Francisco Gomes, e de Sua mulher Maria da Silva. Um escudo partido
em pala; na primeira as armas dos Saldanhas, e na segunda as dos Silvas. —Br.
p. a 12 de abril de 1795. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 108. (C. C.)
1273. D. JoÃO SANCHES DE BAENA,
as armas de seu bisavô D. Hernando de Baena. Um escudo partido com as armas dos
Baenas — Br. p. a 2 de julho de 1613. Reg. no R. Arch. da T. do Tombo, liv.
XVIII do Reg. de Mercês, fl. 278.
1274. JoÃO Dos SANTos PEREIRA
CALDAs, filho de José Caldas e Castro, e de sua mulher Paschoa Pereira de
Araujo; neto paterno de João de Caldas, e de sua mulher Luiza de Castro;
bisneto de Sebastião de Caldas. As armas dos Caldas, Castros, Pereiras e Araujos.
— Br. p. a 10 de julho de 1755. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 91.
(C. C.)
1277. JoÃO DE SEIXAS PINTO, irmão
de Antonio de Seixas Pinto, teve o mesmo bra zão de armas que este em 2 de
novembro de 1750. — V. Antonio de Seiras Pinto.
1278. JoÃO SEVERINO FREIRE DE
BRITo E SILVA, escrivão da Alfandega da villa de Olivença, filho de José Jorge
da Silva, e de sua mulher D. Thereza Ludovina Clara Freire de Brito; neto pela
parte paterna de André da Silva, e de sua mulher Ursula Sophia; neto pela parte
materna de Manuel Freire de Brito, brigadeiro do real exercito, e de sua mu
lher D. Thereza Maria Ferreira da Fonseca. Um escudo esquartelado; no primeiro
e quarto quarteis as armas dos Silvas, no se gundo as dos Freires, e no
terceiro as dos Britos. — Br. p. a 18 de março de 1795. Reg. no Cart. da N.,
liv. V, fl. 43. (C. C.)
1279. JoÃO DA SILVEIRA DA Cost A
PANAsco, moço fidalgo da casa real e proprie tario; filho de João da Silveira
Couto Panasco, proprietario, e de sua mulher D. Joanna Theotonia Subtil de
Magalhães; neto paterno de Bento Martins Panasco, proprietario, e de sua mulher
D. Isabel Antonia da Silveira, e materno de Antonio Subtil do Rego, proprie
tario, e de sua mulher D. Barbara Angelica Caldeira. Um escudo partido em pala;
na primeira as armas dos Coutos, e na segunda as dos Silveiras. — Br. p. a 8 de
fevereiro de 1866. Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 93. (C. C.)
1280. JoÃO DE SISNEIRos, morador
em Lisboa, filho de Fernão de Sisneiros, neto de Francisco Rodrigues de
Sisneiros, bisneto de Diogo Fernandes de Sisneiros, que foi do tronco d'esta
geração e dos vinte e quatro de Sevilha. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo meio partido
em pala; a primeira parte de vermelho, partida em faxa, na primeira tres cisnes
de prata, em roquete, e uma argola de oiro no pescoço de cada um, na segunda
cinco flores de liz de prata em aspa; a segunda parte de prata com tres barras
ou palas de vermelho; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de fi
dalgo por descender da geração e linhagem dos Sisneiros.—Dada em Lisboa a 8 de
ou tubro de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LII, fl. 199.
1282. JoÃO DE SOUSA DE AGUIAR,
natural de Villa-pouca de Aguiar, filho de Antonio de Sousa, e de sua mulher D.
Isabel Pereira Guedes; neto paterno de Jeronymo Pereira, natural das Boticas,
concelho de Monte-alegre, onde serviu os cargos principaes da go vernança, e de
sua mulher D. Bernarda Martins; bisneto por parte de sua avó paterna de Manuel
Guedes Pinto, senhor do morgado e capella de Santo Antonio de Sanranhe na co
marca de Villa-real; terceiro neto pelo mesmo lado de Antonio Guedes Pinto,
tambem se nhor do dito morgado e capella; quarto neto de outro Antonio Guedes
Pinto, cavalleiro professo na ordem de Christo, fidalgo da casa real, e tambem
senhor do dito morgado e capella. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto
quarteis as armas dos Sousas, no se gundo as dos Pintos, e no terceiro as dos
Guedes. — Br. p. a 30 de março de 1832. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl.
261. (C. C.)
1283. JoÃO DE SOUSA LoBATo
(Capitão), filho do capitão João de Sousa Lobato, e de sua mulher D. Anna de
Castro Soares; neto paterno de Pedro de Sousa Lobato, e de sua mulher Mecia
Rodrigues; bisneto de Antonio Vaz do Rego, e de sua mulher Brites Borges
Rodrigues de Sousa Lobato, filha de Antonio Rodrigues de Caldas, e de sua
mulher Mecia Borges; neta de Payo Rodrigues de Caldas; neto materno de Manuel
de Castro e Figuei redo, e de sua mulher Anna Soares de Brito, filha de
Gregorio Soares de Brito, bisneto de Alberto de Castro e Figueiredo; terceiro
neto de Affonso Lourenço, e de sua mulher D. Luiza de Sousa e Castro. As armas
dos Sousas do Prado, Lobatos, e Soares de Tangil. — Br. p. a 4 de abril de
1762. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 135 v. ) (C. C.
1285. JoÃo TEIXEIRA DE BARRos,
professo na ordem de Christo, familiar do Santo Oficio do numero, capitão das
ordenanças da sagrada religião de S. João do Hospital de Jerusalem, natural da
casa e quinta do Outeiro do Meio, freguezia de Viade, concelho de Celorico de
Basto, filho de Julião Teixeira de Carvalho, e de sua mulher D. Josepha Tei
xeira de Barros; neto pela parte paterna de Miguel Teixeira, e de sua mulher D.
Catha rina de Carvalho, e bisneto de Gonçalo Miguel Pires, e de sua mulher D.
Margarida Tei xeira de Macedo, descendente por largas series de avós de João
Gonçalves Teixeira, sexto senhor da honra e couto de Teixeira, e de Martim
Gonçalves de Macedo, camareiro-mór do senhor rei D. João I, ambos chefes destas
illustres familias, e pela parte materna se mostrava tambem ser elle neto de
Bento Teixeira de Macedo, e de sua mulher D. Ma rianna de Barros; bisneto de
Gaspar Francisco de Barros de Carvalho, e de sua mulher D. Anna de Macedo,
descendentes tambem por outras largas series de avós dos chefes das illustres
familias de Barros e Carvalhos, senhores do morgado destes appelidos na pro
vincia da Beira, tendo muitos d’elles, assim da parte materna, como da paterna,
os foros de fidalgos da casa real, sendo commendadores da ordem de Christo, e
tendo servido a real corôa nestes reinos e na India nos logares e postos de
maior graduação, até o de vice-rei d’aquelle estado, que no tempo do senhor rei
D. Manuel teve em vagancia Fernando Carvalho da Cunha, sexto avô do
supplicante, o qual era bisneto de Alvaro Gil de Carva lho, senhor do dito
morgado, e de sua mulher D. Estephania Pereira, irmã do condestavel D. Nuno
Alvares Pereira, como largamente constava da sentença, e que todos os referidos
e os mais expressados n’ella foram pessoas nobres das ditas familias de
Teixeiras, Mace dos, Barros, e Carvalhos, das que tiveram já seus brazões de
armas, e se trataram com ellas, e com cavallos, criados, e toda a mais ostentação
propria da nobreza, cujo trata mento conservava o Supplicante. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Teixeiras, no segundo as dos
Macedos, no terceiro as dos Barros, e no quarto as dos Carvalhos. — Br. p. a 2
de julho de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 13 v. (C. C.)
1286. JoÃO TEIXEIRA DE CARVALHO
BRANDÃO E BRITo, natural da casa e quinta da capelia de Viade, termo da villa
de Basto, filho de João Teixeira de Carvalho da Cunha Coutinho, e de D. Joanna
Leonor Brandão da Rocha e Brito; neto paterno de João Tei xeira de Carvalho da
Cunha Coutinho, cavaleiro professo na ordem de Christo, e de D. Thereza de
Magalhães Magro; bisneto de João Gonçalves Carneiro, e de D. Maria de Car valho
da Cunha, todos senhores da mesma casa de Viade, sendo seus progenitores de mui
preclara nobreza, e entre outros seu setimo avô Pedro da Cunha e Castro,
fidalgo da casa real; seu decimo avô Gonçalo Vaz Teixeira, setimo senhor da
honra e couto de Teixeira, de Macedo, camareiro-mór do senhor rei D. João I, e
assim seu setimo avô Fernão Carvalho da Cunha, fidalgo da casa real, e que
serviu na India os postos de maior graduação no tempo do senhor rei D. Manuel,
e era filho de Sebastião Alves de Carvalho, senhor do morgado de Carvalho na
provincia da Beira, e bisneto de Alvaro Gil de Carvalho, senhor do mesmo
morgado, e de D. Estephania Pereira, irmã do condestavel de Portugal D. Nuno
Alvares Pereira, da qual D. Estephania é o supplicante decimo neto, e por parte
materna é neto de Jacome Brandão Carneiro Gaio, e de D. Francisca Clara da
Rocha Teixeira e Brito; bisneto de Braz Brandão Carneiro Gaio Souto-maior, e de
D. Joanna de Meira Gal vão; terceiro neto de Jacome Brandão Carneiro, e de D.
Jeronyma de Sousa, todos se nhores da mesma quinta, casa e torre; sendo por
parte da referida sua avó D. Francisca Clara da Rocha Teixeira e Brito bisneto
de Simão Antonio da Rocha e Brito, cavalleiro da ordem de Christo, fidalgo da
casa real e alcaide-mór da villa da Barca, e de D. Antonia Thereza Teixeira da
Costa Soares, senhores da casa e torre de Aguião, termo da dita villa da Barca;
terceiro neto de João da Rocha e Brito de Aguião, cavalleiro da ordem de
Christo e fidalgo da casa real; quarto neto de Jacome da Rocha e Brito,
cavalleiro da or dem de Christo, fidalgo da casa real, sargento-mór de
infanteria, governador de Valença, e commissario geral das tropas na provincia
do Minho na guerra da acclamação, tendo sido todos Senhores da casa e torre de
Aguião. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no
segundo as dos Cunhas, no terceiro as dos Brandões, e no quarto as dos Rochas.
— Br. p. a 10 de março de 1814. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 287. (C. C.)
1287. JoÃo DE TEIVE, fidalgo da
casa real, morador na ilha Terceira, filho de Diogo de Teive, e neto de Lopo
Afonso de Teive, que foram fidalgos e do tronco d'esta ge Taça0. Carta pela
qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: —
Escudo de campo de prata com nove torteuses arvelas de vermelho, em tres palas;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, e por
timbre um leão pardo de prata, com as mesmas arvelas; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Teives. — Dada
em Lisboa a 5 de outubro de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LII, fl.
215.
1289. JoÃo THEoDosio DE ARAUJo
LEÃo, cavalleiro da ordem de Christo, e abbade de Santa Maria do Telhado,
natural da casa do Sobrado, da dita freguezia, comarca de Barcellos; filho do
major João de Araujo Leão, cavaleiro da ordem de Christo, e de D. Anna Eusebia
Marcellina; neto paterno de Pedro Affonso Marques, e de Custodia Fran cisca de
Araujo; e materno de Manuel Rodrigues de Figueiredo. Um escudo ovado e esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Leões, no se gundo as dos Freitas, no terceiro
as dos Araujos, e no quarto as dos Figueiredos. — Br. p. a 9 de dezembro de
1812. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 263 v. (C. C.)
1290. JoÃO THEoDos 10 DE ARAUJO
LEÃO, abbade de Santa Maria do Telhado, natu ral da Casa de Sobrado, da dita
freguezia de Santa Maria, comarca de Barcellos; filho do major João de Araujo
Leão, cavaleiro da ordem de Christo, e de D. Anna Eusebia Mar cellina; neto
paterno de Pedro Afonso Marques, e de Custodia Francisca de Araujo; e ma terno
de Manuel Rodrigues de Figueiredo, e de Maria do Espirito Santo. Um escudo
ovado e esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Leões, no Se gundo as
dos Marques, no terceiro as dos Araujos, e no quarto as dos Figueiredos. — Br.
p. a 18 de abril de 1812. Reg, no Cart. da N., liv. VII, fl. 247 v. (C. C.)
1291. João VERIssIMo LoPEs
FAGUNDEs, capitão da bateria de Santa Catharina, na ilha da Madeira; filho de
Domingos Lopes Fagundes, e de sua mulher D. Anna Luiza Ma ciel; neto paterno do
capitão João Pereira Maciel Fagundes, e de sua mulher D. Anna Luiza Maciel; e
materno de Paulino Terra Lopes, e de sua mulher D. Anna Isabel Clara; bis neto
do alferes Caetano José Homem da Costa Corte-real. Um escudo partido em pala;
na primeira as armas dos Fagundes, e na segunda as dos Lopes. — Br. p. a 18 de
outubro de 1820. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 67 V. (C. C.)
1292. JoÃO XAVIER DE MELLo
PIMENTEL COELHO CALDEIRA, natural de Lisboa, filho de Francisco Apolinario
Pereira de Mello, cavalleiro professo na ordem de Christo, e juiz dos direitos
reaes da Mesa da portagem, e de sua mulher D. Archangela Jeronyma da Silva
Pimentel; neto paterno de José Caldeira de Abreu, cavaleiro fidalgo da casa
real, Almeida; bisneto pelo mesmo lado de Diogo Caldeira de Abreu, cavalleiro
fidalgo da casa real, e proprietario do oficio de almoxarife, e juiz dos
direitos reaes da Mesa da portagem, e de sua mulher D. Maria; terceiro neto de
Duarte Caldeira de Abreu, professo na ordem de Aviz, cavalleiro fidalgo da casa
real, almoxarife e juiz proprietario dos direitos reaes da Mesa das tres casas,
e de sua mulher D. Garcia de Sequeira; quarto neto de Diogo Cal deira, moço da
camara do senhor rei D. Filippe II. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Caldeiras, no segundo as dos Abreus, no terceiro as dos Coelhos, e
no quarto as dos Pimenteis, — Br. p. 17 de maio de 1806. Reg. no Cart. da N.,
liv. VII, fl. 128. (C. C.)
1293. JoAQUIM ANTONIO DE AGUIAR,
natural da cidade de Lisboa, filho de João do Espirito Santo e Aguiar, oficial
da secretaria da Mesa do Desembargo do paço, e de sua mulher D. Paula Joaquina
Rosa da Matta Brito; neto pela parte paterna de José dos San tos e Aguiar, e de
sua mulher Anna Marianna; neto pela parte materna de Antonio da Matta e Brito,
e de sua mulher Maria de Barros e Brito. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Aguiares, no segundo as dos Mattas, no terceiro as dos Britos, e
no quarto as dos Barros. — Br. p. a 20 de julho de 1795. Reg. no Cart. da N.,
liv. V, fl. 72. (C. C.)
1294. JoAQUIM ANToNIo CALÇA DE PINA BARREIR os
GoDINHo (Doutor), habilitado e approvado para os logares de lettras, natural da
villa de Sousel, provincia do Alemtejo, arcebispado de Evora; filho do doutor
João de Pina Ravasco, natural da cidade de Evora, e de D. Thereza Antonia
Barreiros Godinho; neto pela parte paterna de Manuel Botelho de Albuquerque, e
de sua mulher Catharina Soares Xara, filha de Antonio Alves Pato, e de sua
mulher Brites Xara Ravasco, filha do capitão de cavallos Gaspar de Pina
Ravasco; e pela materna neto de Manuel da Serra de Carvalho, e de sua mulher
Maria Barreiros Godinho, filha de Antonio Calça Godinho Barreiros, filho de
João Farinha Ravasco Godi nho, da villa de Sousel. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Pinas, no segundo as dos Calças, no terceiro as
dos Godinhos, e no quarto as dos Barreiros, — Br. p. a 30 de maio de 1770. Reg.
no Cart. da N., liv. I, fl. 128 v. (C. C.)
1295. JoAQUIM ANTONIO CLEMENTINO MACIEL,
capitão do regimento de milicias da Covilhã, filho de Joaquim José Gregorio
Maciel, e de sua mulher D. Maria Josepha Cae tana; neto paterno de João Lopes
Maciel, e de D. Eustachia Maria de Sales Monteiro; e materno de Carlos Pinto da
Costa, e de D. Thereza Maria Rosa. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto
quarteis as armas dos Macieis, no segundo as dos Monteiros, e no terceiro as
dos Costas. — Br. p. a 9 de fevereiro de 1815. Reg. no Cart. da N., liv. VII,
fl. 305. (C. C.)
1296. JoAQUIM ANTONIO DUARTE DA
SILVA VELLoso, natural da villa de Abrantes, filho de Antonio Duarte da Silva
Velloso, e de sua mulher Catharina Thereza Velloso; neto pela parte paterna de
José Luiz da Silva Velloso, e de Maria Duarte Velloso; e pela ma terna de
Manuel da Silva Serrão, e de Joanna Maria Velloso. Um escudo partido em pala;
na primeira as armas dos Vellosos, e na segunda as dos Serrões. — Br. p. a 3 de
junho de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 11 v. (C. C.)
1297. JoAQUIM ANTONIO DE ECA
FIGUEIRó DA GAMA LoBo, filho de Carlos Antonio de Figueiró, capitão do
regimento de cavallaria de Olivença, e de sua mulher D. Anna Jo sepha de Eça da
Gama Lobo; neto paterno de Joaquim Antonio de Figueiró, tenente do regimento de
cavallaria de Alcantara, e de sua mulher D. Joaquina Venancia da Costa Pe
reira; neto materno de Duarte de Eça Faria IIenriques, sargento-mór do
regimento de in fanteria da praça da colonia do Sacramento, e de sua mulher D.
Catharina Lobo da Gama; bisneto paterno de Carlos de Figueiró e Almeida, e de
sua mulher D. Thereza Maria de de Sousa, filha de Luiz dos Santos Fragoso,
coronel do regimento de infanteria de Vianna; bisneto materno de D. Bernardo
Sebastião de Eça Faria Henriques, e de sua mulher D. Francisca Josepha de Mello
Marihone: terceiro neto paterno do capitão-mór Antonio da Costa Lisboa, e de
sua mulher D. Anna Josepha Pereira, e materno de D. Manuel de Eça e Faria, e de
sua mulher D. Isabel Antonia de Macedo; quarto neto pela mesma linha de D.
Duarte de Eça, e de sua mulher D. Maria de Oliveira; quinto neto pela mesma
linha de D. Antonio de Eça, moço fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Clara
Bernarda de Villas-boas; sexto neto pela mesma linha materna de D. João de Eça,
irmão germano de D. Francisco de Eça, moço fidalgo da casa real com
acrescentamento de escudeiro fidalgo, e de sua mulher D. Catharina Bernardes de
Medeiros, filha de Antonio Vaz Bernardes de Medeiros, instituidor do morgado da
quinta da Foz, em Obidos; setimo neto pela mesma linha de D. Duarte de Eça
Faria, fidalgo da casa real e capitão de Maluco, e de sua mu lher D. Leonor de
Faria, filha de Pedro de Faria, fidalgo da casa real e governador de Malaca,
nos estados da India; oitavo neto pela mesma linha materna de D. João de Eça,
fidalgo da casa real e do conselho do senhor rei D. João III, e alcaide-mór de
Villa-viçosa, e de sua mulher D. Maria de Oliveira de Eça; nono neto de D. Fernando
de Eça, alcaide mór de Villa-viçosa, e de sua mulher D. Joanna de Saldanha,
filha de Fernão Lopes de Saldanha, contador-mór de Castella, e camareiro de
el-rei D. João II d'aquele reino; de cimo neto de D. Fernando, o primeiro que
se appelidou de Eça, por ser senhor da villa d’este nome no reino de Galliza,
por doação que lhe fez o seu parente D. Fradique de Castro, duque de Argalla;
undecimo neto do infante D. João e da infanta D. Maria Telles de Menezes;
duodecimo neto do senhor rei D. Pedro I, e de sua segunda mulher a se nhora
rainha D. Ignez de Castro. Um escudo com as armas dos Eças. — Br. p. a 20 de
outubro de 1812. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 265. (C. C.)
1298. JoAQUIM ANToNIO DA FoNs
ECA, cavalleiro professo da ordem de Christo, the soureiro geral da Bulla nos
bispados de Elvas e Portalegre, actual vereador na cidade de Portalegre, filho
do capitão João Baptista da Fonseca, cavaleiro professo na ordem de Christo, e
de sua mulher D. Luiza Maria do Pilar; neto pela parte paterna de Manuel da
Fonseca, e de sua mulher Isabel Maria Michaela; e pela materna de Salvador
Pereira Bor ges, e de sua mulher D. Isabel Maria do Pilar. Um escudo
esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Fonsecas, no segundo
as dos Pereiras, e no terceiro as dos Borges. — Br. p. a 21 de abril de 1777.
Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 133. (C. C.)
1299. Jo AQUIM ANTONIO DE LEMos
SEIXAs E CASTEL-BRANCo, filho natural reco nhecido do reverendo Antonio de
Lemos Seixas de Castel-branco, fidalgo capellão da casa real, e abbade da
egreja de S. Martinho de Sande, e de Rosa Luiza, havido antes que se ordenasse;
neto paterno de Francisco Xavier de Lemos Seixas e Castel-branco, fidalgo ca
valeiro da casa real, e commendador da ordem de S. Tiago da Espada, sendo este
irmão de D. Joanna Rita de Lacerda Castel-branco, primeira viscondessa do Real
Agrado, e ba roneza do mesmo titulo, e o referido Antonio de Lemos Seixas de
Castel-branco, pae do segundo visconde do Real Agrado. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Lacerdas, no segundo as dos Lemos, no terceiro
as dos Seixas, e no quarto as dos Castel-brancos. — Br. p. a 3 de dezembro de
1817. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 389 v. (C. C.)
1300. JoAQUIM ANToNIo D E MENDONÇA E MENEZEs,
natural da ilha Terceira, filho de Francisco Vieira de Mendonça e Menezes, e de
sua mulher D. Maria Leonor Telles de Menezes Pamplona. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Menezes, e na segunda as dos Pamplonas. — Br. p.
a 29 de abril de 1854. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 380. (C. C.)
1301. JoAQUIM ANToNIo MoRAEs
SEQUEIRA (Capitão), cavaleiro professo na ordem de Christo, fidalgo da casa
real, natural da cidade de Coimbra, filho de Miguel Rodrigues de Sequeira, e de
sua mulher Maria Simões de Moraes; neto pela parte paterna de Do mingos
Rodrigues, e de sua mulher Ursula da Costa, e pela materna de Antonio Simões, e
de sua mulher Benta Francisca. Um escudo partido em pala; na primeira as armas
dos Sequeiras, e na segunda as dos Moraes. — Br. p. a 3 de janeiro de 1780.
Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 218. (C. C.)
1302. JoAQUIM ANToNIo PEREIRA DA
SERRA, cavaleiro professo na ordem de Christo, cavalleiro fidalgo da casa real,
capitão-mór e governador da cidade de Sergipe de El-rei no estado da America;
filho do capitão Manuel Nunes da Serra, cavalleiro fidalgo da casa real, e de
sua mulher D. Anna Maria Marcellina; neto paterno de Antonio Luiz da Serra, e
de sua mulher Domingas Nunes da Serra; neto materno de Francisco Gomes Correa,
e de sua mulher Maria Monteiro. • As armas dos Pereiras, Correas, Serras, e
Monteiros. — Br. p. a 8 de fevereiro de 1758. Reg. no Cart, da N., liv.
particular, fl. 113 v. (C. C.)
1303. JoAQUIM ANToNIo DA SILVA
CARVALHo, natural de Lisboa, cavalleiro fidalgo da casa real, e capitão da
companhia de granadeiros do regimento de voluntarios reaes de milicias a pé de
Lisboa oriental; filho de João Antonio da Silva Carvalho, cidadão d'esta cidade
de Lisboa, cavaleiro fidalgo da casa real, e capitão-mór das ordenanças da
terceira capitania-mór do primeiro districto de Lisboa e termo oriental, a quem
se passou brazão de armas a 2 de maio de 1795, e de sua mulher D. Maria Isabel
Nogueira da Silva; neto paterno de Antonio Vicente da Silva, familiar do Santo
Oficio, cidadão da cidade de Lis boa, cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua
mulher D. Michaela Caetana de Carvalho; bisneto de Francisco da Silva,
cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Apol lonia Maria; terceiro
neto de Sebastião Pires da Silva, cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua
mulher D. Catharina Dias, sendo o dito terceiro avô Sebastião Pires da Silva
irmão inteiro de Fernando Alvares da Silva Leite, tenente coronel de
cavallaria; bisneto egual mente por parte de sua referida avó D. Michaela
Caetana de Carvalho, de José Maria de Carvalho, e de sua mulher D. Maria
Thereza; terceiro neto por este mesmo lado de Es tevão Fernandes, e de sua mulher
D. Francisca de Carvalho, irmã de D. Frei Fabião dos Reis, que foi bispo de
Cabo-verde; neto materno do doutor Francisco Nogueira, e de sua mulher D.
Michaela Archangela Martins; bisneto do sargento-mór Gabriel Nogueira, caval
leiro da ordem de Christo, e de D. Maria Gomes; bisneto egualmente por sua
referida avó D. Michaela Archangela Martins do bacharel Manuel Martins, e de D.
Maria do Cabo. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas
dos Silvas, no se gundo as dos Carvalhos, e no terceiro as dos Nogueiras. — Br.
p. a 18 de fevereiro de 1828. Reg, no Cart. da N., liv. VIII, fl. 219. (C. C.)
1304. JoAQUIM DE ARAUJO JUZARTE,
bacharel formado em direito, fidalgo cavalleiro da casa real e proprietario;
filho do capitão Francisco Xavier de Araujo, e de sua mulher D. Anna Eugenia
Juzarte de Campos; neto paterno de Domingos de Araujo, e de sua mu lher D.
Antonia da Matta, e materno de Francisco Xavier Pacheco, e de sua mulher D.
Joanna Candida Juzarte de Campos. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto
quarteis as armas dos Araujos, no se gundo as dos Juzartes, e no terceiro as
dos Campos. — Br. p. a 14 de junho de 1867. Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl.
106. (C. C.)
1305. Jo AQUIM CARDoso PEssANHA
DE CASTELLO-BRANCo, natural da cidade de Viseu, filho de Antonio José Cardoso
Pessanha, e de sua mulher D. Euphemia Maria; neto pela parte paterna de Manuel
Cardoso Pessanha de Castello-branco, e de sua mulher D. Jo sepha de Jesus
Coelho; bisneto de Amaro Pessanha de Castello-branco, filho de Antonio Pessanha
de Vilhegas, neto de Miguel Pessanha de Castello-branco, e bisneto de Julio de
Vilhegas Castello-branco. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Vilhegas, no segundo as dos Castello-brancos, no terceiro as dos Cardosos,
e no quarto as dos Pessanhas. — Br. p. a 10 de fevereiro de 1785 — Reg, no
Cart. da N., liv. III, fl. 184. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carneiros, no segundo as
dos Machados, no terceiro as dos Barrosos, e no quarto as dos Castello-brancos.
—Br. p. a 23 de março de 1786. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 209. (C. C.)
1307. JOAQUIM CASIMIRO DA COSTA, cavaleiro
professo da ordem de Christo, ouvi dor do Serro do frio, e natural da cidade de
Lisboa; filho de João Gomes da Costa, e de sua mulher D. Margarida Maria da
Caridade; neto pela parte paterna de Manuel Gomes da Costa, e de sua mulher D.
Maria Antunes; bisneto de Francisco Gomes, e de sua mu M D. Ignez Martins; e
pela materna neto de Paulo Simões, e de sua mulher Brites tuneS. dos Costas. —
Br. p. a 10 de novembro de 1779. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 211. (C. C.)
1308. JoAQUIM CLEMENTE DA SILVA
PoMBo (Desembargador), ouvidor da cidade do Pará, filho de Gregorio da Silva
Pombo, e de sua mulher D. Maria Joaquina Pombo; neto paterno de João da Silva
Pombo, e de sua mulher D. Josepha Maria; e materno de José Luiz de Almeida, e
de D. Joanna Euphrasia. Um escudo com as armas dos Silvas.—Br. p. a 27 de
agosto de 1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 201. (C. C.)
1309. JoAQUIM DA Cost A BANDEIRA,
commendador honorario da ordem de Christo e barão de Porto-covo da Bandeira;
filho de João da Costa Bandeira, e de D. Maria Josepha Christina Bandeira; neto
paterno de Luiz Fernandes Bandeira, e de D. Domingas Bandeira. Um escudo e
n'elle as armas dos Bandeiras. — Br. p. a 6 de abril de 1821. Reg. no Cart. da
N., liv. VIII, fl. 81 v. • (C. C.)
1310. JoAQUIM DA Cost A LIMA
CUNHA, natural de Villa-nova de Gaia, cavalleiro professo na ordem de Christo,
e negociante matriculado; filho de André da Costa Lima, e de sua mulher D. Anna
Angelica da Cunha; neto paterno de André da Costa Lima, e de sua mulher D.
Catharina Gomes; e materno de Christovão da Cunha e Silva, e de sua mulher D.
Apollonia Maria do Sacramento; bisneto por este mesmo lado de José Guedes da
Silva Pinto, e de sua mulher D. Isabel da Piedade Cunha; terceiro neto de Simão
Pinto Cardoso, e de sua mulher D. Maria Rebello; terceiro neto egualmente por
parte de sua referida bisavó D. Isabel da Piedade Cunha de Manuel Gonçalves, e
de sua mulher D. Fran cisca da Piedade; quarto neto de João Nunes Ferreira, e
de sua mulher D. Marinha da Cunha; quinto neto de Pantaleão da Cunha, e de sua
mulher D. Francisca da Silva; sexto neto de Manuel da Cunha, e de sua mulher D.
Helena de Jesus. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Costas, no segundo as dos Limas, no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos
Cunhas.—Br. p. a 19 de maio de 1828. Reg, no Cart. da N., liv. VIII, fl. 226 v.
(C. C.)
1311. JoAQUIM DA CostA SEQUEIRA,
natural e cidadão da cidade de S. Paulo, capi tão de cavallaria auxiliar das
Minas do Cuiabá, e nas mesmas juiz das medições e demar cações das Sesmarias;
filho de Ignacio da Costa Sequeira, cidadão da cidade de S. Paulo, e de sua
mulher D. Maria Josepha Velloso; neto pela parte paterna de João da Costa de Sequeira,
e de sua mulher Isabel da Costa; neto pela parte materna de Manuel Velloso de
Carvalho, capitão das ordenanças da dita cidade, e de sua mulher D. Ignacia
Vieira, e por esta bisneto de Francisco Vieira, que passando á cidade de S.
Paulo foi o tronco da fa milia do seu appelido, e de sua mulher Isabel Manuel
de Sousa, filha de Manuel Alvares de Sousa, e de sua mulher Maria Carneiro,
filha de Sebastião Coelho Barradas, e de sua mulher D. Catharina de Barros,
filha de Jorge de Barros Fajardo, cavaleiro hespanhol, e de sua mulher D. Anna
Maciel. • Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Sequeiras, e na
segunda as dos Vieiras. — Br. p. a 18 de fevereiro de 1795. Reg, no Cart. da
N., liv. : } # V. (C. C.
1312. JoAQUIM DA CUNHA LIMA,
natural de Villa-nova de Gaia, filho de Theodoro de Oliveira Leal, e de sua
mulher D. Anna da Cunha Lima; neto paterno de José de Oliveira Leal, e de sua
mulher D. Rosa Maria de Jesus Ferreira; bisneto de João Simões Leal, e de sua
mulher D. Luiza de Oliveira; bisneto egualmente por sua referida avó D. Rosa Ma
ria de Jesus Ferreira, de Manuel Ferreira, e de sua mulher D. Isabel da Silva;
neto ma terno do capitão André da Costa, e de sua mulher D. Anna Angelica da
Cunha; bisneto por este mesmo lado de André da Costa Lima, e de sua mulher D.
Catharina Gomes dos Reis; bisneto egualmente por sua referida avó D. Anna
Angelica da Cunha, de Christovão da Cunha, e de sua mulher D. Apollonia Maria
do Sacramento. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Leaes,
no segundo as dos Oliveiras, no terceiro as dos Limas, e no quarto as dos
Cunhas, — Br. p. a 28 de maio de 1828, — Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl.
228 v. (C. C.)
1313. JOAQUIM DA CUNHA LIMA,
natural de Villa-nova de Gaia, do conselho de Sua Magestade, fidalgo cavaleiro
da casa real, commendador da ordem de Christo, cavaleiro da de Nossa Senhora da
Conceição de Villa-viçosa, e da da Torre e Espada, coronel com mandante do
extincto batalhão de caçadores nacionaes da Serra do Pilar; filho de The0 doro
de Oliveira Leal, e de sua mulher D. Anna da Cunha Lima; neto paterno de José
de Oliveira Leal, e de sua mulher D. Rosa Maria de Jesus Ferreira; bisneto de
João Si mões Leal, e de sua mulher D. Luiza de Oliveira; bisneto egualmente por
sua referida avó D. Rosa Maria de Jesus Ferreira, de Manuel Ferreira, e de sua
mulher D. Isabel da Silva; neto materno do capitão André da Costa Lima, e de
sua mulher D. Anna Angelica da Cunha; bisneto por este mesmo lado de André da
Costa Lima, e de sua mulher D. Ca tharina Gomes dos Reis; bisneto egualmente
por sua referida avó D. Anna Angelica da Cunha, de Christovão da Cunha, e de
sua mulher D. Apollonia Maria do Sacramento. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Cunhas, e na segunda as dos Limas. — Br. p. a 30 de
agosto de 1847. — Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 329. (C. C.)
1314. JOAQUIM DUARTE COELHO DO
REGO CERQUEIRA E SILVA, natural da fregue zia de S. Martinho de Dume, termo da
cidade de Braga, e morador na sua quinta do Rego, capitão-mór das ordenanças de
Chavão; filho de Domingos Duarte Cerqueira Coelho, e de sua mulher D. Anna
Joaquina Duarte da Silva; neto paterno de Antonio Duarte Cerqueira, e de sua
mulher D. Antonia Duarte; e materno de José Alves da Silva Ferraz, e de Sua
mulher D. Francisca da Silva. Um escudo partido em pala; na primeira as armas
dos Cerqueiras, e na segunda as dos Silvas. — Br. p. a 17 de março de 1826.
Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. > V. (C. C.
1315. JoAQUIM DUARTE CoELHO Do
REGo CERQUEIRA E SILVA, natural da fregne zia de S. Martinho de Dume, termo da
cidade de Braga, e capitão-mór das ordenanças de Chavão; filho de Domingos
Duarte Cerqueira Coelho, e de sua mulher D. Anna Joaquina Duarte da Silva; neto
paterno de Antonio Duarte Cerqueira, e de sua mulher D. Antonia Duarte; e
materno de José Alves da Silva Ferraz, e de sua mulher D. Francisca da Silva.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Cerqueiras, no segundo
as dos Coelhos, no terceiro as dos Regos, e no quarto as dos Silvas.— Br. p. a
30 de ja neiro de 1828. Reg, no Cart. da N., liv. VIII, fl. 216. (C. C.)
1316. JoAQUIM ELISEU DA FonsECA
RosApo, natural de Estremoz, fidalgo caval leiro da casa real, vereador da
Camara municipal de Estremoz, e proprietario: filho de Joaquim Manuel da
Fonseca Rosado, proprietario, e de sua mulher D. Candida Perpetua Arruda; neto
paterno de João Rosado Maio, e de sua mulher D. Maria Rita da Fonseca; Pla cida
Xavier. Um escudo com as armas dos Fonsecas. —Br. p. a 26 de setembro de 1862.
Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 50. (C. C.)
1317. JoAQUIM FERREIRA PINTo,
capitão-mór das ordenanças de Penaguião, filho de José Ferreira Pinto,
cavalleiro da ordem de Christo, cavalleiro fidalgo da casa real, mes tre de
campo do terço de infanteria de Villa-real, e depois coronel do regimento de
mili cias do dito districto, e de sua mulher D. Maria Delphina Osorio de
Almeida e Figueiredo; neto paterno de Manuel Gomes, e de sua mulher D. Josepha
Ferreira, e materno de An tonio Pinto de Figueiredo, e de sua mulher D. Thereza
Luiza de Almeida Osorio. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Gomes, no segundo as dos Pintos, no terceiro as dos Ferreiras, e no quarto
as dos Almeidas. — Br. p. a 22 de abril de 1818. Reg. no Cart. da N., liv. VII,
fl. 394. • (C. C.)
1318. JoAQUIM DE FIGUEIREDO
BARRETO PERDIGÃO DE VILLAs-BoAs, natural e morador na vila de Arganil, e
capitão de ordenanças da mesma villa; filho do doutor Manuel Coelho Pereira e
Seixas do Amaral, e de sua mulher D. Joaquina Luiza de Figuei redo Barreto
Perdigão de Villas-boas; neto paterno do capitão José Coelho do Amaral, e
materno de José de Figueiredo Barreto Perdigão de Villas-boas. O supplicante é
legitimo descendente de Jeronymo de Figueiredo e Cunha, morador que foi na
villa de Goes, a quem se passou brazão de armas aos 12 de março de 1685. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Amaraes, no segundo as
dos Figueiredos, no terceiro as dos Perdigões, e no quarto as dos Villas-boas.
— Br. p. a 27 de setembro de 1823, Reg, no Cart. da N., liv. VIII, fl. 97. C
(C. C.)
1319. JoAQUIM DA FONSECA PINTo,
alferes-mór da comarca da villa do Fundão, e natural da mesma; filho de Manuel
da Fonseca Pinto, alferes de cavallaria nos estados da America, e depois
alferes-mór da comarca da dita Villa, e de sua mulher D. Rosa Jacinta Vaz
Correa; neto pela parte paterna de Domingos Lourenço da Fonseca Pinto, e de D.
Maria Lopes, e pela materna de Manuel Correa de Figueiredo, e de D. Jacinta
Branca, todos da dita villa. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Fonsecas, e na segunda as dos Pintos. — Br. p. a 23 de junho de 1783. Reg. no
Cart. da N., liv. III, fl. 99 v. (C. C.)
1320. JOAQUIM FREIRE DE ANDRADE
PINTo SoARES DE ALBERGARIA, executor da Contadoria Geral de Guerra e reino,
natural e morador n’esta cidade de Lisboa; filho de Manuel Soares Freire de
Andrade Pinto, alferes de cavallaria que foi de um dos regimentos da guarnição
da côrte, e de sua mulher D. Josepha Maria Theodora de Gouvea, filha de Gonçalo
de Gouvea Pereira, oficial maior da Junta dos tres Estados, e familiar do Santo
Oficio; neto paterno de Antonio de Almeida Pinto, e de sua mulher Jacinta de
Mattos Soares, filha de Agostinho do Couto, e de sua mulher Filippa Soares de
Mattos; a qual Filippa Soares de Mattos, filha de Pedro Soares, e de sua mulher
Violante Godinho, esta filha de Lopo de Andrade, e de sua mulher Cecilia de
Oliveira Soares; bisneto pela sua varonia do capitão Miguel Ferreira de
Carvalho, e de sua mulher Maria de Almeida. As armas dos Freires de Andrade,
Pintos, Almeidas, Soares e Albergarias.—Br. p. a 26 de janeiro de 1754. Reg. no
Cart. da N., liv. particular, fl. 67. |- (C. C.)
1321. JOAQUIM GOMES DA CRUZ
COELHo DE QUADRos, tenente-coronel comman dante de voluntarios realistas da
margem esquerda do Guadiana; filho do capitão-tenente José Gomes da Cruz
Coelho, a quem se passou brazão de armas a 30 de maio de 1761, e de D.
Gertrudes Rosa de Froes e Quadros; neto paterno de Luiz Gomes da Cruz, e de #
Helena Coelho, e materno de Leandro Gomes de Quadros, e de D. Dionysia Thereza
e Fr0eS. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos
Gomes, no segundo as dos Coelhos, e no terceiro as dos Quadros. — Br. p. a 24
de setembro de 1828. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 235. (C. C.)
1322. JoAQUIM GoMEs DA SILVA
BELFoRT, cavaleiro fidalgo da casa real, e caval leiro da ordem de Sant'Iago da
Espada, formado em leis, e habilitado para os logares de le tras, natural da
cidade de S. Luiz do Maranhão; filho de Filippe Marques da Silva, caval leiro
fidalgo da casa real, irmão do coronel do regimento de milicias José Antonio
Gomes de Sousa, a quem se passou brazão de armas a 28 de setembro de 1788, e de
sua mu lher D. Ignacia Maria Freire Belfort da Silva; neto o supplicante por
parte paterna do sar gento-mór Antonio Gomes de Sousa, e de sua mulher D.
Marianna das Neves; bisneto de Filippe Marques da Silva, almoxarife que foi da
Real Fazenda na dita cidade de S. Luiz do Maranhão, e de sua mulher D. Rosa
Maria de Jesus. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Sousas, e
na segunda as dos Gomes. — Br. p. a 14 de fevereiro de 1802. Reg, no Cart. da
N., liv. VI, fl. 191. • (C. C.)
1323. JoAQUIM GUILHERME DA CostA
Poss ER, professo na ordem de Christo, ca valeiro fidalgo da casa real, e
oficial da Secretaria de Estado dos negocios do reino, filho de Gaspar da Costa
Posser, e de sua mulher D. Isabel Espinosa Massuellos; neto pela parte paterna
do capitão José da Costa, e de sua mulher D. Maria Posser; neto pela parte
materna de D. Pedro de Torres Massuellos, e de sua mulher D. Damiana Maria
Teixeira. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Costas, e na
segunda as dos Massuellos. — Br. p. a 27 de julho de 1795. Reg. no Cart. da N.,
liv. V, fl. 73 v. (C. C.)
1324. JoAQUIM GUILHERME DA Cost A
PossER, cavaleiro fidalgo da casa real, ca valeiro da ordem de Christo, e
oficial da Secretaria de Estado dos negocios da marinha e dominios
ultramarinos; filho de José Theotonio da Costa Posser, cavalleiro fidalgo da
casa real, cavaleiro professo na ordem de Christo, e oficial maior graduado da
Secretaria de Estado dos negocios da marinha e dominios ultramarinos, e de sua
mulher D. Joaquina Romana de Mendonça Escarlati; neto paterno de Gaspar da
Costa Posser, cavalleiro fidalgo da casa real, cavalleiro professo na ordem de
Christo, e oficial da Secretaria de Estado dos negocios do reino, e de sua
mulher D. Isabel Espinosa de Massuellos; e materno de Caetano Escarlati,
cavalleiro professo na ordem de Christo, e de sua mulher D. Maria Di niz
Thereza. • Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Costas, e na
segunda as dos Massuellos. — Br. p. a 25 de outubro de 1817. Reg. no Cart. da
N., liv. VII, fl. 386 V. (C. C.)
Um
escudo ovado e partido em pala; na primeira as armas dos Rodrigues, e na se
gunda as dos Carvalhos. — Br. p. a 11 de fevereiro de 1799. Reg. no Cart. da
N., liv. VI, fl. 67. * (C. C.)
1326. JoAQUIM IGNACIO DA CRUZ
SOBRAL, fidalgo da casa real, do conselho de Sua Magestade, e da Fazenda real,
e thesoureiro-mór do real Erario, a quem se instituiu e creou morgado do Sobral
do Monte-agraço. Um escudo cortado em faxa; na primeira, em campo azul, cinco
estrellas de oiro de seis raios, postas em cruz; na segunda uma alagôa de prata;
orlado este escudo de uma orla vermelha, carregada de uma letra que diga Nomen
que meis; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, prata e
azul, e por timbre um cão de prata com co leira vermelha, e uma chave de oiro
na boca. — Br. p. a 17 de dezembro de 1776. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv.
II, fl. 123 v. (C. C.)
1327. JoAQUIM IGNACIo MoREIRA
DIAS, cavaleiro da ordem da Torre e Espada, e brigadeiro dos reaes exercitos;
filho de Antonio Moreira Dias, cavalleiro professo na or dem de Christo, e de
sua mulher D. Maria Moreira; neto paterno de João Moreira, e de SU13 !" D.
Maria Moreira; e materno de Antonio Moreira, e de sua mulher D. Domin gas Dias.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Moreiras, e na segunda as
dos Dias. — Br. p. a 17 de abril de 1820. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. %
(C. C.)
1328. JoAQUIM IGNACIO PACHE Co DE
SARRIA, natural de Villa-nova de Portimão, fi lho de Manuel José de Sarria
Tavares, professo na ordem de Christo, e capitão-mór da mesma villa, e de sua
mulher D. Marianna Victoria de Garfias Torres; neto pela parte paterna do
capitão Gaspar Simões de Sarria Pacheco, professo na ordem de Christo, e de D.
Marianna Tavares da Silva Falcão; bisneto do capitão Manuel de Sarria Telles
Pacheco, professo na ordem de Christo, e de D. Maria Tavares. Um escudo partido
em pala; na primeira as armas dos Pachecos, e na segunda as dos Tavares. — Br.
p. a 9 de julho de 1793. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 282. (C. C.)
1329. JoAQUIM IGNACIO DE SÁ,
tenente de cavallaria do Rio-grande do Sul, natural da praça da nova colonia do
Sacramento; filho de Gabriel Theodoro de Sá, e de sua mu lher Ignacia da Silva;
neto pela parte paterna de Manuel João Lourenço de Sá, e de sua mulher Justa da
Fonseca; neto pela parte materna de Eusebio da Silva Carvalho, e de Sua mulher
Maria Ferreira da Fonseca. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Sás, e na segunda as dos Silvas. — Br. p. a 14 de outubro de 1796. Reg. no
Cart. da N., liv. V, "}", C. C.)
1330. JoAQUIM IGNACIO DE SEQUEIRA
BULCÃo, filho de Balthasar da Costa Bulcão, e de sua mulher D. Maria Joanna de
Aragão; neto pela parte paterna de José da Costa Bulcão, e de sua mulher D.
Maria de Sousa e Aragão, filha de Francisco de Araujo e Ara gão, alcaide-mór da
cidade da Bahia, e neta de Francisco de Araujo e Amy que naguerra da expulsão
dos hollandezes de Pernambuco serviu com sua pessoa e fazenda a corôa real com
muita distincção; bisneto de Balthasar de Aragão e Sousa, capitão-mór e
governador interino de toda aquela capitania pela ausencia do governador D.
Diogo de Menezes; pela parte materna é neto o supplicante de Ignacio de
Sequeira Villas-boas, ca pitão-mór da ordenança da villa de S. Francisco da
Barra de Sergipe do Conde, e de sua mulher D. Joanna Catharina de Menezes e
Aragão; bisneto de José de Goes de Sequeira, cavaleiro da ordem de Christo, e
de sua mulher D. Maria de Brãe, filha do sargento-mór Francisco de Brãe, tambem
cavaleiro da dita ordem; e pela dita sua avó D. Joanna Ca tharina de Menezes e
Aragão é bisneto o supplicante de Felix de Bittencourt, moço fidalgo da casa
real, e de sua mulher D. Catharina de Aragão e Ayala, filha de Diogo de Aragão
Teixeira, e neta do capitão Diogo de Aragão Pereira o velho, ambos com o dito
foro, e de sua mulher D. Isabel de Aragão, filha do mencionado Balthasar de
Aragão e Sousa, seu quarto avô paterno, sendo egualmente o supplicante irmão de
José da Costa Bulcão, a quem se passou brazão de armas a 9 de dezembro de 1788.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Araujos, no segundo as
dos Aragões, no terceiro as dos Sequeiras, e no quarto as dos Bittencourts.—Br.
p. a 17 de março de 1792. Reg, no Cart. da N., liv. IV, fl. 246. (C. C.)
1332. JoAQUIM JosÉ CAVALCANTE DE
ALBUQUERQUE LINo (Bacharel), secretario da capitania de Matto-grosso, filho do
bacharel Manuel de Araujo Cavalcante, procurador da real Corôa e Fazenda de
Pernambuco, e de sua mulher D. Isabel Thereza de Moraes Lino; neto pela parte
paterna do capitão Pedro Coelho Pinto, e de D. Romualda Cavalcante de Albuquerque,
ele filho de Braz Pinto Lobo da Silva, e de sua mulher D. Maria Coelho, e ela
filha do capitão João Luiz da Serra Pereira, e de sua mulher D. Brazia
Cavalcante de Albuquerque; e pela parte materna neto do mestre de campo Manuel
Alvares de Moraes Navarro, e de D. Thereza de Jesus Lino. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Albuquerques, e na segunda as dos Cavalcantes. —
Br. p. a 17 de janeiro de 1782. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 43 W. (C.
C.)
1333. JoAQUIM JosÉ CoRDEIRO ZAGALO
E MATTos, natural da praça de Estremoz, da provincia do Alemtejo, filho do
doutor Rodrigo Zagalo, cavalleiro professo na ordem de Christo, familiar do
Santo Oficio, e de D. Anna Victoria de Mattos; neto pela parte paterna de
Rodrigo Zagalo, e de Filippa Zagalo da Silva; bisneto de Antonio Zagalo, º de
Beatriz França; e pela materna neto de Manuel Alvares Cordeiro, e de D. Rosa Mi
chaela; bisneto de Francisco Rodrigues de Mattos, e de D. Brites Cordeiro. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Zagalos, no segundo as
dos Silvas, no terceiro as dos Mattos, e no quarto as dos Cordeiros. —Br. p. a
28 de maio de 1775. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 65 v. (C. C.) Sua
Magestade, fidalgo cavaleiro da casa real, e vice-presidente da Junta dos juros
dos reaes emprestimos; filho de Agostinho José da Costa de Macedo, e de sua
mulher D. Caetana Maria de Azevedo; neto paterno de Manuel José da Costa, e de
sua mulher D. Catharina Thereza de Macedo; e materno de Manuel Ferreira de
Azevedo Saraiva, e de sua mulher D. Angela Maria Saraiva. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Costas, e na segunda as dos Saraivas. — Br. a 7
de junho de 1828. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 230. (C. C.)
1334. JoAQUIM JosÉ DA CosTA DE
MACEDo, natural de Lisboa, do conselho de Sua Magestade, fidalgo cavaleiro da
casa real, e vice-presidente da Junta dos juros dos reaes emprestimos; filho de
Agostinho José da Costa de Macedo, e de sua mulher D. Caetana Maria de Azevedo;
neto paterno de Manuel José da Costa, e de sua mulher D. Catharina Thereza de
Macedo; e materno de Manuel Ferreira de Azevedo Saraiva, e de sua mulher D.
Angela Maria Saraiva. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Costas, e na segunda as dos Saraivas. — Br. a 7 de junho de 1828. Reg. no Cart.
da N., liv. VIII, fl. 230. (C. C.)
1335. Jo AQUIM JosÉ FERREIRA DE
LEIVA, filho de Francisco Ferreira de Leiva, e de sua mulher D. Anna Leonor;
neto por parte paterna do reverendo Pedro Ferreira de Leiva, conego prebendado
da real Collegiada de Nossa Senhora da Oliveira da villa de Guimarães, e de
Maria Ferreira de Eça, filha bastarda de Manuel Ferreira de Eça, fidalgo da
casa real, e senhor que foi do morgado, casa e quinta de Cavaleiros, termo da
cidade do Porto, e da casa do Arco, da mesma villa de Guimarães, que a teve de
Catharina da Silva Loureiro, sendo o referido supplicante descendente por
bastardia das illustres fami lias de Ferreiras e Eças. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Ferreiras, e na segunda as dos Eças. — Br. p. a
10 de novembro de 1800. Reg. no Cart. da N., liv. VI, } # (C. C.
1337. JOAQUIM JosÉ FURTADO DE MES
QUITA PAIVA PINTO, filho de Mattheus An tonio de Paiva Pinto, e de D. Maria
Angelica Furtado de Mesquita; neto materno de Manuel Furtado de Mesquita, e de
sua mulher D. Gregoria Pereira Furtado de Mesquita; bisneto de Sancho Furtado
de Mesquita, cavaleiro da ordem de Christo, juiz dos orphãos de propriedade da
villa de Louzã, e de sua mulher D. Maria Monteiro Rezende e Mesquita; terceiro
neto de Manuel Furtado de Mesquita, capitão de cavallos na praça de Penamacor
no tempo da feliz acclamação, e de sua mulher D. Maria Perdigão de Mesquita;
quarto neto de Christovão Furtado de Mesquita, moço fidalgo da camara de Sua
Magestade, e de sua mulher D. Gregoria de Mesquita; quinto neto de Gaspar
Furtado de Mesquita Bote lho, e de sua mulher D. Domingas de Azevedo e Mesquita.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Paivas, no segundo as
dos Pintos, no terceiro as dos Furtados, e no quarto as dos Mesquitas. —Br. p.
a 12 de de zembro de 1816. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 362 v. ) (C. C.
1338. JoAQUIM JosÉ FURTADO DE
MESQUITA PAIVA PINTO, filho legitimo de Mat theus Antonio de Paiva Pinto, e de
D. Maria Angelica Furtado de Mesquita; neto pela parte materna de Manuel
Furtado de Mesquita, e de sua mulher Gregoria Pereira Furtado de Mesquita;
bisneto de Sancho Furtado de Mesquita, cavaleiro da ordem de Christo, juiz dos
orphãos de propriedade da Villa de Louzã, e de sua mulher D. Maria Monteiro Rezende
e Mesquita; terceiro neto de Manuel Furtado de Mesquita, capitão de cavallaria
na praça de Penamacor no tempo da feliz acclamação, e de sua mulher D. Maria
Perdigão de Mesquita; quarto neto de Christovão Furtado de Mesquita, moço
fidalgo da camara de Sua Magestade, e de sua mulher D. Gregoria de Mesquita;
quinto neto de Gas par Furtado de Mesquita Botelho, e de sua mulher D. Domingas
de Azevedo e Mesquita. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Paivas, em eampo azul tres flores de liz de oiro postas em banda; no segundo as
dos Pintos, no terceiro as dos Furtados, e no quarto as dos Mesquitas. — Br. p.
a 5 de agosto de 1769. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 105. (C. C.)
1339. JoAQUIM JosÉ GARCIA GoM ES
FREIRE DA SILVEIRA, capitão de uma das companhias da ordenança da cidade de
Elvas; filho de Luiz Garcia Gomes Freire, caval leiro professo na ordem de
Christo, e capitão das ordenanças, e de sua mulher D. Maria Barbara da
Silveira; neto por parte paterna de Manuel Gomes Freire, negociante da refe
rida cidade, e de sua mulher Rosa Maria Gomes Freire; neto por parte materna de
Manuel Mendes Leal, capitão das ordenanças da Villa de Borba, e de sua mulher
D. Antonia Ma ria, sendo egualmente o mesmo supplicante por parte paterna
sobrinho de Frei João da Conceição, ex-provincial da ordem de S. João de Deus;
e pela parte materna tambem So brinho do desembargador José Ignacio da Silveira
Leal, cavaleiro professo na ordem de Christo, e morgado na villa de Borba. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Gomes, no segundo as dos
Freires, no terceiro as dos Silveiras, e no quarto as dos Leaes. — Br. p. a 26
de junho de 1798. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 26 v. (C. C.)
1340. Jo AQUIM JosÉ DE MELLO
PEDRoso DE LIMA, capitão de infanteria e auditor do regimento de Diu, capitania
de Goa; juiz da Alfandega, de Feitos da Corôa e da fazenda da mesma, e natural
da cidade do Porto; filho do sargento-mór Manuel Pedroso de Lima, e de sua
mulher D. Margarida Rosa de Lima e Mello; neto pela parte paterna de Antonio
Pedroso, e de sua mulher D. Maria Antonia Pereira, e pela materna de Manuel de
Lima, e de sua mulher D. Luiza de Mello, descendente por larga serie de avós de
Diogo Pedroso, veador da serenissima infanta imperatriz D. Leonor, filha do
senhor rei D. Duarte; e Diogo Pedroso era filho de Ruy Gonçalves Pedroso, irmão
de Paio Rodrigues de Araujo, senhor do solar dos Araujos das villas de Lobeos,
Esdroes e outras mais, no tempo do senhor rei D. João I. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Pedrosos, e na segunda as dos Limas. — Br. p. a
3 de agosto de 1790. Reg. no Cart. da N., liv, Iv, fl. 176 v. (C. C.)
1341. JoAQUIM JosÉ MENDES DA
CUNHA (Bacharel), juiz de fora da provincia de Bardez no estado da India,
natural d’esta cidade de Lisboa, filho de Manuel da Cunha, e de sua mulher D.
Leonor Maria Barbara; neto pela parte paterna de João da Cunha, e de sua mulher
Luzia Gomes; bisneto de Antonio da Cunha, cavalleiro fidalgo da casa real; e
pela materna neto de José Mendes, e de sua mulher D. Maria Francisca, o qual
José Mendes foi bisneto de Luiz Mendes, que tambem foi cavaleiro fidalgo da casa
real, e º mesmo José Mendes serviu no posto de ajudante de sargento-mór da
camara de Piº nhel com muita distincção. Um escudo partido em pala; na primeira
as armas dos Cunhas, e na segunda as dos Mendes. — Br. p. a 22 de abril de
1776. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 86. ) (C. C. professo na ordem de
Sant'Iago da Espada, oficial da Secretaria de estado dos Negocios estrangei ros
e da guerra, consul geral em Liorne e em todos os portos do imperio de Austria,
e actualmente encarregado de negocios junto da côrte de Vienna; filho de Manuel
de Mi randa Rebello, e de D. Thereza Joaquina Rogada; neto de Jacinto Rebello,
e bisneto de Francisco Fernandes e de D. Margarida Rebello. Um escudo com as
armas dos Rebellos. — Br. p. a 19 de novembro de 1817. Reg. no Cart. da N.,
liv. VII, fl. 388 v. (C. C.)
1342. JoAQUIM JosÉ DE MIRANDA
REBELLo, natural de Lisboa, cavalleiro professo na ordem de Sant'Iago da
Espada, oficial da Secretaria de estado dos Negocios estrangei ros e da guerra,
consul geral em Liorne e em todos os portos do imperio de Austria, e
actualmente encarregado de negocios junto da côrte de Vienna; filho de Manuel
de Mi randa Rebello, e de D. Thereza Joaquina Rogada; neto de Jacinto Rebello,
e bisneto de Francisco Fernandes e de D. Margarida Rebello. Um escudo com as
armas dos Rebellos. — Br. p. a 19 de novembro de 1817. Reg. no Cart. da N.,
liv. VII, fl. 388 v. (C. C.)
1343. JoAQUIM JosÉ DE MIRANDA
CouTINHO, cavalleiro professo na ordem de Christo, do real Conselho, lente de
prima na faculdade de Theologia, vice-reitor da Univer sidade de Coimbra,
conego magistral da Cathedral da mesma cidade, deputado do Santo Oficio,
ex-collegial de S. Pedro, e bispo eleito de Castello-branco; filho de Manuel de
Mi randa Coutinho, doutor com honras e privilegios de lente na faculdade de
Medicina, e de sua mulher D. Maria Rosa Joaquina da Silva; neto paterno de
Jeronymo de Miranda, e de sua mulher D. Maria de Goes Coutinho, e materno de
Geraldo Afonso, e de sua mulher D. Maria Josepha da Silva. Um escudo ovado e
partido em pala; na primeira as armas dos Mirandas, e na se gunda as dos
Coutinhos. — Br. p. a 7 de fevereiro de 1820. Reg. no Cart. da N., liv. VIII,
fl. 51. (C. C.)
1344. JOAQUIM JosÉ MONTEIRO Tom
RES, chefe de divisão da real armada, natural d’esta cidade; filho de José
Monteiro Torres, e de sua mulher D. Luiza Maria do Espirito Santo; neto pela
parte paterna de Manuel Monteiro Torres, e de sua mulher D. Marianna de Jesus
de Mendonça, e por parte materna de Domingos Francisco Gonçalves Lage, ir mão
do coronel de mar Antonio Gonçalves Lage, e de sua mulher D. Dorothea Ma ria;
bisneto por parte paterna de José Monteiro Torres, que faleceu no serviço da
Asia em sargento-mór de infanteria, e de sua mulher D. Joanna Rita de Azevedo
Couti nho, e por parte materna de José Gonçalves da Silva, e de sua mulher D.
Francisca Maria Lage. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Monteiros, e na segunda as dos Torres. — Br. p. a 2 de outubro de 1798. Beg, no
Cart. da N., liv. %" º V. (C. C.)
1345. JoAQUIM JosÉ NUNES REBELLO
VELLoso, da cidade de Coimbra, filho do dou tor Bento José Velloso Teixeira, da
dita cidade, a quem já se passou brazão com as ar mas dos Teixeiras, Vellosos,
e Rebellos, em 1751, e de Joanna Josepha Caetana, filha de Filippe Rodrigues
Velho, cidadão da dita cidade, e de sua mulher Sebastiana Maria; neto pela
parte paterna do doutor Miguel Teixeira Rebello, e de sua mulher Escolastica de
S. Bento Velloso; bisneto de Domingos Teixeira Rebello, e de sua mulher Anna
Francisca Teixeira; terceiro neto do licenciado Domingos Teixeira Rebello;
quarto neto de Domin gos Rebello, e de sua mulher Maria Teixeira Rebello. Um
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Teixeiras, no
segundo as dos Vellosos, no terceiro as dos Rebellos. — Br. p. a 13 de outubro
de 1769. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 113. (C. C.)
1346. JoAQUIM JosÉ DE OLIVA,
natural e morador n’esta cidade de Lisboa, filho do sargento-mór Rodrigo José
de Oliva, e de D. Anastasia Thereza Lauriana da Silva; neto pela parte paterna
do ajudante Manuel de Oliva de Pontes, e de sua mulher D. Ignacia Maria de S.
José; bisneto de Luiz de Pontes e Aragão, e de D. Ignez de Oliva Serrão; e pela
materna neto do doutor Manuel Ferreira da Silva, e de sua mulher D. Vicencia Ma
ria; bisneto de outro Manuel Ferreira da Silva, e de sua mulher D. Maria
Thereza. Um escudo com as armas dos Olivas. — Br. p. a 20 de dezembro de 1781.
Reg, no Cart. da N., liv. III, fl. 36 v. (C. C.)
1347. JoAQUIM JosÉ DE QUEIRoz E
ALMEIDA, do conselho de Sua Magestade, fidalgo cavalleiro da casa real,
cavaleiro professo na Ordem de Christo, com exercício de presi dente da Relação
de Lisboa, natural do logar das Quintans, termo e freguezia de Eixo, comarca de
Aveiro; filho de José Marcellino Prospero de Queiroz, e de sua mulher D. Joanna
Leonor de Almeida; neto paterno de Custodio de Queiroz Pessanha de Sam paio, e
de sua mulher D. Luiza Maria Teixeira, e materno de Gabriel de Sousa, e de sua
mulher D. Josepha Bernarda de Almeida; bisneto pelo mesmo lado de André de Almeida
Pinho, e de sua mulher D. Maria da Graça. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Queirozes, e na segunda as dos Almeidas. — Br. p. a 30 de
julho de 1836. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, } 276. (C. C.
1349. JoAQUIM JosÉ Dos SANTos
(Capitão-mór), natural da cidade de S. Paulo, filho de Lopo dos Santos Serra,
sargento-mór das ordenanças da dita cidade, e de sua mulher D. Ignacia
Rodrigues Villares; neto pela parte paterna de Pedro Gomes Ferreira, e de sua
mulher D. Antonia Maria Pinto, e pela materna de Luiz Rodrigues Villares,
capitão povoador da villa de Cuyabá, e de sua mulher D. Angela Vieira. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Serras, no segundo as dos
Gomes, no terceiro as dos Pintos, e no quarto as dos Vieiras. — Br. p. a 7 de
feve reiro de 1790. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 147 v. (C. C.)
1350. JoAQUIM JosÉ Dos SANTos
CAÇÃo, professo na ordem de S. Bento de Aviz, fidalgo cavalleiro da casa real,
e chefe de esquadra das reaes armadas; filho do capitão tenente Antonio dos
Santos Cação de Carvalho, e de sua mulher D. Catharina de Lima e Vilhena; neto
por parte paterna de Francisco de Carvalho, e de sua mulher D. Antonia Maria;
neto por parte materna de José Gomes Manuel de Vilhena, e de sua mulher D. Je
ronyma Francisca. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Carvalhos, na segunda as dos Vilhenas. — Br. p. a 7 de setembro de 1799. Reg,
no Cart. da N., liv. VI, fl. 99 V. (C. C.)
1351. JoAQUIM JosÉ o E SEQUEIRA, filho de Luiz
Antonio de Sequeira, e de sua mu lher D. Catharina Maria; neto paterno de
Antonio José de Sequeira; bisneto de Bernardo da Silva de Sequeira; terceiro
neto do capitão Manuel da Silva Casqueiro, e de D. Calha rina Saraiva de
Sequeira, esta filha de Manuel Fernandes de Sequeira; neta de João Fer a quem
se passou brazão de armas a 4 de maio de 1599. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Sequeiras, e na segunda as dos Casqueiros. — Br. p. a 28
de novembro de 1805. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 111. (C. C.)
1352. JoAQUIM JosÉ TEIXEIRA
VILLAÇA BACELLAR (Bacharel), habilitado para os logares de letras, natural de
Villa-real; filho de João de Araujo Ferreira Villaça, e de D. Luiza Maria
Teixeira de Carvalho; neto pela parte paterna de Custodio de Araujo, e de D.
Catharina Ferreira; neto pela parte materna de João Teixeira Bacellar, e de D.
Ma ria Rebello de Carvalho, que foi viuva do capitão Felix Botelho Pimentel. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Araujos, no segundo as dos
Teixeiras, no terceiro as dos Bacellares, e no quarto as dos Carvalhos. — Br.
p. a 15 de novembro de 1796. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 160 v. (C. C.)
1354. JoAQUIM JosÉ DE VALLADAREs
So Uto-MAIOR, cavalleiro professo na ordem de Christo, alferes de infanteria na
cidade de Goa do estado da India, natural da fregue zia de Santo Eustaquio do
logar de Alpiaça, termo da villa de Santarem; filho de José de Valladares
Souto-maior, cavalleiro fidalgo da casa real, irmão de Filippe de Valladares
Souto-maior, a quem já se passou brazão de suas armas em 1746, e de sua mulher
Thereza Ignacia de Jesus; neto pela parte paterna de João de Freitas Amado, e
de sua mulher D. Isabel de Sequeira Souto-maior, e pela materna de Manuel
Caetano da Silva, e de sua mulher D. Maria da Conceição. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Souto-maiores, e na segunda as dos Valladares. —
Br. p. a 22 de abril de 1775. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 58 v. (C. C.)
1355. JOAQUIM LUIZ FURTADO DE
MENDONÇA, filho legitimo do sargento-mór José Furtado de Mendonça, cavalleiro
professo na ordem de Christo, e de sua mulher D. Rosa Maria de Araujo Coutinho;
neto pela parte paterna do ajudante Anastasio Furtado de Mendonça, e de D.
Maria de Barcellos, e pela materna neto do capitão João de Araujo Caldeira, e
de D. Maria Pereira. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Mendonças Furtados, e na segunda as dos Caldeiras. — Br. p. a 28 de novembro de
1767. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 59 V. (C. C.)
1356. JoAQUIM MALAQUIAS ANToNIo
GARÇÃO DE CARVALHO, cavalleiro fidalgo e oficial da casa real no exercicio de
escrivão proprietario das moradias dos moradores d’ella, natural da villa de
Torquel, comarca de Alcobaça; filho de Francisco do Valle Garção de Carvalho,
cavaleiro fidalgo, e oficial da casa real no exercício de escrivão proprie
tario das moradias dos moradores d’ella, e de sua mulher D. Margarida Rosa
Thereza Joa quina Dorgier Garção; neto paterno de Ruy Garção de Carvalho, que
teve o mesmo foro no referido exercicio de escrivão das moradias,
thesoureiro-mór do Reino, thesoureiro-mór da Junta dos tres estados,
thesoureiro geral dos Portos-seccos, e escrivão da Sevadaria, e de sua mulher
D. Margarida Thereza Gertrudes Dorgier Campello de Andrade; bisneto de Antonio
Garção, e de sua mulher D. Catharina Barreto de Simas; terceiro neto de Manuel
Garção de Carvalho, cavalleiro fidalgo e escrivão das moradias, e de sua mulher
D. Fi lippa Pessoa Barbuda do Quintal; quarto neto de Luiz Garção de Carvalho,
moço da ca mara do senhor rei D. Afonso VI, e cavalleiro fidalgo da casa real,
e de sua mulher D. Guiomar TOScan0. • Um escudo esquartelado; no primeiro e
quarto quarteis as armas dos Carvalhos, no segundo as dos Campellos, e no
terceiro as dos Andrades. — Br. p. a 16 de dezembro de 1791. Reg.no Cart. da
N., liv. IV, fl. 241. (C. C.)
1357. JoAQUIM MANUEL BoTELHo,
capitão da companhia de caçadores no regimento de milícias de Castello-branco,
do logar de Lordosa; filho de Manuel Fernandes Carrilho, e de sua mulher D.
Isabel Maria; neto pela parte paterna de outro Manuel Fernandes Car rilho, e de
sua mulher Catharina Gonçalves Loura; neto pela parte materna de Pedro Fer
nandes Botelho, e de sua mulher Isabel da Visitação. Um escudo com as armas dos
Botelhos. — Br. p. a 24 de julho de 1797. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 203.
(C. C.)
1358. JoAQUIM MANUEL BoTELHO,
capitão da companhia de caçadores do regimento de milicias de Castello-branco,
do logar de Lordosa; filho de Manuel Fernandes Carrilho, e de sua mulher D.
Isabel Maria; neto paterno de outro Manuel Fernandes Carrilho, e de Sua mulher
Catharina Gonçalves Loura; e materno de Pedro Fernandes Botelho, e de sua
mulher Isabel da Visitação. Um escudo com as armas dos Botelhos. — Br. p. a 26
de setembro de 1814. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 297 V. (C. C.)
1359. JoAQUIM MANUEL MoNTEIRO,
visconde da Estrella, fidalgo cavaleiro da casa real, e commendador da ordem de
Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa; filho de José Bento Rodrigues,
proprietario, e de sua mulher D. Rosa Maria Lourença; neto pa terno de Manuel
Rodrigues, e de sua mulher D. Anna Gonçalves; e materno de Antonio Lourenço, e
de sua mulher D. Maria Manuel. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Monteiros, e na segunda as dos Rodrigues. — Br., p. a 19 de fevereiro de 1855.
Reg, no Cart. da N., liv. VIII, fl. 397. (C. C.)
1360. JoAQUIM MANUEL DE MoRAEs D
E MESQUITA PIMENTEL, licenciado na facul dade de leis pela Universidade de
Coimbra, filho de Antonio José de Moraes de Mesquita, tenente do regimento de
artilheria da côrte, e de D. Anna Joaquina Rosa de Moraes e Me nezes; neto por
parte paterna de Antonio de Moraes de Mesquita Pimentel, capitão-mór na villa
de Anciães, e de D. Maria de Moraes; bisneto de Antonio Moraes de Mesquita Pi
mentel, capitão-mór da dita villa de Anciães, e de D. Maria de Menezes Pinto;
terceiro neto de Antonio de Moraes de Mesquita Pimentel, capitão-mór na mesma
villa de Anciães, e de D. Francisca de Moraes da Silva; quarto neto de Antonio
de Moraes de Mesquita Pimentel, tambem capitão-mór da villa de Anciães, e de D.
Isabel de Mesquita Pimentel; villa de Anciães, e de D. Luiza de Meirelles Pinto
de Mesquita; neto por parte materna de An tonio dos Santos e Silva, guarda bandeira
da saude do porto de Belem, e de D. Maria Ca tharina de Moraes e Menezes;
bisneto de Gonçalo de Moraes de Mesquita, cavalleiro fidalgo da casa real, e
moço da real camara do numero dos quarenta, e de D. Bernarda Maria de Menezes;
terceiro neto de Antonio de Moraes de Mesquita, cavaleiro fidalgo da casa real,
e de D. Catharina Telles; quarto neto de João de Mesquita de Moraes, e de D.
Mar garida de Azevedo; quinto neto de Luiz de Mesquita Cabral, e de Joanna
Baptista de Azevedo. • Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Moraes, e na segunda as dos Mesquitas. — Br. p. a 30 de abril de 1802. Reg. no
Cart. da N., liv. VI, ".à%) . C.
1361. JoAQUIM MANUEL DE SEIXAs
ABRANCIIES E Go UVEA, professo na ordem de Christo, e natural de Villa nova de
Foscôa, comarca de Trancoso; filho de Manuel de Abran ches e Gouvea, e de D. Maria
de Seixas da Fonseca; neto pela parte paterna de Antonio de Abranches e Gouvea,
e de D. Flora Nunes da Fonseca; bisneto pela mesma linha de Pedro de Gouvea, e
de D. Maria de Abranches, e pelo dito Pedro de Gouvea legitimo des cendente por
linha direita e varonil do chefe da familia de Gouvea, por ser terceiro neto de
Bartholomeu Francisco de Gouvea; quarto neto de Pedro de Gouvea e Figueiredo;
quinto neto de Francisco de Gouvea; sexto neto de Miguel Vaz de Gouvea; setimo
neto de Martim Vaz de Gouvea; oitavo neto de Pedro Gouvea, desembargador do
Paço, e chanceller-mór do reino; nono neto de Gonçalo Dias de Gouvea; decimo
neto de João de Gouvea, alcai de-mór de Gouvea e Castello-Rodrigo, e senhor de
Almendra e Castello-melhor; e pela dita D. Maria de Abranches, sua bisavó, é
legitimo descendente do chefe da familia de Abranches por ser terceiro neto D.
Catharina de Abranches, e quarto neto de Mattheus de Abranches. Um escudo partido
em pala; na primeira as armas dos Gouveas, e na segunda as dos Abranches. — Br.
p. a 2 de outubro de 1790. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 187. (C. C.)
1362. JoAQUIM MANUEL DE SEIXAs A
BRANCHEs E Go UVEA, professo na ordem de Christo, e natural de Villa nova de
Foscôa, comarca de Trancoso; filho de Manuel Abran ches e Gouvea, e de D. Maria
de Seixas da Fonseca; neto pela parte paterna de Antonio de Abranches e Gouvea,
e de D. Flora Nunes da Fonseca; bisneto de Pedro de Gouvea, e de D. Maria de
Abranches: Pedro de Gouvea era por uma serie de avós oitavo neto de Vasco
Fernandes de Gouvea, alcaide-mór de Gouvea e Castello-Rodrigo, e senhor de Al
mendra e Castello-melhor, chefe da familia de Gouvea; a dita D. Maria de
Abranches bi savó do supplicante era neta de Mattheus de Abranches. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Gouveas, e na segunda as dos
Abranches. — Br. p. a 21 de maio de 1790. — Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. #
V. (C. C.
1363. JoAQUIM MARIA DA CUNHA
LIMA, natural de Villa nova de Gaia, comarca do Porto; filho de Gaspar de
Miranda Outeiro, e de sua mulher D. Anna da Cunha Lima; neto paterno de Manuel
de Miranda, e de sua mulher D. Anna Thereza Ferrão; e ma terno do capitão André
da Costa Lima, e de sua mulher D. Anna Angelica da Cunha; bis neto por seu avô
materno de André da Costa Lima, e de sua mulher D. Catharina Go mes, e por sua
avó materna de Christovão da Cunha Silva, e de sua mulher D. Apollonia Maria
Sarmento; terceiro neto por parte de seu bisavô Christovão da Cunha Silva, de
José Guedes da Silva Pinto, e de sua mulher D. Isabel da Piedade Cunha; e
quarto neto pelo mesmo lado de Simão Pinto Cardoso, e de sua mulher D. Maria
Rebello; sendo o dito Joaquim Maria da Cunha Lima, irmão de Joaquim da Cunha
Lima, e sobrinho de Joaquim da Costa Lima, irmão da sobredita sua mãe, aos
quaes já se passou brazão de armas. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Cunhas, no segundo as dos Limas, no terceiro as dos Costas, e no
quarto as dos Silvas, — Br. p. a 10 de maio de 1839. — Reg. no Cart. da N.,
liv. VIII, fl. 293 v. (C. C.)
1364. JoAQUIM PEDRo BoRRALHo,
capitão de infanteria paga da cidade de Belem, do Grão-Pará, natural da villa
de Olivença; filho do capitão Manuel Henrique Borralho, e de sua mulher D.
Catharina Maria da Silva; neto pela parte paterna de Domingos Correa de
Azevedo, governador de Ouguella, com patente de tenente coronel, e de sua
mulher D. Maria Benedicta; neto pela parte materna de Domingos Sebastião,
lavrador da Penha do Gato, de terras suas, e de sua mulher D. Maria Francisca
Ephigenia; sendo o mesmo supplicante irmão de Francisco Rodrigues Borralho, que
faleceu em Goa, com a patente de coronel, e de João Borralho de Andrade,
capitão de granadeiros na referida cidade do Grão-Pará, e de Silvestre Joaquim
Pedro Borralho, primeiro tenente commandante da ter ceira companhia do primeiro
regimento da real armada. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Correas, no segundo as dos Azevedos, no terceiro as dos Borralhos, e no
quarto as dos Silvas. — Br. p. a 12 de outubro de 1795, Reg, no Cart. da N.,
liv. V, fl. 96. (C. C.)
1365. JoAQUIM PEDRo DE
CASTEL-BRANco, filho do doutor Mauricio José de Castel branco Manuel, e de sua
mulher D. Maria Dionysia do Freitas Mendonça; neto paterno do doutor José
Fernando da Costa Manuel, e de sua mulher D. Maria Josepha Mendes de
Castel-branco; e materno do capitão Francisco de Abreu e Freitas, e de sua
mulher D. Joaquina de Freitas; sexto neto pela mesma linha de Leonardo de
Miranda Espinola. a quem se passou brazão de armas a 20 de maio de 1651; este
neto de Leão Espinola, moço fidalgo da casa real, terceiro neto de Antonio
Espinola, a quem tambem se passou brazão de armas no anno de 1519; setimo neto
pela mesma linha materna de Gaspar Ro drigues Teixeira, a quem egualmente se
passou brazão de armas em 1535. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Castel-brancos, no se gundo as dos Freitas, no terceiro as dos
Teixeiras, e no quarto as dos Espinolas. — Br. p. a 15 de junho de 1857. Reg,
no Cart, da N., liv. Ix, fl. 17. C.) (C. C.
1366. JoAQUIM PED Ro FERREIRA, fidalgo
cavalleiro da casa real, commendador da ordem de Christo, e negociante
matriculado; filho de José Gomes Ferreira, negociante, e de sua mulher D.
Francisca Rosa Baptista Benedicta Maya Ferreira; neto paterno de Ma nuel Duarte
Ferreira, proprietario, e de sua mulher D. Antonia de S. Bernardo Ferreira; e
materno de João Fernandes Prego, e de sua mulher D. Anna Baptista Prego. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Ferreiras, no segundo as
dos Gomes, no terceiro as dos Pregos, e no quarto as dos Fernandes. — Br. p. em
n0 vembro de 1856. Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 12 v. (C. C.)
1367. JoAQUIM PEREIRA MARINIio,
natural de Villa-nova de Lixa, do arcebispado de Braga, proprietario e
negociante de grosso tracto; filho de Antonio Teixeira Marinho, ne gociante de
grosso tracto, e de sua mulher D. Anna Joaquina de Queiroz Marinho; neto
paterno de Manuel Teixeira Marinho, negociante de grosso tracto, e de sua mulher
D. Ja cinta de Magalhães Teixeira Marinho, e materno de Lourenço Pinto de Magalhães,
pro prietario, e de sua mulher D. Thomasia Joaquina de Queiroz Magalhães. Reg.
no Cart. da N., liv. VIII, fl. 353. (C. C.)
1368. JoAQUIM PED no QUINTELLA,
cavalleiro professo na ordem de Christo, fidalgo cavalleiro da casa real, do
real conselho, commendador do termo de Palhavã, morgado do Farrobo, alcaide-mór
da Villa de Sortelha, senhor da villa do Prestimo, e barão de Quin tella; filho
de Valerio José Duarte Pereira, professo na ordem de Christo e cavaleiro fi
dalgo da casa real, e de sua mulher D. Anna Joaquina Quintella; neto paterno de
Felix Pereira, professo na ordem de Christo e cavaleiro fidalgo da casa real, e
de sua mulher D. Anna Josepha dos Reis, e materno de João Gomes Rebello, e de
sua mulher D. The reza de Jesus Quintella. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Pereiras, e na segunda as dos Rebellos. — Br. p. a 12 de
outubro de 1806. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 145 v. (C. C.)
1369. JoA QUIM PEDRo QUINTELLA D o FAR Robo,
conde do Farrobo, do conselho de Sua Magestade Fidelissima, gran-cruz da ordem
de Nossa Senhora da Conceição de Villa viçosa, commendador da Ordem de Christo,
alcaide-mór da villa de Sortelha, senhor do natario da villa do Prestimo, e
coronel dos esquadrões de voluntarios nacionaes a cavallo; filho do barão de
Quintella Joaquim Pedro Quintella, cavalleiro professo na ordem de Christo,
fidalgo cavaleiro da casa de Sua Magestade e do seu conselho, commendador do
termo de Palhavã, morgado do Farrobo, alcaide-mór da villa de Sortelha, senhor
da villa do Prestimo, a quem se passou brazão de armas a 12 de outubro de 1806,
e de sua mu lher D. Maria Joaquina Xavier de Saldanha; neto paterno de Valerio
José Duarte Pereira, cavaleiro professo na ordem de Christo e cavaleiro fidalgo
da casa de Sua Magestade, e de sua mulher D. Anna Joaquina Quintella; bisneto
paterno de Felix Pereira, cavalleiro professo na ordem de Christo e cavaleiro
fidalgo da casa de Sua Magestade, e de sua mulher D. Josepha dos Reis; bisneto
pelo mesmo lado de João Gomes Rebello, e de sua mulher D. Thereza de Jesus
Quintella. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, e na
segunda as dos Rebellos. — Br. p. a 18 de novembro de 1833. Reg. no Cart. da
N., liv. VIII, fl. 269. (C. C.)
1370. JOAQUIM REBELLO TRIGUEIR os
MARTEL LEITE, natural de Idanha-a-nova, filho de Jeronymo Trigueiros Martel
Rebello Leite, capitão do terço auxiliar da comarca de Castello-branco, e de
sua mulher D. Maria Angelica Marques Gouloa; neto pela parte paterna do
sargento-mór de cavallaria Simão Rebello Martel Leite, e de sua mulher D.
Isabel Trigueiros da Costa, e pela materna neto do sargento-mór Domingos
Ambrosio, e de sua mulher D. Maria Marques Gouloa. • Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Rebellos, no segundo as dos Marteles, no terceiro
as dos Trigueiros, e no quarto as dos Costas. — Br. p. 8 de agosto de 1786.
Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 231 v. • (C. C.)
1371. JoAQUIM DE REB o REDo,
visconde de Reboredo, commendador das ordens de Christo e de Nossa Senhora da
Conceição de Villa-viçosa, gran-cruz das ordens de Alberto o Valoroso da
Saxonia e da Aguia Vermelha da Prussia, e commendador de diversas or dens
estrangeiras, ministro plenipotenciario em disponibilidade; filho de José
Miguel de Reboredo, proprietario e negociante matriculado da praça de Lisboa, e
de sua mulher D. Jeronyma Maria de Reboredo; neto paterno de Miguel José de
Reboredo, propietario e de sua mulher D. Marianna Josepha Rosa de Reboredo, e
materno de Antonio Dionysio Travega, e de sua mulher D. Josepha Maria Travega.
Um escudo com as armas dos Reboredos. — Br. p. a 26 de março de 1860. Reg. no
Cart. da N, liv. IX, fl. 32. (C. C.)
1372. JoAQUIM SANCHERY XAVIER DE
MIRANDA SOUSA E SILVA, natural da villa da Louzã, comarca de Coimbra, cavaleiro
da ordem de Christo, e superintendente das Alfan degas e tabacos da provincia
do Alemtejo; filho do bacharel Francisco Xavier de Miranda, que serviu diversos
logares de magistratura, e de sua mulher D. Thereza Jacinta de Sousa Quaresma;
neto paterno do doutor Francisco Rodrigues da Silva, e de sua mulher D. Jo
sepha Maria de Miranda, e materno do doutor Ambrosio Quaresma Sanchery da
Silva, que egualmente serviu alguns logares de magistratura, e de sua mulher D.
Bernarda Ja cinta de Oliveira; bisneto de João Quaresma da Silva e Sousa, e de
sua mulher D. Anna Sanchery de Sousa. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Mirandas, no segundo as dos Silvas, no terceiro as dos
Sanchery, e no quarto as dos Sousas. — Br. p. a 30 de agosto de 1825. Reg, no
Cart. da N., liv. VIII, fl. 161 v. (C. C.)
1374. JoAQUIM DE SEQUEIRA SEIXAs
E BARRos, natural da freguezia de Carvalhaes, couto de Arcozelo, comarca de
Viseu; filho do bacharel Antonio de Barros Seixas Cardoso, capitão-mór dos
coutos de Arcemil e almoxarife do concelho de Ferreira de Aves, e de sua mulher
D. Bernarda Felicia de Almeida e Proença; neto pela parte paterna do bacha rel
Domingos de S. Joaquim de Sequeira, sargento-mêr do dito concelho, e governador
que foi algum tempo da praça de Almeida, e de sua mulher D. Antonia de Barros
Seixas; bisneto de João Rodrigues de Sequeira e Loureiro, capitão-mór dos ditos
coutos, e de sua mulher D. Isabel da Rocha e Montanha, e pela materna neto de
Pedro de Almeida Fer reira, e de sua mulher D. Michaela Maria Correa de
Proença. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sequeiras, no
segundo as dos Loureiros, no terceiro as dos Seixas, e quarto as dos Barros. —
Br. p. a 18 de julho de 1770. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 132. (C. C.)
1375. JOAQUIM DE SOUSA CALDAS,
sargento-mór do terço da guarnição da praça da cidade da Bahia, natural da
freguezia de Santa Marinha de Verdoejo, couto de S. Fins, termo de Monção,
arcebispado de Braga; filho de Antonio Velloso Caldas, e de sua mu lher D.
Esperança de Sousa; neto paterno de Alvaro Velloso Caldas, e de sua mulher D.
Brites Gomes; bisneto de Domingos Pereira, e de sua mulher D. Maria de Sousa.
As armas dos Sousas, e Caldas. —Br. p. a 16 de fevereiro de 1751. Reg. no Cart.
da N., liv. particular, fl. 12. (C. C.) da cidade e arcebispado da Bahia, deão
da Sé de Angola, delegado vigario capitular, geral e provisor do bispado do
Maranhão; filho de Manuel de Sousa Ribeiro,
e de sua mulher D. Maria de Jesus de Oliveira; neto paterno de João de Sousa, e
de sua mulher D. Ca tharina de Sousa, e neto materno de José de Oliveira Bessa,
e de sua mulher D. Rosa Maria. Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro e
quarto quarteis as armas dos Sou sas, no segundo as dos Ribeiros, e no terceiro
as dos Oliveiras. — Br. p. a 2 de outubro de 1793. Reg. no Cart. da N., liv.
IV, fl. 289 v. (C. C.)
1377. JoAQUIM TELLEs JoRDÃo,
commendador da ordem de Christo, cavalleiro da da Torre e Espada, e brigadeiro
dos reaes exercitos; filho de Bernardo Telles Jordão, e de D. Catharina da
Conceição de Azevedo Barreto; neto paterno de Bernardo Joaquim Telles Jordão,
fidalgo da casa real, e de D. Thereza Gomes Duarte, e materno de Luiz Antonio
de Azevedo, cavaleiro da ordem de Christo, e de D. Luiza de Azevedo Barreto, e
bisneto de Miguel Rodrigues, fidalgo da casa real. Um escudo com as armas dos
Telles. — Br. p. a 11 de setembro de 1828. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl.
233 v. (C. C.)
1378. JoAQUIM THoMAZ DE MENDoNÇA PEssANHA,
cadete do regimento de infante ria da cidade de Tavira; filho de Francisco de
Mendonça Pessanha Mascarenhas, coronel de infanteria e governador de Villa-real
de Santo Antonio, e de sua mulher D. Feliciana Thomazia de Aquino da Silva;
neto paterno de Diogo de Mendonça Pessanha, capitão do indicado regimento, e de
sua mulher D. Anna Thereza de Faria Mascarenhas, e materno de Francisco Nunes
da Silva, vedor geral das munições das tropas do Algarve, e de sua mulher D.
Maria Antonia Augusta Ubal Montener, natural de Valença, reino de Hespanha;
bisneto paterno de Domingos Coelho Vieira Pessanha, coronel do regimento de
milicias da cidade de Lagos, e de sua mulher D. Maria de Gouvea Mendonça
Pessanha, filha de Ma nuel Correa Mascarenhas, fidalgo cavalleiro da casa real,
e materno de D. Salvador Agos tinho Ubal Montener, alcaide-mór de Molviedro,
reino de Hespanha, e de sua mulher D. Maria Suribio. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Pessanhas, no segundo as dos Mascarenhas, no
terceiro as dos Mendonças, e no quarto as dos Silvas. — Br. p. a 30 de julho de
1806. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 138. (C. C.)
1380.
JOAQUIM TORQUATO ALVARES RIBEIRO, do
conselho de Sua Magestade, fidalgo cavalleiro da casa real, e lente de
mathematica da Academia Polytechnica do Porto. Um escudo esquartelado com as
armas que lhe foram concedidas por alvará de 17 de fevereiro de 1866. (M. N.)—
Br. p. a 14 de abril de 1866. Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 97 v. V. no I.
II. Alvares Ribeiro. (C. C.)
1381. JoAQUIM VICENTE BARRA DAs,
cavaleiro professo na ordem de Christo, juiz de fóra da cidade de Elvas,
natural da Villa de Castello de Vide; filho do sargento-mór da dita villa
Francisco Barradas Manso, familiar do Santo Oficio, e de sua mulher D. Catha
rina Maria Vidal de Borda, filha de Francisco Nunes Vidal, e de sua mulher D.
Anna de Borda; neto pela sua varonia de Francisco Fernandes Manso, e de sua
mulher Maria Mendes Brava Barradas; bisneto por esta sua avó de Manuel Carrilho
Barradas Muito-pão, e de sua mulher Maria Mendes Brava; terceiro neto de
Antonio Barradas, e de sua mu lher Maria Fernandes; quarto neto de João
Barradas Muito-pão, e de sua mulher Leonor Vaz; quinto neto de outro João
Barradas Muito-pão, a quem pela sua nobreza se passou brazão com as armas dos
Barradas em 1384, por ser filho de Gaspar Fernandes Barradas Muito-pão,
escudeiro do senhor rei D. Manuel, e de sua mulher Maria Mourata, que era neta
de Miguel Gonçalves Mourato, meirinho-môr do reino de Leão, que se passou a Por
tugal no tempo do senhor rei D. Afonso V; e ele filho de Fernando Barradas;
neto de Lopo Barradas, descendente dos Barradas do reino de Navarra, d’onde
esta familia pas sou a Portugal. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto
quarteis as armas dos Mansos, no segundo e terceiro as dos Barradas. — Br. p. a
2 de maio de 1778. Reg, no Cart, da N., liv. II, fl. 156. (C. C.)
1382, JoAQUIM VICENTE Go DINilo
DE MIRA, coronel da segunda legião de volunta rios reaes, e ajudante general do
estado da India em Goa, natural da praça de Olivença; filho de Manuel Godinho
de Mira, sargento-mór de infanteria reformado com praça no re gimento de Minas,
e de sua mulher D. Francisca Josepha, escudeira; neto pela parte pa terna de
José Rodrigues Godinho, e de sua mulher D. Isabel Maria, e pela materna de
Antonio do Monte Cançado, e de sua mulher D. Maria Josepha Monterroyo, Um
escudo com as armas dos Godinhos. — Br. p. a 30 de março de 1791. Reg. no Cart.
da N., liv. IV, fl. 206. (C. C.)
1383. JoAQUIM XAVIER PEREIRA DA
SILVA RUA, presbytero do habito de S. Pedro, mestre-escola da Sé da cidade da
Guarda, natural do logar de Alverca, termo da villa de Trancoso; filho do
capitão Manuel Jacinto da Silva Pereira, e de sua mulher D. Maria Jo sepha
Xavier Rua; neto pela parte paterna de Jacinto Pereira da Silva, e de sua
mulher D. Maria Nunes, e pela materna de João da Rua, irmão legitimo de Antonio
Rua, pae do reverendo doutor Francisco Xavier Rua, a quem se passou brazão de
armas das familias dos seus appelidos em 1671, e de sua mulher D. Isabel Gomes.
Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no
Se gundo as dos Silvas, no terceiro as dos Ruas, e no quarto as dos Fonsecas. —
Br. p. a 10 de setembro de 1784. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 169. (C.
C.)
1384. JoEL JoAQUIM CoLLAço DE
ALBUQUERQUE, natural da villa de Margão Salcete, nos estados da India; filho de
Antonio Vicente da Silva Albuquerque, e de sua mulher D. Rosaura Maria Collaço
de Albuquerque; bisneto patel no de José Collaço, escudeiro fi de # Francisco
Hercules Collaço, escudeiro fidalgo da casa real, accrescentado a cavalleiro
alg0. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Albuquerques, e na
segunda as dos Collaços. — Br. p. a 24 de outubro de 1832. Reg. no Cart. da N.,
liv. VIII, fl. 264. (C. C.)
1385. Jo RGE ANNES DE SÁ, fidalgo
de cota de armas. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de armas de seus antecessores: — Escudo de campo enxaquetado de prata e
azul, e por diferença uma mer leta preta; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de prata e azul, e por tim bre um pescoço e cabeça de bufaro
preto com os paus e gretado de oiro; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da geração e linhagem dos Sás. — Dada em Lisboa a 20 de
dezembro de 1526. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XVII, fl. 121.
1386. JoRGE CAMELLO, fidalgo da
casa real. Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus descendentes o
seguinte bra zão de armas de seus antecessores : — Escudo de campo de prata e
tres vieiras de azul riscadas de oiro, e um triangulo, e por differença uma
merleta preta, elmo de prata aberto, paquife de prata e azul, e por timbre um
pescoço de camello com cabeça de sua côr; com todas as honras e privilegios de
nobres e fidalgos, por descender da nobre linhagem dos Camellos. — Dada a 28 de
janeiro de 1515. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. XXXV, fl. 121 v., e liv. VI
de Mist., fl. 180.
1387. JORGE COELHO DE VASCONCELLOS LOBO BOTELHO E SOUSA, da villa do
Pombal, administrador dos morgados das Ferrarias no termo da cidade de Leiria,
dos Bo telhos da dita villa, e das capellas de Penella, Pouzos, e quinta do
Arneiro; filho do sar gento-mór Manuel Coelho de Vasconcellos e Sousa, e de sua
mulher D. Joaquina Lobo de Sousa; neto pela parte paterna do capitão Manuel
Coelho da Silva, e de sua mulher D. Ve rissima de Vasconcellos e Sousa; bisneto
do doutor José Coelho da Silva, e de sua mu lher D. Maria Mendes, e do capitão
Manuel Esteves de Goes, e de sua mulher D. Catharina de Sousa e Vasconcellos; e
pela parte materna se mostrava tambem que é neto de Pedro de Sousa Henriques, e
de sua mulher D. Thereza Lobo de Sousa; e por esta sua avó, bisneto de Jorge
Lobo Botelho, e de sua mulher D. Thereza Correa Maia; terceiro neto de Dionysio
Lobo Arnaut, e de sua mulher D. Jeronyma de Mello, filha de Francisco Bravo
Botelho, e de sua mulher D. Filippa de Sousa Castello-branco, e neta paterna de
Diogo Bravo, veador da casa da India, e de sua mulher D. Jeronyma da Silva e
Mello, filha de Balthazar de Barros, irmão de D. Braz de Barros, primeiro bispo
de Leiria, e de sua mu lher D. Jeronyma de Mello, filha do grande capitão Jorge
Botelho, da dita villa do Pombal, instituidor do morgado e capella da Senhora
da Piedade, que hoje administra o supplicante: e a dita D. Filippa de Sousa
Castello-branco, mulher do dito Francisco Bravo Botelho, que era filha de
Manuel Esteves Serrão, e de sua mulher D. Anna de Valladares, filha de Hei tor
Vaz Castello-branco, senhor do Guardão, e de sua mulher D. Filippa de
Valladares. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Coelhos,
no segundo as dos Sousas, no terceiro as dos Botelhos, e no quarto as dos
Barros. — Br. p. a 28 de ju lho de 1784. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl.
148. (C. C.)
1388. Jon GE CoRREA, prior da
egreja de S. Martinho de Argomil; filho de Gonçalo Annes de Azevedo, e de
Isabel Correa; neto de D. Alvaro Afonso Correa, camareiro que foi do duque de
Bragança, o velho, o qual era fidalgo muito honrado e do tronco desta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores : — Escudo de campo vermelho com uma aguia preta estendida, com os
pés e bico de oiro, que sustem um escudinho fretado de oiro e vermelho, que lhe
cobre todo o corpo á exce pção da cabeça, pés, as pontas das azas e o rabo;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, preto e vermelho, e
por timbre meia aguia de preto que sae do elmo com uma correa no bico, e por
diferença uma brica de prata; com todas as honras e pri vilegios de fidalgo por
descender da geração dos Correas. — Dada em Lisboa a 18 de fe vereiro de 1540.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. L, fl. 17 v.
1389. JoRGE FERNANDES DE BADAJoz,
morador em Lisboa, filho de Fernão de Badajoz. Carta pela qual el-rei D. João
III lhe concede o seguinte brazão de sues antecesso res: — Escudo de campo de
oiro com um S. João Baptista com capa vermelha, tendo na mão um castello de
prata com as portas e frestas pretas; elmo de prata guarnecido de oiro, paquife
de oiro e vermelho, e por timbre o mesmo castello; com todas as honras e
privilegios de fidalgo, por descender de Fernão de Badajoz. — Dada em Lisboa a
15 de outubro de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LII, fl. 205.
1390. JoRGE FERNANDES DE VILLA-NovA,
moço da camara real, e cavaleiro da Or dem de S. Tiago, filho de Pedro de
Villa-nova, que foi physico e cirurgião da casa real. Carta pela qual el-rei D.
Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de
campo verde e uma bicha de oiro, por nome tiro, picada de preto, com a lingua
vermelha e o rabo retornado para cima, e os pés picados do mesmo, e por
diferença um crescente de prata; elmo de prata cerrado abaulado na vista e
guarnecido de oiro, paquife de oiro, verde e preto, e por timbre ametade da
bicha; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração
dos Villa-novas. — Dada em Lis boa a 16 de janeiro de 1562. Reg. na Chanc. de
D. Sebastião, liv. III, fl. 121.
1391. JoRGE FROES (Frei), morador
em Rhodes. Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus descendentes o
seguinte bra zão de seus antepassados : — Escudo em campo azul com tres
crescentes de oiro apon tados, elmo de prata aberto, paquife de oiro e azul, e
por timbre uma pomba de prata com umas flôres azues no bico; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descen der da nobre linhagem dos Froes. —
Dada em Lisboa a 30 de setembro de 1517. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. VI
de Mist., fl. 155.
1392. JoRGE GARCIA MALDONADO,
natural da barca da Regoa, filho de Gonçalo Gar cia Maldonado, e neto de João
Alvares Maldonado, que foi do tronco d'esta geração e fi dalgo muito honrado.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo vermelho com cinco flores de liz de oiro em
aspa, e por diferença uma estrella de prata; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro e verme lho, e por timbre meia lebre de prata com um
colar de oiro ao pescoço; com todas as honras de nobre e fidalgo por descender
da geração e linhagem dos Maldonados. — Dada em Evora a 7 de outubro de 1535.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. x, fl. 179 V.
1393. JoRGE GOMES DE CARVALHos.A
PALHAVA, cavaleiro fidalgo da casa real, fi lho de Ruy Gomes de Carvalhosa
Palhavã, e neto de Ruy Gomes de Carvalho Palhavã, e bisneto de Gomes Lourenço
Palhavã, que foi fidalgo muito honrado e chefe d’esta geração. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo
de campo azul e quatro torres de prata lavradas, com as portas e frestas de
preto, duas em chefe e duas ao pé, e no meio d’ellas um molho de palha com as
espigas de oiro atado de vermelho; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro, o mesmo mólho nas mãos; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da geração e linhagem dos Palhavãs. —Dada em Lisboa a 31
de julho de 1540. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. L, fl. 201 v.
1394. JoRGE DE PAVIA, fidalgo da
casa real, filho de Vasco Martins de Pavia, e neto de Martim Affonso de Pavia,
que foi fidalgo muito honrado, e o chefe e morgado d'esta geração. Carta pela
qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: —
Escudo de campo de prata com sete escaques de preto; elmo de prata aberto
guarne cido de oiro, paquife de prata e preto, e por timbre um leão, da cinta
para cima de prata enxaquetado de preto; com todas as honras e privilegios de fidalgo
por descender da ge ração e linhagem dos Pavias. — Dada em Evora a 30 de
janeiro de 1537. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXIII, fl. 14 v.
1395. JoRGE DO REGo, cavalleiro
fidalgo da casa real, filho de Francisco do Rego, ca valeiro fidalgo da casa
real; neto de Ruy Colaço do Rego, e de Briolanja de Abreu, que foram fidalgos
muito honrados e do tronco d'estas gerações. Carta pela qual el-rei D. João III
lhe concede o seguinte brazão de seus anteces sores: — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro de verde com uma banda ondada de agua, e n’ella tres
vieiras de oiro, o segundo de vermelho com cinco cotos de aguia de oiro, em
aspa, e por diferença um trifolio de oiro picado de azul; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho e verde, e por timbre um dos
cotos; com todos as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e
linhagem dos Regos e Abreus. — Dada em Lisboa a 21 de fevereiro de 1539. Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. XXVII, fl. 16
1396. JoRGE DO REGo Lobo, filho
do doutor João do Rego, e neto de Gonçalves do Rego, que foi do tronco da dita
llnhagem dos do Rego; pela parte de sua mãe é filho de Ca tharina Mendes Lobo,
e neto de Maria Gomes Lobo, que foi do tronco da linhagem dos Lobos. Carta pela
qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus descendentes o seguinte bra zão de
seus antepassados: — Escudo de campo esquartelado; O primeiro e o terceiro de
verde com uma banda ondada, e n’ella tres vieiras de oiro; O Segundo e o quarto
de prata com cinco lobos negros com as linguas vermelhas, em aspa, e por
diferença um cres cente de prata no primeiro quartel; elmo de prata aberto, e
por timbre uma das vieiras entre dois pennachos verdes, picados de oiro,
paquife de oiro e verde; com todas as hon ras e privilegios de fidalgo por
descender da nobre linhagem dos do Rego e Lobos, que eram fidalgos e nobres. —
Dada em 1513. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. xv, fl. 52 e liv. v de Mist.,
fl. 115.
1397. JoRGE Rod RIGUES DE
BADAJoz, filho de Fernão de Badajoz, morador em Lis boa, que era cavalleiro de
esporas de prata. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo de oiro, e n'elle um S. João
Baptista com a capa vermelha e um cas tello de prata na mão com as portas e
frestas de preto: elmo de prata guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho,
e por timbre o mesmo castello; com todas as honras e pri vilegios de fidalgo
por descender da geração dos de Badajoz. — Dada em Lisboa a 15 de outubro de
1530. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LII, fl. 205.
1398. JosÉ DE ABRANCHEs MAGALHÃEs
(Bacharel), natural do logar da Masseira, termo da villa de Cea, comarca da
cidade da Guarda; filho de Francisco Mendes de Abran ches, e de sua mulher
Maria Abranches Magalhães; neto pela parte paterna de Antonio Mendes, e de sua mulher Maria de
Abranches, filha de João de Abranches, e neta de An tonio de Abranches; e pela
materna neto de Lourenço de Magalhães, e de sua mulher Joanna de Abranches. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Abranches, e na Segunda # #
Magalhães. — Br. p. a 31 de janeiro de 1781. Reg. no Cart. da N., liv. II, .
260 V. (C. C.)
1399. JosÉ DE ABREU LIMA, natural
da villa de Montemór o velho, filho de Luiz de Abreu Lima, e de sua mulher
Isabel dos Santos Seiara; neto pela parte paterna de Ayres de Abreu Lima,
capitão de infanteria que foi n'este reino, o qual posto lhe foi dado pelos
especiaes serviços que fez, e pelo distincto valor com que se houve na Occasião
da batalha de Corfú, contra os turcos, e na guerra de Castella, e de sua mulher
D. Josepha Maria do Nascimento, filha de Valentim Paes de Oliveira, e de sua
mulher Violante de Jesus; bisneto de Antonio de Abreu Lima, e de sua mulher D.
Magdalena Barreto; terceiro neto de Pedro Gomes de Abreu Lima; quarto neto de
Paulo Gomes de Abreu, cavalleiro da ordem de Christo, e commendador, descendente
legitimo dos senhores da antiga casa de Regalados; quinto neto de Pedro Gomes
de Abreu, e de sua mulher D. Catharina Co gominho; sexto neto de Lourenço Mendes
de Abreu; setimo neto de Antão Mendes de Abreu; oitavo neto de outro Lourenço
Mendes de Abreu; nono neto de Luiz Mendes de Abreu; decimo neto de Pedro Gomes
de Abreu, senhor da casa e senhorio de Regalados. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Abreus, no segundo as dos Limas, no terceiro as
dos Barretos, e no quarto as dos Oliveiras. — Br. p. a 19 de janeiro de 1774.
Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 217. (C. C.)
1400. JosÉ AFFONSO PEREIRA,
natural da villa de Ponte de Lima, filho de Manuel Afonso Pereira, cavalleiro
professo na ordem de Sant'Iago da Espada, e de sua mulher D. Maria Joaquina de
Sousa; neto pela parte paterna de Manuel Affonso Pereira, e de sua mulher D.
Maria Gonçalves Pereira; bisneto por parte paterna de André Afonso, e de sua
mulher D. Natalia Pereira; e por parte materna de Lazaro Gonçalves, e de sua
mulher Apolonia de Araujo; terceiro neto por parte paterna de Diogo Peres
Pereira; e por parte materna de João Gonçalves Gil, e de sua mulher Maria de
Araujo. Um escudo, e n'elle as armas dos Pereiras. — Br, p, a 21 de julho de
1798. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 36. (C. C.)
1401. JosÉ ALEMÃO DE MENDONÇA
CISNEIROS DE FARIA, cavalleiro fidalgo da casa real, e natural do logar da
Vermelha, termo da villa do Cadaval; filho de Nuno de Faria Franco Pimentel,
cavaleiro fidalgo da casa do senhor rei D. Pedro II, professo na ordem de
Christo, e de sua mulher D. Marianna de Mendonça e Abreu Gomes de Cisneiros;
neto paterno de Ascenço Lopes Franco, sargento-mór que foi do castello da villa
de Ferreira d'Aves, e de sua mulher D. Juliana Maria de Faria; bisneto de Luiz
de Mattos Camões, moço da camara, e de sua mulher D. Simôa de Faria Pimentel;
neto materno de Manuel Gomes Alemão de Cisneiros, e de sua mulher Maria de
Abreu França; bisneto de Sebas tião Pereira Pacheco, e de sua mulher Catharina
Alemão de Mendonça e Cisneiros; ter ceiro neto do capitão João Gomes Martins, e
de sua mulher Joanna Alemão de Cisneiros; quarto neto de Braz Alemão de
Cisneiros, cavalleiro fidalgo, professo na ordem de Christo, sargento-mór da
vila da Pederneira e coutos de Alcobaça, e governador do forte de Nossa Senhora
da Nazareth, a quem se passou brazão com as armas dos Cisneiros aos 5 de março
de 1575, do qual consta foi moço da camara, e armado cavalleiro nos campos de
Tanger; quinto neto de Diogo Alemão de Cisneiros; sexto neto de Afonso de
Cisnei Cisneiros, descendente legitimo por linha masculina do conde D. Rodrigo
Gonçalves, senhor da villa de Cisneiros, pagem da lança do senhor rei D.
Affonso VI de Leão, e que procedia por li nha legitima do infante D...... O
Cego, e de sua mulher a infanta D. Christina, esta filha do rei D. Bermudo, e
da rainha D. Velasquida, ele filho do rei D. Ramiro II do dito reino de Leão, e
da rainha D. Thereza. As armas dos Farias e Cisneiros. — Br. p. a 24 de janeiro
de 1753. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 60. (C. C.)
1402. JosÉ ALEXANDRE DA CosTA,
natural da cidade de Lamego, do real Desem bargo, cavalleiro da ordem de
Christo, e corregedor do civel d’esta cidade; filho de Ale xandre José da
Costa, e de sua mulher D. Anna Bernarda de Magalhães; neto paterno de José
Ferreira de Magalhães, e de sua mulher D. Maria Thereza da Costa; bisneto de
Simão da Costa e Couto. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Costas, e na segunda as dos Coutos. — Br. p. a 11 de agosto de 1824. Reg. no
Cart. da N., liv. VIII, fl. 112. (C. C.)
1403. JosÉ ALIPIo DE SousA GUEDES DA GAMA, da
villa de Soutello, comarca de Trancoso; filho de Manuel Monteiro Guedes da
Gama, monteiro-mór da mesma villa, e de sua mulher D. Iria Thereza de Sousa, e
sobrinho do padre Francisco Guedes da Gama, presbytero do habito de S. Pedro,
formado pela Universidade de Coimbra, e abbade da egreja de Sant'Iago das
Pesqueiras; neto pela parte paterna de Luiz Fernandes Guedes da Gama, e de sua
mulher D. Luiza Monteiro; e pela materna de Pedro José de Sousa Lobo, e de sua
mulher D. Josepha Maria Guedes da Gama. • Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Guedes, e na Segunda as dos Gamas. — Br. p. a 3 de
setembro de 1791. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 232. (C. C.)
1404. JosÉ DE ALMEIDA CAMPos
JUNIOR, cavaleiro fidalgo da casa real, negociante matriculado da praça do
Porto; filho de José de Almeida Campos, e de sua mulher D. Con ceição Maria de
Jesus Campos; neto paterno de Carlos Francisco de Campos, e de sua mulher D.
Jeronyma Francisca de Campos; e materno de Roberto José Xavier, e de sua mulher
D. Maria de Jesus Xavier. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Almeidas, e na segunda as dos Campos, — Br. p. a 6 de novembro de 1854. Reg. no
Cart. da N., liv. VIII, fl. 387 v. (C. C.)
1405. JosÉ DE ALMEIDA CARDoso,
cavaleiro da ordem de Christo, e proprietario; filho de João José de Almeida, e
de sua mulher D. Rosa Violante de Almeida; neto pa terno de Antonio José de
Almeida, e de sua mulher D. Clara Maria de Almeida; e ma terno de Manuel
Teixeira, e de sua mulher D. Maria Francisca Teixeira. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Almeidas, e na segunda as dos Teixeiras. — Br.
p. a 4 de abril de 1854. Reg, no Cart. da N., liv. VIII, fl. 378. (C. C.)
1406. JosÉ DE ALMEIDA MoREIRA
CouTINHo, cavaleiro professo na Ordem de Christo, natural da freguezia de Santa
Maria de Guardisela, termo de Barcellos; filho de Francisco Alvares Moreira, e
de sua mulher D. Joanna Maria de Almeida Coutinho; neto de Fran cisco Alvares;
e bisneto de João de Almeida Coutinho, irmão inteiro de Bernardo da Fon Seca
Coutinho, fidalgo de cota de armas. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Almeidas, no segundo as dos Correas, no terceiro as dos Fonsecas,
e no quarto as dos Coutinhos. — Br. p. a 31 de agosto de 1774. Reg. no Cart. da
N., liv. II, fl. 31. (C. C.)
1408. JosÉ ALVARES PEREIRA,
presbytero secular e abbade da egreja de S. Martinho de Mattheus, na comarca de
Villa-real; filho de Domingos Alvares Pereira, e de D. Mau ricia Joaquina; neto
pela parte paterna de Balthasar Alvares Pereira, e de D. Catharina Alvares
Pereira, senhores da casa e quinta de Vras, da dita freguezia de Mattheus; neto
pela parte materna de Mauricio Pereira, e de D. Maria Joaquina Lopes. Um escudo
ovado e partido em pala; na primeira as armas dos Alvares, e na se gunda as dos
Pereiras. —Br. p. a 21 de julho de 1798. Reg, no Cart, da N., liv. VI, fl. 24
v. (C. C.)
1409. JosÉ ALVES DE CARVALHO
MIRANDA E LIMA PEDRosA, natural da cidade do Porto, filho de Manuel Alves de
Carvalho e Miranda, e de D. Josepha Joaquina Rosa de Lima e Pedrosa; neto pela
parte paterna de João Alves de Carvalho e Miranda; e bisneto de João Alves de
Carvalho e Miranda; e pela materna neto de Domingos Gonçalves Pe reira, e de
sua mulher D. Maria Lima, esta filha de João de Lima Pedrosa, filho de Gas par
Gonçalves de Barros, que tendo sido capitão de cavallos faleceu no posto de
coronel. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no
segundo as dos Mirandas, no terceiro as dos Limas, e no quarto as dos Pedrosas.
— Br. p. a 12 de fevereiro de 1786. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 48. (C.
C.)
1410. JosÉ ALVES DA SILVA,
natural da Bahia, no Brazil, filho de José Alves da Silva, familiar do Santo
Oficio, natural da villa de Vianna, e de sua mulher D. Agueda Maria do
Sacramento, natural da villa da Cachoeira, arcebispado da cidade da Bahia; neto
pela parte paterna de Francisco Alvares de Carvalho, e de sua mulher D. Maria
Alvares da Silva; e pela materna do tenente coronel Lourenço Correa Lisboa, e
de sua mulher D. Maria de Magalhães. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Carvalhos, no segundo as dos Silvas, no terceiro as dos
Correas, e no quarto as dos Magalhães. — Br. p. a 5 de novembro de 1771. Reg,
no Cart. da N., Itv. I, fl. 162 v. (C. C.) 1411. JosÉ ANICETo DE SousA
(Doutor), oficial da ordem da Rosa no imperio do Brazil, filho do capitão-mór
Antonio José de Sousa, e de sua mulher D. Jesuina de Bran dão Velloso; neto
paterno do capitão Antonio José de Sousa, a quem se passou brazão sua mulher D.
Maria. Joaquina Brandão. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Sousas, e na segunda as dos Brandões. — Br. p. a 20 de agosto de 1857. Reg. no
Cart. da N., liv. IX, fl. } (C. C.
1412. JOSÉ ANTONIO DE ALVARENGA
BARROS FREIRE (Doutor), cavalleiro professo na ordem de Christo, juiz de fóra
da cidade de Olinda, bispado de Pernambuco, natural da de Marianna em
Minas-geraes; filho de João Gonçalves da Costa, e de sua mulher D. Thereza Ribeiro de Alvarenga; neto pela parte materna
do sargento-mór Francisco de Barros Freire, filho de Estevão Ribeiro de
Alvarenga, capitão de milicias da cidade de S. Paulo. Um escudo esquartelado;
no primeiro e quarto quarteis as armas dos Alvarengas, no segundo as dos
Barros, e no terceiro as dos Freires. — Br. p. a 21 de fevereirro de 1771. Reg,
no Cart. da N., liv. I, fl. 145. (C. C.)
1414. JosÉ ANToNIo ALVARES PIMENTEL TEIXEIRA,
capitão-mór da comarca das Cinco-villas, e da de Figueiró dos Vinhos, filho
legitimo de Domingos Alvares Simões Pi mentel, e de sua mulher Luzia de
Nazareth Teixeira, irmã do reverendo doutor Manuel Rodrigues Teixeira,
thesoureiro-mór da cathedral de Coimbra, e provedor da mesma ci dade e bispado;
neto pela parte paterna de Antonio Pimentel de Abreu, e de sua mulher Joanna
Simões Biguina; e pela materna neto de Domingos Rodrigues, e de sua mulher
Maria Martins Teixeira, todos do mesmo bispado de Coimbra. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Pimenteis, e na segunda as dos Teixeiras. — Br.
p. a 4 de agosto de 1767. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 55. (C. C.)
1415. JosÉ ANTONIO DE ARAUJo,
natural da cidade da Bahia de todos os Santos, e negociante de grosso tracto
matriculado na Junta do Commercio; filho de José Antonio de Araujo, e de sua
mulher D. Maria Filippa de S. José Araujo; neto paterno de Manuel Gonçalves de
Araujo, e de sua mulher D. Maria de Araujo; neto materno de André Pei xoto de
Campos, e de sua mulher D. Jeronyma Maria da Nazareth; bisneto de Gonçalo
Thomaz Peixoto, descendente dos fidalgos da Rua Escura de Guimarães; e
egualmente descendente por parte paterna da casa dos Pintos, e Peixotos de
Guimarães, senhores de Felgueiras, Fermedor e Vieira. Um escudo esquartelado;
no primeiro e quarto quarteis as armas dos Araujos, no segundo as dos Pintos, e
no terceiro as dos Peixotos. — Br. p. a 16 de setembro de 1824. Reg. no Cart.
da N., liv. VIII, fl. 115. (C. C.)
1417. JosÉ ANTONIO DE CARVALHO,
administrador dos tabacos na cidade da Guarda, e capitão de uma das companhias
da ordenança da mesma cidade, e natural da villa da Covilhã; filho de Raphael José
de Carvalho, administrador tambem dos tabacos da refe rida cidade, e de sua
mulher D. Rosa Maria de Carvalho, a quem se passou brazão de armas a 26 de
agosto de 1790; neto pela parte paterna de Antonio Carvalho Pontes, ad
ministrador dos tabacos da mencionada cidade, e vedor dos fardamentos das
tropas da dita cidade, e de sua mulher D. Clara Pereira; neto pela parte
materna de Raphael Men des de Carvalho, e de sua mulher D. Perpetua Maria. Um
escudo com as armas dos Carvalhos. — Br. p. a 20 de junho de 1791. Reg. no
Cart. da N., liv. IV, fl. 218 v. (C. C.)
1418. JosÉ ANTONIO DE CASTRO
PEREIRA, negociante matriculado da cidade do Porto, e commendador da ordem de
Christo; filho de Salvador Mendes Pereira, e de sua mulher D. Joaquina de
Castro Pereira; neto paterno de Antonio Dias da Paz, e de D. Anna Luiza Pereira
da Paz; e materno de Antonio de Sant'Iago, e de sua mulher D. Luiza Ma ria de
Sant'Iago. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, e na
segunda as dos Castros. — Br. p. a 9 de março de 1843. Reg. no Cart. da N.,
liv. VIII, fl. 308. (C. C.)
1419. JosÉ ANTONIO CoELII o SousA MENEZES
LEITE, cidadão d’esta cidade, filho de Antonio dos Santos Coelho, e de sua
mulher D. Feliciana Thereza de Sousa Menezes Leite; neto por parte paterna de
Amaro dos Santos Coelho, e de sua mulher D. Joanna Thereza; neto por parte
materna de João Leite de Sousa Menezes, e de sua mulher D. Brigida Maria Leite.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no segundo as
dos Coelhos, no terceiro as dos Leites, e no quarto as dos Menezes. — Br. p. a
20 de fe vereiro de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 192. (C. C.)
1420. JosÉ ANTONIO DA Cost A
ARAUJo, cavalleiro da ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa;
filho do capitão Manuel da Costa Araujo, e de sua mulher D. Maria Margarida
Policena d'Affonseca Escovar e Araujo; neto paterno do capitão Fran cisco da
Costa Araujo, e de sua mulher D. Maria da Costa Araujo; e materno de José
d'Affonseca Escovar, e de sua mulher D. Anna Joaquina de Oliveira Escovar. Um
escudo partido em pala: na primeira as armas dos Araujos, e na segunda as dos
Escovares. — Br. p. a 2 de dezembro de 1853. Reg. no Cart. da N., liv. VIII,
fl. 372 v. (C. C.)
1421. JosÉ ANToN1o FERNAND Es
LIMA, natural do Peso da Regoa, cavalleiro da or dem de Nossa Senhora da
Conceição de Villa-viçosa, e proprietario; filho de Pedro Fer Bo nifacio
Fernandes, negociante, e de sua mulher D. Florencia Garcia Fernandes; e materno
de João de Carvalho, proprietario, e de sua mulher D. Perpetua de Carvalho. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Fernandes, e na Segunda as dos
Carvalhos. — Br. p. a 6 de setembro de 1858. Reg, no Cart. da N., liv. IX, fl.
21 v. (C. C.)
1422. JosÉ ANToNIo FERREIRA
VIEIRA, cavalleiro da ordem de Christo, e segundo tenente da armada nacional;
filho do capitão Manuel Ferreira Vieira, e de D. Francisca Maria de Jesus
Madeira; neto paterno do capitão Manuel Ferreira Vieira, e de D. Maria de Freitas;
e materno do mestre de campo Antonio da Silva Madeira, e de D. Joanna Ferreira.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Ferreiras,
no segundo as dos Vieiras, e no terceiro as dos Madeiras. — Br. p. a 23 de
agosto de 1821. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 80 v. (C. C.)
1423. JosÉ ANTONIO DA FONSECA,
natural da cidade de Viseu, filho de José Anto nio da Fonseca, e de sua mulher
D. Perpetua Maria da Costa; neto paterno de Francisco Mendes Furtado, e de sua
mulher D. Brites Lopes da Fonseca; e materno de Luiz No vaes da Costa, e de sua
mulher D. Francisca Xavier. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Fonsecas, e na segunda as dos Costas. — Br. p. a 30 de julho de 1825. Reg. no
Cart. da N., liv. VIII, fl. 155 v. (C. C.)
1424. JosÉ ANTONIO FREITAs DE
SAMPAIO GUIMARÃEs (Bacharel), natural de Mou rizos, freguezia de Santiago de
Rebordãos, termo da cidade do Porto, arcebispado de Braga; filho de Manuel
Corrêa da Silva, e de sua mulher Marianna de Freitas de Sampaio Guimarães; neto
materno de Pedro Freitas de Sampaio Guimarães, e de sua mulher He lena de
Oliveira; bisneto de Balthasar Freitas de Sampaio Guimarães, fidalgo da casa
real, aparentado com muitas das principaes familias d’este reino, e de Isabel
de Carvalho; terceiro neto de Antonio de Azevedo de Magalhães, e de sua mulher
Martha Freitas de Sampaio Guimarães. As armas dos Freitas, e Sampaios. — Br. p.
a 30 de abril de 1759. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 121. (C. C.)
1425. JosÉ ANTONIO GoMEs DE MoURA, bacharel em leis pela Universidade de Coim bra, filho de Antonio Gonçalves, e de sua mulher Maria Gomes; neto paterno de Bertholo Gonçalves, e de sua mulher Catharina Gomes, e materno de Filippe Teixeira, e de sua mulher Maria Gomes. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Mouras, no segundo as dos Gomes, e no terceiro as dos Borges. — Br. p. a 12 de agosto de 1815. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 319 v. (C. C.)
1428. JosÉ ANToNIo DE MIRANDA
VIEIRA, natural de Eiró, arcebispado de Braga, fidalgo cavalleiro da casa real,
commendador da ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, filho de
Francisco de Miranda Vieira, e de sua mulher D. Luiza Thereza Vieira; neto
paterno de Alexandre Miranda, e de sua mulher D. Felicia Maria de Miranda, e
materno de Bernardo Antonio Luiz, e de sua mulher D. Maria Vieira. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Mirandas, e na segunda as dos
Vieiras. — Br. p. a 31 de março de 1842. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl.
300. (C. C.)
1429. JosÉ ANTONIO DE OLIVEIRA
CoUTo, capitão-mór da villa de Boim e villa Fer nando, natural de Villa-viçosa,
provincia do Alemtejo; filho de Paulo Gomes da Silveira, e de sua mulher D.
Thereza Maior da Silveira; neto paterno do doutor João Gomes da Silveira,
procurador que foi da real Casa de Bragança, e de sua mulher D. Isabel Gomes
Freire, e bisneto de Francisco Pires, escudeiro fidalgo que foi da dita real
Casa de Bragança. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as
armas dos Silveiras, no segundo as dos Gomes, e no terceiro as dos Coutos. —
Br. p. a 25 de junho de 1778. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 162 v. • (C.
C.)
1431. JOSÉ
ANTONIO DE OLIVEIRA MACHADO, cavaleiro professo na ordem de Christo,
fidalgo da casa real, do Conselho de Sua Magestade e da Fazenda real; filho
legi de Evora, onde foram pessoas nobres, e se trataram á lei da nobreza.
Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Machados, e na segunda as dos
Oliveiras. — Br. p. a 27 de outubro de 1766. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl.
39. (C. C.)
1433. JosÉ ANTONIO PINTO DE
GouvEA, cavaleiro professo na ordem de S. Bento de Aviz, tenente coronel de
infanteria, e governador da praça de Cacheu; filho de Anto nio José de Gouvea,
ajudante de infanteria auxiliar do terço de Pinhel, e de sua mulher D.
Margarida Thereza Pinto; neto pela parte paterna de Manuel de Gouvea, tenente
de infanteria paga do regimento de Almeida, e de sua mulher D. Francisca de
Gouvea; e pela materna de Manuel Pinto Ferreira, tenente do dito regimento, e
de sua mulher D. Catharina Pinto. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto
quarteis as armas dos Gouveas, no segundo as dos Pintos, e no terceiro as dos
Ferreiras. — Br. p. a 22 de outubro de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl.
40. - (C. C.)
1434. JosÉ ANTONIO QUARES MA,
monteiro-mór e juiz dos orphãos proprietario da villa da Louzã; filho de Manuel
Lopes Quaresma, e de sua mulher Sebastiana Nunes Pe reira; neto paterno de
Antonio Lopes, e de Maria Quaresma Ferreira; bisneto de Antonio Ferreira, e de
outra Maria Quaresma, e por esta terceiro neto de Antonio Quaresma, e de sua
mulher Antonia Dias da Costa; quarto neto de Pedro Quaresma, cavaleiro fidalgo
da casa real, e de sua mulher Maria Cortes; quinto neto de João Quaresma, que
teve o mesmo foro, os quaes foram legitimos descendentes de João Lopes, criado
da princeza D. Joanna, a quem foram concedidas as armas desta familia dos
Lopes, e dos Quaresmas, tambem muito distincta. As armas dos Lopes e Quaresmas.
— Br. p. a 17 de junho de 1761. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 128
v. (C. C.)
1435. JosÉ ANToNIo REBELLO DA
SILVA E OLIVEIRA, bacharel formado na facul dade de leis pela Universidade de
Coimbra, e cavaleiro professo na ordem de Sant'Iago da Espada; filho de José
Rebello da Silva, e de D. Maria Thereza de Oliveira; neto pa terno de Manuel
Rebello, e de D. Michaela Francisca da Silva; e materno de Custodio de Oliveira,
e de D. Thereza de Araujo, todos da cidade de Braga. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Rebellos, no segundo as dos Silvas, no terceiro
as dos Oliveiras, e no quarto as dos Araujos. — Br. p. a 7 de dezembro de 1805.
Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 108. C.) (C. C.
1437. JosÉ ANTONIO RODRIGUES
VILLARINHO DA CRUZ GONDIM, natural e mora dor na cidade de Lisboa, filho de
Pedro Antonio Rodrigues, procurador proprietario do juizo das Capellas da
corôa, e de sua mulher D. Josepha Thereza Rosa Villarinho da Cruz; neto pela
parte paterna de Julião Rodrigues, e de sua mulher D. Olaia Pires; e pela ma
terna de Sebastião de Villarinho da Cruz, e de sua mulher D. Maria Josepha
Pinto. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Rodrigues, e na
segunda as dos Gondins. — Br. p. a 5 de março de 1785. Reg. no Cart. da N.,
liv. " fl. 186 V. C. C.)
1438. JosÉ ANToNIo D E SÁ
(Doutor), oppositor ás cadeiras da Universidade de Coim bra, socio
correspondente da real Academia das Sciencias, juiz de fóra da villa de Mon
corvo, e natural da cidade de Bragança; filho de Luiz Francisco de Sá, e de sua
mulher D. Catharina Rosa de Castro; neto pela parte paterna de Francisco de Sá,
e de sua mu lher D. Anna da Paz; e pela materna de Manuel de Passos Furtado, e
de sua mulher D. Isabel de Castro. Um escudo partido em pala; na primeira as
armas dos Sás, e na segunda as dos Castros. — Br. p. a 18 de agosto de 1784.
Reg. no Cart. da N., liv. III, " # C. C.)
1440.
JOSÉ ANTONIO SARAIVA COTRIM DE CARVALHO
E VASCONCELLOS, natural da quinta da Eira, freguezia de Payo Mendes, termo
da villa de Dornes, comarca de Tho mar, capitão-mór da mesma villa; filho de Manuel
Camello de Carvalho, capitão-mór da dita villa, e de sua mulher D. Maria
Josepha Perpetua Cotrim Saraiva de Carvalho; neto paterno de Manuel Camello
Gueifão, e de Gerarda Camello de Carvalho; neto materno de Antonio Saraiva de
Mattos, e de sua mulher Maria Carvalho. As armas dos Camellos, Carvalhos,
Cotrins, e Vasconcellos. — Br. p. a 6 de agosto de 1753. Reg. no Cart. da N.,
liv. particular, fl. 62. (C. C.)
1441. JosÉ ANToNIo DA SILVA
BRANDÃO DE ABREU FREIRE, da freguezia de Santa Marinha de Avanca, comarca da
Feira, bispado do Porto; filho de Manuel da Silva Bran dão, e de sua mulher D.
Joanna Angelica de Abreu Freire; neto pela parte paterna de Manuel da Silva
Brandão, e de sua mulher D. Maria Vaz; bisneto de Salvador da Silva Brandão, e
de sua mulher D. Adriana André; e pela materna neto do doutor Custodio Paes
Valente, e de sua mulher D. Jeronyma Bernarda de Abreu Freire; e bisneto de An
tonio Lourenço de Abreu Freire, e de sua mulher D. Bernarda Maria Freire da
Rocha. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Silvas, no
segundo as dos Brandões, no terceiro as dos Abreus, e no quarto as dos Freires.
— Br. p. a 17 de maio de 1790. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 165. (C. C.)
1442. JosÉ ANTONIO DE SOUSA, morador
na villa de Barcellos, filho de Francisco Ferreira, e de sua mulher Maria de
Sousa; neto pela parte materna de Domingos Lopes, e de Sua mulher Maria de
Sousa. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Sousas, e na segunda
as dos Meirelles. — Br. p. a 28 de setembro de 1795. Beg. no Cart. da N., liv.
V, fl. 86. (C. C.)
1443. JosÉ ANTONIO DE SOUSA
BASTO, visconde da Trindade, commendador das Or dens de Christo, e de Isabel a
Catholica, cavaleiro da muito nobre Ordem da Torre e ES pado do valor, lealdade
e merito, e presidente da Camara municipal do Porto; filho de Joaquim de
Oliveira e Sousa, e de sua mulher D. Thereza Maria e Sousa; neto materno de
Francisco José Basto, e de sua mulher D. Maria José Basto. Um escudo com as
armas dos Sousas. — Br. p. a 21 de agosto de 1853. Reg. no Cart. da N., liv.
VIII, fl. 367 v. (C. C.)
1444. JosÉ ANToNIO TAVARES DE
CARVALHo, natural do logar da Maruja, termo de Cea, comarca da Guarda, capitão
do segundo regimento de milicias da referida comarca; filho de Antonio de
Fontes Madeira, e de sua mulher Engracia Maria Tavares de Carva lho; neto pela
parte materna do capitão Manuel Tavares de Carvalho, e de sua mulher D.
Marianna Bernardes; bisneto pelo mesmo lado de Antonio Tavares de Carvalho, e
de sua mulher Magdalena Alvares; terceiro neto de Affonso Tavares de Carvalho,
e de sua mulher D. Maria Antunes; quarto neto de Antonio Tavares de Carvalho, e
de sua mulher D. Maria Pinheiro Soares. Um escudo partido em pala; na primeira
as armas dos Tavares, na segunda as dos Carvalhos. — Br. p. a 4 de janeiro de
1798. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 56 V. (C. C.)
1445. JosÉ ANTONIO TAVEIRA DE
MAGALHÃEs, morador na sua quinta da Boa-vista, freguezia de S. José de Godi,
termo da villa de Santa Martha, comarca de Villa-real; filho de José Taveira de
Magalhães, e de sua mulher D. Angelica Theodora Delphina Pinto de Azevedo; neto
por parte paterna de José Rebello da Costa, e de sua mulher D. Luzia Cor rea de
Sousa Taveira de Magalhães; e materno de Alexandre Guedes Caetano, e de Sua
mulher D. Thereza Josepha Caetana Pinto de Azevedo. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Taveiras, no segundo as dos Magalhães, no
terceiro as dos Pintos, e no quarto as dos Azevedos.—Br. p. a 29 de outubro de
1800. Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl. 143 v. (C. C.)
1446. JosÉ ANTONIO TEIXEIRA
PINTo, capitão de infanteria do regimento da praça de Setubal, e n'ella
morador, fidalgo cavaleiro da casa real; filho do capitão de cavallos Bernardo
Teixeira Pinto, a quem se passou brazão das armas d’estas familias a 23 de le
vereiro de 1752, e de sua mulher D. Isabel Joanna; neto paterno de Manuel
Cardoso de Carvalho, e de sua mulher Sebastiana Teixeira Pinto; bisneto de
Diniz Lourenço, e de sua mulher Isabel de Carvalho, e pela dita Sebastiana
Teixeira Pinto é tambem bisneto de Gonçalo Teixeira Pinto; terceiro neto de
Luiz Teixeira Pinto; quarto neto de Mar cos Pinto, e quinto neto de Beatriz
Teixeira, irmã legitima de Ayres Pinto Teixeira, com appelidos; neto materno de
Antonio de Araujo Carneiro, e de sua mulher Anna Ferreira, filha de Gaspar
Ferreira, e de sua mulher Isabel Fernandes; bisneto de Ignacio da Costa, e de
sua mulher Marianna Carneiro. As armas dos Pintos, e Teixeiras. —Br. p. a 22 de
julho de 1758. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 117 v. (C. C.)
1447. JosÉ ANToN1o TEIXEIRA VAz
Sous A, natural da villa de Fontes, bispado do Porto, proprietario, filho de
Manuel Teixeira, proprietario, e de sua mulher D. Dionysia Maria de Sousa; neto
paterno de José Manuel de Almeida, proprietario, e de sua mulher D. Anna da
Cunha e Almeida, e materno de Antonio Alves Vaz, e de sua mulher D. Maria Alves
de Sousa. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Teixeiras, e na
segunda as dos Sousas. — Br. p. a 18 de janeiro de 1856, Reg. no Cart. da N.,
liv, IX, "ão) (C. C.
1448. JosÉ ANToNIo TELLEs
PAMPLoNA CoRoNEL, segundo tenente do real corpo de engenheiros, e lente do
primeiro anno de mathematica da cidade de Angra na ilha Ter ceira, filho de
Antonio Telles Pamplona Coronel, e de sua mulher D. Innocencia Jordão; neto por
parte paterna de Lourenço Antonio Telles Pamplona Coronel, e de sua mulher D.
Thereza de Jesus Pamplona, e por parte materna de Manuel Antonio de Sousa,
fidalgo escudeiro da casa real, e de sua mulher D. Maria de Sousa. • Um escudo,
e n'elle as armas dos Coroneis. — Br. p. a 21 de novembro de 1818. Reg. no
Cart. da N., liv. VIII, fl. 18. (C. C.)
1449. JosÉ ANToNIo DA VEIGA (Bacharel),
natural da freguezia de S. Sebastião da villa de Maceira, bispado de Viseu,
juiz de fora que foi da vila de Recardaes, filho de José Luiz da Veiga, e de D.
Francisca Maria; neto pela parte paterna de Manuel da Veiga, e de D. Maria
Nunes, e pela materna de Francisco João, e de D. Maria Domingues. Um escudo com
as armas dos Veigas. — Br, p. a 19 de dezembro de 1774. Reg. no Cart. da N.,
liv. II, fl. 47. (C. C.)
1450. JosÉ DE ARAUJo Rozo,
cavalleiro professo na ordem de Christo, e tenente co ronel do regimento de
milicias da cidade do Pará; filho do coronel João de Araujo Rozo, e de sua
mulher D. Jacinta Thereza da Costa; neto paterno de Manuel de Araujo Rozo, e de
sua mulher D. Marianna Francisca; neto materno de José da Costa, cavalleiro da
ordem de S. Tiago, e de sua mulher D. Isabel Maria Pinto; bisneto paterno de
Custodio de Araujo, e de sua mulher D. Maria de Araujo. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Araujos, e na segunda as dos Costas. — Br. p. a
8 de setembro de 1819. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 46 v. • (C. C.)
1451. JosÉ ARNAU DE ALMEIDA
SERRA, cavaleiro professo na ordem de Christo, filho de Simão Thomaz da Serra,
tio de Manuel da Serra, tenente general que foi n'esta côrte, pae de José da
Serra, governador do Grão-Pará e Maranhão; e pela materna neto de Belchior
Henriques Arnau, e de Barbara da Cunha e Brito, filha de Simão da Cunha de
Brito; bisneto de João Negrão Arnau, irmão de Salvador Neto Arnau, capitão-mór
da mesma villa, e de Belchior Henriques Arnau, alcaide-mór de Cezimbra;
terceiro neto de Belchior Henriques, e terceiro neto tambem de Antonio de
Oliveira, irmão do padre Gaspar Carneiro, instituidor do vinculo que possuiu o
mesmo supplicante, que na egreja de Miranda do Corvo tem sua sepultura. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Almeidas, no segundo as
dos Serras, no terceiro as dos Arnaus, e no quarto as dos Carneiros. — Br. p. a
20 de dezembro de 1771. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 165 v. (C. C.)
1452. JosÉ AR ou CHE DE ToLED o
RENDoN (Bacharel), mestre de campo do segundo terço auxiliar de Serra-acima, da
capitania de S. Paulo, d’onde é natural; filho de Agos tinho Delgado Arouche,
cidadão da mesma cidade, guarda-mór das terras e aguas mine raes da villa de
Pernaiba, e mestre de campo do terço auxiliar da villa de Pernagua, da mesma
capitania, e de D. Maria Thereza de Araujo Rendon; neto por parte paterna do
sargento-mór Francisco Nabo Freire, e de D. Anna Pires de Barros; neto pela
parte ma terna de Diogo de Toledo Lara, capitão-mór que foi e regente das minas
de Paranampa nema, que descobriu á sua custa, e de D. Angela de Sequeira Rendon
Quevedo; bisneto por parte paterna de João de Toledo Castelhanos, e de D. Maria
de Lara, filha de Lou renço Castanho Taques, governador que foi da leva do
descobrimento das Minas-geraes, pelo que recebeu honrosissimas cartas do senhor
rei D. Pedro II, e de D. Maria de Lara; terceiro neto pelo mesmo lado de D.
Simão de Toledo Piza, natural da cidade de Angra, d'onde depois de militar nas
armadas e presidios de Castella se passou para a referida cidade de S. Paulo,
onde foi o tronco e chefe da familia do seu appelido, e de D. Maria Pedrosa;
quarto neto pelo mesmo lado de outro D. Simão de Toledo Piza, governador que
foi do castello de S. Filippe da cidade de Angra, e de D. Garcia da Fonseca
Rodo valho; quinto neto pelo mesmo lado de D. João de Toledo Piza, fidalgo da
illustrissima casa de Silva de Tormes, duques de Alva e condes de Orepeza, e de
D. Anna Castelha nos; bisneto por parte materna de D. Francisco Mattheus
Rendon, e de D. Maria de Araujo, filha de D. Pedro Taques de Almeida, fidalgo
da casa real, capitão-mór, gover nador e alcaide-mór da capitania de S. Vicente
e S. Paulo, e administrador geral das al deias do real padroado da mesma
capitania, e de D. Angela de Sequeira; terceiro neto de D. Pedro Mattheus
Rendon, e de D. Maria Moreira Cabral; quarto neto de D. João Mattheus Rendon,
illustre fidalgo da cidade de Coria no reino de Leão, d’onde se passou com dois
irmãos para o Brazil, militando na armada de Castella, que com a de Portugal
foi restaurar a cidade da Bahia do poder dos hollandezes, em praça de soldados,
vencendo tres escudos, além do soldo, e d’alli se passou á mencionada cidade de
S. Paulo, onde depois de estabelecido levantou á sua custa uma companhia de
infanteria para a restau ração de Pernambuco, e de D. Maria Bueno da Ribeira,
filha de Amador Bueno da Ribeira, capitão-mór e governador da capitania de S.
Vicente e S. Paulo, e na mesma ouvidor, e provedor da Fazenda real; quinto neto
de D. Pedro Mattheus Rendon, fidalgo de vingar quinhentos soldos, segundo o
foro de Ilespanha, e regedor que foi das Justiças pelo estado de fidalgo da
villa de Ocanha, e de D. Magdalena Clemente de Alarcão Cabeça de Vacca. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Toledos, e na segunda as dos
Rendons. — Br. p. a 22 de Outubro de 1796. Reg. no Cart. da N., liv. V, } 154.
(C. C.
1453. JosÉ DE Assis PonTUGAL
TAVEIRA DE SousA GUEDEs PINTo MoURÃO LEITÃO DE ALMEIDA, filho do capitão José
Manuel de Taveira, e de sua mulher D. Maria de S. Bento Teixeira de Sousa; neto
materno de Lourenço Guedes de Sousa Pinto Mourão, capitão-mandante do regimento
de infanteria da guarnição da praça de Chaves, e admi nistrador do morgado de
Nossa Senhora da Conceição de Villa-pouca de Aguiar da Penha, provincia de
Traz-os-montes; bisneto de Lucas Guedes Pinto, e de sua mulher D. Maria de
Sousa Chaves, instituidores do dito morgado; terceiro neto de Manuel Guedes
Pinto, Senhor do antigo morgado e capella de Santo Antonio de Senha-ana, e
familiar do Sanl0 Sousa Chaves foi filha de Balthasar Alvares Mourão, familiar
do Santo Oficio, e de D. Maria de Sousa Chaves, da antiga casa de Buxeiro. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no segundo as dos
Taveiras, no terceiro as dos Guedes, e no quarto as dos Pintos. — Br. p. 15 de
julho de 1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 188 v. (C. C.)
1454. JosÉ BAIÃO BARA HoNA, filho
de Antonio Pereira de Vilhena, e de sua mulher D. Margarida Martins Januaria de
Barahona; neto paterno de Francisco Pereira de Vilhena, e de sua mulher D.
Caetana das Neves; neto materno de Manuel Baião de Barahona, e de Caetana
Januaria; e a dita sua mãe era irmã de Domingos Martins Januario de Barahona,
pae de Manuel Martins Cebolinho, a quem se passou brazão em 21 de julho de
1710. As armas dos Barahonas. — Br, p. a 9 de agosto de 1754, Reg, no Cart. da
N., liv. particular, fl. 76 v. (C. C.)
1455. JosÉ BAPTISTA PIMENTA
CoRREA, morador na sua quinta de Villar, termo da villa de Tondella, comarca de
Viseu; filho do doutor Thomaz Marques Pimenta, natural do logar de Villar, um
dos principaes moradores d’elle, filho de Antonio Marques Pimenta,
administrador de um antigo vinculo que lhe proveiu de seus ascendentes, e de
sua mulher D. Maria Baptista; e a mãe d’elle supplicante mulher do doutor
Thomaz Marques Pimenta, foi D. Agueda Maria Pimenta Correa, filha de Miguel
João Pimenta, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Esperança Correa. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pimentas, e na segunda as dos
Correas. — Br. p. a 6 de junho de 1787. Reg, no Cart. da N., liv. IV, fl. 8 v. (C.
C.)
1456. JosÉ BARBosA DE OLIVEIRA
(Bacharel), natural da cidade de S. Salvador da Bahia de todos os Santos, filho
do capitão Antonio Barbosa de Oliveira, e de sua mulher D. Anna Maria Barbosa;
neto pela parte paterna do capitão de mar e guerra João Barbosa de Oliveira, e
de sua mulher D. Anna Ignacia de Oliveira, e pela materna de Manuel de Sousa e
Castro, e de sua mulher D. Maria da Silva Costa. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Barbosas, no segundo as dos Oliveiras, no terceiro
as dos Sousas, e no quarto as dos Castros. — Br. p. a 12 de dezembro de 1776.
Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 119. (C. C.)
1457. JosÉ BASILIO DA GAMA,
natural da freguezia de Santo Antonio da villa de S. José do rio das Mortes,
estado do Brazil; filho do capitão-mór Manuel da Costa Villas boas, e de sua
mulher D. Quiteria Ignacia da Gama, filha do capitão Luiz de Almeida, e de sua
mulher D. Helena Josepha da Gama, a qual era legitima descendente da familia do
appelido de Gamas d’este reino, por seu pae, que pela sua distincta qualidade e
nobreza, e ser das principaes pessoas da villa da Colonia, chegara a ser n’ella
governador. Um escudo com as armas dos Gamas — Br. p. a 10 de julho de 1771.
Reg. no Cart. da N., liv. 1, fl. 155 V. (G. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Machados, no
segundo as dos Limas, e no terceiro as dos Menezes. — Br. p. a 5 de setembro de
1795. Reg. no Cart, da N., liv. V, fl. 80 v. (C. C.)
1459.
JOSÉ BENTO RODRIGUES DE ABREU MAGALHÃES
SOUSA E VASCONCELLOS, filho de Francisco Rodrigues de Abreu, familiar do
Santo Oficio, e de sua mulher Senho rinha Bernarda da Silva; neto de Manuel
Rodrigues, e de sua mulher Paula Gonçalves; bisneto de Cosme Rodrigues de Abreu,
e de sua mulher Maria Mendes. As armas dos Abreus, Magalhães, Sousas, e
Vasconcellos. — Br. p. a 22 de março de 1755. Reg, no Cart. da N., liv.
particular, fl. 85. (C. C.) 1
460. JosÉ BENTo DE SEQUEIRA
HENRIQUEs DE AYALA-MóR, filho de Rodrigo de Sequeira Henriques, senhor do dito
morgado, e de sua mulher D. Jacinta Caetana Sar mento; neto pela sua varonia de
Gomes Henriques de Sequeira, senhor do dito morgado, capitão-mór da dita villa,
e cavaleiro da ordem de Christo, e de sua mulher D. Lourença Josepha Coelho da
Silva; bisneto de Antonio de Sequeira Henriques, senhor do dito mor gado, e de
sua mulher D. Bernarda de Azevedo Osorio; terceiro neto de Ruy Gomes Hen
riques, capitão das ordenanças da dita villa, senhor do mesmo morgado, e de sua
mulher D. Magdalena de Sequeira; quarto neto de Gomes Henriques, fidalgo
cavalleiro que serviu na India, e em Malaca, e voltando ao reino fundou o dito
morgado e casa, em que man dou pôr sobre a porta do pateo as armas dos
Henriques no anno de 1567; quinto neto de João Henriques, fidalgo cavalleiro da
casa real, e de sua mulher Francisca Leitão, que jazem ambos em Santo Antonio
da Carnola, em sepultura propria; sexto neto de Garcia Henriques, que teve o
mesmo foro, e jaz com sua mulher na dita sepultura; setimo neto de João
Henriques, que teve o foro de seus paes e avós, e de sua mulher Branca Nunes;
oitavo neto de Luiz Henriques, senhor do morgado dos Mingoas, no Bombarral, que
teve o foro de fidalgo escudeiro, e de sua mulher Ignez Martins; nono neto de
Gomes Henri ques, senhor do dito morgado, e de sua mulher Catharina Afonso
Correa, ele filho de Luiz Henriques, escudeiro e vassallo do senhor rei D. João
I, e um dos vinte de cavallo que defenderam Lisboa no cerco que lhe pôz o rei
D. João I de Castella, e ela filha de Afonso Vasques Correa, reposteiro-mór da
infanta D. Isabel, e de sua mulher Maria Mingoa. Um escudo com as armas dos
Henriques. — Br. p. a 7 de maio de 1769. Reg, n0 Cart. da N., liv. I, fl. 97.
(C. C.)
1462. Jos É BERNARD o DE ALMEIDA
DE BARRos, da villa de Vouzella, concelho de Lafões, comarca de Viseu; filho de
João de Almeida Ferreira, e de sua mulher D. Maria Engracia de Barros e Seixas;
neto pela parte paterna de Manuel Thomé Homem, e de sua mulher Joanna de
Almeida; e pela materna do bacharel Domingos de S. Joaquim de Se queira Homem e
Loureiro, sargento-mór que foi do concelho de Ferreira de Aves, gover nador
interino da praça de Almeida, no tempo da guerra da liga, e de sua mulher D. An
de Sequeira e Loureiro, e de sua mulher D. Isabel da Rocha e Montanha. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sequeiras, no segundo as
dos Barros, no terceiro as dos Loureiros, e no quarto as dos Seixas. — Br. p. a
29 de abril de 1776. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 93. (C. C.)
1464. JosÉ BERNARDO DA FONSECA E
SOUSA, sargento-mór das ordenanças da villa e concelho de Longroiva, filho do
capitão das ordenanças do dito concelho, Caetano da Fonseca e Sousa, pessoa das
principaes e da governança da mesma villa e concelho; filho de Antonio da
Fonseca Escovar, capitão-mór das ordenanças do dito concelho, e de sua mulher
Joanna da Costa; neto paterno de Estevão da Fonseca de Escovar, e de sua mu
lher Maria de Deus e Gamboa; neto materno do doutor Domingos Martins Raposo, e
de Sua mulher Maria da Costa. Um escudo partido em pala; na primeira as armas
dos Sousas, e na segunda as dos Fonsecas. — Br. p. a 8 de abril de 1786. Reg.
no Cart. da N., liv. III, fl. 214 v. (C. C.)
1465. JosÉ BERNARDO FREIXO DE
MIRANDA LEITE, natural da cidade de Lisboa, filho de José Antonio Freixo de
Miranda, e de sua mulher D. Joaquina Thereza da Costa; neto pela parte paterna
do capitão João Fernandes Freixo, irmão legitimo do sargento-mór de cavallaria
Simão Rebello Martel Leite, avô paterno de Joaquim Rebello Trigueiros Mar tel
da Silva Leite, primo do supplicante, a quem se passou já brazão de armas, e de
sua mulher D. Maria da Assumpção Ovelheira; e pela parte materna neto de José
da Costa Vermelinho, e de sua mulher Luiza Maria Rouboa, todos pessoas nobres
das familias dos appellidos de Rebellos, Mirandas, Trigueiros, e Costas d’este
reino, e como taes se tracta ram com cavallos, criados, carruagens, e todo o
mais tractamento proprio da nobreza, ser vindo no politico e no militar os
logares e postos mais distinctos do governo, sem que em tempo algum
commettessem crime de lesa-magestade divina ou humana, com cujo tracta mento,
gravidade e mais distincções se conservava ele supplicante. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Rebellos, no segundo as dos
Mirandas, no terceiro as dos Trigueiros, e no quarto as dos Costas. — Br. p. a
20 de janeiro de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 256 v. (C. C.)
1466. Jos É BERNARDO DE MACEDO
PARADA, natural do logar da Porcariça, termo da villa de Cantanhede, comarca da
cidade de Coimbra; filho legitimo de João Filippe de Macedo, cavaleiro fidalgo
da casa real, e de D. Antonia Maria de Sá Pereira, do referido logar da
Porcariça; neto pela parte paterna de Bernardo de Macedo, e de María Monteiro;
bisneto de Manuel de Macedo Parada, natural de Caparica, termo de Almada, com o
mesmo foro de cavalleiro fidalgo; terceiro neto de Francisco de Macedo Coelho.
Um escudo com as armas dos Macedos. — Br. p. a 28 de setembro de 1765, Reg. no
Cart. da N., liv. I, fl. 16. (C. C.)
1468. José BoRGEs PINTo D E
CARVALHo, fidalgo cavaleiro da casa real, e proprie tario; filho de Felix
Manuel Borges Pinto de Carvalho e Affonseca, fidalgo cavaleiro da casa real, e
de sua mulher D. Rita Ricardina Pereira Pinto; neto paterno de João de Car
valho Pinto d'Affonseca Borges, e de sua mulher D. Anna da Purificação Branco; bis
neto de Felix Manuel Borges de Carvalho Pinto d'Affonseca; oitavo neto pelo
mesmo lado de Christovão da Fonseca da Silva, cavalleiro fidalgo da casa real,
cavaleiro professo da ordem de Christo, a quem se passou brazão de armas a 20
de fevereiro de 1409. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Afonsecas, e na segunda as dos Borges. — Br. p. a 25 de abril de 1864. Reg. no
Cart. da N., liv. Ix, fl. 65. (C. C.)
1469. JosÉ DE BRITo ALVELLos
VIEIRA DE ARAUJo, capitão de infanteria do regi mento de Vianna, natural da
freguezia de Fonte-arcada, concelho de Lanhoso, comarca de Guimarães; filho de
Verissimo Antonio Vieira de Araujo Sousa Pedrosa, cavaleiro pro fesso na ordem
de Christo, natural da cidade de Braga, e de sua mulher D. Constança de Brito
Alvellos; neto paterno de Miguel Vieira de Araujo e Sousa, e de sua mulher D.
Cy priana Pedrosa; e materno de José de Brito Alvellos, tenente de infanteria
do regimento de Valença, e de sua mulher D. Monica Alvellos Vieira. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Vieiras, no segundo as dos
Araujos, no terceiro as dos Sousas, e no quarto as dos Alvellos. — Br. p. a 15
de janeiro de 1804. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 62. (C. C.)
1470. JosÉ DE BRITo GUERREIRO MAs
CARENHAS E A Bo1M, cavaleiro professo na ordem de Sant'Iago da Espada, e
capitão da companhia de cavallaria das ordenanças da villa de Alagoa; filho de
Antonio de Brito Correa Mascarenhas de Aboim, sargento-mór de milicias, e de
sua mulher D. Maria Michaela de Brito e Costa; neto por parte paterna de José
de Brito Guerreiro Correa Mascarenhas de Aboim, alferes que foi do regimento de
ca vallaria de Olivença, e de sua mulher D. Antonia Correa Mascarenhas; bisneto
de Brun0 Gomes de Brito Guerreiro Correa Mascarenhas de Aboim, capitão que foi
do dito regi mento de cavallaria de Olivença, fidalgo da casa real, e de sua
mulher D. Isabel Gomes; terceiro neto de Rodrigo de Brito Guerreiro Correa
Mascarenhas e Aboim, tambem caval leiro e instituidor de dois morgados, dos
quaes administra um o referido pae do suppli cante, e o outro seu tio Alberto
Antonio, capitão-mór da cidade de Tavira, no qual deve Succeder o mesmo
supplicante, e de sua mulher D. Maria Guerra Correa. dos Correas, no terceiro
as dos Mascarenhas, e no quarto as dos Aboins. — Br. p. a 9 de de zembro de
1801. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 184 v. (C. C.)
1471. JosÉ CAETANO CARNEIRO,
cavaleiro professo na ordem de S. Bento de Aviz, capitão do regimento de
artilheria do reino de Angola; filho de Antonio dos Santos Car neiro, e de sua
mulher D. Thereza Isabel; neto pela parte paterna de Domingos Carneiro, e de
sua mulher D. Domingas dos Santos; neto pela parte materna de João Manuel, e de
sua mulher D. Lourença Jorge. Um escudo e n'elle as armas do appellido de
Carneiro. — Br. p. a 26 de maio de 1798. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 20
v. (C. C.)
1472. JosÉ CAETANO DA FonsECA
CABRAL DE MESQUITA, cavalleiro da ordem de Christo, morgado da Ribeira dos
Moinhos, no termo da villa de Montemór o velho, admi nistrador da capella da
Portella, no termo d'esta cidade de Lisboa, e natural da freguezia de S.
Bartholomeu da Charneca; filho de José Caetano da Fonseca Cabral de Mesquita, e
de sua mulher D. Brigida Maria Thereza Rasa, administradores que foram do dito
mor gado e capella; neto pela parte paterna de Francisco Cabral de Mesquita,
cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Thereza Luiza de Castro; e
pela materna neto de Fran cisco Alvares Pereira, e de sua mulher D. Marianna
Thereza do Espirito Santo. Um escudo esquartelado; no primeiro as armas dos
Cabraes, no segundo as dos Mesquitas, no terceiro as dos Fonsecas, e no quarto
as dos Castros. — Br. p. a 13 de julho de 1772. Reg. no Cart. da N., liv. I,
fl. 179. • (C. C.)
1473. JosÉ CAETANO DE LIMA,
cavalleiro professo na ordem de S. Bento de Aviz, fi dalgo da casa real, e
chefe de esquadra da real armada; filho do capitão José de Araujo Lima, e de
sua mulher D. Francisca das Chagas da Conceição; neto pela parte paterna de
João de Araujo Lima, e de sua mulher Antonia do Espirito Santo; neto pela parte
materna de Nicolau da Silva e de sua mulher D. Antonia Gonçalves. Um escudo e
n'elle as armas do appellido dos Limas. — Br. p. a 13 de janeiro de 1798. Reg.
no Cart. da N., liv. VI, fl. 2 v (C. C.)
1474. JOSÉ CAETANO MAGALHÃES
SOUSA BORGES BRAVO CABRAL, alferes de in fanteria auxiliar, morador na sua
quinta da Cocanha, freguezia de S. Pedro de Croca, termo e comarca de Penafiel;
filho de Custodio Luiz de Magalhães, e de sua mulher D. Maria da Ascenção Sousa
Borges Bravo Cabral: neto pela parte paterna de João de Sousa Maga lhães, e de
sua mulher Esperança Luiza; bisneto de Antonio de Sousa Magalhães, e de sua
mulher Catharina Vaz; e pela parte materna neto de José da Rocha, e de sua
mulher Anna Delgada de Sousa Borges Bravo Cabral, filha de Antonio de Sousa
Borges Cabral, e de sua mulher Maria Delgada Pedroso. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Sousas, no segundo as dos Magalhães, no
terceiro as dos Borges, e no quarto as dos Bravos. — Br. p. a 25 de agosto de
1785. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 206 v. (C. C.)
1475. JosÉ CAETANO DE PAIVA
PEREIRA, do conselho de Sua Magestade, fidalgo ca valeiro da casa real, membro
do supremo Tribunal de justiça; filho de Francisco José Pe reira, medico da
camara de Sua Magestade, e de sua mulher D. Antonia Caetana de Paiva; neto
paterno de Daniel Pereira, negociante e proprietario, e de sua mulher D. Brites
da Silva; e materno de Antonio José de Paiva, negociante matriculado da praça
de Lisboa, e de sua mulher D. Rosa Maria da Silva. Um escudo partido em pala;
na primeira as armas dos Pereiras, e na segunda as dos Paivas. — Br. p. a 17 de
setembro de 1834. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 273 v. (C. C.)
1476. JosÉ CAETANO PEIxoto LoBATo
(Capitão), natural de Montemór o velho, co marca de Coimbra; filho de José Luiz
Gomes Lobato, natural da dita villa, senhor e pos suidor do morgado e prazo de
Albergaria, e de sua mulher D. Maria Clara Nogueira Gal vão Peixoto; neto pela
parte paterna de João Gomes Lobato, senhor e possuidor dos mes mos bens, e de
D. Maria João Gomes; e pela materna neto de Bernardo Peixoto Godinho, cavaleiro
da Ordem de Christo, e de D. Isabel Nogueira. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Lobatos, no segundo as dos Galvões, no
terceiro as dos Peixotos. — Br. p. a 16 de março de 1787. Reg. no Cart. da N.,
liv. IV, fl. 1. (C. C.)
1477. JosÉ CAETANo D E SÁ TINoco,
capitão de infanteria auxiliar, cavaleiro professo na ordem de Christo, e
morador na sua quinta da Neta, extramuros da cidade do Porto; filho de Manuel
de Sá Tinoco, e de sua mulher D. Maria Clara de Aguiar; neto pela parte paterna
de Manuel de Almeida Paredes, e de sua mulher D. Clara de Sá Tinoco, todos
naturaes da dita cidade; neto pela parte materna de Manuel de Oliveira de
Aguiar, e de sua mulher D. Marianna Vieira. Um escudo com as armas dos Tinocos,
— Br, p. a 23 de novembro de 1783. Reg, no Cart. da N,, liv. III, fl. 114 v.
(C. C.)
1479. JOSÉ CARDOSO MARTINS DE
FARIA, filho de Domingos Cardoso, neto de Ma ria Cardoso, e bisneto de outra
Maria Cardoso, descendendo todos de Diogo Cardoso, a quem se passou brazão de
armas a 2 de dezembro de 1582. Um escudo com as armas dos Cardosos. — Br. p. a
2 de novembro de 1805. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 114. (G. C.)
1781. JosÉ CARDoso PINTO DE
MADUREIRA GARCEz, cavaleiro professo na ordem de Christo, capitão-mór da cidade
de Penafiel; filho do sargento-mór José Pereira Pinto Garcez, cavalleiro da
Ordem de Christo, cidadão da cidade de Penafiel, e de sua mulher D. Thereza
Luiza Cardoso, irmã do desembargador da Relação e casa do Porto o doutor João
Luiz Cardoso Pinheiro; neto pela sua varonia de Francisco Garcez da Motta,
sargen to-mór que tambem foi da mesma cidade de Penafiel, e de sua mulher D.
Angela de Mei relles Pereira Pinto; bisneto de Manuel Garcez da Motta, ajudante
de infanteria, e cabo commandante de cento e cincoenta homens, que levou da
provincia do Minho para a do Alemtejo á sua custa, no tempo da feliz acclamação
do senhor rei D. João IV, e depois gentilhomem da embaixada que o mesmo senhor
mandou á Rainha da Suecia, em cuja côrte residiu á sua custa no congresso da
paz geral que n’ella se celebrou, e de sua mu lher D. Maria Luiza Ferreira;
terceiro neto de Francisco Garcez da Motta, irmão do dou tor Santos Garcez da
Motta, enviado pelo dito senhor rei à rainha Christina da Suecia, a quem foi
tão afeito que lhe deu um collar de oiro com o seu retrato, e de sua mulher D.
Martha Alvares da Silva; quarto neto de Cosme Garcez, fidalgo da casa real, e
legi timo descendente de João Garcez, escrivão da fazenda do senhor rei D. João
II, a quem deu armas novas e fez fidalgo, em remuneração dos grandes e
continuados serviços que lhe tinha feito e a seu pae o senhor rei D. Affonso V
nas guerras de Africa, nas tomadas de Tanger, Arzilla e Anafi, e n'este reino
na batalha de Touro e mais guerras de Castella. Um escudo com as armas dos
Garcezes. — Br. p. a 16 de outubro de 1782. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl.
70. (C. C.)
1482. JosÉ CARD os o PIRES DE
TAVORA, natural da cidade do Porto, filho do doutor João Alvares Cardoso, e de
sua mulher D. Clara Angelica Leal; neto paterno de João Ro deiro Cardoso de
Moura, e de sua mulher Paschoa Alvares; bisneto de Gonçalo Francisco Gomes, e
de sua mulher Maria Guiomar de Moura; terceiro neto de Gaspar Rodeiro Car doso,
e de sua mulher Maria Rodeiro; quarto neto de Aleixo Cardoso, morador que foi
na sua quinta de Cardoso, solar desta familia; neto materno do doutor João
Pires Leal, e de sua mulher D, Catharina Maria Rosa; bisneto de Gaspar Pires, e
de sua mulher Comba Fernandes; terceiro neto de Gaspar Pires de Tavora, e de
sua mulher Comba de Vilhena, moradores que foram em Vilhena, em Traz os montes;
quarto neto de Luiz Al vares de TavOra. As armas dos Cardosos, e Tavoras. — Br.
p. a 27 de julho de 1752. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 40 v. (C.
C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carneiros, no segundo as
dos Machados, no terceiro as dos Barrosos, e no quarto as dos
Castellos-brancos. — Br. p. a 11 de abril de 1786. Reg. no Cart. da N., liv.
III, fl. 221 v. (C. C.)
1484.
JOSÉ CARNEIRO PINO DE SAMPAIO DE VASCONCELLOS
TAVARES, capitão mór do concelho de Sanfins, filho de José Carneiro Pinto
Tavares de Sampaio, e de sua mulher D. Catharina Josepha de Menezes e
Vasconcellos; neto pela parte paterna de Luiz Pinto de Sampaio, e de sua mulher
D. Anna Correa da Motta; e pela materna de Manuel Barbosa Coutinho, e de sua
mulher D. Juliana da Silva. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Carneiros, no segundo as dos Pintos, no terceiro as dos Sampaios, e
no quarto as dos Vasconcellos. — Br. p. a 4 de fevereiro de 1785. Reg. no Cart.
da N., liv. III, fl. 185 v. ) (C. C.
1485.
JOSÉ CARNEIRO DA SILVA BRAGA,
natural do logar do Porto, comarca de Bar cellos, commendador da ordem de
Christo, tenente coronel aggregado ao regimento de artilheria de milicias na
provincia de S. Paulo, e actualmente residente na cidade do Porto, onde se acha
estabelecido negociante de grosso tracto; filho de José Carneiro da Silva
Braga, e de sua mulher D. Anna Maria; neto paterno de Caetano da Silva, e de
sua mu lher D. Josepha Carneiro; bisneto de Ignacio da Silva, e de sua mulher
D. Maria Fran cisca; neto materno de Manuel
Pereira Machado, e de sua mulher D. Maria Josepha; bisneto de André Pereira
Machado, e de sua mulher D. Maria da Silva.
Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Carneiros, e na segunda as dos
Silvas. — Br. p. a 23 de junho de 1832. Reg. no Cart, da N., liv. VIII, fl. 262
V. (C. C.)
1486. Jos É D E CHAs TINETE
(Bacharel), natural da cidade da Bahia, filho de Pe dro de Chastinete, e de D.
Maria de Brito Freire; neto pela parte paterna de Fronton de Chastinete, e de
Anna Leicille de Pompor; e pela materna neto de Victorino Soares Be zerra, e de
D. Francisca Xavier de Brito Freire, esta neta de Estevão de Brito Freire, bem
conhecido n’esta côrte, que foi pae do coronel de marinha Antonio de Brito
Freire; e o dito seu avô Víctorino Soares Bezerra foi tambem neto de José
Soares Grillo, filho de Al varo Garcez de Mello, fidalgo da casa real, e um dos
principaes restauradores da capita nia do Maranhão, na expulsão dos
hollandezes. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos
Mellos, no se gos, e em Castella dos condes de Fontes, e de Monte-rei. Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Gomes, no segundo as dos Britos, e no terceiro as dos
Freires. — Br. p. a 26 de março de 1778. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 155.
(C. C.)
1487. JosÉ CoELHo BoRGEs, abbade
de Lobrigos, natural do logar do Nogal, fregue zia de S. Vicente do Pinheiro,
comarca de Penafiel; filho de Francisco Coelho, e de sua mulher D. Joanna Maria
Borges; neto paterno de José Coelho de Sá, e de sua mulher D. Ca tharina Luiza;
e materno de Antonio Vieira da Silva, e de sua mulher D. Joanna Borges. Um
escudo ovado e esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Coelhos, no se
gundo as dos Sás, no terceiro as dos Pintos, e no quarto as dos Borges. — Br. p.
a 11 de junho de 1785. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 197. (C. C.)
1488. JosÉ Co-ELHo Ro LE EM
WAN-DUTE DE SousA E LACERDA, capitão do ter ceiro regimento de milicias da
cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro, natural e bapti Sado na Sé cathedral
da dita cidade; filho do coronel do mar José Roleem Wan-Dute, en viado
extraordinario e ministro plenipotenciario na côrte de Marrocos, natural de
Alema nha, cidade de Vienna de Austria, e de sua mulher D. Escolastica Joaquina
de Sousa Coelho e Lacerda; neto pela parte materna de Lourenço Antunes Coelho
de Lacerda, e de sua mulher D. Ignacia Joaquina de Sousa e Lacerda. • Um escudo
esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Sousas, no se gundo as
dos Coelhos, e no terceiro as dos Lacerdas. — Br. p. 16 de junho de 1802. Reg.
no Cart. da N., liv. VI, fl. 205. (C. C.)
1489. José CoNsTANTINO GOMES DE
CAstRo (Presbytero), beneficiado da cathedral do Maranhão e commissario do
Santo Oficio, natural da villa de Alcantara da mesma ca pitania; filho de
Manuel Antonio Gomes de Castro, tenente coronel de milicias da referida villa,
a quem se passou brazão de armas a 15 de outubro de 1792, e de sua mulher D.
Francisca Maria Correa, irmã legitima de Antonio Correa Furtado de Mendonça,
coro nel de milicias da mesma villa, a quem tambem se passou brazão de armas a
4 de maio de 1790; neto paterno de Manuel Francisco de Castro, e de sua mulher
D. Maria Gomes, e materno de Constantino Correa, e de sua mulher D. Leonarda
Mendes de Amorim; bis neto paterno de Domingos Francisco, e de sua mulher D.
Luiza Gomes, e materno de Ignacio Correa Coutinho de Cerveira, secretario do
estado do Maranhão, e de sua mulher D. Simiana Furtado de Mendonça; terceiro
neto paterno de Paulo Rodrigues, e de sua mulher D. Anna Gonçalves, e materno
de Manuel de Araujo Correa, que serviu varios postos na tropa paga, foi cidadão
e juiz presidente da Camara do referido estado, e ouvi dor da capitania de
Cumá, e de sua mulher D. Margarida Correa de Lucena; e por este mesmo lado
descendente de Domingos de Araujo Cerveira Bayão, filho de Antonio de Cer veira
da Camara, primeiro restaurador do Maranhão do poder dos hollandezes, e do va
loroso Diogo de Campos Moreno, sargento-mór de todo o estado do Brazil,
primeiro con quistador do poder dos francezes, e commandante general do mesmo
no anno de 1614 : e bem assim de Agostinho de Menezes, capitão de infanteria e
governador da forta leza de Santa Cruz da barra do Rio de Janeiro, e de
Sebastião de Lucena de Azevedo, ca pitão-mór e governador do Grã-Pará no anno
de 1645, cavaleiro da ordem de Christo, filho de Mathias de Freitas de Azevedo,
fidalgo da casa real, e alcaide-mór de Pernam buco, o qual era filho de
Sebastião de Lucena de Azevedo, commendador da Matta de Lobos da ordem de
Christo, e que todos descendem por linha recta de D. Arnaldo Bayão, fidalgo
francez que acompanhou o conde D. Henrique, e descende dos senhores de S. João
de Rei, vulgarmente conhecidos pela casa da Tapada, e de outras muitas casas de
fidal gos, e em Castella dos condes de Fontes, e de Monte-rei.
1490. JOSÉ CORDEIRO FEIO (FEYO), visconde das Fontainhas,
do conselho de Sua Magestade, fidalgo cavaleiro da casa real, commendador das
ordens de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, e de S. Bento de Aviz,
marechal de campo reformado, lente da Escola polytechnica de Lisboa, e socio
emerito da Academia real das Sciencias. Um escudo esquartelado com as armas que
lhe foram concedidas por alvará de 20 de novembro de 1865. — Br. p. a 29 de
dezembro de 1865. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 88 v.—V. no I. H.
Fontainhas. (C. C.)
1491. JosÉ CoRREA DE ABREU DA
FONSECA, da villa de Barcellos, filho de Antonio Correa de Abreu, e de
Senhorinha Ferreira Diniz; neto paterno de Manuel Correa de Abreu, e de
Jeronyma da Fonseca; e materno de João Ferreira, e de Antonia Francisca. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Correas, no segundo as
dos Abreus, no terceiro as dos Fonsecas, e no quarto as dos Ferreiras. — Br. p.
a 18 de maio de 1816. Reg, no Cart. da N., liv. VII, fl. 344 V. (C. C.)
1494. JosÉ DA CosTA BULÇÃo, filho
de Balthasar da Costa Bulção, e de sua mulher D. Maria Joanna de Aragão; neto
pela parte paterna de José da Costa Bulção, e de Sua mulher D. Maria de Sousa
de Aragão, filha legitima de Francisco de Araujo e Aragão, al caide-mór da
cidade da Bahia, neto de Francisco de Araujo e Aragão, que na guerra da
expulsão dos hollandezes de Pernambuco serviu com a sua pessoa e fazenda a real
corôa com muita distincção; e bisneto de Balthasar de Aragão e Sousa,
capitão-mór e governa dor interino de toda aquella capitania, por ausencia do
governador D. Diogo de Menezes; e pela parte materna neto de Ignacio de
Sequeira Villas-boas, capitão-mór das ordenan ---- - —= Joanna Catharina de
Menezes e Aragão; bisneto de José de Goes de Sequeira, cavalleiro da ordem de
Christo, e de sua mulher D. Maria Braé, filha do sargento-mór Francisco de
Braé, ca valeiro da dita ordem; e pela sua avó D. Joanna Catharina de Menezes e
Aragão bisneto de D. Felix de Bittencourt, moço fidalgo da casa real, e de sua
mulher D. Catharina de Aragão e Ayala, filha legitima de Diogo de Aragão
Teixeira, e neta do capitão Diogo de Aragão Pereira, o Velho, ambos com o dito
foro, e de sua mulher D. Isabel de Aragão, filha do mencionado Balthasar de
Aragão e Sousa, seu quarto avô paterno. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Araujos, no segundo as dos Aragões, no terceiro as dos
Sequeiras, e no quarto as dos Bittencourts. — Br. p. a 9 de dezembro de 1788.
Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 86 v. (C. C.)
1495. JosÉ DA CosTA E SousA,
filho de Felix da Costa, e de D. Maria Barbara e Sousa; neto pela parte materna
de Manuel de Sousa, e de sua mulher D. Anna Maria de Sousa. Um escudo partido
em pala; na primeira as armas dos Costas, e na segunda as dos Sousas. — Br. p.
a 22 de junho de 1816. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 247 v. (C. C.)
1496. JosÉ CoUCEIRO DE OLIVEIRA,
soldado de cavallo do regimento do Principe, natural e morador na villa de
Monte-mór o novo; filho legitimo de Manuel Couceiro de Oliveira, natural d’esta
cidade de Lisboa, e de sua mulher Jeronyma Maria da Fonseca, natural da villa
de Monte-mór o novo; neto pela parte paterna de José Couceiro da Sil veira, e
de sua mulher Maria Thereza do Amparo, naturaes d’esta cidade; bisneto de Ba
silio Couceiro de Oliveira; e pela materna neto de Manuel do Carmo da Fonseca,
e de sua mulher Filippa Maria Vidigal, natural da cidade de Evora. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Oliveiras, e na segunda as dos
Fonsecas. — Br. p. a 16 de julho de 1767. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 53.
C.) (C. C.
1497. JosÉ DA MAs Io FERREIRA,
natural de Lisboa, fidalgo cavalleiro da casa impe rial e real, commendador da
ordem de Christo, cavalleiro da ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa,
condecorado com a medalha de oiro da restauração dos Direi tos da realeza,
oficial menor e thesoureiro geral da casa imperial e real, e oficial maior
efectivo da Contadoria de marinha; filho de Joaquim Eugenio Ferreira, escrivão
da Mesa grande dos armazens de Guiné, India e armadas, e inspector do Hospital
real da Marinha, e de sua mulher D. Aurelia Joaquina da Guerra e Sousa; neto
paterno de outro José Da masio Ferreira, tambem escrivão da Mesa grande dos
mesmos armazens, e de sua mu lher D. Catharina Helena Maquene; bisneto de
Domingos Mendes Ferreira, e de sua mu lher D. Anna Ferreira; neto materno de
Simplicio da Guerra e Sousa, negociante de grosso tracto da praça de Lisboa, e
de sua mulher D. Maria Joaquina Telles; bisneto de Fran cisco de Freitas e
Almeida Telles, tambem negociante de grosso tracto de Lisboa, e de sua mulher
D. Francisca Joaquina Telles de Moura. • Um escudo esquartelado; no primeiro e
quarto quarteis as armas dos Ferreiras, no segundo as dos Sousas, e no terceiro
as dos Telles, — Br. p. a 29 de novembro de 1825. Reg. no Cart. da N., liv.
VIII, fl. 168. (C. C.)
1498. JosÉ DIAS LEITE SAMPAIO,
commendador da ordem de Nossa Senhora da Conceição, caixa geral do contracto do
tabaco; filho de Manuel de Sampaio, negociante e proprietario, e de sua mulher
D. Luiza Leite de Sampaio; neto paterno de Antonio de Sampaio, negociante e
proprietario, e de sua mulher D. Thereza Velloso de Sampaio; e materno de
Manuel Dias, proprietario, e de sua mulher D. Maria Leite Dias. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Sampaios, e na segunda as dos Leites.
— Br. p. a 16 de julho de 1842. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 304. (C.
C.)
1499. JosÉ DIo Go DE BAstos,
natural do logar de Tabosa, concelho de Caria, co marca de Lamego, cavalleiro
professo na ordem de Christo, e coronel do regimento de cavallaria de Voluntarios
reaes do commercio; filho do doutor Manuel Dias Damasio, e de sua mulher D.
Josepha Maria de Jesus Bastos; neto paterno de Domingos Lopes Dias, e de D.
Maria Dias; e materno do doutor Gabriel de Bastos, e de D. Isabel Rodrigues;
sendo o supplicante irmão inteiro e unico de Jacinto Dias Damasio, cavalleiro
professo na Ordem de Christo, a quem se passou brazão de armas a 20 de novembro
de 1803. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Dias, e na segunda
as dos Bastos. — Br. p. a 27 de março de 1828. Reg. no Cart. da N., liv. VIII,
fl. 223 v. (C. C.)
1500. JOSÉ DIOGO PEREIRA DA
SERRA, cavalleiro professo na ordem de Christo, ca pitão de infanteria em um
dos regimentos do estado do Grã-Pará, natural d’esta cidade de Lisboa; filho de
José Pereira da Cruz, tenente coronel que foi da fortaleza de S. Lou renço da
Barra, e de sua mulher Archangela Michaela de Castello-branco; neto pela parte
paterna de Manuel Pereira, e de sua mulher D. Joanna Pereira; e pela materna de
Fran cisco Nunes da Serra, e de sua mulher D. Christina Maria da Fonseca. Um
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Pereiras, no
segundo as dos Vasconcellos, e no
terceiro as dos Serras. — Br. p. a 28 de abril de 1770. Reg. no Cart. da N.,
liv. I, fl. 124. (C. C.)
1501. JosÉ DIoNYSIO TELLES DE CAs
TR o APPA RICIo, administrador da Companhia dos vinhos do Alto-Douro, natural
d’esta cidade; filho de Dionysio José Telles de Castro Apparicio, e de D. Maria
Clara Rosa Wandeck; neto pela parte paterna de Francisco Xa vier Telles de
Castro Apparicio, e de D. Josepha Maria de Mendonça; e pela materna de Cornelio
Wandeck, e de D. Baraba Wandeck. Um escudo partido em pala; na primeira as
armas dos Telles, e na segunda as dos Castros. — Br. p. a 15 de junho de 1791.
Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. #%, (C. C.
1502. JosÉ EDUARD o CoRDEIRO VINA
GRE, natural da villa de Estremoz, filho de Mi guel Cordeiro Vinagre, e de sua
mulher D. Barbara Catharina Luiza Xavier Falleiro; neto pela parte paterna de
Domingos Cordeiro Vinagre, e de sua mulher D. Thereza Maria Mi chaela; e pela
materna do capitão João Alberto da Silveira, e de sua mulher D. Joanna Thereza
Xavier Falleiro. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Cordeiros,
e na segunda as dos Silveiras. —Br. p. a 7 de agosto de 1784. Reg. no Cart. da
N., liv. III, fl. # V. (C. C.
1503. JosÉ EDUARDO DE FIGUEIREDo,
cavaleiro professo na ordem de S. Bento de Aviz, sargento-mór de infanteria aggregado
á praça de Cascaes; filho de João Luiz de Fi gueiredo Girão, alferes do
regimento de infanteria de Cascaes, e de sua mulher D. Anna Joaquina Perdigão;
neto paterno do capitão João Rodrigues de Figueiredo Girão, e de sua mulher D.
Esperança Marques Figueira; e materno de Luiz dos Santos Perdigão, e de Sua
mulher D. Thereza de Jesus de Sousa. segundo as dos Girões, no terceiro as dos
Perdigões, e no quarto as dos Sousas. —Br. p. a 31 de janeiro de 1814. Reg. no
Cart. da N., liv. VII, fl. 284. (C. C.)
1505. JosÉ FELICIANO DA SILVA
Cost A, do conselho de Sua Magestade, fidalgo ca valeiro da casa real,
commendador da antiga e muito nobre ordem da Torre e Espada do valor, lealdade
e merito, e da de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, caval leiro da
ordem militar de S. Bento de Aviz, coronel do real corpo de engenheiros, inspe
ctor geral dos quarteis e obras militares, e director da Escola polytechnica;
filho de An tonio José da Silva Costa, tenente e secretario da inspecção geral
de infanteria, e de sua mulher D. Genoveva Angelica de Faria Carneiro Costa;
neto paterno do capitão José da Silva Costa, e de sua mulher D. Maria Xavier da
Conceição Nogueira e Costa; e materno de Francisco Vieira de Faria, e de sua
mulher D. Maria Quiteria da Costa Carneiro Faria. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Silvas, no segundo as dos Costas, no terceiro as
dos Vieiras, e no quarto as dos Farias. — Br. p. a 16 de ju nho de 1842. Reg.
no Cart. da N., liv. VIII, fl. 302. (C. C.)
1506. JosÉ FELIX DE No RoNHA E
MENEZEs, morador na sua quinta das Lagoas de Sarzadella, freguezia de Nossa
Senhora da Conceição, da villa de Ancião, termo e bispado de Coimbra; filho do
capitão-mór Antonio Rodrigues Pereira, e de sua mulher D. Anna Maria de Noronha
e Menezes; neto pela parte materna de Sebastião Mendes, e de Ber narda da
Conceição, e por esta bisneto de Manuel Rodrigues, e de Maria Freire, irmã do
reverendo Domingos Alvares da Paz Noronha e Menezes, a quem já se passou brazão
com as armas das familias d’estes appellidos em 5 de junho de 1728. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Noronhas de Villa-real, na se gunda
as dos Mendes. —Br. p. a 5 de julho de 1779. Reg, no Cart. da N., liv. II, fl.
193 v. (C. C.)
1507. JosÉ FERREIRA PINTo BAsto,
natural da cidade do Porto, cavaleiro professo na ordem de Christo, caixa e
contractador geral do tabaco d'estes reinos, ilhas adjacentes e Macau, e das
reaes saboarias; filho de Domingos Ferreira Pinto Basto, negociante de grosso
tracto da praça da cidade do Porto, e de sua mulher D. Maria do Amor Divino;
neto por parte paterna de Manuel Ferreira Pinto, e de sua mulher D. Jeronyma
Alves; e pela parte materna de José Ferreira da Costa, e de sua mulher D.
Thereza Maria de Sousa. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Ferreiras, e na segunda as dos Pintos. — Br. p. a 12 de setembro de 1818. Reg.
no Cart. da N., liv. VIII, fl. 9. (C. C.)
1508. JosÉ FERREIRA DA SILVA,
capitão-mór da villa de Aviz, superintendente das caudelarias da comarca de
Santarem, almoxarife das jugadas da dita villa, juiz executor dos reaes
direitos e das coutadas reaes da villa de Almeirim, natural da freguezia de S.
Vicente de Paulo, termo da villa de Santarem; filho de Simão Ferreira da Silva,
e de sua mulher D. Bernarda Caetana de S. José Coelho; neto pela parte paterna
de João Pe res, e de D. Filippa Ferreira; e pela materna de Manuel Coelho da
Silva, e de sua mu lher D. Antonia Maria Pereira. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Ferreiras, e na segunda as dos Silvas. — Br. p. a 15 de
dezembro de 1791. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 240. (C. C.)
1509. JOSÉ DE FIGUEIREDO FRAZÃO DE
CASTELLO-BRANCO CARDOSO, natural e morador na villa da Covilhã, filho de José
de Figueiredo Frazão de Castello-branco, e de Sua mulher Maria de Oliveira,
filha de João Feio, e de sua mulher
Maria de Oliveira; neto paterno de João Leitão Frazão de Castello-branco;
bisneto de Manuel Gil Frazão; terceiro neto de Marcos Gil Frazão, e de sua
mulher Isabel Ferrão de Castello-branco, filha de RO que Ferrão de
Castello-branco, e de Catharina Cardoso, neta paterna de Pedro de Figuei redo
de Castello-branco, bisneta de Diogo Paes de Castello-branco, terceira neta de
outro Diogo Paes de Castello-branco, a quem o senhor rei D. João II escreveu
uma carta que está junta aos ditos documentos; neta materna de Isabel Ferrão de
Castello-branco, neta de Alvaro Cardoso, descendente tambem d'esta familia dos
Cardosos; quarto neto o sup plicante pela sua varonia de Manuel Gil Frazão;
quinto neto de Marcos Gil, cavaleiro fi dalgo da casa real, e de sua mulher
Leonor Lopes Frazão; sexto neto de Brites Frazão; setimo neto de Diogo Nunes
Frazão; oitavo neto de Simão Martins Frazão; nono neto de Martim Frazão; decimo
neto de Ruy Frazão, cavalleiro fidalgo da casa real, alcaide-mór do castello de
Alcanede, e de sua mulher Branca Dias de Sousa, sobrinha do mestre de Aviz,
filha de Martinho de Sousa, fidalgo muito illustre d’esta familia. As armas dos
Frazões, Castellos-brancos, Cardosos, e Figueiredos. — Br. p. a 6 de abril de
1753. Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 52 v. (C. C.)
1510. JosÉ DE FIGUEIREDo E
LACERDA CAs TEL-BRANco, senhor da quinta de An ciães, couto do Banho, e natural
da villa de S. Pedro do Sul, concelho de Lafões, comarca de Viseu; filho de
Manuel de Figueiredo e Lacerda, e de sua mulher D. Maria Engracia de Chaves
Castel-branco; neto paterno de Manuel de Azevedo, e de D. Maria Antonia; e
materno de Alvaro Correa Cardoso, e de D. Maria Thereza de Chaves
Castel-branco. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Figueiredos, no segundo as dos Lacerdas, no terceiro as dos Azevedos, e no
quarto as dos Castel-brancos. — Br. p. a 16 de setembro de 1805. Reg, no Cart.
da N., liv. VII, fl. 97 v. • J (C. C.
1511. JosÉ FILIPPE DE MAGALHÃEs
TAVEIRA MoURÃo Mosqu EIRA, natural de Villa-real, filho do doutor Antonio José
Dias Mourão Mosqueira, ouvidor e corregedor de Villa-real, e de sua mulher D.
Marianna Thereza Bernarda de Magalhães Taveira; neto pela parte paterna do
capitão José Dias Mourão, e de sua mulher D. Maria Engracia Mos queira; e pela
materna de Domingos da Costa de Magalhães, e de sua mulher D. Quiteria Luiza,
com os mesmos ascendentes paternos e maternos que constavam da sentença. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Mourões, no segundo as
dos Mosqueiras, no terceiro as dos Magalhães, e no quarto as dos Taveiras. —
Br. p. a 11 de outubro de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 29. (C. C.)
1512. JosÉ DA FONSECA E SILVA,
bacharel formado na faculdade de leis pela Univer sidade de Coimbra, advogado
nos auditorios d’esta côrte, e do numero da Casa da supplica o velho, natural do
couto de Verride, termo, no Crime, da mesma villa de Monte-môr o ve lho,
comarca de Coimbra; filho do capitão Balthasar da Fonseca Marques da Silva, pro
prietario do dito oficio de escrivão dos Orphãos da villa de Monte-mór o velho;
neto do doutor Antonio Cardoso Seara, advogado que foi na referida villa, e de
Josepha da Fon seca, ele filho de João Cardoso, e ella filha natural de Antonio
Marques da Silva, paes tambem de D. Antonia da Cunha, mulher de Simão Carvalho
Soares, cavalleiro da ordem de Christo e governador que foi da praça de
Buarcos. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Cardosos, e na
segunda as dos Silvas. — Br. p. a 7 de dezembro de 1778. Reg. no Cart. da N.,
liv. II, fl. 171 V. (C. C.)
1513. JosÉ FRANCIS CO DE ASSIS
BARROS GO RJÁ O DE CARVALHO, tenente coronel do regimento de milicias da villa
de Torres-vedras, natural da quinta dos Chãos, fregue Zla de Santo Isidoro,
termo da villa de Mafra; filho do doutor José Antonio de Barros Gorjão, e de D.
Anna Gertrudes Rita de Carvalho; neto paterno do ajudante Nicolau de Barros
Costa, e de D. Thereza Josepha Gorjão; e materno do sargento-mór Manuel Dias de
Carvalho, e de D. Rita Severa Correa Salgado. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Barros, e na segunda as dos Carvalhos. — Br. p. a 24 de
junho de 1811. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 228. (C. C.)
1514. JosÉ FRANCIsco BARRA DAs
ZUZARTE, familiar do Santo Oficio, sargento mór da villa de Monforte, d’onde é
natural e morador; filho de Antonio Pereira Sousa, e de sua mulher Isabel
Zuzarte; neto paterno de Manuel Martins Pereira, e de sua mulher Brites Nunes
Dortealla; bisneto de Jacinto Pereira, e de Maria Ayres Barradas, bisavós que
tambem foram de Manuel Barradas de Jesus, que no anno de 1753 tirou brazão com
as armas dos Barradas e Pereiras; neto materno de Diogo Barradas de Almeida, e
de Sua mulher Catharina Zuzarte; bisneto de Gaspar Barradas Pesqueira, e de sua
mulher Brites de Almeida; terceiro neto de Diogo Affonso Pesqueira, e de sua
mulher Maior Gil Barradas, terceiros avós que tambem foram do doutor Diogo
Barradas Zuzarte, que no dito anno de 1753 tirou brazão com as armas dos
Barradas e Zuzartes; quarto neto de Catharina Barradas, e de seu marido
Sebastião Rodrigues do Valle, avós de Pedro Barra das Alvares, capitão-mór e
governador que foi da mesma villa, o qual na sua sepultura, que tem na
capela-mór do convento das religiosas da dita villa, tem esculpidas as armas
d’esta familia dos Barradas; quinto neto de André Barradas, e de sua mulher
Maria Fer nandes; e pela dita sua avó materna Catharina Zuzarte é bisneto de
Braz Alvares Zuzarte, e de sua mulher Anna Rodrigues; terceiro neto de Maria
Teixeira Zuzarte, e de seu ma rido Pedro Annes Alvares Cabreira; quarto neto de
Filippa Zuzarte, e de seu marido Gas par Teixeira; quinto neto de Isabel
Zuzarte, e de seu segundo marido Estevão Luiz Da vid; sexto neto de Nicolau
Zuzarte, que casou segundo uns com Dorothea de Mattos, filha de João de Mattos,
de Cabeço de Vide, e segundo outros com D. Leonor Soares, fi lha de João da
Silva, senhores que foram da quinta da Azinhaga; setimo neto de Gaspar Zuzarte,
commendador de Azeitão na Ordem de Sant'Iago, fidalgo da casa do Senhor rei D.
João II, alcaide-mór das villas de Aviz e Setubal, senhor da quinta de
Amarellos, e capitão-mór da armada que o dito rei mandou a primeira vez fazer a
fortaleza da Gra ciosa; oitavo neto de João Zuzarte, fidalgo muito honrado e
criado dos duques de Bra gança, alcaide-mór de Monforte, e de sua mulher Isabel
Fernandes, filha ou neta de Gil Fernandes, capitão que foi de Elvas no reinado
do senhor rei D. João I, cuja praça de fendeu valorosamente, o qual parece ser
filho de Gaspar Zuzarte, irmão de Rodrigo Zu zarte, progenitor dos Zuzartes de
Coimbra, e filhos ambos do conde Lizuarte, fidalgo inglez que passou a Portugal
com a rainha D. Filippa, mulher de el-rei D. João I, e neste reino fez assento,
onde foi o progenitor d’esta familia. As armas dos Pereiras, Barradas, e
Almeidas. — Br. p. a 6 de abril de 1756. Reg. no Cart. da N., liv. particular,
fl. 95 v. (C. C.)
1515. JosÉ FRANCIs Go DA CRUZ
ALAGôA, fidalgo da casa real, do conselho de Sua Magestade, e do da Fazenda
real, e thesoureiro-mór do real Erario, o qual fôra instituido e creado morgado
da Alagôa. O escudo das armas cortado em faxa; na primeira, em campo azul,
cinco estrellas de oiro de seis raios, postas em cruz; na segunda, uma alagôa
de prata; orla vermelha carregada de uma legenda : Nomem honor que meis. —Br.
p. a 25 de março de 1765. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv. 1, fl. 3. (C. C.)
1516. JosÉ FRANCISCO MACIEL
MoNTEIRO, bacharel formado na faculdade de leis, oppositor aos logares de
letras, natural da capitania de Pernambuco; filho de Antonio Francisco
Monteiro, professo na ordem de Christo, capitão-commandante dos auxiliares da
capitania de Pernambuco, thesoureiro deputado de duas direcções, da Companhia
geral, e da Alfandega da mesma cidade, e de sua mulher D. Joanna Ferreira
Maciel; neto pela parte paterna de Simão Luiz Monteiro de Paiva, e de sua
mulher D. Maria Francisca de Araujo; e pela materna de Braz Ferreira Maciel,
capitão das ordenanças da mesma ci dade, onde tambem serviu de juiz vereador da
camara, e de sua mulher D. Catharina Bernarda de Oliveira Govin. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Monteiros, e na segunda as dos Macieis.
— Br. p. a 2 de setembro de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 1. (C. C.)
1517. JosÉ FRANC1sco DE MoURA
PACHEco, vigario collado da parochial egreja do Divino Espirito Santo do Pau
d'Alho, bispado de Pernambuco; filho do presbytero secu lar Antonio Gomes
Pacheco, e de D. Maria de Brito de Faria; neto paterno do capitão Manuel da
Costa Gadelha, e de sua mulher D. Manuela Isabel de Barros Pacheco; sobri nho
pelo mesmo lado do reverendo Francisco Xavier da Costa Gadelha, a quem se pas
Sou brazão de armas a 12 de abril de 1797. Um escudo ovado e esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Albuquerques, no segundo as dos Costas, no
terceiro as dos Gomes, e no quarto as dos Pachecos. - Br. p. a 9 de maio de
1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 178. (C. C.)
1518. JosÉ FRANCIs Co DE PAULA
SERRA CORREA, assistente na côrte de Roma, na tural da villa de Serpa,
provincia do Alemtejo; filho do doutor Luiz Dias Correa, medico formado em
Coimbra, e de sua mulher D. Francisca de Paula Serra; neto paterno de Ma nuel
Rodrigues Mendes, e de sua mulher Marianna Luiza Correa; neto materno do dou
tor Manuel Rodrigues Serra Porto, e de sua mulher Antonia Ferreira. As armas
dos Correas e Serras. — Br. p. a 26 de fevereiro de 1760. Reg, no Cart. da N.,
liv. particular, fl. 126. (C. C.)
1519. JosÉ FRANCIsco PERNET,
professo na ordem de S. Bento de Aviz, capitão de mar e guerra das reaes
armadas; filho de Francisco Nicolau de Pernet, e de sua mulher D. Apolonia
Maria; neto por parte paterna de Paulo Sauvage, e de sua mulher Benta Pernet; e
por parte materna de Francisco Guilherme Pernet, e de sua mulher Antonia João
Jacques Sauvage de Pernet, escudeiro, que foi consul de França e da republica
de Genova na cidade de Faro, e bem assim primo legitimo de Geraldo Pernet,
consul que foi da se renissima Republica de Veneza na indicada cidade. • Um
escudo, e n'elle as armas do appellido de Pernet.—Br. p. a 2 de março de 1797.
Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 178. (C. C.)
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no segundo as dos Machados, no terceiro as dos Dutres, e no quarto as dos Lacerdas. — Br. p. a 7 de fevereiro de 1798. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 7 v. (C. C.)
1523. JosÉ DE FREITAS TEIXEIRA
EsPINOLA CASTEL-BRANCo, filho do doutor Mauricio José de Castel-branco Manuel,
e de sua mulher D. Maria Dionysia de Freitas e Mendonça; neto pela parte
paterna do doutor José Fernando da Costa Manuel, e de sua mulher D. Maria
Josepha Mendes de Castel-branco; e pela parte materna neto do ca pitão
Francisco de Abreu e Freitas, e de sua mulher D. Anna Joaquina de Freitas;
sexto neto pela mesma linha de Leonardo de Miranda Espinola a quem se passou
brazão de ar mas a 20 de maio de 1651; neto de Leão Espinola, moço fidalgo da
casa real; terceiro neto de Antonio Espinola a quem se passou brazão de armas
em 1519; setimo neto pela mesma linha materna de Gaspar Rodrigues Teixeira a
quem tambem se passou brazão de armas em 1535. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Castel-brancos, no se gundo as dos Freitas, no
terceiro as dos Teixeiras, e no quarto as dos Espinolas. —Br. p. a 3 de abril
de 1807. Reg, no Cart. da N., liv. VII, fl. 165. (C. C.)
1524. JosÉ FURTAD o D E MENDONÇA
PARADA E REB o RED o, natural d’esta cidade, e morador na villa de Alcantara,
provincia do Maranhão; filho de Manuel Furtado de Men donça, administrador dos
morgados do Rego nos suburbios d’esta cidade, e dos de Mon te-mór, na provincia
do Alemtejo, e de sua mulher D. Anna Ignez de Azevedo Barros; neto por parte
paterna de Antonio Furtado de Mendonça, tambem administrador dos di tos
morgados do Rego, cavalleiro da ordem de Christo, capitão de cavallaria, e
governador das ilhas de S. Thomé, e de sua mulher D. Josepha Catharina de
Reboredo Souto-maior; bisneto de Manuel Bicudo de Mendonça, professo na ordem
de Christo, desembargador dos Aggravos e do Senado de Lisboa; terceiro neto de
Matthias Bicudo de Mendonça, e de sua mulher D. Maria de Medeiros; quarto neto
de Diogo Nunes de Parada e Reboredo, capitão de infanteria, e commendador da
ordem de Sant'Iago, a quem se passou brazão de armas a 15 de maio de 1599, que
é neto materno de João de Azevedo Barros, caval leiro da ordem de Christo, e
desembargador da Casa da supplicação, e de sua mulher D. Maria Eugenia de
Sousa; bisneto de outro João de Azevedo Barros, cavaleiro da Or dem de Christo,
e oficial da Secretaria de Estado, e de sua mulher D. Maria Raposo. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Furtados de Mendonça, no segundo
as dos Reboredos, no terceiro as dos Azevedos, e no quarto as dos Barros. — Br.
p. a 30 de outubro de 1822. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 92. (C. C.)
1525. JosÉ GABRIEL FERNANDEs, do
conselho de Sua Magestade, cavaleiro da Or dem de Nossa Senhora da Conceição de
Villa-viçosa, e fidalgo cavaleiro da casa real. Br. p. por alvará de 4 de
janeiro de 1871. (M.N.) Reg, no Cart. da N., liv. x, fl. 132.—V. no I. H.
Bartholomeu dos Martyres.
1526. José GARCIA GALVÃO DE HAR o
FARINIA, filho de Diogo Garcia Galvão, e de D. Francisca Josepha Michaela de
Haro Farinha; neto pela parte materna de Rodrigo de Haro Farinha, fidalgo da
casa real; e bisneto de Pedro Sanches Farinha. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Sanches, nº Reg. no Cart. da N., liv.
II, fl. 164. (C. C.)
1527. JosÉ GoMEs PIREs, negociante
da praça de Lisboa, monteiro-mór e natural da Villa de Couto do Monteiro,
comarca de Viseu; filho de Manuel Pires, e de sua mulher Joanna Gomes; neto por
parte paterna de Simão Pires, e de sua mulher Maria Vaz; e pela materna do
capitão João, e de sua mulher D. Maria da Assumpção. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Ferreiras, no segundo as dos Ferrazes, no
terceiro as dos Gomes, e no quarto as dos Pereiras. — Br. p. a 5 de março de
1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 6. • (C. C.)
1528. José GoNÇALVES (D.), filho
de D. Afonso Gonçalves, e de D. Francisca Ba zan; neto pela parte paterna de D.
João Gonçalves Donelfo, e de D. Joanna Ramires; bis neto de D. Francisco
Gonçalves Donelfo, e de D. Isabel Ximenes; terceiro neto de Fran cisco
Gonçalves, e de Joanna de Valenzuela, naturaes que foram do logar da Alagoa de
Moraes, n’este reino de Portugal, d’onde passaram para o de Castella; o qual
Francisco Gonçalves era filho de Domingos Gonçalves, e de Isabel Fernandes. Um
escudo com as armas dos Gonçalves. — Br. p. a 15 de março de 1773. Reg. no
Cart. da N., liv. I, fl. 196. (C. C.)
1531. José GUILHERME DANTAS E ARAUJo,
monteiro-mór da villa dos Arcos de Val de vez, comarca de Vianna, morador nas
suas casas das Pedrosas; filho do bacharel José Antonio de Azevedo Pereira
d'Antas Monteiro, ex-corregedor da comarca de Valença do Minho, e corregedor
eleito do Civel da cidade, e de sua mulher D. Marianna Angelica Pereira da
Silva e Oliveira, da dita casa das Pedrosas; neto paterno do doutor José Luiz
de Azevedo Pereira, que serviu de juiz dos Orphãos da dita villa, e de sua
mulher D. Ma ria Victoria da Conceição Pereira d'Antas Monteiro e Araujo; neto
materno de Joaquim José Pereira da Silva, monteiro-mór que foi da mesma villa,
e de sua mulher D. Maxima Julia de Oliveira e Silva; a referida avó paterna do
supplicante D. Maria Victoria da COn ceição Pereira d'Antas Monteiro e Araujo,
e seus irmãos o reverendo Francisco Luiz d'An tas Monteiro, abbade de S.
Cypriano de Senhor Rey, e o reverendo Frei João da Nazareth foram filhos do
capitão João d'Antas Monteiro, e de sua mulher D. Perpetua Joaquina Pe reira de
Araujo; o capitão João d'Antas Monteiro serviu com muita distincção no reino de
Angola; o supplicante é egualmente descendente de Pedro Alvares d'Antas, e de
sua mu lher D. Violante Rodrigues de Araujo, senhores e moradores que foram na
sua antiga casa da Torre, da freguezia de Rio-frio; o qual Pedro Alvares
d'Antas era filho da casa-solar chamada o Paço d'Antas, na freguezia de
Rubiaem, concelho de Coura, e descendente de Mendo Affonso d'Antas, senhor do
Vimieiro e da dita casa do Paço d'Antas, e sua mulher D. Violante Rodrigues de
Araujo, era filha de Alvaro Rodrigues de Araujo, commendador de Rio-frio; neta
de Payo Rodrigues de Araujo, senhor de Sanfins e Panoyas, e da antiga
casa-solar de Araujo, e possuiu a mesma commenda. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Antas, e na segunda as dos Araujos. —Br. p. a 27 de março
de 1820. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 56 v. (C. C.)
1532. JosÉ GUILHERME DE LIMA, do
conselho de Sua Magestade, commendador das ordens de Christo, e de Carlos III
de Hespanha, e enviado extraordinario e ministro pleni potenciario junto da
côrte de Londres; filho de Guilherme Francisco Lima, cavalleiro pro fesso na
ordem de Christo, oficial-maior da contadoria da Junta dos juros dos reaes em
prestimos, e ajudante do contador geral da Contadoria do real Erario da
repartição da cidade, e de sua mulher D. Maria do Carmo Peregrina; neto paterno
de Antonio Fran cisco Lima, e de sua mulher D. Helena da Cruz Rodrigues; e
materno de Leandro Gomes Vieira, e de sua mulher D. Antonia Maria dos Anjos. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Limas, no segundo as dos
Gomes, no terceiro as dos Vieiras, e no quarto as dos Cruzes. — Br. p. a 18 de
ju nho de 1838. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 290. (C. C.)
1533. JosÉ HENRIQUEs SoA REs, cavaleiro da
ordem de Christo, e sargento-mór da brigada de campo das ordenanças da cidade
do Porto, natural da freguezia de S. Marti nho de Soalhaens; filho do
monteiro-mór Joaquim José Soares, e de D. Maria Margarida Soares; neto paterno
de José Soares da Matta, e de sua mulher D. Maria Soares; e ma terno de Antonio
da Silva Araujo, e de D. Maria Thereza do Rosario. Um escudo partido em pala;
na primeira as armas dos Soares, e na segunda as dos Araujos. — Br. p. a 16 de
junho de 1813. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 276. (C. C.)
1534. JosÉ HYPPOLITo CoTRIM DE
CARVALHO E MOURA, natural da villa de Azam buja, filho de José de Moura e
Azevedo, capitão da ordenança de Villa-franca de Xira, e de sua mulher Felicia
Josepha Cotrim de Carvalho; neto pela parte paterna de Simão de Moura e
Azevedo, e de sua mulher Maria da Conceição; neto pela parte materna de Ma nuel
Carvalho Leitão Cotrim, a quem se passou brazão de armas a 12 de fevereiro de
1727, e de sua mulher Jacinta Correa Cotrim. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Mouras, no segundo as dos Azevedos, no terceiro as dos
Cotrins, e no quarto as dos Carvalhos. — Br. p. a 22 de abril de 1797. Reg. no
Cart. da N., liv. V, fl. 190 v. (C. C.)
1535. JOSÉ IGNACIO DE ALMEIDA
MoNJARDINO, commendador da ordem de Christo, e secretario do Governo civil de
Angra do Heroismo; filho de Ignacio de Almeida Andrade Monjardino, cadete do
regimento de Lisboa, e de sua mulher D. Anna Claudina Maria do Carmo
Monjardino; neto pela parte paterna de João Gualberto Pinto de Moraes Sar
mento; e pela materna neto de José da Costa Xavier, e de sua mulher D. Quiteria
Rosa de Sant'Anna. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Almeidas, e na segunda as dos Andrades. — Br. p. a 23 de dezembro de 1865. Reg.
no Cart. da N., liv. IX, fl. 90 V. • (C. C.)
1536. JosÉ IGNACIO DE BARBOSA
CosTA E SILVA DE HER EDIA (Doutor), cavaleiro professo da ordem de Christo,
oppositor aos logares da magistratura, natural da cidade de Evora; filho de
Lourenço Francisco Barbosa, e de D. Luiza Thereza Angelica da Costa e Silva;
neto pela parte paterna de Manuel Francisco de Barbosa Heredia, e de D. Maria
da Encarnação Rodrigues; e pela materna de Alexandre da Costa, e de D. Maria
Josepha do Carmo Martins Mendes e Silva. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Barbosas, no segundo as dos Heredias, no terceiro as dos
Costas, e no quarto as dos Silvas. — Br. p. a 31 de ja neiro de 1780. Reg. no
Cart. da N., liv. II, fl. 223 v. (C. C.)
1537. JosÉ IGNACIO DE BRITo,
fidalgo cavaleiro da casa real, cavalleiro da ordem militar de S. Bento de
Aviz, tenente coronel do exercito do estado da India, e vogal do supremo
Conselho de justiça militar do dito estado; filho de Constantino José de Brito,
capitão dos voluntarios reaes de Pondá, e de sua mulher D. Luiza Maria Rosa de
Mello Sampaio; neto paterno de José Ignacio de Brito, marechal de campo dos
reaes exercitos, e de sua mulher D. Rita Ignacia de Sousa e Brito, e materno de
José Maria de Sampaio; sobrinho, por ser irmão de seu pae, de Luiz José de
Brito e Sousa, fidalgo cavalleiro da casa real, cavalleiro da ordem de S. Bento
de Aviz, sargento-mór de infanteria e gover nador da Bahia de Lourenço Marques,
a quem se passou brazão de armas a 24 de dezem bro de 1815. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Britos, no segundo as dos
Sousas, no terceiro as dos Mellos, e no quarto as dos Sampaios. — Br. p. a 20
de novembro de 1868. Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 113 v. (C. C.)
1538. José IGNACIO DA CUNHA, bacharel
formado pela Universidade de Coimbra, pro fesso na ordem de Christo, familiar
do Santo Oficio, e procurador fiscal do mesmo tri bunal na cidade de Olinda da
capitania de Pernambuco; filho do capitão Luiz da Cunha, e de sua mulher D.
Joanna Gomes de Moura, neto pela parte paterna de Gerardo Martins da Cunha, e
de sua mulher Anna Martins, e pela materna de Gonçalo de Cerqueira Villaça, e
de sua mulher D. Martha Gomes de Moura e Queiroz. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Cunhas, no segundo as dos Villaças, no terceiro
as dos Mouras, e no quarto as dos Queiroz, — Br. p. a 10 de julho de 1773. Reg,
no Cart. da N., liv. I, fl. 199. (C. C.)
1539. José IGNACIO DE LEMos E
CASTRO, cavaleiro da ordem de Christo, bacharel formado na Universidade de
Coimbra, e natural desta cidade; filho do doutor Manuel Antonio de Lemos e
Castro, cavaleiro professo na ordem de Christo, corregedor do Crime do
Bairro-alto de Lisboa, e de sua mulher D. Paula Caetana Josepha de Caminha;
neto paterno de Antonio de Lemos de Figueiredo Castel-branco Zagalo, cavalleiro
da Ordem de Christo, guarda-roupa do senhor rei D. Affonso VI, vereador de
Fronteira, e de sua mulher D. Luiza Ignez de Brito Pimentel, filha de André
Furtado de Mendonça; bisneto de Balthasar de Lemos e Castro, alferes-mór de
Estremoz, e de sua mulher D. Luiza de Figueiredo, filha de Luiz de Faria
Godinho, e de Isabel de Figueiredo de Castel-branco, filha de Antonio de
Figueiredo, que foi vereador em Estremoz; terceiro neto de Gaspar de Lemos
Zagalo, vereador e procurador em Côrtes que foi da villa de Estremoz, e de sua
mulher segunda D. Antonia da Costa; quarto neto de Leão de Lemos de Landim, e
de sua mulher D. Sebastiana Zagalo, filha de Gaspar Dias Zagalo, cavalleiro de
el-rei D. Manuel, filha de Ruy Dias Zagalo; neto de Diogo Gomes Zagalo, senhor
de villa Fer nando; e bisneto de Gomes Martins Zagalo; quinto neto de Lopo
Fernandes de Lemos, Mon forte, sexto avô do supplicante; neto materno do
desembargador José de Caminha Falcão, cavalleiro da ordem de Christo, e de sua
mulher D. Catharina Thereza Paris; bisneto do doutor Bartholomeu de Caminha,
procurador fiscal da Junta do commercio, que tirou bra zão de suas armas em
1664, e de sua mulher D. Catharina de Leão; terceiro neto do doutor Francisco
de Caminha da Costa, e de sua mulher Antonia de Miranda, filha de Francisco
Gomes, e de sua mulher Guiomar de Miranda; neto paterno de Diogo Gomes, e de
Anna Fernandes; neto materno de Diogo de Miranda, e de Violante Falcão; quarto
neto de Bento Garcia da Costa, e de sua mulher Guiomar de Caminha, filha de
Francisco de Caminha, e de Francisca da Costa, e neta de Alvaro de Caminha,
sexto avó do suppli Cante. As armas dos Lemos, Zagalos, Figueiredos, e
Caminhas. — Br. p. a 26 de agosto de 1757. Reg, no Cart. da N., liv.
particular, fl. 109. (C. C.)
1540. José IGNAcio DE OLIVEIRA
REBELLo, proprietario, filho de José Antonio de Oliveira Rebello, e de D. Luiza
Josepha Lopes de Oliveira Rebello; neto paterno de Ma nuel Dias de Oliveira
Rebello, e de sua mulher D. Sebastiana de Oliveira Rebello, e ma terno de
Manuel Lopes de Oliveira, e de sua mulher D. Josepha Maria de Oliveira, e le
gitimo descendente do padre José Teixeira, vigario de Nogoza, a quem se
concedeu brazão de armas a 20 de abril de 1745, assim como do instituidor da
capella de Nossa Senhora da villa de Granja do Thedo, concelho de S. Cosmado,
da comarca de Taboaço, que ele hoje administra. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Rebellos, e na segunda as dos Oliveiras. — Br. p. a 7 de
junho de 1843. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. # V. (C. C.)
1541. JosÉ IGNACIO DA SILVEIRA
LEAL, professo na ordem de Christo, desembar gador da Relação, e Casa do Porto,
natural da villa de Borba, comarca de Villa-viçosa; filho do capitão Manuel
Mendes Leal, e de sua mulher D. Antonia Maria de Almeida da Silveira; neto pela
parte paterna de Manuel Lopes Leal, e de sua mulher D. Maria Men des de
Sequeira; neto pela parte materna de João Gomes de Almeida, e de sua mulher D.
Ignez Rodrigues da Silveira, sendo o pae da supplicante, primo em segundo grau
de consanguinidade de D. Vicente Leal da Gama, bispo deão que foi da real
capella de Villa viçosa, sendo egualmente a mãe do supplicante prima em
terceiro grau de consanguini dade de Filippe Lobo da Silveira, fidalgo da casa
real. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos
Mendes, no segundo as dos Leaes, e no terceiro as dos Silveiras. — Br. p. a 13
de maio de 1795. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 52. (C. C.)
1542. JosÉ IsIDoRo GUEDEs, do conselho
de Sua Magestade, fidalgo cavalleiro da casa real, par do reino, commendador da
ordem de Christo, e da de Nossa Senhora da Con ceição de Villa-viçosa, provedor
do Asylo da mendicidade, e caixa geral da Companhia do tabaco e sabão; filho de
José Bernardo Guedes, proprietario, e de sua mulher D. Maria Luiza do
Patrocinio Guedes; neto paterno de Manuel Guedes, e de sua mulher D. Maria
Joaquina de Oliveira Guedes, e materno de Luiz Pereira Ramalho, e de sua mulher
D. Maria Luiza Ramalho. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Guedes, no segundo as dos Pereiras, no terceiro as dos Oliveiras, e no
quarto as dos Ramalhos. — Br. p. a 28 de agosto de 1855. Reg, no Cart. da N.,
liv. IX, fl. 3. (C. C.)
1543. José JACINTo PEREIRA,
alferes de dragões do Rio-grande; filho do tenente de dragões Manuel Pereira
Roris, e de sua mulher D. Brigida Antonia de Oliveira; neto pa terno de
Domingos Pereira Roris, e de sua mulher D. Maria Dias; neto materno de Anto nio
de Sousa Fernando, e de sua mulher D. Apolonia de Oliveira, sendo o mesmo
suppli cante por parte materna primo irmão do falecido brigadeiro Raphael Pinto
Bandeira, primo segundo do actual coronel do regimento da legião do Rio-grande
Manuel Marques de Sousa. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Pereiras, na segunda as dos Oliveiras. — Br. p. a 15 de janeiro de 1800. Reg.
no Cart. N., liv. VI, fl. 116. (C. C.)
1544. José JANUARIo Do REGo
ARANHA (Capitão), familiar do Santo Oficio, filho de Domingos Vaz Rego de Leão,
natural da villa de Campo-maior, e de sua mulher Isabel Maria Aranha, irmã do
bispo de Pernambuco D. Francisco Xavier Aranha; neto pela parte paterna de João
Baptista, e de Beatriz Gonçalves, e pela materna de Francisco Fernandes Aranha,
e de sua mulher Maria Martins. Um escudo partido em pala; na primeira as armas
dos Regos, na segunda as dos Aranhas. — Br. p. a 21 de janeiro de 1772, Reg, no
Cart. da N., liv. I, fl. 168. (C. C.)
1545. JosÉ JERoNYM o DA GAMA Lobo
PIMENTEL, tenente coronel do regimento de milicias de Villa-viçosa, filho de
Francisco Cosme Varella Cardoso da Gama Lobo, superin tendente das caudelarias
da comarca de Aviz, e de sua mulher D. Thereza Joaquina Alves Botelho; neto
paterno de Jeronymo José da Gama Lobo, capitão-mór da villa de Aviz, e de sua
mulher D. Jeronyma Josepha Rita de Braga Caldeira; bisneto de Francisco Cosme
da Gama Lobo, e de sua mulher D. Angela Isabel Caetana Pacheco e Sá, sendo a
referida sua avó paterna filha de João de Lemos Zagal de Carvalhal, e de sua
mulher D. Luiza Zagal de Carvalhal, filha de João de Lemos Zagal de Carvalhal,
e de sua mulher Isabel Cabeça; neto materno de Manuel Rozado Alves, e de D.
Catharina Maria Botelho. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Varellas, no segundo as dos Lobos, no terceiro as dos Gamas, e no quarto as
dos Cardosos. —Br. p. a 6 de agosto de 1814. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl.
294 v. (C. C.)
1548. José JoÃo MoNTEIRo, natural
e morador na aldea de Candalim, provincia de Bardes, nos estados da India;
filho de Diogo Monteiro, e de sua mulher Anna Senhorinha; neto por parte
paterna de Simão Monteiro, e de sua mulher Thomazia de Sá; bisneto de Diogo
Monteiro de Sousa, e de sua mulher Catharina de Noronha; neto por parte materna
de Antonio Nicolau Gomes, e de sua mulher Joanna Mendes Monteiro; bisneto de
Pedro Gomes, e de sua mulher Aurelia Correa. Um escudo, e n'elle as armas dos
Monteiros. — Br. p. a 27 de fevereiro de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VI,
fl. 193 v. • (C. C.)
1549. José JoÃo MoNTEIRo, natural
da aldea de Candolim, provincia de Bardes, nos estados da India; filho de Diogo
Monteiro, e de sua mulher D. Anna Senhorinha; neto paterno de Simão Monteiro, e
de sua mulher D. Thomazia de Sá; bisneto de Diogo Mon teiro de Sousa, e de sua
mulher D. Catharina de Noronha; neto materno de Antonio Ni colau Gomes, e de
sua mulher D. Joanna Mendes Monteiro; bisneto de Pedro Gomes, e de sua mulher
D. Aurelia Correa. Um escudo com as armas dos Monteiros — Br. p. a 9 de
dezembro de 1803. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 46. (C. C.)
1550. José JoÃo TEIXEIRA
(Doutor), juiz de fóra da villa do Conde, e intendente do oiro nas minas de
Oiro-preto, natural da villa de Monção, comarca de Vianna; filho do doutor
Pedro Esteves Teixeira, e de sua mulher D. Francisca dos Santos Teixeira, mora
dores que foram na sua quinta da Lavadeira, freguezia e termo da villa de
Monção; neto pela parte paterna de Lourenço Esteves, e de sua mulher Magdalena
Teixeira; e por esta parte bisneto de Antonio Coelho Teixeira, fidalgo da casa
real, senhor do morgado de Fal perra, em Braga, o qual era filho de Luiz
Teixeira Coelho, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Joanna Pereira,
senhora do dito morgado, que era filha de Antonio Pereira do Lago, tambem
fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Luiza de Mello, e do dito Luiz
Teixeira Coelho, que foi filho de Gonçalo Teixeira Coelho, senhor de Teixeira.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Teixeiras, no segundo
as dos Coelhos, no terceiro as dos Felgueiras, no quarto as dos Mellos. — Br.
p. a 19 de maio de 1770. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 126. • • • (C. C.)
1552. JosÉ JOAQUIM DE ALMEIDA E
ARAUJO, natural da cidade de Lisboa, filho de Antonio de Almeida Roris, e de
sua mulher D. Anna Thereza de Araujo; neto pela parte paterna de Antonio de
Almeida, e de D. Joanna Martins; e pela materna do capitão de mar e guerra
Antonio Martins de Araujo, e de D. Maria Magdalena Soares. Um escudo com as
armas dos Almeidas. — Br. p. a 11 de outubro de 1786. Reg. no Cart. da N., liv.
III, fl. 242. (C, C.)
1553. JosÉ JoAQUIM DE ALMEIDA
MOURA CovTINHO, natural da cidade do Porto, do conselho de Sua Magestade,
fidalgo cavalleiro da casa real, cavaleiro da antiga e muito nobre ordem da
Torre e Espada do valor, lealdade e merito, juiz da Relação da cidade de
Lisboa, e deputado ás Côrtes; filho de José Joaquim de Almeida Coutinho,
guarda-mór do Senado da camara da cidade do Porto, e de sua mulher D. Rosa
Joaquina de Lima Xa vier; neto paterno de Francisco Diogo de Moura Coutinho,
senhor da casa de Borba da Lixa, uma das mais distinctas da província do Minho,
e de sua mulher D. Thereza Rosa de Almeida; e materno de Antonio José Xavier
Monteiro, procurador da Casa do infan tado, e de D. Maria Joaquina Xavier. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Coutinhos, no segundo as
dos Limas, no terceiro as dos Mouras, e no quarto as dos Monteiros. — Br. p. a
8 de janeiro de 1845. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 321. (C. C.)
1554. José JoAQUIM ANTUNEs LEAL
CASTELLO-BRANCO, morador no logar do Te lhado, termo da villa do Fundão; filho
do capitão José dos Santos Leal, e de sua mulher D. Rosalia Mendes Barata
Castello-branco; neto pela parte paterna do alferes José dos Santos Leal, e de
sua mulher D. Maria Antunes; e pela materna de Domingos Barata Preto, e de sua
mulher D. Isabel Mendes Castello-branco. Um escudo partido em pala; na primeira
as armas dos Leaes, e na segunda as dos Castello-brancos. — Br. p. a 5 de
janeiro de 1781. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 258 v. (C. C.)
1555. JosÉ JOAQUIM DE AZEVEDO
REYNAUD DE SAMPAIO, natural da cidade de Lis boa, filho de José Luiz Reynaud,
cavalleiro professo na ordem de Christo, e de sua mu lher D. Ignacia Caetana de
Sampaio; neto de Manuel de Azevedo de Sampaio, e de sua mulher Thereza Maria da
Guerra; bisneto de Francisco de Azevedo de Sampaio, furriel mór que foi do
castello de S. Jorge d'esta cidade, e de sua mulher Domingas Ferreira; terceiro
neto de Francisco de Sampaio e Azevedo, que teve o mesmo posto. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Sampaios, e na segunda as dos
Azevedos. — Br. p. a 22 de julho de 1773. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 202
v. (C. C.)
1556. JosÉ JoAQUIM CURvo SEMMEDo,
natural d’esta cidade de Lisboa, filho de An tonio Felix Curvo Semmedo, e de D.
Luiza Bernarda Josepha de Faria; neto pela parte paterna de Pedro Joaquim Curvo
Semmedo, e de D. Maria Josepha Granate; e pela ma terna de Manuel de Faria, e
de D. Josepha Maria. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Curvos, e na segunda as dos Farias. — Br. p. a 21 de setembro de 1778. Reg. no
Cart. da N., liv. II, fl. 168. (C. C.)
1557. José JoAQUIM FERREIRA
SoARES DE ARAUJo, cavaleiro da ordem de San tiago, natural da cidade de Braga;
filho de Bento Luiz Ferreira, e de sua mulher D. Jo Sepha de Araujo; neto pela
parte paterna de Domingos Fernandes Ferreira, e de sua mu Marianna S0areS. Um
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Ferreiras, no
segundo as dos Araujos, e no terceiro as dos Soares de Albergaria. — Br. p. a 8
de feve reiro de 1783. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 85. • • (C. C.)
Um
escudo com as armas dos Machados. — Br. p. a 7 de maio de 1813. Reg. no Cart.
da N., liv. VII, fl. 273 v, (C. C.)
1558. José JoAQUIM GoMES DE
CASTRO, do conselho de Sua Magestade, fidalgo ca valeiro da casa real,
commendador da Ordem de Christo, cavaleiro das ordens da Torre e Espada, e de
numero da de Carlos III de Hespanha, e ministro e secretario de estado dos
Negocios estrangeiros; filho de João Antonio Gomes de Castro, sargento-mór das
or denanças, e de sua mulher D. Catharina Gomes da Silva; neto paterno de
Custodio Go mes de Castro, e de sua mulher D. Maria Gomes de Castro, e materno
de Domingos Go mes da Silva, e de sua mulher D. Anna Gomes da Silva, Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Gomes, e na segunda as dos Castros. —
Br. p. a 6 de fevereiro de 1843. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 306. (C.
C.)
1560. José JoAQUIM PEREIRA Jo
RDÃo, natural da Granja, termo da villa de Alijó, comarca de Villa-real: filho
de Antonio Rodrigues Jordão, e de D. Marianna Marques Pe reira; neto paterno de
Manuel Rodrigues Jordão, e de D. Engracia Coutinho, e materno de João Marques
Pereira, e de D. Brigida Alvares. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto
quarteis as armas dos Rodrigues, no segundo as dos Marques, e no terceiro as
dos Pereiras. — Br. p. a 24 de janeiro de 1826. Reg, no Cart. da N., liv. VIII,
fl. 177 v. (C. C.)
1561. JosÉ JOAQUIM PEREIRA DA SILVA,
monteiro-mór do concelho de Freixedo, co marca de Viseu, morador no logar de
Mandufe, concelho de Besteiros da dita comarca; filho de João Rodrigues Pereira
da Silva, capitão de infanteria auxiliar no terço da co marca de Aveiro, e de
sua mulher D. Francisca Maria da Silva; neto pela parte paterna de Christovão
Rodrigues Pereira, e de sua mulher D. Francisca Pereira da Silva; e pela
materna de Manuel Antonio de Jesus Gomes, e de sua mulher D. Josepha Maria
Pereira. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Rodrigues, no
segundo as dos Pereiras, no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos
Rodrigues. — Br. p. a 7 de agosto de 1786. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 230.
(C. C.)
1562. JosÉ JOAQUIM DE PONTES,
filho de Alberto de Pontes, e de sua mulher D. Qui teria Maria; neto paterno de
André da Ponte, e de D. Anna da Ponte, e materno de Fran cisco Xavier, e de D.
Maria Francisca. • Um escudo, e n'elle as armas dos Pontes. — Br. p. a 13 de
março de 1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 167. (C. C.)
1563. José JoAQUIM DE QUEIRoz
ARGoLo, alferes cadete do regimento da guarnição da cidade da Bahia, filho de
Paulo de Argolo, cavaleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Leonor
Antonia de Queiroz; neto pela parte paterna de outro Paulo de Argolo tambem
cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Ignez de Gusmão; e pela ma
terna neto de Antonio Gonçalves da Rocha, cavaleiro professo na ordem de
Christo, ca pitão que foi da fortaleza de Itaparica, a qual reedificou á sua
custa, e de sua mulher D. Luiza de Queir0z. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Argolos, no segundo as dos Queirozes, no terceiro as dos
Gusmões, e no quarto as dos Rochas. — Br. p. a 21 de fevereiro de 1780. Reg, no
Cart. da N., liv. II, fl. 231. (C. C.)
1564. JOSÉ JOAQUIM SALEMA DE
ANDRADE GUERREIRO DE ABOIM, natural e mora dor na villa de Sant'Iago do Cassem,
comarca de Campo de Ourique, cavalleiro professo na ordem de Christo, e
ex-capitão-mór das ordenanças da dita villa, senhor e administra dor da antiga
casa de Espargoza, e dos morgados d’ella; filho de José Joaquim Salema de
Andrade, capitão-mór das ordenanças da dita villa, e de sua mulher D. Maria
Perpetua de Aboim Guerreiro; neto paterno de André Ascenso Salema, tambem
capitão-mór das ordenanças da mesma villa, e de sua mulher D. Luiza Angelica
Villa Lobos e Vasconcel los; bisneto de André Ascenso Raposo, egualmente
capitão-mór da referida Villa; neto materno de João Camacho Guerreiro de Aboim,
capitão-mór e governador que foi da praça de Mertola, senhor e administrador da
referida casa de Espargoza, e de seus mor gados; terneiro neto de Affonso
Guerreiro de Aboim, capitão-mór das ordenanças de Campo de Ourique, a quem se
passou brazão de armas a 30 de julho de 1665, no rei nado do senhor rei D.
Affonso VI. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Salemas,
no segundo as dos Camachos, no terceiro as dos Guerreiros, e no quarto as dos
Aboins, — Br. p. a 13 de outubro de 1824. Reg, no Cart. da N., liv. VIII, fl.
116 v. A> (C. C.)
1565. José JoAQUIM DA SILVA,
secretario do governo das ilhas dos Açores, e comman dante do forte do Bom
Jesus do districto da villa de S. Sebastião da ilha Terceira, natu ral de
Lisboa; filho de Manuel da Silva, e de sua mulher D. Luiza Paulina; neto pela
parte paterna de Fernando da Silva, e de sua mulher D. Ignacia de Oliveira;
neto pela Pe Tell"3. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Silvas, no segundo as dos Cardosos, no terceiro as dos Oliveiras, e no
quarto as dos Pereiras. — Br. p. a 10 de abril de 1795. Reg. no Cart. da N.,
liv. V, fl. 44 v. (C. C.)
1566. JOSÉ JOAQUIM TABORDA DE
NEGREIROS GIR ALDES, natural de Valle de Pra zeres, filho de Thomé Taborda de
Negreiros, cavalleiro da ordem de Christo, e de sua mulher D. Maria Ricacha
Giraldes; neto pela parte paterna do sargento-mór João Rodri gues Taborda de
Negreiros, e de sua mulher D. Margarida Luiza Zarafana; bisneto do capitão João
Rodrigues Taborda de Negreiros, e de sua mulher Catharina Vaz Zarafana, e
terceiro neto de Estevão Rodrigues Taborda, filho de Estevão Gonçalves Taborda
Ne greiros, fidalgo da casa real, e neto de Bento Taborda de Negreiros,
cavalleiro da ordem de Christo, que teve o mesmo foro, descendente de Garcia
Rodrigues Taborda, fidalgo gallego, senhor que foi do solar dos Tabordas,
n'aquele reino, e de quem procedem to dos os Tabordas de Portugal: e pela parte
materna neto de Leão Rodrigues Cinza, e de sua mulher D. Porcia de Oliveira
Ricacha Giraldes, filha de Antonio de Oliveira, cavalleiro da ordem de Christo,
sargento-mór da infanteria. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Tabordas, no segundo as Negreiros, no terceiro as dos Giraldes, e no
quarto as dos Oliveiras. — Br. p. a 4 de maio de 1776. Reg, no Cart. da N.,
liv. II, fl. 95. (C. C.)
1568. José JoAQUIM VAZ PINTO,
natural de Villa-marim, termo de Villa-real, filho de José Luiz Pinto de
Mattos, e de sua mulher D. Maria Thereza; neto paterno de João Pinto Rebello, e
de sua mulher D. Marianna de Mattos; e materno de Caetano Guedes, e de sua
mulher D. Veronica da Conceição; sendo tambem descendente de Gonçalo Vaz de
Carvalho, o moço. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pintos, e
na segunda as dos Vazes. — Br. p. a 14 de março de 1818. Reg, no Cart. da N.,
liv. VII, fl. 392. (C. C.)
1569. JosÉ JOAQUIM DE VIAMONTE,
barão de Viamonte da Boa-vista, coronel das ex tinctas milicias; filho de José
Dias de Oliveira Viamonte, e de sua mulher D. Thereza Fer nandes de Menezes; neto
paterno de Pedro Dias de Oliveira, e de sua mulher D. Joanna Maria Alves; e
materno de Manuel Joaquim da Cunha Menezes, e de sua mulher D. Luiza Fernandes
de Menezes. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Dias, no
segundo as dos Oliveiras, no terceiro as dos Cunhas, e no quarto as dos
Fernandes, — Br. p. a 17 de fe vereiro de 1849. Reg. no Cart. da N., liv. VIII,
fl. 342. C (C. C.)
1570. JosÉ JoAQUIM VIEIRA,
bacharel formado em direito, moço fidalgo com exerci cio na casa real, commendador
da Ordem de Christo, cavaleiro da Ordem de Nossa Se nhora da Conceição de
Villa-viçosa, e secretario do Governo civil do districto de Braga; filho de
José Joaquim Vieira, e de sua mulher D. Maria Emilia Vieira Coelho; neto pa
terno de José Joaquim Vieira, e de sua mulher D. Agueda de Barreiros Vieira; e
materno de João José Coelho, e de sua mulher D. Custodia Maria Vieira. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Vieiras, e na segunda as dos
Coelhos. — Br. p. em janeiro de 1864. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 62 v.
C (C. C.)
1572.
JOSÉ LEÃO DURMONDO E VASCONCELLOS,
natural da cidade do Funchal, ilha da Madeira; filho de José Rodrigues Martins,
e de sua mulher D. Maria Francisca Dur mondo, filha de Gregorio Ferreira
Durmondo Novaes, filho de Diogo Ferreira de Novaes Durmondo, e de sua mulher D.
Maria de Ornellas e Vasconcellos; neto pela parte paterna de Francisco Durmondo
de Novaes, que era terceiro neto de Belchior Gonçalves Ferreira, e de sua
mulher Branca Affonso Durmondo, ele descendente dos Ferreiras, porteiros-mó res
que foram neste reino, e ella dos senhores de Escobar, no reino de Escocia; e
pela materna era o mesmo Gregorio Ferreira Durmondo Novaes neto de Gaspar de
Abreu, bis neto de Diogo de Ornellas e Vasconcellos, bisneto este tambem de
Alvaro de Ornellas Sá vedra, a quem se passou brazão de armas no rnno de 1513.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Ferreiras, no segundo
as dos Durmondos, no terceiro as dos Ornellas, e no quarto as dos Vasconcellos.
— Br. p. a 18 de julho de 1770. Reg, no Cart. da N., liv. I, fl. 133. C.) (C.
C.
1573. JosÉ LEANDRo DA SILVA E
SousA, do conselho de Sua Magestade, cavaleiro professo na ordem de Christo,
fidalgo cavaleiro da casa real, membro do Supremo Tri bunal de justiça; filho
de Camillo José da Silva, desembargador da extincta Casa da Sup plicação, e de
sua mulher D. Thereza Ignacia de Sousa; neto paterno de José Pereira da Silva,
e de sua mulher D. Josepha da Silva; e materno de Antonio Gonçalves Ferreira, e
de sua mulher D. Maria Joanna de Sousa. Um escudo partido em pala; na primeira
as armas dos Silvas, e na segunda as dos Sousas. —Br. p. a 19 de julho de 1834.
Reg, no Cart. da N., liv. VIII, fl. # a) (C. C. comarca de Valença; filho do
capitão Luiz da Rocha Marinho, e de sua mulher D. Luiza Leite Pitta; neto pela
parte paterna de José da Rocha, e de sua mulher D. Thereza Marinho; e pela
materna neto de Fernando Leite Pitta, fidalgo da casa real, e de Paschoa
Affonso. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Marinhos, e na
segunda as dos Pittas. — Br. p. a 5 de junho de 1779. Reg. no Cart. da N., liv.
II, fl. 190 v. (C. C.)
1574. JosÉ LEITE PITTA FALCÃo
MARINHo (Capitão), da villa de Caminha, comarca de Valença; filho do capitão
Luiz da Rocha Marinho, e de sua mulher D. Luiza Leite Pitta; neto pela parte
paterna de José da Rocha, e de sua mulher D. Thereza Marinho; e pela materna
neto de Fernando Leite Pitta, fidalgo da casa real, e de Paschoa Affonso. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Marinhos, e na segunda as dos
Pittas. — Br. p. a 5 de junho de 1779. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 190 v.
(C. C.)
1575. JosÉ Lobo D E MACED o
PEREIRA, fidalgo da casa real por alvará de 24 de se tembro de 1721, natural da
villa de Arruda; filho de José Lobo Pereira, fidalgo da casa real, e de sua
mulher D. Bernarda de Macedo: neto paterno de João de Macedo Pereira Leitão,
capitão-mór da dita villa; bisneto de Lucas Lobo, a quem se passou brazão dos
Lobos em 1 de setembro de 1616; terceiro neto de Antonio Lobo; quarto neto de
Fran cisco Dias Lobo, descendente legitimo por varonia de Ruy Dias Lobo, senhor
das villas de Alvito, Villa-nova e Mira. As armas dos Lobos, e Macedos. — Br.
p. a 9 de março de 1759. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 120 v. (C.
C.)
1576. JosÉ LoPEs VAZ DE ALMEIDA,
sargento-mór reformado, filho de Manuel Vaz, e de sua mulher D. Joanna Lopes;
neto por parte paterna de José Vaz, e de D. Innocen cia de Almeida; e pela
materna neto de Thomé Rodrigues, e de sua mulher D. Maria Lopes. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Vazes, e na segunda as dos Almeidas.
— Br. p. a 3 de fevereiro de 1819. Reg. no Cart. da N., liv. """
29 V. (C. C.)
1578. José Lou RENÇO DE SEQUEIRA,
filho de Joaquim José de Sequeira, professo na ordem de Christo, e de D. Anna
Barbara da Silveira Macedo; neto pela parte paterna de Antonio José de
Sequeira, e de D. Luiza Thereza Fiuza; bisneto de Bernardino da Silva Sequeira,
e de D. Josepha Maria de Miranda. Um escudo partido em pala; na primeira as
armas dos Silvas, e na segunda as dos Sequeiras. — Br. p. a 3 de junho de 1799.
Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. º. J (C. C.
1579. José Lou RENço DA SILVA,
sargento-mór commandante da ilha do Fogo, filho de Domingos da Silva Guimarães,
e de sua mulher D. Clara Magdalena de Jesus e Sousa; neto pela parte paterna de
Domingos Fernandes da Silva, e de D. Maria da Silva Bittencourt; e pela parte
materna neto de João Gonçalves, e de D. Francisca Thereza de Sousa. Um escudo
esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Silvas, no se gundo as
dos Gonçalves, e no terceiro as dos Bittencourts, — Br. p. a 9 de fevereiro de
1801. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 162. (C. C.)
1580. JosÉ LUIZ CERQUEIRA DE
LEMos, natural da Villa de Barcellos, filho de Ma nuel Francisco Cerqueira, e
de sua mulher Josepha Thereza Pereira; neto paterno de Lou renço Francisco, e
de sua mulher Maria Alves; bisneto de outro Lourenço Francisco, e de sua mulher
Maria Rodrigues; bisneto egualmente por sua avó Maria Alves de Mathias Alves, e
de sua mulher Domingas Rodrigues; terceiro neto de Domingos Alves, e de sua
mulher Ignez Peres; neto materno de Domingos Pereira, e de sua mulher Maria Cor
rea, filha de Francisco Carvalho, e de sua mulher Maria de Lemos, da casa e
familia dos Lemos, da freguezia de Barcellinhos; bisneto de Manuel Pereira, e
de sua mulher Maria Francisca. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto
quarteis as armas dos Rodrigues, no segundo as dos Pereiras, e no terceiro as
dos Lemos. — Br. p. a 23 de julho de 1825. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl.
152 v. (C. C.)
1581. JosÉ LUIZ DE MAGALHÃES E
MENEZEs D E CARVALHo (Desembargador), ca valeiro professo na ordem de Christo,
natural de Villa-real; filho de Antonio José de Ma galhães Correa Pimentel, e
de sua mulher D. Francisca de Magalhães Correa; bisneto pela sua varonia de
Thomé de Magalhães e Menezes; terceiro neto de Gaspar de Magalhães, que era
quarto neto por legitima varonia de Ruy de Magalhães, alcaide-mór de Aveiro,
dos Magalhães, senhores da villa de Ponte de Barca e de Nobrega, e de sua
mulher D. Alda de Mesquita, que era neta de João Affonso Pimentel, conde de
Benavente, em Castella; e pela sua avó D. Francisca de Magalhães Correa se
mostrava ser o supplicante bisneto de Francisco de Mesquita Pimentel, e de sua
mulher D. Catharina Correa de Magalhães, filha de Antonio de Magalhães Barbosa,
morgado de Sabroso, que era neto de Antonio de Magalhães e Sousa, instituidor
do dito morgado; terceiro neto o mesmo supplicante de Pedro de Niza Mesquita
Pimentel; quarto neto de Outro do mesmo nome, senhor da casa de Lordello, o
qual foi filho de Ruy de Niza de Mesquita, e de sua mulher D. Anna Co ronel,
elle filho de Pedro de Niza, escudeiro da casa do senhor rei D. João II, e neto
de Fernão de Niza, almoxarife de Villa-real do senhor rei D. Afonso v, que teve
a investi tidura do prazo de Lordello, e de sua mulher D. Isabel de Mesquita
Pimentel, descen dente por outra linha do referido João Afonso Pimentel, conde
de Benavente, e ela filha de D. Francisco Coronel, fidalgo aragonez, irmão do
Protonotario D. Pedro de Castro, fun dador das egrejas de S. Pedro o velho, e
da Misericordia da mesma Villa-real. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Magalhães, no segundo as dos Sousas, no terceiro as dos
Mesquitas, e no quarto as dos Pimenteis.—Br. p. a 12 março de 1790. Reg. no
Cart. da N., liv. IV, fl. 150. (C. C.).
1583. JosÉ LUIZ DA RocIIA,
capitão de infanteria do terço auxiliar da cidade de S. Luiz do Maranhão; filho
natural de João de Araujo da Camara, e de Silvana dos San tos Martins; neto
pela parte paterna de Manuel de Araujo Cerveira, e pelo mesmo lado bisneto de
Domingos Cerveira Bayão. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Araujos, e na segunda as dos Cerveiras. — Br. p. a 20 de março de 1798. Reg. no
Cart. da N., liv. VI, fl. 12. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Almeidas, no segundo as
dos Machados, no terceiro as dos Farias, e no quarto as dos Cunhas. — Br. p. a
11 de junho de 1771. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 152. (C. C.)
1585.
JOSÉ DE MAGALHÃES RIBEIRO, familiar
do Santo Oficio, e seu irmão Antonio de Magalhães Basto, naturaes de Cabeceiras
de Basto, freguezia de Sant'Iago da Faya; filhos de José de Magalhães, e de sua
mulher Maria de Magalhães; netos paternos de João de Magalhães, e de sua mulher
Joanna Ribeiro; bisnetos de Simão Gonçalves, e de sua mulher Maria de
Magalhães; netos maternos de Antonio Ribeiro de Barros, e de sua mu lher
Senhorinha de Magalhães; bisnetos de Gregorio Francisco de Barros, e de sua
mulher Catharina Martins. As armas dos Magalhães, Gonçalves, Ribeiros, e
Barros. — Br. p. a 15 de março de 1753. Reg, no Cart. da N., liv. particular,
fl. 50 v. (C. C.)
1586. JosÉ MANUEL DO AMARAL E
CAMPos, familiar do Santo Oficio, e natural da Prova, concelho de Penedono,
comarca de Pinhel; filho de Miguel do Amaral, alferes de granadeiros da
guarnição da praça de Almeida, e de Marianna de Campos. As armas dos Amaraes,
Campos, Cabraes, e Pintos. — Br. p. a 9 de maio de 1754. Reg. no Cart. da N.,
liv. particular, fl. 73 v. • (C. C.)
1587. JosÉ MANUEL DE AMORIM
PIMENTEL, cavaleiro professo na ordem de San t'Iago, commissario de mostras do
exercito da provincia de Traz-os-montes; filho do ca pitão João de Araujo e Amorim
de Moraes, e de sua mulher D. Luiza Pereira Rocho; neto pela parte paterna de
Pedro de Moraes Pimentel, e de D. Maria de Araujo; bisneto de Domingos de
Moraes, e de D. Rita de Araujo; e pela materna neto de Gaspar Rodrigues de
Amorim, e de D. Domingas de Gamboa; bisneto de Antonio da Silva de Gamboa, e de
D. Joanna da Rosa Camello. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Moraes, no segundo as dos Pimenteis, no terceiro as dos Araujos, e no
quarto as dos Amorins. — Br. p. a 12 de março de 1778. Reg. no Cart. da N.,
liv. II, fl. 153. (C. C.)
1588. JosÉ MANUEL BARRosA DA
FRANÇA CoRTE-REAL, filho de João Manuel Bar bosa, e de sua mulher D. Ursula
Isabel da França Corte-real; neto paterno de Antonio Manuel Barbosa, e de sua
mulher D. Maria Cavalcante; e materno de João Pires Garcia, e de sua mulher D.
Maria Magdalena do Nascimento da França Corte-real. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Barbosas, no segundo as dos Franças, e
no terceiro as dos Cortes-reaes. — Br. p. a 8 de julho de 1807. Reg. no Cart.
da N., liv. VII, fl. 187. (G. C.)
1589. JosÉ MANUEL DE CARVALHO
NEGREIRos, capitão de infanteria com exercicio de engenheiro, natural d’esta
cidade de Lisboa; filho de Eugenio dos Santos de Carvalho, cavalleiro da ordem
de Christo, capitão de infanteria com exercicio de engenheiro, cidadão d’esta
cidade, e de sua mulher D. Francisca Thereza de Jesus Negreiros; neto pela
parte paterna de Antonio dos Santos de Carvalho, e de sua mulher D. Francisca
Maria de Car valho, filha legitima de Bernardo de Carvalho, e de D. Maria
Ramos, da villa de Aljubar rota; bisneto de Antonio de Carvalho, alferes de
cavallos, descendente das nobres familias dos Carvalhos, Ferreiras, Sás, e
Negreiros, deste reino, de que se passou brazão de ar mas em 1684; e pela parte
materna se mostrava tambem que é neto do sargento-mór de infanteria Manuel da
Costa Negreiros, e de sua mulher D. Thereza Maria de Jesus; e bis neto de José
da Costa Negreiros, deste reino. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto
quarteis as armas dos Carvalhos, no segundo as dos Ferreiras, no terceiro as
dos Sás. — Br. p. a 5 de abril de 1784. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 126
v. (C. C.)
1590. JosÉ MANUEL SE ABRA (Mestre
de campo), cavalleiro professo na ordem de Christo, e cavalleiro da casa real,
natural da cidade do Pará; filho de Caetano Rufino Sea bra, cidadão da mesma
cidade, natural de Lisboa, e de sua mulher D. Maria da Encarna ção; neto
paterno de Manuel Lopes Seabra, e de sua mulher D. Simoa Ursula Maria; e materno
de José da Costa Jordão, e de sua mulher D. Domingas do Evangelho. Um escudo
com as armas dos Seabras. — Br, p. a 17 de janeiro de 1804. Reg. no Cart. da
N., liv. VII, fl. 63. (C. C.)
1591. JosÉ MARCELINO DA CostA E
SÁ, visconde de S. Christovão, fidalgo caval leiro da casa real, commendador da
Ordem de Christo. Um escudo esquartelado com as armas que lhe foram concedidas
por alvará de 19 de maio de 1869. — Br. p. a 17 de junho de 1869. (M. N.) Reg.
no Cart. da N., liv. IX, fl. 122.—V. no I. H. S. Christovão. • (C. C.)
1592. JosÉ MARIA DE AGUILAR,
morador na côrte de Lisboa, filho de João Antonio de Aguilar, e de sua mulher
D. Joaquina Thereza da Costa e Silva; neto pela parte pa terna de D. Antonio
José Christovão de Aguilar, e de D. Maria Magdalena Rodrigues de Castro;
bisneto de D. Lourenço de Aguilar; e pela materna neto de Manuel da Costa, e de
D. Josepha da Silva. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Aguilares, no segundo as dos Castros, no terceiro as dos Costas, e no quarto as
dos Silvas. — Br. p. a 11 de maio de 1786. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl.
224. (C. C.)
1593. JOSÉ MARIA DE AGUILAR E CORDOVA,
cidadão da cidade de Lisboa, com carta passada pelo regio tribunal do
Desembargo do Paço; filho de D. João Antonio de Aguilar e Cordova, e de D.
Joaquina Thereza da Costa; neto paterno de D. José Antonio Christoval de
Aguilar e Cordova, e de D. Maria Magdalena Rodrigues de Castro; bisneto de D.
Lourenço de Aguilar e Cordova Soares e Figueiroa, e de D. Catharina de Aguaio; ter
de D. Catharina Fernandes de Cordova e Aguilar, terceira marqueza de Priego,
paes de D. Pe dro, quarto marquez do seu titulo, de D. Alonso, marquez de
Zelada, e de D. Lourenço; quarto neto de D. Lourenço Soares e Figueroa,
terceiro conde de Feria, e de D. Catha rina Fernandes de Cordova e Aguilar,
segunda marqueza de Priego, grande de Hespanha da primeira classe de grandeza,
a qual lhe foi concedida pelo emperador Carlos V a 22 de outubro de 1520, e
foram paes de D. Pedro, quarto conde de Feria, de D. Gomes, quinto conde de
successão, de D. Alonso Fernandes de Cordova e Aguilar, marquez de Villa
franca, e de D. Maria, duqueza de Arcos; quinto neto de D. Pedro Fernandes de
Cordova e Aguilar, primeiro marquez de Priego, grande de Hespanha de primeira
classe, decimo senhor da casa de Cordova, setimo da de Aguilar, e primeiro dos
estados de Montalvão, Montilha e outros, e de D. Elvira Henriques de Lima,
filho de D. Henrique Henriques, al mirante de Sicilia, e de sua mulher D. Maria
de Lima, paes de D. Catharina Fernandes de Cordova e Aguilar, segunda marqueza
de seu titulo, de D. Maria, mulher de D. Pedro de Avila, marquez de las Navas e
conde del Risco, e de D. Elvira, mulher de D. Pedro Fernandes Henrique, quarto
conde de Offorno; sexto neto de D. Alonso Fernandes de Cor dova e Aguilar,
sexto senhor de Aguilar, nono da casa de Cordova, do conselho dos reis
catholicos, alcaide de Alcalá la Real, de Antiquera, alcaide-mór de Cordova,
vice-rei de An daluzia, e rico-homem de Castella, e de D. Catharina Pacheco, filha
do mestre de Sant'Iago D. João Pacheco, marquez de Vilhena, duque de Escalona,
e de sua mulher D. Maria Portocarrero; e foram paes de D. Pedro, primeiro
marquez de Priego, D. Elvira, mulher de D. Fradique Henriques de Rivera,
primeiro marquez de Tarifa, e de D. Luiza, mulher de D. Luiz Mendes de Haro,
senhor del Carpio; setimo neto de D. Pedro Fernandes de Cordova e Aguilar,
oitavo senhor da casa de Cordova e quinto da casa de Aguilar, do con selho de
el-rei, seu estribeiro-mór, alcaide-mór de Cordova, alcaide de Alcalá la Real e
rico-homem de Castella, e de D. Elvira de Ferreira, filha de D. Pedro Nunes de
Ferreira, senhor de Pedrosa, e de sua mulher D. Branca Henriques, paes de D.
Alonso, de D. Gon çalo, e de D. Leonor, mulher de D. Martim Fernandes de
Cordova, senhor de Espejo; oitavo neto de D. Pedro Fernandes de Cordova e
Aguilar, sexto senhor da casa e estados de Cordova, terceiro da de Aguilar,
senhor de Montilha, Priego e outros estados, do con selho de el-rei, e de D.
Leonor de Arrelano, filha de Carlos de Arrelano, segundo senhor de los Cameros,
e de D. Constancia Sarmiento, sua mulher; e foram paes de D. Alonso Fernandes
de Cordova e Aguilar, que succedeu na casa de Cordova, e como primogenito foi
setimo senhor da casa de Cordova e quarto da de Aguilar, rico-homem de
Castella, e faleceu sem casar em o anno de 1441; de D. Pedro, que succedeu na
casa de Cordova, de D. Leonor, mulher de D. Martim Fernandes de Cordova, quarto
alcaide de los Donze les, e de D. Thereza, que casou com D. Perafem de Rivera,
adelantado-maior de Andalu zia; nono neto de D. Alonso Fernandes de Cordova e
Aguilar, quinto senhor da casa de Cordova, segundo da de Aguilar, rico-homem de
Castella, do conselho de el-rei D. João I, alcaide-mór de Alcalá la Real, e de
D. Thereza Venegas, irmã de D. Pedro Venegas, se nhor de Luque, filha de D.
Egas Venegas de Cordova, e de D. Beatriz Tolosam, e foram paes de D. Gonçalo
Fernandes de Cordova, e de D. Pedro; decimo neto de D. Gonçalo Fernandes de
Cordova e Aguilar, quarto senhor da casa de Cordova, meirinho-mór de Cor dova,
marechal de Castella, rico-homem dos reis D. Pedro e D. Henrique II, o qual lhe
fez mercê do senhorio e estado de Aguilar, de que foi primeiro senhor em 1369
para suc ceder em seus descendentes, por cuja razão juntou por orla ao escudo
das armas de Cor dova a aguia de côr preta coroada de oiro, antiga divisa da
casa de Aguilar, e de D. Ma ria Garcia Carrilho, filha de D. Pedro Rueier
Carrilho, senhor dos estados de Villaquiram, alferes-mór de el-rei D. Affonso,
e de D. Urraca Lasso de la Vega, sua mulher, paes de D. Pedro que faleceu sem
successão, de D. Alonso Fernandes de Cordova e Aguilar, que segue o tronco, de
D. Diogo Fernandes de Cordova, marechal de Castella, primeiro se nhor de Baena,
de D. Garcia Fernandes de Cordova, commendador maior de Castella, e mestre de
Sant'Iago, de D. Urraca Fernandes de Cordova, mulher de Misser Affonso Bo
canegra, terceiro senhor de Palma, de D. Leonor de Cordova, que casou com Ruy Gonçalves Mexia, senhor de la Guardia, e de D. Mencia de
Cordova, que casou com D. Pedro Venegas, segundo senhor de Luque; decimo
primeiro neto de D. Fernão Affonso de Cor dova, terceiro senhor da casa de
Cordova, e segundo de Canente, alcaide-mór de Cordova, rico-homem de Castella,
primeiro alcaide de los Donzeles, dignidade que conserva a casa de Cordova, e
de D. Urraca Gonçalves de Aguilar, filha de D. Gonçalo de Aguilar, rico homem e
senhor de Aguilar e outros estados, e de sua mulher D. Maria de Menezes, paes
de D. Alonso Fernandes de Cordova, que faleceu sem successão, e de D. Gonçalo
Fer nandes de Cordova, que succedeu na casa e tronco de varonia; decimo segundo
neto de D. Alonso Fernandes de Cordova, segundo senhor da casa de Cordova, e
primeiro de Canente e outros senhorios e estados, alcaide de Alcalá la Real,
alcaide-mór de Cordova, rico-homem e adelantado maior de la Frontera em 1307, e
de D. Thereza Ximenes de Gongora, filha de Luiz Bandoma de Gongora, senhor de
Zarza e Canaveral, e rico-homem, e de D. Ximena Yniguez, sua mulher, paes de D.
Fernão Alfonso de Cordova, que segue o tronco da casa, de D. Martim Alfonso de
Cordova, quinto senhor de Dos-hermanos, de D. Lopo Alfonso Fernandes de
Cordova, mestre da ordem de Alcantara, de D. Urraca de Cordova, que casou com
Garcia Melendes de Sotto-maior, senhor del Carpio e Iodar, de D. Maria de
Cordova que casou com Ruy Gonçalves Mexia, commendador maior de Leão, e de D.
Constança de Cordova, que casou com João Martins de Argote, senhor da casa do
seu appellido; decimo terceiro neto de Nuno Fernandes de Cordova, primeiro
senhor da casa de Cordova, e terceiro de Dos-hermanos, alcaide-mór de Cordova,
e de D. Maria de Formozilha, filha de João Martins de Formozilha, paes de D.
Alonso Fernandes de Cor dova, que segue o tronco da varonia, de D. Joanna de
Cordova, que casou com Fernão Yniguez de Carcomo, de D. Maria de Cordova, que
casou com D. Antonio de Sousa, se nhor de la Vega, e de D. Leonor de Cordova,
que casou com D. Alonso Peres de Save dra, alcaide de Baena; decimo quarto neto
de D. Fernão Nunes de Temes, que pela con quista de Cordova tomou o appelido de
Cordova que tem seguido e usado os seus des cendentes e por tal lhe foram dados
por armas tres fachos saguinhos em campo de oiro, como ganhadores e vencedores
na conquista de Cordova, fazendo certo, segundo os es criptores da casa de
Cordova e outros chronologistas, que da familia de Temes, senhores da Coutada,
procede a varonia de Fernão Nunes de Temes, que pela conquista de Cor dova
tomou o appellido de Cordova, sendo uma das casas das de maior antiguidade que
tem gozado senhorios em Andaluzia, havendo para mais de 1080 annos que se acham
em sua possessão. Serviu D. Fernão Nunes de Temes a el-rei D. Fernando o Santo,
em es pecial na conquista de Cordova, e lhe tocou como rico-homem, e no
repartimento de Se vilha em 1236 os castellos de Canente, Paterna, Loeches, e o
logar que povoou de Fer não Nunes e as casas principaes na collegiada de S.
Nicolau em Cordova, da casa e fami lia de Cordova; foi armado cavalleiro por
el-rei D. Alonso o Sabio, no dia da sua coroação, e o fez alcaide-mór de
Cordova, oficios que os seus descendentes possuem, foi casado com D. Ora
Munhos, de quem foi filho Nuno Fernandes de Cordova, que seguiu o tronco o
varonía. Um escudo com as armas dos Cordovas. — Br. p. a 15 de abril de 1806.
Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 130. (C. C.)
1595. JosÉ MARIA ARs ENIo DE
LACERDA, capitão de infanteria, filho de Miguel Ro drigues de Macedo e Leão, e
de sua mulher D. Isabel Rosa de Lacerda; neto paterno de Manuel Pinto de Sousa,
e de sua mulher D. Thereza de Macedo, e materno de Nuno Af fonso de Lacerda, e
de sua mulher D. Leonor Thomazia Coutinho. Um escudo com as armas dos Lacerdas.
— Br. p. a 5 de outubro de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 11 v. (C.
C.)
1596. JosÉ MARIA DE BARA HONA FRA
Gos o CoR Do VIL DA GAMA LOBO, visconde da Esperança, commendador da ordem de
Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, e fidalgo cavalleiro da casa real;
filho de Francisco Cordovil de Barahona Fragoso da Gama Lobo, e de sua mulher
D. Marianna Lucia Olympia Sardinheiro; neto paterno de José Joaquim de Barahona
Cordovil da Gama Lobo, e de sua mulher D. Josepha Marianna Cor dovil de Brito Lobo,
e materno de Estevão José de Mira Sardinheiro, e de sua mulher . D. Maria Montez
Pitta. • Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Barahonas, no
segundo as dos Fragosos, no terceiro as dos Cordovis, e no quarto as dos Gamas.
— Br. p. a 12 de abril de 1853. Reg, no Cart. da N., liv. VIII, fl. 362. (C.
C.)
1597. JosÉ MARIA CAMILLO DE
MENDONÇA, fidalgo cavalleiro da casa real, com mendador da ordem de Nossa
Senhora da Conceição de Villa-viçosa, e proprietario; filho de José Camillo de
Lellis Vieira de Mendonça, e de sua mulher D. Maria Delphina da Cunha; neto
paterno de José Pereira de Mendonça, e de sua mulher D. Maria Rita Mas
carenhas, e materno de Joaquim da Cunha, e de sua mulher D. Josepha Clara da
Cunha. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Mendonças, e na
segunda as dos Cunhas. — Br. p. a 11 de fevereiro de 1868. Reg. no Cart. da N.,
liv. IX, fl. 108. (C. C.)
1598. JosÉ MARIA CARVALHO JUNIOR,
fidalgo cavalleiro da casa real, commendador da ordem de Nossa Senhora da Conceição
de Villa-viçosa. Um escudo esquartelado com as armas que lhe foram concedidas
por alvará de 25 de maio de 1868 — Br. p. a 5 de novembro de 1868. (M. N.) Reg,
no Cart. da N., liv. IX, fl. 112 v. — V. no I. H. Carvalho Junior. (C. C.)
1599. JosÉ MARIA DA COSTA BUENO E
NIETO CEVALHOs DE VILLA-Lo Bos HY DALGo E Moscoso, natural de Portalegre,
fidalgo cavalleiro da casa real, filho do capi tão-mór de Portalegre João
Baptista da Costa, e de sua mulher D. Gregoria Antonia Bueno e Nieto Cevalhos
de Villa-lobos Hydalgo e Moscoso; neto paterno do capitão-mór Manuel da Costa
Carneiro, e de sua mulher D. Catharina Antunes da Costa Carneiro, e materno de
D. Francisco Manuel Bueno e Nieto de Villa-lobos e Moscoso, e de sua mu lher D.
Maria Manuel Cevalhos Ortiz Hydalgo. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Villa-lobos, no segundo as dos Buenos, no terceiro as dos
Netos, e no quarto as dos Moscosos. — Br. p. a 6 de fevereiro de 1856. — Reg.
no Cart. da N., liv. Ix, fl. 9. (C. C.)
1600. JOSÉ MARIA DO COUTO PESTANA DE BRITO CASCO
MESQUITA E SALDANHA, natural da villa de Estremoz, filho do desembargador
Lourenço Ribeiro do Couto. e de sua
mulher D. Rosa Pestana de Brito e Casco Mesquita Saldanha; neto materno de
Diogo Pestana de Brito Casco, fidalgo da casa real; bisneto de Garcia Pestana
de Brito e Casco, #""" fidalgo cavalleiro da casa real; terceiro
neto de Manuel Pestana de Brito e 8SCO. Um escudo e n'elle as armas dos
Pestanas. — Br. p. a 30 de setembro de 1821. Reg. no Cart. da N., liv. VIII,
fl. 91. (C. C.)
1601. JosÉ MARIA DE Eç A FIGUEIRó
DA GAMA Lobo, filho de Carlos Antonio de Figueiró, capitão do regimento de
cavallaria de Olivença, e de sua mulher D. Anna Jo sepha de Eça da Gama Lobo;
neto paterno de Joaquim Antonio de Figueiró, tenente do regimento de cavallaria
de Alcantara, e de sua mulher D. Joaquina Venancia da Costa Pereira; neto
materno de D. Duarte de Eça Faria Henriques, e de sua mulher D. Catha rina Lobo
da Gama; bisneto paterno de Carlos de Figueiró e Almeida, e de sua mulher D.
Thereza Maria de Sousa, filha de Luiz dos Santos Fragoso, que morreu coronel do
re gimento de infanteria de Vianna; bisneto materno de D. Bernardo Sebastião de
Eça Faria Henriques, e de sua mulher D. Francisca Josepha de Mello Marione;
terceiro neto paterno do capitão-mór Antonio da Costa Lisboa, e de sua mulher
D. Anna Josepha Pereira, e . materno de D. Manuel de Eça e Faria, e de sua
mulher D. Isabel Antonia de Macedo; quarto neto pela mesma linha de D. Duarte
de Eça, e de sua mulher D. Maria de Oli veira; quinto neto pela mesma linha de
D. Antonio de Eça, moço fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Clara Bernarda
de Villas-boas; sexto neto pela mesma linha materna de D. João de Eça, irmão
germano de D. Francisco de Eça, moço fidalgo da casa real com accrescentamento
de escudeiro fidalgo, e de sua mulher D. Catharina Bernardes de Medeiros, filha
de Antonio Vaz Bernardes de Medeiros, instituidor do morgado da quinta da Foz
em Obidos; setimo neto pela mesma linha de D. Duarte de Eça Faria, fidalgo da
casa real e capitão de Moluco, e de sua mulher D. Leonor de Faria, filha de
Pedro de Faria, fidalgo da casa real, e governador de Malaca, nos estados da
India; oitavo neto pela mesma linha materna de D. João de Eça, fidalgo da casa
real, do conselho do Senhor rei D. João III, e alcaide-mór de Villa-viçosa, e
de sua mulher D. Maria de Oliveira de Eça; nono neto de D. Fernando de Eça,
alcaide-mór de Villa-viçosa, e de sua mulher D. Joanna de Saldanha, filha de
Fernão Lopes de Saldanha, contador-mór de Castella, e camareiro de el-rei D.
João II d’aquelle reino; decimo neto de D. Fernando (o primeiro que tomou o
appelido de Eça, por ser senhor da villa deste nome no reino de Galliza, por
doação de seu parente o duque de Aryjona, D. Fradique de Castro), filho legitimo
do infante D. João, filho do senhor rei D. Pedro I e da rainha D. Ignez de
Castro. Um escudo, e n'elle as armas dos Eças. —Br. p. a 20 de dezembro de
1806. Reg, no Cart. da N., liv. VII, fl. 155. (C. C.)
1602. JosÉ MARIA PossIDoNIo
CoRDEIRo (Capitão-mór), cavaleiro da ordem de Christo, e cavalleiro fidalgo da
casa real; filho de Manuel José Fortis, e de D. Angelica da Encarnação; neto
paterno do capitão-mór Bento Soeiro Fortis, e de sua mulher D. Ma ria Gil, e
materno de Manuel Luiz Cordeiro, e de sua mulher D. Maria de Silva. Um escudo
com as armas dos Cordeiros. — Br. p. a 17 de fevereiro de 1816. Reg. no Cart.
da N., liv. VII, fl. 340 v. (C. C.)
1603. JosÉ MARIA SALEMA GAR CÂo, cavalleiro
fidalgo da casa real, e escrivão pro prietario da mesa do Consulado geral da
saída e entrada na Casa da India, natural da ci casa real, professo na ordem de
Christo, e escrivão do dito Oficio, e de sua mulher D. Ma ria Anna Xavier Froes
Mascarenhas de Sande e Salema; neto paterno de Filippe Correa da Silva, que
teve o mesmo foro, e professo na mesma ordem, e oficial-maior da Secre taria de
estado dos Negocios estrangeiros, e da guerra, e de sua mulher D. Luiza Maria
da Visitação Dorgier, filha de Ruy Garção de Carvalho, que teve o referido
fôro, oficial da casa real, com a propriedade do oficio de escrivão das
Moradias, e thesoureiro-mór do reino, e de sua mulher D. Margarida Thereza
Gertrudes Dorgier Campello de Andrade; terceiro neto de Antonio Garção de
Carvalho, e de sua mulher D. Catharina Lima; quarto neto de Manuel Garção de
Carvalho, que teve o referido fôro, e o mesmo oficio de es crivão das Moradias,
e de sua mulher D. Filippa Pessoa Barbuda do Quintal; quinto neto de Luiz
Garção de Carvalho, que teve o referido fôro, e foi moço da camara do senhor
rei D. Afonso VI, e de sua mulher D. Guiomar Toscana; neto pela parte materna
de Ma nuel Froes de Azevedo, cavaleiro fidalgo da casa real, professo na ordem
de Christo, e proprietario do mencionado oficio de escrivão do Consulado, e de
sua mulher D. Anna Clara Mascarenhas de Sande e Salema; bisneto de João Froes
de Azevedo, e de sua mu lher D. Joanna Thereza de Miranda Salgado; terceiro
neto de Miguel da Silva de Abreu, moço da camara do senhor rei D. João IV, seu
cavalleiro fidalgo, e proprietario do dito oficio de escrivão do Consulado, e
de sua mulher D. Martha Froes de Azevedo. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Carvalhos, no segundo as dos Campellos, no terceiro as dos
Froes, e no quarto as dos Salemas. — Br. p. a 19 de outubro de 1792. Reg. no
Cart, da N., liv. IV, fl. 267. (C. C.)
1604. JosÉ MARIA DE SAMPAIO
BACELLAR PINTO DE MELLO, natural e morador na villa de Algoso, comarca de
Miranda do Douro; filho de Bernardo Pinto Bacellar de Sam paio, e de sua mulher
D. Anna da Fonseca Pacheco; neto paterno de Manuel Pinto Ba cellar, e de sua
mulher D. Maria de Sampaio Borges de Mello, filha de Afonso Martins Preto, e de
sua mulher D. Maria Geraldes de Sampaio e Mello, filha de Diogo Geraldes de
Sampaio, filho de Francisco Geraldes de Sampaio, e de sua mulher Maria de
Barrien tos; neto paterno de Affonso Geraldes de Sampaio, e de sua mulher
Engracia Gonçalves; bisneto de Jeronymo Fernandes de Sampaio, irmão de Fernão
Vaz de Sampaio, quarto senhor de Villa-flor, Cachim, e outras terras,
alcaide-mór da Torre de Moncorvo, e de Castello de Vide, filhos ambos de Vasco
Fernandes de Sampaio, terceiro senhor da dita villa, e mais terras, e de sua
mulher D. Mecia de Mello, filha de Vasco Martins de Mello, e de sua mulher D.
Isabel de Azevedo; bisneto pela sua varonia de Fran cisco Pinto Bacellar, irmão
de Fernão Pinto Bacellar de Villa Dossas, cuja casa usa das armas dos Pintos e
Bacellares, ambos filhos de Francisco Pinto Bacellar, e de D. Ma # das Neves
Pinheiro; netos de Fernão Pinto, e de sua mulher D. Catharina Ba COI131".
| As armas dos Sampaios, Mellos, Pintos, e Bacellares. — Br. p. a 9 de novembro
de 1752. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 45. (C. C.)
1605. JosÉ MARIA DE SousA E
ALMEIDA, natural da ilha do Principe, commendador da ordem de Christo, e
cavalleiro da de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, te nente coronel
de voluntarios da cidade de S. Filippe de Benguella, negociante de grosso
trato, e grande proprietario em Benguella, na ilha do Principe, e em
Mossamedes; filho do coronel Manuel de Vera Cruz e Almeida, e de sua mulher D.
Pascoella de Sousa Lei tão; neto paterno de Antonio de Almeida Vianna,
negociante da Bahia, e de sua mulher D. Anna Maria da Assumpção; neto materno
do capitão João Mathias de Sousa, e de sua mulher D. Antonia Gomes dos Santos. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Almeidas, e na Segunda as dos
Leitões. — Br. p. a 2 de julho de 1845. Reg, no Cart. da N., liv. VIII, fl. 315
v. • (C. C.)
1606. JOSÉ MARIA VAZ PINTO DE
ALMEIDA E SOUSA DONAS BOTTO, da villa de Moimenta da Beira, tenente coronel do
regimento de milicias de Lamego; filho de Sebas tião de Almeida Vaz Pinto e
Sousa, cavalleiro professo na ordem de Christo, e de D. Joanna Clara Cardoso;
neto paterno de José Vaz Pinto de Almeida, e de D. Isabel da Fonseca Donas
Botto, e materno de João Cardoso da Silva, e de D. Anna Angelica Thereza da
Silva e Carvalho, sendo a referida sua avó paterna D. Isabel da Fonseca Donas
Botto, prima do conselheiro José Antonio Pinto da Fonseca Donas Botto; segundo
neto de Se bastião Vaz Pinto; terceiro neto de José Vaz Pinto de Almeida,
sobrinho de D. Frei Ga briel de Almeida, bispo do Funchal, o qual era irmão do
quarto avô do supplicante. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Almeidas, no segundo as dos Vazes, no terceiro as dos Pintos, e no quarto
as dos Sousas. — Br. p. a 31 de ja neiro de 1816. Reg. no Cart. da N., liv.
vii, fl. 339. (C. C.)
1607. JosÉ MARIANNO DE
ALBUQUERQUE CAVALCANTE, filho de Antonio Coelho de Albuquerque, capitão de granadeiros
de infanteria auxiliar das marinhas do Acaracú, e de sua mulher D. Maria da
Conceição; neto paterno do capitão Pedro Coelho Pinto, e de sua mulher D.
Romualda Cavalcante de Albuquerque, e neto materno de Gabriel Leitão Pacheco, e
de D. Marianna Maria de Menezes, sendo o supplicante primo com irmão do ba
charel Joaquim José Cavalcante de Albuquerque Lins, a quem se passou brazão de
armas a 17 de janeiro de 1782. Um escudo partido em pala; na primeira as armas
dos Albuquerques, e na segunda as dos Cavalcantes. — Br. p. a 15 de novembro de
1806. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 147 V. (C. C.)
1608. JosÉ MARTINS DA CAMARA ZAR
co (Padre), filho do capitão José Martins Zarco, e de sua mulher D. Thereza
Bernarda Beirão Correa Gato; neto por parte paterna de José Martins da Camara
Zarco, e de sua mulher Francisca Gomes Forjás Colaço de Al meida; e por parte
materna de José Fialho Perdigão, e de sua mulher Maria da Concei ção Beirão
Correa Gato; descendente o supplicante de João Gonçalves Zarco, cavalleiro da
casa do senhor infante D. Henrique, filho do senhor rei D. João I, por cuja ordem
des cobriu a ilha da Madeira. Um escudo partido em pala; na primeira as armas
dos Martins, na segunda as dos Camaras. — Br. p. a 15 de dezembro ds 1800. Reg.
no Cart. da N., liv. VI, fl. 153. (C. C.)
1609. JosÉ MARTINS DE SousA, capitão tenente
da corôa e feitor da fortaleza de Diu, natural da cidade de Goa, e morador na
de Damão do estado da India; filho do licenceado Manuel Martins, e de sua
mulher Francisca de Sousa; neto paterno de Antonio Martins, e de sua mulher
Isabel da Costa; neto materno de Simão de Sousa, e de sua mulher Maria Prieta.
As armas dos Sousas, Martins, e Costas, — Br. p. a 24 de dezembro de 1757. Reg.
no Cart. da N., liv. particular, fl. 112 v. - (C. C.)
1610. D. JosÉ DE MEDEIR os
(Doutor), tenente governador e accessor geral da provin cia da Paz na America
Meridional, dominio de Hespanha; filho de Antonio de Medeiros, de sua mulher D.
Thereza da Costa; e materno de Antonio Francisco da Silva, e de sua mu lher D.
Antonia Rodrigues da Silva. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Medeiros, e na segunda as dos Silvas. — Br. p. a 29 de março de 1804. Reg. no
Cart. da N., liv. VII, fl. 72. (C. C.)
1612. JosÉ DE MENDONÇA DE MATTos
MoREIRA, juiz de fóra da villa de Odemira, natural da de Albufeira, reino do
Algarve; filho do sargento-mór José de Mendonça Vieira, e de sua mulher D.
Barbara Francisca Xavier de Mattos Moreira; neto paterno de Fran cisco Dias
Vieira e Sousa; e materno do sargento-mór Jacinto Paes de Mattos Moreira. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Mendonças, no segundo as
dos Vieiras, no terceiro as dos Mattos, e no quarto as dos Moreiras. — Br. p. a
5 de agosto de 1773. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 205 V. (C. C.)
1613. JosÉ DE MENEZEs BANDEIRA DE
MELLo, filho legitimo de Estevão Rangel Ban deira de Mello, e de sua mulher D.
Maria Magdalena de Seabra e Almeida; neto pela parte paterna de Gonçalo
Bandeira de Mello, e de sua mulher D. Anna Josepha de Araujo, filha de Pedro
Rodrigues de Araujo, e de sua mulher D. Joanna Baptista de Seabra; bis neto de
José Bandeira de Mello, e de sua mulher D. Maria Mascarenhas; pela parte ma
terna neto de André Pires Seabra e Carvalho, e de sua mulher D. Sebastiana
Maria de Almeida, irmã de Gonçalo de Almeida Cavalleiro, capitão de cavallos
que foi n'esta côrte, filhos ambos de Henrique de Almeida Cavaleiro, e de sua
mulher D. Maria Magdalena de Menezes; bisneto de Luiz Pires de Seabra, e de sua
mulher e parenta D. Isabel de Sea bra, os quaes todos foram pessoas nobres e se
trataram á lei da nobreza. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Bandeiras, no segundo as dos Mellos, no terceiro as dos Seabras, e no
quarto as dos Almeidas.—Br. p. a 25 de dezembro de 1766. Reg. no Cart. da N.,
liv. I, fl. 41. (C. C.)
1615. JosÉ MIGUEL Ava Es,
capitão-mór da cidade do Grã-Pará, estado do Maranhão, e seu irmão André Miguel
Ayres, naturaes de Lisboa; filhos de Pedro Miguel, cavaleiro professo na ordem
de Christo, e de sua mulher D. Maria Antonia d'Assumpção; netos paternos de
André Michel, e de sua mulher Catharina Michel; netos maternos do capitão de
mar e guerra Antonio Fernandes Pereira Ayres, cavalleiro professo na ordem de
San t'Iago, e de sua mulher D. Maria Francisca. As armas dos Fernandes,
Pereiras, e Ayres, Lormes e Micheis. — Br. p. a 30 de abril de 1751. Reg. no
Cart. da N., liv. particular, fl. 16 v. (C. C.)
1616. José MoNTEIRO DE MACED o RAMos, capitão
de granadeiros na praça de Nova colonia, natural da freguezia de Almoster,
termo da villa de Santarem; filho do capitão Manuel Ramos Madeira, e de sua
mulher D. Helena da Cruz Monteiro; neto paterno de Francisco Jorge Madeira, e
de sua mulher Maria Madeira Ramos; e materno do capitão Antonio Monteiro
Furtado, e de D. Magdalena Vicente, da dita freguezia de Almoster. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Madeiras, no segundo as dos
Ramos, no terceiro as dos Monteiros, e no quarto as dos Furtados. — Br. p. a 21
de janeiro de 1772. Reg, no Cart. da N., liv. I, fl. 169. (C. C.)
1617. José MoNTEIRO DA VEIGA,
presbytero do habito de S. Pedro, da villa de Pro vezende, comarca de
Villa-real; filho de Domingos da Costa Monteiro, e de D. Antonia Correa da
Veiga; neto paterno de Manuel Monteiro, e de D. Anna da Costa; e materno de
Antonio da Veiga Coelho, e de D. Maria Esteves. Um escudo ovado e esquartelado;
no primeiro, e quarto quarteis as armas dos Cos tas, no segundo as dos
Monteiros, e no terceiro as dos Veigas.—Br. p. a 26 de setembro de 1792. Reg.
no Cart. da N., liv. IV, fl. 264 v. (C. C.)
1618. JosÉ MoREIRA DE PINHo
(Sargento-mór), filho do doutor Thomé Moreira de Pinho, e de D. Maria Rosa de
Lima; neto pela parte paterna de Thomé Moreira de Pinho, e de Joanna da
Fonseca; neto pela parte materna de Leonel Ferreira Leite, e de D. Rosa Maria
de Lima, filha do sargento-mór Manuel Coelho de Abreu, e de Maria de Lima. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Moreiras, no segundo as
dos Pinhos, no terceiro as dos Mascarenhas, e no quarto as dos Leites. — Br. p.
a 9 de dezembro de 1796. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 163. (C. C.)
1619. JosÉ DA MoTTA CERVEIRA
(Bacharel), cavalleiro fidalgo da casa real, oficial maior da repartição das
Justiças e do despacho da mesa do Desembargo do Paço; filho de Estevão da Motta
Cerveira, e de D. Josepha Maria de Almeida, os quaes seus paes e avós foram
legitimos descendentes de Fernando Cerveira e Martins, moços da camara, e
tiveram outros empregos honrados dos senhores reis, principes e infantes
d’estes reinos, e assistiram na villa da Azinhaga, onde teem sepulturas e
jazigos proprios com epitaphios da sua nobreza. Um escudo com as armas dos
Cerveiras. — Br. p. a 20 de janeiro de 1777. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl.
124 v. ba charel na faculdade de leis, natural de Ois do Bairro, comarca de
Aveiro; filho de José Gomes Cordeiro de Almeida, capitão-mór das ordenanças dos
coutos de Aguim, e de D. Joa quina Rita do Amaral de Sampaio Carvalho e Silva;
neto paterno de Francisco Gomes de Almeida, cavalleiro professo na Ordem de
Christo, doutor em canones, e oppositor ás ca deiras da Universidade de
Coimbra, e de sua mulher D. Benta Cordeiro de Almeida; neto materno de Anacleto
Diniz do Amaral, e de sua mulher D. Rosa Joaquina de Sampaio Car valho e Silva,
da casa e quinta de Sampaio, em Tavarede, comarca de Coimbra. • Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Almeidas, no segundo as dos
Amaraes, no terceiro as dos Carvalhos, e no quarto as dos Silvas. — Br. p. a 6
de julho de 1815. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 315. C. C.) (C. C.
1621. JosÉ DAs NEVES LEÃo,
capitão tenente das reaes armadas, governador da praça de S. José de Bissau,
professo na ordem de Sant'Iago; filho de Antonio José Leão, e de sua mulher
Anna Victoria; neto por parte paterna de Sebastião da Costa, e de sua mu lher
Maria Josepha; neto por parte materna de Manuel Rodrigues Ramalho, e de sua mu
lher Maria Gomes. • Um escudo e n'elle as armas do appelido de Leão. — Br. p. a
25 de fevereiro de 1797. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 175 v. (C. C.)
1622. JosÉ No GUEIRA MARCHÃ o
BARRADAs (Capitão), da villa de Castello de Vide, filho de Simão Fernandes
Formoso, e de sua mulher Joanna Rodrigues Barradas; neto materno de João
Nogueira, e de sua mulher Leonor Rodrigues Barradas; bisneto de João Barradas
Muito-pão, e de sua mulher Joanna Rodrigues; terceiro neto de Francisco Bar
radas, e de sua mulher Violante Gonçalves; quarto neto de João Barradas, e de
sua mu lher Francisca Gonçalves. As armas dos Barradas. — Br. p. a 24 de maio
de 1756. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 97. (C. C.)
1623. JosÉ DE OLIVEIRA DE ANDRADE
Bom GEs DE MESQUITA, natural do logar de Souto-maior, freguezia e concelho de
Ataide, irmão de Miguel de Oliveira de Andrade Bor ges de Mesquita a quem se
passou brazão de armas em 1757, e ambos filhos de Mattheus de Oliveira, e de
sua mulher Maria Francisca, filha de Antonio Francisco, e de sua mulher Maria
Borges; neto o supplicante pela sua varonia de Fructuoso de Oliveira Borges, e
de sua mulher Seraphina Monteiro; bisneto de Francisco Ferreira, e de sua
mulher Marga rida de Mesquita Borges, esta filha de Antonio Borges, e de sua
mulher Margarida de Mes quita, terceiros avós do supplicante, e por esta parte
quarto neto de Antonio Paes do Ama ral, capitão-mór da villa de Celorico de
Basto, e de sua mulher Marinha Borges; e por esta quinto neto de Balthasar
Borges Lousada, e de sua mulher D. Isabel Gomes de Abreu e Brito; sexto neto de
Fernando Gonçalves de Faria, ouvidor que foi de Mesão-frio, e de sua mulher D.
Isabel Borges de Azevedo, esta filha de Belchior Borges, fidalgo da casa real,
cavalleiro da ordem de Sant'Iago, e de sua mulher D. Felicita Cerqueira, e neta
de Gaspar Borges de Sousa, e de sua mulher e segunda prima D. Thereza Gomes
Rebello, filha esta de D. Senhorinha do Rego Borges, e de seu marido João de
Lousada de Le desma, bisneta de D. Catharina do Rego Borges, e de seu marido
Domingos Afonso de Mancilhas, a qual D. Catharina do Rego Borges era filha de
João Borges, fidalgo da casa real, senhor da terra de Alva, e do padroado das
tres egrejas de S. Miguel de Marmoras, S. Martinho de Alva e Santa Maria de Pipião,
alcaide-mór de Santarem, decimo avô do supplicante; e por esta parte decimo
primeiro neto de Ruy Borges, fidalgo da casa real, senhor das terras de
Carvalhaes, do couto de Avelãs de cima, e de Ferreiros do Reguengo de
Quintella, e de Arcos, logares de Ilhalvo-verde, Milho, e casaes de Sá com o
padroado das referidas egrejas, mero e mixto imperio nas terras d’ellas, e
finalmente decimo segundo neto de Diogo Borges, commendador do Torrão, e senhor
donatario das referidas terras e outras mais. As armas dos Borges, Oliveiras,
Mesquitas e Monteiros, — Br. p. a 17 de janeiro de 1758. Reg, no Cart. da N.,
liv. particular, fl. 113. (C. C.)
1624. JosÉ DE OLIVEIRA BARB os A,
tenente coronel effectivo do regimento de arti lheria da cidade do Rio de
Janeiro, e da mesma natural; filho de João de Oliveira Bar bosa, sargento-mór
pago do terço de infanteria auxiliar de S. Gonçalo, districto da refe rida
cidade, e de sua mulher D. Brites Joaquina de Andrade; neto paterno de Bento
Barbosa, e de sua mulher D. Seraphina de Oliveira, e materno do sargento-mór
Francisco Pereira Leal, e de sua mulher D. Marianna de Andrade. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Barbosas, e na segunda as dos
Oliveiras. — Br. p. a 27 de setembro de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl.
21. • (C. C.)
1625. JosÉ DE OLIVEIRA MAIA,
natural do Porto, cavaleiro professo na ordem de Christo, e fidalgo cavalleiro
da casa real; filho de Antonio de Oliveira Maia, fidalgo cavalleiro da casa
real, e de sua mulher D. Maria Joaquina da Silva Maia; neto paterno de Hypolito
de Oliveira Maia, e de sua mulher D. Theodosia da Silva; e materno do capitão
Caetano da Silva Maia, e de sua mulher D. Rosa Maria de Moura Coutinho. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Oliveiras, e na segunda as dos
Maias. — Br. p. a 2 de junho de 1818. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 397.
(C. C.)
1626. JosÉ DE OLIVEIRA PINTo
BoTELHO DA SILVA Mosquela A (Bacharel), juiz de fora da villa de Sertão,
natural da cidade de Marianna das Minas-geraes, filho do sargento-mór da dita
cidade Antonio de Oliveira Pinto, e de sua mulher D. Paula Felicia Rosa de
Sousa Botelho, naturaes da mesma villa; neto pela parte paterna de Antonio de
Oliveira Pinto, e de sua mulher D. Domingas Rodrigues de Carvalho, e pela
materna do capitão-mór da mesma cidade Manuel Botelho de Sousa Mosqueira, e de
sua mulher D. Anna Felicia de Sousa, filho do mestre de campo André de Sousa e
Silva; e bisneto do desembargador Manuel Mosqueira da Rosa, e de sua mulher D.
Paschoa Maria Botelho. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Pintos, no segundo as dos Mosqueiras, no terceiro as dos Botelhos, e no quarto
as dos Silvas. — Br. p. a 24 de abril de 1771. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl.
149. (C. C.)
1627. JosÉ DE OLIVEIRA ToRREs,
barão de S. Roque, commendador da ordem de Christo, e presidente da camara
municipal da villa e concelho de Caminha; filho de José Pereira Torres; neto
paterno de João Pereira Rosa, e de sua mulher D. Lourenciana Maria Gonçalves
Torres, e materno de José Rodrigues de Oliveira, e de sua mulher D. Joanna
Maria Torres. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Oliveiras, e
na segunda as dos Torres. — Br. p. a 11 de abril de 1853. Reg, no Cart. da N.,
liv. VIII, fl. 360. (C. C.)
1628. JosÉ PAEs FALCÃO DAS NEyes,
sargento-mór das ordenanças, e guarda-mór das terras mineraes da capitania do
Cuiabá, e natural da mesma; senhor do arraial dos Falção, que foi o primeiro
capitão das minas do Cuiabá, na sua origem, senhor do mesmo arraial e
riquissimas lavras de Cocaes, fundador da egreja de S. José do mesmo logar, e a
pes soa mais opulenta e respeitada nas mesmas minas, onde fez grandes serviços,
sendo um d'elles o enviar á sua custa, com grande despeza, um soccorro de
trinta homens armados vinte dos quaes eram escravos seus, para servirem nas
fronteiras de Matto-grosso contra os hespanhoes em 1763, e de sua mulher D.
Antonia Rodrigues das Neves Leme; neto pela parte paterna de Fernando Dias
Falção, capitão de infanteria, sargento-mór, e depois capitão-môr da villa de
Sorucaba da capitania de S. Paulo, e juiz ordinario de orphãos da mesma, sendo
creador da villa de Pitangui nas Minas-geraes, provedor da fazenda e dos
defuntos e ausentes, e depois capitão-mór, governador das ditas minas do
Cuiabá, e de sua mulher D. Lucrecia Pedroso de Barros; bisneto de Antonio de
Almeida Cabral, e de sua mulher D. Maria da Fonseca Falção; terceiro neto de
Luiz Leme, e de sua mulher D. Anna Cabral, o qual foi legitimo descendente de
Pedro Leme, da ilha da Madeira. tronco e origem dos Lemes da capitania de S.
Paulo, que em 1564 foram julgados por sentença fidalgos de linhagem; sendo pela
parte da mesma avó D. Lucrecia Pedroso de Barros bisneto de Thomé de Lara e
Almeida, capitão-mór da villa de Sorucaba e capi tania de Itanhaêm, e de sua
mulher D. Maria de Almeida Pimentel; terceiro neto do capitão Lourenço Castanho
Taques, e de sua mulher D. Maria de Lara, e por esta quarto neto de D. Diogo de
Lara, da cidade de Samora em Castella, tronco da familia dos Laras da capitania
de S. Paulo, sendo o mesmo filho de D. Diogo Ordonhes de Lara, cavalleiro da
primeira nobreza da cidade de Samora, e de sua mulher D. Magdalena Fernandes
Feijó de Moraes; e por parte de sua bisavó D. Maria da Fonseca Falção é
terceiro neto de Francisco da Fonseca Falção, professo na ordem de Christo,
capitão-mor, governador e alcaide-mór da capitania de S. Vicente e S. Paulo,
onde foi tronco do seu appelido, e de sua mulher D. Maria da Silva; sendo
tambem por parte da sua bisavó D. Maria de Almeida Pimentel, terceiro neto de
Antonio de Almeida Pimentel, e de sua mulher D. Lu crecia Pedroso de Barros,
filha de Pedro Vaz de Barros, capitão-mór, governador da re ferida capitania de
S. Vicente e S. Paulo, onde foi tronco da familia de Barros, e de sua mulher
Luzia Leme. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Paes, no
segundo as dos Falções, no terceiro as dos Laras, e no quarto as dos Barros. —
Br. p. a 18 de fevereiro de 1795. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 36 v. (C.
C.)
1629. JosÉ PAULO DE CARVALHo,
desembargador da Casa da Supplicação, com ex ercicio de corregedor da comarca
de Evora; filho de Vicente Luiz de Carvalho e Oliveira, cavaleiro professo na
ordem de Christo, e de D. Joanna Maria Teixeira da Conceição; neto paterno de
Luiz Rodrigues Carvalho Monteiro, e de D. Maria Pereira de Carvalho, e materno
de José Alves Teixeira, e de D. Anna Maria da Conceição. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo as dos
Monteiros, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Teixeiras.— Br. p. a
20 de junho de 1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 182. (C. C.)
1630. Jos É PEDRO DE AVELLAR
SALGADO E AYALA, filho de Thomaz João de Avel lar, e de sua mulher D. Feliciana
Thereza Margarida Rosa Salgado; neto pela parte pa terna do doutor José Gomes
de Avellar, e de sua mulher D. Josepha Maria de Ayala, e por parte materna de
Vasco Correa Salgado, e de sua mulher D. Luiza Serrana; bisneto por parte
paterna de Manuel dos Santos Gomes, e de sua mulher D. Antonia de Avellar, e
por parte materna do mestre de campo D. João Manuel Salgado, e de sua mulher
D.Sebastiana de Oliveira; irmão o supplicante do capitão Manuel José Graudio
Salgado, filho do primeiro matrimonio da mãe do supplicãnte; primo em terceiro
e quarto grau de Antonio de Moura Palha Salgado, filhos de D. Magdalena Caetana
Salgado de Araujo, filha de D. Francisco Salgado de Araujo, irmão de D. João
Manuel Salgado, bisavô do suppli cante, e de D. Antonio Salgado de Araujo,
governador que foi da praça de Chaves, com patente de sargento-mór de batalhas,
pae de D. Frei Luiz de Santa Thereza, bispo de Pernambuco, e de D. Frei João da
Cruz, bispo do Rio de Janeiro, e depois de Miranda, os quaes eram netos de D.
Feliciano Salgado de Araujo, e de D. Luiza Serrano Bravo. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Gomes, no segundo as dos
Salgados, no terceiro as dos Araujos, e no quarto as dos Avellares. — Br. p. a
18 de setembro de 1798. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 39. (C. C.)
1632. D. JosÉ PEDRO GALHARD o DA
SILVA A BARCA, filho de Maximo da Silva, e de sua mulher D. Josepha Manuela
Galhardo e Abarca; neto materno de Antonio Lopes Ga lhardo, fidalgo castelhano
e governador de Salvaterra do dito reino, o qual ficando pri sioneiro quando os
portuguezes tomaram esta praça, entrou a servir em Portugal com patente de
tenente general da cavallaria na provincia da Beira, e de sua mulher D. Fran
cisca Abarca, filha de D. Affonso Abarca, e de sua mulher D. Theodora de
Andrade; D. Afonso Abarca era descendente de D. Pedro de Guevarra, que creou D.
Sancho Abarca de quem tomou o appellido que tem seu solar no reino de Aragão;
bisneto de Diogo L0 pes Galhardo, fidalgo castelhano e governador da praça de
Larache, em cuja defensa mor reu pelos annos de 1682 quando os mouros de
Mequinez a tomaram, o que fez certo por uma sentença tirada na correição do
cível da côrte, de que foi juiz o desembargador Bento da Costa de Oliveira e
Sampaio, e escripta por Antonio Soares Guerreiro, escrivão do dito juizo, e o
rei de armas Portugal Manuel Pereira da Silva, cavaleiro professo na ordem de
Christo, lhe passou brazão com as armas das ditas familias. As armas dos
Galhardos, e Abarcas. — Br. p. a 13 de setembro de 1750. Reg. n0 Cart. da N.,
liv. particular, fl. 4 v. (C. C.)
1634. JosÉ PEDRO LouRENço DE
ANDRADE, cavaleiro professo na ordem de Christo, criado particular de sua
magestade, e oficial da secretaria militar, encarregado do gabi nete do infante
D. Miguel, commandante em chefe do exercito; filho de João Lourenço de Andrade,
cavaleiro da ordem da Conceição, e thesoureiro geral da casa real, e de sua
mulher D. Rosa Joaquina Soares de Ataide e Andrade; neto paterno do capitão
João Lou renço de Andrade, e de sua mulher D. Ignacia Theodora de Andrade, e
materno de Isidoro Soares de Ataide, oficial-maior da Secretaria de estado dos
Negocios do reino, e de D. Dionysia Manuela Soares de Ataide. Um escudo partido
em pala; na primeira as armas dos Andrades, e na segunda as dos Ataides. — Br.
p. a 20 de janeiro de 1824. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, } 103. (C. C.)
1635. JosÉ PEDR o DA SILVEIRA,
filho de Florido Jacinto da Silveira, e de D. Brigida Angelica da Silveira;
neto paterno de Paulo Vaz da Silveira, e de D. Thomazia Maria da Silveira; neto
materno de Manuel Teixeira Mendes, e de D. Joanna Maria Carneiro; bis neto
paterno de João Vaz de Silveira, e de D. Catharina de Sequeira; bisneto materno
de Paulo Teixeira, e de D. Maria Mendes. • Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Silveiras, e na segunda as dos Teixeiras. — Br. p. a 11
de maio de 1804. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 77 v. (C. C.)
1636. JosÉ PEDRO DA SILVEIRA
CASTELLO-BRANCO E MELLO, assistente na villa de Sandomil, comarca de Viseu;
filho de Manuel José Mendes Castello-branco, e de sua mu lher D. Angela Josepha
da Silveira e Mello: neto pela parte paterna de Pedro Fernandes Castello-branco,
professo na ordem de Christo, a quem se passou já brazão de armas em 1721, e de
sua mulher D. Angela de Novaes; bisneto de Francisco Fernandes da Costa,
capitão das ordenanças da villa de Valozim, e de D. Isabel Mendes de
Castello-branco; terceiro neto de André Martins de Figueiredo, e de sua mulher
D. Agueda Mendes Cas tello-branco; quarto neto de Domingos Mendes
Castello-branco, ouvidor, e capitão-mór de Loriga, Alvoço, Sandomil, e
Villa-pouca, o qual era filho legitimo de Antonio Mendes Castello-branco,
fidalgo da casa real, que serviu em Ceuta, com armas e cavallos á sua custa, e
pela materna neto do doutor José Cortes de Figueiredo e Mello, e de sua mulher
D. Apolonia de Tavora da Silveira; bisneto do doutor Martinho Cortes de
Carvalho, ouvi dor da villa de Arganil, e de sua mulher D. Maria de Figueiredo
e Mello; terceiro neto de Antonio de Figueiredo e Mello, e de sua mulher D.
Anna Bernardes; quarto neto de Constantino Borges de Figueiredo, professo na
ordem de Christo, e desembargador da Re lação do Porto. Um escudo esquartelado;
no primeiro e quarto quarteis as armas dos Castellos brancos, no segundo as dos
Mellos, e no terceiro a dos Silveiras. — Br. p. a 7 de agosto de 1788. Reg. no
Cart. da N., liv. Iv, fl. 79. (C. C.)
1638. JosÉ PEREIRA DA CostA
GUERRA, da cidade de Leiria, filho de Theodosio Pereira da Costa Guerra, e de
D. Clemencia Maria Antonia; neto paterno de Mathias da Costa Guerra, e de D.
Joanna Pereira. As armas dos Costas, Guerras, e Pereiras. — Br. p. a 15 de
setembro de 1755. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 92. (C. C.)
1640. JosÉ PEREIRA GoDINHo FREIRE
DE ANDRADE, abbade colado na freguezia de Retorna, bispado do Porto; filho de
Bernardo Correa Pereira da Silva, e de sua mu lher D. Josepha Caetana Freire de
Andrade; neto paterno de Manuel de Oliveira, e de sua mulher D. Marianna Correa
Pereira, e materno de Aurelio Ferreira Valente, e de sua mulher D. Maria Godinho
Freire de Andrade, prima com irmão de Antonio Freire de An drade, capitão de
cavallaria, que serviu na guerra de 1710, no reinado do senhor rei D. João V;
bisneto o supplicante pela parte paterna de João Correa Pereira, cavaleiro
professo na ordem de Christo, e pela parte materna bisneto de Raphael da Silva
Mouran, administrador do vinculo e capella na vila de Arouca; terceiro neto
paterno de Pantaleão Pereira do Lago, cavalleiro da ordem de S. Tiago da
Espada; terceiro neto materno de Manuel Godinho Freire de Andrade, major de
cavallaria de um dos regimentos do Alem tejo; quarto neto paterno de Francisco
Pereira Tavares, cavalleiro da ordem de Christo, capitão de infanteria nos
estados de Goa; quinto neto de Braz Saraiva, desembargador da Relação e casa do
Porto. Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Pereiras, no segundo as dos Correas, no terceiro as dos Godinhos, e no quarto
as dos Freires de An drade. — Br. p. a 9 de outubro de 1803. Reg. no Cart. da
N., liv. VII, fl. } % (C. C.)
1641. José PEREIRA PINTo,
ajudante do regimento de artilheria da cidade do Porto, natural da praça de Sagres,
reino do Algarve; filho de Antonio Pereira Pinto, tenente co ronel de
infanteria, e governador da fortaleza de Cacela no dito reino, e de sua mulher
D. Antonia Maria do Espirito Santo, ambos naturaes d’esta côrte; neto pela
parte paterna de Manuel Pereira Pinto, capitão do regimento de artilheria do
Algarve, e de sua mulher D. Antonia da Conceição; bisneto de Luiz Pereira, que
foi capitão na guerra da acclama ção, descendentes dos morgados da Senhora do
Cardal, da villa do Pombal, e de sua mu lher D. Maria Pinto Taboa, irmã de
Amador Vaz Pinto. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras,
e na segunda as dos Pintos. — Br. p. a 17 de dezembro de 1769. Reg. no Cart. da
N., liv. I, fl. 117 V. (C. C.)
1642. JosÉ PEREIRA Dos SANTos,
cavalleiro professo na ordem de Christo, capitão da ordenança da cidade da
Bahia; filho do capitão Domingos dos Santos Pereira, e de Sua mulher D. Florencia
da Encarnação; neto pela parte paterna de Paulo Pereira, e de sua Ber narda da
Silva. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, na segunda
as dos Silvas, — Br, p, a 2 de outubro de 1779. Reg. no Cart. da N., liv. II,
fl. 202. J (C. C.
1643. JosÉ PEREIRA SARMENTo
(Doutor), cavalleiro da ordem de Christo, juiz de fora e dos orphãos da villa
de Arrayolos, ouvidor geral, intendente do oiro, provedor dos defuntos e
ausentes da villa do Principe, do Serro do Frio e Minas-novas; filho legitimo
de Francisco Xavier de Maris Sarmento, neto de Manuel Maris Sarmento, bisneto
de RO drigo Dourado de Maris, terceiro neto de Francisco Dourado de Maris,
quarto neto de Estevão Dourado, os quaes todos foram pessoas nobres, e se
trataram á lei da nobreza. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Marizes, e na segunda as dos Sarmentos. — Br. p. a 17 de outubro de 1766. Reg.
no Cart. da N., } }} 37.
1644. JosÉ PEREIRA DA SILVA NE
GREIRos, cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo,
commissario das tres ordens militares, e capitão da ordenança dos privilegiados
da côrte; filho de Theodosio Pereira de Negreiros, escudeiro cavalleiro fi
dalgo da casa real, e de sua mulher D. Ignacia Jacinta da Rosa; neto paterno de
Fran cisco Pereira de Negreiros, é de sua mulher D. Andreza Nunes; neto materno
de Manuel da Silva, e de sua mulher D. Marianna da Conceição, todos naturaes da
cidade de Lisboa. As armas dos Pereiras, e Negreiros. —Br. p. a 30 de junho de
1755. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 85. (C. C.)
1645. JosÉ PEREIRA SoAREs,
fidalgo cavalleiro da casa real, commendador da or dem de Christo, e
proprietario; filho de José Pereira Soares, proprietario, e de sua mu lher D.
Benta Maria de Jesus Soares; neto paterno de Amaro Pereira Soares, negociante,
e de sua mulher D. Joanna Soares; e materno de Manuel de Jesus, e de sua mulher
D. Catharina Rosa de Jesus. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Pereiras, e na segunda as dos Soares. — Br. p. a 19 de fevereiro de 1869. Reg,
no Cart. da N., liv. } !" . C
1646. JosÉ PEsso A TAVARES DE AMORIM, capitão
de uma das companhias de orde nanças da cidade de Castel-branco, irmão germano
de Gaspar Pessoa Tavares e Amorim, e de Gregorio Tavares Pessoa, aos quaes se
passaram por este juizo os competentes bra zões de armas de sua nobreza; filho
de Gabriel Tavares Pessoa, negociante da praça d’esta cidade, e de sua mulher
D. Leonor Pereira da Silva; neto por parte paterna de Sancho Pessoa da Cunha e
Amorim, que foi cadete do regimento de dragões de Aveiro, e de sua mulher
Branca Nunes; e pela materna de Gaspar Mendes Pereira, negociante muito abas
tado em bens e lavouras na villa de Penamacor, e de sua mulher D. Filippa
Nunes. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pessoas, e na
segunda as dos Amorins. — Br. p. a 27 de fevereiro de 1797. Reg. no Cart. da
N., liv. V, } ! # (C. C.
1648. JosÉ PINHEIRO DE FoNTOURA,
natural e morador na capitania de Pernambuco, filho de Manuel Pinheiro,
sargento-mór nas minas do Serro do frio, e de sua mulher Ignez Rodrigues de
Oliveira Fontoura; neto paterno de Amaro Pinheiro, e de sua mulher Maria da
Silva; bisneto de Manuel Pinheiro de Villas-boas; terceiro neto de Gonçalo
Pires de Maris, e de sua mulher D. Anna de Villas-boas; quarto neto de Pedro
Pinheiro Lobo, da verdadeira familia dos Pinheiros, alcaides-móres de Barcellos;
neto materno de Manuel Rodrigues de Fontoura, mestre de campo nas minas do
Serro do frio, e de sua mulher D. Violante de Oliveira, natural de Pernambuco,
dos Oliveiras de Pernambuco; bisneto de Francisco de Moraes, cavalleiro da
Ordem de Christo, mestre de campo da praça de Chaves, e de sua mulher D.
Eugenia Carneiro de Fontoura, filha de Pedro de Fontoura, morador em Chaves, da
verdadeira familia dos Fontouras da mesma praça; terceiro neto de Francisco
Rodrigues de Moraes, senhor do morgado de Freizello, dos verdadeiros Mo raes
d’este reino. As armas dos Pinheiros de Barcellos, Fontouras, Moraes e
Oliveiras. — Br. p. a 20 de 1757. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 112
v. (C. C.)
1649. JosÉ PINHEIRO DE MoRAEs
FontoURA, natural da praça do Recife de Per nambuco e morador na cidade de
Loanda, reino de Angola; filho de Manuel Pinheiro, sar gento-mór que foi nas
minas do Serro do frio, e de sua mulher D. Ignez de Oliveira Fon toura; neto
pela parte paterna de Amaro Pinheiro, e de sua mulher Maria da Silva; bis neto
de Manuel Pinheiro de Villas-boas; terceiro neto de Gonçalo Pinheiro de Maris,
e de sua mulher D. Anna de Villas-boas, filha de Miguel Annes de Villas-boas, e
de sua mu lher Maria de Faria; quarto neto de Pedro Pinheiro Lobo, e de sua mulher
D. Anna de Maris, filha de Antonio de Maris, que tirou brazão com as armas dos
Marizes no anno de 1534; quinto neto de Henrique Pinheiro Lobo, fidalgo da casa
real, alcaide-mór da villa de Barcellos, e capitão-mór da mesma villa, segundo
senhor do morgado de Pouve, e quarto padroeiro da egreja de Castello; sexto
neto de Alvaro Pires Pinheiro Lobo, fidalgo da casa do duque de Bragança D.
Fernando, alcaide-mór da villa de Barcellos, senhor do dito morgado, e de sua
mulher D. Joanna de Lacerda, dama da infanta D. Isabel, irmã do senhor rei D.
Manuel, e filha de Reymam Pereira de Lacerda, que era primo terceiro do mesmo
duque D. Fernando, e descendente pela varonia do infante D. Fernando de La
cerda, filho do rei de Castella D. Afonso o Sábio; e pela parte materna é o
supplicante neto de Manuel Rodrigues de Fontoura, natural da villa de Chaves,
que passando ao Bra zil foi mestre de campo nas minas do Serro do frio, e de
sua mulher D. Violante de Oli veira, da capitania de Pernambuco; bisneto de
Francisco de Moraes, cavaleiro da ordem de Christo, mestre de campo na praça de
Chaves, e de sua mulher D. Eugenia Carneiro de Fontoura; terceiro neto de Francisco
Rodrigues de Moraes, fidalgo da casa real, se nhor do morgado de Luizelo, e de
sua mulher Violante de Sá, filha de Francisco Ferreira, commendador de Lamas na
ordem de Christo; quarto neto de Duarte Rodrigues de MO raes, que viveu em
Luizelo, do termo da villa de Vinhaes, na qual fundou a casa da Mi sericordia,
e foi senhor por doação real de Villarinho, Carvalhaes, Santa Cruz, Quadra,
Casares, e Candella; quinto neto de Gonçalo Rodrigues Calvo, fidalgo galego, e
primeiro senhor do castello de Pico-sacro junto a Sant'Iago de Galliza, e de
sua mulher Leonor de Moraes, que era senhora de Luizelo, Villar de Ossos,
Lagarelhos, Quintella, Rio de For nos e outros logares circumvizinhos, e
aparentada com as melhores famílias de Moraes da provincia de Traz-os-montes,
como Moraes de Castro, Moraes Pimenteis, e Moraes Sar mentos, que são das
principaes d’aquella provincia; e pela bisavó D. Eugenia Carneiro de mulher D.
Violante Teixeira de Queiroga, filha de Gonçalo Teixeira Homem, pessoa nobre da
fa milia dos Teixeiras, e de sua mulher D. Isabel Mendes de Queiroga, que
descendia por Sua mãe do senhor de Queiroga, e casa de Betancos em Galliza, por
ser filho de um so brinho do em." D. Gaspar de Queiroga, arcebispo de
Toledo e cardeal da santa Egreja de Roma; quarto neto de Francisco Carneiro de
Fontoura, e de sua mulher D. Guiomar da Costa e Oliveira, o qual Francisco Carneiro
era irmão inteiro de Diogo Carneiro de Fon toura, de quem descendem por sua mãe
D. João de Lancastro, e seu irmão monsenhor de Lancastro; quinto neto de Manuel
de Fontoura, mordomo do duque D. Theodosio de Bra gança, e de sua mulher D.
Maria Vieira de Martins Carneiro, da cidade do Porto, dos mes mos d’este
appelido de quem procedeu o conde de Lumiares; sexto neto de João de Fon toura,
fidalgo asturiano muito principal, que veiu para este reino e se estabeleceu na
pro vincia de Traz-os-montes, chefe de todas as pessoas deste appelido. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pinheiros, no segundo as
dos Fontouras, no terceiro as dos Moraes, e no quarto as dos Oliveiras. — Br.
p. a 11 de agosto de 1772. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 183 v. C (C. C.)
1650. JosÉ PINTo DE ALMEIDA E
AZEVEDo (Doutor), cavalleiro da ordem de Christo, familiar do Santo Oficio,
natural da quinta da Semeda, junto á villa de Vouzella, conce lho de Lafões,
comarca da cidade de Viseu; filho de Maria Pinto, neto de Maria Pinto de
Azevedo, bisneto de Antonio Alcoforado de Azevedo, terceiro neto de Antonio
Pinto de Azevedo, quarto neto de Luiz Pinto, e quinto neto de Thomé Pinto,
commendador que foi da dita villa de Vouzella. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Pintos, no segundo as dos Azevedos, no terceiro
as dos Alcoforados, e no quarto as dos Mellos. —Br. p. a 16 de junho de 1769.
Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 101. - (C. C.)
1651. JosÉ PINTo LEÃO DE CARVALHO
PEREIRA, cavalleiro professo na ordem de Christo, e sargento-mór reformado no
regimento de milicias da cidade de Lamego; filho de João Pinto Leão Rodrigues
de Carvalho, e de sua mulher D. Francisca Pinto Pereira de Carvalho; neto
paterno de Leão Rodrigues Pinto de Carvalho, e de sua mulher D. Je ronyma
Teixeira Pinto; e materno de Domingos Rodrigues Pereira Pinto. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Leões, no segundo as dos Pintos,
no terceiro as dos Carvalhos, e no quarto as dos Pereiras. — Br. p. a 25 de
agosto de 1806. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 142. • (C. C.)
1652. JosÉ PINTO LEITE,
commendador da ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa-Viçosa, e
negociante de grosso tracto; filho de Antonio Pinto Leite, e de sua mulher D.
Thereza Angelica Leite; neto paterno de Manuel Pinto, e de sua mulher D. Rosa
Ma ria Pinto; e materno de Antonio Correa, e de sua mulher D. Maria Bernarda
Correa. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pintos, e na
segunda as dos Leites. — Br. p. a 22 de junho de 1855. Reg. no Cart. da N.,
liv. IX, fl. % C.) • (C. C.
1653. JOSÉ PINTO PEREIRA, filho
de Lourenço Pinto Pereira, e de sua mulher D. Se bastiana Fernandes Dias; neto
de Gaspar de Andrade, e de sua mulher D. Maria Pinto Pereira Monteiro, esta
filha de Domingos Pereira Monteiro, e de sua mulher D. Domingas Dias; e Domingos
Pereira Monteiro era filho de Gaspar Monteiro Pereira, capitão-mór de S.
Martinho de Mouros, e de sua mulher D. Francisca de Azevedo Vasconcellos, filha e herdeira da casa
de seu pae Balthasar Vieira Monteiro, senhor da casa de Picão em Villa boa do
Bispo; e o mesmo Balthasar Vieira Monteiro era filho de Francisco Monteiro Pe
reira, fidalgo da casa real e capitão-mór da villa de S. Martinho de Mouros, e
de sua mu lher D. Francisca Coelho Cardoso de Mello. Um escudo partido em pala;
na primeira as armas dos Pintos, e na segunda as dos Pereiras. — Br. p. a 10 de
janeiro de 1792. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 243 v. (C. C.)
1654. JosÉ PINTo PEREIRA BoRGEs,
do logar de Lodeiro, termo da villa de Santa Martha de Penaguião, comarca de
Villa-real; filho de José Pinto Pereira Borges, e de sua mulher D. Maria
Thereza de Meirelles; neto paterno de Manuel Pinto Pereira, e de sua mulher D.
Cecilia Pereira Borges, filha de André Borges de Mesquita, e de sua mulher D.
Cecilia Pereira. Um escudo com as armas dos Borges. — Br. p. a 17 de janeiro de
1806. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 115 V. (C. C.)
1656. JOSÉ RIBEIRO DO VALLE, capitão das
ordenanças, e segundo commandante do segundo batalhão da quarta brigada do
mesmo corpo da provincia de Traz-os-montes; fi lho de José Correa do Valle, e
de Maria Ribeiro; neto paterno de Antonio Correa do Valle, capitão de
ordenanças da villa de Alfarella, ; e neto materno de Manuel Ribeiro, e de
Maria Martins. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Valles, e na
segunda as dos Ribeiros. — Br. p. a 29 de abril de 1812. Reg. no Cart. da N.,
liv. VII, fl. 249. (C. C.)
1657.
JOSÉ RIBEIRO VAZ DE CARVALHO E CAMARA,
natural e morador no logar de Bresegue, do termo de Villa-real; filho de
Silvestre de Carvalho, e de sua mulher D. Anna Mariade Carvalho Ribeiro Vaz e
Camara; neto pela parte paterna de Manuel de Carvalho, e de sua mulher D. Rosa
Maria Varella; e pela materna de Jeronymo de Carvalho, e de sua mulher D.
Esperança Rodrigues de Carvalho Ribeiro Vaz e Camara, todos do dito logar. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo as
dos Ribeiros, no terceiro as dos Vazes, e no quarto as dos Camaras. —Br. p. a 3
de outubro de 1782. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 72. (C. C.)
1658. José RoBERTO CALLADO DE
OLIVEIRA E SILVA, administrador do morgado instituido por André da Silva
Ferreira, natural da villa de Punhete; filho de José Caetano de Oliveira, e de
D. Maria Thomazia de Jesus Ferreira da Silva; neto pela parte paterna de Manuel
Rodrigues de Oliveira, e de Maria Vicente; e pela materna de Lucas Ferreira Callado,
e de D. Joanna Paula Maria da Silva. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Silvas, no segundo as 10 de março de 1778. Reg. no Cart.
da N., liv. II, fl. 152. (C. C.)
1660. JosÉ RoBERTO VIDAL DA GAMA,
cavaleiro professo na ordem de Christo, des embargador da casa da Supplicação
d'esta côrte; filho de D. José Jorge Moura Luiz Car los Paschoal Vidal,
cavalleiro da ordem de Christo, capitão de cavallos que foi no regi mento de
Moura, e hoje sargento-mór reformado de cavallaria, natural da cidade de Va
lença, reino de Aragão, d’onde passou a este de Portugal, e de sua mulher D.
Antonia Joaquina Ignacia da Gama, natural de Estremoz, filha do doutor Manuel
Pires Cabeça, e de sua mulher D. Andreza Martins de Gouvea; neto pela sua
varonia de Marcos Jorge Vi dal, e de sua mulher D. Maria Manuel Bendriz,
naturaes da dita cidade; bisneto de D. Fran cisco Vidal, e de sua mulher D.
Josepha Anna Ortis; terceiro neto de D. Francisco José Simão Vidal, e de sua
mulher D. Anna Maria Ortis; quarto neto de D. Jeronymo Vidal, e de sua mulher
D. Jeronyma Martins, naturaes todos da mesma cidade, onde esta fami lia tem illustres
casas. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Vidaes, e na segunda
as dos Bendrizes. — Br. p. a 7 de março de 1770. Reg. no Cart. da N., liv. I,
fl. jº; .) (C. C.
1661. José RoDRIGO CARDoso DA
RochA (Doutor), abbade eleito da freguezia de S. Miguel de Fontellas, natural
da de Canellas, termo da cidade do Porto; filho de Gon çalo da Rocha, e de sua
mulher D. Thereza Alvares; neto pela parte paterna de outro Gonçalo da Rocha, e
de sua mulher Antonia Cerva, e pela materna de João Rodrigues Cardoso de Moura,
e de sua mulher D. Paschoa Alvares. Um escudo ovado partido em pala; na
primeira as armas dos Rochas, e na segunda as dos Cardosos. — Br. p. a 14 de
julho de 1781. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 16 v. (C. C.)
1662. JosÉ RoDRIGUEs CARNEIRO
BoRGEs PEREIRA, capitão-mór das ordenanças da comarca de Moura-morta, filho de
Manuel Pereira Borges, e de sua mulher D. Maria Jo sepha Rodrigues Carneiro;
neto pela parte paterna de Antonio Pereira, e de sua mulher D. Maria Borges, e
pela materna de Manuel Rodrigues Borges, e de sua mulher D. Maria Borges
Carneiro. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no
segundo as dos Borges, no terceiro as dos Carneiros, e no quarto as dos
Rodrigues. —Br. p. a 6 de julho de 1793. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 280
v. C. C.) (C. C.
1663. José RoDRIGUES DE FARIA,
fidalgo cavaleiro da casa real, commendador das ordens de Christo e de Nossa
Senhora da Conceição de Villa-viçosa, condecorado com a medalha das campanhas
da Liberdade n.° 3, capitão da extincto regimento de artilheria da corte,
primeiro oficial do Thesouro publico e seu delegado no districto do Porto;
filho de Domingos Rodrigues Chaves de Faria, e de sua mulher D. Rosa Angelica
Pereira da Fonseca; neto paterno de Manuel Rodrigues Chaves de Faria, e de sua
mulher D. Joanna Pinho de Faria, e materno de Manuel Pereira da Fonseca, e de
sua mulher D. Anna An gelica Rosa da Fonseca. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Farias, no segundo as dos Rodrigues, no terceiro
as dos Pereiras, e no quarto as dos Fonsecas. — Br. p. a 30 de junho de 1869.
Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 123. (C. C.)
1664. JosÉ RODRIGUES GOLARTE
VHITTON, natural e morador na villa da Horta da ilha do Faial; filho de
Francisco Rodrigues Golarte, e de sua mulher D. Anna Josepha Vhitton; neto
paterno de José Rodrigues Golarte, e de sua mulher D. Maria Antonia das
Candeias; neto materno de João Whitton, e de sua mulher D. Apollonia Sabat,
naturaes do reino de Inglaterra, que por serem catholicos romanos se passaram
para a ilha do Faial, onde viveram; bisneto de Nicolau Blorent Whitton,
gentilhomem do dito reino de Inglaterra, e de sua mulher Anna, filha de Guiminé
Irumbalh de Hastampstead, do con dado de Buelhe; terceiro neto de João Vhitton,
e de sua mulher Esther, filha de Nicolau Blorent; quarto neto de Jorge Whitton
de Hensinglon. As armas dos Whitton. — Br. p. a 23 de fevereiro de 1752. Reg.
no Cart. da N., liv. particular, fl. 31. (C. C.)
1665. JosÉ RoDRIGUES GOLARTE
VHITTON, natural e morador na villa da Horta da ilha do Faial; filho de
Francisco Rodrigues Golarte, e de sua mulher D. Anna Josepha Vhitton; neto
paterno de José Rodrigues Golarte, e de sua mulher Maria Dutra; neto ma terno
de João Vhitton, e de sua mulher D. Apollonia Sabat, naturaes do reino de Ingla
terra, que por serem catholicos romanos se passaram para a ilha do Faial, onde
viveram nobremente e com estimação dos senhores reis d’este reino; bisneto de
Nicolau Blorent Vhitton, gentilhomem do dito reino de Inglaterra, e de sua
mulher Anna, filha de Guiminé Irumbalh de Hastampstead, do condado de Bueles;
terceiro neto de João Vhitton, natural do condado de Uxonia, e de sua mulher
Esther, filha de Nicolau Blorent, natural de Lon dres; quarto neto de Jorge
Whitton de Hensinglon, natural do condado de Uxonia. As armas dos Vhittons. —
Br. p. a 15 de outubro de 1754. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 83.
(C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Freires, no segundo as
dos Sás, no terceiro as dos Brandões, e no quarto as dos Carmonas. — Br. p. a
15 de fevereiro de 1806. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 119. (C. C.)
1667. JosÉ DE SÁ CARNEIRO VARGA
s, segundo commandante do primeiro batalhão da primeira brigada de ordenanças
da provincia de Traz-os-montes; filho de Alvaro Car neiro Henriques de Sá
Vargas, e de sua mulher D. Luiza Angelica da Costa; neto patern0 de José de Sá
Vargas, e de D. Leonor Nunes Josepha, e materno de Jeronymo Alves da Costa
Henriques, e de sua mulher D. Isabel Maria da Costa. dos Vargas, no terceiro as
dos Henriques, e no quarto as dos Costas. — Br. p. a 9 de setem de 1814. Reg.
no Cart. da N., liv. VII, fl. 296. (C. C.)
As
armas dos Moraes, Sarmentos, Gamas, e Vasconcellos. —Br. p. a 7 de novembro de
1752. Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 46. (C. C.)
1669. JosÉ DOS SANTOS REBELLO
HENRIQUES E SousA, natural da villa de Cascaes, filho de Manuel de Sousa
Henriques, e de sua mulher D. Rosalia Thereza; neto paterno do capitão Antonio
Carreira de Oliveira, e de sua mulher D. Maria Henriques de Sousa, filha de
Bernardo de Caria, capitão de infanteria auxiliar, e pagador geral de Traz-os
montes; neta de Antonio Simões, professo na ordem de Christo e governador de
uma das fortalezas de Africa; neto o supplicante pela parte materna de Luiz dos
Santos Coelho, capitão de infanteria auxiliar, e governador que foi da
fortaleza de S. Miguel em Nossa Senhora da Nazareth, superintendente das
madeiras da fabrica real, juiz dos direitos reaes, sisas e orphãos da dita
villa, e de sua mulher D. Joanna Soares de Gouvea; bisneto de Agostinho Coelho
Soudo, capitão de infanteria auxiliar, e de sua mulher D. Filippa dos Santos
Rebello, filha de João dos Santos Rebello, neta de Pedro Dias Rebello, e
bisneta de Lopo Dias Rebello, descendente dos legitimos Rebellos, cujo solar é
em Rebello de Riba de Paiva. As armas dos Rebellos. — Br. p. a 12 de maio de
1753. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 56 v. (C. C.)
1670. JosÉ SEBASTIÃO RoDRIGUEs DE
BRITo, bacharel formado pela Universidade de Coimbra, capitão que foi de
infanteria auxiliar do terço da comarca de Viseu, e mo rador na sua quinta de
S. Sebastião, do concelho de Sinde; filho do doutor João Rodri gues de Brito, e
neto do capitão João Rodrigues de Brito. Um escudo partido em pala; na primeira
as armas dos Rodrigues, e na segunda as dos Britos. — Br. p. a 30 de outubro de
1786. Reg. no Cart. da N., liv. III, % jº V. • (C. C.
1671. JosÉ DE SEQUEIRA SEIXAs CARDoso
(Bacharel), do couto de Estevão, co marca de Aveiro, filho de Pedro de Almeida
Seixas Barros, e de sua mulher D. Francisca Joaquina de Carvalho e Almeida,
sendo o referido seu pae irmão germano e legitimo de José Bernardo de Almeida
Barros, sargento-mór de Ancemil, e cavalleiro professo na or dem de Christo, a
quem se passou brazão de armas a 29 de abril de 1766. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Sequeiras, no segundo as dos Loureiros, no
terceiro as dos Cardosos, e no quarto as dos Barros. — Br. p. a 24 de agosto de
1811. Reg. no Cart, da N., liv. VII, fl. 234 v. (C. C.)
1673. JosÉ SoAREs BARB os A
QUEIRoz E AzevEDo, professo na ordem de Christo, e desembargador da Relação e
casa do Porto, natural do concelho de Baião; filho de Ma nuel Soares Barbosa, e
de sua mulher D. Maria Thomazia de Queiroz e Azevedo; neto por parte paterna de
Jorge Soares Barbosa, e de sua mulher D. Marianna de Azevedo; neto por parte
materna do capitão Dionysio Pinto de Azevedo, e de sua mulher D. Maria Clara de
Azevedo, Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Soares, no
segundo as dos Barbosas, no terceiro as dos Queirozes, e no quarto as dos Azevedos.
— Br. p. a 20 de março de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 198. (C. C.)
1674. José SoAREs DE SousA, natural da villa das Vellas, na ilha de S. Jorge, e
na mesma sargento-mór das ordenanças; filho de Miguel Teixeira de Bettencourt,
e de sua mulher D. Martha Maria Pereira de Lemos; neto paterno do capitão
Manuel Teixeira de Bettencourt, e de sua mulher D. Maria Catharina da Silveira
e Mello. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no
segundo as dos Teixeiras, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos
Soares. — Br. p. a 2 de outubro de 1816, Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl.
358. J (C. C.
1675. JosÉ DE SOUSA E ABREU,
cavalleiro da Ordem de Christo, familiar do Santo Oficio; filho de Gonçalo
Lopes Ferreira, e de D. Rosa de Sousa e Abreu; neto paterno de Antonio Pinto e
de D. Maria Lopes Ferreira; neto materno de João de Sousa de Ma galhães, e de
D. Maria de Abreu de Mesquita. As armas dos Sousas do Prado, Pintos, Lopes, e
Abreus. — Br. p. a 16 de janeiro de 1762. Reg. no Cart. da N., liv. particular,
fl. 134 v. ( J C. C.
1677. JosÉ DE SOUs A Lobo,
negociante de grosso tracto, e proprietario; filho de Ma nuel José Teixeira da
Cunha, e de sua mulher D. Anna de Sousa Lobo; neto paterno de Manuel Monteiro
da Cunha, e de sua mulher D. Anna Maria Teixeira; e materno de Ma nuel da
Cunha, e de sua mulher D. Ignacia de Sousa Lobo. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Lobos, e na Segunda as dos Sousas.— Br. p. a 12 de março
de 1855. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 398 v. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no segundo as dos
Machados, no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos Aguiares. — Br. p. a 3
de abril de 1784. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 123 v. (C. C.)
1679. JosÉ TAVARES BARRETO,
commendador da ordem de Christo; filho de José Tavares Barreto, proprietario, e
de sua mulher D. Josepha Pereira Tavares; neto paterno de Estevão José Tavares,
proprietario, e de sua mulher D. Leonor Tavares; e materno de Antonio Pereira
Mendes, e de sua mulher D. Maria Jacinta Mendes. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Barretos, na segunda as dos Mendes. — Br. p. a 22 de
junho de 1853. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 365 V. (C. C.)
1680. JosÉ TAVAREs EstEves
(Doutor), oppositor canonista na Universidade de Coimbra, d’onde é natural, e
chantre da collegiada de S. Pedro da mesma cidade; filho de Manuel Tavares
Esteves, capitão de uma companhia da ordenança da villa de Pereira, familiar do
Santo Oficio, e de sua mulher Maria Soares Neto; paterno de Antonio Tava res
Esteves, e de sua mulher Marianna de Sousa; bisneto de Jeronymo Tavares, e de
sua mulher Maria Esteves; neto materno de Manuel Mathias de Medina, e de sua
mulher Ma ria Soares. • As armas dos Tavares, Esteves, Sousas, e Soares. — Br.
p. a 9 de julho de 1755. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 90. (C. C.)
1681. JosÉ TAVARES DA GAMA,
cavaleiro professo na ordem de Christo, e sargento mór dos privilegiados da
sagrada Religião de Malta; filho de José Antonio do Amaral Ta vares da Gama,
capitão-mór da ilha do Faial, e de sua mulher D. Luiza Maria de Ataide; neto
paterno de Jeronymo Dutra Tavares da Gama, e de sua mulher D. Josepha do
Amaral; e materno de Manuel dos Santos de Ataide, e de sua mulher D. Francisca
de Campos. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Tavares, na
segunda as dos Gamas. — Br. p. a 20 de fevereiro de 1804. Reg, no Cart. N.,
liv. VII, fl. 66. (C. C.)
1682. JOSÉ TEIXEIRA PINTO CHAVES
CABRAL, natural da Granja, freguezia de S. Christovão de Parada de Cunhos,
termo de Villa-real, escrivão proprietario do Juizo da correição do civel da corte;
filho de Francisco Teixeira Pinto, e de sua mulher D. Fran cisca Alvares Ribeiro; neto paterno de Antonio
Teixeira, e de sua mulher D. Angelica Alvares; neto materno de João Alvares, e
de sua mulher D. Engracia Alvares Pereira Cabral. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quartel as armas dos Teixeiras, no segundo as dos Alvares, no
terceiro as dos Cabraes. — Br. p. a 14 de janeiro de 1826. Reg. no Cart. da N.,
liv. VIII, fl. 176. (C. C.)
1683. JOSÉ TIMOTHEO DE MIRANDA
SOARES, cavaleiro da ordem de Christo, mora dor na praça de Elvas, natural da
villa de Setubal; filho do doutor Timotheo José de Mi randa Soares, e de sua
mulher D. Anna Josepha da Cunha Correa, moradores na dita villa; neto pela
parte paterna de Manuel Mendes Soares de Miranda, e de sua mulher D. Angela
Maria de Miranda; e pela materna de Manuel Antonio Vieira, e de sua mulher D.
Marianna Josepha da Cunha Correa. • Um escudo esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Soares de Tangil, no segundo as dos Mirandas, no terceiro as dos
Vieiras, e no quarto as dos Cunhas. — Br. p. a 11 de março de 1771. Reg, no
Cart. da N., liv. I, fl. 146. (C. C.)
1684. JOSÉ TIMOTHEO PEREIRA DE
BASTOS, natural da villa de Oeiras d’este reino; filho de Francisco José de
Moura e Bastos, e de sua mulher D. Joanna Maria Joaquina de Castello-branco;
neto pela parte paterna de Francisco Ribeiro
de Bastos, e de sua mu lher D. Thereza Maxima Margarida: e pela materna do
tenente coronel que foi de S. Lou renço da Barra, José Pereira de Braz, e de
sua mulher D. Archangela Michaela de Cas tello-branco. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Bastos, no segundo as dos Mouras, no terceiro
as dos Pereiras, e no quarto as dos Castellos-brancos. — Br. p. a 13 de
setembro de 1770. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 134. (C. C.)
1685. JOSÉ THEMUDO DE MENDANHA PINTO DE VASCONCELLOS, filho do capitão José Teixeira, cidadão da cidade de Lisboa, com o foro de criado do seremissimo senhor D. José, arcebispo primaz, e procurador geral da sua mitra, familiar do Santo Oficio, e proprie tario do oficio de carcereiro da Cadeia do castello, e de sua segunda mulher D. Maria Joaquina de Bulhões e Vasconcellos; neto paterno de Francisco Teixeira, e de sua mulher Maria dos Santos Rebello, filha de José dos Santos, que foi depois presbytero, e de Guio mar Rebello; bisneto de Francisco Rodrigues, e de sua mulher Domingas Teixeira; neto materno do capitão Alexandre Mattheus de Carvalho, cavalleiro da ordem de Christo, e de . Thereza Baracha de Bulhões, filha de João Serrão Baracha de Bulhões, e de sua segunda mulher D. Seraphina do Espirito Santo de Barros, filha de Francisco Alberto, e de sua mulher D. Luiza de Barros, filha de Affonso Sanches, e de sua mulher Ignez de Barros, institui dores da capella das suas casas da rua Direita, adiante de Nossa Senhora dos Remedios; bisneto materno do capitão Sebastião Mattheus, e de sua mulher D. Maria Francisca de Carvalho; terceiro neto de Bartholomeu Jorge, e de sua mulher Domingas Jorge : e a dita D. Maria Francisca de Carvalho, filha de Manuel Carvalho, e de sua mulher Maria Fran cisca : e o dito Manuel Pinto de Almeida filho do doutor Antonio Pinto de Almeida, e de sua mulher D. Filippa de Mendanha e Vasconcellos; neto paterno de Francisco Pinto de Almeida, cidadão de Coimbra, e de sua mulher Maria Toscana Reymão, filha de Anto nio Reymão Toscano, cidadão de Coimbra, e de sua mulher Anna Francisca Reymão; e pela parte materna é o dito Manuel Pinto de Almeida e Vasconcellos neto de Jeronymo Velloso de Vasconcellos, que foi senhor do morgado e quinta da Cortezia, uma das mais nobres e antigas no termo da villa de Alemquer, e de sua mulher Garcia Malheira de Men danha e Carvalho, filha de Francisco Leitão de Carvalho, e de sua mulher Filippa de Men danha Caldeira, filha de João Themudo de Mendanha, e de sua mulher Garcia Malheira, filha de Gaspar Ferreira Malheira, da villa de Alhandra : e o dito João Themudo de Men danha foi cavalleiro armado em Africa, onde serviu sem soldo, com cavallos e armas á sua custa, nas praças de Ceuta e Tanger, e acompanhou el-rei D. Sebastião na batalha de Alcacer, onde ficou captivo por ser homem fidalgo das illustres familias dos Mendanhas e Almeidas, aparentado com os Condes senhores de Abrantes, como filho que era de Gon çalo Baixo de Mendanha, e de sua mulher Brites Themudo Caldeira, filha de João The mudo, e de sua mulher Catharina Caldeira; neto paterno de Christovão Baixo de Menda nha, e de sua mulher Margarida Nunes Caldeira, filha de Christovão Mendes Caldeira; bisneto pela mesma parte de Alvaro Affonso de Almeida, primo segundo de D. Lopo de Almeida, primeire conde de Abrantes; terceiro neto de Afonso Nunes de Almeida, primo co-irmão de Diogo Fernandes de Almeida, pae do dito conde; quarto neto de João Fernandes de Almeida; quinto neto de Alvaro Francisco de Almeida, senhor de Roriz e Verdelhos, troneo commum dos condes de Abrantes, Assumar, Avintes e Lavradio : e o dito Francisco Leitão de Carvalho, quinto avô materno do supplicante, filho de Raphael Leitão, cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher Filippa de Quental, filha de Jero nymo de Quental, e de sua mulher Isabel Lopes, da nobre familia dos Quentaes e Gagos, da villa de Arruda; neto paterno de João Rodrigues da Quinta, e de sua mulher Beatriz Leitão de Carvalho, filha de Miguel Leitão de Andrade, e de sua mulher Leonor de Car valho das Sarzedas, filha de Jorge Alvares de Carvalho; neta a dita Beatriz Leitão pela parte paterna de Diogo Leitão, commendador na ordem de Sant'Iago, e senhor do anti quissimo morgado de Valle-bom, na villa da Certã, e de sua mulher Isabel de Andrade; e de Pedro de Andrade, alcaide-mór de Penamacor; bisneta de Antonio Gonçalves Leitão, o das forças, e de sua mulher Catharina Leitão de Andrade; terceira neta de Christovão Leitão, mestre da Ordem de Sant'Iago : e o dito João Serrão Baracha de Bulhões, seu ter ceiro avô materno, filho de Francisco Serrão Tismado Encerra-bodes, cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Joanna Cotella de Bulhões Baracha, filha de Christovão Ba racho Encerra-bodes, e de sua mulher D. Brites de Almeida de Bulhões; neto paterno de João Alvares Baracho, e de sua mulher Violante Rodrigues Encerra-bodes, da familia dos Barachos e Encerra-bodes; neta materna de Duarte Rodrigues Bulhões, e de sua mulher D. Francisca de Almeida, filha de Jorge Barroso de Almeida, parente do conde de Abran tes, o qual Duarte Rodrigues de Bulhões foi filho de Brites de Bulhões, mulher fidalga, e da familia do glorioso Santo Antonio, e de casa tão opulenta que n’ella se aposentavam os senhores reis d’este reino quando iam para Almeirim, e viveu n’ella algum tempo a se nhora rainha D. Catharina quando se retirou de Lisboa por causa da peste : e o dito Fran cisco Serrão Tismado Encerra-bodes foi filho de Sebastião Serrão Tisnado, moço da camara de el-rei D. Sebastião, neto de Francisco Tisnado Baracho Encerra-bodes, cavaleiro fidalgo da casa real. As armas dos Almeidas, Bulhões, Leitões, e Vasconcellos. — Br. p. a 29 de dezem bro de 1750. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 8 v. (C. C.)
1686. JOSÉ DE VASCONCELLOS DA FONSECA PINTO DE ALBUQUERQUE, fidalgo ca
valeiro da casa real, e negociante de grosso tracto da praça de Lisboa; filho
de Antonio Alexandre Monteiro, proprietario, e de sua mulher D. Anna Peregrina
de Vasconcellos; neto paterno de Francisco Fernandes Monteiro, proprietario, e
de sua mulher D. Maria Gonçalves; neto materno de Joaquim José de Vasconcellos
da Fonseca Pinto, fidalgo ca; valeiro da casa real, capitão de cavallaria do
exercito, e de D. Rosa Caetana Marques - bisneto pelo mesmo lado de Diogo da
Fonseca Pinto, fidalgo cavalleiro da casa real, e ad ministrador do morgado de
Lougrouva; terceiro neto de Caetano Alexandre Pinto de Al buquerque, fidalgo
cavaleiro da casa real, administrador do dito morgado, e de cuja casa é actual
representante a condessa de Tavarede D. Maria Emilia da Fonseca Pinto de Al
buquerque Araujo e Menezes. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Vasconcellos, no segundo as dos Fonsecas, no terceiro as dos Pintos,
e no quarto as dos Albuquerques. — Br. p. a 31 de dezembro de 1862, Reg. no
Cart. da N., liv. Ix, fl. 52 v. (C. C.)
1687. JosÉ VAs QUES DA CUNHA E
PINHo, cavalleiro fidalgo da casa real, e natural da praça de Mazagão; filho do
tenente coronel Francisco de Pinho de Castilho, professo na ordem de Christo, e
cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Joanna de Ma lafaia; neto
por parte paterna de Affonso Leitão de Pinho e Castilho, professo na ordem de
Christo, e cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Joanna de Sousa;
bisneto de Francisco Pinho de Castilho, professo na ordem de Christo, e
cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Brites Gonçalves; neto por
parte materna de Salvador Rodrigues do Couto e Loureiro, professo na ordem de
Christo, e cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Isabel
Rodrigues; bisneto de Luiz Loureiro de Abreu, professo na or dem de Christo,
cavalleiro fidalgo da casa real, e alcaide-mór da referida praça de Maza gão, e
de sua mulher D. Paschoa de Flores. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Pinhos, no segundo as dos Castilhos, no terceiro as dos Loureiros,
e no quarto as dos Abreus. — Br. p. a 2 de dezembro de 1801. Reg. no Cart. da
N., liv. VI, fl. 183. C.) (C. C.
1689. JosÉ VELLoso DA CRUZ,
cavalleiro da antiga e muito nobre ordem da Torre e Espada do valor, lealdade e
merito, e thesoureiro da Alfandega do Porto. Um escudo com as armas que lhe
foram concedidas por alvará de 8 de agosto de 1863. —Br. p. a 25 de setembro de
1863. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 59 v. V. no I. H. Welloso da
Cruz. (C. C.)
1690. JosÉ VIANNA Do AMARAL
RochA, cavalleiro professo na ordem de Christo, natural da cidade do Rio de
Janeiro; filho de Sebastião Gurgel do Amaral, familiar do Santo Oficio, e de sua
mulher D. Isabel Vianna do Amaral; neto paterno do capitão Fran cisco Correa
Leitão, e de sua mulher D. Angela do Amaral, filha do capitão João Baptista
Jordão, e de sua mulher Angela de Arão do Amaral, filha de Touvem Gurgel,
natural do reino de França, e de sua mulher Domingas de Arão do Amaral; bisneto
de Braz Correa Leitão, e de sua mulher Maria de Mattos; neto materno do tenente
coronel Salvador Vianna da Rocha, cavalleiro da ordem de Christo, familiar do
Santo Oficio, e de sua mulher D. Antonia Correa do Amaral, filha do tenente
coronel Felix Correa Pinto Bragança, ca valeiro da Ordem de Christo, e de sua
mulher D. Maria do Amaral, filha de João de Aze vedo Rocha, e de sua mulher
Antonia do Amaral, filha do referido Toussem Gurgel, e de sua mulher Domingas
de Arão do Amaral; e o dito João de Azevedo Rocha, filho de Af fonso João, e de
sua mulher Antonia de Azevedo, e o dito tenente coronel Felix Correa de Castro
Pinho Bragança, filho de Antonio Correa Pinho Bragança, e de sua mulher Joanna
de Freitas; bisneto do capitão Domingos Vianna, que tambem se chamou algum
tempo Domingos Gonçalves Rocha, e de sua mulher D. Francisca Antonia de Sousa,
filha de Thomé Gonçalves de Azevedo, e de sua mulher Maria Manuel, ele filho de
Manuel Gon çalves de Passos; terceiro neto de Sebastião Gonçalves Rocha, e de
sua mulher Anna Gon çalves Cirne, filha de Pedro Dias Cirne; quarto neto de
Belchior Martins, e de sua mulher D. Leonor Soares, ele filho de Balthasar
Gonçalves, e de sua mulher Catharina Alves, e ella filha de Diogo da Rocha
Villarinho, e de sua mulher Catharina Soares, filha de Duarte Alvares
Villarinho, e de sua mulher Ignez da Rocha, filha de D. Afonso da Rocha, abbade
commendatario de S. Salvador da Torre, e este filho de monsieur de la Rocha,
fidalgo francez, que passando a Portugal a servir nas guerras que n'aquelle
tempo tinha este reino, n'elle se intitulou conde de Quinzal e estabeleceu a
sua casa na Villa de Vianna, onde vi veu, e d’onde foram naturaes os referidos
seus descendentes. As armas dos Amaraes, e Rochas. —Br. p. a 19 de outubro de
1764. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 137. (C. C.)
1692. José XAVIER DE AZEVED o
XIMENES DE ARAGÃO, cavaleiro professo na ordem de Christo, e tenente do segundo
regimento de infanteria da praça de Elvas; filho de Francisco Xavier de
Azevedo, e de D. Anna Joaquina Rosa; neto paterno de Pedro Paulo de Azevedo, e
de D. Thereza Ximenes de Aragão, filha de Manuel Lopes de Araujo, e de sua
mulher D. Leonor Ximenes de Aragão. Um escudo esquartelado; no primeiro e
quarto quarteis as armas dos Azevedos, no segundo as dos Ximenes, e no terceiro
as dos Aragões. — Br. p. a 3 de agosto de 1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII,
fl. 196. (C. C.)
1693. José XAVIER CARDoso CoELHo
NoBRE, moço fidalgo da casa real, desembar gador da Relação e casa do Porto,
filho de Feliciano Ramos Nobre, do conselho e desem bargador do Paço, e de sua
mulher D. Rosa Joaquina Teixeira Coelho Cardoso; neto por parte paterna do
capitão Francisco Ramos Nobre, que serviu na governança da cidade de Beja, e de
sua mulher D. Maria Martins Mourão; bisneto de Manuel Nunes Pinheiro No bre, e
de sua mulher D. Beatriz Rodrigues Nobre; neto por parte materna de João Tei
xeira Coelho Cardoso, capitão do concelho de Lafões, e de sua mulher D. Joanna
Thereza do Amaral; bisneto de Manuel Teixeira de Brito, capitão do mesmo
concelho, e de sua mulher D. Maria de Menezes e Almeida. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Nobres, no segundo as dos
Teixeiras, no terceiro as dos Coelhos, e no quarto as dos Cardosos. — Br. p. a
2 de setembro de 1805. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 216 v. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Eças, no segundo as dos
Cunhas, no terceiro as dos Menezes, e no quarto as dos Castros. — Br. p. a 2 de
dezem bro de 1811. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 240 v. (C. C.)
1695. JosÉ XAVIER DINIZ PEREIRA DE ALMEIDA
SERRA, natural do logar de Alfu cheira, filho do bacharel João Xavier de
Almeida Serra, e de sua mulher D. Maria Rosa Diniz Pereira; neto pela parte
paterna de Francisco Lopes, e de sua mulher Catharina Theresa da Serra; filha
de Manuel Simão de Almeida, e de sua mulher Maria Dias da Serra; e neta de
Simão Thomaz da Serra, tio de Manuel da Serra, tenente general que foi n'esta
corte, pae de José da Serra, governador do Grã-Pará e Maranhão; e pela ma terna
neto do capitão Dionysio João Pereira, e de sua segunda mulher Natalia Nunes
Pereira. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Almeidas, no
segundo as dos Serras, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Simões.
— Br. p. a 6 de março de 1733. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 195. (C. C.)
1696. JosÉ XAVIER GONZAGA DE SÁ,
natural da cidade de Santo Antonio, na ilha do Principe, e tenente coronel de
milicias da dita ilha; filho de Christovão Xavier de Sá, governador das ilhas
de S, Thomé e Principe, e de sua mulher D. Maria Luiza da Cruz; neto paterno de
Jeronymo Domingos de Sá, major do regimento de infanteria n.º 23; bis neto de
Pedro Gonçalves de Sá e Simas Castello-branco, capitão-mór da villa de Arron
ches, e cavalleiro fidalgo da casa real. • Um escudo, e n'elle as armas dos
Sás. — Br. p. a 31 de julho de 1821. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 83.
(C. C.)
1697. JosÉ XAVIER DE OLIVEIRA,
cirurgião-mór do quarto regimento de artilheria auxiliar da cidade da Bahia;
filho de Manuel de Oliveira de Antas, que morreu no posto de alferes de um dos
regimentos pagos do reino de Angola, e de sua mulher D. Leonor Maria de Santa
Rita; neto pela parte paterna de Domingos de Oliveira, e de sua mulher Maria de
Antas; e pela parte materna do sargento-mór Pedro do Carmo Heredia, e de sua
mulher D. Marianna de Sousa Teixeira; bisneto do capitão Pedro de Sousa, e so
brinho do capitão-mór Francisco Xavier Correa. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Oliveiras, e na segunda as dos Antas. — Br, p. a 5 de
janeiro de 1799. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 58. C.) (C. C.
1698. D. JosEPHA MARIA DE ATAID E
DE BETTENCo URT, filha legitima de Sebastião Viegas, e de D. Maria de Ataide
Bettencourt; pela parte materna neta de João da Costa de Ataide, fidalgo da
casa real, e governador que foi da ilha da Madeira, e de sua mulher D.
Magdalena Pereira Bettencourt. Uma lisonja partida em pala; a primeira de prata
lisa, a segunda a dos Ataides. — Br. p. a 5 de abril de 1765. Reg, no Cart. da
N., liv. I, fl. 25. (C. C.)
1700. D. JosEPHA MARIA DE SÁ
DELGADA, natural da quinta do Vimieiro, fregue zia de Nossa Senhora da
Annunciação, do logar de Romeu, filha de José de Sá, e de sua mulher D. Maria
Delgada; neta pela parte paterna de Domingos Rodrigues; e pela ma terna de
Miguel Delgado. Uma lisonja partida em pala; a primeira de prata lisa, a
segunda cortada em faxa; na primeira as armas dos Sás, e na segunda as dos
Delgados. — Br. p. a 28 de maio de 1781. Reg. no Cart. da N. liv. III, fl. 12
v. (C. C.)
1701. JULIÃO FRANCIsco XAVIER,
natural do Rio de Janeiro; filho de André Fran cisco Xavier, e de D. Rosa Maria
de Jesus; neto pela parte paterna de Manuel da Silva Pereira, e de Isabel de
Sequeira, e pela materna de Manuel Leitão e de D. Anna Maria de Jesus. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Silvas, e na segunda as dos
Sequeiras. — Br. p. a 18 de outubro de 1769. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl.
115 V. (C. C.)
1702. JULIÃO PINHEIRO. Carta pela
qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: —
Escudo de campo esquartelado; o primeiro de vermelho com uma torre de prata la
prata aberto, paquife de prata e vermelho, por timbre a mesma torre, e por
diferença uma flor de liz de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo
por descender da nobre linhagem e geração dos Pinas e Pinheiros. — Dada em
Evora a 15 de junho de 1524. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. IV, fl. 66 v.
1703. JULIO CANDIDO FERREIRA,
natural da ilha da Boa-vista, filho de Aniceto An tonio Ferreira Alvares
Mendes, cavaleiro professo na ordem de Christo, feitor da real fa zenda na ilha
da Boa-vista, brigadeiro do real exercito, e governador da referida ilha, a
quem se passou brazão de armas a 14 de outubro de 1803, e de sua mulher D.
Filippa Ignez da Graça; neto paterno do bacharel Antonio Manuel Alvares, e de
sua mulher D. Maria Josepha Mendes; bisneto de João Gomes Alvares, e de sua
mulher D. Maria Ro drigues; bisneto egualmente por parte de sua referida avó D.
Maria Josepha Mendes, de Francisco Ferreira, e de sua mulher D. Josepha
Rodrigues Mendes; neto materno de João da Silva Soares, capitão de milicias da
dita ilha da Boa-vista, e de sua mulher D. Ignez da Graça e Silva. Um escudo partido
em pala; na primeira as armas dos Alvares, e na se gunda as dos Mendes. — Br.
p. a 13 de março de 1830. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 249. (C. C.)
1704. JULIO GOMES DA SILVA SANCHES MACHADO DA ROCHA, do conselho de Sua
Magestade, conselheiro de Estado efectivo, par do reino, ministro e secretario
de estado dos Negocios do reino, e interinamente dos Negocios ecclesiasticos e
de justiça, presidente da Relação de Lisboa, grã-cruz e commendador da ordem de
Nossa Senhora da Concei ção de Villa-viçosa, e cavalleiro da antiga e muito
nobre ordem da Torre Espada, do va lor, lealdade e merito.
Um escudo esquartelado com as
armas que lhe foram concedidas por alvará de 20 de maio de 1865. — Br. p. a ...
de junho de 1865. (M. N.) Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 85.—V. no I. H. Machado da Rocha. (C. C.)
1705. JUSTINIANo JosÉ Dos REIS,
natural de Minas-geraes, cavaleiro professo na ordem de Christo, negociante
matriculado na praça de Benguella, tenente coronel das ex tinctas milicias de
Loanda, actual sub-prefeito, e governador civil e militar da comarca de
Benguella; filho de Justiniano José dos Reis, e de sua mulher D. Maria Joaquina
da Cunha e Brito; neto paterno de Antonio Joaquim dos Reis, e de sua mulher D.
Catharina Xavier de Brito; e materno de Joaquim Ignacio da Cunha e Brito, e de
sua mulher D. Ma ria Guiomar de Andrade. Um escudo partido em pala; na primeira
as armas dos Britos, e na segunda as dos Cunhas. — Br. p. a 26 de setembro de
1836. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 278 V. • (C. C.)
1706. JUZARTE SOARES GALHARDo,
cavaleiro da casa real. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo vermelho com um
leopardo de oiro, tendo sobre as costas (sem chegar a estas) uma flor de liz de
oiro, e o rabo arrevezado, e por diferença uma lua de prata; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre o mesmo
leopardo das armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender
da geração e linhagem dos Galhardos.—Dada em Lisboa a 6 de abril de 1529. Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. XVII, fl. 36 v.
1707. LADIS LAU DE ABRANCHES
FREIRE DE FIGUEIREDo, proprietario, filho de La dislau Caetano da Cunha
Botelho, capitão reformado do extincto regimento de milicias da Guarda,
condecorado com a medalha das campanhas da guerra da peninsula, presidente da
Camara municipal da cidade de Pinhel, e de sua mulher D. Helena Maxima de
Gouvea Freire; neto paterno de Manuel Caetano da Cunha Botelho, monteiro-mór da
cidade de Pinhel, e de sua mulher D. Maria Michaela Joaquina Vaz Pato, e
materno de Bernardo de Figueiredo Ferrão Freire de Abreu Castello-branco, representante
da casa dos Figuei redos do adro da Villa de Avô, e de sua mulher D. Anna das
Neves Castello-branc0; S0 brinho por parte materna de Albino Abranches Freire
de Figueiredo, do conselho de Sua Magestade, fidalgo cavalleiro da casa real,
commendador da ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, bacharel
formado em direito, e presidente da Junta do deposito publico, a quem se passou
brazão de armas. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Figueiredos, no segundo as dos Freires, no terceiro as dos Abranches, e no
quarto as dos Ferrões. —Br. p. a 28 de fevereiro de 1866. Reg. no Cart. da N.,
liv. IX, fl. 94. (C. C.)
1708. LANÇA RoTE PEREIRA BoRGEs, cavaleiro
fidalgo, filho do licenceado Gomes Borges, e neto de João Borges de Basto, que
foi do verdadeiro tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecessores; — Escudo de campo vermelho, e
um leão de oiro com uma bordadura azul, semeada de flores de liz de oiro, e por
diferença um crescente de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife
de oiro, vermelho e azul, e por timbre meio leão de oiro com uma das flores de
liz sobre a cabeça; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender
da nobre geração dos Borges. — Dada em Lisboa a 3 de março de 1539. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XXVII, fl. 20 v.
1709. LANÇAROTE VIEIRA, moço da
camara do Cardeal infante, filho de João AfonS0, escudeiro, e de Joanna Vieira,
neto de Lançarote Gonçalves Vieira, e bisneto de Gonçalo Affonso Vieira, que
foi fidalgo muito honrado e do tronco da geração dos Vieiras. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus an tecessores
: — Escudo de campo vermelho com seis vieiras de prata lavradas, em duas palas,
e por diferença, uma brica de oiro e n'ella um —L— de preto; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre uma aspa
de Ver melho com tres vieiras de prata; com todas as honras de nobre fidalgo
por descender da geração dos Vieiras.—Dada cm Evora a 12 de outubro de 1536.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXII, fl. 121.
1710. LAZAR o CARDoso AMADo, coronel do terço
dos auxiliares da cidade de S. Paulo da Assumpção, reino de Angola, natural da
villa de Rio de Moinhos, comarca e bispado de Viseu; filho de Bernardo Cardoso
de Almeida Amado, e de sua mulher D. Maria da Conceição Coelho; neto pela parte
paterna de Manuel de Almeida Amado, e de sua mu lher D. Marianna Cardoso; e
pela materna de Bernardo Dias Coelho, e de sua mulher D. Isabel João. segundo
as dos Amados, no terceiro as dos Cardosos, e no quarto as dos Coelhos. — Br.
p. a 23 de outubro de 1787. Reg, no Cart. da N., liv. Iv, fl. 32 v. (C. C.)
1711. LAZAR o DA SILVA ToRREs,
cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo, natural e
morador na villa de Santarem; filho de José da Silva Torres, cavalleiro fidalgo
da casa real, e de D. Luiza Antonia Josepha; neto pela parte paterna de Manuel
Dias Torres, e de D. Felicia Maria da Silva; e pela parte materna de D.
Fernando Ponce de Leão, e de D. Maria da Conceição. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Torres, no se gundo as dos Silvas, e no
terceiro as dos Ponces de Leão. — Br. p. a 30 de março de 1785. Reg. no Cart.
da N., liv. III, fl. 191 v. (C. C.)
1712. LEANDRO DA CosTA DE FA Ro,
morador na villa de Santa Marinha, comarca da Guarda, filho de Bartholomeu da
Costa, e de sua mulher D. Maria Lopes Delgado Pes sanha; neto paterno de Manuel
da Costa de Faro, e de sua mulher D. Brites Fernandes da Cruz; bisneto de
Ignacio da Costa e Faro, e de sua mulher D. Catharina João Lobo; terceiro neto
de Cosme da Costa, e de sua mulher D. Engracia Martins do Amaral; quarto neto
de Leandro da Costa de Faro; quinto neto de Henrique da Costa de Faro, que se
gundo a tradição viveu nobremente em Lisboa no reinado do senhor rei D.
Sebastião, de quem parece teve o foro de cavaleiro fidalgo : e da mesma
tradição consta que foi des terrado da côrte, o que devia ser por Filippe I, e
viveu o resto da sua vida no concelho de Azurára, onde está sepultado na egrela
de Povolide com as armas dos Costas, e Faros na campa da mesma. As armas dos
Faros e Costas, Delgados, Pessanhas, Lobos, Amaraes. — Br. p. a 10 de maio de
1751. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 19. (C. C.)
1713. LEANDRO DIAS DE ORNELLAS E VASCONCELLOS, da cidade do Funchal, ilha
da Madeira, filho de Miguel Manuel Dias de Ornellas e Vasconcellos, e de D.
Maria Jose pha de Menezes e Vasconcellos; neto de Antonio de Ornellas e Vasconcellos,
e de D. Va lentina Heredia de Vasconcellos; bisneto de Manuel de Ornellas e
Vasconcellos, e de D. Francisca da Côrte; terceiro neto de Manuel de Ornellas
Spinola, e de D. Isabel Tei xeira de Lordello; neto por parte materna do
capitão Nicolau Lobo de Mattos, e de D. Antonia Maria de Menezes e
Vasconcellos; bisneto de Bartholomeu Lobo de Mattos, e de D. Antonia Telles
Reis; terceiro neto de João Lobo de Mattos, e de D. Isabel da Camara. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Ornellas, e na segunda as dos
Vasconcellos. — Br. p. a 27 de julho de 1801. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl.
174. (C. C.)
1714. LEANDRO JosÉ DA CostA
PEREIRA DE ALMEIDA NoRoNHA E ABRANCHES, natural da ilha de S. Thomé, filho do
coronel Thomaz José da Costa Noronha, e de D. Antonia Luiza Mascarenhas de
Almeida Pereira Noronha e Abranches; neto paterno do coronel Leandro José da
Costa e Noronha, e materno do coronel Gregorio Alves Pereira, e de D. Maria
Francisca Constantina; bisneto pelo mesmo lado do coronel João Francisco de
Almeida, a quem se passou brazão de armas a 29 de novembro de 1703. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Almeidas, no segundo as dos
Pereiras, no terceiro as dos Noronhas, e no quarto as dos Abranches. — Br. p. a
3 de março de 1806. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 117. (C. C.)
1715. LEANDRO SEVERo VAZ PINTO DE
SÁ, natural e morador na cidade de Lisboa, filho de Manuel Correa Vaz Pinto,
capitão de infanteria, auxiliar do terço da comarca de Setubal, proprietario do
oficio de vendedor e recebedor dos direitos reaes do pescado Secco, e cidadão
da cidade de Lisboa, d’onde é natural, e de sua mulher D. Lucina Maria de
Jesus; neto paterno de João Ferreira de Carvalho, proprietario do dito oficio,
e de sua mulher D. Joanna de Sá, natural d’esta côrte, que levou em dote o dito
oficio, filha de Balthazar de Sá, proprietario do dito oficio, e de sua mulher
D. Luiza Moreira, fi lha de Francisco Jorge, e de sua mulher D. Maria Moreira:
e o dito Balthazar de Sá era filho de Garcia Vaz Pinto de Sá, abbade que foi de
Vinhaes, que, antes de ser clerigo, se chamava Filippe Teixeira de Magalhães,
fidalgo escudeiro da casa real, e de D. Maria de Sá; neto de Ruy Vaz Pinto de
Sá, governador do Rio de Janeiro, e provedor da Fazenda do Brazil, e de sua
mulher D. Francisca de Magalhães, filha do doutor Fernando de Ma galhães,
desembargador do Paço, e chanceller-mór do reino; bisneto de Antonio Teixeira
Pinto, senhor do morgado de Calville, e de sua mulher D. Joanna de Sá, filha de
Joã0 Rebello de Sá; terceiro neto de Gonçalo Vaz Pinto, e de sua mulher D.
Isabel Leite, fi lha de Alvaro Leite, senhor do morgado de Quebrantões; quarto
neto de Mannel Pinto de Goes, senhor do dito morgado de Calville, da honra da
Pardilha, e da quinta de Algares, e de sua mulher D. Francisca Teixeira, filha
de João Teixeira de Macedo, e de Violante de Barros, o qual Manuel Pinto de
Goes era filho de Gonçalo Vaz Pinto, segundo senhor de Terras e Tendaes,
alcaide-mór de Chaves, e de sua segunda mulher D. Ignez Rodri gues de Goes;
neto de outro Gonçalo Vaz Pinto, primeiro senhor das ditas terras, e de sua
mulher D. Catharina de Mello, filha de Martim Affonso de Mello, setimo senhor
da villa de Mello; bisneto de Ayres Pinto, filho de Vasco Garcez Pinto, e este
de Garcia Soares Pinto, neto de D. João Garcia de Sousa Pinto, progenitor
d’este nobilissimo appel lido; bisneto o supplicante pela sua varonia de
Domingos Ferreira de Carvalho, e de sua mulher D. Isabel da Mouta, filha de
Domingos Preto Mattoso, e de sua mulher D. Fran cisca da Mouta; terceiro neto
de Marcos Ferreira, e de sua mulher Catharina Fernandes; neto materno do
capitão de mar e guerra Domingos Gomes Cubellos, e de sua mulher D. Helena
Maria Monteiro, filha de João de Mattos, e de sua mulher D. Clara Monteiro, filha
de Simão Fernandes, e de sua mulher Maria Themuda; o dito João de Mattos foi fi
lho de outro João de Mattos, e de sua mulher Isabel Rodrigues; bisneto materno
do ca pitão José Gomes Gago, e de sua mulher Iria Martins, filha de Paulo
Gomes, e de Maria Manuel, e ele de Domingos Braz, e de Domingas Gomes, todos
naturaes da villa de Cascaes. As armas dos Ferreiras, Pintos, Sás, e Mellos. —
Br. p. a 5 de setembro de 1750. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 2 v.
(C. C.)
1716. LEAND Ro CARDoso AZEVEDo Do
VALLE (Bacharel), capitão de ordenanças da villa do Rabaçal, filho de Manuel
Cardoso do Valle, e de sua mulher Catharina Christo vão, filha de Pedro
Christovão, e de sua mulher Cecilia Francisca; neto pela parte pa terna de
outro Manuel Cardoso do Valle, e de Josepha Mattheus, o qual Manuel Cardoso do
Valle fôra quarto neto de Manuel Sueiro de Albergaria, natural da cidade de
Aveiro. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Cardosos, na
segunda as dos Albergarias. — Br. p. a 2 de fevereiro de 1769. Reg. no Cart. da
N., liv. I, fl. 92. (C. C.)
1717. LEONARDO JOSÉ VIEIRA,
capitão das ordenanças do logar de Vassal, termo de Chaves, comarca de
Bragança, filho de Francisco Teixeira, e de Maria Gonçalves; neto materno de
Miguel Fernandes, e de D. Catharina Gonçalves. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Teixeiras e na segunda as dos Vieiras. — Br. p. a 4 de
setembro de 1802. Reg, no Cart. da N., liv. VII, fl. 4. (C. C.) filho de
Filippe Nery de Vasconcellos,
capitão de infanteria do regimento do marquez das Mi nas, e de sua mulher D.
Antonia Francisca Garcia; neto pela parte paterna de Leonardo Pereira de
Vasconcellos, cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo,
familiar do Santo Oficio, e administrador do morgado de Catta-Sol, no logar de
Barca rena, e de sua mulher D. Violante Maria Luiza Xavier Monteiro de
Vasconcellos; bisneto pela parte paterna de Francisco Xavier Monteiro de
Vasconcellos, cavaleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo, e
familiar do Santo Oficio, e de sua mulher D. Maria Leonarda de Góes Pinheiro,
administradora que foi do dito morgado, filha de Ro que de Góes Pinheiro,
cavaleiro professo na ordem de Christo, administrador que foi do dito morgado,
e de sua mulher D. Anna Maria Pinheiro de Faria, filha de Antonio Pi nheiro de
Faria, tenente general que foi no reino de Angola, fidalgo cavalleiro da casa
real, e de sua mulher D. Catharina de Oliveira; e o dito Roque de Góes Pinheiro
era filho de Pedro de Góes Pinheiro, professo na ordem de Christo, secretario
que foi da casa de Bragança, e administrador do dito morgado, e de sua mulher
D. Monica Rebello de Car valho, filha de Manuel Rebello de Carvalho, e de sua
mulher Isabel Ferreira, instituidores que foram do mesmo morgado; e Pedro de
Góes Pinheiro foi filho de Roque de Góes Pi nheiro, e de sua mulher D. Jeronyma
Pinheiro; neto de Diogo de Góes, e de sua mulher Catharina Pinheiro; terceiro
neto o supplicante pela sua varonia de Bartholomeu Monteiro de Sequeira,
cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de Sant'Iago, moço da camara
do senhor rei D. Pedro II, e de sua mulher D. Angela Garcez de Vasconcellos,
filha de Manuel Ribeiro de Vasconcellos, e de sua mulher D. Maria
Garcez Soares; quarto neto do doutor Antonio Monteiro de Miranda, juiz de fóra
que foi do Torrão, e de sua mulher D. Violante de Torres de Andrade; quinto
neto de Francisco Monteiro de Miranda, e de sua mulher D. Maria Nunes; Sexto
neto de Belchior Metello, e de sua mulher Guio mar Nunes; setimo neto de Gaspar
Nogueira; sendo o mesmos upplicante sobrinho de Antonio José Pinheiro de
Vasconcellos, cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo, e
familiar do Santo Oficio, a quem se passou brazão de armas aos 15 de ju lho de
1752. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Rebellos, no
segundo as dos Carvalhos, no terceiro as dos Pinheiros, e no quarto as dos
Vasconcellos. — Br. p. a 27 de junho de 1794. Reg, no Cart. da N., liv. V, fl.
26 v. (C. C.)
1719. D. LEONOR VIOLANTE Ros.A
PESSOA DE AMORIM, viuva de Manuel Vaz, filha de Miguel Pessoa da Cunha e Amorim,
e de sua mulher D. Antonia Bernarda Pereira da Silva; neta pela parte paterna
de Sancho Pessoa de Amorim, cadete que foi dos dragões de Aveiro, e de sua
mulher D. Branca Nunes; neta pela parte materna de Simão Pereira Mendes, e de
sua mulher D. Branca Maria; sendo a mesma supplicante prima de Gaspar Pessoa
Tavares de Amorim, e de Gregorio Tavares Pessoa de Amorim, aos quaes já se
passou brazão de armas. Uma lisonja partida em pala; a primeira de prata lisa,
a segunda partida tambem em pala, na primeira as armas dos Pessoas, e na
segunda as dos Amorins. — Br. p. a 9 de julho de 1799. Reg. no Cart. da N.,
liv. VI, fl. 94 v. (C. C.)
1720. LEONEL DE QUEIROZ DE
GouvEA, cavaleiro da ordem de Christo, filho de Leonel de Queiroz de Gouvea, e
de Maria Vaz de Castello-branco, que foram fidalgos muito honrados e do tronco
d'estas gerações. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro partido
em pala e na primeira parte de vermelho com uma dobre cruz e bordadura de oiro
entre seis arvelas de prata, e na segunda parte de prata com seis arvelas de
azul; o segundo azul com um leão de oiro ar mado de vermelho, e por differença
uma lua de azul; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro,
vermelho e azul, e por timbre o mesmo leão; com todas as hon ras de fidalgo por
descender das gerações dos Gouveas e Castellos-brancos.—Dada em Evora a 10 de
março de 1537. Reg, na Chanc. de D. João III, liv. XXIII, fl. 19.
1721. Lopo D E ARAUJo, filho de
Lopo Rodrigues de Araujo, e de Catharina Pimen tel; neto de João Rodrigues de
Araujo; bisneto de João Rodrigues de Araujo; todos fi dalgos muito honrados.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo de prata e uma aspa azul com cinco besantes de
oiro, uma no meio e as outras nas pontas, e por diferença uma merleta vermelha;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre a
mesma aspa com cinco besan tes de oiro; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da linhagem dos Araujos. — Dada em Lisboa a 4 de abril de
1541. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXXIV, fl. 10.
1722. Lopo DE CARVALHAL, morador
em Penella, filho de Pero de Carvalhal, e de Al donça Canella, moradores em
Monte-mór o novo; neto de João Fontes de Carvalhal, e de Leonor Lopes Loba, os
quaes foram fidalgos muito honrados. Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe
concede e a todos os seus descendentes o se guinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo vermelho partido em pala com um filete preto, na primeira
parte um carvalho verde, na outra uma torre de prata guar necida de preto, e ao
pé escudo ondado de azul, e uma flor de liz de oiro por diferença; elmo de
prata aberto, e por timbre a mesma torre com seu ramo de carvalho nas ameas,
paquife de prata e vermelho; com todas as honras de nobre e fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Carvalhaes. — Dada no anno de 1513. Reg. na
Chanc. de D. Ma nuel, liv. XLII, fl. 79, e liv. XIII da Estremadura, fl. 67.
1723. Lopo EstEvEs, cavalleiro, morador na villa de Olivença. Carta pela qual
el-rei D. Affonso V lhe concede e a seus descendentes o seguinte bra zão de
armas: — Um escudo de côr de purpura ou de matista e uma aguia estendida,
branca ou de prata, com o bico e pernas pretas; pelos muitos serviços pelo
mesmo pres tados nas tomadas da villa de Alcacer, de Arzilla e da cidade de
Tanger aos mouros. — Dada em em Lisboa a 8 de novembro de 1741. (M.N.) Reg. na
Chanc. de D. Afonso V, liv. XXI, fl. 14 v., e liv. III de Mist., fl. 12 v.
1724. LOPO JOSÉ BARBOSA COLLAÇO DE VASCONCELLOS E CASTRO, filho do capi
tão Agostinho Luiz Barbosa Costa de Vasconcellos e Castro, e de sua mulher D.
Thereza Maria Barbosa de Lima; neto paterno do capitão João Collaço de
Vasconcellos e Castro, e de sua mulher D. Maria Barbosa, filha do capitão
Torquato Barbosa, e de sua mulher D. Domingas de Araujo, neta paterna de João
Soares, e de sua mulher D. Senhorinha Barbosa, filha de Torquato Barbosa, este
filho de Francisco Barbosa; bisneto o supplicante de João Rodrigues Vieira, e
de sua mulher D. Anna Maria Collaço de Vasconcellos, filha de Luiz Ribeiro de Castro e Vasconcellos, e de
sua mulher D. Catharina Manuela, neta paterna de Sebastião Ribeiro de Castro, e
de sua mulher D. Maria Collaço de Vascon cellos, filha de D. Maria Saldanha de
Vasconcellos, e este filho tambem de Simão Ribeiro neto materno de Francisco
Fernandes de Castro, e de sua mulher D. Monica Bar OS3. As armas dos Barbosas,
Castros, e Vasconcellos. — Br. p. a 16 de agosto de 1755. Reg, no Cart. da N.,
liv. particular, fl. 91. (C. C.)
1725. LOPO MACHADO, morador na ilha da Madeira, filho de Pedro Machado e neto de Lopo Machado, os quaes foram do
tronco d'estas gerações. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo esquartelado; o
primeiro de vermelho com cinco machados de prata com os cabos de oiro, em aspa,
o segundo de vermelho e uma aguia preta, estendida, com os pés e membrada de
oiro, e por diferença um crescente de prata; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de prata, oiro e vermelho, e por timbre dois dos ma chados em
aspa; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e
linhagem dos Machados e Maias. — Dada em Evora em 1537. Reg. na Chanc. de D.
João III, liv. XXIII, fl. 70.
1726. LOPO MEXIA, natural de
Campo-maior, filho de Diogo Mexia, e de Isabel Affonso; neto de Lopo Vaz Mexia;
bisneto de Gonçalo Vaz Mexia, que foi do verdadeiro tronco dos Mexias. Carta
pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores:
— Escudo de campo de oiro com
tres faxas azues, e por diferença uma merleta preta; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre meia onça com uma faxa
azul; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da gera ção
dos Mexias. — Dada em Lisboa a 21 de outubro de 1551. Reg, no liv. IV de Privile
gios, fl. 174 V.
1727. Lopo RoDRIGUES CANELLO,
escrivão da Camara real, e da Camara do mes trado da Ordem de Christo. Carta
pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede e a todos os seus descendentes o se
guinte brazão de armas: — Escudo de campo verde, e uma ribeira em faxa entre
uma es trella de oiro e uma flor de liz de oiro, e de um dos lados da dita
ribeira um braço ves tido de brocado com umas letras que dizem — Rei — cujo
braço tira com a mão da dita ribeira outro braço vestido de azul, e tem no campo
do escudo uma bordadura de prata; elmo de prata cerrado guarnecido de oiro,
paquife de oiro, Verde, prata e azul, e por timbre o braço azul com uma
estrella na mão; com todas as honras e privilegios de fidalgo pelos serviços
por elle prestados, e por ter livrado o rei quando caiu em uma ribeira. — Dada
em Almeirim a 10 de janeiro de 1576. (M. N.) Reg. na Chanc. de D. Sebastião,
liv. IX, fl. 76 e liv. XI, fl. 71.
1728. Lopo SoAREs, filho de Pedro
de Santarem Soares, e neto de Lopo Vaz Soares, que era fidalgo muito honrado e
do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo de prata com uma cruz
vermelha florida e vasia do primeiro, e uma bordadura de prata cheia de escudinhos
azues, e em cada um cinco besantes da borda dura, e por diferença um crescente
verde; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, pa quife de prata, vermelho e
azul, e por timbre um dragão volante de vermelho com os pés sobre o elmo; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos Soares de
Albergaria. — Dada em Lisboa a 9 de julho de 1549. Reg, no liv. II de Privi
legios, fl. 222.
1730. Lou RENço ANNES MACIEL,
morador em Vianna de Caminha; filho de Joã0 Maciel, fidalgo, alcaide-mór que
foi de Vila-nova de Cerveira. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo meio partido em pala; o
primeiro de prata com duas flores de liz de azul, em pala, o segundo de preto com
uma meia aguia de vermelho armada de oiro, e por diferença uma brica vermelha;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por timbre
uma aguia de oiro estendida; com todas as honras de no bre e fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Macieis.—Dada em Monte-mór 0 novo a 20 de
maio de 1531. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. Lv, fl. 94 v.
1732. Lopo DE CARVALHAL, morador
em Penella, filho de Pero de Carvalhal, e de Al donça Canella, moradores em
Monte-mór o novo; neto de João Fontes de Carvalhal, e de Leonor Lopes Loba, os
quaes foram fidalgos muito honrados. Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe
concede e a todos os seus descendentes o se guinte brazão de seus antecessores:
— Escudo de campo vermelho partido em pala com um filete preto, na primeira
parte um carvalho verde, na outra uma torre de prata guar necida de preto, e ao
pé escudo ondado de azul, e uma flor de liz de oiro por diferença; elmo de
prata aberto, e por timbre a mesma torre com seu ramo de carvalho nas ameas,
paquife de prata e vermelho; com todas as honras de nobre e fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Carvalhaes. — Dada no anno de 1513. Reg. na
Chanc. de D. Ma nuel, liv. XLII, fl. 79, e liv. XIII da Estremadura, fl. 67.
1732. Lou RENço ANT o NIo DE
SOUSA PEREIRA, natural da villa de Palmella; filho de Manuel de Sousa Pereira,
e de sua mulher Isabel Caetana e Azevedo; neto pela parte paterna de João de
Sousa Pereira, e de sua mulher D. Jeronyma Romba Cardosa, filha do capitão
Manuel Cordeiro Cacho, e de sua mulher D. Anna Maria Romba; bisneto de Manuel Barrocas
Aguio, cavalleiro da ordem de Christo, capitão de infanteria que foi na
capitania de Pernambuco, onde ajudou a expulsar d’ella os hollandezes, e vindo
para este da praça de Ouguella, e de sua mulher D. Catharina Luiza Pereira; e
pela parte materna neto de Pedro de Sequeira Godinho, e de sua mulher D. Anna
Maria da Silva. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Pereiras, no segundo as dos Cordeiros, no terceiro as dos Sequeiras, e no
quarto as dos Silvas. — Br. p. a 4 de abril de 1772. Reg. no Cart. da N., liv.
1, fl. 173. (C. C.)
1733. Lou RENCo ARRAEs D E MENDoN
CA DA CUNHA, cavaleiro fidalgo da casa real, natural da cidade do Pará; filho
de João da Silva da Cunha Arraes de Mendonça, caval leiro fidalgo da casa real,
e de sua mulher D. Catharina de Abreu Amora; neto por parte paterna de Lourenço
Arraes de Mendonça, cavaleiro fidalgo da casa real, professo na or dem de
Christo e alferes de infanteria da extincta praça de Mazagão, e de sua mulher
D. Catharina de Abreu, a qual era filha do alcaide-mór da dita praça de
Mazagão, Luiz Lourenço de Abreu, professo na ordem de Christo, fidalgo da casa
real, e capitão de in fanteria na dita praça; bisneto de Jorge do Rego Arraes
de Brito, professo na ordem de Christo, cavaleiro da casa real, adail e
cabo-maior de cavallaria da mencionada praça, e de sua mulher D. Catharina
Maria de Brito, a qual era filha de Antonio de Azevedo Cou tinho, professo na
ordem de Christo, e fidalgo da casa real; terceiro neto de outro Lou renço
Arraes de Mendonça, professo na ordem de Christo, cavaleiro fidalgo da casa
real e capitão de infanteria da dita praça, e de sua mulher D. Maria de Brito;
neto por parte materna de Antonio Gonçalves Amora, professo na ordem de
Christo, e cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Joanna Cotta;
bisneto de outro Antonio Gonçalves Amora, professo na ordem de Christo e
cavaleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Joanna Domingues; terceiro
neto de Bartholomeu Amora, professo na ordem de Christo e cavaleiro fidalgo da
casa real, e de sua mulher D. Catharina Rodrigues Cotta. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Arraes, no segundo as dos
Mendonças, no terceiro as dos Loureiros, e no quarto as dos Abreus. — Br. p. a
10 de junho de 1801. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 170. (C. C.)
1734. LOURENço CoRREA DA SILVA,
natural da Bahia; filho de José Alves da Silva, familiar do Santo Oficio,
natural da villa de Vianna, e de sua mulher D. Agueda Maria do Sacramento,
natural da villa da Cachoeira, arcebispado da cidade da Bahia; neto pela parte
paterna de Francisco Alvares de Carvalho, e de sua mulher D. Maria Alvares da
Silva; e pela materna do tenente coronel Lourenço Correa Lisboa, e de sua
mulher D. Maria de Magalhães. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Carvalhos, no segundo as dos Silvas, no terceiro as dos Correas, e no
quarto as dos Magalhães. — Br. p. a 31 de outubro de 1771. — Reg. no Cart. da
N., liv. I, fl. 162. (C. C.)
1735. Lou RENÇO DA FONSECA,
licenceado. Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus successores o
seguinte brazão de seus antepassados : — Escudo esquartelado, o primeiro dos
Afonsecas, que é de oiro com cinco estrellas vermelhas em aspa, o segundo dos
Cerveiras, que é esquartelado, o primeiro de vermelho com uma cruz de oiro
florida e va sia, com uma bordadura de prata cheia de escudinhos de Portugal,
alemcontre de prata com duas sereias de purpura, e por diferença nas armas dos
da Fonseca uma mer leta preta; elmo de prata aberto, e o paquífe de oiro e
vermelho; timbre um meio touro vermelho com os paus de oiro; com todas as
honras e privilegios de fidalgo de antiga linhagem por descender da geração dos
da Fonseca. — Dada em Lisboa a 2 de abril de 1517. Reg, na Chanc. de D. Manuel,
liv. Ix, fl. 7 v, e liv. VI de Mist., fl. 144.
1736. Lou RENço JosÉ DE MoURA
MAGALHÃES PINTo (Capitão), da casa de Ollela, freguezia de Santa Senhorinha,
concelho de Cabeceiras de Basto, comarca de Guimarães; filho do capitão Estevão
Antonio de Moura Magalhães Pinto, e de sua mulher D. Josepha Thereza Ferreira
da Silva; neto paterno do capitão Manuel de Moura de Magalhães Pinto, e de sua
mulher D. Joanna de Moura; bisneto do capitão Antonio de Magalhães, e de sua
mulher D. Marianna de Moura Magalhães, e materno de João Carneiro da Silva, e
de sua mulher D. Senhorinha Ferreira; bisneto pelo mesmo lado de Antonio Pires
Affonso Fer reira, e de sua mulher D. Maria Ferreira da Silva. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Mouras, no segundo as dos
Magalhães, no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos Ferreiras. — Br. p. a
27 de setembro de 1821. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 89. - (C. C.)
1738. Lou RENço MACIEL PARENTE,
da cidade do Maranhão, filho de Antonio Maciel Parente, e de D. Marianna
Cotrim; neto pela parte paterna de Bento Maciel Parente, capi tão-mór que foi
da Ribeira de Mearim, e de D. Marianna de Araujo Catanede; bisneto de Vital
Maciel Parente, sargento-mór que foi do estado da dita cidade, e ultimamente
capitão-mór e governador das armas daquela capitania, o qual foi filho de Bento
Maciel Parente, fidalgo da casa real, cavalleiro professo na ordem de Christo,
senhor donatario da capitania do Cabo do Norte, e governador general d'aquelle
estado. Um escudo, e n'elle as armas dos Pantojas. — Br. p. a 29 de novembro de
1797. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 217. (C. C.)
1739. Lo URENço DE OLIVA,
cavalleiro da casa real e da ordem de Christo, morador na cidade de Tanger.
Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede e a seus descendentes o
seguinte bra zão de armas : — Escudo de campo verde e um leão de oiro rompente,
atravessado com uma metade de lança de sua côr por entre as espadoas,
saindo-lhe o ferro pela barriga, elmo de prata cerrado guarnecido de oiro,
paquife de oiro e verde, e por timbre um meio ho mem vestido de vermelho, com a
outra metade da lança enrestada na mão; com todas as honras de nobre fidalgo
pelos seus relevantes serviços. (As armas aludem a uma luta que teve em Tanger
com um leão, deixando-o morto). — Dada em Lisboa a 12 de novembro de 1564. (M.
N.) Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. IV, fl. 69.
1740. Lou RENço THOMAz FERREIRA DE CARVALHo,
natural do concelho de Cabe ceiras de Basto, filho de Lourenço José de
Carvalho, e de sua mulher Francisca Felicia; neto pela parte paterna do capitão
Manuel Thomaz de Carvalho, e de sua mulher Benta Martins, ele filho de André
Francisco, e de sua mulher Senhorinha Antunes, e ella filha de João Martins, e
de sua mulher Domingas Gonçalves; e pela materna se mostrava tam bem que elle é
neto de Domingos Carvalho dos Santos, e de sua mulher Maria Carvalho; bisneto
de Domingos Carvalho, e de sua mulher Maria Vaz, e de Antonio Carvalho dos
Santos, e de sua mulher Maria Antunes do Valle; terceiro neto de Sebastião
Carvalho dos Santos, e de sua mulher Domingas Vaz; e quarto neto de Manuel
Thomaz de Carvalho, capitão de volantes na guerra da acclamação, e teve patente
de sargento-mór de um terço; o supplicante é descendente tambem de outro
Domingos Carvalho dos Santos, que foi moço da camara dos senhores reis d’este
reino. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Carvalhos, e na
segunda as dos Valles. — Br. p. a 17 de agosto de 1786. Reg. no Cart. da N.,
liv. III, fl. 233 v. (C. C.)
1741. LUCAN o D E EsPINDo LA,
genovez, morador na ilha da Madeira, filho de Misser # de Espindola, e de
Madona Pereta de Espindola, que foram do tronco d'esta li nhagem. Carta pela
qual el-rei D. Manuel lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores : —Um
escudo com campo de oiro e uma faxa de escaces de prata e vermelho; elmo de
prata aberto, e por timbre um ramo de espinhas vermelho, que está sobre a face
do es cudo, e por differença uma merleta de negro; paquife de oiro e vermelho;
por descender da geração e linhagem dos Espindolas, que foram fidalgos e dos
principaes da senhoria de Genova. — Dada em 1513. Reg. na Chanc. de D. Manuel,
liv. XLII, fl. 48 e liv. das Ilhas, fl. 135.
1742. LUCAS DE CA CENAs, genovez,
morador na ilha Terceira, em Angra, filho de Bartholomeu de Cacena, e neto de
Antonio de Cacena, que foi fidalgo e do tronco d'esta geraça0. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo
de campo de oiro com um crescente de vermelho no meio do chefe do escudo, e em
baixo tres faxas de preto; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
oiro, vermelho e preto, e por timbre um meio leopardo de oiro com um crescente
vermelho nos peitos; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender
da geração e li nhagem dos Cacenas, que na senhoria de Genova são fidalgos. —
Dada em Lisboa a 22 de julho de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LII,
fl. 141.
1743. LUCAS GIR ALDEs, morador em
Lisboa, filho de Nicolau Giraldes, e de D. Mar garida. Carta pela qual el-rei
D. Sebastião lhe concede e a seus descendentes o seguinte brazão de seus
antecessores ; — Escudo de campo branco (segundo parece) com um leão e um
coronel de oiro; com todas as honras e privilegios de nobre fidalgo, por
descender da geração dos Giraldes, que eram nobres em Florença.—Dada em Lisboa
a 21 de junho de 1559. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. I, fl. 251.
1744. LUCAs JosÉ DE ARAUJo LobATo
DE ABREU E LIMA, cadete reconhecido do regimento de cavallaria de Evora, filho
de Belchior de Araujo Costa, e de sua mulher D. Anna Josepha de Araujo; neto
pela parte paterna do capitão Pedro Lobato de Abreu e Lima, moço fidalgo da
casa real, accrescentado a fidalgo escudeiro e a fidalgo caval leiro, o qual
teve o pae do supplicante de Clemencia Velloso, sendo ambos solteiros; bis neto
de Pedro da Cunha de Abreu e Lima; terceiro neto de Leonel de Abreu e Lima,
ambos com o mesmo fôro; neto por parte materna de Roque de Araujo Costa,
cavalleiro professo na ordem de Christo, e executor geral da Contadoria de
guerra e reino, e de sua mulher D. Maria Josepha da Purificação. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Abreus, e na segunda as dos Limas. —
Br. p. a 8 de maio de 1799. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 79 v. (C. C.)
1745. LUIZ ALVARES NUNES DA
SILVA, filho de Pedro Alvares da Silva, e de sua mulher D. Catharina Pereira
Lobo; neto paterno de Luiz Alvares Nunes da Silva, e de sua mulher D. Maria
Lopes da Costa; e materno de José Rodrigues Lobo, e de sua mu lher D. Maria
Fernandes Pereira. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Alvares, no segundo as dos Nunes, no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos
Lobos. — Br. p. a 6 de de Zembro de 1806. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl.
153. (C. C.)
1746. LUIZ ALVELLos SPINOLA
(Beneficiado), cavalleiro professo na ordem de Christo, cavaleiro fidalgo da
casa real, natural e morador nesta cidade de Lisboa; filho de Pedro Alvellos
Spinola, tambem professo na ordem de Christo, cavaleiro fidalgo da casa real,
familiar do Santo Oficio, e de D. Thereza de Jesus de Figueiredo; neto pela
parte pa terna de João Alvellos Spinola, e de D. Thereza Maria de Jesus. - Um
escudo ovado e partido em pala; na primeira as armas dos Alvellos, e na Se
gunda as dos Spínolas. — Br. p. a 20 de janeiro de 1784. Reg. no Cart. da N.,
liv. III, fl. 117 V. (C. C.)
1747. LUIZ ANToNIo DE ARAGÃo,
tenente coronel de infanteria nas tropas de Sua Magestade Catholica, natural
d’esta côrte de Lisboa; filho de José Duarte de Aragão, e de sua mulher D.
Catharina Josepha Clara da Fonseca; neto pela parte paterna de Domin gos Luiz
Soares de Aragão, e de sua mulher D. Andreza Duarte de Santa Rosa Seixas;
bisneto de Miguel Dias da Costa, de quem tambem é neto D. Francisco Antonio da
Costa, armeiro-mór de Sua Magestade Catholica, tio do supplicante, e de sua
mulher D. Anna Luiz da Silva Pereira. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Aragões, no segundo as dos Costas, no terceiro as dos
Silvas, e no quarto as dos Fonsecas.— Br, p. a 11 de n0 vembro de 1789. Reg. no
Cart. da N., liv. IV, fl. 134. (C. C.)
1748, LUIZ ANToN1o DE ARAUJo E A
MoRIM DE AZEVED o CouTINHo, actual juiz de fóra de Azurara da Beira, natural da
vila dos Arcos, comarca de Vianna; filho do doutor Agostinho Antonio de Araujo,
e de sua mulher D. Joanna Maria de Azevedo Coutinho; neto por parte paterna de
Antonio de Barros e Araujo, e de sua mulher D. Antonia Maria de Araujo; neto
por parte materna de José Rodrigues de Amorim, e de sua mulher D. Rosa Maria de
Sá Azevedo Coutinho, filha de Vasco de Azevedo Coutinho descendente da an tiga
casa da Tapada, sendo o pae do supplicante primo legitimo de Francisco Xavier
de Araujo, conselheiro que foi do Conselho da real fazenda. as dos Amorins, no
terceiro as dos Azevedos, e no quarto as dos Coutinhos. — Br. p. a 27 de
fevereiro de 1800. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 119. (C. C.)
1749. LUIZ ANToN1o BoTELHo CoRREA
DE MEsQUITA SILVA E MoRAEs, presbytero do habito de S. Pedro, natural do lugar
de Pimpeiro, suburbio de Villa Real; filho de José Botelho Correa de Mesquita,
e de sua mulher D. Marianna Oigia Sarmento Eça e Mesquita; neto paterno do
capitão João Correa Botelho, e de sua mulher D. Maria Botelho; e ma terno de
Antonio da Silva Penebras, e de sua mulher D. Thereza de Mesquita Moraes e
Silva. Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Botelhos, no segundo as dos Correas, no terceiro as dos Mesquitas, e no quarto
as dos Silvas.— Br. p. a 4 de dezembro de 1790. Reg. no Cart. da N., liv. IV,
fl. 197 v. (C. C.)
1751. LUIZ ANTONIO FERREIRA SILVA
FARIA E ARAGÃo, feitor da real Fazenda nos armazens da casa da India da cidade
de Lisboa; filho de José Antonio da Silva, rico la vrador de terras proprias na
villa do Castello de Ferreira de Aves, e de D. Euphrazia Cae tana da Silva;
neto paterno de Antonio Ferreira, egualmente rico lavrador de terras pro prias,
e de D. Maria Gomes Ferreira; e materno de Caetano de Faria e Aragão, capitão *
regimento de cavallaria de Almeida, o qual foi filho de Caetano Paes de Carvalho
e ragao. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Ferreiras, e na
segunda as dos Silvas. — Br. p. a 13 de fevereiro de 1817. Reg. no Cart. da N.,
liv. VII, fl. 117 v. (C. C.)
1752. LUIZ ANToNIO DE FIGUEIRED o
PEREIRA, capitão-mór da villa da Vidigueira; filho do doutor Francisco de
Figueiredo Botelho, ouvidor que foi da dita villa, e de sua mulher D. Thereza
Josepha de Mira, filha de Aleixo Rodrigues Salgado, e de sua mulher Anna Maria
Vermelha; neto pela sua varonia do doutor Pedro Botelho de Pina, e de sua
mulher D. Josepha de Figueiredo Pereira; bisneto de Domingos Botelho de Vilhena,
moço da real camara, juiz da aposentadoria e direitos reaes da cidade de Evora,
e de sua mu lher D. Joanna Lopes Pinta; terceiro neto de Pedro Botelho de Aragão,
cavalleiro fidalgo da casa real, o qual era filho de Ayres Botelho, e neto de
Pedro Botelho de Pina, conta dor-mór que foi da ordem de Christo. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Botelhos, no segundo as dos
Pinas, no terceiro as dos Figueiredos, e no quarto as dos Pereiras. — Br. p. a
27 de fevereiro de 1778. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 150. (C. C.)
1753. LUIZ ANToNIo MARGALHo
CoRREA, cavaleiro fidalgo da casa real; filho de Ma nuel Martins Margalho, e de
sua mulher Maria Vaz; neto paterno de Domingos Martins Correa, e de sua mulher
Maria Lopes Margalho; neto materno de Manuel Luiz, e de sua mulher Maria Vaz.
As armas dos Martins, Correas, Lopes, e Vazes. — Br. p. a 20 de março de 1753.
Reg. no Cart. da N., liv. particular fl. 51. (C. C.)
1755. LUIZ ANTONIO REBELLO E
ALMEIDA, tenente coronel do regimento de artilhei ros nacionaes, e negociante
matriculado na praça de Lisboa; filho de Luiz Cypriano Re bello e Almeida, e de
sua mulher D. Bernarda Joaquina da Cunha Lima; neto paterno de Cypriano
Francisco, cavaleiro da ordem de Christo, e de sua mulher D. Theodora Maria; e
materno de Antonio Luiz Ferreira Braga, e de sua mulher D. Ursula da Cunha;
bisneto de Antonio de Almeida, moço da camara e escudeiro fidalgo da casa real.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Rebellos, e na segunda as
dos Almeidas. — Br. p. a 2 de março de 1812. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl.
243 W. (C. C.)
1756. LUIZ ANTONIO SARMENTO DA
MAIA, capitão de infanteria com exercicio de ajudante de ordens do governo da
capitania de S. Luiz do Maranhão; filho de Vicente Theodosio da Maia, capitão
de granadeiros e governador da fortaleza de Santa Catharina da barra de
Villa-nova de Portimão do reino do Algarve, e de sua mulher D. Maria Bar bara
Nunes; neto pela parte paterna de Thomé da Maia Pereira, e de sua mulher D. An
tonia Maria da Cunha, filha de Antonio Sarmento da Cunha, cavalleiro fidalgo da
casa real, e de sua mulher D. Archangela Maria Fontes; neto pela parte materna
de Paschoal Gomes do Paço, capitão de infanteria do regimento de Peniche, e de
sua mulher D. Cº tharina Nunes de Horta; bisneto por parte paterna de Vicente
Pereira de Sousa, caval leiro professo na ordem de Christo, e de sua mulher D.
Antonia da Maia França; e por parte materna de José Nunes, capitão de mar e
guerra, e de D. Maria Josepha. Um escudo partido em pala; na primeira as armas
dos Maias, e na segunda as dos Sarmentos. — Br. p. a 29 de outubro de 1798.
Reg. no Cart. da N., liv. vi, fl. 53. (C. C.)
1757. LUIZ ANToNIO SEIxo DE
BRITO, alferes de cavallaria auxiliar de Villa-boa de Sant'Anna, minas de
Goyazes; filho de Braz Seixo de Brito, professo da ordem de Christo, cavalleiro
fidalgo da casa real, sargento-mór das ordenanças da dita villa, e de sua mu
ordenan ças de Villa-boa de Sant'Anna, e de sua mulher D. Quiteria Maria do
Nascimento; neto pela parte paterna de Raymundo de Brito Themudo, cavalleiro
fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Luiza Joaquina Souto-maior; bisneto de
João Seixo Gaio, e de sua mulher e prima D. Maria de Brito e Faria; terceiro
neto de Manuel Seixo Gaio, natural de San tarem, onde foi mamposteiro-mór dos
captivos, e de sua mulher e prima D. Anna Maria Tavares; quarto neto de João
Seixo Gaio, e de sua mulher D. Guiomar Falarda; quinto neto de Manuel Seixo Gaio,
cavaleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher Simoa Cor rea; Sexto neto de
Duarte Dias Seixo Gaio, e de sua mulher Anna Paes da Cunha. Um escudo partido
em pala; na primeira as armas dos Gaios, e na segunda as dos Themudos. — Br. p.
a 22 de março de 1786. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 213 v. (C. C.)
1758. LUIZ ANTONIO DA SILVA
GUIMARÃEs, negociante portuguez na praça do Rio de Janeiro, commendador da
ordem de Christo e fidalgo cavalleiro da casa real. Carta pela qual el-rei D.
Luiz I lhe concede o seguinte brazão de armas: — Escudo esquartelado, tendo o
superior da direita carregado com um leão rompente de vermelho e armado de azul
sobre campo de prata, e assim o seu contrario: o superior da esquerda partido
em tres palas, sendo a da direita e a da esquerda enfrestadas de dez fimbretas
negras em banda contra outras tantas da mesma cor em barra sobre campo de
prata, e a centrica carregada com a vara de Mercurio doirada, e decorada com
duas serpentes ba talhantes de prata e aladas da mesma sobre campo vermelho, e
assim o seu contrario; elmo de prata lisa decorada de oiro lavrado e forrado de
azul; virol de oiro e vermelho; timbre um leão rompente de prata, com uma faxa
negra e armado da mesma cor; por lhe querer dar com o referido brazão mais um
testemunho da sua regia munificencia. N’esta mesma carta manda el-rei, que o
rei de armas de Portugal faça expedir a respe ctiva carta de brazão.—Dada em
Lisboa a 25 de fevereiro de 1869. (M.N.) Reg. no Ar chivo a 15 de março de
1867. Registro de mercês de el-rei D. Luiz I, liv. xx, fl. 91. Reg. no Cart. da
N., liv. IX, fl. 118.
1759. LUIZ ANToNIo DA SILVA To
RREs (Beneficiado), secretario do Santo Oficio da inquisição da cidade de
Coimbra, e na mesma beneficiado nas collegiadas de Santa Justa e S.
Bartholomeu, presbytero do habito de S. Pedro, natural da freguezia de Arcozelo
da Torre, bispado de Lamego; filho de Manuel da Silva Torres, e de sua mulher
Maria de S. Francisco, ambos da dita freguezia; neto pela parte paterna de
Manuel Antunes Monta nha, e materno de Antonio Martins Ferreira, naturaes da
villa de Leomil. Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro e quarto quarteis
as armas dos Sil vas, no segundo as dos Torres, e no terceiro as dos Ferreiras.
— Br. p. a 6 de setem bro de 1785. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 208. (C.
C.)
1760. LUIZ ANToN1o Souto,
cavalleiro professo na ordem de Christo, feitor e com missario geral das reaes
fabricas dos armazens da ribeira do Oiro, da cidade do Porto, capitão dos
privilegiados da mesma cidade; filho de Luiz Antonio Souto, e de Maria Fran
cisca; neto paterno de Antonio Luiz Souto, e de Domingas de Freitas; neto
materno de Diogo Vaz, e de Catharina Francisca. As armas dos Soutos, e Freitas.
— Br. p. a 10 de outubro de 1755. Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 92
v. (C. C.)
1761. LUIZ ANToNIo VIEIRA DA
SILVA, capitão de infanteria de milicias da ribeira do Itapecuru, e natural da
cidade de Lisboa; filho do capitão José Vieira da Silva, e de sua mulher D.
Anna Maria da Assumpção Vieira; neto paterno de Antonio Vieira da Silva, e de
sua mulher D. Josepha Maria da Silva; e materno de Francisco Pires Monção. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Vieiras, e na segunda as dos
Silvas. — Br. p. a 30 de julho de 1804. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 89
v. (C. C.)
1762. LUIZ ANToN1o XAVIER DE
AZEVEDo CoUTINHo, sargento-mór do regimento de infanteria da cidade de Faro,
fidalgo cavaleiro da casa real; filho de Rodrigo Xavier de Azevedo Coutinho,
sargento-mór da comarca de Lagos, tambem fidalgo cavaleiro da casa real, e de
D. Maria da Cunha; neto de Manuel de Azevedo Coutinho, que teve tam bem o dito
foro, e de D. Francisca da Cunha; bisneto do capitão Antonio de Azevedo
Coutinho, e de D. Maria Manuel da Cunha; terceiro neto do adail Manuel de
Azevedo Cou tinho, e de D. Filippa do Rego; quarto neto do muito valeroso adail
Francisco de Aze vedo Coutinho, que com armas e cavallos á sua custa fez
relevantes serviços á real corôa na praça de Mazagão, e de D. Martha da
Fonseca; quinto neto de Antonio de Azevedo, senhor da illustrissima casa de S.
João de Rey, Bouro, Aguiar, e Pena, uma das illustres que ha neste reino, da
familia de Azevedos Coutinhos. Um escudo com as armas dos Azevedos Coutinhos.
—Br. p. a 18 de junho de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 12 v. (C. C.)
1763. LUIZ AUGUSTO FERREIRA DE
ALMEIDA, commendador da ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, e
cavaleiro da ordem da Torre e Espada; filho de Antonio José Ferreira de
Almeida, e de sua mulher D. Anna Alexandrina de Almeida; neto paterno de
Antonio José Ferreira Lisboa, e de sua mulher D. Anna Joaquina Lisboa; neto
materno de José Lopes Ferreira, e de sua mulher D. Rita Margarida do Valle e
Silva. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Almeidas, e na
segunda as dos Ferreiras. — Br. p. a 8 de fevereiro de 1855. Reg. no Cart. da
N., liv. VIII, fl. 303. (C. C.)
1765. LUIZ BENTo DE BITTENCo URT
E SousA, presbytero do habito de S. Pedro, e natural da ilha de S. Miguel; filho
de João Borges de Medeiros Bittencourt e Sousa, e de sua mulher D. Josepha
Francisca do Rego; neto pela parte paterna de Manuel de Medei ros Bittencourt e
Sousa, e de sua mulher D. Isabel do Quintal; e pela materna neto de João Velho
Cabral de Mello, e de sua mulher D. Antonia do Rego Cabral. Um escudo ovado e
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas do Prado, no segundo as
dos Bittencourts, no terceiro as dos Cabraes, e no quarto as dos Regos. — Br.
p. a 30 de maio de 1777. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 139. (C. C.) Comba,
termo de Villa-flor, filho de João de Almeida de Sousa, e de sua mulher D.
Catharina de Azevedo; neto paterno de João de Almeida e Sousa de Mesquita,
irmão inteiro de Francisco da Costa Monteiro de Mesquita e Sousa, e de sua
mulher D. Isabel de Figuei redo. E os ditos seus paes e avós foram pessoas
muito nobres, e legitimos descendentes das ditas familias, e da arvore dos
ditos seus passados consta procederem tanto o mesmo supplicante como os ditos
seus passados de Lopo Martins de Mesquita, o primeiro a quem foram dadas as
armas, e appellidos de Mesquita, pelo senhor rei D. Afonso V, de Pedro Lourenço
de Castro, irmão da mãe do senhor rei D. João I, e de João de Almeida de
Mesquita, fidalgo escudeiro da casa do infante D. Duarte, por alvará de 14 de
agosto de 1540, do qual consta que seu pae, e avô eram tambem fidalgos
descendentes de casas e familias muito nobres da provincia de Traz-as-montes.
As armas dos Sousas, Almeidas, Mesquitas, e Monteiros. — Br. p. a 23 de agosto
de 1753. Reg. no Cart, da N., liv. particular, fl. 62 v. (C. C.)
1765. LUIZ BENTo DE BITTENCo URT
E SousA, presbytero do habito de S. Pedro, e natural da ilha de S. Miguel;
filho de João Borges de Medeiros Bittencourt e Sousa, e de sua mulher D. Josepha
Francisca do Rego; neto pela parte paterna de Manuel de Medei ros Bittencourt e
Sousa, e de sua mulher D. Isabel do Quintal; e pela materna neto de João Velho
Cabral de Mello, e de sua mulher D. Antonia do Rego Cabral. Um escudo ovado e
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas do Prado, no segundo as
dos Bittencourts, no terceiro as dos Cabraes, e no quarto as dos Regos. — Br.
p. a 30 de maio de 1777. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 139. (C. C.)
1767. LUIZ BERNARDO DE SOUSA
ESTRELLA, cavaleiro fidalgo da casa real, e te nente coronel commandante do
regimento de milicias da villa da Ribeira-grande, na ilha de S. Miguel, filho
do capitão Bernardo Manuel da Silveira Estrella, e de sua mulher D. Joanna
Eulalia de Medeiros Castello-branco; neto paterno do capitão Luiz Manuel da Sil
veira Estrella, e de sua mulher D. Francisca Thomazia da Camara; bisneto pelo
mesmo lado do capitão-mór Manuel de Sousa Correa Estrella, e de sua mulher D.
Clara Maria da Silveira Botelho, filha do capitão André Botelho de Sampaio, e
de sua mulher D. Isa bel Pacheco, neta do sargento-mór Antonio Botelho de
Sampaio, e de sua mulher D. Guiomar de Arruda; bisneta do licenciado André
Gonçalves de Sampaio, a quem se pas sou brazão de armas a 1 de agosto de 1645,
e de sua mulher D. Maria Pacheco. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Correas, no segundo as dos Silveiras, no terceiro as dos Botelhos,
e no quarto as dos Sampaios. — Br. p. a 24 de julho de 1806. Reg. no Cart. da
N., liv. VII, fl. 140. (C. C.)
1768. LUIZ CAETANO PEREIRA, o
Bicho, morador no logar de Villarinho dos Freires, comarca de Villa-real, filho
de Domingos Pereira, O Bicho, e de sua mulher Anna Maria Francisca; neto por
parte paterna de Antonio Dias, e de Maria Pereira; neto por parte materna de
João Francisco, e de Joanna Ferreira. Um escudo, e n'elle as armas dos
Pereiras. —Br. p. a 4 de dezembro de 1800. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl.
149 v. (C. C.)
1769. LUIZ CARDoso, moço da
camara, filho de Ruy Vicente Cardoso, neto de Vi cente Annes Cardoso, e bisneto
de Luiz Vaz Cardoso. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo vermelho com dois cardos
verdes, um sobre o outro, com as raizes de prata e floridos entre dois leões de
oiro batalhantes, e por diferença um cres cente de prata; elmo de prata aberto,
guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre uma cabeça de leão
de oiro com a bôca para cima, e um dos cardos caidos d’ella; com todas as
honras de fidalgo por descender da geração dos Cordeiros que fo ram
fidalgos.—Dada em Evora a 18 de janeiro de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. x, fi, 61.
1770. LUIZ CARDoso DE MENEZES E
SILVA, natural da freguezia de Fontellas, con celho de Penaguião; filho de
Manuel da Silva Menezes, e de sua mulher D. Anna Maria de Gouvea; neto paterno
de Luiz da Silva de Menezes, e de D. Maria Cardoso de Aze vedo; bisneto de
Gaspar Lopes Cardoso e Azevedo, e de D. Luiza de Menezes; terceiro neto de
Christovão Coelho Leitão, e de D. Brites; quarto neto de João da Silva de Me
nezes, fidalgo da casa real, o qual foi filho de Luiz Vaz Cardoso, que teve o
mesmo fôro, e era senhor da antiga e nobilissima casa de Cardoso, sita no
concelho de S. Mar tinho de Honras. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Cardosos, no segundo as dos Silvas, no terceiro as dos Menezes, e
no quarto as dos Azevedos. —Br. p. a 4 de julho de 1772. Reg. no Cart. da N.,
liv. I, fl. 176. (C. C.)
1771. LUIZ CARLOS PEREIRA DE
ABREU BACELLAR CASTELLO BRANCO, commen dador da ordem de Christo, moço fidalgo
com exercicio no paço, e deputado da real Junta do tabaco; filho de Luiz Carlos
Pereira de Abreu Bacellar, cavalleiro da ordem de Christo, e coronel de
milicias de Piauhi, e de sua mulher D. Luzia Perpetua Carneiro Souto-maior;
neto paterno de Luiz Carlos Pereira de Abreu Bacellar, capitão mór de
ordenanças na ci dade do Maranhão, onde foi senhor da casa de Serra-negra, e a
quem se passou brazão de armas, e de sua mulher D. Antonia de Castello-branco;
neto materno de Ayres Car neiro Homem de Souto-maior, cavaleiro da ordem de Christo
e coronel de milicias do Ma ranhão, e de sua mulher D. Maria Joaquina Belford.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Abreus; no segundo as
dos Bacellares, no terceiro as dos Castellos-brancos, e no quarto as dos
Souto-maiores. — Br. p. a 24 de maio de 1830. Reg, no Cart. da N., liv. VIII,
fl. 251.. (C. C.)
1772. LUIZ DE CASTRO GUIMARÃEs,
natural de Lisboa, commendador da ordem de Christo, negociante de grosso
tracto, filho de Vicente de Castro Guimarães, negociante de grosso tracto, e de
sua mulher D. Luiza Maria do Carmo Guimarães; neto paterno de Francisco de
Castro Guimarães, negociante, e de sua mulher D. Anna Josepha Gui marães, e
materno de Lucio da Silva e Abreu, tambem negociante, e de sua mulher D.
Marianna Victoria e Abreu. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Guimarães, e na segunda as dos Abreus. — Br. p. a 5 de maio de 1846. Reg, no
Cart. da N., liv. VIII, fl. 327 V (C. C.)
1773. LUIZ DE CASTRO DO RIO,
irmão de Diogo de Castro do Rio. Carta pela qual el-rei D. Sebastião o faz
fidalgo de cota de armas dando-lhe por So lar a sua quinta do Rio e o mesmo
appellido, e lhe concede o seguinte brazão para elle e seus descendentes: —
Escudo de prata e duas faxas de agua e ondadas entre nove ar ruelas de purpura;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata, purpura e azul, e
por timbre um cavallo marinho da sua cor, saindo metade d’este do elmo cer cado
de uma onda de agua, e por diferença uma flor de liz verde assentada entre as
pri meiras arruelas; com todas as honras e privilegios de nobre fidalgo, pelos
seus serviços e merecimentos. — Dada em Lisboa a 9 de julho de 1561. (M.N.)
Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. II de Privilegios, fl. 124.
1774. LUIZ Co ELHo BoRGEs D E SÁ,
cavaleiro da ordem de S. Tiago da Espada, na tural de S. Vicente do Pinheiro,
comarca de Penafiel, bispado do Porto; filho de Francisco Coelho, e de sua
mulher Joanna Maria Borges; neto paterno de José Coelho de Sá, e de sua mulher
Catharina Luiz, e materno de Antonio Vieira da Silva, e de sua mulher Joanna
Borges, sendo o supplicante irmão legitimo de José Coelho Borges, abbade da
egreja de Lobrigos, a quem se passou brazão de armas a 11 de junho de 1785. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Coelhos, no segundo as
setembro de 1813. Reg. no Cart. da N., liv. viI, fl. 279. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Machados, no
segundo as dos Mirandas, e no terceiro as dos Teixeiras.—Br. p. a 16 de
novembro de 1773. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 212 v. (C. C.)
1776. LUIZ CoRREA DE ALMEIDA
CARVALHAEs, filho de Luiz Correa de Almeida de Mendonça Furtado, e de sua
mulher D. Angelica Margarida Borges de S. Miguel; neto pela parte paterna de
Rodrigo Correa de Almeida Carvalhaes de S. Miguel, e de sua mu lher D. Angelica
de Mendonça e Sequeira de Lobrigos, e pela materna do morgado de Santa Comba, e
de sua mulher D. Marianna Helena de Almeida. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Correas, no segundo as dos Carvalhaes, no
terceiro as dos Almeidas, e no quarto as dos Mendonças. — Br. p. a 7 de
fevereiro de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 94 v. (C. C . C.)
1777. LUIZ CoRREA GUEDEs, coronel
de infanteria do regimento da guarnição da praça de Olivença, da provincia do
Alemtejo, natural do logar do Valle, concelho de Pe naguião, da provincia de
Traz-os-montes; filho do capitão Balthasar Guedes Correa, e de sua mulher
Joanna dos Santos de Carvalho; neto paterno de Antonio Pinto Guedes Al
canforado Seabra, juiz ordinario que foi no dito concelho, e de sua mulher
Angela Guedes Correa, ambos do referido logar do Valle; neto materno de André
Fernandes da Costa, e de sua mulher Isabel Rebello de Carvalho Botelho. As
armas dos Guedes, Correas, Costas, e Botelhos. — Br. p. a 22 de março de 1760.
Reg. no Cart. da N., do liv. particular, fl. 126. C. C.) (C. C.
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Figueiras, no segundo as
dos Machados, no terceiro as dos Carvalhos, e no quarto as dos Figueiras. —Br.
p. a 6 de julho de 1767. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 52. (C. C.)
1779. LUIZ DA FoMsECA CABRAL
TELLEs CERQUEIRA PINTo, natural do logar de Villa-franca, termo e comarca da
cidade da Guarda; filho do doutor Francisco José da Fonseca Henriques Pinto,
juiz de fóra que foi da villa de Vianna do Alemtejo e auditor do regimento de
cavallaria de Miranda, e de sua mulher D. Josepha Ignacia da Cunha Cerveira;
neto pela parte paterna de João dos Santos da Fonseca Pinto Tavares e de sua
mulher D. Joanna Maria de S. José, e pela materna do doutor José de Gouvea
Cabral e de sua mulher D. Helena da Cunha Cerveira e Figueiredo. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pintos, no segundo as dos
Henriques, no terceiro as dos Cabraes, e no quarto as dos Cerveiras. — Br. p. a
24 de julho de 1779. Reg, no Cart. da N., liv. II, fl. 199. (C. C.)
1780. LUIZ FRANCIsco MACIEL
MoNTEIRO, cadete de infanteria paga do regimento de Olinda, da capitania de
Pernambuco, d’onde era natural: filho de Antonio Francisco Monteiro, professo
na ordem de Christo, capitão commandante dos auxiliares da capita nia de
Pernambuco, thesoureiro deputado de duas direcções, da Companhia geral e da
Alfandega da mesma cidade, e de sua mulher D. Joanna Ferreira Maciel; neto
paterno de Simão Luiz Monteiro de Paiva, e de sua mulher D. Maria Francisca de
Araujo, e materno de Braz Ferreira Maciel, capitão das ordenanças da mesma
cidade, onde tambem serviu de juiz vereador da Camara, e de sua mulher D.
Catharina Bernarda de Oliveira Govim. Um escudo partido em pala; na primeira as
armas dos Monteiros, e na segunda as dos Macieis. — Br. p. a 5 de setembro de
1802. Reg, no Cart. da N., liv. VII, fl. 5. (C. C.)
1781. LUIZ GALVÃO PEIXOTo LoBATO
(Capitão), natural da vila de Montemór o ve lho, comarca de Coimbra; filho de
José Luiz Gomes Lobato, natural da dita villa, senhor e possuidor do morgado e
praso de Albergaria, e de sua mulher D. Maria Clara Nogueira Galvão Peixoto;
neto pela parte paterna de João Gomes Lobato, senhor e possuidor dos mesmos
bens, e de D. Maria João Gomes, e pela materna de Bernardo Peixoto Godinho,
cavaleiro da ordem de Christo, e de D. Isabel Nogueira. Um escudo esquartelado;
no primeiro e quarto quarteis as armas dos Lobatos, no segundo as dos Galvões,
no terceiro as dos Peixotos. — Br. p. a 20 de março de 1787. Reg. no Cart. da
N., liv. IV, fl. 2. (C. C.)
1782. LUIZ GOMES DE ELVAS. Carta
pela qual El-Rei D. Filippe II lhe concede e a seus descendentes o appelido de
Matta e o seguinte brazão de armas: — Escudo de campo de oiro e tres mattas
verdes, floridas, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e
verde, e por timbre outra matta florida; dando-lhe por solar a sua quinta da
Matta, que está no termo de Lisboa junto á egreja de Loures; com todas as
honras e privilegios de fidalgo, pelos ser viços por elle prestados. — Dada em
Valhadolid a 18 de fevereiro de 1600. (M. N.) Reg. na Chanc. de D. Filippe II,
liv. III, fl. 137.
1783. LUIZ GoMEs PIRES, cavaleiro
professo na ordem de Christo, familiar do Santo Oficio, natural na villa do
Couto do Mosteiro, comarca da cidade de Viseu; filho de Ma nuel Pires, e de sua
mulher Joanna Gomes; neto pela parte paterna de Simão Pires, e de sua mulher
Maria Vaz, e pela materna neto do capitão João Gomes e de sua mulher D. Maria
d'Assumpção. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos
Ferreiras, n0 segundo as dos Ferrares, no terceiro as dos Gomes. — Br. p. a 8
de julho de 1868. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 82. (C. C.)
1784, LUIZ IGNACIO XAVIER
PALMEIRIM — foi-lhe passado o seguinte: « D. João por graça de Deus, etc. Faço
saber que Luiz Ignacio Xavier Palmeirim, tenente general dos meus reaes
exercitos, me representou por sua petição, que ele ti nha a honra de haver-me
servido nos regimentos de artilheria n.º 1, extincto da marinha, na brigada
real da marinha, e no batalhão de artilheria da ilha Terceira, tendo feito
cinco campanhas navaes, servindo no primeiro e terceiro destes corpos, depois
do que pas sára a servir nos regimentos de infanteria do exercito n.º 10, 7, e
19, commandando com mandára interinamente a brigada dos regimentos 7 e 19, e
batalhão de caçadores n.º 2, e sendo promovido a brigadeiro, continuára no
commando da referida brigada, com a qual se achára no segundo assedio da praça
de Badajoz; e passando a commandar a bri gada dos regimentos n.º 9 e 21, com esta
entrára na acção de Elbodon; no mesmo posto de brigadeiro, fóra sub-inspector e
instructor, dos quatorze corpos de infanteria de mi licias da provincia da
Estremadura, e depois da paz geral de 1814 passára por determi nação minha, a
servir na provincia do Rio de Janeiro, na qualidade de inspector e in structor
de infanteria, da primeira e segunda linha, exercendo estes empregos nos postos
de marechal de campo e tenente general, até que eu por minha espontanea e real
lem brança fôra servido nomeal-o governador e capitão general das ilhas de
Cabo-verde, por um honroso decreto datado em 25 de abril de 1821, de que tinha
carta regia, contando agora quarenta e cinco annos de serviço. E porque lhe
poderia ser necessario no go verno para que estava nomeado, ou em outro
qualquer emprego, sellar alguns papeis, o que não podia fazer por não ter
brazão de armas, não obstante ter o tratamento de excelencia, fôro grande e
carta do meu conselho, como tem os bispos, arcebispos e grandes d’este reino;
achando-se além d’isso commendador das ordens de Christo e Torre e Espada, e
condecorado com as medalhas da restauração dos direitos da rea leza, a de tres
campanhas da peninsula, e a de dois commandos de corpos na referida guerra ;
Era por todas estas razões, que respeitosamente me pedia, que me dignasse con
ceder-lhe o brazão de armas que tinha a honra de oferecer a minha real
contemplação. E visto seu requerimento que me foi presente em consulta da Mesa
do Paço, precedendo informação do corregedor do civel da Corte da segunda vara,
e audiencia do procurador da minha real Corôa, e em attenção aos dilatados,
assiduos e relevantes serviços do sup plicante, e a serem as armas por elle
designadas conformes ás leis da armaria, e precei tos da arte heraldica, como
declarou o escrivão da Nobreza, que tambem foi ouvido : Hei por bem conceder ao
mesmo supplicante a graça do pretendido brazão de armas que será : Um escudo
mantelado, tendo no primeiro em campo azul, uma peça de artilheria de oiro, e
uma espingarda de prata postas em aspa; no segundo, tambem em campo azul, uma
peça de artilheria de prata, e uma ancora de oiro, postas egulmente em aspa; no
terceiro em campo vermelho um leão de oiro rompente, com uma chave de prata na
garra direita; chefe de prata carregado de uma palmeira: orla de oiro com a
legenda em letras vermelhas—Valor, fidelidade, honra: elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, e forrado de verde, tendo o paquife dos metaes e côres do escudo, e
por timbre tres ra mos de palmeira atados com um troçal de prata. Pelo que
mando ao meu rei de armas Portugal, que n'esta conformidade faça expedir ao
supplicante o mencionado brazão de #"# etc.» — Datado de 26 de dezembro de
1824. (M. N.) Reg. no Cart. da N., liv. VIII, . 123 V.
1785. LUIZ JosÉ DE BRITo CoRREA
DE AZEVEDo, cavalleiro professo na ordem de Christo, contador do real Erario;
filho de José Correa de Andrade, e de sua mulher D. Marianna Josepha Dorothea
da Cunha; neto pela parte paterna de Luiz da Silva, e de D. Anna de Sousa e
Brito; bisneto de Manuel Correa de Brito, e de D. Maria Gomes; terceiro neto de
Damião de Brito Toscano, casado com D. Maria de Barros, ele filho de outro
Damião de Brito Toscano, e de sua mulher D. Susana de Azevedo, senhores que
foram dos direitos reaes da villa de Fontes; neto do doutor Manuel Dias
Pimenta, que foi ouvidor em Villa-real, e de D. Francisca de Brito Toscano,
filha de Fernando de Brito Toscano, primo direito do duque de Caminha. Um
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Britos, no se
gundo as dos Correas, e no terceiro as dos Azevedos. — Br. p. a 30 de junho de
1807. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 104. (C. C.)
1786. LUIZ JosÉ DE MESQUITA
VILLAs-BoAs, ajudante de infanteria do terço da praça de Miranda, natural de
Val-fruxoso, freguezia de S. Lourenço, comarca de Mon corvo; filho de João
Mendes Villas-boas, e de sua mulher D. Sebastiana de Mesquita Villas-boas; neto
pela parte paterna de João Mendes, cavaleiro da ordem de Christo, te nente de
cavallos, e familiar do santo Oficio, e de sua mulher D. Potenciana de Villas
boas; filha de João Lopes, e de sua mulher D. Maria de Villas-boas; bisneto de
outro João Mendes, e de sua mulher D. Maria de Castro : e pela materna neto de
João de Mes quita Villas-boas, e de sua mulher D. Domingas Thomazia de
Villas-boas, ele filho de Manuel de Mesquita, e de sua mulher D. Joanna de
Villas-boas, e ella filha de Nicolau Ro drigues, e de sua mulher Antonia
Villa-boas, prima com irmã de D. Balthazar de Faria Villas-boas, e de seu irmão
D. Pedro de Villas-boas, bispos que foram do bispado de Elvas. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Villas-boas, na segunda as dos
Mesquitas. — Br. p. a 2 de março de 1779. Reg. no Cart. N., liv. II, fl. 185.
(C. C.)
1787. LUIZ JosÉ MONTEIRO OLIVAL E
ANDRADE DE TELLES, natural da villa da Sortelha, comarca de Castello-branco;
filho de Antonio José Rebello de Olival Telles, e de sua mulher D. Jacinta
Maria de Pina; neto pela parte paterna de Manuel de Moraes Telles de Olival, e
de D. Josepha de Araujo Botelho, descendentes legitimos de Antonio de Olival
Telles, moço da camara do senhor rei D. Filippe, e de Pedro de Andrade Tel les,
alcaide mór da villa de Monsanto; neto pela parte materna de Manuel Martins Ti
noco, e de D. Isabel Monteiro, e por esta parte materna descendente legitimo de
João Gonçalves Monteiro, capitão de cavallos com companhia levantada á sua
custa. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Olivaes de
Tangil, no segundo as dos Telles, no terceiro as dos Andrades, e no quarto as
dos Monteiros. — Br. p. a 16 de agosto de 1788. Reg. no Cart. da N., liv. Iv,
fl. 62 v. (C. C.)
1788. LUIZ JosÉ DE OLIVEIRA VAZ
MEXIA CAyolA, capitão de cavallaria com exer cicio de ajudante do regimento de
Alcantara; filho de José Antonio Mexia Cayola, que foi furriel do regimento de
cavallaria de Castello-branco, e de sua mulher D. Rita Joa quina da Silva Vaz;
neto por parte paterna de Thomé Antonio Mexia Cayola, e de sua mulher D. Maria
Thereza; neto por parte materna de Antonio de Oliveira, e de sua mu lher D.
Maria Josepha da Silva Vaz, a qual era irmã da mãe de Luiz Antonio Margalho
Correa, fidalgo da casa real, a quem se passou brazão de armas aos 20 de março
de 1753. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos
Mexias, no segundo as dos Silvas, no terceiro as dos Vazes, e no quarto as dos
Mellos. — Br. p. a 13 de janeiro de 1800. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl.
114. (C. C.)
1790.
LUIZ JOSÉ DE SOUSA MACHADO DE MORAES
SARMENTO, capitão de mar e guerra nos estados da India, natural da villa da
Torre de D. Chama, comarca da Torre Moraes Sarmento, capitão de cavallaria
ligeira da praça da cidade de Bragança, e de sua mulher D. Maria Hedwiges de Lacerda, natural da cidade de Lisboa;
neto pela parte paterna de Manuel de Sousa Falcão de Moraes Sarmento,
capitão-mór da dita villa de D. Chama, e de sua mulher D. Anna de Araujo
Moraes; bisneto de Manuel de Sousa Teixeira, capitão de infanteria do regimento
da dita cidade de Bragança, e de sua mulher D. Maria Ma chado; e pela materna
neto do capitão Bento Correa de Mattos, e de sua mulher D. Jo sepha de Miranda.
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no segundo as dos
Machados, no terceiro as dos Moraes, e no quarto as dos Sarmentos. — Br. p. a
27 de fevereiro de 1783. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 88. (C. C.)
1791. LUIZ DE LouREIRo, fidalgo
da casa real, e adail-mór do reino. Carta pela qual el-rei D. João III o fez
cavaleiro de cota de armas e lhe concedeu e a seus descendentes o seguinte
brazão de armas: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de vermelho com um
castello de prata com portas e frestas lavradas de preto, e uma escada de oiro
arrumada a elle, e o contrario partido em pala, a primeira de oiro com uma bandeira
verde, em pala, com haste de vermelho e o ferro de prata, e a se gunda de
vermelho com uma bandeira de prata com haste de oiro e o ferro da sua côr; o segundo
de vermelho com cinco folhas de figueira verdes, em aspa, perfiladas e com o
tronco de oiro, e assim os contrarios; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de prata, vermelho, oiro e verde, e por timbre dois braços de leão
vermelhos, em aspa, tendo cada um na mão uma folha egual ás das armas, e no
meio d'estas o alcaide de Azamor da cintura para cima vivo e com as mãos atadas
com um cordão de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo pelos
grandes serviços por ele prestados, princi palmente na cidade de Azamor,
desbaratando os alcaides e tomando-lhes as bandeiras.— Dada em Almeirim a 26 de
julho de 1551. (M.N.) Reg. no liv. IV de Privilegios, fl. 80.
As
armas dos Coelhos, e Machados, Madureiras, Araujos, e Henriques.—Br. p. a 20 de
abril de 1751. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 15 v. (C. C.)
1793. LUIZ MANUEL DE AZEVEDO CARNEIRO E CUNHA,
natural da cidade de Lis boa, sargento-mór de um dos regimentos da praça do Rio
de Janeiro; filho de Felix de Azevedo Carneiro e Cunha, mestre de campo das
Minas-geraes com exercicio ás ordens do governo, e de D. Magdalena Maria de
Andrade; neto paterno de Pedro de Azevedo Carneiro, capitão da praça de
Peniche, e de D. Isabel da Cunha; neto materno de João de Mattos Cardoso, e de
sua mulher D. Magdalena Maria de Andrade. As armas dos Carneiros, Cunhas, Azevedos,
e Andrades. — Br. p. a 23 de março de 1752. Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 30 v. (C. C.)
1794. Luiz MANUEL FERREIRA DA
VEIGA E CASTRO, natural da freguezia do Espi nho, termo de Guimarães,
arcebispado de Braga: filho de Miguel José Esteves Ferreira, e de sua mulher D.
Custodia Maria Esteves da Veiga; neto paterno de Antonio Esteves Ferreira, e de
sua mulher D. Custodia Antunes Ferreira da Veiga; e materno de Manuel Esteves
Ferreira, e de sua mulher D. Maria Antonia da Costa e Castro. Um escudo
esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Ferreiras, no segundo
as dos Veigas, e no terceiro as dos Castros. — Br. p. a 26 de julho de 1815.
Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 318. (C. C.)
1795. LUIZ MANUEL FERREIRA DA
VEIGA E CAst Ro, natural da freguezia de Espi nho, termo de Guimarães,
arcebispado de Braga; filho de Miguel José Esteves Ferreira, e de sua mulher D.
Custodia Maria Esteves da Veiga; neto pela parte paterna de Antonio Esteves
Ferreira, e de sua mulher D. Custodia Antunes Ferreira da Veiga; e pela materna
de Manuel Esteves Ferreira, e de sua mulher D. Maria Antonia da Costa e Castro.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Ferreiras,
no segundo as dos Veigas, e no terceiro a dos Costas. — Br. p. a 20 de abril de
1787. Reg. Cart. da N., liv. IV, fl. 3 v. (C. C.)
1796. LUIZ MANUEL DE MACED o Do
AMARAL, filho do capitão João da Silva Terra Macedo, e de sua mulher D. Rosa
Maria Caetana do Amaral; neto paterno de José da Silva Terra, e de sua mulher D.
Thereza de Jesus; neto materno de Manuel Pereira Pe layo, e de D. Maria Thereza
do Amaral; bisneto de Manuel da Fonseca Brandão, e de sua mulher D. Domingas
Fernandes de Alpendes. As armas dos Amaraes e Macedos. — Br. p. a 6 de agosto
de 1761. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 130 v. (C. C.)
1797. LUIZ MANUEL DE OLIVEIRA
MENDEs (Capitão-mór), natural da cidade da Ba hia, filho do capitão Manuel de
Oliveira Mendes, e de sua mulher D. Maria do Rosario do Monte do Carmo; neto
paterno de Filippe de Oliveira Mendes, e de sua mulher D. Maria Pereira de
Jesus; e materno do sargento-mór Antonio Lobato Mendes, e de sua mulher D.
Marianna Dias de Jesus; bisneto de Manuel Lobato Mendes, e de sua mulher D. Ca
tharina Lopes Delgado. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Oliveiras, e na segunda as dos Mendes. — Br. p. a 3 de outubro de 1802. Reg. no
Cart. da N., liv. VII, fl. 9. (C. C.)
1798. LUIZ MANUEL DA SILVEIRA
CoRREA DE FREITAs E CostA, fidalgo da casa real, natural da villa de Moura,
filho de Antonio Correa de Freitas Corte-real, e de sua mulher D. Isabel
Antonia da Silveira Costa Pimentel; neto pela parte paterna do capitão Luiz
Mendes Correa, tambem fidalgo da casa real, governador da barra da cidade de
Faro, e de sua prima e mulher D. Maria de Magalhães: o qual capitão foi neto de
Pedro Mar tins de Lordello, que teve o mesmo fôro e era cavaleiro da ordem de
Christo, natural de Tanger, com quem se communicou a feliz acclamação do senhor
rei D. João IV, que era bisneto de Lançarote de Freitas, alcaide-mór de
Arzilla, e de Thereza Freire, filha de Affonso Costa, alcaide-mór de Lagos. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Correas Aguiares, no
segundo as dos Costas, no terceiro as dos Freitas, e no quarto as dos
Lordellos. —Br. p. a 21 de maio de 1777. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 138.
(C. C.)
1799. LUIZ DE ORTA VELLoso,
morador na ilha da Madeira, filho de Luiz Dias Vel loSO, e de Anna de Paiva de
Barros. antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Vellosos
partido em pala, na primeira um castello de prata com tres torres, portas e
frestas lavradas de preto, e sobre cada torre uma flor de liz de oiro,
perfilada de preto, na segunda um açor de sua côr com uma perdiz nas mãos, e
assim o contrario; o segundo dos Barros, que é bandado de sete peças de
vermelho e oiro, tendo sobre as vermelhas nove estrellas de oiro, a saber, uma
na ponta, duas no pé e as do meio cada uma com tres, e por differença um crescente
de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata, vermelho e
oiro, e por timbre o mesmo açor; com todas as honras de fidalgo por descender
da geração dos Vel losos e Barros.—Dada em Lisboa a 22 de novembro de 1547.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXIX, fl. 71 v.
1801. LUIZ PINTo, filho de Alvaro
Gonçalves Pinto, neto de Lianor Pinto, e bisneto de Pero Vaz Pinto, todos
fidalgos. Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus descendentes o
seguinte brazão de armas de seus antecessores : — Escudo de prata, e em cima
cinco crescentes verme lhos em aspa; elmo de prata aberto; timbre um leão pardo
de prata com a lingua e unhas vermelhas, e na espadoa do leão um crescente;
paquife de prata forrado de vermelho, e por diferença uma barra vermelha; com
todas as honras de nobre fidalgo de antiga linha gem, por descender da geração
dos Pintos. — Dada em Lisboa a 3 de junho de 1514. Reg. na Chanc. de D. Manuel,
liv. XI, fl. 40, e liv. VI de Mist., fl. 126.
1802. LUIZ PINTo FRAG os o FREIRE
DE AGUILAR, do logar de Bendada, termo da villa de Sortelha, comarca de
Castello-branco, provincia da Beira; filho do doutor Sebas tião Pinto Fragoso, cavaleiro
fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Maria Paula da Costa; neto pela parte
paterna de Manuel Fragoso Freire de Aguilar, tambem cavalleiro fidalgo da casa
real; e pela materna de Manuel Gonçalves da Costa. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Fragosos, no segundo as dos Pintos, e
no terceiro as dos Freires. — Br. p. a 25 de junho de 1781. Reg. no Cart. da
N., liv. III, fl. 14. (C. C.)
1803. LUIZ Do REGo DE ABREU,
natural de Portel, filho de Manuel Nunes Chanoco, cavalleiro da casa real, e de
Isabel do Rego; neto de Ruy Calado do Rego, que foi do tronco da geração dos
Regos, e de Briolanja Gomes de Abreu; bisneto de Garcia Gomes de Abreu, fidalgo
muito honrado e do tronco da geração dos de Abreu. Carta pela qual el-rei D.
João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro de verde com uma banda ondada de prata, e n’ella tres
vieiras de oiro riscadas de preto e perfiladas de azul; o segundo de verme lho
e cinco cotos de oiro, em aspa, e por diferença uma brica de oiro e n’ella
um—L— preto; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, verde e
vermelho, e por timbre um dos cotos; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da ge ração dos Regos e Abreus.—Dada em Evora a 23 de
dezembro de 1535. Reg. na Chanc. de D, João III, liv. L, fl. 51 V.
1804. LUIZ RoDRIGUEs CALDAs,
familiar do Santo Oficio, e natural da freguezia de S. Julião de Badim, termo
de Valladares; filho de Antonio Soares Villarinho, e de sua mulher Anna de
Caldas; neto paterno de João Rodrigues Villarinho. e de sua mulher Fran cisca
Soares de Brito, filha de Gregorio Soares de Brito. As armas dos Costas,
Peixotos, Soares, e Coelhos. — Br. p. a 5 de maio de 1753. Reg. no Cart. da N.,
liv. particular, fl. 56. (C. C.)
1805. LUIZ RoDRIGUES PACHECO DE
GODOIS E ALVARENGA DE MORAES, natural da villa de Guarapiranga, termo da
capitania da cidade de S. Paulo, estado do Brazil; filho do capitão de
ordenanças Luiz Rodrigues Pacheco, e de sua mulher D. Maria de Mo raes de
Godois e Alvarenga; neto paterno de Antonio Fernandes Pacheco; bisneto de Luiz
Rodrigues Pacheco; terceiro neto de Bernardo Pacheco; neto materno de Gaspar de
Go dois Alvarenga, e de sua mulher D. Anna Pedroso de Moraes, ambos naturaes da
dita # de S. Paulo, cuja familia de Godois passou das Indias de Hespanha para a
dita ClCl3CIG. + As armas dos Pachecos, Godois, Alvarengas, e Moraes. — Br. p.
a 2 de junho de 1758. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 115 v. (C. C.)
1806. LUIZ DE SEIXAs, criado do
bispo de Coimbra, e d’alli natural, filho de Henri que de Seixas, criado do
dito bispo, e de Lucrecia de Sampaio; neto de João de Seixas, conego da Sé da
mesma cidade, legitimado; bisneto de Fernão de Seixas e de Ignez de Moraes, que
foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta linhagem. Carta pela qual el-rei
D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de
campo verde e cinco seixas de prata com os pés e bicos vermelhos, em aspa, e
duas de contrabanda dos cabos voando, e por diferença meio filete preto da bas
tardia; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por
timbre uma das seixas voando; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por
descender da geração e linhagem dos Seixas. — Dada em Lisboa a 10 de setembro
de 1539. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXVII, fl. 91 v. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Oliveiras, no
segundo as dos Pereiras, e no terceiro as dos Silvas. —Br. R. a 20 de setembro
de
1780.
GONÇALO DOS CAMPOS, termo da villa da Cachoeira, arcebispado da Bahia; filho de
Simão de Abreu Teixeira, e de sua mulher Antonia Luiza de Barros, filha de
Miguel Luiz Cordeiro, e de sua mulher Thereza de Barros da Silva; neto do
capitão Jacinto Teixeira de Car valho, e de sua mulher e parenta Anna de Abreu
da Cunha; bisneto de João Carvalho, que foi filho de Catharina Carvalho e neto
de Anna Carvalho : e pela dita Anna de Abreu da Cunha, sua avó, é bisneto de
Manuel Carvalho Coutinho, e de sua mulher Maria Vil lela; terceiro neto de
Balthasar Carvalho Coutinho, e de sua mulher e parenta Maria da Cunha; quarto
neto de Manuel Carvalho Coutinho, e de sua mulher Margarida Ribeiro; quinto neto de Leonor
Carvalho, que viveu pelos annos de 1544, em que seu irmão Pedro Coelho fez
outra similhante justificação, e de seu marido João Gonçalves; sexto neto de D.
Anna Carvalho, e de seu marido Martins Ribeiro, filho de Ruy Dias, e de sua
mulher Leonor Affonso; setimo neto de Fernão Carvalho Coutinho, alcaide-mór de
Basto, senhor de Reguengos, e de sua mulher D. Ignez de Goes; oitavo neto de
Rodrigo Alves de Car valho, e de sua mulher Branca Diniz, parentes de Pedro da
Cunha Coutinho, senhor dos concelhos de Basto e Monte-longo, que era filho de
Fernão Coutinho, irmão de Vasco Fernandes Coutinho, primeiro conde de Marialva,
o qual por sua mulher D. Maria da Cu nha e Vilhena foi Senhor dos ditos concelhos,
e ella era filha herdeira de Fernão Vaz da Cunha, e de sua mulher D. Branca de
Vilhena, filha de D. Henrique Manuel de Vilhena, conde de Cea, e ele filho de
Gil Vasques da Cunha, primeiro senhor dos ditos concelhos de Basto e
Monte-longo, e de sua mulher D. Isabel Pereira, irmã do condestavel D. Nuno
Alvares Pereira.
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo as
dos Coutinhos, no terceiro as dos Abreus, e no quarto as dos Cunhas. — Br. p. a
30 de setembro de 1765. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 17. (C. C.)
1809. LUIZ TEIXEIRA Lobo FREIRE
(Presbytero), professo na ordem militar de S. Bento de Aviz, natural da
freguezia de Nossa Senhora da Candelaria da cidade do Rio de Janeiro; filho do
capitão Jeronymo Teixeira Lobo, e de sua mulher D. Ignacia Maria de Jesus; neto
por parte paterna do capitão João Pereira Lobo, e de sua mulher D. Ber narda
Josepha Teixeira; neto por parte materna de Luiz Pitta Loureiro de Sousa, e de
Sua mulher D. Maria das Neves de Faria. Um escudo ovado e partido em pala; na
primeira as armas dos Teixeiras, e na se gunda as dos Lobos. — Br. p. a 10 de
março de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 196 V. (C. C.)
1810. LUIZ VELLoso D E MIRANDA DE
SousA DA FoNs ECA, natural da villa de S. Pedro de Mattes: filho do doutor
Antonio Velloso de Miranda de Sousa, e de sua mu lher D. Maria Thomasia Velloso
de Miranda; neto paterno do desembargador Luiz Velloso de Miranda e Sousa, e de
sua mulher D. Francisca Moreira: o qual Luiz Velloso de Mi randa e Sousa era
primo de João Velloso de Miranda, a quem se passou brazão de armas a 7 de
agosto de 1736. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas,
no segundo as dos Mirandas, no terceiro as dos Vellosos, e no quarto as dos
Fonsecas. — Br. p. a 14 de outubro de 1816. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl.
359 v. C. C.) (C. C.
1812. MACARIO DE CASTRO So Us A
PINTO CARDoso, filho de Joaquim de Sousa Pinto Cardoso, coronel do exercito, e
de D. Maria Angelica Rosa da Piedade; neto pa terno de José Ignacio Pinto de
Azevedo, e de sua mulher D. Maria Victoria Sousa Car doso; bisneto pelo mesmo
lado de Nuno Alves Pinto de Azevedo, e de sua mulher D.Vio lante da Silva
Pereira; neto por parte de sua avó paterna de Manuel Antonio de Sousa Cardoso,
e de sua mulher D. Maria Ignacia Lima Cardoso. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Pintos, e na segunda as dos Cardosos. — Br. p. a 20 de
setembro de 1854. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 384. (C. C.) (C. C.)
1813. MANUEL APFoNsO FERREIRA DE
DRUMOND, morador na ilha da Madeira, filho de Branca Afonso de Drumond; neto de
João Drumond; bisneto de D. João Drumond, senhor de Escobar em Escocia, irmão
de Anna Bella, rainha de Escocia, o qual proce dia e descendia de todos os
senhores de Esc0cia, da nobre casa de Drumond. Carta pela qual el-rei D. João
III lhe concede o seguinte brazão de armas: — Escudo de campo de oiro com tres
faxas ondadas de vermelho, e por diferença uma brica azul e n'ella um M de
prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e ver melho, e
por timbre meio libreo de vermelho com sua coleira de oiro; com todas as hon
ras e privilegios de fidalgo, por descender da nobre geração dos Drumond, que
foram fi dalgos em Escocia.—Dada em Evora a 2 de agosto de 1536. (M. N.) Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. XXII, fl. 79 V.
1815. MANUEL DE ALMEIDA BARRETo D
E FARIA E CARVALHO, natural da freguezia e couto de S. Jorge de Abadim; filho
de Manuel de Almeida, e de sua mulher D. Jero nyma de Faria Carvalho Lobo; neto
pela parte paterna de Paulo de Almeida, descendente legitimo da casa do Outeiro
de Ranhados, e de sua mulher Domingas Gonçalves; e pela ma terna neto de Manuel
Carlos Barreto de Faria, e de sua mulher D. Luzia de Sousa Lobo, filha do
doutor Miguel Ferreira Felgueiras, e de sua mulher Senhorinha de Sousa Lobo,
bisneta de João de Rodes Lobo, senhor da quinta da Faya, capitão-mór do
concelho de Celorico de Basto, o qual foi filho de Diogo Lobo de Sousa,
commendador da Faya-verde e Moura-morta; bisneto o supplicante pela mesma parte
materna de Antonio de Faria de Carvalho, fidalgo da casa real, filho de Diogo
Lopes de Carvalho, que teve o mesmo foro e senhorio dos coutos de Abadim e
Negrellos, e de sua mulher D. Antonia de Faria, filha de Antonio de Faria,
corregedor que foi de Vianna, o qual descendia por uma serie de avós dos
morgados da Barreta que outros chamam de Agrella; e o dito Diogo Lopes de
Carvalho, filho de Luiz Lopes de Carvalho, que teve o dito foro e senhorios, e
de sua mulher D. Mecia de Eça, dos Eças, descendentes do senhor rei D. Pedro I,
neto de Gas par de Carvalho, senhor dos ditos coutos e chanceller-mór que foi
do reino. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Almeidas, no
segundo as dos Carvalhos, no terceiro as dos Farias, e no quarto as dos Lobos,
— Br. p. a 20 de abril de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 8 v. (C. C.)
1816. MANUEL ALVARES CALVÃo,
familiar do numero do Santo Oficio, capitão de infanteria auxiliar e juiz
almoxarife da commenda de Moreiras, natural e morador no lo gar das
Casas-novas, termo de Chaves; filho de Sebastião Alvares Calvão. As armas dos
Gonçalves e Calvões. — Br. p. a 23 de junho de 1752. Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 42 v. (C. C.)
1817. MANUEL ALVAREs DA FoNs ECA
CostA (Capitão), governador da fortaleza de S. Clemente da cidade do Rio de
Janeiro; filho do sargento-mór José Alvares da Costa, e de sua mulher D. Ursula
da Fonseca e Costa; neto pela parte paterna de Antonio Alvares da Costa, e de
sua mulher D. Josepha Vieira; e pela materna do sargento-mór João Fran cisco da
Costa, e de sua mulher D. Ursula da Fonseca Dias. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Costas, no se gundo as dos Vieiras, e
no terceiro as dos Fonsecas. — Br. p. a 13 de janeiro de 1789. Reg. no Cart. da
N., liv. 1v, fl. 90 v. (C. C.)
1818. MANUEL ALVARES DO SOBRAL E ALBUQUERQUE,
natural da Gouveas, termo da cidade de Pinhel; filho do capitão Manuel Alvares
do Sobral, cavaleiro professo na ordem de Christo, e de sua mulher D. Maria
Pinto de Lemos; neto pela parte paterna de João Alvares do Sobral, tambem
cavalleiro professo na ordem de Christo e capitão de in fanteria na praça de
Almeida, que ao tempo do seu falecimento se achava já com patente de
sargento-mór da comarca de Coimbra, e de sua mulher D. Marianna de Albuquerque;
e pela materna neto de Domingos de Lemos Vieira, e de sua mulher D. Theodora
Pinto Cardoso. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Sobraes, no segundo as dos Albuquerques, no terceiro as dos Lemos, e no quarto
as dos Pintos. — Br. p. a 4 de dezembro de 1773. Reg. no Cart. da N., liv. 1,
fl. 214 v. (C. C.)
1820. MANUEL ALVES GUERRA,
bacharel formado em direito, fidalgo cavalleiro da casa real, cavalleiro das
ordens de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, da de Leopoldo da Belgica
e da Coroa de Carvalho dos Paizes-baixos, addido ás legações de Portugal nas
cortes de Bruxelas e da Haya, e deputado da nação. Um escudo partido em pala
com as armas que lhe foram concedidas por alvará de 23 de junho de 1862.— Br.
p. a 16 de junho de 1863. (M. N.) Reg, no Cart. da N., liv. IX, fl. 56.—V. no
I. H. Alves Guerra. (C. C.)
1821. MANUEL ALVES Souto GUEDEs
DA SILVA, barão do Corvo, moço honorario da real camara, commendador da ordem
de Christo, e natural da freguezia de Villa-nova de Gaia, bispado do Porto:
filho do capitão Thomaz Alves Souto, e de sua mulher D. Anna Angelica Rosa;
neto paterno do capitão Manuel Alves Souto, e de sua mulher D. Emilia de Jesus;
e materno do alferes Manuel Guedes Vicente, e de sua mulher D. Jeronyma da
Silva. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Soutos, e na segunda
as dos Guedes. — Br. p. em janeiro de 1857. Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl.
14. } (C. C.
1823. MANUEL ANToNIO ALVES VAZ DA
RUA, do logar e freguezia de S. Pedro de Nogueira, termo de Villa-real; filho
de Manuel Rodrigues Rebello, e de sua mulher D. Rosa Maria Vaz da Costa; neto
paterno de Pedro Alves, e de sua mulher Isabel Catharina RO drigues, e materno
de Manuel Rodrigues Rua, e de sua mulher D. Anna Maria da Costa Guedes, sendo o
supplicante descendente de Gonçalo Vaz, o moço. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Costas, no Reg. no Cart. da N., liv.
VIII, fl. 77 V. (C. C.)
1824. MANUEL ANTONIO DE CARVALHo
(Bacharel), natural de Carvalhaes, termo da Villa de Mirandella, comarca da
Torre de Moncorvo, desembargador da Relação e Casa do Porto, e deputado da
Junta dos juros dos reaes emprestimos; filho de Sebastião de Car valho, e de
sua mulher D. Josepha Maria de Carvalho; neto paterno de Pedro de Carva lho, e
de sua mulher D. Leonor do Espinhoso; e materno de Manuel Rodrigues de Car
valho, e de sua mulher D. Victoria Nunes: sendo egualmente o supplicante irmão
inteiro de Sebastião José de Carvalho, do real conselho, ministro e secretario
de estado honora rio, e fidalgo cavalleiro da casa real. Um escudo com as armas
dos Carvalhos. — Br. p. a 30 de junho de 1826. Reg. no Cart. da N., liv. VIII,
fl. 191 v. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo as
dos Machados, no terceiro as dos Peixotos, e no quarto as dos Vieiras. — Br. p.
a 10 de janeiro de 1826. Reg, no Cart, da N., liv. VIII, fl. 171 v. C (C. C.)
1826. MANUEL ANToNIo CoRREA DE
CARVALHO (Bacharel), commissario do Santo Oficio, beneficiado na parochial de
Sacavem, abbade collado na egreja de S. Miguel de Cora, natural da villa de
Sernancelhe, comarca de Pinhel, principado da Beira; filho de Manuel Lopes
Correa de Carvalho, juiz dos orphãos do concelho de Sernancelhe, e no mesmo
monteiro-mór, e de sua mulher D. Anna do Espirito Santo Correa; neto paterno de
Manuel Francisco Lopes, e de sua mulher Maria Francisca de Carvalho; neto
materno de Manuel Dias de Carvalho, e de sua mulher Bernarda Gomes Correa. As
armas dos Correas, Carvalhos, Dias, e Lopes. — Br. p. em março de 1752. Reg. no
Cart. da N., liv. particular, fl. 31 v. (C. C.)
1828.
MANUEL ANTONIO DA FONSECA PINTO SOUSA
COELHO DE VASCONCELLOS, filho de Manuel da Fonseca Coelho, sargento-mór de
S. João da Pesqueira, morgado de Val de Figueira, e de sua mulher D. Rocra (?)
Maria Moutinho de Vasconcellos; neto paterno de Antonio da Fonseca Coelho, capitão
de auxiliares, e de sua mulher D. Isabel de Braga; bisneto de Belchior Borges,
e de sua mulher Isabel de Braga; terceiro neto de Antonio Vaz Pinto, e de sua
mulher Catharina de Braga; quarto neto de Afonso Vaz Pessoa, que vivia no anno
de 1516 em S. João da Pesqueira, e de sua mulher Maria Annes Pinto de Sousa,
filha de Gaspar de Braga, filho de Alvaro de Braga, quinto e sexto avô do
suppli cante; e o dito Gaspar de Braga foi casado com Maria Fernandes de
Vasconcellos, filha de D. Fernando de Vasconcellos, bispo de Lamego; neto
materno de Manuel Moutinho de Vasconcellos, que foi provedor da Misericordia em
Freixo de Numão; filho de Maria Moutinho. • As armas dos Fonsecas, Coelhos,
Vasconcellos, e Moutinhos, — Br. p. a 7 de outubro de 1755. Reg. no Cart. da
N., liv. particular, fl. 93 v. (C. C.)
1829.
MANUEL ANTONIO DA FONSECA PINTO SOUSA COELHO
E VASCONCELLOS, natural do logar de Val de Figueira, e morador no de
Villaroco, conselho de S. João da Pesqueira; filho de Manuel da Fonseca Coelho,
sargento-mór do dito concelho, morgado de Val de Figueira, e de sua mulher D.
Thereza Maria Monteiro de Vasconcellos; neto paterno de Antonio da Fonseca
Coelho, capitão de auxiliares, e de sua mulher D. Isabel de Braga, filha de
Belchior Borges, e de sua mulher Joanna de Braga, filha de Antonio Vaz Pinto
que viveu pelos annos de 1660, e de sua mulher Catharina de Braga, filha de
Gaspar de Braga, neta de Alvaro de Braga, e de sua mulher Maria Fernandes de
Vascon cellos, filha de D. Fernando de Vasconcellos, bispo de Lamego, sexto avô
do supplicante; e o dito Antonio Vaz Pinto, filho de Affonso Vaz Pessoa, que
viveu em S. João da Pes queira pelos annos de 1516; neto materno de Manuel
Monteiro de Vasconcellos, morador na villa de Freixo de Numão, onde foi
provedor da Misericordia, e de Maria Monteiro. As armas dos Fonsecas, Coelhos,
Vasconcellos, e Monteiros. — Br. p. a 28 de Outu bro de 1757. Reg. no Cart. da
N., liv. particular, fl. 111. (C. C.)
1830. MANUEL ANTONIO FRANCISCO
CERDEIRA, natural de S. José de Gandim, C0 marca do Pezo da Regoa, commendador
da ordem de Christo, cavaleiro da de Nossa Se nhora da Conceição de Villa-viçosa,
tenente coronel do batalhão nacional do Pezo da Re goa, deputado ás Côrtes, e
proprietario; filho de Antonio Francisco Cerdeira Pinto Guedes, proprietario e
negociante de grosso tracto, e de sua mulher D. Maria Ignacia da Fonseca; neto
paterno de José da Fonseca Pinto Guedes, proprietario e negociante, e de sua mu
lher D. Catharina Martins, e materno de José Ignacio da Fonseca, negociante, e
de sua mulher D. Anna Guedes Jugueiros da Fonseca. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Pintos, no segundo as dos Guedes, no terceiro as
dos Fonsecas, e no quarto as dos Martins. — Br. p. a 11 de julho de 1830. Reg.
no Cart. da N., liv. VIII, fl. 346. (C. C.)
1831. MANUEL ANTONIO GoMES DE
BRITo, natural da villa do Crato, doutor na fa culdade de leis pela
Universidade de Coimbra, e ex-provedor da comarca de Portalegre; familiar do
Santo Oficio, e de sua mulher D. Gertrudes Maria Gomes de Brito; neto materno
de Manuel Gomes da Assumpção, cavaleiro professo na ordem de Christo, e capitão
das or denanças da mesma villa, e de D. Maria Rosa de Brito; bisneto pelo mesmo
lado de Car los de Brito, que foi familiar do Santo Oficio, e que serviu o mui
distincto emprego de alferes dos cazeiros de Malta, e de sua mulher D. Thereza
Leitão. Um escudo com as armas dos Britos. — Br. p. a 12 de julho de 1825. Reg.
no Cart. da N., liv. VIII, fl. 150 v. (C. C.)
1832. MANUEL ANToNIo GoMEs DE
CASTRO, capitão de infanteria auxiliar do estado do Maranhão, e natural da
villa de Villarinho do Castanheiro; filho de Manuel Francisco, e de sua mulher
D. Maria Gomes; neto paterno de Domingos Francisco, e de sua mulher D. Luiza
Gomes; bisneto de Mattheus Francisco, e de sua mulher D. Isabel Maria, e ma
terno de Francisco Rodrigues, e de sua mulher D. Anna Gomes; bisneto de Paulo
Rodri gues, e de sua mulher D. Anna Gonçalves. Um escudo, e n'elle as armas dos
Gomes. — Br. p. a 15 de outubro de 1792. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 265
v. - (C. C.)
1833. MANUEL ANToNIO DE MADUREIRA
E SousA, abbade da egreja de Carrazedo; filho do capitão Antonio Peres de
Sousa, correio-mór, e cidadão da cidade de Bragança, e de sua mulher D.
Francisca Dorothea de Madureira; neto pela parte paterna de Domingos Pires de
Sousa, e de D. Comba Gonçalves Sarmento; e pela materna de Antonio Mendes de Madureira,
e de sua mulher D. Joanna Maria de Mattos; e bisneto de Pedro Mendes de
Madureira, a quem se passou já seu brazão de armas a 23 de março de 1699. Um
escudo ovado partido em pala; na primeira as armas dos Sousas, e na segunda as
dos Madureiras. — Br. p. a 29 de maio de 1782. Reg. no Cart. da N., liv. III,
fl. 54. (C. C.)
1834. MANUEL ANTONIO DE MIRA CABO
CoELHO PERDIGÃO, natural da villa de Alva, comarca de Beja; filho do doutor
Antonio Afonso de Mira Cabo, que serviu de juiz de fóra da villa de Moura, e de
sua mulher D. Josepha Coelho Perdigão; neto pela parte pa terna do
capitão-mandante das ordenanças, Antonio Lopes Cabo, e de sua mulher D. Ma ria
# 0; neto pela parte materna de Manuel Coelho Guião, e de sua mulher D. Maria
Perdigão. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Coelhos, e na
segunda as dos Perdigões. — Br. p. a 20 de fevereiro de 1794. Reg. no Cart. da
N., liv. V, fl. 14 v. (C. C.)
1835. MANUEL ANTONIO DE MIRA CABO CoELHO PERDIGÃO, cavalleiro fidalgo da casa real, e natural da Villa de Alva, comarca de Beja; filho do doutor Antonio Afonso de Mira Cabo, que serviu de juiz de fóra da Villa de Mourão, e de sua mulher D. Josepha Coelho Perdigão; neto paterno do capitão-mandante das ordenanças, Antonio Lopes Cabo, e de sua mulher D. Maria do O; e materno de Manuel Coelho Guião, e de sua mulher D. Maria Perdigão, mostrando egualmente por documentos ser sobrinho de Francisco do Cabo de Aru Lopes, professo na ordem de Christo, a quem se passou brazão de armas a 21 de maio de 1768. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Arus, no segundo as dos Coelhos, no terceiro as dos Perdigões, e no quarto as dos Lopes. —Br. p. a 9 de setem bro de 1816. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 353 V. (C. C.)
1837. MANUEL ANToNIo PINTO DE
SovERAL VAssALLo E SousA, capitão do regi mento de milicias de Trancoso; filho
de Antonio José de Soveral Vassallo e Sousa, Sar gento-mór das ordenanças da
villa de S. João da Pesqueira, e de D. Luiza Bernarda Pinto; neto paterno de
Manuel de Soveral e Sousa, e de sua mulher D. Helena Maria Vassallo e Sousa;
segundo neto de Domingos da Costa do Soveral, capitão-mór de Sernancelhe, e de
sua mulher D. Margarida Clemencia de Magalhães; terceiro neto de Theotonio de
S0 veral e Almeida, cavaleiro professo na ordem de Christo, mestre de campo de
Viseu, e senhor do couto de Vieira, e reguengo da Alagoa do Algarve; de quem
são filhos Fer nando José Maltez, coronel do mar, e embaixador em diversas
côrtes, Fernando Antonio Maltez, commendador de Sernancelhe, e D. Marianna, a
qual casou com José Manuel de Almeida, e destes é filho José de Almeida, barão
de Mossamedes, alcaide-mór e senhor da Lapa; neto materno de Manuel Pinto da
Veiga, capitão de milicias, e de sua mulher D. Maria da Silva; segundo neto de
Paulo Pinto, e de sua mulher D. Maria da Silva Pi mentel; terceiro neto do
capitão Belchior da Silva. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Soveraes, no segundo as dos Sousas, no terceiro as dos Almeidas, e no
quarto as dos Pintos. — Br. p. a 21 de outubro de 1814. Reg. no Cart. da N.,
liv. VII, fl. 299. (C. C.)
1839. MANUEL ANTONIO TEIXEIRA DE CARVALHo,
natural da casa e quinta do Ou teiro do meio, freguezia de Viade, concelho de
Celorico de Basto; filho de Julião Teixeira de Carvalho, e de sua mulher D.
Josepha Teixeira de Barros; neto pela parte paterna de Miguel Teixeira, e de
sua mulher D. Catharina de Carvalho; e bisneto de Gonçalo Miguel Pires, e de
sua mulher D. Margarida Teixeira de Macedo, descendente por largas series de
avós de João Gonçalves Teixeira, sexto senhor da honra, e couto de Teixeira, e de
Martim Gonçalves de Macedo, camareiro-mór do senhor rei D. João I, ambos chefes
d'es tas illustres familias; e pela parte materna se mostrava tambem que elle é
neto de Bento Teixeira de Macedo, e de sua mulher D. Marianna de Barros;
bisneto de Gaspar Fran cisco de Barros de Carvalho, e de sua mulher D. Anna de
Macedo, descendente tambem por outras largas series de avós dos chefes das
illustres familias dos Barros e Carvalhos, assim da parte paterna como da
materna, os fóros de fidalgos da casa real, sendo commenda dores da ordem de
Christo, e tendo servido a real corôa n’este reino, e na India nos lo gares e
postos de maior graduação, até o de vice-rei d’aquelle estado, que no tempo do
senhor rei D. Manuel teve em vagancia Fernando Carvalho da Cunha sexto avô do
suppli cante, o qual era bisneto de Alvaro Gil de Carvalho, senhor do dito
morgado, e de sua mulher D. Estephania Pereira, irmã do condestavel D. Nuno
Alvares Pereira. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Teixeiras, no segundo as dos Macedos, no terceiro as dos Barros, e no quarto as
dos Carvalhos, — Br. p. a 12 de julho de 1787. Reg. no Cart, da N., liv. Iv;
fl. 19. (C. C.)
1841.
MANUEL DE ARAUJO GOES, natural da freguezia de Santo Antonio, além do Carmo, da
cidade da Bahia; filho de Dionysio Lourenço Marques, capitão de infanteria,
commandante do presidio de S. Paulo de Moura, e de sua mulher D. Lourença de
Araujo de Goes; neto pela parte paterna de Lucas
Machado de Mello, e de sua mulher D. An tonia Ximenes de Almeida; neto pela
parte materna de Antonio de Araujo Goes, e de sua mulher D. Anna Ursula de
Sousa.
Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Araujos, e na segunda as dos
Goes. — Br. p. a 20 de maio de 1794. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 24 v. (C.
C.)
1842. MANUEL ARNAU, natural de
Miranda, morador em Almada, filho de Lançarote Arnau, e neto de Guilherme Arnau
que foi o tronco da geração dos Arnaus; bem assim por parte de sua mãe e avós
descende da geração dos Leitões. Carta pela qual El-Rei D. João III lhe concede
o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo esquartelado; o primeiro e
quarto de campo de prata com seis leões de preto e o segundo e terceiro de
prata com tres faxas de vermelho, e por diferença uma lua vermelha; elmo de
prata aberto, guarnecido de oiro, paquife de prata vermelho e preto, e por
timbre um dos leões das armas; com todas as honras e privilegios de fi dalgo
por descender da geração e linhagem dos Arnaus e Leitões. — Dada em Lisboa a 21
de setembro de 1529. Reg. na Chanc. de D. João III, liv XVII, fl. 97 v.
1843. MANUEL DE AZEVED o VIDAL,
cavaleiro professo na ordem de Christo, do logar da Povoação, freguezia de
Santa Comba da Ermida, termo de Villa-real; filho de Domingos de Azevedo, e de
Maria Fernandes; neto paterno de Balthasar Dias de Azevedo; neto materno de
Domingos Gonçalves. As armas dos Azevedos, e Vidaes. — Br, p. a 28 de fevereiro
de 1753. Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 49 v. (C. C.)
1844. MANUEL BARBOSA, morador na
ilha Graciosa. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão
de seus antecesso res: — Escudo de campo de prata, e uma banda azul com tres
crescentes de oiro, entre dois leões de purpura pegados n’ella, e por diferença
uma brica verde e n’ella outra de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de prata, oiro e azul, e por tim bre um dos leões com um
crescente de oiro nos peitos; com todos as honras e privile gios de fidalgo por
descender da nobre geração dos Barbosas. — Dada em Evora a 3 de julho de 1531.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. L, fl. 95 v.
1845. MANUEL BARBOSA PEREIRA
MoNIs CoELHO DA SILVA, natural da villa de Guimarães; filho de Marcos José
Coelho Monis Pereira, e de sua mulher Josepha Maria Barbosa; neto paterno de
Domingos da Silva Monis Coelho, e de sua mulher Joanna Pe reira da Silva; e a
dita sua mãe Josepha Maria Barbosa filha de João Barbosa, e de Ma ria da Costa,
avós maternos do supplicante, e por esta parte é bisneto de Francisco Mendes, e
de sua mulher Marianna de Araujo; terceiro neto de Miguel Barbosa, e de sua
mulher Paula de Araujo; quarto neto de Pedro Martins, e de sua mulher Isabel
Alves Barbosa; quinto neto de Domingos Alves, juiz ordinario que foi no couto de
Cabaças, e de sua mulher Maria Francisca Barbosa, filha de Francisco Annes
Souto, capitão e guarda mór da saude, e de sua mulher Helena Barbosa. As armas
dos Coelhos, Barbosas, Pereiras, e Monizes. — Br. p. a 3 de julho de 1759. Reg.
no Cart. da N., liv. particular, fl. 122 v. • (C. C.)
Escudo
de campo vermelho, e cinco machados de prata com os cabos de oiro, em aspa;
elmo de prata aberto, paquife de prata, vermelho e oiro, por timbre dois ma
chados em aspa, e por diferença um quatro folio de verde picado de oiro, e
egualmente o pé do mesmo; com todas as honras de nobre e fidalgo por descender
da geração e li nhagem dos Machados.» — Dada em Almeirim a 22 de fevereiro de
1541. Reg, na Chanc, de D. João III, liv. XXXIV, fl. 10 V. (C. C.)
1847. MANUEL BARRADAs DE JESUS,
da freguezia de Santo Antonio de Ayamonte de Monforte, comarca de Villa-viçosa,
familiar do Santo Oficio; filho de Domingos Bar radas, e de sua mulher Maria
Ayres; neto paterno de Francisco Barradas, e de sua mu lher Maria Ayres; neto
materno de Jacinto Pereira, e de sua mulher Maria Ayres. As armas dos Barradas,
Pereiras, e Ayres, — Br. p. a 26 de março de 1753. Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 51 v. (C. C.)
1848. MANUEL DE BAstos DE
FIGUEIREDo FRAZÃo CAs TELLo-BRANco, da cidade de Evora; filho do doutor João de
Bastos da Lança Bayão, e de sua mulher D. Ignez Faustina de Figueiredo Frazão
Castello-branco; neto por parte paterna do capitão Fran cisco Martins Bastos, e
de sua mulher D. Crispina da Lança Bayão; neto por parte ma terna do doutor
Filippe Pedroso da Cruz, e de sua mulher D. Isabel Joaquina de Figuei redo
Frazão de Castello-branco, irmã de José de Figueiredo Frazão de Castello-branco
Cardoso, a quem se passou brazão de armas com as dos Frazões, Castello-brancos,
e Fi Cruz, instituidor do morgado que actualmente administra o doutor Gregorio
José Pedroso Fra zão Castello-branco, irmão germano da sua referida mãe;
bisneto por parte de sua avó materna de José de Figueiredo Frazão
Castello-branco, e de D. Maria de Oliveira Feio.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Frazões, no segundo as
dos Castellos-brancos, no terceiro as dos Cardosos, e no quarto as dos
Figueiredos. — Br. p. a 26 de setembro de 1799. Reg. no Cart. da N., liv. VI,
fl. 98. C. C.) º . (C. C.
1849. MANUEL DE BAstos VARELLA
PINTo PACHEco, capitão de infanteria da ci dade da Bahia, natural de Minas do
rio das Contas; filho de Antonio de Bastos Varella, e de sua mulher D. Custodia
Maria do Sacramento Varella; neto por parte paterna de Antonio de Bastos
Varella, primo co-irmão de Domingos Varella Barca, escudeiro fidalgo,
cavalleiro professo na ordem de Christo e piloto-mór da barra do Porto; casado
com D. Luiza Maria Varella Barca, tambem escudeiro fidalgo e piloto-mór da dita
barra (sic); bisneto de Manuel Pinto, escudeiro fidalgo, moço da camara e
piloto da dita barra, e de D. Beatriz Varella, terceiro neto de outro Manuel
Pinto, e de D. Maria Cardoso; quarto neto de Balthasar Varella; escudeiro
fidalgo, moço da camara e piloto da dita barra. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Bastos, no segundo as dos Varellas, e
no terceiro as dos Pintos. — Br. p. a 20 de janeiro de 1802. Reg. no Cart. da
N., liv. VI, fl. 189 v. (C. C.)
1850. MANUEL DE BEÇA, fidalgo,
morador em Vianna de Foz do Lima, filho de Isa bel de Beça. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo
de campo faxado de oiro e vermelho em seis peças, e uma bordadura de ver melho
cheia de crescentes de prata, e por differença uma dobre brica de azul e oiro;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro; paquife de oiro e vermelho, e por
timbre um meio lobo da sua cor com um crescente de prata nas costas; com todas
as honras e pri vilegios de fidalgo, por descender da geração e linhagem dos
Beças. — Dada em Lisboa a 23 de julho de 1529. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. LII, fl. 7 v.
1851. MANUEL BEZERRA SEIXAS,
natural e morador n’esta cidade de Lisboa; filho de José Bezerra Seixas,
cavalleiro da ordem de Christo, e de sua mulher D. Isabel Flo rencia do
Espirito Santo e Fonseca; neto paterno de Manuel Bezerra Seixas, procurador que
foi da Mesa do Bem commum, e de sua mulher D. Josepha Maria; neto materno de
Fructuoso Pires da Fonseca, e de sua mulher D. Ignez Josepha de Barros. As
armas dos Bezerras, Seixas, Fonsecas, e Barros.—Br. p. a 12 de outubro de 1761.
Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 132 v. (C. C.)
1852. MANUEL BRANDÃO PEREIRA DA
SILVA (Doutor), juiz de fora da villa de Ta boaço, natural da de Oliveira do
Bairro, comarca de Aveiro; filho do doutor Manuel Bran dão da Silva,
administrador do vinculo instituido pelo reverendo doutor Christovão Fer nandes
de Oliveira, e senhor de sua quinta e casal de Oliveira do Bairro, e casa de S.
Martinho de Salreu, e de sua mulher D. Marianna Rosa de Pinho, senhora de Payalvo;
neto pela parte paterna do doutor João Brandão da Silva, e de sua mulher D.
Maria The reza de Oliveira, irmã do dito reverendo doutor Christovão Fernandes
de Oliveira, insti tuidor do dito vinculo; e pela parte materna neto do capitão
Sebastião Pereira do Pinho, senhor da dita terra, e de sua mulher D. Maria
Ferreira, filha do capitão Sebastião Fer reira, da sua quinta de Villa-verde. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Brandões, no segundo as
dos Silvas, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Pinhos. — Br. p. a
23 de fevereiro de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 110 v. (C. C.)
1853. MANUEL DO CAB o APPA RICI o
D E CARD ENAs, filho de João do Cabo Apparicio, e de D. Mecia Antonia Pimenta
de Cardenas; neto pela parte paterna de Domingos Este ves Sardinheiro Cabo, e
de Isabel Maria da Visitação Barrosa; e pela parte materna de Manuel Fialho
Pimenta, familiar do Santo Ofício, e de D. Maria Thereza de Cardenas; bisneto
por parte de seu avô paterno de Gregorio Esteves Sardinheiro, e de Helena da
Cruz Penilha e Cabo; e por parte de sua avó paterna de Francisco Esteves
Sardinheiro, fami liar do Santo Oficio, e de Maria Luiza Barroso; e por parte
de seu avô materno de Luiz Fialho Ferro, e de Catharina Martins Jarca, e por parte
materna de Francisco de Carde nas Souto-maior, e de D. Francisca Thereza
Xavier; sendo egualmente o dito Francisco de Cardenas Souto-maior filho de
Antonio Fialho Penilha, familiar do Santo Oficio, e de D. Joanna de Cardenas
Souto-maior, irmã de Pedro de Cardenas Souto-maior, a quem se passou brazão de
armas aos 6 de abril de 1695. Um escudo com as armas dos Cardenas. — Br. p. a
20 de agosto de 1796. Reg. mo Cart. da N., liv. V, fl. 136. (C. C.)
1855.
MANUEL CAETANO MACHADO RIBEIRO PACHECO E
SILVA, da quinta de Bar rimão, concelho de Aguiar e Sousa, comarca da
cidade do Porto; filho do bacharel Ma nuel José Ribeiro Machado, e de sua
mulher Thereza Rosa da Silva; neto pela parte pa terna de João Francisco
Ribeiro, e de sua mulher Marianna Josepha Machado; bisneto de Francisco
Machado, e de sua mulher Maria Nunes; e pela parte paterna neto de Domin gos
Pacheco, e de sua mulher Maria da Silva, ele filho de Luiz Pacheco, e de sua
mulher Maria Gaspar, e ela filha de Manuel Rodrigues, e de sua mulher Anna da
Silva, com os mais ascendentes expressados na sentença que apresentou.
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Ribeiros, no segundo as
dos Machados, no terceiro as dos Pachecos, e no quarto as dos Silvas. — Br. p.
a 20 de outubro de 1786. — Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 243 v. (C. C.)
1856. MANUEL CAETANO SALAZAR, do
logar de S. Martinho do Peso, termo da villa de Penasjoias, comarca de Miranda;
filho de outro Manuel Caetano de Carvalho Salazar, sargento-mór das ordenanças
da dita villa, e de D. Maria Caetana de Moraes; neto pela parte paterna de
Manuel de Carvalho Salazar, capitão de infanteria auxiliar e monteiro mór
d’aquelle districto, e de D. Maria Martins; e pela materna de Simão Pedro de Mo
raes, sargento-mór das ordenanças da villa de Vimieiro, e de D. Joanna Rosa de
Carva lho Salazar. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as
armas dos Carvalhos, no segundo as dos Salazares, e no terceiro as dos Moraes.
— Br. p. a 22 de maio de 1784. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 133 v. (C.
C.) de Fernam Cardoso; e bisneto de Gonçalo Martins Cardoso, alcaide-mór que
foi da villa de Fronteira, e do tronco d'esta linhagem. Carta pela qual el-rei
D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de
campo vermelho com dois cardos verdes um sobre o outro, floridos e com as
raizes de prata, entre dois leões de oiro batalhantes, e por diferença uma meia
brica de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e
vermelho, e por timbre uma cabeça de leão de oiro, com a boca para cima, e
n'ella um dos cardos, com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Cardosos. — Dada em Lisboa a 6 de setembro
de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LII, fl. 185.
1857. MANUEL CARDoso, morador na
ilha de S. Tiago de Cabo-verde; filho de Fernam Cardoso; e bisneto de Gonçalo
Martins Cardoso, alcaide-mór que foi da villa de Fronteira, e do tronco d'esta
linhagem. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecesso res: — Escudo de campo vermelho com dois cardos verdes um sobre
o outro, floridos e com as raizes de prata, entre dois leões de oiro
batalhantes, e por diferença uma meia brica de prata; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre uma cabeça de leão
de oiro, com a boca para cima, e n'ella um dos cardos, com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Cardosos. — Dada
em Lisboa a 6 de setembro de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LII, fl.
185.
1859. MANUEL CARLos DE ABREU E
LIMA, natural da villa do Recife, bispado e ca pitania de Pernambuco; filho do
sargento-mór Mathias Lopes de Medina, e de sua mu lher D. Rosa Maria de Abreu e
Lima, irmã legitima do coronel de infanteria Lourenço Gomes de Abreu e Lima, a
quem já se passou brazão de armas das familias de Abreus e Limas da casa de
Regalados no anno de 1740; neto pela parte materna do capitão Ja cinto Coelho
de Alvarenga, e de sua mulher D. Maria de Abreu e Lima, e por esta sua avó
bisneto de Francisco de Abreu e Lima, capitão de infanteria na cidade da Bahia,
e governador da fortaleza de Santa Cruz da barra de Itamaracá; tão attendido do
senhor rei D. Pedro II, sendo principe regente d’estes reinos, que em seu favor
escreveu ao gover nador da Bahia Affonso Furtado de Mendonça, uma carta muito
honrosa; terceiro neto de Antonio Gomes de Abreu, e quarto neto de Pedro Gomes
de Lima, conde de Regalados e de Lindoso. Um escudo partido em pala; na primeira
as armas dos Abreus e na segunda as dos Limas. — Br. p. a 9 de setembro de
1784. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 163. (C. C.)
1860. MANUEL CARVALHo NoGUEIRA,
cavalleiro professo na ordem de S. Tiago da Espada, e capitão de milicias do
termo de Santarem; filho de Luiz Carvalho, e de sua mulher D. Theodora Maria do
Nascimento; neto pela parte paterna de José Carvalho de Sá, e de sua mulher D.
Garcia Maria; e pela materna de Antonio Nogueira, e de sua mu lher D. Anna
Maria. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Carvalhos, na
segunda as dos Nogueiras. — Br. p. a 4 de setembro de 1802. Reg. no Cart. da
N., liv. % } V.
1861. MANUEL DE CASTILHo, filho
de João de Castilho, que foi morador na vila de Thomar, e natural das montanhas
do reino de Biscaia. Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede e a seus
descendentes o seguinte bra zão de seus antecessores: — Escudo de campo verde
com um castello de prata, com as portas e frestas lavrado de preto, e em cima
da torre do meio uma flor de liz de oiro, e á porta do castello duas lebres de
prata olhando uma para a outra, com coleiras verme lhas, e presas por umas
cadeias de oiro, que sãem das bombardeiras; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro, prata e verde, por timbre uma das lebres das ar mas, e
por differença uma muleta de oiro; com todas as honras e privilegios de nobre
fidalgo, por descender da geração dos Castilhos do reino de Biscaia. —Dada em
Lisboa a 16 de fevereiro de 1561. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. II, fl.
44 v.
1863. MANUEL DE CLAMOUS E BRowNE,
fidalgo cavalleiro da casa real, commenda dor das ordens de Christo, e de Nossa
Senhora da Conceição de Villa-viçosa, proprieta rio e negociante de grosso
tracto; filho de Domingos Browne, cavalleiro professo na or dem de Christo,
consul da nação franceza no cidade do Porto, e de sua mulher D. Maria Custodia
Browne; neto paterno do doutor Pedro Browne, e de sua mulher D. Francisca
Xavier de Clamouse; bisneto pelo mesmo lado de André Browne, descendente da
familia dos Browns do condado de Korrgna, na Irlanda, que sempre usaram de
armas; segundo sobrinho de Bernardo Clamouse, irmão de sua avó paterna,
cavalleiro da ordem de Christo a quem se passou brazão de armas a 16 de
setembro de 1776; neto por parte materna de Domingos Fernandes Sada, e de sua
mulher D. Maria da Cruz. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Brownes, e na segunda as dos Clamouses. — Br. p. a 13 de fevereiro de 1850.
Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 174 V. (C. C.)
1864. MANUEL CoRREA BoTELHo
(Capitão), criado da casa real, natural da cidade de Lisboa, ajudante do
superintendente das Caudelarias do termo da dita cidade; filho de Wi ctoriano
Correa Botelho, professo na ordem de Christo, e de sua mulher D. Thereza Rosa
Joaquina Teixeira, ambos criados da casa real; neto pela parte paterna de
Manuel Villela, e de sua mulher D. Maria Correa, filha de Simão Correa, e de
sua mulher D. Luiza Cor rea, neta paterna de Simão Correa, e de sua mulher D.
Cecília Gonçalves, e materna de João Lourenço Monteiro, e de sua mulher D.
Magdalena Correa; bisneto o supplicante pela sua varonia de Martim Afonso, e de
sua mulher D. Beatriz Villela; neto pela parte ma terna de José Francisco
Pereira, e de sua mulher D. Domingas Maria Teixeira, que teve o dito
nobilissimo emprego de criada da casa real, filha de Mathias Francisco, e de
Sua mulher D. Natalia Teixeira; neta paterna de Paulo Coelho, e de sua mulher
D. Margarida Jorge, e materna de Antonio Teixeira, e de sua mulher D. Isabel
Gomes; bisneto o sup plicante de Manuel Vaz, e de sua mulher D. Maria
Francisca, elle filho de Domingos GO mu lher D. Maria Francisca. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Correas, e na segunda as dos
Teixeiras.— Br. p. a 15 de junho de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 113
v. (C. C.)
1865. MANUEL CoRREA BRANCo, professo
na ordem de Christo, sargento-mór da praça da fortaleza de S. João Baptista, da
cidade de Angra na ilha Terceira; filho de Ma nuel Correa, e de sua mulher D.
Maria dos Santos; neto pela parte paterna de Manuel Rodrigues Branco, e de sua
mulher D. Isabel Correa; e pela materna neto de Manuel Ro drigues dos Santos,
irmão do mestre de campo João Rodrigues do Valle, e de sua mulher D. Maria
Rodrigues Nogueira. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Correas, no segundo as dos Rodrigues, no terceiro as dos Valles, e no quarto as
dos Nogueiras. —Br. p. a 24 de julho de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl.
119. (C. C.)
1868. MANUEL CoRREA DE MELLO
PACHEco, da ilha de S. Jorge, filho do alferes José Antonio de Mello Pacheco, e
de D. Maria de S. José; neto paterno de Antonio da Costa de Sousa e de sua
mulher D. Antonia de Mello Correa; e materno de Manuel Ma chado, e de sua
mulher D. Antonia de Jesus Maciel. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Sousas, no segundo as dos Costas, no terceiro as dos Mellos, e no
quarto as dos Correas. — Br. p. a 24 de julho de 1812. Reg, no Cart. da N.,
liv. VII, fl. 254 v. (C. C.)
1869. MANUEL CORREA DE MoURA
SAMPAIO CABRAL, natural do logar de Bejos, fre guezia de S. João Baptista;
filho de Manuel de Moura Sampaio Cabral, e de D. Maria The: reza Figueiredo
Soares da Costa, da dita freguezia; neto pela parte paterna de Gabriel Correa
Cabral, e de sua mulher Joanna Trigueiro de Araujo, filha de Paschoal de Moura
de Araujo, das familias destes appellidos; bisneto de Christovão Correa Cabral,
que era filho de outro do mesmo nome. descendente das familias de Correas, e
Cabraes; e pela materna neto de Christovão de Figueiredo, e de sua mulher
Francisca de Loureiro, que foi filha de Miguel Ramos, e de sua mulher Francisca
da Costa de Loureiro, dos Costas-Ho mens, de que tambem procede a casa de
Lagiosa. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Correas, no
segundo as dos Cabraes, no terceiro as dos Mouras, e no quarto as dos Costas. —
Br. p. a 23 de maio de 1770. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 127 v. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Correas, no segundo as
dos Peixotos, no terceiro as dos Sás, e no quarto as dos Pintos.— Br. p. a 31
de julho de 1794. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 30 v. (C. C.)
1871. MANUEL CoRREA DA SILVA
GAMA, capitão de mar e guerra, e thesoureiro geral da Junta da real Fazenda da
cidade de Gôa; filho de Domingos Correa da Silva, e de sua mulher D. Maria Rosa
Barbosa Gama; neto pela parte paterna de Manuel Correa da Pai xão, e de sua
mulher D. Jeronyma da Silva Netto; e pela materna de Francisco de Mi randa da
Gama, fidalgo cavalleiro da casa real, e de sua mulher D. Simôa Peralta Borges.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Correas, no
se gundo as dos Silvas, e no terceiro as dos Gamas. — Br. p. a 30 de março de
1791. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 207 v. (C. C.)
1872. MANUEL CoRTE-REAL, filho de
Vasco Annes Corte-Real e irmão de Jeronymo Corte-Real. Carta pela qual el-rei
D. João III lhe concede o seguinte brazão de seu pae: — Es cudo de campo
vermelho com seis costas de prata em faxa, em duas palas, e um chefe de prata
com uma cruz vermelha; elmo de prata aberto guarnecido de ouro, paquife de
prata vermelho e ouro, e por timbre um braço armado guarnecido de ouro, que sae
do elmo, tendo na mão uma lança de ouro com o ferro de prata e uma bandeira
tambem de prata de duas faxas, e n'esta uma cruz vermelha; com todas as honras
e privilegios de fi dalgo por descender da geração dos Corte-Reaes. — Dada em
Almeirim a 10 de março de 1544. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLI, fl.
16.
1873. MANUEL DA CosTA CABRAL DE
MoURA (Presbytero), doutor na sagrada theo logia pela Universidade de Coimbra,
deputado do Santo Oficio, lente de liturgia, colle gial do real collegio de S.
Paulo, e conego magistral na sé da mesma cidade; filho de Ma nuel Francisco da
Costa e Moura, e de sua mulher D. Antonia Cabral; neto pela parte pa terna de
Miguel Gonçalves Affonso de Moura, e de sua mulher D. Maria Francisca Magro;
bisneto de Antonio Affonso de Moura e de sua mulher D. Catharina Balthazar;
terceiro neto de Antonio Gonçalves de Moura : e pela sua avó D. Maria Francisca
Magro se mos trava que elle era bisneto de Francisco Magro da Costa; terceiro
neto de Antonio Gonçal ves Magro; quarto neto de outro do mesmo nome; quinto
neto de Gonçalo Annes Magro, e sexto neto de Diogo Annes Magro; todos pessoas
nobres descendentes das familias dos appelidos de Mouras da quinta de Barreiro
de Athey, e dos Magros da illustre e anti guissima casa de Sergude, e
aparentados com os Gonçalves, e os Affonsos e Costas da casa de traz da capella
do Sacramento da Villa de Mondim de Basto, cuja nobreza e antiguidade de ambas
foi sempre reconhecida naquelles concelhos, e preferidos para os logares, e pos
tos do governo politico e militar. Um escudo ovado e partido em pala; na
primeira as armas dos Mouras, e na segunda as dos Magros. — Br. p. a 16 de maio
de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 5. (C. C.)
1874. MANUEL DA CostA HoMEM,
morador na ilha de S. Miguel; filho de Luiz Fer nandes da Costa: neto de Diogo
Fernandes da Costa Homem; e bisneto de João Fernan des da Costa, que foi
fidalgo, e do verdadeiro tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João
III lhe concedeu o seguinte brazão de seus antecess0 res: — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro dos Costas, que é vermelho com seis costas de prata,
em tres faxas, firmadas nos cabos do escudo; o segundo dos Homens, que é azul
com seis crescentes de lua de ouro, com duas palas, e assim os contrarios, e
por diferença uma flôr de liz de ouro; elmo de prata aberto guarnecido de ouro,
paquife de prata, vermelho, oiro e azul, e por timbre um leão azul com uma faxa
de armas nas mãos tendo o cabo de ouro e o ferro da sua côr; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos Costas e Homens. —
Dada em Lisboa a 7 de abril de 1552. Reg. no liv. 1 de Privilegios, fl.
81.
1875. MANUEL DE Cou Ros CARNEIRO,
natural de villa do Conde, filho de Pedro Afonso Carneiro de Leça, e de Filippa
Martins Gaia; neto paterno de João Afonso de Leça Carneiro, e de Beatriz de
Couros; bisneto de Martim Afonso Carneiro, e de D. Al donça, e de Alvaro
Rodrigues Couros, e de Ignez Eannes Carneiro; tresneto de João Do mingues
Couros, e de Catharina de Madureira, e de Lourenço Annes Carneiro; neto materno
de João Martins Gaio, e de Maria Afonso da Maia, e bisneto de João Gomes Gaio
Vieira, e de D. Constança de Gondim, e de Sebastião Afonso Ribeiro, e Maria
Dias da Maia, e tresneto de Gomes da Maia, e de Maria Ferreira, os quaes todos
foram fidalgos e do tronco d'estas gerações. Carta pela qual el-rei D.
Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: —- Escudo de
campo esquartelado, o primeiro dos Carneiros de campo vermelho e uma banda azul
acotiçada de oiro com tres flores de liz do mesmo, entre dois carneiros de
prata passantes armados de oiro; o contrario dos Couros de campo de prata
gretado de sangue, e uma serpe de sua côr ferida nos peitos em voltas em duas
grevas e coxotes de azul postas em aspa mordendo em uma dellas; o segundo dos
Gaios de campo de prata com tres arminhos postos em faxa, e um chefe partido em
pala ao primeiro de ver melho e um castello de oiro, e ao segundo de oiro e
quatro palas vermelhas, e o contra rio dos Maias de campo vermelho e uma aguia
preta estendida armada e gretada de oiro, e por diferença uma merleta de oiro;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho, prata,
preto e azul, e por timbre um meio braço vestido de azul e na mão com sua
manopla um pescoço de serpe com cabeça de sua côr cortada em vermelho; com
todas as honras e privilegios de nobre fidalgo por descender das ditas
gerações. — Dada em Lisboa a 31 de outubro de 1571, Reg. na Chanc. de D.
Sebastião, liv. viI, fl. 123 V.
1876. MANUEL Do CoCTo CARDoso,
moço fidalgo, natural da ilha da Madeira, filh0 de Francisco do Couto Cardoso,
neto de João Eannes do Couto Cardoso, bisneto de Joã0 do Couto Cardoso, e todos
foram fidalgos muito honrados e do tronco d'esta geração. Carta pela qual
el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecess0 res: —
Escudo de campo vermelho com dois cardos verdes floridos e com as raizes de
prata, em pala, entre dois leões de oiro batalhantes armados de preto, e por
diferença uma estrella de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro, verme lho, prata e verde, e por timbre uma cabeça de leão de
oiro saindo-lhe da boca um dos cardos das armas; com todas as honras de nobre
fidalgo por descender da geração dos {"? — Dada em Lisboa a 12 de junho de
1561. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, iv. II, fl. 119 v. Ca lheta, na ilha da
Madeira; filho de Francisco do Couto, e de Joanna de Liminhana Brin gel; neto
paterno de João Eannes do Couto, e bisneto de João do Couto Cardoso; neto
materno de Pedro Bringel de Liminhana, e de Isabel Rodrigues de Andrade, os
quaes to dos foram fidalgos e do tronco d'estas gerações. Carta pela qual
el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: —
Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Teixeiras de campo azul e uma cruz
de oiro potencia vazia, o contrario dos Cardosos de vermelho e dois cardos
verdes floridos, e as raizes de prata entre dois leões de oiro batalhantes,
armados de preto; o segundo dos Bringeis de vermelho com uma banda azul
perfilada de oiro e tres flores de liz de prata, o contrario dos Andrades de
verde com uma banda vermelha acotiada de oiro, que contêm duas cabeças de serpe
do mesmo, e por differença uma estrella de prata; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro, azul, prata e vermelho, e por timbre um
meio alicornio da sua côr com o chifre e unhas de oiro; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Teixeiras,
Cardosos, Andrades, e Bringeis. — Dada em Lisboa a 20 de fevereiro de 1568.
Reg. na Chanc. de D. 8ebastião, liv. VIII, fl. 37 v.
1877. MANUEL Do Cou To CARDoso
TEIXEIRA, moço fidalgo, natural da vila da Ca lheta, na ilha da Madeira; filho
de Francisco do Couto, e de Joanna de Liminhana Brin gel; neto paterno de João
Eannes do Couto, e bisneto de João do Couto Cardoso; neto materno de Pedro
Bringel de Liminhana, e de Isabel Rodrigues de Andrade, os quaes to dos foram
fidalgos e do tronco d'estas gerações. Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe
concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro dos Teixeiras de campo azul e uma cruz de oiro
potencia vazia, o contrario dos Cardosos de vermelho e dois cardos verdes
floridos, e as raizes de prata entre dois leões de oiro batalhantes, armados de
preto; o segundo dos Bringeis de vermelho com uma banda azul perfilada de oiro e
tres flores de liz de prata, o contrario dos Andrades de verde com uma banda
vermelha acotiada de oiro, que contêm duas cabeças de serpe do mesmo, e por
differença uma estrella de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro, azul, prata e vermelho, e por timbre um meio alicornio da sua
côr com o chifre e unhas de oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo
por descender da geração e linhagem dos Teixeiras, Cardosos, Andrades, e
Bringeis. — Dada em Lisboa a 20 de fevereiro de 1568. Reg. na Chanc. de D.
8ebastião, liv. VIII, fl. 37 v.
1878. MANUEL CYPRIANo DA CostA,
cavaleiro professo na ordem de Christo, escri vão da camara da Junta da
seremissima casa e estado de Bragança, escrivão da camara da Mesa do Senado,
secretario da Junta de saude publica, monteiro-mór honorario, escu deiro, e
monteiro de cavallo do numero da casa real; filho de Jeronymo Martins da Costa,
oficial maior da secretaria do Senado, ajudante do escrivão da Camara, e
cidadão, e de sua mulher D. Theodora Maria da Conceição; neto por parte paterna
do desembargador Manuel Martins de Sousa, procurador da fazenda da sereníssima
Casa, e estado de Bra gança, e de sua mulher D. Joanna Magdalena da Costa;
bisneto do capitão Pedro Rodri gues da Costa, primo do desembargador do Paço
Ignacio da Costa Quintella; sendo o re ferido supplicante primo em segundo grau
de seu sogro Ceslau Joaquim Freire Coelho de Paiva, cavalleiro da ordem de
Sant'Iago, guarda-mór, provedor da Saude de Cascaes, e um dos administradores
na mesa da Alfandega do Ver-o-peso; filho e neto dos distin ctos guardas-móres
da villa de Setubal; e foi casado com D. Maria Julia Xavier da Cunha, filha de
Theotonio José de Miranda, cavaleiro professo na ordem de Christo, e provedor
que foi em Povos, e Castanheira; neto por parte materna de Simão Antonio
Freire, filho de João Freire Coelho, cavalleiro fidalgo da casa real; neto o
mesmo supplicante por parte materna de Theotonio Soares Freire, cidadão d'esta
cidade. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Costas, na segunda
as dos Freires. — Br. p. a 28 de janeiro de 1818. Reg, no Cart. da N., liv.
VIII, fl. 28. (C. C.)
1879. MANUEL DIAs BARATA DE
CARVALHo, capitão da terceira companhia do ter ceiro terço de infanteria
auxiliar da comarca da Guarda, cavalleiro professo na ordem de Christo, e
commissario das habilitações das tres Ordens militares, natural do logar de
Bogas debaixo, termo da villa de Fundão; filho de Gaspar Dias, e de sua mulher
Maria Antunes; neto por parte paterna de José Dias, e de sua mulher Maria
Barata; neto por parte materna de Antonio Domingues, e de sua mulher Isabel
Antunes; bisneto por parte paterna de José Dias, e de sua mulher Maria Barata,
esta filha de Antonio Mendes, e de Sua mulher Isabel Gil. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Dias, e na segunda as dos Baratas. — Br. p. a 21
de junho de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 207 V. (C. C.)
1880. MANUEL DIAs DELGADo
(Doutor), filho de Luiz Delgado, e de D. Maria Dias; neto paterno de Marcos
Fernandes da Silva, e de D. Victoria Fernão Delgado, e materno de Manuel Dias
Campos, e de D. Maria Manuela. Um escudo com as armas dos Delgados. — Br. p. a
20 de julho de 1807. Reg, no Cart. da N., liv. VII, fl. 193. (C. C.)
1881. MANUEL DUARTE DE AMORIM
CoELHo (Doutor), filho de Manuel Coelho Duarte, e de sua mulher Francisca
Michaela de Jesus; neto pela parte paterna de Manuel Coelho, e de sua mulher
Maria Duarte, parentes de Caetano José Coelho da Silva Rocha e Barbosa, fidalgo
da casa real. Um escudo com as armas dos Coelhos. — Br. p. a 17 de setembro de
1774. Reg, no Cart. da N., liv. II, fl. 33 v. (C. C.)
1882. MANUEL FELIX SALGAD o DE
ARAUJo CHAVEs, filho legitimo de Francisco Xavier Salgado Chaves, e de sua
mulher D. Eugenia Maria de Araujo São Tinses, senhores que foram da casa e
morgado de Esporões, que hoje possue o mesmo supplicante; neto pela parte
paterna de Gaspar Salgado Chaves, e de Antonia Luiza; e pela materna neto de
Alvaro de Araujo Barbosa, e de D. Eugenia Pereira Pinto, todos da dita cidade
de . Braga. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos
Salgados, no segundo as dos Araujos, e no terceiro as dos Chaves. — Br. p. a 3
de março 1766. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 24. (C. C.)
1883. MANUEL FERNANDES CAMPos DA
GAMA, cavaleiro professo na ordem de Christo, familiar do Santo Oficio, e
capitão de uma das companhias do terço auxiliar da villa de Paraty, suburbio do
Rio de Janeiro, estado do Brazil, e natural da freguezia de Santo Antonio da
cidade do Funchal, na ilha da Madeira; filho de Lourenço da Gama, e de D. Maria
Gomes; neto pela parte paterna de Manuel da Gama, e de D. Maria Jorge; bisneto
de André da Gama, e de D. Filippa Nunes; terceiro neto de Manuel da Gama, e de
D. Maria Nunes; quarto neto de André Afonso, moço da camara do senhor rei D.
João III, e de D. Garcia da Gama. Um escudo com as armas dos Gamas. — Br. p. a
20 de junho de 1791. Reg, no Cart. da N., liv. IV, fl. 217. (C. C.)
1884. MANUEL FERNANDEs DA SILVA
CAMPos, barão da Povoa de Varzim, filho de João Fernandes da Silva Campos, e de
sua mulher D. Joanna Alves de Sousa; neto pa terno de Manuel Fernandes da Silva
Campos, e de sua mulher D. Custodia de Sousa; e materno de Miguel Alves de
Sousa, e de sua mulher D. Maria Alves de Sousa. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Campos, e na segunda as dos Silvas. — Br. p. a 8 de
novembro de 1869. Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 126. (C. C.)
1885. MANUEL FERREIRA BoTELHo,
natural e morador em Lisboa, thesoureiro e executor dos Novos direitos; filho
do capitão Aleixo Ferreira Botelho, cavalleiro fidalgo da casa real, e de D.
Marianna de Sousa, filha de Antonio Pires de Sousa, e neta de Bar tholomeu
Pires de Sousa, capitão da fortaleza de Chaul; o dito Manuel Ferreira Botelho
era neto por parte de seu pae de Manuel Ferreira Botelho, cavaleiro fidalgo, e
de Catha rina de Mattos Camello; bisneto de Aleixo Ferreira Botelho, cavaleiro
fidalgo, e de caval leiro da ordem de Sant'Iago, e de D. Feliciana de Heredia
Ribafria; quinto neto de Aleixo Botelho Ferreira, natural de Castella, e de D.
Pelaya de Gusmão, filha de D. Pelayo de Gusmão, alcaide-mór de la Corte; sexto
neto de Fernão Botelho de Ferreira, natural de Coimbra, commendador da ordem de
Christo, e senhor dos morgados dos Botelhos e Fer reiras, que casou em Madrid
com D. Ignez de Castilho, filha de D. Aleixo de Menezes, e de D. Maria Manuel
de Castilho, os quaes todos foram fidalgos. Carta pela qual el-rei D. Pedro II
lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores : — Escudo posto ao balom
partido em pala; a primeira dos Ferreiras, em campo sangui neo quatro faxas de
oiro; a segunda dos Botelhos, em campo de oiro quatro bandas ver melhas, e por
differença um trifolio de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife dos metaes e côres das armas, e por timbre uma emma de sua côr com uma
fer radura de oiro no bico; com todas as honras e privilegios de nobre fidalgo
por descender das ditas gerações. — Dada em Lisboa a 4 de janeiro de 1683. Reg.
na Chanc. de D. Af fonso VI, fl. 52 v.
1886. MANUEL FERREIRA DE
CARVALHO, capitão-mór das honras de Sabrosa e Pas sos de Ferreira, filho de
Bernardo de Carvalho, e de Maria Ferreira; neto paterno de Domingos Gonçalves
Ferreira, e de Maria Gonçalves; neto materno de Antonio Ferreira, e de Maria
Gomes. As armas dos Carvalhos, e Ferreiras. —Br. p. a 6 de novembro de 1764.
Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 137 v. | (C. C.)
1887. MANUEL FERREIRA RoDRIGUEs
ALVAREs SALGADo, capitão-mór de Sanga lhos, na comarca de Aveiro, natural da
villa de Oliveira do Bairro, da dita comarca; filho do capitão Francisco
Ferreira Rodrigues, e de D. Maria Ferreira Salgado; neto paterno de Manuel
Ferreira Rodrigues, que serviu o logar de juiz de fóra da referida villa, e de
sua mulher D. Maria Francisca de Jesus; e materno de José Alvares Salgado, que
serviu o mesmo logar de juiz de fóra, e de D. Magdalena Francisca. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Ferreiras, no segundo as dos
Rodrigues, no terceiro as dos Alvares, e no quarto as dos Salgados. — Br. p. a
24 de maio de 1814, Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 293. ) (C. C.
1888. MANUEL FIALHO, cavaleiro da casa real,
filho de João Fialho, cavalleiro da casa real e contador d’ella, e de Mecia
Froes Borges; bisneto de João Borges, fidalgo e do tronco desta geração. Carta
pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo vermelho e um leão de oiro com uma bordadura de
azul semeada de flores de liz de oiro, e por differença uma brica de prata e
n’ella um —M — de preto; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
oiro e vermelho, e por timbre o mesmo leão das armas; com todas as honras e
privilegio de nobre e fidalgo por descen der da geração e linhagem dos Borges.
— Reg. na Chanc. de D. João III, liv. L, fl. 152.
1889. MANUEL FIGUEIRA, morador na
villa de Ferreira, filho de Catharina Pires Fer reira, e neto de Pedro
Gonçalves Ferreira, que foi fidalgo e do tronco d'esta geração. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo
de campo vermelho com cinco folhas de figueira verdes perfiladas de oiro, em
aspa, e por diferença uma meia brica de prata e n'ella um — M — de preto; elmo
de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre um
braço vestido de azul com um ramo de oiro na mão com as cinco folhas de
figueira verde; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração e linhagem dos Figuei ras. — Dada em Evora a 18 de janeiro de 1536.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. I, fl. 48.
1890. MANUEL DE FIGUEIROA
CASTELLO-BRANCO, filho do doutor Pedro de Men danha Figueiroa, e de Leonor
Moreira Castello-branco; neto paterno de Simão de Figuei roa, e de Branca
Mendanha; bisneto de Galaor de Mendanha, alcaide-mór de Crastominho, no reino
de Castella a velha, e de D. Ignez de Benavides, todos fidalgos; neto materno
de Simão de Seixas, e de Anna Moreira de Castello-branco; bisneto de Henrique
de Sei xas; trineto de Fernão de Seixas, do verdadeiro tronco da geração dos
Seixas. Carta pela qual el-rei D. Filippe III lhe concede o seguinte brazão de
seus anteces sores: — Escudo de campo partido em pala; a primeira dos Mendanhas
de campo azul com uma cota de armas de prata passada com tres settas, com os
cabos e hastes verme lhas e as pennas de oiro, gotadas de sangue; a segunda dos
Seixas de verde com cinco seixas de prata, em aspa, armadas de vermelho,
voando, tenho a mais alta e a mais baixa de contrabanda, por timbre as tres
settas das armas postas em roquete, atadas com um torçal de prata; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife dos metaes e cores das armas; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos Men
danhas e dos Seixas. — Dada a Lisboa a 6 de agosto de 1630. Reg. na Chanc. de
D. Fi lippe III, liv. II, fl. 149. •
1891. MANUEL DA FONs ECA, filho
de Alvaro de Caceres, e neto de Manuel de Cace res, e é filho de Joanna Mendes
da Fonseca, e neto de Diogo da Fonseca, fidalgo da casa real, e que foi do
tronco d'esta geração dos Fonsecas. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado;
o primeiro de oiro com uma palmeira verde com seu fructo vermelho, o Segundo de
oiro tambem com cinco estrellas de vermelho, em aspa, sem diferença; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, verde e ver melho, e por
timbre a mesma palmeira; com todos os privilegios de fidalgo por descender da
nobre linhagem dos Caceres e Affonsecas. — Dada em Evora a 15 de julho de 1535.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. x, fl. 116.
1893. MANUEL FRANCIsco MACIEL
MoNTEIRO, bacharel formado nos sagrados ca nones pela Universidade de Coimbra e
capitão commandante aggregado dos auxiliares da capitania de Pernambuco, d’onde
é natural; filho de Antonio Francisco Monteiro, professo na ordem de Christo,
capitão commandante dos auxiliares da capitania de Pernambuco, thesoureiro e
deputado de duas direcções, da Companhia geral e da Alfandega da mesma cidade,
e de sua mulher D. Joanna Ferreira Maciel; neto pela parte paterna de Simão
Luiz Monteiro de Paiva, e de sua mulher D. Maria Francisca de Araujo; neto pela
parte tambem serviu de juiz Vereador da Camara da referida cidade, e de sua
mulher D. Catharina Ber narda de Oliveira Govim. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Monteiros, e na segunda as dos Macieis. — Br. p. a 19 de
julho de 1794. Reg. no Cart. da N., liv. ? fl. 29. (C. C.)
1894. MANUEL FREIRE, filho de Luiz
Freire, de Montemór-o-novo. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores : —Escudo de campo verde com uma banda de
vermelho perfilada e mettida em duas bo cas de serpes de oiro, e por differença
uma merleta de oiro; elmo de prata aberto guar necido de oiro, paquife de oiro
e verde, e por timbre dois pescoços de serpes de oiro com os rostos um contra o
outro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por des cender da geração
dos Freires de Andrade. —Dada em Lisboa a 21 de julho de 1530. Reg. na Chanc.
de D. João III, liv. LII, fl. 128.
1895. MANUEL DE FREITAs HENRIQUEs
DA MoTTA (Capitão), cavalleiro professo na ordem de Christo, natural da villa
de Alemquer; filho de Vicente da Motta Henriques, cavaleiro fidalgo da casa
real, juiz dos orphãos proprietario da dita villa, e de sua mu lher Maria
Michaela de Jesus de Sequeira; neto materno de Manuel Henriques da Silva, e de
sua mulher Catharina da Motta Pereira; neto materno de Manuel de Freitas, e de
sua mulher Anna Maria de Sequeira. As armas dos Henriques, Silvas, Mottas, e
Freitas. — Br. p. a 26 de janeiro de 1762. Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 134 v. - (C. C.)
1896. MANUEL GoDINHo, cavalleiro,
morador na villa de Torres-vedras, filho natural e legitimado de Gomes Godinho,
cavalleiro, commendador da ordem de S. Tiago, e de Constança Jorge, moça
solteira. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecesso res: — Escudo de campo partido em pala, a primeira chaquetada de
vermelho e oiro, a segunda de azul e oiro, e por differença um filete preto, em
contrabanda; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e
vermelho e azul, e por timbre umas cham mas de fogo que saem do elmo; com todas
as honras de nobre e fidalgo por descender da geração dos Godinhos. — Dada em
Lisboa a 16 de janeiro de 1540. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. L, fl. 26.
1897.
1898. MANUEL DE GoEs DE LACERDA,
fidalgo. Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede o seguinte brazão de
armas de seus antecessores: — Escudo partido em faxa, o primeiro esquartelado;
no primeiro quartel e no ultimo um castello de oiro em campo vermelho, no
segundo e terceiro um leão ver melho em campo de prata, e na outra parte do escudo
tres flores de liz de oiro em camp0 azul, e por timbre um leão vermelho; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da nobre geração dos
Lacerdas. — Dada em Lisboa a 15 de junho de 1508. Reg. na Chanc. de D. Manuel,
liv. VI, fl. 28.
1899. MANUEL GOMES DE ALBUQUERQUE
MARANHÃo (Capitão), filho do coronel João Francisco Regis de Albuquerque
Maranhão, e de D. Adriana de Albuquerque e Mello; neto por parte paterna do
capitão-mór Gaspar de Albuquerque Maranhão, e de D. Luiza Vieira de Sá, e pela
materna do capitão-mór Pedro de Albuquerque e Mello, e de D. Ma ria Correa de
Paiva. Um escudo, e n'elle as armas dos Albuquerques. — Br. p. a 30 de outubro
de 1800. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 145 v. (C. C.)
1900. MANUEL GOMES DE CARVALHo,
natural, e morador na cidade de Lisboa, pr0 prietario de um dos oficios de
tabellião de notas d’esta mesma cidade, e seu termo; filho de Dionysio Gomes de
Carvalho, e de sua mulher D. Luiza da Encarnação Barreto Diniz Gamboa; neto
pela parte paterna de Manuel Gomes de Carvalho, e de sua mulher D. An tonia
Ayres Pessanha, e neto pela parte materna de José de Caldas Velloso, e de sua
mulher D. Marianna Barreto Diniz Gamboa; bisneto de Diogo de Araujo, e de sua
mulher Luiza Velloso Caldas, ele filho de Diogo Alvares, e de sua mulher Anna
Gil. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Vellosos, no
segundo as dos Caldas, no terceiro as dos Barretos, e no quarto as dos Gamboas.
—Br. p. a 16 de novembro de 1780. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 256. (C.
C.)
1901. MANUEL GoMEs DA GUERRA,
abbade de Santa Eulalia, commissario do Santo Officio; filho de José Gomes de
Aguiar, e de sua mulher D. Luiza Antunes Guerra; neto pela parte paterna de
Antonio Gonçalves de Aguiar, e de sua mulher D. Anna de Aguiar, e pela materna
de Domingos Antunes, e de sua mulher D. Maria da Guerra. Um escudo ovado e
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Aguiares, nº segundo as dos
Gonçalves, no terceiro as dos Antunes, e no quarto as dos Guerras. -- Br. p. a
12 de outubro de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 130. (C. C.) Furna de
Caminha, natural do logar de Eiro, freguezia de Santa Marinha de Roussas, termo
de Melgaço, arcebispado de Braga; filho de Gregorio Gomes, e de sua mulher D.
Maria Pi nheiro; neto pela parte paterna de Bartholomeu Alvares Vesteiro, e de
sua mulher D. Ma ria Gomes, e pela materna de Francisco Pinho, e de sua mulher
D. Marinha Esteves. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Gomes, no segundo as dos Pinheiros, no terceiro as dos Castros, e no quarto as
mesmas do primeiro, — Br. p. a 24 de setembro de 1790. Reg. no Cart. da N.,
liv. Iv, fl. 183. C. C (C. C.)
1903. MANEL GoMEs Dos SANTos,
sargento-mór da comarca de Pernambuco, onde é morador, e cavalleiro professo na
ordem de Christo, fidalgo da casa real, natural da fre guezia de S. Pedro de
Barcarena, termo d'esta cidade de Lisboa; filho de João Gomes, e de sua mulher
D. Catharina dos Santos; neto pela parte paterna de João Antunes, e de D. Maria
Gomes, e bisneto de Domingos da Costa, e de sua mulher Domingas Antunes. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Gomes, e na segunda as dos
Antunes. — Br. p. a 28 de março de 1786. Reg, no Cart. da N., liv. III, fl.
212. (C. C.)
1904. MANUEL GOMES TEIXEIRA, da
villa e couto de S. Mamede de Ribatua, filho de Felix Gomes Vinagre, e de sua
mulher D. Jacinta Teixeira de Sá; neto pela parte ma terna de Domingos Teixeira
de Moraes, e de sua mulher D. Luiza Teixeira de Sá; bisneto de Francisco
Taveira da Rocha, capitão de infanteria que foi na guerra da feliz acclama ção,
que depois de viuvo se ordenou e seguiu a vida ecclesiastica, e de sua mulher
D. Ja cinta Teixeira de Sá; terceiro neto de Balthasar Fernandes Pimentel, e de
sua mulher ES perança Taveira; quarto neto de Vasco Fernandes Pimentel, e de
sua mulher Maria de Andrade; e pela dita sua bisavó D. Jacinta Teixeira de Sá é
terceiro neto de João Taveira de Sá, e de sua mulher Paula da Nobrega; quarto
neto de Pedro Francisco Taveira, e de sua mulher Senhorinha da Nobrega, filha
de Gaspar da Nobrega, que era filho de Pedro da Nobrega, e este o foi de Garcia
Fernandes, cavalleiro fidalgo da casa do marquez de Villa-real, e de sua mulher
Briolanja Cam, filha de Gonçalo Cam, alferes da bandeira real do primeiro
vice-rei da India, e neta de Diogo Cam, cavaleiro da casa do infante D. Hen
rique, e descobridor do reino do Congo, a quem o rei D. Affonso V deu as armas
d’este appellido de Cam em 14 de abril de 1474. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Taveiras, no segundo as dos Teixeiras, no
terceiro as dos Nobregas, e no quarto as dos de Cam. — Br. p. a 25 de maio de
1768. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 78. (C. C.)
1905. MANUEL GONÇALVES DE
CARVALHo E BARRos, natural do logar da Egreja, freguezia de S. Paio, termo de
Melgaço, comarca de Barcellos, arcebispado de Braga; filho de Mauuel Gonçalves
de Carvalho, e de sua mulher Florencia Lopes de Barros; neto pela parte paterna
de Bernardo Gonçalves de Carvalho, a quem se passou já brazão de armas da
familia dos Carvalhos em 1710, e de sua mulher Angelica Dias; e pela materna se
mostrava que era neto de Antonio Lopes, juiz ordinario e alferes da ordenança
que foi no couto de Paderne, e de sua mulher D. Sebastiana de Barros, todos
naturaes do men cionado logar da Egreja, e ella filha reconhecida e legitimada
do reverendo conego Fran cisco de Barros, chantre na collegiada da villa de
Valença, e de Anna Fernandes : á qual Sebastiana de Barros se passou tambem
brazão de armas da familia de Barros em 1711. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Carvalhos, e na segunda as dos Barros. — Br. p. a 20 de
julho de 1786. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 229. (C. C.)
1906. MANUEL GoNÇALVES MENINEA,
cavalleiro fidalgo da casa real, professo na Or dem de Christo, sargento-mór e
governador da praça de S. José de Macapá; filho de Do mingos Cardoso, professo
na ordem de Christo, capitão de infanteria da extincta praça de Mazagão, e de
sua mulher D. Clara Rodrigues; neto pela parte paterna de João de Bas tos
Baracho, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Isabel Gonçalves Pinto; e por
parte materna de Gaspar Rodrigues de Abreu, tambem fidalgo da casa real,
professo na ordem de Christo, que serviu de capitão de cavallaria na referida
extincta praça de Mazagão, e de sua mulher D. Apollonia Rodrigues; bisneto por
parte paterna de Antonio Rodrigues Baracho, fidalgo da casa real, e de sua
mulher D. Brites de Lemos; e por parte materna de Francisco Rodrigues de Abreu,
fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Antonia Rodrigues. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto
quarteis as armas dos Gonçalves, no segundo as dos Rodrigues, e no terceiro as
dos Abreus. — Br. p. a 26 de fevereiro de 1799. Reg. no Cart. da N., liv. VI,
fl. 69. (C. C.)
1907. MANUEL HENRIQUEs BARRETo,
fidalgo, natural de Aveiro, filho de Vasco Hen riques Esteves, neto de Henrique
Esteves, bisneto de João Esteves, que foi fidalgo muito honrado, e o verdadeiro
tronco da geração dos Esteves; bem assim era filho de Thereza Gomes Barreto,
neto de Beatriz Gomes Barreto, bisneto de André Gil Barreto, veador-mór das
obras e monteiro-mór do infante D. Pedro, e foi do verdadeiro tronco da geração
dos BarretOS. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão
de seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de prata com
uma flor de liz de vermelho com duas flores de liz saindo d’ella para cima, o
segundo de campo arminhado, e por dif ferença uma estrella de azul; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata, vermelho e arminhado, e por
timbre a mesma flor de liz; com todas as honras e privi legios de fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Esteves e Barretos.—Dada em Lisboa a 13 de
fevereiro de 1540. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. L, fl. 22 v.
1909. MANUEL HoMEM, cavaleiro da
ordem de Christo, natural de Beja, filho de Pê dro Homem, cavalleiro fidalgo da
casa real; neto de Gonçalo Homem, fidalgo; bisneto de Diogo da Costa Homem, que
foi do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul e seis crescentes
de oiro em duas palas, e por diferença uma merleta de prata; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre um leão azul
com uma faxa de armas nas mãos, com o cabo de oiro; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Homens. - Dada
em Lisboa a 17 de abril de 1539. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xxvII, fl.
41. (C. C.)
1910. MANUEL IGNACIo FERREIRA DE
SousA E ABREU, cavalleiro professo na Or dem de Christo, familiar do Santo
Oficio, capitão da companhia dos privilegiados da ci filho do capitão Manuel
Ferreira de Andrade, e de sua mulher D. Maria Magdalena de Sousa e Abreu; neto
paterno de Domingos Ferreira de Andrade, e de D. Antonia Gonçalves Ferreira:
neto materno de João de Sousa de Magalhães, e de D. Maria de Abreu de Mesquita.
As armas dos Sousas do Prado, Ferreiras, Andrades, e Abreus. — Br. p. a 8 de fe
vereiro de 1765. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 135. (C . C.)
1911. MANUEL IGNACIo PAMPLoNA,
natural da ilha Terceira, cidade de Angra, filho de Antonio Bernardo Pamplona
Redovalho, administrador de um vinculo estabelecido na mesma cidade, tenente
que foi do forte do Bom Jesus, da dita ilha, a quem se passou brazão de armas a
7 de fevereiro de 1770, e de D. Anna Francisca Rosa; neto pela parte paterna do
alferes Antonio Xavier Pamplona, e de D. Catharina Felicia; bisneto de Mattheus
Pam plona Merens, e de D. Josepha Maria; terceiro neto de Mattheus de
Figueiredo, e de D. Antonia Moniz Merens Pamplona, filho de Mathias Pamplona,
terceiro neto de Gonçalo Alvares Pamplona, um dos primeiros povoadores da
referida ilha. Um escudo com as armas dos Pamplonas — Br. p. a 10 de outubro de
1798. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 48 v.
(C. C.)
1912. MANUEL IGNACIO PEREIRA
CABRAL (Doutor), juiz de fóra e orphãos da villa de Vimioso, filho do doutor
Manuel Pereira Cabral, juiz de fóra em Villa-real, e provedor da comarca da Torre
de Moncorvo, e de sua mulher D. Maria da Costa; neto pela parte paterna de
Domingos Diniz Pereira Cabral, e de sua mulher D. Isabel André; bisneto de
Pedro Diniz, e de sua mulher D. Maria Martins Lopes. Um escudo partido em pala;
na primeira as armas dos Pereiras, e na segunda as dos Cabraes. — Br. p. a 26
de agosto de 1793. Reg. no Cart. da N., liv. % fl. 285 V. (C. C.)
1913. MANUEL IGNACIO PIMENTA DE
CARVALHO (Doutor), da casa de Miradouro, natural da freguezia de Villa-marim,
concelho da villa de Mezão-frio, comarca de Lamego; filho de Sebastião Ayres
Pimenta de Carvalho, e de D. Maria de Carvalho; neto pela parte paterna de
Sebastião de Oliveira de Carvalho, e de D. Maria Ayres Pimenta; e pela parte
materna de Manuel Teixeira de Carvalho, e de D. Maria Teixeira de Carvalho. Um
escudo com as armas dos Carvalhos, — Br. p. a 13 de julho de 1793. Reg. no
Cart. da N., liv. IV, fl. 283 v. (C. C.)
1914. MANUEL JACINTo No GUEIRA DA
GAMA, cavaleiro professo na ordem de S. Bento de Aviz, capitão-tenente da real
armada, e lente da real Academia de marinha; na tural da freguezia de Nossa
Senhora do Pilar da villa de S. João de el-Rei, comarca do Rio das Mortes,
bispado de Marianna; filho do alferes Nicolau Antonio Nogueira, e de sua mulher
D. Anna Joaquina de Almeida da Gama; neto por parte paterna do capitão-mór
Thomé Rodrigues Nogueira, e de sua mulher D. Marianna Leme do Prado, filha de
An tonio da Rocha Leme, capitão commandante que foi do districto e companhia da
capita nia de S. Paulo : e por parte materna de Manuel Gomes Villas-boas, primo
legitimo de Manuel da Costa Villas-boas, pae de José Basilio da Gama, oficial
da Secretaria de es tado, e de sua mulher D. Ignacia Quiteria de Almeida e
Gama: bisneto por parte paterna de Antonio Nogueira, e de Francisca Fernandes
do Valle, e por parte materna do capitão Luiz de Almeida, e de sua mulher D.
Helena Josepha da Gama, os quaes foram paes de D. Quiteria Ignacia da Gama, mãe
do referido José Basilio da Gama, a quem se passou brazão de armas com as do
appellido de Gama a 10 de julho de 1771. Um escudo partido em pala; na primeira
as armas dos Nogueiras, e na segunda as dos Gamas. — Br. p. a 28 de agosto de
1798. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 37 v. (C. C.)
1915. MANUEL JoAQUIM DE ALMEIDA,
natural da cidade de Lamego; filho de Ma nuel Joaquim de Almeida, e de sua
mulher D. Anna Joaquina do Carmo; neto paterno de João de Cerqueira Moreira, e
de sua mulher D. Maria Clara de Santa Rosa e Al meida; neto materno de José
Lopes de Almeida, e de sua mulher D. Antonia Josepha Paes Cardoso. Um escudo
ovado e esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Cerqueiras, no segundo
as dos Moreiras, no terceiro as dos Almeidas, e no quarto as dos Cardosos. —
Br. p. a 23 de dezembro de 1824. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 122. (C.
C.)
1916. MANUEL JOAQUIM DE ALMEIDA
VALENTE, filho do doutor Antonio José de Almeida e de sua mulher D. Josepha
Maria de S. José; neto pela parte paterna de Mat theus de Almeida, e de sua
mulher D. Maria Josepha de Almeida, e por parte materna de José Valente, e de
D. Rosa Maria de S. José; bisneto por parte paterna de Antonio de Almeida,
irmão do doutor José Gomes de Almeida, pae do doutor Bento José de Al meida, o
qual casou com D. Bernarda, irmã do doutor José da Fonseca, inquisidor do Santo
Oficio da cidade de Coimbra; e por parte materna de João Antonio de Figueiredo
e Cunha, filho do capitão João Rodrigues, o qual teve mais tres filhos a saber:
o conego Ventura Simões, Antonio Simões de Figueiredo e Cunha, tenente coronel
do regimento de Traz-os-montes, e José Simões de Figueiredo e Cunha, pae do
doutor Antonio Simões de Figueiredo e Cunha, juiz de fóra que foi da villa de
Oliveira do Bairro. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Almeidas, e na segunda as dos Valentes. — Br. p. a 14 de junho de 1798. Reg. no
Cart. da N., liv. VII, fl. 28. (C. C.)
1917, MANUEL JoAQUIM BARB os A DE
CASTRO BACELLAR, sargento-mór e lente do regimento de artilheria da capitania
de Pernambuco; filho de Antonio Pereira Bacellar, morgado de Cuvos, e de sua
mulher D. Luiza Josepha Pereira de Castro; neto por parte paterna de Gaspar
Soares Pereira Bacellar, e de sua mulher D. Maria Bacellar; e por parte materna
de Victorino José Marinho Brandão, e de sua mulher D. Feliciana An gelica
Barbosa, Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos
Pereiras, no segundo as dos Bacellares, e no terceiro as dos Castros. — Br. p.
a 20 de março de 1801. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 166. (C. C.)
1918. MANUEL JoAQUIM Lopo D E
MoRAEs SARMENTo, proprietario dos oficios de almoxarife, e juiz dos direitos
reaes do reguengo real da cidade de Beja, escrivão da Ca mara da mesma, e
n’ella morador; filho do doutor Pedro Xavier Lobo Lisboa, proprie tario do dito
oficio de almoxarife, e juiz dos direitos reaes do reguengo real da dita ci
dade, e de sua mulher D. Isabel Margarida de Moraes Sarmento; neto pela parte
paterna de Manuel Rodrigues Lobo, que tambem foi proprietario do dito oficío, e
de sua mulher D. Joanna de Lemos; esta filha de Francisco de Mesa, e de sua
mulher D. Leonor de Lemos, e ele filho de João Baptista Figueira Lobo, que teve
a dita propriedade, e de sua mulher D. Francisca Gomes, bisavós d’elle
supplicante; e pela parte materna se mostrava tambem ser neto de Miguel
Pinheiro da Silveira, moço da camara do senhor rei D. João V, e guarda-roupa do
senhor infante D. Francisco, proprietario do oficio de escrivão da Ca Moraes,
elle filho de Fernando Pineiro da Silveira, moço da camara dos senhores reis D.
João V e D. Pedro II, e de sua mulher D. Isabel de Caminha; e ella filha de
Antonio de Moraes da Silva, cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordem
de Christo, morador na cidade de Tanger, a quem se passou brazão de armas em 3
de janeiro de 1628, e de sua mu lher D. Francisca do Rego; neto paterno de
Antonio de Moraes, e de sua mulher D. Maria da Silva, ele filho de Henrique de
Moraes, e de sua mulher Catharina de Moraes, filha de Gonçalo de Moraes, e de
sua mulher D. Briolanja de Sousa, filha de João de Sousa, alcaide-mór de
Bragança; e ella filha de Manuel da Silva Barrocas, parente de Francisco da
Silva, senhor da villa da Chamusca, e de sua mulher D. Leonor de Castro, filha
de Gonçalo Vaz de Castro, alcaide-mór de Melgaço; e pela materna o dito Antonio
Moraes da Silva neto de João de Moraes o velho, e de sua mulher D. Francisca do
Rego; bisneto de Ruy de Moraes, irmão de Afonso Pimentel, primeiro conde de
Benavente. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Lobos, no
segundo as dos Lemos, no terceiro as dos Silveiras, e no quarto as dos Moraes.
— Br. p. a 15 de março de 1784. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 121. • (C.
C.)
1919. MANUEL JOAQUIM L o PEs
PEREIRA NEGRÃO (Bacharel), juiz de fora da villa de Loulé, reino do Algarve;
natural de Azurara, termo da cidade do Porto; filho do dou tor José João da
Cruz Lopes Pereira Negrão, cavaleiro professo na ordem de Christo, e de sua
mulher D. Maria Josepha Guiomar do Nascimento Pereira; neto pela parte paterna
do capitão João da Cruz Neves Negrão, tambem cavalleiro professo na ordem de
Christo, e de sua mulher D. Maria Pereira Negrão; e pela materna do capitão de
mar e guerra Martins dos Santos Pereira, e de sua mulher D. Antonia Maria do
Nascimento Pereira. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as
armas dos Negrões, no segundo as dos Lopes, e no terceiro as dos Pereiras. —
Br. p. 12 de fevereiro de 1778. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 145 V. (C.
C.)
1920. MANUEL JoAQUIM SoA REs,
natural da cidade do Porto, filho de Joaquim José Soares, e de D. Maria
Margarida da Purificação e Silva; neto paterno de José Soares, e de sua mulher
D. Maria Soares; e materno de Antonio José da Silva, e de sua mulher D. Maria
Thereza do Rosario. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Soares,
e na segunda as dos Silvas. — Br. p. a 29 de novembro de 1819. Reg. no Cart. da
N., liv. VIII, fl. 48 v. (C. C.)
1921. MANUEL JOAQUIM TAVARES PAEs
D E SousA E ANDRADE, natural da cidade de Tavira, reino do Algarve; filho de
Pedro Manuel Tavares Paes de Sousa, e de sua mu lher D. Catharina Placida de
Mendonça Lacerda; neto paterno do doutor Manuel Duarte Tavares, e de D. Maria
Thereza de Aragão; e materno de Lourenço de Mendonça do Valle, e de D. Isabel
Francisca Xavier. Um escudo com as armas dos Tavares. — Br. p. a 16 de janeiro
de 1828. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 214 v. (C. C.)
1922. MANUEL JosÉ ANTUNEs
RoDRIGUES DA CostA REIS, do logar de Nasse, fre guezia de S. Gens de Calvos,
concelho da Ribeira de Soas; filho de José Antunes, e de sua mulher D. Maria
José Rodrigues da Costa Reis; neto pela parte materna de Gaspar Antunes da
Costa Reis, e de sua mulher D. Joanna Rodrigues; bisneto de Francisco An tunes
Reis, e de sua mulher D. Maria Francisca da Costa; terceiro neto de Miguel Francisco
da Costa, tão zeloso do real serviço que sendo juiz ordinario do dito concelho
não consentiu que das casas da Camara se tirassem as armas reaes e se puzessem
as do conde de Unhão como donatario do mesmo concelho, cuja acção lhe foi muito
louvada, e de Sua mulher D. Maria Francisca. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Antunes, no segundo as dos Costas, e no
terceiro as dos Rodrigues. — Br. p. a 8 de junho de 1789. Reg. no Cart. da N.,
liv. IV, fl. 116. (C. C.)
1923. MANUEL JOSÉ DE CARVALHO
PEREIRA DA SILVA CoELHo, cavalleiro da Ordem de Christo, natural e morador na
sua quinta da Povoa, da freguezia da Carregosa, termo e comarca da villa da
Feira; filho de Constantino de Carvalho Pereira, bacharel formado pela
Universidade de Coimbra na faculdade de canones, e habilitado para os logares
de letras, e de sua mulher D. Josepha Thereza de Jesus e Silva; neto pela parte
paterna de Paschoal da Silva de Carvalho, e de sua mulher D. Susana Valente
Pereira; e pela ma terna do capitão Manuel da Silva Grillo, e de sua mulher D.
Isabel Gomes Coelho. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Carvalhos, no segundo as dos Pereiras, no terceiro as dos Silvas, e no quarto
as dos Coelhos. — Br. p. a 13 de Setembro de 1774. Reg. no Cart. da N., liv.
II, fl. 32. (C. C.)
1924. MANUEL JosÉ DA CUNHA,
cavaleiro fidalgo da casa real, natural do logar da Estrada, freguezia de
Sant'Iago de Aldreu, arcebispado de Braga, e morador na cidade de Belem do
Grão-Pará; filho de Manuel Gonçalves, e de Ventura Rodrigues; neto pela parte
paterna de Francisco Gonçalves, e de Isabel Fernandes; neto pela parte materna
de João Rodrigues, e de Maria Martins. Um escudo partido em pala; na primeira
as armas dos Gonçalves, e na segunda as dos Rodrigues. — Br. p. a 2 de maio de
1797. Reg. no Cart. da N., liv. v, fl. # (C. C.
1925. MANUEL JOSÉ DA CUNHA MOURÃO
SOUTO-MAIOR, da freguezia de Sant'Iagº dos Gagos, termo da villa de Celorico de
Basto, comarca de Guimarães; filho de Martinho de Carvalho da Cunha, e de
Esperança Luiza Rebello da Maia; neto pela parte par terna de Mathias da Cunha
e Carvalho, e de sua mulher Theodosia da Cunha SOut0-maior; bisneto de
Francisco Carvalho, e de sua mulher Maria da Cunha; terceiro neto de Gaspar
Carvalho, e de sua mulher Maria Gonçalves; quarto neto de Balthasar Carvalho,
descenº dente legitimo de Fernando Carvalho da Cunha, fidalgo da casa real,
tronco commum de todos os Carvalhos d’aquela comarca; e pela dita sua avó
Theodosia da Cunha Souto maior bisneto de Jeronymo da Cunha Souto-maior, e de
sua mulher Marianna de Sousa; terceiro neto de Pedro da Cunha Souto-maior,
alcaide-mór que foi da cidade de Braga. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Carvalhos, no segundº as dos Cunhas, no terceiro as dos
Soutos maiores, e no quarto as dos Mourões. — Br. P. a 8 de maio de 1770. Reg,
no Cart. da N., liv. I, fl. 125. ) (C. C.
1926. MANUEL José DA CUNHA MoURÃo
Sou To-MAIOR, da freguezia de Sant'Iagº de Gagos, termo da villa de Celorico de
Basto, comarca de Guimarães; filho de Martinhº de Carvalho da Cunha, e de D.
Esperança Luiza Rebello de Maia; neto pela parte paternº de Mathias da Cunha e
Carvalho, e de sua mulher D. Theodosia da Cunha Souto-maior; bisneto de
Francisco Carvalho, e de sua mulher D. Maria da Cunha: terceiro neto de
Gas" par Carvalho, e de sua mulher D. Maria Gonçalves; quarto neto de
Balthasar Carvalhº, - descendente de Fernando Carvalho da Cunha, fidalgo da
casa real, tronco commum de 10" Souto maior se mostrava que é bisneto de
Jeronymo da Cunha Souto-maior, e de sua mulher D. Marianna de Sousa; terceiro
neto de Pedro da Cunha Souto-maior, alcaide-mór da ci dade de Braga. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo as dos
Cunhas, no terceiro as dos Souto-maiores, e no quarto as dos Mourões. — Br. a
29 de março de 1790. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 152. (C. C.)
1927. MANUEL JosÉ FERREIRA,
cavalleiro professo na ordem de Christo, e natural da cidade do Porto; filho de
Manuel Vaz Camello, cavalleiro professo da ordem de Christo, e sargento-mór de
infanteria, e de sua mulher D. Maria Rosa Angelica Camello de Lemos; neto
paterno de Manuel Vaz Ferreira Camello, capitão de infanteria, e de sua mulher
D. Maria Ferreira Camello; e materno de Luiz Gomes Ferreira, capitão de
infanteria, e de sua mulher D. Anna Maria Thereza. Um escudo partido em pala;
na primeira as armas dos Ferreiras, e na segunda as dos Camellos. — Br. p. a 4
de novembro de 1803. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 44 V. (C. C.)
1928. MANUEL JosÉ DA FoNs ECA
BARATA, fidalgo cavaleiro da casa real, professo na ordem de Christo, morador
na quinta de Nossa Senhora da Memoria de Padrões, termo da villa de Alvares,
comarca de Thomar; filho de Manuel da Fonseca Barata, e de sua mulher D. Rufina
Henriques da Fonseca; neto pela parte paterna de Manuel da Fonseca, e de sua
mulher D. Maria Barata; e pela materna neto de João Barata, e de sua mulher D.
Rufina Henriques da Fonseca; e ele supplicante sobrinho de Luiz Barata de Lima,
que foi n'esta corte do conselho geral do Santo Oficio, e secretario do estado
do serenissimo Infantado no serviço do fidelissimo senhor rei D. Pedro III. Um
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Fonsecas, no
segundo as dos Baratas, e no terceiro a dos Henriques.—Br. p. a 18 de fevereiro
de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 258. | (C. C.)
1929. MANUEL JosÉ DE GoUVEA, capitão de
cavallaria auxiliar de um dos regimen tos da cidade de Pernambuco, e natural da
ilha de S. Miguel; filho de Manuel da Costa Cruz, e de sua mulher D. Josepha
dos Santos Feijó; neto pela parte paterna de Manuel José Feijó, morgado do
logar do Rabo do Peixe, na ilha de S. Miguel, e de sua mulher D. Maria de
Gouvea e Medeiros; bisneto de Mattheus de Gouvea Feijó, e de D. Ursula Helena
de Medeiros. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos
Feijós, no se gundo as dos Gouveas, e no terceiro as dos Medeiros. — Br. p. a
20 de agosto de 1796. Reg, no Cart. da N., liv. V, fl. 138. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Teixeiras, no segundo as
dos Leites, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Machados. — Br. p.
a 15 de julho de 1791. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 222. (C. C.)
1931.
MANUEL JOSÉ MACHADO TEIXEIRA LEITE
PEREIRA DE SOUSA LOBO, mo rador na sua quinta da Granja, freguezia de Santo
André de Villa-nune, concelho de Ca beceiras de Basto, comarca de Guimarães;
filho de Luiz Teixeira Lousada, e de sua mu lher Maria Leite Pereira Soares, senhores
que foram da mesma quinta da Granja; neto pela parte paterna de Simão Lousada,
e de sua mulher Isabel Teixeira, senhores da quinta do Valle; bisneto de
Antonio Francisco, e de sua mulher Anna Teixeira, senhores da dita quinta do
Valle; neto pela parte materna de Manuel Leite Pereira Machado, e de sua mu
lher Monica Ferreira Teixeira, senhores que foram da referida quinta da Granja
e da de Mourossa; bisneto de André Leite Pereira, e de sua mulher Anna
Carvalho, senhores e moradores que foram na sua quinta de Mourossas; terceiro
neto de Gaspar Leite Pereira, e de sua mulher Paula Machado; quarto neto de
João Leite Pereira, e de sua mulher Ca tharina Garcia de Campos; quinto neto de
Affonso Leite Pereira; sexto neto de João Leite Pereira, fidalgo da casa real,
e de sua mulher Violante Nunes de Meirelles, senhores da quinta de Santo
Antonio e do couto de Badim; sendo a terceira avó do supplicante Paula Machado
filha de Pedro Machado de Sousa Brandão, e de sua mulher Senhorinha Pinheiro,
senhores que foram da quinta da Granja; o qual Pedro Machado era filho de
Manuel Machado Brandão, e de sua mulher Maria de Sousa Lobo, filha de João de
Rh0 des Lobo, fidalgo da casa real e capitão-mór do dito concelho; sendo
egualmente o refe rido Manuel Machado Brandão filho de outro Pedro Machado, e
de sua mulher Catharina Rebello Brandão, neto de Antonio Machado, e bisneto de
Pedro Machado, fidalgo da casa real, e senhor de Entre-Homem e Cavado, todos
senhores da mencionada quinta da Granja, e descendentes legitimos de Machados,
Teixeiras, Leites, e Lobos, que n'este reino são fi dalgos de linhagem, cota de
armas e de solar conhecido, e como taes se tractaram com ca vallos, criados e
toda a mais Ostentação propria da nobreza.
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Machados, no segundo as
dos Teixeiras, no terceiro as dos Leites, e no quarto as dos Lobos. — Br. p. a
13 de ja neiro de 1796. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 109. (C. C.)
1932. MANTEL JosÉ MARIA DA CosrA
E SÁ, do real conselho, commendador da Or dem de Christo, cavaleiro da ordem de
Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, fi dalgo da casa real,
oficial-maior da Secretaria de Estado dos negocios da marinha, depu tado da
real Junta do commercio, e secretario da Academia real das sciencias de Lisboa;
filho de Joaquim José da Costa e Sá, fidalgo da casa real, e de sua mulher D.
Anna Ma ria do Nascimento Rosa de Oliveira Villas-boas; neto paterno de Santos
da Costa, e de sua mulher D. Maria Leocadia; e materno de Joaquim de Oliveira,
tenente coronel do real corpo de engenheiros, e de sua mulher D. Maria Wengarden.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Costas, no segundo às
dos Sás, no terceiro as dos Oliveiras, e no quarto as dos Villas-boas. — Br. p.
a 5 de fe vereiro de 1833. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 266. (C. C.)
1933. MANUEL JosÉ MONTEIRO DE
MoRAEs OLIVAL ANDRADE TELLEs, natural da freguezia da vila de Sortelha, bispado
da Guarda; filho de Antonio José Rebello de Oli val, e de sua mulher D. Jacinta
Maria de Pina e Aragão; neto pela parte paterna de Ma nuel de Moraes Telles, e de
sua mulher Josepha de Araujo Botelho; neto pela parte mº terna de Manuel
Martins Tinoco, e de sua mulher D. Isabel Monteiro; sendo o mesmº bra zão de
armas a 16 de agosto de 1788. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Olivaes, no segundo as dos Telles, no terceiro as dos Andrades, e no
quarto as dos Monteiros. — Br. p. a 15 de julho de 1795. Reg. no Cart. da N.,
liv. V, fl. 70. (C. C.)
1934. MANUEL JosÉ DE MoRAEs
CoRREA, coronel do regimento de milicias de Ou rique, filho de Gaspar de Moraes
Correa, sargento-mór das ordenanças da villa de Cuba, e correio-mór da cidade
de Beja, e de sua mulher D. Maria Thomazia Rosa do Monte-al far Coutinho; neto
paterno de Bento de Moraes Correa, e de sua mulher Maria de Santo Antonio; e
materno de João Godinho Ferro, ajudante do regimento de milicias de Beja, e de
sua mulher Antonia Josepha do Sacramento. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Moraes, na segunda as dos Correas. — Br. p. a 29 de
agosto de 1814. Reg. no Cart. N., liv. VII, fl. 302 b) (C. C.
1936. MANUEL JosÉ PEREIRA,
natural da cidade do Porto, cavaleiro da Ordem de Christo; filho de José
Pereira da Cruz, sargento-mór da comarca de Rezende, e de sua mulher D. Thereza
Maria; neio paterno de Domingos Pereira Dias, e de sua mulher D. Maria da Cruz;
neto materno de Manuel Alvares, e de sua mulher D. Garcia de Santo Antonio. As
armas dos Pereiras. — Br. p. a 29 de dezembro de 1753. Reg. no Cart. da N.,
liv. particular, fl. 66 v. (C. C.)
1937. MANUEL JOSÉ RIBEIRO, proprietario e negociante de grosso tracto,
filho de José Francisco Ribeiro, proprietario, e de sua mulher D. Anna Maria
Ribeiro; neto pa terno de Antonio Francisco Ribeiro, negociante, e de sua
mulher D. Maria Francisca Ri beiro, e materno de João Diniz, proprietario, e de
sua mulher D. Anna Maria Diniz. Um escudo com as armas dos Ribeiros. — Br. p. a
11 de junho de 1852. Reg, no Cart. da N., liv. VIII, fl. 356. (C. C.)
1939. MANUEL JOSÉ DA Ro CHA
CARDOSO E MACEDO, natural de Castedo, termo da villa de Alijó, comarca de
Villa-real; filho do capitão Antonio de Macedo Romão; neto de João de Macedo, e
neto materno do capitão Francisco da Rocha Cardoso. As armas dos Macedos,
Rochas, e Cardosos.—Br. p. a 20 de fevereiro de 1757. Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 104 v. (C. C.)
1940. MANUEL JosÉ DE SÁ PEREIRA DE
MELLO LEITÃo (Capitão), morador na sua quinta do Pinheiro da villa da Bemposta,
comarca da cidade de Aveiro; filho do capitão mór da dita Villa João Pereira de
Mello Leitão, e de sua mulher D. Maria Caetana de Sá Pereira de Mello; neto
pela parte paterna de Manuel Leitão Coelho, e de sua mulher Isabel Vaz; bisneto
do doutor Francisco Pereira de Mello, e de sua mulher D. Helena do Amaral;
terceiro neto de Francisco Pereira de Mello, filho de Francisco de Mello
Pereira Tavares, e de sua mulher D. Guiomar de Mello Pereira, irmã de Jeronymo
Pereira e Sá, presidente do Desembargo do paço, de D. Simão de Sá Pereira,
bispo que foi de Lamego, e depois do Porto, e de Mattheus Pereira de Sá,
inquisidor da Inquisição de Coimbra, fi lhos todos de Ruy de Sá Pereira, de
Coimbra; e pela parte materna neto do doutor Ma nuel Valente de Oliveira, e de
sua mulher D. Luiza Josepha Tavares de Mello, filha de Ignacio Tavares Valente,
e de sua mulher D. Maria Pereira de Mello, filha do capitão Ra phael Valente
Pereira, que era terceiro neto por outra linha do referido Ruy de Sá Pe reira
de Coimbra; bisneto do alferes Custodio Valente, filho de Simão de Almeida, e
de sua mulher Maria da Costa, que era quinta neta de João Alvares Pereira,
senhor da Feira e das terras de Santa Maria, progenitor tambem dos condes da
Feira. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sás, no segundo
as dos Pereiras, no terceiro as dos Mellos, e no quarto as dos Leitões. — Br.
p. a 12 de setem bro de 1776. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 112. (C. C.)
1941. MANUEL José SALGADO DE
ARAUJO, natural, e morador na vila de Palmella, filho de Bartholomeu José
Salgado de Araujo, e de D. Maria Magdalena Rosa; neto pela parte paterna de D.
Francisco Salgado de Araujo, prolesso na ordem de Christo, é de i). Thereza
Josepha Miranda; bisneto de D. Feliciano Salgado, sargento-mór que foi de
batalha neste reino, e de sua mulher D. Luiza Serrano Bravo; terceiro neto de
Roque Salgado, e de D. Catharina de Bacellar, e quarto neto de Fernando de
Santa Vaya, e de sua mulher Beatriz Salgado. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Salgados, e na segunda as dos Araujos. — Br. p. a 9 de
agosto de 1781. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 19 V. (C. C.)
1942. MANUEL JosÉ SoA REs DE LOBÁo (Bacharel),
filho de João Soares de Lobão, e de sua mulher Clara Luiza Martins Fajardo;
neto por parte paterna do alferes Manuel Soares de Lobão, e de sua mulher
Bernarda Fernandes da Guerra; neto por parte ma terna de José Luiz, e de sua
mulher Maria Martins Fajardo. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Soares, no segundo as de março de 1797. Reg. no Cart. da N., liv. v,
fl. 197. (C. C.)
1943. MANUEL JosÉ TEIXEIRA DA
RocHA E RosA, do logar do Vão da Ermida, concelho de Santa Martha de Penaguião,
comarca de Villa-real; filho de André Teixeira da Rosa, e de sua mulher D.
Isabel Teixeira de Azevedo; neto paterno de Manuel Mo reira da Rosa, e de D.
Luzia Teixeira da Rocha, filha de Francisco Teixeira da Rocha; segundo neto de
D. Joanna Affonso; terceiro neto de Bernardo Affonso; quarto neto de Fernando
Affons0. Um escudo com as armas dos Affonsos. — Br. p. a 26 de março de 1816.
Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 341 v. (C. C.)
1945. MANUEL LEITE DE SousA,
capitão de infanteria auxiliar da cidade do Grão Pará, filho de José Leite de
Sousa Pacheco, e de sua mulher D. Joanna Thereza de Ma cedo, da villa de
Torres-novas: neto pela parte paterna de Antonio de Oliveira e Silva, e de D.
Maria Leite Cesar; e pela materna de José de Araujo Velho, e de sua mulher
Clara Correa, da villa de Santarem. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Silvas, no segundo as dos Leites, no terceiro as dos Araujos, e no
quarto as dos Velhos, — Br. p. a 27 de se tembro de 1786. Reg. no Cart. da N.,
liv. III, fl. 237 v. • (C. C.)
1946. MANUEL LOPES CAETANO CORTES
SERRA, capitão-mór das villas da Louzã, Serpins e couto de Semide; filho de
Thomé Lopes Serra, e de sua mulher Thereza Cor tes de Jesus; neto pela parte
paterna de Luiz Simões da Serra, e de sua mulher Maria Lopes, e ele sobrinho de
Balthasar Simões, pae de Manuel da Serra, tenente general que foi n'esta corte,
e avô de José da Serra, governador do Grão-Pará e Maranhão; e pela materna neto
de Manuel Cortes de Macedo, e de Maria Antonia; bisneto de Manuel Gonçalves. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Limas, no segundo as dos
Serras, no terceiro as dos Gonçalves, e no quarto as dos Cortes. — Br. p. a 14
de dezembro de 1771. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 164. (C. C.)
1947. MANUEL LOPES CIDE,
capitão-mór da vila de Assumar, comarca de Portale gre; filho do capitão-mór
Gregorio Martins Broa Cide, e de sua mulher D. Angela The reza de Almeida; neto
paterno de Manuel Lopes Cide, e de D. Maria Alvares Broa; e materno de Manuel
Dias Cegonha, e de D. Angela Mendes. Um escudo com as armas dos Cides. —Br. p.
a 3 de agosto de 1804. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 81. (C. C.)
1948. MANUEL LOPEs D E FIGUEIRE
Do, natural da villa de Soitosa, comarca de La mego, cavalleiro professo na
ordem de Christo e desembargador da Relação e Casa do Porto; filho de Bernardo
Lopes de Figueiredo, e de sua mulher D. Maria da Assumpção; neto paterno de
Domingos Lopes de Figueiredo, e de sua mulher D. Anna Gomes; e ma terno de
Manuel Gomes, e de sua mulher D. Thereza Maria. Um escudo e n'elle as armas dos
Figueiredos. — Br. p. a 5 de agosto de 1822. Reg. no Cart, da N., liv. VIII,
fl. 93 v. (C. C.)
1949. MANUEL Lopes MoRGADO,
capitão que foi de infanteria auxiliar, e depois sar gento-mór das ordenanças
das villas de Certã e Pedrogão, com exercicio de capitão-mór, natural e morador
no logar do Tojal, termo da villa de Certã, priorado do Crato; filho de Manuel
Lopes Morgado, e de sua mulher Ignez da Matta; neto pela parte paterna de
Manuel Fernandes, e de sua mulher Maria Lopes, morgada da Ameixieira, filha de
Fran cisco Fernandes, e de sua mulher Francisca Lopes, morgada da Ameixieira; e
pela parte materna neto de Domingos Lopes, e de sua mulher Anna da Matta. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Lopes, na segunda as dos
Mattas. — Br. p. a 29 de agosto de 1785. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl.
204. (C. C.)
1950. MANUEL Lou RENÇO MENDEs,
cavaleiro professo na ordem de Christo, fami liar do Santo Oficio, thesoureiro
geral das fortificações da cidade do Porto, e d’ella na tural; filho de Antonio
Lourenço Mendes, e de sua mulher D. Maria Thereza da Silva; neto pela parte
paterna de Francisco Fernandes Mendes, e de sua mulher D. Barbara da Conceição;
e pela materna de Manuel da Silva Fernandes, e de sua mulher D. Luiza Ta vares
da Silva. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Mendes, e na
segunda as dos Silvas. — Br. p. a 5 de agosto de 1783. Reg. no Cart. da N., liv.
III, fl. 202 v. (C. C.)
1951. MANUEL Lou RENço OLHUD o
BACALHÃO, natural da villa de Tancos, filho de Manuel Vicente Gameiro, e de sua
mulher Anna Maria do Sacramento; neto paterno de Manuel Fernandes Franco, e de
sua mulher Maria Vicente; neto materno de Manuel Dias Tavora, e de sua mulher
Maria Vicente da Matta, irmã inteira do desembargador João Marques Bacalhão,
filhos ambos de Francisco Lourenço Olhudo, e de sua mulher Catha rina Vicente,
ele filho de outro Francisco Lourenço Olhudo, e de sua mulher Maria Nu nes, e
ella filha de João da Matta, e de sua mulher Catharina Vicente. As armas dos
Francos, Tavoras, Mattas, e Dias. — Br. p. a 7 de outubro de 1752. Reg. no
Cart. da N., liv. particular, fl. 44. (C. C.)
1952. MANUEL Lou RENço D E SÁ
PEREIRA DE MELLo VALENTE (Doutor). caval leiro da ordem de Christo e familiar
do Santo Oficio; filho legitimo do doutor Manuel Valente da Silveira, e de sua
mulher D. Luiza Josepha Tavares de Mello, neta pela parte bisneta de Simão de
Almeida, e de sua mulher Maria da Costa, que era quinta neta por legitima
descendencia de João Alvares Pereira, senhor da Feira e das terras de Santa
Maria, proge nitor tambem dos condes da Feira; e pela parte materna neto do
capitão Ignacio Tavares Valente, e de sua mulher D. Maria Pereira de Mello,
filha do capitão Raphael Valente Pereira, e de sua mulher Isabel Pereira; neta
de Raphael Valente Camara, e de sua mu lher D. Maria Pereira, que era filha de
Francisco de Mello Pereira, e de sua mulher D. Antonia de Araujo Soares, filha
de Francisco Gomes da Fonseca, e de sua mulher Ma ria de Araujo Soares; e o
dito Francisco de Mello Pereira, que era filho de Francisco Pereira Tavares, e
de sua mulher D. Guiomar de Mello, irmã de Jeronymo Pereira de Sá, presidente
do Desembargo do paço, e de Simão de Sá Pereira, bispo que foi do Porto e de
Lamego, e de Mattheus Pereira de Sá, inquisidor da Inquisição de Coimbra,
filhos todos de Ruy de Sá Pereira, de Coimbra; bisneto do capitão João Tavares,
e de sua mu lher D. Bernarda Valente, filha do capitão Diogo Valente, e de sua
mulher Leonor Tava res de Arouca. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Valentes, no segundo as dos Pereiras, no terceiro as dos Tavares,
e no quarto as dos Sás. — Br. p. a 16 de abril de 1765. Reg. no Cart. da N.,
liv. I, fl. 26. (C. C.)
1954. MANUEL LUIZ DE BRITo LIMA
VARELLA (Bacharel), natural de Villa-nova da Cerveira, concelho de Vianna,
arcebispado de Braga, e morador na villa de S. João de Rei, comarca e minas do
Rio das Mortes, capitania do Rio de Janeiro; filho de Manuel Furtado de
Mendonça e Lima, cavaleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo,
e de sua mulher D. Luiza Varella Pereira; neto pela parte paterna de João de
Brito Lima, cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Margarida
Furtado de Mendonça; bis neto de Cosme Cação de Brito; terceiro neto de
Francisco de Brito Cação, tambem caval leiro fidalgo da casa real; e pela
materna neto de Cypriano Alvares Varella, cavalleiro da ordem de Christo,
fidalgo da casa real, governador que foi da praça de Villa-nova da Cer veira, e
de sua mulher D. Leonor Pereira. Um escudo partido em pala; na primeira as
armas dos Britos, e na segunda as dos Limas. — Br. p. a 16 de agosto de 1772.
Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 182. (C. C.)
1955. MANUEL LUIZ DE CARVALHO DA
CUNHA PINTO, filho do capitão Luiz Teixeira de Carvalho, e de sua mulher D.
Vicencia Gertrudes Teixeira Alvares de Sousa Pinto de Carvalho; neto pela parte
paterna de Gaspar dos Reis Teixeira de Macedo, e de sua mu lher D. Antonia
Teixeira de Carvalho da Cunha e Coutinho: bisneto de Gaspar Teixeira de Macedo,
e de sua mulher D. Maria Gonçalves Teixeira; neto de Gonçalo Dias de Macedo, e
de sua mulher D. Antonia Teixeira de Macedo; neto materno de Raphael Pinto de
Mes quita e Sousa, e de sua mulher D. Luiza Teixeira Alvares de Carvalho e
Cunha; bisneto de Pedro Alvares de Sousa Teixeira de Abreu, e de sua mulher D.
Maria Pinto de Mesquita e Sousa, senhores da casa do Prado de cima, freguezia
de S. Romão de Corvo; ter ceiro neto de Francisco Gonçalves de Sousa Teixeira
de Abreu, e de sua mulher D. Ca tharina Gonçalves de Sousa Teixeira. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Teixeiras, no segundo as dos
Carvalhos, no terceiro as dos Pintos, e no quarto as dos Mesquitas. — Br. p. a
6 de setembro de 1761. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 233. (C. C.)
1956. MANUEL LUIZ FERREIRA, natural da cidade
de Bragança, filho de Pedro Ma nuel Ferreira, e de sua mulher D. Marianna
Thereza Cordeiro de Carvalho; neto paterno de Pedro Manuel Ferreira, e de sua
mulher D. Barbara Nunes Leite; bisneto de Manuel Pires Salgado Ferreira,
professo na ordem de Christo, e sargento-mór das ordenanças de Villa-nova de
Foscoa, a quem se passou brazão de armas a 10 de setembro de 1697; IletO
#" de Antonio Cordeiro de Carvalho, e de sua mulher D. Jeronyma Vieira de
Carvalho. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Ferreiras, e na
segunda as dos Carvalhos. — Br. p. a 27 de outubro de 1805. Reg. no Cart. da
N., liv. VII, fl. 99 v. (C. C.)
1957. MANUEL LUIZ PEREIRA,
formado pela Universidade de Coimbra na faculdade dos sagrados canones, capitão
do districto de S. Miguel de Poiares; filho do alferes An tonio Luiz Pereira, e
de sua mulher D. Maria Simões; neto pela parte paterna de João Luiz, e de sua
mulher Luiza Pereira; e pela materna de Sebastião Simões, todos do logar da
Povoa, que foram pessoas muito nobres, légitimos descendentes da familia do
appel lido de Pereiras, que n'este reino de Portugal são fidalgos de linhagem,
cota de armas, e de solar conhecido. Um escudo com as armas dos Pereiras. — Br.
p. a 21 de julho de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 24. (C. C.)
1958. MANUEL LUIZ DA SILVA
REGADAs, tenente de milicias da cidade do Rio de Ja neiro, a quem Sua Magestade
fez mercê do habito de Christo; natural da dita cidade; filho de Luiz da Silva
Regadas, que serviu de escripturario do real Erario da dita cidade do Rio de
Janeiro; neto de Manuel da Silva Gaya, e de sua mulher D. Martha da Silva
Regadas. Um escudo com as armas dos Silvas. — Br. p. a 15 de dezembro de 1802.
Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 20. (C. C.)
1960.
MANUEL MADEIRA CAMELLO DE VASCONCELLOS
PASTANA (Doutor), caval leiro da ordem de Christo, oppositor ás cadeiras da
Universidade de Coimbra, natural da villa de Obidos; filho do capitão Antonio
José Madeira, e de sua mulher D. Maria Theo dora da Encarnação Camello Pastana
de Vasconcellos; neto pela parte materna do doutor Thomaz Pereira Camello, e de
sua mulher D. Euphrasia Theodora Pastana de Vasconcel Vasconcellos, ambos
cavaleiros fidalgos da casa real; bisneto o supplicante de Francisco Camello Pe
reira, e de sua mulher D. Maria Caiada de Gamboa; terceiro neto de D. Marianna
Ca mello, e de seu marido Jacinto do Rego; quarto neto de Luiz Camello, e de
sua mulher D. Jacinta de Veiros; quinto neto de Filippe Camello, e de sua
mulher D. Francisca da Encarnação Pereira; e finalmente sexto neto de Lopo
Rodrigues Camello, escrivão da Ca mara do mestrado da ordem de Christo do senhor
rei D. Sebastião, a quem fôra acceito pelos especiaes serviços que lhe fez,
entre os quaes fôra muito memoravel o que, indo com o mesmo senhor em dia de S.
Simão do anno de 1570 de Odemira para Coimbra, chegando a uma ribeira que ia
muito caudalosa, e haviam de atravessar, ele se mettera n’ella a buscar sitio
para o dito senhor a passar, e caindo em um pego em que estivera para se
afogar, o mesmo senhor pedindo-lhe a mão, puxando-o por ella para fora, o li
Vrára do perigo : e em attenção a este serviço lhe dera o mesmo caso por armas
para elle e seus descendentes, como largamente se mostrava da copia authentica
da carta d'esta mercê, que estava incorporada no requerimento. Um escudo de
verde, e n'elle uma ribeira da faxa de prata, saindo d’ella um braço vestido de
azul, dando a mão a outro que sae do chefe vestido de brocado, e n'este uma
letra de preto que diz — Rei —; na parte esquerda do chefe uma estrella de oiro
de oito pontas; na direita do contra-chefe uma flor de liz do mesmo metal;
timbre, um braço ves tido de azul com a estrella do escudo, e entre os dois
dedos mais altos. — Br. p. a 21 de março de 1773. Reg. no Cart. da N., liv. I,
fl. 197. (C. C.)
1961. MANUEL DA MAIA, fidalgo da
casa real. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecessores: — Escudo de campo vermelho com uma aguia de preto, com os
pés e bico, e picada de oiro, estendida, e por differença uma flor de liz de
oiro; elmo de prata aberto guarne cido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e
por timbre a mesma aguia; com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Maias. — Dada em Lisboa a 29 de abril de
1529. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xvII, fl. 79 v.
1962. MANUEL DA MAIA VIEIRA,
sargento-mór das ordenanças da villa de Ilhavo, co marca de Aveiro; filho de
João da Maia Vieira, capitão das ordenanças da dita villa, e de sua mulher D.
Agueda Maria Pinho; neto pela parte paterna de João da Maia Vieira, e de D.
Maria André; e pela materna de Manuel Simões Mansos, capitão das ordenanças de
S. Romão, termo da cidade de Aveiro, e de D. Francisca Pereira de Pinho. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Maias, no segundo as dos
Vieiras, no terceiro as dos Pinhos, e no quarto as dos Pereiras. — Br. p. a 31
de março de 1785. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 190 v. • (C. C.)
1963. MANUEL MARIA DA CosTA
LEITE, natural de Barcellos, cavalleiro da ordem de Nossa Senhora da Conceição
de Villa-viçosa, cirurgião honorario da real camara, lente ca thedratico da
Escola medico-cirurgica da cidade do Porto; filho de Luiz José da Costa Leite,
e de sua mulher D. Anna Emilia Teixeira Leite; neto paterno de José Luiz da
Costa, e de sua mulher D. Margarida da Costa; e materno de José Teixeira Leite,
e de sua mu lher D. Josepha Luiza Leite. Um escudo partido em pala; na primeira
as armas dos Leites, e na segunda as dos Teixeiras. —Br. p. a 14 de setembro de
1857. Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 19. (C. C.)
1964. MANUEL MARIA DA FoNsECA
FERREIRA DE ABREU CASTEL-BRANco, caval leiro professo na ordem de Christo;
filho de Manuel da Fonseca Ferreira, cavalleiro professo na ordem de Sant'Iago
da Espada, e capitão de sapadores de milicias, e de sua mu lher D. Engracia
Maria Joaquina de Abreu Castel-branco; neto paterno de Manuel da Fonseca Ferreira,
e de sua mulher D. Clara dos Santos de Oliveira; e materno de Manuel de Abreu
Castel-branco, e de sua mulher D. Joanna Maria. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Fonsecas, no segundo as dos Ferreiras, no terceiro
as dos Abreus, e no quarto as dos Castel-brancos. — Br. p. a 14 de dezembro de
1805. Reg, no Cart. da N., liv. VII, fl. 21 v. (C. C.)
1967. MANUEL MARQUEs, brigadeiro
de infanteria dos reaes exercitos, e governador das provincias de Cayuma e
Guianna, e natural de Penamacor; filho de Domingos Mar ques, e de Anna Thereza
de Elvas Portugal; neto materno de Basilio Domingues, e de Josepha Maria de
Elvas Portugal. Um escudo com as armas dos Marques. — Br. p. a 21 de maio de
1813. Reg, no Cart. da N., liv. VII, fl. 274 v. (C. C.)
1968. MANUEL MARTINS DE So Us A,
coronel da legião de cavallaria do continente do Rio-grande; filho de Antonio
Simões, e de sua mulher Quiteria Marques; neto por parte paterna de Simão
Fernandes, e de sua mulher Maria Lourença; neto por parte materna de Nicolau de
Sousa, e de sua mulher Anna Marques. Um escudo partido em pala; na primeira as
armas dos Sousas, na segunda as dos Marques. — Br. p. a 5 de maio de 1800. Reg,
no Cart. da N., liv. vi, fl. *c) (C. C.
1969. MANUEL DE MEDEIRos GALVÃo,
tenente coronel do regimento de milicias de Villa-franca do Campo, na ilha de
S. Miguel; filho da capitão Antonio de Medeiros e Bit Moniz Bittencourt, e de
D. Maria de Medeiros. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Bittencourts, e na segunda as dos Medeiros. — Br. p. a 20 de setembro de 1819.
Reg. no Cart. da N., }} 45 V. (C. C.
1970. MANUEL DE MEIRELLES DE
SOUSA PEREIRA, filho de Manuel de Meirelles, e de D. Maria de Sousa; neto pela
parte paterna de Bento Meirelles Pinto Coelho, e de Jeronyma Peixoto; bisneto
de João de Meirelles Coelho; e pela parte materna neto de Manuel Pereira de Sousa,
e de sua mulher D. Cecilia Pinto. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Meirelles, no segundo as dos Pintos, no terceiro as dos Coelhos, e
no quarto as dos Sousas. — Br. p. a 20 de novembro de 1789. Reg. no Cart. da
N., liv. IV, fl. 140. (C. C.)
1971. MANUEL DE MELLO E
ALBUQUERQUE, capitão de infanteria paga do regimento de Olinda, natural da
cidade de Pernambuco: filho de Luiz de Mello e Albuquerque, e de sua mulher D.
Maria da Ascenção Vieira da Costa; neto pela parte paterna de Anto nio Pita
Porto Correa de Mello e Albuquerque, e de sua mulher D. Maria Magdalena Bar
bosa e Souto-maior; neto materno do capitão Antonio da Costa Pimenta, e de sua
mu lher D. Ignez de Brito de Moura. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel
as armas dos Albuquerques, no se gundo as dos Mellos, no terceiro as dos Pitas,
e no quarto as dos Souto-maiores. —Br. p. a 2 de novembro de 1790. Reg. no
Cart. da N., liv. IV, fl. 196. • (C. C.)
1972. MANUEL DE MELLO DE MA CEDo,
da quinta do Bairro, concelho de S. Marti nho de Mouros, comarca de Lamego;
filho de Manuel de Mello e Macedo, e de sua mu lher D. Luiza Joaquina de
Macedo; neto paterno de Antonio José Guedes, e de sua mu lher D. Anna Thereza
Pereira Pinto de Macedo; e materno de Caetano Coelho de Macedo, e de sua mulher
Maria Thereza. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas
dos Mellos, no segundo as dos Macedos, no terceiro as dos Guedes.—Br. p. a 20
de setembro de 1821. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 78 v. (C. C.)
1973. MANUEL DE MENDANHA BENEVIDES,
negociante da praça da cidade do Porto; filho de José de Mendanha, e de sua
mulher D. Ventura Fernandes; neto paterno de Fran cisco de Mendanha, e de sua
mulher D. Anna Gonçalves de Sá; bisneto de Antonio de Mendanha Benevides Cirne,
senhor da quinta de Sant'Iago de Aldreu, do qual foram fi lhos bastardos o seu
avô Francisco de Mendanha, e seu irmão Antonio de Mendanha, filhos ambos de
Justa Francisca, sendo o supplicante descendente por bastardia das il lustres
familias dos Mendanhas e Benevides. Um escudo partido em pala; na primeira as
armas dos Mendanhas, e na segunda as dos Benevides. — Br. p. a 12 de outubro de
1802. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 14 v. (C. C.)
1974. MANUEL MENDEs, cavalleiro,
fidalgo da casa real. Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus
descendentes o seguinte bra zão de armas: — Escudo de campo azul, uma porta com
duas torres de prata lavradas, e frestas de preto, e uma pala de vermelho, com
uma cabeça de mouro toucada de branco cortada em vermelho, e tres lanças de côr
natural em roquete; elmo de prata cer rado, paquife e prata e azul, e por timbre
a mesma cabeça das armas; com todas as honras e privilegios de nobre fidalgo,
pelos serviços que prestou nas guerras contra os infieis, tanto em tempo de
el-rei D. Affonso e D. João, como actualmente, nas quaes ficou ferido por
vezes. Dada em Evora a 8 de junho de 1520. (M. N.) — Reg, na Chanc. de D.
Manuel, liv. XLIV, fl. 55, e liv. VI de Mist., fl. 171.
1975. MANUE L MENDEs D E MoRAEs E CAs Tao,
negociante de grosso tracto da praça da cidade do Porto, e natural da dita
cidade; filho de Luiz de Almeida de Mo raes, negociante de grosso tracto da
praça da cidade do Porto, e de sua mulher D. Brites Maria Felizarda de Castro;
neto por parte paterna de Antonio de Almeida de Moraes, e de sua mulher D.
Maria Nunes; neto por parte materna de Luiz de Miranda e Castro, administrador
dos tabacos, e de sua mulher D. Marianna de Alvim; bisneto por parte paterna de
Manuel Rodrigues de Moraes, e de sua mulher D. Anna de Moraes; bisneto por
parte de sua mãe de Francisco Gabriel Ferreira de Castro, e de sua mulher D. Clara
da Fonseca. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Moraes, e na
segunda as dos Castros. — Br. p. a 28 de março de 1800. Reg, no Cart. da N.,
liv. VI, fl. 120 v. (C. C.)
1976. MANUEL MENDES PEREIRA,
morador na ilha da Madeira. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de armas dos seus antecessores: — Escudo de campo vermelho, com
uma cruz de prata florida e vazia do primeiro, e por differença uma brica de
oiro com um — M — de azul; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
prata e vermelho, e por timbre duas azas de prata e uma cruz vermelha entre
elas; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por des cender por parte de
sua mãe e avós da linhagem dos Pereiras. Dada em Lisboa a 18 de março de 1538.
— Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLIV, fl. 40 v.
1977. MANUEL DE MEsQUITA ALVES
FERREIRA DE CARVALHo, da quinta da Por tella, freguezia de Canedo, termo de
villa de Bosto, comarca de Guimarães; filho de Cae trno Ferreira de Mesquita, e
de sua mulher D. Maria Carvalho; neto pela parte paterna de Miguel Ferreira
Sobrinho de Mesquita, e de D. Catharina Francisca de Carvalho, da casa e quinta
de S. Mamede da dita freguezia; bisneto de Melchior Alves Ferreira, e de sua
mulher D. Marianna de Mesquita Sobrinho; terceiro neto de Miguel Sobrinho de
Mes quita, e de sua mulher D. Joanna da Silva de Almeida; quarto neto de outro
Miguel So brinho de Mesquita; e pela parte materna neto de Francisco Gonçalves,
e de sua mulher D. Paula Carvalho; bisneto de outro Francisco Gonçalves, e de
sua mulher D. Domingas """ de Bairro; terceiro neto de Domingos
de Carvalho, e de D. Margarida Gon çalves. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Mesquitas, no segundo as dos Sobrinhos, no terceiro as dos
Ferreiras, e no quarto as dos Carvalhos. — Br. p. a 12 de março de 1784. Reg.
no Cart. da N., liv. III, fl. 120. (C. C.)
1980. MANUEL MOREIRA ARANHA DE LEÃO BEÇA
FREIRE E SILVA, do logar da Povoa, freguezia de Pedourido, concelho de Paiva, e
ex-capitão do regimento de milicias da villa da Feira; filho de Manuel Moreira
Aranha, e de sua mulher Maria Clara Moreira; neto paterno de Manuel de Moreira
Aranha, e de sua mulher D. Anna da Silva; e materno de Domingos Moreira de Beça
Freire, e de sua mulher D. Angelica Maria Clara Moreira; e o referido
supplicante descende de Gaspar Gonçalves Moreira, e de D. Brites Duarte da
Camara, o qual Gaspar Gonçalves Moreira era filho de Affonso Furtado, senhor de
Me don, e de sua mulher D. Brites Gonçalves Vaderagude Baleveronce; descendendo
egual mente por parte paterna de D. Ignez Aranha de Leão, neta de Cosme Aranha
Chaves, es cudeiro fidalgo, senhor da casa e morgado de Covillo; e por parte
materna da casa do marquez d'Asturia. Um escudo esquartelado; no primeiro e
quarto quarteis as armas dos Moreiras, no segundo as dos Furtados, e no
terceiro as dos Aranhas. — Br. p. a 12 de junho de 1827. Reg. no Cart. da N.,
liv. VIII, fl. 203 v. (C. C.)
1981. MANUEL MoREIRA DIAS, filho
de João Moreira, e de sua mulher Maria Ferreira; neto pela parte paterna de
Estevão Moreira, e de sua mulher Maria de Sousa; bisneto de Catharina Moreira,
irmã do desembargador da Relação e Casa do Porto Damião Moreira, parente muito
chegado do doutor Roque Jacinto Moreira de Barbosa e Sousa, da cidade de
Penafiel, de D. Jacinta Moreira da Silva, e de Manuel Eleutherio Monteiro
Moreira, ca pitão de infanteria na cidade do Porto. Um escudo com as armas dos
Moreiras. — Br. p. a 11 de fevereiro de 1777. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl.
141. (C. C.)
1982. MANUEL DA MoTTA E SILVA,
filho legitimo de Manuel da Silva, e de sua mu lher Maria da Motta, morgado do
Hospital, freguezia de S. Miguel do Prado concelho de Regalados, comarca de
Vianna do Minho; neto pela parte paterna de João de Almeida Pe reira, da casa e
quinta da Landeira do couto de Moura, e de Anna da Silva; e pela ma terna neto
de Antonio Rodrigues, e de Maria da Motta e Azevedo, da casa e morgado do
Hospital; os quaes todos foram pessoas nobres, e se tractaram á lei da nobreza.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Mottas, no segundo as
dos Azevedos, no terceiro as dos Almeidas, e no quarto as dos Pereiras. — Br.
p. a 14 de julho de 1767. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 51. (C. C.)
1983. MANUEL DE MoURA, cavaleiro
fidalgo da casa real e escrivão da camara real, filho de João de Moura e de
Isabel de Sampaio; neto de Affonso Rodrigues de Sampaio; bisneto de Ruy Lopes
de Sampaio, senhor que foi das villas de Anciães, de Villarinho, da
Castanheira, das Lazuas e de Linhares, e foi do tronco desta geração. Carta
pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de oiro e uma aguia de purpura
es tendida com a lingua vermelha, o segundo enxequetado de oiro e preto, e uma
bordadura de vermelho cheia de — SS — de prata, e por diferença uma brica de
prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro; paquife de oiro e purpura, e
por timbre uma aguia; com to das as honras e privilegios de fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Sampaios. — Dada em Lisboa a 7 de julho de
1533. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xLVI, fl. 75.
1984. MANUEL DE Mo URA, familiar
do Santo Oficio, natural e morador no termo da villa de Monte-alegre, comarca
de Bragança; filho de Manuel de Moura, e de sua mulher Maria Gonçalves; neto
paterno de outro Manuel de Moura, e de sua mulher Maria Gon çalves; bisneto de
Marcos de Moura, e de sua mulher Maria Alvares; neto materno de João Gonçalves,
e de sua mulher Isabel Barroso. As armas dos Mouras e Barrosos. — Br. p. a 3 de
julho de 1758. Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 117. (C. C.)
1985. MANUEL Do NAscIMENTo CostA,
chefe de divisão da real armada, e intenden cia geral da ilha Terceira, natural
da villa de Setubal; filho de Francisco da Costa, e de D. Maria da Encarnação;
neto pela parte paterna de João da Costa, e de D. Maria da AS censão; neto pela
parte materna de Manuel Antunes, e de D. Paschoa da Resurreição. Um escudo com
as armas dos Costas. — Br. p. a 8 de fevereiro de 1798. Reg, no Cart. da N.,
liv. VI, fl. 9 v. (C. C.)
1986. MANUEL NAZIANZENO SUTIL
FRANco DA SILVA E SANDE, protonotario apos tolico, graduado na sagrada
theologia, prior da egreja matriz de Nossa Senhora do S0 bral da vila de Borba,
natural da vila de Assumar, comarca de Portalegre; filho do dou tor João Franco
da Silva, e de D. Maria Magdalena da Morgada Rocha; neto paterno de Manuel
Sutil Franco da Silva e Sande, e de D. Maria Magdalena Vargas; e materno de
José Dias Rocha, e de D. Isabel Vaz Rocha; bisneto paterno de Manuel Sutil
Franco da Silva e Sande, e de Maria Galvão Pereira. Um escudo ovado e partido
em pala; na primeira as armas dos Francos, e na se # as dos Silvas, — Br. p. a
29 de dezembro de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VII, . 25 V. (C. C.)
1987. MANUEL Nico LAU CARDoso
HoMEM DE ABREU MAGALHÃEs, natural da ci dade de Viseu, filho do capitão
Francisco de Paula Cardoso Homem de Abreu, e de D. Ma ria Rita de Abreu Soares
de Mello; neto paterno de Manuel de Almeida Cardoso, m0n teiro-mór do concelho
de S. João de Areias, e de D. Rosa Maria de Abreu Pessoa, filha de João Pessoa
de Abreu, e de D. Anna da Costa, esta da casa dos morgados de Marpi cellos;
bisneto de Manuel de Almeida Cardoso, escrivão da Camara da mesma cidade de
Viseu, e de D. Antonia da Silva, esta da casa denominada dos Bispos; neto
paterno de Nicolau de Mello Soares de Abreu, moço fidalgo da casa real, e
capitão-mór do concelho de Tavares, e de D. Francisca Bernarda Antonia de
Magalhães Coutinho, filha de Ber nardo Caetano de Magalhães Coutinho da Motta,
professo na ordem de Christo, senhor e administrador do morgado de Lamas, e de
D. Catharina Bernarda Osorio da Cunha; bis neto de Lourenço de Mello Soares,
moço fidalgo da casa real, senhor e administrador do morgado do Espirito Santo,
e de D. Calharina de Castel-branco Figueiredo, herdeira da Casa de Travanca. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Cardosos, no segundo 3 de
julho de 1792. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 254 v. • (C. C.)
1988. MANUEL NUNEs GAsPAR,
sargento-mór das ordenanças da villa de Santarem, a quem Sua Magestade fez a
mercê do habito da ordem de Christo, natural do logar do Pombal, freguezia de
Santa Cruz; filho de José Nunes Rodrigues, e de sua mulher D. Maria de Jesus
Freire; neto paterno de Bento de Azevedo, e de sua mulher D. Maria Duarte; e
materno de Pedro Nunes Gaspar, e de sua mulher D. Joaquina Josepha Freire. Um
escudo com as armas dos FPeires. — Br. p. a 12 de outubro de 1802. Reg. no
Cart. da N., liv. VII, fl. 31. (C. C.)
1989. MANUEL PACHEco DE LIMA,
contador e juiz da Alfandega da cidade de Angra na ilha Terceira; filho de José
Alvares, e de Isabel Pacheca; neto de João Pacheco, e bis neto de Manuel
Pacheco, os quaes todos foram fidalgos e do tronco d'esta geração. Carta pela
qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: —
Escudo de campo de oiro, e duas caldeiras de preto em pala, e tres faxas em
cada uma d’ellas, e as azas veiradas e contraveiradas de oiro e vermelho, e em
cada cal deira quatro cabeças de serpe de oiro, duas para fora e duas para
dentro, nos cabos das azas com as linguas vermelhas, e por diferença uma brica
verde, e n’ella um — M — de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro, vermelho e preto, e por timbre um pescoço de serpe de oiro com
duas cabeças uma contra a outra batalhantes; com todas as honras de fidalgo por
descender da geração dos Pachecos. — Dada em Lis boa a 24 de junho de 1563.
Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. III, fl. 168.
1990. MANUEL PAEs FERREIRA
(Doutor), presbytero do habito de S. Pedro, for mado na faculdade dos sagrados
canones, protonotario apostolico, juiz synodal, e advo gado na cidade do Porto;
filho de Antonio Paes, e de sua mulher Catharina Manuel; neto paterno de Thomé
Roma Paes, e de sua mulher Maria Ferreira; bisneto de Francisco Paes, e de sua
mulher Ignez Manuel. As armas dos Paes, e Ferreiras. — Br. p. a 26 de maio de
1760. Reg. no Cart. da N., liv. particular fl. 128. (C. C.)
1991. MANUEL DE PAssos DIAS,
cavaleiro professo na ordem de Christo, thesou reiro geral da santa Egreja
patriarchal de Lisboa; filho de Antonio de Passos Figueiroa, ajudante de
infanteria na villa de Vianna de Lima, e de sua mulher Natalia Dias; netos
paternos de Joanna de Passos de Figueiroa, e de seu marido Domingos Peres,
filho de Domingos Peres; bisneto de Pedro Passos, irmão de Diogo de Passos de
Avila, progenitor dos morgados de Agrelho e dos Lobatos de Sapegal; terceiros
netos de Vasco de Passos, que passou de Galliza a Portugal, cavalleiro da ordem
de Christo, e de sua mulher D. Gri maneca de Avila, filha de Pedro de Avila, da
villa de Caminha; quartos netos de Gomes Ayres de Passos, senhor da casa, paço,
castello e solar de Probem e do de Tenorio, reino de Galiza, dos quaes
descendeu, até morrer no serviço dos reis catholicos, e de sua mulher e parenta
D. Leonor Alvares de Barduviedo, filha de Antonio de Passos, e de sua mulher
Aldonça Annes de Cabreira, senhora de Barduviedo; quintos netos de Diogo de
Passos, senhor do dito castello, solar e passo de Probem, donzel ou moço
fidalgo do rei D. João II de Castella, e de sua mulher D. Thereza Nunes de
Gusmão, filha de João Nu nes de Gusmão, e de sua mulher D. Maria de Castella;
Sextos netos de Jacome de Passos, senhor da dita casa e solar de Probem, que
serviu ao dito rei no posto de mestre de campo nas guerras contra os mouros
granadinos, e de sua mulher D. Velasquida Ayres Maldonado, filha de Gomes Ayres
da Ribeira, e de D. Constança de Barrantes; setimos netos de Gaspar de Passos,
senhor da dita casa e solar no reinado de el-rei D. Pedro o Crú, a quem serviu
contra seu irmão D. Henrique, e de sua mulher D. Sancha Tenorio de Godoi, filha
de Cosme Tenorio de Godoi, senhor de Tenorio, junto a Ponte-vedra; oi tavos
netos de Antonio de Passos, senhor do dito castello e casa de Probem em Galiza,
pelos annos de 1309 do reinado de el-rei D. Fernando IV, a quem serviu na
tomada de Gibraltar, e de sua mulher D. Rufina Inigues de Parada, ele
descendente de Alvaro de Passos, senhor da dita casa, castello e solar de
Probem, chefe da familia d’este appellido de PaSSOS, As armas dos Passos de
Probem, Dias, Figueiroas, Rochas e Avilas. — Br. p. a 4 de março de 1752. Reg.
no Cart. da N., liv. particular, fl. 32. (C. C.)
1992. MANUEL PEDRO DE MENEZES E
SOUSA CORREA DE MELLO, natural e morador na cidade de Evora, filho de Francisco
de Menezes e Sousa, e de D. Marianna Maria de Fontes Correa de Alfar; neto
paterno de Sebastião da Costa e Sousa, cidadão da dita ci dade, e de Maria de
Menezes; neto materno de Francisco de Fontes Alfar e Mello, pro fesso na ordem
de Christo, avô materno de Francisco José Guedes de Fontes, cujo bra zão fica
registado neste livro a fl. 28, e ambos por esta parte com a mesma ascendencia.
As armas dos Correas, Mellos, Menezes, Sousas, Fontes, Alfar, e Costas. — Br.
p. a 28 de abril de 1752. Reg, no Cart. da N., liv. partícular, fl. 35 v. (C.
C.)
1993. MANUEL PEDRo NUNEs FERREIRA
(Capitão), morador na sua quinta chamada da Rainha, conjunta á villa de
Torres-novas, filho do capitão Pedro Nunes Ferreira, e de sua mulher D.
Marianna Josepha de Moura, e assim ele como os ditos seus paes e mais
ascendentes foram pessoas muito nobres das familias dos appellidos de
Ferreiras, Mou ras e Silvas d’este reino. Um escudo esquartelado; no primeiro e
quarto quarteis as armas dos Ferreiras, no segundo as dos Mouras, e no terceiro
as dos Silvas, — Br. p. a 31 de maio de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl.
9 v. (C. C.)
1994. MANUEL PEREIRA, filho de
Pedro Alvares Pereira, neto de João de Chaves, bis neto de Pedro Alvares
Pereira, os quaes todos foram fidalgos, Carta pela qual el-rei D. João IV lhe
concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo sanguineo
com uma cruz de prata floretada e aberta do campo, e por timbre dois cotos de
azas de anjos de oiro, e entre elas uma cruz sanguinea, como a das armas, e por
diferença um — P— de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, e paquife
dos metaes e cores das armas; com todas as honras e privilegios de fi dalgo por
descender da geração dos Pereiras. — Dada em Lisboa a 11 de agosto de 1641.
Reg, na Chanc. de D. Filippe III, liv. II, fl. 239 v.
1995. MANUEL PEREIRA BoRGEs D E MEsQUITA, do
logar de Sergude, termo da villa de Santa Martha de Penaguião, comarca de
Villa-real, sargento-mór das ordenanças da villa de Bertiandos; filho de Manuel
Pereira Borges, cavalleiro professo na ordem de S. Tiago da Espada, e de sua
mulher I). Engracia Maria Borges; neto paterno de Domin gos Pereira Borges, e
de sua mulher D. Paula de Oliveira; bisneto de André Borges de Mesquita, e de
sua mulher D. Cecilia Pereira. Um escudo com as armas dos Borges. — Br. p. a 20
de novembro de 1805. Reg. no Cart, da N., liv. VII, fl. 106. (C. C.) lo gar das
Caras dos Montes, freguezia e termo da villa de Chaves; filho do capitão de in
fanteria auxiliar Manuel Pereira Campello Barroso, e de sua mulher D. Joanna
Maria de Moraes Leite Campello e Castro; neto pela parte paterna do alferes
Antonio Afonso de Miranda, e de sua mulher D. Antonia Barroso de Negreiros, e
pela materna do capitão Fran cisco Gonçalves Teixeira Chaves Carneiro, e de D.
Maria de Moraes Leite Campello e Castro. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Pereiras, no segundo as dos Mirandas, no terceiro as dos
Moraes, e no quarto as dos Castros. — Br. p. a 25 de junho de 1784. Reg. no
Cart. da N., liv. III, fl. 141 v. (C. C.)
1997. MANUEL PEREIRA DE FARIA
PEIXOTo, natural da villa de Setubal; filho de José Joaquim Peixoto da
Silveira, cavaleiro professo na ordem de Christo, e capitão das ordenanças da
dita villa, e de sua mulher D. Anna Isabel Pereira de Faria; neto por parte
paterna de Francisco Xavier Peixoto da Silva, administrador do morgado que hoje
administra o irmão do supplicante Sebastião Antonio de Faria Peixoto, e de sua
mulher D. Thereza da Silveira da Frota, filha de João da Fonseca Cliz, capitão
que foi dos exercitos de Sua Magestade Catholica Carlos III, e de sua mulher D.
Francisca da Sil veira da Frota; segundo neto de Manuel de Arouche Roubão,
alferes que foi do regimento de infanteria de linha, n.º 7, e de sua mulher D.
Francisca Peixoto da Silva, filha de Ma nuel Peixoto da Silva, e de sua mulher
Catharina Diniz, irmã de Pedro Alves da Silva, instituidor do mencionado
morgado; terceiro neto de Miguel da Silveira da Frota, capitão das ordenanças
de Setubal, e de sua mulher Catharina de Arouche; neto por parte ma terna de
Manuel Pereira de Faria, cavalleiro professo na ordem de Christo, e thesoureiro
mór do real Erario, e de sua mulher D. Francisca Antonia Margarida da Silveira
Palmeiro, filha de Diogo José Palmeiro, capitão-mór da villa de Alhandra, e de
sua mulher D. Ma ria Caetana da Silveira; segundo neto pelo mesmo lado materno
de outro Manuel Pereira de Faria, capitão das ordenanças da villa de Barcellos,
e da sua mulher D. Maria de Fa ria, sendo os referidos seus paes e avós pessoas
nobres das familias de Peixotos, Silvei ras, Pereiras, e Farias. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Peixotos, no segundo as dos
Silveiras, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Farias. — Br. p. a 8
de ju lho de 1818. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 2 v. (C. C.)
1998. MANUEL PEREIRA DA SILVA,
cavaleiro fidalgo da casa real, filho de Antonio Pereira da Silva, cavalleiro
fidalgo da casa real, contador dos Contos do reino e casa, e de sua mulher e
prima D. Marianna Thereza da Silva Cesar; neto paterno de João Pe reira da
Silva, cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua prima e mulher D. Helena Maria
Cesar; bisneto de Antonio Pereira da Silva, cavaleiro fidalgo da casa real, e
escrivão pro prietario da Almotaçaria nesta cidade de Lisboa, e de sua mulher
D. Lucrecia da Costa Côrte-real; neto materno de Manuel Pereira da Silva,
cavalleiro fidalgo da casa real, es crivão proprietario n'esta cidade, irmão de
João Pereira da Silva, seu avô paterno acima referido, e de sua mulher D.
Thereza da Silva Cesar. As armas dos Pereiras, e Silvas. — Br. p. a 17 de
outubro de 1755. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 92 v. (C. C.)
1999. MANUEL PIMENTEL, cavalleiro
da Espora, natural da cidade de Lisboa; filho de Henrique José Pimentel, e de
sua mulher D. Genoveva Maria; neto de José Moniz Bar reto Pimentel, e de D.
Helena Rosa Maria; bisneto de Rodrigo Moniz da Silva Pimentel, eapitão de mar e
guerra, e cavaleiro da ordem de Christo. Um escudo com as armas dos Pimenteis.
— Br. p. a 10 de maio de 1814. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 291 v. (C.
C.)
2000. MANUEL PINTo, natural do
Porto, filho de Ayres Pinto, fidalgo, morador em Miragaia do Porto, e neto de
Fernão Pinto, morador na terra de Basto, fidalgo muito honrado e do tronco
d'esta geração, e sobrinho de Gonçalo Vaz Pinto, do conselho de el-rei D. Affonso,
e alcaide-mór de Chaves, que foi o morgado e chefe d’esta geração. Carta pela
qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: —
Escudo de campo de prata com cinco crescentes vermelhos em aspa, e por dife
rença um quatro-folio de azul picado de oiro; elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre um leão pardo de prata com a
lingua e unhas vermelhas, e um dos crescentes nas espadoas; com todas as honras
e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Pintos. — Dada
em Lisboa a 12 de dezembro de 1537. Reg. na Chanc. de el-rei D. João III, liv.
XXIII, fl. 90.
2001. MANUEL PINTo DE ARAUJo
CARDoso D E MENDoNÇA, filho de Vicente Jose de Araujo Meirelles e Almada, e de
sua mulher D. Joaquina Cardoso Pinto de Mendonça; neto paterno do doutor
Antonio José de Araujo, advogado da Relação da cidade do Porto, e de sua mulher
D. Antonia Maria; e materno de Antonio Duarte Cardoso, capitão tenente da
armada real, e de sua mulher D. Maria Cardoso. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Araujos, no segundo as dos Cardosos, no terceiro
as dos Pintos, e no quarto as dos Mendonças.—Br. p. a 8 de abril de 1835, Reg.
no Cart. da N., liv. VIII, fl. 275. • (C. C.)
2002. MANUEL PINTo DA CUNHA E
SousA, cavaleiro professo na ordem de Christo, natural da freguezia de Nossa
Senhora da Candelaria da cidade do Rio de Janeiro; filho de Manuel Pinto da
Cunha, e de sua mulher Maria Thereza dos Santos e Sousa: neto pela parte
paterna de Manuel Pinto, e de sua mulher Seraphina Fernandes da Cunha, e pela
materna do capitão Antonio Pires dos Santos, e de Antonia de Sousa e Oliveira.
Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Pintos, no
segundo as dos Cunhas, e no terceiro as dos Sousas. — Br, p. a 30 de junho de
1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 16 v.
(C. C.)
2003. MANUEL PINTo DE GouvEA, capitão
de infanteria da companhia regular das ilhas de Cabo-verde, e n’ellas morador,
natural da praça de Almeida; filho de Antonio José de Gouvea, ajudante de
infanteria do terço auxiliar da cidade de Pinhel, e de sua mulher D. Margarida
Thereza Pinto; neto pela parte paterna de Manuel de Gouvea, tenente de
infanteria paga do regimento de Almeida, e de sua mulher D. Francisca de
Gouvea; neto pela parte materna de Manuel Pinto Ferreira, tenente que foi do
dito regimento, e de sua mulher D. Catharina Pinto. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Gouveas, no Segundo as dos Pintos, no
terceiro as dos Ferreiras. — Br. p. a 11 março de 1796. Reg. no Cart. da N.,
liv. V, fl. 120 v. (C. C.)
2004. MANUEL PINTo MoNTEIRO DE
ALMEIDA, major graduado do regimento de mi licias de Penafiel, filho de Manuel
Pinto de Azevedo, e de Maria Monteiro de Almeida; neto paterno de Manuel de
Azevedo e Mello, e de Catharina Maria; e materno de Domin gos Monteiro de
Almeida, e de Maria Josepha Madureira. as dos Pintos, no terceiro as dos
Monteiros, e no quarto as dos Almeidas.—Br. p. a 1 de abril de 1817. Reg. no
Cart. da N., liv. VII, fl. 375. (C. C.) 2005. MANUEL PINTO REBELLo BANDEIRA,
morador na villa de Anciães, comarca e bispado de Coimbra; filho de Gonçalo
Pinto Rebello Bandeira, e de sua mulher Isabel França; neto paterno de Antonio
Pinto, e de sua mulher Maria Rebello Bandeira, a qual justificou no anno de
1684 ser descendente de Gonçalo Pires Bandeira, o primeiro d'este appelido e
familia, por ser filha de outra Maria Rebello Bandeira, e esta neta do dito Gon
çalo Pires Bandeira, a quem o senhor rei D. João II fez fidalgo, e deu armas
novas; neto materno de Antonio Francisco, e de sua mulher Maria França. As
armas dos Pintos, Rebellos, e Bandeiras. — Br. p. a 29 de maio de 1758. Reg. no
Cart. da N., liv. particular, fl. 115. (C. C.)
2006. MANUEL PINTo VELLoso,
official da Vedoria e Contadoria geral da guerra da provincia de
Traz-os-montes, e natural da villa de Chaves; filho de Antonio Coelho de Mello,
commissario de mostras que foi na dita vedoria, e de sua mulher D. Maria
Velloso Pinto; neto paterno de Domingos Coelho de Mello, e de sua mulher D.
Isabel Gomes; neto materno de Francisco Alves Velloso, sargento-mór que foi de
infanteria na dita praça de Chaves, e de sua mulher D. Antonia Pinto. As armas
dos Coelhos, Vellosos, Pintos, e Mellos. — Br. p. a 16 de outubro de 1758. Reg.
no Cart. da N., liv. particular, fl. 118. (C. C.)
2007. MANUEL PolycARPo DE SousA DA GUERRA
QUAREsMA, do real Desembargo, superintendente do Subsidio militar da decima e
mais impostos do termo de Lisboa, ca valeiro professo na ordem de Christo e
fidalgo cavalleiro da casa real; filho do desem bargador Bernardo José de Sousa
da Guerra, cavalleiro da Ordem de Christo, do conselho do Sua Magestade e do da
real Fazenda, e fidalgo cavalleiro da casa real, e de D. Delfina Barbara
Quaresma da Fonseca e Costa; neto paterno de Manuel de Sousa, e de D. Rosa
Maria Coelho da Guerra; e materno de Manuel Quaresma, e de D. Joanna Maria de S.
Pe dro da Fonseca e Costa. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto
quarteis as armas dos Sousas, no segundo as dos Guerras, e no terceiro as dos
Quaresmas. — Br. p. a 20 de dezembro de 1815, Reg. no Cart. da N., liv. VII,
fl. 334. (C. C.)
2008. MANUEL Do REGo DE MoRAEs,
filho de Antonio de Moraes Rego, sargento-mór da comarca de Santarem, e
oficial-maior da Secretaria da Guerra, e de sua mulher D. An tonia Maria
Michaela de Mello; neto paterno de Manuel do Rego de Moraes, oficial-maior da
dita Secretaria, e de sua mulher D. Bernardina do Espirito Santo; e materno do
dou tor João Coelho Pereira, advogado da Casa da Supplicação, e de sua mulher
D. Maria Magdalena. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Moraes,
e na segunda as dos Regos. — Br. p. a 30 de dezembro de 1803. Reg. no Cart. da
N., liv. VII, fl. 57 v. (C. C.)
2010.
MANUEL RIBEIRO GUIMARÃES, negociante
da praça de Londres, filho de An tonio Ribeiro Guimarães, e de D. Rosa Maria de
Jesus; neto paterno de João Ribeiro Gui marães, e de sua mulher D. María
Coelho. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Ribeiros, e na
segunda as dos Guimarães. — Br. p. a 8 de julho de 1812. Reg. no Cart. da N.,
liv. VII, fl. 253. (C. C.)
2011. MANUEL DA RochA BRANDÃO,
sargento-mór da cavallaria auxiliar da comarca do Sabará, filho do capitão
Francisco da Rocha Brandão, e de D. Maria da Silva de Fi gueiredo; neto pela
parte paterna do capitão-mór Francisco Sanches Brandão, e de D. Ma ria da Rocha
Vieira; e pela materna de Antonio José da Silva, e de D. Maria de Avila de Figueiredo,
filha de outra do mesmo nome, prima do coronel Garcia de Avila de Figuei redo,
senhor da illustre casa da Torre da cidade da Bahia; e o dito Antonio José da
Silva, filho de D. Francisco Antonio, e de D. Maria da Silva, filha do conde de
Aveiras, Luiz da da Silva Telles de Menezes. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Brandões, no segundo as dos Silvas, e
no terceiro as dos Avilas. — Br. p. a 13 de janeiro de 1775. Reg. no Cart. da
N., liv. II, fl. 49 v. (C. C.)
2012. MANUEL RoD RIGUEs BARRETo,
capitão de uma das companhias do distincto regimento dos Uteis da cidade da
Bahia, e negociante da praça da mesma cidade; filho de Barnabé Rodrigues
Lobarinhos, e de sua mulher D. Maria Anna de Sousa Barreto; neto pela parte paterna
de Francisco Rodrigues Lobarinhos, e de sua mulher D. Benta Esteves Pereira; e
pela materna neto de Barnabé Velloso Barreto, e de sua mulher D. Anna Ma ria de
Sousa. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no
segundo as dos Rodrigues, no terceiro as dos Barretos, e no quarto as dos
Pereiras, — Br. p. a 6 de outubro de 1795. Reg, no Cart. da N., liv. V, fl. 94
v. (C. C.)
2013. MANUEL Rob RIGUES DE
FREITAS (Sargento-mór), cavalleiro da ordem de Christo, familiar do Santo
Oficio, commissario da Mesa da Consciencia, natural da fregue zia de Santa
Eulalia de Frementaes, e morador em Freixomil, termo da villa de Guima rães;
filho de Antonio de Freitas, e de sua mulher Margarida Dias; neto paterno de
Fran cisco Fernandes, e de sua mulher Magdalena de Freitas; neto materno de
João Dias, e de sua mulher Anna Rodrigues. As armas dos Freitas. — Br. p. a 5
de outubro de 1757. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 111. (C. C.)
2014. MANUEL Rod R1GUEs JoRDÃo
(Capitão), natural da cidade de S. Paulo, filho do alferes Manuel Rodrigues
Jordão, e de sua mulher D. Anna Euphrasia da Cunha; neto materno de Manuel José
da Cunha, e de sua mulher D. Maria Lima de Camargo; bisneto paterno de Manuel
Simões Jordão, e de sua mulher D. Antonia Rodrigues. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Rodrigues, no segundo as dos Mendonças, no
terceiro as dos Cunhas, e no quarto as dos Limas. — Br. p. a 14 de maio de
1807. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 173. (C. C.)
2016. MANUEL RODRIGUEs DA SILVA,
sargento-mór do regimento da ordenança da cidade de S. Paulo da Assumpção de Loanda,
governador das praças de Massangano e Angoche; filho legitimo do capitão
Francisco Rodrigues da Silva, e de sua mulher D. Ma ria de Andrade; neto pela
parte paterna de Francisco da Silva; os quaes todos seus ascendentes foram
nobres, e se tractaram á lei da nobreza. Um escudo com as armas dos Silvas. —
Br. p. a 8 de abril de 1767. Reg. no Cart. da N., liv. 1, fl. 48. (C. C.)
2017. MANUEL RODRIGUEs VILLARINHO
E CASTRO, morador na freguezia de S. Sal vador de Tangil, termo da villa de
Valladares; filho de João Rodrigues Villarinho, e de sua mulher Antonia de
Castro e Araujo; neto paterno de outro João Rodrigues Villari nho, e de sua mulher
Isabel Rodrigues; neto materno de Antonio de Castro Araujo, e de sua mulher
Francisca Gomes Bacellar; o qual Antonio de Castro Araujo foi irmão de
Francisco Lobato de Araujo; filhos ambos de João Gomes de Araujo Bacellar, e de
sua mulher Paula de Caldas Lobato, netos de João Gomes Besteiro, e de sua
mulher Marga rida Nunes de Azevedo, e de Gaspar Gomes Bacellar, e de sua mulher
Melicia Borges de SOuSa. As armas dos Villarinhos, Araujos, Bacellares, e
Lobatos.—Br. p. a 11 de maio de 1754. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl.
72 v. (C. C.)
2018. MANUEL SACoto, morador em
Tavilla, filho de João Sacoto; e neto de Paio Lourenço Sacoto, que foi fidalgo
honrado e do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecesso res : — Escudo de campo de oiro com
cinco estrellas vermelhas de oito pernas, em cruz, e por diferença uma flor de
liz verde; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho,
e por timbre meia onça da sua cor, com uma estrella vermelha na es padoa; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem
dos Sacotos.—Dada em Lisboa a 10 de outubro de 1537. Reg, na Chanc. de D. João
III, liv. XXIII, fl. 74.
2019. MANUEL DE SALDANHA E SousA,
capitão-mór da villa da Gollegã, e superin tendente das caudelarias da serra de
Villa-nova, de Torres-novas, natural da villa da Gol legã; filho de João de
Saldanha, e de sua mulher D. Francisca de Sousa; neto pela parte paterna de
Manuel Gonçalves, e de sua mulher D. Gregoria de Saldanha. Um escudo, e n'elle
as armas dos Saldanhas. — Br, p. a 2 de dezembro de 1795. Reg. no Cart. da N.,
liv. V, fl. 107. (C. C.)
2021. MANUEL SARDINHA, criado do
duque de Bragança. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o segninte
brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo verde com uma banda ondada de
prata e azul com cinco sar dinhas da sua cór, e por diferença meia brica de
prata com um — F — preto; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
prata e verde, e por timbre uma cabeça de balea com tres sardinhas na boca; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por des cender da geração e linhagem
dos Sardinhas. — Dada em Evora a 23 de janeiro de 1534. Reg. na Chanc. de D.
João III, liv. XX, fl. 36 v.
2023. MANUEL DE SEIXAS PINTO. •
Teve brazão de suas armas em 4 de dezembro de 1750. —V. seu irmão Antonio de
Seia as Pinto.
2024. MANUEL DA SILVA BoRGEs,
natural da cidade de Lisboa, filho de Antonio da Silva Borges, da ordem de
Christo, e de sua mulher D. Joanna Senhoriuha de Oliveira, irmã inteira do
doutor José Ferraz de Araujo, conego da Sé de Coimbra, a quem se pas sou brazão
de suas armas no anno de 1720; neto paterno do capitão Francisco Ferraz de
Araujo, e de sua mulher D. Apollonia; bisneto de Francisco Ferraz da Motta, e
de sua mulher D. Maria de Araujo de Sousa e Castro; terceiro neto de Antonio de
Castro de ju risdicção de justiças nas freguezias de Arenthia e Pedras-rubias,
no reino de Galliza. As armas dos Sousas, Ferrazes, Castros (de treze
arruellas), e Araujos. — Br. p. a 12 de julho de 1758. Reg. no Cart. da N.,
liv. particular, fl. 117. C.) (C. C.
2025. MANUEL DA SILVA Co1MBRA DE
CARVALHo (Desembargador), moço fidalgo, e cavalleiro da ordem de Christo; filho
do desembargador da Supplicação Francisco da Silva Coimbra, fidalgo da casa
real, cavalleiro professo na ordem de Christo e familiar do Santo Oficio, e de sua
mulher D. Maria Helena de Carvalho Borges; neto do doutor Ma nuel da Silva
Coimbra, professo na ordem de Christo e fidalgo da casa real, que serviu na
cidade do Porto os oficios de almotacé, e de procurador da corôa por provisão
de el-rei D. Afonso VI, e de sua mulher D. Maria de Sousa; bisneto de André da
Silva, e de sua mulher D. Maria Rodrigues Coimbra; neto materno de D. Filippa
de Carvalho Borges, e de seu marido Manuel Pereira Monteiro; bisneto de D.
Apollonia de Carvalho Borges de Cerqueira, e de seu marido Domingos de Medeiros
Pinto, filho de Antonio de Medeiros Pinto, neto de Nuno Vaz Rebello Pinto, e
este filho do licenceado Francisco Vaz, da casa de Santa Cruz do Douro, e de
sua mulher D. VIolante Pinto, filha de Beatriz Rebello, e neta de Lopo Rebello
Cardoso, commendador da ordem de Christo, e fidalgo principal na cidade do
Porto; continuando pelo lado materno vem a ser o supplicante quarto neto de
Francisco Borges de Cerqueira, irmão de Gonçalo Borges de Cerqueira, a quem se
passou brazão de armas das familias Borges, Sousas, Lousadas e Cerqueiras;
quinto neto de Bel chior Borges de Sousa, que foi fidalgo da casa real e
cavalleiro de S. Tiago, a quem tam bem se passou brazão de suas armas, e de sua
mulher D. Felicita de Cerqueira Martins, filha legitimada de Francisco Martins
de Cerqueira, abbade de Freixeda e conego da Sé de Lamego, a quem em 1530 se
lhe passou brazão de suas armas; sexto neto emfim de Gaspar Borges de Sousa,
senhor de Carvalhal e fidalgo da casa real, e de sua primeira mulher e segunda
prima D. Thereza Gomes Rebello, filha de João de Lousada de Ledesma, fidalgo
hespanhol. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Borges, no
segundo as dos Carvalhos, no terceiro as dos Cardosos, no quarto as dos Pintos,
e no centro um pe queno escudo com as armas dos Silvas. — Br. p. a 30 de maio
de 1749. Reg. no Cart. da N., liv. XII, fl. 125 v. (C. C.)
2026. MANUEL DA SILVA GARCEz
(Presbytero), natural da cidade de Leiria, freire professo na ordem militar de
S. Bento de Aviz, e prior da egreja matriz da villa de Sou sel; filho de
Joaquim Antonio da Fonseca Leal e Silva, e de sua mulher D. Maria Theo dora
Garcez; neto paterno de Manuel Lopes da Fonseca Leal e Silva, e de D. Damasia
Maria; e materno de Manuel da Silva Garcez, e de D. Theodosia Martins da Rosa.
Um escudo ovado e partido em pala; na primeira as armas dos Silvas, e na
segunda as dos Garcezes. — Br. p. a 20 de novembro de 1832. Reg. no Cart. da
N., liv. VIII, fl. 265. (C. C.)
2028. MANUEL DA SILVA SANTos,
proprietario, filho de Manuel da Silva Santos, ne gociante, e de sua mulher D.
Anna Maria da Silva; neto paterno de Pedro da Silva, ne gociante, e de sua
mulher D. Anna Maria da Silva; e materno de João Gonçalves Maia, proprietario,
e de sua mulher D. Francisca Luiza da Silva. Um escudo com as armas dos Silvas.
— Br. p. a 4 de abril de 1863. Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 53 V. • (C.
C.)
2029. MANUEL DA SILVA SousA
BARBosA, senhor do morgado e quinta de Soengas, filho de Manuel de Sousa Neves,
e de sua mulher D. Angela da Silva Barbosa; neto pela parte paterna de Antonio
de Sousa, e de sua mulher Senhorinha Francisca; e pela ma terna neto do
sargento-mór Manuel Barbosa, e de sua mulher D. Catharina da Silva; bis neto de
João Soares, e de sua mulher D. Senhorinha Barbosa, senhores que foram da so
bredita quinta e morgado de Soengas: a qual D. Senhorinha Barbosa era filha do
capitão Torquato Barbosa, neta do doutor Francisco Barbosa, capitão de
infanteria no dito con celho, e de sua mulher Cecilia Gonçalves, senhores que
foram do referido morgado. Um escudo com as armas dos Barbosas. — Br. p. a 27
de abril de 1777. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 134. (C. C.)
2030. MANUEL DA SILVEIRA CARDoso
D E MADUREIRA, cavalleiro professo na or dem de Christo, capitão-mór da cidade
de S. Paulo; filho legitimo de Antonio de Oliveira Cardoso, e de sua mulher
Isabel Cardoso; neto pela parte paterna de Manuel Antonio, e de sua mulher
Maria Antonia; e pela materna neto de José Cardoso de Madureira, e de sua
mulher Beatriz Dias; os quaes todos seus ascendentes foram pessoas nobres e se
tractaram á lei da nobreza. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Oliveiras, no segundo as dos Cardosos, no terceiro as dos Madureiras,
e no quarto as dos Dias. — Br. p. a 21 de março de 1767. Reg, no Cart. da N.,
liv. I, fl. 47. (C. C.)
2031, MANUEL SOARES DE ALBERGARIA
E OLIVEIRA (Sargento-mór), filho de Anto nio Nunes de Oliveira, e de sua mulher
Marianna Soares de Pinho; neto pela parte pa terna de Alexandre Francisco, e de
sua mulher Isabel de Oliveira; e pela materna de Ma nuel Soares, e de sua
mulher Isabel Tavares; segundo neto pela parte materna de Pedro Soares de
Pinho, e de sua mulher Maria Jorge, e de Manuel Tavares, e de sua mulher Maria
Henriques; e pela paterna de Antonio Nunes, e de sua mulher Maria de Oliveira;
terceiro neto pela parte paterna do doutor João Barbosa de Oliveira, e de sua
mulher Ma ria Vieira; e pela parte materna de Mattheus Luiz, e de sua mulher
Francisca Soares de Pinho; quarto neto pela parte paterna de Jorge de Oliveira,
moço da camara por alvará de 20 de agosto de 1609, e de sua mulher Monica
Barbara; e pela parte materna de Chris tovão Tavares e de sua mulher Isabel
Soares de Albergaria; quinto neto pela parte paterna de Jorge Gonçalves de
Oliveira, e pela parte materna de Antonio Soares de Albergaria; sexto neto de
Christovão Tavares, e de sua mulher Leonor de Pinho; setimo neto de Pe dro
Soares, e de sua mulher Filippa de Pinho; oitavo neto de Catharina Vaz de Sampaio,
e de André Homem, este filho de Pedro Homem da Costa de Vouzellas, fidalgo da
casa real; nono neto de Tristão Vaz, e de sua mulher Filippa de Pinho; decimo
neto de Pedro Vaz de Sampaio, e de sua mulher Brites de Pinho, irmã de João de
Pinho, fidalgo da casa real no tempo do senhor rei D. João III, Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Soares de Albergaria, e na se gunda
as dos Oliveiras.—Br. p. a 5 de maio de 1794. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl.
20. Tei Exeira de Miranda, e de sua mulher D. Isabel Joanna Teixeira de
Mendonça; neto pela parte paterna de Jeronymo Teixeira, e de sua mulher D.
Maria Pereira; e pela materna de João Teixeira de Mendonça, e de sua mulher D.
Anna de Cerqueira. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Teixeiras, no segundo as dos Mirandas, no terceiro as dos Mendonças, e no
quarto as dos Cerqueiras. — Br. p. a 15 de maio de 1791. Reg. no Cart. da N.,
liv. IV, fl. 212. (C. C.)
2037. MANUEL TELLEs DA SILVA (Duque), cavaleiro do Tosão de Oiro,
conselheiro de estado de Sua Magestade imperial, natural d’esta cidade de
Lisboa, assistente na corte de Vienna de Austria; filho legitimo de João Gomes
da Silva, quarto conde de Tarouca, e de D. Joanna Rosa de Menezes, herdeira da
casa de Tarouca; neto pela parte paterna de Manuel Telles da Silva, primeiro
marquez de Alegrete, regedor da Casa da Sup plicação, gentilhomem da camara dos
senhores reis D. Pedro II e D. João V, minis tro do seu despacho, conselheiro
de estado, vedor de sua real Fazenda, embaixador extraordinario á corte do
eleitor palatino Filippe Guilherme, para conduzir a rainha D. Maria Sophia de
Neuburg, e de sua mulher a marqueza D. Luiza Coutinho, filha de D. Nuno
Mascarenhas, senhor da casa de Palma, e da condessa de Sabugal D. Brites de
Menezes Castello-branco, filha de D. Francisco de Castello-branco, segundo
conde do Sa bugal e meirinho-mór do reino; segundo neto de Fernando Telles da
Silva, primeiro conde de Villar-maior, governador da Relação do Porto, regedor
das Justiças, governador das armas da provincia da Beira, do Conselho de
estado, e que era de el-rei D. João IV, mordomo-mór da rainha D. Luiza, e da
condessa D. Marianna de Mendonça, filha de Si mão da Cunha, trinchante de
el-rei, e de D. Luiza de Almeida; terceiro neto de Luiz da Silva, commendador
da ordem de Aviz, do Conselho de estado e vedor da Fazenda real, e de D.
Marianna de Lencastre, tia do principe D. Izidoro, filho de D. Francisco de
Faro, senhor do Vimioso, e de D. Guiomar de Castro; neto pela parte materna de
D. Estevão de Menezes, senhor da casa de Tarouca, deputado da Junta dos tres
estados, e de D. He lena de Noronha Bourbon, filha do conde dos Arcos, D. Ramon
de Noronha, que foi do Conselho de estado e guerra de el-rei D. Afonso VI,
presidente do Conselho ultramarino, gentilhomem da camara do principe D.
Izidoro, e de D. Magdalena de Bourbon, dama do Paço, filha de D. Luiz de Lima e
Brito, primeiro conde dos Arcos, e de D. Victoria de Carvalhal, dama da rainha
D. Isabel de Bourbon, filha de Francisco de Carvalhal, barão de Lachapelle, e
da baroneza Magdalena de Bourbon; segundo neto de D. Duarte de Me nezes,
terceiro conde de Tarouca, e da condessa D. Luiza de Castro, filha de D.
Estevão de Faro, primeiro conde de Faro em Alemtejo; terceiro neto de D. Luiz
de Menezes, se gundo conde de Tarouca, decimo nono capitão e governador de
Tanger, commendador de Albufeira, e da condessa D. Lourença Henriques, sua
segunda mulher, filha de Vasco Martins Moniz, senhor de Angeja, e de D.
Violante de Menezes; quarto neto de D. Duarte de Menezes, senhor da casa de
Tarouca de cima, oitavo capitão e governador de Tanger, commendador de
Cezimbra, mestre de campo general, vice-rei da India, e de D. Leonor da Silva,
filha de Diogo da Silva, senhor de Vagos, regedor das Justiças, embaixador ao
Concilio Tridentino, e de sua mulher D. Antonia de Vilhena; quinto neto de D.
João de Menezes, senhor da casa de Tarouca, decimo setimo capitão e governador
de Tanger, commendador de Albufeira na ordem de Aviz, e de D. Luiza de Castro,
filha de D. Pedro de Castro, conde de Monsanto; sexto neto de D. Duarte de
Menezes, senhor da casa de Tarouca, quinto governador da India, e decimo sexto
da praça de Tanger, que el-rei D. Manuel lhe deu de propriedade para seus
successores, é de D. Filippa de Noronha; Setimo neto de D. João de Menezes, conde de Tarouca, mordomo-mór de el-rei
D. João II, aio do principe D. Afonso, e de D. Joanna de Vilhena, filha de
Fernando Telles de Me nezes, senhor de Unhão; oitavo neto de D. Duarte de
Menezes, primeiro conde de Vianna, alferes-mór de el-rei D. Duarte e de el-rei
D. Afonso v, e de sua mulher D. Isabel de Ourem, irmão da rainha D. Leonor Telles de Menezes, mulher de el-rei D.
Fernando, de quem foi mordomo-mór e alferes-mór, e de D. Guiomar Lopes de
Villa-lobos. –
Brazão com as armas das familias
de Faros, Castellos-brancos, Silvas, Menezes, Mas: carenhas, Cunhas, Noronhas,
Lobos, Silveiras, Coutinhos, Almeidas, Limas, Costas, Me nezes, Cordilhac. —
Br. p. a 19 de julho de 1765. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 12. (C. C.)
2038. MANUEL DA TRINDADE PEREIRA
DE SAAVEDRA E CARVALHO, sargento-mór de Lamego, filho de Manuel da Trindade
Pereira e Carvalho, e de sua mulher D. Anna Josepha de Saavedra de Oliveira;
neto pela parte paterna de Antonio da Trindade e Car valho, e de sua mulher D.
Maria Rodrigues; e pela materna de Manuel de Saavedra, e de sua mulher D.
Antonia de Oliveira; todos da freguezia de Pena-joia, termo e comarca de
Lamego. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no
segundo as dos Pereiras, no terceiro as dos Saavedras, e no quarto as dos
Oliveiras. — Br. p. a 6 de novembro de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl.
133. (C. C.)
2039. D. MANUEL DE UzEDA E LUNA,
morador no seu engenho da Matta, termo da villa de Santo Antonio, arcebispado
da Bahia; filho de João Uzeda e Luna, e de sua mu lher D. Margarida de Mattos
da Fonseca; neto pela parte paterna de D. Antonio de Uzeda e Luna Ayala, e de
sua mulher D. Maria Ramos Pereira; bisneto de D. João de Uzeda e Luna, e de sua
mulher D. Francisca da Fonseca, filha do capitão Lucas da Fonseca Sa raiva, e
de sua mulher Catharina de Goes Paes; terceiro neto de D. Rodrigo de Uzeda,
depositario geral e regedor da cidade de Cordova. Um escudo, e n'elle as armas
dos Lunas. — Br. p. a 12 de julho de 1795. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 68
v. - (C. C.)
2041. MANUEL VELHo, cavalleiro
fidalgo da casa real. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo vermelho com cinco vieiras de
oiro riscadas de preto, em aspa, e por diferença uma merleta de prata; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, e por tim bre uma aspa de vermelho com uma
vieira de oiro no meio; com todas as honras e pri vilegios de fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Velhos. — Dada em Lisboa a 10 de setembro
de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LII, fl. 183.
2042. MANUEL VELHo, cavaleiro
fidalgo da casa real. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo vermelho com cinco vieiras de
oiro, em aspa, riscadas de preto, e por diferença uma merleta de prata; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro paquife, de oiro e vermelho, e por timbre um
chapeo preto com uma das vieiras das armas na testa; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Velhos. — Dada
em Lisboa a 12 de fevereiro de 1532. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XVIII,
fl. 10 V.
2043, MANUEL VENTURA DE ARAUJO E
AzevEDo, capitão de infanteria que foi no estado da India, natural da villa de
Monção da provincia do Minho, existente n'esta côrte; filho do sargento-mór da
dita villa Gaspar de Araujo e Azevedo, o qual serviu os senho res reis d’este
reino mais de quarenta annos, e de sua mulher D. Joanna Maria Osorio de
Souto-maior e Menezes; neto paterno de Tristão de Araujo e Azevedo, e de sua
mulher D. Ignacia de Araujo Soares de Castro; bisneto de Gaspar de Araujo e
Azevedo Leone, e de sua mulher D. Isabel Pereira da Costa Barreto; neto materno
de Bernardo Velho Bar reto, e de sua mulher D. Anna Maria Osorio de Souto-maior
e Menezes; bisneto de D. Affonso Osorio de Castro Souto-maior, e de sua mulher
D. Anna Maria de Abreu e Brito. As armas dos Araujos, Souto-maiores, Castros, e
Azevedos. — Br. p. a 30 de maio de 1759. Reg. no Cart. da N., liv. particular,
fl. 121 v. (C. C.)
2044. MANUEL VERIssIMo MARGALHo
(Doutor), natural da villa de Monforte, comarca de Villa-viçosa, filho de Braz
Gonçalves Coelho, e de Beatriz Martins Margalho; neto pa termo de Antonio
Pires, e de Maria Coelho; neto materno de Domingos Martins Correa, e de Maria
Lopes Margalho. As armas dos Coelhos, Martins, Lopes, Correas, e Margalhos. —
Br. p. a 24 de março de 1752. Reg. no Cart. da N., liv, particular, fl. 30. -
(C. C.)
2045. MANUEL VICENTE TEIXEIRA DE
CARVALHo (Bacharel), juiz de fóra que foi da villa dos Arcos de Val de vez, e
natural da de Mondim de Basto; filho do bacharel Pedro Antonio Teixeira de
Carvalho, sargento-mór das ordenanças da villa de Mondim de Basto, e de sua
mulher D. Joaquina Maria de Carvalho; neto pela parte paterna do doutor Ma nuel
Teixeira de Carvalho, e de sua mulher Rosa Maria Pereira de Carvalho, irmã legi
tima de Manuel Pereira de Carvalho, que teve o posto de sargento-mór de
ordenanças, fi lhos ambos de Pantaleão de Carvalho, tambem com o mesmo posto;
bisneto de Gonçalo Teixeira, e de sua mulher Isabel de Carvalho; e pela parte
materna se mostrava tambem ser neto de Antonio de Carvalho, e de sua mulher
Maria da Costa; e bisneto de Francisco Gaspar, e de sua mulher Paula de Carvalho.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Teixeiras, e na segunda as
dos Carvalhos. — Br. p. a 9 de novembro de 1786. Reg. no Cart, da N., liv. III,
fl. 249 v. • (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Machados, no segundo as
dos Mirandas, no terceiro as dos Vieiras, e no quarto as dos Cunhas. — Br. p. a
7 de junho de 1786. — Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 227. (C. C.)
2047. MANUEL VIEIRA DA SILVA, natural da villa
de Ourem, do real Conselho, com mendador das ordens de Christo, e da
Torre-Espada, fidalgo cavalleiro da casa real, pri meiro medico da imperial e
real camara, physico-mór do reino, e primeiro barão de Al e Abreu; neto paterno
de Pedro Vieira da Silva, e de sua mulher e prima D. Antonia Vieira da Silva;
neto materno de Manuel de Abreu Roballo, e de sua mulher D. Isabel Borges. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Vieiras, no segundo as
dos Silvas, no terceiro as dos Abreus, e no quarto as dos Borges. — Br. p. a 8
de março de 1826. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 184 V. • (C. C.)
2048. MANUEL DE VILLA-BoA,
cavaleiro da casa real, morador em Beja. Carta pela qual el-rei D. João III o
fez cavalleiro de cota de armas e lhe deu e a seus descendentes o seguinte
brazão de armas: — Escudo de campo verde com um tiro da sua cor picado de
prata, tendo os pés tambem de prata; elmo de prata, paquife de prata e verde, e
por timbre metade do mesmo tiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo
pelos muitos serviços por elle prestados. — Dada em Lisboa a 7 de maio de 1550.
(M. N.) Reg. no liv. IV de Privilegios, fl. 268 v.
2049. MANUEL Voo AD o, morador na
ilha da Madeira, filho de Pedro Vogado, caval leiro da casa real, e neto de
João Vogado, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d’esta geração. Carta
pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo vermelho com um leão de prata entre quatro
Vieiras de prata, e por diferença uma flor de liz de oiro, e por timbre um meio
leão de prata com uma vieira vermelha na espadoa; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da no bre linhagem dos Vogados. — Dada em
Lisboa a 21 de fevereiro de 1538. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLIV, fl.
23.
2051. MARCELLINO ANToNIO BAstos,
professo na ordem de Sant'Iago, coronel de ca vallaria auxiliar da ilha de
Sant'Iago, capitania das ilhas de Cabo-verde, e natural d’esta cidade; filho de
Manuel Gonçalves Bastos, e de sua mulher Violante Maria Rosa; neto pela parte
paterna de Antonio Gonçalves, e de sua mulher Domingas Gonçalves; neto pela
parte materna de José Carvalho de Lemos, e de sua mulher Theodora Maria
Caetana; os quaes seus paes e avós foram pessoas nobres das familias dos
appellidos de Gonçalves e Bastos, que neste reino são fidalgos de linhagem, cota
de armas e de solar conhecido, e como taes Se tractaram com cavallos, criados e
toda a mais ostentação propria da no breza, servindo no politico e no militar. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Gonçalves, e na segunda as dos
Bastos. — Br. p. a 10 de novembro de 1795. Reg. no Cart. da N., liv. v, fl. 102
V. (C. C.)
2052. MARCELLINo José CoeLHO,
natural de Lisboa, cavalleiro da ordem de Christo, oficial da ordem da Rosa no
imperio do Brazil, proprietario e capitalista; filho de Joa quim José Coelho,
negociante matriculado da praça de Lisboa, e de sua mulher D. Vicen cia Maria
do Carmo Coelho; neto paterno de José Antonio Coelho, e de sua mulher D. Anna
Joaquina Coelho; e materno de José Antonio Bellas, e de sua mulher D. Vicen cia
Gertrudes Bellas. Um escudo com as armas dos Coelhos. — Br. p. a 26 de novembro
de 1859. Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 29. (C. C.)
2055. MARcos AURELIo Ron RIGUEs, cavaleiro
professo na ordem de Christo, admi "nistrador e thesoureiro da Casa
litteraria do Arco do Cego, em todas as tres repartições, typographica,
chalcographica e typoplastica, natural da cidade de Lisboa; filho de Miguel
José Rodrigues, negociante da praça de Lisboa, e de sua mulher D. Luiza Barbosa
de Santo Antonio; neto por parte paterna de Miguel Rodrigues, e de sua mulher
D. Maria dos Reis Tavares; neto por parte materna de José Rodrigues Bolonha. Um
escudo e n'elle as armas dos Rodrigues. — Br. p. a 3 de novembro de 1801. Reg.
no Cart. da N., liv. VI, fl. 180. • (C. C.)
2056. D. MARIA BRITEs ZUZARTE
MALDONADo, irmã legitima de Catharina Maldo nado Zuzarte da Silva, naturaes e
moradoras no termo da villa de Monforte, comarca de Villa-viçosa; filha de
Antonio Rodrigues Zuzarte, e de sua mulher Maria Romacha Mal donado; o qual
Antonio Rodrigues Zuzarte era irmão de Maria Zuzarte da Silva, mulher de Pedro
Barradas, capitão-mór de Monforte, pae do doutor Diogo Barradas Zuzarte, que
tirou brazão em 1753; neta a supplicante pela parte paterna de Miguel Barradas
Zuzarte, e de sua mulher Maria Zuzarte; bisneta de Francisco Barradas Montoso,
e de sua mu lher Brites da Costa Zuzarte, que de seu segundo marido Manuel
Rodrigues Allemão teve ao doutor Antonio Rodrigues Zuzarte, juiz de fora que
foi de Arronches, que tirou bra zão em 1700; a qual Brites da Costa Zuzarte,
era filha de Maria Martins Zuzarte, e de seu primeiro marido Antonio Garcia;
neta de Salvador Zuzarte de Mello, fidalgo da casa real; bisneta de Isabel
Zuzarte, e de seu segundo marido Estevão Luiz da Vide; terceira neta de Nicolau
Zuzarte; quarta neta de Gaspar Zuzarte, fidalgo da casa real, alcaide-mór de
Aviz e Monforte, commendador de Azeitão, e capitão de uma armada que foi á ilha
Graciosa, quando o senhor rei D. João II mandou fazer n’ella uma fortaleza;
quinta neta de João Zuzarte, fidalgo da casa real e alcaide-mór de Monforte, e
de sua mulher Isabel Fernandes, filha ou neta de Gil Fernandes, o bom, capitão
de Elvas; o qual João Zuzarte parece ser filho de Gaspar Lizuarte, irmão de
Rodrigo Lizuarte, progenitor dos Zuzartes de Coimbra, e neto do conde Lizuarte,
fidalgo inglez que veiu a Portugal com a rainha D. Filippa, e n'este reino fez
assento onde foi o progenitor d’esta familia; terceira neta a supplicante pela
sua varonia de Isabel Barradas, e de seu marido Manuel Fernandes Mon toso;
quarta neta de Brites Barradas, e de seu marido Diogo Dias Balthasar; quinta
neta de Catharina Barradas, e de seu marido Sebastião Rodrigues; sexta neta de
André Bar radas, e de sua mulher Isabel Fernandes; neta materna de Miguel
Rodrigues, e de sua mulher Maria Tavares da Vide, filha de Manuel Tavares Lide,
e de sua mulher Maria #" Maldonado; bisneta de Sebastião Rodrigues Garro,
e de sua mulher Isabel Fer Il3D1C1CS. As armas dos Barradas, Zuzartes, Garros,
e Maldonados. — Br. p. a 23 de junho de 1757. Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 107 v. (C. C.)
2057. D. MARIA CARDoso D E
MENEZEs BARRETo, natural da villa de Guimarães, filha de Pedro Cardoso de
Menezes, senhor que foi do morgado do Paço, freguezia da Nespereira, termo da
dita villa; neta de Antonio Cardoso de Menezes Barreto, senhor que foi do dito
morgado, herdado de seus ascendentes, que eram das principaes familias da dita
villa, e trazia a sua origem da cidade de Lamego, e honras de Cardoso. As armas
dos Cardosos, Menezes, e Barretos.—Br. p. a 23 de fevereiro de 1754. Reg. no
Cart. da N., liv. particular, fl. 68. (C. C.)
2058. D. MARIA CLARA Ros.A
CoFLITO DE BARRos BARB os A, da freguezia de Santa Maria das duas Egrejas,
concelho de Aguiar de Sousa, termo da cidade do Porto; filha de Francisco
Xavier Coelho de Barros e Barbosa, e de sua mulher e prima Maria de Bar ros
Coelho e Barbosa; neta pela parte paterna de João de Barros Coelho e Barbosa, e
de sua mulher Maria Coelho; e pela materna neta de Vicente de Sousa, e de sua
mulher Theresa de Barros Barbosa. Uma lisonja partida em pala; a primeira de
prata lisa, a segunda cortada em faxa, na primeira as armas dos Coelhos, na
segunda as dos Barbosas.— Br. p. a 22 de setem bro de 1774. Reg. no Cart. da
N., liv. II, fl. 35 v. (C. C.)
2059. D. MARIA EUPHRASIA JoAQUINA
DE No RoNHA E MENEZES, casada com Thomé Luiz de Araujo Castello-branco; filha
de João Cabral de Azevedo Pinto, e de sua mulher D. Jeronyma de Noronha e
Menezes; neta pela parte paterna de Antonio Pinto de Afon seca, e de sua mulher
Agueda Barbosa; e pela materna de Bernardo Correa de Noronha e Menezes,
cavalleiro professo com tença na ordem de Christo, e de sua mulher D. Ma rianna
Magdalena. Uma lisonja partida em pala; na primeira as armas dos
Castellos-brancos, na se gunda as dos Menezes.—Br. p. a 10 de junho de 1774.
Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 15. (C. C.)
Uma
lisonja partida em pala; na primeira em branco as armas do marido com quem
casar, a segunda cortada em faxa, na primeira as armas dos Ferreiras, na
segunda as dos Figueiras. — Br. p. a 27 de janeiro de 1779. Reg. no Cart. da
N., liv. II, fl. 174 V. (C. C.)
2061. D. MARIA JosÉ DA CostA
ZAGALO DA FONs ECA, natural da praça de Extre moz da provincia do Alemtejo, filha
do doutor Constantino da Silva Zagalo, cavaleiro professo na ordem de Christo,
familiar do Santo Oficio, e de D. Euphrasia do Fayal Costa e Fonseca; neto pela
parte paterna de Rodrigo Zagalo, e de Filippa Zagalo da Silva; bisneta de
Antonio Zagalo, e de Beatriz França; e pela materna neta do doutor José da
Costa Fonseca, ouvidor que foi de Villa-rica, e de D. Marianna Josepha de Moura
Tava res; bisneta de Ignacio da Costa, e de D. Brites Maria. Um escudo em
lisonja partida em pala; a primeira de prata para as armas do ma rido com quem
casar, a segunda cortada em faxa, na primeira as armas dos Zagalos, na segunda
as dos Costas. — Br. p. a 2 de junho de 1775. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl.
64. (C. C.)
2062. D. MARIA José Dos SANTOS
LEAL, casada com o doutor Manuel Dias Delgado, filho de Manuel Migueis Delgado,
e de D. Maria José dos Santos Leal; neto paterno de Manuel Migueis da Costa, e
de D. Maria Fernão Delgado, e materno de Manuel dos San tos Leal, e de D. Maria
José da Fonseca. Uma lisonja partida em pala; na primeira as armas dos
Delgados, e na segunda as dos Leaes. — Br. p. a 25 de setembro de 1807. Reg, no
Cart. da N., liv, viI, fl. 207 V. (C. C.)
2063. D. MARIA JosEPHA TAVEIRA DE
MAGALHÃEs, casada com Francisco José Ta veira da Fonseca, filha legitima de
Antonio Guedes de Magalhães, e de sua mulher Joanna Teixeira Moraes; neta pela
parte materna de Domingos Teixeira Moraes, e de Luiza Tei na guerra da feliz
acclamação, que depois de viuvo se fez clerigo, e de Jacinta Teixeira de Saa;
terceira neta de Balthasar Fernandes Pimentel, e de Esperança Taveira; quarta
neta de Vasco Pimentel, e de Maria de Andrade; e pela dita sua bisavó Jacinta
Teixeira de Saa, que era terceira neta de João Taveira, e de Paulo da Nobrega,
quarta neta de Anto nio Francisco Taveira, e de Senhorinha da Nobrega, filha de
Gaspar da Nobrega, que era filho de Pedro Nobrega, e este filho de Garcia
Fernandes, cavalleiro fidalgo da casa do marquez de Villa-real, e de Briolanja
Cam, que foi filha de Gonçalo de Cam, alferes da bandeira real do primeiro
vice-rei da India, e neta de Diogo de Cam, cavalleiro da casa do infante D.
Henrique, descobridor do reino do Congo, a quem el-rei D. Afonso V deu as armas
d’este appellido de Cam em 14 de abril de 1474. Uma lisonja partida em pala; a primeira
cortada em faxa, com as armas dos Tavei ras e Teixeiras, que lhe pertencem por
seu marido; na segunda as que lhe pertencem por seus avós, que é tambem cortada
em faxa, na primeira as dos Nobregas, e na segunda as dos de Cam. — Br. p. a 11
de janeiro de 1768. Reg. no Cart. da N., % # 64 V. (C. C.
2064. D. MARIA JosEPHA VICToRIA
DA SILVA E FoNs ECA, mulher do bacharel Bento Teixeira Alvares, filha de
Antonio Teixeira da Silva, e de sua mulher D. Luiza Ber nardes da Fonseca e
Silva; neta paterna de Dionysio Teixeira da Costa, e de sua mulher Angela Gomes
da Silva; neta materna de Francisco da Fonseca Coutinho, e de sua mu lher D.
Jeronyma Bernardes da Fonseca. As armas dos Teixeiras, Pinheiros, Silvas, e
Fonsecas. — Br. p. a 12 de março de 1753. Reg. no Cart. da N., liv. particular,
fl. 50. (C. C.)
2065. D. MARIA JUGE, natural da
cidade de Segovia, reino de Hespanha, e moradora na villa de Torres-novas,
casada com Bartholomeu Juge; filha de José Rossó, e de D. Ma ria Garcia; neta
pela parte paterna de João Rossó, e de D. Sebastiana Cabreira; sendo os ditos
seus paes e avós pessoas nobres, legitimos descendentes das familias dos seus
ap pellidos; e por sua avó materna lhe pertencem as armas de Cabreiras, que
n'este reino e no de Hespanha são fidalgos de linhagem, cota de armas e de
solar conhecido. Uma lisonja partida em pala; a primeira de prata lisa para
n’ella se pôrem as armas de seu marido, e na segunda as armas dos Cabreiras. —
Br. p. a 28 de abril de 1795. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 48. (C. C.)
2066. D. MARIA MAXIMIANA
PEREGRINA VELLoso D E SEQUEIRA, natural do Peso da Regoa, filha de Gregorio
Lopes Basto, e de Maria Engracia Velloso de Sequeira; neta paterna de Francisco
Lopes, e de sua mulher Anna Ferreira; e materna de André Rodri gues, e de D.
Felicidade Maria Velloso de Sequeira; bisneta de Sebastião Velloso de Se
queira, e de D. Maria Alvares Pereira; terceira neta de José Velloso de Sequeira,
e de D. Isabel Francisca; quarta neta de João da Fonseca, cavalleiro fidalgo da
casa real, e ca pitão de mar e guerra da real armada, e de D. Maria da Fonseca.
Uma lisonja partida em pala; a primeira de prata lisa, e a segunda
esquartelada; no primeiro quartel as armas dos Rodrigues, no segundo as dos
Vellosos, no terceiro as dos Sequeiras, e no quarto as dos Pereiras. — Br. p. a
30 de dezembro de 1814. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 303 v. (C. C.)
2067. D. MARIA RosA DE SOUSA VIEIRA, casada
com Carlos Antonio Ferreira Monte, sargento-mór de cavallaria aggregado á
primeira plana da côrte, cavalleiro professo na ordem de Christo, mestre da
real picaria, superintendente das Caudelarias do termo de Lis boa; filha de
Alexandre Fernandes de Sousa, alferes dos privilegiados da côrte, e de D.
Eugenia Maria; neta pela parte paterna de Domingos Afonso, e de D. Marianna
Fernam des, elle filho de João Affonso, e de D. Catharina Dias, e ella de
Francisco Fernandes, e de D. Angela Fernandes; neta a supplicante pela dita sua
mãe de Jeronymo da Cruz, e de D. Maria Rodrigues, filha de Manuel Rodrigues, e
de D. Helena Francisca; bisneta de D. Isabel Francisca, e de Antonio Fernandes,
filho de Amador Fernandes, e de D. Helena Francisca; terceira neta de D. Maria
Francisca, e de João Francisco; quarta neta de Je ronyma Vieira, e de Diogo
Lourenço Alvares; quinta neta de D. Anna Vieira, e de Lou renço Alvares; sexta
neta de João Rodrigues Vieira, e de D. Marianna Fernandes; todos pessoas nobres
e das principaes das terras dos seus domicílios. Uma lisonja partida em pala;
na primeira as armas dos Ferreiras, que lhe pertencem por seu marido, e na
segunda as dos Vieiras, da sua familia. — Br. p. a 14 de fevereiro de 1789.
Reg. no Cart. da N., liv. 1v, fl. 98 v.
(C. C.)
2068. D. MARIA TEIXEIRA GUEDEs, do logar de
Celeiros, freguezia de S. Romão, comarca de Villa-real, filha de Francisco
Teixeira Guedes, e de sua mulher Filippa MO reira; neta de Gonçalo Guedes;
bisneta de Gonçalo Guedes; terceira neta de Gonçalo Vaz o moço, a quem o senhor
rei D. João I fez mercê de todas as honras, privilegios e liber dades que usam
aquelles que são filhos de alguem, cuja mercê foi confirmada pelos se: nhores
reis D. Afonso e D. Manuel. Uma lisonja partida em pala; a primeira de prata
lisa, e a segunda cortada em faxa, na primeira as armas dos Teixeiras, e na
segunda as dos Guedes. — Br. p. 13 de dezem bro de 1796. Reg. no Cart. da N.,
liv. V, fl. 168. - (C. C.)
2069. D. MARIA THEREZA DE
CARVALho E BARRos, do logar de Gouvinhas, filha de Caetano Pereira de Carvalho
e Barros, e de D. Maria Josè Alves; neta por parte pa terna de Domingos Pereira
de Carvalho, capitão da ordenança do dito logar, e de D. Luiza de Barros; neta
pela parte materna de Antonio Lopes, e de D. Anna Alvares; bisneta de José
João, alferes de infanteria, e ajudante de auxiliares, e de D. Catharina de
Carvalho. Uma lisonja partida em pala; a primeira de prata lisa, e a segunda
cortada em faxa, na primeira as armas dos Carvalhos, e na segunda as dos
Barros, — Br. p. a 12 de de zembro de 1796. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl.
166 v. (C. C.)
2070. D. MARIA XAVIER DE CASTRO,
filha de Manuel Gomes Pinheiro, e de sua mu lher D. Andreza Luiza da Cunha;
neta paterna de Gregorio Gomes, e de sua mulher D. Ma ria Pinheiro; e materna
de Manuel Rodrigues, e de sua mulher D. Luiza Gomes da Cunha. Uma lisonja
partida em pala; a primeira de prata lisa para as armas do marido, º a segunda
esquartelada, no primeiro quartel as armas dos Gomes, no segundo as dos Ca$
tros, no terceiro as dos Pinheirºs, e no quarto as dos Cunhas. —Br. p. a 8 de
outubro de 1790. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 188 v. • (C. C.)
2071. D. MARIANNA EMILIA PEREIRA
Jon DÃO FERREIRA DA SILVA, natural da ci dade do Porto, viuva de João José
Ferreira da Silva, proprietario; filha de José Joaquim Pereira Jordão, a quem
se passou brazão de armas a 24 de janeiro de 1826; neta paternº de Antonio
Rodrigues Jordão, e de sua mulher D. Marianna Marques Pinto; bisneta pºr parte
de seu avô paterno de Manuel Rodrigues Jordão, e de sua mulher D. Engracia Cou
tinho; bisneta por parte de sua avó paterna de João Marques Pereira. se gunda
as da familia de seu pae. — Br. p. a 4 de dezembro de 1854. Reg. no Cart. da
N., liv. VIII, fl. 385 v. (C. C.)
2072. MARIANNO
JOAQUIM DE SOUSA FEYO (FEIO?), visconde
da Boa-vista, fidalgo cavalleiro da casa real, commendador das ordens de
Christo, e de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, governador civil que
foi do districto de Beja, e antigo deputado da nação portugueza.
Um escudo esquartelado com as
armas que lhe foram concedidas por alvará de 30 de junho de 1869. — Br. p. a 22
de setembro de 1869. (M. N.) Reg. no Cart. da N., liv. IX, fl. 124 v.—V. no I.
H. Boa-vista. |- (C. C.)
2073. MARTIM ESTEVES Boto,
cavalleiro da casa real. Carta pela qual el-rei D. Afonso v lhe concede e a
seus descendentes o seguinte bra zão de armas: — (Não o descreve); pelos
serviços por elle prestados na tomada de Ceuta, cerco de Tanger, e tomada de
Alcacer, na Africa. — Dada em Santarem a 1 de abril de 1462. (M. N.) Reg. na
Chanc. de D. Afonso v, liv. 1, fl. 14 e liv. II de Mist., fl. 151.
2074. MARTIM L o PEs DE So Us A,
fidalgo da casa real, filho de Ruy Vaz de Refoios, neto de Luiz Mendes de
Refoios, e de D. Beatriz Freira, o qual foi senhor das Sarzedas e
Sovereiras-formosas, e alcaide-mór de Monsanto; bisneto de Mem Rodrigues de
Refoios, que foi senhor das ditas villas, e de Leonor de Sousa; trineto de D.
Lopo Dias de Sousa, que foi mestre de Christus; bem assim foi trineto de Ruy
Vasques de Refoios, senhor que foi de Almeida, e do castello de
Castello-branco. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos
Sousas que é esquartelado, o primeiro de Portugal com um filete preto, e o
segundo de vermelho e uma cadana de crescentes de prata com as pontas umas para
as outras; o segundo dos Refoios de Castello-branco, que são de prata com
quatro palas de vermelho; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
oiro, vermelho e prata, e por timbre um dos castellos das armas; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Sousas
e Re foios. — Dada em Almeirim a 15 de janeiro de 1546. Reg. na Chanc. de D.
João III, liv. XLIII, fl. 40.
2075. MARTIM DE MESQUITA BoRGEs,
morador na cidade de Goa, filho de João Bor ges de Albernaz, natural de
Guimarães, e neto de Fabião Borges Albernaz, os quaes fo ram fidalgos muito
honrados e do tronco d'estas gerações. Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe
concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro dos Borges, que trazem um leão de oiro armado de preto
em campo vermelho, e uma bordadura azul semeada de flores de liz de oiro; o
segundo dos Albernazes, esquartelado, o primeiro de prata com um cara peteiro
azul de seis ramos em faxa, o segundo de azul e o carapeteiro de prata, e assim
os contrarios, e por diferença uma merleta de prata; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho, prata e azul, e por timbre um
meio leão pardo de oiro com uma flor de liz vermelha sobre a cabeça; com todas
as honras de nobre fidalgo por descender da nobre geração dos Borges e
Albernazes. — Dada em Lisboa a 28 de feve reiro de 1562. Reg. na Chanc. de D.
Sebastião, liv. III, fl. 256.
2076. MARTINHO DA CosTA Rou BAM,
almoxarife proprietario da Mesa mestral da or dem de Sant'Iago, natural e
morador na villa de Alcacer do Sal; filho de Francisco de Carvalho da Costa,
almoxarife da mesma Mesa mestral, e de sua mulher D. Joanna do Espirito Santo,
filha de João Marques, e de sua mulher Natalia Gomes Ferreira; neto pa terno de
Martinho da Costa Roubam, que teve o dito oficio de almoxarife, de quem foi
tambem filho João Botelho da Costa, irmão do pae do supplicante, que em 1752
justificou a sua nobreza no Juizo da correição do civel da corte; bisneto de
Jorge da Costa, que teve o referido oficio; terceiro neto de Apparicio da Costa
Botelho, moço da camara accres centado a cavalleiro fidalgo por alvará do anno
de 1646, o qual tinha justificado a sua nobreza em 1624; quarto neto de
Jeronymo Lourenço, e de sua mulher Maria Botelho, filha de Balthasar da Costa,
fidalgo de cota de armas que serviu em Tunes, e em Alemanha ao imperador Carlos
V, que o armou cavalleiro e lhe deu armas, que estão esculpidas na sua
sepultura na egreja da Misericordia da villa de Thomar; neto do commendador Lopo
Botelho, setimo avô do supplicante, As armas dos Costas, e Botelhos. — Br. p. a
17 de novembro de 1759. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 124 v. (C.
C.)
2077. MARTINHO JosÉ DE PERNET,
segundo tenente da real armada, natural desta cidade, filho de José Francisco
de Pernet, professo na ordem de S. Bento de Aviz, capi tão de mar e guerra da
real armada, e intendente do real Arsenal de marinha da cidade da Bahia de
todos os Santos, a quem se passou brazão de armas a 2 de março do pre sente
anno, e de sua mulher D. Clemencia Maria de Jesus; neto pela parte paterna de
Francisco Nicolau de Pernet, e de sua mulher D. Apollonia Maria; bisneto de
Paulo Sau vage, e de sua mulher Benta de Pernet; sendo o dito seu pae neto por
parte materna de Francisco Guilherme de Pernet, e de sua mulher Antonia Maria
da Natividade, irmão ger mano de João Pedro de Pernet, e sobrinho legitimo de
João Jacques Sauvage de Pernet, que foi consul de França e da republica de
Genova na cidade de Faro, e bem assim primo legítimo de Gerardo Pernet, consul
que foi da serenissima Republica de Veneza; neto 0 supplicante por parte
materna de Mattheus Soares, e de sua mulher Maria de Jesus. Um escudo partido
em pala; na primeira as armas dos Pernets, e na segunda as dos Sauvages. — Br.
p. a 20 de abril de 1797. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 187. (C. C.)
2078. MARTINHO VELHO DA RochA
OLDEMBoURG, cavaleiro professo na ordem de Christo, e morador na cidade de
Lisboa; filho de Feliciano Velho Oldembourg, e de sua mulher D. Francisca
Antonia da Rocha; neto paterno de Martinho Oldembourg, que passou da cidade de
Oldembourg a este reino, onde viveu todo o decurso da sua vida, 0 qual era
filho de Antonio Goutier, conde de Oldembourg, e de sua mulher Sophia Catha
rina, filha de Alexandre, duque de Holsacesunderbourg, que morrendo sem
successão le gitima, porque o dito Martinho Oldembourg não quiz restituir-se á
sua patria, se extin guiu a dita casa por se haver unido á corôa de Dinamarca:
e pela materna neto de Sil vestre Gonçalves Rocha, capitão de mar e guerra que
foi da corôa d’este reino, e de sua mulher D. Luiza Dias de Pontes, filha de
Antonio Dias Reboredo, e de sua mulher D. Ma ria de Pontes; bisneto de Domingos
Gonçalves Rocha, e de sua mulher D. Francisca An tonia de Sousa; terceiro neto
de Sebastião Gonçalves Rocha, e de sua mulher D. Anna Gonçalves Cirne, filha de
Pedro Dias Cirne; quarto neto de Belchior Alves, e de sua mu lher D. Catharina
Soares, ou Leonor Soares, moradores que foram na sua quinta nos aº redores da
cidade do Porto, na freguezia de S. Mamede de Perafita, para onde vieram da
villa de Vianna onde tinham estabelecida a sua casa; o qual Belchior Alvares,
era filhº de Balthasar Gonçalves, e de sua mulher D. Catharina Alvares; quinto
neto de Diogo da Rocha Villarinho, e de sua mulher D. Catharina Soares, paes da
dita D. Leonor Soares ou Catharina como se acha em outra noticia; sexto neto de
D. Ignez da Rocha, e de Seu marido Duarte Alvares Villarinho, a qual D. Ignez
da Rocha procedia de D. Afonso da Rocha, abbade commendatario de S. Salvador da
Torre, filho de monsieur de la Rocha, este reino servir em certa guerra do seu
tempo, e assentou sua casa na villa de Vianna, d’onde se derivou esta familia
em varias partes d’este reino. As armas dos Oldembourgs, e Rochas. As armas dos
Oldembourgs são um escudo esquartelado; no primeiro quartel em campo de oiro
duas faxas vermelhas, no segundo em campo azul uma cruz de prata, e assim os
contrarios, e por timbre a cruz entre duas bozinas de caça, de oiro, com os
bocaes para cima, faxadas de duas faxas como as do es cudo. — Br. p. a 25 de
agosto de 1750. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 1 v. (C. C.)
2079. MATHIAs JosÉ DE OLIVEIRA LEITE,
cavaleiro professo na ordem de Christo, condecorado com a medalha de oiro da
Restauração dos direitos da realeza, moço da real camara, supranumerario, e
cavaleiro fidalgo da casa real; filho de Paulo José de Oliveira Leite Portella
e Prado, e de D. Rosa Clara de Abreu e Lima; neto paterno de Domingos de Araujo
Leite, cavalleiro professo na ordem de Christo, e de D. Francisca de Abreu;
neto materno de João da Costa Araujo, negociante matriculado, e de D. Joanna
Francisca da Costa de Abreu. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Oliveiras, no segundo as dos Leites, no terceiro as dos Costas, e no
quarto as dos Araujos. — Br. p. a 1 de ja neiro de 1825. Reg. no Cart. da N.,
liv. VIII, fl. 130. (C. C.)
2081. MATHIAs PINHEIRO DA
SILVEIRA BoTELHo (Desembargador), ouvidor que foi da comarca do Piauhy, natural
da cidade de Leiria; filho de Marianna da Silveira, e de seu marido João Gonçalves
Dias; neto de Marianna da Silveira, e de seu marido Fran cisco Coelho; bisneto
de Maria da Costa, e de seu marido Braz Pinheiro; terceiro neto de Diogo da
Silveira Botelho, e de sua mulher Antonia da Costa; quarto neto de Diogo
Botelho da Silveira, moço fidalgo da casa real; quinto neto de Antonio Botelho
da Sil veira, e de sua mulher D. Antonia de Ataide; sexto neto de D. Violante
de Magalhães, e de seu marido Diogo Botelho da Silveira; setimo neto de D.
Clara da Silveira, e de seu marido Jorge de Magalhães. As armas dos Silveiras,
Botelhos, Magalhães, Ataides, Coelhos, Costas, e Pinheiros. — Br. p. em 1752.
Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 33 v. (C. C.)
2082. MATIIIAs REBELLo CERVEIRA,
cavaleiro professo na ordem de Christo, filho de Antonio Rebello Cerveira, e de
Anna Joaquina Caetana; neto de Mathias Rebello Cer veira, e de Catharina do
Nascimento; bisneto de Francisco Rebello Cerveira, e de D. Luiza Thereza de
Azevedo; terceiro neto de João Rebello Cerveira, e de Dorothea Nogueira Freire;
e quarto neto de Francisco Rebello Cerveira, e de Margarida Nogueira. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Rebellos, e na segunda as dos
Cerveiras. — Br. p. a 1 de agosto de 1775. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl.
71. (C. C.)
2083. MATHIAs Ro DRIGUEs LIMA
(Capitão), natural e morador no logar de Pitões, freguezia de Nossa Senhora da
Junhas, termo de Monte-alegre, comarca de Chaves, arce bispado de Braga; filho
do alferes Clemente Pires, e de sua mulher Catharina Rodrigues; neto paterno de
Miguel Pires, e de sua mulher Magdalena Rodrigues; neto materno de Francisco
Rodrigues Vaz, e de sua mulher Domingas Alvares. As armas dos Rodrigues, Vazes,
Alvares, e Pires.—Br. p. a 8 de fevereiro de 1754. Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 67 v. (C. C.)
2084. MATHIAS TEIXEIRA DA MOTTA,
casado com D. Rosa Maria da Cunha e Sousa, filho do capitão Gervasio Teixeira,
e de sua mulher Maria da Motta de Carvalho; neto pa terno de Gonçalo Teixeira,
e de sua mulher Anna de Cerqueira; neto materno do capitão José da Motta
Brochado, e de sua mulher Margarida João de Carvalho. As armas dos Teixeiras,
Cerqueiras, Mottas, e Carvalhos. —Br. p. a 8 de março de 1757. Reg. no Cart. da
N., liv. particular, fl. 105 v. (C. C.)
2085. MATHIAs VICToRIANO DE BAs
To PIMENTA, cavaleiro professo na ordem de Christo, juiz dos orphãos da villa
de Castello de Vide, comarca de Portalegre; filho de Antonio Gonçalves de Basto
Perdigão, e de sua mulher Catharina Vicente Tarouca; neto paterno de Antonio
Gonçalves, e de Margarida de Basto; e materno do capitão Manuel Dias Collaço, e
de Beatriz Dias Pimenta. As armas dos Bastos, e Pimentas. — Br. p. a 22 de
fevereiro de 1751. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 12 V. (C. C.)
2086. MATTHEUS FERNAND Es DE
ABREU MoREIRA, filho de Alvaro Fernandes MO reira, e de Brigida de Bracamonte;
neto de Fernandes Eannes Moreira, que descendia do verdadeiro tronco dos
Moreiras. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecessores: — Escudo de campo vermelho com nove escudinhos de prata, em
tres palas, e em cada escudinho uma cruz verde florida, e por diferença uma
muleta de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e
vermelho, e por timbre uma amoreira verde com um dos escudinhos no tronco; com
todas as honras e privilegios de fidalg0 por descender da geração dos Moreiras.
— Dada em Evora a 2 de agosto de 1531. Reg. na Chanc. de D. João III, liv.
XVIII, fl. 50.
2087, MATTHEUS FRANCISCO PADRÃO,
cavaleiro professo na ordem de Christo, ca pitão de granadeiros do primeiro
batalhão do regimento da guarnição da praça de Elvas, onde é morador; filho de
Antonio Francisco, e de sua mulher Jeronyma da Encarnação; neto paterno de
Affonso Francisco de Sirgo, e de sua mulher Ignez Padrão, filha de Diogo Padrão;
neto materno de Alexandre Gonçalves, e de sua mulher e prima Marla Vaz, na
turaes da honra de Gralhas, onde ele foi vereador, e juiz ordinario, tudo na
comarca de Chaves. As armas dos Padrões. — Br. p. a 9 de maio de 1760. Reg. no
Cart. da N., liv. particular, fl. 126 v. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no segundo as
dos Machados, no terceiro as dos Borges, e no quarto as dos Farias. — Br. p. a
22 de agosto de 1825. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 160. (C. C.)
2089. MATTHEUS PEREIRA DE
ALMEIDA, natural de Lisboa, commendador da Ordem de Christo e fidalgo cavaleiro
da casa real; filho de José Pereira de Almeida, e de sua mulher D. Anna
Joaquina Rodrigues de Almeida; neto paterno de Manuel João Pereira de Almeida,
tenente coronel de cavallaria reformado, e de sua mulher D. Isabel Monteiro de
Castilho; e neto materno de João Rodrigues, e de sua mulher D. Paula da Cruz de
Avellar; sobrinho de Daniel Pereira de Almeida, capitão de artilheria da praça
de Almeida, que morreu na defesa da dita praça na guerra de 1764; sendo o
supplicante irmão in teiro de João Rodrigues Pereira de Almeida, fidalgo
cavalleiro da casa real, commendador da ordem de Christo e barão de Ubá no
imperio do Brazil. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras,
e na segunda as dos Almeidas. — Br. p. a 10 de março de 1829. Reg. no Cart. da
N., liv. VIII, fl. 245. (C. C.)
2090. MATTHEUS PEREIRA DE CAMPos,
cavaleiro da ordem de S. Bento de Aviz, ca valeiro fidalgo da casa real e chefe
de esquadra da real armada, filho de Duarte Botelho, escrivão da real Fazenda
na Colonia, e de sua mulher D. Theresa Maria da Conceição; neto paterno do
capitão de milicias Jeronymo José Botelho, e de sua mulher D. Ignacia Theresa
de Campos; e materno do sargento-mór Balthasar de Sousa Pereira, e de sua
mulher D. Isabel Jacinta Pereira. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto
quarteis as armas dos Botelhos, no segundo as dos Campos, e no terceiro a dos
Pereiras.—Br. p. a 6 de agosto de 1804. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 92.
(C. C.)
2091. MATTHEUS VALENTE Do CoUTo,
natural da praça de Macapá, na capitania do Grão-Pará, bacharel em philosophia
e formado na faculdade de mathematica pela Univer sidade de Coimbra, cavaleiro
fidalgo da casa real, major do real corpo de engenheiros, lente jubilado da
Academia real da marinha, socio efectivo da Academia real das sciencias e director
do Observatorio real da marinha; filho de Antonio Diniz do Couto Valente, ca
valeiro fidalgo da casa real, cavaleiro professo na ordem de Christo, e capitão
de infan teria da praça de Mazagão, onde serviu de ajudante de ordens, e de sua
mulher D. Mar garida Josepha da Fonseca; neto paterno do sargento-mór Mattheus
Valente do Couto, cavaleiro fidalgo da casa real, cavaleiro professo na ordem
de Christo, adail da cavallaria da dita praça de Mazagão, e mestre de campo da
cidade de Grão-Pará, e de sua mulher D. Catharina Rosa da Assumpção, filha do
adail João Valente da Costa, professo na ordem de Christo e cavalleiro fidalgo
da casa real; neto materno do sargento-mór de artilheria Luiz da Fonseca
Zuzarte, cavalleiro fidalgo da casa real e cavaleiro professo na ordem de
Christo, e de sua mulher D. Francisca Cotta, filha de Antonio Gonçalves Cotta.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Valentes, no segundo
as dos Coutos, no terceiro as dos Fonsecas, e no quarto as dos Zuzartes. — Br.
p. a 18 de abril de 1825. Reg. no Cart. da N., liv. viII, fl. 140 v. C. C (C.
C.)
2092. MATTHEUs VALENTE Do CoUTo,
professo na ordem de Christo e cavaleiro fi dalgo da casa real, natural da
extincta praça de Mazagão; filho de Francisco Rodrigues do Couto Valente,
cavalleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de Christo e capitão de uma
das companhias de infanteria da cidade do Pará, e de sua mulher D. Antonia
Veiga da Fonseca; neto por parte paterna de Mattheus Valente do Couto,
cavaleiro fi dalgo da casa real e professo na ordem de Christo, o qual passou
de sargento-mór de infanteria da extincta praça de Mazagão para mestre de campo
do terço auxiliar da nova villa de Mazagão, no estado do Grão-Pará, e de sua
mulher D. Catharina Rosa e Ascen ção, filha do adail João Valente da Costa,
cavalleiro fidalgo da casa real e professo na Or dem de Christo; e pela materna
de Bernardino da Fonseca, e de sua mulher D. Anna Fernandes de Carvalho, filha
de João Fernandes de Carvalho, tambem com o mesmo for0, professo na ordem de
Christo, vedor geral que foi da dita praça de Mazagão, e de sua mulher D.
Antonia Veiga da Fonseca; bisneto por parte paterna de Antonio Diniz do Couto,
cavalleiro fidalgo da casa real e professo na ordem de Christo, o qual foi por
mui tos annos auxiliar da cavallaria e vedor geral da referida praça, e de sua
mulher D. Maria Valente, filha do adail Lazaro Valente Marreiros, com o dito
foro e professo na ordem de Christo, e de sua mulher D. Catharina Dias; e por
parte materna de Ignacio Freire da Fonseca, capitão que foi de engenheiros da
mencionada praça, cavalleiro fidalgo da casa real e professo na ordem de
Christo, e de sua mulher D. Maria da Fonseca, filha de Luiz da Fonseca Zuzarte,
e de sua mulher D. Isabel da Ascenção. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Valentes, no segundo as dos Coutos, no terceiro as dos
Fernandes, e no quarto as dos Carvalhos. — Br. p. a 22 de abril de 1799. Reg.
no Cart. da N., liv. VI, fl. 74. (C. C.)
2093. MAURICIo JosÉ BERNARDO DE
LACERDA (Padre), filho do capitão Antonio Pereira de Berredo, e de sua mulher
D. Anna Eleutheria de Lemos Coelho, e o mencio: nado pae do supplicante era
filho natural de Bernardo Pereira de Berredo, governador e capitão general dos
estados do Pará e Maranhão, e de D. Maria de Mello, filha de Diogo Froes de
Brito, e de sua mulher D. Maria de Mello, esta filha de Antonio Teixeira de
Mello, fidalgo da casa real, cavalleiro professo na ordem de Christo e segundo
comman dante general do exercito portuguez, empregado na guerra contra os
hollandezes na res tauração do Maranhão, e de sua mulher D. Catharina da Silva;
neto materno de Antoni0 de Lemos Coelho, e de sua mulher D. Thereza Correa de
Jesus; bisneto do capitão Ma nuel de Lemos e Sousa, e de sua mulher D.
Catharina Coelho; sendo a dita D. Thereza Correa de Jesus filha do capitão
Paulo Pires Tourinho, e de sua mulher D. Joanna Cor rea Pestana, esta filha de
Bartholomeu Barreiros, e neta paterna de Antonio Moniz Bar reiros, governador e
primeiro commandante general do referido exercito da restauração do mencionado
estado do Maranhão do poder dos hollandezes; e materna de Maria da Costa
Correa, filha de Agostinho Correa, governador e capitão general d'aquele mesmº
estado. Um escudo ovado e esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Pereiras, nº segundo as dos Berredos, no terceiro as dos Correas, e no quarto
as dos Barreiros. - Br. p. a 12 de dezembro de 1803. Reg. no Cart. da N., liv.
vii, fl. 51 v. (C. C.)
Escudo
de campo vermelho com cinco machados de prata e os cab0s de oiro, em aspa, e
por diferença uma brica de oiro com um — M— de preto; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
oiro e vermelho, e por timbre dois dos ma chados em aspa; com todas as honras
de nobre e fidalgo, por descender da geração dos Machados. — Dada em Lisboa a
22 de maio de 1538. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLIV, fl. 65.
2095. MIGUEL ANToN1o PEREIRA TENREIRO DE
ALBUQUERQUE, cavalleiro professo na ordem de Christo, capitão-mór do concelho
de Senhorim, comarca de Viseu; filho do capitão Manuel Marques de Albuquerque,
bacharel formado pela Universidade de Coimbra, e de D. Engracia Maria Angelica
Pereira de Figueiredo; neto pela parte paterna de Anto nio Marques, e de D.
Isabel de Albuquerque, e pela materna neto do capitão João Pereira Tenreiro, e
de sua mulher D. Josepha Marques de Figueiredo. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Albuquerques, no se gundo as dos Tenreiros, no
terceiro as dos Almeidas, e no quarto as do primeiro quar tel. — Br. p. a 7 de
agosto de 1781. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 21. C.) (C. C.
2096. MIGUEL ANTONIO PONCES DE
CARVALHO. Um escudo esquartelado com as armas que lhe foram concedidas por
alvará de 28 de maio de 1866. — Br. p. a 21 de julho de 1866. (M. N.) Reg, no
Cart. da N., liv. Ix, fl. 102. V. no I. H. Ponces de Carvalho. (C. C.)
2097. MIGUEL DE ARAUJo DE ANTAs,
filho de Miguel de Araujo de Antas, e de sua mulher Maria Carvalho; neto
paterno de Belchior de Araujo de Antas, que veiu casar no concelho de
Entre-Homem e Cavado, era descendente de Rodrigo Alvares de Antas, se nhor que
foi da casa e solar dos Antas, e de sua mulher D. Constança Rodrigues de
Araujo, filha de Alvaro Rodrigues de Araujo, commendador de Rio-frio, como
consta do nobiliario d’este reino, nas familias de Araujos e Antas; neto
materno de Antonio Carvalho. As armas dos Antas, e Araujos. — Br. p. a 13 de
abril de 1757. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 106 v. * • (C. C.)
2098. MIGUEL DE BARRos, morador
na villa de Canavezes, filho de Rodrigo de Bar ros, neto de Gonçalo Eannes de
Barros, e bisneto de João de Barros. Carta pela qual el-rei D. Filippe II lhe
concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo azul com
tres bandas de prata acompanhadas de nove estrellas de oiro de seis pontas, e
por differença uma linha preta ao revez com a ponta de cima livre; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife dos metaes e côres das armas, e por
timbre uma aspa azul com cinco estrellas de oiro; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração dos Barros. — Dada em Lisboa a
5 de fevereiro de 1609. Reg. na Chanc. de D. Filippe II, liv. III, fl. 204 v.
2099. MIGUEL BoRGEs D E CAstRo
TAVAREs DE AZEVEDo, cavalleiro fidalgo da casa real, administrador dos vinculos
de Anceris, e Oliveira do Conde; filho de Luiz Borges de Castro Tavares de
Azevedo, provedor da cidade de Viseu, e de sua mulher D. Maria Carlota Eduarda
do Valle Lobo da Torre; neto paterno de Miguel Borges Tavares de Aze vedo Gouvea
e Castro, cavalleiro professo na ordem de Christo, e desembargador da Re lação
do Porto, e de sua mulher D. Maria Manuela Amalia de Azevedo Rebello Gusmão;
bisneto de Luiz Xavier de Azevedo, cavaleiro professo na Ordem de Christo e
corregedor da cidade de Lagos, e de sua mulher D. Rosa Luiza Mello Borges e
Castro; terceiro neto pelo mesmo lado de Miguel Borges Tavares de Castro, e de
sua mulher D. Michaela de Mello; quarto neto de João Borges de Castro, e de sua
mulher D. Maria Madeira; quinto neto de Antonio Borges de Castro, e de sua
mulher D. Thereza de Mello; sexto neto de D. Anna Borges, instituidora dos
vinculos de Anceris, a quem se passou brazão de armas. • Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Borges, no segundo as dos
Castros, no terceiro as dos Tavares, e no quarto as dos Azevedos. — Br. p. a 7
de março de 1859. Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 22 v. * (C. C.)
2100. MIGUEL DE CARVALHo, natural
da ilha da Madeira, filho de Gonçalo Ferreira de Carvalho, e de Branca Affonso
de Drumond; bisneto de D. João de Drumond, senhor de Escobal, neto de João
Affonso de Carvalho, e bisneto de Affonso de Carvalho, e todos foram fidalgos
muito honrados e dos verdadeiros troncos d’estas gerações. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecess0 res: —
Escudo de campo esquartelado; o primeiro dos Carvalhos que é azul com uma
estrella de oiro entre uma cadea de crescentes de prata, o segundo de oiro e
tres faxas de vermelho ondadas, e por differença um trifolio de oiro picado de
verde; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata, azul, oiro e
vermelho, e por timbre meia le bre de vermelho com uma coleira de oiro; com
todas as honras e privilegios de nobre fidalgo por descender das gerações dos
Carvalhos e dos Drumonds.—Dada em Lisboa a 18 de janeiro de 1544. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XLI, fl. 2.
2101. MIGUEL CoRREA LoPEs D E
FREITAs E SousA, natural da freguezia de Santo Ildefonso da cidade do Porto, e
n’ella morador; filho de Manuel Correa Lopes, profess0 na ordem de Christo, e
de sua mulher D. Anna Felicia de Sousa Delicado; neto pela parte paterna de
Manuel Correa Lopes, e de D. Marianna Moreira Correa da Silva; bisneto de
Miguel de Freitas Correa, professo na ordem de Christo, e provedor que foi dos
Contos da côrte, e de D. Cecilia Correa; neto pela parte materna de Anacleto de
Sousa Delicado, e de D. Rosa de Sousa; bisneto de Antonio Pires Delicado,
capitão de mar e guerra, e cidadão da cidade do Porto, e de D. Francisca dos
Santos e Sousa. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Sousas, no segundo as dos Correas, no terceiro as dos Lopes, e no quarto as dos
Freitas. —Br. p. a 12 de maio de 1796. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 125 v.
• (C. C.)
2102. MIGUEL FERRÃO DE CAsTELLo-BRANCo, filho
de Nuno Ferrão de Castello branco, morador no Tojal, e neto de João Ferrão de
Castello-branco, fidalgo. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de armas de seus antecessores: — Escudo de campo azul e n'elle
um leão de oiro rompente com as unhas e lingua vermelhas, e por diferença uma
merleta de prata; elmo de prata aberto guar necido de oiro, paquife de oiro e azul,
e por timbre o mesmo leão; com todas as honras e privilegios de nobre fidalgo
por descender da geração e linhagem dos Castello-brancos. — Dada em Lisboa a 7
de dezembro de 1528. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. II, fl. 164 V.
2103. MIGUEL FERREIRA DE OLIVEIRA
BUENO (Alferes), natural da villa e praça dº Santos, filho do sargento-mór João
Ferreira de Oliveira, e de sua mulher D. Maria Buen0 da Conceição; neto pela
parte paterna de Manuel Ferreira de Oliveira, e de sua mulher D. Maria de
Oliveira, e pela materna de Manuel Gomes Palheiros, e de sua mulher D. Rosa
Maria Bueno, filha de Manuel Lobo Franco, e de sua mulher D. Maria Bueno, esta
filhº de Sebastião Preto Moreira, e de sua mulher D. Marianna Bueno, filha de
Amador Buen0, capitão-mór e governador que foi da capitania de S. Paulo, e de
sua mulher D. Betº narda Luiz, filha de Domingos Luiz, cavalieiro na ordem de
Christo, e de sua mulher D. Anna Camacho. Um escudo, e n'elle as armas dos
Lobos. — Br. p. a 22 de julho de 1791. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 225.
(C. C.)
2105. MIGUEL GARCIA GALVÃO DE
HARO FARINHA, natural da cidade de Santa Maria de Belem do Grão-Pará, filho do
capitão José Garcia Galvão de Haro Farinha, a quem se passou brazão de armas
aos 17 de julho de 1778, e de sua mulher D. Anna Joaquina do Porto Freire; neto
pela parte paterna de Diogo Garcia Galvão, e de D. Fran cisca Josepha Michaela
de Haro Farinha, e por esta bisneto de Rodrigo de Haro Farinha, fidalgo da casa
real; terceiro neto de Pedro Sanches Farinha. Um escudo esquartelado; no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Sanches, no segundo as dos Haros, e no
terceiro as dos Farinhas. — Br. p. a 12 de outubro de 1798. Reg. no Cart. da
N., liv. VI, fl. 50. (C. C.)
2106. MIGUEL José Rob RIGUEs,
escripturario da contadoria do real Contracto do ta baco, filho de José
Baptista Rodrigues, e de sua mulher D. Vicencia Maria da Purificação; neto
paterno de Miguel José Rodrigues, negociante da praça da cidade de Lisboa, e de
sua mulher D. Mauricia Caetana Josepha Xavier : e seu pae é irmão de Marcos
Aurelio Rodrigues, cavalleiro professo na Ordem de Christo, a quem se passou
brazão de armas a 3 de novembro de 1801. • Um escudo com as armas dos
Rodrigues. — Br. p. a 14 de março de 1812. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl.
244V. (C. C.)
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Peixotos, no segundo as
dos Freitas, no terceiro as dos Machados, e no quarto as dos Mirandas. —Br. p.
a 5 de outubro de 1784. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 173. (C. C.)
2108. MIGUEL DE OLIVEIRA DE
ANDRADE Boa GEs D E MESQUITA *, filho de Mat theus de Oliveira, e de sua mulher
Maria Francisca, filha de Antonio Francisco, e de sua mulher Margarida Borges;
neto pela sua varonia de Fructuoso de Oliveira Borges, e de sua mulher
Seraphina Monteiro; bisneto de Francisco Ferreira, e de sua mulher Margarida de
Mesquita Borges, esta filha de Antonio Borges, e de sua mulher Margarida de
Mesquita, terceiros avós do supplicante; e por esta parte quarto neto de
Antonio Paes do Amaral, capitão-mór da villa de Celorico de Basto, e de sua
mulher Marinha Borges; e por esta quinto neto de Balthasar Borges Lousada, e de
sua mulher D. Isabel Gomes de Abreu e Brito; sexto neto de Fernando Gonçalves
de Faria, ouvidor que foi de Mezão frio, e de sua mulher D. Isabel Borges de
Azevedo, esta filha de Belchior Borges de Sousa, fidalgo da casa real e
cavalleiro da ordem de S. Tiago, e de sua mulher D. Felicita de Cerqueira, e
neta de Gaspar Borges de Sousa, e de sua mulher e segunda prima D. The reza
Gomes Rebello, filha esta de D. Senhorinha do Rego Borges, e de seu marido João
de Lousada de Ledesma; a qual D. Senhorinha do Rego Borges era filha de D.
Catharina do Rego Borges e de seu marido D. Affonso de Mansilha, e neta de João
Rodrigues Bor ges, fidalgo da casa real, senhor da terra de Alva e do padroado
das tres egrejas : S. Miguel de Mamouras, S. Martinho de Alva e Santa Maria de
Pipião; alcaide-mór de Santarem, filho de Ruy Borges, fidalgo tambem da casa
real, senhor das terras de Car valhaes, do couto de Avelãs de cima, de
Ferreiras do Reguengo da Quintella e de Arcos, logares de Ilhavo, Verdemilho e
casaes de Sá, com o padroado das referidas egrejas, mero e mixto imperio nas
terras d’ellas; e finalmente decimo terceiro neto de Diogo Bor ges, commendador
do Torrão e senhor donatario das referidas terras e outras mais. As armas
esquarteladas dos Borges, Oliveiras, Mesquitas, e Monteiros. — Br. p. a 7 de
setembro de 1757. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 110.
2115. D. NATALIA LEITE GUEDEs,
filha de Jacinto Rebello Leite, e de sua mulher Anna Borges, irmã legitima de
Antonio Borges de Mesquita, que serviu muitos annos na praça da nova Colonia
com grande distincção; neto paterno do capitão Pedro de Mesquita Re bello, e de
sua mulher Joanna Leite Pereira; e a dita sua avó filha de Miguel Rebello, e de
sua mulher Seraphina Mousinho Guedes; neto materno de Antonio Borges de Mes
quita, e de sua mulher Maria Carvalho. | As armas dos Rebellos, Borges, Leites,
e Guedes. — Br. p. a 23 de junhoo de 1752. Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 37. (C. C.)
2116. NICO LAU DE ABREU. Carta
pela el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: —
Escudo de campo vermelho com cinco cotos de azas de oiro em aspa com as pontas
para baixo, e por diferença uma brica de prata e n’ella outra de vermelho; elmo
de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre um
dos cotos das armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por
descender da geração e linha gem dos Abreus, por parte de sua mãe e avôs. —
Dada em Alvito a 29 de dezembro de 1531. Reg. na Chanc, de D. João III, liv.
XVIII, fl. 133. (C. C.)
2117. Nico LAU DE BARROS, natural
e morador da ilha da Madeira, na cidade do Fun chal; filho de Pedro Gonçalves
de Barros; neto de Isabel de Barros; bisneto de Vasco Delgado de Barros, os quaes
todos foram fidalgos e do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D.
Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus anteces sores: — Escudo de
campo vermelho com tres bandas de prata e sobre o campo nove es trellas de
oiro, a saber: uma sobre o primeiro da cabeça, sobre o segundo tres, e sobre o
terceiro outras tres, e sobre o quarto duas, e por diferença uma merleta preta
sobre uma das bandas; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro
vermelho e prata, e por timbre uma aspa vermelha, e sobre ela cinco estrellas
das armas; com to das as honras de fidalgo, por descender da geração dos
Barros. — Dada em Lisboa a 3 de julho de 1563. Reg. na Chanc. de D. Sebastião,
liv. III, fl. 173.
2118. Nico LAU GERALDEs, morador
em Lisboa; filho de Nicolau Geraldes e de D. Margarida, e irmã de Lucas
Geraldes. Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede e a seus descendentes
o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo branco (segundo
parece) com um leão preto e um coronel de oiro, com todas as honras e
privilegios de nobre fidalgo, por des cender da geração dos Geraldes, que eram
nobres em Florença. — Dada em Lisboa a 21 de junho de 1559. Reg. na Chanc. de
Sebastião, liv. I, fl. 251.
2119. N1Co LAU JoAQUIM LEITÃO DE
CARVALHo, natural da freguezia de Santo Aleixo, concelho de Ribeira de Pena,
comarca de Guimarães; filho de Domingos Leitão Pina, e de sua mulher Maria José
Carvalho da Guerra; neto pela parte paterna de Francisco Lei tão, e de Isabel
Dias; bisneto de Domingos Leitão, e de sua mulher Isabel Dias, e de Domingos
Fernandes, e de sua mulher Maria Lourença; e pela materna bisneto de Fran cisco
Gonçalves da Costa, e de sua mulher Domingas Carvalho. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Leitões, no segundo as dos Costas, no terceiro
as dos Carvalhos, e no quarto as dos Guerras.—Br. p. a 31 de janeiro de 1777.
Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 128. (C. C.)
2120. Nico LAU JoAQUIM SERPA,
d'esta côrte e cidade de Lisboa, filho legitimo de Pe dro Rodrigues Barros, e
de D. Catharina de Serpa; neto pela parte materna de João de Serpa Ferraz, e de
D. Anna Hus; bisneto de Alvaro Mergulhão Pereira, e de D. Ignez de Serpa; e por
esta terceiro neto de Simão de Serpa, todos naturaes da villa de Torres vas, ao
qual Simão de Serpa, se passou brazão com as armas dos Serpas, em 22 de julho
de 1602; os quaes todos foram pessoas nobres e e se tractaram à lei da nobreza.
Um escudo com as armas dos Serpas, — Br. p. a 27 de junho de 1766. Reg. no
Cart. da N., liv. I, fl. 33 v. (C. C.)
2121. NICOLAU JoAQUIM DE SousA MALDONAD o
BANDEIRA PINTo CoRDoVA (Dou tor), moço fidalgo e fidalgo escudeiro da casa
real; filho de Christovão de Brito Maldo na do Bandeira Pinto, e de sua mulher
D. Thereza Placida Josepha de Sousa e Vasconcel los; neto paterno de João Pinto
Maldonado Bandeira, e de sua mulher D. Maria Josepha de Almeida e Rezende; e
materno de Marcos José de Sousa Figueiredo Rebello e Vascon cellos, e de sua
mulher D. Felicia Clara de Sousa. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Maldonados, no segundo as dos Bandeiras, no terceiro as dos Pintos, e
no quarto as dos Sousas. — Br. p. a 28 de março de 1807. Reg. no Cart. da N.,
liv. VII, fl. 170. (C. C.)
2122. NIco LAU MARIA RA Poso,
cavalleiro professo na ordem de Christo, provedor das armas da ilha de S.
Miguel, natural e morador na mesma; filho de Nicolau Maria Caneva, e de sua
mulher D. Sebastiana Margarida Raposo do Amaral; neto pela parte materna do
capitão Manuel Pereira de Mello, e de sua mulher D. Barbara do Amaral : elle
filho do capitão Manuel Coelho, e de sua mulher D. Isabel Pereira de Mello; e
ella filha do capitão Sebastião Raposo do Amaral, e de sua mulher D. Isabel da
Costa. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no
segundo as dos Mellos, no terceiro as dos Raposos, e no quarto as dos Amaraes.
— Br. p. a 7 de novembro de 1779. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 208 v. (C.
C.)
2123. NICOLAU MENDES DE LA PENHA,
morador em Lisboa, filho de Diogo Mendes, e neto de Thomaz de la Penha. Carta
pela qual el-rei D. Filippe I lhe concede o brazão de seus antecessores (não o
descreve); com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração e linha gem dos de la Penha. — Dada em Lisboa a 30 de agosto de 1600.
Reg. na Chanc. de D. Filippe I, liv. III, fl. 254. V. no I. H. Penha (de la).
2124. NICOLAU VICENTE Bou CHARD,
morador na côrte e cidade de Lisboa, filho de Henrique José Bouchard,
cavalleiro professo na ordem de Christo, a quem se passou brazão das armas dos
Bouchards no anno de 1718, por ser legitimo descendente desta fa milia; neto de
Nicolau Bouchard, cavaleiro professo na ordem de Christo, familiar do Santo
Oficio que foi na cidade de Avinhão, d’onde era natural, e morador em Lisboa,
onde foi reconhecido por fidalgo pelo senhor rei D. Pedro II no anno de 1681,
cujo reco nhecimento lhe foi confirmado pelo senhor rei D. João V no anno de
1713, e de sua mu lher D. Francisca Clara; bisneto de Henrique de Bouchard;
terceiro neto de Luiz de Bou chard; quarto neto do conde Henrique de Bouchard;
quinto neto do conde Luiz de Bouchard, descendente do grande condestavel
Bouchard no reino de França, reinando o imperador Carlos Magno : sendo esta
família tão ilustre na Europa, que d’ella foi o pri meiro barão que houve em
França, que se chamou barão de Montmorency. As armas dos Bouchards, — Br. p. a
6 de setembro de 1751. Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 21. (C. C.)
2125. NUNo ALVES CAHINHO
BARRADAs, familiar do Santo Oficio, capitão-mór da villa de Grandola; filho do
sargento-mór João Soveral, e de sua mulher D. Joanna Maria de Vilhena; neto
paterno de João Soveral Barradas, e de Maria Borges Penella, filha de João
Mattheus, e de Ignez Gonçalves; bisneto de Manuel Soveral Barradas, e de Isabel
Rodrigues; terceiro neto de João Manuel, e de Isabel Fernandes; neto materno de
Nuno Alves Cahinho, e de Catharina de Sena; bisneto de João Valadão, e de
Joanna de Wi lhena : e a dita Catharina de Sena filha de Antonio Luiz Abelho, e
de Violante Rodri gues; neta paterna de Martim Fernandes Abelho, e de Maria
Rodrigues de Moraes. As armas dos Barradas, Vilhenas, e Abelhos. — Br. p. a 24
de julho de 1761. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 130 v. (C. C.)
2126. NUNO AUGUSTO DE BRITO HOMEM FERREIRA.
Teve brazão por alvará de 28 de abril de 1865. (M. N.)
2127. NUNo MARTINS GARRo,
escudeiro do duque de Bragança. Carta pela qual el-rei D. Affonso V lhe concede
e a seus descendentes o seguinte brazão de fidalgo : — Um escudo de campo azul,
e no meio uma onça de oiro saltante armada de preto; pelos muitos serviços por
elle prestados no reino e em Africa. — Dada em Arevol a 31 de agosto de 1475.
(M.N.) Reg. na Chanc. de D. Afonso v, liv. II de Mist., fl. 64.
2128. PATRICIO TEIXEIRA PINTO
MALHEIRO D E MELLo CARDoso, natural e m0 rador na sua quinta do Prado, concelho
de Aregos, comarca de Lamego; filho de Afonso Manuel Teixeira Pinto, e de sua
mulher D. Maria Leonel Malheiro de Mello; neto de Francisco Teixeira Cabral, e
de sua mulher D. Maria Pinto de Mello; bisneto de Bernardo Cardoso, e de sua
mulher D. Maria Malheiro, e terceiro neto de João Malheiro de Mello, e de sua
mulher D. Maria Botelho, todos naturaes do dito concelho. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Cardosos, no segundo as dos
Pintos, no terceiro as dos Malheiros, e no quarto as dos Mellos, — Br. p. a 4
de dezembro de 1781. Reg, no Cart. da N., liv. III, fl. 35. (C. C.)
2129. PAULo ANToNIo XAVIER DE
OLIVEIRA, ajudante de cavallaria do regimento da praça de Almeida, natural da
mesma, filho de José da Silva Madeira, capitão enge nheiro da dita praça, e de
sua mulher D. Josepha de Oliveira, paes tambem de Manuel Bernardo da Silva, e
de Bernardo Alexandre de Oliveira, commissario de mostras; neto pela parte
paterna de Antonio da Silva, e de sua mulher D. Antonia Rosa, e pela materna de
Domingos Alvares de Oliveira, e de sua mulher D. Maria Rodrigues; bisneto de An
tonio Alvares; neto de D. Anna Rodrigues de Oliveira, filha de Pedro de
Oliveira, pes soa nobre d’esta familia, de cujas armas teve seu brazão como mostrava
por sentença. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Silvas, na
segunda as dos Oliveiras. — Br. p. a 20 de maio de 1783. Reg. no Cart. N., liv.
III, fl. 94. ) (C. C.
2130. PAULo ARRAEs DE MENDONÇA,
morador na villa de Almada, filho de Diogo Arraes de Mendonça, neto de Martim
Arraes de Mendonça, bisneto de Vicente Arraes de Mendonça, os quaes todos foram
fidalgos e do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe
concede o seguinte brazão de seus anteces sores : — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro de vermelho e nove folhas de go lhão de oiro em tres
palas, o segundo partido em aspa de verde e oiro, e sobre o verde uma banda
Vermelha acotisada de oiro, e sobre o oiro um — S — de preto, e assim os
contrarios, e por differença uma merleta de prata; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho e verde, e por timbre uma meia
selvagem com um remo de oiro ás costas; com todas as honras de fidalgo por
descender da nobre geração dos Arraes de Mendonça. — Dada em Lisboa a 14 de
abril de 1564. Reg. na Chanc. de D. Se bastião, liv. IV, fl. 262.
2132. PAULO BARA CHO SA coto
HENRIQUEs ENCERRA-BoD Es, morgado em Villa franca de Xira, e n’ella morador;
filho de Francisco Baracho Sacoto, e de sua mulher D. Michaela Jacinta Barbosa
de Andrade; neto pela parte paterna de Wenceslau Baracho Sacoto; neto por parte
materna de Luiz Barbosa de Andrade; bisneto por parte paterna de Francisco
Baracho Sacoto, mostrando-se pela sua justificação ser o mesmo justifi cante
sexto neto pela parte paterna de Gonçalo Mendes Sacoto, que serviu de
alcaide-mór d’este reino por mercê do senhor rei D. Manuel, assim como ser
parente do desembar gador Manuel Henriques Sacoto, conselheiro qne foi da real
Fazenda, Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Barachos, no
segundo as dos Sacotos, no terceiro as dos Barbosas, e no quarto as dos
Andrades. — Br. p. a 27 de janeiro de 1798. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl.
6. (C. C.)
2133. PAULo BoTELHo SALVAD o
(Doutor), formado em Canones pela Universidade de Coimbra, commissario do Santo
Oficio da Inquisição de Lisboa, e sua irmã D. Cecilia Maria Caetana Coelho,
mulher de Sebastião da Costa; filhos de Ventura Botelho, e de Sua mulher Isabel
Salvado, do Fundão, filha do doutor João Salvado, e de sua mu lher Maria
Antunes; neta de Manuel Salvado; netos os supplicantes de Sebastião Bote lho, e
de sua mulher Maria Coelho; bisnetos de Antonio Botelho; terceiros netos de Si
mão Botelho do Amaral, e de sua mulher Custodia Henrique; quartos netos de Pedro
Alvares Botelho, commendador de Taveiro na ordem de Christo, e de sua mulher D.
Maria do Amaral, filha de Francisco do Amaral, neta de Francisco do Amaral;
bisneta de Jacome Fernandes do Amaral, e de sua mulher Ignez Lopes; terceira
neta de Tristão Fernandes do Amaral, padroeiro do mosteiro de S. Tiago de
Caçurrães, e de sua mulher Maria Martins; quarta neta de Fernão Vaz do Amaral,
commendador de Sampaio de Oliveira dos Frades na ordem de Christo, é de sua
mulher Branca Afonso, filha de Duarte Afonso de Mangualde; quinta neta de
Leonor Vaz, e de seu marido Fernão Vaz; sexta neta de Mecia Vaz do Amaral, e de
seu marido Gonçalo Annes, ou João Annes Cardoso; setima neta de Vasco Paes
Cardoso, e de sua mulher Brites Annes do Amaral; oitava neta de Brites Annes, e
de seu segundo marido Vasco Paes Cardoso; nona neta de João Lourenço do Amaral,
e de sua mulher D. Maria Fernandes de Barrantes; quintos netos os suppli
cantes, segundo parece, de João Pires Botelho, e de sua mulher Catharina
Martins; sextos netos de Pedro Botelho, craveiro, e commendador da ordem de
Christo, filho natural de outro Pedro Botelho, craveiro, e commendador da dita
ordem; neto de Diogo Botelho, e de sua mulher Leonor Affonso; bisneto de Fernão
Dias Botelho; terceiro neto de Affonso Botelho, e de sua mulher D. Maria
Francisca; quarto neto de Affonso Botelho, que era setimo neto de D. Paio,
morgado de Sandim-o-velho, em quem o conde D. Pedro dá principio a esta família
dos Botelhos. As armas dos Botelhos. — Br. p. a 1 de outubro de 1751. Reg. no
Cart. da N., liv. particular, fl. 22. (C. C.)
2134. PAULO GOMES DE ABREU,
bacharel formado nos sagrados canones pela Univer sidade de Coimbra, natural da
freguezia de Santa Christina de Serzedello, termo de Bar cellos; filho de Paulo
Gomes de Abreu, o qual era legitimo descendente dos verdadeiros Gomes e Abreus
da sobredita casa, e por tal tido, havido e reconhecido das pessoas prin cipaes
da província do Minho, neste reino e no de Castella, onde os seus antepassados
lograram grandes estimações, e foram aparentados com fidalgos de primeira
distincção, dos quaes procederam os duques de Souto-maior. • As armas dos
Gomes, e Abreus. — Br. p. a 23 de março de 1755. Reg. no Cart, da N., liv.
partícular, fl. 84 v. (C. C.)
2136. PAULo José DA SILVA GAMA,
fidalgo da casa real, cavaleiro professo na or dem de S. Bento de Aviz, chefe
de esquadra das reaes armadas, e governador da capita sua mulher D. Theodora
Joaquina da Gama; neto por parte paterna de Antonio Luiz Alvares, e de sua
mulher D. Maria Luiza da Silva; neto por parte materna de Sebastião Antonio da
Gama, e de sua mulher D. Luiza da Silva. Um escudo partido em pala; na primeira
as armas dos Silvas, e na segunda as dos Gamas. — Br. p. a 15 de janeiro de
1802. Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl. % (C. C.)
2137. PAULo JosÉ PINTo RoDRIGUEs,
sargento-mór das ordenanças do districto de Cascaes e Oeiras; filho de José
Rodrigues Pinto, e de sua mulher D. Luiza Maria da As sumpção; neto paterno de
Miguel Rodrigues, e de sua mulher D. Maria Barbara Rodri des; e materno de
Joaquim Antonio Pinto, e de sua mulher D. Maria Clara. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Rodrigues, e na segunda as dos Pintos. — Br. p.
a 16 janeiro de 1813. Reg. no Cart. da N., liv. VII, # . C.)
2138. PAULO LOPEs DA MATTA MoRGAD
o, professo na ordem de Christo, capitão de infanteria auxiliar, natural do
logar do Tojal, termo da villa da Certã, priorado do Crato; filho de Manuel
Lopes Morgado, e de sua mulher Ignez da Matta; neto pela parte paterna de
Manuel Fernandes, e de sua mulher Maria Lopes, morgada da Ameixieira, filha de
Fran cisco Fernandes, e de sua mulher Francisca Lopes, morgada da Ameixieira; e
pela parte materna neto de Domingos Lopes, e de sua mulher Anna da Matta. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Lopes, e na segunda as dos
Mattas. — Br. p. a 3 de abril de 1786. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 216 º
(C. C.)
2139. PAULO DE MoRAEs LEITE VELHo, doutor na faculdade de medicina pela Uni versidade de Coimbra, segundo medico do exercito com a graduação de sargento-mór, e assistente aos hospitaes regimentaes da praça de Chaves; filho de Luiz Bernardo de Mo raes Rocha, sargento-mór de ordenanças, e de sua mulher D. Antonia Marcellina Leite Ve lho de Moraes; neto pela parte paterna de Manuel de Moraes, e de sua mulher Maria da Rocha; e pela materna de Antonio Pedro de Amorim, e de sua mulher D. Antonia Vicencia. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Moraes, no segundo as dos Leites, e no terceiro as dos Velhos. — Br. p. a 28 de novembro de 1818. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 19 v. (C. C.)
2141.
PAULO RIBEIRO DO VALLE, capitão de
granadeiros do terço auxiliar da cidade de S. Salvador da Bahia de todos os
Santos, natural da freguezia de Santa Christina de Serzedello, termo da villa
de Barcellos, filho de Pedro de Castro, e de sua mulher D. Anna Ribeiro do
Valle; neto pela parte parte paterna de Pedro Ribeiro, e de sua mulher D. Ca
tharina de Castro; e pela materna de Paulo Gomes de Abreu, e de sua mulher D.
Angela Ribeiro do Valle. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Ribeiros, no segundo as dos Castros, no terceiro as dos Abreus, e no quarto
as dos Valles. — Br. p. a 19 de março de 1783, Reg. no Cart. da N., liv. III,
fl. 91 v. (C. C.)
2142. PAULO VAZ DE GUIMARÃEs,
natural de Braga, neto de Martim de Guimarães, que foi do tronco d'esta
geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecesso res: — Escudo de campo bandado de prata e purpura, e no meio uma
pala de vermelho e sobre ela um leão de prata com a lingua e unhas da mesma, e
por diferença uma brica de oiro, e n’ella um — L — de preto; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, pa quife de prata e vermelho, e por timbre o mesmo
leão das armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por descender da
geração e linhagem dos Guimarães, por parte de sua mãe e avós. — Dada em Evora
a 28 de janeiro de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLVII, fl. 30.
2143. PEDR o AFFoNsO Co GoMBREIRO
DA CosTA, morador na ilha de S. Miguel, fi lho de Affonso Eannes Cogombreiro da
Costa, e neto de Rodrigo Eannes Cogombreiro da Costa, que foi fidalgo e do
tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo vermelho com seis costas de
prata em faxa em duas talas, e por diferença um trifolio de oiro; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro; paquife de prata e vermelho, e por timbre duas
costas das armas em aspa; com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Costas.—Dada em Evora a 2 de dezembro de
1536. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXII, fl. 129.
2144. PEDRo AFFoNso GALVÃo,
tenente coronel do regimento de cavallaria de Minas geraes, natural da villa de
Campo-maior; filho de Vasco Sardinha Galvão, tenente que foi do regimento de
infanteria da dita praça, e de D. Clara Maria de Sá; neto por parte pa terna de
Pedro Affonso Galvão, e de D. Joanna Mathias Galvão, irmã do capitão Lourenço
Lopes Galvão; neto por parte materna do capitão de artilheria Manuel Gonçalves
Bento, e de D. Antonia Maria de Sá; bisneto por parte paterna do capitão João
Bernardo Pereira, e de D. Francisca de Sequeira Galvão, e por parte de seu avô
paterno Vasco Sardinha Galvão, ouvidor que foi da villa de Ouguella, terceiro
neto de Pedro Affonso Galvão; quarto neto de Vasco Sardinha Galvão, cavaleiro
fidalgo da casa real; quinto neto de Pe dro de S. Martinho Galvão, moço da
camara da Senhora infanta D. Maria, filha do Se nhor rei D. Manuel. Um escudo
com as armas de Galvão. —Br. p. a 10 de fevereiro de 1797. Reg. no Cart. da N.,
liv. V, fl. 172 v. (C. C.) bra zão de armas : — Um escudo em campo azul, e uma
alcaçova de prata no meio com as servantes negras, pelos serviços prestados na
tomada da villa de Alcacer-Ceguer que era dos moiros, e bem assim na tomada da
cidade de Tangere e villa de Arzilla. — Dada em Evora a 4 de janeiro de 1490.
(M. N.) Reg, na Chanc. de D. João II, liv. Ix, fl. 104 e liv. II de Mist., fl.
82.
2145. PEDRo DE ALCAçoVA,
cavalleiro e escrivão da fazenda da casa real. Carta pela qual el-rei D. João
II lhe concede e a seus descendentes o seguinte bra zão de armas : — Um escudo
em campo azul, e uma alcaçova de prata no meio com as servantes negras, pelos
serviços prestados na tomada da villa de Alcacer-Ceguer que era dos moiros, e
bem assim na tomada da cidade de Tangere e villa de Arzilla. — Dada em Evora a
4 de janeiro de 1490. (M. N.) Reg, na Chanc. de D. João II, liv. Ix, fl. 104 e
liv. II de Mist., fl. 82.
2146. PEDRo DE ALMEIDA, natural
da ilha de S. Miguel, filho de Simão Lopes de Al meida, fidalgo e do tronco
d'esta geração dos Almeidas. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo vermelho com seis
arveloas e uma dobre cruz e bordadura, tudo de oiro, e por diferença uma meia
brica de prata com um — F — de preto; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro e vermelho e por timbre uma aguia de vermelho besantada de
oiro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por des cender da geração
dos Almeidas. — Dada em Evora a 28 de agosto de 1533. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. XLV, fl. 12 v.
2148. PEDRO ALVARES DA FoNs ECA, morador na
villa da Praia, na ilha Terceira, fi lho de Alvaro Lopes da Fonseca, e de Luiza
de Ornellas; neto de Pedro Alvares da Ca mara, e de Catharina de Ornellas;
bisneto de Alvaro de Ornellas, que foi fidalgo e do tronco da geração dos
Ornellas; bem assim o dito Pedro Alvaro da Camara foi filho de Alvaro
Gonçalves, irmão de João Gonçalves, primeiro capitão da ilha da Madeira. Carta
pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso
res: — Escudo de campo partido em pala, o primeiro de verde com uma torre de me
nagem de prata coberta, e em cima do coripheu uma cruz de oiro entre dois lobos
da sua cor pegados na torre, o segundo de azul com uma banda de vermelho com
tres flo res de liz de oiro entre duas sereias da sua cor em pello, e com um
espelho na mão di reita e um pente na esquerda, e por diferença uma brica de
prata com um — M— preto; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
oiro, prata, azul e verde, e por tim bre uma das sereias; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da ge ração e linhagem dos Camaras de
Lobos, e Ornellas. — Dada em Evora a 18 de julho de 1533. Reg. na Chanc. de D.
João III, liv. XLV, fl. 52 v.
2149. D. PEDRO ALVAREs SANCHEs,
do real Conselho, e desembargador dos Aggravos na cidade de Lisboa; neto de D.
Gil Alvares Sanches, e bisneto de D. Pedro Alvares Sanches. Um escudo com as armas
dos Sanches da Estremadura, naturaes de Albuquerque. — Br. p. a 15 de setembro
de 1613. Reg. no Real Archivo, fl. 279, liv. XVIII do registo de Mercês.
2150. PEDRO ALVELLos EsPIN o LA, capitão de
milicias da cidade da Bahia, filho de Francisco Alvellos Espinola, e de sua
mulher D. Caetana Maria da Conceição; neto pa terno de João Alvellos Espínola,
e de sua mulher D. Lourença Maria; bisneto de João Al vellos Espinola, avô paterno
de um segundo primo do supplicante, o beneficiado Luiz Al vellos Espinola,
cavaleiro professo na ordem de Christo, e cavalleiro fidalgo da casa real, a
quem se passou brazão de armas a 6 de janeiro de 1784. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Alvellos, e na segunda as dos Espinolas. —Br. p.
a 15 de dezembro de 1803. Reg, no Cart. da N., liv. VII, fl. 53 v. (C. C.)
2151. PED Ro D o AMARAL CARDoso,
cavaleiro da casa real, filho legitimado de Luiz Pinhel do Amaral, conego da Sé
de Viseu; tresneto de Vasco Paes Cardoso, que foi do tronco d'esta geração dos
Cardosos, fidalgo muito honrado, alcaide-mór que foi de Tran coso e senhor do
Ervilhão e Moreira, e de Beatriz Eannes do Amaral. Carta pela qual el-rei D.
João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro de vermelho com dois cardos verdes um sobre o outro
com as raizes e floridos de prata, entre dois leões de oiro com as linguas de
prata e com as mãos pegadas no cardo de cima, e cada um com um pé no cardo de
baixo; o segundo de oiro e seis luas azues em duas palas, e por diferença sobre
tudo um filete preto; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro,
vermelho e azul, e por timbre uma cabeça de leão de oiro com a boca para cima,
e um dos cardos saindo d’ella; com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descender da geração e linhagem dos Cardosos, e Amaraes. — Dada em Evora a 23
de março de 1537. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXIII, fl. 48.
2152. PED ao ANNEs D o CANTo,
fidalgo da casa real. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
accrescentamento no brazão de seus antecessores : — Escudo de vermelho com um
baluarte de prata lavrado de preto e n'elle quatro bombardas da sua côr ao pé
do escudo de prata, com um elmo, paquífe e timbre das armas da sua geração (as
quaes não descreve); com todas as honras e pri vilegios de fidalgo por
descender da geração dos do Canto, e pelos relevantes serviços que prestou no
segundo cerco da villa de Arzilla. — Dada em Lisboa a 28 de janeiro de 1539.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXVII, fl. 4.
2154. PEDRO ANTONIO CARDoso Dos SANTos MARINHo
E CAST Ro, natural da ci dade da Bahia de todos os Santos, filho de Antonio
Cardoso dos Santos, professo na or dem de Christo, coronel de infanteria
auxiliar, thesoureiro-mór da Bulla da santa Cruzada, deputado, e thesoureiro-mór
da Junta geral da real Fazenda, e de sua mulher D. Anna Joaquina de S. Miguel
Cardoso; neto pela parte paterna de Pedro Domingues, e de sua Ma rinho e
Castro, e de sua mulher D. Anna Quiteria do Nascimento. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Cardosos, no segundo as dos Barbosas, no
terceiro as dos Marinhos, e no quarto as dos Castros. — Br. p. a 13 do julho de
1790. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 175. (C. C.)
2155. PEDRO ANToNIO GALLEGo
SoRoMENHo, sargento-mór do regimento de arti lheria da praça de Valença do
Minho, natural da cidade de Silves, reino do Algarve; filho de Antonio Mendes
Correa, capitão que foi em Villa-nova de Portimão, e de sua mulher D. Maria
Manuela Gallego Soromenho; neto pela parte paterna de Luiz Mendes Esteves, e de
sua mulher Barbara Rodrigues, filha de Filippe Rodrigues, alferes da dita
praça, e de Domingos Dias; e pela parte materna neto de João Gallego Soromenho,
capitão gover nador da fortaleza de Pera, de que era proprietario, por ser
edificada por seus avós á sua custa, conservando n’ella uma casa de armas para
desenfados e assaltos dos mouros, e de sua mulher D. Brites de Andrade, filha
de Amaro Vaz, capitão governador da fortaleza de Boliche, e de D. Leonor de
Andrade, filha do capitão Manuel Soromenho Dias, filho de Luiz Pimentel, filho
de outro Manuel Soromenho Dias, todos governadores proprietarios da dita
fortaleza de Boliche, e este filho de Braz Rodrigues de Anhaya, e de Maria do
Vabo Pimentel, filha de Pantaleão Fogaça. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Soromenhos, no segundo as dos Pimenteis, no terceiro as
dos Andrades, e no quarto as dos Vabos. — Br. p. a 21 de janeiro de 1774. Reg.
no Cart. da N., liv. I, fl. 218. (C. C.)
2156. PED Ro ANToNIo VIEIRA DA
SILVA DE MEIRELLEs, bacharel em leis pela Uni versidade de Coimbra, e seu irmão
Cosme Damião Vieira da Silva e Meirelles, naturaes da freguezia de S. João
Baptista, concelho de Vieira; filhos de Domingos da Silva, sar gento-mór do
dito concelho, e de sua mulher D. Leonarda Vieira de Andrade e Meirelles; netos
paternos do capitão Lourenço Martins, e de sua mulher Francisca da Silva
Vieira, e por esta bisnetos de Pedro Vieira da Silva, e de sua mulher Magdalena
Antunes, filha de Gaspar Vieira da Silva, sargento-mór do concelho de Vieira, e
de sua mulher Anna Antunes; netos maternos de André Vieira, e de Luiza de
Andrade Meirelles, e por esta bis netos do capitão Henrique Domingues, e de
Luiza de Andrade de Meirelles; e o dito An dré Vieira filho do capitão-mór do
concelho de Roças Gregorio Vieira, e de Anna Henri ques, filho e neto de
sujeitos que tiveram o mesmo posto; e o dito Henrique Domingues tambem filho e
neto de sujeitos que tiveram o seu posto de capitães auxiliares. As armas dos
Vieiras, Silvas, Andrades, e Meirelles. —Br. p. a 27 de março de 1752. Reg. no
Cart. da N., liv. particular, fl. 34 v. (C. C.)
2157. PEDRO BAPTISTA DE FIGUEIRED
o Osoaio, natural da villa de Samora-Correa, patriarchado de Lisboa; filho de
Manuel Baptista de Figueiredo, e de sua mulher D. An tonia Caetana Barroso
Botelho; neto pela parte paterna de Manuel Baptista de Figueiredo, almoxarife
dos reaes paços de Salvaterra, e de sua mulher D. Ignacia Thereza de Mattos,
filha do capitão Francisco de Sequeira Mattos, cavaleiro da ordem de Christo; e
pela parte materna se mostrava ser neto de Manuel Cardoso Correa Botelho, e de
sua mulher D. Magdalena Maria Barroso de Freitas. • Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Figueiredos, no segundo as dos Botelhos, no
terceiro as dos Osorios, e no quarto as dos Correas. — Br. p. a 13 de Setembro
de 1787. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 25 V. (C. C.)
—
Escudo de campo vermelho e cinco machados de prata com os cabos de oiro, em
aspa, e por differença uma brica de oiro, e n'ella um anel de vermelho; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, prata e vermelho, e por
timbre dois machados das armas em aspa; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da geração e linhagem dos Machados por parte de sua mãe e
avós. — Dada em Evora a 20 de novem bro de 1533. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. xlvi, fl. 88 v.
2159. PEDR o BRINGEL DE LEMINHANA
(Doutor), fidalgo da casa real. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede
o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo vermelho com uma
banda de azul perfilada de oiro, e n’ella tres flo res de liz de prata; elmo de
prata aberto, paquife de prata e vermelho, e por timbre um braço vestido de
vermelho com uma das flores de liz na mão; com todas as honras de nobre e
fidalgo por descender da geração e linhagem dos Bringeis de Leminhana, que n0
reino de Valença e Catalunha eram fidalgos. — Dada em Evora a 5 de novembro de
1524. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. IV, fl. 82v.
2160. PEDRO CARDoso, cavalleiro
da ordem de Christo, contador da casa real; filho de Lopo Affonso de Andrade,
escudeiro de linhagem, e de Maria Gonçalves do Amaral, que foi bisneta de Vasco
Paes Cardoso, e de Beatriz Eannes do Amaral, que foi do tronco d’esta linhagem
dos Amaraes; e assim o dito Vasco Paes Cardoso foi fidalgo muito hon rado,
alcaide-mór de Trancoso, senhor de Moreira e do Villão, e era o tronco
principal da geração dos Cardosos. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro dos Cardosos, que é vermelho com dois cardos verdes
com as raizes e floridos de prata, "um sobre o outro, entre dois leões de
oiro pegados n’elles, e o contrario dos Amaraes, que é de oiro com seis luas de
azul em duas palas, e por diferença uma brica de prata e n'ella um — P— de
preto; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho e
azul, e por timbre uma cabeça de leão de oiro com um dos cardos saindo-lhe da
boca; com to das as honras e privilegios de fidalgo por descender da nobre
linhagem dos Cardosos e Amaraes. — Dada em Lisboa a 8 de agosto de 1538. Reg.
na Chanc. de D. João III, liv. XLIV, fl. 92.
2161. PEDRo DE CASTILHo, filho de
João de Castilho, que foi morador na villa de Thomar e natural das montanhas do
reino de Biscaia. Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede e a seus
descendentes o seguinte bra zão de seus antecessores: — Escudo de campo verde
com um castello de prata, com as portas e frestas e lavrado de preto, e em cima
da torre do meio uma flor de liz de oiro, e á porta do castello duas lebres de
prata olhando uma para a outra, com colleiras ver melhas, presas por umas
cadeas de oiro que saem das bombardeiras; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de oiro, prata e verde, por timbre uma das lebres das armas, e
por diferença uma merleta de oiro; com todas as honras e privilegios de nobre
fidalgo por descender da geração dos Castilhos do reino de Biscaia. — Dada em
Lisboa a 16 de fevereiro de 1561. Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. II, fl.
44 v.
2162. PEDR o DE CAs TRo, natural
de Torres-novas, filho de Ruy de Castro. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo de prata com
seis arruelas azues em duas palas, e por diferença uma flor de liz vermelha;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por timbre
um leão de prata com as seis arruelas azues; com todas as honras e privilegios
de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Castros.—Dada em Evora a 7
de outubro de 1534. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xx, fl. 16 v.
2163. PEDR o Co ELHo DE SEA BRA
(Alferes), natural do termo de Villa-rica do Oiro preto, estado da America;
filho do alferes de cavallos Manuel Coelho Rodrigues, e de sua mulher D.
Josepha de Avila e Figueiredo, neta do capitão João Seabra de Guimarães; neto
paterno do ajudante de infanteria Antonio Coelho, filho de Belchior Coelho,
irmão do senhor de Felgueiras e Vieira. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Coelhos, no segundo as dos Seabras, no terceiro as dos
Brandões, e no quarto as dos Avilas. — Br. p. a 23 de novembro de 1782. Reg. no
Cart. da N., liv. III, fl. 79. C. C.) (C. C.
2164. PED no CoRREA, cavalleiro,
morador em Tavilla, filho de Vicente Correa, e neto de Diogo Affonso Correa,
morador que foi tambem em Tavilla, fidalgo muito honrado e do tronco d'esta
geração dos Correas. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo de oiro fretado de vermelho de
grossas cotiças, e por diferença uma flôr de liz de prata; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre dois braços de
homem vestidos de oiro, e as mãos atadas com umas correas de ver melho; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos Correas.
— Dada em Evora a 27 de maio de 1536. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXII,
fl. 144.
2165. PED Ro DA CostA, cavalleiro
fidalgo da casa real, commendador da ordem de Christo, filho de Antão da Costa
Homem, e neto de Pedro da Costa Homem, que foi do tronco d'estas gerações.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro e quarto de vermelho com
seis costas de prata, postas em faxa e em duas palas, o segundo e terceiro de
azul com seis crescentes de oiro, em duas palas, e por diferença uma flor de
liz de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e
vermelho da parte direita e de oiro e azul da parte esquerda, e por timbre um
leão azul com uma faxa de armas nas mãos com o cabo de oiro; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender das gerações dos Cos tas e
Homens. — Dada em Lisboa a 19 de março de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. LII, fl. 60 v.
2166. PEDR o DA Cost A FERNAND
Es, do logar de Quintella, concelho de Cerva; filho de Antonio da Costa de
Oliveira, e de sua mulher Senhorinha Fernandes da Fonseca; neto paterno de
Domingos da Costa, e de sua mulher Isabel Jacome; neto materno de Gonçalo
Fernandes, e de sua mulher Maria de Affonseca. As armas dos Costas, Oliveiras,
e Afonsecas. —Br. p. a 23 de junho de 1756. Reg. no Cart. da N., liv. particular,
fl. 98 v. (C. C.)
2168. PEDR o DA CUNHA Os o Rio
CouTINHo REBELLo, morador na sua quinta de Sobre-rio, freguezia de Campanhã,
termo da cidade do Porto, e cidadão da mesma cidade; filho de Pedro Antonio da
Cunha Osorio Coutinho, e de sua mulher D. Michaela Archan gela Soares de
Noronha Rebello, sendo o mesmo supplicante legitimo descendente de Fi lippa
Rebello, a quem se passou brazão de armas com as do appellido de Rebello em
1629. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Cunhas, no
segundo as dos Osorios, no terceiro as dos Coutinhos, e no quarto as dos
Rebellos. — Br. p. a 20 de setembro de 1799. Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl.
96. (C. C.)
2169. PEDR o DIAS PAEs LEME,
fidalgo da casa real, commendador na ordem de Christo, guarda-mór geral das
Minas-geraes: filho de Garcia Rodrigues Paes, capitão-mór da villa de S. Paulo,
administrador, e guarda-mór geral de todas as minas, e de sua mu lher D. Maria
Pinheiro da Fonseca, filha do capitão João Rodrigues da Fonseca, e de sua
mulher D. Antonia Pinheiro Raposo; neto de Fernão Dias Paes, capitão-mór tambem
das ordenanças da dita villa, descobridor, e primeiro governador das minas, e
da gente da guerra, padroeiro do mosteiro de S. Bento da dita villa de S.
Paulo, e de sua mulher D. Maria Garcia, filha do capitão Garcia Rodrigues, o
velho, e de sua mulher Maria Bitim, filha de Giraldo Bitim Alemão; bisneto de
Pedro Dias Leme, capitão da milicia da dita villa, e de sua mulher Maria Leite,
filha de João Leite da Silva; terceiro neto de Fernão Dias Paes, que foi um dos
conquistadores da capitania de S. Vicente, nas partes da Ame rica onde viveu, e
de sua mulher D. Lucrecia Leme, filha de Luiz Leme; quarto neto de Pedro Leme
que viveu na villa de Abrantes, onde casou com Isabel Paes; quinto neto de
Antão Leme; sexto neto Antonio Leme, que viveu na ilha da Madeira, na sua
quinta, que hoje se chama dos Lemes, e de sua mulher Catharina de Barros,
instituidora de um mor gado na villa da Ponta do Sol, na dita ilha, filha de
Pedro Gonçalves da Camara, e de Isabel de Barros; setimo neto de Martim Leme
chamado o moço, que passou á ilha da Madeira no anno de 1483 com uma carta do
duque D. Fernando para a camara do Fun chal, a quem o recommenda, que se acha
registada no archivo da Camara da mesma ilha, registado no liv. II, fl. 158;
oitavo neto de Antonio Leme, cavalleiro da casa de el-rei D. João II, quando
principe: nono neto de Martim Leme, cavaleiro flamengo, o qual era tão devoto
das coisas de Portugal, que mandou de Flandres, d’onde era natural, seu filh0
Antonio Leme em uma charrua á sua custa com varios homens de lanças e
espingardas, para servirem com ele a el-rei D. Afonso V nas expedições que este
senhor fez na Africa, o qual o tomou por fidalgo de sua casa com o fôro de
escudeiro; decimo neto de outro Martim Leme, cavalleiro nobre e rico da cidade
de Burges no condado de Flandres. As armas dos Lemes. — Br. p. a .... de
dezembro de 1750. Reg. no Cart. da N., liv. I particular, fl. 7 v. (C. C.)
2170. PEDRo FARIA, morador em
Villa-viçosa, filho de João de Faria, e neto de Pe dro Annes de Faria, naturaes
de Barcellos. Carta pela qual el-rei D. Filippe III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo vermelho e uma torre de prata,
com portas e frestas de preto entre cinco flores de liz, tres em chefe e duas
em faxa, e por diferença um crescente de oiro; elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquife de prata e vermelho, e por tim bre a mesma torre com uma das
flores de liz sobre as ameias; com todas as honras e Lis boa a 10 de fevereiro
de 1624. Reg. na Chanc. de D. Filippe III, liv. II, fl. 44 v.
2171. PEDRO FERREIRA DE CAMPos
SARMENTO, tenente de granadeiros de uma das companhias da guarnição da praça de
Bragança, natural e morador do bairro da villa de Vinhaes, comarca da cidade de
Miranda, da provincia de Traz-os-montes; filho de João Ferreira, e de sua
mulher D. Maria Alvares Lopes; neto paterno de Pedro Pires de Mo raes, capitão
das ordenanças da villa de Vinhaes, e de sua mulher D. Brites Ferreira
Sarmento; segundo neto pela mesma via de Pedro Ferreira de Campos Sarmento, que
nas guerras da feliz restauração d’este reino foi mestre de campo de um terço
de infan teria volante, e de sua mulher D. Magdalena de Moraes; neto materno de
João Rodrigues Alvares da Silva, sargento-mór que foi das ordenanças da villa
de Passo, e de sua mulher D. Maria Lopes de Moraes; segundo neto pela mesma via
de Fagundo Lopes de Moraes, que foi sargento-mór de infanteria auxiliar, e de
sua mulher D. Isabel Gonçalves Teixeira. As armas dos Moraes, Ferreiras,
Sarmentos, e Teixeiras. — Br. p. a 11 de março de 1754. Reg. no Cart. da N.,
liv. particular, fl. 69 v. C. C.) (C. C.
2172. PEDR o FRAZÃo, filho de
Affonso Nogueira Frazão; neto de Pedro Nogueira, fi dalgo, e de Isabel Frazoa;
bisneto de Diogo Frazão, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta
geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecessores: — Escudo de campo vermelho com um chavejam de prata entre
tres flores de liz de oiro postas em roquete, e por diferença uma brica de
oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e
por timbre o chavejam de vermelho com uma flor de liz de oiro no meio; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem
dos Frazões. — Dada em Lisboa a 23 de Outubro de 1532. Reg. na Chanc. de D.
João III, liv. XVIII, fl. 115 V.
2173. PEDRO DE GoEs, morador em
Obidos, filho de Alvaro Gonçalves, criado de el rei D. Afonso, e de Leonor de
Goes; neto de Alvaro Vaz de Goes, o qual era irmão de Nuno de Goes, alcaide-mór
que foi de Alemquer, que foram do tronco d'esta linhagem. Carta pela qual
el-rei D. Manuel lhe concede e a seus descendentes o seguinte bra zão de seus antecessores:
— Escudo de campo azul e seis cadimos de crescentes de prata em duas palas, e
por diferença uma bellica de oiro e n'ella uma merleta de azul; elmo de prata aberto,
e por timbre uma serpe verde, paquife de prata e azul; com todas as honras e privilegios
de fidalgo de antiga linhagem por descender da nobre geração dos de Goes. —
Dada em 1513. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. XI, fl. 88, e liv. VI de Mist.,
fl. 135. 2174. PEDRo HoMEM, morador na ilha Terceira, capitania da Praia, filho
de Heitor Alvares Homem. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores : — Escudo de campo azul com seis
crescentes de oiro em duas palas, e por diferença uma flor de liz de prata;
elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre
um leão de azul com uma facha de armas nas mãos e o rabo de oiro; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Ho
"m— Dada em Lisboa a 2 de dezembro de 1529. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. XVII, fl. 142 v.
2176, PEDR o JosÉ CORREA DE QUE
VED o HoMEM DE MAGALHÃEs, cavaleiro fidalgo da casa real, professo na ordem de
Christo, cadete do regimento da Junta, hoje de Lippe, d'onde passou para
guarda-marinha, tenente de cavallos, e ajudante de ordens do governo de Angola;
cidadão e governador da capitania de Benguela com a graduação de sargen to-mór
de infanteria, natural da cidade de Lisboa; filho de Manuel Correa de Quevedo
Ho mem de Magalhães, moço da camara do numero do lidelissimo rei o senhor D.
João V, e porteiro da real camara da fidelissima rainha a senhora D. Marianna
de Austria, e de sua mulher D. Francisca Xavier de Andrade, dama da camara da
mesma senhora; neto pela parte paterna do capitão Domingos Correa da Fonseca, e
de sua mulher D. Theodora Ma ria de Quevedo, filha de Vital Homem de Magalhães,
fidalgo da casa real, e de sua mu lher D. Maria Josepha de Quevedo; bisneto de
Manuel Correa da Fonseca, capitão de mar e guerra da real armada, e de sua
mulher D. Maria Antonia de Araujo; terceiro neto de Domingos Correa, provedor
da real fazenda do Rio de Janeiro, e de sua mulher D. Maria da Fonseca; e pela
parte materna neto de Felix de Azevedo Carneiro e Cunha, mestre de campo de
Minas-geraes com o exercício das ordens do governo, e de sua mulher D. Ma
gdalena Maria de Andrade, filha de João de Mattos Cardoso, e de sua mulher D.
Marga rida de Andrade; bisneto de Pedro de Azevedo Carneiro, capitão da praça
de Peniche, e de sua mulher D. Isabel da Cunha. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Correas, no segundo as dos Quevedos, no terceiro
as dos Homens, e no quarto as dos Magalhães. — Br. p. a 9 de outubro de 1783. Reg.
no Cart. da N., liv. III, fl. 107 V. (C. C.)
2177. PEDR o JosÉ DE SAMPA1o, professo na
ordem de Christo, natural da cidade de Lamego, filho de Pedro Teixeira de
Sampaio, que em outro tempo se denominava de Ta vora, e de D. Bernarda Luiza
Thereza do Amaral Guedes; neto pela parte paterna de Ma nuel de Tavora
Ferreira, e de D. Magdalena Teixeira de Sampaio; e pela materna neto de Antonio
de Almeida Coelho, e de D. Isabel Maria da Silva. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Teixeiras, no segundo as dos Sampaios, no
terceiro as dos Amaraes, e no quarto as dos Guedes. — Br. p. a 16 de novembro
de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 137. (C. C.)
2178. PEDRo JosÉ VAz PEREIRA,
sargento-mór das ordenanças de Lamas de Orelhão, comarca de Villa-real; filho
do capitão de ordenanças João Vaz de S. Roque, e de sua mulher D. Comba Alvares
Dias Pereira; neto paterno de Pedro Vaz, e de sua mulher D. Maria Vaz; e
materno de Pedro Alvares, e de sua mulher D. Thereza Dias Pereira. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Vazes, e na segunda as dos Pereiras.
— Br. p. a 21 de março de 1815. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 309 v. (C.
C.)
2179. PEDRo DA LAGEA CoRREA,
natural de Lisboa, filho de João da Lagea, e de Leonor Fernandes Correa; neto
de Antão Fernandes Correa, fidalgo da casa real, e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecessores: — Escudo de campo de oiro fretado de vermelho de largas cotiças,
e por diferença uma brica azul e n’ella uma muleta de prata; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, pa quife de oiro e vermelho, e por timbre dois
braços armados atados pelos punhos com uma correa vermelha; com todas as honras
e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Correas. —
Dada em Lisboa a 17 de novembro de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III, liv.
LII, fl. 203 v.
2180. PEDR o LEITÃo PINTo PACHEco
SoAREs DA Fons ECA GoDINHo, sargento mór da comarca de Esgueira, e morador na
mesma villa; filho de João Gomes Godinho da Fonseca Soares, e de sua mulher D.
Maria Josepha da Silva; neto paterno do capitão Bento Pacheco Soares, que tirou
brazão com as armas dos Fonsecas e Soares de Alber garia em 1688, e de sua
mulher Maria Gomes Godinho; bisneto de Antonio Pacheco Hen riques, e de sua
mulher Juliana Soares, e por esta terceiro neto de Diogo Soares, e de sua
mulher Maria de Almeida; quarto neto de Diogo Velho Soares, irmão de Antonio da
Silva Soares, que tambem teve brazão de armas das referidas familias, e de sua
mulher Antonia de Almeida; quinto neto de Miguel da Fonseca, e de sua mulher Maria
Soares; sexto neto de João Rodrigues da Fonseca, e de sua mulher Francisca
Soares. As armas dos Fonsecas, e Soares de Albergaria. — Br. p. a 15 de julho
de 1757. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 108 v. (C. C.)
2181. PEDR o LoPEs DE CALHEIRos,
natural de Ponte de Lima. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul com cinco vieiras
de prata riscadas de preto, em aspa, e tres estrellas do mesmo em faxa ao pé, e
por diferença uma brica de oiro com um — P— preto; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por timbre dois bordões de
Sant'Iago de prata, em aspa, com uma das vieiras no meio; com todas as honras e
privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Calheiros. —
Dada em Evora a 13 de agosto de 1534. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xx,
fl. 194 v.
2182. PEDRO LoPEs DA FONs E CA
(Doutor), filho de Diogo Lopes de Affonseca, neto de Pedro Vaz da Fonseca, que
foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D.
João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo
de oiro com cinco estrellas de vermelho em aspa, e por diferença uma flor de
liz de verde; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e
vermelho, e por timbre um meio touro de vermelho com uma estrella de oiro na
fronte; com todas as honras de nobre fidalgo por descender da geração dos
Fonsecas. — Dada em Lisboa a 16 de abril de 1538. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. XLIV, fl. 49.
2183. PEDRO Lopes do PAço DA
BARBUDA, filho de João Lopes do Paço da Barbuda, neto de Pedro Lopes do Paço da
Barbuda, os quaes foram fidalgos e do tronco d'esta geração. Carta pela qual
el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso ros : —
Escudo de campo de oiro e nove lisonjas de veiros, em tres palas, assentadas, e
por diferença um trifolio vermelho; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro, azul, e prata, e por timbre um meio galgo de preto entre dois
penachos de pa vão; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender
da geração dos Barbu #" em Lisboa a 15 de maio de 1565. Reg. na Chanc. de
D. Sebastião, liv. IV, . 290.
2184. PEDRO LOPES DA SILVA,
cavalleiro fidalgo da casa real, filho de Lopo Alvares da Silva, neto de João
Alvares da Silva, e bisneto de Fernão da Silva, e de Eyria Alva res de Azevedo,
o qual Fernão da Silva foi fidalgo muito honrado, estribeiro-mór de el-rei D.
Duarte e de el-rei D. Afonso, e foi do tronco desta geração; e sobrinho de
Jorge da Silva e de João Alvares da Silva, filhos de Fernão da Silva. Carta
pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res:
— Escudo de campo de prata com um leão de purpura, e uma flor de liz azul por
diferença; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquífe de prata e purpura,
e por timbre o mesmo leão; com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descender da ge ração e linhagem dos Silvas. — Dada em Lisboa a 9 de agosto de
1538. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLIV, fl. 94 v.
2185. PEDRo LUIZ DE OLIVAL,
capitão de mar e guerra, cavalleiro da ordem de Christo; filho de Luiz Roque da
Silva, e de sua mulher D. Francisca Maria de Olival; neto paterno de outro Luiz
Roque da Silva, e de sua mulher D. Domingas Pedroso da Silva; neto materno do
capitão de infanteria Manuel Luiz de Olival, e de sua mulher D. Leonor Dias; e
por parte de seu avô paterno bisneto de outro Luiz Roque da Silva, As armas dos
Silvas, e Olivaes. — Br. p. a 12 de setembro de 1754. Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 79 v. (C. C.)
2186. PEDRO MARQUES DE FIGUEIREDO
TAVARES CABRAL, bacharel formado na Universidade de Coimbra, natural da freguezia
de S. Pedro de Gouvea, comarca da Guarda; filho de Pedro Marques de Figueiredo,
bacharel formado na referida Universi dade, e de sua mulher D. Maria Rita
Mimoso Tavares Cabral; neto pela parte paterna de Bartholomeu Marques de
Figueiredo, e de sua mulher D. Maria de Figueiredo; neto pela parte materna de
Pedro Gaspar Cabral de Figueiredo, e de sua mulher D. Julia Basília Mimoso. Um
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Figueiredos, no
segundo as dos Tavares, e no terceiro as dos Cabraes. — Br. p. a 28 de julho de
1791. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 221. (C. C.)
2187. PEDR o MENDEs VAz,
capitão-mór da villa de Mira, comarca de Aveiro; filho de Pedro Simões Mendes
Vaz, e de D. Maria Rodrigues; neto por parte paterna de Ma nuel Mendes, e de D.
Maria Vaz; neto por parte materna de Manuel Jorge Dias, e de D. Margarida
Rodrigues, sendo o supplicante da nobre familia de Pedro Rodrigues, que no anno
de 1107, reinado de D. Afonso Henriques, ganhou aos mouros a villa de Moura,
como todos os seus antepassados legitimo descendente das illustres familias dos
appellidos de Mendes, Vaz, Rodrigues, e Dias. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Mendes, no segundo as dos Vazes, no terceiro as
dos Rodrigues, e no quarto as dos Dias. — Br. p. a 21 de ju lho de 1802. Reg.
no Cart. da N., liv. vi, fl. 214 v. (C. C.) .
2188. PEDRo MoNTEIRO FURTAD o RAM
os MADEIRA (Desembargador), natural da freguezia de Almoster, termo da villa de
Santarem; filho do capitão Manuel Ramos Ma deira, e de sua mulher D. Helena da
Cruz Monteiro; neto pela parte paterna de Fran cisco Jorge Madeira, e de sua
mulher Maria Madeira Ramos, da freguezia da villa da Azambugeira, e pela
materna do capitão Antonio Monteiro Furtado, e de sua mulher D. Magdalena Vicente
da dita freguezia de Almoster. • Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Madeiras, no segundo as dos Ramos, no terceiro as dos Monteiros, e no
quarto as dos Furtados. — Br. p. a 28 de janeiro de 1772. Reg. no Cart, da N.,
liv. I, fl. 170 v. C (C. C.)
2189. PEDR o No LAsco FERREIRA DE
ANDRADE, cavaleiro professo na ordem de Christo, juiz de fóra da capitania de
Benguela, natural da cidade da Bahia; filho de Pe dro Ferreira de Andrade, e de
D. Isabel Maria de Jesus; neto pela parte paterna de Paulo Ferreira de Andrade,
e de D. Maria da Annunciação, e pela materna de Domingos Affonso da Silva, e de
D. Anna de Benavides, os quaes seus paes e avós foram pessoas nobres das
familias dos appellidos Ferreiras, Andrades, Silvas, e Benavides, que n'este
reino são fidalgos de linhagem e cota de armas. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Ferreiras, no segundo as dos Andrades, no terceiro as dos
Silvas, e no quarto as dos Benavides. — Br. p. a 22 de junho de 1772. Reg. no
Cart. da N., liv. I, fl. 175 v. C.) (C. C.
2190. PEDRo No LAsco DE VILHEGAs
(Capitão), natural e morador na freguezia do Couto de cima, termo da cidade de
Viseu: filho do capitão José Caetano de Vilhegas, e e de sua mulher D. Luiza
Thomazia de Figueiredo; neto por parte paterna do capitão Domingos Lopes de
Vilhegas, e de sua mulher D. Maria Fernândes; bisneto de Pedro Francisco, e de
sua mulher Domingas Lopes; neto por parte materna do capitão Pedro de Vilhegas
da Costa, e de sua mulher D. Maria de S. Pedro; bisneto de Domingos da Costa, e
de sua mulher D. Martha Rodrigues, primo de Antonio Bernardo Cardoso Pes # e
Vilhegas Castel-branco, a quem se passou brazão de armas a 22 de março e 1781.
Um escudo, e n'elle as armas dos Vilhegas, — Br. p. a 12 de julho de 1800. Reg.
no Cart. da N., liv. VI, fl. 130 v. (C. C.)
2191. PEDRO DE OLIVEIRA DA CUNHA,
natural de Evora, filho de Antonio de Oliveira, neto de Pedro de Oliveira, e de
Isabel Falleira de Brito, e bisneto de Luiz de Oliveira, e de Ignez da Cunha, e
bem assim de Mecia Rodrigues de Brito; e pela parte de sua mãe Jeronyma de
Mariz era neto de Diogo Galvão de Aguiar, e de Maria de Mariz, e bisneto de
Diogo Lopes de Mariz, os quaes todos foram fidalgos e do tronco d'estas
gerações. Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de
seus antecesso res: — Escudo de campo esquartelado, o primeiro dos Oliveiras de
campo vermelho e uma oliveira verde com azeitonas de oiro e as raizes de prata,
o contrario dos Britos de campo vermelho e nove lisonjas de prata em tres palas
e em cada uma um leão de pur pura; o segundo dos Galvões que são um escudo
partido em pala, a primeira de prata e uma aguia de preto estendida tendo no
peito um crescente de oiro, a segunda de verme lho e seis costas de prata
afirmadas nos cabos postas em tres faxas; e o contrario dos Marizes de campo
azul e cinco vieiras de oiro em cruz entre quatro rosas de prata risca das de
preto, e por diferença uma flor de liz de oiro; elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquife de oiro, vermelho, prata, purpura, preto, e azul, e por timbre
um leão de purpura rompente; com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descender da geração dos Oliveiras, Britos, Marizes, e Galvões. — Reg. na
Chanc. de D. Sebastião, liv. IV. fl. 197 V.
2192. PEDRO PACHEco, morador na
ilha da Madeira, filho de Antão Pacheco e neto de Pero Pacheco, que mataram os
mouros em Ceuta, e era fidalgo e do tronco d'esta linhagem. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo
de campo de oiro com duas caldeiras em pala, tambem de oiro, com tres fa xas, e
as azas veiradas e contraveiradas de vermelho e preto, e quatro cabeças de
serpe tambem de oiro nos cabos das azas, duas para fora das caldeiras e duas
para dentro, e por differença uma flor de liz de vermelho; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, pa quife de oiro e vermelho, e por timbre um pescoço de
serpe de oiro com duas cabeças uma contra a outra; com todas as honras de nobre
e fidalgo por descender da nobre li nhagem dos Pachecos. — Dada em Evora a 22
de maio de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. x, fl. 79.
2193. PEDRO PASCAL E GO,
embaixador de Veneza. Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concedeu licença
para accrescentar o seu brazão com a «nossa divisa da esphera dourada», posta
da maneira que melhor lhe agradasse, em attenção ao grande apreço e consideração
em que era tido por el-rei. (Não descreve o brazão.)—Dada em Lisboa a 22 de
junho de 1502. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. d'Extras, fl. 28.
2194. PEDRO PEREIRA BARB os A DE
CASTRO, da villa de Ponte de Lima, filho de Manuel Pereira de Castro, e de sua
mulher Ventura de Mello Pereira de Sampaio; neto paterno de Pedro Pereira
Barbosa, e de sua mulher Maria Barbosa Correa; neto materno de Manuel Pereira,
e de sua mulher Anna Pacheco de Sampaio. As armas dos Barbosas, Pereiras,
Castros e Sampaios. — Br. p. a 27 de janeiro de 1757. Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 104 v. (C. C.)
2195. PEDRO PEREIRA Dos
GUIMARÃES, cavalleiro professo na ordem de Christo, familiar do Santo Oficio,
um dos infanções e governança da villa de Guimarães, d’onde é natural e
morador, sargento-mór da comarca da mesma villa; filho do capitão Verissimo
Pereira da Costa dos Guimarães, e de sua mulher D. Catharina Francisca de
Oliveira; neto paterno do capitão João da Costa, e de sua mulher Jeronyma
Pereira; neto matern0 de Jeronymo de Novaes, e de Margarida de Oliveira. As
armas dos Pereiras, Costas, Guimarães, e Oliveiras. — Br. p. a 10 de junho de
1752. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 38. (C. C.)
2197. PEDRO DA PONTE PORTO -
CARREIRO, morador em Vianna da Foz de Lima, filho de Ignez da Rocha, neto de
Gonçalo da Rocha Porto-carreiro, que foi fidalgo muito honrado e do tronco
d'estas gerações; bisneto de Fernando Alvares Porto-carreiro, fidalgo natural
de Castella. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão
de seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro xaquetado de
oiro e de preto de doze pontos, e o segundo de prata com uma aspa de vermelho e
n’ella cinco vieiras de oiro, uma no meio e as outras nas pontas da aspa, e por
diferença uma brica de azul com um —P— de prata; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro, vermelho e preto, e por timbre a aspa de
vermelho com uma vieira no meio e duas nas pontas de cima; com todas as honras
e privilegios de fidalgo por descender da geração dos Porto carreiros e dos
Rochas.—Dada em Lisboa a 20 de agosto de 1539. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. XXVII, fl. 77 V.
2198. PEDRO Do REGo, filho
bastardo do doutor João do Rego, e neto de Gonçalo An nes, que foi do tronco da
linhagem dos do Rego. Carta pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus
descendentes o brazão de seus antepassados: — Escudo de campo verde com uma
banda ondada, e n'ella tres vieiras de oiro, por diferença um filete negro de
bastardia; elmo de prata aberto, e por timbre uma vieira de oiro entre dois
pennachos verdes picados de oiro, paquife de oiro e verde; com todas as honras
e privilegios de fidalgo por descender da dita linhagem e geração. —Dada em
1513. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. XV, fl. 51 V., e liv. V de Mist., fl.
114.
2199. PEDRO Do REGo, bacharel,
filho de João do Rego e neto de Gonçalo Gil do Rego, que foi do tronco d'esta
geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecessores: — Escudo de campo verde com uma banda ondada de prata e
sobre ella tres vieiras de oiro perfiladas de azul, e por differença uma
merleta de prata; elmo de prata aberto guar necido de oiro, paquife de oiro e
verde, e por timbre uma vieira de oiro entre dois pen nachos verdes; com todas
as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos
Regos. — Dada em Lisboa a 27 de agosto de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. LII, fl. 172 v.
2200. PED Ro Do REG o DA SILVEIRA
CARVALHAEs, natural da villa d'Amieira, prio rado do Crato, filho de Monica
Mousinho da Silveira Carvalhaes, e de seu marido Manuel Vieira Feio; neto pela parte materna de Manuel
Mousinho de Mattos, e de sua mulher D. Brites do Rego da Silveira Carvalhaes,
irmã legitima do capitão João do Rego da Sil veira Carvalhaes, a quem no anno
de 1716 se concedeu brazão de armas das familias de seus appellidos, e filhos
ambos de Bartholomeu Pires de Carvalhaes, e de sua mulher D. Maria Gomes, netos
pela parte paterna de Marcos Fernandes, e de sua mulher D. Maria do Rego da
Silveira, irmã de Pedro do Rego a quem tambem se concedeu outro similhante
brazão no anno de 1686; os quaes foram filhos de Bartholomeu Pompino de
Carvalhaes, e de sua mulher D. Mecia do Rego da Silveira, filha de Gaspar do
Rego da Silveira, fi dalgo e moço da camara dos senhores reis d’este reino, e
quinto avô do supplicante. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto
quarteis as armas dos Carvalhaes, no segundo as dos Regos, e no terceiro as dos
Silveiras. — Br. p. a 4 de novembro de 1788. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl.
84. (C. C.)
2201. PEDRO DE SEIXAs, morador em
Faro, filho de Fernão de Seixas, neto de Ignez de Seixas, e bisneto de Fernão
de Seixas, moradores em Faro e que foram do
tronco d'esta geração e fidalgos muito honrados; e assim era filho de
Isabel Vieira, e neto de Fernão Vieira, de Faro, que foi tambem fidalgo e do
tronco da geração dos Vieiras, • Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede
o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o
primeiro de verde com cinco pombas, seixas, de prata, em aspa, com os pés e
bicos vermelhos, duas d’estas voando, a ultima debaixo da direita e a primeira
de cima da esquerda, e o contrario de vermelho com seis vieiras de prata riscadas
de preto, em duas palas, e por diferença uma flor de liz de oiro; elmo de prata
aberto guarnecido de oiro, paquífe de prata, verde e vermelho, e por timbre uma
das seixas voando; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender
da geração e linhagem dos Seixas e Vieiras. — Dada em Evora a 20 de maio de
1537. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXIII, fl. 50.
2204. PEDRo VANZELLER, cavalleiro
professo na ordem de Christo, morador na ci dade do Porto; filho de Arnaldo
João Vanzeller, cavaleiro professo na ordem de Christo, e de sua mulher D. Anna
Francisca Vanzeller; neto de Luiz Vanzeller, e de Joanna Har les; bisneto de
Arnaldo Vanzeller, e de Emerencia Van der Hecg; terceiro neto de João
Vanzeller, e de Joanna de Beijer, o qual seu terceiro avô Rolando Vanzeller, a
quem o senhor rei D. Pedro II confirmou as armas d’esta familia de Vanzeller.
Um escudo com as armas dos Vanzelleres. — Br. p. a 9 de outubro de 1786. Reg.
Cart. da N., liv. III, fl. 240 v. (C. C.)
2205. PED Ro VAz BoRGEs, morador
na cidade do Funchal, filho de Pedro Vaz Bor ges, neto de Antão Borges, e
bisneto de Fernão Borges. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo vermelho com um leão de
oiro rompente e uma bordadura azul se meada de flores de liz de oiro, e por
diferença um trifolio de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro, vermelho e azul, e por timbre meio leopardo de oiro com uma
flor de liz vermelha sobre a cabeça; com todas as honras e privilegios de fi
dalgo por descender da nobre geração dos Borges. —Dada em Lisboa a 30 de março
de 1556.
2206. PEDRo VAz DE CARVALHo,
natural da cidade da Guarda, e escrivão proprieta rio de um dos oficios do
publico, judicial e notas da cidade da Guarda: filho do primeiro matrimonio de
Raphael Mendes, e de sua mulher D. Perpetua Maria; neto pela parte pa terna de
Manuel Mendes, e de sua mulher D. Leonor de Carvalho; e pela materna de Ma nuel
Rodrigues Sarzedas, e de sua mulher D. Leonor Mendes. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Mendes, na segunda as dos Carvalhos. — Br. p. a
26 de agosto de 1790. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 178. (C. C.)
2207. PEDRO VIEGAS VAz RoDRIGUEs,
doutor na faculdade dos sagrados cano nes, advogado do numero da Casa da
supplicação, natural da villa de Tondella, e mo rador na cidade de Lisboa;
filho de Manuel Viegas, e de sua mulher Anna Jeronyma; neto paterno de João
Vaz, e de sua mulher Maria Viegas, esta filha do capitão Pedro Viegas, e de sua
mulher Ignez Rodrigues; bisneto de João Vaz, e de sua mulher Isabel da As
sumpção, moradores no logar de Pandufe onde foram da irmandade de Santo
Antonio, na qual se não recebe pessoa que seja de infecta nação; e finalmente
terceiro neto de Hen rique Braz, e de sua mulher Maria Antonia. As armas dos
Vazes, e Viegas. — Br. p. a 19 de setembro de 1757. Reg, no Cart. N., liv.
particular, fl. 110 v. (C. C.)
2208. PEDR o DE VILLA-NovA,
physico e cirurgião da Rainha. Carta pela qual el-rei D. João III o fez fidalgo
de cota de armas e lhe concedeu o se guinte brazão: — Escudo de campo verde com
uma bicha, por nome tiro, com a lingua vermelha e o rabo voltado para cima, e
os pés picados de oiro; elmo de prata cerrado guarnecido de oiro, paquife de
oiro e verde, e por timbre metade da mesma bicha; com todas as honras e
privilegios de fidalgo pelos serviços por elle prestados, taes como vigi lias
nas doenças da rainha e do principe, etc. — Dada em Lisboa a 3 de fevereiro de
1538. (M. N.) Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLIV, fl. 114 v.
2209. PERo RodRIGUEs D o AMARAL,
protonotario, conde palatino, administrador perpetuo do mosteiro de S. Pedro
das Aguias, e arcipreste da egreja de Santa Maria da villa de Almeida. Carta
pela qual el-rei D. Manuel lhe concede e a seus descendentes e irmãos a mercê
de fidalguia e nobreza, e juntamente licença para poder usar do brazão de armas
seguinte, que lhe fora dado pelo imperador Andreas Paleologus, e confirmado
pelo Santo Padre : — Que faça da parte de cima meio leão coroado, que tenha uma
espada na mão; pelos serviços pelo mesmo prestados nas guerras com os infieis,
nas quaes gestou muitos dos seus haveres (nada mais explica sobre o brazão). —
Dada em Lisboa a 30 de agosto de 1503. (M. N.) Reg. na Chanc. de D. Manuel,
liv. IV de Mist., fl. 174 v.
2210. PERo Rod RIGUES GANTE,
escudeiro e vassallo da casa real, morador em Elvas, Sobrinho de Vasco Pires e
filho d'um irmão d’este. Carta pela qual el-rei D. Affonso v lhe concede e a
seus descendentes o seguinte brazão de armas : — Um escudo vermelho e dois
gantes de armas de argente, no meio d'elles um arco verde torquijo, com sua
corda de prata ao redor; pelos seus serviços prestados nas guerras de Ballastia
e Roxia com os turcos.—Dada em Lisboa a 20 de julho de 1454, (M. M.) Reg. na
Chanc. de D. Afonso V, liv. x, fl. 79, e liv. II de Mist., fl. 177 V.
2211. PLA CID o JosÉ PAMPLONA,
natural da cidade de Angra da ilha Terceira, filh0 de Antonio Xavier Pamplona,
e de sua mulher D. Catharina Felicia; neto de Mathias Pam plona Merens, e de
sua mulher D. Josepha Maria de Mello; bisneto de D. Antonio Moniz Alvares
Pamplona, filho de Mathias Pamplona, que foi terceiro neto por linha legitima
de Gonçalo Nº Pamplona, natural da cidade do Porto, e um dos primeiros
povoadores da dita ilha. Um escudo com as armas dos Pamplonas — Br. p. a 20 de
junho de 1771. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 153. (C. C.)
2212. PLÁCIDo MANUEL ALVARES DA
SILVA, cavalleiro fidalgo da casa real, natural da freguezia de S. Martinho da
villa de Cintra; filho de Lucas Manuel Alvares da Silva, cavalleiro fidalgo da
casa real, professo na ordem de Christo, escrivão das cozinhas reaes, e
thesoureiro da real Ocharia, e de sua mulher D. Agostinha Angelica Umbelina;
neto pela parte paterna de Manuel Alvares Antunes, tambem cavalleiro fidalgo e
professo na ordem de Christo, e de sua mulher D. Maria Velloso da Costa e
Silva, filha do doutor Pedro da Silva Lemos. cavaleiro da ordem de Christo, que
serviu nos logares de letras, e de D. Maria Velloso da Costa, neta paterna do
capitão de mar e guerra da armada real Fran cisco da Silva Torres, e de D.
Archangela de Lemos, e pela parte materna de Diogo Pinto de Almeida, cavalleiro
da Ordem de Christo, capitão em Mazagão, e de D. Isabel Maria da Costa; neto o
supplicante pela parte materna do capitão Francisco dos Reis, e de sua mulher
D. Paula Maria Eugenia. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Silvas, no segundo as dos Torres, no terceiro as dos Lemos, e no quarto as
dos Costas. — Br. p. a 20 de ou tubro de 1779. Reg. no Cart. da N., liv. II,
fl. 205 v. (C. C.)
2213. PLA ciDo SoAREs Coelho,
cavalleiro da ordem de Christo, capitão-mór da villa de Soure, d’onde é natural
e morador; filho de Manuel Soares Coelho, e de Sua mulher D. Michaela Josepha
de Andrade; neto paterno de Sebastião Soares Coelho, e de sua mulher D. Natalia
de Mattos; bisneto de Agostinho Soares Coelho, e de sua mulher D. Maria da
Fonseca Caldeira; terceiro neto de Manuel Soares Coelho de Albergaria, e de D.
Maria Pimenta de Mesquita; e o avô materno foi cavalleiro da ordem de Christo,
e sargento-mór da villa de Soure. Um escudo em pala com as armas dos Soares e
Coelhos. — Br. p. a 6 de junho de 1757. Reg. no Cart. da N., liv. partícular,
fl. 106 v. (C. C.)
2214. PoLY CARPo José SoA RES DA
MoTTA, natural da villa de Almeirim, filho de Luiz Soares da Motta, que foi
muitos annos juiz das coutadas da villa de Almeirim. e de sua mulher D. Josepha
Thereza de Sá; neto pela parte paterna de Paulo Soares da Motta, almoxarife
proprietario do paço da Ribeira de Muge, e de sua mulher D. Josepha Maria de
Seixas; bisneto de José Soares da Motta, e de sua mulher D. Maria Henriques;
terceiro neto de Paulo Rodrigues Soares, e de sua mulher D. Maria da Motta,
filha de Miguel Froes, fidalgo da casa real.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Soares, e na segunda
as dos Mottas. — Br. p. a 5 de novembro de 1790. Reg, no Cart. da N., liv. Iv,
fl. 193. (C. C.) R
2215. RAYMUNDO JOSÉ PIMENTEL DE
MESQUITA SOUSA DE CARVALHO FARIA DA FONSECA, da freguezia de Lobrigos, comarca
de Villa-real; filho de José Manuel de Carvalho da Fonseca, e de D. Anna
Joaquina de Sousa; neto paterno de Manuel da Fon Seca de Carvalho, e de D.
Maria Rebello de Carvalho; e materno do doutor Manuel de Mesquita Carrilho de
Faria Pimentel, e de D. Maria Theodora de Sousa Coutinho. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Fonsecas, no segundo as dos
Carvalhos, no terceiro as dos Farias, e no quarto as dos Sousas. — Br. p. a 11
de maio de 1812. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 220. (C. C.)
2216. RAYMUNDo José SoARES
MENDES, natural da villa de Abrantes, moço fi dalgo com exercicio da casa real,
cavaleiro da ordem de Nossa Senhora da Conceição de Villa-viçosa, capitão do
batalhão nacional de caçadores de Abrantes; filho de Joaquim Soares Mendes, e
de sua mulher D. Anna Petronilla de Moura Pereira; neto paterno de Rodrigo
Vicente Mendes, e de sua mulher D. Maria da Piedade; e materno do doutor João
de Moura Pereira, e de sua mulher D. Luiza Antonia de Carvalho. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Soares, e na segunda as dos Mendes. —
Br. p. a 14 de outubro de 1867. Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 107. (C. C.)
2217. RAYMUNDO DE MAGALHÃES
MEXIA, natural da villa de Louzã, comarca de Coimbra; filho de José Miguel de
Macedo Magalhães Mexia, cavalleiro da ordem de Christo e fidalgo da casa real,
e de sua mulher D. Isabel Caetana Xavier da Serra; neto pela parte paterna de
Jeronymo de Magalhães Mexia e Freitas, familiar do Santo Oficio, a quem se
passou brazão com as armas dos Mexias em 1714, e de sua mulher D. Maria Caetana
Pimentel de Proença, bisneto de Antonio de Magalhães Mexia, familiar do Santo
Oficio, e a quem se tinha já dado outro similhante brazão, e de sua mulher D.
Maria de Almeida de Gamboa; e pela materna neto de Manuel Lopes, e de sua
mulher D. Maria da Serra, moradores que foram na sua quinta do Reguengo: a qual
D. Maria da Serra era filha de Luiz Simões da Serra, dos mesmos Serras de que
procedeu Manuel da Serra, #" general que foi n'esta côrte, e José da
Serra, governador do Grão-Pará e Mara Il[]30. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Mexias, no segundo as dos Magalhães, no terceiro
as dos Macedos, e no quarto as dos Serras. — Br. p. a 28 de novembro de 1772.
Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 190. (C. C.)
2218. RAYMUNDo VERIssIM o DE
SousA LACERDA E SILVA, tenente coronel do regi mento de milicias de Thomar,
filho do desembargador Raymundo Verissimo de Sousa e Silva, e de D. Thereza
Dorothea de Sequeira e Silva; neto paterno de Verissimo de Sousa, capitão das
ordenanças de Aljubarrota, e de sua mulher D. Maria Henriques de Sousa, Um
escudo com as armas dos Sousas. — Br. p. a 4 de julho de 1813. Reg. no Cart. da
N., liv. VII, fl. 280 v. (C. C.)
2219. RICARDo RAYMUNDo No GUEIRA
(Doutor), do conselho de Sua Magestade, um dos governadores dos reinos de
Portugal e Algarves, reitor do real Collegio dos nobres, lente jubilado na
faculdade de leis da Universidade de Coimbra, conego doutoral da Sé
metropolitana de Evora, e deputado do Santo Oficio; filho do doutor Luiz
Nogueira, e de sua mulher D. Floriana Theotonia Barreto; neto paterno de
Antonio Nogueira, e de Sua mulher D. Clemencia de Jesus de Freitas, e materno
de Manuel Teixeira Barreto, e de sua mulher D. Josepha Maria Bobolim. Um escudo
ovado com as armas dos Nogueiras. — Br. p. a 25 de fevereiro de 1817. Reg. no
Cart, da N., liv. VII, fl. 367. (C. C.)
2220. RoBERTO FERNANDES DE
AGUIAR, morador na ilha da Palma, nos rein0s de Castella, filho de João
Fernandes de Aguiar, neto de Fernando Eannes de Aguiar, que fo ram naturaes do
termo da villa de Ponte de Lima, Carta pela qual el-rei D. Filippe I lhe concede
o seguinte brazão de seus antecess0 res: — Escudo de campo de oiro e n'elle uma
aguia vermelha armada de preto, e por diferença uma flor de liz azul; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre a
mesma aguia; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração e linhagem dos Aguiares.—Dada em Lisboa a 18 de janeiro de 1596. Reg.
na Chanc. de D. Filippe I, liv. II, fl. 216 v.
2221. RoBERTO SAR CIDE, natural
da Irlanda e morador em Lisboa. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede
e a seu filho a faculdade de poderem usar o brazão de armas que lhes pertencia;
com todas as honras e privilegios de fidalgos por ter o dito Roberto Sarcide
provado ser fidalgo. (Não descreve a forma do brazão). —Dada CII) *g; * de
junho de 1524. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. IV, fl. 52 v. V. no I. H.
Sarcide.
2223. RoD RI Go ANToNIo DE MELLo
(Bacharel), filho de João de Mello e Ataide, proprietario do oficio de juiz dos
direitos reaes das villas de Obidos e Caldas, e de sua mulher D. Maria Joaquina
de Amorim; neto paterno do capitão José da Silva Rego, e de sua mulher D. Maria
Luiza de Ataide, e por esta parte bisneto de Luiz de Brito de Ataide, e avô,
irmão de D. Josepha da Silva e Mello, mãe do secretario do Conselho de guerra
Pe dro de Mello de Ataide; terceiro neto de Pedro de Brito de Ataide, e de sua
mulher 1). Maior da Silva e Mello; quarto neto de Luiz de Brito de Ataide; neto
materno de José Rodrigues da Silva, e de sua mulher D. Isabel Maria de Amorim,
irmã de Antonio de Amorim d'Antas; bisneto de D. Maria de Amorim d'Antas,
natural da provincia do Minho, da nobre familia d’este appelido. As armas dos
Ataides, Mellos, Britos, e Amorins. — Br. p. a 26 de fevereiro de 1756. Reg. no
Cart. da N., liv. particular, fl. 94. (C. C.)
partido em pala; na primeira as
armas dos Costas, e na segunda as dos Alvares. —Br. p. a 5 de junho de 1782.
Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 55 "o (C. C.)
2226. RoDRIGo DA Cost A CARVALHo,
natural da cidade do Porto, fidalgo cavalleiro da casa real, commendador da
ordem de Christo, proprietario, e negociante matriculado da praça de Lisboa;
filho de José da Costa Carvalho, e de sua mulher D. Anna Maxima de Carvalho;
neto paterno de Francisco da Costa Carvalho, e de sua mulher D. Michaela
Teixeira de Carvalho, e materno de José Antonio Ferreira, e de sua mulher D.
Joaquina Thereza Lourença Ferreira. Um escudo partido em pala; na primeira as
armas dos Costas, e na segunda as dos Carvalhos. — Br. p. a 27 de março de
1865. Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 79. (C. C.)
2227. RoDRIGO FERREIRA Lobo
(Capitão), natural da cidade do Rio de Janeiro; filho de Antonio Guedes
Salgado, e de sua mulher Magdalena Soares de Mello; neto paterno de Manuel Dias
Salgado, e de sua mulher D. Maria Guedes da Veiga; neto materno de Antonio
Soares de Medeiros, e de sua mulher Apolonia Ferreira Lobo. As armas dos
Salgados, Guedes, Medeiros, e Ferreiras. — Br. p. a 20 de agosto de 1761. Reg.
no Cart. da N., liv. particular, fl. 131. (C. C.)
2228. RoD R1Go HoMEM, cavaleiro
fidalgo. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecesso res: — Escudo de campo azul e seis crescentes de oiro em duas
palas e por diferença uma flor de liz de prata; elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquife de oiro e azul e por timbre um leão azul com uma faxa de armas
com o cabo de oiro nas mãos; com todas as honras e privilegios de fidalgo por
descender da nobre geração e linhagem dos Homens. — Dada em Lisboa a 8 de março
de 1529. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XVII, fl. 34.
2229. Rod R1G o JosÉ DE MELLO E
So Us A, proprietario e negociante, filho de Carlos José de Mello,
proprietario, e de sua mulher D. Maria Josepha de Mello; neto materno de José
Patricio de Sousa, proprietario, e de sua mulher D. Joanna Maria de Oliveira e
Sousa. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Mellos, e na segunda
as dos Sousas. — Br. p. a 17 de setembro de 1860. Reg. no Cart. da N., liv, IX,
fl. 36 V. (C. C.)
2230. RoQUE LANDEIRO PEREIRA E
Sous A, natural do concelho de Fermedo, e m0 rador n’esta cidade; filho de
Lazaro Moreira Landeiro Camisão, capitão de infanteria n0 concelho de Fermedo,
e de sua mulher D. Francisca Xavier de Araujo e Sousa; neto pa terno de Roque
Landeiro Pereira, que teve no militar os postos de alferes e capitão de in
fanteria, e ultimamente o de sargento-mór de auxiliares da comarca de Esgueira;
bisneto de Lazaro Moreira Landeiro, e de sua mulher D. Maria Martins Camisão,
filha de Chris tovão Gomes Camisão, que teve carta de brazão passada por... de
Urbina, rei de armas de Castella em 14 de agosto de 1612, em que se dá notícia
desta familia de Camisões; neto materno de João de Sá da Fonseca, e de sua
mulher D. Joanna Maria de Araujo e Sousa, neta de Gonçalo Rodrigues de Araujo
de Barbuda, que tirou brazão de armas em 22 de fevereiro de 1629; terceiro neto
de Sebastião Rodrigues de Araujo, e de sua mu lher D. Joanna Dias. As armas dos
Camisões e Araujos. — Br. p. a 8 de novembro de 1756. Reg. n0 Cart. da N., liv.
particular, fl. 102. (C. C.)
2231. Rod R1G o PEREIRA FELICIo,
negociante de grosso tracto, e proprietario; filh0 de José Pereira,
proprietario, e de sua mulher D. Maria Benta Pereira; neto patern0 de Felicio
Pereira, proprietario, e de sua mulher D. Anna de Jesus Pereira, e matern0 de
Francisco José de Figueiró, proprietario, e de sua mulher D. Maria de Figueiró,
irmã de Joaquim Antonio Ferreira, visconde de Guaratilva no imperio do Brazil.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, e na segunda as
dos Oliveiras. — Br. p. a 7 de janeiro de 1862. Reg. no Cart. da N., liv. Ix,
fl. #o) (C. C.
2232. RoDRIGO REIXA DA Cost A
BARRANTES MALDoNADo, da cidade de Portale gre, filho de Francisco Reixa da
Costa, professo na ordem de S. Tiago, e de D. Maria Can dida Barrantes e
Mosqueira; neto pela parte paterna de Rodrigo Reixa da Costa, e dº D. Marianna
Josepha Pires Pirão; bisneto do doutor Francisco Reixa da Costa, e dº D.
Magdalena dos Reis; terceiro neto de Pedro Gonçalves Neves, e de D. Maria da
Costa Reixa; quarto neto de Pedro Gonçalves Florencio, e de D. Beatriz Dias
Neves; quinº neto de Simão Rodrigues Reis, e de D. Antonia Reixa; sexto neto de
Francisco Pires Tºº vares, e de D. Andreza Reixa; pela parte materna neto de
Pedro Barrantes Maldonado,º de D. Joanna Juliana do Valle; bisneto de D. João
Barrantes Maldonado, e de D. Mariº Flores Aldano; terceiro neto de D. Garcia
Barrantes Maldonado, e de D. Maria de Cºº lhar; quarto neto D. João Barrantes
Maldonado, e de D. Maria de Coelhar; quinto Det0 de D. Garcia Barrantes
Maldonado, e de D. Aldonça Vellez; sexto neto de D. Pedro Bar rantes Maldonado,
e de D. Marianna Ordonhes; setimo neto de D. Afonso Barranº Campo-frio, e de D.
Maria Villela, mãe que foi de S. Pedro de Alcantara, havido do º primeiro
matrimonio. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Costas, na
segunda as dos Maldonados. — Br. p. a 30 de abril de 1790. Reg. no Cart. da N.,
liv. Iv, fl. 155 v. (C. C.)
2233. RODRIGO REIXA DA COSTA
BARRANTES MALDONADO, da cidade de Portale gre, filho de Francisco Reixa da
Costa, professo na ordem de Sant'Iago, e de D. Maria Candida Barrantes e Mosqueira;
neto pela parte paterna de Rodrigo Reixa da Costa, e de D. Marianna Josepha
Pires Pirão; bisneto do doutor Francisco Reixa da Costa, e de D. Ma gdalena dos
Reis; terceiro neto de Pedro Gonçalves Neves, e de D. Maria da Costa Reixa;
quarto neto de Pedro Gonçalves Florencio, e de D. Beatriz Dias Neves; quinto
neto de Si mão Rodrigues Reis, e de D. Antonia Reixa; setimo neto de Francisco
Pires Tavares, e de D. Andreza Reixa; neto pela parte materna de Pedro Barrantes
Maldonado, e de sua mu lher D. Joanna Juliana do Valle; bisneto de D. João
Barrantes Maldonado, e de D. Ma ria Flores Aldana; terceiro neto de D. Garcia
Barrantes Maldonado, e de D. Maria de Coe lhar; quarto neto de D. João
Barrantes Maldonado, e de D. Maria de Coelmar; quinto neto de D. Garcia
Barrantes Maldonado, e de D. Aldonça Vellez; sexto neto de Pedro Barran tes
Maldonado, e de D. Marianna Ordonhes; setimo neto de D. Alfonso Barrantes Campo
frio, e de D. Maria Villela, mãe que foi de S. Pedro de Alcantara, havido do
seu primeiro matrimonio. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Reixas, na segunda as dos Costas. — Br. p. a 11 de dezembro de 1790. Reg. no
Cart. N., liv. IV, fl. ?", (C. C.)
2235. RODRIGO SOROMENHO PIMENTEL
DO VAB o, natural da villa de Alvor no reino do Algarve, filho de Antonio
Pimentel do Vabo, capitão-mór da mesma villa, a quem se passou brazão com as
armas dos Pimenteis, Vabos, e Varellas, e de sua mulher D. The reza Joanna
Mauricia; neto paterno de Luiz Pimentel do Vabo, que serviu no militar mais de
cincoenta annos occupando os postos de capitão de infanteria, sargento-mór e
gover nador da praça de Albufeira, sempre com assignalados serviços, e de sua
mulher D. Guio mar Varella do Vabo; bisneto do capitão Manuel Soromenho Dias,
que foi pessoa princi pal, e de sua mulher D. Maria do Vabo Pimentel, e tambem
bisneto de Gaspar Martins Simões, e de sua mulher Maria dos Santos; neto
materno de José de Oliveira e Brito, e de sua mulher D. Antonia Baptista Lobo.
As armas dos Soromenhos, Vabos, Pimenteis, e Varellas. — Br. p. a 18 de abril
de 1759. Reg. no Cart, da N., liv. particular, fl. 122. (C. C.)
2236. RoMÃo JosÉ DA SILVA VARELLA
FALCÃO Souto-MAIoR, natural da freguezia de S. João de Ver, comarca da Feira,
bispado do Porto; filho de José Antonio Xavier Lisboa, e de sua mulher D. Anna
Joaquina Gertrudes da Natividade Lisboa Silva Varella Falcão Souto-maior; neto
paterno de Antonio Francisco Xavier, e de sua mulher D. Ma ria da Costa; e
materno de João Lopes Lamas da Silva, e de sua mulher D. Joanna Ma ria da
Costa; bisneto de João Lopes Lamas, e de sua mulher D. Antonia da Silva Varella
Falcão Souto-maior. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Silvas, no segundo as dos Varellas, no terceiro as dos Falcões, e no quarto as
dos Souto-maiores. — Br. p. a 30 de agosto de 1793. Reg. no Cart. da N., liv.
1v, fl. 287. (C. C.)
2237. RoMÃO TEIXEIRA DE CARVALHo
(Doutor), cavalleiro professo na ordem de Christo, natural da cidade de Lisboa;
filho de Manuel Teixeira de Carvalho, e de sua mu lher D. Anna Maria do
Vencimento; neto pela parte paterna de Bento de Carvalho, e de sua mulher Anna
Rodrigues, filha de Manuel Fernandes Teixeira; bisneto pela sua varo nia de
Manuel Fernandes de Carvalho; e pela materna neto de Diogo Gonçalves Gahia, e
de Maria da Fonseca, filha de Francisco Gonçalves, e de Maria da Fonseca, e
neta de Ma nuel Cardoso, e de Paula da Fonseca. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo as dos Teixeiras, no
terceiro as dos Cardosos, e no quarto as dos Fonsecas. — Br. p. a 9 de maio de
1780. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 241. (C. C.)
2238. Roqu E FRANCIsco FURTAD o
DE MELLo (Desembargador), natural da vila de S. Roque na ilha do Pico, e juiz
de fóra na cidade de Ponta-delgada, graduado com pre dicamento de primeiro
banco; filho do sargento-mór José Francisco Furtado, e de sua mu lher D.
Brigida Ferreira de Mello; neto paterno de Caetano Pereira Furtado Alvares Qua
drado, e de sua mulher D. Violante Maria; bisneto de Manuel Pereira Furtado Alvares,
e de sua mulher D. Maria Alvares Quadrado; neto materno do capitão Caetano
Ferreira de Mello, e de sua mulher D. Luiza Thereza de Simas; bisneto do
capitão Manuel Fer reira de Mello Simas, e de sua mulher D. Isabel da
Apresentação. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Pereiras, no segundo as dos Furtados, no terceiro as dos Ferreiras, e no quarto
as dos Mellos. —Br. p. a 9 de julho de 1817. Reg, no Cart. da N., liv. VII, fl.
382. (C. C.)
2239. Roqu E JA CINTO MOREIRA DE BARB os A E
So USA, bacharel formado em can0 nes, cidadão da cidade de Penafiel; filho do
bacharel Francisco Solano Moreira de Bar bosa, e de sua mulher D. Maria Joanna
Pinto de Magalhães; neto pela parte paterna de João da Fonseca da Matta, e de
sua mulher Josepha Maria Moreira de Sousa, filha herº deira de Roque Diniz
Barbosa, e de Maria Moreira de Sousa. Um escudo esquartelado; no primeiro e
quarto quarteis as armas dos Barbosas, no segundo as dos Moreiras, e no terceiro
as dos Sousas. — Br. p. a 20 de novembrº 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II,
fl. 40. (C. C.)
2240. Roou E LANDEIRO PEREIRA DE
SousA, cidadão, e juiz que foi da Alfandega da cidade de Lagos, reino do
Algarve; filho do capitão-mór Lazaro Ferreira Landeiro Cami são, e de D.
Franciscº Xavier de Araujo e Sousa; neto pela parte paterna do sargentº mór
Roque Landeiro Pereira, e de D. Maria Martins Camisão, filha de Antonio Martidº
Camisão, neta de Christovão Gomes Camisão, a quem se passou brazão de armas
des" familia de Camisão em Madrid em 14 de agosto de 1612; bisneto o
supplicante pela sua varonia do capitão de auxiliares Lazaro Moreira Landeiro,
cidadão que foi da dita cidade de Lagos; terceiro neto de Rodrigo Landeiro,
capitão do baluarte de Santa Barbara, nº mesma cidade de Lagos, e das
embarcações de guerra de guarda-costas do Algarve, e dº sua mulher D. Leonor do
Espirito Santo, filha de Jorge Fernandes Pereira, procurador dos Feitos da real
fazenda, juiz feitor do Pescado de Lagos, e fidalgo da casa real, e nº de
Marcos Dias, cavalleiro fidalgo e criado do senhor rei D. Sebastião, a quem
serviu, º neto de Lazaro Moreira Landeiro, e de D. Maria Landeiro; e pela parte
materna neto de João de Sá da Fonseca, e de D. Joanna Maria de Araujo e Sousa;
bisneto de Manuel de Sá da Fonseca; e pela dita sua avó D. Joanna Maria de
Araujo e Sousa é tambem bisneto do doutor Baptista de Araujo e Sousa,
capitão-mór de Fermedo; terceiro neto de D. Helena de Araujo e Sousa, que era
bisneta de Rodrigo Alvares de Araujo, fidalgo da casa real, filho de Alvaro
Rodrigues de Araujo, commendador do Rio-frio na Ordem de Christo e fi dalgo
tambem da casa real, como largamente constava da sentença que apresentou. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pereiras, no segundo as
dos Camisões, no terceiro as dos Sousas, e no quarto as dos Araujos. — Br. p. a
23 de março de 1778. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 154. (C. C.)
2241. D. Ros.A ANGELICA
BERNARDINA TABORDA DE OLIVEIRA LEITÃo, casada com Antonio José Pereira Pinto de
Figueiredo Castello-branco, monteiro-mór da villa do Fundão, ela natural de Val
de Prazeres, bispado de Castello-branco, filha do capitão Fran cisco Salvador
Taborda Xavier, e de sua mulher D. Thereza Ricacha Taborda de Oliveira; neta
pela parte paterna de Christovão Leitão Taborda, e de sua mulher D. Isabel Ta
borda Botelho; e pela materna neta do sargento-mór João Rodrigues Taborda de
Negrei ros, e de sua primeira mulher D. Porcia Ricacha de Oliveira; bisneta do
capitão João Ro drigues Taborda de Negreiros, e de sua mulher D. Catharina Vaz
Zarafana; terceira neta de Estevão Rodrigues Taborda, filho de Estevão
Gonçalves Taborda, fidalgo da casa real, e neto de Bento Taborda de Negreiros;
teve segundo brazão a 15 de outubro de 1781. Uma lisonja partida em pala; na
primeira as armas de seu marido, que são as de Castello-brancos e Pintos, e na
segunda as que lhe pertencem por seus paes, que é cor tada em faxa, na primeira
as dos Tabordas, e na segunda as dos Leitões. — Br. p. a 6 de fevereiro de
1781. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 264. (C. C.)
2242. D. Ros.A ANGELICA
BERNARDINA TABORDA DE OLIVEIRA LEITÃo, casada com Antonio José Pereira Pinto de
Figueiredo Castello-branco, monteiro-mór da villa do Fundão, pessoa da primeira
nobreza e distincção d’aquella comarca, e ela natural de Val de Prazeres, filha
do capitão Francisco Salvador Taborda de Oliveira, e de sua mulher D. Thereza
Ricacha Taborda de Oliveira; neta pela parte paterna de Christovão Leitão
Taborda, sargento-mór de auxiliares da comarca de Viseu, e de sua mulher D.
Isabel Taborda Botelho, e pela materna neta do sargento-mór João Rodrigues
Taborda de Ne greiros, e de sua primeira mulher D. Porcia Ricacha de Oliveira;
bisneta do capitão João Rodrigues Taborda de Negreiros, e de sua mulher D. Catharina
Vaz Zarafana; terceira neta de Estevão Rodrigues Taborda, filho de Estevão
Gonçalves Taborda de Negreiros, fidalgo da casa real, e neto de Bento Taborda
de Negreiros, commendador da ordem de Christo, fidalgo tambem da casa real,
senhor de Porto de Moz, Nespreira e Povolide, ca sado com Helena de Aguiar e
Sequeira, illustre neta de Francisco Annes, aio da rainha D. Isabel, mulher do
senhor rei D. Afonso V, e commendador da ordem de Christo; sexta neta de Ruy
Gonçalo Taborda, tambem commendador da ordem de Christo, e senhor de terras, e
de sua mulher D. Mecia de Negreiros, de illustre nobreza; setima neta de Garcia
Rodrigues Taborda, fidalgo da casa real, alcaide-mór de Obidos, e senhor de
terras, e de sua mulher D. Maria Peixoto, filha dos senhores de Penafiel de
Sousa; oitava neta de Ruy Taborda, fidalgo da casa real e de solar em Galliza,
commendador de S. Tiago, senhor de Porto de Moz, Povolide, Nespreira e mais
terras de seus avós, e de sua mulher D. Euphemia de Castro, filha dos Castros
de Galiza; nona neta de João Rodrigues Ta borda, fidalgo de solar em Galliza,
capitão de uma nau em que foi a Ceuta no anno de 1415, e de sua mulher Thereza
de Ayala, filha de Pedro Lopes de Ayala, rico homem em Galliza; decima neta de
Garcia Rodrigues Taborda, fidalgo de solar em Galiza, senhor de S. Miguel de
Taborda e de Piconha, legitimo descendente da illustrissima casa de Ta borda
d’aquelle reino, o qual com seus primos, o conde Andeiro e Gonçalo Vasques Ta
borda, veiu para Portugal, onde foi meirinho-mór, e mordomo-mór do senhor rei
D. Af fonso pelos annos de 1389", alcaide-mór de Leiria e senhor de Porto
de Moz, Povolide e Nespreira e das jugadas de Leiria e Ourem, e o primeiro
Taborda que veiu para este reino, de quem procedem todos os que n'elle ha
d’este appelido, e descendem por linha legitima os Ferreiras Tabordas da villa
de Penamacor, que são fidalgos de solar conhe cido da sua quinta de Solar e
Casa-forte de Antão Alves. Uma lisonja partida em pala; na primeira as armas do
dito seu marido, que são as dos Castello-brancos, e Pintos; na Segunda, cortada
em faxa, na primeira as dos TabOr das; na segunda as dos Leitões. — Br. p. a 15
de outubro de 1781. Reg, no Cart. da N., liv. III, fl. 28. (C. C.)
2243. D. RosA DoRoTHE.A AND
RETHON FERMEN, filha de João Pedro Loureiro, e de D. Luiza do Sacramento; neta
pela parte paterna de Jeronymo de Loureiro, e de D. D0 rothea Andrethon,
pessoas muito nobres de Inglaterra, das familias de Andrethons, e Fer mens d’aquelle
reino. Uma lisonja partida em pala; a primeira em branco para as armas do
marido com quem casar, e na segunda as armas dos Loureiros, que lhe pertencem
por seus paes. - Br. p. a 23 de fevereiro de 1788. Reg, no Cart. da N., liv.
Iv, fl. 49 v. C. C.) (C. C.
2246. RUY DE ALPOEM, morador na
ilha de S. Miguel, filho de Estevão Rodrigues de Alpoem, neto de Ruy Fernandes
de Alpoem, que foi fidalgo muito honrado; bisneto de Jo㺠Rodrigues de Alpoem,
que foi do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede
o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul com uma lua de
prata de pontas para baixo e uma bordadura de vermelho, e por diferença uma
muleta de ouro; elmo de prata aberto guarnecido de Ourº, paquife de prata e
azul, e por timbre uma edem de sua côr, com os pés vermelhos e º pico de ouro;
com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender de geração º
linhagem dos Alpoens. —Dada em Lisboa, a 12 de setembro de 1539. Reg. na Chanº
fidalgo da casa real, e de Maria Rodrigues, ambos solteiros, neto de João Lopes
Perestrello, que foi do tronco d'esta linhagem. Carta pela qual el-rei D. João
III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo meio
partido em pala o primeiro de ouro e um leão de purpura com o rabo retornado
sobre a cabeça, e a lingua e unhas vermelhas, a segunda de prata com uma banda
azul e n’ella tres estrellas de Ouro entre seis rosas de vermelho de tres em
tres, em pala, e por diferença um filete preto em contrabanda; elmo de prata
aberto guarnecido de ouro, paquife de ouro, purpura, prata e azul, e por timbre
o mesmo leão, com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração e linhagem dos Perestrellos. — Dada em Lisboa a 15 de maio de 1539.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXVII, fl. 63. \, 2248. RUY TAVAREs,
morador na ilha de S. Miguel, filho de Fernando Eannes Tavares, e neto de
Fernão Tavares, de Portalegre, que foi fidalgo e do tronco d'esta geração dos
Tavares. Carta pela qual El-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecessores: — Escudo de campo de oiro com cinco estrellas de vermelho,
em aspa, e por diferença uma flor de liz azul; elmo de prata aberto guarnecido
de ouro, paquife de ouro e ver melho, e por timbre um pescoço de cavallo
vermelho com abrida e guarnecido de ouro com falsas redeas; com todas as honras
e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Tavares. —
Dada em Evora, a 2 de dezembro de 1534. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XX,
fl. 194 V.
2249. RUY WAz, cavaleiro do
reverendo D. Fr. Vasco de Ataide, etc. Carta pela qual el-rei D. Affonso V lhe
concede e a seus descendentes o seguinte brazão de armas: — Um escudo de Ouro
com um tronco de arvore verde, os troços bran cos, e um leão de azul sainte do
tronco com a lingua, unhas e seu estormento vermelhos; pelos serviços pelo dito
prestados em mar e terra, e nas tomadas de Arzila e Tanger. — Dada em Touro, a
21 de maio de 1477 (M. N.) Reg. na Chanc. de D. Afonso V, liv. II de Mist., fl.
58 v.
2250. RUY VAZ DA MoTTA, morador
em Vianna de Caminha. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores: —Escudo de campo verde com cinco flores de liz de
oiro em aspa, e por diferença uma brica de prata com uma merleta de vermelho
dentro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e verde, e por
timbre uma aspa verde com tres flores de liz das armas, duas nos cabos de cima
e uma no centro; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da
geração e linhagem dos Mottas, por parte de sua mãe e avós. —Dada em Lisboa a
24 de dezembro de 1529. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LII, fl. 5. S
2251. SALVADon CAETANO Lono,
sargento-mór de milícias, aggregado ao regimento da província de Bardez da
cidade de Goa; filho de Pio Lobo, capitão de granadeiros do referido regimento,
e de sua mulher D. Maria Isabel de Noronha, sendo o supplicante sobrinho de
João Lobo, capitão de granadeiros do terço auxilar, e capitão de infanteria da
mesma provincia. Um escudo com as armas dos Lobos. — Br. p. a 25 de setembro de
1802. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. S. (C. C.)
2252. SALVADOR CoELHo, cavalleiro
da ordem de S. Tiago, morador na ilha Terceira; filho de João Coelho, neto de
outro João Coelho, e bisneto de Affonso Coelho, os quaes eram do tronco d'esta
geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecessores: — Escudo de campo de oiro com um leão de purpura rompente,
com tres faxas azues en xaquetadas de oiro, e uma bordadura azul cheia de
coelhos de prata malhados de preto, e por diferença uma muleta de oiro; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro, purpura, prata e azul, e por
timbre o mesmo leão das armas com um dos coe lhos nas mãos; com todas as honras
e privilegios de fidalgo por descender da geração dos Coelhos. — Dada em Lisboa
a 10 de julho de 1556. Reg. na Chanc. de D. João III, lv. v de privilegios, fl.
12.
2253. SALVADOR DA CUNHA DE
ALBERGARIA VILHENA CoUTINHO, senhor da casa do reguengo de Ardegão e Arnoia, no
concelho de Basto, e tenente coronel do regimento de milicias do districto do
mesmo concelho; filho de Francisco Lopes da Cunha Coutinho, senhor da dita
casa, e de D. Margarida Clara Pimenta Ramos, herdeira da antiga casa de
Travassinhos; neto paterno de Hypolito Luiz Lopes Picado da Cunha Coutinho,
senhor da sobredita casa e cavalleiro da ordem de Christo, e de D. Anna Maria
de Magalhães; segundo neto de Manuel Lopes Picado da Cunha Coutinho, senhor da
mesma casa, e de D. Maria de Faria, herdeira da casa de Arnoia: terceiro neto
de Domingos Lopes Picado, senhor da casa do reguengo de Ardegão, e de D. Maria
da Cunha Coutinho, esta filha unica herdeira de Salvador da Cunha Coutinho, e
de sua mulher e prima D. Jeronyma de Carvalho; quinto neto pelo mesmo lado de
Manuel Pinto da Cunha Coutinho, senhor da casa da Torrinha em Amarante, e de D.
Maria de Carvalho, da antiga casa do Paço de Villar; sexto neto de Simão da
Cunha Coutinho, senhor da dita casa da Torrinha, por sua mulher D. Isabel
Francisca Pinto; setimo neto de Fernão da Cunha Coutinho, senhor do reguengo e
alcaidaria-mór de Basto, e de sua mulher e prima D. Maria de Abreu da Cu nha;
oitavo neto de Fernão Coutinho, do conselho do senhor rei D. Afonso v, e senhor
de Penaguião, Armamar e outras terras, e de D. Maria da Cunha, unica senhora de
Basto, Monte-longo e Borba; nono neto de Gonçalo Vaz Coutinho, marechal do
reino e alcaide mór de Trancoso, e de sua mulher D. Leonor Gonçalves de
Azevedo; nono neto pela re ferida sua oitava avó D. Maria da Cunha, de Fernão
Vaz da Cunha, senhor das ditas ter ras de Basto, Monte-longo e Borba, e
rico-homem, e de sua mulher D. Branca de Vilhena, filha de D. Henrique Manuel
de Vilhena, conde de Cea e Cintra; bisneta do infante D. Ma nuel, filho do
glorioso S. Fernando, rei de Castella; decimo neto de Gil Vaz da Cunha, o
primeiro senhor de Basto, e alferes mór do senhor rei D. João I, e de sua
mulher D. Isabel Pereira, irmã do condestavel D. Nuno Alvares Pereira; decimo
primeiro neto de Vasco Martins da Cunha, senhor de Taboa, alcaide-mór de
Castro-laboreiro, senhor da villa do Pinheiro e outras, e de sua mulher D.
Beatriz, filha de Estevão Soares o moço, senhor da albergaria de Paio-delgado,
e de sua mulher D. Maria Lourença de Soalhães; decimo se gundo neto de Martim
Vasques da Cunha, senhor de Taboa e alcaide-mór de Lamego, e de sua mulher D.
Violante Lopes Pacheco; decimo terceiro neto de Vasco Martins da Cu nha, senhor
de Taboa e alcaide-mór de Lisboa, e de sua mulher D. Senhorinha Fernan des;
decimo quarto neto de Martim Vasques da Cunha, senhor de Taboa e do Pinheiro,
Angeja e outras terras, e alcaide-mór de Celorico de Basto, e de sua mulher D.
Joanna Rodrigues de Numães; decimo quinto neto de D. Vasco Lourenço da Cunha,
senhor de Fer nandes da Cunha, da privança do senhor rei D. Affonso II, e de
sua mulher D. Sancha Lourenço Maceira; decimo setimo neto de D. Fernão Paes,
primeiro do appellido de Cu nha, por ser senhor de Cunha-a-alta, solar d’esta
familia; decimo oitavo neto de D. Paio Gutterre, o da Silva, senhor da casa,
torre e honra da Silva, rico-homem, alcaide-mór de Santa Olaia, e adiantado-mór
d’este reino; decimo nono neto de D. Gutterre, rico-homem; vigesimo neto de D.
Pelayo Pelaez, rico-homem; vigesimo primeiro neto de Pelayo Fruella, infante; vigesimo
segundo neto de D. Azamar Fruella, infante de Leão; vigesimo terceiro neto de
D. Fruella, segundo rei de Leão, Asturias e Galliza. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Cunhas, no segundo as dos Albergarias, no
terceiro as dos Vilhenas, e no quarto as dos Coutinhos. — Br. p. a 30 de
janeiro de 1826. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 179. C. C.) (C. C.
2254. SALVADOR JOSÉ DE SOUSA REFOI OS PINTO TA
BORDA FERREIRA, cavaleiro da ordem de Christo, tenente de cavallaria do
regimento do Caes d’esta côrte de Lisboa, natural da villa de Castello-novo,
comarca de Castello-branco; filho de Antão Ferreira Taborda, e de sua mulher D.
Anna Thereza de Sousa e Refojos, filha de Theodosio de Sousa Refoios, mestre de
campo de auxiliares da comarca de Castello-branco; neto pela sua varonia de
Antão Ferreira Taborda, e de sua mulher D. Isabel Leitão da Cunha e Aguiar: e
dos seus documentos se mostrava mais que Antonio Ferreira Taborda fôra moço
fidalgo da casa real, guarda roupa do senhor rei D. Affonso VI, e nono senhor
da sua quinta de solar, e casa forte chamada de Antão Alves, e que era o
supplicante bisneto pela mesma varonia de Antão Alves Ferreira, fidalgo tambem
da casa real, senhor da dita quinta e solar, e de sua mulher D. Maria Taborda, ele
filho de Antonio Ferreira, todos com o dito fôro e senhorio da referida quinta
e casa forte de solar de Antão Alves, e ella que fôra filha de Salvador Taborda
de Negreiros, filho de Estevão Gonçalves Taborda tambem fidalgo da casa real, e
neto de Bento Taborda de Negreiros, commendador ou cavalleiro da ordem de
Christo, o qual fôra descendente de Garcia Rodrigues Taborda, fi dalgo gallego
da illustre casa de Taborda do reino de Galliza, d’onde se passara para este
reino com seu primo o conde D. João Fernandes Andeiro, e fôra o chefe e tronco
commum de todos os Tabordas deste reino, e tão afecto ao senhor rei D.
Fernando, que o fizera seu meirinho-mór, e lhe dera a villa de Porto de Moz, as
terras de Nespreira e Povoilide, as jugadas de Ourem e Leiria, e a
alcaidaria-mór da mesma cidade. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Ferreiras, no segundo as dos Tabordas, no terceiro as dos Sousas, e
no quarto as dos Refoios. — Br. p. a 22 de maio de 1781. Reg. no Cart. da N.,
liv. III, fl. 10 v. (C. C.)
2255. SALVAD o R MoUTINHo, fidalgo da casa
real, filho de João Moutinho, e neto de Martim Annes Moutinho, ambos fidalgos e
do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo azul com uma flor de
liz entre quatro cabeças de serpe tambem azues, cortadas em vermelho, duas em
chefe e duas no pé; elmo de prata aberto guar necido de oiro, paquife de oiro e
azul, e por timbre uma das cabeças do escudo, com todas as honras e privilegios
de fidalgo por descender da geração dos Moutinhos. — Dada em Lisboa a 3 de maio
de 1550. Reg, no liv IV de Privilegios, fl. 211 v.
2256. SEBASTIÃO ANTONIO DE FARIA
PEIXOTO, natural da villa de Setubal; filho de José Joaquim Peixoto da Silveira,
cavaleiro professo na ordem de Christo e capitão das ordenanças da villa de
Setubal, e de sua mulher D. Anna Isabel Pereira de Faria; neto por parte
paterna de Francisco Xavier Peixoto da Silva; administrador do Morgado que hoje
administra o dito seu neto, e de sua mulher D. Thereza da Silveira da Frota;
filha de João da Fonseca Cliz, que foi dos exercitos de sua magestade catholica
Carlos III, e de sua mulher D. Francisca da Silveira da Frota; segundo neto de
Manuel de Arouche Roubão, alferes que foi do regimento de infanteria de linha
n.º 7, e de sua mulher D. Francisca Peixoto da Silva; filha de Manuel Peixoto
da Silva, e de sua mulher Catha rina Diniz, irmã de Pedro Alves da Silva,
instituidor do mencionado morgado; terceiro neto de Miguel da Silveira da
Frota, capitão das ordenanças de Setubal, e de sua mulher Catharina de Arouche;
neto por parte materna de Manuel Pereira de Faria, cavaleiro professo na ordem
de Christo e thesoureiro-mór do real Erario, e de sua mulher D. Fran cisca
Antonia Margarida da Silveira Palmeiro, filha de Diogo José Palmeiro,
capitão-mór da villa da Alhandra, e de sua mulher D. Maria Caetana da Silveira;
segundo neto pelo mesmo lado materno de outro Manuel Pereira de Faria, capitão
das ordenanças da villa de Barcellos, e de sua mulher D. María de Faria. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Peixotos, no segundo as
dos Silveiras, no terceiro as dos Silvas, e no quarto as dos Farias, — Br. p. a
15 de ju nho de 1818. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 1. (C. C.)
2257. SEBASTIÃO DE CARVALHO Dos
SANTos, natural e morador na sua quinta de S. Bartholomeu da Ponte de Cavez,
concelho de Cabeceiras de Basto, provincia de Entre Douro e Minho; filho de
Antonio Carvalho dos Santos, e de sua mulher Maria Antunes do Valle; neto
paterno de Sebastião Carvalho dos Santos, e de sua mulher Domingas Vaz, filha
de Manuel Thomaz de Carvalho, capitão de volantes que foi na guerra da ac
clamação, em que teve tambem patente de sargento-mór de um terço, e de sua
mulher Maria Antunes; bisneto pela mesma parte paterna de Domingos Carvalho dos
Santos, moço da camara que foi dos reis d’este reino, e de sua mulher Maria
Antunes; e pela materna neto de Luiz Antunes do Valle, e de sua mulher Maria
Francisca; bisneto de ou tro Luiz Antunes do Valle, e de sua mulher Isabel
Ribeira. As armas dos Carvalhos e Valles. — Br. p. a 26 de agosto de 1750. Reg.
no Cart. da N., liv. particular, fl. 1. (C. C.)
2258. SEBASTIÃO CIAEs FERRAZ DE A
CUNHA, morador na villa de Arouca, comarca de Lamego; filho de Lourenço de
Ciaes, e de sua mulher D. Mencia Maria Ferraz; neto paterno de João Baptista de
Ciaes, cidadão florentino, antiquario-mór das genealogias do archivo da dita
cidade de Florença. As armas dos Ciaes. — Br. p. a 27 de agosto de 1762. Reg.
no Cart. da N., liv. particular, fl. 132 v. (C. C.)
2261. SEBASTIÃO DA FoNs ECA, licenciado e
desembargador. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão
de seus antecesso res: — Escudo de campo partido em faxa, a primeira partida em
pala; e a primeira d’es tas esquartelada de castella e leão, e a segunda de
vermelho e quatro palas de oiro; e a segunda faxa de vermelho e uma azinheira
verde com as raizes de prata e um leão de oiro, e por diferença uma brica azul
e n’ella uma estrella de prata; elmo de prata aberto, paquife de oiro e
vermelho, e por timbre um leão de oiro; com todas as honras e privi legios de
fidalgo por descender da geração e linhagem dos Bivares. — Dada em Evora a 20
de janeiro de 1524. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. IV, fl. 15 v.
2262. SEBASTIÃO DA FoNs ECA,
cavalleiro fidalgo da casa real, filho de Gomes da Fonseca, fidalgo; neto de
Fernão da Fonseca, cavalleiro fidalgo da casa real, que foi do verdadeiro
tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo de oiro com cinco
estrellas de vermelho, em aspa, e por differença uma flor de liz azul; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e verme lho, e por timbre um
pescoço de toiro vermelho, com os paus de oiro e uma estrella de oiro na testa;
com todas as honras e privilegios de fidalgo, por descender da geração e
linhagem dos Fonsecas.—Dada em Lisboa a 13 de outubro de 1539. Reg. na Chanc.
de D. João III, liv. XXVII, fl. 93.
2263. SEBASTIÃO GOMES DA SILVA
BELFORT, natural da cidade de S. Luiz do Ma ranhão, filho de Filippe Marques da
Silva, cavalleiro fidalgo da casa real, irmão do coro nel de milicias José
Antonio Gomes de Sousa, a quem se passou brazão de armas a 28 de setembro de
1798, e de sua mulher D. Ignacia Maria Freire Belfort da Silva; neto pa terno
do sargento-mór Antonio Gomes de Sousa, e de sua mulher D. Marianna das Neves;
bisneto de Filippe Marques da Silva, almoxarife da real Fazenda na dita cidade
do Mara nhão, e de sua mulher D. Rosa Maria de Jesus. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Sousas, e na segunda as dos Gomes. — Br. p. a 15
de abril de 1804. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 75. (C. C.)
2264. SEBASTIÃO GONÇALVES PITTA,
cavalleiro fidalgo da casa real e commendador. Carta pela qual el-rei D.
Sebastião lhe concede e a todos seus descendentes o se guinte brazão de armas:
— Escudo de campo vermelho e uma onça rompente de sua cor armada de oiro, e uma
bordadura de oiro cheia de crescentes de azul; elmo de prata cer rado
guarnecido de oiro, paquife de prata, vermelho, oiro e azul, e por timbre meia
onça gretada de vermelho com um dos crescentes nas mãos, como quem o despedaça;
com todas as honras e privilegios de fidalgo, pelos bons serviços que prestou
em Tanger em guerra com os moiros. — Dada em Lisboa a 20 de abril de 1569.
(M.N.) Reg. na Chanc. de D. Sebastião, liv. IX, fl. 195.
Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo as
dos Teixeiras, no terceiro as dos Cunhas, e no quarto as dos Coutinhos. — Br. p.
a 4 de setembro de 1790. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 179 v. (C. C.)
2266.
SEBASTIÃO JOSÉ DE FIGUEIREDO BARROS E VASCONCELLOS,
administrador dos Tabacos e saboarias da comarca de Thomar; filho de José
Antonio de Figueiredo, es cripturario da contadoria do real Contracto do tabaco
do reino, e de sua mulher D. Maria Antonia de Barros e Vasconcellos; neto
paterno de Pedro Gomes de Figueiredo, com missario de mostras da Vedoria geral
de guerra, e de D. Thereza Maria do Espirito Santo Torres; neto materno de Christovão da Silva Machado Barros e
Vasconcellos, moço fi dalgo da casa real, professo na ordem de Christo, a
quem se passou brazão de armas a 13 de agosto de 1746, e de D. Anna Bernarda
Salema da Camara Barros e Vasconcellos.
Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Barros, e na segunda as dos Vasconcellos.
— Br. p. a 5 de agosto de 1811. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 229 V. (C.
C.)
2267. SEBASTIÃO JosÉ D E GouvÉ A DE ALMEIDA E
FIGUEIREDO, bacharel formado nos sagrados canones; filho do doutor Francisco
José de Almeida Figueiredo e Gouvea, juiz de fóra que foi das villas de
Castello-novo e Alpedrinha, familiar do Santo Oficio, e de sua mulher D. Maria
Josepha de Gouvea; neto pela parte paterna do capitão Gaspar Nunes de Sousa e
Almeida, e de sua mulher Luiza de Figueiredo de Almeida e Gouvea, e pela
materna neto de João Vaz Martins e de Euphemia de Carvalho Maddonado. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Gouveas, no segundo as dos
Almeidas, no terceiro as dos Figueiredos, e no quarto as dos Carvalhos. — Br.
p. a 17 de maio de 1771. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 131. } (C. C.
2268. SEBASTIÃO Jos É Dos REIS
CARNEIRO, natural da villa de Zibreira, comarca de Castello-branco; filho do
doutor Balthazar Martins dos Reis Carneiro, e de sua mulher e de D. Beatriz
Fernandes, e pela materna do sargento-mór Antonio Marques Nunes, e de D. Maria
Martins Ovilheira, sendo tambem primo segundo de José Bernardo Freixo de
Miranda Leite, a quem já se passou brazão de armas, todas pessoas muito nobres
das familias dos appellidos de Carneiros e Martins. Um escudo partido em pala;
na primeira as armas dos Carneiros, e na segunda as dos Martins. —-Br. p. a 20
de agosto de 1789. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl. 120 v. (C. C.)
2269. SEBAsTIÃo JosÉ SoA REs
PINTO DE CARVALHo (Capitão), natural da freguezia de Penna-joia, bispado de
Lamego; filho de José Soares Pinto de Carvalho, e de D. Ma ria Clara Guedes;
neto paterno de Luiz Pinto de Carvalho, e de sua mulher D. Maria The reza, e
materno de João Luiz Guedes, e de D. Clara Maria da Silva Mello e Faro, sendo o
dito justificante descendente da antiga casa de Alagoas, da freguezia de
Penna-joia. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Pintos, no
segundo as dos Carvalhos, no terceiro as dos Guedes, e no quarto as dos Mellos.
— Br. p. a 9 de agosto de 1819. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 44. (C. C.)
—
Escudo de campo esquartelado, o primeiro de vermelho com cinco machados de
prata com os cabos de oiro em aspa, o segundo tambem de vermelho com uma aguia
preta estendida e armada de oiro, e por diferença uma merleta de oiro; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e vermelho, e por timbre dois
machados em aspa; com todas as honras de nobre fidalgo, por descender da
geração e linhagem dos Machados e Maias por parte de seu pae e avós. — Dada em
Evora a 2 de dezembro de 1533. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XL, fl. 70.
2272. SEBASTIÃO MENDES DE
AZEVEDO, V. Bastião Mendes de Azevedo.
2273. SEBASTIÃO PINHEIRO, morador
em Alhos-vedros, Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo esquartelado, o primeiro de
vermelho com uma torre de prata lavrada de azul, o segundo de prata com cinco
pinheiros verdes em aspa; elmo de prata aberto, paquife de prata e vermelho,
por timbre a mesma torre, e por diferença uma muleta de oiro, com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Pinas e
Pinheiros. — Dada em Evora a 8 de junho de 1524. Reg. na Chanc. de D. João III,
liv. IV, fl. 66.
2274. D. SEBASTIÃO PIRES DE GAMAZ
A, natural da cidade de Xerez de la Frontera, reino de Hespanha; filho de Pedro
Pires, e de sua mulher D. Marianna de Gamaza Real, neto pela parte paterna de
Francisco Pires Peredano, e de sua mulher D. Beatriz Chacam e Medina; bisneto
de outro Francisco Pires Peredano, e de sua mulher D. Anna Alvares; terceiro
neto de Francisco Pires, e de sua mulher Anna Pires Ferreira, elle filho de
outro Francisco Pires, e ela filha de Domingos Fernandes Portella, e de sua
mulher Anna Al V3I'OS. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as
armas dos Chacans, no segundo as dos Ferreiras, e no terceiro as dos Costas.
—Br. p. a 2 de dezembro de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 44. (C. C.)
2275. D. SEBASTIÃO PIRES DE GAMAZ
A, natural e morador na cidade de Xerez de la Frontera, reino de Castella;
filho de Pedro Peres, e de sua mulher D. Marianna Peres de Gamaza Real; neto
pela sua varonia de Francisco Peres Peredano, e de sua mulher D. Bea triz
Chacam e Medina; bisneto de outro Francisco Peres Peredano, e de sua mulher D.
Anna Alvares Ferreira; neto pela mesma varonia de Francisco Peres, e do sua
mulher D. Peres Ferreira, ele filho de outro Francisco Peres, e ela filha de
Domingos Fernandes Portella, e de sua mulher D. Anna Alvares. Um escudo
esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas dos Peres, no se segundo
as dos Ferreiras, e no terceiro as dos Costas.—Br. p. a 4 de setembro de 1775.
Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 81. (C. C.)
2276, D. SEBASTIÃO PIRES DE GAMAZ
A, natural e morador na cidade de Xerez de la Frontera, reino de Castella;
filho de Pedro Peres, e de sua mulher D. Marianna de Ga maza Real; neto pela
parte paterna de Peres Peredano, e de sua mulher D. Beatriz Cha cam e Medina;
bisneto de outro Francisco Peres Peredano, e de sua mulher D. Anna Al vares;
terceiro neto de Francisco Peres, e de sua mulher D. Anna Peres Ferreira, elle
filho de outro Francisco Peres, e ella filha de Domingos Portella, e de sua
mulher D. Anna. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Peres,
no segundo as dos Alvares, no terceiro as dos Ferreiras, e no quarto as dos
Costas. — Br. p. a 15 de junho de 1776. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 99.
(C. C.)
2277. SEBAsTIÃo Ron RIGUEs SETTE
E CAMARA, cavaleiro professo na ordem de Christo, e capitão do primeiro
regimento de milicias da cidade de Marianna, da capitania de Minas-geraes;
filho do capitão Antonio Rodrigues Sette, e de sua mulher D. Maria Joanna
Gonçalves: neto paterno de João Rodrigues Sette, e de D. Maria Francisca de Je
sus; e materno de Sebastião Gonçalves da Camara, e de D. Patricia Luiza da
Cruz. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Rodrigues, e na
segunda as dos Camaras. —Br. p. a 7 de setembro de 1807. Reg, no Cart. da N.,
liv. VII, fl. 202 v. (C. C.)
Um
escudo com as armas dos Cardenas. — Br. p. a 16 de agosto de 1796. Reg. no
Cart. da N., liv. V, fl. 134. (C. C.)
2279. SILVESTRE DE CARDENAs CABo,
filho de João do Cabo Apparicio, e de D. Mecia Antonia Pimenta de Cardenas;
neto pela parte paterna de Domingos Esteves Sardinheiro Cabo, e de Isabel Maria
da Visitação Barroso; e pela parte materna de Manuel Fialho Pi menta, familiar
do Santo Oficio, e de D. Maria Thereza de Cardenas; bisneto por parte de seu
avô paterno de Gregorio Esteves Sardinheiro, e de Helena da Cruz Penilha e
Cabo; e por parte de sua avó paterna de Francisco Esteves Sardinheiro, familiar
do Santo Oficio, e de Maria Luiza Barroso; e por parte de seu avô materno de
Luiz Fialho Ferro, e de Catharina Martins Zarca; e por parte de sua avó materna
de Francisco de Cardenas Souto maior, e de Francisca Thereza Xavier, sendo
egualmente o dito Francisco de Cardenas Souto-maior, filho de Antonio Fialho
Penilha, familiar do Santo Oficio, e de D. Joanna de Cardenas Souto-maior, irmã
de Pedro de Cardenas Souto-maior, a quem se passou brazão de armas a 6 de abril
de 1695. Um escudo com as armas dos Cardenas. — Br. p. a 16 de agosto de 1796.
Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 134. (C. C.)
2280. SILVESTRE DE CARVALHO
REZENDE, morador na villa de Santo Amaro das Brotas, capitania da cidade de
Sergipe de El-rei, estado do Brazil; filho de Hilario de Carvalho de Rezende, e
de sua mulher e prima Ignez Pereira de Rezende, filha de João de Moura de
Magalhães, e de sua mulher Maria Brochado, ele filho de Balthasar Velho de
Moura, e de sua mulher Ignez Pereira de Rezende, e ella filha de Antonio
Brochado, e de sua mulher Maria Coelho, filha de Francisco Rezende de Carvalho,
e de sua mulher Joanna Fernandes de Mello; neto o supplicante pela parte
paterna de Esperança de Braga, e de Seu marido Manuel Madeira, filho de Pedro
Vaz Correa, e de sua mulher Clara; bis neto de Hilario de Carvalho de Rezende,
e de sua mulher Margarida de Braga; terceiro neto do capitão Manuel de
Carvalho, e de sua mulher D. Thaddea Gonçalves; quarto neto de Pedro Vaz de
Mello. As armas dos Carvalhos, Rezendes, Correas, Pereiras, Mouras, Magalhães,
Brochados, Velhos, Coelhos, Mellos, Bragas, e Madeiras, — Br. p. a 21 de
janeiro de 1751. Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 19 v. (C. C.)
2281. SILVESTRE FALCÃO DE SousA
PEREIRA DE BERREDo, capitão das ordenanças da cidade de Tavira, filho de
Silvestre Falcão de Sousa Pereira de Berredo, e de sua mu lher D. Anna Joaquina
Ignacia de Miranda e Silva; neto por parte paterna de Francisco Falcão de Sousa
Pereira de Berredo, e de D. Isabel Correa de Freitas; neto por parte materna de
João da Costa Ferreira, e de D. Isabel do Espirito Santo da Silva e Miranda. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas, no segundo as dos
Falcões, no terceiro as dos Pereiras, e no quarto as dos Berredos. — Br. p. a
20 de agosto de 1802. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 215 v. (C. C.)
2282. SILVESTRE JosÉ DA SILVA,
natural da cidade de Lisboa, cavaleiro professo na ordem de Christo, capitão de
mar e guerra honorario, e deputado da Mesa da Inspecção da cidade da Bahia;
filho de José Rodrigues da Silva, e de sua mulher D. Thereza de Je sus; neto
paterno de João Rodrigues da Silva, e de sua mulher D. Antonia Rodrigues, e
materno de Bernardo Antunes, e de sua mulher D. Dorothea do Ó; bisneto paterno
de Francisco Rodrigues da Silva, e de sua mulher D. Luiza da Conceição;
terceiro neto de José Rodrigues, e de sua mulher D. Luiza da Silva. Um escudo
partido em pala: na primeira as armas dos Rodrigues, e na segunda as dos
Silvas. — Br. p. a 30 de novembro de 1803. Reg. no Cart. da N., liv. \} fl. 50
v. (C. C.)
2283, SIMÃO DE ABREU PEREIRA,
filho de Bastião Alvares de Abreu, neto de Afonso Alvares Pereira, bisneto de
João Alvares Pereira, de Santarem, que todos foram fidalgos e do tronco d'esta
geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus anteces sores: – Escudo de campo vermelho esquartelado; o primeiro e seu
contrario com uma cruz de prata florida e vazia de vermelho, o segundo e
terceiro com cinco cotos de azas de oiro, em aspa, e por diferença uma flor de
liz de prata; elmo de prata aberto guar necido de oiro, paquife de oiro, prata
e vermelho, e por timbre uma cruz de vermelho entre duas azas de oiro; com todas
as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos
Pereiras e Abreus. — Dada em Lisboa a 25 de maio de 1542. Reg. na Chanc. de D.
João III, liv. XXXII, fl. 49.
2284. SIMÃO ACIoLI, fidalgo
florentino, morador na ilha da Madeira. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecesso res : — Escudo de campo de prata
com um leão azul com a lingua e unhas vermelhas; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por timbre o mesmo leão das
armas; com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e
linhagem dos Aciolis, que na senhoria de Florença são fidalgos. — Dada em
Lisboa a 27 de outubro de 1529. Reg. na Chanc. de D. João III, liv LII, fl. 81
v. 2285.
SIMÃO ALVARES DE LA PENHA
DEUS-DARÁ, filho de Manuel Alvares Deus-dará. Carta pela qual el-rei D. João IV
lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res : — Escudo de campo de
prata, tendo do lado direito um braço vestido de verde es tendido que nasce do
centro da mesma parte, e posto em contrabanda, e da parte esquerda outro braço
como o primeiro, que nasce do centro da mesma parte, posto em contrabanda, com
as mãos de côr natural ambas juntas e abertas e que chegam ao meio do escudo
cheias de moedas de prata e oiro, e uma orla verde e n'ella escripta a letra de
oiro o appellido de Deus-dará; elmo de prata guarnecido de oiro, paquífe de
oiro, prata e verde, e por timbre um dos braços de oiro tendo as moedas na mão;
com todas as honras e privilegios de fidalgo pelos seus serviços, e por
descender da geração dos Deus-dará. — Dada em Lisboa a 4 de agosto de 1646.
Reg. na Chanc. de D. João IV, liv. XV, fl. 58 V.
2286. SIMÃ o ALVARES PIMENTA RA
Mos, natural da freguezia de S. João de Arnoia, termo da villa de Basto; filho
de Bento Pimenta Ramos, e de Sebastiana Alvares; neto paterno de Domingos
Mattheus, e de Catharina Pimenta Ramos; neto materno de Miguel Jorge, e de
Margarida Alvares de Lordello de Viade; todos nobres, e como taes se tra ctavam
á lei da nobreza, e o mesmo supplicante primo segundo de Jeronymo Pimenta Ita
mOS, a quem se passou já brazão d'estas mesmas armas. As armas dos Pimentas, e
dos Ramos. — Br. p. a 11 de fevereiro de 1754, Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 69. (C. C.)
2287. SIMÃO ANToN1o DE LIz LEMos
E SOUSA, natural de Viseu, cavaleiro professo na ordem de Christo, e fidalgo da
casa real; filho de José de Liz e Sousa, e de sua mu lher D. Anna do Carmo de
Lemos; neto paterno de João de Liz; bisneto pelo mesmo lado de Francisco de
Sousa da Cunha, moço fidalgo da casa real, tendo o supplicante ser vido
diversos logares de magistratura. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto
quarteis as armas dos Lizes, no segundo as dos Lemos, e no terceiro as dos
Sousas. — Br. p. a 20 de setembro de 1827. na ordem de Sant'Iago da Espada, e
capitão-mór do baluarte de S. Francisco da praça de Cacheu; filho de José Luiz
Cardoso Caldeira, e de D. Maria Pedroso da Costa e Magalhães; neto pela parte
paterna de Antonio Vaz Sevado Cardoso, e de sua mulher D. Maria Rodrigues; neto
pela parte materna de Agostinho Tavares de Sousa, cavalleiro, e de Helena
Pedroso da Costa Magalhães. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Cardosos, no segundo as dos Pedrosos, no terceiro as dos Costas, e no
quarto as dos Magalhães. — Br. p. a 8 de agosto de 1797. Reg. no Cart. da N.,
liv. V, fl. 209. (C. C.)
2289. SIMÃO DA CostA CALDEIRA
PEDRoso E MAGALHÃEs, cavalleiro professo na ordem de Sant'Iago da Espada, e
eapitão-mór do baluarte de S. Francisco da praça de Ca cheu; filho de José Luiz
Cardoso Caldeira, e de D. Maria Pedroso da Costa e Magalhães; neto pela parte
paterna de Antonio Vaz Sevado Cardoso, e de sua mulher D. Maria Ro drigues;
neto pela parte materna de Agostinho Tavares de Sousa Cavaleiro, cavaleiro
fidalgo da casa real, a quem se passou brazão a 14 de abril de 1717, com as
armas dos Sousas, Tavares, e Cavalleiros, e de sua mulher D. Helena Pedroso da
Costa Ma galhães. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Sousas, no segundo as dos Pedrosos, no terceiro as dos Cardosos, e no quarto as
dos Cavalleiros. — Br. p. a 16 de junho de 1798. Reg. no Cart. da N., liv. VI,
fl. 21 v. (C. C.)
2290. SIMÃo EstELLITA GoMES DA
FoNs ECA CoRRE A GONÇALVES, cavaleiro da ordem de Sant'Iago da Espada, escrivão
e futuro provedor da Fazenda real do continente do Rio-grande do Sul, natural
da colonia do Sacramento; filho do capitão Francisco Cor rea Gomes, e de D.
Rita Maria de Jesus da Fonseca; neto pela parte paterna de Manuel Correa, e de
Maria da Resurreição Gomes; neto pela parte materna de Manuel Gonçalves, e de
D. Anna Maria da Fonseca. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Correas, e na segunda as dos Gomes. — Br. p. a 20 de agosto de 1798. Reg. no
Cart. da N., liv. VI, fl. 35. (C. C.)
2291. SIMÃO DE FIGUEIREDo,
cavaleiro da casa real, filho de João de Figueiredo, e neto de Gonçalo de Figueiredo,
que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geração. Carta pela qual
el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de armas de seus antecessores
: — Escudo de campo vermelho e cinco folhas verdes de figueira em aspa
perfiladas de oiro, e por differença uma flor de liz de prata; elmo de prata
aberto guar necido de oiro, paquife de oiro, vermelho e verde, e por timbre um
braço vestido de azul com um ramo de oiro na mão com cinco folhas Verdes de
figueira; com todas as honras de nobre fidalgo por descender da nobre geração e
linhagem dos Figueiredos. — Dada em Evora a 3 de abril de 1535. Reg. na Chanc.
de D. João III, liv. x, fl.
2292. SIMÃo JosÉ D E FARIA
PEREIRA, oppositor ás cadeiras da faculdade de leis na Universidade de Coimbra
pela collegial de S. Pedro; filho do doutor José da Motta Pe reira, provedor
que foi da comarca de Esgueira, natural da villa de Punhete, e de sua mulher D.
Anna Maria Pereira de Faria, natural da dita quinta; neto pela parte paterna de
Francisco Pinha da Motta, e de sua mulher D. Margarida Vicencia Pereira; e pela
ma terna de Simão Pereira de Faria, e de sua mulher D. Maria Pereira da Silva;
bisneto de Gaspar Pereira, e de sua mulher D. Maria Pereira de Faria; terceiro
neto de João Pe reira de Faria, capitão-mór que foi da villa de Ourem. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pereiras, e na segunda as dos
Farias. — Br. p. a 31 de janeiro de 1771. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 141
v. (C. C.)
2293. SIMÃ o Lop Es D E
CALHEIRos, fidalgo de cota de armas, morador em Santa rem, filho de Gonçalo
Lopes de Calheiros e neto de Diogo Lopes de Calheiros, que foram do tronco
d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul com cinco vieiras de prata
riscadas de preto, em aspa, e tres estrellas de prata de cinco pontas cada uma
em faxa, ao pé do escudo, e por diferença um anel de oiro; elmo de prata
aberto, paquife de prata e azul, e por timbre dois b0r dões de Sant'Iago de
prata, em aspa, e no meio d'elles uma das vieiras das armas; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Calhei
#" em Lisboa a 7 de agosto de 1528. Reg. na Chanc. de D. João III, liv.
XVII, . 116 V.
2294. SIMÃo NETo, fidalgo da casa
real, irmão do bispo D. Braz Neto, e filhos do doutor Pedro Gonçalves Neto, ao
qual D. Braz tambem anteriormente lhe havia sido con cedido o uso de brazão
pelo mesmo motivo. • Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte
brazão de seus antecessores: — Escudo de campo partido em pala, de vermelho e
azul, e sobre tudo um leão de oiro armado de preto, e uma bordadura de oiro com
quatro flores de liz de prata perfiladas de azul, nos quatro cantos, e quatro
folhas de figueiras verdes entrecambadas, e por dif ferença um trifolio de
oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por
timbre o mesmo leão com uma das folhas de figueira na cabeça; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Netos
de Sa lamanca. — Dada em Evora a 28 de novembro de 1534. Reg. na Chanc. de D.
João III, liv. XX, fl. 80 v.
2295. SIMÃ o PACHEco, cavalleiro
da casa real, morador na ilha Terceira, filho de João Pacheco e neto de Manuel
Pacheco, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta geração. Carta pela
qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: —
Escudo de campo de oiro e duas caldeiras, em pala, tambem de oiro, com tres
faxas e as azas veiradas e contraveiradas de vermelho e preto, e quatro cabeças
de serpe de oiro nos cabos das azas, duas para fora e duas para dentro das
caldeiras, e por diferença uma merleta de preto; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e ver melho, e por timbre um pescoço com duas
cabeças de serpe, uma contra a outra; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da geração e linhagem dos Pache #" em Evora a 20 de
março de 1534. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XX, . 76 v.
2296. SIMÃO PIRES SARDINHA
(Doutor), cavalleiro professo na ordem de Christo, na tural do arraial de
Tejuco, termo da villa do Principe, comarca do Serro do frio, bis pado de
Marianna, e morador na cidade de Lisboa; filho do doutor Manuel Pires Sardi
nha, e de Francisca da Silva, filha do capitão Antonio Caetano de Sá, e de
Maria da Costa; neto pela sua varonia do capitão de infanteria Dionysio Lopes
Sardinha, a quem se passou brazão com as armas das famílias de Sardinhas,
Lopes, Pintos, e Carvalhos em 1684, e de Paula do Espirito Santo Sardinha;
bisneto do alferes de cavallos João Baptista Sardi nha; terceiro neto de Manuel
Gomes Sardinha, capitão de cavallos, e de D. Maria de Sá, elle descendente de
João Lopes, criado da princeza D. Joanna, a quem o senhor rei D. Af fonso V fez
mercê das armas dos Lopes, e de Julio Fernandes Sardinha, da familia deste mor
gado de Calvilhe, e de Christovão Fernandes de Carvalho, capitão-mór da villa
de S. Vi cente da Beira, como largamente constava do dito brazão. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Lopes, no segundo as dos
Sardinhas, no terceiro as dos Pintos, e no quarto as dos Carvalhos. — Br. p. a
15 de janeiro de 1781. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 267. (C. C.)
2298. SIMÃo RoDRIGUEs RABELLo,
cavaleiro fidalgo da casa real, morador na ilha de S. Miguel, filho de Luiz
Rodrigues, cavalleiro da casa real, e de Beatriz Fernandes Ra bello, neto de
João Rodrigues Rabello, que foi fidalgo muito honrado e do tronco d'esta
geraçao. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecessores: — Escudo de campo azul e tres faxas de oiro, e em cada uma
d’ellas uma flor de liz de vermelho, postas em banda, e por diferença uma brica
de prata; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e
por timbre duas flores de liz de vermelho; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da geração e linhagem dos Ra bellos. — Dada em Lisboa a
23 de junho de 1533. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XLV, fl. 42 V.
2299. SIMÃO DE SEIXAs, morador em
Faro, filho de Fernão de Seixas, neto de Ignez de Seixas, e bisneto de Fernão
de Seixas, moradores em Faro, e que foram do tronco d’esta geração e fidalgos
muito honrados; e bem assim era filho de Isabel Vieira, neto de Fernão Vieira,
de Faro, que foi tambem fidalgo muito honrado e do tronco da geração dOS
Vieiras. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de
seus antecessores: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de verde com
cinco pombas, seixas, de prata, em aspa, com os pés e bicos vermelhos, duas
d’estas voando, a ultima debaixo da direita e a primeira de cima da esquerda, e
o contrario de vermelho com seis vieiras de prata riscadas de preto, em duas
palas, e por differença um anel de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro, paquife de prata, verde e vermelho, e por timbre uma das seixas voando;
com todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e
linhagem dos Seixas e Vieiras.—Dada em Evora a 24 de maio de 1537. Reg. na
Chanc. de D. João III, liv. XXIII, fl. 50 v.
2300, SIMÃO DE SEQUEIRA, filho de
Ruy de Sequeira e neto de Diogo de Sequeira, que foi fidalgo muito honrado e do
tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul com cinco vieiras
de oiro, em aspa, elmo de prata aberto guar necido de oiro, paquife de oiro e
azul, e por timbre quatro pennachos azues, sendo os do meio mais altos, com uma
vieira das armas entre elles, e por diferença uma flor de liz de prata; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração dos
Sequeiras. — Dada em Lisboa a 7 de outubro de 1550. Reg. no liv. IV de
Privilegios, fl. 131. V. –
2301. SIMÃO SUEIRO DA SILVA,
capitão-mór da vila de Moura, comarca de Aviz, e na tural de Campo-maior; filho
de Simão Dias da Silva, e de sua mulher Catharina Sueiro; neto paterno de outro
Simão Dias da Silva, e de sua mulher Isabel Rodrigues; neto ma terno de Manuel
Rodrigues de Albergaria, e de sua mulher Anna Gonçalves. • As armas dos Silvas
e Albergarias. — Br. p. a 30 de julho de 1755. Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 93. • (C. C.)
2302, SIMPLICIo D1As DA SILVA,
capitão de cavallaria auxiliar da cidade do Maranhão, natural da villa de S.
João da Pernayba, comarca da cidade de Oeiras, capitania de S. José de Piauhy;
filho por provisão real do capitão Domingos Dias da Silva, e de Claudina Jo
sepha, solteira; neto pela parte paterna de José Dias da Silva, vereador e juiz
ordinario no logar de Pedronellos, e de sua mulher D. Maria Gonçalves; bisneto
de Manuel da Silva, e de sua mulher Anna de Oliveira. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Dias, e na segunda as dos Silvas. — Br. p. a 5
de agosto de 1795. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 75 v. (C. C.)
2303. THADD EU LUIZ BoTELHo D E
SOUs A PINTo LEITÃo, natural de Villarinho de S. Romão, termo e comarca de
Villa-real; filho de Antonio Botelho Carneiro, e de Sua mulher D. Joanna Luiza;
neto pela parte paterna de Manuel Botelho Carneiro, e de sua mulher D. Joanna;
e por parte materna de Jeronymo Alvares, e de sua mulher D. Maria de Carvalho;
bisneto por parte paterna de João de Araujo, e de sua mulher Antonia Botelho.
Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos Botelhos, e na segunda as
dos Carneiros. — Br. p. a 29 de junho de 1799. Reg. no Cart. da N., liv. VI,
fl. 89 v. (C. C.)
2304. THADD EU LUIZ DE SousA Do A
MARAL, capitão-mór da villa de Canavezes, co marca de Guimarães, e natural da
dita Villa; filho de Luiz Ferraz de Sousa Pinto, e de sua mulher D. Marianna de
Sousa do Amaral: neto materno de D. Angela Paes do Ama ral, e de Jeronymo de
Sousa Homem; bisneto de D. Maria Paes do Amaral, e de seu ma rido Antonio
Borges Nogueira; terceiro neto de Antonio Paes do Amaral, e de sua mu lher
Helena de Almeida; quarto neto de Alvaro Paes Ferraz, e de sua mulher e parenta
D. Mecia Ferraz do Amaral; quinto neto de Antonio de Freitas do Amaral, e de
sua mu lher D. Victoria Ferraz do Rego; sexto neto de Afonso Rodrigues do
Amaral, commen dador de Rio-covo na ordem de Christo, e alcaide-môr de
Bragança, e de sua primeira mulher Filippa de Freitas; setimo neto de Diogo
Paes Cardoso Castello-branco, e de sua mulher Mecia Vaz do Amaral; oitavo neto
de Pedro Rodrigues do Amaral, conde palatino, approvado e reconhecido neste
reino pelo senhor rei D. Manuel, administrador perpetuo do mosteiro de S. Pedro
das Aguias : e o pae do supplicante foi filho de Francisco Ferraz de Sousa,
irmão inteiro e legitimo de Luiz Ferraz de Sousa, alcaide-mór de Redondo. 1753.
Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 54. • • * * (C. C.)
2305. THE o BALD o DA Foxs ECA E
Sous A, natural da cidade de S. Paulo no Brazil, sargento-mór aggregado das
ordenanças da villa de Junahy, da mesma capitania; filho de Gabriel Antunes da
Fonseca, cidadão da dita cidade, e de D. Maria da Conceição e Silva Fragoso;
neto pela parte paterna de Gabriel Antunes, e de Sebastiana Maria da Fonseca, fi
lha de Francisco Rodrigues, e de Maria Fernandes; bisneto de Domingos Antunes,
e de Ma ria Francisca; neto pela parte materna de Francisco de Sousa Murça, e
de Isabel da Silva Fragoso, e por esta bisneto de Domingos Fragoso de Abreu, e
de Maria Rebello; terceiro neto de Gaspar de Campos Fragoso, e de Isahel
Freitas; e pela dita sua bisavó Maria Rebello terceiro neto de Jeronymo
Rebello, e de Anna Cabral. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas
dos Fonsecas, no segundo as dos Rodrigues, no terceiro as dos Fragosos, e no
quarto as dos Abreus.— Br. p. a 12 de novembro de 1796. Reg, no Cart. da N.,
liv. V, fl. 157. C (C. C.)
2306. THEODOR o CoRREA DE AZEVEDo
CouTINHO, cidadão da governança da cidade do Maranhão, capitão de cavallaria
auxiliar; filho de Constantino Correa de Araujo, cida dão do mesmo estado, e de
D. Leonarda Mendes de Amorim; neto de Ignacio Correa Coutinho de Cerveira,
cidadão e secretario do estado, e de D. Simeana Furtado de Men donça; bisneto
de Manuel de Araujo Cerveira, que serviu na tropa paga varios postos; foi
cidadão e juiz presidente do Senado d’aquelle estado, ouvidor da capitania do
Cumá, e de sua mulher D. Margarida Correa de Lucena; terceiro neto de Domingos
de Cerveira Baião, natural da villa dos Arcos de Val de Vez, da provincia do
Minho; filho de Antonio de Cerveira da Camara, e de sua mulher D. Anna
Fernandes de Araujo, que foi primeiro restaurador d’aquelle estado do Maranhão
do poder dos hollandezes, e senhor das torres de Tamanacu e Canavieiras
d’aquela capitania do Cumá : e sua avó D. Simeana Furtado de Mendonça foi
bisneta do valoroso Diogo de Campos Moreno, sargento-mór de todo o estado do
Brazil, primeiro conquistador do Maranhão do poder dos francezes, comman dante
general d’elle em 1614, sendo general do Brazil Gaspar de Sousa, devendo-se-lhe
toda a felicidade daquelle estado, como escreveu Bernardo Pereira de Berredo
liv. II, pag. 78; e D. Margarida Correa, sua segunda avó, mulher de Manuel de
Araujo Cerveira, era filha de Agostinho de Menezes, capitão de infanteria,
governador da fortaleza de Santa Cruz da Barra do Rio de Janeiro, e senhor da
Ribeira do Measi; neta de Sebastião de Azevedo Lucena, capitão-mór e governador
do Grã-Pará em 1645, cavaleiro da ordem de Christo e capitão governador da
torre de Cascaes; filho de Mattheus de Freitas de Azevedo, fidalgo da casa
real, alcaide mór de Pernambuco; filho de Sebastião de Lucena de Azevedo,
commendador da Mata de Lobos, da ordem de Christo e guarda-mór da ci dade de
Lisboa, e de sua mulher D. Jeronyma de Mesquita, filha de Thomé Borges de
Mesquita; neta de D. Pedro Alves de Mesquita, fidalgo castelhano e senhor do
morgado de Mêses; bisneta de Vasco Gil Moniz. Sebastião Lucena de Azevedo,
commendador da Mata de Lobos, foi filho de Vasco Fernandes de Azevedo Lucena,
fidalgo da casa real, um dos primeiros descobridores e povoadores de
Pernambuco, que pelos grandes servi ços que fez naquelle estado para fazer
estender a sua povoação, que toda se deveu ao seu valor e actividade, como faz
memoria o padre frei Agostinho de Santa Maria, Sanctuario Marianno, tom Ix,
pag. 306, se lhe fez mercê da alcaideria mór de Pernambuco. Vasco Fernandes era
nobilissimo por ser filho de matrimonio de Sebastião de Lucena, e de sua mulher
D. Maria de Vilhena, filho de Diogo de Azevedo; quarto senhor da villa de S.
João de Rei, e terras de Bouro, na provincia do Minho, casado com D. Brites
Dias Correa; filha de João Correa, o Portuguez, e de sua mulher D. Leonor
Annes, filho de Joao Correa, senhor da torre de Ladrão-Baião, na comarca de Thomar,
todos fidalgos valerosos, e bem conhecidos, de quem faz memoria o Theatr. Gen.
arv. 123, cuja família é bem co nhecida neste reino por ser das mais antigas
d’elle, e ter o seu principio em D. Arnaldo de Baião, fidalgo francez, que
acompanhou o conde D. Henrique, e tem por descendentes os senhores de S. João
de Rei, e outras muitas casas de fidalgos, em Castella os condes de Fontes e de
Monte-Rei. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Correas, no
segundo as dos Azevedos, no terceiro as dos Furtados de Mendonça, e no quarto
as dos Correas —Br. p. a 6 de maio de 1790. Reg. no Cart. da N., liv. Iv, fl.
161. (C. C.)
2307. THEODoRo PED E G A CHE So
RoMENHO BRANDÃO, tenente coronel do regimento de cavallaria da praça de
Olivença, natural da cidade de Lisboa; filho de Pedro Baptista Pedegache, nobre
cidadão da cidade de Bayona, reino de França, e de D. Dorothea Ma ria Rosa
Brandão Ivo; neto pela parte paterna de Beltrão Pedegache, nobre cidadão da
cidade de Bayona, e de D. Lourença de Nite; e pela materna de Francisco
Lourenço Brandão Ivo, capitão do regimentn de artilheria e marinha da praça de
Lagos, reino dos Algarves, a quem se passou brazão de armas a 27 de março de
1710, e de D. Maria RO drigues Soromenho; bisneto de Mathias Lourenço Brandão
Ivo, a quem se passou brazão de armas a 26 de setembro de 1600, e de D. Isabel
da Silveira; quarto neto de Ivo Kermentin, e de D. Isabel Coutinho Brandão. Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Pedegaches, a segunda es
quartelada; no primeiro quartel as armas dos Brandões, no segundo as dos
Soromenhos, no terceiro as dos Silveiras, e no quarto as dos Coutinhos. — Br.
p. a 15 de julho de 1792. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 256. (C. C.)
2308. THEoDoRo CoNsTANTINO DE
CHERMONT, natural da praça de Extremoz neste reino, sargento-mór de artilheria
na cidade do Grão-Pará; filho de João Alexandre de Chermont, fidalgo da casa
real de França, engenheiro de el-rei, o qual passando a Portu gal, foi n'este
reino marechal de campo, e viveu na dita praça de Extremoz, e de sua mulher D.
Anna de Saint-Aubin Legros; neto pela sua varonia de Alexandre de Chermont,
fidalgo tambem da casa real de França, capitão do regimento de Champagne,
cavaleiro da ordem de S. Luiz, e de sua mulher D. Maria Joanna Felier; bisneto
de Antonio de Chermont, fidalgo da referida casa real, capitão do castello de
Fresne, e de sua mulher D. Isabel Noble; e terceiro neto de Francisco
Lemercier, tambem fidalgo da mesma casa real de França, senhor de Chermont e de
outras terras, gentil-homem ordinario da ca mara dos reis de França. Um escudo
com as armas de Chermont, — Br. p. a 22 de junho de 1780. Reg. no Cart. da N.,
liv. II, fl. 245. (C. C.)
2309. THEoDos 1o GoNÇALVES SILVA,
cavaleiro professo da ordem de Christo, fi lho de Manuel Gonçalves, e de sua
mulher D. Josepha Luiza do Sacramento Couto; neto pela parte paterna de
Domingos Gonçalves, e de sua mulher D. Catharina Fran cisca Mascarenhas; e pela
materna neto de Antonio de Couto, e de sua mulher D. Clara #"…"
bisneto de Mannel Francisco Gonçalves, e de D. Isabel Collaço Mas Cal'CI] [12S.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Gonçalves, no segundo
as dos Silvas, no terceiro as dos Mascarenhas, e no quarto as dos Coutos. — Br.
p. a 26 de agosto de 1784. Reg. no Cart. da N., liv. III, fl. 159 v. (C. C.)
com mandante e coronel do novo regimento de artilheria da India, natural da
cidade de Elvas, filho de Mathias Fernandes Rebocho, ajudante do regimento de
infanteria da dita cidade, e de sua mulher D. Maria Xavier da Silva; neto pela
parte paterna de Francisco Nunes, e de sua mulher Maria Rebocho; e pela materna
de Affonso Rodrigues, e de sua mulher Antonia da Silva. Um escudo partido em
pala; na primeira as armas dos Rodrigues, e na segunda as dos Silvas. —Br. p. a
14 de fevereiro de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 3 v. (C. C.)
2310. THED os Io DA SILVA
REBocho, cavaleiro professo da ordem de Christo, com mandante e coronel do novo
regimento de artilheria da India, natural da cidade de Elvas, filho de Mathias
Fernandes Rebocho, ajudante do regimento de infanteria da dita cidade, e de sua
mulher D. Maria Xavier da Silva; neto pela parte paterna de Francisco Nunes, e
de sua mulher Maria Rebocho; e pela materna de Affonso Rodrigues, e de sua
mulher Antonia da Silva. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Rodrigues, e na segunda as dos Silvas. —Br. p. a 14 de fevereiro de 1774. Reg.
no Cart. da N., liv. II, fl. 3 v. (C. C.)
2312. THEoToN1o JosÉ DA SILVA,
filho de Francisco José da Silva, e de sua mulher D. Anna Rosa de Gusmão. Um
escudo com as armas dos Silvas. — Br. p. a 23 de outubro de 1800. Reg. no Cart.
da N., liv. VI, fl. 140 v. - (C. C.)
2313. THEotoN1o JosÉ ZUZARTE,
sargento-mór de dragões da cidade de S. Paulo no Brazil, filho de Miguel Gomes
Zuzarte, e de sua mulher D. Magdalena Coutinho; neto pela parte paterna de
Manuel João Zuzarte, e de Catharina Gomes; e pela materna de Ma nuel Coutinho,
e de Maria Jacinta. Um escudo com as armas dos Zuzartes— Br. p. a 20 de
setembro de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 34. (C. C.)
2315. D. THEREZA MARIA DE
OLIVEIRA ANDRADE BORGES E MESQUITA, filha de Miguel de Oliveira e Andrade
Borges de Mesquita, a quem se passou brazão de armas das familias de Borges,
Oliveiras, Mesquitas e Monteiros, e de sua mulher D. Thereza Maria de Jesus;
neta de Mattheus de Oliveira, e de sua mulher Maria Francisca, filha de Antonio
Francisco, e de sua mulher Maria Borges; bisneta de Fructuoso de Oliveira Bor
ges, e de sua mulher Seraphina Moutinho; terceira neta de Francisco Ferreira, e
de sua mulher Margarida de Mesquita Borges, esta filha de Antonio Borges, e de
sua mulher Margarida de Mesquita, da villa de Mondim de Basto, quartos avós da
supplicante; quinta neta de Antonio Paes do Amaral, capitão-mór da villa de
Celorico de Basto, e de sua mu lher Marinha Borges, por esta sexta neta de
Balthasar Borges Louzada, e de sua mulher D. Isabel Gomes de Abreu e Brito;
Setíma neta de Fernando Conçalves de Faria, ouvidor que foi de Mezão-frio, e de
sua mulher D. Isabel Borges de Azevedo, filha de Belchior Borges de Sousa,
fidalgo da casa real e cavalleiro da ordem de Sant'Iago, e de sua mu lher D.
Felicitas de Cerqueira, neta de Gaspar Borges de Sousa, e de sua mulher e se
gunda prima D. Thereza Gomes Rebello, filha esta de D. Senhorinha do Rego
Borges, e de seu marido João de Louzada de Ledesma, sendo a dita D. Senhorinha
do Rego Borges filha de João Rodrigues Borges, fidalgo da casa real, senhor da
terra de Alva e do pa droado das tres egrejas : de S. Miguel de Matamouros, S.
Martinho de Alva e Santa Maria de Pipião, alcaide-mór de Santarem, filho de Ruy
Borges, fidalgo tambem da casa real, senhor das terras de Carvalhaes do Couto,
de Avelãs de Cima, de Ferreiros de Reguengo da Quintella e de Arcos; dos
logares de Ilhavo, Verdemilho e Casaes de Sá, com os pa droados das referidas
egrejas, mero e mixto imperio nas terras d’ellas, o qual vinha a ser decimo
terceiro avô da supplicante; e finalmente decima quarta neta de Diogo Borges,
commendador do Torrão, senhor de Gestaço e senhor e donatario das referidas
terras e outras mais; e pela parte materna é a supplicante neta de Manuel João,
e de sua mulher Marianna Teixeira. Uma lisonja partida em pala; a primeira em
branco para receber as armas do ma rido com quem casar, a Segunda partida em
faxa, na primeira as armas dos Borges, e na segunda as dos Oliveiras.—Br. p. a
30 de setembro de 1776. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 115 V. (C. C.)
2316. THOMAZ ALEXANDRE PEREIRA DE
AZAMBUJA, natural da cidade de Lisboa, filho de José Joaquim Pereira de
Azambuja, cavalleiro da ordem de Christo, e de sua mu lher D. Luiza Ignacia
Caetana; neto pela parte paterna de João Pereira da Costa, e de sua mulher D.
Thereza Isabel Archangela de Lara, e pela materna neto de Francisco de Azevedo,
e de sua mulher D. Anna Maria do Sacramento. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Pereiras, e na segunda as dos Azambujas. — Br, p. a 10 de
fevereiro de 1774, Reg, no Cart. da N., liv. II, fl. 2. (C. C.)
2317. THoMAz ANTONIO CARNEIRO, presbytero
secular, cavaleiro professo na ordem de Christo, conego de Santa Maria de
Alcaçova de Santarem, desembargador da Relação e Curia patriarchal, secretario
do actual Cardeal patriarcha; filho de Antonio dos Santos Carneiro, e de sua
mulher D. Thereza Isabel; neto pela parte paterna de Domingos Car neiro, e de
sua mulher D. Domingas dos Santos; neto pela parte materna de João Ma nuel, e
de sua mulher D. Lourença Jorge. Um escudo ovado e n'elle as armas do appelido
de Carneiros. — Br. p. a 8 de maio de 1798. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl.
19 v. (C. C.)
2318. THoMAz ANToN1o DA CosTA E
MELLO, natural e morador na villa de Almada, filho do capitão Antonio Elias da
Costa e Mello, cavalleiro professo na ordem de Christo, e de sua mulher D. Anna
Maria do Bom-successo Almeida e Silva; neto paterno de Mar cos da Costa,
secretario do estado do Grão-Pará, e Maranhão, e de sua mulher D. D0 mingas
Thereza de Mello; bisneto de Lazaro da Costa, e de sua mulher D. Catharina RO
drigues; bisneto por parte de sua avó D. Domingas Thereza de Mello, do capitão
José da Costa, e de sua mulher D. Maria Josepha da Luz e Mello, dos quaes foi
filho Gaspar da Costa Posser, cavaleiro professo na ordem de Christo, e oficial
maior da Secretaria de estado dos Negocios do reino, e d’este egualmente o foi
Joaquim Guilherme da Costa POS ser, cavalleiro professo na ordem de Christo,
cavaleiro fidalgo da casa real, e conselheiro da real Fazenda, a quem se passou
brazão de armas com as dos Costas e Massuellos, aos caval leiro professo na ordem
de Christo, e de sua mulher D. Thereza Magdalena de Almeida; bisneto do doutor
Manuel Vieira da Silva, do real Desembargo, e de sua mulher D. Jo sepha Maria
Eugenia de Silva; bisneto egualmente por parte da referida sua avó D. The reza
Magdalena de Almeida, do capitão tenente da armada real Manuel de Sequeira, e
de sua mulher D. Maria Josepha da Encarnação. Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Costas, no segundo as dos Mellos, no terceiro as
dos Vieiras, e no quarto as dos Silvas. — Br. p. a 24 de feve reiro de 1820.
Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 55. (C. C.)
2319. THoMAz ANToNIO MACIEL
MoNTEIRO, juiz de fóra da cidade de Parahiba; filho de Antonio Francisco
Monteiro, cavaleiro da ordem de Christo, e de D. Joanna Ferreira Maciel; neto
paterno de Simão Luiz Monteiro de Paiva, e de sua mulher D. Maria Fran cisca de
Araujo, e materno de Braz Ferreira Maciel, e de sua mulher D. Catharina Ber
narda de Oliveira Govim. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Monteiros, na segunda as dos Macieis. — Br. p. a 23 de setembro de 1816. Reg,
no Cart. da N., liv. VII, fl. 356 v. (C. C.)
2321. THoMAZ DE AQUINO E ALMEIDA,
cavaleiro professo na ordem de Sant'Iago da Espada, e estribeiro do actual
Cardeal patriarcha; filho de Manuel Dias de Almeida, e de sua mulher D. Joanna
Thereza Pereira de Almeida; neto pela parte paterna de Domingos de Almeida, e
de sua mulher D. Maria Dias; neto pela parte materna de José Pereira, e de sua
mulher D. Joanna Pereira Pinto. Um escudo, e n'elle as armas do appelido dos
Almeidas. — Br. p. a 2 de maio de 1798. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 18.
(C. C.)
2322. THOM AZ DA COs TA CORREA
REBELLo E SILVA (Brigadeiro), filho de Belchior da Costa Correa Rebello, que
foi coronel e governador da praça da cidade de Tavira, e de sua mulher D. Anna
Joaquina da Silva; neto paterno de Gregorio Cabrita de Villa-lobos, e materno
de Francisco Correa da Silva; segundo neto por este mesmo lado de Henrique
Correa da Silva, fidalgo da casa real, e alcaide-mór da cidade de Tavira. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Costas, no segundo as dos
Rebellos, no terceiro as dos Correas, e no quarto as dos Silvas. — Br. p. a 6
de ju lho de 1817. Reg. no Cart. da N., liv. VII, fl. 380 v. * (C. C.)
2323. D. TiroMAz GoNÇALVES VA CA,
advogado dos reaes Auditorios de guerra do exercito de Sua Magestade Catholica
da província, e cidade de Badajoz; filho de Diogo Gonçalves; neto de Diogo
Fernandes, que do logar do Salgueiral, termo da vila de Coja neste reino,
passou para a cidade de Badajoz do reino de Castella, aonde se estabe lecera;
filho de Jeronymo Jorge, e de sua mulher Maria Lopes do dito logar. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Lopes, na segunda as dos Gonçalves. —
Br. p. a 6 de junho de 1770. Reg, no Cart. N., liv. I, fl. 131. (C. C.)
2324. THoMAz José BoRGEs DE
BRITo, cavaleiro professo na ordem de Christo, ca dete do regimento de Manuel
Beça Dantas, natural e morador n’esta côrte e cidade de Lisboa; filho de Manuel
Borges de Brito, tambem cavalleiro professo na ordem de Christo, e de sua
mulher D. Senhorinha Maria Thereza Leite de Araujo; neto pela parte paterna de
Theophilo Borges de Brito, e de sua mulher D. Maria Thereza; e pela materna do
desem bargador e doutor João de Araujo Ferreira Rebello, lente que foi na
Universidade de Coimbra desembargador da Relação do Porto e da de Lisboa, e de
sua mulher D. Benta Luiza Leite. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Borges, no segundo as dos Britos, no terceiro as dos Araujos, e no
quarto as dos Leites. — Br. p. a 28 de maio de 1783. Reg. no Cart. da N., liv.
III, fl. 96. (C. C.)
2326.
THOMAZ JOSÉ MACHADO, fidalgo
cavaleiro da casa real, commendador da or dem de Christo, cavaleiro da antiga e
muito nobre ordem da Torre e Espada do valor, lealdade e merito, e da de Nossa
Senhora da Conceição de Villa-viçosa, condecorado com a medalha nº 4 das
campanhas da Liberdade, coronel graduado do segundo batalhão movel de
atiradores, camarista da Camara municipal de Lisboa e proprietario; filho de
José Joaquim Henriques, e de sua mulher D. Maria Ignacia Peres; neto paterno de
Ma nuel Henriques, e de sua mulher D. Maria Rosa Peres; e materno de Estevão
Peres, e de sua mulher D. Euphemia Rosa Peres.
Um
escudo partido em pala; na primeira as armas dos Machados, e na segunda as dos
Peres, — Br. p. a 16 de março de 1868. Reg. no Cart. da N., liv. Ix, fl. 109.
(C. C.)
2327. TH o MAZ LUIZ ANToNIO
LEITÃO BANDEIRA, cavaleiro da Ordem de Christo, graduado em leis pela
Universidade de Coimbra, oppositor aos logares de letras, natural e morador na
cidade de Bragança; filho de Antonio Gomes Leitão Bandeira, tambem ca valeiro
da mesma ordem, juiz proprietario dos orphãos da dita cidade, natural d’esta de
Lisboa, e de sua mulher D. Joaquina Eugenia Marianna de Campos; neto pela parte
pa terna de Ignacio Gomes Leitão Bandeira, e de sua mulher D. Leonarda Maria de
Vascon cellos, e pela materna de João Nunes da Fonseca, e de sua mulher D.
Margarida Antonia de Campos. segunda as dos Bandeiras. — Br. p. a 16 de
novembro de 1770. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 139. (C. C.)
2328. THOMAZ PoUsADAs ZAGA Lo,
morador em Evora, filho do doutor Manuel Pou sadas Pechim e de D. Helena
Zagalo; neto paterno de Fernão Dias Pechim; bisneto de Briolanja Vaz Pechim;
trineto de Lopo Pechim; neto materno de Affonso de Barros Zagalo; bisneto de
Francisco Zagalo; e sobrinho de Diogo Gomes Zagalo. Carta pela qual el-rei D.
João IV lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro da direita dos Zagalos, de oiro com dois crescentes,
duas estrellas e dois torteaua tudo de vermelho, postos em duas palas, tendo
cada uma destas um crescente, uma estrella e torteau ; o segundo da esquerda
dos Pe chins, de prata semeada de arminhos pretos, e entre eles tres cotiças
sanguineas, em banda; o terceiro da direita dos Seixas, de verde com cinco
Seixas de prata postas em santor, e as duas dos cabos a mais alta e a mais
baixa voando em contrabanda, e todas com os pés e os bicos vermelhos; o quarto
da esquerda dos Zagalos, egual ao primeiro da direita; timbre um leopardo com
uma das estrellas das armas sanguinea na testa; elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquife dos metaes e côres das armas, e por dife rença no canto
direito do escudo um trifolio de prata dentro de uma brica azul; com todas as
honras e privilegios de fidalgo, por descender por parte de seu pae da geração
dos Pechins, e por parte de sua mãe das gerações dos Zagalos e dos Seixas.—Dada
em Lisboa a 21 de setembro de 1646. Reg. na Chanc. de D. João IV, liv. XV, fl.
57.
2329. THOMAZ SoA RES DE ANDRADE E
OLIVEIRA, natural da cidade do Rio de Ja neiro; filho de Raymundo Soares de
Andrade, senhor de engenhos na referida cidade, e de sua mulher D. Dionysia
Maria da Conceição; neto pela parte paterna de Carlos Soares de Andrade, que
passou á mencionada cidade no posto de capitão tenente, na esquadra de que era
capitão de mar e guerra seu irmão Antonio de Almeida Soares, pae de José
Joaquim Soares de Andrade e tio do supplicante, que faleceu tendo a patente de
coronel com exercicio de ajudante de ordens do Duque general; bisneto de José
Soares de An drade, sargento-mór de infanteria n’esta côrte, e de sua mulher
Catharina Josepha de Al meida; neto pela parte materna de Antonio Rodrigues de
Oliveira, e de sua mulher D. Thereza Maria de Jesus, cujo avô era legitimo
irmão de Manuel Jorge de Oliveira, to dos fidalgos da casa real, o qual faleceu
capitão-mór da fortaleza e paço de Norôa, sendo pae de Sebastião Nunes de
Oliveira, almirante da esquadra do Canará, cujos relevantes serviços pertencem
ao supplicante por escriptura de cessão que lhe fez sua tia D. Violante de
Oliveira Falcão. Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas
dos Soares, no segundo as dos Andrades, e no terceiro as dos Oliveiras. — Br. p.
a 12 de fevereiro de 1796. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 113 v. (C. C.)
2330. THoMÉ DE ALMEIDA DE AGUIAR
E MENDANHA, filho de João de Almeida de Aguiar, e de sua mulher Catharina
Caldeira de Mendanha e Sande; neto paterno de An tonio de Almeida, e de
Catharina Fernandes; neto materno de Mathias Fernandes, e de Maria Caldeira de
Mendanha; bisneto de Sebastião Caldeira de Mendanha; filho de Gon çalo de
Mendanha, e de sua mulher Maria de Sande, esta filha de Manuel de Sande Pe
reira, e de Anna Pereira; neta de Nuno Pereira de Sande, e de Maria Bayona;
bisneta de Violante Pereira, senhora que foi de Aguas-bellas, e de seu segundo
marido Fernão Lopes de Sande; terceira neta de João Pereira; quarta neta de
Galliote Pereira alcaide mór que foi de Lisboa, e senhor tambem de
Aguas-bellas; quinta neta de Rodrigo Alvares Pereira, primeiro senhor que foi
da dita casa de Aguas-bellas; irmã do grande D. Nuno Al vares Pereira, nono avô
do supplicante, e de seu irmão-Sebastião Caldeira de Mendanha, As armas dos
Caldeiras, Mendanhas, Pereiras, e Sandes. — Br. p. a 6 de novem bro de 1754.
Reg. no Cart. da N., liv. particular, fl. 82v. (C. C.)
2331. THoMÉ ALVARES BRAGA DA
VEIGA, natural da freguezia de S. Pedro Velho da cidade da Bahia, filho de Luiz
Alvares Braga da Veiga, e de sua mulher D. Quiteria Ma ria de S. José; neto por
parte paterna de Custodio Fernandes da Veiga, e de sua mulher D. Maria
Francisca; e por parte materna neto de João Coelho Vieira, e de sua mulher D.
Anna Maria. + Um escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis as armas
dos Alvares, no segundo as dos Bragas, e no terceiro a dos Veigas.—Br. p. a 21
de maio de 1801. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 169. • (C. C.)
2332. THoMÉ JoAQUIM NUNEs PEREIRA
DE REZENDE, natural da terra da Feira, freguezia de S. João de Madeira, comarca
de Esgueira, bispado do Porto; filho de Anto nio Nunes Gomes, e de sua mulher
Anna Antonia Pereira de Rezende, irmã inteira do re verendo vigario da terra da
Feira Thomé Nunes Pereira de Rezende, a quem se passou brazão de armas das
familias de Pereiras e Rezendes a 26 de agosto de 1747, do qual consta que é
neto pela parte materna de Antonio Nunes, e de sua mulher Isabel Pereira de
Rezende, filha do capitão Domingos de Rezende, e de sua mulher Anna Pereira, e
neta de Gonçalo André Velho, e de sua mulher Catharina Dias; e o dito Antonio
Nunes filh0 de Manuel Francisco Nunes, e de sua mulher Isabel Antonia, neto de
Sebastião Francisco, e de sua mulher Maria Nunes. As armas dos Pereiras, e
Rezendes. — Br. p. a 17 de fevereiro de 1752. Reg. no Cart. da N., liv.
particular, fl. 29 v. (C. C.)
2333. THoM É LUIZ DE ARAUJO
CASTELLO-BRANCo, natural e morador na sua quinta de Souto, freguezia de
Seidães, concelho de Celorico de Basto; filho do capitão Thomé Luiz de Araujo Castello-branco,
e de sua mulher D. Marianna Magdalena Pinto de Aze vedo; neto pela parte
paterna do capitão Luiz de Araujo Castello-branco, e de sua mulher D. Maria
Mendes de Afonseca; e pela materna de Agostinho Pinto de Azevedo, e de sua
mulher Francisca da Costa de Azevedo. Um escudo partido em pala; na primeira as
armas dos Castellos-brancos, e na se gunda as dos Araujos. — Br. p. a 6 de
julho de 1774. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 14. (C. C.)
2334. THOMÉ MoNTEIRO DA FONSECA E
Mor RA (Capitão), natural do logar da Fon seca, freguezia de Santa Marinha do
Zezere, concelho de Baião; filho de Domingos Mon teiro de Carvalho, morgado de
Lorido, e de sua mulher D. Antonia Josepha; neto pela parte paterna de
Francisco Fructuoso, e de sua mulher D. Cecilia Monteiro, esta filha do capitão
Luiz Monteiro Teixeira, e ele filho do coudel-mór do dito concelho Antonio Fru
ctuoso; e pela parte materna neto do capitão Manuel da Fonseca Marques, e de
sua mu lher D. Maria de Moura Coutinho, descendente de Manuel de Moura, da casa
de Entre as Aguas, Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos
Carvalhos, no segundo as dos Monteiros, no terceiro as dos Fonsecas, e no
quarto as dos Mouras. — Br. p. a 26 de janeiro de 1789. Reg. no Cart. da N.,
liv. 1v, fl. 96. (C. C.) Pi nho, e de D. Maria Rosa de Lima; neto pela parte
paterna de Thomé Moreira de Pinho, e de D. Joanna da Fonseca; neto pela parte materna
de Leonel Ferreira Leite, e de D. Rosa Maria de Lima, filha do sargento-mór
Manuel Coelho de Abreu, e de Maria de Lima. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Moreiras, no segundo as dos Pinhos, no terceiro as dos
Ferreiras, e no quarto as dos Leites. —Br. p. a 12 de dezembro de 1796. Reg. no
Cart. da N., liv. V, fl. 165. (C. C.)
2335. THoMÉ MoREIRA DE PINHo
(Coronel), filho do doutor Thomé Moreira de Pi nho, e de D. Maria Rosa de Lima;
neto pela parte paterna de Thomé Moreira de Pinho, e de D. Joanna da Fonseca;
neto pela parte materna de Leonel Ferreira Leite, e de D. Rosa Maria de Lima,
filha do sargento-mór Manuel Coelho de Abreu, e de Maria de Lima. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Moreiras, no segundo as dos
Pinhos, no terceiro as dos Ferreiras, e no quarto as dos Leites. —Br. p. a 12
de dezembro de 1796. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 165. • * (C. C.)
2336. TIAGO PIRES MACIEL, morador
em Vianna de Caminha, filho de João Maciel, fidalgo, alcaide-mór que foi de
Villa-nova de Cerveira. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo meio partido em pala; o
primeiro de prata com duas flores de liz de azul, em pala, o segundo de preto
com uma meia aguia de vermelho armada de oiro, e por differença uma brica
verde; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata e azul, e por
timbre uma aguia de oiro estendida; com todas as honras e privile gios de nobre
e fidalgo por descender da geração e linhagem dos Macieis. — Dada em Monte-mór
o novo a 22 de maio de 1531. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. L, fl. 94 v.
2337. D. To RIBIo Lop Es, deão da
capella da Rainha, bispo de Miranda. Carta pela qual el-rei D. João III o
nomeia nobre e fidalgo, concedendo-lhe egualmente o seguinte brazão de armas: —
Escudo de campo azul com uma cruz potencia de prata entre tres estrellas de
oiro; com todas as honras e privilegios de nobre e fidalgo pelos muitos
serviços por elle prestados, principalmente á rainha, servindo-a em Castella e
ainda no reino. — Dada em Evora a 4 de novembro de 1545. (M. N.) Reg. na Chanc.
de D. João III, liv. XXXV, fl. 111.
2338. TRISTÃo José MoNTEIRO DA
FoNs ECA (Desembargador), natural da villa de Castro-marim, reino do Algarve:
filho do sargento-mór da dita villa João Monteiro da Fon seca, e de sua mulher
D. Engracia Maria; neto pela parte paterna de Manuel Monteiro da Fonseca, e de
D. Ignez Maria; e pela materna de João Paiva, e de D. Maria Rebello. Um escudo
partido em pala; na primeira as armas dos Monteiros, e na segunda as dos
Fonsecas. — Br. p. a 11 de março de 1790. Reg, no Cart. da N., liv. Iv, !"
V. (C. C.
2339. TRISTÃo RoDRIGUEs Do RE Go,
cavaleiro fidalgo da casa real, filho de Gonçalo Rodrigues do Rego, neto de
Diogo Vaz do Rego, e bisneto de João Vaz do Rego, que foi pagem do infante D.
Pedro, os quaes todos foram fidalgos e do tronco d'esta geração. Carta pela
qual el-rei D. Sebastião lhe concede o seguinte brazão de seus antecess0 res: —
Escudo de campo verde com uma banda de prata ondada de azul, e sobre ella tres
vieiras de oiro, e por diferença uma estrella de oiro; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro, verde, prata e azul, e por timbre dois
pennachos verdes guar necidos de oiro, e entre eles uma vieira das armas; com
todas as honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem
dos Regos.—Dada em Lisboa a 19 de dezembro de 1561. Reg. na Chanc. de D.
Sebastião, liv. III, fl. 119.
2340. TRISTÃO VIEGAs, filho de
Affonso Viegas, neto de Ruy Viegas, natural de Beja, que foi fidalgo muito
honrado e do tronco da geração dos Viegas. Carta pela qual el-rei D. João III
lhe concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo azul com
quatro bandas de prata, elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de
prata e azul, e por timbre um leão pardo de azul picado de prata; com todas as
honras e privilegios de fidalgo por descender da geração e linhagem dos Viegas.—Dada
em Evora a 30 de dezembro de 1535. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. xxii,
fl. 143.
2341. TRISTÃO VIEIRA, natural do
Porto, filho de Fernão Vieira, cavalleiro fidalgo das casas de el-rei D.
Affonso, e D. João, neto de Gonçalo Affonso Vieira, contador que foi de
Entre-Douro e Minho e Traz-os-montes, fidalgo, e do tronco d'esta geração.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecesso res: — Escudo de campo vermelho com seis vieiras de prata riscadas de
preto, em duas palas, e por diferença uma merleta de oiro; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, e por timbre uma aspa de
vermelho com cinco vieiras das armas; com todas as honras e privilegios de
fidalgo por descender da geração e linhagem dos Vieiras. — Dada em Lisboa a 14
de novembro de 1530. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LII, fl. 203.
2343. VALENTIM ALBIN o DA CUNHA
BEÇA, natural de Covellos, comarca de Penafiel, commendador da ordem de
Christo, capitão do extincto batalhão provisorio de Villa-nova de Gaia; filho
de Bernardo Joaquim de Beça Vieira, e de sua mulher D. Rita Raymunda Nunes da
Cunha; neto paterno de José Felix Vieira da Cunha, e de sua mulher D. Rosa
Angelica da Cunha, e materno de Agostinho Domingos Nunes, e de sua mulher D.
Anna Maria Soares Nunes. Um escudo partido em pala; na primeira as armas dos
Beças, e na segunda as dos Cunhas. — Br. p. a 26 março de 1865. Reg. no Cart.
da N., liv. Ix, fl. 86 v. ) (C. C.
2345. VALENTIM SoAREs DE MELLo,
pagem que foi do bispo de Evora D. Afonso; filho de Fernão Soares, e neto de
Diogo Soares de Mello; outro sim filho de Maria Gil Velha, e neto de Gil Velho.
Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão de seus
antecesso res: — Escudo de campo esquartelado; o primeiro de vermelho com seis
besantes de prata, em duas palas, fechados de uma dobre cruz e bordadura de
oiro, o segundo de vermelho com cinco vieiras de oiro, em aspa, e por diferença
uma flor de liz metade azul e metade de prata; elmo de prata aberto guarnecido
de oiro, paquife de oiro, prata e vermelho, e por timbre uma aguia preta
besantada de prata; com todas as honras e — Dada em Lisboa a 7 de maio de 1530.
Reg. na Chanc. de D. João III, liv. LII, fl. 68 v.
2347. VALER1o JosÉ DE FREITAS DE
NARVAEs, cavaleiro professo na Ordem de Christo, governador do castello d'esta
cidade de Lisboa, com patente de ajudante; filho de Francisco de Mattos de
Narvaes, alferes que foi do regimento da armada real em ser viço do senhor rei
D. Affonso VI, e de sua mulher D. Maria da Encarnação de Sá; neto paterno de
Luiz de Mattos, homem nobre da villa de Monte-mór o velho, e de sua mulher e parenta
Francisca de Freitas de Narvaes, filha de Francisco Narvaes, e de sua mulher e
parenta Cecilia de Alvarenga, ele filho de D. Rodrigo de Narvaes, e de sua
mulher Fran cisca de Freitas, terceiros avós do supplicante; e esta terceira
avó, que era filha de Cosme de Alvarenga, e de sua mulher Isabel de Freitas,
irmã do doutor Francisco de Freitas, capellão da senhora rainha D. Catharina,
mulher do senhor rei D. João III, thesoureiro da capella real, abbade de S.
Miguel de Tibães, e do mosteiro de Miranda, e provisor do arcebispado de Braga,
e o dito seu terceiro avô era filho de outro D. Rodrigo de Narvaes, cabo de
guerra, da mesma praça, e de sua mulher e parenta D. Magdalena de Gusmão,
quartos avós do supplicante; e por esta parte quinto neto de Fernando de
Narvaes, e de sua mulher D. Francisca de Gusmão; sexto neto de Ruy Dias de Roxes
e Narvaes, alcaide-mór de Antequera, commendador de Castelejo de la Cuerta na
ordem de Sant'Iago, do conselho de guerra do imperador Carlos v, capitão
general de Meralqueber, e depois das provincias de Guipuscoa e Alaba, e
primeiro padroeiro do convento de Santo Agostinho de Antequera, e de sua mulher
D. Helena de Zayas de la Lama, filha de Affonso de Zayas, alcaide-mór de
Cazares, e de sua mulher D. Maria Alves de la Lama; setimo neto de Fernando de
Narvaes, senhor dos logares de Benacazens, e Benredoan, que foi capitão na
guerra de Granada em serviço dos reis catholicos, e de sua mulher D. Brites da
Rocha, filha herdeira de Ruy Dias da Rocha, commendador de los Santos na ordem
de Sant'Iago, e de sua mulher D. Mecia de la Puebla; oitavo neto de João Rodri
gues de Narvaes, senhor dos mesmos logares, e da repartição de Baeça, e de sua
mulher D. Joanna de Padilha, filha de João de Padilha, donzel ou moço fidalgo
do rei D. Henri que II de Castella; nono neto de Fernão Rodrigues de Narvaes,
adiantado maior da fron teira do reino de Jaen, e de sua mulher D. Mecia de Biedma; decimo neto de João Ro drigues
de Narvaes, senhor dos ditos logares, e mais casas de seus paes, e de sua mu lher
Catharina Fernandes; decimo primeiro neto de Pedro Lopes de Narvaes, que tambem
serviu na guerra e conquista de Jaen, senhor dos ditos logares, e mais casas de
seus paes, e de sua mulher D. Thereza Rodrigues de Biedma, que era terceira
neta do rei D. Fernando II de Leão, filha de D. Rodrigo Inigues de Biedma, senhor de S. Fortolanza e Estoviel, capitão geral do reino de Jaen;
decimo segundo neto de Inigo Rodrigues de Narvaes, alcaide-môr da villa de
Cherica do reino de Valença, senhor dos logares acima nomeados, e de sua mulher
D. Constança Lopes de S. Faro, família illustrissima: decimo terceiro neto de
João Rodrigues de Narvaes, que serviu ao rei D. Jayme de Aragão na conquista do
reino de Valença, o qual em remuneração dos ditos serviços lhe fez mercê dos
ditos logares, e de sua mulher D. Thereza de Guevarra; e finalmente decimo
quarto neto de Sancho Rodrigo de Narvaes, que lograva o senhorio de Narvaes,
solar antigo de seus ascendentes no reino de Guevarra no anno de 1274, em que
passou a guerra contra os mouros, e se achou na conquista de Baeça, e foi um
dos trezentos cavaleiros infanções pelos quaes se repartiram os bens do paiz,
que os mouros possuiam no territorio d’aquella cidade, e de sua mulher D.
Joanna. As armas dos Narvaes, e Freitas. — Br. p. a 11 de setembro de 1756.
Reg. no Cart, da N., liv. particular, fl. 99. (C. C.)
2349. VAs Co ANNES DA MOTTA,
morador em Vianna de Caminha. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o
seguinte brazão de seus anteces sores : — Escudo de campo verde com cinco
flores de liz de oiro em aspa, e por dif ferença uma brica de prata com um
annel vermelho; elmo de prata aberto guarne cido de oiro, paquife de oiro e
verde, e por timbre uma aspa verde com tres flores de liz das armas, duas nos
cabos de cima e uma no meio; com todas as honras e privile gios de fidalgo, por
descender por parte de sua mãe e avôs da geração e linhagem dos ##" em
Lisboa a 20 de dezembro de 1529. Reg. na Chanc. de D. João III, iv. LII, fl. 5.
2350. VAsco CoRREÃO SALEMA,
fidalgo cavalleiro da casa real, filho de Mem Gonçal ves Salema e de avós da
geração dos Salemas; bem assim filho de Ignez Correão, e neto de Vasco Correão,
da linhagem dos Correas, que foram fidalgos. Carta pela qual el-rei D. João III
lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo esquartelado;
o primeiro de verde com um castello de oiro de tres torres com as portas e
frestas flaneadas de preto, e uma bordadura de azul com seis: peixes salemas na
mesma bordadura; e o segundo o campo de vermelho e uma aguia preta estendida
com o bico e pés de oiro, e sobre ela um escudo de oiro frisado de vermelho que
toma todo o corpo da aguia, salvo a cabeça, cotos, pés e rabo, e por diferença
um trifolio de oiro na boca e uma salema; elmo de prata aberto guarne cido de
oiro, paquife de oiro e verde, e por timbre o mesmo castello; com todas as
honras de fidalgo de antiga linhagem, por descender da nobre geração dos
Salemas e #"# — Dada em Evora a 7 de maio de 1535. Reg. na Chanc. de D.
João III, liv. x, . O$3 V. bra zão de armas : — Escudo de campo vermelho com
tres bastões de prata dourados nos cabos, postos em banda, e em cada um uma aldrava
de oiro fechada; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata,
vermelho e oiro, e por timbre um braço ves tido de azul com uma das aldravas na
mão; com todas as honras e privilegios de fidalgo pelos muitos serviços
prestados por seus antecessores e pelos que o dito prestou princi palmente na
tomada da cidade de Azamor aos mouros. — Dada em Lisboa a 4 de junho de 1539.
(M. N.) Reg. na Chanc. de D. João III, liv. XXVII, fl. 79 v.
2352. WAsco FERNAND Es CEsAR,
cavaleiro fidalgo da casa real, feitor e guarda-mór da carga e descarga da Casa
real da India e de todas as suas armadas. Carta pela qual el-rei D. João III
lhe concede e a seus descendentes o seguinte brazão de seus antecessores, com o
accrescentamento de seis fustas que o mesmo desbaratou em guerra aos mouros : —
Escudo de campo partido em faxa; a primeira ondada de prata e azul com seis
fustas de sua cor com nove remos de oiro, e duas bandeiras de vermelho de
signaes de mouros em cada uma das ditas fustas, a segunda de Vermelho com seis
vieiras de oiro em duas palas; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife
de oiro, azul e vermelho, e por timbre uma das fustas; com todas as honras e
privilegios de fi dalgo por ser descendente da geração dos Vieiras e pelos
relevantes serviços que prestou. —Dada em Lisboa a 22 de julho de 1539. Reg, na
Chanc. de D. João III, liv. XXVII, fl. 82.
2353. VA sco LUIZ DE CARVALHO
PEssANHA VILHEGAs Do CASAL (Bacharel), natu ral da cidade de Viseu, filho de
Simão de Chaves de Carvalho e Albuquerque, e de D. Christiana Josepha Pessanha
de Carvalho Vilhegas do Casal; neto pela parte paterna de Antonio de Chaves de
Carvalho, e de D. Marianna de Albuquerque; bisneto de Manuel de Chaves, e de
sua mulher D. Leoneza Dias; terceiro neto de Manuel Lopes de Carvalho Chaves, e
de sua mulher D. Joanna de Moraes; e pela parte materna neto de Vicente
Pessanha de Vilhegas do Casal, e de sua mulher D. Christina Maria de Almeida de
S. Tiago; bisneto de Manuel Coelho de Campos, e de sua mulher D. Josepha
Pessanha de Vilhegas; terceiro neto de Manuel Coelho de Campos, e de sua mulher
I). Maria de Chaves; e quarto neto de Vasco Fernandes de Carvalho. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no segundo as dos
Vilhegas, no terceiro as dos Pessanhas, e no quarto as dos Casaes. — Br. p. a
13 de dezembro de 1788. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 88. • (C. C.)
2354. VAs CO NA Bo ARRA Es D E
MENDONÇA, cavaleiro fidalgo, filho de Simão Arraes de Mendonça; neto de João
Arraes de Mendonça, e bisneto de Gonçalo Arraes de Men donça, os quaes foram
fidalgos e do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. Sebastião lhe
concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Escudo de campo
esquartelado; o primeiro de vermelho com nove folhas de gol fão de oiro, em
tres palas, o segundo partido em aspa de verde e oiro, tendo sobre o oiro uma
banda de preto e sobre o verde uma banda vermelha acotisada de oiro, e as sim
os contrarios, e por diferença uma muleta de prata; elmo de prata aberto guarne
cido de oiro, vermelho e verde, e por timbre um meio selvagem com um remo de
oiro ás costas; com todas as honras e privilegios de fidalgo, por descender da
geração dos Arraes de Mendonça.—Dada em Lisboa a 27 de julho de 1564. Reg. na
Chanc. de D. Se bastião, liv. IV de privilegios, fl. 36.
2355. VAsco PIRES DE BULHÃo,
fidalgo, filho de Pedro Afonso de Bulhão, e neto de Afonso Gonçalves de Bulhão,
que foram do tronco d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe
concede o seguinte brazão de seus antecessores: — Escudo de campo de prata com
uma cruz vermelha, e em cada cabo da dita cruz tres bolotas de oiro com seus
casulos de verde, e por diferença uma merleta preta; elmo de prata aberto,
paquife de prata e vermelho, e por timbre uma aspa vermelha com seis bo lotas
nas pontas de cima; com todas as honras e privilegios de fidalgo nobre por
descen der da geração e linhagem dos Bulhões. — Dada em Lisboa a 12 de dezembro
de 1528. Reg. na Chanc. de D. João III, liv. x1, fl. 161 v.
2356. VENTURA DE MEIRELLEs E
ALMEIDA, natural do logar e freguezia de Santo Aleixo, do concelho de Ribeira;
filho de Pedro de Meirelles Leitão, e de sua mulher Ma rinha de Almeida da
Guerra; neto pela parte paterna de Francisco Carvalho, e de sua mulher
Francisca de Andrade; bisneto de Domingos Gonçalves, e de sua mulher Senhori
nha Gonçalves; e pela materna neto de Antonio Martins, e de sua mulher Marinha
de Almeida da Guerra; bisneto de Gonçalo Martins, e de sua mulher Paula
Martins. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Carvalhos, no
segundo as dos Meirelles, no terceiro as dos Leitões, e no quarto as dos
Almeidas. — Br. p. a 24 de abril de 1772. Reg. no Cart, da N., liv. I, fl. 174.
(C. C.)
2357. VERIssIMo DIAS DE CARVALHO,
natural de Ribeira de Penna, freguezia de S. Salvador; filho de Francisco Dias,
e de sua mulher Luiza Barbosa de Carvalho; neto paterno de Antonio Dias, e de
sua mulher Domingas Fernandes; bisneto de Martinho Fer nandes, e de sua mulher
Catharina Gonçalves; neto materno de João Barbosa, e de sua mulher Marinha de
Carvalho; bisneto de Domingos de Carvalho, e de sua mulher Catha rina
Fernandes. As armas dos Dias, Barbosas, Carvalhos, e Gonçalves. — Br. p. a 26
de fevereiro de 1757. Reg, no Cart. da N., liv. particular, fl. 105. (C. C.)
2358. VERIssIMo FELIX DA FoNs ECA
DE LEMos, natural de Lisboa e morador na cidade da Bahia, no Brazil; filho do
doutor Raphael de Lemos da Fonseca, cavalleiro da ordem de Christo e familiar
do Santo Oficio, e de D. Vicencia Correa da Cunha; neto pa terno de Leonardo da
Costa Leal, e de D. Archangela de Lemos da Fonseca; bisneto de D. Maria de
Lemos de Paiva; trineto de Antonio de Lemos; quarto neto de Diogo de Lemos;
quinto neto de Diogo Gomes de Lemos; Sexto neto de Gomes Martins de Lemos, e de
D. Maria de Azevedo; outro sim por parte de sua avó D. Archangela de Lemos da
Fonseca era bisneto de Antonio da Fonseca Guedes e trineto de Christovão Guedes
da Fonseca, os quaes todos foram fidalgos. Carta pela qual el-rei D. Pedro II
lhe concede o seguinte brazão de seus antecesso res: — Um escudo posto em balão
esquartelado; O primeiro e quarto dos Lemos, em campo sanguineo cinco cadernas
de crescentes de lua de oiro apontadas, postas em santor, o segundo dos
Fonsecas, em campo de oiro cinco estrellas sanguineas de sete pontas cada uma,
postas em aspa; o terceiro dos Guedes, em campo azul cinco flores de liz de
oiro em santor, e por diferença meia brica de prata no campo direito do escudo,
e n'ella um trifolio verde; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife
dos metaes e côres das armas, e por timbre uma aguia sanguinea armada de oiro
assentada sobre um ninho da sua côr, com uma das cadernas das armas sobre os
peitos; com todas as honras e privi legios de fidalgo por descender das ditas
gerações. — Dada em Lisboa a 29 de agosto de 1683. Reg. na Chanc. D. Afonso VI,
liv. LII, fl. 241 v. .
2360. VERIssIMO LOBO DE SousA, natural e
morador na villa de Torres-novas, filho de Eusebio Lobo de Sousa, e de sua
mulher Vicencia da Cruz; neto pela parte paterna de Domingos Rebello, e de sua
mulher Anna de Sousa Lobo; bisneto de Pedro Gonçal ves, e de sua mulher Isabel
Gonçalves Rebello, filha natural e reconhecida de Sebastião Rebello Leite,
natural da casa de Santo Antonio e senhor da casa de Boussas, uma das mais
distinctas da dita comarca, filho de Miguel Rebello de Andrade, e de sua mulher
Ma ria Leite Pereira, herdeira de João Leite Pereira, senhor da casa de Santo
Antonio, e de sua mulher Catharina Garcia de Campos, filha de Francisco de
Novaes, senhor da sobre dita casa de Boussas; e pela dita sua avó Anna de Sousa
Lobo era o supplicante bis neto de Manuel Velho de Sousa, filho de Braz Velho
de Araujo, e de sua mulher Anna } * Lobo, senhora da casa da Faia, uma tambem
das mais nobres da provincia O Minho. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as cinco quinas do reino, no segundo as armas dos Rebellos, no terceiro
as dos Pereiras, e no quarto as dos Lobos. — Br. p. a 9 de julho de 1785. Reg.
no Cart. da N., liv. III, fl. 199. (C. C.)
2361. VERISSIMO DA SILVA LOPES
AZEVEDO PINHEIRO PEREIRA DE SÁ BARROS E ALMEIDA, natural do logar de Bertella,
termo de Santa Martha de Penaguião, comarca de Villa-real; filho de Marcos Gonçalves
da Silva, e de D. Angelica Francisca de Azevedo Lopes; neto paterno de Pedro
Gonçalves da Silva, e de D. Maria de Barros e Almeida, filha de Lopo de Barros
e Almeida, fidalgo da casa real, e senhor do morgado da real ci dade de Braga;
neto materno de Leonardo Lopes de Azevedo Pinheiro Pereira e Sá, se nhor da
casa e couto de Azevedo, de Mazarefes, Paradela e Castro, fidalgo da casa real,
e de D. Antonia Francisca de Azevedo. Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Silvas, no segundo as dos Barros, no terceiro as dos
Azevedos, e no quarto as dos Lopes. — Br. p. a 24 de dezembro de 1802. Reg. no
Cart. da N., liv. VII, fl. 24. (C. C.)
2362. VICENTE ANTONIO DA SILVA
CoRREA, natural da villa de Extremoz, cavaleiro professo na ordem de Christo,
bacharel formado na faculdade de philosophia, doutor na faculdade de mathematica,
coronel do real corpo de engenheiros, lente jubilado da Acade mia real de
fortificação, e fidalgo cavaleiro da casa real; filho do capitão Domingos José
Fernandes da Silva, e de D. Thereza Joaquina Josepha da Gama; neto paterno de
Manuel Fernandes da Silva Correa, fidalgo da casa real, e de D. Maria Francisca
de Noronha; neto materno de Domingos Fernandes Correa, cavalleiro professo na
ordem de Christo, e de D. Luiza Antonia da Gama. Um escudo partido em pala; na
primeira as armas dos Silvas, e na segunda as dos dos Correas. — Br. p. a 15 de
março de 1825. Reg. no Cart. da N., liv. VIII, fl. 137. (C. C.)
2363. VICENTE CoELHO DA SILVA SE
ABRA TELLEs, natural de Villa-rica, bispado de Marianna, estado da America;
filho do alferes de cavallaria Manuel Coelho Rodrigues, e de sua mulher D.
Josepha de Avila e Figueiredo, neta do capitão João de Seabra de Guimarães;
neto pela sua varonia do ajudante de infanteria Antonio Coelho, filho de Bel
chior Coelho, irmão do senhor de Felgueiras e Vieira. Um escudo esquartelado;
no primeiro quartel as armas dos Coelhos, no segundo as dos Seabras, no
terceiro as dos Brandões, e no quarto as dos Avilas. — Br. p. a 2 de outubro de
1789. Reg. no Cart. da N., liv. IV, fl. 127. (C. C.)
2364. VICENTE DELGAD o FREIRE,
tenente coronel do regimento de infanteria da praça de Almeida, filho de Luiz
Delgado Freire, tambem tenente coronel de infanteria; neto de José Delgado
Freire, que teve o posto de coronel tambem de infanteria; e bis neto de Antonio
Delgado Freire, mestre de campo. Um escudo partido em pala; na primeira as
armas dos Delgados, e na segunda as dos Freires. —Br. p. a 2 de maio de 1786.
Reg. no Cart, da N., liv. III, fl. 220. (C. C.)
2365. VICENTE FERRÃo, natural do
Tojal, termo de Lisboa, filho de Diogo Ferrão de Castello-branco, fidalgo, neto
de João Ferrão de Castello-branco, morador que foi em Pinhel, e bisneto de
Christovão Ferrão de Castello-branco, que foi fidalgo e do verdadeiro tronco
d'esta geração. Carta pela qual el-rei D. João III lhe concede o seguinte brazão
de seus antecessores: — Escudo de campo azul com um leão de oiro com a lingua e
armado de vermelho, e por diferença uma merleta de prata; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro e azul, e por timbre um meio leão de oiro;
com todas as honras de fidalgo por descender da geração e linhagem dos
Castel-brancos. — Dada em Lisboa a 19 de junho de 1538. Reg. na Chanc. de D.
João III, liv. XLIV, fl. 92 v.
2366. VICENTE FERREIRA GUEDEs,
mestre de campo de infanteria auxiliar da capi tania do Maranhão, filho de João
Ferreira Guedes, e de D. Luiza Soares Ferreira; neto pela parte paterna de
Jeremias Ferreira Guedes Alcalorado, e de D. Anna Guedes Mousinho. Um escudo partido
em pala!; na primeira as armas dos Ferreiras, e na segunda as dos Guedes. — Br.
p. a 29 de outubro de 1793. Reg. no Cart. da N., liv. V, fl. 4 v. (C. C.)
2367. VICENTE JOAQUIM DE CASTRO
BoRGES REBELLo D E MACEDo, morador na quinta de Garfões, da freguezia de
Oliveira do Douro, termo da cidade do Porto; filho de Francisco José de Castro,
e de sua mulher D. Anna Clara de Macedo; neto por parte paterna de Paulo
Fernandes, e de sua mulher D. Custodia de Castro; neto por parte ma terna de
Gabriel de Mattos Rebello, e de sua mulher D. Maria de Jesus; bisneto de Bal
thasar de Moura, e de sua mulher D. Joanna Borges; e sobrinho em segundo grau
de Manuel Borges Rebello, a quem no anno de 1677 se passou brazão de armas. Um
escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Castros, no segundo as
dos Borges, no terceiro as dos Rebellos, e no quarto as dos Macedos. — Br. p. a
22 de setembro de 1801. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 177. (C. C.)
2374.
VICTORINO JOSE BARRETO FEIO E VASCONCELLOS,
presbytero secular do habito de S. Pedro, da freguezia de Oliveira de Azemeis;
filho de João Vicente Brandão de Vasconcellos, e de sua mulher D. Joanna
Violante Barreto Feio; neto por
parte paterna de Manoel de Oliveira, e de sua mulher D. Maria Violante de
Vasconcelios, tia de Thomé Bento de Figueiroa, por ser irmã de sua mãe; e por
este lado legitimo descendente do capitão de mar e guerra Garcia de Azevedo
Coutinho, e de sua mulher D. Marianna de Novaes, assim como por parte dos
Oliveiras Valentes, do capitão Bento Alvares de Oli veira, e de sua mulher D.
Martha Valente da Silva; neto por parte materna de Francisco Luiz Barreto Feio,
e de sua mulher D. Thereza Barreto; bisneto por parte de seu avó materno de
Jeronymo Barreto Feio, o qual no seculo passado se ofereceu com ca vallos,
criados e armas a sua custa, e serviu na praça de Mazagão no posto da capi tão,
onde deu sempre provas da sua honra e valor; e de D. Thomazia de Mello; e por
parte de sua avó materna bisneto de Manuel de Oliveira Barreto e de D. Maria de
Oliveira. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Barretos, no
segundo as dos Feios, no terceiro as dos Valentes, e no quarto as dos Vasconcellos.
—Br, p. a 25 de outubro de 1799. Reg. no Cart. da N., liv. VI fl. 103. C (C.
C.)
2375. VICTORINO JosÉ CERVEIRA
BOTELHO PEREIRA DO AMARAL, da cidade de Penafiel, juiz de fóra que foi da villa
da Feira, e actualmente da villa de Almeida; filho do doutor Antonio José
Cerveira Botelho Pereira do Amaral, e de sua mulher D. Anna Maria de S. Jose e
Sousa; neto pela parte paterna de Verissimo Pereira dos Santos do Amaral, e de
sua mulher D. Maria Cerveira Botelho, filha de André Botelho do Amaral, e de
sua mulher D. Maria Cerveira; filhos de Filippe da Mouta, e de sua mulher Maria
Cerveira; e aquelle de Antonio do Amaral Botelho, e de sua mulher Jeronyma da
Mouta; bisneto pelo mesmo lado de Constantino Pereira, e de sua mulher Dorothea
do Amaral Botelho, filha de Luiz do Amaral Botelho, e de sua mulher Maria dos
Santos; terceiro neto pelo dito lado de Manuel Cardoso Coelho, e de sua mulher
Maria dos Santos; terceiro neto pelo dito lado de Manuel Cardoso Coelho, e de
sua mulher Helena Cerveira. Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as
armas dos Cerveiras, no segundo as dos Botelhos, no terceiro as dos Pereiras, e
no quarto as dos Amaraes. — Br. p. a 20 de julho de 1798. Reg. no Cart. da N.,
liv. VI fl. 33 v. (C. C.)
2376. VICToRINO DA SILVA Mo RAEs,
natural da cidade de Lisboa; cavalleiro das or dens de Christo, e de Nossa
Senhora da Conceição de Villa-viçosa, cavaleiro fidalgo da casa real, contador
geral do real Erario na contadoria das províncias do reino e ilhas; deputado da
Junta da Fazenda da cidade, e inspector da sua contadoria geral; e vogal da
commissão para liquidar a divida publica: filho de João da Silva Moraes, e de
sua mu lher D. Francisca Gertrudes Xavier de Moraes: neto paterno de Victorino
da Silva Mo raes e de sua mulher D. Josepha Maria de Moraes. Um escudo partido-
em pala; na primeira as armas dos Silvas, e na segunda as dos Moraes. —Br. p. a
16 de julho de 1825. Reg, no Cart. da N., liv. VIII fl. 157. (C. C.)
2377. VICTo RINO DA SILVA SOAREs,
presbytero do habito de S. Pedro, natural e mo rador na cidade da Bahia, filho
de Domingos Ferreira da Silva, e de Agueda Soares, filha de Domingos Gonçalves,
e de sua mulher Ignacla de Mattos; neto pela parte paterna de João Ferreira, e
de sua mulher Joanna da Silva; bisneto de Manuel Luiz, e de sua mu lher Angela
Antonia: e pela dita Joanna da Silva, é bisneto de Domingos Pinheiro, e de sua
mulher Maria da Silva, filha de Gaspar da Silva, e de sua mulher Catharina Gon
çalves, neta de Francisco Affonso, e de sua mulher Ignacia da Silva, que era filha
de Aris tino Feio da Cunha, e de sua mulher Constança Ferraz, filha de Gaspar
da Silva, escu deiro da casa real, e sexto avô do supplicante. no segundo as
dos Silvas, no terceiro as dos Pinheiros, no quarto as dos Feios. —Br. p. a 20
de outubro de 1765. Reg. no Cart. da N., liv. I, fl. 20. (C. C.)
2378. VOLFFAGANG O HOLEZ SCHUBER,
alemão nobre. Carta pela qual el-rei D. Manuel o fez cavalleiro, e lhe concedeu
o seguinte brazão de seus antepassados: — Uma cruz de Christo vermelha com uma
cabeça de mouro cor tada, por servir espontaneamente na tomada de Alcacer aos
mouros; com todas as hon ras, privilegios, isempções e liberdades dos nobres. —
Dada em Lisboa a 8 de fevereiro de 1503. Reg. na Chanc. de D. Manuel, liv. de
Extras, fl. 104. . X
2379. XAVIER FRANCIs co DE SousA
E MELLo, cavaleiro professo na ordem de Christo, sargento-mór das ordenanças do
concelho de Arouca, natural da villa de S. Pe dro do sul, concelho de Lafões,
comarca de Viseu; filho do capitão Manuel de Sousa e Mello; neto de outro Manuel
de Sousa e Mello; bisneto de João de Mello e Sousa; ter ceiro neto de Francisco
de Mello e Sousa, fidalgo da casa real, capitão-mór que foi no concelho de
Lafões; quarto neto de Roque de Mello e Sousa, tambem fidalgo da casa real; e
quinto neto de Martim de Mello Soares, que teve o mesmo foro. Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Mellos, no segundo as dos
Cunhas, no terceiro as dos Abreus, e no quarto as dos Sousas. — Br. p. a 13 de
ou tubro de 1775. Reg. no Cart. da N., liv. II, fl. 82. (C. C.)
SUPPLEMENTO EM QUE VÃO TRASLADADAS NA INTEGRA CARTAS DE BRAZÕES DARMAS
CUJAS COPIAS OU REGISTROS EXISTEM ENTRE OS MANUSCRlPT08 DA BIBLIOTEIECA E
BORENSE(Codice CXVII 2-16)
principal rei de armas: a qual
petição vista por mim, mandei sobre ella tirar inquirição de DOM JOÃO por graça
de Deus rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d'alem mar em Africa, senhor
de Guiné, e da conquista navegação e commercio da Ethiopia Arabia Per sia e da
India etc.
I
Brazão de armas concedido a Alberto Leite Pereira
DOM JOÃO por graça de Deus rei de
Portugal e dos Algarves, d'aquem e d'alem mar em Africa, senhor de Guiné, e da
conquista navegação e commercio da Ethiopia Arabia Per sia e da India etc. A
quantos esta minha carta virem, faço saber que Alberto Leite Pe reira, natural
da villa de Thomar, me fez petição em como ele descendia e vinha da geração e
linhagem dos Pereiras Leites, e suas armas lhe pertenciam de direito, e
pedindo-me por mercê que para a memoria de seus antecessores se não perder, e
ele usar e gosar das honras que pelos merecimentos de seus serviços ganharam e
lhe foram dadas, assim dos previlegios, honras, graças, e merces que por
direito e por bem d'ellas lhe pertencem, lhe mandasse dar minha carta das ditas
armas, que estavam registadas em os livros dos registos das armas dos nobres e
fidalgos de meus reinos, que tem o dito Portugal, meu principal rei de armas: a
qual petição vista por mim, mandei sobre ella tirar inquirição de testemunhas
pelo doutor Manuel da Costa Mimoso, meu desembargador em esta minha côrte e
casa da supplicação, corregedor do civel em ella, e por Manuel Ignacio de Moura
e Albuquerque, escrivão do dito juizo, pelos quaes foi certo que elle procede e
vem da dita geração e linhagem dos Pereiras Leites: como filho legitimo de João
Pereira Leite, natural do concelho de Cabeceiras de Basto, provincia do Minho,
e de sua mulher Maria Ferreira Pacheco, dos quaes são tambem filhos e irmãos do
supplicante André Pereira Leite, e João Leite Pereira; e do mesmo Alberto Leite
Pereira ha tambem dois filhos a saber: Diogo Leite Pereira, ao presente juiz de
fóra de Cabeço de Vide, e João Leite Pereira, habilitado para seguir os logares
de letras: e a dita Maria Ferreira Pacheco, mãe do sup plicante, era filha de
Sebastião Ferreira Pacheco, pessoa muito honrada, e de limpo san gue, natural
da villa de Alvaiazere. Neto pela paterna o supplicante de João Leite Pereira,
capitão da infanteria, que foi, e secretario da embaixada á côrte de Madrid,
irmão de Miguel Leite Pereira, vigario que foi da igreja de Villa nova dos
Infantes, e de sua mulher Isabel Maria da Costa, natural do Arco de Bagulhe:
bisneto de Joanna Leite Pereira, que foi senhora da antiga casa do Outeiro, bem
conhecida pela sua nobreza, e dos seus habitantes, sita no couto de Refoios,
freguezia de S. Pedro de Alvito, e de seu marido Gaspar Moutinho de Carvalho, a
quem se passou brazão de armas, descendente de Mártim Annes Coutinho, pae de
João Moutinho, e avô de Braz Moutinho, e Salvador Moutinho, e Fernando de
Mesquita Moutinho, aos quaes se passaram cartas de brazão com as armas dos
Moutinhos, no anno de 1548, e todos eram fidalgos de minha casa, e pessoas
principaes, de quem descendem por va ronia os Mesquitas Moutinhos, com Fernando
Xavier de Mesquita Pimentel, senhor de S. Mansos, o general de batalha Luiz de
Mesquita, governador que foi da praça de Elvas, pae de Diogo Francisco de
Mesquita, todos notoriamente muito fidalgos, e de casas opu lentas: e dos
mesmos Moutinhos, procedem tambem o capitão-mor de Caria, Antonio Gue des de
Carvalho, e seus irmãos Paulo Guedes, e Francisco Guedes, cavalleiros na Ordem
de Malta, e todos fidalgos de minha casa, e sobrinhos do ballio, que foi do
Leça, Belchior Alvaro Pinto. Terceiro neto de Fernando Leite Pereira, fidalgo
de minha casa, cavaleiro na ordem de Christo, senhor da casa do Outeiro, e de
sua mulher Briolanja Ferreira Osorio, irmã que foi de Fr. João Osorio, abbade
geral da ordem de S. Bento deste reino, filhos de João Fernandes Vieira, e de sua
mulher Isabel Ferreira Osorio, das familias de Vieiras e Fer reiras muito
antigas e nobres neste reino. Quarto neto de Senhorinha Leite Pereira, e de seu
marido Roque Coelho Guedes, filho de Gonçalo Coelho Guedes, pessoas muito
nobres das familias dos seus appellidos, a qual Senhorinha Leite era irmão de
Fernando Leite Pereira, cavalleiro da ordem de Christo, que morreu servindo nas
guerras contra os mouros, e de Pedro Coelho Leite, abbade de Lamegal. Quinto
neto de Catharina Leite Pereira, e de seu marido Affonso Gonçalves de Souto
maior, fidalgo galego descendente da grande, e antiga casa de Soutomaior, que
hoje existe no reino de Galiza, logrando os senhores d’ella os titulos de
duques e grandes de Hes panha, e era esta Catharina Leite Pereira irmã inteira
de João Leite Pereira, cavaleiro da ordem de Christo, e senhor do couto de
Abbadim e da quinta de Santo Antonio. Sexto neto de Leonor Alvares Leite, e de
seu marido Fernão Velho, senhor da quinta do Sobrado, que é uma das mais
antigas que ha no concelho de Cabeceiras de Basto, da familia do appelido de
Velho, e descendente por uma dilatada serie de nobilissimos avós do
illustrissimo D. Arnaldo, senhor do concelho de Baião, que foi um dos maiores
senho res de Hespanha, antes que houvesse reis em Portugal, de que será mui
rara a casa de senhor grande deste reino e no de Castella que não tenha sangue
seu, sendo ele filho de Guido, duque de Espoleto soberano, que sendo eleito
imperador de Italia, perdeu a vida com o imperio no terceiro anno de seu
reinado; e era este neto pela parte da duqueza Adelaide, sua mãe, de Pepino,
rei de Italia, filho de Carlos Magno, rei de França e impera dor dos romanos.
Foi esta Leonor Alvares Leite irmã de João Leite Pereira, de quem procede a
casa de Villar, e de Ruy Leite Pereira, progenitor da de Cainhos, de sorte que
estas duas casas e a do Outeiro tiveram principio nestes tres irmãos. Setimo
neto de outra Leonor Alvares Leite, e de seu marido Alvaro Gonçalves Pereira,
de cujo ascendencia e qualidade se falará depois, irmã de Vasco Leite que foi
valido do se nhor rei D. Affonso v, e se achou em seu serviço na batalha de
Toro, e é o progenitor dos Leites da ilha de Madeira, dos quaes é chefe Luiz
Diogo Leite Pereira Botelho de Vasconcellos, fidalgo rico e poderoso da cidade
de Angra, irmão de Diogo Alvares Leite, de quem procederam os Leites de
Guimarães e Traz-os-Montes, e os senhores das villas deMargão, e de Santo
Antonio de Arenilha, e irmão de Alvaro Leite, senhor de Quebrantões, e do
morgado da Gaia pequena, cuja casa possue hoje com a quinta de Campo-bello,
Diogo Francisco Leite Pereira, fidalgo mui conhecido, e tambem de seu irmão
Vasco Leite, procedem por sua neta Francisca Leite, os Leites de Santarem, em
que ha as casas de Fernando Leite de Sousa, o sargento-mor da cavallaria, José
Leite de Sousa, Francisco Isidoro Sobral Pereira, senhor do morgado das
Coberturas, e Jeronymo Leite de Vas concellos Pacheco Malheiros, todos fidalgos
de reconhecida nobreza. • Oitavo neto de Alvaro Annes Leite em quem todos os
nobiliarios dão principio á fami lia dos Leites, o qual no reinado do Senhor
rei D. João I era senhor da terra de Cavallos no concelho de Basto, e de sua
mulher Filippa Borges, filha de D. Diogo Borges, com mendario de S. Miguel de
Refoios e senhor das quintas de Joia e do Corgo, e neta de Gonçalo Borges,
porteiro-mór do senhor rei D. Afonso, e senhor das Villas de Carvalhaes e
Ilhavo e Verdemilho, com uma ascendencia mui conhecida. Seu setimo avô Alvaro
Gonçalves Pereira era senhor dos direitos reaes do Arco de Ba gulhe, do
prestimo de Calvos, das quintas de Villar e da Taipa e do hospital de S. Bartho
lomeu de Caves, tudo no concelho de Cabeceiras de Basto, e filho de João
Gonçalves de Basto, alferes-mór do grande condestavel D. Nuno Alvares Pereira e
seu meirinho-mór de todas as terras de que era senhor nas provincias de
Traz-os-montes e Minho, a quem o mesmo condestavel em premio dos grandes
serviços que em sua companhia tinha feito a este reino na guerra contra os
castelhanos, deu estando em Campo-maior as quintas de Villar e da Taipa, o
prestimo de Cavallos e o hospital de S. Bartholomeu de Caves, e os direitos
reaes do Arco de Bagulhe, e casou com sua meia irmã D. Anna, ou D. Maria Pe
reira de quem ao diante se falará. Nono neto de Gonçalo Rodrigues de Basto,
fidalgo muito honrado, que veiu nos reina dos dos senhores reis D. Pedro I e D.
Fernando, como escreveu o grande investigador de antiguidades Manuel de Sousa
da Silva, nas notas que escreveu sobre o Nobiliario do conde D. Pedro de
Barcellos. Decimo neto de Ruy Martins de Basto, que veiu no reindo do senhor
rei D. Afonso Iv, e de uma neta de D. Gonçalo Pereira, grão-commendador de
Hespanha na ordem de Malta, irmão do bisavô do grande condestavel D. Nuno
Alvares Pereira. Decimo primeiro neto de Martim Mendes de Basto, que veiu no
reinado do senhor rei D. Diniz, no couto de Carvoeiro, situado na freguezia de
S. Paio de Portelado, concelho de Penafiel de Sousa, e D. Thereza Reimão de
Porto Carreiro, filha de Estevão Raymundo e neta de D. Reimão Viegas de Porto
Carreiro, grande e poderoso em Portugal, e D. Maria Utiges, que era filha de D.
Utigo, o velho, senhores da terra da Nobreza e do couto de Aboim. Decimo
segundo neto de D. Mendo Gomes de Basto, que foi contemporaneo dos senho res
reis D. Sancho II e D. Afonso III, e de sua mulher D. Maior Pires, filha de
Pedro Martins Ervilhão, e de sua mulher D. Elvira Pires, que foi filha de D.
Pedro Rodrigues Pereira, chefe de todos os Pereiras d’este reino, e ascendente
de quasi todos os reis da Europa e dos maiores senhores de Portugal. Decimo
terceiro neto de D. Gomes Viegas de Basto, o primeiro que teve este appellido
por viver em terra de Basto, onde possuia muitas quintas que herdou de seus
paes, vi vendo os senhores reis D. Sancho I e D. Afonso II, e de sua mulher D.
Maior Rodrigues de Grandarei, filha de Ruy Peres de Grandarei, familia illustre
de que descenderam por varonia Os Machados, senhores das terras de Entre-homem
e Cavado. Decimo quarto neto de D. Egas Gomes de Barroso, e de sua mulher D.
Urraca Vasques de Ambia, que era filha de D. Vasco de Guedelha de Ambia,
familia muito consideravel de Galiza, e apparentada com os Silvas d’este reino.
Decimo quinto neto de Gomes Mendes Guedão, senhor do concelho de Barroso, e de
Sua mulher D. Chamoa Mendes de Sousa, de cuja familia se falará ao diante.
Decimo sexto neto de D. Mendo Guedes, o velho, rico-homem do rei D. Afonso VI
de Leão, e de sua mulher D. Sancha. Decimo setimo neto de D. Gueda, o velho, a
quem o senhor conde D. Henrique trouxe de Castella para este reino, e o dotou
com o concelho de Barroso onde viveu. Decimo oitavo neto de D. Gomes Mendes,
que vivia em Toledo, quando o imperador D. Fernando tomou aquela cidade aos
mouros, e descendente, como seguram varios au ctores, de Evancio, copeiro-mor e
sobrinho de Xindasvindo, rei dos godos, e irmão de Santo Eugenio arcebispo de
Toledo, e de Luiza mãe de Santo Ildefonso, tambem arcebispo da mesma cidade,
todos filhos do infante Estevão, e de sua mulher Blicilha, e irmã do mesmo rei
Xindasvindo, e netos de Atanagildo rei dos godos, que reinou em Hespanha até o
anno de 566 da era christã.
Sua decima quinta avó D. Chamoa
Mendes de Sousa, era irmã de D. Gonçalo Mendes de Sousa, senhor do concelho de
Vieira, alcaide-mór de Celorico de Basto, e mordomo-mór do senhor rei D. Affonso
Henriques, casado com uma neta sua, e pae do conde D. Mendo de Sousa,
ascendente da excelentissima casa de Arronches, e por esta parte decimos sextos
netos de D. Mendo Viegas de Sousa, senhor do castello e concelho de Santa Cruz
de Ribata mega por mercê do senhor conde D. Henrique, decimo setimo neto de D.
Egas Gomes de Sousa, o primeiro que teve este illustre appellido, com tão
esclarecida descendencia como a todos é patente, pelas muitas casas titulares
que tem tido, e elle descende por uma excelentissima serie de avós de Witisa,
rei dos godos, e de sua mulher D. Agos tinha Gonçalves da Maia, filha do grande
D. Gonçalo Mendes da Maia, o batalhador, adian tado ou general do senhor rei D.
Affonso o primeiro, e descendente por varonia do rei D. Ramiro II de Leão e
Galliza, Nono neto por sua setima avó D. Anna Pereira de D. Alvaro Gonçalves
Pereira, que foi grão-prior do Crato na ordem de Malta, mui privado do senhor
rei D. Affonso o quarto e seu testamenteiro, pae do grande condestavel D. Nuno
Alvares Pereira, fundador da serenissima casa de Bragança, e de D. Rodrigo
Alvares Pereira, que instituiu a de Agoas Bellas, e de dez filhas mais, que
todas casaram com fidalgos grandes e mui conhecidos neste TelIl0. Decimo neto
de D. Gonçalo Pereira, arcebispo de Braga, que com a sua grande aucto ridade e
respeito ajustou a paz entre o rei D. Affonso IV de Portugal e o rei de
Castella, seu genro, e de D. Thereza Pires Villarinho, mulher fidalga, filha de
Pedro Gonçalves Vil larinho: decimo primeiro neto do conde D. Gonçalo Pereira
Liberal, um dos maiores Se nhores do reino, e de sua primeira mulher D. Urraca
Vasques Pimentel, que era filha de D. Vasco Martins Pimentel, meirinho-mór de
Portugal e ascendente da esclarecida casa dos condes de Benavente, grandes de
Hespanha, dos marquezes de Tavora, dos de Villar, dos de Vianna e dos condes da
Feira. | Vigesimo neto de D. Pedro Rodrigues de Pereira, e de sua primeira
mulher D. Estefania Hermigues de Teixeira, filha de D. Hermigio Mendes de
Teixeira, rico-homem do senhor D. Sancho I, e senhor do concelho de Teixeira, e
de sua mulher D. Maria Paes de Novaes, neta de D. Mendo Viegas, que teve o
mesmo senhorio, bisneta de D. Egas de Lanhoso, que foi senhor das quintas de
Sequeiras, e da de Cavaleiros na freguezia de Sant'Iago de Calvos no julgado de
Lanhoso, e de sua mulher D. Maior Mendes de Sousa, da illustre familia d’este
appelido, terceira neta de D. Fales Luz, rico-homem e alferes-mór do senhor
conde D. Henrique, com quem veiu de Castella para Portugal. Decimo terceiro neto
de D. Ruy Gonçalves de Pereira, rico-homem, o primeiro que usou do appellido de
Pereira por ser senhor da villa deste nome, e de sua segunda mulher D. Sancha
Henriques Porto Carreiro. Decimo quarto neto de D. Gonçalo Rodrigues, senhor do
couto da Palmeira por mercê do senhor rei D. Sancho I de Portugal, que lh'o deu
quando ele veiu de Castella para este reino, e de sua mulher D. Frolhe Afonso,
que era filha do conde D. Afonso de Cella-nova, posteridade da casa real dos
godos. (Segue-se no dito livro de padrão o escudo das armas.) Decimo quinto
neto de D. Rodrigo Forjaz de Trastamara, e de sua mulher D. Elvira Rodrigues de
Castro, que era filha de D. Rodrigo Fernando de Castro, que era filho se gundo
do infante D. Fernando, e neto de D. Garcia, rei de Portugal e Galiza, e era
este D. Rodrigo Forjaz quinto neto por varonia continuada do conde D. Mendo,
irmão de Desiderio, rei dos lombardos, filhos de Herminulfo, senhor de Brecia,
e netos de Alaxes, rei de Lombardia, o qual D. Mendo, vindo de Italia para Galiza,
casou com D. Joanna, fi lha do conde D. Raymão, que era irmão de D. Afonso, o
casto, rei de Leão e Castella, filhos do rei D. Fruella I. Os quaes todos seus
paes e avós eram pessoas muito nobres e legitimos descendentes da família de
Pereiras, e Leites, e outros muitos, e como taes se tractaram sempre a lei da nobreza
com cavallos, armas e criados, como pessoas nobres que eram, sem que nas di tas
gerações houvesse nunca alguma raça de judeu, mouro ou mulato, nem de outra in
fecta nação: e de direito lhe pertencem as suas armas, as quaes lhe mandei dar
em esta minha carta com seu brazão, elmo, e timbre, como aqui são divisadas e
assim como fiel e verdadeiramente se acharam divisadas e registradas em o livro
dos registros das armas dos nobres e fidalgos de meus reinos, que tem o dito
Portugal meu rei de armas, a saber: um escudo partido em pala: na primeira as
armas dos Pereiras, que são em campo san guineo uma cruz de prata florida e
vasia de campo; na segunda pala as dos Leites, que são esquarteladas, no primeiro
quartel em campo verde tres flores de liz de ouro em ro quete, no segundo em
campo sanguineo uma cruz de prata vasia do campo, e assim os contrarios: elmo
de prata aberto guarnecido de ouro, paquife dos metaes e côres das ar mas,
timbre o dos Pereiras, que é uma cruz sanguinea florida entre duas azas de anjo
de ouro, e por differença uma brica de ouro com uma banda azul. O qual escudo
de armas e signaes possa trazer e traga o dito Alberto Leite Pereira, assim
como as trouxeram e d’ellas usaram os seus antecessores, em todos os logares de
honra em que os ditos seus antecessores, e os nobres e antigos fidalgos sempre
as cos tumaram trazer, em tempo dos mui esclarecidos reis meus antecessores; e
com ellas possa entrar em batalhas, campos, rectos, escaramuças, e exercitar
com ellas todos os outros actos licitos da guerra, e da paz, e assim as possa
trazer em seus firmaes, anneis, sinetes e divisas; e as pôr em suas casas e
edificios, e deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente se servir,
honrar, gosar e aproveitar d’ellas em todo e por todo como a sua nobreza
convem. Com o que quero e me praz que haja elle todas as honras, privilegios,
liberdades, graças, mercês, isenções e franquezas que hão e devem haver os
fidalgos no bres e de antiga linhagem, e como sempre de todo usaram e gosaram
os ditos seus ante cessores: o qual brazão e privilegio se poderá renovar a
seus descendentes, e sem o qual lhe não será licito usar das armas e privilegio
acima dito. Pelo que mando a todos os meus desembargadores, corregedores,
juizes, justiças, alcaides e em especial aos meus reis de armas, arautos,
passavantes e a quaesquer outros oficiaes e pessoas a quem esta minha carta fôr
mostrada, e o conhecimento d’ella pertencer, que em tudo lh'o cumpram e
guardem, e façam cumprir e guardar como n’ella é conteudo, sem duvida nem
embargo algum, que em ela lhe seja posto, porque assim é minha mercê. El-Rei
nosso senhor o mandou, por Manuel Pereira da Silva, seu rei de armas Portugal.
Fr. Manuel de Santo Antonio, religioso da ordem de S. Paulo, reformador do cartorio
da nobreza, a fez em Lis boa aos vinte dias do mez de maio do anno do
nascimento de nosso senhor Jesu Christo. de 1744. E vai subscripto por Hilario
da Costa Barreiros, proprietario do oficio de es crivão da nobreza n'estes
reinos, e senhorios de Portugal e suas conquistas. E eu Hilario da Costa
Barreiros, escudeiro cavalleiro da casa de Sua Magestade, e proprietario do of
ficio de escrivão da nobreza d’estes reinos e senhorios de Portugal, a
subscrevi. — P. rei de armas principal.
II Brazão de armas concedido a Alvaro de Azevedo Coutinho (1622)
Portugal, rei de armas principal
n’estes reinos, e senhorios de Portugal pelo muito alto, e muito poderoso rei
D. Filippe nosso senhor etc. Faço saber aos que esta minha carta de brazão e
certidão de armas de nobreza digna de fé e crença virem, que por parte de
Alvaro de Azevedo Coutinho, moço da camara de Sua Magestade, morador n’esta
cidade de Lisboa, filho legitimo de Jeronymo de Azevedo Coutinho, fidalgo de
geração, e de Joanna Dias de Carvalho, moradores na villa de Soure, e neto de
Belchior de Azevedo Coutinho, cavalleiro do habito de Sant'Iago, nado e creado
d'antre ambos de legitimo matrimonio, e o pae do supplicante foi irmão inteiro
de Antonio de Azevedo Coutinho, e de Simão de Miranda de Azevedo do habito de
S. João, e primo de Luiz de Azevedo da Silveira do ha bito de Christo, de
Gonçalo de Azevedo alcaide-mór da villa de Algoso, do habito de S. João, e de
Martim Vaz de Azevedo do habito de Christo, e de Jorge de Azevedo Lucena do
mesmo habito de Christo, e de Bento de Azevedo contador dos Contos, e de seu
irmão Eugenio de Azevedo, e de Antonio de Azevedo, e ele supplicante e o dito
seu pae, e avós, e tios são dos Azevedos verdadeiros d’estes reinos, que sempre
na defensão d'elles serviram aos reis passados com suas pessoas, e fazendas,
sem terem raça de mouros, nem judeus, e são fidalgos de cota de armas, e solar;
e todos uns, e outros se trataram á lei da nobreza, e ele supplicante se trata
com creados, escravos, e cavallos, como á nobreza convém; que para a memoria de
seus antecessores se não perder me requeria da parte do dito senhor, lhe
passasse, e désse um escudo de armas, que as de linhagem per tencem aos
Azevedos, como tudo justificava pela carta testemunhavel, em que juraram al
guns dos ditos seus parentes, que me apresentou tirada em nome de Sua
Magestade, e passada pela Chancellaria; subscripta por Sebastião Gonçalves de
Lima, e assignada pelo doutor Julião de Campos Barreto, corregedor dos feitos,
e causas civeis n'esta côrte, e casa da supplicação: e um instrumento passado
em fórma devida, subscripto por Valen tim da Costa Mattos, assignado pelo
licenceado Antonio Gomes Ribeiro, juiz do cível com alçada por El-rei nosso
senhor, a que me reporto em todo e por todo, os quaes ficam em meu poder,
porque consta o sobredito: com o poder, e autoridade de meu nobre, e real
oficio, que para isso tenho, provi e busquei os livros da nobreza da nobre
fidalguia d’estes reinos, e n'elles achei registadas as armas dos Azevedos, que
pertencem por linha direita masculina ao dito Alvaro de Azevedo Coutinho, como
neste escudo lhe dou divi sadas, e illuminadas, a saber: o escudo esquartelado,
ao primeiro de ouro, e uma aguia de preto estendida; e ao segundo de azul, e
cinco estrellas de prata em aspa, com uma bordadura de vermelho cheia de aspas
de ouro, e assim aos correntes, e por diferença uma merleta parda : e por
timbre uma aguia das armas com uma estrella das armas no peito: elmo de prata
aberto, guarnecido de ouro: paquife dos metaes, e côres das armas. E por assim
as dever trazer, requeiro ás justiças de Sua Magestade da parte do dito se
nhor, e por hem do oficio da nobreza cumpram, e guardem-as nos autos, que a
nobreza d’ellas lhe dá logar; e em especial mando aos oficiaes da nobreza, que
ora são, e ao diante forem, como juiz que sou d’ella, o cumpram, e guardem, e
façam inteiramente cum prir, e guardar assim, e da maneira que n’ella se
contém; e por verdade lhe passei esta carta de brazão por mim assignada. Hoje
vinte um de março. Anno do nascimento de nosso senhor Jesus Christo de mil e
seiscentos e vinte e dois. E eu Sebaslião Lopes, ca valleiro da casa de El-rei
nosso senhor, e arauto escrivão da nobreza nestes reinos, e senhorios de
Portugal a subscrevi. — Portugal rei de armas.
III Brazão de armas concedido a Alvaro
de Sousa do Rio (1711)
Portugal rei de armas principal
n’estes reinos de Portugal do muito alto, e muito pode roso rei D. João V,
nosso senhor, por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves d'á quem e
d’além mar em Africa, senhor de Guiné, e da Conquista, Navegação, Commercio de
Etiopia, Arabia, Persia e India, etc. Faço saber a quantós esta minha carta, e
certidão de brazão de armas, fidalguia, e nobreza, digna fé é crença virem, que
por parte de D. Alvaro de Sousa do Rio, natural da villa de Aljubarrota, me foi
feita petição, dizendo, que pela sentença junta que oferecia, passada em nome
de sua magestadê, e pela chancel laria da côrte pelo doutor Gonçalo da Cunha
Villas-boas, desembargador da casa da Sup descen dente da nobre e illustre familia
de Castro do Rio, que n'este reino são fidalgos antigos de solar, e cotta de
armas, por ser filho legitimo de D. João Manuel do Rio, e de sua mulher D.
Isabel de Semedo, neto pela parte paterna de Francisco Rodrigues Vergas
Coutinho, e de Mariana da Veiga, descendente ele supplicante por linha
masculina, e femenina de Diogo de Castro do Rio, fidalgo de solar por mercê do
senhor rei D. Sebastião; outro si foram aparentados com os Furtados Mendoças e
com outras mais familias das melhores d’este reino; das quaes todas ele
supplicante descendia por linha direita sem quebra de bastar dia, e se trataram
e viveram sempre á lei da nobreza com armas, cavallos, e creados e por tal
estava julgado na dita sentença; e por se não perder a memoria de seus antigos
progenitores e sua fidalguia, e nobreza, queria para conservação d’ella um
brazão de ar mas pertencente á dita familia dos Castro do Rio; pelo que me
pedia lhe mandasse passar carta e certidão de brazão em forma com as ditas
armas, assim como elle Supplicante as havia de trazer, e d’ellas usar: e vista
por mim a dita sentença da qual achei deduzido tudo o conteudo na dita petição
em virtude da qual provi o livro da fidalguia, e nobreza do reino, que em meu
poder tenho, e n'elle achei registradas as armas que á dita linha gem
pertencem, que são as que n'esta lhe dou devisadas e illuminadas, a saber: Um
escudo posto ao ballon, em campo de prata, nove bezantes de purpura em tres
pallas, e entre elles dois rios de agua, em facha, e por diferença um triangulo
de vermelho; timbre um ca vallo marinho branco nascente de umas ondas; elmo de
prata aberto, guarnecido de ouro; paquife dos metaes, e côres das armas. E
porque estas são as armas que a dita linhagem pertencem: eu Manuel Leal rei de
armas Portugal, e principal, com o poder do meu muito nobre e real oficio lhas
dou e assigno, assim como vão no dito escudo: as quaes armas poderá usar como
acto e perrogativa de sua nobreza e fidalguia, e com elas gosar de todas as
graças, liberdades, mercês, e honras, que pelos senhores reis d’este reino
foram con cedidas aos fidalgos, e nobres d’elle, e em especial aos da dita
geração: e com elas po derá entrar em batalhas, justas, e torneos, e em todos,
e em quaesquer actos assim da paz como da guerra, e em tudo mais, que licito e
honesto fôr; e as poderá trazer em suas baixelas, reposteiros, anneis, e
sinetes, e pôr nos portaes de suas casas, e quintas, e deixal-as sobre sua
propria sepultura, e finalmente servindo-se, e honrando-se d’ellas, como a sua
nobreza, e fidalguia convém, e como o fazem os mais fidalgos, e nobres d’este
reino. Pelo que requeiro a todos desembargadores, e corregedores, provedores,
ouvido res, juizes, e mais justiças de sua magestade, da parte do dito senhor e
da minha, por bem do oficio que tenho, e em especial mando aos oficiaes da
nobreza, como juiz que sou d’ella, reis de armas, arautos e passavantes a
cumpram, e façam inteiramente cum prir, e guardar assim como por mim é
determinado, e julgado, e por firmeza de tudo vai por mim assignada com o
signal publico do meu oficio. Dada n'esta cidade e côrte de Lisboa em 2 de
janeiro de 1711. Francisco de Almeida a fez por José Duarte Salvado, cavalleiro
da casa real, e escrivão da nobreza d’estes reinos, e senhorios de Portugal. E
eu José Duarte Salvado a fiz escrever, e subscrevi. — Portugal rei de armas.
IV Brazão de armas concedido a Antão Mogo de Mello (1560)
Portugal rei de armas principal
de El-rei nosso senhor. Faço saber a quantos esta mi nha certidão virem, que
Antão Mogo de Mello, escudeiro fidalgo da casa do dito senhor, me pediu, e requereu,
que por quanto ele descendia por parte de seus paes, e avós da geração, e
linhagem dos Mellos, e Carrilhos, que n'este reino são fidalgos de cotta de ar
mas, que lhe désse um escudo com as armas, que ás ditas linhagens pertencem, e
as elle deve trazer; pelo que eu busquei os livros da nobreza, que em meu poder
estão, e acho, que as armas, que ás ditas linhagens pertencem são estas, que
n'esta certidão lhe dou iluminadas, convém a saber; o escudo esquartelado, ao
primeiro dos Mellos, e ao segundo dos Carrilhos; e assim ao contrario, com mais
seu paquife, e elmo, e timbre, e por diferença um trifolio verde, que com elas
deve trazer: e por verdade lhe dei este por mim assignado em Lisboa aos 20 de
junho anno de 1560. — Portugal rei de armas.
V Brazão de armas concedido a Antonio Cardos0 da Fonseca (1621)
Portugal rei de armas principal
n’estes reinos, e senhorios de Portugal pelo muito alto, e muito poderoso rei
D. Filippe nosso senhor etc. Faço saber a quantos esta minha cer tidão de
brazão de armas de nobreza digna de fé, e crença virem, que por Antonio Car
doso da Fonseca, moço da camara de sua magestade, morador na villa de Coruche,
me foi requerido dizendo, que elle era filho legitimo de legitimo matrimonio de
Manuel Mon teiro, e de sua legitima mulher Antonia Dias, já defuntos, por linha
direita legitima mas culina, sem bastardia; e neto por parte do dito seu pae,
de Antonio de Paiva, e de Fl lippa Monteiro sua mulher, moradores que foram na
villa de Sevadim, os quaes procedem dos Cardosos, Fonsecas, Monteiros, e
Saraivas, que neste reino são pessoas muito nobres e fidalgos de cotta de
armas, sem n’elles haver raça de moiro, nem de judeu, e que sem pre viveram, e
se trataram á lei da nobreza com armas, cavallos, creados e gente de seu
serviço, e assim mesmo vive o supplicante Antonio Cardoso da Fonseca, á lei da
nobreza com armas cavallos escravos, creados, e gente de Seu serviço como á
nobreza convém, como constava de um instrumento publico de testemunhas, que
dizia ser feito em publico por autoridade de justiça nesta cidade de Lisboa,
por Antonio da Guerra, tabellião pu blico diante os juizes do civel d'esta
cidade de Lisboa, aos oito dias do mez de março de 1621 annos; pelo que me
pedia, que por a memoria dos seus antecessores se não per der, lhe désse, e
passasse um escudo com as armas, que ás ditas linhagens pertencem, e as elle de
direito, por lhe pertencerem devia de trazer para d’ellas usar, e gosar das hon
ras, e liberdades, e mais preeminencias concedidas ás ditas armas. E visto por
mim seu requerimento, e pelo que constava do dito instrumento de testemunhas,
com o poder, que tenho de meu real oficio, busquei os livros da nobreza e
fidalguia do reino, que em meu poder estão, e n'elles achei registadas as armas
das ditas gerações serem de cotta de armas, e serem estas, que aqui lhe dou
divisadas e illuminadas, Sict um escudo esquar telado, o primeiro dos Fonsecas,
que trazem em campo de ouro cinco estrellas de verme lho em aspa: o segundo dos
Monteiros, que trazem em campo de prata tres cornetas de preto, e um roquete
com bocaes de ouro guarnecidos e cordões vermelhos: o terceiro dos Saraivas,
que trazem o escudo vermelho partido em faxa, a primeira de cima de vei ros de
prata e azul, a segunda debaixo de ondas de mar, e uma bordadura de verme lho
com as cabeças de hua cruz de Aviz de ouro ": o ultimo dos Cardosos, que
trazem em campo vermelho dois cardos floridos com raizes de prata, entre dois
leões batalhantes armados de preto, e por diferença no primeiro dos Fonsecas,
um trifolio de verde, que com as ditas armas deve trazer, segundo o regimento
da armaria, e côres das armas, e por timbre um meio touro de vermelho com os
cornos e unhas de ouro, e na espadua uma estrella de Ouro, armado do mesmo. E
por assim dever trazer as ditas armas, requeirO ás justiças de El-rei nosso
senhor, e aos fidalgos de cotta de armas deixem trazer ao dito Antonio Cardoso
da Fonseca Monteiro, as ditas armas nos actos em que a nobreza d’ellas * Em
nota marginal ás palavras que vão em italico lê-se: " Com quatro flôres de
liz de ouro: º talvez para substituir as referidas palavras. a cumpram, e
guardem, e façam cumprir, e guardar, como n’ella se contém, e por verdade lhe
mandei passar a presente por mim assignada. Dada n'esta cidade de Lisboa aos
dez dias do mez de março de 1621 annos, e eu Domingos Corrêa, escrivão da
nobreza por provisão de sua magestade, a fiz escrever, e sobescrevi. — Portugal
Rei de armas.
VI Brazão de armas concedido a Antonio Homem de Magalhães (1605)
Portugal rei de armas principal
n’estes reinos e senhorios de Portugal, pelo muito alto e poderoso rei D.
Filippe nosso senhor etc. Faço saber a quantos esta minha carta e brazão de
armas, e certidão digna de fé, e crença virem, que por parte de Antonio Homem
de Magalhães, juiz dos orfãos na villa de Porto de Moz, me foi requerido,
dizendo que elle era filho legitimo de Vidal Homem de Magalhães, e de Maria Cid
sua mulher, moradores que foram na villa de Ourem; e da parte do dito seu pae,
era neto de Nuno Rõiz de Magalhães, e bisneto de Rodrigo Affonso de Magalhães,
e tresneto de João Pires de Ma galhães, e de D. Maria de Lima; Por parte da
dita sua mãe d’elle supplicante era neto de João Homem, e bisneto de Lopo
Homem, e tresneto de Fernão Röiz Homem, contador que foi da cidade de Coimbra,
e assim o dito seu pae, mãe, e avós, bisavós, acima de clarados, eram
descendentes das nobres linhagens dos Magalhães, e Homens, que n'este reino são
fidalgos de cotta das armas, e como taes foram sempre tidos, havidos e conhe
cidos, e como taes se trataram, e serviam com creados, e cavallos, sem n’elles
haver bas tardia, nem raça de judeu, nem mouro, e assim mesmo se trata ele
supplicante, como tudo constava dos instrumentos que me apresentava: pelo que
me requeria da parte do dito senhor, que por a memoria dos seus antecessores se
não perder, lhe désse, e pas sasse um escudo das armas, que ás ditas linhagens
pertencem, e a elle de direito por lhe pertencer devia trazer, para d’ellas
usar e gozar da fidalguia, honras, e liberdades, que por bem da nobreza d’ellas
gosaram seus antecessores. E visto por mim seu requerimento, e instrumentos
authenticos passados em fórma devida, que em meu poder ficam, pelos quaes
consta o sobredito, com o poder, e auctoridade, que de meu real oficio para isso
tenho, busquei os livros da nobreza da nobre fidalguia deste reino, e n'elles
achei regis tradas as armas das nobres linhagens dos Magalhães, e Homens, que
n'este reino são fi dalgos de cotta de armas, que por parte do pae, e mãe do
supplicante Antonio Homem de Ma galhães lhe pertence as ditas armas, como neste
escudo lh'as dou divisadas, e illuminadas. Ss. Esquartelado, o primeiro dos
Magalhães de prata com tres fachas enxequetadas do mesmo, e vermelho de tres
peças em palla. O segundo dos Homens de azul com seis crescentes de ouro cada
tres em palla, e assim os contrarios; e por diferença uma mer leta de prata;
por timbre um abutre do primeiro, bico, e pés de ouro, lingoa, e unhas de
vermelho. Elmo de prata aberto guarnecido de ouro; paquife dos metaes, e côres
das ar mas; E por lhe assim pertencer, e as dever assim trazer e d’ellas usar,
requeiro ás justi ças da parte do dito senhor, e por bem do oficio da nobreza,
guardem ao dito Antonio Homem de Magalhães as honras, e liberdades, e mais
preeminencias concedidas ás ditas armas, e lhas deixem trazer, e possuir nos
actos em que a nobreza d’ellas lhe dá logar; e em especial mando aos oficiaes
da nobreza, como juiz que sou d’ella, o cumpram e fa çam inteiramente cumprir,
e guardar, e por verdade lhe passei esta carta de brazão, e certidão por mim
assignada, e sellada de minhas armas. Dada nesta cidade de Lisboa ao primeiro
dia do mez de julho. Antonio Röiz a fez por Balthazar do Valle Cerqueira, caval
leiro da casa do dito senhor e seu rei de armas India, e escrivão da nobreza
d’estes rei nos, e senhorios de Portugal. Anno do nascimento de nosso senhor
Jesu Christo de mil e seis centos e cinco annos etc. — Eu Balthazar do Valle
Cerqueira a fiz escrever, e so bescrevi. — Pagou ao rei de armas Portugal um
marco de prata, e ao escrivão de feitio, pergaminho, cominação, e registo dois
mil e quatro centos réis. — Rei de armas.—Fica registada no livro do registo
dos brazões, a folhas XX61 por mim escrivão, e por verdade assignei aqui hoje 8
de julho de 1605 annos etc. — Balthazar do Valle e Cerqueira.
VII Brazão de armas concedido a Antºnio Luiz de Sá Pereira (1731)
DOM JOÃO por graça de Deus rei de
Portugal e dos Algarves d'aquem e d’além mar em Africa, senhor de Guiné, e da
conquista, navegação do commercio da Ethiopia, Arabia, Persia e India etc. A
quantos esta minha carta virem, faço saber que o doutor Antonio Luiz de Sá
Pereira me fez petição em como elle descendia, e vinha da geração e linha gem
dos Sás, Pereiras, e Carvalhos, e suas armas lhe pertenciam de direito, e
pedindo-me por mercê que para a memoria de seus antecessores se não perder, e
ele gosar da honra das armas que pelos merecimentos de seus serviços ganharam,
e lhe foram dadas, e assim dos privilegios, honras, graças, e mercês que por
direito e por bem d’ellas lhe perten cem, lhe mandasse dar minha carta das
ditas armas que estavam registadas em os livros dos registos das armas dos
nobres, e fidalgos de meus reinos, que tem Portugal meu principal rei de armas.
A qual petição vista por mim, mandei sobre ella tirar inquirição de testemunhas
pelo doutor Alexandre Botelho de Moraes, do meu desembargo e meu desembargador
em esta minha côrte e casa da supplicação, corregedor do civel em ella, e por
Felix Carlos de Sousa, escrivão do dito juizo; pelas quaes fui certo, que ele
procede e vem da geração e linhagem dos ditos Sás, Pereiras, e Carvalhos, como
filho legitimo de Domingos de Carvalho, e de sua mulher Francisca das Chagas,
neto pela parte paterna de Domingos Gonçalves, e de sua mulher D. Natalia de Sá
Pereira de Carvalho, por cuja ascendencia lhe tocam os ditos appelidos, por
serem de Montemór-o-velho d’onde foram moradores, legitimos descendentes dos
que casaram no logar de Condeixa, na casa de Ma nuel de Sá Pereira e sempre por
tal se trataram. Neto pela parte materna de Antonio Luiz de Sá, e de sua mulher
Marianna de Sá, os quaes todos foram pessoas nobres e sempre se trataram á lei
da nobreza, com estado a ella devido como pessoas nobres que eram, sem que
n'elles houvesse raça de judeu, mouro ou mulato, nem de outra infecta nação, e
que de direito as suas armas lhe pertencem, as quaes lhe mandei dar em esta
minha carta com seu brazão, elmo, e timbre, como aqui são divisadas, e assim
como fiel e ver dadeiramente se acharam divisadas e registadas em os livros dos
registos do dito Portu gal meu rei de armas. A saber: um escudo esquartelado,
no primeiro e quarto quartel as armas dos Sás, que são escudo jaquetado de
prata e azul, seis peças em palla, sete: no segundo as dos Pereiras, em campo
vermelho uma cruz de prata floreteada, e vasia do campo, no terceiro as dos
Carvalhos, em campo azul uma quaderna de luas de prata apontadas, em o meio
d’ellas uma estrella de ouro. Elmo de prata aberto guarnecido de ouro. Paquife
dos metaes e côres das armas. Timbre o dos Sás, que é um bufaro negro nascente
armado de prata, com uma argola de ouro nas ventas, e por diferença uma brica
de ouro com um crescente Vermelhado. O qual escudo, armas e signaes, possa
trazer e traga o dito Antonio Luiz de Sá Pereira, assim como as trouxeram e
d’ellas usa ram seus antecessores, e os nobres e antigos fidalgos sempre as
costumaram trazer; em tempo dos mui esclarecidos reis meus antecessores, e com
elas possa entrar em batalhas, campos, escaramuças, e exercitar com elas todos
os outros actos licitos da guerra e de paz, e assim as possa trazer em seus
firmaes, anneis, sinetes e divisas, e as pôr em suas casas e edificios, e
deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente se servir e honrar, que
quero e me praz que haja elle e todos os seus descendentes, todas as honras,
privilegios, liberdades, graças e mercês, isenções e franquezas, que hão e
devem haver os fidalgos nobres, e de antiga linhagem, e como sempre de todo
usaram e gosaram seus antecesso res. Pelo que mando todos os meus corregedores,
e desembargadores, juizes, justiças, alcaides, e em especial aos reis de armas,
arautos e passavantes, e a quaesquer outros oficiaes e pessoas a quem esta
minha carta fôr mostrada, e o conhecimento d’ella per tencer, que em tudo lh'a
cumpram e guardem, e façam cumprir e guardar como n’ella é conteudo, sem duvida
nem embargo algum, que em ella lhe seja posto, porque assim é minha mercê,
El-rei nosso senhor o mandou por Manuel Pereira da Silva, seu rei de armas
Portugal. Fr. José da Cruz, da ordem de S. Paulo, reformador do cartorio da
nobreza do reino por especial provisão do dito senhor a fez. Anno do nascimento
de nosso se nhor Jesus Christo de 1731, aos trinta dias do mez de outubro, e
vai sobescripta por Antonio Francisco e Sousa, escrivão da nobreza n'estes
reinos e senhorios de Portugal, e suas conquistas. E eu Antonio Francisco e
Sousa a sobscrevi. — Rei de armas Portugal.
VIII Brazão de armas concedido ao doutor Antonio de Magalhães Correa
(1754)
DOM JOSÉ por graça de Deus rei de
Portugal, e dos Algarves d’aquem e d’além mar em Africa, senhor de Guiné, e da
conquista, navegação, commercio da Ethiopia, Arabia, Persia, e da India etc.
Faço saber aos que esta minha carta virem, que o bacharel Antonio de Magalhães
Corrêa, juiz de fóra de Monforte, natural da villa da Cachoeira, comarca da
Bahia, me fez petição, dizendo que elle vinha por legitima descendencia da
nobre geração, e linhagem dos Magalhães, Corrêas, Falcões, e Caldas, que n'este
reino são fidalgos de linhagem, e cotta de armas, e me pedia por mercê que para
a memoria de seus antepas sados se não perder, e elle poder usar, e gosar da
honra das armas, que pelos mereci mentos de seus serviços ganharam, e lhe foram
dadas, assim dos privilegios, honras, gra ças, e mercês, que por direito, e por
bem d’ellas lhe pertencem, lhe mandasse dar mi nha carta das ditas armas, que
estavam registadas em os livros dos registos das armas dos nobres, e fidalgos
de meus reinos, que tem Portugal meu principal rei de armas; para o que me
apresentou uma sentença de sua ascendencia e nobreza, proferida pelo doutor
Antonio Martins dos Reis, meu desembargador e corregedor do civel da côrte, e
casa da supplicação, escripta por José Antonio da Silva, escrivão do dito
juizo, em a qual depois de tirar inquirição das testemunhas julgou o dito meu corregedor,
ser o supplicante de an tiga nobreza, sangue limpo, e legitimo descendente das
ditas familias dos Magalhães, Cor rêas, Falcões, e Caldas por provar ser filho
legitimo do tenente coronel Lourenço Corrêa Lisboa, natural d’esta cidade, e de
sua mulher D. Maria dos Santos Magalhães, natural da villa da Cachoeira, neto
pela parte paterna de Luiz Corrêa, natural da villa de Pal mella, e de sua
mulher Francisca Falcoa, natural d’esta cidade, e pela materna ser neto de Francisco
de Magalhães, natural de Santa Senhorinha do concelho de Basto, arcebispado de
Braga, e de sua mulher Giralda Corrêa de Caldas, natural da villa da Cachoeira,
co marca da Bahia, e que os ditos seus paes, e avós foram pessoas muito nobres,
e legiti mos descendentes das ditas familias, e como taes se trataram sempre á
lei da nobreza, servindo-se com creados, escravos, cavallos, e armas, como
pessoas nobrês que eram, sem que nas ditas gerações houvesse raça alguma de
judeu, mouro, ou mulato, nem de outra infecta nação, e assim lhe pertencem de
direito as suas armas, as quaes lhe mando dar em esta minha carta com seu
brazão, elmo, e timbre, como aqui são divisadas, e assim como fiel, e
Verdadeiramente se acharam iluminadas e registadas em os livros dos registos do
dito Portugal meu principal rei de armas. A saber: Um escudo esquartelado, no
primeiro quartel as dos Magalhães, que são em campo de prata tres fachas
xadrezadas de vermelho, e prata, cada uma de tres peças em palla. No segundo as
dos Corrêas, são em campo de ouro fritado de corrêas sanguinhas de seis peças
repassadas umas por ou tras. No terceiro as dos Falcões, que são em campo azul
tres bordões de Sant'Iago de prata postos em tres pallas, com os nós vermelhos,
e os ferros de ouro. No quarto as dos Caldas, que são em campo de prata cinco
cyprestes de sua côr postos em santor. Elmo de prata aberto guarnecido de ouro;
paquife dos metaes, e côres das armas, e por diferença uma brica de ouro com um
trifolio verde. Timbre o dos Corrêas, que são dois braços armados postos em
aspa atados com uma corrêa sanguinha das proprias ar mas. O qual escudo, e
armas poderá trazer e traga o dito Antonio de Magalhães Corrêa, assim como as
trouxeram, e d’ellas usaram os ditos nobres, e antigos fidalgos seus ante cessores,
e com ellas possa entrar em batalhas, campos, rectos, escaramuças, e exercitar
com elas todos os outros actos licitos da guerra, e da paz, e assim as possa
trazer em seus firmaes, anneis, sinetes, e divisas; pôl-as em suas casas, e
edificios, e deixal-as 80 bre sua propria sepultura; e finalmente se poderá
servir, honrar, gosar, e aproveitar d’ellas em todo e por todo como á sua
nobreza convém: com o que quero, e me praz, que haja elle todas as honras,
privilegios, liberdades, graças, mercês, exempções, e fran quezas, que hão e
devem haver os fidalgos e nobres de antiga linhagem, e como sempre de todo
usaram e gosaram os ditos seus antepassados. Pelo que mando a todos meus de
sembargadores, corregedores, juizes, justiças, alcaides, e em especial aos meus
reis de armas, arautos, e passavantes, e a quaesquer outros oficiaes, e pessoas
a quem esta mi nha carta fôr mostrada, e o conhecimento d’ella pertencer, que
em tudo lh'a cumpram e guardem, e façam cumprir e guardar como n’ella é
conteudo, sem duvida, nem embargo algum que em ela lhe seja posto, porque assim
é minha mercê, El-rei nosso senhor o mandou por Manuel Pereira da Silva,
cavaleiro professo na ordem de Christo, seu rei de armas Portugal. Dada n'esta
côrte, e cidade de Lisboa aos quatro dias do mez de ja neiro do anno do nascimento
de nosso senhor Jesus Christo de mil setecentos e cincoenta e quatro. E eu
Rodrigo Ribeiro da Costa, escrivão
da nobreza nestes reinos, e senhorios de Portugal por sua magestade, que Deus
guarde, a fiz escrever, e sobescrevi. — Por tugal Rei d'armas principal.
IX Brazão de armas concedido a Antonio da Nobrega Botelho (1720)
Portugal rei de armas principal
nestes reinos de Portugal, do muito alto e poderoso rei D. João o quinto nosso
senhor, por graça de Deus rei de Portugal, e dos Algarves, d'aquem, e d’além,
mar em Africa, senhor de Guiné, e da conquista, navegação, do com mercio da
Ethiopia, Arabia, Persia, e India, etc. Faço saber a quantos esta minha carta,
e certidão de brazão de armas, fidalguia, e nobreza, digna de fé, e crença
virem, que por parte de Antonio da Nobrega Botelho, natural e morador n’esta
cidade de Lisboa, me foi feita petição, dizendo que pela sentença junta, que
oferecia, passada em nome de sua mages tade, pela chancellaria da corte, pelo
doutor Alexandre da Silva Correa, do seu desembargo, e seu desembargador em
esta sua côrte, e casa da supplicação, corregedor com alçada dos feitos, e
causas civeis em ella, constava ser o supplicante descendente das nobres
familias dos Nobregas, Almeidas, Botelhos, e Ferreiras, que neste reino são
fidalgos antigos de cotta de armas, por ser filho legitimo de Francisco da Cruz
da Nobrega, e de sua mulher D. Andreza Maria de Sousa Botelho, irmão de Manuel
Ferreira Botelho, alcaide mór da ilha Grande dos Reis, a quem el-rei o senhor
D. Pedro II mandou passar brazão de armas dos Ferreiras, e Botelhos, no anno de
1683; neto pela parte paterna de Antonio da Almeidas, no anno de 1704, e de
Manuel de Almeida Caro, e de sua mulher Isabel da Nobrega, filha de Christovão
da Nobrega, que era filho do desembargador Gaspar da Nobrega, a quem el-rei D.
João o terceiro mandou passar o brazão de armas dos Nobregas no anno de 1537.
Neto pela parte materna do capitão Aleixo Ferreira Botelho, cavaleiro fidalgo
da casa real, e de sua mulher D. Marianna de Sousa Chichorra, e assim pela
parte pa terna, como materna, lhe competem as ditas armas. Dos quaes todos
descendia elle sup plicante, e que sempre se trataram a lei da nobreza, sem que
n'elles houvesse raça de judeu, mouro, ou mulato, ou de outra infecta nação, e
por tal lhe estava julgado na dita sentença: e por se não perder a memoria de
seus progenitores, e de sua antiga fidalguia, e nobreza, queria ele para
conservação d’ella um brazão de armas pertencente ás ditas famílias dos Nobregas,
Botelhos, Ferreiras, e Almeidas; pelo que me pedia lhe man dasse passar carta
de brazão de armas em forma, assim como ele as havia de trazer, e d’ellas usar.
E vista a dita sua petição, e sentença e mais documentos, n’ella insertos, que
ficam no cartorio da nobreza, e por ela consta estar o supplicante julgado por
legi timo descendente das ditas familias, pelo haver assim provado e
justificado largamente na dita sentença, da qual achei deduzido todo o conteudo
na dita petição. Em virtude da qual provi o livro da fidalguia do reino, que em
meu poder tenho, e n'elle achei registadas as ar mas, que ás ditas linhagens
pertencem, que são as que n'esta lhe dou divisadas e illumina das; a saber: um
escudo posto ao balon esquartelado, no primeiro quartel as armas dos Nobregas,
que são em campo de ouro quatro bastões vermelhos postos a pala; no segundo
quartel, as armas dos Botelhos, que são em campo vermelho quatro bandas de
ouro; no terceiro quartel as armas dos Ferreiras que são em campo vermelho,
quatro faxas de ouro; no quarto quartel as armas dos Almeidas, que são em campo
Vermelho seis bezantes de ouro, entre uma cruz dobre com bordaduras de ouro.
Elmo de prata aberto guarnecido de ouro; paquife dos metaes, e côres das armas;
timbre o dos Nobregas, que é um leão de ouro nascente com um bastão vermelho
nas mãos, e por diferença uma estrella azul. E porque estas são as armas que ás
ditas linhagens pertencem, eu Manuel Leal rei de ar mas Portugal, e principal,
com o poder do meu muito nobre e real oficio lh'as dou, e assigno, assim como
vão no dito escudo, as quaes armas poderá usar, acto, e prerogativa de sua
nobreza e fidalguia, e com elas gosar de todas as graças, mercês, honras, e pri
vilegios, que pelos senhores reis d’este reino foram concedidos aos fidalgos, e
nobres d'elle, e com elas poderá entrar em batalhas, justas e torneos, e em
todos e quaesquer actos assim de paz, como de guerra, e em tudo que licito, e
honesto fôr, e as poderá trazer em suas baixellas, reposteiros, anneis, e
sinetes, e nOs portaes de suas casas, e quintas, e deixal-as sobre sua propria
sepultura, e finalmente servindo-se e honrando-se d’ellas como a sua nobreza, e
fidalguia convém, e como fazem os mais fidalgos, e nobres d’este reino. Pelo
que requeiro a todos os desembargadores, corregedores, ouvidores, juizes, e
mais justiças de sua mage-tade da parte do dito senhor, e da minha por bem do
oficio que tenho, e em especial mando aos oficiaes da nobreza como juiz que sou
d’ella, reis de armas, arautos, e passavantes, a cumpram, e façam inteiramente
cumprir, e guardar, assim como por mim é determinado, e julgado, e por firmeza
de tudo vai por mim assignada com o signal publico do nome do meu oficio. Dada
nesta côrte e ci dade de Lisboa occidental em 5 de janeiro de 1720. José da
Cruz Paulino, a fez por José Duarte Salvado, cavaleiro da casa real, escrivão
da nobreza n'estes reinos e senhorios de Portugal; e eu José Duarte Salvado a
fiz escrever, e subscrevi.
X Brazão de armas concelido a Antonio Preto Arraez de Mendoça (1589)
Portugal principal rei de armas
do mui alto, e muito poderoso rei D. Filippe nosso senhor d’estes reinos de
Portugal, e cavaleiro professo da ordem de Sant'Iago. Faço sa ber a quantos
esta minha carta de brazão e armas de nobreza digna de fé, e crença virem, que
Antonio Preto Arraez de Mendoça, morador e cidadão desta cidade de Lisboa, me
pediu e requereu, que por quanto ele descendia, por linha direita legitima
masculina, e sem bastardia por parte de seu pae Antonio Preto Arraez de
Mendoça, e de seu avô Christovão Arraez de Mendoça, cavalleiro da ordem de
Sant'Iago, e de seu bisavô Duarte Arraez de Mendoça, e de seu tresavô Vicente
Arraez de Mendoça, e de seu quarto avô Gonçalo Arraez de Mendoça, das gerações,
e linhagens dos Arraez, e Mendoças, que n'estes reinos são fidalgos de cotta de
armas, como constava dos instrumentos autorisa dos em fórma devida por
autoridade de justiça, que apresentava, que lhe désse um es cudo com as armas,
que ás ditas linhagens pertencem, e as ele de direito por lhe per tencerem
devia trazer, para d’ellas usar, e gosar das honras, e liberdades, que por bem
da nobreza d’ellas gosaram seus antepassados. Pelo que provendo a seu
requerimento por virtude do que constava dos ditos instrumentos, com o poder, e
autoridade que de meu oficio para isso tenho, busquei os livros da nobreza da
nobre fidalguia do reino, que em meu poder estão, e acho n’elles as armas, que
ás ditas linhagens pertencem, serem estas que em esta lhe dou illuminadas. O
escudo esquartelado, ao primeiro dos Arraez, que trazem o campo vermelho, e
nove folhas de golfão de ouro postas em tres palas, e ao segundo dos Mendoças,
que trazem o campo franchado, ao primeiro de verde, e uma banda de vermelho
acoticada de ouro, e ao segundo de ouro, e um S preto, e assim os contra rios,
e o contrario do primeiro. Elmo de prata aberto guarnecido de ouro, paquife de
ouro, e vermelho, e ouro e verde, entrecambado, e por timbre, um meio selvagem
com um remo de ouro ás costas, e por diferença uma estrella de prata; que com
elas pois lhe pertencem pela dita maneira, segundo regimento da armaria deve
trazer, e por assim dever d’ellas usar requeiro ás justiças da parte do dito
senhor, e por bem do oficio da nobreza guardem ao supplicante as honras, e
liberdades, e mais preminencias concedidas ás ditas armas, e lhas deixem
trazer, e possuir nos autos, em que a nobreza d’ellas lhe dá logar, e por
verdade lhe passei esta certidão de brazão em Lisboa por mim assignada aos
dezoito dias do mez de fevereiro. Diogo de S. Romão a fez, anno do nascimento
de noss0 senhor Jesus Christo, de mil e quinhentos e oitenta e nove. — Portugal
principal rei de Cl1"})!(IS,
XI Brazão de armas concedido a Antonio Rodrigues Cotrim (1572)
Portugal rei de armas principal
de El-rei nosso senhor. Faço saber a quantos esta mi nha carta de certidão de
brazão de armas, digna de fé e crença virem, que Antonio Ro drigues Cotrim,
fidalgo de cotta de armas, morador na sua quinta do termo da villa de Dornes, e
capitão pelo dito senhor, da gente da ordenança da dita villa, me pediu e re quereu,
que por quanto ele descendia, por linha directa masculina sem bastardia, por
parte de seu pae, Ruy Lopes Cotrim, e de seu avô Lopo Martins Canas Cotrim, e
de seu bisavô João Martins Canas Cotrim, fidalgo que foi da casa do infante D.
Henrique, mestre que foi da ordem de Christo, e de seu tresavô Jaymes Cotrim
Canas, monteiro fidalgos de cotta de armas, como constava dos instrumentos, e
mais papeis, que apresentava; que por quanto ele era filho mais velho,
descendente da dita geração, e chefe d’ella, que lhe désse um escudo com as
armas que á dita linhagem pertencem, e ele por lhe perten cerem de direito,
como chefe devia trazer, pois era tresneto mais velho do dito Jaymes Cotrim
Canas, chefe que foi desta geração. Pelo que eu busquei os livros da nobreza,
que em meu poder estão, e acho que as armas, que á dita linhagem pertencem
serem estas, que estavam illuminadas: sc. O escudo enchaquetado de azul, e ouro
de seis peças em faxa, e com mais seu paquife, elmo, e timbre. As quaes lhe
dou, como a chefe pertencem pelo ser, pela maneira sobredita. E certifico ser
passada carta das ditas armas em forma pelo antecessor do meu antecessor ao
dito Lopo Martins Canas Cotrim, a 9 de novem bro de 1504, pelo que ao
supplicante devem ser guardadas as liberdades concedidas ás ditas armas. E por
verdade lhe passei esta por mim assignada. Diogo de S. Romão a fez em Lisboa
aos 14 de março de 1572 annos. — Portugal rei de armas.
XII Brazão de armas concedido ao doutor Antonio da Silva de Almeida
(1723)
Portugal rei de armas principal
n’estes reinos, e senhorios de Portugal do muito alto, e poderoso rei D. João o
quinto, nosso senhor, por graça de Deus rei de Portugal, e dos Algarves
d’aquem, e d’além, senhor de Guiné, e da conquista, navegação do commercio da
Ethiopia, Arabia, Persia, e India etc. Faço saber a quantos esta minha carta e
certi dão de brazão de armas, fidalguia, e nobreza, digna de fé e crença virem,
que por parte de Antonio da Silva, cavalleiro fidalgo da casa de sua magestade,
professo na Ordem de Christo, familiar do Santo Oficio, me foi feita a petição
dizendo: que pela sentença junta, que oferecia passada em nome de sua
magestade, pela chancellaria da côrte, pelo doutor Manuel Alvares Pereira do
seu desembargo, e seu desembargador em esta sua côrte e casa da supplicação,
corregedor com alçada dos feitos, e causas civeis em ella, constava ser o
supplicante descendente das nobres, e illustres familias dos Costas, e Sil vas,
que n'este reino são fidalgos antigos de colta de armas, por ser filho legitimo
de Roque da Costa e Silva, cavalleiro fidalgo da casa de sua magestade,
professo na ordem de Christo, familiar do Santo Oficio, e de sua mulher D.
Isabel da Encarnação de Avellar; neto pela parte paterna de Antonio da Silva, e
de sua mulher D. Jeronyma da Costa, neto pela parte materna de Pascoal Gomes de
Avellar, e de sua mulher Maria Ferreira, os quaes foram fidalgos de cotta de
armas, descendentes das nobres familias de que se appellidavam, cujas armas
sempre uzaram, dos quaes todos referidos avós descende elle Supplicante, e que
sempre se trataram á lei da nobreza com cavallos, e creados, sem que n'elles
houvesse raça de judeu, mouro, ou mulato, ou de outra infecta nação, e por tal
lhe estava julgado a dita sentença; e por se não perder a memoria de seus progenito
res, e da sua antiga fidalguia, e nobreza, queria elle, para conservação
d’ella, um brazão de armas pertencente às ditas fidalguias dos Costas e Silvas,
pelo que me pedia lhe man dasse passar carta de brazão de armas em forma, assim
como ele as havia de trazer, e d’ellas usar; e vista a sua petição e sentença,
que fica no cartorio da nobreza, e por ella consta estar o supplicante julgado
por legitimo descendente das ditas famílias, pelo haver assim provado e
justificado largamente na dita sentença, em virtude da qual provi o livro da
fidalguia, e nobreza do reino, que em meu poder tenho, e n'elle achei
registadas as armas, que ás ditas linhagens pertencem, que são as que n'esta
lhe dou divisadas, e illu minadas a saber: Um escudo direito partido em palla,
na primeira palla as armas dos Costas, que são em campo vermelho, seis costas
de prata firmadas no escudo, postas em tres faxas. Na segunda palla as armas
dos Silvas, que são em campo de prata um leão rompente de purpura armado de
azul, elmo de prata aberto guarnecido de ouro, paquife dos metaes, e côres das
armas, timbre dos Costas, que são seis costas de prata postas em palla, e por
diferença uma brica de ouro, e n'ella um trifolio preto. E porque estas são as
armas, que ás ditas armas pertencem, eu Manuel Leal, rei de armas Portugal e
principal com o poder do meu muito nobre, e real oficio lh'as dou, e asseguro
assim como vão no dito escudo, as quaes armas poderá usar como acto, e
prerogativa da sua nobreza, e fidalguia, e gosar de todas as graças, mercês,
honras, e privilegios, que pelos senhores reis d’este reino foram concedidos
aos fidalgos, e nobres d'elle, e em especial aos das ditas gerações, e com elas
poderá entrar em batalhas, justas, e torneios, e em todos, e quaesquer actos,
assim de paz, como de guerra, e em tudo que licito, e ho nesto fôr, e as poderá
trazer em suas baixellas, reposteiros, anneis, e sinetes, e nos por taes de
suas casas, e quintas, e deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente
ser vindo-se, e honrando-se d’ellas, como á sua nobreza, e fidalguia convém, e
como fazem os mais fidalgos, e nobres deste reino. Pelo que requeiro a todos os
desembargadores, corregedores, ouvidores, juizes, e mais justiças de sua
magestade, da parte do dito se nhor e da minha, por bem do dito oficio, que
tenho, e em especial mando aos oficiaes da nobreza, como juiz que sou d’ella,
reis de armas, arautos e passavantes a cumpram façam integralmente cumprir e
guardar, assim como por mim é determinado, e julgado, e por firmeza de tudo vai
por mim assignada com o signal publico do nome do meu oficio. Dada n'esta
côrte, e cidade de Lisboa occidental aos 9 de julho do anno do nascimento de
nosso senhor Jesus Christo de 1723. — Fr. José da Cruz, da ordem de S. Paulo,
re formador do cartorio da nobreza, a fez por especial provisão de sua
magestade, que Deus guarde, e vai subscripta por Simão da Silva Lamberto,
escrivão de nobreza nestes reinos, e senhorios de Portugal, e suas conquistas.
— Vai escripta em duas meias folhas de pergaminho excepto esta, e a do titulo,
e vai por mim rubricada, e eu Simão da Silva Lamberto a subscrevi. — Portugal
rei de armas principal, Manuel Leal.
XIII Brazão de armas concedido a Balthasar Pereira de Azevedo Venegas
(1714)
Portugal rei de armas principal
nestes reinos, e senhorios de Portugal do muito alto e poderoso rei nosso
Senhor D. João o quinto, rei de Portugal e dos Algarves d’aquem e d'alem mar em
Africa, senhor de Guiné, e da conquista, navegação, commercio da Ethio pia,
Arabia, Persia e India, etc. Faço saber a quantos esta minha carta de certidão
de brazão de armas, fidalguia illustre e antiga nobreza, digna de inteira fé e
crença virem, que por parte de Balthasar Pereira de Azevedo Venegas, natural de
Villa-franca de Xira, me foi feita petição por escripto, dizendo-me que pela
sentença junta que oferecia, pas sada em nome de sua magestade, e pela
chancellaria da côrte, promulgada pelo doutor desembargador Gonçalo da Cunha
Villas-boas, do desembargo do dito senhor, e da casa da supplicação, e
corregedor com alçada dos feitos e causas civeis em sua côrte, cons tava ser
ele supplicante fidalgo de illustre e antigo solar, da casa dos senhores de Lu
que em o reino de Castella, e como tal descendencia das illustres e reaes
familias dos Venegas, Alencastros, Pereiras e Sás, por ser filho legitimo de
Antonio Pereira de Aze vedo Venegas, e de D. Marianna Barreto de Lima, neto
pela parte paterna de Fernão L0 pes Pereira Venegas Peraíta, e de D. Paula de
Azevedo Vasconcellos, filha de
Manuel de Azevedo, e de D. Maria Ribeiro
de Mello, filha de João Dias Ribeiro
Soares, desembarga dor do paço, e de D. Maria Manuel de Mello, filha de D.
Gomes de Mello, alcaide mór de Lamego, estribeiro mór do infante D. Duarte, e
filho de Diogo de Mello e D. Maria Faro, filho de D. Fernando II, duque de
Bragança; e bisneto pela mesma parte de legitima va ronia de Garcia Venegas, de
D. Isabel Pereira de Peralta e Alencastro, filha herdeira de Lopo Pereira de
Peralta, fidalgo da casa real e gentilhomem da camara de el-rei D. Fi lippe
III, e IV, commendador da ordem de Christo, e de D. Constança de Alencastro,
filha de D. Jeronymo de Alencastro, irmão de D. Alvaro, terceiro duque de
Aveiro, filho de D. Afonso de Alencastro, commendador mór da Ordem de
Sant'Iago, e Aviz, duque de Coimbra, marquez de Torres-novas, senhor de Aveiro,
que era filho de el-rei D. João o II de Portugal, filho de el-rei D. Affonso V,
filho de el-rei D. Duarte, que era filho de el-rei D. João o primeiro, e da
rainha a senhora D. Filippa de Alencastro, filha de João duque de Alencastro, o
quarto de Inglaterra, que era filho de Eduardo terceiro rei de Inglaterra :
descendente por esta parte dos senhores reis de Portugal, e Inglaterra, que o
dito seu terceiro avô Lopo Pereira de Peralta, era filho de Affonso Lopes
Pereira de Peralta, fidalgo da casa real, que acompanhou na jornada de Africa
ao senhor rei D. Sebastião, o qual era filho de Diogo Lopes Pereira, filho de
Alvaro Pereira Coutinho, que foi filho de Miguel Pereira Coutinho, filho de
Alvaro Pereira Coutinho, que fôra filho de D. João Pereira, commendador do
Pinheiro, filho de Ruy Pereira, o primeiro que se cha mou conde da Feira,
descendendo por esta parte do conde D. Mendo, irmão de Desiderio, ultimo rei da
Lombardia. Terceiro neto de D. Luiz Venegas de Figueiroa, que passou a este
reino com a senhora princeza D. Joanna, mãe do senhor rei D. Sebastião, e
n'elle embaixador, e em Allemanha por Filippe II, de quem tambem foi
aposentador mór e es tribeiro mór da rainha, a senhora D. Anna, commendador de
Goaldacanalo e Maratilha, e treze na ordem de Sant'Iago, e de D. Guiomar de Sá,
dama da imperatriz D. Isabel, mu lher de Carlos V, e filha de Antonio Jusarte
de Mello, e de D. Guiomar de Sá, dama da mesma imperatriz, sendo infanta de
Portugal; e filha de Gaspar de Betancourt, e de outra D. Guiomar de Sá, dama do
paço, filha de João Rodrigues de Sá, senhor de Sever, Paiva, Baltar e
Mattozinhos, camareiro mór de el-rei D. João O I, alcaide mór de cidade do
Porto, que era filho de Rodrigo Annes de Sá, e de Cecilia Colma irmã de Agapito
Colma, car deal da egreja romana, e filho de Diogo Colma, senador de Roma, que
era neto por esta parte de Paio de Sá, e dos Augustos imperadores Carlos Magno
e Julio Cesar; quarto neto de D. Egas Venegas, e de D. Leonor Carrilho sua
sobrinha, filha de seu primo co-ir mão Luiz Venegas de Figueiroa, senhor da
villa de Moratilha, e de D. Constança Carrilho; quinto neto de outro D. Egas
Venegas, quinto seIlhor de Luque, e do concelho dos reis catholicos, e de D.
Isabel de Montemaior, senhora de Albandim, filha de Affonso Fernando de
Montemaior, senhor de Albandim, e Monte-alvam, e de D. Elvira de Enostrosa:
sexto neto de D. Pedro Venegas, quarto senhor de Luque, do conselho de el-rei,
e de D. Ignez de Solier, filha de Martim Fernandes de Cordova, senhor de Chilon
e Lucena, e de D. Brites Solier; setimo neto de D. Egas Venegas, terceiro
senhor de Luque, e de D. Urraca Mendes de Souto-maior, filha de Garcia Mendes
de Souto-maior, senhor Delcarpe, e de D. Joanna RÕiz de Aro: oitavo neto de D.
Pedro Venegas, segundo senhor de Luque, e alcaide mór de Cordova, e de D. Maria
Garcia de Carrilho, filha de D. Gonçalo Fernan des de Cordova, rico homem e
primeiro senhor de Aguilar, e de D. Maria Garcia Carrilho: nono neto de Egas
Venegas, primeiro senhor da villa de Luque, alcaide mór de Cor dova, e de D.
Brites Tolezan: decimo neto de D. Pedro Venegas, alcaide mór de Cordova, e de
D. Leonor, filha de Fernando Affonso, senhor de Caneta, e de D. Maria Rodrigues
de Biedma; e decimo primeiro neto de D. Lourenço Venegas, vassalo de el-rei D.
Affonso X, que morreu pelejando com os mouros na batalha de Martos: decimo
segundo neto de D. Pedro Venegas, que se achou na conquista de Cordova: decimo
terceiro neto de D. Egas Lourenco, que foi chefe dos desta família illustre antiga
em Castella, e de D. Mafalda, descendente por legit ma linha de varonia de D.
Sueiro Venegas, e de D. Sancha Bermu des, filha de D. Belmudes, conde de Trava,
e da infanta D. Thereza Henriques, filha legi tima do senhor conde D. Henrique
de Portugal: como tudo melhor consta da Sentença e documentos; e como
descendente dos sobreditos lhe pertencia o brazão das ditas quatro familias, de
Venegas, Alencastros, Pereiras e Sås, e com elas gosar todos os privilegios de
fidalgo, e antigo solar, que pelos senhores reis d’este reino lhe são
concedidos: pelo que me pedia lhe mandasse passar carta de certidão de brazão
em forma com as ditas armas illuminadas, assim como ele supplicante as havia
trazer, e d’ellas usar e receberia mercê. — E vista por mim a sua petição,
sentença e mais documentos n’ella insertos, que ficam no cartorio da nobreza em
poder do escrivão que esta subscreveu, e como por ela consta estar o
supplicante julgado por legitimo descendente das ditas quatro gerações, pelo
haver assim justificado na dita sentença, em verdade da qual provi o livro da
fidalguia e nobreza d’este reino, que em meu poder tenho, e n'elle achei
registadas as armas que ás ditas linhagens pertencem, que são as que n'esta lhe
dou divisadas e illuminadas, a sa ber: O escudo posto ao balon esquartelado, no
primeiro as dos Venegas em campo azul, tres barras de prata postas em pala; no
segundo as dos Alencastros, que são as do reino com seu filete preto que passa
por baixo das quinas; no terceiro as dos Pereiras, em campo vermelho uma cruz
de prata floreteada, e vazia do campo; no quarto as dos Sás, de esquaques de
azul e preto treze, e de azul quatorze, coberto com coronel; e por tim bre meio
leão pardo, salpicado de ouro e armado do mesmo, e por diviza uma estrella de
ouro. E por que estas são as que pertencem ás ditas linhagens, eu Manuel Leal,
rei de armas Portugal e principal, com o poder de meu muito nobre e real
oficio, lh'as dou para ele supplicante, e seus descendentes, assim como vão no
dito escudo, das quaes armas poderão usar como auto e prerogativa de sua
nobreza e fidalguia, e com elas go zar de todas as graças, liberdades, honras,
mercês, e privilegios, que pelos senhores reis d’este reino lhes foram
concedidos, e aos fidalgos e nobres d’elle, e em especial aos da dita geração:
e com elas poderá entrar em batalhas, justas e torneios, e em todos e quaesquer
actos, assim de paz como de guerra, que licitos e honestos forem; e as pode rão
pôr em suas baixellas, reposteiros, anneis, e sinetes, e nos portaes de suas
casas e quintas, e as poderão esculpir e deixar em suas proprias sepulturas: e
finalmente ser vindo-se e honrando-se d’ellas como a sua fidalguia convém. Pelo
que requeiro a todos os desembargadores, corregedores, provedores, ouvidores,
juizes e mais justiças de sua ma gestade, da parte do dito senhor e da minha,
por bem do oficio que tenho; e em espe cial mando aos oficiaes da nobreza, como
juiz que sou della, reis de armas, arautos e passavantes, a cumpram e façam
inteiramente cumprir e guardar, assim como por mim é determinado, e julgado, e
por firmeza de tudo, vai por mim assignado, com o signal publico do nome do meu
oficio. Dada em esta côrte e cidade de Lisboa, em 20 de ju nho de 1714. — José
da Cruz Paulino a fez, por José Duarte Salvado, cavalleiro da casa real,
escrivão da nobreza d’este reino, e senhorios de Portugal. E eu José Duarte Sal
vado a fiz escrever e subscrevi. — Portugal rei de armas principal, Manuel
Leal.
XIV Brazão de armas concedido a Bento Pereira de Azevedo (1706)
Portugal rei de armas principal
n’estes reinos, e senhorios de Portugal do muito alto e poderoso rei e senhor
nosso D. Pedro, segundo do nome, por graça de Deus, rei de Portugal e dos
Algarves, d'aquem e d’além mar em Africa, senhor de Guiné, e da con quista,
navegação, commercio da Ethiopia, Arabia, Persia e da India, etc. Faço saber a
quantos esta minha carta de certidão de brazão de armas, fidalguia e nobreza,
digna de fé, e crença virem, que por parte de Bento Pereira de Azevedo, natural
d’esta cidade de Lisboa, christão velho sem raça alguma de infecta nação, e
n’ella casado com D. Theo tonia de Sousa de Castro, filha de Manuel Caldeira de
Castro, cavalleiro do habito de por escripto, dizendo que pela sentença junta
que oferecia, passada em nome de sua mages tade, e pela chancellaria da côrte,
promulgada pelos doutores desembargadores, Belchior do Rego de Andrade e
Gonçalo da Cunha Villas-boas, do desembargo do dito senhor e da casa da
supplicação, e corregedores com alçada dos feitos, e causas civeis em sua
côrte, constava ser o supplicante descendente das nobres e illustres familias
de Pereiras, Azevedos, Venegas e Peraltas, por ser filho legitimo de Fernão
Lopes Pereira Peralta, e de D. Paula de Azevedo, filha de Manuel de Azevedo, e
de D. Maria Ribeiro, filha do de
sembargador João Dias Ribeiro,
descendente por esta parte dos senhores da quinta de Azevedo de entre Douro e
Minho. Neto pela parte paterna de Garcia Venegas, e de sua mulher D. Isabel
Pereira de Peralta, filha de Lopo Pereira de Peralta, que foi filho de Affonso
Lopes Pereira, e de D. Maria de Peralta, filha de D. Gastão de Peralta e Cunha,
descendente por esta parte de Ruy Pereira, o primeiro que se chamou conde da
Feira, e de Martim... de Peralta, condestavel de Navarra, e do dito seu avô
Garcia Venegas, foi filho de D. Luiz Venegas, e neto de D. Egas Venegas,
descendente por varonia dos senhores condes de Supra, como tudo melhor consta
da sentença e documentos; e como descen dente dos sobreditos lhe pertencia o
brazão das ditas quatro familias, dos Pereiras, Azeve dos, Venegas e Peraltas,
pelo que me pedia lhe mandasse passar carta de certidão de brazão, em forma com
as ditas armas illuminadas, assim como ele supplicante as havia de trazer, e
d’ellas usar, e receberia mercê; e visto por mim sua petição, sentença, e mais
documentos em ella insertos, que ficam em poder do escrivão, que este
subscreveu, e como por ela consta, como o supplicante foi julgado por legitimo
descendente das ditas quatro gerações, por o haver assim provado e justificado
em a dita sentença, em virtude da qual provi o livro da fidalguia e nobreza
d’este reino, que em meu poder tenho, e n'elle achei registadas as armas que á
dita linhagem pertencem, que são as que n'esta lhe dou divisadas, e illuminadas
a saber: Um escudo esquartelado posto ao balon. No primeiro quartel as armas
dos Pereiras, que são em campo sanguinho uma cruz florida de prata aberta em o
meio, e no segundo quartel as armas dos Peraltas, que são em campo sanguinho um
grifo de ouro com azas, e por orla oito aspas de ouro. No ter ceiro quartel, as
armas dos Venegas, que são em campo azul tres barras de prata em palla. No
quarto as armas dos Azevedos, que são em campo esquartelado o primeiro quartel
de ouro, com uma aguia de preto estendida, o segundo de azul, com cinco es
trellas de prata em aspa, com bordadura vermelha com oito aspas de Ouro, e
assim os contrarios. Elmo de prata aberto, e guarnecido de ouro. Paquife dos
metaes e côres das armas. Timbre uma cruz florida de vermelho, aberta em o
meio, com o vazio de prata, e por differença uma flôr de liz de ouro. E porque
estas são as armas, que ás ditas linha gens pertencem, eu Antonio de Aguiar,
rei de armas Portugal principal, com o poder de meu muito nobre e real Oficio,
lhas dou e assigno, assim como vão em o dito escudo, das quaes armas poderá
usar como acto e prerogativa da sua nobreza, e fidalguia, e com elas gosar de
todas as graças, liberdades, honras e mercês, que pelos senhores reis d’este
reino foram concedidas aos fidalgos e nobres d'elle, e especialmente a estas
ditas gerações, e com ellas poderá entrar em batalhas, e em todos e quaesquer
actos militares assim de paz, como de guerra, tanto nas cousas graves, e de
necessidade, como nas voluntarias, e de passatempo, assim como justas,
torneios, e tudo o mais que licito e ho nesto fôr, e as poderá fazer pintar e
bordar em seus reposteiros, bandeiras e estandartes, e abrir e esculpir em as
baixellas de sua casa, e em seus anneis e sinetes, e em todas as peças de ouro
e prata, e nos portaes de suas casas e quintas, e finalmente as poderá esculpir
em sua propria sepultura, servindo-se, honrando-se e aproveitando-se d’ellas
como á sua nobreza e fidalguia convém, e como o fazem os demais fidalgos e
nobres d’este reino: pelo que requeiro a todos os desembargadores,
corregedores, ouvidores, julgado res, juizes, justiças de sua magestade da
parte do dito senhor, e da minha por bem do oficio que tenho, e em especial
mando aos oficiaes de nobreza, reis de armas, arautos e passavantes, como juiz
que sou d’ella, a cumpram e façam inteiramente cum prir e guardar como por mim
é determinado e julgado, e por firmeza de tudo vai por mim assignado, com o
signal publico do nome do meu oficio. Dada nesta côrte e cidade de Lisboa, aos
nove dias do mez de dezembro de 1706. Daniel Manlio a fez por José Duarte Salvado,
cavaleiro da casa real, e escrivão da nobreza nestes reinos, e senhorios de
Portugal. E eu José Duarte Salvado a fiz escrever e subscrevi. — Portugal rei
de armas P.
XV Brazão de armas concedido a Braz Alemão de Sisneiros (1575)
Principal Portugal rei de armas
de El-rei nosso senhor: Faço saber a quantos esta mi nha carta, e certidão de
brazão de armas digna de fé, e crença virem, que Braz Alemão de Sisneiros, moço
da camara do dito senhor, alferes de infanteria, ordenada para guarda, e vigia
da cidade de Ceuta, e cavalleiro feito pela mão do dito senhor no campo de Tan
ger, me pediu, e requereu, que por quanto ele descende por linha direita
legitima, e sem bastardia por parte de seu pae, Diogo Alemão de Sisneiros, e
seu avô Afonso de Sisneiros, e de seu bisavô Francisco Rodrigues de Sisneiros,
e seu tresavô, João de Sis neiros da geração, e linhagem de Sísneiros, que
nestes reinos são fidalgos de cotta de armas, e na cidade de Barcelona tem
casa, e solar, como constava dos papeis, e instru mento, que apresentava, lhe
desse um escudo com as armas que à dita linhagem perten cem, e as elle de
direito por lhe pertencerem, devia trazer, para d’ellas usar, e gosar das
honras, e liberdades de que por bem, da nobreza d’ellas, gosaram seus
antepassados; pelo que eu busquei os livros da nobreza, que em meu poder estão,
e acho, as armas, que á dita linhagem pertencem serem estas, que em esta lhe
dou, illuminadas, e com mais seu paquife, elmo, e timbre, e por diferença uma
estrella de Ouro, que com elas pois lhe pertencem pela dita maneira, segundo
regimento da armaria, deve trazer, pelo que ao supplicante devem ser guardadas
as liberdades concedidas ás ditas armas, e por verdade lhe passei esta em
Lisboa, por mim assignada aos cinco de março. Diogo de S. Romão a fez, anno do
nascimento de nosso senhor Jesus Christo de 1575. — Portugal rei de armas.
XVI Brazão de armas concedido a Braz Luiz do Couto Aguiar (1732)
D. JOÃO por graça de Deus rei de
Portugal, e dos Algarves d'aquem, e d’além mar em Africa, senhor de Guiné, e da
conquista, navegação do commercio da Ethiopia, Ara bia, Persia, e da India etc.
A quantos esta minha carta virem, faço saber, que Braz Luiz do Couto de Aguiar,
cavaleiro professo da ordem de Christo, commissario das habilitações da meza da
consciencia e ordens, fidalgo de solar conhecido, morador na villa de Alvor
ninha, dos coutos de Alcobaça, me fez petição em como ele descendia, e vinha da
gera ção e linhagem dos Coutos, e Aguiares, e suas armas lhe pertenciam de
direito, e pedin do-me por mercê, que para a memoria de seus antecessores se
não perder, e ele gosar, e usar da honra das armas, que pelos merecimentos de
seus serviços ganharam, e lhe foram dadas, e assim dos privilegios, honras,
graças e mercês, que por direito e por bem dellas lhe pertencem, lhe mandasse
dar uma carta das ditas armas, que estavam re gistadas em os livros dos
registos das armas dos nobres, e fidalgos de meus reinos, que tem Portugal meu
principal rei de armas: a qual petição vista por mim, mandei sobre ella desem
bargo, e meu desembargador em esta minha côrte e casa da supplicação,
corregedor do civel em ella, e por Caetano José de Moura, escrivão do dito
juizo; pelos quaes foi certo, que ele procede, e vem da geração, e linhagem dos
ditos Coutos, e Aguiares; como filho legitimo de Manuel de Couto e Aguiar,
cavaleiro professo da ordem de Christo, e gover nador da torre de S. Martinho
da Pederneira, de sua mulher, e sobrinha D. Brites Mar cellina da Silva Pinto
da Fonseca. Neto pela parte paterna de Braz de Couto e Aguiar, capitão-mór, e
governador que foi da provincia do Espirito Santo no estado do Brazil, e de sua
mulher D. Maria de Aguiar; e pela parte materna de João Pinto da Fonseca e
Aguiar, que era primo co-irmão do dito Manuel de Couto, seu pae, e de sua
mulher D. Filippa da Silva de Azevedo; bisneto pela parte de seu avô paterno de
Manuel de Couto de Aguiar, e pela de sua avó paterna de Francisco de Couto da
Costa, fidalgo da minha casa, e pelos Costas, fidalgo de solar conhecido (e
parece ser o seu solar d’esta familia a villa de Corta na comarca de Esgueira)
e pela parte materna de outro Manuel de Couto e Aguiar, e de sua mulher D.
Catharina de Tovar Pinto da Fonseca, que era filha de Braz de Couto, fidalgo de
minha casa, alcaide mór, e governador da praça de Chaul nos meus estados da
India; e o dito seu bisavô Manuel de Couto e Aguiar era fi lho de Manuel
Fernandes Gorizo de Aguiar, e de sua mulher Ignez de Couto. Neto pela parte
paterna de Henrique Esteves de Aguiar. Terceiro neto de Diogo de Aguiar, fidalgo
de minha casa, e de solar conhecido, morador em Alvorninha, e teve brazão das
armas dos Aguiares, passado no anno de 1510, por haver provado ser filho de
Estevão de Aguiar, fidalgo de solar conhecido, e de sua mulher D. Brites Ayres,
e neto de Ruy Fernandes Gorizo de Aguiar, irmão de D. Estevão de Aguiar, D.
Abbade perpetuo do mosteiro de Alcobaça, e do conselho de estado do Senhor rei
D. Afonso V meu antecessor, os quaes todos eram dos verdadeiros, e legitimo
tronco dos Coutos, e Aguiares d’onde vieram, e vem ele supplicante por linha
recta masculina, sem nenhuma bastardia, e sempre se tra taram á lei da nobreza,
com o estado devido a ella, como pessoas nobres, que eram, sem que n'elles
houvesse raça de judeu, mouro, ou mulato, nem de outra infecta nação, e que de
direito as suas armas lhe pertencem, as quaes lhe mandei dar em esta minha
carta, com seu brazão, elmo, e timbre, como aqui são divisadas, e assim como
fiel, e verdadei ramente se acharam divisadas, e registadas em o livro dos
registos do dito Portugal meu rei de armas, a saber: um escudo partido em
palla: na primeira as armas dos Aguiares, em campo de ouro uma aguia rompente
vermelha armada de preto, na segunda as armas dos Coutos, em campo vermelho,
uma torre de ouro coberta, e lavrada de preto sobre ondas azues e prata, elmo
de prata aberto, guarnecido de ouro, paquife dos metaes, e côres das armas.
Timbre o dos Aguiares, que é a mesma aguia das armas, e por dife rença uma
brica de prata, com um trifolio preto: o qual escudo, armas, e signaes possa trazer,
e traga o dito Braz Luiz de Couto e Aguiar, assim como as trouxeram, e d’ellas
usaram Seus antecessores em todos os logares de honra, em que os ditos seus
antecesso res e os nobres, e antigos fidalgos sempre as costumaram trazer, em
tempo dos mui es clarecidos reis meus antecessores, e com elas possa entrar em
batalhas, campos, escara muças, e exercitar com elas todos os outros actos
licitos da guerra, e da paz, e assim as possa trazer em seus firmaes, anneis,
sinetes, e divisas, e as pôr em suas casas, e edifícios, e deixal-as em sua
propria sepultura, e finalmente se servir, honrar, gosar, e aproveitar d’ellas
em tudo e por tudo, como á sua nobreza convém. Com o que quero, e me praz que
haja elle, e todos seus descendentes todas as honras, privilegios, liberdades,
graças, e mercês, isenções e franquezas, que hão, e devem haver os fidalgos,
nobres, e de antiga linhagem, e como sempre de todo usaram, e gosaram seus
antecessores. Porém mando a todos os meus corregedores, e desembargadores, juizes,
justiças, alcaides, e em especial aos meus reis de armas, arautos, passavantes,
e a quaesquer outros oficiaes e pessoas a quem esta minha carta fôr mostrada, e
o conhecimento d’ella pertencer, que em tudo lho cumpram, e guardem, e façam
cumprir, e guardar, como n’ella é conteudo, sem duvida nem embargo algum, que
em ella lhe seja posto, porque assim é minha mercê. El-rei nosso senhor o
mandou por Manuel Pereira da Silva, seu rei de armas Portugal. Fr. José da
Cruz, da Ordem de S. Paulo, reformador do cartorio da nobreza do reino, por
especial provisão do dito senhor, a fez. Anno do nascimento de nosso senhor
Jesus Christo de 1732, aos sete dias do mez de março, e vai subscripta por
Antonio Francisco e Sousa, escrivão da nobreza n'estes reinos, e senhorios de
Portugal, e suas conquistas. E eu An tonio Francisco e Sousa o subscrevi. — Rei
de armas Portugal.
XVII Brazão de armas concedido a Constantino Barreto de Sousa (1737)
D. JOÃO por graça de Deus rei de
Portugal, e dos Algarves d’aquem e d’além mar em Africa, senhor de Guiné, e da
conquista, navegação do commercio da Ethiopia, Ara bia, Persia e India etc. A
quantos esta minha carta virem, faço saber, que Constantino Barreto de Sousa me
fez petição em como descendia, e vinha da geração, e linhagem dos Barretos,
Sousas, Botelhos, e Tavares, e suas armas lhe pertenciam de direito, e pedin
do-me por mercê que para a memoria de seus antecessores se não perder, e ele
usar, e gosar da honra das armas, que pelos merecimentos de seus serviços
ganharam, e lhe Í0 ram dadas, assim dos privilegios, honras, graças, e mercês,
que por direito, e por bem d’ellas lhe pertencem, lhe mandasse dar minha carta
das ditas armas, que estavam regis tadas em os livros do registo das armas dos
nobres, e fidalgos de meus reinos, que tem Portugal meu principal rei de armas.
A qual petição vista por mim, mandei sobre ela tirar inquirição de testimunhas
pelo doutor João da Silva Rodarte do meu desembargo, e meu desembargador em
esta minha côrte, e casa da supplicação, corregedor do civel em ella, e por
Paulo de Almeida Seabra, escrivão do dito juizo, pelos quaes fui certo, que
elle procede, e vem da geração, e linhagem dos ditos Barretos, Sousas, Botelhos
e Tava res, como filho legitimo de Antonio Barreto de Sousa, e de sua mulher D.
Paula Botelh0 Tavares. Neto pela parte paterna de João Barreto de Sousa, e de
Catharina de Andrade. Neto pela parte materna de Francisco Botelho Leitão, e de
Domingas Moniz. Os quaes todos seus pais, e avós eram pessoas nobres, e como
taes sempre se trataram, sem que n'elles, e nas suas gerações houvesse raça
alguma de judeu, mouro, ou mulato, ou de outra infecta nação, e que os ditos
seus pais, e avós d'elle supplicante eram das nobres familias dos Barretos,
Sousas, Botelhos, e Tavares, Andrades, e Monizes, e como taes sempre se
trataram, e appellidaram: e o dito João Barreto de Sousa seu avô paterno d'elle
supplicante foi escudeiro e cavaleiro fidalgo da casa de sua magestade, e que
ele supplicante sempre se tratou á lei da nobreza, o que é notorio a todos que
o conhecem, e conheceram os ditos seus pais, e avós, e que de direito as suas
armas lhe pertencem: As quaes lhe mandei dar em esta minha carta com seu
brazão, elmo, e timbre, como aqui são divisadas, e registadas em os livros do
registo do dito Portugal, meu rei de armas. A saber: Um escudo esquartelado, no
primeiro quartel as armas dos Sousas por privi legio, que são esquarteladas, no
primeiro e quarto as quinas de Portugal, no segundo e terceiro em campo de
prata, um leão vermelho rompente: no segundo as armas dos Bar retos em campo de
prata cercado de arminhos pretos. No terceiro as armas dos Botelhos, em campo
de ouro quatro cotiças vermelhas em banda. No quarto as armas dos Tava res, em
campo de ouro cinco estrellas vermelhas em santor. Elmo de prata aberto guar
necido de ouro. Paquife dos metaes, e côres das armas. Timbre uma donzella sem
bra ços, vestido de prata semeada de a minhos, e por diferença uma brica
vermelha com um trifolio posto de ouro. O qual escudo, armas e signaes, possa
trazer e traga o dito Cons tantino Barreto de Sousa, assim como as trouxeram, e
d’ellas usaram seus antecessores, esclare cidos reis meus antecessores: e com
elas possa entrar em batalhas, campos, rectos, esca ramuças, e exercitar com
ellas todos os outros actos licitos da guerra, e da paz, e assim as possa
trazer em seus firmaes, anneis, sinetes, e divisas, e as por em suas casas, e
edi ficios, e deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente se servir,
honrar, gosar, e aproveitar d’ellas em todo, e por todo, como á sua nobreza
convém. Com o que quero, e me praz, que haja elle, e todos os seus
descendentes, todas as honras, privilegios, gra ças, mercês, isenções, e
franquezas, que hão e devem haver os fidalgos nobres, e de an tiga linhagem,
como sempre de todo usaram, e gosaram seus antecessores. Porém mando a todos
meus corregedores, e desembargadores, juizes, justiças, alcaides, e a quaesquer
outros oficiaes, e pessoas a que esta minha carta fôr mostrada, e o
conhecimento d’ella pertencer, que em todo lho cumpram, e façam integralmente
cumprir e guardar, como n’ella é conteudo, sem duvida, nem embargo algum, que
em ella lhe seja posto, porque assim é minha mercê. El-rei nosso senhor o mandou
por Manuel Pereira da Silva, seu rei de armas Portugal. Fr. José da Cruz, da
ordem de S. Paulo, reformador do cartorio da nobreza do reino, por especial
provisão do dito senhor, a fez em Lisboa Occidental aos dez dias do mez de
Setembro do anno do nascimento de nosso senhor Jesus Christo de mil e
setecentos e trinta e sete, e vai subscripta por Antonio Francisco e Sousa,
escrivão da nobreza n'estes reinos, e senhorios de Portugal, e suas conquistas.
E eu Antonio Fran cisco e Sousa a subscrevi. — Portugal rei de armas principal.
XVII Brazão de armas concedido a Christovão de Figueiroa de Cerqueira
(1567)
Portugal rei de armas principal
de El-rei nosso senhor. Faço saber a quantos esta mi nha carta de certidão
virem, que Christovão de Figueiroa Cerqueira, natural da villa de Amarante, me
pediu e requereu, que por quanto ele descendia por linha direita por parte de
seu pai Jorge Fernandes de Figueiroa, e de seu avô Gonçalo Fernandes de Fi
gueiroa, e de seus bisavôs das gerações e linhagens dos Figueiroas e
Cerqueiras, que n'estes reinos são fidalgos de cotta de armas, como constava
dos instrumentos que apre sentava, que lhe désse um escudo com as armas que ás
ditas linhagens pertencem, e as ele de direito devia trazer, pois das dos
Cerqueiras fôra passada carta em fórma a um Francisco Martins Cerqueira, muito
parente do pae d'elle supplicante: pelo que eu bus quei os livros da nobreza,
que em meu poder estão, e acho que as armas que ás ditas linhagens pertencem,
serem estas que n'estas lhe dou illuminadas, e com mais seu pa quife, elmo, e
timbre, e por diferença uma merleta preta, que com ellas, pois lhe per tencem,
segundo o regimento da armaria deve trazer: e certifico ser passada por meu
antecessor ao dito Francisco Martins Cerqueira a dita carta de armas, na era de
mil e quinhentos e trinta. E por ser verdade lhe passei esta, em Lisboa por mim
assignada, aos 16 de maio de 1567. — Portugal principal rei de armas.
XVIII Brazão de armas concedido a Diogo de Aguiar (1510)
Rei de armas Portugal, do mui
alto e excelente e mui poderoso principe, el-rei D. Ma nuel, por graça de Deus
rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d'álem mar em Africa, senhor de
Guiné, e da conquista, navegação e commercio da Ethiopia, Arabia, Persia, e da
India. Faço saber a quantos esta minha carta de certidão virem, que Diogo de
Aguiar, escudeiro fidalgo, me requereu e pediu, que por quanto ele procedia, e
vi nha do proprio tronco e linha directa masculina, sem nenhuma bastardia da
casa dos de Aguiar, convém a saber: que elle era filho herdeiro, e de legitimo
matrimonio, de Es tevão de Aguiar, e de Branca Ayres, e neto de Ruy Fernandes de
Gorizo, o qual foi con tador mór de el-rei D. Duarte, e seu pai, avô, e ele
neto, eram do tronco e linha direita dos de Aguiar, e que por ele assim vir da
linha direita dos de Aguiar, lhe man dasse dar minha carta de certidão com suas
verdadeiras armas, como de direito lhe per tencem haver para guarda e
conservação de sua nobreza e fidalguia: e visto por mim seu requerimento, lhe
mandei que me fizesse certo do contheudo em sua petição, e satisfa zendo a meu
mandado, me apresentou uma inquirição, a qual foi tirada a requerimento do dito
Diogo de Aguiar, na villa de Alvorninha, por Balthasar Dias, escrivão da
camara, e perguntadas as testemunhas por Fernandalvares, juiz ordinario em a
dita villa, as quaes testemunhas seus nomes são estes: convem a saber: Alvaro
Gorizo, escudeiro, morador na dita villa, e João Rodrigues Vigario, e Affonso
Vaz, morador nos Vidaes, termo da dita villa, os quaes disseram e declararam em
seus testemunhos como o dito Diogo de Aguiar era filho legitimo de Estevão de
Aguiar, e de Branca Ayres, e neto de Ruy Fer nandes, contador mór, que foi de
el-rei D. Duarte, e sobrinho de D. Estevão de Aguiar, dom abbade que foi do
mosteiro de Alcobaça, e outros muitos fidalgos, segundo os mais cumpridamente
continha a dita inquirição, a qual foi vista por mim, e mandei que approvasse a
dita letra da dita inquirição, a qual foi approvada e conhecida, e vista por
mim sua prova, fiz firme e valiosa com o poder, que de meu oficio tenho para
provar a semeihantes meus cidadãos, dei ao supplicante sobredito Diogo de
Aguiar as armas con theudas em o meio d'esta minha certidão, e como lhe de
direito pertence haver com sua diferença, e assim como estão assentadas nos
livros da nobreza antiga, e em meu poder, como juiz d’ella, convém a saber: Um
escudo de oiro, e uma aguia vermelha no meio do escudo estendida, e os pés e
bico preto, e a lingua vermelha, pela qual razão vos re queiro e mando da parte
de el-rei nosso senhor, e por poder e auctoridade que de sua alteza tenho, a
todos os cavaleiros, fidalgos de cotta de armas, e a todos os corregedo res,
justiças, e oficiaes e pessoas que esta minha carta de certidão fôr mostrada e
o co nhecimento d’ella pertencer por qualquer via e maneira que seja deixem ao
sobredito Diogo de Aguiar supplicante ter e trazer as ditas armas, e o deixem
entrar em quaesquer trances de cavalgar, retos e desafios, que ele houver com
seus inimigos, assim a elle, como aos que d'elle descenderem por linha direita
masculina, como dito é, e o deixem gozar de todos os privilegios e liberdades,
franquezas, e honras de que gozaram todos os seus antecessores por razão das
ditas armas, e de que gozam todos os cavaleiros fidal gos de cotta de armas e
solar conhecido, e melhor com razão o poder fazer, e não seja a dita carta
valiosa, e bem guardada, senão ao dito Diogo de Aguiar supplicante, e aos que
d'elle descenderem por linha direita masculina, vivendo á lei da nobreza,
cumprindo assim uns e outros sem duvida, nem embargo assim lh'o ponham. Feita
em a mui nobre e sempre leal cidade de Lisboa, aos 9 do mez de dezembro da era
do nascimento de nosso senhor Jesus Christo de 1510. — Rei de armas Portugal.
XIX Brazão de armas concedido a Diogo Carvalhaes (1576)
Portugal rei de armas principal
de El-rei nosso senhor. Faço saber a quantos esta minha carta de certidão de
brazão de armas digna de fé e crença virem, que Diogo dº 623 Carvalhaes, moço
de camara do dito senhor, me pediu e requereu, que por quanto ele descendia por
linha direita legitima e masculina por parte de seu pae Manuel de Carva lhaes,
e de seu avô Fernam de Carvalhaes, e de seu bisavô Fernam de Carvalhaes, de
geração e linhagem dos Carvalhaes, que n'estes reinos são fldalgos de cotta de
armas, como constava do instrumento auctorisado que apresentava, que lhe désse
um escudo com as armas que á dita linhagem pertencem, e a elle de direito por
lhe pertencerem, devia trazer, para d’ellas usar e gosar das honras e
liberdades, que por bem da nobreza d’ellas gozaram seus antepassados: pelo que
provendo a seu requerimento com o poder e auctoridade, que de meu oficio para
isso tenho, busquei os livros da nobreza que em meu poder tenho, e acho que as
armas que á dita linhagem pertencem, serem estas que em esta lhe vão
illuminadas, e com mais o paquife, elmo e timbre, e por diferença uma estrella
de oiro, que com ellas, pois lhe pertencem pela dita maneira, segundo o re
gimento da armaria deve trazer: pelo que ao supplicante devem ser guardadas as
liber dades concedidas ás ditas armas, e por ser verdade lhe passei esta em
Lisboa por mim assignada aos seis de outubro. Diogo de S. Romão a fez. Anno do
nascimento de nosso senhor Jesus Christo de mil e quinhentos e setenta e seis.
— Portugal rei de armas.
XX Brazão de armas concedido a Diogo Dias Coimbra Pimentel de Almeida
(1621)
Portugal principal rei de armas
do muito alto e poderoso rei D. Filippe, nosso senhor, por graça de Deus rei de
Portugal, dos Algarves, d'aquem e d’álem, mar em Africa, se nhor de Guiné, da
conquista, navegação, da Ethiopia, Arabia, Persia e India, etc. Faço saber a
quantos esta minha carta de brazão de armas de nobreza de solar, de linhagem
digna de fé e crença virem, que pelo capitão Diogo Dias Coimbra Pimentel de
Almeida, natural desta cidade, e nella morador me pedir e requerer, por quanto
ele tinha justi ficado por documentos e testemunhas ser filho legitimo de João
Gomes Coimbra, natural da villa de Esgueira, e de sua mulher D. Maria Jorge de
Almeida, natural d’esta cidade, os quaes tambem são paes do veneravel
patriarcha da Ethiopia, bispo de Nicea, D. Ap polinar de Almeida, e de D.
Gregorio dos Anjos, primeiro bispo do Maranhão e Grão Pará; e neto o
supplicante por varonia de Diogo Dias Coimbra, natural da comarca de Esgueira,
moço da camara do Senhor rei D. João III, e de sua mulher D. Maria Gomes Bravo,
natural de Esgueira; bisneto por varonia de João Dias Pimentel; e sua avó D.
Maria Gomes Bravo, era filha de Miguel Gomes Bravo, natural de Aveiro,
escudeiro fidalgo da casa do Senhor rei D. João III, e neta de Fernam Gomes
Bravo, e bisneta de Martim Gomes Bravo, fidalgo galego, e de sua mulher Cecilia
Cardosa, criada da infanta D. Joanna, irmã de el-rei D. João II ; e o
supplicante por sua mãi D. Maria Jorge de Almeida neto de Antonio Jorge de
Andrade Boccanegra, fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Ca tharina
Fernandes de Almeida, filha de D. Pedro de Almeida, do conselho de el-rei D.
João III, alcaide-mór de Torres-novas, e de sua mulher D. Brites da Silva,
filha do conde de Borba, e neta de D. Diogo Fernandes de Almeida, alcaide mór
da mesma villa, e mon teiro-mór de el-rei D. João II, e grão-prior do Crato,
progenitor dos condes de Avintes e Assumar, bisneta de Lopo de Almeida, conde
de Abrantes, e de sua mulher D. Brites da Silva e Alencastro, dama da rainha D.
Leonor, e terceira neta de D. Diogo Fernandes de Almeida, reposteiro-mór, e
veador de el-rei D. Duarte, todos da principal linhagem de Almeidas Gomes, e
Pimenteis, de quem o supplicante descendia, tratando-se a lei da no breza e
fidalguia, sem que n'elles houvesse raça de moiro ou judeu, ou muiato, como
estava julgado na dita sentença, e por não se perder a memoria dos seus
progenitores e da sua antiga nobreza,
queria ele supplicante para conservação d’ella um brazão de ar mas,
pertencentes ás ditas familias; pelo que me pedia lhe désse um escudo para con
servação de sua nobreza e fidalguia, com as armas que á sua linhagem pertencem,
e a elle de direito pertencerem, e d’ellas usar, e gozar das honras, isenções e
liberdades que por bem da nobreza d’ellas gozaram seus avós e parentes que
d’ellas usam: provendo tudo em virtude do que constara, e com o poder e
auctoridade que do meu oficio tenho em prover similhantes requerimentos,
busquei os livros da nobreza e fidalguia deste reino, que em meu poder estão, e
achei n'elles as armas que lhe pertencem, além de outras por sua varonia mais
antigas; e serem neste reino fidalgos de solar, geração e cota de armas, e são
estas que lhe dou, divisadas e iluminadas com as suas proprias côres do escudo
posto ao balon, partido em pala, o primeiro esquartelado, no primeiro quartel cinco
vieiras de prata em campo verde, e uma bordadura de prata cheia de cruzes que
são do appelido de Pimentel; no segundo quartel um pelicano ferindo o peito com
0 bico, que são dos Gomes, e em a outra do escudo em campo vermelho tres bezantes
de oiro entre uma dobre cruz, e bordadura do mesmo appelido de Almeida. Elmo de
prata de todo aberto por ser de antiga geração, guarnecido de oiro, timbre meio
toiro vermelho com cornos e unhas de prata, e uma vieira das armas na testa: o
qual escudo de armas, e signaes possa trazer e traga, e use assim como d’ellas
usaram os seus antepassados em todos os logares de honra em que os nobres e
antigos fidalgos costumam trazer, Se gundo o regimento da armaria. Pelo que
requeiro ás justiças e aos nobres fidalgos de solar, geração, e cotta de armas
da parte do dito senhor, e por bem do oficio da nobreza, que tenho como juiz
que sou d’ella, deixem gozar e possuir ao capitão Diogo Dias Coim bra Pimentel
de Almeida as ditas armas, e gozar das honras, liberdades, e mais preeml nencias
concedidas aos fidalgos de solar, geração e cotta de armas, como é o
supplicante sem contradicção alguma, nos actos em que a nobreza d’elles lhe dá
logar, e assim como d'elles e d’ellas usaram nos logares publicos em que são
devidas. E por ser verdade lhe passei esta certidão de brazão de armas e
declaração de linhagem pelo mostrar com cla resa devida em Lisboa aos 20 de
março de 1621. E eu Domingos Correa, escrivão da nobreza n'estes reinos, a fiz
escrever e sobscrevi. — Rei de armas.
XXI Brazão de armas concedido a Diogo Nunes da Parada (1599)
Portugal principal rei de armas
nestes reinos e senhorios de Portugal, pelo muito alto e poderoso rei D.
Filippe nosso senhor etc. Faço saber aos que esta minha carta de bra zão e
armas de nobreza, e fidalguia virem, que por parte de Diogo Nunes da Parada e
Roboredo, morador nesta cidade de Lisboa, me foi apresentada uma sentença
passada pela chancellaria, dada pelo doutor Manuel Alvares de Torneyo,
corregedor do civel da corte, e subscripta por João de Paiva, escrivão do dito
juizo, que é a seguinte: Visto a inquiri ção de testemunhas de fidalgos
conhecidos neste reino, que á instancia do dito Diogº Nunes da Parada de
Roboredo tirou por provisão de Sua Magestade, assignada por sua real mão,
Francisco de Andrade de Paiva, fidalgo de sua casa, guarda-mór da Torre d0
Tombo, e chronista mór do reino com o escrivão da dita torre o licenciado Luiz
de Al varenga Figueira, pela qual me constou como o dito Diogo Gomes da Parada
de Roboredo é filho legitimo de Affonso de Rob0redo da Parada, e neto de Diogo
Nunes da Parada, e bisneto de Simão Nunes da Parada, senhor da quinta e torre
da Parada, fidalgo de S0 lar, descendente de D. Soeiro Annes da Parada, conde e
adiantado em Galliza, que Vell a este reino em ajada de el-rei D. Fernando: E
pela outra parte de D. Brites de Robo se passou a este reino. E vista por mim a
dita sentença e certidões juradas de homens no bres e fidalgos, e mais papeis,
tudo justificado por André Machado,
escrivão das justifi cações, e pelo juiz d’ellas porque me constou do
sobredito, que tudo fica em meu poder: Eu Manuel Teixeira, rei de armas
principal Portugal, com o poder, e authoridade, que de meu real oficio para
isso tenho, busquei os livros da nobreza, e fidalguia dos da fa milia dos
senhores da Parada, e de Roboredo nos quaes achei registadas as armas, que
pertencem ao dito Diogo Nunes da Parada e Roboredo, como neste escudo lh'as dou
di visadas e illuminadas: Os da Parada, uma torre em campo verde com cinco
estrellas de oiro, e por timbre um homem com uma espada na mão. E os de
Roboredo, um leão rompente em campo azul, e por timbre o mesmo leão. As quaes
armas poderá trazer e possuir, e d’ellas usar em todos os actos de nobreza de
guerra e de paz, e em suas ca sas, quintas e sepulturas, e em todos os mais
actos onde lhe fôr necessario. E julgo ao dito Diogo Nunes da Parada e Roboredo
por da linhagem, e descendencia dos ditos Simão Nunes da Parada, senhor da dita
quinta e solar da Parada, e de D. João de Roboredo, senhor da dita villa de
Roboredo, e o hei por fidalgo de solar conhecido, e como este poderá o dito
Diogo Nunes da Parada usar de todos os privilegios, franquezas, isenções, e
honras, e todos seus filhos e descendentes. E requeiro ás justiças de el-rei
nosso senhor o hajam, conheçam por esta, e lhe deixem usar das ditas armas e
honras. E cumpram e guardem este brazão, como n’elle se contem, o qual por
verdade lhe passei por mim as signado, Dado n’esta cidade de Lisboa a quinze do
mez de maio de mil e quinhentos no venta e nove. Alvaro Leal, rei de armas
India, o fez por Manuel Teixeira rei de armas Portugal principal. E eu Manoel
Teixeira o fiz escrever e subscrevi. — Portugal rei de ar T/0(IS.
XXII Brazão de armas concedido a Domingos Garcia de Gondim (1646)
Portugal rei de armas principal
n’estes reinos, e senhorios de Portugal pelo muito alto e mui poderoso rei D.
João o quarto do nome nosso senhor, e por graça de Deus rei de Por tugal e dos
Algarves d’aquem e d’além mar em Africa, senhor de Guiné e da conquista, navegação,
commercio da Ethiopia, Arabia, Persia e da India, etc. Faço saber aos que esta
minha certidão de brazão de armas de nobreza, e fidalguia digna de fé e crença
virem, que por parte do licenciado Domingos Garcia de Gondim, natural de
freguezia de Santa Eu lalia do Serdal, termo da Villa de Valença do Minho, e
ora residente na villa de Santa rem, me foi feito uma petição, dizendo n’ella
que elle era filho legitimo de Gaspar Este ves, e de sua mulher Maria
Rodrigues, e neto por parte do dito seu pae de Manuel da Povoa e de sua mulher
Genebra Esteves, e bisneto de Estevão da Povoa e de sua mulher Margarida
Rodrigues. Terceiro neto de Jacome da Povoa, e de sua mulher Clara Martins
moradores que foram na freguezia de Gandara, termo da dita villa de Valença. E
por parte da dita sua mãe era neto de Ruy Garcia, e de sua mulher Maria Annes,
e bisneto de Pedro Garcia e de sua mulher Isabel de Gondim, e terceiro neto de
Ruy Garcia, e de sua mulher Margarida Rodrigues, moradores que foram na dita
freguezia do Serdal, e to dos descendentes do verdadeiro tronco, e geração dos
Garcias de Gondim, que é casa de solar conhecido e da antiga fidalguia, e se
trataram a lei da nobreza, sem n’elles haver raça de mouros, judeus, nem outra
má seita, servindo os cargos nobres da republica: o que tudo constava mui
largamente de um instrumento de testemunhas passado na dita villa por mandado
de Belchior Barbosa, juiz ordinario na dita villa de Valença do Minho, e feito
por Antonio Soares, tabelião do publico judicial na mesma villa, e as
testemunhas inqueridas pelo dito juiz; e por quanto alguns da dita geração
tinham seus brazões das armas, que a ela de direito competem; queria ele
supplicante tirar o seu, pelo que me pedia pela memoria de seus antecessores se
não perder, e ele poder usar das ditas armas e dos privilegios e fidalguía a
elas concedidos, lhe désse e mandasse passar um escudo com as armas, que á dita
linhagem pertencem, e as elle de direito por lhe pertencerem pode trazer, para
d’ellas gozar nos actos em que a nobreza lhe der logar. E visto por mim seu
dizer, e o que do dito instrumento constava, o qual foi reconhecido n'esta
cidade por Francisco Tavares, tabelião publico de notas por Sua Magestade: e
outro sim me apresentou uma provisão da Torre do Tombo d'esta cidade, mandada
pas sar na fórma acostumada, e sendo buscados os livros do dito archivo pelo
escrivão d'elle, e no livro das inquirições, e devaços da Beira e d'alem Douro,
que está na casa da co roa, a fl. 84 se acharam dois capitulos dos quaes um
falando no logar de Gondim e Al derete, digo no logar de Gondim, diz: item o
logar que chamam Outeiro de Alvão, e Gon dim e Alderete de Suzão e Alderete de
Suzaam é provado que os viram sempre honrados, que ouviram dizer que o foram de
longo tempo etc. A qual dita provisão vinha assignada pelo doutor João Pinto Ribeiro, fidalgo da casa de Sua
Magestade e de seu conselho, seu desembargador do paço, e guarda-mór da dita
torre, ao qual instrumento e provisão me reporto em todo e por todo, que uma e
outra coisa fica em poder do escrivão da nobreza que esta subscreveu: e por
parte do supplicante me foi requerido da parte de Sua Ma gestade que Deus
guarde, pois tinha mostrado sua nobreza, e descender da nobre e an tiga familia
dos Gondins, que n'estes reinos são fidalgos de geração e colta de armas, e
solar conhecido, como taes os dita geração são padroeiros das egrejas de Santa
Eulalia de Cerdal, S. Mamede de Ferreira, Linhares, e Formans do concelho de
Coura, e para maior augmento e conservação de sua fidalguia lhe désse um escudo
das armas, que á dita ge ração pertenciam: E visto seu requerimento com o que
do dito instrumento me constou, com o podor e authoridade que de meu nobre e
real oficio para isso tenho, e que n'esta parte uso, provi e busquei os livros
da nobreza da nobre e antiga fidalguia d’este reino, e n'elles achei registadas
as armas que á dita linhagem pertencem, e lhas dou neste divi sadas e
illuminadas conforme a regra da armaria a saber: Um escudo de prata, e n'elle
tres leões pardos passantes de cor sanguinea, armados de azul: elmo de prata
aberto guar necido de oiro. Paquife dos metaes e cores das armas. E por timbre
um dos leões das armas: e por differença uma brica verde, e sobre um trifolio
de oiro: e d’esta maneira poderá usar e trazer as ditas armas por lhe
pertencerem, como acto e prerogativa de sua nobreza e fidalguia, onde
licitamente d’ellas possa usar, podendo-as mandar pôr nos portaes de suas
casas, quintas e mais edifícios, e em seus anneis, firmaes, sinetes e mais
divisas de seu serviço, podendo-as trazer em seus reposteiros, e com elas
entrar em batalhas, campos, duelos, rectos, desafios, justas, torneios, e em
todos os demais actos nobres assim de guerra, como de paz, que licitos e
honestos forem, servindo-se em todo, e aproveitando-se d’ellas, como á sua
nobreza e fidalguia convém; e ultimamente as p0 derá deixar sobre a sua
sepultura. Pelo que requeiro a todos os desembargadores, cor regedores,
ouvidores, juizes e mais justiças de Sua Magestade da parte do dito senhor, e
da minha peço por bem do oficio da nobreza que tenho, deixem trazer, lograr e
pos suir ao sobredito licenciado Domingos Garcia de Gondim as ditas armas, e
gosar dos pri vilegios, liberdades, mercês e mais prerogativas, que por bem
d’ellas deve, e pode usar assim, e da maneira que gosam os mais fidalgos de
geração e cotta de armas, e em es pecial mando a todos os oficiaes da nobreza,
reis de armas, arautos e passavantes, que ora são e ao diante forem, como juiz
que sou d’ella, o cumpram e façam cumprir, e guar dar assim e da maneira que
n'esta é declarado e mandado com todas as liberdades e mer cês sobreditas,
segundo costume dos nobres fidalgos de cotta de armas deste reino. E por
firmeza de tudo lhe mandei passar a presente certidão de brazão de armas, por
mim assignada com o sinete do nome do meu real Oficio que costumo fazer em os
brazões, etc. Dada nesta corte e muito nobre e sempre leal cidade de Lisboa,
aos trinta do mez de junho do anno do nascimento de nosso senhor Jesus Christo
de mil seiscentos e qua es crivão proprietario da nobreza nestes reinos, e
senhorios de Portugal por Sua Magestade. Eu Francisco Luiz Ferreira o
subscrevi. — Portugal rei de armas.
XXIII Brazão dos Gaios Temudos concedido a Duarte Dias Seixo Gaio (1602)
Portugal rei de armas principal
n’estes reinos e senhorios de Portugal, pelo muito alto e poderoso rei D.
Filippe nosso senhor, etc. Faço saber a quantos esta minha carta de brazão de
armas e certidão digna de fé e crença virem, que por Duarte Dias Seixo Gaio,
morador n’esta cidade de Lisboa, me foi requerido, dizendo, que ele supplicante
descen dia por linha direita masculina e feminina, sem bastardia, nem
parentesco de judeu, nem mouro, das nobres linhagens dos Gaios, e Temudos, que
n'este reino são fidalgos de cota de armas, que por parte de seu pae Lançarote
Fernandes Gaio, e de seu avô Miguel Fer nandes Gaio, e de sua mãe Margarida
Varas Temudo, e de seu avô Diogo Gonçalves Seixo Temudo, todos que foram
moradores na villa do Sardoal, os quaes sempre viveram á lei da nobreza, e
assim mesmo vive ele supplicante, e que por a memoria de seus antecessores se
não perder, e elle supplicante gosar da honra e fidalguia das ditas linhagens,
me re queria da parte do dito senhor lhe dêsse e passasse um escudo das armas,
que ás ditas linhagens pertencem, e as ele de direito por lhe pertencerem devia
trazer, para d’ellas usar, e gosar das honras e liberdades, que por bem da
nobreza d’ellas gosaram seus an tecessores; e visto por mim seu requerimento, e
instrumento de testemunhas autentico, passado em forma devida, que em meu poder
fica, pelo qual consta o sobredito, com o poder, e auctoridade de meu real
oficio, que para isso tenho, busquei os livros da no breza da nobre fidalguia
d’este reino, e n'elles achei registradas as armas das nobres li nhagens dos
Gaios e Temudos, que por parte do dito seu pae, mãe e avós, lhe pertencem a
elle supplicante Duarte Dias Seixo Gaio, como neste escudo lh'as dou, divisadas
e illu minadas, partido em pala; o primeiro dos Gaios, de prata, com tres
arminhos, cabeça de vermelho, um castello de oiro, e quatro bastões do mesmo. O
segundo dos Temudos de azul, uma aguia imperial de oiro sobre a cabeça de um
mouro sanguentada, e um cor dão de S. Francisco de oiro por orla, e. um
trifolio de verde por diferença, e por timbre o castello; elmo de prata aberto,
guarnecido de oiro; paquife dos metaes, e côres das armas; e por lhe assim
pertencerem, e as dever assim trazer, e d’ellas usar, requeiro ás justiças da
parte do dito senhor, e por bem do meu oficio, guarde ao dito Duarte Dias Seixo
Gaio as honras e liberdades, e mais preeminencias concedidas ás ditas armas, e
lh'as deixem trazer, e possuir nos autos em que a nobreza d’ellas lhe dá logar,
e em especial mando aos oficiaes da nobreza o cumpram, e façam inteiramente
cumprir, e guardar, e por verdade lhe passei esta de brazão, e certidão por mim
assignada. Dada n'esta cidade de Lisboa, aos quatorze dias do mez de agosto do
anno do nascimento de nosso senhor Jesus Christo de 1602. E eu Balthasar do Valle
Cerqueira, escrivão da nobreza d’estes reinos e senhorios de Portugal por
el-rei nosso senhor, o fiz escrever e subscrevi, etc. — Portugal rei de armas,
XXIV Brazão de armas concedido a Eloy Manuel Villar (1742)
D. JOÃO, por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves, daquem e d’além mar em Africa, senhor de Guiné, e da conquista, navegação e commercio da Ethiopia, Arabia, Persia, e da India, etc. A quantos esta minha carta virem faço saber, que Eloy Ma nuel Villar e Sousa, natural d’esta cidade de Lisboa, me fez petição em como ele descen dia e vinha da geração e linhagem dos Sousas de Arronches, Machados, Mirandas, e OS0 rios, e suas armas lhe pertenciam de direito, e pedindo-me por mercê que para a memo ria de seus antecessores se não perder, e ele usar, e gozar da honra das armas, que pelos merecimentos de seus serviços ganharam, e lhe foram dadas, assim dos privilegios, honras, graças, e mercês, que por direito, e por bem d’ellas lhe pertencem, lhe mandasse dar minha carta das ditas armas, que estavam registradas em o livro dos registros das armas dos nobres, e fidalgos de meus reinos, que tem Portugal meu principal rei de ar mas. A qual petição vista por mim, mandei sobre ela tirar inquirição de testemunhas pelo doutor Francisco de Santa Barbara e Moura, do meu desembargo, e meu desembargador em esta minha côrte, e casa da supplicação, corregedor do cível em ella, e por Thomaz de Gouvea Barlenda, escrivão do dito juizo, pelos quaes foi certo, que ele procede, e vem da dita geração, e linhagem dos ditos Sousas de Arronches, Machados, Mirandas, e Osorios, como filho legitimo de João de Sousa Villar, e de sua mulher D. Maria Caetana Osorio, naturaes d'esta cidade de Lisboa; neto pela parte paterna de Manuel Francisco Villar, natural da freguezia de Villarinho das Cambas, arcebispado de Braga, termo de Barcellos, e de D. Maria de Sousa, natural d’esta cidade, e descendente legitima dos Sousas; e pela parte materna é neto do capitão Domingos Machado de Miranda, natural da villa de Alvito, e de D. Felicia Maria Osorio, natural da cidade da Bahia: os quaes seus paes e avós eram pessoas muito nobres, e legitimos descendentes das familias de Sousas de Arronches, Machados, Mirandas, e Osorios, e como taes se trataram sempre á lei da nobreza, com cavallos, armas, e criados, como pessoas nobres, que eram, servindo sempre os honrosos cargos do governo, tanto no militar, como nos da republica, sem quº nas suas gerações houvesse nunca raça alguma de judeu, mouro, ou mulato, nem de Qu tra infecta nação, e que de direito lhe pertencem as suas armas, as quaes lhe mandei dar em esta minha carta com seu brazão, elmo, e timbre, como aqui são divisadas, e assim como fiel e verdadeiramente se acharão divisadas e registradas em os livros dos registros das armas dos nobres, e fidalgos de meus reinos, que tem o dito Portugal meu rei de armas; a saber : Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas de Arronches, que são esquarteladas, no primeiro as quinas de Portugal com sua orla de casº tellos, no segundo em campo sanguinho uma quaderna de crescentes de prata apontadas, e assim os contrarios; no segundo quartel as dos Machados, em campo sanguinho cincº machados de prata com cabos de oiro postos em santor; no terceiro as dos Mirandas, em campo de oiro uma aspa sanguinha, e nos vãos quatro flores de liz verdes; no quarto dº dos Osorios, em campo de oiro dois lobos sanguinhos passantes; elmo de prata aber10 guarnecido de oiro: paquife dos metaes e côres das armas; timbre o dos Sousas, que é um castello de oiro lavrado de preto, e por diferença uma brica de oiro, com um trifolio azul. Declaro, que nas dos Sousas ha de levar um filete preto em contrabanda, que passº por baixo do escudinho do meio. O qual escudo, armas, e signaes possa trazer, e traga o dito Eloy Manuel Villar e Sousa, assim como as trouxeram seus antecessores; em todos os logares de honra em que os ditos seus antecessores e os nobres e antigos fidalgos sem pre as costumaram trazer em tempo dos mui esclarecidos reis meus antecessores, e com elas possa entrar em batalhas, campos, rectos, escaramuças, e exercitar com elas todos os outros actos licitos da guerra, e da paz, e assim as possa trazer em seus firmaes, aneis, sinetes, e divisas, e as pôr em suas casas, e edifícios, e deixal-as em sua propria sepultura, e finalmente se servir, honrar, gozar, e aproveitar d’ellas em todo e por todo, como a sua nobreza convém. Com o que quero, e me praz, que haja elle, e todos seus descendentes, todas as honras, privilegios, graças, mercês, isenções e franquezas, que h㺠e devem haver os fidalgos nobres, e de antiga linhagem, e como sempre de todo usaram e gozaram os ditos seus antecessores. Pelo que mando a todos meus corregedores, desem bargadores, juizes, justiças, alcaides, e em especial aos meus reis de armas, arautos, pas" mostrada e o conhecimento d’ella pertencer, que em tudo lh'o cumpram, e guardem, e façam cum prir, e guardar, como n’ella é conteudo, sem duvida nem embargo algum, que em ella lhe seja posto, porque assim é minha mercê. El-rei nosso senhor o mandou por Manuel Pereira da Silva, seu rei de armas Portugal. Frei Manuel de Santo Antonio, religioso da ordem de S. Paulo a fez em Lisboa aos 28 dias do mez de julho do anno de 1742, e vai subscripta por Antonio Francisco e Sousa, escrivão da nobreza n'estes reinos e senhorios de Portugal, e suas conquistas: e eu Antonio Francisco e Sousa o subscrevi. — Portugal rei de armas principal.
XXV Brazão de armas concedido a Fabricio Bembo (1545)
Ductiones Civitates Cremonensis :
Sepe numero fit, ut multa quae in aliqua Orbis ter rarum parte nota certaque sunt,
alibi ob magnam inter se Regionum distantiam minus sint nota, et proterea
aliquam secum dubitationem ferant, quod nunc contigit Fabricio Bembo civi
nostro Ulisiponem Regiam Lusitania urbem habitanti, de cujus nobilitate cum
proter Patriae Longinquitatem ambigatur, ut hujus modi dubitatio penitus
tulatur, veritas que innotescat, ne su ipsse debito honore defraudetur, fidem
faciumus, e attestamurubi que locorum, quo hae nostrae pervenerint, ipsum
Fabricium, esse Stephano Bembo viro probo genitum ex Bemborum Familia, quae nom
solum apud nos nobilitate prestat, sed etiam Venetiis potentissima Italiae urbe
clarissima habetur, cui aetate nostra maximum addidit ornamentum Petrus Bembus
obi ingenii praestantiam et eximius animi virtutes Cardinalatus dignitate a
Paulo III Pont. Maximo inrignitus. Eundemque ipsum Fabricium uti insignibus
nobilitatis ejusdem met generis, et forma, cujus Bemborum gens tam Cre monae,
quam Venetiis utitur et uti soliti estirpe, cujus forma exemplum est superius
de pictum, et propterea has Literas scribi et sigillo nostro insigniri
jussimus. Datum Cremone Octavo cal. Decembris MDXLV. 1545. Os Senadores da
cidade de Cremona: Muitas vezes acontece, que muitas cousas, que em alguma
parte do mundo são certas, e conhecidas, o sejam menos em outras pela grande
distancia, que as regiões tem entre si, e por esta causa padecem alguma duvida:
o que agora acontece a Fabricio Bembo, nosso cidadão, que habita em Portugal na
côrte de Lisboa. E como se duvida da nobreza d’elle, por causa da distancia da
sua patria, para que esta duvida se desfaça, e fique patente a verdade, e para
que o mesmo não fique defraudado na honra, que se lhe deve, certificamos, e
attestamos em todos os logares d'onde estas nossas letras forem apresentadas,
que o mesmo Fabricio é filho de Estevão Bembo, homem bom da familia dos Bembos,
a qual familia não só é clara por sua nobreza nos nossos estados de Cremona,
mas tambem se reputa clarissima em Veneza, potentissima cidade de Italia,
acrescentando-lhe no nosso tempo um ornamento maximo Pedro Bembo, bomem de
sublime engenho, de grandes virtudes, condecorado com a dignidade de cardeal
pelo summo pontifice Paulo III: e tambem certificamos, e attestamos, que o
mesmo Fabricio usa das insignias de nobreza da dita familia, da mesma maneira e
forma, que d’ellas usam, e costumam usar os Bembos, tanto em Cremona, como em
Veneza, da qual forma damos o exemplar abaixo pintado; e por esta razão
mandamos passar as presentes letras seladas com o nosso sello. Cremona aos 24
de novembro de 1545. N. B. (Esta carta não descreve o brazão d'armas, mas ha
uma outra carta a res peito de Affonso Bembo, que traz a descripção, 1584.)
XXVI Brazão de armas concedido a Fernão Cerveyra (1507)
Portugal rei d'armas do mui alto
e mui excelente e poderoso principe e senhor elfi" Manuel, por graça de
Deus rei de Portugal e dos Algarves d'aquem e d'alem mar em Alfº senhor de
Guiné, e da conquista, navegação, commercio de Ethiopia, Arabia, Persia, Inlil.
etc. Faço saber a quantos esta minha carta de certidão virem, que Fernão
Cerveyra es": deiro fidalgo de cotta d'armas, e solar conhecido, fidalgo
da casa dos reis de Portugl me requereu, e me pediu, que porquanto ele procedia
dos da linhagem e geraç㺠dº proprios Cerveyras de que antigamente houve, e ha
nestes reinos, de que procedemºs muitos cavalleiros fidalgos de Cotta d'armas,
e solar conhecido, por onde lhe por dire" vinham, e pertencem as armas da
dita linhagem, que pelos reis passados lhe foram dadas e a outros acrescentadas
por merecimento de suas pessoas, e serviços; e devia de hº", e gosar de
todas as honras e liberdades, franquezas, e graças e preeminencias que º ditos
seus antecessores sempre tiveram e possuiram, e de que usaram pela rasão de sua
nobreza, e fidalguia que assim tinham de nome d'armas e solar conhecido,
porquºlº elle era filho lidimo de legitimo matrimonio de Pedro Cerveyra, e de
Isabel Cerveyras" propria mulher recebida, moradores que foram na
Azinhaga, termo da nobre vila de Sºlº tarem, os quaes descendiam da dita
linhagem, e que sempre viveram muito honradºs, º recatados e á lei de nobres
tendo continuadamente o dito seu pae armas, taº: los, mulla, azemula, homens e
servidores, sendo moço da camara do infante D. Hell: rique, e depois do infante
D. Fernando, e sempre vivera nobremente, chamandº sempre, e honrando do nome, e
appelido do chefe da dita linhagem; para a qual prova me apresentou uma
inquirição, que a requerimento do dito Fernão Cerveyrº e de Martim Cerveyra seu
irmão fora tirada em a nobre villa de Santarem por auctoridadº e em presença de
Fernão Lourenço, juiz com alçada na dita villa. E visto por mim seu
requerimento e o direito que em ele dizia ter, me informei e passei a dita
inquiriçº achei em ela certos testemunhos dignos de fé e crença, a saber: um de
Briolanja Frº nandes, dona viuva, mulher que foi de Martim Vaas escudeiro, e
almoxarife que foi º infante D. Henrique e Vasco Pires... prior de Santa Maria
d'Arronches, e vigario geraldº dita villa d'Arronches, e Jorge Bode escudeiro fidalgo,
e uma Izabel Fernandes mul" de um Bertolameu Fernandes, e Mem Cerveyra
cavaleiro da casa de el-rei nosso sell" tio do supplicante, e declararam
em seus testemunhos todo o conteudo na petiçãº" supplicante, que assim,
era verdade que o pae, e mãe do supplicante era dos propriº Cerveyras escudeiros
fidalgos de nome de armas, e solar conhecido, e que por taes era" havidos,
nomeados, honrados e acatados, e que o dito Pero Cerveyra fôra muitas Velº
encarregado em coisas de seus Serviços tendo tença do dito infante seu senhor,
e assº vivia cavalheirosamente como nobre, e que por assim ser homem bem
criado, e de mul" fazenda pousavam em sua casa os infantes é el-rei, e
outros senhores quando ness?" gar acertavam chegar, e que nem havia duvida
o supplicante e seu irmão serem filhº dos sobreditos sem nenhuma bastardia, e
nascerem de legitimo matrimonio, porque quandº se fizeram os concertos dos
casamentos do pae e mãe do supplicante foi lançada nota Pº" Fernão
Cerveyra, pae da dita Isabel Cerveyra, e seus parentes que eles podiam casar
s" nenhum cargo de consciencia por o parentesco já ser além do quarto
grau, então fo" casados e recebidos, e viveram honradamente com lei ou
casamento d'entre os quº veiu nascer Fernão Cerveyra, e Martim Cerveyra seu
irmão, e por seus filhos foram ba ptisados e creados, como mui cumpridamente se
contém nos ditos de seus testemunhºs E vista por mim sua prova ser firme, e
valiosa quanto basta, e viverem sempre no" mente á lei de nobres, e se
nomearem e honrarem do nome, e appelido dos Cerveyrº nome de armas tem. Dei ao
dito Fernão Cerveyra supplicante as armas que da dita sua linha gem são
conteudas, e pintadas no meio desta minha carta de certidão, que estão
assentadas nos livros da nobreza antiga, que em meu poder São, como juiz da no
breza; convém a saber: um escudo partido em quarteirões: o primeiro, campo
verme lho, uma cruz florida de Ouro, e Vasia do mesmo campo, a bordadura de
prata acompa nhada de escudos azues e dinheiros de prata, assim como nas quinas
de Portugal; e o segundo quarteirão de campo de prata, e duas cervas mochas de
purpura; e ausi além contra, e com sua diferença do chefe que toma de ambos
quarteirões: pelo qual vos re queiro e mando da parte de el-rei, e de sua
alteza tenho a todos cavalleiros, fidalgos de cota de armas, e a todos juizes,
justiças, e oficiaes, e pessoas a que esta minha carta fôr mostrada, e o
conhecimento d’ella pertencer por qualquer guiza, e maneira que seja, deixem ao
dito supplicante ter, e trazer, e possuir as ditas armas, e o deixem entrar em
quaesquer trances de batalha, rectos, e desafios, que ele houver com seus
inimigos em todos os logares de honra, que os nobres, e antigos fidalgos sempre
costumaram, e por direito commum, leis, ordenações, usanças destes reinos devem
trazer, e trazem, e lh'as deixem lograr, e possuir como coisa sua propria,
assim a elle, como aos que d’elle des cenderem por linha direita masculina,
vivendo á lei da nobreza, e os deixem gosar de to das as honras, preminencias,
privilegios, liberdades, graças, franquezas, que hão, e de vem haver os nobres,
e da antiga linhagem destes reinos, e de que gozaram, e gozam todos seus
antecessores por razão de sua nobreza, e fidalguia, que assim tem de nome de
armas, e solar conhecido, e melhor de com razão se poder fazer; e não será a
dita carta valiosa, nem guardada, salvo ao dito Fernão Cerveyra, e aos que
d’elle descenderem, por linha direita masculina como dito é: cumprindo-o assim
uns, e outros sem duvida, nem embargo, que a ele ponhaes. Feita na mui nobre e
sempre leal cidade de Lisboa, treze dias do mez de dezembro da era de mil e
quinhentos e sete annos. Affonso Fernandes a fez. — Rei de armas Portugal.
XXVII Brazão de armas concedido a Filippe da Costa Ribeiro (1618)
Portugal rei d'armas principal
n’estes reinos e senhorios de Portugal, pelo muito alto e muito poderoso rei D.
Filippe terceiro, nosso senhor, etc. Faço saber aos que esta certidão de brazão
d'armas de nobreza digna de fé, e crença virem, que a mim me enviou a dizer por
sua petição Filippe da Costa Ribeiro,
morador na cidade de Beja, que ele era filho legitimo havido de legitimo
matrimonio de Affonso Rodrigues Ribeiro,
e de sua mulher Brites da Costa, e neto por parte de seu pae de Domingos
Rodrigues Ribeiro, e pela parte de
sua mãe neto de Jorge da Costa, moradores que foram na villa da Ega junto a Coim
bra, os quaes uns, e outros se trataram limpa, e nobremente com seus cavallos e
criados, e escravos, como a sua nobreza convinha, e procediam dos verdadeiros
troncos dos Costas e Ribeiros, que
n'este reino são fidalgos de Kotta d'armas, e da mesma maneira se trata ele
supplicante Filippe da Costa Ribeiro,
com suas armas e cavallos, e escravos, e gente de seu serviço, como a sua
nobreza convém, sem em toda sua geração paterna, e ma terna haver casta de
mouro, nem judeu, nem outra ruim mistura: o que tudo me constou por um
instrumento publico, que me apresentou passado em publica fórma na dita villa
da Ega, e justificado no paço dos tabeliães d’esta cidade de Lisboa: pelo que
me pedia, que pela memoria de seus antepassados se não perder, e ele uzar, e
gozar das honras e liberdades de que gozam os fidalgos de colta d'armas. O que
visto por mim, com o poder e authoridade, que de meu real oficio para isso
tenho, busquei os libros da nobreza, que em meu poder estão, e n'elles achei
registadas as armas dos Costas e Ribeiros,
que neste reino são fidalgos de cotta d'armas, as quaes lhe aqui dou divisadas,
e illuminadas, a saber: Um escudo partido em palla, o primeiro dos Costas, e
n'elle seis costas de prata em campo vermelho, e no segundo o dos Ribeiros, tres faxas veiradas, e
contraveiradas de prata e Vermelho em campo negro, e por timbre duas costas
atadas com um troçal vermelho, e por differença um A : e por assim dever de as
trazer, e d’ellas usar por lhe pertencerem, requeiro ás justiças d'El-Rei nosso
senhor, e aos oficiaes da n0 breza, como juiz que sou d’ella, deixem usar ao
dito Filippe da Costa Ribeiro,
cavaleiro fidalgo da casa de Sua Magestade, das ditas armas e gozar de todas as
honras, privilegiOS, graças e mercês, que as ditas armas são concedidas, e d’ellas
usar em todos os actos publicos de paz e guerra, e poderá entrar com ellas em
desafios e escaramuças, e tra zel-as em seus anneis, sinetes, reposteiros e em
fim deixal-as sobre sua propria sepul tura. Feita n’esta cidade de Lisboa, aos
sete dias do mez de junho do anno do nascimento de nosso senhor Jesus Christo
de mil e seiscentos e dezoito annos. Duarte Rodrigues 0 fez por Simão
Gonçalves, escrivão da nobreza n'estes reinos e senhorios de Portugal pelo dito
senhor; e eu Simão Gonçalves, escrivão da nobreza por Sua Magestade n'esta
cidade de Lisboa o fiz escrever e sobescrevi. — Portugal rei d'Armas P.P.
XXVIII Brazão de armas concedido a Francisco Nunes de Pavia Borges (1589)
Portugal principal rei d'armas do
mui alto e muito poderoso rei D. Filippe nosso se nhor d’estes reinos de
Portugal, e cavaleiro professo da ordem de Santiago. Faço saber a quantos esta
minha carta de brazão d'armas de nobreza digna de fé e crença virem, que Francisco
Nunes de Pavia Borges, escrivão da camara do dito senhor, me pediu e reque reu,
que por quanto ele descendia por linha direita legitima, e sem bastardia por
parte de seu pae Antonio Nunes Borges de Gouvea, e de sua mãe Guiomar Velha de
Macedo º Pavia, e de seus avós Vasco Martins de Pavia, e Joanna Velha de Macedo,
e João Nunes Marecos Borges de Gouvea, e de seus bisavós Fernão Velho, que foi
moço fidalgo da casa de el-rei D. Afonso v, e Lourenço Martins de Pavia, e
Martim Esteves Tavares Borges de Gouvea, e de seus tres-visavós das gerações e
linhagens dos Borges, Velhos, Pavias, Gou veas que n'estes reinos são fidalgos
de Cotta de armas, como constava do estromento au thorisado em fôrma devida por
authoridade de justiça, e mais papeis que apresentava, que lhe désse um escudo
com as armas que as ditas linhagens pertencem, e as ele de direito por lhe
pertencerem devia trazer, para d’ellas usar, e gozar das honras e liberda des
que por bem da nobreza delas gozaram seus antepassados: pelo que provendo a seu
requerimento por virtude do que constava dos ditos papeis e estromento, com o
poder e authoridade que de meu oficio para isso tenho, busquei os livros da
nobreza da nobre fi dalguia do reino que em meu poder estão, e acho neles as
armas que as ditas linhagens pertencem serem estas que em esta lhe dou
illuminadas, sc. O escudo esquartelado; ao primeiro dos Borges que trazem o
campo vermelho e um leão douro rompente armado de preto, e uma bordadura de
azul semeada de flôres de lizes douro, e ao contrario dos Gou veas que trazem o
escudo partido em palla, ao primeiro de vermelho e seis aruelas de prata
encaseradas entre uma bordadura e dobre cruz douro, e ao segundo de prata e
seis torteaus de azul postos em duas palas, e ao segundo do primeiro dos Pavias
que trazem o campo esquartelado de prata e preto de tres peças em faxa, e ao
contrario dos Velhos que trazem o campo vermelho e cinco vieiras douro riscadas
de preto postas em aspa: elmo de prata aberto guarnecido douro, paquife douro e
azul, e ouro e vermelho, e prata e preto entrecambado, e por timbre um meio
leão douro pardo com uma flôr de liz Ver" de vermelho, que com elas pois
lhe pertencem pela dita maneira segundo regimento de ar maria deve trazer. E
por assim dever d’ellas usar requeiro ás justiças da parte do dito senhor, e
por bem do oficio da nobreza guardem ao supplicante Francisco Nunes de Pa via
Borges as honras e liberdades e mais preeminencias concedidas as ditas armas, e
lh'as deixem trazer, e possuir e d’ellas usar nos autos em que a nobreza dellas
lhe dá lo gar, e por verdade lhe passei esta certidão de brazão em Lisboa por
mim assignada aos dezesete dias do mez de março. Diogo de S. Romão a fez; anno
do nascimento de noss0 senhor Jesus Christo, de mil e quinhentos e oitenta e
nove. — Portugal principal rei de (l/"//!(lS.
XXIX Brazão
de armas concedido a Francisco de Sande (1513)
D. MANUEL, por graça de Deos rei
de Portugal, e dos Algarves, d'aquem e d’além mar em Africa, senhor de Guiné, e
da conquista, navegação, e do commercio da Ethiopia, Arabia, Persia, e da
India. A quantos esta nossa carta virem fazemos saber, que Fran cisco de Sande,
fidalgo, nos fez petição como elle descendia, e vinha da geração e linha gem
dos de Sande, que eram fidalgos de cotta de armas, e suas armas lhe pertenciam
por direito, pedindo-nos por mercê, que por a memoria de seus antecessores se
não per der, e convir e usar da honra das armas, que pelos merecimentos de seus
serviços ga nharam, e lhe foram dadas, e assim dos privilegios e honras, graças
e mercês, que por direito por bem d’ellas lhe pertencem, lhe mandassemos dar nossa
carta das ditas armas, que estão registadas nos livros dos registos das armas
dos nobres, e fidalgos de nossos reinos, que tem Portugal nosso principal rei
de armas. A qual petição vista por nós, man dámos sobre ella tirar inquirição
de testemunhas por Henrique Vaz, inquiridor da côrte, e Affonso Fernandes,
escrivão, pelos quaes somos certos, que ele procede, e vem da ge ração e
linhagem dos de Sande, e é o chefe e principal da dita linhagem, como filho
mais velho que é de Fernão Lopes de Sande, e bisneto de Estevão Lopes de Sande,
e tresneto de Lopo Affonso de Sande, que viveu com el-rei D. João primeiro, de
gloriosa memoria, os quaes seus avós todos foram nobres e fidalgos, e sempre
viveram a lei de fidalgos, e por taes sempre foram havidos e conhecidos, e que
de direito as suas armas lhe pertencem, as quaes lhe mandamos dar em esta nossa
carta com o seu brazão, elmo e timbre, como aqui são divisadas, e assim como
fiel e verdadeiramente se acharam divisadas e registadas nos livros dos
registos do dito Portugal, nosso principal rei de armas, as quaes armas são as
seguintes, convém a saber: o campo vermelho, e um leão entre quatro flôres de
liz de ouro, uma sobre a cabeça, e outra aos pés, e as outras nas ilhargas,
elmo de prata aberto, paquife de ouro forrado de vermelho, e por timbre um meio
leão vermelho, com uma flôr de liz de ouro na cabeça: o qual escudo e armas, e
signaes, possa trazer, e traga 0 dito Francisco de Sande, assim como as trouxeram,
e d’ellas usaram seus ante cessores em todos os logares de honra em que os
ditos seus antecessores e nobres, e antigos fidalgos sempre costumaram a trazer
em tempo dos mui esclarecidos reis nossos antecessores, e com elas possa entrar
em batalhas, campos, duelos, rectos, escaramuças, e desafios, e assim as trazer
em seus firmaes, aneis e sinetes, e divisões, e as pôr em suas casas e
edificios, e deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente se servir e
convir, e aproveitar d’ellas em todo e por todo, como a sua nobreza convém. Com
o que queremos, e nos praz, que haja elle, e todos os seus descendentes todas
as honras, pri vilegios, liberdades, graças e mercês, e isenções, e franquezas,
que hão, e devem de ha ver os fidalgos nobres, e de antiga linhagem, e como
sempre de todo usaram, e convi ram seus antecessores; e porém mandamos a todos
os nossos corregedores, desembargadores, juizes, justiças, alcaides, e em
especial aos nossos reis de armas, arautos e pas savantes, e quaesquer outros
oficiaes a que esta nossa carta fôr mostrada, e o conheci mento della pertence,
que em todo e por todo a cumpram, e façam cumprir e guardar, como n’ella é
conteudo, sem duvida nem embargo algnm que lhe em ela seja posto, por que assim
é nossa mercê. El-rei o mandou pelo bacharel Antonio Rodrigues, seu principal
rei de armas Portugal, Diogo Fernandes a fez. Anno de mil e quinhentos e treze.
A 25 dias de fevereiro. — Portugal rei de armas.
XXX Brazão de armas concedido a Francisco de Sande Villalohos (1576)
Portugal rei de armas principal
d'El-rei nosso senhor. Faço saber a quantos esta minha carta de certidão de
brazão de armas digna de fé, e crença virem, que Francisco de Sande de
Villalobos, fidalgo, natural da villa de Estremoz, e n'ella morador, me pediu,
e reque reu, que porquanto ele descendia por linha directa masculina legitima
sem bastardia por parte de seu pai Ruy de Sande, e de seu avô Francisco de
Sande, e de seu bisavô Fernão Lopes de Sande, e de seu tresavô Lopo Fernandes
de Sande, e de seu quarto avô Estevão Lopes de Sande, e de seu quinto avô Lopo
Afonso de Sande, da geração e li nhagem dos Sandes, que neste reinó são
fidalgos de cotta de armas, como constava do instrumento justificado, e carta
patente que apresentava, que lhe désse um escudo de ar mas que a dita linhagem
pertencem, e a elle de direito por lhe pertencerem, como chefe devia trazer
para d’ellas usar, e gozar das honras, e liberdades, que por bem da nobreza
d’ellas gozaram seus antepassados, pois d’ellas foi passada a dita carta em
fórma, e como a chefe ao dito seu avô por mandado del-rei D. Manuel, que santa
gloria haja: pelo que provendo a seu requerimento com o poder, e auctoridade
que de meu oficio para iss0 tenho, busquei os livros da nobreza que em meu
poder estão, e acho que as armas, que á dita linhagem pertencem serem estas,
que em esta lhe dou illuminadas, convem a Sa ber: o campo vermelho e um leão de
oiro rompente entre quatro flores de liz do mesmo, e com mais seu paquife,
elmo, e timbre; e certifico, e dou fè passar meu antecessor por mandado do dito
senhor a dita carta em fórma com o brazão das ditas armas, e como a chefe
d’ellas ao dito avô do snpplicante na era de 1513 por ele assignada; pelo que
ao dito Francisco de Saude de Villalobos Supplicante devem ser guardadas as honras
e liber dades concedidas ás ditas armas conteudas na data carta: e por verdade
lhe passei esta em Lisboa por mim assignada aos nove dias do mez de maio. Diogo
de S. Romão a fez. Anno do nascimento de nosso senhor Jesus Christo de mil e
quinhentos e setenta e seis annos. Portugal principal rei de armas.
XXXI Brazão de armas concedido a Francisco Simões Monteiro de Faria
(1745)
DOM JOÃO por graça de Deus rei de
Portugal, e dos Algarves, etc. Faço saber aos que esta minha carta virem, que
Francisco Simões Monteiro de Faria, cavaleiro fidalgo de mi nha casa, e juiz proprietario
de minhas reaes coutadas da villa de Salvaterra de Magos, e assistente na mesma
villa, me fez petição dizendo-me, que ele vinha por legitima descen dencia da
nobre geração, e linhagem dos Farias, Monteiros e Soares, os quaes são fidal
gos de solar, e cotta de armas, e que as suas lhe pertenciam a elle de direito,
e me pedia mandou por mercê, que para a memoria de seus antecessores se não
perder, e ele usar e gozar da honra das armas, que pelos merecimentos de seus
serviços ganharam, e lhe foram da das, assim dos privilegios, honras, graças e
mercês, que por direito e por bem d’ellas lhe pertencem, lhe mandasse dar minha
carta das ditas armas, que estavam registadas em os livros dos registos das
armas dos nobres, e fidalgos dos meus reinos, que tem Portu gal meu principal
rei de armas; para o que me apresentou uma santença de justificação de sua
ascendencia e nobreza, proferida pelo doutor Manuel da Costa Mimoso, meu desem
bargador, e corregedor do civel da côrte, e casa da supplicação, escripta por
Antonio Soa res Guerreiro, escrivão do dito juizo, em a qual depois de tirar
inquirição de testemunhas, julgou o dito meu corregedor ser o supplicante de
sangue puro, e legitimo descendente das ditas familias, Monteiros e Soares. Por
provar ser legitimo filho de Manuel Monteiro de Faria, cavalleiro fidalgo de
minha casa e professo na ordem de Christo, e almoxarife proprietario dos paços
da villa de Almeirim, e de D. Joanna Maria Lobo; neto pela parte paterna de
Francisco Simões Monteiro de Faria, cavaleiro fidalgo de minha casa, e pro
fesso na ordem de Christo, commendador da mesma ordem, e almoxarife
proprietario dos pacos da Ribeira d'esta cidade de Lisboa, e de D. Helena Maria
de Lima; bisneto do ca pitão Antonio Monteiro de Faria tambem cavaleiro fidalgo
professo na ordem de Christo, e commendador da mesma ordem, e de D. Maria
Simões, e que os ditos seus pais e avós eram pessoas muito nobres, e legitimos
descendentes das ditas familias dos Farias, Mon teiros e Soares, e como tais se
trataram sempre a lei da nobreza, com cavallos, armas e criados, como pessoas
nobres que eram, servindo sempre cargos do governo, tanto nos postos de
militar, como nos da republica, sem que nas ditas gerações houvesse nunca raça
alguma de judeu, mouro, ou mulato, nem de outra infecta nação, e assim de
direito lhe pertencem as suas armas, as quaes lhe mandei dar em esta minha
carta com seu brazão, elmo e timbre, como aqui vão divizadas, e assim como fiel
e verdadeiramente se acharam illuminadas, e registradas em os livros dos registros
das armas dos nobres, e fidalgos dos meus reinos, que tem o dito Portugal meu
rei de armas, a saber: um escudo esquarte lado, no primeiro quartel das armas
dos Farias, que são em campo sanguinho, uma torre de prata lavrada de negro,
entre duas flores de liz de prata, e tres em chefe; no segundo quartel as armas
dos Monteiros, que são em campo de prata tres bozinas negras com bo caes de
ouro, e cordões vermelhos postas em roquete; no terceiro quartel as dos Soares,
que são em campo sanguinho uma banda de ouro, que sãe das bocas de duas cabeças
de serpe do mesmo armados de azul, e nos dois vãos do escudo dois vasos de
prata de duas azas cada um, cheios de lirios ou açucenas de sua cor, abertas:
no quarto outra vez as dos Farias, como no primeiro; elmo de prata aberto,
guarnecido de oiro; paquife dos metaes e cores das armas: timbre o dos Farias,
que é a mesma torre das armas com uma flor de liz sobre as armas, e por
diferença uma brica de oiro com um trifolio azul; o qual escudo poderá trazer,
e traga o dito Francisco Simões Monteiro de Faria, assim como as trouxeram, e
d’ellas usaram os ditos nobres, e antigos fidalgos seus antepassados, em tempo
dos mui esclarecidos reis meus antecessores, e com elas possa entrar em
batalhas, campos, rectos, escaramuças, e exercitar com elas todos os outros
actos licitos da guerra e paz, e assim as possa trazer em seus firmaes, aneis,
sinetes e divisas, pôl-as em suas casas, edificios, e deixal-as em sua propria
sepultura; e finalmente se poderá servir, hon rar e gozar, e aproveitar d’ellas
em todo, e por todo como a sua nobreza convem; com o que quero, e me piaz que
haja ele todas as honras, privilegios, liberdades, graças, mer cês, isenções e
franquezas, que hão e devem haver os fidalgos nobres e de antiga linha gem, e
como sempre de todo usaram, e gozaram os ditos seus antecessores. Pelo que
mando a todos meus corregedores, desembargadores, juizes, justiças, alcaides e
em es pecial aos meus reis de armas, arautos e passavantes, e a quaesquer
outros oficiaes, e pessoas a quem esta minha carta for mostrada, e o
conhecimento d'ella pertencer, que em tudo lh'a cumpram e guardem como n’ella é
contheudo, sem duvida nem embargo algum, que em ella lhe seja posto, porque
assim é minha mercê. El-rei nosso senhor o mandou por Manuel Pereira da Silva,
seu rei de armas Portugal. Fr. Manuel de Santo Antonio, da ordem de S. Paulo, e
reformador do cartorio da nobreza, por especial provisão do dito senhor, a fez
em Lisboa aos dezoito dias do mez de dezembro do anno do nascimento de nosso
senhor Jesus Christo de mil setecentos quarenta e cinco, e vai sobescripta por
Hila rio da Costa Barreiros, proprietario do oficio de escrivão da nobreza
n'estes reinos e se nhorios de Portugal, e suas conquistas. E eu Hilario da
Costa Barreiros, cavalleiro da casa de sua magestade, a sobescrevi. Principal
rei de armas Portugal.
XXXII Brazão de armas concedido a Gaspar de Andrade Columbreiro (1709)
Portugal rei de armas principal
do muito alto e poderoso rei D. João o quinto, por graça de Deus rei de Portugal
e dos Algarves, d'aquem é d'além mar em Africa, senhor de Guiné e da conquista,
navegação, commercio da Ethiopia, Arabia e Persia, e da India, etc. Faço saber
a quantos esta minha carta de certidão e brazão de armas, fidalguia e nobreza,
di gna de fé, e crença virem, que por parte de Gaspar de Andrade Columbreiro,
natural da ilha de Santa Maria, ilhas dos Açores, me foi feita petição por
escripto, que pela sentença junta que oferecia passada em nome de sua
magestade, e pela chancellaria da côrte, e pr0 mulgada pelo dr. Alexandre da
Silva Correa, do desembargo do dito senhor, desembarga dor da casa da
supplicação, e corregedor com alçada dos feitos e causas civeis, constava ser
ele supplicante descendente das illustres e nobres familias dos Mellos, Velhos,
Cabraes e Travassos, que n'este reino são fidalgos antigos, de solar conhecido
e de cota de armas, por ser irmão dos padres José de Andrade e Manuel Martins
Columbreiro, filhos de Sebastião de Fontes Velho, e de sua mulher Catharina
Furtado Leite, neta por seu pai Gonçalo Martins Leite, de Jorge Furtado de
Sousa, que teve o fôro de fidalgo, e de sua mulher Catharina Nunes Velho, filha
de Isabel Nunes Velho, que foi filha de Nuno Velho, filho de Diogo Gonçalves de
Travassos, e D.Violante Alvares Cabral, neta do senhor de Bel monte; e o dito
Sebastião de Fontes Velho com seu irmão Francisco de Andrade e Mello, pai do
illustrissimo D. Francisco de S. Jeronymo, bispo do Rio de Janeiro; eram filhos
do capitão Sebastião de Fontes Velho, e de sua mulher Maria Velho de Mello, o
qual ca pitão era filho do capitão Sebastião de Fontes Velho e de sua mulher
Maria Romeira Ve lho, o qual segundo avô do supplicante era filho de Adão de
Fontes e de sua mulher Beatriz Afonso, fidalga da ilha da Madeira, e o dito
Adão de Fontes e Jorge de Fontes, fidalgo cavaleiro do habito de Christo, eram
filhos de João da Fonte das Côrtes, e de sua mulher Ignez Affonso, e a dita
Ignez Affonso sua quarta avó era filha de Africa Annes e de seu primeiro marido
Jorge Velho, fidalgo africano, o qual era filho de Gonçalo AnneS e de sua
mulher Simôa de Sá, fidalgos desta côrte; e Maria Velho de Mello avó do Sup
plicante era filha de Diogo Velho de Mello, e de sua mulher Anna de Andrade,
filha de Balthazar Velho de Andrade que teve o fôro de fidalgo, e de sua mulher
Marqueza Fer nandes de quem era terceiro neto, e Diogo Velho de Mello era filho
de Diogo Fernandes e de sua mulher Anna Andrade Velho, filha de Duarte Nunes
Velho, fidalgo cavalleiro do habito de S. Tiago: e a dita Marqueza Fernandes era
filha de Domingos Fernandes e de sua mulher Margarida Affonso, filha do dito
Duarte Nunes Velho, e a dita Maria Romeira Velho segunda avó do supplicante era
filha do capitão Manuel Romeiro Velho, neta de Briolanja Nunes, filha de
Lourenço Annes, fidalgo da villa de S. Sebastião da ilha Terceira, e de sua
mulher Grimaneza Afonso de Mello, irmã do dito Duarte Nunes Velho, filhas da
dita Africa Annes, e de seu segundo marido Nunes Velho, irmão de Pedro Velho e
de Ruy Velho de Mello, estribeiro-mór de el-rei D. João II, que eram irmãos de
D. Catharina Velho Cabral, avó de Manuel da Silveira, senhor de Terena, e da
mulher de Nuno de seus irmãos são filhos de Diogo Gonçalves de Travassos, e de
sua mulher D. Violante Alvares Cabral, irmã de D. Thereza, mãe de João Soares
de Albergaria, donatario das ilhas de S. Miguel e Santa Maria, e de Fr. Gonçalo
Velho, commendador do castello de Almourol, se nhor das villas das Pias,
Bezelga e Cardiga, descobridor das ilhas, seu primeiro donatario, os quaes são
filhos do fidalgo Fernão Velho e de sua mulher D. Maria Alvares Cabral, fi lha do
senhor de Belmonte: por cujas razões largamente se mostra por sentenças lhe per
tencem as armas das nobres famílias referidas das quaes quer usar, que são as
dos Mellos por seu quarto avô o sobredito Nuno Velho, irmão de Ruy Velho de
Mello, estribeiro-mór de el-rei D. João II, e as armas dos Velhos pela casa dos
commendadores de Almourol o dito Fr. Gonçalo Velho, descobridor das ilhas; das
armas dos Cabraes pela casa de Bel monte de quem era filha a dita D. Maria
Alvares Cabral; e as dos Travassos pelo seu quinto avô Diogo Gonçalves de
Travassos, vedor do infante D. Pedro, regente d’este reino, seu escrivão da
puridade, com o qual se achou na tomada de Ceuta, e foi aio e padrinho dos
filhos do dito infante, e do conselho de el-rei D. Affonso v, e tanto seu
privado, que na sua doença foi visitado de el-rei em pessoa; está sepultado no
convento da Batalha á porta da capella dos reis com esta letra — D — sobre sua
sepultura de mandado do dito rei, dos quaes todos ele supplicante descendia por
linha direita sem quebra de bastar dia, e serem christãos velhos, limpos de
toda a raça de nação infecta, e se tratar elle supplicante á lei da nobreza,
como todos seus avós, com armas, cavallos, escravos, e por tal estava julgado
na dita sentença, e por se não perder a memoria de seus progenitores da sua
antiga fidalguia e nobreza, queria ele supplicante para conservação d’ella um
bra zão de armas pertencente ás ditas gerações, pelo que me pedia lhe mandasse
passar carta e certidão de brazão em fórma com as ditas armas illuminadas,
assim como elle Suppli cante as havia trazer e d’ellas usar, e receberia mercê.
E vista por mim a dita sua peti ção e sentença que fica em poder do escrivão da
nobreza, e por ella consta estar o sup plicante julgado por legitimo
descendente das ditas gerações, que n'este reino são fidalgos de solar, pelo
haver assim provado na dita sentença, na qual achei o conteudo na dita petição,
em virtude da qual provi os livros da fidalguia e nobreza d’este reino, e
n'elles achei registadas as armas, que ás ditas linhagens pertencem, que são as
que n'esta lhe dou divisadas, e illuminadas a saber: um escudo posto ao balão
esquartelado; no primeiro as armas dos Mellos, em campo vermelho seis besantes
de prata entre doble cruz, e borda dura do mesmo; no segundo as dos Velhos, em
campo vermelho cinco vieiras de oiro em aspa; no terceiro as dos Cabraes, em
campo de prata, duas cabras passantes de purpura; no quarto as dos Travassos,
em campo vermelho cinco rosas de trevo de oiro em aspa; timbre o das armas dos
Mellos, que é uma aguia preta abesantada de prata; paquife dos metaes e côres
das armas, e por diferença uma estrella vermelha. E porque estas são as ar mas
que ás ditas quatro linhagens pertencem, eu Manuel Leal, rei de armas Portugal
e prin cipal com o poder do meu muito nobre, e real oficio, lh'as dou, e
assigno assim como vão no dito escudo, as quaes armas poderá usar como acto, e
prerogativa da sua nobreza e fi dalguia e com ellas gozar todas as graças,
isenções, liberdades, honras, e privilegios, que pelos senhores reis d’estes
reinos foram concedidos aos fidalgos e nobres d’elles, e em especial aos das
ditas gerações, e com elas poderá entrar em batalhas, e em todas mais emprezas,
as sim de paz como de guerra, e em tudo que mais licito e honesto fôr; as poderá
fazer pintar, e bordar em seus reposteiros, bandeiras, estandartes, e abrir em
suas baixelas, anneis, si netes, e nos portaes das suas casas, e quintas, e
finalmente as poderá esculpir, e deixar so bre sua propria sepultura,
servindo-se e honrando-se d’ellas como á sua nobreza e fidal guia convem, e
como fazem os mais fidalgos destes reinos. Pelo que requeiro a todos os
desembargadores, corregedores, ouvidores, juizes, e mais justiças de sua
magestade, da parte do dito senhor, e da minha por virtude do oficio que tenho,
e em especial mando aos oficiaes da nobreza, como juiz que sou d’ella, reis de
armas, arautos, e passavantes a cumpram, e façam cumprir, e inteiramente
guardar, assim como por mim é determinado e julgado, e por firmeza de tudo vai
por mim assignada com o signal publico do meu oficio. Dada n'esta cidade de
Lisboa aos 23 de janeiro de 1709. Francisco de Almeida a fez por José Duarte
Salvado, cavalleiro da casa real, e escrivão da nobreza n'estes reinos e
Senhorios de Portugal. E eu José Duarte Salvado a fiz escrever, e subscrevi. —
Portu gal rei de armas principal, Manuel Leal.
XXXIII Brazão de armas concedido a Gaspar Rodrigues Torres de Abreu (1641)
Portugal rei de armas principal
nestes reinos e senhorios de Portugal, pelo muito alto e poderoso rei D. João,
quarto deste nome, por graça de Deus, rei de Portugal e dos Algarves, d'áquem,
d’álem mar em Africa, senhor de Guiné e da conquista, navegação, commercio da
Ethiopia, Arabia, Persia e da India, etc. Faço saber aos que esta minha carta
de cer tidão e brazão de armas e nobreza digna de fé e crença virem, que por o
capitão Gaspar Rodrigues Torres de Abreu me foi apresentado um instrumento de
testemunhas, que Ju dicialmente foram perguntadas em a villa de Lanhoso, pelo
juiz Gonçalo Gomes, escrivão João Camello, reconhecido nesta cidade por
Francisco Coelho, tabelião de notas, e pelo dito instrumento constava ser elle
dito capitão filho legitimo de legitimo matrimonio de Francisco Rodrigues de
Abreu, e neto pela mesma linha de Fernão Rodrigues de Abreu, e de sua legitima
mulher Ignez Leitoa, moradores que foram na cidade de Braga; e pela mesma linha
bisneto de Nuno Rodrigues de Vasconcellos
e de sua legitima mulher Cecilia de Araujo de Abreu, os quaes pais, avôs e
bisavôs eram fidalgos de sanguínidades e ge ração, por serem dos verdadeiros
Rodrigues, Vasconcellos, Abreus, e
Vieiras d’este rein0, e n'elle senhores de vassallos, como mais largamente
constava de muitas testemunhas fidedignas descender das ditas casas, sem labéo
de bastardia por linha recta mascu lina, sem n’ellas haver raça alguma de
infecta nação, tratando-se todos a lei da nobreza com armas, cavallos,
escravos, criados e mais gente do seu serviço, como á sua nobreza e fidalguia
convinha; e que assim a conservava elle dito capitão Gaspar Rodrigues Torres de
Abreu, sendo ao presente capitão de infanteria de uma companhia na villa de
Mazagão, como me constou por uma certidão de Marçal da Costa, escrivão das
mercês de sua ma gestade, que outrosim me presentou, que tudo fica em poder do
escrivão da nobreza que este sobescreveu, ao qual eu em todo e por todo me
reporto: pelo que me pedia e re queria que para ele haver de gozar da nobreza
das armas acima ditas, que assim lhe pertencem, e nestes reinos e senhorios
gozam os nobres e antigos fidalgos de cotta de armas, e das prerogativas,
honras, mercês, privilegios e liberdades, me pedia da parte de sua magestade
que pela memoria de seus antecessores se não perder, lhe désse e passasse um
escudo de armas que ás ditas linhagens convém; e visto por mim seu re
querimento ser justo e o instrumento authentico, e me constar por ele ser limpo
de toda a macula, e filho e neto e bisneto dos sobreditos, e muito aparentado
com pessoas muitº nobres, e constituidas em dignidade, com o poder e auctoridade
que de meu nobre e real oficio para isso tenho, busquei e provi os livros da
nobreza e antiga fidalguia deste reino, que em meu poder estão, e n'elles achei
registadas as ditas armas, a saber: um escudo posto em balão, como aqui lh'as
dou divisadas e illuminadas: o escudo esquar telado, o primeiro dos Rodrigues
partido em chefe, campo azul, e n'elle cinco flôres de liz de oiro postas em
santor, e chefe sanguíno com uma cruz de oiro florida e vazia do campo. Ao
segundo dos Vasconcellos, campo
negro, e n'elle tres faxas de veiros, de Ver melho e prata veiradas, e
contraveiradas. Ao terceiro dos Abreus, campo sanguinho º n'elle cinco cotas de
aguia de ouro em aspa cotadas em sangue. Ao ultimo dos Vieiras: campo vermelho,
e n'elle seis vieiras de ouro nervadas de preto, e por diferença um mão direita
: elmo de prata aberto guarnecido de ouro, paquife dos metaes e das côres das
armas : por assim pertencerem ao sobredito capitão Gaspar RÕiz Torres de Abreu,
e de as poder trazer, e dellas usar lhe passei a presente certidão e brazão de
armas, para que com elas possa entrar em batalhas, campos, duelos, rectos e
escaramuças, desafios, justas, torneios, e exercitar todos os outros actos
licitos de guerra e paz, e as poderá trazer em seus reposteiros, firmaes,
anneis, sinetes, e divisas, e pôl-as em suas casas, e edificios, e deixal-as em
sua propria sepultura, servindo-se e aproveitando-se d’ellas como á sua nobreza
e fidalguia convém. Pelo que requeiro a todos os desembargadores, pro vedores,
corregedores, ouvidores, juizes, e mais justiças de sua magestade, da parte do
dito senhor, e por bem do real oficio da nobreza, que tenho, e em especial
mando aos reis de armas, arautos, e passavantes, que ora são e ao diante forem,
como juiz que sou d’ella, o cumpram e façam inteiramente cumprir e guardar,
assim e de manelra que n'elle se contém e por mim é julgado, determinado, e
mandado com todos os privilegios prerogativas, graças, honras, liberdades,
preminencias que devem haver os nobres, e an tigos fidalgos de geração e cota
de armas da nobre e antiga linha gemdestes reinos, que sempre costumaram ter e
haver as ditas armas. E por verdade, e em fé, e testemunho d’ella passei esta
por mim assignada, e dada n'esta côrte e cidade de Lisboa, aos dez dias do mez
de outubro do anno de 1641. Duarte Rõiz da Rocha, a fez pelo capitão de in
fanteria, Francisco Luiz, escrivão da nobreza nestes reinos, e senhorios de
Portugal, por sua magestade. E eu Francisco Luiz a fiz escrever, e subscrevi. —
Portugal rei de armas.
XXXIV Brazão de armas concedido a Gonçalo de Almeida (1621)
Portugal rei de armas principal
n’estes reinos e senhorios, pelo muito alto e poderoso rei D. Filippe nosso
senhor etc. Faço saber a quantos esta minha certidão de brazão de armas digna
de fé e crença virem, que por parte de Gonçalo de Almeida, moço fidalgo da casa
de sua magestade, morador nas partes de Malta, me foi requerido dizendo-me que
elle era filho legitimo de Francisco de Almeida de Vasconcellos, fidalgo da casa de sua magestade e do seu conselho, e
secretario do conselho de sua magestade em sua corte de Madrid, e de sua mulher
D. Luiza de Sequeira, sua legitima mulher, nado e creado dentre ambos de
legitimo matrimonio; e que era neto pela parte de seu pae de Gabriel de Almeida
de Vasconcellos, outro si fidalgo da
casa de sua magestade, e de sua mulher Margarida Perestrella, os quaes todos
foram fidalgos honrados e abastados e do tronco das gerações dos Almeidas, Vasconcellos e Perestrellos, que neste
reino são fidalgos de cotta de armas e solar, e por taes estão tidos e havidos
e se tratavam tendo continua mente cavallos e criados com que se serviam,
fazendo muitos serviços aos reis deste reino na defensão d'elle, com suas
pessoas e fazenda, e assim elle supplicante vive limpa e abastadamente como
convém á nobreza, sem n’elles haver raça de judeu, mouro, como tudo constava
pelo instrumento que me apresentou, e pela memoria de seus antecessores se não
perder me requeria da parte do dito senhor lhe passasse e désse um escudo das
armas que ás ditas linhagens pertencem, e ele supplicante de direito por lhe
pertencer deseja trazer e d’ellas usar, e gozar das honras e fidalguias que ás
ditas armas perten cem; e visto por mim seu requerimento authentico, passado em
fórma devida, que em meu poder fica, pelo qual consta o sobredito, com o poder
de meu nobre e real oficio e auctoridade que para isso tenho, procurei e
busquei os livros da nobreza da nobre fidal guia d’este reino e n'elles achei
registadas as armas das nobres linhagens dos Almeidas, Vasconcellos e Perestrellos, que neste reino são fidalgos de Cotta
de armas e solar conhecido, que por parte do dito seu pae Francisco de Almeida Vasconcellos, e de sua mãe Margarida
Perestrella e avó pertencem ao dito Gonçalo de Almeida, como neste escudo lh'as
dou divisadas e illuminadas, a saber: um escudo esquartelado; o primeiro dos Al
meidas de Vermelho com seis besantes em tres pallas de oiro, com a sobre cruz e
b0r dadura do mesmo, e por timbre uma aguia inteira com as azas estendidas
besantadas de besantes de oiro; e por diferença uma flôr de liz de azul. O
segundo dos Vascon cellos, campo de preto e tres faxas viradas e contraviradas,
e assim o contrario de prata e vermelho. O ultimo dos Perestrellos; o escudo
partido em palla, o primeiro de oiro e um leão de purpura armado de vermelho, e
o segundo de prata e uma banda de azul, com tres estrellas de oiro entre seis
rosas vermelhas em duas pallas. Elmo de prata aberto guarnecido de oiro:
paquife do metal e cores das armas. E por assim lhe pertencer e as dever de
raiz trazer e d’ellas usar, requeiro ás justiças, por parte do dito senhor e
por bem do oficio da nobreza, guardem ao dito Gonçalo de Almeida as honras,
liberdades e mais preeminencias concedidas ás ditas armas, e lhas deixem trazer
e possuir nos sitios em que a nobreza d’ellas lhe dá logar, e em especial mando
aos oficiaes da nobreza como juiz que sou d’ella, o cumpram e façam
inteiramente cumprir e guardar como fica de clarado, e por verdade lhe passei
esta certidão de brazão por mim assignada em Lisboa aos 20 de julho do anno do
nascimento de nosso senhor Jesus Christo de 1621 annos. Valentim da Costa
Mattos a fez escrever por um despacho da mesa do desembargo do paço, hoje 28 de
setembro de 621 annos. — Portugal rei de armas.
XXXV Brazão de armas concedido a Gonçalo Mendes de Gouvêa (1609)
Portugal rei de armas principal
n’estes reinos, e senhorios de Portugal pelo muito poderoso rei D. Filippe
nosso senhor etc. Faço saber a quantos esta minha carta de brazão e certidão
digna de fé e crença virem, que por parte de Gonçalo Mendes de Gouvêa,
alcaide-mór de Samora Corrêa, cavalleiro professo da ordem de Sant'Iago, m0
rador n’esta cidade de Lisboa, ás portas de Santa Catharina, e rua da Metade me
foi re querido, dizendo que ele era filho legitimo de Antonio Mendes de Gouvêa,
tambem caval leiro do habito de Sant'Iago, e de Maria Neta, sua mulher,
moradores que foram na villa de Torres-novas; por parte do dito seu pae, era
neto de Antonio Mendes de Oliveira, fidalgo da casa de sua magestade, e de D.
Filippa de Gouvêa sua mulher, os quaes paes e avós d'elle supplicante, por
linha direita sem bastardia, eram descendentes da noblissima linhagem dos de
Gouvêa, que n'este reino são chefes e fidalgos da casa, e como taes Se trataram
sempre á lei da nobreza, e assim se trata elle supplicante, sem n’elles haver
raça de judeu, nem mouro, como tudo ele justificou perante mim, pelo que me
requeria da parte do dito senhor, que para a memoria dos seus antecessores se
não perder, lhe pas sasse um escudo de armas que á dita linhagem pertence, e a
elle supplicante de direito seus lhe pertencem, devia trazer para d’ellas usar
e gosar da honra e fidalguia que a dita linhagem pertencem; e visto por mim seu
requerimento e justificação autentica que em meu poder fica, pela qual consta o
sobredito, e com o poder e autoridade de meu nobre e real oficio, que para isso
tenho, provi e busquei os livros da nobreza, da fidalguia d’este reino, e
n'elles achei registadas as armas da noblissima e antiga linhagem dos de
Gouvêa, que neste reino são fidalgos chefes da casa de solar, que parte de seu
pae, Antonio Mendes de Gouvêa, pertence a ele supplicante Gonçalo Mendes de
Gouvêa, as ditas armas como neste escudo que está nas costas, e assignado por
mim n’esta banda é o seguinte, e lh'as dou divisadas e illuminadas; o escudo
partido em palla, o primeiro de vermelho com seis arruelas de prata, cada tres
em pala com bordadura de Ouro, tim bre uma aguia vermelha, em cada aza tres
arruelas de prata, elmo do mesmo aberto guarnecido, paquife de metal das côres
das armas: e por assim lhe pertencer, por vir de linha de brazão e casa de
chefe e as dever assim trazer e usar d’ellas, requeiro ás justiças da parte do
dito senhor, e por bem do oficio da nobreza, guardem ao dito Gon çalo Mendes de
Gouvêa as honras e liberdades, e mais preminencias concedidas ás ditas armas, e
lh'as deixem trazer e possuir nos actos em que a nobreza d’ellas lhe dá logar;
e em especial mando aos oficiaes da nobreza, como juiz que sou d’ella, a
cumpram e façam inteiramente cumprir e guardar. E por verdade lhe passei esta
carta de brazão e certidão por mim assignada, e selada com o selo de minhas
armas. Dada na cidade de Lisboa aos dez dias do mez de fevereiro de mil
seiscentos e nove annos. Eu Balthasar do Valle Cerqueira, rei de armas Algarve,
escrivão da nobreza d’estes reinos, e senhorios de Portugal a fiz escrever, e
subscrevi. — Rei de armas. Logar do sello, logar do escudo das armas. N. B. Tem
o seu reconhecimento do tabelião Lourenço de Freitas, por copia tambem, e segue
: Este Gonçalo Mendes de Gouvêa foi estribeiro do duque D. Alvaro de
Alencastro, consta de um alvará de terra de um moio de trigo, que o duque lhe
fez mercê, com po der de o nomear por sua morte. Foi thesoureiro dos defuntos e
ausentes do Brazil, consta de uma escriptura de fiança, que lhe fez seu irmão
Jayme de Gouvêa Leite, alcaide-mór de Monte-mór-o-velho. Antonio Mendes de
Oliveira, avô do dito Gonçalo Mendes, foi vea dor da casa do duque mestre D.
Jorge. D. Filippa de Gouvêa era filha do doutor Ruy Pires de Gouvêa, ouvidor
geral das terras do mestre duque, e dos dois mestrados.
XXXVI Brazão de armas concedido a Henrique de Almeida (1494)
Rei de armas Portugal, do muito
alto e muito poderoso senhor el-rei D. João segundo nosso senhor. Faço saber a
quantos esta minha carta de fé, e certidão virem, que Hen rique de Almeida,
fidalgo da sua casa me diz, que ele era filho de Martim Annes de Al meida, e
primo de Duarte de Almeida, alferes-mór de el-rei D. Afonso v, que Deus haja,
por cuja parte e a ele pertenciam suas armas com diferença devida para as ele
ter como seus antecessores, requerendo-me que do meu oficio lh'as désse sobre
meu signal: e visto seu requerimento ser justo antes de lh'as assim tirar do
meu livro, dei o juramento a algumas pessoas se disso sabem parte, as quaes
afirmaram que o dito Henrique de Almeida vem do tronco das ditas linhagens, e
por tanto eu dito rei de armas as tiro do regimento a d'onde as tinha
assentadas, e pelo poder do meu oficio lh'as dou, assim pela maneira que no
meio d'esta carta são assentadas com a diferenca com que as de direito deve
ter, e porém notifico assim a todos por que sobre ello não haja duvida. Feita
em Lisboa ao primeiro de março de 1494. — Portugal rei de armas. N. B. Diz uma
memoria que este Henrique de Almeida foi camareiro de el-rei D. Af fOnSO V.
XXXVII Brazão de armas concedido a Henrique da Motta (1519)
Rei de armas Portugal, do muito
alto e mui excelente e poderoso principe el-rei D. Manuel, por graça de Deus
rei de Portugal, dos Algarves d'aquem, d'álem mar em Africa, e senhor de Guiné,
e da conquista, navegação e commercio da Ethiopia, Arabia Persia, e da India.
Faço saber a quantos esta minha carta de certidão virem, que Hen rique da
Motta, escudeiro, me requereu e pediu, que por quanto ele procedia da linha gem
e geração dos da Motta, da parte de seu avô, João da Motta, escudeiro, e de seu
pai Gonçalo da Motta, escudeiro de el-rei D. Afonso, que Deus haja, por cuja
verdadeira concepção deve gozar de todos os privilegios, liberdades, franquezas
que hão, e de que gozaram todos os seus antecessores, por respeito de sua
nobreza e fidalguia, que tem de linhagem de cotta de armas e solar conhecido,
me requereu que de suas verdadeiras armas, como de direito lhe pertencem, eu
lhe désse minha carta de certidão, para quando lhe necessario fosse, e usar
d’ella, como os ditos seus antecessores: e visto por mim seu requerimento e
obrigação que tenho para com meu oficio prover semelhantes necessi dades e
requerimentos do supplicante, me conformei, e mandei que sobre esse caso fos
sem perguntadas certas testemunhas, segundo costume e estylo de direito: e
satisfazendo o supplicante a meu desembargo, foi tirada a inquirição e acabada,
e vista por mim, na qual inquirição testemunhou João de Coimbra, escudeiro,
morador no Bombarral, termo da villa de Obidos, e Affonso Annes Boto, morador
no dito logar, e Ruy Pires, morador no Carvalhal, termo da dita villa de
Obidos, e Maria Annes, dona viuva, moradora n0 Carvalhal, e Fernam de Annes,
morador no dito logar, e Alvaro Henriques, escudeiro, morador no dito logar do
Carvalhal, e Alvaro Rodrigues, morador no Carvalhal, decla raram em seu
testemunho sem duvida como de certa sabedoria o dito Henrique da Motta ser
filho legitimo do dito Gonçalo da Motta, e neto do dito João da Motta, que eram
e são escudeiros honrados, e viveram e vivem á lei da nobreza, segundo se
contém na petição do dito Henrique da Motta: e vista por mim sua prova ser
firme e valiosa, dei ao dito Henrique da Motta as armas conteudas e pintadas no
meio desta minha carta de certi dão como estão escriptas, em nossos livros
antigos, que em meu poder são, como juiz da nobreza. Um escudo de Ouro com
cinco flôres de liz verdes em aspa. Pelo qual nos requereu, e mando da parte de
el-rei nosso senhor, e por o poder e auctoridade que de sua alteza tenho, a
todos os cavalleiros e fidalgos de colta de armas, e a todos os corre gedores,
juizes e justiças, e oficiaes, e pessoas a que esta minha carta de certidão fôr
mostrada, e o conhecimento d’ella pertencer por qualquer guiza e maneira que
seja, o deixem entrar em quaesquer transes de batalha, reptos e desafios que
ele houver com seus inimigos, assim a elle, como aos que d'elle descenderem por
linha direita mascu lina, o deixem gozar de todos os privilegios, honras,
liberdades, e franquezas de que goza e gozaram todos os seus antecessores por
razão das ditas armas, que tem de solar conhecido, assim como gozam e hão todos
os cavaleiros fidalgos de cotta de armas e solar conhecido, e melhor se
cumprirão se poder fazer, e não seja a dita carta valiosa, nem guardada, salvo
ao dito Henrique da Motta e aos que delle descenderem por linha direita
masculina, vivendo á lei da nobreza, cumprindo assim uns e outros sem duvida
nem embargo que a ello ponhais. Feita em Lisboa, aos oito dias do mez de julho
da era do nascimento de nosso senhor Jesu Christo de mil e quinhentos e
dezenove annos. - Rei de armas Portugal.
XXXVIII Brazão de armas concedido a Henrique da Silva (1582)
Portugal rei de armas principal,
de el-rei nosso senhor d’estes reinos de Portugal.Faço saber a quantos esta
minha carta de brazão de armas de nobreza, digna de fé e crença virem, que
Henrique da Silva, morador nos coutos de Alcobaça, me pediu e requereu, que por
quanto ele descendia por linha directa legitima, e sem bastardia por parte de
seu pae João da Silva de Sousa, e de seus avós Henrique da Silva e Anna de
Sousa, e de seus bisavós Ruy de Sousa, e Alvaro de Vivar, e Aldonça da Silva de
Azevedo, e de seus tresavós das gerações, e linhagens dos Silvas, Sousas,
Azevedos e Vivares, que n'estes reinos são fidalgos de cotta de armas, e
d’elles de solar conhecido, como constava do instrumento auctorisado em forma
devida por auctoridade de justiça que apresentava, que lhe désse um escudo com
as armas, que á dita linhagem pertencem, e as ele de direito por lhe
pertencerem, devia trazer para d’ellas usar, e gosar das honras e liberdades,
que por bem da nobreza d’ellas gosaram seus antepassados: Pelo que provendo a
seu reque rimento por virtude do que constava do dito instrumento, com o poder
e auctoridade que de men oficio para isso tenho, busquei os livros da nobreza
da nobre fidalguia do reino, que em meu poder estão, e acho nelles as armas,
que ás ditas linhagens perten cem serem estas, que em esta lhe dou illuminadas.
O escudo esquartelado, ao primeiro dos Silvas, que trazem o campo de prata, e
um leão de purpura rompente armado de azul, e ao contrario dos de Vivar, que trazem
o campo partido em faxa ao primeiro par tido em palla, e ao primeiro o
esquartelado de Castella e Leão, e ao segundo de Ara gão, e ao terceiro de
vermelho, e uma arvore verde, com as raizes de prata, e um leão de oiro; e ao
segundo do primeiro dos Sousas, que trazem esquartelado ao primeiro do reino, e
ao segundo de vermelho, e quatro crescentes de luas de prata apontados, e as
sim os contrarios, e ao contrario dos Azevedos que trazem esquartelado, ao
primeiro de oiro, e uma aguia preta estendida, ao segundo de azul, e cinco
estrellas de prata em as pa, e uma bordadura vermelha cheia de aspas de oiro, e
assim os contrarios. Elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife de prata,
e purpura, e oiro, e vermelho, e oiro, e azul, e por timbre um leão de purpura,
e por differença um cardo verde florido de azul, que com elas, pois lhe
pertencem pela dita maneira, segundo regimento de arma ria deve trazer, e por
assim dever dellas uzar, requeiro ás justiças da parte do dito se nhor, e por
bem do oficio da nobreza guardem ao supplicante as honras, e liberdades, e mais
preeminencias concedidas ás ditas armas, e lh'as deixem trazer e possuir nos au
tos em que a nobreza d’ellas lhe dá logar. E por verdade lhe passei esta de
certidão por mim assignada em Lisboa aos vinte e oito dias de maio. Diogo de S.
Romão a fez, anno do nascimento de nosso senhor Jesus Christo de mil e
quinhentos e oitenta e dois. N. B. Este brazão pediu por certidão Francisco
Dias do Castello, e lh'o mandou dar por seu despacho o juiz de fora de Santarem
Alvaro Pinto de Oliveira, e o passou o tabelião Ruy Velho Cabral a 22 de
dezembro de 1594.
XXXIX Brazão de armas concedido a D. Isabel de Sousa Vitingão (1746)
DOM JOÃO por graça de Deus rei de
Portugal e dos Algarves, senhor de Guiné e da conquista, navegação, commercio
da Ethiopia Arabia, Persia, e da India etc. Faço saber aos que esta minha carta
virem, que D. Isabel de Sousa Vitingão Vieira de Lima, mulher do coronel José Machado Pinto, moradores nesta
cidade, me fez petição dizendo que ela vinha por legitima descendencia da nobre
geração e linhagem dos Vieiras, Limas, e Bar rosos, e por seu marido lhe
pertencem tambem as dos Machados e
Pintos; e me pedia por mercê, que para memoria dos seus antecessores se não
perder; e ela usar e gosar da honra das armas, que pelos merecimentos de seus
serviços ganharam, e lhes foram dadas, assim dos privilegios, honras, graças, e
mercês, que por direito, e por d’ellas lhes pertencem, lhe mandasse dar e
passar sua carta das ditas armas, que estavam registadas no livro dos registos
das armas dos nobres e fidalgos de meus reinos, que tem Portugal meu principal
rei de armas; para o que me apresentou uma sentença de justificação de sua
ascendencia, e nobreza proferida pelo doutor José Cardoso Castello, meu desembar
gador, e corregedor do civel da côrte e casa da supplicação, escripta por
Thomaz de Gou veia Barbuda, escrivão do dito juizo, em a qual depois de tirar
inquirição de testemu nhas, e ver os documentos que lhe foram apresentados,
julgou o dito meu corregedor ser a supplicante de nobreza muito illustre, e sangue
limpo, e legitima descendente das ditas familias de Viegas, Limas, e Barrosos,
por provar ser filha legitima do capitão Hen rique de Vitingão, e de sua mulher
D. Maria Couca de Lima, moradores que foram da cidade de S. Paulo do reino de
Angola, e neta pela parte materna do capitão Manuel Couca, e de sua mulher D.
Isabel de Sousa e Lima, e esta foi filha do sargento-mór Ro que Vieira de Lima,
morador que foi no mesmo reino, e neta pela parte paterna de Fran cisco Vieira
de Lima, o qual foi fidalgo da minha casa, e cavalleiro da ordem de Christo, e
tirou brazão com as armas dos Vieiras e Limas, e Barrosos no anno de 1737, os
quaes ditos seus paes, e avós e seus antepassados eram pessoas muito nobres, e
legitimos des cendentes das ditas familias de Vieiras, Limas e Barrosos, e como
taes se trataram Sem pre á lei da nobreza com cavallos, armas e creados, sem
que nas ditas gerações houvesse raça de judeus, mouros, mulatos, nem de outra
infecta nação, e assim de direito lhe per tencem as suas armas, as quaes lhe
mando dar em esta minha carta, segundo a ordena ção da armaria, e assim como
fiel, e verdadeiramente se acham illuminadas em o livro do dito Portugal meu
rei de armas, a saber: uma lisonja partida em duas palas, a pri meira nas armas
que segundo a ordenação da armaria lhe pertencem por seu marido, que são a
mesma pala partida em faxa, na de cima as dos Machados, que são em campo ver melho cinco machados de prata com cabos de ouro postos em aspa; na segunda pala
as dos Pintos, em campo de prata cinco crescentes sanguinhos com as pontas para
cima, postos em aspa; a segunda pala repartida com as armas das sobreditas
familias de que ella supplicante descende; que são partidas em pala, e a
primeira parte da em faxa na de cima as armas dos Vieiras, que são em campo
sanguíneo seis vieiras de ouro postas em duas palas, na de baixo as dos
Barrosos em campo sanguíneo cinco leões de prata com duas faxas empaquetadas de
prata, em purpura, postos em santor; na outra pala as armas dos Limas, que são
em campo de Ouro, quatro bastões sanguíneos. As quaes ar mas e signaes possa
trazer, e traga a dita D. Isabel de Sousa Vitingão Vieira de Lima, assim como
as trouxeram, e d’ellas usaram os ditos nobres, e antigos fidalgos seus ante
passados em tempo dos mui esclarecidos reis meus antecessores; e as possa
trazer em seus firmaes, anneis, sinetes e divisas, pôl-as em suas casas e
edificios, e deixal-as sobre sua propria sepultura, Finalmente se poderá
servir, honrar, gosar e aproveitar d’ellas em todo e por todo como à sua nobreza
convém; com o que quero, e me praz, que haja ella todas as honras, previlegios,
liberdades, graças, mercês, isenções, e franquezas, que hão, e devem#haver os
fidalgos, nobres e da antiga linhagem ; e como sempre de tudo usaram e gosaram
os ditos seus antepassados; e seus descendentes não puderão usar d’este bra zão
sem que novamente lhes seja a cada d’elles confirmado. Porém mando a todos os
meus desembargadores, corregedores, juizes, justiças, alcaides, e em especial
aos meus reis de armas, arautos, e passavantes, e a quaesquer outros oficiaes,
e pessoas a quem esta carta fôr mostrada, e o conhecimento d’ella pertencer,
que em tudo lh'a cumpram, e guardem algum que a ella lhe seja posto, porque
assim é minha mercê, El-rei nosso senhor o mandou por Manuel Pereira da Silva,
seu rei de armas Portugal. Fr. Manuel de Santo Antonio da Ordem de S. Paulo, e
reformador do cartorio da nobreza, a fez em Lisboa aos vinte e um do mez de
agosto do anno de 1746. E eu Hilario da Costa Barreiros Telles, ca valeiro da
casa de sua magestade, proprietario do oficio de escrivão da nobreza d’este
reino, e senhorios de Portugal e suas conquistas o sobscrevi. — Principal rei
de armas Portugal.
XL Brazão de armas concedido a Jeronymo Ferreira de Carvalho (1546)
Portugal rei de armas principal
d'El-rei nosso senhor. Faço saber a quantos esta minha certidão virem, que
Jeronymo Ferreira de Carvalho, neto de Gil Pires de Carvalho, mo rador que foi
em Arraiolos, me pediu por quanto ele descendia por linha direita e mas culina
da geração dos Carvalhos por parte de seu avô e bisavô, que lhe désse um escudo
com as armas que á dita linhagem pertencem; por o que busquei os livros da
nobreza, que em meu poder são, e achei que as armas que á dita linhagem
pertencem são estas que n'esta certidão lhe dou iluminadas com seu elmo e
timbre, a saber: elmo de prata, e azul e oiro, e por timbre um cisne com um
colar de oiro ao pescoço, e por diferença uma brica de oiro, e n’ella um I de
vermelho por lhe pertencerem; e por verdade assi gnei esta em Lisboa, aos dez
dias do mez de dezembro do anno de mil quinhentos e qua renta e seis. —
Portugal rei de armas.
XLI Brazão
de armas concedido a Jeronymo de Milão Fragos0 (1628)
Portugal rei de armas principal
n’estes reinos e senhorios de Portugal pelo muito alto e poderoso rei D.
Filippe terceiro nosso senher, rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d'alem
mar em Africa, senhor de Guiné, e da conquista, navegação, commercio da
Ethiopia, Arabia, Persia e da India, etc. Faço saber aos que esta minha carta de
certidão de armas e nobreza digna de fé e crença virem, que por parte do doutor
Jeronymo de Milão Fragoso, natural e morador n’esta cidade de Lisboa, me foi
apresentado um instrumento de teste munhas, autentico, mandadas perguntar pelo
corregedor do civel da côrte, o doutor An tão Alvares Sanches, e perguntadas
por Sebastião Alvares Lima, escrivão do mesmo juizo: pelo qual constava ser o
dito Jeronymo de Milão Fragoso filho legitimo do lecenciado Paulo de Milão
Fragoso, neto de Jeronymo Fernandes Fragoso e bisneto de Pedro Al vares
Fragoso, morador que foi na villa de Chaves: os quaes todos descendem por linha
masculina da nobre e antiga familia e geração dos Fragosos, da cidade de
Genova, sem terem raça de mouro ou judeu, nem de outra nação, ou sangue infecto,
pessoas nobres tidos e havidos por descendentes da dita familia, e assim de
como elles se trataram além da nobreza, com armas, cavallos e creados para o
serviço de sua magestade em todas as occasiões que se oferecessem, como
largamente consta pelo dito instrumento autentico que ele tirou para gosar da
nobreza das armas dos Fragosos, que neste reino de Portugal usam os fidalgos de
cotta de armas e lhe pertencem, pedindo-me lhe passasse seu brazão na forma
costumada para efeito de gosar das ditas armas, e nobreza. E visto por mim seu
requerimento e justificação, e dois alvarás dos senhores reis D. João O III, e
D. Se bastião, pelos quaes consta ser o dito seu avô Jeronymo Fernandes Fragoso
escudeiro fidalgo da sua casa, e cidadão n'esta cidade de Lisboa, a que me
reporto, que ficam em meu poder, provi os livros da nobreza e fidalguia d’estes
reinos, e n'elles achei regista das as armas dos Fragosos, que lhes pertencem,
as quaes são: um escudo azul com tres figuras de sol postas em roquete, com
seus raios de ouro, e das de sua côr, e por dife rença uma flor de liz de ouro,
e por timbre dos Fragosos um lobo cerval de sua côr; elmo de prata aberto
guarnecido de ouro, paquife sortiado com os metaes e côres das ar mas, e por
assim lhe pertencerem e poder trazer, e usar d’ellas o dito doutor Jeronymo de
Milão Fragoso, passei a presente certidão de armas para com elas poder, como
pode, entrar em batalhas, campos, duelos, rectos e escaramuças, festas,
desafios, torneios, e exer citar todos os outros actos licitos de guerra e de
paz, e assim as poderá trazer em seus resposteiros, firmaes, sinetes e anneis,
e pôl-as em suas casas e edificios, e sepulturas, servindo-se e honrando-se,
aproveitando-se dellas em tudo e por tudo como a sua n0 breza convém e
fidalguia compete, e por esta certidão de nobreza, e carta de armas lhe
competem. Pelo que requeiro a todos os desembargadores, corregedores,
provedores, ouvidores, juizes e justiças, e mais oficiaes de sua magestade da
parte do dito senhor, e por bem do oficio da nobreza que tenho, e em especial
aos reis de armas, arautos e passavantes, que ora são e ao diante forem, como
juiz que sou d’ella, o cumpram e guardem e façam muito inteiramente cumprir e
guardar, assim e na maneira que nesta dita certidão de armas se contém, passada
com todos os privilegios, graças, honras, liberdades e mercês, que hão e devem
haver os fidalgos de cota de armas da nobreza e antiga linhagem dos Fragosos,
como sempre usaram: e por verdade em fé, e testemu nho d’ella vai por mim
assignada. Dada nesta cidade de Lisboa, aos tres de janeiro, anno do nascimento
de nosso senhor Jesus Christo, de mil e seis centos e vinte e oito. Eu André
Fernandes, cavaleiro da casa de el-rei nosso senhor, e passavante escrivão da
nobreza n'estes reinos e senhorios de Portugal, o subscrevi. — Portugal rei de
armas.
XLII Brazão de armas concedido a João de Cysneiros (1575)
DOM MANUEL rei de Portugal e dos
Algarves, etc." A quantos esta minha carta virem faço saber, que João de
Cysneiros morador n’esta cidade de Lisboa me fez petição encos tada a um
instrumento com o treslado de um brazão de armas feito na cidade de Bar celona,
em como ele descendia da geração e linhagem dos Cysneiros, que nestes reinos de
Hespanha são fidalgos de cotta de armas, da antiga linhagem do conde de
Cysneiros tronco d'esta geração por linha direita e masculina, e que as suas
armas lhe pertencem de direito, pedindo-me por mercê que por a memoria dos seus
antecessores se não per der, e a elle vir, usar das honras e armas, que pelo
merecimento de seus serviços ga nharam, e lhe foram dadas, e dos privilegios,
honras, graças, e mercês, que por direito por bem d’ellas lhe pertencem e eram
dadas, haver por bem as ditas armas, e mandar registar no livro dos registos
das armas dos nobres fidalgos de meus reinos; a qual pe tição vista por mim
mandei fosse tirar inquirição de testemunhas, a qual foi tirada pelo licenciado
Afonso Annes do meu conselho, e desembargador das minhas petições do paço, e
por Braz Fernandes escrivão em minha côrte, pela qual ele supplicante provou
descenº der por linha direita, e masculina da dita geração dos Cysneiros por
ser filho ligítimo de Fernão de Cysneiros, e neto de Affonso Rodrigues de
Cysneiros, e bisneto de Diogo Fer 1 D. Manuel succedeu a D. João II no throno
em 25 de outubro de 1495, e morreu a 13 de dezembro de 1521. São pois
inconciliaveis n'este documento a data que se lhe attribue com o retnado. Onde
es" # o erro não o sabemos, nem ha agora meio de o averiguar. Confira-se
entretanto o Archivo, a Pa8. vi vendo sempre à lei de fidalgo pelo que de
direito as suas armas lhe pertencem, as quaes lhe mandei dar em esta minha carta,
com seu brazão, elmo e timbre, como aqui são divisa das. As quaes armas são as
seguintes: Escudo por meio partido em palla, a primeira parte de vermelho
partida em palla, no primeiro tres cysnes de prata, e em roquete uma estrella
de oiro no primeiro de cada um, e no segundo cinco flôres de liz de prata em
aspa; da segunda parte tambem de prata com tres barras em palla de vermelho:
elmo de prata aberto guarnecido de oiro. Paquife de prata e vermelho, e por
timbre um dos cysnes: O qual escudo de armas, e sinaes possa trazer, e traga o
dito João de Cysneiros, e seus descendentes por linha direita, assim como as
trouxeram, e d’ellas usaram seus anteces sores em todos os logares de honra, em
que os ditos seus antecessores e os nobres, e an tigos fidalgos sempre as
costumaram trazer em tempo dos mui esclarecidos reis passados, e com ellas
possam entrar em batalhas, campos, duelos, rectos e desafios, e exercitar com
elas todos os outros autos licitos de guerra e paz. E assim as possam trazer em
seus firmaes, aneis, sinetes e divisas, e as pôr em suas casas, edificios e
sepulturas, e fi nalmente se servir, honrar, gozar, e aproveitar d’ellas em
tudo, e por tudo como á sua nobreza convém. E mando a todos meus corregedores,
desembargadores, tabelliães e al caides, e em especial aos meus reis de armas,
arautos e passavantes, e a quaesquer ou tros oficiaes e pessoas a quem esta
minha carta fôr mostrada, e o conhecimento d’ella pertencer em tudo lh'a
cumpram e guardem, e façam inteiramente cumprir e guardar, como em ella é
conteudo, sem duvida nem embargo algum, que lhe a isso seja posto, porque assim
é minha mercê. Dada em Lisboa a 20 de fevereiro de 1575. A qual foi ti rada na
verdade, e por mim Christovão de Benavente por provisão de el-rei nosso se
nhor, que perante mim foi apresentada por Braz Alemão, moço da camara do dito
senhor de verbo ad verbum no livro dos registos das fidalguias de Portugal. E
não se continha mais em os ditos papeis, e eu escrivão da camara aqui registei
por virtude do despacho do doutor ouvidor e provedor d’esta comarca, e aos
proprios me reporto em mão e po der do dito Vicente Alemão, morador no Sobral
do Perilhão, termo d'esta villa, e por verdade me assignei aqui. Obidos 28 de
março de 1772 annos. E eu Manuel Barbosa Neves O escrevi.
XLIII Brazão de armas concedido a João Juzarte de Santa Maria (1741)
DOM JOÃ0 por graça de Deus rei de
Portugal e dos Algarves, d'aquem e d’além mar em Africa, senhor de Guiné, e da
conquista, navegação, do commercio da Ethiopia, Arabia, Persia, e India etc. A
quantos esta minha carta virem, faço saber que o capitão João Ju Zarte Santa
Maria, cavalleiro fidalgo de minha casa, natural da villa de Santarem, e
morador n'esta cidade de Lisboa, me fez petição em como ele descendia e vinha
da geração e linha gem dos Barrosos e Juzartes, e suas armas lhe pertenciam de
direito, e pedindo-me por mercê que para a memoria de seus antecessores se não
perder, e ele usar, e gosar da honra das armas que pelo merecimento de seus
serviços ganharam e lhe foram dadas, assim dos privilegios, honras, graças e
mercês, que por direito e por bem d’ellas lhe per tencem, lhe mandasse dar
minha carta das ditas armas, que estavam registadas em Os livros dos registos
das armas dos nobres fidalgos de meus reinos, que tem Portugal meu principal
rei de armas. A qual petação vista por mim, mandei sobre ela tirar inquirição
de testemunhas pelo doutor Manuel da Costa Mimoso do meu desembargo, e meu
desem bargador em esta minha córte, e casa da supplicação, corregedor do civel
em ella, e por Caetano José, escrivão do dito juizo, pelos quaes fui certo que
ele procede e vem da ge ração e linhagem dos ditos Barrosos e Juzartes, como
filho legitimo de Antonio Pereira de Macedo, e de sua mulher D. Josepha Maria
de Oliveira, neto pela parte paterna de ou tro Antonio Freire de Macedo, e de
sua mulher D. Anna de Mendonça; bisneto de Antonio Barroso, terceiro neto de
Ruy Barroso, e quarto neto de Violante Barrosa e quinto neto de Ruy Barroso, e
ser tambem pela parte paterna bisneto de D. Leonarda de Mendonça Aguiar Juzarte
Santa Maria, terceiro neto de João Santa Maria, quarto neto de Alfonso Lopes
Santa Maria, quinto neto de João Santa Maria, e sexto neto de Valentim de
Contreiras Aguiar e Santa Maria, os quaes todos seus paes e avós eram pessoas
muito nobres, e legitimos descendentes das famílias de Barrosos e Juzartes, e
como taes se trataram sem pre á lei da nobreza, com cavallos, armas e creados,
tendo sempre empregos de governo, tanto nos postos militares, como nos honrosos
cargos da republica, e não haver n’elles raça alguma de judeu, mouro, ou
mulato, nem de outra infecta nação, e lhe pertencem de direito as suas armas.
As quaes lhe mandei dar em esta minha carta, com seu bra zão, elmo, e timbre,
como aqui são divisadas, e assim como fiel, e verdadeiramente Se acharam
divisadas, e registadas em os livros dos registos das armas dos nobres
fidalgos, de meus reinos, que tem o dito Portugal meu rei de armas. A saber: Um
escudo partido em pala, na primeira as armas dos Barrosos em campo vermelho,
cinco leões de prata, e faxados de duas faxas de purpura cada um, uma pelo
pescoço e outra pela barriga em paquetadas de ouro, postos em santor; na
segunda pala as armas dos Juzartes, que são par tidas em pala, na primeira
campo azul com quatro tivelas de ouro, e uma bordadura Sau guinha com seis
castellos de ouro lavrados de negro, e na segunda de verde sete espadas de sua
côr guarnecidas de ouro, em pala gotadas de sangue, e por orla campo saugui neo
e seis molhos de troços de lanças de sua côr postos em pala, atados pelo meio
com um troçal de ouro. Elmo de prata aberto guarnecido de ouro. Paquife dos
metaes e cô res das armas, timbre o dos Barrosos, que é um dos leões das armas,
e por diferença uma brica de ouro com uma banda azul. O qual escudo, armas e
signaes, possa trazer, e traga o dito capitão João Juzarte Santa Maria, assim
como as trouxeram, e d’ellas usa ram seus antecessores em todos os logares de
honra em que os ditos antecessores, e Os nobres, e antigos fidalgos sempre as
costumaram trazer em tempo dos mui esclare cidos reis meus antecessores, e com
elas possa entrar em batalhas, campos, rectos, es caramuças, e exercitar com
elas todos os outros actos licitos da guerra. e da paz, e as sim as possa
trazer em seus firmaes, anneis, sinetes, e divisas, e as pôr em suas casas e
edificios, e deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente se servir,
honrar, gosar e aproveitar d’ellas em todo, e por todo como a sua nobreza
convêm. Com o que quero e me praz que haja elle e todos seus descendentes,
todas as honras, privilegios, graças mercês, isenções, e franquezas, que hão e
devem haver os fidalgos nobres e de antiga linhagem, e como sempre de todo
usaram e gosaram os ditos seus antecessores. Pelo que mando a todos meus
corregedores, desembargadores, juizes, justiças e alcaides, e em es"
pecial aos meus reis de armas, arautos e passavantes, e a quaesquer outros
oficiaes, e pessoas a que esta minha carta fôr mostrada, e o conhecimento della
pertencer, que em todo lh'o cumpram, e guardem, e façam cumprir, e guardar como
nella é conteudo sem duvida nem embargo algum que em ella lhe seja posto,
porque assim é minha mercê. El-rei nosso senhor o mandou por Manuel Pereira da
Silva, seu rei de armas Portugal. Fr. Manuel de Santo Antonio, religioso da
ordem de S. Paulo, e reformador do cartorio da nobreza do reino a fez, em
Lisboa aos seis do mez de setembro do anno de nosso se nhor Jesus Christo de
1741. E vai subscripta por Antonio Francisco e Sousa, escrivão da nobreza
n'estes reinos, e senhorios de Portugal, e suas conquistas: e eu Antonio Fran
cisco e Sousa o subscrevi. — Portugal rei de armas principal.
XLIV Brazão de armas concedido a João Lourenço da Barbuda (1562)
Portugal, rei de armas principal
de El-rei nosso senhor. Faço saber a quantosesta minha certidão virem, que João
Lourenço da Barbuda, morador na de Pero Negro, termo de Torres Vedras, me pediu
e requereu, que por quanto elle descendia por parte de seu pae e avós da
geração e linhagem dos das Barbudas, que nestes reinos são fidal gos de cotta
de armas, que lhe désse um escudo com as armas que á dita linhagem pertencem, e
as elle devia trazer: pelo que eu busquei os livros da nobreza que em meu poder
estão, e achei que as armas que á dita linhagem pertencem, serem estas que
n'esta certidão lhe vão iluminadas. Nove lisonjas de veiros em tres pallas, e
com mais seu pa quife, elmo e timbre, e por diferença uma.... vermelha, que com
elas deve trazer, e por verdade lhe dei esta por mim escripta e assignada em
Lisboa, aos dois dias de de zembro de 1562. — Portugal principal rei de armas.
N. B. Vimos uma justificação de João Lourenço da Barbuda, que fez em Lisboa
perante o licenciado Lourenço Marques, cidadão e juiz do civel da dita cidade,
em 0 1.º de dezem bro de 1562, em que prova que era filho legitimo de Lourenço Annes
da Barbuda, e de sua mulher Isabel Rodrigues, neto de João Gonçalves da
Barbuda, e bisneto de Lourenço Esteves da Barbuda. •
XLV Brazão
de armas concedido a João Machado e
Vicente Machado de Brito (1513 e 1599)
Antonio de Carvalho, rei de armas Algarve, e
cavaleiro da casa do muito alto e mui poderoso rei D. Filippe nosso senhor, que
Deus guarde, por graça de Deus rei de Por tugal e dos Algarves d'áquem e d'álem
mar em Africa, senhor de Guiné, e da conquista, navegação e commercio da
Ethiopia, Arabia, Persia e da India, etc. Faço saber que sua magestade mandou
passar para mim uma commissão que é a que se segue. Christovão de Mello,
porteiro-mór de sua magestade, que sirvo de mordomo-mór de sua casa, mando a
vós, Antonio Carvalho, que reformeis o brazão velho que foi passado ao doutor João Machado, que pede Vicente Machado de Brito, dizendo que
por sua muita antiguidade se vai gastando, e que daqui a poucos dias o estará
de todo, e lhe é necessario para con servação de sua nobreza, no qual fareis as
diligencias necessarias sem accrescentar nem diminuir palavra alguma, o que
fareis como rei de armas Portugal, por o proprietario estar suspenso. Cumpri-o
assim e al não façais. João Cardoso a fez. Christovão de Mello. Em cum primento
da dita commissão, pelo poder e auctoridade que de meu oficio, e sua magestade
n'este particular me concede como seu Portugal principal rei de armas, fiz
todas as diligencias e justificações necessarias por testemunhas fidedignas
sobre o brazão velho que me foi apresentado juntamente com a dita commissão,
por parte de Vicente Machado de Brito,
fidalgo da casa do dito senhor, e senhor da Villa de S. Seris, filho mais velho
de João Machado de Brito, neto de Pedro
Machado e bisneto do doutor João
Machado. desem. bargador da casa da supplicação, a quem foi passado o dito
brazão; e me constou ser passado pelo bacharel Antonio Rodrigues, que foi rei
de armas Portugal, e assignado por elle, e de seu signal, que nos ditos bra,ões
costumam fazer, e por ser coisa sem du vida ser passado na verdade, e carecer
de todo o vicio e cavilação, o dito Vicente
Machado de Brito, seu bisneto do dito doutor João Machado, por linha direita e masculina, como tal suas armas lhe pertencem de direito,
reformei o dito brazão por esta minha carta de fé e certidão, como sua
magestade me manda, n’ella encorporei o dito brazão, sem mu dança nem
accrescentamento de palavra, qual é: Portugal rei de armas principal de el-rei
nosso senhor. Faço saber a quantos esta minha carta de brazão e certidão virem,
que o doutor João Machado me pediu,
por quanto ele descendia da linhagem dos Machados,
dos Esteves, dos Caregueiros e dos Coelhos, e que elle e seu pai e avós eram
fidalgos nos livros dos reis passados, e que suas armas lhe pertencem, por ser
filho do doutor Pedro Machado,
desembargador que foi de el-rei D. Affonso, que Deus tem, e de seu conselho, e
ouvidor da casa da supplicação, o qual seu pai era filho de João Esteves de
Villa-nova Caregeiro, que foi alferes-mór do rei D. João, de boa memoria, e
neto de Vasco Afonso Caregeiro, que foi senhor da torre de Moncorvo, e bisneto
de Afonso Annes Caregeiro, instituidor dos morgados dos Caregueiros; e de outra
parte foi neto de Alvaro Gonçalves
Machado, que foi governador da junta
n’esta cidade de Lisboa e casa do civel, e assim dos Coelhos por parte de
sua mãe que lhe desse um escudo com as armas que ás ditas linhagens pertencem
de direito, segundo são registadas nos livros da nobreza que em meu poder
estão, os quaes visto, e o seu dizer e pedir, e a prova larga que deu, lh'as
mandei dar nesta minha certidão e são as seguintes, convem a saber: o campo
esquar telado, e o primeiro dos Caregueiros que ora tem esquarteiado, e o
primeiro de verde e uma aguia de oiro estendida do primeiro; e ao contrario de
vermeiho, e uma flôr de liz de oiro, e assim os contrarios; e ao segundo que é
dos Machados, trazem o campo de
vermelho, e cinco machados de prata
postos em aspa com os cabos de oiro, e ao contrario que é dos Esteves que
trazem o campo de prata e uma flôr de liz vermelha; e ao con trario do primeiro
é dos Coelhos que trazem o campo de oiro e um leão de purpurá rompente com tres
faxas de Xadrez, do primeiro é de azul e uma bordadura do mesmo cheia de
coelhos de prata malhados de preto; elmo de prata aberto guarnecido de oiro,
paquife de oiro verde, e por timbre a aguia do primeiro, que é dos Caregueiros;
as quaes armas o dito Vicente Machado de
Brito as poderá trazer e seus descendentes, por assim lhe pertencerem estas
quatro linhagens tão nobres e antigas, e de nobres e antigos fidal gos, e os
que d’ellas procedem se podem chamar fidalgos sem reproche e de solar co
nhecido e cotta de armas, e antigamente nas chronicas de Portugal os Coelhos se
cha mavam de dom, e eram fidalgos de grande preço e estado; e porque tudo isto
se passº na verdade o certifico assim, e mandei fazer esta. que é treslado de
outra que eu passei ao dito doutor, o qual diz mandára á India um seu filho, e
concertada por mim na ver dade em Lisboa 2 de novembro de 1513 annos. —
Portugal rei de armas. — Pelo que requeiro da parte de sua magestade, como seu
Portugal principal rei de armas que sou n'este particular, a todas as justiças,
oficiaes e pessoas a quem esta carta de reformação do dito brazão fôr
apresentada, que a cumpram e guardem inteiramente o dito brazão n’ella
encorporado como se n’ella contém ao dito Vicente
Machado de Brito, e lhe guardem os privilegios, liberdades e franquezas que
pela nobreza das ditas armas lhe pertencem, conforme o direito, deixando-lhas
trazer e gozar d’ellas como de coisa sua propria que são sem contradicção
alguma, e dou fè e certifico passar tudo assim na verdade, e por firmeza e
certidão d'Isto lhe passei a presente por mandado de sua magestade por mim
assignada em Lisboa. Domingos Pereira a fez. Anno do nascimento de nosso senhor
Jesus Christo de 1599. E eu Balthasar do Valle Cerqueira, escrivão da nobreza,
o sobreescrev1. Antonio Carvalho. — Rei de armas Portugal.
XLVI Brazão de armas concedido a João de Mattos Mexia (1728)
DOM JOÃO por graça de Deus rei de
Portugal e dos Algarves, d'aquem e d’além mar em Africa, senhor de Guiné, e da
conquista, navegação, e commercio da Ethiopia, Ara bia, Persia, e da India,
etc. A quantos esta nossa carta virem fazemos saber, que João de Mattos Mexia,
natural d’esta cidade de Lisboa oriental, nos fez petição de como ele des
cendia, e vinha da geração e linhagem dos Mattos e Mexias, que são fidalgos de
solar, e que suas armas lhe pertencem de direito, pedindo-nos por mercê, que
para a memoria de seus antecessores se não perder, e ele poder gosar das honras
das armas, que pelos me recimentos de seus serviços ganharam, e lhe foram
dadas, e assim dos privilegios, hon ras, graças e mercês, que por direito e por
bem dellas lhe pertencem, lhe mandassemos dar nossa carta das ditas armas, que
estavam registadas nos livros dos registos das ar mas dos nobres e fidalgos dos
nossos reinos, que tem Portugal nosso principal rei de armas: a qual petição vista
por nós, mandamos sobre ella tirar inquirição de testemunhas pelo dr. André
Mendes de Barros, do desembargo do dito senhor, e seu corregedor com alçada dos
feitos e causas civeis em ella, e por José dos Reis e Silva, escrivão do dito
juizo, pelos quaes fomos certos que elle procede e vem da geração e linhagem
dos Mat tos e Mexias, como filho legitimo de João de Mattos Mexia, cavalleiro
professo da Ordem de Christo, e de Maria da Cruz de Figueiredo, neto de João
Lourenço de Mattos Mexia, familiar do santo oficio, e de Calharina Alvares
Migueis; bisneto de Manuel de Mattos Mexia, e de Catharina de Mattos Cabeça; e
pela materna de Gil Lourenço Migueis, e de Beatriz Alvares, os quaes seus paes,
avós e todos seus descendentes foram das principaes familias da villa de
Olivença, e n'ella serviram os oficios de juiz e vereadores, e elegido res e
apuradores da nobreza da dita Villa, e elegedor de guarda-mór da peste, por ser
pessoa de tanta qualidade, e fidalgo de geração, e que sendo a praça tomada
pelas armas de Castella, o dito avô do supplicante pela noticia de sua pessoa
que tinha o duque de S. Germão, governador das ditas armas, lhe dera a vara de
corregedor da dita villa, e se passára ao reino de Portugal com sua casa e
familia, deixando o dito cargo, e que en tregando-se a dita praça pelo contrato
das pazes, o fizeram em ela vereador mais velho, e juiz pela ordenação, e juiz
da alfandega e dos orphãos pelo conhecimento que tinham de sua pessoa e
nobreza, e que de direito as suas armas lhe pertencem: as quaes armas lhe
mandamos dar nesta nossa carta com seu brazão, elmo e timbre, como aqui são di
visadas, o assim como fiel e verdadeiramente se acharam divisadas e registadas
no livro dos registos do nosso Portugal rei de armas, a saber: Um escudo
partido em pala, na primeira pala as armas dos Mattos; na segunda a dos Mexias,
elmo de prata aberto, guar necido de oiro; paquife dos metaes, e cores das
armas; timbre o dos Mattos, e por dif ferença uma brica de prata, e n’ella um
trifolio preto. O qual escudo, armas e signaes possa trazer, e traga o dito
João de Mattos Mexia, assim como as trouxeram e d’ellas usaram seus
antecessores, e os nobres e antigos fidalgos sempre as costumaram trazer em
tempo dos mui esclarecidos reis nossos antecessores, e com elas possa entrar em
batalhas, campos, escaramuças, e exercitar com elas todos os outros actos
licitos de guerra e de paz, e assim as possa trazer em seus firmaes, anneis,
sinetes e divisas, e as pôr em suas casas e edificios, e deixal-as sobre sua
propria sepultura, e finalmente se servir e honrar, gozar e aproveitar d’ellas
em todo, e por todo, como á sua nobreza con vem. Com o que queremos, e nos
praz, que haja elle e todos seus descendentes todas as honras, privilegios,
liberdades, graças, mercês, e isenções e franquezas, que hão e devem haver os
fidalgos nobres e de antiga linhagem, e como sempre de todo usaram e goza ram
seus antecessores; porém mandamos a todos nossos corregedores, desembargadores,
juizes, justiças, alcaides, e em especial aos nossos reis de armas, arautos e
passavantes, e a quaesquer outros oficiaes e pessoas a quem esta nossa carta
for mostrada, e o co nhecimento d’ella pertencer, que em todo lh'a cumpram e
guardem, e façam cumprir e guardar como n’ella é conteudo, sem duvida, nem
embargo algum que em ella lhe seja posto, porque assim é nossa mercê. El-rei
nosso senhor o mandou por Manuel Leal, seu rei de armas Portugal. Fr. José da
Cruz, da ordem de S. Paulo, reformador do cartorio da nobreza do reino, por
especial provisão do dito senhor, a fez, anno do nascimento de nosso senhor
Jesus Christo de mil setecentos vinte e oito, aos trinta de agosto, e vai sub
escripta por Antonio Francisco, escrivão da nobreza d’estes reinos e senhorios
de Portu gal, e suas conquistas, e eu Antonio Francisco o subscrevi. — Portugal
rei de armas principal.
XLVII Brazão de armas concedido a João da Silva Furtado (1730)
DOM JOÃO por graça de Deus rei de
Portugal e dos Algarves, d'aquem e d’além mar em Africa, senhor de Guiné, e da
conquista, navegação e do commercio da Ethiopia, Ara bia, Persia, e da India
etc. A quantos esta minha carta virem faço saber, que João da Silva Furtado,
natural d’esta cidade, moço da camara do numero de minha casa, e caval leiro
fidalgo, me fez petição em como ele descendia, e vinha da geração e linhagem
dos Furtados Mendoças, e Silvas, e Pereiras, que n'estes meus reinos são
fidalgos de solar, e cotta de armas, e que de direito as suas armas lhe
pertencem; pedindo-me por mercê, que por a memoria de seus antecessores se não
perder, e ele pôder usar da honra das armas, que pelos merecimentos de seus
Serviços ganharam, e lhe foram dadas; e assim dos privilegios, honras, graças,
e mercês, que por direito, e por bem d’ellas lhe perten cem, lhe mandasse dar
minha carta das ditas armas, que estavam registadas em os livros dos registos
das armas dos nobres e fidalgos de meus reinos, que tem Portugal meu prin cipal
rei de armas; a qual petição vista por mim, mandei sobre ela tirar inquirição
de testemunhas pelo doutor Manuel Alves Pereira do meu desembargo, e meu
desembarga dor em esta minha côrte, e casa da supplicação, corregedor do civel
em ela, e João Ve lho escrivão do dito juizo, pelos quaes fui certo, que ele
procede, e vem da geração, e linhagem dos Furtados Mendoças, Silvas, e
Pereiras, como filho legitimo de José da Silva Furtado, cidadão que foi desta
cidade, e proprietario do oficio de escrivão da meza grande da casa da India, e
de sua mulher D. Therésa de Escarca de Barros, e neto do capitão João da Silva
Furtado, o qual pelo brazão de armas, que teve passado no anno de 1631, mostrou
ser o quinto neto de Nuno Furtado de Mendoça, aposentador-mór do senhor D.
Afonso V meu antecessor, e de sua mulher D. Leonor da Silva, sobrinha do
condestavel D. Nuno Alvares Pereira, filha de Fernão Alvares do Carvalhal, e de
sua mu lher D. Violante Pereira, os quaes foram fidalgos de Solar conhecido, e
como taes se tra taram à lei da nobreza, com o estado a ella devido, como
fidalgos que eram, sem que n'elles houvesse raça de judeu, ou mouro, ou
Inulato, nem de outra infecta nação, e que de direito as suas armas lhe
pertencem, as quaes armas lhe mandei dar em esta minha carta, com seu brazão,
elmo, e timbre, como aqui são divisadas e assim como fiel, e Ver dadeiramente
se acharam divisadas, e registadas em os livros dos registos do dito Por: tugal
meu rei de armas, a saber: Um escudo esquartelado, no primeiro e quarto quartel
as armas dos Furtados Mendoças, que são escudo partido em faxa na parte alta, e
baixa, em campo verde uma banda vermelha acotilada de Ouro, e nas duas ilhargas
em campo de ouro um S preto. No segundo quartel as armas dos Silvas, em campo
de prata um leão rompente vermelho armado do mesmo. No terceiro quartel as
armas dos Pereiras, em campo vermelho uma cruz de prata floreteada, e vazia de
campo. Elmo de prata abertº Men doças, que é uma aza de aguia de ouro, com
garras, e sobre ela um S preto. E por diferença um trifolio. O qual escudo
armas, e signaes possa trazer, e traga o dito João da Silva Furtado, assim como
as trouxeram, e d’ellas usaram os seus antecessores, e os nobres, e antigos
fidalgos sempre as costumaram trazer em tempo dos mui esclarecidos reis meus
antecessores, e com elas possa entrar em batalhas, campos, escaramuças, e
exerci tar com ellas todos os actos licitos da guerra, e da paz; e assim as
possa trazer em seus firmaes, anneis, sinetes, e divisas, e as pôr em suas
casas, e edificios, e deixal-as sobre sua propria sepultura; e finalmente se
servir, e honrar, gosar, e aproveitar d’ellas em tudo, e por tudo, como á sua
nobreza convém. Com o que quero, e me praz que haja elle, e todos seus
descendentes, todas as honras, privilegios, liberdades, graças, mercês, isen
ções, e franquezas, que hão, e devem haver os fidalgos nobres e de antiga
linhagem, e como sempre de todo usaram, e gosaram seus antecessores. Porém
mando a todos meus corregedores, desembargadores, juizes, justiças, alcaides, e
em especial aos meus reis de armas, arautos, e passavantes, e quaesquer outros
oficiaes, e pessoas a quem esta minha carta fôr mostrada, e o conhecimento
d’ella pertencer, que em todo lha cumpram, e guar dem, e façam cumprir, e
guardar, como n’ella é conteudo, sem duvida, ou embargo algum, que em ela lhe
seja posto, porque assim é minha mercê, El-rei nosso senhor o mandou por Manuel
Pereira da Silva, seu rei de armas Portugal. Fr. José da Cruz, da ordem de S.
Paulo, reformador do cartorio da nobreza do reino, por especial provisão do
dito se nhor, a fez. Anno do nascimento de nosso senhor Jesus Christo de 1730,
aos decesete dias do mez de julho. E vai subscripta por Antonio Francisco e
Sousa, escrivão da no breza nestes reinos, e senhorios de Portugal, e suas
conquistas. E eu Antonio Francisco e Sousa o subscrevi. — Rei de armas
principal.
XLVIII Brazão de armas e0ncedido a João de Sousa de Carvalho (1685)
Portugal rei de armas principal
nestes reinos, e senhorios de Portugal, do muito alto e muito poderoso senhor
rei D. Pedro segundo do nome, nosso senhor, por graça de Deus rei de Portugal e
dos Algarves, d'aquem e d’além mar em Africa, senhor de Guiné, e da conquista,
navegação, commercio da Ethiopia, Arabia, Persia e da India etc. A todos os que
esta minha carta de certidão de brazão de armas de nobreza, e fidalguia de geração
digna de fé e crença virem, faço saber que a mim me fez petição por escripto
João de Sousa de Carvalho, morador na villa de Santarem, dizendo n’ella que
pela sentença junta dada sobre a habilitação de sua nobreza, e limpeza de
sangue de sua geração, no juizo da côrte do civel, e documentos n’ella
insertos, se mostrava largamente ser filho legitimo de Antonio Carvalho, e de
sua mulher Maria de Oliveira, e neto pela parte paterna de outro Antonio
Carvalho, e de sua mulher Hilaria Teixeira de Mendoça, e pela parte ma terna,
neto de Domingos de Oliveira, e de sua mulher Magdalena de Sousa, moradores que
foram na freguezia de S. Pedro de Arrifana, termo da dita villa; e bisneto pela
parte de sua avó Hilaria Teixeira, e de Francisco Teixeira de Mendoça, naturaes
que foram da freguezia de Santa Maria de Almoster, e moradores na quinta da
Granja, e terceiro neto de Simão Francisco, e de sua mulher Leonor Teixeira de
Mendoça, moradores que foram no termo da villa do Cadaval, e quinto neto de
Francisco Lopes de Sousa, e de sua mu lher Maria Teixeira de Mendoça, e quinto
neto de Isabel Gonçalves Teixeira, e sexto neto de Manuel Vaz Teixeira; e por
esta linha era ele supplicante descendente do tronco, e geração dos Teixeiras,
e como tal aparentado com pessoas graves da dita familia, como eram os doutores
Marcos Teixeira, inquisidor da meza grande, e seu sobrinho outro Marcos
Teixeira, bispo eleito do Brazil, e Francisco Teixeira, capitão e chanceller da
dita villa de Santarem; e que os ditos seus avôs eram pessoas nobres e como
taes se trataram sem pre, servindo nas terras de suas moradas os cargos nobres
da governança dellas, e eram christãos velhos sem raça alguma de mouro, judeu,
mulato, nem de outra infecta nação, e tinham brazão de armas da dita familia,
de que usavam; e porque ele supplicante vi via á lei da nobreza, me pedia que,
pela memoria de seus progenitores se não perder, lhe mandasse passar seu brazão
de armas para usar, e gozar d’ellas, e de seus privile gios, e receberia mercê;
a qual petição, sendo-me apresentada, se mostrava de varias justificações de
muitas testemunhas e brazão de armas, tudo incluso na dita sentença, o referido
na sobredita petição do supplicante, e finalmente estar julgado por filho, e
neto das pessoas nomeadas, e por descendente da dita família dos Teixeiras, e
lhe competir suas armas, brazão, honras e privilegios a ela concedidos; e a
dita sentença foi promul gada pelo doutor José de Basto Pereira de Torres,
corregedor do civel da côrte, e tirada do processo em nome de sua magestade, e
passada pela chancellaria, e fica no cartorio da nobreza do escrivão d’ella,
que esta subscreveu, e em virtude e cumprimento da qual, visto por ella estar
julgado por descendente da dita geração, e lhe competir brazão e ar mas d’ella,
como dito é, próvi e busquei os livros do registro da nobreza das armas da
nobre e antiga fidalguia d’estes reinos, e n'elles achei assentadas e
registradas as armas da muito nobre e antiga familia dos Teixeiras, que n'estes
reinos são seus ascendentes, fidalgos de geração e cota de armas, e nesta lh'as
dou divisadas, e illuminadas com o metal e côr que a elas pertencem, conforme a
ordenança de armaria; a saber: Um es cudo posto ao balon de campo azul, e sobre
ele uma cruz de ouro potencea aberta, º por diferença uma brica de prata com
uma almofada vermelha; elmo de prata abert0, guarnecido de ouro; paquife do
metal e côr das armas, e por timbre meio unicornio dº prata com a ponta e unha
de ouro. E porque estas são as armas que á dita linhagem perº tencem, lh'as dei
e ordenei nesta, com o poder e auctoridade que de meu muito nobre e real oficio
para isso tenho, para dellas usar e gosar como acto e prerogativa de sua
nobreza e fidalguia. E com elas poderá entrar em batalhas, campos, duelos,
rectos, des afios, justas e torneios, e exercitar os mais actos de guerra, e
paz,que licitos e honest08 foram, e trazel-as em seus reposteiros, firmaes,
anneis, sinetes e mais cousas de seu Ser viço, d’onde convenientemente estejam,
e pôl-as nos portaes de suas casas e quintas, º deixal-as sobre sua propria
sepultura, e finalmente se poderá servir, e honrar e aprovºlº tar d’ellas como
suas que são, e à sua nobreza convem. Pelo que requeiro a todos 08
corregedores, provedores, ouvidores, juizes e mais justiças de sua magestade,
da partº do dito senhor, e da minha lhes peço muito por mercê, e por bem do
oficio da nobrezº das armas que tenho, deixem trazer, lograr e possuir ao
supplicante João de Carvalho de Sousa as ditas armas e com elas gozar de todos
os privilegios, graças, honras, franquezas, mercês, favores, isenções e mais
liberdades concedidas as ditas armas, e de que gozam e devem gozar e uzar os
nobres e antigos fidalgos de geração e cota de armas, em espº. cial os da dita
geração, assim como pela dita sentença está determinado e julgado. E mando a
todos os oficiaes da nobreza, como juiz que sou d’ella, reis de armas, araul08
e passavantes o cumpram e guardem, sem embargo algum, que a esta lhe seja
posto. Em fé do que lhe mandei passar a presente por mim assignada com o signal
do nome do meu oficio, de que uso nos brazões. Dada nesta côrte e cidade de
Lisboa, aos 20 de Ju nho do anno do nascimento de nosso senhor Jesus Christo de
1685. Francisco Mendes º fez pelo capitão Francisco Luiz Ferreira, escrivão da
nobreza n'estes reinos e senhorlºº de Portugal, por sua magestade, que Deus
guarde. E eu, o capitão Francisco Luiz Ferº reira, a fiz escrever e subscrevi.
— Portugal rei de armas principal.
XLIX Brazão
de armas concedido a João Velho
(1703)
Portugal rei de armas nestes
reinos de Portugal, do muito alto e muito poderosorei D. João quinto, nosso
senhor por graça de Deus, rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d'além, mar
em Africa, senhor de Guiné e da conquista, navegação, commercio da Ethio pia,
Arabia, Persia e India, etc. Faço saber a quantos esta minha carta, e certidão
de brazão de armas, fidalguia, e nobreza digna de fé e crença virem, que por
parte de João Velho, morador n’esta cidade, me foi feita petição, dizendo que
pela sentença junta que offerecia, passada em nome de sua magestade e pela
chanchellaria da côrte, e promulgada pelo doutor Gonçalo da Cunha Villasboas,
desembargador da casa da supplicação e corre gedor do civel da côrte com
alçada, constava ser o supplicante descendente das nobres, e antigas familias
dos Vasconcellos, e Velhos, que
n'este reino são fidalgos antigos de solar e cotta de armas, por ser filho
legitimo de Bento Marques Velho, filho de Manuel Marques Velho, avô d’elle
supplicante, moradores que foram nesta cidade, os quaes tiraram bra zão de
armas das familias de quem descendem dos Vasconcellos,
que procedem de Pedro Martins da Torre, filho de Martim Moniz, o illustre
capitão que morreu á entrada da porta de Lisboa, neto do conde D. Osorio, que
passou a Portugal em tempo do conde D. Henrique; e foi seu solar a torre de Vasconcellos na provincia de Entre
Douro, e Mi nho, de que tomaram o appelido; e outrosim dos Velhos, que procedem
de D. Gaião, alcaide-mór de Santarem; os quaes todos eram pessoas nobres, e
como taes se trataram sempre á lei da nobreza, com armas, cavallos, criados e
gente de seu serviço, e serem chris tãos velhos, sem raça alguma de mouro, ou
judeu, nem de outra infecta nação, sem n’elles haver quebra de bastardia; dos
quaes ele supplicante descende, e por tal estava julgado na dita sentença, e
por se não perder a memoria de seus progenitores de sua antiga fidal guia e
nobreza, queria para conservação d’ella um brazão de armas pertencentes ás
ditas gerações dos Vasconcellos, e
Velhos; pelo que me pedia lhe mandasse passar carta e cer tidão de brazão em
forma, com as armas illuminadas, assim como ele supplicante as havia trazer, e
d’ellas uzar; e vista por mim a dita sua petição, e sentença, e mais do
cumentos insertos, que ficam no cartorio da nobreza em poder do escrivão
d’ella; e por ella consta estar o supplicante julgado por legitimo descendente
das ditas gerações, pelo haver assim provado, e justificado largamente na dita
sentença, da qual achei deduzido tudo o conteudo na dita petição: em virtude da
qual provi o livro da fidalguia, e nobreza do reino, que em meu poder tenho, e
n'elle achei registradas as armas que ás ditas linhagens pertencem, que são as
que n'esta lhe dou, divisadas e iluminadas, a saber: Um escudo posto ao balon
partido em palla, no primeiro as armas dos Vasconcellos,
que são em campo preto tres faxas de veiros de prata, e sanguinho veirados e
contraveirados; no segundo as dos Velhos, em campo sanguinho cinco vieiras de
ouro em aspa, e por diferença um triangulo de ouro; elmo de prata aberto
guarnecido de ouro, paquife dos me taes, e côres das armas; timbre o dos Vasconcellos, um leão preto rompente
faxado com as tres faxas das armas, armado de vermelho. E porque estas são as
armas que as ditas linhagens pertencem, eu Manuel Leal, rei de armas Portugal,
e principal, com o poder do meu muito nobre e real oficio, lh'as dou, e assigno
assim como vão no dito escudo, as quaes armas poderá uzar como acto e
prerogativa de sua nobreza e fidalguia, e com elas gozar de todas as graças,
honras, mercês e privilegios que pelos senhores reis d’este reino foram
concedidos aos fidalgos, e nobres d’elle, e em especial aos das ditas gerações,
e com elas poderá entrar em batalhas, e em todos e quaesquer actos, assim da
paz como da guerra, tanto nas cousas graves, e de necessidade, como nas
voluntarias, e de recreação, assim como justas, torneios e tudo mais que
licito, e honesto fôr, e as poderá fazer pintar e bordar em seus reposteiros,
bandeiras, e estandartes, e abril-as nas suas baixellas, e em seus anneis e
sinetes, e nos portaes de suas casas e quintas, e es culpir sobre sua propria
sepultura, servindo-se e honrando-se d’ellas, como a sua nobreza e fidalguia
convem, e como o fazem os mais fidalgos e nobres d’este reino: pelo que re
queiro a todos os desembargadores, corregedores, ouvidores, juizes e mais
justiças de sua magestade, da parte do dito senhor, e da minha, por bem do
oficio que tenho, e em especial mando aos oficiaes da nobreza, como juiz que
sou d’ella, reis de armas, arautos e passavantes a cumpram e façam inteiramente
cumprir e guardar, assim como por mim é julgado e determinado: e por firmeza de
tudo, vai por mim assignada com o signal publico do nome do meu oficio. Dada
nesta côrte e cidade de Lisboa em 20 de fevereiro de 1709. Francisco de Almeida
a fez por José Duarte Salvado, cavaleiro da casa real, e escrivão da nobreza
n'estes reinos e senhorios de Portugal. E eu José Duarte Salvado a fiz
escrever, e subscrevi.
L Brazão de armas concedido a José Anacleto Pereira da Silva (1738)
DOM JOÃO por graça de Deus rei de
Portugal e dos Algarves, d'aquem e além mar em Africa, senhor de Guiné, e da
conquista, navegação e commercio da Ethiopia, Ara bia, Persia e da India, etc.
A quantos esta minha carta virem faço saber, que José Ana cleto Pereira da
Silva Monteiro, cavaleiro professo na ordem de Christo, e guarda-mór do lastro
do rio desta cidade de Lisboa, e nella morador, me fez petição em como ele
descendia, e vinha da geração, e linhagem dos Pereiras e Monteiros, e que suas
armas lhe lhe pertenciam de direito, e pedindo-me por mercê, que para a memória
de seus ante cessores se não perder, e ele usar, e gozar das honras das armas,
que pelos merecimen tos de seus serviços ganharam, e lhe foram dadas, assim dos
privilégios, honras, graças, e mercês, que por direito, e por bem dellas lhe
pertencem, lhe mandasse dar minha carta das ditas armas, que estavam registadas
em os livros dos registos das armas dos nobres e fidalgos de meus reinos, que
tem Portugal meu principal rei de armas: a qual petição vista por mim mandei
sobre ella tirar inquirição de testemunhas pelo dr. Joã0 Baptista Bavone, do
meu desembargo, e meu desembargador em esta minha côrte, e casa da supplicação,
corregedor do civel em ella, e por Antonio Soares Guerreiro, escrivão do dito
juizo, pelos quaes fui certo, que ele procede, e vem da geração e linhagem dos
di tos Pereiras e Monteiros, como filho legitimo de Manuel Vicente Pereira,
cavaleiro pro fesso na ordem de Christo, familiar do santo oficio dos do numero
da villa de Santarem, e de D. Francisca Clara de Oliveira, filha legitima de
Antonio Gonçalves de Oliveira, tam bem familiar do santo oficio, e natural de
S. Perotins da Maia, e de Paschoa Cardosa da Silva, natural da villa de
Santarem, onde foram moradores. Neto pela parte paterna de Domingos Pereira
Monteiro e de Domingas Dias, pessoas nobres, e de limpo sangue, mo radores que
foram no logar de Fornelos, concelho de Aregos, comarca de Lamego, onde nasceu,
e se criou o dito seu filho Manuel Vicente Pereira, bisneto de Gaspar Monteiro
Pereira, senhor da quinta do Barró, e capitão-mór do concelho de S. Martinho de
Mou ros, aonde a sua casa era a principal pela sua qualidade e trato, casado
com D. Franciscº de Azevedo, que foi senhora da quinta de Couto de Picão, e
herdeira de toda a casa de seus paes, que foram Balthazar Vieira Monteiro,
senhor do dito couto, e sua mulher D. Joanna dé Azevedo e Castro, filha de
Estevão Rebello Pinto, e de Maria de Azevedo º Vasconcellos, neta pela parte paterna de Fernando de Canto de
Monterroio, senhor da dita casa e couto, padroeiro da igreja de Rotem, e de sua
mulher Maria de Aguiar Vieira da Silveira, filha de Pedro Vieira de Lordellos,
senhor da quinta de Cidrais, e bisneto de Pedro Annes de Monterroio, senhor da
quinta de Picão, que era casa de solar antigo, º d’ellas usaram seus
antecessores, em todos os logares de honra, como os nobres e antigos fidal gos
sempre as costumaram trazer em tempo dos mui esclarecidos reis meus antecesso
res, e com elas possa entrar em batalhas, torneios, escaramuças, e exercitar
com ellas todos os mais actos licitos, tanto de guerra como de paz, e d’ellas
poderá usar em seus firmaes, anneis, sinetes, e divisas, pôl-as em suas
proprias casas, e edificios, e deixal-as sobre sua sepultura, e finalmente se
servir, honrar, gosar e aproveitar d’ellas em todo, e por todo, como á sua
nobreza convém; com o que quero e me praz que haja elle José Anacleto Pereira
da Silva Monteiro, e seus descendentes todas as honras, privilegios, liber
dades, graças, e mercês, isenções, e franquezas que hão e devem haver os
fidalgos, e nobres e de antiga linhagem, como sempre o usaram, e gosaram os
ditos seus anteces sores. Pelo que mando a todos os meus corregedores,
desembargadores, juizes, e mais justiças, e em especial aos meus reis de armas,
arautos e passavantes, e a quaesquer ou tros oficiaes e pessoas a quem esta
minha carta fôr mostrada, e o conhecimento d’ella pertencer, que em tudo lha
cumpram e guardem e façam cumprir, e guardar como nela se contém sem duvida nem
embargo algum, que em ella lhe seja posto, porque assim é minha mercê. El-rei
nosso senhor o mandou por Manuel Pereira da Silva, seu rei de ar mas Portugal.
Fr. Manuel de Santo Antonio, religioso da ordem de S. Paulo, a fez em Lisboa
aos vinte dias do mez de dezembro do anno do nascimento de nosso senhor Jesus
Christo de 1738. E eu Antonio Francisco e Sousa subscrevi. — Portugal rei de
armas principal.
LI Brazão de armas concedido a José Ferraz de Araujo (1720)
Portugal rei de armas principal
n’estes reinos de Portugal, do muito alto e poderoso rei D. João quinto, nosso
senhor, por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves, d'áquem e d'álem mar
em Africa, senhor de Guiné e da conquista, navegação, do commercio da Ethiopia,
Arabia, Persia, e da India, etc. Faço saber a quantos esta minha carta e certi
dão de armas, fidalguia, e nobreza digna de fé e crença virem, que por parte do
doutor José Ferraz de Araujo, conego que foi da santa sé de Coimbra, e prior de
S. Pedro de Tamengos, do mesmo bispado, me foi feita petição, dizendo que ele
pela sentença junta que oferecia, passada em nome de sua magestade, e pela
chancellaria da côrte, pelo doutor Braz Rodrigues Pereira, juiz de fóra com
alçada na villa e termo de Melgaço, por sua magestade, que Deus guarde, auditor
da gente de guerra da praça de Melgaço, e juiz dos orphãos, tudo pelo dito
senhor; constava ser o supplicante descendente das familias dos Ferrazes,
Araujos, Castros e Sousas, que nestes reinos são fidalgos antigos de cotta de
armas, por ser filho do capitão Francisco Ferraz de Araujo, morador que foi na
cidade de Lisboa, e que o dito seu pae Francisco Ferraz de Araujo era filho de
D. Maria de Araujo de Sousa e Castro, a qual foi casada com Francisco Ferraz da
Motta, mora dores que foram na cidade do Porto; e que a dita D. Maria de Araujo
de Sousa e Castro, avó d'elle supplicante, era filha de Antonio de Castro e
Sousa, morador que foi na sua quinta do Pezo, termo da villa de Melgaço, e que
o dito Antonio de Castro e Sousa, bisavô d'elle supplicante era homem fidalgo
de geração, e que sempre se intitulara por ser das mais nobres e principaes
familias da provincia de Entre Douro e Minho, com tanta grandeza, que era
senhor de vassallos com jurisdicção de pôr e tirar justiças nas fregue zias de
Arenthe e Pedras Rubias, no reino de Galliza, cuja jurisdicção e senhorio de
Vas sallos possuiu até o presente tempo das guerras seu neto Antonio de Castro
de Sousa e Medrano, morador na sua mesma quinta, e que o dito Antonio de Castro
e Sousa, bisavô d’elle supplicante, sempre foi tido e havido por descendente da
melhor familia das da província de Entre Douro e Minho, e que sempre usara das
armas e escudos, assim em suas casas como em suas sepulturas, que tem na
capela-mór da egreja matriz da villa de Melgaço, que é do padroado, o qual teve
brazão das ditas armas. Dos quaes todos descendia elle supplicante, e que
sempre se trataram á lei da nobreza, com cavallos de outra infecta nação, por
tal lhe estava julgado na dita sentença; e por se não perder a memoria de seus
progenitores, e de sua antiga fidalguia e nobreza, queria elle para con
servação d’ella um brazão de armas pertencentes ás ditas familias dos Ferrazes,
Araujos, Castros e Sousas, pelo que me pedia lhe mandasse passar carta de
brazão de armas as sim como ele as havia de trazer e d’ellas usar. E vista a
dita sua petição e sentença, e mais documentos n’ella insertos, que ficam no cartorio
da nobreza, e por ella consta estar o supplicante julgado por legitimo
descendente das ditas familias, pelo haver assim provado e justificado
largamente na dita sentença, da qual achei deduzido todo o con teudo na dita
petição, em virtude da qual provi o livro de fidalguia e nobreza do reino, que
em meu poder tenho, e n'elle achei registadas as armas que ás ditas linhagens
per tencem, que são as que n'esta lhe dou divisadas e illuminadas, a saber: um
escudo ovado esquartelado, no primeiro quartel as armas dos Ferrazes, que são
em campo de prata cinco vazantes vermelhos com tres riscos de ouro postos em
santor; no segundo quartel as armas dos Araujos, que são em campo de prata uma
aspa azul, e n’ella cinco vazantes de ouro; no terceiro quartel as armas dos
Castros, que são em campo de prata seis arruelas azues, no quarto quartel as
armas dos Sousas, que são escudo esquarte lado; no primeiro e quarto quartel as
quinas de Portugal, no segundo e terceiro quartel em campo de prata um leão de
purpura, e por diferença um trifolio azul. E porque estas são as armas que ás
ditas linhagens pertencem, eu Manuel Leal, rei de armas Portugal e principal,
com o poder do meu muito nobre e real oficio lh'as dou e assigno, assim como
vão no dito escudo, as quaes armas poderá usar, como acto e prerogativa de sua
nobreza e fidalguia, e com elas gozar de todas as graças, mercês, honras e
privilegios, que pelos senhores reis deste reino foram concedidas aos fidalgos
e nobres d’este reino, e as poderá trazer em suas baixellas, reposteiros,
anneis e sinetes, e nos portaes de suas casas e quintas, e deixal-as sobre sua
propria sepultura, e finalmente servindo-se e hon rando-se d’ellas como á sua
nobreza e fidalguia convém, e como fazem os mais fidalgos e nobres d’este
reino. Pelo que requeiro a todos os desembargadores, corregedores, ou vidores,
juizes e mais justiças de sua magestade da parte do dito senhor, e da minha por
bem do oficio que tenho, e em especial mando aos oficiaes da nobreza, como juiz
que sou d’ella, reis de armas, arautos e passavantes, a cumpram e façam
inteiramente cum prir e guardar, assim como por mim é determinado e julgado, e
por firmeza de tudo vai por mim assignada com o signal publico do nome do meu
oficio. Dada n'esta côrte e cidade de Lisboa Occidental em 11 de abril de 1720.
E eu Francisco José da Cruz a fiz e subscrevi por despacho do juiz rei de armas
Portugal e principal, em falta de escrivão da nobreza. — Portugal rei de armas
principal.
LII Brazão de armas concedido a José Leitão de Almeida (1629)
Portugal rei de armas n’estes
reinos e senhorios de Portugal, pelo muito alto e pode roso rei D. Filippe III,
nosso senhor, rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d’além mar em Africa,
senhor de Guiné e da conquista, navegação, commercio da Ethiopia, Ara bia,
Persia, e da India, etc. Faço saber aos que esta minha carta e certidão de
armas de nobreza, digna de fé e crença virem, que por parte de José Leitão de
Almeida, morador n'esta cidade de Lisboa, e natural da Ribeira de Pena, do
arcebispado de Braga, filho de João Fernandes, e de sua mulher Camilla Leitoa,
moradores na dita Ribeira; neto de Christovão Leitão, e bisneto de Damião
Leitão, o qual seu bisavô foi fidalgo da casa de El-rei nosso senhor,
governador de Cabo Verde, os quaes seu avô e bisavô descendem por linha
masculina, sem bastardia, dos Leitões, que nestes reinos de Portugal são fidal
gos: assim elle, e eles não tem raças de mouros, judeus, nem de outra infecta
nação, e serem pessoas nobres e conhecidas nestes reinos, e por taes foram tidos
e havidos; assim elles como elle, sempre se trataram á lei da nobreza e
fidalguia, assim uns e outros con forme as suas qualidades, tendo continuamente
cavallos, criados, escravos, e outra gente de seu serviço, e fazendo muitos
serviços aos reis d’este reino, na defensão d'elles, com suas pessoas e
fazenda, como tudo constou por um instrumento publico, que o dito José Leitão
de Almeida tirou nesta cidade de Lisboa, feito por Manuel Guterres, escrivão
dos corregedores do civel, e assignado pelo doutor Manuel Salgado Souto-maior,
corregedor dos feitos, e causas civeis n'esta dita cidade de Lisboa, e sua
correição, o qual fica em meu poder, ao que me reporto, e em tudo, e por tudo,
porque constava do sobredito para gozar da dita nobreza da dita geração e armas
acima ditas, que nestes reinos de Portugal são fidalgos de cota de armas, e das
mais honras e prerogativas, preeminencias, privilegios, liberdades de seu
sangue, e me pediu que para memoria de seus antecess0 res se não perder, da
parte do dito senhor lhe passasse, e désse um escudo das armas que lhe
pertencem, e carta de certidão em forma para usar d’ellas. E visto por mim seu
requerimento provi, e busquei os livros da nobreza e fidalguia destes reinos, e
n'elles achei registradas as armas dos Leitões d’estes reinos, que a ele
supplicante lhe perten cem, e lh'as dou divisadas e illuminadas, a saber : — Um
escudo, o campo de prata, tres faxas de vermelho, e por divisa um trifolio
verde, e por timbre um leão de purpura com uma faxa vermelha; elmo de prata
aberto, guarnecido de oiro: paquife de oiro, e côres das armas: por assim lhe
pertencerem, e as poder trazer e usar d’ellas o dito José Leitão de Almeida lhe
passei a presente para com elas poder, como póde entrar em ba talhas, campos,
duelos, reptos, escaramuças, desafios, justas, torneios, e exercitar todos os
outros actos licitos de guerra e de paz, assim as poderá trazer em seus
reposteiros, firmas, anneis, sinetes, divisas, e pol-as em suas casas, e
deixal-as abrir em sua sepul tura, servindo-se e honrando-se, e aproveitando-se
d’ellas em tudo e por tudo, como a sua nobreza e fidalguia compete, e por esta
carta de nobreza, e carta de armas, lhe per tencem. Pelo que requeiro a todos
os desembargadores, corregedores, provedores, ouvi dores, juizes, alcaides,
meirinhos, e todas as mais justiças de sua magestade, da parte do dito senhor,
provendo o oficio da nobreza que tenho, em especial mando aos reis de armas, e
passavantes, que ora são, e ao diante forem, como juiz que sou d’ella, a
cumpram º guardem, e façam muito inteiramente cumprir e guardar assim, e da
maneira que nesta se contém, passada com todos os privilegios, graças, honras e
em elles que hão e devem haver os fidalgos de cotta de armas, e por verdade em
fé de testemunho d’ella, vai por mim assignada. Dada n'esta côrte e cidade de
Lisboa aos 18 de março do anno do nas cimento de nosso senhor Jesus Christo de
1629. E eu André Fernandes, cavalleiro da casa de el-rei nosso senhor, arauto
escrivão da nobreza nestes reinos e senhorios de Portugal o escrevi. — Portugal
rei de armas.
LIII Brazão de armas concedido a José Pereira da Silva Negreiros (1755)
Portugal rei de armas principal
nestes reinos e senhorios, pelo muito alto, muito p0 deroso e fidelissimo rei
D. José, nosso senhor, por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves,
d'aquém e d'alem mar em Africa, senhor de Guiné e da conquista navegacão,
commercio da Ethiopia, Arabia, Persia e da India, etc. Faço saber a todos os
que esta minha certidão de brazão de armas de nobreza e fidalguia de linhagem
digna de fé e crença virem, que neste juízo da nobreza me fez petição por
escripto, José Pereira da Silva Ne greiros, cavalleiro fidalgo da casa real,
professo na ordem de Christo, commissario das n’ella que ele supplicante é
filho legitimo de Theodosio Pereira de Negreiros, escudeiro, caval leiro
fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Ignacia Jacinta da Rosa; neto, pela
parte paterna de Francisco Pereira Negreiros, e de sua mulher D. Andreza Nunes,
e pela ma terna, que é neto de Manuel da Silva, e de sua mulher D. Marianna da
Conceição, todos naturaes d’esta cidade de Lisboa, os quaes todos foram pessoas
muito nobres e por taes conhecidos nas terras onde viveram, e descendiam do
verdadeiro tronco das nobres e an tigas linhagens dos Pereiras e Negreiros, que
neste reino de Portugal são fidalgos de cotta de armas, e lhe pertenciam
direitamente as proprias de suas familias, sem que em algum d'elles houvesse
labeo de judeu ou mouro, ou de outro sangue infecto que podesse pôr nodoa na
sua fidalguia, nem havia fama ou rumor em contrario, que todos foram servidos
honradamente e á lei da nobreza, com armas, cavallos, criados e tudo o mais
necessario ás suas pessoas, como á qualidade da sua fidalguia convinha; pelo
que me pe dia lhe désse carta de brazão com as armas, que lhe pertenciam pelas
referidas familias de seus avós, na forma do estylo, para poder usar d’ellas em
todas as partes onde o costuma fazer a nobreza, e gosar das liberdades
concedidas ás linhagens a quem perten cem. E vista por mim a dita sua petição e
sentença de justificação a ella junta, proferida pelo desembargador João
Caetano Torel da Cunha Manuel, corregedor do civel da côrte, e casa da
supplicação, escripta por Paulo de Almeida Seabra, escrivão do dito juizo, por
ella me constou haver o supplicante justificado tudo o sobredito com
testemunhas e do cumentos, a qual fica conservada no cartorio da nobreza, em
poder do escrivão d’ella, que ante mim serve, e porquem esta vai subscrita: E
porque o supplicante tem mostrado a sua ascendencia, nobreza, e fidalguia de
seus progenitores, pois não foi dispensado para o habito, de que é professo,
por ter os requisitos de nobreza na forma dos defini torios da dita ordem, e
requer este brazão para conservação de sua nobreza e memoria de seus
antepassados, busquei os livros dos registos das armas da nobreza e fidalguia
d’este reino, que em meu poder estão, e n'ellas achei as que pertencem ás
nobres e an tigas linhagens dos Pereiras e Negreiros, na forma que lh'as dou
iluminadas nesta carta, com as mesmas figuras, côres e metaes, segundo as
regras do nobre oficio da armaria, a saber: Um escudo partido em pala: na
primeira as armas dos Pereiras, que são em campo vermelho uma cruz de prata
florida e vazia do campo. Na segunda pala a dos Ne greiros, que são esquarteladas.
O primeiro quartei palado de seis peças de ouro e azul. O segundo xadrezado dos
mesmos esmaltes com seis peças em faxa, e seis em pala; e assim os contrarios.
Elmo de prata aberto guarnecido de ouro; paquife dos metaes e côres das armas.
Timbre o dos Pereiras, que é uma cruz Vermelha, entre duas azas de ouro, e por
differença uma brica de ouro com um trifolio verde. O qual escudo eu, Pe dro de
Sousa, rei de armas Portugal e principal, com o poder do meu muito nobre e real
oficio, lhe dou para ele uzar nos seus reposteiros, sinetes, casas, portadas de
quin tas, capellas e mais edificios da sua fundação, e deixal-o sobre a sua
sepultura, como costumam os fidalgos d’este reino. E requeiro a todos os
desembargadores, corregedo res, juizes, e a todas as mais justiças de sua
magestade, da parte do mesmo senhor, e da minha, em virtude do oficio que
tenho, e em especial aos oficiaes da nobreza, reis de armas, arautos e
passavantes, que agora são e ao diante forem, deixem trazer ao sup plicante as
ditas armas, e lograr-se d’ellas em todos os actos acima referidos, com todas
as liberdades e isenções; e cumpram e façam dar o devido e inteiro cumprimento
a esta minha carta e certidão de brazão de armas, que mandei passar, e para
firmeza, fé, e tes temunho d’ella, vai por mim assignada com o nome do meu real
oficio. Dada nesta côrte e sempre leal cidade de Lisboa, aos 30 dias do mez de
junho de 1755. Fr. Manuel de Santo Antonio e Silva, da ordem de S. Paulo, a fez
por especial provisão de sua ma gestade, que Deus guarde. E eu, Rodrigo Ribeiro da Costa, escrivão da nobreza
n'estes reinos e senhorios de Portugal e suas conquistas, por sua magestade,
que Deus guarde, a fiz escrever e subscrevi. — Portugal rei de armas principal.
LIV Brazão de armas concedido a José dos Santos Freire (1749)
DOM JOÃO por graça de Deus rei de
Portugal e dos Algarves, d'aquem e d’além mar em Africa, senhor de Guiné e da
conquista, navegação, do commercio da Ethiopia, Arabia, Persia, e da India,
etc. Faço saber aos que esta minha carta virem, que José dos Santos Freire,
almoxarife do paço real de Salvaterra de Magos, me fez petição, dizendo-me que
elle vinha por legitima descendencia da nobre geração e linhagem dos Costas,
Coelhos, Tavares, e Freires, as quaes gerações n'este reino são de fidalgos de
linhagem e cotta de armas, e me pedia por mercê que para a memoria dos seus
antecessores se não perder, e elle usar e gozar das honras das armas, que pelos
merecimentos de seus serviços ga nharam, e lhe foram dadas, assim dos
privilegios, honras, graças e mercês, que por di reito, e por bem d’ellas lhe
pertencem, lhe mandasse dar minha carta das ditas armas que estavam registradas
em o livro dos registros das armas dos nobres e fidalgos de meus reinos, que
tem Portugal meu principal rei de armas; para o que me apresentou uma sentença
de justificação de sua ascendencia e nobreza, proferida pelo doutor Fran cisco
Xavier Porcile, meu desembargador, e corregedor do civel, que serve em esta mi
nha côrte e casa da supplicação, escripta por Antonio Soares Guerreiro,
escrivão do dito juizo, em a qual depois de tirar inquirição de testemunhas,
julgou o dito meu corregedor ser o supplicante da antiga nobreza, sangue limpo,
e legitimo descendente das ditas fami lias de Costas, Coelhos, Tavares, e
Freires. Por provar ser filho legitimo de Antonio da Costa Coelho, e de sua
mulher Dionisia Antunes Caldeira, naturaes da villa de Salvaterra de Magos; neto
pela parte paterna de Manuel da Costa Coelho, e de sua mulher Maria Rodrigues
Coelho, e pela parte materna ser neto de Duarte Lopes Temudo Tavares, e de sua
segunda mulher Maria Antunes Caldeira Freire, e que os ditos seus paes e avós
fo ram pessoas muito nobres e legitimos descendentes das ditas familias de
Costas, Coelhos, Tavares e Freires, e como taes se trataram á lei da nobreza,
sendo dos principaes da dita villa aonde serviram os cargos e logares honrosos
do governo d'ella, servindo-se com cria dos e cavallos, como pessoas nobres que
eram, sem que nas ditas gerações houvesse raça de infecta nação, e assim lhe
pertencem de direito às suas armas, as quaes lhe mando dar em esta minha carta
com seu brazão, elmo, e timbre, como aqui são divisadas, e assim como fiel e
verdadeiramente se acharam illuminadas e registradas em os livros do dito
Portugal, meu rei de armas, a saber : — Um escudo esquartelado; no primeiro
quartel as armas dos Costas, que são em campo sanguinho seis costas de prata
firmadas no escudo postas em tres faxas; no Segundo quartel as armas dos
Coelhos, que são em campo de oiro um leão de purpura faxado de tres faxas em
xadrez de oiro e azul, ar mado de sanguinho, orla azul com sete coelhos de
prata; no terceiro as dos Tavares, que são em campo de oiro cinco estrellas
sanguinhas de seis pontas, em santor; no quarto quartel as dos Freires, que são
em campo verde uma banda sanguinha cotilada de Oiro, que saem as pontas das
bocas de duas cabeças de serpes de oiro com as linguas sangulº nhas; elmo de
prata aberto guarnecido de oiro; paquife dos metaes e côres das armas: timbre o
dos Costas, que é duas costas de prata postas em aspa, atadas com um troçal
sanguinho, e por diferença uma brica de oiro com uma flôr de liz azul; o qual
escudo dar mas poderá trazer e traga o dito José dos Santos Freire, como as
trouxeram e d’ellas usaram os ditos nobres e antigos fidalgos seus
antepassados, em tempo dos esclarecidos reis meus antecessores, e com ellas
possa entrar em batalhas, campos, rectos, escaramuças, exerciº tar com elas
todos os outros actos licitos da guerra e da paz; e assim as poderá trazer em
seus firmacs, anneis, sinetes, e divisas, pol-as em suas casas, e edifícios, e
deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente se poderá servir, honrar,
gozar, e aproveitar praz que hajaelle todas as honras, privilegios, liberdades,
graças, mercês e isenções e franquezas, que hão e devem haver os fidalgos
nobres e de antiga linhagem, e como sempre de tudo usaram e gosaram os ditos
seus antepassados; pelo que mando a todos os meus desem bargadores,
corregedores, juizes e justiças, alcaides, e em especial aos meus reis de ar
mas, arautos e passavantes, e a quaesquer outros oficiaes e pessoas a quem esta
minha carta fôr mostrada e o conhecimento d’ella pertencer, que em tudo lh'a
cumpram e guar dem e façam cumprir e guardar como n’ella é conteudo, sem duvida
ou embargo algum que em ella lhe seja posto, porque assim é minha mercê. El-rei
nosso senhor o mandou por Manuel Pereira da Silva, seu rei de armas Portugal.
Fr. Manuel de Santo Antonio, da ordem de S. Paulo, e reformador do cartorio da
nobreza, por especial provisão do dito senhor a fez em Lisboa a 15 do mez de
setembro 1749; e eu Ililario da Costa Barreiros Telles, proprietario do oficio
do escrivão da nobreza n'estes reinos e senhorios de Por tugal, e suas
conquistas a subscrevi. — Portugal rei de armas principal.
LV Brazão de armas concedido a José de Sequeira de Vasconcellos (1699)
Portugal rei de armas principal
do muito alto e poderoso rei D. Pedro segundo, por graça de Deus rei de
Portugal e dos Algarves, d'aquem e d'alem mar em Africa, senhor de Guiné, e da
conquista, navegação, commercio da Ethiopia, Arabia, Persia, e da India, etc.
Faço saber a quantos esta minha carta de certidão e brazão de armas, fidalguia
e nobreza digna de fé e crença virem, que por parte de José de Sequeira de Vasconcellos Monter roio, natural e
morador do concelho de Paiva, me foi feita petição por escripto dizendo, que
pela sentença junta, que offerecia passada em nome de sua magestade, e pela
chan cellaria da corte, promulgada pelo doutor Affonso Botelho Soutomaior, do
desembargo do dito senhor, desembargador da casa da supplicação, e corregedor
com alçada dos feitos e causas civeis, constava ser ele supplicante das nobres
familias dos Moreiras, Monterroios, Vasconcellos,
Silveiras e Sequeiras, que n'este reino são fidalgos antigos, e notorios de
solar conhecido e de cotta de armas, por ser filho legitimo de Antonio Sequeira
Monterroio sargento-mor que foi do dito concelho, e familiar do santo oficio, e
de sua mulher D. Anna de Vasconcellos,
descendente por varonia de Pedro Annes Moreira, da familia dos Moreiras
fundadores do mosteiro de Tarouquela; e por casamentos tambem descendentes das
ditas famílias, como filho legitimo que é dos sobreditos, e primeiro neto que é
pela parte paterna de Ayres de Aguiar Vieira, que foi sargento-mór do mesmo
concelho de Paiva; segundo neto de Fernão de Couto Monterroio, senhor da quinta
de Picão, e de sua mulher Maria de Aguiar Vieira, filha de Pedro Vieira de
Lordelo, senhor da quinta de Cidraes, e de sua mulher Isabel de Aguiar da
Silveira, filha de Alvaro de Aguiar da Sil veira, e de sua mulher Maria
Fernandes de Sequeira, dos quaes o supplicante é quarto neto, e quinto neto de
João Affonso d'Aguiar, e de sua mulher D. Isabel de Mello, filha de João de
Mello, alcaide-mor de Serpa, e copeiro-mór do senhor rei D. Afonso III, e de
sua mulher D. Isabel da Silveira filha de Nuno Martins da Silveira, secretario
da puridade do senhor rei D. Duarte; e o dito Nuno Martins da Silveira foi
filho de Martim Gil Pes tana, alferes-mór de Evora, e de sua mulher Maria
Gonçalves da Silveira senhora da her dade deste nome em Alemtejo, solar desta
familia; de que procedem as casas titulares, que n'este reino se intitulam
Silveira, e pela dita Maria Fernandes de Sequeira, é descen dente dos Sequeiras
senhores da Torre de Palma, por ser filha de Ruy Fernandes de Se queira, irmão
de Lopo Vaz de Sequeira alcaide-mór do Alandroal, do qual e de sua mu lher D.
Cecilia de Menezes, filha de D. Fernando de Menezes senhor de Cantanhede, nasceu
Diogo Lopes de Sequeira, alcaide-mór do Alandroal, almotacel-mór do senhor rei
D. João III, governador da India; e o dito Ruy Fernandes de Sequeira foi filho
de Fran cisco Annes de Torres, e de sua mulher D. Branca Lopes de Sequeira,
filha de Lopo Vaz de Sequeira, alcaide-mór de Coimbra, descendente de D. Reimão
Viegas de Sequeira, que se achou na tomada de Sequeira com el-rei D. Fernando o
santo, e foi filho de D. Egas Pires Coronel, genro de D. Martinho de Anhaya, da
familia dos Goes, e neto de D. Pedro Coronel, que ajudou a conquistar este
reino ao senhor conde D. Henrique, e de sua mu lher D. Justa Paes, filha de D.
Paio Guterres, genro de D. Trastamiro, que o foi do conde de Castella D.
Gonçalo Nunes pae do grande Fernão Gonçalves; e o dito D. Trastamiro foi filho
de D. Alboazar Ramires, filho de el-rei Ramiro segundo de Leão. E pela via de
seu bisavô paterno é terceiro neto de Pedro Annes Monterroio, e quarto neto do
dito Pê dro Annes Moreira progenitor do dito Antonio de Sequeira Monterroio,
pae do suppli cante, a quem por via da dita sua mãe D. Anna de Vasconcellos pertence á familia dos Vasconcellos, como neto que é de Manuel
de Vasconcellos e de sua mulher D.
Maria Bar roso Meirelles, segundo neto de Christovão Cerveira de Vasconcellos, e de sua mulher D. Luiza
da Costa; terceiro neto de Duarte Mendes de Vasconcellos, senhor da quinta da Varge do Douro, dos quaes todos
descendia por linha direita sem bastardia, e se trata á lei da nobreza e
fidalguia, como todos seus avós, com armas, cavalios e escravos, e ser christão
velho limpo de toda a ruim raça, ou nação infecta, e por tal estava julgado e
sentem ciado pela dita sentença. E por que se não perdesse a memoria dos ditos
seus progenitores, e de sua antiga fidalguia e nobreza, queria ele supplicante
tirar para conservação della um brazão das armas pertencentes a quatro das
famílias das que lhe foram julgadas perten cerem-lhe, que são Sequeiras,
Silveiras, Vasconcellos, e Mellos,
pelo que me pedia lhe mandasse passar carta de certidão, e brazão em forma, com
as ditas armas divisadas e illuminadas, assim como ele supplicante as havia de
trazer, e d’ellas usar, e receberia mercê; e vista por mim a dita sua petição,
e sentença junta, que fica neste cartorio, co mo por ela consta estar julgado
por legitimo descendente das ditas quatro gerações, e ser christão velho limpo
de toda a ruim raça de infecta nação, pelo haver assim provado, e justificado largamente,
como consta pela dita sentença, em cumprimento do qual, provi o livro do
registo das armas da fidalguia e nobreza deste reino, e n'elle achei registadas
as armas que ás quatro ditas linhagens pertencem, convêm a saber: Um escudo
quarteado posto ao balon: no primeiro quartel as armas dos Sequeiras, que são
em campo azul cinco vieiras de oiro em santor, no segundo as armas dos
Silveiras, que são em campo de prata tres faxas vermelhas. No terceiro as armas
dos Vasconcellos, que são em campo
preto tres faxas veiradas de prata, e vermelho. No quarto as armas dos Mellos,
que são em campo vermelho seis bezantes de prata entre uma cruz dobrada, e os
lados de oiro; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, paquife dos metaes, e
cores das armas, timbrº dos Sequeiras, que são cinco penachos de azul, com uma
vieira das armas; e por difle rença uma estrella de prata, das quaes armas
poderá usar, como acto, e prerogativa de sua nobreza e fidalguia, e com ellas
usar de todas as graças, isenções liberdades, hon ras, mercês, e franquezas,
que pelos senhores reis deste reino são concedidas aos fidal gos, e nobres
d'elle, especialmente ás ditas quatro gerações, e com elas poderá entrar em
batalhas, campos, duelos, rectos, desafios, justas, torneios, e exercitar os
mais actos de guerra e paz, que licitos e honestos forem, e trazel-as em seus
reposteiros, firmaes, anneis, sinetes, e pol-as nas portadas das suas casas,
quintas e edificios, e deixal-as s0 bre a propria sepultura; e finalmente se
poderá servir e honrar nos actos d’ellas em que sua nobreza lhe der logar. Pelo
que requeiro da parte de sua magestade e da minha, por bem do oficio que tenho,
a todos os desembargadores, corregedores, provedores, ouvi dores, juizes e mais
justiças do dito senhor, deixem trazer ao supplicante as ditas armas, e com
elas gozar de todos os privilegios, liberdades, graças e honras a ellas
permittidas de que usam e gozam os nobres e fidalgos da geração de cotta de
armas deste reino de Portugal, e mando a todos os oliciaes da nobreza, como juiz
que sou d’ella, reis de ar do qual mandei passar a presente por mim assignada
com o signal publico, e nome do meu oficio de que uso. Dada nesta corte e
cidade de Lisboa aos 30 dias do mez de janeiro de 1699. Francisco Ferreira
Simões a fez. E eu José Duarte Salvado, cavaleiro da casa de sua magestade,
passavante Tavira, e escrivão da nobreza, por el-rei nosso senhor a subscrevi.
E levou o rei de armas Portugal o fôro de um marco de prata, o escrivão mil
réis. — Portugal rei de armas.
LVI Brazão de armas concedido a Luiz Botelho Froes de Figueiredo (1706)
Portugal rei de armas principal
nestes reinos e senhorios de Portugal, do muito alto, e muito poderoso rei e
senhor nosso D. Pedro segundo, por graça de Deus rei de Portugal e dos
Algarves, d'aquem e d’além mar em Africa, senhor de Guiné, e da conquista, nave
gação, commercio da Ethiopia, Arabia, Persia, e India etc. Faço saber a quantos
esta mi nha carta de certidão de brazão de armas, fidalguia, e nobreza digna de
fé e crença virem, que por parte de Luiz Botelho Froes de Figueiredo me foi
feita petição por escrito, di zendo, pela sentença junta que oferecia, passada
em nome de sua magestade, e pela chan cellaria da côrte, promulgada pelo doutor
Alexandre da Silva Corrêa, do desembargo do dito senhor, desembargador da casa
de supplicação, e corregedor com alçada dos feitos, e causas civeis em sua
côrte, constava ser elle supplicante descendente da nobre, e illus tre familia
dos Manueis, uma das dos principaes fidalgos d’este reino, por ser filho
legitimo de Ignacio de Mattos de Figueiredo Froes, e de D. Helena de Araujo e
Sousa, e neto pela parte paterna de Lançarote Froes de Figueiredo, e de D. Antonia
Manuela, bisneto de João de Mattos de Aguiar Manuel, terceiro neto de Francisco
de Aguiar da Cunha, quarto neto de D. Tristão Manuel, quinto neto de D. João
Manuel, e sexto neto de D. Fer nando Manuel, dos quaes todos descendia elle
supplicante, sem bastardia, nem raça de judeu, mouro, ou mulato, ou alguma
infecta nação; e porque a memoria dos ditos seus progenitores, e de sua antiga
fidalguia e nobreza se não perdesse, queria ele supplicante para conservação
d’ella um brazão das armas pertencentes á dita familia dos Manueis: pelo que me
pedia lhe mandasse passar carta de certidão de brazão em forma com as armas
illuminadas, e divisadas, assim como ele supplicante as havia trazer, e d’ellas
usar, e receberia mercê: e vista por mim a dita sua petição, e sentença, e mais
documentos n’ella insertos, que fica no cartorio da nobreza em poder do
escrivão que esta subscreveu, e como por ela consta estar o supplicante julgado
por legitimo descendente da dita familia, provi o livro da fidalguia e nobreza
deste reino, que em meu poder tenho, e n'elle achei registadas as armas que à
dita familia pertencem, que são as que n'esta lhe dou divisa das e illuminadas,
a saber: Um escudo esquartelado e posto ao balão, no primeiro quar tel em campo
sanguinho uma asa de Ouro, estendida, e n’ella uma mão com uma espada de
guarnições douradas, e a ponta para cima. No segundo em campo de prata um leão
de purpura rompente, e assim os contrarios; timbre a mesma mão, e asa e espada
das armas, e por differença meia brica de ouro com uma flôr de liz azul; elmo
de prata aberto guarnecido de ouro, paquife dos metaes e côres das armas. E
porque estas são as armas que á dita linhagem pertencem, eu Antonio de Aguiar,
rei de armas Portugal e principal com o poder de meu muito nobre e real oficio,
lh'as dou, e assigno assim como vão no dito escudo, para as usar como acto e
prerogativa de sua nobreza e fidalguia, e com elas go sar de todas as graças,
liberdades, honras, e mercês, que pelos senhores reis d’este reino fo ram
concedidas aos fidalgos, e nobres d’elle, e em especial aos da dita geração, e
com ellas poderá entrar em batalhas e em todos, e quaesquer actos militares
assim de paz, como de guerra, tanto nas coisas graves, e de necessidade, como
nas voluntarias, e de passatempo assim como justas, torneios, e tudo mais que
licito e honrado fôr, e as po derá fazer pintar, e bordar em seus reposteiros,
bandeiras, e estandartes, e abrir e escul pir nas baixelas de sua casa, e em
seus anneis e sinetes, e em todas as peças de ouro e prata, pedraria, e
grimpos, e nos portaes de suas casas, e quintas; e finalmente as por derá
esculpir, e deixar sobre sua propria sepultura, servindo-se, honrando-se, e
aprovei tando-se d’ellas, como á sua nobreza, e fidalguia convém, e como o
fazem os mais fidal gos, e nobres d’este reino. Pelo que requeiro a todos os
desembargadores, corregedores, ouvidores, juizes, justiças de sua magestade da
parte do dito senhor, e da minha por bem do oficio que tenho, e em especial
mando aos oficiaes da nobreza como juiz que sou d’ella, reis de armas, arautos
e passavantes, a cumpram, e façam inteiramente cumprir, e guardar, como por mim
é determinado e julgado, e por firmeza de tudo vai por mim assignada, com o
signal publico do nome do meu oficio. Dada em Lisboa aos vinte e tres dias de
setembro de 1706. Daniel Manlio a fez, por José Duarte Salvado, cavaleiro da
casa real e escrivão da nobreza n'estes reinos, e senhorios de Portugal. E eu
José Duarte Salvado, a fiz escrever e subscrevi, — Portugal rei de armas
principal.
LVII Brazão de armas concedido a Luiz Carvalho (1576)
João de Perada Portugal, rei de
armas principal, de elrei nosso senhor. Faço saber a quantos esta minha carta
de certidão de brazão de armas digna de fé e crença virem, que Luiz de
Carvalho, natural da cidade de Tanger, me pediu e requereu, que, porquanto ele
descendia por linha direita legitima e sem bastardia, por parte de seu pae
Garcia Fernandes de Carvalho, e de sua mãe Anna de Mattos, e de seus avós Nuno
Alvares de Carvalho, e Fernão de Mattos, que foi cavalleiro do habito de nosso
senhor Jesus Christo, e alcaide-mór, e adail do campo de Arzilla, e bisneto de Garcia
Fernandes de Carvalho, que outrosim foi cavaleiro do habito de Christo, e
alferes-mór das capitanias de Alcacer Ceguer, os quaes eram das gerações e
linhagens dos Carvalhos, e Mattos, que nestes reinos são fidalgos de cotta de
armas, como consta do instrumento auctorisado, que apre sentava, que lhe désse
um escudo com as armas, que ás ditas linhagens pertencem, e a elle por direito
pertencerem dever trazer, para d’ellas uzar, e gozar das honras e liber dades
que por bem da nobreza d’ellas gozaram seus antepassados, pois todos serviram
na guerra, onde morreram com cavallos encobertados: pelo que busquei os livros
da nobreza, que em meu poder estão, e acho que as armas que ás ditas linhagens
pertencem serem estas, que em esta lhe dou illuminadas, silicet: O escudo
esquartelado ao primeiro dos Carvalhos, e o segundo dos Mattos, e assim os
contrarios; e assim mais seu paquife, e elmo, e o tim bre dos Carvalhos, e por
diferença um trifolio de ouro picado de verde, que com elas, pois lhe pertencem
pela dita maneira, segundo o regimento da armaria deve trazer: pelo que ao
supplicante devem ser guardadas as liberdades concedidas ás ditas armas, e por
verdade lhe passei esta em Almeirim, por mim assignada, aos 5 dias de janeiro.
Diogo de S. Romão a fez, anno do nascimento de nosso Senhor Jesus Christo de
1576. — Por tugal principal rei de armas.
LVIII Brazão de armas concedido a Luiz Cotrim de Sousa (1623)
Portugal principal rei de armas
nestes reinos e senhorios de Portugal, pelo muito alto e poderoso D. Filippe,
nosso senhor, rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d'alem Ethiopia,
Arabia, Persia, e da India, etc. Faço saber aos que esta minha carta e certidão
de brazão de armas de nobreza, digna de fé e crença virem, que por parte de
Luiz Cotrim de Sousa, juiz dos orphãos na villa de Dornes, me foi requerido que
elle era filho de Filippe Mendes de Vasconcellos,
e de sua mulher, Anna Dias Cotrim, de legitimo matrimonio, sem bastardia,
naturaes do logar do Beco, e que seus antepassados foram todos fidalgos de
cotta de armas e solar, e das gerações e troncos aqui nomeados, Cotrins,
Sousas, e Canas, e Vasconcellos, e
que os ditos seus antepassados foram sempre capitães de gente de guerra na dita
villa e logar, e os principaes d’elles tem suas armas e brazão d’ellas, e em
seus portaes, e as tem de muito tempo e annos immemoriaes, tendo seus cavallos
e creados, com que sempre se serviram, e fazendo muitos e grandes serviços aos
reis d’estes reinos, com suas pessoas, e fazendas; e que o tio do supplicante
era tio de sua mãe, e foi capitão em Tangere, o qual supplicante é dos troncos
das ditas gerações, que nestes reinos de Portugal são fidalgos, e por taes estão
tidos e havidos, e assim ele supplicante se trata outrosim á lei da no breza,
limpa e abastadamente, como a ele convem, e tudo constava do instrumento pu
blico, passado pela chancellaria de sua magestade, desta cidade de Lisboa, que
me apre sentou, e que pela memoria de seus antecessores se não perder, me
requeria da parte do dito senhor lhe passasse, e désse as armas de Cotrins e Vasconcellos, as quaes são de fidalgos,
e por taes lhe pertencem, e com ellas lhe passasse sua carta em forma: e visto
por mim seu requerimento e instrumento, que lhe foi passado em forma pelo dou
tor Gonçalo Leitão de Vasconcellos,
do desembargo de elrei nosso senhor, e seu correge dor com alçada dos feitos e
causas civeis, n’esta cidade de Lisboa e sua correição, e Ma theus Caldeira o
fez, por Rodrigo Esteves Fialho, escrivão da correição do civel d’esta cidade
de Lisboa, no oficio de que é proprietario Manuel Guterres Rodovalho, o qual
fica em meu poder, a que em tudo, e por tudo me reporto: provi, e busquei os
livros da nobreza e fidalguia d’estes reinos, e n'elles achei registradas as
armas que perten cem ao dito Luiz Cotrim de Sousa, das gerações, como neste
escudo lh'as dou divisadas, a saber: o escudo partido em palla, o primeiro dos
Cotrins enchaquetado de azul e ouro de seis peças, em faxa, e ao segundo dos Vasconcellos, de preto, e tres faxas
reviradas, e contraregradas de prata e vermelho, e por differença uma brica de
azul com cachim de ouro no meio da brica, e por timbre o dos Cotrins tres
pennachos com chaparia de ouro em roquete. Elmo de prata aberto, guarnecido de
ouro, paquife dos metaes e côres das ar mas. E por assim lhe pertencer, e as
dever trazer, e d’ellas usar o dito Luiz Cotrim de Sousa, e seus antepassados,
assim como as trouxeram e d’ellas usaram os nobres, e an tigos fidalgos
costumaram sempre trazer em o tempo dos reis, meus antecessores, e com ellas
possa entrar em batalhas, campos, duelos, rectos, escaramuças, e desafios, e
exer citar todos os outros actos licitos de guerra e paz, e assim as possa trazer
em seus re posteiros, firmaes, anneis, sinetes e divisas, e as pôr em suas
casas e edificios, e deixal-as por sobre sua propria sepultura, e se servir e
aproveitar d’ellas em tudo, e por tudo, como a sua nobreza convem: pelo que
requeiro a todos os corregedores, provedores, ou vidores, juizes, alcaides,
meirinhos, e a todas as mais justiças de sua magestade, da parte do dito
senhor, e por bem do oficio da nobreza que tenho, e em especial mando aos
oficiaes da nobreza, reis de armas, arautos, passavantes, que Ora são, e ao
diante fo rem, como juiz que sou d’ella, o cumpram e guardem, e façam
inteiramente cumprir as sim, e da maneira que n'esta certidão de brazão de
armas se contem, passado com todos os privilegios, graças, honras, liberdades e
mercês que hão e devem haver os fidalgos de cotta de armas, e solar da nobre e
antiga linhagem, como todos sempre usaram; e por verdade, e em fé, e testemunho
d’ella, vai por mim assignada. Dada em esta cidade de Lisboa, aos 2 de junho do
anno do nascimento de nosso senhor Jesus Christo de 1623 annos. Christovão
Lopes Galvão, escrivão da nobreza por El-rei nosso senhor, nestes rei nos de
Portugal, o fiz escrever. — Portugal principal rei de armas. passatempo assim
como justas, torneios, e tudo mais que licito e honrado fôr, e as po derá fazer
pintar, e bordar em seus reposteiros, bandeiras, e estandartes, e abrir e escul
pir nas baixelas de sua casa, e em seus anneis e sinetes, e em todas as peças
de ouro e prata, pedraria, e grimpos, e nos portaes de suas casas, e quintas; e
finalmente as por derá esculpir, e deixar sobre sua propria sepultura,
servindo-se, honrando-se, e aprovei tando-se d’ellas, como á sua nobreza, e
fidalguia convém, e como o fazem os mais fidal gos, e nobres d’este reino. Pelo
que requeiro a todos os desembargadores, corregedores, ouvidores, juizes,
justiças de sua magestade da parte do dito senhor, e da minha por bem do oficio
que tenho, e em especial mando aos oficiaes da nobreza como juiz que sou
d’ella, reis de armas, arautos e passavantes, a cumpram, e façam inteiramente
cumprir, e guardar, como por mim é determinado e julgado, e por firmeza de tudo
vai por mim assignada, com o signal publico do nome do meu oficio. Dada em
Lisboa aos vinte e tres dias de setembro de 1706. Daniel Manlio a fez, por José
Duarte Salvado, cavaleiro da casa real e escrivão da nobreza n'estes reinos, e
senhorios de Portugal. E eu José Duarte Salvado, a fiz escrever e subscrevi, —
Portugal rei de armas principal.
LVIII Brazão de armas concedido a Luiz Cotrim de Sousa (1623)
Portugal principal rei de armas
nestes reinos e senhorios de Portugal, pelo muito alto e poderoso D. Filippe,
nosso senhor, rei de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d'alem Ethiopia,
Arabia, Persia, e da India, etc. Faço saber aos que esta minha carta e certidão
de brazão de armas de nobreza, digna de fé e crença virem, que por parte de
Luiz Cotrim de Sousa, juiz dos orphãos na villa de Dornes, me foi requerido que
elle era filho de Filippe Mendes de Vasconcellos,
e de sua mulher, Anna Dias Cotrim, de legitimo matrimonio, sem bastardia,
naturaes do logar do Beco, e que seus antepassados foram todos fidalgos de
cotta de armas e solar, e das gerações e troncos aqui nomeados, Cotrins,
Sousas, e Canas, e Vasconcellos, e
que os ditos seus antepassados foram sempre capitães de gente de guerra na dita
villa e logar, e os principaes d’elles tem suas armas e brazão d’ellas, e em
seus portaes, e as tem de muito tempo e annos immemoriaes, tendo seus cavallos
e creados, com que sempre se serviram, e fazendo muitos e grandes serviços aos
reis d’estes reinos, com suas pessoas, e fazendas; e que o tio do supplicante
era tio de sua mãe, e foi capitão em Tangere, o qual supplicante é dos troncos
das ditas gerações, que nestes reinos de Portugal são fidalgos, e por taes estão
tidos e havidos, e assim ele supplicante se trata outrosim á lei da no breza,
limpa e abastadamente, como a ele convem, e tudo constava do instrumento pu
blico, passado pela chancellaria de sua magestade, desta cidade de Lisboa, que
me apre sentou, e que pela memoria de seus antecessores se não perder, me
requeria da parte do dito senhor lhe passasse, e désse as armas de Cotrins e Vasconcellos, as quaes são de fidalgos,
e por taes lhe pertencem, e com ellas lhe passasse sua carta em forma: e visto
por mim seu requerimento e instrumento, que lhe foi passado em forma pelo dou
tor Gonçalo Leitão de Vasconcellos,
do desembargo de elrei nosso senhor, e seu correge dor com alçada dos feitos e
causas civeis, n’esta cidade de Lisboa e sua correição, e Ma theus Caldeira o
fez, por Rodrigo Esteves Fialho, escrivão da correição do civel d’esta cidade
de Lisboa, no oficio de que é proprietario Manuel Guterres Rodovalho, o qual
fica em meu poder, a que em tudo, e por tudo me reporto: provi, e busquei os
livros da nobreza e fidalguia d’estes reinos, e n'elles achei registradas as
armas que perten cem ao dito Luiz Cotrim de Sousa, das gerações, como neste
escudo lh'as dou divisadas, a saber: o escudo partido em palla, o primeiro dos
Cotrins enchaquetado de azul e ouro de seis peças, em faxa, e ao segundo dos Vasconcellos, de preto, e tres faxas
reviradas, e contraregradas de prata e vermelho, e por differença uma brica de
azul com cachim de ouro no meio da brica, e por timbre o dos Cotrins tres
pennachos com chaparia de ouro em roquete. Elmo de prata aberto, guarnecido de
ouro, paquife dos metaes e côres das ar mas. E por assim lhe pertencer, e as
dever trazer, e d’ellas usar o dito Luiz Cotrim de Sousa, e seus antepassados,
assim como as trouxeram e d’ellas usaram os nobres, e an tigos fidalgos
costumaram sempre trazer em o tempo dos reis, meus antecessores, e com ellas
possa entrar em batalhas, campos, duelos, rectos, escaramuças, e desafios, e
exer citar todos os outros actos licitos de guerra e paz, e assim as possa trazer
em seus re posteiros, firmaes, anneis, sinetes e divisas, e as pôr em suas
casas e edificios, e deixal-as por sobre sua propria sepultura, e se servir e
aproveitar d’ellas em tudo, e por tudo, como a sua nobreza convem: pelo que
requeiro a todos os corregedores, provedores, ou vidores, juizes, alcaides,
meirinhos, e a todas as mais justiças de sua magestade, da parte do dito
senhor, e por bem do oficio da nobreza que tenho, e em especial mando aos
oficiaes da nobreza, reis de armas, arautos, passavantes, que Ora são, e ao
diante fo rem, como juiz que sou d’ella, o cumpram e guardem, e façam
inteiramente cumprir as sim, e da maneira que n'esta certidão de brazão de
armas se contem, passado com todos os privilegios, graças, honras, liberdades e
mercês que hão e devem haver os fidalgos de cotta de armas, e solar da nobre e
antiga linhagem, como todos sempre usaram; e por verdade, e em fé, e testemunho
d’ella, vai por mim assignada. Dada em esta cidade de Lisboa, aos 2 de junho do
anno do nascimento de nosso senhor Jesus Christo de 1623 annos. Christovão
Lopes Galvão, escrivão da nobreza por El-rei nosso senhor, nestes rei nos de
Portugal, o fiz escrever. — Portugal principal rei de armas.
LIX Brazão de armas concedido a D. Luiz Manuel de Andrade Moreira (1734)
DOM JOÃO por graça de Deus rei de
Portugal e dos Algarves, d'aquem e d’além mar em Africa, senhor de Guiné, e da
conquista, navegação, do commercio da Ethiopia, Ará bia, Persia, e da India,
etc. A quantos esta minha carta virem faço saber, que D. Luiz Manuel de Andrade
Moreira, natural de Gibraltar, oriundo d’este reino, morador em Alle. manha e
Vienna de Austria, me fez petição em como ele descendia e vinha da geração e
linhagem dos Andrades, Moreiras, Cabraes, e Pachecos, e suas armas lhe
pertenciam de direito, e pedindo-me por mercê, que para a memoria de seus
antecessores se não per der, e ele usar, e gozar da honra das armas, que pelos
merecimentos de seus serviços ganharam e lhe foram dadas, e assim dos
privilegios, honras, graças e mercês, que pºr direito e por bem d’ellas lhe
pertencem, lhe mandasse dar minha carta das ditas armas, que estavam
registradas em os livros de registo das armas dos nobres e fidalgºs de meus
reinos, que tem Portugal meu principal rei de armas; a qual petição vista por
mim, mandei sobre ela tirar inquirição de testemunhas, pelo doutor Manuel da
Costa dº Amorim, do meu desembargo, e meu desembargador em esta minha côrte e
casa da Sup plicação, corregedor do civel em ella, e por Caetano José de Moura,
escrivão do ditO juizo, pelos quaes fui certo, que ele procede e vem da geração
e linhagem dos ditos Air drades, Moreiras, Cabraes e Pachecos, como filho
legitimo de Belchior de Andrade Moreira, cavalleiro professo na ordem de
Christo, fidalgo da casa real de Castella, e de D. Garia Vidal do Couto, o qual
era oriundo deste reino, e morador em Alemanha, e Vienna dº Austria; neto de D.
Manuel de Andrade Moreira, cavaleiro da ordem de Christo, fidalgº da casa real
de Castella, por linhagem paterna, e foi adail e veador, contador da real lº:
zenda em Africa, na praça de Ceuta, e de sua legitima mulher Isabel Cabral, e
pela mº terna neto do capitão D. Gonçalo João do Couto, e de D. Margarida
Zuzarte Pachecº, todos naturaes que foram da dita cidade de Ceuta, todos
christãos velhos, e limpos dº toda a má raça, e que D. Francisco e D.
Alexandre, e D. Antonio de Andrade Moreirº, foram cavalleiros da ordem de
Christo, irmãos inteiros do dito Belchior de Andrade, Paº de D. Luiz Manuel, e
que D. Manuel de Andrade Moreira, cavaleiro do habito de C* latrava, governador
que foi da Villa de Martos, e seu presidio, capitão de cavallos da$ guardas de
Barcelona, era primo e irmão d'elle supplicante, por ser filho do irmão de seu
pae, e que D. José Cabral da França, cavalleiro da ordem de Sant'Iago, que matara"
os mouros sendo capitão de infanteria da dita praça, era primo segundo d'ellé
supplicanº e que na casa real da santa misericordia haviam sido matriculados
todos os ditos seus ascendentes d’elle supplicante com o foro de nobres, e como
taes tiveram actos distincº sendo provedores da real casa, e que o dito D.
Manuel de Andrade Moreira, avô paternº, e o dito capitão D. Gonçalo João, seu
avô materno, e haver sido notoria nobreza, º de seus documentos as dos seus
descendentes, sendo das principaes famílias da dita cidadº e como taes
estiveram em a cidade de Gibraltar, e todos serviram a sua magestade cºlº
distinctos empregos, e que de direito, as suas armas lhe pertencem: as quaes
lhe mº" dei dar em esta minha carta com seu brazão, elmo e timbre, como aqui
são divisadas, º assim como fiel e verdadeiramente se acham divisadas e
registradas em os livros do º gistro das armas dos nobres, e fidalgos de meus
reinos, que tem Portugal meu princº rei de armas, a saber: — Um escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas dº Andrades, em campo verde uma
banda vermelha acoticada de oiro, que sae de duas * beças de serpe de oiro; no
segundo as dos Moreiras, em campo vermelho nove escudi nhos de prata, em cada
um sua cruz verde floreteada postos em tres palas; no tercelº as dos Cabraes,
em campo de prata duas cabras de purpura andantes em pala; no quarº de veiros
de oiro e vermelho, postas em pala; elmo de prata aberto guarnecido de oiro;
paquife dos metaes e côres das armas; timbre o dos Andrades, que são duas cabeças
de serpes batalhantes de oiro com trifolio preto; o qual escudo, armas e
signaes possa tra zer e traga o dito D. Luiz Manuel de Andrade Moreira, assim
como as trouxeram e d’el las usaram seus antecessores, em todos os logares de
honra em que os ditos seus ante cessores, e os nobres e antigos fidalgos sempre
as costumaram trazer em tempo dos mui esclarecidos reis meus antecessores, e
com elas possa entrar em batalhas, campos, rectos, escaramuças, e exercitar com
ellas todos os actos licitos de guerra, e de paz, é assim as possa trazer em
seus firmaes, anneis, sinetes e divisas, e as pôr em suas casas e edificios, e
deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente se servir, honrar, gozar e
aproveitar d’ellas em tudo e por tudo, como a sua nobreza convem, e como fazem
os mais fidalgos nobres d’este meu reino; pelo que mando a todos os
corregedores, desembargadores, juizes, justiças, alcaides, e em especial aos
meus reis de armas, arautos, e passavantes, e a quaesquer outros oficiaes a que
esta minha carta fôr mostrada, e o conhecimento · d’ella pertencer, que em tudo
lha cumpram e guardem, e façam cumprir e guardar como n’ella é conteudo, sem
duvida nem embargo algum que em ella lhe seja posto, porque assim é minha
mercê. El-rei nosso senhor o mandou por Manuel Pereira da Silva, seu rei de
armas Portugal. Fr. José da Cruz, da ordem de S. Paulo, reformador do cartorio
da nobreza do reino, por especial provisão do dito senhor, a fez em Lisboa
Occidental aos tres dias de março do anno do nascimento de nosso senhor Jesus
Christo de 1734. E vai subscripta por Antonio Francisco e Sousa, escrivão da
nobreza n'estes reinos e senhorios de Portugal e suas conquistas. E eu Antonio
Francisco e Sousa o subscrevi. — Do rei de armas Portugal principal.
LX Brazão de armas concedido a Manuel Alvares Ferreira (1589)
Portugal principal rei de armas
do mui alto e muito poderoso rei D. Filippe, nosso se nhor destes reinos de
Portugal, e cavaleiro professo da ordem de Sant'Iago. Faço saber a quantos esta
minha carta de brazão de armas de nobreza, digna de fé e crença virem, que
Manuel Alvares Ferreira, cavalleiro fidalgo da casa do dito senhor, morador
n’esta cidade de Lisboa, e natural da villa de Coruche, me pediu, e requereu,
que por quanto elle descendia por linha direita legitima masculina, e sem
bastardia, por parte de seu pae Pedro Alvares Ferreira, e de seu avô João
Alvares Ferreira, e de seu bisavô, e trisavô da geração e linhagem dos
Ferreiras, que n'estes reinos são fidalgos de cotta de armas, como constava do
instrumento autorisado em forma devida por auctoridade de justiça, que
apresentava, lhe désse um escudo com as armas, que á dita linhagem pertencem, e
as elle de direito por lhe pertencer devia trazer para d’ellas usar, e gosar
das honras, liber dades, que por bem da nobreza d’ellas gosaram seus
antepassados. Pelo que provendo o requerimento por virtude do que constava do
dito instrumento, com o poder, e auctori dade, pelo meu oficio para isso tenho,
busquei os livros da nobreza da nobre fidalguia do reino, que em meu poder
estão, e acho neles as armas, que á dita linhagem perten cem serem estas, que
em esta lhe dou illuminadas: O campo vermelho, e sobre ele qua tro faxas de
ouro, elmo de prata aberto guarnecido de ouro; paquife de ouro, e verme lho, e
por timbre uma ema de sua côr, com uma ferradura de ouro no bico, e por dife
rença um cardo de prata florido de azul, que com elas pois lhe pertencem pela
dita ma neira, segundo regimento da armaria deve trazer: e por assim dever
d’ellas usar, requeiro às justiças da parte do dito senhor, e por bem do oficio
da nobreza, guardem ao sup plicante Manuel Alvares Ferreira as honras, e
liberdades, e mais preeminencias concedidas ás ditas armas, e lh'as deixem
trazer, e possuir, e d’ellas usar nos actos em que a nobreza d’ellas lhe dá
logar; e por verdade lhe passei esta certidão de brazão em Lisboa, por mim
assignada aos trintº dias do mez de outubro. Diogo de S. Romão a fez, anno do
nascimento de nosso senhor Jesus Christo de mil e quinhentos e oitenta e nove.
— Portugal principal rei de armas.
LXI Brazão de armas concedido a Manuel Cabral do 0lival (1620)
Portugal rei de armas principal
d’estes reinos e senhorios de Portugal, pelo muito alto e poderoso rei D.
Filippe, nosso senhor, etc. Faço saber a quantos esta minha carta cer tidão de
brazão de armas, digna de fé e crença virem, que por Manuel Cabral do Oli val
me foi requerido, dizendo que elle era filho de legitimo matrimonio de Diogo do
Oli val, já defuncto, e de Guiomar Cabral, sua mulher, moradores que foram
nesta villa do . Sabugal, e neto por parte do dito seu pae, de Roberto do
Olival, alferes que foi da ban deira da camara d’esta villa, filho de João
Gonçalves Solorico, bisavô delie supplicante, que outrosim foi alferes da dita
bandeira, e neto por parte da dita mãe de Afonso Ca bral, commendador que foi
de Aldea Velha, que rende trezentos mil réis, que era fidalgo, pae da dita
Guiomar Cabral, mãe do dito Diogo do Olival, os quaes neste reino foram
fidalgos muito honrados, assim da parte do dito seu pae, como da parte da dita
sua mãe, das gerações dos Cabraes e Olivaes, que n'estes reinos foram e são
fidalgos de cotta de armas, e sempre viveram e se trataram á lei da nobreza,
com armas e cavallos, e gente de seu serviço, sem n’elles haver raça de mouro
nem judeu, e assim mesmo vive ele supplicante Manuel Cabral do Olival, á lei da
nobreza com armas e cavallos, escravos e creados, e gente de seu serviço, sem
n’elle haver raça de judeu nem mouro, o qual Ser viu de capitão da bandeira de
infanteria, dos logares do Souto e Vale de Espinho, termo da dita villa: e segundo
o foro dos ditos seus avós, que descendem dos principaes appel lidos e gerações
dos Cabraes e Olivaes, que n'estes reinos são fidalgos de cotta de armas, sem
raça alguma de mouro nem judeu, e sempre viveram e se trataram á lei da nobreza
com armas e cavallos e escravos e gente de seu serviço, como constava de um
instru mento de testemunhas authentico, passado em forma devida, por
auctoridade de justiça, feito na villa do Sabugal, por Miguel de Macedo, que fica
em poder do escrivão da n0 breza, que esta subscreveu, a que me reporto: pelo
que me pedia, que para a memoriº de seus antecessores se não perder, lhe désse
e passasse um escudo de armas, que á dita linhagem pertence, e elle de direito
devia trazer, para d’ellas usar, e gosar das hon ras, liberdades e mais
preeminencias concedidas ás ditas armas. E visto por mim seu re querimento, e
pelo que constava do dito instrumento de testemunhas, que me apresen tava, com
poder e auctoridade de meu real oficio, que para isso tenho, busquei os livros
da nobreza da nobre fidalguia do reino, que em meu poder estão, e n'elles achei
regis: tradas as armas dos Cabraes e Olivaes, acho serem dos fidalgos de cotta
de armas, e Sº rem estas que aqui lhe dou divisadas e iluminadas, a saber: Um
escudo esquartelado, o primeiro de prata com duas cabras passantes de purpura
com lã; o segundo dos Olivaes, que trazem em campo vermelho uma oliveira de
Verde com azeitonas de ouro, e as raízes do tronco de ouro, com seus
contrarios, e por diferença, no primeiro dos Cabraes uma quadricula de vermelho
com um G de prata, que com as ditas armas deve trazer, segundo o regimento da
armaria; elmo de prata aberto guarnecido de ouro, paquife dos metaes e côres
das armas, por timbre uma das cabras de purpura: e por assim dever d’ellas
usar, requeiro ás justiças de elrei nosso senhor, e aos fidalgos de cotta de
armas e SO lar, deixem trazer as ditas armas ao dito Manuel Cabral do Olival,
nos autos em que º nobreza d’ellas lhe dá logar, e em especial mando aos
oficiaes da nobreza, como juiz contêm, sem contradicção alguma. Dada n'esta
cidade de Lisboa, aos vinte e tres dias do mez de outubro de 1620 annós. Eu
Manuel Cam, rei de armas Algarve de sua magestade, o fiz escrever e subscrevi,
por commissão do rei de armas Portugal. — Portugal rei de ar 7}}(IS.
LXII Brazão de armas concedido a Manuel de Cerqueira (1761)
LXIII Brazão de armas concedido a Manuel de Faria Ayrão (1738)
D. JOÃO por graça de Deos rei de
Portugal, e dos Algarves d’aquem e d’além mar em Africa, senhor de Guiné, e da
conquista, navegação, commercio da Ethiopia, Arabia, Persia, e da India, etc. A
quantos esta minha carta virem faço saber, que Manuel de Faria Ayrão, morador
n’esta côrte e cidade de Lisboa occidental, e natural de Santa Maria de Ayrão,
termo de Guimarães, arcebispado de Braga, me fez petição em como ele descendia
e vi nha da geração e linhagem dos Farias, e Salazares, e suas armas lhe
pertenciam de di reito, e pedindo-me por mercê, que para a memoria de seus
antecessores se não perder, e ele usar e gosar da honra das armas que pelos
merecimentos de seus serviços ganha ram, e lhe foram dadas, assim dos
privilegios, honras, graças e mercês, que por direito e por bem dellas lhe
pertencem, lhe mandasse dar minha carta das ditas armas, que es tavam
registadas em os livros dos registos das armas dos nobres e fidalgos de meus
reinos, que tem Portugal meu principal rei de armas. A qual petição vista por
mim man dei sobre ela tirar inquirição de testemunhas pelo doutor João Baptista
Bavone, d0 meu desembargo, e meu desembargador em esta minha côrte, e casa da
supplicação, corregedor do civel em ella, e por Caetano José de Moura, escrivão
do dito juiz0, pelos quaes fui certo, que ele procede e vem da geração e
linhagem dos ditos Fa rias e Salazares, como filho legítimo de legitimo
matrimonio de João Antonio, e de Isabel de Faria, neto de João de Faria
Salazar; bisneto de Simão de Faria, e de D. Luiza de Salazar; terceiro neto de
Salvador Pires de Faria, natural que foi da villa de Guima rães, por cuja causa
é o supplicante descendente das antigas e nobres familias de Farias e Salazares
d’este reino, e assim é fidalgo de cota de armas, pois tem elle e seus ascen
dentes vivido sempre á lei da nobreza, com cavallos, armas, e criados, como
nobres que eram, e que nunca na sua geração houve raça de judeu, mouro, ou
mulato, nem de outra infecta nação, e que de direito as suas armas lhe
pertencem : as quaes lhe mandei dar em esta minha carta, com seu brazão, elmo,
e timbre, como aqui são divisadas, e assim como fiel e verdadeiramente se
acharam registadas e divisadas em os livros dos registos das armas dos nobres e
fidalgos de meus reinos, que tem Portugal dos Farias, que são em campo
sanguinho uma torre de prata lavrada de preto entre duas flôres de liz de
prata, e tres em chefe; na segunda pala as armas dos Salazares, que são em campo
sanguinho treze estrellas de oiro em tres palas, quatro em cada uma das ilhar
gas, e cinco na do meio, desencontradas; elmo de prata aberto guarnecido de
oiro; pa quife dos metaes e côres das armas; timbre o dos Farias, que é a mesma
torre das ar mas, com uma flôr de liz sobre as ameias, tambem de prata, e por
differença uma brica de oiro com um trifolio azul: o qual escudo, armas e
signaes possa trazer, e traga o dito Manuel de Faria Ayrão, assim como as trouxeram,
e d’ellas usaram seus antecessores em todos os logares de honra em que os ditos
seus antecessores, e os nobres e antigos fi dalgos sempre as costumaram trazer
em tempo dos mui esclarecidos reis meus anteces sores, e com ellas possa entrar
em batalhas, campos, rectos, e escaramuças, e exercitar com elas todos os actos
licitos da guerra, e da paz, e assim as possa trazer em seus fir maes, anneis,
sinetes e divisas, e as pôr em suas casas e edificios, e deixal-as sobre sua
propria sepultura, e finalmente se servir, honrar, e gosar, e aproveitar d’ellas
em tudo e por tudo, como á sua nobreza convem. Com o que quero, e me praz, que
haja elle e to dos seus descendentes todas as honras, privilegios, liberdades,
graças, mercês, e isenções e franquezas, que hão e devem haver os fidalgos
nobres e de antiga linhagem, e como sempre de todo usaram e gosaram seus
antecessores. Pelo que mando a todos meus cor regedores e desembargadores,
juizes, justiças, alcaides, e em especial aos meus reis de armas, arautos, passavantes,
e a quaesquer outros oficiaes, e pessoas a quem esta minha carta fôr mostrada,
e o conhecimento d’ella pertencer, que em tudo lh'a cumpram e guar dem, e façam
cumprir e guardar como n’ella é conteudo, sem duvida, nem embargo al gum que em
ela lhe seja posto, porque assim é minha mercê. El-rei nosso senhor o mandou
por Manuel Pereira da Silva, seu rei de armas Portugal. Fr. Manuel de Santo An
tonio, religioso da ordem de S. Paulo a fez em Lisboa occidental aos quinze
dias do mez de setembro do anno de nosso senhor Jesus Christo de 1738, e vai
subscripta por An tonio Francisco e Sousa, escrivão da nobreza nestes reinos e
senhorios de Portugal e suas conquistas: e eu Antonio Francisco e Sousa o
subscrevi. — Portugal rei de armas principal.
LXIV Brazão de armas concedido a Manuel Ferreira Botelh0 (1680)
DOM PEDRO por graça de Deus
principe de Portugal e dos Algarves, d'aquem e d’além mar em Africa, e de
Guiné, e da conquista navegação, commercio da Ethiopia, Arabia, Per sia e da
India, como regente e governador d’estes reinos e senhorios, etc. Faço saber
aos que esta minha carta de brazão de armas, e nobreza e fidalguia de linhagem
de varonia digna de fé e crença virem, que Manuel Ferreira Botelho, natural e
morador n’esta cidade de Lisboa, e n’ella thesoureiro e executor dos novos
direitos, me fez petição por escripto dizendo em ella que pelas sentenças,
brazões de armas, certidões e mais documentos n’ella insertos se mostrava estar
julgado ser descendente por varonia direita sem bastar dia, de Pedro Martim
Botelho, filho de Martim Vasques Barba e de sua mulher D. Urraca Rodrigues de
Severosa, filha de Ruy Pires de Ferreira, primeiras pessoas que deram prin
cipio aos appelidos d’elle supplicante, que seu pae Aleixo Ferreira Botelho, e
avô Ma nuel Ferreira Botelho, e bisavô Aleixo Ferreira Botelho e os mais seus
antecedentes se appellidaram e usaram de suas armas e tiveram o foro de
cavaleiros fidalgos de minha casa, e serviram cargos e postos nobres, e que
eram christãos velhos, sem raça alguma de infecta nação; e porque em todo o
tempo constasse da antiguidade de sua nobreza queria tirar carta de brazão de
armas de sua fidalguia; portanto me pedía lhe fizesse mercê pela memoria de
seus progenitores se não perder, e conservação de sua nobreza e fidalguia,
mandasse ao rei de armas Portugal lhe passasse sua carta de armas deduzindo
n’ella tudo o que constasse das ditas sentenças e documentos para d’ellas poder
usar, e gosar dos privilegios e honras, que por direito e por bem d’ellas lhe
pertencem, e rece beria mercê. A qual petição sendo-me apresentada na meza do
tribunal do desembargo do paço, e vista por mim com os do meu conselho, houve
por bem mandar por meu despacho n’ella posto, que o rei de armas Portugal lhe
passasse carta; e pelas ditas sen tenças dadas no juizo da côrte do civel sobre
habilitação da nobreza, e descendencia da varonia do supplicante, pelos
desembargadores da relação, os doutores Francisco da Silva e Sousa, e Antonio
da Costa Novaes, ambos corregedores do dito juizo, que vistos os brazões de
armas, certidões, alvarás de filhamentos e mais documentos se mostrava ser o
supplicante filho legitimo do capitão Aleixo Ferreira Botelho, fidalgo
cavaleiro de minha casa, thesoureiro e executor que foi dos novos direitos : e
de sua mulher D. Marianna de Sousa filha de Antonio Pires de Sousa, que foi
filho de Bartholomeu Pires de Sousa, capitão da fortaleza de Chaul; e neto o
supplicante por varonia, do dito seu avô Manuel Fer reira Botelho cavalleiro
fidalgo, e de sua mulher Catharina de Mattos Camello, e bisneto por esta mesma
linha do capitão Aleixo Ferreira Botelho, cavalleiro fidalgo, e de sua mu lher
D. Branca Vicencia Villalobos, filha de Diogo Rodrigues Villalobos, cavaleiro
fidalgo e de sua mulher D. Mecia, que jazem no claustro de S. Francisco de
Lisboa, junto á porta da casa do capitulo aonde teem sua sepultura com as armas
dos Villalobos; e ter ceiro neto por varonia do mestre de campo Antonio
Ferreira Botelho e de sua mulher, e prima D. Andreza Botelho de Sequeira, que
jazem no cruzeiro da Santissima Trindade d’esta cidade, aonde tem sua sepultura
com as armas dos Botelhos e Sequeiras, primos de Pedro Botelho, porteiro mór do
infante D. Luiz; e quarto neto por varonia de Manuel Ferreira Botelho,
cavaleiro do habito de S. Tiago, e de sua mulher D. Feliciana de He redia
Riba-fria, e quinto neto de Aleixo Ferreira de Aves, e Castilho, natural de
Castella d'onde era hijo de algo, e de sua mulher D. Pelaia de Gusmão, filha de
D. Pelaio de Gusmão, alcaide mór de la Côrte; e sexto neto por varonia de
Fernão Botelho de Fer reira, natural de Coimbra, e commendador da ordem de
Christo, e senhor do morgado de Botelhos e Ferreiras, que casou em Madrid com
D. Ignez de Castilho, filha de D. Aleixo de Menezes, e de D. Manuela de
Castilho: e outro sim se mostrava pelo brazão de armas passado no anno de 1592,
ao dito mestre de campo, ser elle decimo terceiro neto pela dita varonia do
dito Pedro Martins Botelho, tronco dos Botelhos, e o primeiro que deu principio
a este appelido; o qual foi filho de Martim Vasques Barba, e de sua mulher D.
Urraca Rodrigues de Severosa, irmã de Fernam Rodrigues Pacheco, segundo senhor
da terra de Ferreira de Aves, ambos filhos do dito Ruy Pires de Ferreira,
primeiro senhor da dita terra, e de sua mulher D. Thereza Rodrigues de Cambra;
e destes primeiros pro genitores trata o Nobiliario do conde D. Pedro, titulo
46 de D. Paio Megudo de Sandim o velho, e titulo 50 de D. Fernão Heremias: o
que tudo se corroborava com a certidão do chronista mór do reino, e de outros
genealogicos: os quaes todos os sobreditos foram fi dalgos muito honrados de
quem descendem boas familias d’estes reinos, e foram alguns d'elles alcaides
mores e senhores de terras, e tiveram outros postos graves, especialmente os
Botelhos de Armil do concelho de Montelongo na comarca de Guimarães, e os Fer
reiras de Aves na comarca de Viseu: como tambem se mostra ser o supplicante
chris tão velho sem raça de alguma infecta nação; e o dito seu pae me serviu no
dito oficio de thesoureiro e executor com muita satisfação e zelo de minha real
fazenda e no dito posto de capitão de infanteria do regimento d'esta côrte. O
que visto por mim, com os do dito meu conselho, o dito rei de armas. Portugal,
em cumprimento do dito meu mandado, proveu e buscou os livros da nobreza das
armas dos nobres e antigos fi dalgos d’estes reinos, e n'elles achou assentadas
e registadas as armas das muito nobres e antigas familias dos Ferreiras e
Botelhos, que são os descendentes d’ellas fidalgos de geração e cotta de armas,
as quaes são as que n'esta vão illuminadas, com de monstradas pela maneira
seguinte, a saber: Um escudo posto a balão partido em pala: a primeira dos
Ferreiras, que trazem em campo sanguinho quatro faxas de ouro; a segunda dos
Botelhos, que teem em campo de ouro quatro bandas vermelhas, e por diferença um
trifolio de ouro; elmo de prata aberto guarnecido de ouro; paquife com posto de
metal e côr das armas, e por timbre dos Ferreiras uma ema da sua côr, com uma
ferradura de ouro no bico; o qual escudo, armas e signaes, possa trazer e traga
o dito Manuel Ferreira Botelho, assim como as trouxeram e d’ellas usaram os
ditos seus antecessores em todos os logares de honra, em que seus antepassados
e os nobres e an tigos fidalgos sempre costumaram trazer em tempo dos mui
esclarecidos reis meus ante cessores, e com ellas possa entrar em batalhas,
campos, rectos, duelos, justas e torneios, e exercitar com ellas todos os mais
actos de guerra e paz, que licitos e honestos forem, e assim as poderá trazer
em seus reposteiros, firmaes, anneis e sinetes, e pôl-as nos por taes de suas
casas, quintas e edificios, e deixal-as sobre sua propria sepultura; e final
menie se poderá servir e honrar, e aproveitar d’ellas em tudo e por tudo, como
suas que são, e á sua nobreza e fidalguia convem; pelo que quero e me praz que
elle gose de todas as honras, privilegios e isenções, mercês, favores e mais
liberdades, que por bem da nobreza d’ellas lhe pertencem. E mando a todos os
desembargadores, corregedores, ouvidores, juizes e mais justiças, e em especial
aos oficiaes da nobreza, reis de armas, arautos e passavantes, a cumpram e
guardem como n’ella é conteudo e declarado, sem duvida que a ella lhe seja
posta, porque assim é minha mercê. O principe nosso senhor o mandou por
Francisco Gonçalves Carrasco, seu Portugal rei de armas principal. Dada n'esta
côrte e cidade de Lisboa, aos quatro dias do mez de janeiro do anno do nasci
mento de nosso senhor Jesus Christo de 1680. Francisco Mendes a fez, por
Francisco Luiz Ferreira, escrivão da nobreza d’estes reinos e senhorios de
Portugal; e eu Francisco Luiz Ferreira o fiz escrever e subscrevi. — Rei de
armas.
LXV Brazão de armas concedido a Manuel da Fonseca de Caceres (1535)
DOM JOÃO por graça de Deus rei de
Portugal e dos Algarves, d'aquem e d’além mar em Africa, senhor de Guiné e da
conquista, navegação, commercio da Ethiopia, Arabia, Persia, e da India. A
quantos esta minha carta virem, faço saber que Manuel da Fonseca de Caceres,
fidalgo da minha casa, me fez petição como elle descendia por linha direita
masculina da geração, e linhagem dos Caceres, por parte de seu pae, e da
geração e linha gem dos Fonsecas, por parte de sua mãe e avós, que n'estes
reinos são fidalgos de cota de armas, e que de direito as suas armas lhe
pertencem, pedindo-me por mercê que por a memoria de seus antecessores se não
perder, e elle gosar, e usar da honra das armas que pelos merecimentos de seus
serviços ganharam, e lhes foram dadas, e assim dos pre vilegios, honras, graças
e mercês, que por direito por bem d’ellas lhe pertencem, lhe mandasse dar minha
carta das ditas armas, que estavam registadas em os livros dos re gistos das
armas dos nobres e fidalgos de meus reinos, que tem Portugal meu principal rei
de armas. A qual petição vista por mim mandei sobre ella tirar inquirição de
teste munhas, a qual foi tirada pelo doutor Christovão Esteves da Espargosa, do
meu conse lho, e desembargador das minhas petiçõés do paço, e por Braz
Fernandes, escrivão em minha côrte, pela qual provou ele supplicante descender
por linha direita masculina da linhagem dos Caceres, como filho legitimo e mais
velho, que é de Alvaro de Caceres, neto de Manuel de Caceres; e assim prova
descender dos Fonsecas, como filho que é de Joanna Mendes Fonseca, neto de
Diogo da Fonseca, fidalgo da casa dos reis meus progenitores, que foi do tronco
d'esta geração dos Fonsecas, e que de direito as suas armas lhe per tencem, as
quaes lhe mandei dar em esta minha carta com seu brazão, elmo e timbre, como
aqui são divisadas, e assim como fiel e Verdadeiramente se acharam divisadas, e
registadas em os livros dos registos do dito Portugal meu rei de armas, as
quaes armas são as seguintes: O campo esquartelado, ao primeiro de ouro com uma
palmeira verde, com seu fructo de vermelho; ao segundo de ouro tambem com cinco
estrellas de verme lho, e por timbre a mesma palmeira. O qual escudo, armas, e
signaes possa trazer, e traga o dito Manuel da Fonseca, assim como as
trouxeram, e d’ellas usaram seus ante cessores, em todos os logares de honra,
em que os ditos seus antecessores, e os nobres e antigos fidalgos sempre
costumaram trazer em tempo dos esclarecidos reis meus ante cessores, e com
ellas possa entrar em batalhas, campos, duellos, rectos, escaramuças e
desafios, e executar com ellas todos os outros actos licitos de guerra, e de
paz, e assim as possa trazer em seus firmaes, anneis, sinetes e divisas, e as
pôr em suas casas e edi ficios, e deixal-as sobre sua propria sepultura, e
finalmente se servir, e honrar, gosar e aproveitar em tudo e por tudo como a
sua nobreza convem: porém mando a todos meus corregedores, desembargadores,
juizes, justiças, e alcaides, e em especial aos meus reis de armas, arautos e
passavantes, e a quaesquer outros oficiaes e pessoas a que esta mi nha carta
fôr mostrada, e o conhecimento d’ella pertencer, que em tudo a cumpram e
guardem, e façam cumprir e guardar, como em ella é conteudo, sem duvida nem
embargo algum que lhe em ela seja posto, porque assim é minha mercê. Dada em a
minha muito n0 bre e sempre muito leal cidade de Evora, aos vinte e seis dias
de julho. El-rei o mandou pelo bacharel Antonio RÕiz, Portugal seu rei de armas
principal. Pero de Evora, rei de armas Algarve, e escrivão da nobreza a fez, no
anno de nosso senhor Jesus Christo de 1535 annos. — Portugal rei de armas.
LXVI Brazão de armas concedido a Manuel Moreira Soares (1568)
Portugal rei de armas principal
de El-rei nosso senhor. Faço saber a quantos esta mi nha carta de certidão
virem, que Manuel Moreira Soares, fidalgo da casa do senhor D. An tonio, me
requereu, que porquanto ele descendia por linha direita por parte de seu pae
Alvaro Lopes Moreira, e de sua mãe Guiomar Feia Soares, e de seus avós Nuno
Fernan des Moreira e Ruy Soares de Albergaria, e de seus bisavós das gerações e
linhagens dos Moreiras e Soares, que nestes reinos são fidalgos de cota de
armas, que lhe désse um escudo com as armas que ás ditas linhagens pertencem, e
as ele pois de direito lhe pertencem devia trazer. Pelo que eu busquei os
livros da nobreza que em meu poder são, e acho que as armas que ás ditas
linhagens pertencem são estas, que em esta lhe dou iluminadas: 0 escudo
esquartelado; ao primeiro dos Moreiras, e ao segundo dos Soares, e assim os
contrarios, e com mais seu paquife, elmo e o timbre dos Moreiras, e por
diferença uma merleta de oiro, que com ellas, pois lhe pertencem, segundo o
regimento da armaria deve trazer. E por verdade lhe passei esta em Lisboa, por
mim assignada, a 23 de outubro de 1568. — Portugal principal rei de armas.
muito alto, e muito poderoso principe D. Pedro, nosso senhor, principe de
Portugal e dos Al garves, d'aquem e d’além-mar em Africa, e de Guiné, e da
conquista, navegação, e com mercio da Ethiopia, Arabia, Persia e da India, como
regente, e governador d’estes ditos reinos e senhorios, etc. Faço saber aos que
esta minha carta de certidão, brazão de ar mas de nobreza, e fidalguia de linhagem
digna de fé, e crença, virem, que por parte de Manuel Pacheco da Costa
Corte-Real, me foi feita petição por escripto; dizendo que pela sentença junta
dada sobre a abonação de sua nobreza se mostrava ser filho legitimo de João
Ferreira da Costa e de sua mulher Maria de Mattos, neto de outro João Ferreira,
e de sua mulher Leonor Pacheco, bisneto de Antonio Lopes de Carvalho e de sua
mulher Maria Pacheco, e terceiro neto de Antonio Rodrigues da Guerra, capitão-mór
que foi da villa de Celorico, e de sua mulher Isabel Pacheco, e quarto neto de
Antonio Mendes, e de sua mulher Maria Pacheco, e quinto neto de João da Costa
Corte-Real, alcaide-mór que foi da villa de Linhares, e de sua mulher Isabel
Pacheco, a qual era neta e descendente de Duarte Pacheco da India, bem
conhecido por fama de seu valor : a qual Isabel Pacheco descendia tambem de
Fernão Rodrigues Pacheco, e de Pantaleão Rodrigues Pacheco, fi dalgos d’este
reino, da illustre familia dos Pachecos, da qual ele supplicante descendia,
como tambem dos Ferreiras e Cortes-Reaes, familias todas conhecidas por sua
nobreza; os quaes ditos seus avós, e ascendentes foram pessoas nobres das mais
auctorisadas da dita villa, e como taes se trataram, e que ele supplicante era
sobrinho de Antonio Fer reira Ferrão Castello-branco, mestre de campo, e
governador que foi de Castello-branco, a quem se passou seu brazão de armas.
Pelo que me pedia que por a memoria dos ditos seus progenitores se não perder
lhe mandasse passar seu brazão de armas para d’ellas usar. E receberia mercê. A
qual petição sendo-me apresentada, e vista por mim com a dita sentença, por as
testemunhas n’ella insertas se mostrava ser o supplicante filho, neto, bisneto,
terceiro, quarto e quinto neto das pessoas declaradas em sua petição, e a dita
sua quinta avó Isabel Pacheco era descendente do grande Duarte Pacheco Pereira,
tão co nhecido por suas illustres façanhas, que na India oriental obrou em
favor de el-rei de Cochim, irmão em armas do senhor rei D. Manuel, reportando
victorias gloriosas, que testemunham as chronicas do reino, e celebram os
nobiliarios d’elle; o que se prova das ditas testemunhas, que foram julgadas
por sentença, e pertencer ao supplicante o brazão das ditas gerações que pedia.
A qual sentença foi promulgada pelo dr. João Cordeiro Lei tão ao tal tempo
corregedor da côrte do civel, e foi tirada do processo em nome do dito senhor,
e passada pela chancellaria, e a ella me reporto em todo, e por todo, e fica no
cartorio da nobreza do escrivão d’ella, que esta subscreveu. Em virtude, e
cumprimento da qual, visto por ella estar julgado pertencer-lhe o brazão que
pedia, provi, e busquei os livros do registo da nobreza das armas da fidalguia
d’este reino, e n'elles achei assen tadas e registadas as armas das muito
nobres e antigas familias dos Pachecos, Cortes Reaes e Ferreiras, que n'este
reino são fidalgos de geração e cota de armas, e n'esta lh'as dou divisadas e
illuminadas com os metaes, e côres, que a ellas pertencem conforme as regras de
armaria, a saber: Um escudo posto ao balon esquartelado; ao primeiro e quarto
dos Pachecos, que trazem em campo de ouro duas caldeiras de preto em pala, e
cada uma com tres faxas de ouro, e vermelho, veiradas e contraveiradas, e
tambem as azas, e nas reigadas quatro cabeças de serpes negras, duas da parte
de dentro, e duas de fóra com as linguas vermelhas. Ao segundo dos
Cortes-Reaes, que teem as armas dos Costas, por procederem d'elles, que são em
campo sanguinho seis costas de prata em tres faxas, com mais um chefe de prata,
e com uma cruz vermelha de S. Jorge cham. Ao terceiro quartel dos Ferreiras,
que são em campo vermelho quatro faxas de ouro, e por diferença uma brica azul,
com uma almofada de prata. Elmo de prata aberto, guarnecido de ouro, paquife dos
proprios metaes, e côres das armas, e por timbre o dos Pachecos, que é duas
cabeças de serpes de ouro batalhantes, armadas de sangue. E porque estas são as
armas que ás ditas linhagens pertencem lh'as dei, e ordenei com o poder, e
auctoridade que de meu muito nobre, e real oficio para isso tenho, para d’ellas
usar, e gosar como acto, e prerogativa de sua nobreza, e fidalguia, e com elas
poderá entrar em batalhas, campos, duelos, rectos, desafios, justas e torneios,
e com elas exercítar todos os mais actos de guerra e paz, que licitos e
honestos fôrem, e trazel-as em os seus reposteiros, firmaes, anneis, sinetes, e
mais coisas de seu serviço, d’onde licitamente estejam, segundo á no breza
d’ellas é devido, e mandal-as pôr nas portadas de suas casas, quintas e
edificios, e deixal-as sobre sua propria sepultura, e finalmente se poderá
servir, honrar e aproveitar d’ellas em todo, e por todo, como suas que são, e á
sua nobreza e fidalguia convem. Pelo que requeiro a todos os desembargadores,
corregedores, provedores, ouvidores, jul gadores, juizes, e a todas as mais
justiças da parte do dito senhor principe, e da minha lhe peço muito por mercê
deixem trazer, lograr e possuir ao supplicante Manuel Pacheco da Costa
Corte-Real das ditas armas, e com ellas gosar de todos os privilegios, graças,
. honras, favores, mercês, prerogativas, exempções, e mais liberdades
concedidas ás ditas armas pelos senhores reis d’estes reinos, e de que usam e
gosam, e devem usar, e gosar n'elles os antigos fidalgos de geração, e cota de
armas, e em especial os das ditas gera ções, assim como pelos ditos senhores
estão.
LXVIII Brazão de armas concedido a Martim Afonso de Miranda (1629)
Portugal rei de armas principal
n’estes reinos e senhorios de Portugal, pelo muito alto e poderoso rei D.
Filippe terceiro nosso senhor, rei de Portugal, e dos Algarves, d'aquem e
d'além mar em Africa, senhor de Guiné, e da conquista, navegação, commercio da
Ethio pia, Arabia, Persia e da India etc. Faço saber aos que esta minha carta
de certidão de armas de nobreza digna de fé, e crença virem, que por parte de
Martim Affonso de Mi randa, morador na villa de Arnede, filho de Antonio Vidal
de Miranda, e neto de Martim Afonso de Miranda, e bisneto de Antonio Vidal de
Miranda, o qual foi alcaide-mór da villa de Alhos-vedros, e naturaes d’ella, e
como o dito seu pae, avôs, e bisavós eram pes soas da geração dos Mirandas, que
n'estes reinos de Portugal são fidalgos de geração, e que as ditas suas armas
lhe pertencem por direito, e que o dito seu pae, avôs, e visa vós foram pessoas
muito nobres, e viveram sempre á lei de nobreza, pedindo-me que pela memoria de
seus antecessores se não perder, e ele usar das honras das armas, que pelos
merecimentos de seus serviços ganharam, e lhe foram dadas, assim dos
privilegios, graças, honras e mercês que por direito lhe pertencem, lhe
mandasse dar as ditas armas dos nobres antigos fidalgos d’estes reinos de
Portugal. O que visto por mim, e pelo sup plicante ter justificado por bem do
instrumento publico, feito na villa de Alhos-vedros, pelo escrivão Ruy Venegas,
pelo juiz da dita villa Francisco de Oliveira, vereador mais velho, que serve
em ausencia do juiz de fóra, e de Palmella, o licenciado Manuel Pereira de
Andrade, com alçada por el-rei nosso senhor, e justificado n’esta cidade de
Lisboa por Jorge de Miranda, tabelião de notas por sua magestade, o qual fica
em meu poder, a que me reporto em todo, e por todo, porque constava, que o dito
seu pae, avós e bisavós Vi veram sempre á lei da nobreza, rica e abastadamente,
sem terem raça de mouro, nem judeu, e por assim proceder o dito Martim Affonso
de Miranda das ditas gerações, que provi e busquei os livros da nobreza, e
antiga fidalguia destes ditos reinos, e n'elles achei as ditas armas dos
Mirandas, registadas e luminadas a saber: Um escudo e campo de ouro, e uma aspa
de vermelho entre quatro flôres de liz de vermelho, e por diferença um tri
folio verde, e por timbre uma aspa de ouro, e as quatro flôres de liz das armas
sobre ella. Elmo de prata aberto guarnecido de ouro. Paquife dos metaes, e
côres das armas. E por assim lhe pertencer, e as poder trazer, e d’ellas usar o
dito Martim Affonso de Miranda, e seus descendentes assim as trouxerem, e
d’ellas usarem em todos os logares de honra em que os ditos antecessores sempre
costumaram trazer, em o tempo dos reis meus an tecessores, e com elas poderá
entrar em batalhas, campos, duelos, rectos, escaramuças, e desafios, e
exercitar todos os outros actos licitos de guerra, e de paz, e assim as po derá
trazer em seus anneis, sinetes, e divisas, e as pôr em suas casas e edificios,
e dei xal-as pór sobre sua sepultura; e finalmente se servir, honrar, e
aproveitar d’ellas, como á sua nobreza convém. Pelo que requeiro a todos os
corregedores, desembargadores, pro vedores, ouvidores, juizes, alcaides,
meirinhos e a todas as mais justiças de sua ma gestade da parte do dito senhor,
e por bem do oficio da nobreza, que tenho, e assim mando aos oficiaes da
nobreza, reis de armas, arautos e passavantes, que ora são, e ao diante forem,
como juiz que sou d’ella o cumpram, e guardem, e façam inteiramente cum prir, e
guardar, assim, e da maneira que n'esta certidão de armas se contém passada com
todos os privilegios, graças, honras, liberdades e mercês, que devcm haver os
nobres fidalgos desta geração dos Mirandas. E por verdade, e em fé de
testemunho d’ella vai por mim assignada. Dada nesta cidade de Lisboa aos onze
de janeiro, anno do nascimento de nosso senhor Jesus Christo de 1629. E eu
André Fernandes, cavaleiro da casa de el rei nosso senhor, arauto, e escrivão
da nobreza n'estes reinos, e senhorios de Portugal o subscrevi. — Portugal
principal rei de armas.
LXIX Brazão de armas concedido a Nuno Alves de Carvalho (1546)
Portugal rei de armas principal
por el-rei nosso senhor. Faço saber a quantos esta mi nha certidão virem, que
Nuno Alves de Carvalho me pediu, por quanto elle descende da geração, e
linhagem dos de Carvalho, por linha direita, e masculina por parte de seu pae
Gil Pires de Carvalho, morador que foi de Arraiolos, o qual eu bem conheci,
pelo que eu busquei os livros da nobreza, que em meu poder são, e acho, que as
armas que á dita linhagem pertencem São estas, que n'esta certidão lhe dou
illuminadas com seu elmo aberto de ouro; paquife de prata azul, e ouro: e por
timbre um cisne com um colar de ouro ao pescoço; e por diferença uma flôr de
liz de ouro, que de direito deve trazer, e por verdade lhe dei esta, assignada
de minha mão, em Lisboa aos 9 de dezembro de 1546 annos. — Portugal rei de
armas.
LXX Brazão de armas concedido a Nuno Cayado (1506)
Rei de armas Portugal do mui
alto, e mui excelente, e poderoso principe D. Manuel, por graça de Deus rei de
Portugal, e dos Algarves, d'aquem e d’além mar em Africa, senhor de Guiné, e da
conquista, navegação, commercio de Ethiopia, Arabia, Persia e da India etc.
Faço saber que perante mim pareceu Nuno Cayado, cavalleiro da casa do dito senhor,
e me requereu e pediu, que por quanto ele procedia e vinha da linha, e gera ção
sc. Bisneto de Lopo Sanches de Gamboa, senhor da casa de Ulaço, e assim de D.
San cha de Atalaia, os quaes Lopo "Sanches, e D. Sancha, eram muito
fidalgos, procedentes e descendentes de el-rei D. Sancho de Navarra, fidalgos e
de nome de armas, as quaes ar mas tem o senhor da dita casa, e porque para mais
certeza ele tinha a mais prova em Getâria, provincia de Guipuscoa, lhe mandasse
passar minha carta, em fórma deprecato ria para que por ella lhe fossem
perguntadas certas testemunhas, que ele apresentaria, e sabida a verdade, lhe
mandasse dar minha carta em forma com as armas, como de di reito lhe pertencem,
para guarda e conservação de sua nobreza, e fidalguia que tem de nome de armas,
e solar conhecido, E visto por mim seu requerimento, lhe passei minha carta
deprecatoria em fórma acostumada, e assellada, da qual me foi enviada resposta:
serrada e assellada de selo verde, do concelho e villa de Getária, a qual
inquirição foi tirada por mandado de João Ortiz de Unceta, e de João Bastião de
Ollacaval, alcaides or dinarios na dita villa, e por João Martines de Amelinia,
publico tabelião em a dita villa, por mercê dos reis, em a qual inquirição
testemunhou um João Martins de Caraos, ho mem de idade de sessenta annos, e
declaron em seu testemunho, que a casa de Olaço, era cabeça dos Gamboinos, em
que Lopo Sanches de Gamboa era senhor da casa de Olaço, o qual viera a casar
com a dita D. Sancha, que era a principal dona e generosa, que havia na dita
vila de Getária, os quaes assim estando casados, veiu a haver discor dia entre
el-rei D. Pedro seu senhor, e D. Henrique; pelo qual vendo a morte de el-rei
seu senhor, e vendo que reinava el-rei D. Henrique, e eles manterem a dita
villa certos annos, como bons, e leaes a seu rei e senhor, e não podendo mais,
determinaram a Se disterrarem da dita terra e provincia, tomando suas riquezas,
e filhos, e se passaram a estes reinos de Portugal á cidade de Lisboa, e a
Tavilla donde viveram muitos tempos, e que na dita villa havia homens, que
vinham a esta cidade, e lhes mostraram as casas onde elles viveram, que era na
parroca das Martes, segundo mais compridamente se con tém em seu testemunho; e
assim o afirmou um testemunho de Anton de Gocostraga, que em Portugal, que
chamavam á senhora D. Sancha Cayada, e isto por corrompimento do vocabulo
portuguez; outrosim o testemunhou um Miguel Martins da sobredita maneira; e
mais testemunhou Ilhoa Eannes de Bedua; outrosim testemunhou uma D. Catharina
Sanches, cuja bisavó era a dita D. Sancha, e disse que o supplicante era da
dita casa, e geração, assim como ele em sua petição pedia, e dizia; e um Miguel
de Aguirre decla rou, que viera a esta cidade de Lisboa, e que da Tanoaria lhe
mostraram as casas que foram do dito Lopo Sanches, e D. Sancha, as quaes eram
na Parroca das Martes a cab0 de S. Francisco; e assim por um instrumento
publico de Getária em que afirma, que o dito Lopo Sanches de Gamboa era filho
legitimo da dita casa, convém a saber: Filho de Ruy Pires de Gamboa, senhor e
dono da dita casa, e como viera a casar com D. Sancha de Atalaia, que era
senhora da casa da Atalaia, que era a principal casa de Getária donde descendem
os principaes fidalgos d'esta villa, e terra, os quaes fidalgos, e parentes man
tiveram a dita villa por parte de el-rei D. Pedro, e que vendo o sobredito Lopo
Sanches como reinava D. Henrique, detcrminou de se ir da terra com filhos, e
parentes, os quaes vieram ter á cidade de Lisboa, onde viveram tempos até
acabarem seus dias, e outros foram ter ao Algarve, e que assim tinham por muitas
pessoas antigas sabido como o se nhor Lopo Sanches, e D. Sancha viveram na dita
cidade, na freguezia das Martes, e que assim viram a sepultura onde jazia D.
Sancha, e que na campa que sobre a cova estava estavam figuradas suas armas, e
letreiro: e que segundo voz, e fama o supplicante é des cendente da dita casa e
geração, e os notificavam por fidalgos, e de linhagem segundo mui compridamente
se contém no dito instrumento: e mais me foi apresentada uma carta de Goimbar,
que é na província de Guipuscoa, onde se tirou inquirição sobre o caso, e auto
judicial, na qual carta, e instrumento se afirma por muitas testemunhas
parentes do dito Lopo Sanches, e D. Sancha irem, e mandarem homens com dinheiro
de suas renº das, que em a terra, e logar tinham, á cidade de Lisboa, onde
elles viviam, e pousavam, na dita villa havia, os quaes Lopo Sanches de Gamboa
fôra, senhor da casa de Olaço, que é cabeça dos Gamboinos, e a senhora D.
Sancha era da casa da Atalaia, sua propria mu lher, e era descendente de el-rei
D. Sancho de Navarra, e isto por um infante filho do dito rei vir a herdar a
dita casa, donde nasceu Ruy Pires de Gamboa, pae do dito Lopo Sanches de
Gamboa, donde se prova d’elles serem fidalgos, e esforçados cavalleiros, e se
gundo mais compridamente se contém no dito instrumento. E mais uma carta do
paço e solar de Olaço, que é na provincia de Guipuscoa, jurisdicção da villa de
Guimbar, appa receu Diogo Cayado em nome de Nuno Cayado, e pedia ao dito senhor
João Lopes de Gamboa, senhor que ora é da dita casa, que vendo, e sabendo eles
virem e procederem da dita casa, e linha direita lhe outorgasse as armas, e como
lhe de direito pertencem, as quaes lhe approve declarar, e confirmar como a
parentes e descendentes, que d’elles era, que elles as trouxessem, e pozessem
assim como de justa razão era: e assim lh'o outorgou e lhe mandou d’elle passar
um publico instrumento, o qual tambem assignou de sua mão, isso mesmo aprouve
assignar a senhora da dita casa, a qual carta e instrumento veiu a mim serrada,
e assellada, e visto por mim sua prova firme, e valiosa, s. e com o conheci
mento que d’elle tenho, dei ao dito Nuno Cayado as armas como de direito lhe
perten cem, assim como vão figuradas, e pintadas no meio d'esta minha carta de
certidão, e assim como foram, e estão registadas no livro da nobreza do tempo
que el-rei nosso se nhor mandou por mim ordenar, as quaes armas são: Um escudo
vermelho, e no meio um elmo de prata guarnecido de ouro, e da parte direita um
lobo da sua côr com sua lingoa, e dentes e macho: e da outra parte um librel
branco com lingoa, e dentes, e macho, e no chefe tres folhas de golfão azues em
campo verde, e o librel com seu arganel colar de ouro. Pela qual razão
requeiro, e mando da parte de el-rei nosso senhor, e pelo poder, e autoridade
que de sua alteza tenho para as similhantes necessidades prover, notifico a
todos os cavalleiros, fidalgos de cotta de armas, e solar conhecido, e a todos
os corre gedores, juizes e justiças, oficiaes e pessoas a que esta minha carta
fôr mostrada, e o conhecimento d’ella pertencer por qualquer guiza, e maneira
que seja, leixem ao suppli cante ter, e trazer as ditas armas assim como aqui
vão declaradas, e com a diferença do chefe, e o deixem entrar em quaesquer
lances de batalha, rectos, e desafios que ele hou ver com seus inimigos, assim
elle, como os que d’elle descenderem por linha direita mas culina, e como dito
é, e deixem gousar de todos previlegios, liberdades, e franquezas de que gosam,
e hão os cavalleiros fidalgos de sollar conhecido, e de que gosaram seus an
tecessores por razão das ditas armas, que tem de sollar conhecido, e melhor se
com ra zão de poder fazer, e não seja a dita carta valiosa, nem guardada, salvo
ao sobredito Nuno Cayado supplicante, e os que d'elle descenderem por linha
direita masculina, como dito é, vivendo á lei da nobreza. Cumpri-o assim uns, e
outros sem duvida, nem embargo, que ella ponhaes sob a pena do dito senhor rei.
Dada em Lisbor a dois do mez de julho da era de 1506. Affonso Fernandes a fez,
por mando, e auctoridade de Portugal rei de armas. — Portugal rei de armas.
Certifico eu Gaspar Velho, Portugal e principal rei de armas d’estes reinos de
Portu gal esta carta foi passada pelo antecessor de meu antecessor, e está por
ele assignada pelo que se lhe pode dar fé, e credito, e por verdade fiz, e
assignei esta em Lisboa, no derradeiro de janeiro da era de 1583. — Portugal
rei de armas.
LXXI Brazão de armas concedido a Pedro Barba de Mesquita (1572)
Portugal rei d'armas d'El-rei
nosso senhor. Faço saber a quantos esta minha carta de certidão digna de fé, e
crença virem, que Pedro Barba de Mesquita, natural da cidade de Leiria, me
pediu e requereu que por quanto ele descendia por linha direita legitima por
parte de seu pae Gonçalo Correa, e de sua mãe Ignez de Vera Barba, e de seus avos
Pedro Barba Correa e Ignez de Mesquita, e Ruy Barba e Mecia Giroa, e de seus
bisavós das gerações e linhagens dos Barbas, Corrêas, Mesquitas e Girões, que
nestes reinos são fidalgos de cotta de armas, como constava dos papeis que
apresentava, que lhe desse um escudo com as armas que as ditas linhagens
pertencem, e elle de direito, por lhe pertencerem, devia trazer; pelo que eu
busquei os livros da nobreza, que em meu poder estão, e acho, que as armas que
ás ditas linhagens pertencem dos Barbas, e ao contra rio dos Corrêas do escudo
esquartelado, ao primeiro Mesquitas, e com mais seu paquilº, e elmo, e ao
segundo dos Girocns, e o timbre dos Barbas; e por diferença uma estrella azul,
que com ellas, por lhe pertencerem pela dita maneira, segundo o regimento da ar
maria deve trazer: pelo que lhe devem ser guardadas as liberdades concedidas ás
ditas armas. E por verdade lhe passei esta em Lisboa, por mim assignada aos
sete dias do mez de março. Diogo de S. Romão a fez. Anno do nascimento de nosso
senhor Jesus Christo de 1572. — Portugal rei de armas. N. B. O original d’esta
copia estava em poder de Ruy Barba Corrêa Alardo em quatro de agosto de 1703.
LXXII Brazão de armas concedido a Pedro de Moraes Pimentel (1682)
Portugal rei de armas principal
nestes reinos e senhorios de Portugal, pelo muito alto e poderoso principe D.
Pedro, nosso senhor, por graça de Deus principe de Portugal e dos Algarves,
d'aquem e d'alem mar em Africa, e de Guiné, e da conquista, navegação,
commercio da Ethiopia, Arabia, Persia, e da India, etc., como regente é
governador des tes reinos e senhorios, etc. Faço saber aos que esta minha carta
de certidão de brazão de armas de nobreza, digna de fé, e crença virem, que
Pedro de Moraes Pimentel me fez petição, dizendo que pela sentença junta se
mostrava ser filho, neto e descendente das pessoas e gerações n’ella conteudas,
e como tal lhe competirem as armas, e privilegios d'el las, me pedia que, pela
memoria de seus progenitores se não perder, lhe passasse seu brazão de armas, e
receberia mercê. A qual petição, sendo-me apresentada com a ditº sentença, que
foi dada no juizo da côrte do civel pelo dr. Francisco da Fonseca, por ella se
mostrava fazer o supplicante petição ao dito corregedor na forma seguinte: Diz
Pedrº de Moraes Pimentel, fidalgo de solar, natural da villa da Bemposta,
comarca da cidade de Miranda, que pelas justificações, e mais documentos
juntos, se mostra ser filho legi timo havido de legitimo matrimonio, de Diogo
de Moraes Pimentel, capitão-mór, e julz da alfandega da dita villa, e de sua
mulher Luciana de Moraes, e neto pela parte paterna de Pedro de Moraes Pegas, e
de sua mulher Bernarda Pimentel de Lousada, o qual dito seu avô foi filho
legitimo de Afonso Supico Pegas, bisavô d’elle supplicante, e a dita sua avó,
Bernarda Pimentel, foi filha legitima de Diogo Pimentel, fidalgo de geração e
cotta de armas, e solar conhecido, bisavô d'elle Supplicante, ao qual o senhor
rei D. Manuel Alvaro Pimentel, e de sua mulher Branca Lopes, terceiros avós
d’elle supplicante; o qual era homem fidalgo, e pelos Pimenteis parente do
conde de Benavente, o qual fez muitos ser viços aos senhores reis d’este reino
nos logares de Africa, na tomada de Arzilla, e Alca cer, e nas guerras contra
Castella, o qual dito seu terceiro avô era filho legitimo de João de Lousada,
homem fidalgo do tronco dos Lousadas, e de sua mulher Thereza Pimentel, quartos
avôs d’elle supplicante, e a dita Thereza Pimentel era filha legitima de João
Af fonso Pimentel, quinto avô d’elle supplicante, e irmão de outro João Afonso
Pimentel, primeiro conde de Benavente, os quaes descendiam do tronco e linhagem
verdadeira dos Pimenteis, d’onde elle supplicante descende; e por parte do dito
seu quarto avô, João de Lousada, descende outrosim da geração dos Lousadas, que
vem do reino de Galiza. E por parte da dita sua mãe Luciana de Moraes, irmã de
Catharina de Aguirre, senhora do logar de Bricones em Castella, ambas filhas
legitimas de Balthazar de Moraes, seu avô, o qual foi filho legitimo de Diogo
de Moraes, natural e morador na dita villa da Bem posta, bisavô d'elle
supplicante; o qual, por ser homem fidalgo de geração e cotta de armas, se lhe
passou brazão de armas de geração dos Moraes, no anno de 1584; pelo qual consta
descender por linha direita, legitima, e sem bastardia, da dita geração, por
ser filho legitimo de Beatriz de Moraes, terceira avó d’elle supplicante, como
filha que era de Gonçalo de Moraes, o velho, seu quarto avô, e neta de Pedro de
Riba do Syl de Moraes, quinto avô d’elle supplicante; e outrosim descende por
parte do dito seu bisavô Affonso Supico Pegas da geração dos Pegas: os quaes
todos seus paes, avós, bisavôs e mais ascendentes foram muito nobres, e
fidalgos de geração e cotta de armas, e pelos Pimenteis de solar conhecido, e
como taes fidalgos viveram sempre á lei da nobreza, com suas armas, cavallos,
creados, e mais gente de seu serviço, sempre prestes ao serviço dos senhores
reis de Portugal; eram christãos velhos, sem raça alguma de mouro, judeu, mu
lato, nem outra infecta nação; e elle supplicante descende por parte dos ditos
seus paes, e avós dos verdadeiros troncos, e gerações dos legitimos Pimenteis,
Moraes, Lousadas, e Pegas d’este reino, que n'elle são fidalgos de geração e
cotta de armas, e os Pimenteis de Solar conhecido, como consta do brazão do
dito seu bisavô Diogo Pimentel, tirado au tentico dos livros da Torre do Tombo;
e porque conserva a nobreza, e fidalguia dos ditos antepassados, vivendo á lei
da nobreza, e lhe pertencem suas armas, brazões, honras, privilegios a eles
concedidos por direito, e ordenação do reino: Pede a vossa magestade mande
juntar esta ás ditas justificações, e documentos, e antuados se façam conclusos
para o julgar por sua sentença por filho, neto, bisneto, e verdadeiro descendente
das pessoas conteudas nesta; e por descendente legitimo das ditas gerações dos
Pimenteis, Moraes, Lousadas e Pegas, e como tal poder tirar os brazões e armas
d’ellas, como tiveram seus avós, e gosar das honras, privilegios, e liberdades
que por bem d’ellas, e por direito, e ordenação do reino lhe são concedidos, e
receberá mercê. A qual petição sendo apresen tada ao dito desembargador, e
corregedor da côrte, mandou por seu despacho, que se autuasse, e fosse
conclusa; ao que se satisfez, e sendo levado concluso, promulgou a sentença do
theor seguinte: Vistos estes autos, petição do supplicante, justificações de
testemunhas judicialmente perguntadas, e documentos juntos. Mostra-se ser o
supplicante filho, neto, bisneto e descendente legitimo das pessoas declaradas
em a sua petição, que foram muito nobres, e como taes viveram á lei de nobreza,
e christãos velhos sem raça alguma de in fecta nação, e descendentes dos
troncos verdadeiros dos Pimenteis, Moraes, Lousadas, e Pegas, e tinham seus
brazões de que gosaram, e de seus privilegios, por tal julgo ao sup plicante
por verdadeiro descendente das ditas gerações de que pôde tirar seus brazões, e
gosar das honras. e privilegios a elles por direito, e ordenação do reino
concedidos na orma de sua petição, e pague os autos. Lisboa 21 de março de
1682. Francisco da Fon seca. E sendo assim dada a dita sentença, foi tirada do
processo em nome do dito senhor. Em virtude, e cumprimento da qual provi, e
busquei os livros da nobreza, da nobre, e antiga fidalguia do reino, e n'elles
achei assentadas, e registadas as armas das ditas gerações, e n'esta lh'as dou
divisadas, e illuminadas com os metaes, e côres que a ellas pertencem, conforme
a armaria, a saber: Um escudo posto ao ballon esquartelado, ao pri meiro dos
Pegas, que são as de sua varonia, em campo de prata uma cabeça de lobo es
folada, gotada de sangue, entre tres pegas de sua côr em roquete, e por
diferença um tri olio verde. Ao segundo dos Moraes, que tem o campo partido em
palla, a primeira de vermelho com uma torre de prata aberta, e frestas lavradas
situada sobre um pé de agua com seu corucheo de ouro, e no remate uma
bandeirinha de prata, a segunda pala de prata com uma amoreira de sua côr com
raizes, e o fructo de ouro. Ao terceiro dos Pi menteis de verde com cinco
vieiras de prata em santor. Ao quarto quartel dos Lousadas de prata com dois
lagartos de sua côr, que saem de duas lousas de purpura. Elmo de prata aberto
guarnecido de ouro, paquife dos metaes, e côres das armas, e por timbre o dos
Pegas, uma das pegas. E porque estas são as armas, que ás ditas linhagens
pertencem, lh'as dei e ordenei aqui para d’ellas usar, e gosar, e com elas
poderá entrar em batalhas, campos, duelos, rectos, desafios, justas e torneios,
e exercitar os mais actos de guerra e paz, que licitos e honestos forem; pôl-as
em seus resposteiros, firmaes, sinetes, portaes de suas casas e quintas, e
sobre sua propria sepultura, e finalmente servir-se, honrar-se, e aproveitar-se
d’ellas como suas que são, e á sua nobreza convém: Pelo que peço aos
corregedores, provedores, e mais justiças deixem trazer e possuir ao
supplicante as ditas armas, e com elas gosar todos os privilegios, graças,
honras, mercês, e mais liberdades a elas concedidas pelos senhores reis destes
reinos, e de que usam, e gosam os nobres fidalgos de geração e cotta de armas:
assim como pela dita sentença está julgado, e mando a todos os oficiaes da
nobreza o cumpram e guardem. Em fé do que lhe passei a pre sente por mim
assignada, em Lisboa aos 15 de abril de 1682. Francisco Mendes a fez por
Francisco Luiz Ferreira, escrivão da nobreza. E eu Francisco Luiz a fiz
escrever e subs crevi. — Portugal rei de armas.
LXXIII Brazão de armas concedido a Simão Nunes Infante (1571)
Portugal rei de armas principal
de El-rei nosso senhor. Faço saber a quantos esta mi nha carta de certidão de
brazão de armas, digna de fé, e crença virem, que Simão Nunes Infante,
cavaleiro fidalgo da casa de el-rei nosso senhor, e morador na villa de
Santarem, me pediu, e requereu, que por quanto ele descendia por linha direita,
por parte de sua mãe Margarida Mendes Sobrinha, e de seu avô João Sobrinho,
morador que foi na cidade da Guarda, e de seu bisavô Fernão Sobrinho, morador
que foi em Montemor-o-novo da geração, e linhagem dos Sobrinhos, que nestes
reinos são fidalgos de cotta de armas como constava por papeis, que
apresentava, que lhe desse um escudo de armas, que á dita li nhagem pertencem,
e as ele de direito, por lhe pertencer, devia trazer, pois d’ellas fôra passada
carta em forma a André Bugalho Sobrinho, fidalgo da casa do dito senhor, seu
primo com-irmão. Pelo que eu busquei os livros da nobreza, que em meu poder
estão, ê acho, que as armas, que á dita linhagem pertencem serem estas, que em
esta lhe dou illuminadas, e com mais seu paquife, elmo, e timbre, e por
diferença uma brica de Ouro, com uma estrella de azul sobre ella, que com elas,
pois lhe pertencem pela dita maneira, segundo regimento de armaria deve trazer,
e certifico, e dou fé passar a dita carta em forma ao dito André Bugalho
Sobrinho por mandado do dito senhor, na era de 1561: pelo que lhe devem ser
guardadas as liberdades concedidas ás ditas armas, e por verdade lhe passei
esta em Lisboa por mim assinada aos 8 de julho. Diogo de San Romão a fez. Ann0
do nascimento de nosso senhor Jesus Christo de 1571. — Portugal rei de armas. A
2 de outubro de 1560 confirmou el-rei D. Sebastião a André Bugalho Sobrinho,
neto nobre e 1 Veiu-nos ultimamente á mão esta copia, que julgamos dever tambem
reproduzir aqui. real oficio lhas
dou assim como vão no dito escudo, das quaes poderá usar como acto e
prerogativa de sua nobreza e fidalguia, e com elas poderá gosar de todas as
graças, liber dades, honras e mercês, que pelos senhores reis deste reino foram
concedidas aos fidal gos e nobres d'elle, e especialmente aos das ditas
gerações: e com elas poderá entrar em batalhas e em todos e quaesquer actos
militares, assim de paz como de guerra, tanto nas coisas graves e de
necessidade, como nas voluntarias e de passatempos, assim como jus tas, torneos
e tudo mais que licito fôr; e as poderá fazer pintar e bordar em seus respos
teiros, bandeiras e estandartes, abrir e esculpir em suas baixelas e em seus anneis
e si netes e em todas as peças de ouro e prata, pedraria e grimpas, e nos
portaes de suas casas e quintas, e finalmente as poderá esculpir e deixar sobre
sua propria sepultura, servindo-se, honrando-se e aproveitando-se d’ellas como
a sua nobreza e fidalguia convem, como o fazem os mais fidalgos e nobres d’este
reino; pelo que requeiro a todos os des embargadores, corregedores, ouvidores,
juizes e mais justiças de sua magestade da parte do dito senhor, e da minha por
bem do oficio que tenho, e em especial mando aos oficiaes da nobreza, como juiz
que sou d’ella, reis de armas, arautos e passavantes a cumpram e façam
inteiramente cumprir como por mim é determinado e julgado, e por firmeza de
tudo vai por mim assignada com o signal publico do nome do meu ofi cio, Lisboa
cinco de julho de 1707. Daniel Manlio a fez, por José Duarte Salvado,
cavalleiro da casa real, escrivão da nobreza n'estes reinos e senhorios de
Portugal. Eu José Duarte Salvado o fiz subscrever e subscrevi. — Portugal rei
de armas.
INDICE HERALDICO
DESCRIPÇÃO COMPLETA D ARMAS DE
TODAS AS FAMILIAS QUE EM PORTUGAL TIVERAM E REGISTRARAM CARTAS DE BRAZÃO DE
ARMAS O HGANISA DO COM REFERENCIA AO ARCHIV0 HERÁLDICO GENEALOGICO Á visTA Dos
TRABALHos INEDITos QUE SE CONSERVAM NO ARCHIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO
EscFIPTos PoR FRANCISCO COELHO, REI D'ARMAs, E OUTROS: ADDICIONADOS A ESTES
OUTROS TAMBEM MANUSCRIPTOS DE F. x. DA SERRA CRAEsBEECK, ExISTENTES NA
BIBLIorneca NACIONAL DE LISBOA E VARIAs obit As IMPREssAs DE AUCToRES NACIONAES
E ESTRANGEIRos, TAEs como MR. Jourrãox D'EschAvANNEs, D. FRANCIsco PIFERRER,
ETC., Etc. PELO VISCONDE DE SANCHES DE BAENA LISBOA TYPOGRAPHIA UNIVERSAL DE
THOMAZ QUINTINO ANTUNES, IMPRESSOR DA CASA REAL Rua dos Calafates, 110 1872 A
ABARCA. Procede esta familia de D.
Pedro de Guevarra, que creou D. Sancho Abarca, rei de Navarra, de quem tomou o
appelido. E seu solar no reino de Aragão. Passou a Portugal na pessoa de D.
Francisca Abarca, mulher de D. Antonio Lopes Galhardo, que vindo servir el-rei
D. João IV na feliz acclamação, foi n'este reino tenente general de cavallaria
na provincia da Beira, e prestou assignalados serviços. Seus filhos continuaram
na vida militar com honra e acceitação. Tem por armas, em campo de oiro, uma
banda de cadeas de azul, dobrada, e em orla e nos claros do escudo duas
alparcas xadrezadas de negro e oiro, e forradas de vermelho. V. Argote de
Molina, Nobreza d'Andaluzia.
ABELHO. É familia das Asturias,
d’onde passou a Portugal, e procedeu d’ella Nuno Alvares Cahinho Barradas,
capitão-mór que foi da villa de Grandola, na provincia do Alemtejo. São suas
armas, em campo verde de campanha, uma arvore de sua côr perfilada de oiro e
raizes do mesmo, junto d’ella um cortiço, sobre este uma fouce de prata, e á
roda do cortiço muitas abelhas, tudo de oiro. Acham-se em D. João Flores de
Ocaris na sua obra Asturia illustrada, pag. 775.
AB0IM. Procedem os d’esta familia
de D. João de Aboim, rico-homem, alferes mór, e mordomo-mór de el-rei D. Afonso
III. Foi governador do Algarve, e o rei D. Af fonso o Sabio, de Castella, lhe
entregou as fortalezas d’aquelle reino e a seu filho D. Pe dro Annes Portel,
para que as tivessem em fidelidade quando o doou a seu genro D. Af fonso de
Portugal. Foi mais senhor de muitas terras que repartiu largamente com as ordens
militares, e d’elle procede grande parte da fidalguia d’este reino. São suas
armas o escudo esquartelado; o primeiro quartel Xadrezado de oiro e azul, o
segundo em campo de oiro tres bastões ou palas de azul, e assim os contrarios :
timbre dois braços vestidos de azul, pegando com as mãos em um taboleiro de
xadrez como o primeiro quartel do escudo.
ABRANCHES. Esta familia tomou o
appelido do condado de Abranches, em França, nome de uma cidade da provincia da
Normandia inferior, do qual obteve o titulo D. Alvaro Vaz de Almada por
heroicos serviços que fez ao rei d'aquélla monarchia. São seus representantes
hoje os condes de Almada. As suas armas são as mesmas dos Almadas; em campo de
oiro duas cruzes de oiro floridas e vasias sobre uma banda azul, entre duas
aguias vermelhas estendidas, armadas de negro; timbre uma das aguias. V. Hist. gen, da Casa Real Portugueza, tom.
vi, pag. 670.
ABREU, Uns lhe dão por solar a
torre de Abreu, junto a Valença do Minho, e outros o logar de Abreu ou Avreu,
junto á freguezia de S. Pedro de Merufe, no termo de Monção, onde estão as
ruinas de uma torre chamada Pica de Regalados, que foi desta familia; a qual
além da casa de Regalados, que em Castella logrou o titulo de conde, teve
n'este reino as de Anquião, Arcozello, Bezelga e outras. São suas armas em
campo vermelho cinco azas de oiro com sangue nas cortaduras, postas em santor,
timbre uma das azas. ABUL. Não temos encontrado notícia das origens d’este
appellido, que é palavra arabiga, e serviu de nome proprio a muitos principes,
como Abul Harum, rei de Marro cos, e seu filho Abul Hacen. Na Sé de Lisboa,
junto á sacristia nova está ou esteve uma sepultura, cujo letreiro diz — Aqui
jaz o honrado Lourenço Abul, secretario de el-rei nosso senhor e conego n’esta
sé. São suas armas partidas em pala; na primeira em campo de oiro meia aguia
negra ar mada de sanguinho, na segunda em campo azul uma faxa vermelha coticada
de oiro e tres crescentes de prata, postos em roquete, dois no campo alto e um
na faxa; timbre um crescente do escudo entre duas azas pretas.
AÇA. É seu solar a villa de Aça
em Castella; e suas armas, em campo de oiro uma cruz vermelha florida e vasia
do campo, com duas orlas divididas por coticas pretas, a primeira de prata com
dez aspas sanguineas, a segunda de oiro com dez caldeiras pretas. Não estão no
livro da Torre do Tombo, porém tral-as Gonçalo Argote de Molina (Nobreza de
Andaluzia, pag. 40 e 49) e Villas-boas (Nobiliarchia portugueza, pag. 230):
ainda que este ultimo com seus descuidos. ACHIOLI ou ACCIOLI. É familia
illustre de Florença, d’onde passou a Portugal Simão Achioli, no reinado de
el-rei D. João III. Povoou a ilha da Madeira, e no anno de 1742 achando-se o
marquez Achioli só com uma filha herdeira da sua grande casa em Florença,
mandou convidar para casar com ella a D. Jacinto Achioli de Vasconcellos, des cendente do dito
Simão Achioli, que vivia na dita ilha, para conservar a varonia da Sua familia,
e com efeito passou a ser senhor d’aquella grande casa. São suas armas em campo
de prata um leão azul armado de sanguinho, com uma flor de liz de oiro na
espadoa; timbre o mesmo leão. V. Archivo, n.º 2284. •
ADARGA. Esta família tem por
armas no escudo em campo azul cinco flores de liz de oiro em aspa, V. Espelho
da Nobreza, por Francisco Xavier da Serra Craesbeeck. •
ADORNO. Tem no escudo em campo de
oiro uma banda jaquetada de prata e oiro de tres jaqueís. Procedem de Xerez de
la Frontera, em Castella. V. Espelho da Nobreza, por Francisco Xavier da Serra
Craesbeeck.
AFFONSO. Achamos este nome
proprio feito appellido de familia, que tem por armas o escudo partido em pala,
a primeira cortada em faxa, na primeira em campo de oiro uma aguia negra de
duas cabeças, aberta e armada de sanguinho, na segunda em campo verde um
castello de prata; na segunda pala em campo de prata um leão verme lho armado
de azul; timbre a aguia do escudo. Assim se deram a Jorge Afonso, que parece
seria o chefe d’esta familia.
AGRA. Escudo esquartelado; no
primeiro quartel em campo de oiro um rochedo agreste da sua cor; no segundo em
campo verde uma banda de negro fimbrada de oiro; purpura e o virol de oiro e
verde. M.N., feita a Francisco José Gonçalves Agra em 25 de maio de 1868. V. Ar
chivo, n.º 790.
AGUIAR ou AGUILAR. É tudo a mesma
familia: assim o segue Fr. Filippe de Lagandara, e Francisco Coelho, rei de
armas India, contra o parecer de outros que que rem sejam diversas. São suas
armas em campo de oiro uma aguia vermelha, aberta e armada de preto; tim bre a
mesma aguia. Assim se acham no livro de Armaria da Torre do Tombo, fl. 16. Os
que que rem que os Aguilares accrescentem mais um crescente, poderão advertir
que esse accrescentamento pertence á familia dos de Guivar.
AGUILERA. Escudo em campo de oiro
com uma aguia negra; timbre a mesma aguia. *# V. Espelho da Nobreza, por Francisco
Xavier da Serra Craesbeeck. ALÃO. Esta familia é tão antiga, que já antes de
Portugal ser reino era senhor de Bragança D. Mendo Alam, que é verosimil que
fosse descendente dos reis Alanos. D. João Alam, bispo do Algarve, instituiu o
morgado de Santo Eutorpio na freguezia de S. Bartholomeu de Lisboa. São suas
armas esquarteladas; o primeiro quartel Xadrezado de oiro e vermelho; o se
gundo de azul com cinco flores de liz de oiro em santor, e assim os contrarios;
timbre um cão alão de azul com uma estrella de oiro na espadoa.
ALÃO. Esta familia é tão antiga,
que já antes de Portugal ser reino era senhor de Bragança D. Mendo Alam, que é
verosimil que fosse descendente dos reis Alanos. D. João Alam, bispo do
Algarve, instituiu o morgado de Santo Eutorpio na freguezia de S. Bartholomeu
de Lisboa. São suas armas esquarteladas; o primeiro quartel Xadrezado de oiro e
vermelho; o se gundo de azul com cinco flores de liz de oiro em santor, e assim
os contrarios; timbre um cão alão de azul com uma estrella de oiro na espadoa.
ALARCÃO. É familia de Castella; o
appelido foi tomado da villa de Alarcon, que Fernão Martins de Zevallos tomou
aos moiros. São suas armas em campo sanguinho uma cruz de oiro florida e vasia,
orla azul carre gada de oito aspas do mesmo metal; timbre a cruz do escudo; a
orla dividida do campo por uma cotica de oiro. •
ALARDO. Esta familia veiu de
França, onde é nome proprio este appellido, que passou a Portugal na pessoa de
D. Alardo, capitão da armada franceza que ia á conquista da Terra-santa, e
arribando a Lisboa ajudou D. Afonso Henriques na conquista d’esta cidade, e
ficando no reino fundou a povoação de Villa-verde, que seus descendentes pos
suiram por muitos annos, até que passou por venda que d’ella fizeram aos
Gomides. São suas armas em campo vermelho tres flores de liz de oiro em
roquete, com um cres cente de prata no centro; timbre um alão de prata
nascente, com uma coleira sanguinea guarnecida de oiro, e uma flor de liz na
garra direita.
ALBERGARIA. Procedem os
Albergarias de Paio Delgado, instituidor ou funda dor da albergaria que
antigamente houve em Lisboa. Foi fidalgo do tempo de el-rei D. Af fonso
Henriques. São suas armas em campo de prata uma cruz sanguinha aberta, com uma
orla do mesmo metal dividida por um filete preto carregado de oito escudinhos
das quinas do reino; tim bre um dragão sanguinho volante, que alguns lhe
carregam no peito uma cruz de prata como a do escudo.
ALBERNAZ. Esta familia é antiga,
porque já no anno de 1378 instituiu Martim Affonso de Albernaz um morgado, que
vinculou á capella de Santo Estacio da Sé de Lisboa. São suas armas
esquarteladas; no primeiro quartel em campo azul um ramo de carapeteiro de
prata de sete folhas ou pontas; no segundo em campo de prata um ramo de azul
como o do primeiro, e assim os contrarios; timbre um carapeteiro azul, florido
de prata.
ALBERNOZ. Segundo a opinião de
Francisco Coelho Mendes, rei de armas In dia, é esta familia do reino de
Aragão, e tem casa na Mancha. • São suas armas em campo de oiro uma banda
verde. Villas-boas na Nobiliarchia diz ser o mesmo que Albernaz; porém assigna
lhe as referidas armas. *
ALBUQUERQUE. Esta familia que
tomou o appelido da praça de Albuquerque, de que foram senhores os do seu
appellido, é uma das mais illustres de Portugal e Castella. Procede de D.
Affonso Telles de Menezes, povoador da mesma praça. Teve casamentos nas casas
reaes d’estes reinos, de que procedem muitas casas da primeira nobreza d’elles.
As suas armas antigas eram em campo vermelho cinco flores de liz de oiro em
Santor; timbre uma aza negra com as cinco flores de liz : depois fizeram o
escudo esquartelado; . no primeiro quartel as armas de Portugal inteiras com um
filete negro em contrabanda; no segundo as cinco flores de liz de oiro em campo
vermelho, e assim os contrarios; no timbre continuaram alguns o referido, e
outros puzeram um castello de oiro, com uma flor de liz do mesmo metal sobre a
torre do meio.
ALCACER ou ALCASSER. Tem o escudo dividido em
pala; na primeira de azul cinco flores de liz de oiro em aspa; na segunda de
oiro cinco coticas azues em pala; tim bre uma das flores de liz. V. Espelho da
Nobreza, por Francisco Xavier da Serra Craesbeeck.
ALCAÇOVAS. Fez-se conhecida esta familia nos
reinados de D. Afonso v e D. João II em Pedro Fernandes de Alcaçova, secretario
de estado dos mesmos reis. To mou o appellido do castello de Alcaçova de
Lisboa, onde morava. São suas armas em campo azul uma fortaleza de prata de
cinco torres; timbre a mesma fortaleza. V. Archivo, n.º 2145.
ALCOFORADO. Esta familia é das
antigas d’este reino. São suas armas o escudo xadrezado de prata e azul de sete
peças em pala e sete em faxa; timbre uma aguia xadrezada dos mesmos esmaltes.
ALDANA. Procedem os d’esta
familia de Pedro Ayres de Aldana, progenitor tambem dos Maldonados. • São suas
armas em campo vermelho cinco flores de liz de oiro em santor; timbre uma aspa
de oiro, com uma flor de liz vermelha sobre ella. Acham-se na Nobreza de
Andaluzia, por Gonçalo Argote de Molina, pag.227, e em outras obras.
ALEMO. Tem o escudo escaquetado
de oiro e azul, de seis peças em pala e cinco em faxa; timbre duas tochas
accezas em aspa, atadas com fita azul. V. Espelho da Nobreza, por Francisco
Xavier da Serra Craesbeeck.
ALEMO, de DIOGO RODRIGUES. Tem
escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis de oiro quatro barras
vermelhas em pala, e orla azul com oito cruzes de prata chãs; no segundo e
terceiro de prata um alemo verde; timbre quatro pennachos, Os dois do meio
azues e os dos lados vermelhos, e no meio d'elles uma cruzinha das armas. V.
Espelho da Nobreza, por Francisco Xavier da Serra Craesbeeck.
ALFARO. Procedem os Alfaros do
mestre Diogo de Alfaro, chamado o da Cabelleira, medico da camara de el-rei D.
Manuel. Tomou o appellido da villa de Alfaro em Castella, d’onde era natural.
El-rei D. João III lhe deu armas proprias no anno de 1535. São suas armas em
campo vermelho tres pescoços de serpes de prata com sangue nas cortaduras,
postos em pala, atados com um torçal verde; timbre os mesmos pescoços".
Villas-boas traz as armas dos Alfaros de Castella, que são : o escudo par- •
tido em pala; na primeira em campo de oiro dois bastões verdes em pala; na
segunda um crescente de prata em campo azul; assim as men ciona Gonçalo Argote
de Molina no apontamento que fez das erratas no principio do seu livro da
Nobreza de Andaluzia. V. Archivo, nº 533. 1 Esta versão difere do conteudo na
carta de brazão de armas, que foi dada ao dito Diogo Al faro por el-rei D. João
III, e se acha na Torre do Tombo, liv. xlvii, fl. 26, de 14 de outubro de 1535.
— Pegado. |
ALMA. Este appelido é de uma
familia antiga, que não sabemos que exista hoje. D’ella foi o bispo D. Gil
Alma, prelado de Coimbra. São suas armas em campo azul tres faxas de oiro;
timbre duas tochas de oiro accezas postas em aspa, atadas com um troçal azul.
No livro antigo dos reis de armas acha-se outro escudo do mesmo appellido, que
vem a ser : em campo sanguinho seis tochas de oiro accezas, postas em duas
palas; timbre duas tochas em aspa atadas com troçal azul; pode ser que algum
ramo d'esta familia as usasse.
ALMADA. O appelido de Almada foi
tomado da vila d’este nome : n’ella vivia no reinado de el-rei D. Pedro I
Joanne Annes, a quem chamaram de Almada por ser alli morador, o qual foi vedor
da fazenda do dito rei, e de seu filho D. Fernando; procedem d'elle as casas
que ha d’este appelido. São suas armas em campo de oiro uma banda azul
carregada de duas cruzes de oiro abertas e floreteadas, e nos vãos em
contrabanda duas aguias sanguinhas armadas de preto; timbre uma das aguias. São
as mesmas dos Abranches.
ALMANÇA. Escudo dividido em pala;
na primeira de prata tres barras negras em pala; na segunda de prata cinco
arminhos negros em aspa; orla, a parte do chefe de prata carregada de cinco
aspas vermelhas, o resto da orla de vermelho carregado de cinco rodas de
navalhas de Santa Catharina de oiro, e as navalhas de prata. V. Espelho da
Nobreza, por Francisco Xavier da Serra Craesbeeck.
ALMEIDA. A villa de Almeida deu o
appelido a esta familia, que tem n’este reino casas illustrissimas, de que sairam
egregios prelados e valorosos generaes. São suas armas em campo vermelho seis
besantes de oiro entre uma cruz dobre, e bor dadura do mesmo metal; timbre uma
aguia vermelha besantada de nove besantes, sendo tres no peito e tres em cada
aza.
ALPOEM ou ALPOIM. É familia de
França, que procede de Godofre du Puy, que veiu a este reino no tempo de D.
Affonso Henriques. São suas armas em campo azul uma lua de prata com as pontas
para baixo, e uma orla vermelha lisa; timbre uma ade de sua côr, com o bico de
oiro e os pés de vermelho. Fr. Leão de S. Thomaz na sua Benedictina traz este
escudo com a lua sanguinha. As armas antigas d’esta familia, eram em campo azul
cinco flores de liz de oiro, em santor; timbre um braço vestido de azul tendo
na mão uma fita com esta letra — Nostra Dama de Poym.
ALTAMIRANO. Ainda que suppomos
não ha esta familia em Portugal, como achamos suas armas em Gonçalo Argote de
Molina, aqui as descrevemos, que são em campo de prata dez forteaos de azul em
tres palas, a do meio com quatro, e as duas dos lados com tres em cada uma.
Villas-boas, que tambem fala n’ellas, traz treze ar ruelas da mesma côr em
campo de oiro, porém deve seguir-se o dito Gonçalo Argote, porque as figuras
são as mesmas que aponta Villas-boas, e só difere no numero e no esmalte do
campo. ALTER0. Os Alteros devem a sua ascendencia aos Godinhos; foi o primeiro
Ay res Martins de Altero, que tomou o appellido da quinta de Altero no termo da
villa de Alemquer, que é o seu solar. São suas armas o escudo xadrezado de oiro
e vermelho de quatro peças em faxa; tim bre um leão nascente xadrezado dos
mesmos esmaltes. • Acham-se em Villas-boas, Nobiliarchia, pag. 232.
ALTE. Este appelido foi dado por
el-rei D. João III ao doutor Bernardino Es tevens, juiz dos feitos da Fazenda e
depois desembargador do Paço, a quem fez fidalgo de solar, dando-lh'o na sua
quinta da Salsa de Alte, sita no termo da villa de Serpa, por carta de 21 de
fevereiro de 1550. São suas armas em campo de prata nove flores de liz vermelhas
em tres palas; timbre uma das mesmas flores". • Possuiam ultimamente esta
casa os guardas-móres da Casa da India e armadas. 1 No liv. 1v. de Privilegios
de el-rei D. João III a fl. 143 se encontra a carta pela qual lhe é feita a
mercê de fidalgo e nobre de solar conhecido, etc.; porém não menciona o brazão,
nem tampouco este se acha registrado. A mesma carta diz, que lhe havia de ser
passada depois outra de brazão, a qual se não encontra. — Pegado.
ALVA. Foi desta familia o bispo
de Portalegre D. Julião de Alva. Ha esta fa milia na ilha de S. Thomé, onde foi
coronel Francisco de Alva Brandão, filho de outro do mesmo nome e com o mesmo
posto, e neto de D. Catharina de Alva Brandão, filha de Francisco de Alva
Brandão, neta de Pedro de Alva, morador que foi em Castello de Vide, O * de
João de Alva, primo do dito bispo de Portalegre. Alva é freguezia no bispado de
Viseu. São suas armas o escudo de veiros de azul e prata, com um chefe de azul
carregado com uma estrella de prata, que é allusiva á estrella d'alva; timbre a
mesma estrella.
ALVARENGA. É solar desta familia
o couto de Alvarenga, na província de En tre-Douro e Minho, do qual foi senhor
Mem Paes Curvo, e seu filho Martim Pires de Al varenga foi o primeiro que se
chamou de Alvarenga, por ser senhor do dito couto e as sistir n’elle. São suas
armas em campo de veiros de prata e azul tres faxas sanguinhas; timbre um leão
nascente vestido de veiros como os do escudo, e armado de sanguinho.
ALVARES DE ANDRADE. Procedem de
Alvaro Pires de Andrade, da casa dos condes de Andrade, em Galiza. Seu filho
Fernão Alvares de Andrade foi escrivão da Fazenda de el-rei D. João III de
Portugal, e muito seu valido; o qual lhe deu por armas em campo de oiro uma
banda sanguinha, saindo das bôcas de duas cabeças de serpes verdes, salpi cadas
de prata, entre duas caldeiras xadrezadas de vermelho e prata, com duas cabeças
de serpes nos encaixes das azas voltadas para fóra em cada caldeira; timbre um
pescoço e cabeça de serpe de oiro armado de sanguinho, D'esta forma estavam na
capella-mór do mosteiro da Annunciada de Lisboa, que era sua, e se incendiou
pelo terremoto de 1755. Torquato Alvares Ribeiro
por alvará de 17 de fevereiro de 1866: — Um escudo esquartelado; sendo o
primeiro quartel escaquetado por quatro paralelas em pala contra seis em faxa,
e os quinze escaques de veiros de prata, alternadamente recortados de vermelho
e de azul, in dicando-se oito d’aquelles e sete d’estes; o segundo quartel
interceptado por tres faxas de oiro sobre campo verde; o terceiro interceptado
por tres palas, sendo a do centro carregada com um leão estendido de prata,
empunhando com a garra direita uma espada do mesmo metal e punho de oiro, sobre
campo vermelho, e as duas lateraes frestadas por nove fim bretas negras em
banda contra outras tantas da mesma côr em barra sobre campo de prata; e o
quarto carregado com um leão rompente de purpura e armado de azul sobre campo
de prata; elmo de prata liso, decorado de oiro, com o forro verde, virol de ver
melho e oiro; timbre um lirio roxo, interlaçado por cinco flores denominadas botões
de oiro.
ALVARES RIBEIRO. M. N. de brazão de armas concedida a Joaquim
Torquato Alvares Ribeiro por alvará
de 17 de fevereiro de 1866: — Um escudo esquartelado; sendo o primeiro quartel
escaquetado por quatro paralelas em pala contra seis em faxa, e os quinze
escaques de veiros de prata, alternadamente recortados de vermelho e de azul,
in dicando-se oito d’aquelles e sete d’estes; o segundo quartel interceptado
por tres faxas de oiro sobre campo verde; o terceiro interceptado por tres
palas, sendo a do centro carregada com um leão estendido de prata, empunhando
com a garra direita uma espada do mesmo metal e punho de oiro, sobre campo
vermelho, e as duas lateraes frestadas por nove fim bretas negras em banda
contra outras tantas da mesma côr em barra sobre campo de prata; e o quarto
carregado com um leão rompente de purpura e armado de azul sobre campo de
prata; elmo de prata liso, decorado de oiro, com o forro verde, virol de ver
melho e oiro; timbre um lirio roxo, interlaçado por cinco flores denominadas
botões de oiro.
ALVES. Escudo dividido em faxa; a
primeira dividida em pala, na primeira de vermelho uma aguia de prata de duas
cabeças coroadas de oiro, na segunda de azul uma cruz de oiro potentea
cantonada de quatro rodellas de oiro vasias do campo; na segunda faxa de azul
tres ondas de prata em banda; timbre a aguia com uma só cabeça coroada, V.
Espelho da Nobreza, por Francisco Xavier da Serra Craesbeeck.
ALVES GUERRA. M. N. de brazão de
armas a Manuel Alves Guerra, que lhe foi conferida por alvará de 23 de junho de
1862: — Um escudo partido em pala, sendo a direita cortada em faxa, onde se
coloca na parte superior o brazão dos Guerras das Asturias, que vem a ser o
seguinte : fundo verde carregado com uma torre de prata so bre chammas, com
orla de oiro contendo em letras azues a legenda — Ave Maria gratia plena —, e
na inferior o brazão dos Pereiras, que é fundo vermelho carregado com uma cruz
de prata vasada e florescente; a esquerda é esquartelada e apresenta o brazão
dos Ribeiros, que se reduz ao
symbolo seguinte : no quartel superior da direita em superfi cie de oiro quatro
verguetas ou bastões de purpura firmados, no superior da esquerda em fundo
negro tres faxas de veiros de prata e vermelho, e assim os seus alternos; tim
bre a fortaleza de prata sobre chammas. V. Archivo, n.º 1820.
ALVIM. Esta familia (cujo solar é
a terra de Alvim, de que tomou o appelido, quatro leguas distante de Ponte de
Lima) é uma das antigas e illustres d’este reino. Foi d’ella, e herdeira da
principal casa dos Alvins, a condessa D. Leonor de Alvim, mulher do condestavel
D. Nuno Alvares Pereira, e por esta razão possue hoje os seus bens a se
renissima Casa de Bragança. São suas armas esquarteladas; o primeiro quartel
Xadrezado de oiro e vermelho de quatro peças em faxa e outras tantas em pala;
no segundo em azul cinco flores de liz de oiro, em Santor, e assim os
contrarios; timbre um leão de oiro nascente com uma flor de liz azul na mão.
ALV0. Procedem os Alvos de
Estevão Alvo, portuguez alentado da cidade do Porto, que achando-se em Flandres
na cidade de Anvers ao tempo que Martim Van Ros rebellado lhe poz cerco, ele a
defendeu animosamente, de sorte que madame Marie, filha do duque de Brabante,
que então a governava, querendo mostrar-se agradecida, entre ou tras mercês lhe
deu por armas em campo azul um leão de oiro, atravessando por cima de tudo uma
banda sanguinha carregada de tres rosas de prata e coticada de oiro; tim bre
duas azas vermelhas e entre estas uma rosa como as do escudo.
AMADO. Este appelido começou em nome
proprio, como se acha em muitas partes do Nobiliario do conde D. Pedro, Foram
os Amados Senhores de Penella, alcaides móres de Penedono, e possuidores dos
morgados de Valbom, nos coutos de Alcobaça. El-rei D. Fernando deu a Gonçalo
Mendes Amado, senhor de Penella, as seguintes armas: Um escudo esquartelado; no
primeiro quartel em campo azul uma aguia de oiro esten dida, armada de negro;
no segundo em campo verde uma banda de prata arminhada de seis arminhos, e
assim os contrarios; timbre a aguia do escudo carregada de seis armi nhos
negros no peito.
AMADOR. É familia de Florença,
que passou a Portugal no tempo de el-rei D. Manuel. O mesmo senhor confirmou a
Benoco Amador as armas de sua família em 25 de abril de 1514. São suas armas em
campo azul uma cotica de oiro columbreada entre duas de prata direitas, postas
todas em banda, e nos vãos em contrabanda duas estrellas de oiro de oito
pontas; timbre um pavão de suas côres naturaes, com a cauda aberta e a cotica
de oiro no bico, que lhe dá duas voltas no pescoço estando presa por uma ponta
a um pé". Acham-se na Torre do Tombo, liv. vi de Misticos, fl. 129. V.
Archivo, nº 398. 1 Difere muito do que se vê descripto na carta de brazão de
armas passada ao dito Benoco Amador.
AMARAL. É familia antiga, que tem
seu solar na provincia da Beira, na quinta ou villa de Amaral, de que tomou o
appellido. São suas armas em campo de oiro seis luas minguantes azues com as
pontas para baixo, postas em duas palas; timbre um leão de oiro com uma clava
ou maça de armas nas mãos, com o cabo azul e o ferro de prata.
AMARAL, de PEDRO RODRIGUES. Pedro
Rodrigues do Amaral, protonotario e conde palatino, foi desta família dos
Amaraes, que fazendo um grande serviço ao impera dor de Constantinopla André
Paleologo, este monarcha entre outras mercês lhe deu armas. São estas em campo
vermelho um leão de oiro nascente, coroado do mesmo metal e ar mado de prata,
com uma espada levantada na mão, tendo a folha de prata e copos de oiro; chefe
colorido de azul com uma aguia de oiro coroada do mesmo, e aberta com duas
cabeças; timbre o leão do escudo com espada. Alguns querem que a este Pedro
Rodrigues só lhe accrescentassem o escudo dos Amaraes, partindo-o em faxa; na
de cima o leão nascente como fica dito, e na de baixo as seis luas em campo de
oiro. V. Archivo, nº 2209.
AMBIA. O conde D. Pedro no
Nobiliario faz descender os Ambias de um dos cinco cavaleiros, que vieram de
Roma a Hespanha com o conde D. Mendo. São suas armas o escudo esquartelado; no
primeiro quartel em campo de oiro uma faxa vermelha; o segundo xadrezado de
azul e oiro de tres peças em faxa e outras tantas em pala, e assim os
contrarios. Acham-se no livro velho dos reis de armas.
AMORIM. Os Amorins são oriundos
do reino de Galiza, onde são fidalgos noto rios. O seu solar é no couto de
Amorim, no termo da cidade de Tuy; passaram a Por tugal por varias vezes, e
n'este reino tem casas muito distinctas e morgados opulentos. São suas armas em
campo vermelho cinco cabeças de moiros de sua côr, com trunfas de prata e azul,
e com as barbas de oiro, postas em santor; timbre um braço armado de prata com
uma cabeça como as do escudo pendurada pela trunfa. Acham-se no livro dos reis
de armas.
ANAILHA. Escudo em campo de prata
uma aguia negra; timbre a mesma aguia. V. Espelho da Nobreza, por Francisco
Xavier da Serra Craesbeeck. ascendente Henrique Anderzon foi creado baronete
por Carlos I em 1643. É aparentada no mesmo reino e no de Inglaterra. Passou a
Portugal, e existiu na villa de Moura na pessoa do dou tor Guilherme Antonio
Apolinario Anderzon, o qual foi filho de Antonio Leandro Ander zon, e de sua
mulher D. Anna Bercia da Silveira, e neto de Guilherme Anderzon, que foi o
primeiro que passou para este reino. São suas armas em campo de prata um
chaveirão de negro, que suba duas partes do escudo, entre tres cruzes pulmeleas
coticadas de duas coticas, a de fóra preta e a de den tro de oiro; no chefe um
escudo de prata coticado de negro carregado de uma mão aberta de sua côr;
timbre uma cabeça e pescoço de veado de sua côr, passado com uma setta de
prata. Francisco Nicolau as traz no seu livro das Genealogias e casas nobres de
Ir landa, tom. I, fl. 35, estampa cLxxx1, explicada a fl. 581.
ANDERZON. Esta familia é de
Dublin, no reino de Irlanda : seu ascendente Henrique Anderzon foi creado
baronete por Carlos I em 1643. É aparentada no mesmo reino e no de Inglaterra.
Passou a Portugal, e existiu na villa de Moura na pessoa do dou tor Guilherme
Antonio Apolinario Anderzon, o qual foi filho de Antonio Leandro Ander zon, e
de sua mulher D. Anna Bercia da Silveira, e neto de Guilherme Anderzon, que foi
o primeiro que passou para este reino. São suas armas em campo de prata um
chaveirão de negro, que suba duas partes do escudo, entre tres cruzes pulmeleas
coticadas de duas coticas, a de fóra preta e a de den tro de oiro; no chefe um
escudo de prata coticado de negro carregado de uma mão aberta de sua côr;
timbre uma cabeça e pescoço de veado de sua côr, passado com uma setta de
prata. Francisco Nicolau as traz no seu livro das Genealogias e casas nobres de
Ir landa, tom. I, fl. 35, estampa cLxxx1, explicada a fl. 581.
ANDRADA. É familia de Galliza,
que tomou o appelido da villa de Andrada, onde tiveram o seu solar; passou a
Portugal Ruy Freire de Andrada com seus dois filhos D. Nuno Rodrigues Freire de
Andrada, que n'este reino foi mestre da ordem de Christo, e Vasco Freire; dos
quaes procedem as grandes casas que n'elle ha d’esta familia. São suas armas em
campo verde uma banda vermelha coticada de oiro saindo das bocas de duas
cabeças de serpes do mesmo metal, armadas de sanguinho; timbre dois pes coços
de serpes tambem de oiro, torcidos um com o outro, voltados em fugida, armados
de sanguinho. Os de Castella accrescentam mais uma orla de prata com estas
letras de ne gro — Ave Maria.
ANGULO. D. João Flores nas suas
Genealogias do novo reino de Granada lhe dá por tronco o infante filho do rei
Angulo de Escocia, que por desgostos que teve com seu pae se passou a Hespanha,
onde foi camareiro-mór na côrte dos reis de Leão. São suas armas em campo de oiro
cinco angulos, que são arruelas mais compridas do que largas, partidas em pala,
a primeira de verde e a segunda de prata, postas em SantOr. Assim as traz
Gonçalo Argote de Molina, Nobreza de Andaluzia, pag. 112.
ANHAYA. É appelido de família
nobre em Castella, d’onde passou a Portugal Pedro de Anhaya, fidalgo de
Salamanca, no tempo de el-rei D. Afonso V. Mais tarde pas saram os Anhayas á
India, onde fizeram grandes serviços. São suas armas em campo de oiro cinco bandas
de azul; timbre um pescoço e cabeça de lobo de sua côr. Acham-se no livro
antigo dos reis de armas.
ANTAS. É o solar desta familia o
solar de Antas, no concelho de Coura, na provincia de Entre-Douro e Minho.
Foram os Antas alcaides-móres e senhores de Lavre, de Mertola, e Landroal, e
teve um mestre da ordem de Sant'Iago. São suas armas em campo vermelho uma cruz
formada de seis lisonjas de prata; tim bre uma anta animal de sua côr. Traz
estas armas Villas-boas, Nobiliarchia, pag. 235, e são as de que usam. O livro
de Armaria da Torre do Tombo traz em campo vermelho uma cruz formada de sete
lisonjas de azul coticadas de oiro; timbre a mesma anta.
ANTUNES. Este appelido é o
patronimico de Antonio, e o teve Simão Antunes, natural de Villa-viçosa, que pelo
seu distincto valor chegou a ser mestre de campo dos reis catholicos em
Flandres, e occupou muitos outros postos. Foi commendador da or dem de Christo.
São suas armas em campo vermelho uma cidade de prata murada em roda com uma
porta á frente, tudo do mesmo metal; timbre um castello tambem de prata.
Acham-se no livro dos reis de armas.
ARAGÃO. É familia que tomou o
appellido do reino de Aragão : passou a Por tugal com a rainha Santa Isabel D.
Pedro de Aragão, e ficou n’este reino. São suas armas em campo de oiro quatro
palas sanguinhas; timbre um toiro vermelho com uma campainha ao pescoço, presa
em uma fita de oiro, e a campainha do mesmo metal. Acham-se no livro dos reis
de armas, e no livro de Armaria da Torre do Tombo.
ARANHA. É familia de França, d’onde
passou a Portugal, e parece que com o conde de Bolonha, porque já no tempo de
el-rei D. Afonso IV foi seu escrivão da puri dade Diogo Ánnes Aranha. São suas
armas em campo azul um chaveirão vermelho coticado de oiro firme no es cudo,
entre tres flores de liz do mesmo metal, e no alto do chaveirão um escudete de
prata carregado de uma banda vermelha com tres aranhas de oiro; timbre uma das
flo res de liz : porém Villas-boas traz em campo azul uma asna de prata no meio
do escudo entre as três lizes de oiro, e na cabeça da asna um escudete vermelho
com uma banda de prata, e n'esta tres aranhas pretas; timbre a flor de liz;
d’esta forma é que hoje Se UlS3II]. Acham-se no livro de Armaria, fl. 21, e na
Nobiliarchia portugueza, pag.231.
ARAUJO. Esta familia é de Galliza, tomou o
appellido do castello de Araujo, de que são senhores; passou a Portugal por
muitas vezes, e ainda hoje estão passando muitas pessoas a casar n’este reino,
pela grande communicação que tem com a provincia do Minho. As armas que tem n'aquelle
reino são : em campo azul uma torre de prata com uma dama no alto da torre, e
tres flores de liz de oiro em chefe; timbre um falcão de sua côr; em Portugal
trazem em campo de prata uma aspa azul carregada de cinco besan # de oiro;
timbre um moiro vestido de azul, sem braços, com um capello de cacis na C30CC3.
Ç Acham-se no livro de Armaria, fl. 39.
ARCAS. Está desde muitos annos
extincta esta familia, e se existe em alguma parte não temos d’ella noticia. O
seu appellido e solar era em um espaçoso territorio que chamam Valle de Arcas,
na provincia do Alemtejo, no termo de Monte-mór o novo: teve grandes soldados e
capitães, que fizeram distinctos serviços aos reis d’estes reinos. São suas
armas o escudo esquartelado; no primeiro quartel em campo de oiro uma faxa
sanguinha, o segundo xadrezado de vermelho e oiro, de tres peças em faxa e
quatro em pala, e assim os contrarios; timbre um galgo preto, assentado, com
uma coleira xa drezada de oiro e vermelho. Acham-se no livro de Armaria da
Torre do Tombo, fl. 17.
ARCE. A familia dos Arces, é oriunda
das Asturias de Santilhana, e tem por ar mas cinco flores de liz picadas de
oiro e azul, assentadas em santor, e uma bordadura composta de duas ordens de
escaques de oiro e vermelho. Os Arces de Villerias tem por armas uma ponte
sobre ondas, e em cima da qual e ao lado direito um castello, e no Op posto um
cypreste. Nobiliario de los reynos y señoríos de España, por D. Francisco
Piferrer, tom. II, pag. 27, e tom. V, pag. 96. E o mesmo descrevem outros aucto
res. V. Archivo, n.º 1430.
ARCO. E o progenitor d’esta
familia João Fernandes do Arco, cujo appelido lhe foi dado, dizem uns que por ter nas suas
casas da ilha da Madeira um arco por que se passava para outras que tinha junto
a ellas, e outros que teve este appelido por instituir em morgado umas terras
que tinha em sitio onde o mar fazia figura de arco, e eram cha madas as terras
do arco; porém fosse um ou outro, que nisso pouco vai, é certo que foi pessoa
de quem o rei D. Afonso V fez grande estimação, e pelos Serviços que fez ao rei
D. João II lhe deu este armas novas. São ellas em campo de oiro a figura de um
sagitario, isto é, da cintura para cima a forma de homem, e para baixo do
feitio de cavallo, de côr negra, com um arco e setta vermelhos, ferro e corda de
prata, em acção de atirar; timbre o mesmo sagitario com arco e seta". V.
Archivo, n.º 1139. 1 Difere muito da carta que se acha no livro II de Misticos,
fl. 120 — Pegado.
ARELHANO. É familia de Castella.
• Suas primeiras armas foram escudo partido em pala; a primeira de vermelho com
uma flor de liz de oiro e meia de prata, a segunda de prata com uma flor de liz
vermelha e outra meia flor tambem vermelha, postas todas tres em santor; depois
lhe accrescentaram uma orla azul carregada de oito flores de liz de oiro, Assim
as traz Gonçalo Lopes de Haro no titulo dos condes de Aguilar, cujo appellido é
Arelhano, e as primeiras Gonçalo Argote de Molina; Villas boas lhe assigna em #
de prata duas barras vermelhas, e na borda verde seis flores de liz. Devem
seguir-se as que acima ficam expostas, por ser a familia castelhana, e os
auctores que a trazem do mesmo reino, e não nos consta que a haja em
Portugal.—V. Lopes de Haro, liv. vi, fl. 50, e Nobiliario de Andaluzia, pag.
215.
ARGOLO. Entre as familias e casas
dos reinos de Castella e Leão de que tracta Gonçalo Argote de Molina, diz este
auctor que se deu executoria em Granada a 2 de ju lho de 1725 a Afonso de
Argolo, visinho da cidade de Baeça. Acha-se tambem este ap pellido na cidade da
Bahia, onde foi grande personagem Paulo de Argolo, pae de outro do mesmo nome,
dos quaes ha numerosa descendencia, e é verosimil que estes procedam
d'aquelles, porque com os Filippes de Castella, no tempo que dominaram em
Portugal, passaram muitas pessoas distinctas dos seus dominios para a capitania
de S. Paulo, e #"# principalmente da nobreza; de lá passaram alguns
descendentes para a dita cidade a Bahia. São suas armas em campo de oiro duas
chaves azues, postas em pala, com os anneis para baixo, orla sanguinha com oito
aspas de oiro"; timbre um leão sanguinho com uma chave do escudo nas
garras. V. Nobreza de Andaluzia, pag. 66 e 68. 2 Esta descripção é duvidosa,
pois tem letra diferente do original. — Pegado.
ARGOTE. É uma das familias
antigas de Hespanha de quem procedeu o grande Gonçalo Argote de Molina, a quem
a nobreza d’aquelle reino deve muita parte das noti cias da sua grandeza e
ascendencias. São suas armas em campo vermelho uma cruz formada no escudo,
composta de Veiros de prata e azul. Assim as traz estampadas o mesmo Gonçalo
Argote de Molina no seu livro da Nobreza de Andaluzia, pag. 46, onde diz as
ganhara Ruy Martinz de Argote, na batalha de Navas de Tolosa.
ARNAU ou ERNAU. Procede esta
familia de Guilherme Arnau, cavaleiro inglez, que veiu a Portugal com a rainha
D. Filippa, mulher el-rei D. João I, e foi seu mordomomór ou vedor da sua casa,
como achamos em outra noticia. A mesma senhora lhe fez mercê do senhorio de
Sernache, Almalagues, e Sobreira. São suas armas em campo de prata seis leões
negros armados de sanguinho, em duas palas; timbre um leão como os do escudo.
Acham-se no livro dos reis de armas.
ARRAES. Arraes é palavra arabiga;
significa o mestre e capitão de qualquer na vio, e dos moiros a tomaram os
hespanhoes e portuguezes. E hoje o titulo dos maioraes dos barcos. Em Castella
houve uma familia deste appellido de que passou a Portugal D. Fernando Arraes,
que era de Andaluzia e casou no Algarve, onde deixou descendencia. São suas
armas em campo vermelho nove folhas de golfão de oiro, com os pés para baixo,
postas em tres palas; timbre um arraes nú e nascente com um remo de oiro ás
costas. Acham-se no livro dos reis de armas. Villas-boas levanta uma patranha
so bre a origem destas armas ou appelido; porém ou fosse certo o que ele diz ou
não, é já muito antigo, e nisso pouco ou nada vai aos que hoje existem.
ARRAES DE MENDONÇA. Os Arraes de
Mendonça trazem o escudo esquarte lado; no primeiro quartel as armas dos
Arraes, no segundo as dos Mendonças, que são divididas em aspa, no primeiro
campo de cima de verde uma banda sanguinha coticada de oiro, e assim o de
baixo; nos das ilhargas de oiro, tendo cada um delles um—S— de preto, e assim
os contrarios; timbre o dos Arraes. Acham-se no livro dos reis de armas; tambem
as traz Villas-boas, porém em uma noticia de José Freire Monterroyo se diz, que
as armas d’esta fami lia são : escudo partido em aspa, nos quarteis superior e
inferior a banda vermelha com filetes de oiro em campo verde, e nos das
ilhargas, em me moria de descenderem dos de La Vega, em campo de oiro estas
letras de azul — Ave Maria — timbre o arraes com o remo ás costas.
ARRISCADO. É appellido que houve
algum tempo, e hoje se acha extincto por seguirem outros as pessoas d’esta
geração. São suas armas o escudo xadrezado de nove peças, cinco de oiro e
quatro vermelhas. Acham-se no livro antigo dos reis de armas. Francisco Coelho
falla nellas, Villas-boas tambem as explica, mas com a mesma imperfeição que se
ob serva em muitos outros.
ARRONCHES. V. Sousas de
Arronches.
ARVELLO. Esta familia é das mais
antigas de Portugal, e de quem os reis fize ram grande estima, mandando-lhe
privilegiar as suas casas. São suas armas em campo vermelho cinco estrellas de
oiro de sete pontas; timbre um urso nascente de sua côr com uma estrella das
armas n0 peito. Villas-boas na Nobiliarchia, pag. 231, e Francisco Coelho dizem
que o tim bre é um leão nascente, e outros lhe assignam um leão inteiro.
ATAIDE. A familia de Ataide é
antiga, e das mais illustres d’estes reinos : to mou o appellido da torre de
Ataide na freguezia de S. Pedro, concelho de Santa Cruz de Riba-Tamega, que é o
seu solar. São suas armas em campo azul quatro bandas de prata; timbre uma onça
azul ban dada de prata, em acção de saltar.
ATOUGUIA. Tomou-se este appellido
da villa de Atouguia. Os Nobiliarios de duzem a sua genealogia de D. Roberto de
Horne, fidalgo de Flandres, que veiu na armada terras. São suas armas em campo
vermelho uma cruz chã firmada e bordadura de oiro, e em cada um dos vãos uma
flor de liz do mesmo metal; timbre um leão vermelho nascente armado de oiro.
AUSTRIA. Não nos consta que haja
hoje este appellido em Portugal; parece que André Rodrigues de Austria, que
registrou as suas armas nos livros da nobreza, não dei xaria successão, porque
a deixal-a não haviam os descendentes perder tão illustre me II1OT13. - São
estas armas o escudo partido em pala; na primeira em campo de oiro meia aguia
de negro armada de sanguinho, na segunda em campo vermelho duas faxas de prata;
timbre um pescoço e cabeça de aguia com o bico de oiro e a lingua sanguinha.
Acham-se no livro antigo dos reis de armas.
AVALLOS. Esta familia é uma das
nobilíssimas de Hespanha. Pertenceu a ella o grande D. Ruy Lopes de Avallos,
que governou os reinos de Castella, e outros muitos fidalgos de quem descende a
maior parte dos titulos d’aquela monarchia. Passou a Portugal D. Gil Peres de
Avallos, que foi alferes do condestavel D. Nuno Alvares Pe reira. São suas
armas em campo azul um castello de oiro, Orla composta de oito peças, qua tro
de oiro e quatro de prata; timbre o castello das armas. As armas antigas que traziam
os Avallos eram esquarteladas; o primeiro quartel de oiro, o segundo de
vermelho, e assim os contrarios.V. Gonçalo Argote de Molina, Nobiliario de
Andaluzia, pag. 264.
AVELHANEDA. É familia de
Castella. • São suas armas em campo de oiro dois lobos negros, possantes e
cevados, cada um com seu cordeiro sanguinho, orla Vermelha carregada de oito
aspas de oiro; timbre um lobo como os do escudo tambem cevado. V. Gonçalo
Argote de Molina, Nobiliario de Andaluzia, pag. 52.
AVELLAR. Esta familia tomou o appelido
da quinta de Avellar, que está na freguezia de S. Lourenço das Pias, concelho
da Louzada. São suas armas em campo de oiro tres faxas sanguinhas, carregada
cada uma de tres estrellas de prata; timbre tres espadas de prata, com as
guarnições de oiro e punhos vermelhos, fincadas com as pontas no elmo e postas
em roquete.
AVILA. Foi tomado este appellido
da cidade de Avila no reino de Castella a ve lha, onde tiveram os d’esta familia
o seu Solar; passou a este reino e ás ilhas dos Aço res na pessoa de D. Elvira
de Avila, filha de Estevam Domingos de Avila, senhor das Na vas, e casou com
Jorge de Bittencourt, cujos descendentes se appellidam de Avila. Em Olivença
tambem os ha. Tem diferentes escudos de armas, porque uns trazem em campo de
oiro treze arrue las de azul em tres palas; outros esquarteladas, no primeiro e
ultimo quarteis em campo de oiro uma aguia negra, no segundo e terceiro em
campo de prata tres faxas de Verme lho com sete olhos de sobrancelhas azues;
timbre a aguia do escudo. As primeiras traz Gonçalo Argote de Molina, e as
segundas Villas-boas. #º na Nobiliarchia, pag. 239, e no Nobiliario de
Andaluzia, Pag. •
AVILA E BOLAMA. Escudo partido em
pala; tendo a direita esquartelada, e com o superior da direita carregado de
uma aguia negra e estendida sobre campo de oiro, o superior da esquerda
interceptado por tres faxas vermelhas, e carregadas de qua tro olhos sombreados
de azul, e dispostos em banda sobre campo de prata, e assim os seus alternos; a
esquerda carregada de seis costellas de prata, colocadas em duas pa las de tres
cada uma sobre campo vermelho; timbre uma aguia negra estendida sobre o coronel
de conselheiro de estado. M. N. concedida por alvará de 9 de outubro de 1860 a
Antonio José de Avila, que hoje é marquez de Avila e Bolama. V. Archivo, n.º
215.
AVILEZ e VELLEZ. A villa de
Avilez, no principado das Asturias, deu o ap pellido a esta familia, que é
antiquissima em Hespanha; passou a Portugal com Domin gos de Avilez no tempo do
rei D. Fernando, por seguir as partes do rei D. Pedro de Cas tella. Alguns de
seus descendentes mudaram o appellido no de Vellez, e debaixo deste vocabulo
traz Villas-boas as suas armas. São elas em campo verde uma torre de prata com
as portas e frestas do mesmo me tal, ao pé da porta uma cabeça de moiro,
toucada de prata e cortada em sangue, junto d’ella uma maça de azul com o cabo
de oiro; timbre um moiro nascente vestido de Verde e os braços nús, toucado de
prata, e a maça das armas ás costas. Alguns trazem de vermelho o campo e o
vestido do moiro do timbre.
AVINHAL. Procede de D. Egas do
Avinhal, fidalgo toledano que passou a Por tugal com o conde D. Henrique. E o
solar desta familia a torre do Avinhal, que está junto a Canavezes na provincia
de Entre-Douro e Minho. São suas armas o escudo composto de seis chaveirões; o
primeiro alto xadrezado de prata e negro, o segundo de oiro, e assim os mais
entresachados, de fórma que princi piando no alto no Xadrezado acaba no fundo
no de oiro, e destes se vê só parte; timbre duas vides de sua côr, cada uma com
seu cacho de uvas de oiro. Villas-boas lhe assigna tambem as dos Azinhaes,
talvez por equivocação.
AYALA. O chronista D. Pedro Lopes
de Ayala, seguido por Gonçalo Argote de Molina, faz descendente esta familia do
infante D. Vella de Aragão; e outros dizem que procede de D. Lopo Dias, decimo
senhor de Biscaia. Tomou-se o appelido do senhorio de Ayala. Tem passado a
Portugal por diversas vezes: por D. Maria de Ayala, que casou com D. Diogo da
Silva, aio do rei D. Manuel, de quem descende muita fidalguia; por Afonso Lopes
de Ayala, fidalgo castelhano que casou em Beja; e por D. Pio de Ayala e D.
Joanna de Ayala, que vieram com a rainha D. Catharina. São suas armas em campo
de prata dois lobos negros armados de sanguinho, passan tes, Orla Vermelha com
oito aspas de oiro; timbre um lobo do escudo, com uma das as pas na espadoa.
AYRES. Tem no escudo em campo verde
um braço armado de prata com um punhal na mão, em acção de o querer cravar para
baixo; timbre um braço egualmente com o punhal. Estas mesmas armas são as dos
Peixotos Cachos.
AZAMBUJA, Tomou-se este appelido
da villa de Azambuja, de que foi senhor Fernão Gonçalves, que largando o de
Tavares, que lhe pertencia por seus avós, quiz fa zer solar na dita villa, e
dar principio a nova família em razão do senhorio que lhe veiu por sua mãe D.
Maria Rolim. São suas armas em campo de Oiro quatro bandas vermelhas; timbre um
meio homem selvagem coberto de cabellos de oiro e um pau de Zambujo ás costas,
em que pega com ambas as mãos. Acham-se no livro antigo dos reis de armas.
AZAMBUJAS, de DIOGO DE AZAMBUJA.
Diogo de Azambuja foi cavalleiro da ordem de Aviz e era d’esta familia; foi o
primeiro capitão da fortaleza da Costa da Mina, onde fez grandes serviços,
pelos quaes el-rei D. João II lhe deu armas novas por carta de 17 de março de
1485 4. São estas o escudo esquartelado e vermelho; no primeiro quartel um
castello de oiro, no segundo tres cabeças de negros com arrecadas e collares de
oiro, postas em roquete, e assim os contrarios; timbre o dos Azambujas.
Francisco Coelho, rei de armas India, nas advertencias que fez ao auctor da
Nobiliarchia Portugueza, falando d'esta família corta o escudo em faxa, a de
cima parte-a em pala, na primeira põe as bandas dos Azambujas, na segunda o
castello de oiro; e na faxa de baixo as tres cabeças de ne gros; timbre o já
referido. V. Archivo, nº 537. 1. Admira que concorde na data, e não na
descripção do brazão, pois que a carta que se acha regis trada com aquella data
menciona o brazão descripto por Francisco Coelho, e ainda este com alguma
alteração. — Pegado.
AZAMBUJAL. Tomou-se este appelido de uma
herdade chamada do Azambujal, que está no termo de Evora, de que foi senhor
Gaspar Pacheco do Azambujal, o primeiro que se appellidou d'elle, por mercê de
el-rei D. João III, em remuneração de grandes ser viços que lhe havia feito, e
lh'a deu por solar, e por armas em campo de prata um pé de agua de azul, saindo
d'elle um zambujeiro de sua côr, de que pende uma adarga de oiro guarnecida de
vermelho; timbre um meio homem coberto de cabellos de oiro com um pau de
zambujo ás costas. Outros querem que seja o timbre um ramo de zambujo º. *
Difere na descripção das armas com relação á carta que se acha no livro III de
Privilegios de D. João III, fl. 29, de 28 de julho de 1554. — Pegado.
AZERED0. Do logar de Azeredo no reino de
Galiza tomou esta familia o ap pellido, que passou a Portugal na pessoa de
Vasco Rodrigues de Azeredo, que viveu na Villa de Guimarães. São suas armas em
campo azul oito contrabandas de oiro; timbre um leão de azul nas cente
contrabandado de oiro. Villas-boas lhe dá em campo de oiro sete barras azues
lançadas ao viez.
AZEVEDO. Em D. Arnaldo de Bayão
dão todos os genealogistas principio a des crever a antiguidade desta familia,
que tomou o appelido do couto de Azevedo, de que foi senhor D. Pedro Mendes de
Azevedo, descendente do sobredito, e o primeiro que se chamou de Azevedo. Tem
ela illustres casas neste reino, e tão aparentadas, que quasi toda a fidalguia
tem sangue de Azevedos. São suas
proprias armas em campo de oiro uma aguia negra estendida; timbre a mesma
agula. D'esta fórma as usou em todo o tempo a casa dos senhores de Azevedo, que
são os chefes d'elles, e se veem ainda hoje no escudo de pedra que ha mais de
quatrocentos annos se conserva no alto da torre da casa de Aze vedo. Porém no
livro de Armaria da Torre do Tombo, porque só consul taram os senhores de S.
João de Rei quando se fez, esquartelaram o es cudo, pondo no primeiro quartel a
aguia preta em campo de oiro, no se gundo em azul cinco estrellas de prata, com
uma orla sanguinha, e n’ella oito aspas de oiro, e assim os contrarios; timbre
a mesma aguia; accres centamento este que houvera pelas familias a quem se
tinha ligado.
AZINHAL. Este appelido é tomado
de alguma, das herdades que na província do Alemtejo teem este nome, que teve
nos tempos passados pessoas muito distinctas. São suas armas em campo de prata
uma azinheira verde com fructo de oiro; timbre a mesma azinheira. Vlllas-boas
lhe assigna estas armas, bem como Francisco Coelho e o livro antigo dos reis de
armas. V. Nobiliarchia portugueza, pag.240.
AZINHAL e ZACOTO. Procedem da
aliança de casamento que fizeram Mem Gon çalves do Azinhal, cavalleiro da casa
do infante D. Fernando, com Guiomar Zacoto, como consta do letreiro da sua
sepultura, que está no claustro pequeno do convento de Nossa Senhora da Graça
de Lisboa, porque seus filhos esquartelaram o escudo, pondo no pri meiro e
ultimo quarteis em campo de prata a azinheira verde dos Azinhaes, no segundo e
terceiro em campo de oiro cinco estrellas sanguinhas em cruz, armas proprias
dos Za cotos, timbre a azinheira. Acham-se d’esta forma no livro antigo dos
reis de armas.
AZORERO ou AZUREIRA. Esta nobre
linhagem teve seu antigo solar nas mon tanhas de Navarra, cerca de S.
Juan-Pic'. de-Puerto, d’onde se estenderam em Aragão, Murcia, e membros d’esta
familia vieram mais tarde para Portugal. São suas armas o escudo partido em
pala; a primeira de prata com uma aguia esten dida, a segunda lisonjada de oiro
e vermelho; bordadura de azul com oito estrellas de oiro pontas de oiro.
BACELLAR. A torre de Bacellar
(sita na freguezia de Santa Eulalia do Cardal, termo da vila de Valença do
Minho) deu o appelido a esta familia; chamou-se de Ba cellar por ser fundada em
terra de bacellada. E família das primeiras e mais nobres que houve nos
principios d’este reino, começando em Martim Afonso, no reinado de D. Af fonso
III, o qual teve por filho Gil Martins de Bacellar, que serviu el-rei D. Diniz
em Va rias occasiões. Tiveram os Bacellares os senhorios de S. Fins, paço e
couto de Lara, torre de Lanhelas e o morgado de Barbeita. São suas armas em
campo de oiro dois bacellos ou vides retorcidas de sua côr, com folhas verdes e
quatro cachos de purpura; timbre um leopardo de oiro nascente com uma folha de
vinha sobre a cabeça. Outros lhe dão por timbre um dos bacellos das armas.
BADAJ0Z. Esta familia é oriunda
da cidade de Badajoz, onde teve o seu solar; passou a Portugal, e Jorge
Fernandes de Badajoz, sendo morador em Lisboa, obteve de el-rei D. João III que
lhe confirmasse suas armas por carta de 15 de outubro de 1530. São estas em
campo de oiro a imagem de S. João Baptista em pé, descalço, vestido de pelles e
com capa vermelha, e um castello de prata com frestas de preto na mão direita e
mostrando-o com a mão esquerda.
BAENA. Esta familia descende de
D. Fernam Rodriguez de Baena Cabrera y Castro, que foi um dos mais esforçados
cavalleiros do seu tempo, distinguindo-se princi palmente na defeza da vila de
Baena, d’onde tomou o appelido. Foi nomeado alguacil mór da dita villa, e
fundou na mesma varias casas solarengas. El-rei D. Fernando IV; em recompensa
de seus grandes serviços e assignaladas façanhas, o nomeou senhor de Mar consta
da carta regia outorgada a seu favor em 22 de agosto de 1335. V. Archivo
heraldico, por D. Francisco Piferrer, tom. I, pag. 98. Este mesmo auctor, no
seu Nobiliario dos rei nos e senhorios de Hespanha, diz que este D. Fernando
Rodrigues de Baena descendia de el-rei D. Rodrigo, filho de Theodofredo, duque
de Cordova, etc. Foram estes os pro genitores de D. Fernando de Baena, fidalgo
da cidade de Sevilha, que vindo para Portu gal, foi residir na villa de
Odemira, no Algarve, e ahi exerceu varios empregos honorifi cos, como o de
vereador da Camara da mesma villa, etc., e casou com D. Maria Ponce, que
descendia do conde D. Vel Ponce. Teve d’este matrimonio D. Francisco de Baena,
que casou com D. Leonor de Barbuda, filha de Ruy Filippe de Barbuda,
commendador de Pedrouços e senhor do morgado do Paço velho (assim chamado por
el-rei D. Manuel ha ver ahi jantado algumas vezes). Houve o dito D. Francisco,
D. Maria de Baena e Bar buda, filha unica e herdeira de sua casa, que casou com
Pedro Alvares Sanches, o qual em 1613 tirou brazão de suas armas (como se vê
descripto no titulo de Sanches), ficando por similhante modo esta familia
representada em Portugal pelos Sanches, e assim foi que João Sanches de Baena,
filho d’aquele matrimonio, mandou em 1613 tirar em Ma drid o brazão de armas
dos Baenas, como se acha registrado no Real Archivo, a fl. 278 do liv. XVIII,
que vem a ser : escudo partido em pala; na primeira em campo de prata doze
lisonjas vermelhas, na segunda em azul um leão de oiro, rompente, orla de oiro
carregada de oito arruelas de vermelho; timbre um braço armado de prata com uma
lança na mão enristada com uma arruela do escudo na ponta.
BAHAMONDE. Esta familia é do
reino de Galiza, tem a mesma origem dos Fajardos, Biveiros e Gallegos dos
condes de Monterroso. São suas armas em campo azul um — M — de oiro coroado do
mesmo metal, orla ver melha com sete peixes de prata, sendo tres na parte
inferior. Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, Nobreza de Andaluzia, fl. 270:
e diz este auctor que o — M — coroado allude á infanta D. Melicia, de
Inglaterra, que casou com o conde D. Rodrigo, senhor de Monterroso e progenitor
d’esta familia.
BAIÃO. Procedem os Baiões de D.
Arnaldo, principe de Italia, que passando a este reino foi n'elle senhor do
concelho de Baião, solar d’esta familia. São suas armas em campo de oiro duas
cabras negras, passantes, que alguns fazem xadrezadas de oiro e negro; timbre
uma das cabras. Acham-se no livro de Armaria, fl. 42. Villas-boas traz as
cabras xadrezadas de oiro, talvez por erro da imprensa.
BAIRROS. Bairros e Barreiros, que
muitos confundem com os Barros, são fa milias differentes. São suas armas em
campo de oiro tres troncos de sua côr com seus esgalhos, postos em banda;
timbre os mesmos tres troncos em roquete, atados com uma fita de oiro. Os que
descendem de Francisco de Bairros accrescentam a estas armas um chefe de oiro carregado
de um leopardo de azul. Os Barreiros, supposto usem muitos das armas dos Barros
como em seu logar se diz, alguns ra mos trazem estas dos Bairros sem o
accrescentamento do leopardo: assim o vimos em um brazão passado em 1616 a
Clemente Pires Farinha Barreiros.
BALDAIA. É familia que existe
n'este reino com nobreza. São suas armas em campo de prata quatro rosas
vermelhas acantonadas, cada uma com duas folhas verdes no pé, e no centro uma
flor de liz azul; timbre uma das rosas do escudo com uma flor de liz de oiro no
meio do olho. Acham-se no livro dos reis de armas.
BALEATO. Tem esta familia por
armas em campo de prata uma torre de azul saíndo de um mar de sua côr, em que
apparecem tres peixes de prata entre dois vena blos de verde com os ferros pretos,
postos direitos para o ar. Acham-se no livro dos reis de armas.
BALEEIRO e BELIAGO. Os Beliagos
eram de uma familia nobre da cidade do Porto, onde tinham umas boas casas. Da
mesma cidade foi natural D. Belchior Beliago, bispo de Fez. São suas armas em
campo azul uma banda de oiro carregada de tres rosas verme lhas entre dois
meios corpos de armadura de prata, e o contra-chefe ondado de agua; timbre meio
baleato de sua côr, de cuja boca sae um ramo de oiro com tres rosas vermelhas.
Acham-se no livro dos reis de armas.
BANDEIRA. Foi o primeiro d'este
appelido Gonçalo Pires Bandeira, a quem el rei D. João II o deu por restaurar a
bandeira real d’este reino na batalha de Toro, e ar mas proprias, que são: em
campo vermelho uma bandeira de oiro franjada de prata, com um leão azul armado
de sanguinho e a bandeira enfiada em uma haste de oiro com 0$ ferros da sua
côr; timbre a bandeira do escudo. Assim constam da carta de mercê destas armas,
que está registrada na Torre do Tombo 1. Não se deve seguir a exposição que
d’ellas faz Villas-boas. 1 Esta carta acha-se registrada no livro VI da
Chancellaria de D. Manuel e no livro 1 de Misticos, fl. 234 v., e difere muito
do que fica dito. — Pegado.
BARACHO. Esta familia é das
principaes de Villa-franca de Xira, d’onde se es tendeu a Outras terras. São
suas armas em campo vermelho um leão de oiro armado de prata, entre quatro
pombos de prata, volantes e cantonados; timbre o leão do escudo. Acham-se no
livro dos reis de armas.
BARAHONA. E familia de Castella,
d’onde tem passado para a provincia do Alemtejo. São suas armas em campo de oiro
quatro bandas sanguinhas; timbre um braço armado de prata, com uma espada que
tem a folha quebrada pelo meio, e é de prata, copos dº oiro e o punho
sanguinho. Acham-se no livro dos reis de armas.
BARÃO DE STERN. M. N. de brazão
de armas concedida ao barão de Stern, Hermano Stern, por alvará de 4 de março
de 1865, a saber: — Escudo de oiro fimbrado do mesmo metal e interceptado por
uma banda de purpura, dentada e carregada com tres estrellas de seis raios
Scintillantes de oiro cada uma; coronel de barão; virol de oiro e purpura;
timbre um unicornio nascente de purpura, com as crinas de oiro, armado de
vermelho na bôca e na cabeça, e patas de oiro. Supportantes representados por
dois uni cornios de purpura com as crinas de oiro, armados de vermelho na bôca,
e de oiro na cabeça e patas. Legenda : Vincit perseverantia sobre uma faxa azul
clara, colocada abaixo do escudo em semicirculo.
BARATA. Esta familia tem por
armas em campo negro tres mãos direitas de oiro, postas com as palmas para fóra
e em roquete; timbre uma das mãos. Assim#" em um manuscripto de José
Freire Monterroio Masca r 8S, escudetes de vermelho postos em santor; timbre
uma aguia sanguinha nascente, com o bico de oiro e a lingua sanguinha. Acham-se
no livro da Torre do Tombo. Villas-boas traz a meia aguia de oiro com o
escudete das armas no peito.
BARBAÇA e BARVANÇA. Tem por armas
em campo de oiro cinco escudetes de vermelho postos em santor; timbre uma aguia
sanguinha nascente, com o bico de oiro e a lingua sanguinha. Acham-se no livro
da Torre do Tombo. Villas-boas traz a meia aguia de oiro com o escudete das
armas no peito.
BARBA e BARBA-LONGA. É familia
das antigas deste reino, onde sempre teve nobreza, que se alliou com os
Alardos. São suas armas em campo de prata uma cruz preta florida e vasia, entre
dois ramos de hera, que principiando no fundo do escudo se vão estendendo em
orla até se juntarem no meio do chefe e são de verde; timbre um moiro nascente
vestido de Verde, trunfa de prata e vermelho, barba comprida e as mãos sobre o
peito, descançada uma sobre a outra. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl.
26.
BARBATO. Parece estar já extincta
a familia d’este appelido, que existia no tempo de el-rei D. Manuel, porque se
acham as suas armas no livro que este senhor mandou pôr na Torre do Tombo, fl.
21. São estas em campo vermelho uma banda de prata entre dois leões de oiro;
timbre um leão das armas nascente.
BARBEDO. Não ha noticia se hoje
existe a familia d’este appelido, de quem se acham armas no livro da Torre do
Tombo, que são : em campo de oiro cinco estrellas vermelhas de oito pontas, em
Santor, orla azul lisa; timbre duas espadas postas em aspa, de prata, com as
pontas para baixo, copos de oiro e punhos de azul.
BARBOSA. Esta familia tomou o
appelido da quinta chamada de Barbosa, de que são senhores. A sua ascendencia e
qualidade é das melhores de Portugal. São suas armas em campo de prata uma
banda azul carregada de tres crescentes de oiro e entre dois leões batalhantes
sanguinhos; timbre um leão do escudo nascente ar mado de prata. Acham-se no
livro da Torre do Tombo, fl. 21.
BARBUDA. Esta familia é diversa
da de Barbudo. Tomou o appellido de uma moeda que se bateu no tempo de el-rei
D. Fernando, chamada barbuda, ainda que não saibamos os motivos; quando não
fosse dos elmos ou celadas chamadas barbudas, que en tão Se uSaVam. São suas
armas em campo de oiro nove lisonjas veiradas de prata e vermelho; timbre um
urso negro nascente entre duas pennas de pavão de Verde e oiro; alguns dizem em
vez do urso um galgo nascente. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 20.
BARBUDO. É familia mais antiga
que o reino de Portugal; tomou o appelido do couto de Barbudo, onde viveram os
seus progenitores. Durante muitos seculos occu param os Barbudos os primeiros
empregos do governo e passando tambem a Castella procedem d'elles muitas das
primeiras casas d'aquele reino. São suas armas em campo de oiro cinco estrellas
vermelhas de seis pontas, Orla azul lisa; timbre dois braços de leão vermelhos,
em aspa, com uma estrella na garra que fica do lado direito e outra entre os
dois braços, ambas como as do escudo. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl.
20.
BARDI ou BARDES. Passou esta
familia de Florença a Portugal na pessoa de Gia como Bardi, que casou na cidade
do Porto, e seus filhos militaram na India em armadas. São suas armas em campo
de oiro uma banda formada de fuzellas de vermelho e um unicornio da mesma côr
trepando por elas; timbre o unicornio nascente. El-rei D. Sebastião as mandou
registrar no livro dos reis de armas, onde se acham.
BARRADAS. É familia da cidade de
Beja; teve o seu solar na herdade de Bar radas, onde se instituiu um morgado
que existia ultimamente na casa dos condes de Vil la-flor, como descendentes de
Diogo Barradas, que fôra administrador do mesmo vinculo. São suas armas em
campo azul uma cruz de prata firmada, e nos vãos cinco vieiras de oiro em
santor, em cada um, que vem a ser vinte por todas; timbre dois troncos de oiro,
em aspa, com seus esgalhos, e penduradas n’elles quatro vieiras do mesmo metal,
e uma entre OS trOncOS. |- •
BARRAGANO, BARREGANO e BARREGOS0.
São appelidos de uma mesma fa milia de Hespanha, que tem por armas: — Escudo em
campo de oiro uma arvore fron dosa com tronco, raizes e ramos de verde, e junto
ao pé do tronco um guerreiro morto, com dois corvos de sua côr, um de cada lado
do tronco, que estão picando o cadaver. BARRETO. Este appelido se começou a
usar no reinado de D. Sancho I em Go mes Mendes Barreto, que tinha a alta
ascendencia de D. Arnaldo de Baião; o seu appel lido querem que se tomasse por
ter muitas fazendas junto à barra de Vianna, e que por este motivo foram
chamados os Barretos. + São suas armas : escudo em campo de prata, semeado de
arminhos negros; timbre uma dama vestida de prata e arminhos, com as mãos
cobertas e os cabellos soltos.
BARRIGA. A familia deste appelido
é oriunda da provincia da Beira, e conta mais de seiscentos annos de
antiguidade, porque se acha memoria de Martim Barriga n0 reinado do primeiro
rei deste reino, e no do rei D. Diniz em Gil Barriga, fidalgo de grande
respeito; depois o famoso adail Lopo Barriga tornou ainda mais conhecida esta
familia, que, a não ter outra nobreza, este grande heroe bastava para a
illustrar. São suas armas em campo vermelho um castello de prata lavrado de
preto, assentado sobre uma rocha de sua côr, que nasce de um rio, e da janella
da torre do meio saindo uma bandeira de prata com uma cruz da Ordem de Christo,
sustentada por uma haste de oiro; timbre o castello. | El-rei D. João III as
deu ao dito Lopo Barriga no anno de 1533, como con sta do # da carta que está
na Torre do Tombo, no livro do mesmo anno, a fl. 30
BARROS e BARREIROS. Esta familia
começou a ser conhecida em Portugal no tempo de el-rei D. Diniz. Foi seu solar
no logar de Barros, do concelho de Regalados; teve n'este reino muitos
morgados, e d’ella foi o grande chronista João de Barros. São suas armas em
campo vermelho tres bandas de prata, e sobre o campo nove es trellas de oiro,
uma no primeiro alto, tres em cada um dos do meio, e duas no fundo do escudo;
timbre uma aspa vermelha e azul, uma perna de cada côr, e carregadas n’ella
cinco estrellas das armas. • Estas mesmas armas usam os Barreiros, por haver
casado Ruy Barreiros com Maria de Barros, que foi mãe do famoso Gaspar
Barreiros, e filha de Lopo de Barros.
BARROSO. Tomou esta familia o
appelido da terra do Barroso, onde tiveram uma torre; a sua ascendencia data de
tempo immemorial, e hoje tem descendentes em va rias comarcas do reino. xa
drezadas de oiro e vermelho, postas em santor; timbre um dos leões do escudo.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 28. * * {
BARTHOLOMEU DOS MARTYRES DIAS E
SOUSA. M. N. de brazão de armaS feita a Bartholomeu dos Martyres Dias e Sousa,
e seus descendentes, por alvará de 2 de julho de 1870: — Escudo em campo azul
tendo no centro uma cruz; sobre ella, em banda, uma ancora, e sobre tudo, em
contrabanda, uma palma, sendo de oiro todos estes emblemas; em volta do escudo
uma orla em campo de prata, e n’ella a divisa — Crede — Spera — Vinces — em
letras de côr preta; sobre o elmo por timbre um açôr; circum dando o escudo uma
fita com a legenda — Valor, Lealdade e Merito. Significam as ditas armas assim
ordenadas o seguinte: a cruz, a que cor responde a letra — Crede — na orla do
escudo, symbolisa a crença firme do agraciado na justiça da causa que defendeu;
a ancora, a que corres ponde a letra — Spera — denota a esperança perseverante
e inalteravel de que essa causa justa e santa seria acceita de Deus e dos
homens; e a palma, a que respeita a letra — Vinces — significa o premio da
victo ria, que afinal coroou os esforços dos defensores da legitimidade consti
tucional; o açôr no timbre é allusivo ao nome do territorio em que se
constituiu o primeiro baluarte para a defeza d'aquella mesma causa, o qual foi
o archipelago dos Açores, começando na ilha Terceira, sua ca pital. —V.
Archivo, n.° 391. •
BASTO. Tomou-se este appelido do
concelho de Basto, onde os d’esta familia tiveram o seu solar. • - • São suas
armas as mesmas dos Bairros; em campo de oiro tres troncos com seus esgalhos de
sua côr, postos em bandas; timbre os mesmos tres troncos em roquete, atados com
uma fita de oiro. • Villas-boas lhes dá as armas dos Barrosos, talvez por
descenderem do mesmo tronco, D. Egas Gomes Barroso, de quem foram filhos
Gonçalo Viegas Barroso, que seguiu este appellido, e Gomes Viegas de Basto, que
se guiu o de Basto; nós cingimo nos ao livro da Torre do Tombo, onde es tão
estas taes como aqui as descrevemos. •
BATALHA. Tem por armas em campo
azul tres labaredas de fogo postas em roquete; timbre uma das labaredas do
escudo. • Assim as descreve José Freire Monterroio Mascarenhas nos seus
escriptos. genealogicos. •
BEÇAS. Os Beças pretendem
descender dos senhores de Biscaia: tomaram o ap pellido da cidade de Baeca, que
se corrompeu em Beça, passando a Portugal em tempo de el-rei D. Fernando, João
Affonso de Baeça, a quem se deu Alter do chão e Vimieiro. São suas armas em
campo de oiro tres faxas vermelhas, orla vermelha cheia de cres centes de
prata; timbre um lobo vermelho com um crescente de prata na espadoa: o lobo
nascente e não andante, como temos visto em estampas. Acham-se no livro da
Torre do Tombo, fl. 34. Villas-boas na Nobiliarchia dá estas armas com alguma
diferença.
BEJA. Os Bejas são antiquissimos
no reino; procedem de Mafaldo, fidalgo de França ou de Flandres, que veiu na
armada que ajudou a ganhar Silves aos moiros, e fi cou n’este reino e se
assignalou muito na tomada de Beja; seus descendentes foram se nhores de
Anciães e Villarinho, e do morgado de S. Christovão de Lisboa, São suas armas
em campo vermelho uma cruz de oiro firmada, e nos vãos quatro flores de liz do
mesmo metal; timbre uma aspa de vermelho com duas flores de liz nas pernas
superiores. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 20. Os Bejas Sampaios
esquarte lam o escudo; no primeiro quartel põem as armas referidas; no segundo
em campo de prata uma aguia de preto estendida, e assim os contrarios; timbre a
aguia.
BELLEZA. É appelido antigo em
Portugal, que procede de el-rei D. João de Belles, que veiu a este reino em
tempo de el-rei D. Affonso II, e aqui fez seu assento; este senhor o honrou
muito, e casou com uma illustre fidalga, chamada D. Elvira : d'el les procedem
os que ha d’esta familia. São suas armas em campo de oiro uma jarra de duas
azas, de vermelho, com flores da mesma côr, e folhas verdes, entre dois leões
negros batalhantes, como que segurando a jarra; timbre um dos leões do escudo
rompente.
BEM. É familia nobre neste reino,
de que tem passado alguns ramos á Ame rica; as suas armas achavam-se no
Cartorio da Nobreza, e são : em campo de prata tres bosinas de caça de negro,
com cordões vermelhos, postas em roquete, com as bôcas guar necidas de oiro, e
uma estrella vermelha de oito raios no fundo do escudo; timbre a mesma
estrella.
BEMB0. É familia que veiu de
Veneza, na pessoa de Afonso Bembo, no reinado de Filippe 1; teve descendentes
em Lisboa e existiam ainda ultimamente em Santarem. São suas armas em campo
azul uma asna de oiro firmada entre tres rosas do mesmo metal; timbre meio
hippogripho de prata com azas de oiro, que outros dizem meio ca vallo, por
engano. O dito rei lh'as confirmou em 16 de abril de 1584 1. 1 A carta que se
acha registrada no liv. I, fl. 23 v. de D. Filippe I, difere na descripção
destas ar mas, e tem a data de 28 de janeiro de 1583. — Pegado.
BENAMBAR e COUTO. Este appelido
de Benambar mereceu Alvaro do Couto, pelas grandes proezas que fez em Africa no
tempo de el-rei D. João III, assistindo ao si tio que D. Nuno Mascarenhas pôz
ao castello de Benambar. Seus descendentes o não con tinuaram, mas só o de
Couto, que já lhe vinha de mais antiguidade e com as mesmas ar mas, que são :
em campo vermelho um castello de prata com tres torres, portas e frestas de
verde, saindo de um mar em contrachefe; timbre o mesmo castello. Foram dadas ao
dito Alvaro do Couto por carta passada em Evora a 28 de março de 1536. BENDRIS.
Esta familia é franceza, e deve ser corrupção do appelido — Bindrais que tem
por armas: Escudo em campo de oiro com um leão de negro.
BENEVIDES ou BENAVIDES. A vila de
Benavides no reino de Castella deu º appelido a esta família, que deduz a sua
descendencia do rei D. Afonso VII, cognominadº o Imperador. Passou depois a
Portugal, e suas armas são: em campo de prata um leão de purpura faxado de tres
faxas de oiro; timbre o mesmo leão. As armas que lhe attribue Villas-boas são
as dos marquezes de Flomesta, que são Benavides e Biedmas: só pertencem á dita
casa e seus descemdentes.
BERINGEL ou BERENGUER. O appelido
de Beringel é corrupção de Beren guer, que foi familia das principaes da cidade
de Valença no reino de Aragão; passou a Portugal Pedro Berenguer de Leminhano
no tempo de el-rei D. João III. Este lhe confir vermelho, uma banda azul
coticada de oiro carregada de tres flores de liz de prata; timbre um braço
vestido de Vermelho com uma das lizes na mão. Passaram ás ilhas, e na da
Madeira se estabeleceram. Acham-se com alguma diferença na Nobiliarchia
Portugueza.
BERMUDES. Procedem de D.
Christovão Bermudes, que serviu el-rei D. Af fonso V nas guerras contra
Castella, e lhe fez grandes serviços, entrando por aquelle reino na companhia
de D. Pedro de Mendanha. São suas armas o escudo partido em pala; na primeira,
em campo vermelho, sete re domas de oiro com suas tapadouras, seis postas em
duas palas e a ultima no fundo do escudo; a segunda pala xadrezada de quinze
peças, sete de verde e oito de oiro, que são tres em faxa e cinco em pala;
timbre um leão vermelho nascente com uma das redomas nas mãos. Acham-se em
Villas-boas. +
BERREDO. É familia antiga, que
tomou o appelido da quinta de Berredo na freguezia de Santo Estevam de Geraz,
concelho de Lanhoso, que foi de Martim Paes Ribeiro. São suas armas em campo azul um baluarte de prata de seis
janellas ardendo em fogo, assentado sobre uma rocha de sua côr; timbre o mesmo
baluarte. Acham-se no livro dos reis de armas.
BETANCOURT. É familia de França,
d’onde passou ás ilhas Canarias, e ahi foi rei João de Betancourt. Vendendo-as
depois, passaram a residir na ilha da Madeira, onde tem casas muito distinctas.
São suas armas: em campo de prata um leão de preto armado de vermelho; timbre o
mesmo leão. Acham-se no livro de armarias na Torre do Tombo, fl. 16.
BEZERRA. Este appellido começou
sem duvida em alcunha; achamol-o já no tempo de el-rei D. Sancho II; alguns
querem que viesse de Galliza, onde é de familia muito illustre. No Nobiliario
do conde D. Pedro se faz memoria de Gonçalo Gonçalves Bezerra e de seu irmão
Sueiro Gonçalves Bezerra. São suas armas em campo verde duas bezerras de oiro
passantes com as caudas sobre os lombos; timbre uma das bezerras. Acham-se no
livro dos reis de armas. Em Pernambuco fez proezas esta fa milia na restauração
d’aquella capitania, no seculo xvII.
BICUDO. É familia muito nobre da
cidade do Porto. São suas armas, conforme um brazão passado em 1784, em campo
verde uma ribeira de agua de prata e azul posta em faxa, e tres passaros
bicudos tambem de prata com os pés na agua e os corpos no campo alto, postos em
faxa, e no fundo do escudo um car neiro do mesmo metal armado de oiro; timbre
um dos passaros do escudo. Villas-boas as descreve com alguma diferença.
BISCAIA. Escudo em campo de
prata, uma faia verde, em contrachefe estreito verde, e um lobo azul encostado
á faia; timbre o lobo. V. Espelho da Nobreza, por Francisco Xavier da Serra
Craesbeeck.
BISCAINHO. Esta familia tem por
armas em campo de prata uma arvore verde copada, e ao pé dois lobos negros
armados de vermelho; timbre a arvore. V. Espelho da Nobreza, por Francisco
Xavier da Serra Craesbeeck.
BIWAR. É o solar d’esta familia
na villa de Bivar em Castella a velha, celebre por n’ella ter nascido o Cid Ruy
Dias, honra de Hespanha e seu progenitor, e de quem procedeu Luiz Gonçalves
Cid, terceiro avô de Diogo Fernandes Cid de Bivar, que no anno de 1575 fez sua
justificação, e se lhe passou seu brazão de armas. São estas o escudo cortado
em faxa: a primeira partida em pala, a primeira destas esquartelada; no
primeiro em campo vermelho um castello de oiro, no segundo em prata um leão
sanguinho, assim os contrarios; na segunda pala em campo de oiro quatro palas
ou bastões sanguinhos; na segunda faxa em campo vermelho uma azinheira verde
perfi lada de oiro com raizes de prata, e junto d’ella um leão de oiro; timbre
um leão com um ramo de azinheira nas garras. Acham-se no livro da Torre do
Tombo, fl. 18.
BIVEIRO ou VIVEIRO. É familia de
Galliza, que uns escrevem com B, e outros com V; nós a pomos com ambas as
letras; descende dos condes de Santa Martha de Hor tigueira no dito reino. •
Teem por armas em campo de oiro tres montes saindo de um mar de que é o contra
chefe, e de cada um dos montes, que são de sua côr, nasce um ramo de ortigas de
Verde de sete folhas cada um. Acham-se em Gonçalo Argote de Molina na sua
Nobreza de Andaluzia, pag. 270.
BOA-VISTA. Escudo esquartelado,
tendo o superior da direita carregado com as cinco quinas de Portugal em campo
de prata, e assim o seu alterno, o superior da esquerda carregado com a cruz de
Malta de prata sobre campo vermelho, e assim o seu alterno; o primeiro superior
da esquerda do escudo, sendo interceptado por tres ban das de purpura sobre
campo de prata, e assim o seu alterno, e o inferior da esquerda egual ao
superior da direita: coronel de visconde; mas tendo elmo, tambem lhe compete o
timbre de um galgo vermelho andante com uma espiga de trigo de oiro na mão di
reita, e o virol de prata e vermelho. M. N. ao visconde da Boa-vista, Marianno
Joaquim de Sousa Feio, por al vará
de 17 de agosto de 1869.
B0CA-NEGRA. É uma das principaes
familias de Genova, d’onde passaram fi dalgos d’ella a servir os reis de
Hespanha, e desta se estendeu a Portugal por alianças de casamentOS. São suas
armas o escudo cortado em aspa de prata e vermelho, sendo as partes alta e
baixa de prata e as das ilhargas vermelhas, com uma cruz chã como a de S. Jorge
de preto na parte alta. Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, na sua Nobreza de
Andaluzia, fol. 245 v. Villas-boas na Nobiliarchia dá a esta familia umas
armas, cuja explicação se não entende.
BOCARRO. A familia de Bocarro é muito antiga
n’este reino, e tem uma ascen dencia muito illustre, porque procede de D. Mendo
Alam, senhor de Bragança e outras muitas terras, por seu descendente Nuno
Rodrigues Bocarro. Ultimamente fizeram assento na cidade de Beja, onde foi
capitão-mór Diogo Lopes Bocarro, que teve por filho Miguel Leitão Bocarro, e
este a João Bocarro Raposo, fidalgo da casa real e sargento-mór da villa de
Serpa. São suas armas, segundo o auctor da Nobiliarchia Portugueza, em campo de
prata uma cruz e orla tudo de vermelho, com uma cabeça e cara de sua côr no
centro, com cabellos de oiro e a boca aberta. Porém segundo outra noticia que
nos communicaram da cidade de Beja, são outras, ou ha duas familias deste mesmo
appellido com armas diferentes, a saber : Escudo cortado em faxa; na de cima em
campo vermelho uma estrella de oiro de uma corôa de oiro. Na de baixo em campo
azul cinco cabeças de reis moiros com corôas de oiro e barbas do mesmo metal,
cortadas em sangue, postas em tres palas, e na pala do meio em logar da cabeça
um crescente de prata com as pontas voltadas para a es querda do escudo; timbre
a estrella do escudo.
B0DE. Achamos em uma memoria
antiga que foi chefe d’esta familia um Ma nuel Bode : O appellido foi sem
duvida alcunha. São suas armas em campo de oiro um monte de sua côr, no alto
d'elle um carvalho, e subindo pelo monte um bode negro; timbre o mesmo bode.
Outros as descrevem d'esta sorte : em campo de prata um carvalho da sua côr,
sobre um monte; e junto do carvalho um bode de negro andante, e em roda do
escudo da parte de fóra um listão de purpura com esta letra de prata: Quem a
boa arvore se chega, boa sombra o cobre. BON. Escudo de campo vermelho, uma
banda de oiro carregada de um urso de negro. • Alguns querem que Bueno seja
sinonimo d'este mesmo appelido.
BONINE, BONNIN ou BONNINE. A familia com este
appellido é oriunda de França, tem por armas escudo de oiro com tres cabeças de
urso dilaceradas, açamadas e encorrentadas, de negro.
BORGES. Esta familia segundo a
opinião do licenciado Manuel Barbosa no seu Livro da origem das familias de
Portugal, etc., etc., procede de Rodrigo Annes (a quem nós por melhor
informados chamaremos Gonçalo Annes) que serviu a Filippe II, o Augusto, rei de
França; defendendo com valor a cidade de Bourges, estando sitiada pelos inimigos,
de que procedeu ser conhecido n'aquelle reino pelo cavaleiro de Bourges, etc.
Gon çalo Annes, diremos nós, descendia do tronco da linhagem dos Regos, muito
illustre em Portugal; passou effectivamente a França e serviu aquelle monarcha
por quem foi man dado a soccorrer a praça de Bourges na provincia de Berri, que
então se achava dominada pelas armas inimigas, e tão bem fortificada, que
parecia inexpugnavel, na opinião dos generaes d’aquelle tempo. No entretanto
Gonçalo Annes á frente das tropas que foram confiadas ao seu commando, não só
tomou a praça como desbaratou o inimigo. Pelos actos de bravura e estrategia
que alli praticou foi armado cavalleiro pelo dito rei, e agraciado com um
brazão de armas allusivo áquelle feito, com o appellido de Bourges, o qual os
seus descendentes ainda hoje conservam: e vem a ser no escudo em campo de
sangue, um leão de oiro batalhante armado de preto, e uma bordadura de azul
semeada de dez flores de liz de oiro; timbre um meio leopardo com uma flor de
liz de sangue na testa. Voltando a Portugal (como já dissemos) sua patria,
depois da morte de Filippe, o Au gusto, fez assento na Torre de Moncorvo onde
casou com Gracia Mendes, filha herdeira do senhor da dita Torre, de quem teve
numerosa successão. Este appelido de Bourges foi usado por alguns de seus
descendentes, mas como em portuguez Sôa melhor Borges, foi com o tempo
supprimido o — u — e ficou sendo como hoje se diz e escreve. Diogo Borges,
senhor de Gestaço e Penajoia, commendador do Torrão, senhor da terra d'Alva e de
Reriz, etc., foi quinto neto do referido; o filho d’este, Ruy Bor ges, foi
alcaide-mór da vila de Santarem por carta de el-rei D. Afonso V de 20 de maio
de 1440, do conselho do mesmo rei, senhor das terras de seu pae, e de muitas ou
tras, e de varios padroados, etc., etc., tendo casado com D. Antonia Telles de
Mene zes, filha do mestre da ordem de Christo, o grande D. Lopo Dias de Sousa,
illustre ascendente dos condes de Miranda, marquezes de Arronches e duques de
Lafões; teve SucceSSãO.
BORRALH0. É familia antiga, e nobre neste
reino desde o tempo do rei D. João I; seus membros serviram na casa real e
tiveram o fôro : viveram em Fronteira, Elvas, Cas tello-branco, Cintra,
Traz-os-montes e Lisboa; e em todas estas partes tiveram morgados. A ella
pertenceu Heitor Borralho, que no reinado de D. João II entrou em varias expedi
ções. Pertenceu tambem a esta familia Antonio Borralho Murça, a quem se passou
brazão de suas armas em 1748. São estas em campo azul tres estrellas de oiro de
oito raios postas em roquete, chefe do mesmo metal dentado pela parte inferior.
Acham-se no livro antigo dos reis de armas.
BORRECO ou BORREGO. Esta familia
é a mesma que a dos Cordeiros. São suas armas em campo verde quatro borregos ou
cordeiros de prata acantonados; timbre um dos borregos. D'esta forma estavam
registradas no livro dos brazões, taes como foram con cedidas a Francisco de
Goes Peixoto, em 1592.
BOTADO. A familla deste appelido
é oriunda da comarca de Torres-vedras, onde já no reinado de el-rei D. João I
vivia João Alvares Botado que foi cavaleiro da casa real, e o mesmo rei lhes
deu o oficio de fieis das Sizas. A seu bisneto Heitor Bernardes Botado deu o
imperador Carlos V, pelos serviços que lhe prestou em Africa, armas pro prias,
que o rei D. João III d’este reino lhe confirmou ". São estas o escudo esquartelado; no primeiro
quartel em campo de oiro duas aguias negras batalhantes, no segundo em campo
azul tres bicas ou canos de prata deitando agua, assim os contrarios; timbre
uma aguia das armas estendida e nascente. Acham-se no livro antigo dos reis de
armas. Em uma memoria que nos par ticiparam se diz, que no primeiro quartel e
quarto uma só aguia esten; dida de negro, armada de vermelho em campo de oiro,
e o timbre que é uma aguia inteira tambem estendida, todas com duas cabeças
cada uma. 1 Não se acha registrada a carta de confirmação. — Pegado.
BOTELHO E CALADO. Esta familia é
illustre e antiquissima; tem o seu solar na quinta da Botelha, na freguezia de
S. Clemente de Basto; tem casas muito distinctas, Sendo a primeira a dos antigos
condes de S. Miguel. São suas armas em campo de oiro quatro bandas vermelhas;
timbre um leão do mesm0 metal nascente, bandado de Vermelho ". Acham-se no
livro dos reis de armas. As copas de oiro que Villas-boas assigna por armas
tambem a esta familia, pertencem aos Botilheres. Os Calados trazem por armas as
mesmas dos Botelhos. 1 Alguns trazem o leão com tres frechas sanguineas, ferros
de prata, atadas com um torçal de oiro. Mas este tímbre só foi usado na casa
dos condes de S. Miguel. tempo de el-rei D. Manuel, porque se lhe acha escudo
de armas no livro que o dito senhor man dou fazer para a Torre do Tombo, fl.
33. São suas armas esquarteladas; o primeiro quartel de oiro e o segundo de
prata com seis arminhos de negro, assim os contrarios; timbre meio moiro
vestido de oiro forrado de arminhos, toucado de prata, barba longa, meios
braços nús, e na mão direita uma pe dra em acção de atirar com ella.
BOTETO, Parece não haver hoje
pessoas d’este appelido, que existia no tempo de el-rei D. Manuel, porque se lhe
acha escudo de armas no livro que o dito senhor man dou fazer para a Torre do
Tombo, fl. 33. São suas armas esquarteladas; o primeiro quartel de oiro e o
segundo de prata com seis arminhos de negro, assim os contrarios; timbre meio
moiro vestido de oiro forrado de arminhos, toucado de prata, barba longa, meios
braços nús, e na mão direita uma pe dra em acção de atirar com ella.
BOTTO. É familia antiga do tempo
dos primeiros reis d’este reino. O seu appelido foi tirado da palavra Boto,
como se dizia da espada que de cortar muito estava com o fio boto ou grosso.
Fez-se mais conhecido em Africa na pessoa de Martim Esteves Boto, que em Ceuta,
Tanger e Alcacer serviu os reis D. João I, D. Duarte e D. Afonso V; este ul
timo lhe deu armas novas por carta do 1.º de abril de 1462. São estas o escudo
franxado; no quartel superior, em campo de oiro, uma cabeça de moiro cortada em
sangue, toucada de prata e assim o inferior; nos das ilhargas em campo
vermelho, cada um com seu castello de prata com portas e frestas de preto;
timbre o castello com uma das cabeças no alto da torre do meio, e outros põem
só a cabeça de moiro por timbre. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 19.
V. Archivo, n.º 2073.
BOUCHARD. Segundo o brazão que se
passou a Henrique José Bouchard, ca valeiro da ordem de Christo, em 1718,
consta que foi filho legitimo de Nicolau Bouchard, cavaleiro da ordem de
Christo, natural da cidade de Avinhão, d’onde passou para a de Lisboa e foi
reconhecido por fidalgo em 1681 pelo senhor rei D. Pedro, confirmado por el-rei
D. João V em 1713, o que prova ser esta familia oriunda de França. São suas
armas o escudo em faxa; na primeira, em campo azul, um leão de oiro an dante; a
segunda de prata lisa; timbre o leão rompente. Acham-se no livro antigo dos
reis de armas, e no Armorial francez de M. Jouffroy de Eschavannes, impresso em
1844; onde se vêem, nos diferen tes ramos d’esta familia, as armas que lhes
descreve.
BOVADILHA. Esta familia é
castelhana; tem o seu solar na villa de Medina del Campo, e era cabeça d’ella o
conde de Chinchon. São suas armas esquarteladas; no primeiro quartel em campo
de prata um castello vermelho ardendo em fogo, que lhe sae pelo alto e portas;
no segundo em vermelho uma aguia de prata estendida, e assim os contrarios;
timbre um castello como os do escudo. Acham-se no livro antigo dos reis de
armas, e tambem as traz Villas-boas na Nobiliarchia.
BRAAMCAMP. É familia da cidade de
Amsterdam, d’onde passou a Lisboa Hermano José Braamcamp, que n'esta côrte foi
ministro do rei da Prussia, cavaleiro da ordem de Christo, e casou com D. Maria
Ignacia de Almeida Castello-branco, filha do brigadeiro Manuel de Almeida
Castello-branco, e de D. Helena da Cruz : o dito Hermano José Braamcamp foi
filho de João Braamcamp, e de Henriqueta Vanheck, e da dita sua mulher teve
elle filho a Gerardo Wenceslau Braamcamp de Almeida Castello-branco, com
mendador da ordem de Christo, fidalgo da casa real. São suas armas o escudo
cortado em faxa, na de cima em campo de oiro duas palmas de verde em aspa entre
duas estrellas vermelhas de cinco raios, uma superior e a outra inferior; na de
baixo partida em pala, a primeira em campo de prata tres cyprestes de sua côr
em tres palas, que nascem de campanha de sua côr; na segunda em campo azul uma
arda ou lontra de prata armada de oiro, sentada em uma taboa de vermelho, que
está sobre um mar de ondas de prata e azul no contrachefe; timbre uma estrella
do escudo. Assim as communicou o dito Hermano José Braamcamp, e nessa
conformidade se lhe passou brazão.
BRACAMONTE. É familia de França,
que procede de Mossem Rubim de Bra camonte, almirante d’aquelle reino, d’onde
passou a Hespanha a servir nas guerras con tra OS InOurOS. São suas armas em
campo de prata uma esquadria, que é instrumento de medição, e acima d’ella um
maço tudo de negro; timbre um braço armado de prata com o maço na mão
levantado, em acção de descarregar a pancada. Acham-se no livro dos reis de
armas antigo, e em Gonçalo Argote de Molina
BRAGANÇA. Este appelido foi
tomado da cidade de Bragança de que foram se nhores varios fidalgos d’este
reino até que ultimamente el-rei D. Afonso V a deu a seu tio D. Afonso que foi
o primeiro duque desta casa hoje reinante. As armas de que usa este appelido
são em campo de prata uma aspa vermelha carregada de cinco escudetes de prata,
e em cada um cinco escudinhos de azul em cruz, e nestes em cada um cinco
bezantes de prata em aspa; timbre um cavallo nascente de prata com as redeas de
oiro e correias vermelhas, com tres lançadas no pescoço vertendo sangue:
d’estas armas usaram os primeiros duques até D. Jayme, que sendo jurado
principe herº deiro do reino usou das armas reaes com sua divisa, e assim as
ficaram usando os mais duques seus descendentes até que D. João IV pela sua
exaltação ao throno tirou a divisa.
BRAGA. Este appelido foi sem
duvida tirado da cidade de Braga d'onde pr0 cede muita fidalguia deste reino
". São suas armas em campo vermelho uma torre de prata com portas e
frestas de negro; timbre um braço vestido de verde, com uma braga com sua
cadeia de oiro pendurada na mão em acção de dar com ella. 1 Conta-se que esta
familia tivera principio em um cavalleiro, que sendo captivo em uma acção dada
contra os mouros, e mettido por estes em uma torre, e preso com uma braga para
melhor o segurarem, aproveitou a occasião em que a sentinella dormia, para
matal-a com a propria braga, desfazendº depois a roupa da cama em tiras, e por
ella conseguiu descer da torre, indo apresentar-se ao exercito christão, que o
acolheu com grande alegria. Este caso é narrado no diploma do brazão de armas,
que em 1647 se passou ao doutor Sebastião de Carvalho, fidalgo da casa real e
desembargador da Casa da supplicação.
BRANCO. Tem por armas o escudo
partido em pala; na primeira de vermelho um castello com ameias e homenagem
tambem com ameias; na segunda de sinople com tres barras de oiro; bordadura de
azul com oito aspas de oiro. Teve este appellido um dos guerreiros que
acompanharam D. Pelayo, e fundou seu solar nas montanhas de Gal liza, e de lá
se passaram seus descendentes a Portugal.
BRANDÃO. Ha sido vulgarmente
julgada esta familia como oriunda de Ingla terra; porém de uns titulos
conservados entre papeis que foram do padre fr. José da Cruz, reformador do
Cartorio da Nobreza, consta ser a mesma familia originaria da Nor mandia,
d’onde passaram a Portugal com o conde D. Henrique dois irmãos chamados um
Charles ou Carlos Brandão, e o segundo Fernão Brandão, que viveram junto ao m08
teiro de Grijo, em umas casas que depois foram cognominadas com o nome de paço
dos Brandões, e jazem os ditos irmãos sepultados no mesmo mosteiro, tendo na
sepultura um letreiro latino, que vertido em portuguez diz: Aqui jazem os
cavalleiros Brandões. NãO consta que o primeiro tivesse descendentes, porém do
segundo são tantos, quantos s㺠os que hoje se appellidam Brandões em Lisboa,
Porto, Evora, Coimbra, Castello-branco, Vianna, e outras muitas terras onde se
estenderam. As suas armas estão no livro da armaria da Torre do Tombo, e são:
em campo azul brandões atados em roquete, com uma fita azul.
BRANDÔES, de DUARTE BRANDÃO.
Estes Brandões têem diferente origem, porque Duarte Brandão era de Inglaterra,
para onde tinha tambem passado de Normandia outro ramo desta familia. De
Inglaterra passou a Portugal no tempo de el-rei D. Afonso V, por quem foi
naturalisado em 1479, confirmado por D. João II em 1485 e por D. Manuel em
1497. São suas armas em campo azul dois dragões de oiro batalhantes com os
pescoços e rabos repassados armados de sanguinho; timbre os mesmos dragões. Em
uma memoria que vimos de José Freire Monterroio, se diz que o timbre é meio
cavallo marinho. D. João II deu o senhorio de Buarcos ao sobredito Duarte
Brandão, e o fez administrador das capellas de el-rei D. Afonso Iv, e do seu
conselho. El-rei Duarte v de Inglaterra lhe assignou as armas acima descriptas
(que tambem se acham no livro da Armaria da Torre do Tombo e em Villas-boas) em
memoria de um desafio, que este fidalgo teve e venceu perante o mesmo rei, e
pelo serviço que lhe fizera na guerra contra França. O mesmo fidalgo foi
cavalleiro da Jarreteira, capitão das ilhas de Granache, e de tanta estima, que
estando na comitiva do rei de In # uando este se avistou com o de França, comeu
com elles á mesa. eve tambem a commenda de S. Verissimo de Lagares. Torre do
Tombo, livro de Armarias, fl. 181. 1 Esta nota acha-se com letra diferente do
original. — Pegado.
BRANDÔES, de JOÃO BRANDÃO
SANCHES. El-rei D. Manuel se serviu de João Brandão Sanches como seu feitor nos
estados de Flandres em varias pretenções que n'el les teve; e em attenção a
estes e outros serviços lhe deu a commenda de S. João de Ca banas, na ordem de
Christo, e armas novas, que são : em campo de prata uma aguia, metade de preto
e metade de vermelho, sendo a parte que fica em frente de preto, que é a
esquerda, com um brandão acceso nas unhas. • Acham-se no livro antigo dos reis
de armas.
BRANDÔES, de BUARCOS. Procedem de
Duarte Brandão, a quem el-rei Duarte v de Inglaterra deu armas em memoria de um
desafio, que este fidalgo teve e venceu pe rante o mesmo rei, e pelo serviço
que lhe fez na guerra que este teve contra a França; foi cavalleiro da
Jarreteira, capitão das ilhas de Granache, e um dos grandes heroes do seu
tempo, e de tanta estimação, que tendo o dito rei vistas com o de França, comeu
com elles á mesa; recolheu-se depois a Portugal em tempo de el-rei D. João II,
que lhe deu o senhorio de Buarcos e o fez administrador das capellas de el-rei
D. Affonso IV, e do Seu conselho. Teve a commenda de S. Verissimo de Lagares.
São suas armas em campo azul dois dragões de oiro, armados de vermelho,
batalhan tes, repassados um com o outro, e voltados em fugida: timbre os mesmos
dragões. Assim se acham no livro de Armaria da Torre do Tombo, e assim as des
creve Villas-boas.
BRAV0. Acha-se este appelido no
reinado de D. Afonso Henriques em Diogo Bravo, de Riba do Minho : hoje se
conserva na cidade de Braga, que governaram algum tempo pessoas d’esta familia.
• São suas armas em campo de oiro uma serpe de verde volante, armada de
sanguinho; timbre a mesma Serpe. • • Acham-se no livro antigo dos reis de armas,
e tambem as vimos em os regis tros de muitos brazões antigos, que estavam no
Cartorio da Nobreza, an tes do incendio do terremoto de 1755, que tractavam
dellas. Em alguns livros de Armaria lhe tiram a serpe do timbre, e em seu logar
tem este nome — Bravo —. No referido livro antigo dos reis de armas achamos
tambem as armas dos Bravos de Castella, de que tracta Villas-boas: são estas em
campo azul um castello nascente de um pé de agua, xadre zado de oiro e
vermelho, com as portas e frestas de negro, e mettendo a porta um leão de oiro,
e sobre ella no remate um escudete azul carre gado de tres flores de liz em
roquete, com duas aguias negras abertas uma em cada torre das ilhargas; timbre
o leão do escudo.
BRITO, e BRITEIRO. A familia dos
Britos é mais antiga que o nome de Portu gal, porque na era de 1033 fez Arthur
de Brito uma longa doação ao mosteiro que fun: dou no julgado de Vermoim. Tem
neste reino varias casas de que existe a varonia na dos viscondes de Villa-nova
da Cerveira, depois marquezes de Ponte de Lima. Os Briteiros, supposto que
sejam familia diferente, não consta que tenham armas proprias, e assim teem
usado das dos Britos. São suas armas em campo vermelho nove lisonjas de prata,
em tres palas, cada uma carregada de um leão de púrpura; timbre um leão
lisonjado de prata e vermelho, que al guns fazem vermelho, com uma lisonja de
prata na espadoa. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 13.
BROCHADO. Esta familia é oriunda
de França, mas muito antiga em Portugal, e vem do appelido Brochard, que tem
por armas: Escudo de prata, pala de vermelho acompanhada de duas de azul. Ha
comtudo ramos d’esta familia que trazem armas diferentes.
BROUN, ou BRUN. O primeiro que em
Portugal foi conhecido com este appelido foi Guilhelmo de Broun, flamengo, que
viveu na ilha da Madeira, e teve muita descendencia. As suas armas são : escudo
de azul com tres flores de liz de oiro; outros traZem es cudo de sinople com
nove bandeiras de oiro, quatro, tres, duas, chefe de preto burelado de prata.
Ha em França varias familias com este appellido, mas com armas diferentes.
BULHÕES. Esta familia, que
antigamente se nomeava de Bulhom, é originaria do Paiz-baixo, do ducado de
Bulhôm, que deu dois reis a Jerusalem, Godefredo e Bal duíno, ambos irmãos.
Passou para Portugal seu parente Martim de Bulhom, onde casou e foi seu bisneto
o glorioso Santo Antonio, honra da familia e de Lisboa, e seu irmão Pe dro
Martins de Bulhom, por quem se continuou a descendencia. São suas armas em
campo de prata uma cruz vermelha, com doze bolotas de oiro e 08 casculhos de
verde, tres em cada ponta da cruz; timbre uma arvore de sua côr com bo lotas
como as do escudo. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 27. Villas boas as
dá com suas diferenças.
BUSTAMANTE. É família castelhana que tomou o
appelido do logar de Bustº mante, de que foram senhores. Passaram a Portugal,
d’onde se transplantaram para a Clº dade de S. Sebastião do Rio de Janeiro. São
suas armas em campo de oiro treze arruelas de azul em tres palas. Acham-se em
Gonçalo Argote de Molina, Nobreza de Andaluzia, fl. 112.
BUTILHER, e BUTILHUDO. Esta família é oriunda
de França onde se diz Bou teillers. Tiveram o cargo de grandes botelheiros de
França, ou copeiros-móres. Suas armas n'aquelle paiz são em campo vermelho
cinco copos de oiro, em cruz: ºl" Portugal trazem no mesmo campo vermelho
dois copos de oiro cobertos com suas tal" pas pyramidaes, chefe de oiro e
de azul dentado, sendo da parte superior o azul e da "" ferior o
oiro; timbre um dos copos.
BUZI0, e BUGIO. Esta familia foi
das principaes da cidade de Elvas: não se sabe se era oriunda d’ella ou se veiu
de fóra. Foi poderosa em bens, instituiu morgado, e fez a capella de Nossa Senhora
do Rosario, da freguezia do concelho de S. Domingos, da mesma cidade, onde tem
sepulturas com letreiros e armas. São estas em escudo xadrezado de oiro e azul
quatro palas vermelhas, que outros di zem ser tres; timbre duas buzinhas de
negro, com os bocaes e guarnições de oiro, pos tas em aspa, atadas com uma fita
azul. Acham-se na Torre do Tombo, fl. 63, por carta passada a Fernando Lou
renço dos Buzios, em Evora a 27 de julho de 1537. Reg. na Chanc. de D. João
III, liv. xxIII, fl. 82v. ()
CAÃO, ou como outros escrevem
CAM. Esta familia é antiga, porque já no rei nado de D. Afonso IV era padroeiro
do mosteiro de S. Simão da Junqueira Lourenço Caão, e D. Gaspar Caão foi o
primeiro bispo de S. Thomé. A Diogo Caão, cavaleiro da casa real, neto de
Gonçalo Caão, deu el-rei D. João II em 14 de abril de 1484 (em memoria de dois
padrões que levantou na bôca do rio Zaire e no cabo do Padrão, duzentas leguas
além do reino do Congo, que então achou, sendo mandado pelo mesmo rei a
descobrir a costa de Africa além do cabo de Lopo Gonçalves) as armas seguintes:
— Escudo em campo verde duas columnas de prata ou padrões levantados ao alto
sobre dois penhascos, e SO bre cada columna uma cruz singela de azul; timbre as
duas columnas ou padrões em aspa, atadas com um torçal verde. . . Usa das
mesmas armas a familia do appellido Padrão. V. Archivo, n.° 543.
CABEÇA. É familia de Andaluzia,
ramo dos Altamiranos. Foi o primeiro que teve o appelido de Cabeça Gonçalo
Fernandes Altamirano, por uma acção heroica que obrou no sitio da cidade de
Cordova, no tempo de el-rei D. Fernando o Santo. São suas armas em campo azul
treze besantes de prata em tres palas, orla vermelha com tres cabeças de
moiros, toucadas de prata e azul, cortadas em sangue, na parte su perior, nas
das ilhargas duas escadas de oiro, e na parte de baixo dois braços armados de
prata com as mãos de sua côr, que estão pegando nas escadas, uma de cada lado;
timbre um braço armado de prata, tendo pendurada na mão uma cabeça de moiro
pela tOuca. Acham-se no livro dos reis de armas.
CABEÇA DE VACCA. É familia de
Castella, onde tem casas illustrissimas, de que faz honrada memoria Gonçalo
Argote de Molina. São suas armas o escudo xadrezado de oiro e vermelho, de
quatro peças em faxa e ou tras quatro em pala, principiando por oiro; orla de
azul com seis cabeças de vacca de prata. Acham-se em Gonçalo Argote de Molina,
Nobiliario de Andaluzia, fl. 28.
CABEDO, ou QUEVEDO. O appelido de
Cabedo é corrupção de Quevedo, fa milia illustre e antiquissima em Castella,
com casa de solar nas montanhas de Burgos. Passou a Portugal na pessoa de Diogo
Dias de Quevedo, que foi da casa do infante D. Pe dro, duque de Coimbra, e pae
de outro Diogo Dias de Quevedo, que teve por filho a Gonçalo Dias de Quevedo,
sexto avô de Manuel Correa de Quevedo, cuja linha se conservou sem corrupção no
appelido. Porém sendo tambem filho do dito Gonçalo Dias de Quevedo Jorge de
Quevedo, e passando seus descendentes para Setubal, n'aquella terra se corrom
peu o Quevedo em Cabedo, appellidando-se assim este ramo ha muitos annos. São
suas armas o escudo partido em pala; a primeira cortada em faxa, na de cima em
campo azul tres flores de liz de oiro em roquete, na de baixo em campo de prata
uma caldeira negra; a segunda pala de azul com uma bandeira de duas pontas, uma
sangui nha com um crescente de oiro, a outra de prata com um crescente
sanguinho, enfiada em haste de oiro; timbre uma flor de liz de oiro. Acham-se
em D. João Flores, tom. II, arv. xI, fl. 167, § 17, e no livro dos reis de
armas.
CABIDE. Escudo esquartelado; o
primeiro e quarto quarteis de prata com uma oliveira verde; o segundo e
terceiro de prata com um lobo negro; timbre um dos lobos das armas. V. Espelho
da Nobreza, por Francisco Xavier da Serra Craesbeeck.
CABRAL. Esta familia já no tempo
dos primeiros reis d’este reino occupava dis tinctos cargos; nella permaneceu o
senhorio de Belmonte e o de outras terras, sendo a maior prerogativa que teve o
não dar homenagem dos castellos que se lhe entregavam. São suas armas em campo
de prata duas cabras vermelhas passantes, armadas de nº gro; timbre uma das
cabras. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 13.
CABRAES, de JORGE DIAS CABRAL.
Jorge Dias Cabral foi da familia dos Ca braes e filho de Fernão Velho Cabral,
alcaide-mór de Belmonte. Passando a servir o im perador Carlos v nas guerras de
Napoles, aquele monarcha entre outras mercês que lhe fez, deu-lhe armas novas,
que el-rei D. João III confirmou ", e que são : em campo Ver melho quatro
lanças de oiro com os ferros de prata, postas em pala, acima das lanças um
estôque de prata com a guarnição de oiro, em faxa, e acima deste em chefe uma
cruz de oiro como a da ordem de Christo; orla verde com quatro adagas de oiro
nos can tos com os ferros de prata, e nos quatro vãos que ficam em cruz cada um
com sua ar madura de braços de prata, divididas em duas palas, com as mãos de
sua côr, postas em aspa; timbre um cavallo russo nascente com freio de oiro,
corrêas vermelhas e quatro feridas no pescoço. • 1 Não existe o registro d'esta
confirmação. — Pegado.
CABREIRA. Procedem dos senhores
de Cabreira, em Galliza; passaram a Porº tugal com o conde D. Henrique, e
fizeram assento no concelho de Lanhoso. São suas armas em campo de prata duas
cabras de negro gotadas de oiro, passantes; timbre uma das cabras.
CACENA. É familia de Genova,
d’onde passou a Portugal Lucas de Cacena, º indo viver para a ilha Terceira, el-rei
D. João III lhe fez mercê de mandar que se lhe re gistrassem suas armas nos
livros da nobreza nos annos de 1530 ". são estas em campo de oiro tres
faxas de negro e um crescente de vermelho em chefe; porém Gaspar Velho (rei de
armas de el-rei D. Sebastião), Villas-boas, e Sebastião Bravº Botto todos lhe
dão por armas em campo de prata um leão azul armado de vermelhº; timbre o mesmo
leão. V. Nobiliario, fl. 250; Erario Stematico, fl. 160. 1. Acha-se registrada
no liv. LII, fl. 141, da Chanc. de el-rei D. João III, com a data de 22 de
julhº de 1530. — Pegado. -"…="====…—–=
CACERES – CALDEIRA XXXVII
CACERES. Tem esta familia passado por diferentes vezes de Castella, da villa de
Caceres, d’onde é oriunda, a Portugal; neste reino foram senhores de seis villas.
El rei D. Afonso V deu a Alvaro Gonçalves de Caceres, seu leitor de chronicas,
as seguin tes armas: em campo de oiro uma palmeira verde, que nasce de um monte
de sua côr, e em chefe uma estrella vermelha; timbre a palmeira ".
Acham-se no livro antigo dos reis de armas. V. Archivo, n.° 47. 1 O registro
d'esta mercê difere na descripção das armas, e é de 23 de junho de 1459. —
Pegado.
CACHO. Escudo em campo verde um
braço armado, e na mão um punhal de prata com a ponta para baix0. V. Espelho da
Nobreza, por Francisco Xavier da Serra Craesbeeck.
CAIADO. Os Caiados de Portugal são tambem
Gamboas, porque procedem de Nuno Caiado de Gamboa, fidalgo de Castella, que
passou a Portugal em 1526 no tempo de el-rei D. João III. • • • São as suas
armas compostas das figuras d’estas duas familias, porque trazem em campo
vermelho, um elmo de prata guarnecido de oiro, entre um lobo de sua côr armado
de oiro e um libreo de prata com coleira azul, e um chefe de oiro com tres
folhas de golfão de azul; timbre o lobo do escudo. Acham-se no livro antigo dos
reis de armas. Villas-boas as dá tambem aos Gamboas, o que não é exacto.
CALAÇA. Esta familia é uma das
que primeiro povoaram a ilha de S. Miguel, onde hoje existe. • São suas armas
em campo azul um leão de oiro armado de vermelho; timbre o mesmo leão. Acham-se
no livro dos reis de armas.
CALADO. Este appellido procede de
alcunha; não se acha até o tempo de el-rei D. Affonso IV, em que viveu Lourenço
Calado, vedor das justiças na Beira; é sem duvida que procedem dos Botelhos, e
por isso usam das suas armas. São estas em campo de oiro quatro bandas de
vermelho; timbre um leão de oiro nas cente com as quatro bandas do escudo. Acham-se
no livro da Torre do Tombo, fl. 33.
CALÇA. É familia antiga neste
reino, que ha na provincia do Alemtejo : no tempo de el-rei D. João II foi
bispo de Ceuta D. Alvaro de Calça, e d’este foi filho bas tardo D. Nuno Calça,
conego em Evora, onde instituiu uma capella. São suas armas em campo azul nove
vieiras de prata em tres palas; timbre um cha peo da mesma côr com uma vieira
das armas na aba, no logar do botão. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl.
29.
CALDAS, ou CALDES, Tomaram o
appelido da villa de Caldes, em Galliza; passou esta familia a Portugal na
pessoa de Garcia Rodrigues de Caldes, em tempo de el-rei D. Fernando. • São
suas armas em campo de prata cinco cyprestes de verde, postos em santor; tim
bre um dos cyprestes. Acham-se no livro dos reis de armas.
CALDEIRA. Os Caldeiras são bons fidalgos e
antigos. Não se duvida de que to massem o appellido por alguma acção ou caso
honroso em que fizesse figura alguma caldeira, mas não a que lhe attribuem da
caldeira que se tomou aos castelhanos na batalha de Aljubarrota, porque já
antes havia este appellido. São suas armas em campo azul uma banda de prata
carregada de tres caldeiras negras com os bocaes de oiro, entre duas flores de
liz tambem de oiro; timbre uma caldeira e sobre o aro d'esta uma flor de liz de
oiro, como as do escudo. Alguns trazem por tim bre um braço armado de prata com
uma caldeira do escudo na mão, pegando-lhe pelo fundo. Acham-se no livro da
Torre do Tombo, fl. 20.
CALDEIRAS, de ANDRÉ CALDEIRA. V.
Archivo, n.º 72.
CALDEIRÃO. Esta familia é de
Castella, d’onde passou a Portugal, e fizeram al guns assento na villa de
Portel, na provincia do Alemtejo. São suas armas em campo de prata cinco
caldeiras com seus aros de negro, Orla Ver melha com oito aspas de oiro; timbre
uma caldeira. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 20.
CALHEIROS. Esta familia tomou o
appelido da torre e quinta de Calheiros, na freguezia de Santa Euphemia, termo
de Ponte de Lima, que é o seu solar. Tiveram al caidarias-móres e outras
mercês. São suas armas em campo azul cinco vieiras de prata em santor, com tres
estrellas de cinco raios do mesmo metal em contrachefe, postas em faxa; timbre
dois bordões de Sant'Iago de prata, ferrados e guarnecidos de azul, postos em
aspa e atados com uma fita azul. Acham-se no livro antigo dos reis de armas.
CALV0. Esta familia ou tomou o appelido da
quinta dos Calvos, na freguezia de Santa Maria dos Gemeos, na província de
Entre-Douro e Minho, ou os seus possuido res que seriam descendentes de Laim
Calvo, um dos dois juízes de Castella, lh'o dariam porque fosse n’elles mais
antigo. São suas armas o escudo esquartelado; no primeiro quartel em campo
vermelho cinco fivelas de prata em santor; no segundo em azul cinco vieiras de
prata, tambem em santor, e assim os contrarios, e sobreposto um escudete de
oiro com um leão de sua côr. Acham-se no livro antigo dos reis de armas.
CAMACHO. Esta familia é de
Andaluzia, d’onde passou a Portugal. Foi d’ella o bispo eleito de
Castello-branco D. Januario Vicente Camacho. São suas armas em campo vermelho
um castello de prata assentado em um mar em contrachefe, entre dois pinheiros
verdes, com pinhas de oiro, e acima destes duas estrel las de oiro. • Assim as
traz Gonçalo Argote de Molina na sua Nobreza de Andaluzia, fl. 128: e Fr.
Filippe de la Gandara mo seu livro Armas e triunfos de Galiza, fl. 198,
fallando neste appelido, diz que, suas armas são em campo de oiro tres arruelas
sanguinhas com tres faxas de prata em cada uma, orla sanguinha carregada de
oito aspas de oiro.
CAMARA. Supposto seja antigo este
appelido nas Asturias, d’onde passou a Por tugal, e neste reino se corrompeu em
Cambra, a familia de que tratamos é mais moderna, ainda que descenda por linha
feminina destes Camaras. Foi o chefe desta João Gonçal ves da Camara de Lobos,
a quem el-rei D. Afonso V deu armas em 4 de julho de 1460, e cujos descendentes
são as primeiras casas d’este reino, como é constante. São suas armas em campo
negro um monte de sua côr, sobre ele uma torre de ser coberta. Acham-se na
Torre do Tombo, liv. III de Mistic., fi. 56 v. V. Archivo, nº 1164.
CAMBA. Os d’este appellido são
fidalgos galegos descendentes de Vasco Fer nandes de Camba, que teve uma filha
que casou com Diogo Soares de Eça. Teem por armas em campo azul seis cambas de
carro de prata, de tres em tres.
CAMELLO. Procedem os Camellos dos
Cunhas por D. Gonçalo Martins Camello, filho de Martim Lourenço da Cunha. São
suas armas em campo de prata tres vieiras azues realçadas de oiro, em roquete;
timbre uma cabeça e pescoço de camello de sua côr, com duas argolas azues nas
ventas; outros trazem meio camello por timbre. Ha este appelido tambem em
França e Inglaterra, onde tem por armas em campo negro um camello de prata.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 39.
CAMELLOS, de LOPO RODRIGUES CAMELLO. Da
referida familia de Camellos era Lopo Rodrigues Camello, escrivão da camara de
el-rei D. Sebastião, que em attenção a seus serviços e por lhe fazer mercê lhe
deu armas novas. São estas em campo verde uma ribeira de prata ondada, saindo
d'esta um braço ves tido de azul do qual pega outro vestido de brocado com
letras de negro, que dizem — REI — o qual sae do alto da banda direita do
escudo; na esquerda uma estrella de oiro de oito raios, e no canto direito
debaixo uma flor de liz do mesmo metal; timbre o braço vestido de azul com a
estrella nos dedos ". + Registrada no liv. Ix, fl. 96, e liv. xI, fl. 71
da Chanc. de el-rei D. Sebas tião. V. Archivo, n.º 1727, e tambem n.º 1960,
onde por erro da copia se imprimiu CANELLo em vez de CAMELLo. 1 Esta descripção
difere da que se acha no mencionado registro. Foi dada esta carta de mercê em
Almeirim a 10 de janeiro de 1576. — Pegado.
CAMINHA. Os Caminhas trazem a sua
origem de Galiza. Tomaram o appellido da villa de Caminha, na provincia do Minho,
de que foram senhores. João Alvares de Ca minha foi o instituidor do grande
morgado que tem esta familia, e d’elle procede grande parte da fidalguia deste
reino. São suas armas em campo vermelho tres trancas de prata guarnecidas de
oiro, com suas aldrabas do mesmo metal e por elas se prendem umas ás outras,
postas em banda; timbre um braço vestido de azul com uma aldraba do escudo na
mão. Acham-se na Nobiliarchia portugueza.
CAMISÃO. Esta familia é de
Andaluzia. Passou a Portugal Christovão Gomes Camisão, natural de Xerez de la
Frontera, em 1612, e por um brazão que trouxe d’a quelle reino, passado por
Diogo de Orbina, rei de armas Castella, com as armas d’esta familia, consta que
são : em campo vermelho uma camisa de prata, orla azul carregada de oito estrellas
de oiro. Acha-se a copia authentica do dito brazão no cartorio da Nobreza junto
á sentença de Roque Landeiro Pereira e Sousa, seu descendente.
CAMÕES. É família oriunda de
Galiza, onde é sua a illustre casa dos Camanhos, que assim se appelidam naquele
reino. Passou a Portugal Vasco Pires de Camanhos ou Camões, e seus descendentes
instituiram neste reino dois grossos morgados no Alemtejo. Luiz de Camões é
intitulado o Homero Portuguez por todo o mundo pelas suas elegan tissimas
obras. São suas armas em campo verde uma serpe de oiro, que vai saindo de entre
dois pe nhascos de prata, armada de vermelho, de sorte que lhe apparece só a
cabeça e pescoço; timbre o pescoço e cabeça da serpe. | Acham-se no livro
antigo dos reis de armas.
CAMPOS e CAMPELLO. Este appelido
é de Castella; passou a Portugal no tempo de el-rei D. Fernando, porém no de
el-rei D. Afonso vé que se fez conhecido em Gonçalo Vaz de Campos, escudeiro de
D. Vasco de Ataide, prior do Crato, a quem o dito rei deu por armas em campo
azul tres cabeças de leão de oiro, com linguas vermelhas, postas em roquete, e
vertendo sangue pelas cortaduras; timbre uma das cabeças. D'estas mesmas armas
usam alguns ramos da familia dos Campellos, e ou: tros das dos Moraes. V.
Archivo, n.º 971.
CANELLAS e CATELLA. Esta familia
tomou o appellido do couto e logar de Canellas, junto á cidade do Porto, de que
foi senhor Fernão Canelas no tempo de D. Aº fonso III, e já seria de seus avós.
São suas armas o escudo franxado nos dois campos, alto e baixo, em prata, tendo
cada um uma flor de liz azul, e nos das ilhargas, em campo verde, cada um com
seu escudelº de prata com cinco palas ou bastões de vermelho; timbre um gripho
nascente azul, ar mado de prata, com um escudete dos das armas no bico
pendurado por uma fita verde. Acham-se no livro antigo dos reis de armas. Os
Catellas trazem as mesmas armas.
CANTO. Esta familia veiu de
Inglaterra na pessoa de João de Kant, que pas sando a Galliza com seus filhos
ficaram estes n'aquele reino, e depois seus descendentes passaram a Portugal e
ás ilhas dos Açores. São suas armas em campo vermelho um canto de muralha de
prata; timbre o mesmo canto e sobre ele na ponta um pombo do mesmo metal.
Acham-se no livro antigo dos reis de armas.
CANTOS, das ILHAS. Este ramo de
Cantos procede de D. Pedro Annes do Canto, que era bisneto de João de Kant, o
qual passando á ilha Terceira em serviço de el-rei D. João III fundou n’ella
dois morgados para dois filhos que teve do primeiro matrimonio com D. Catharina
de Menezes. Estes para se differençarem dos mais accrescentaram nas suas armas
sobre o canto uma torre tambem de prata, com suas ameias e quatro bom bardas na
mesma torre lançando fogo, como que se disparam; timbre o mesmo dos Cantos.
Assim constam do livro dos reis de armas. V. Archivo, n.º 2152.
CAPICO. Trazem os Capicos por
armas em campo de prata uma lisonja verme. lha carregada de um castello de
oiro, e nos quatro cantos cada um com seu leão sanguinho; timbre um dos leões.
Acham-se no livro antigo dos reis de armas. Estavam em uma sepultura que esta
familia tinha na egreja do convento da Santíssima Trindade de Lisboa, no
cruzeiro.
CARCAMO. São os Carcamos fidalgos
antigos no reino de Leão; tomaram o ap pellido do senhorio de Carcamo, que foi
o seu solar. Passou a Portugal Diogo Carcamº no serviço do infante D. Luiz,
quando voltou da jornada de Tunes, e d’elle procedem Os que hoje existem. São
suas armas em campo azul um leão Xadrezado de prata e vermelho, com a cabeça e
pés de prata; timbre o mesmo leão. Acham-se no livro antigo dos reis de armas.
Outra noticia nos diz que º le㺠seja entre tres castellos de oiro, que vem a
ser um no chefe e os outrºs dois um em cada ilharga do escudo. França. São suas
armas o escudo de oiro com uma espada de vermelho em pala, punho de prata,
acompanhada de duas granadas de negro, inflammadas de vermelho, banda azul
carregada de tres estrellas de prata, atravessando tudo.
CARDAILLAC. Ha em Portugalvarias
familias d’este appelido, oriundas de França. São suas armas o escudo de oiro
com uma espada de vermelho em pala, punho de prata, acompanhada de duas
granadas de negro, inflammadas de vermelho, banda azul carregada de tres
estrellas de prata, atravessando tudo.
CARDENAS. Esta familia é das mais
antigas e illustres de Hespanha; tomou o appelido da villa de Cardenas, d’onde
passaram para as fronteiras a servir contra os moi ros. Gonçalo Argote de
Molina reparte esta familia em tres ramos, todos com distincção nas armas : 1.º
o da cidade de Baeça, cujas armas são em campo de oiro dois lobos de sua côr,
passantes; 2.° o da casa dos duques de Maqueda, que accrescentaram a estas
armas uma orla sanguinha carregada de oito — SS — de oiro; 3.º os Cardenas da
Estre madura, que trazem em logar dos — SS — oito vieiras de oiro, em razão de
militarem mais de trezentos annos na ordem de Sant'Iago; e como não sabemos de
qual d’estes ra mos são os que passaram a Portugal pomos aqui as armas de
todos. • As que Villas-boas explica não merecem credito. V. Nobreza de
Andaluzia, fl. 163 e 224.
CARDI. A familia de Cardi, sem —
M — no fim, é de Florença, d’onde passou a Portugal Simeão Cardi, cavaleiro
florentino, no tempo de el-rei D. João III, e passando á ilha da Madeira n’ella
fundou casa e deixou descendencia. • São suas armas em campo de prata tres
faxas de preto com um chefe de oiro e n'elle um crescente sanguinho. O dito rei
lh'as confirmou por carta de 7 de outubro de 1530 ". Acham-se no livro
antigo dos reis de armas. 1 Esta carta não se acha registrada na Torre do
Tombo. — Pegado.
CARDIM. É familia ingleza que
passou a este reino com a rainha D. Filippa, mulher de el-rei D. João I, na
pessoa de Roberto Cardim. Fez assento na villa do Torrão, d'onde se estendeu a
outras partes. São suas armas em campo de oiro uma alcachofra com um cardo,
tudo de verde; tim bre um leão de oiro com um cardo verde na garra direita.
Acham-se no livro antigo dos reis de armas.
CARDOS0. Os Cardosos são antigos
fidalgos e muito ilustres; tomaram o ap pellido do logar e quinta de Cardoso. •
São suas armas em campo vermelho dois cardos de verde com alcachofras floridas
de prata, com raizes e perfis de oiro, entre dois leões tambem de oiro
batalhantes; timbre uma cabeça de leão do escudo com uma alcachofra do escudo
na bôca. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 31.
CARI. É familia de Inglaterra,
oriunda do condado de Somerced, onde está o castello Cari, de que tomou o
appellido. Tem n'aquele reino as illustres casas de Lancer ton, Cokington,
Parc-Abby, Cloveli e outras muitas da primeira grandeza. Passou a Por tugal na
companhia da rainha D. Catharina, filha de el-rei D. João IV, D. João Cari. Foi
seu filho D. Antonio Carlos Cari, por quem se continua esta familia. São suas
armas em campo de prata uma banda negra, e n'ella tres rosas de prata, com os
olhos de oiro; timbre um cisne de prata. Assim se acham em um brazão que se
passou no dito reino ao dito D. João Cari, que está em poder de seus
descendentes.
CARMONA. Tem por armas em campo
azul um banda vermelha, que sae pelas bôcas de duas cabeças de serpes, as quaes
são de oiro coticadas e armadas de sanguinho, e aos lados da dita banda duas
flores de liz de oiro, uma em cima e outra em baixo, nos cantos do escudo e
sobre o campo azul ". ! O livro de que são tirados estes extractos sómente
traz o desenho deste brazão; esta descripção acima, que combina com o desenho,
foi tirada da Nobiliarchia portugueza. — Pegado.
CARNEIRO. Esta familia é de
Portugal; o appellido é talvez alcunha, e tão an tiga, que já no tempo do conde
D. Henrique era senhor das terras de Valdez Pedro Car neiro. Tiveram os titulos
de condes da ilha do Principe e da Idanha. São suas armas em campo vermelho uma
banda azul coticada de oiro, e carregada de tres flores de liz do mesmo metal,
entre dois carneiros de prata armados de oiro; tim bre um dos carneiros.
Acham-se no livro antigo dos reis de armas.
CARRASCO. Esta familia é de
Andaluzia; passou a Portugal e fez assento na villa de Moura. O seu appelido
foi alcunha. São suas armas em campo de prata um carrasco verde, e em chefe um
crescente e uma estrella de azul; timbre O carraSC0. Acham-se no livro antigo
dos reis de armas.
CARREGUEIRO. Esta familia é
oriunda de Portugal. A opinião mais commum é que tomou o appelido de uma
herdade chamada a Carregueira, no termo de Lisboa; acabou-se a Sua VarOnla. São
suas armas o escudo esquartelado; no primeiro quartel em campo verde uma aguia
de oiro estendida, no segundo em campo vermelho uma flor de liz de oiro, e
assim os contrarios; timbre a aguia do escudo.
CARREIRO, CARREIRA e CARRETEIRO.
Os Carreiros fazem uns procederem de Italia, outros d’este reino. Os que dizem
que são deste reino assignam-lhe por armas em campo de prata uma banda azul
carregada de um leão de oiro, entre dois pinheiros verdes, com pinhas de oiro;
timbre o leão com um pinheiro na garra (Assim se acham no livro dos reis de
armas). Os que dizem que são de Italia querem que sejam suas ar mas em campo
vermelho um castello de prata, posto sobre uma rocha de sua côr. Os Carreiras,
que tambem alguns fazem família diferente, dizem que são de Castella, d'onde passaram
a Portugal, e que suas armas são em campo verde seis faxas ondeadas de prata, e
por orla em campo do mesmo metal sete gaviões negros, no peito de cada um uma
letra, que juntas dizem —
REQUIEM —. Assim as communicou
José Freire Monter roio Mascarenhas. Os Carreteiros usam das primeiras que
acima se descrevem, nas quaes alguns trazem azinheiras em logar de pinheiros.
CARRILHO. Este appelido é de
Castella, onde tem casas muito illustres da pri meira grandeza. Passou a
Portugal e em Castello de Vide foi pessoa muito distincta Gon çalo Fernandes
Carrilho, no tempo de el-rei D. João III, e na mesma villa deixou descenº
dencia. Dividem-se os Carrilhos em dois ramos, um é do reino de Toledo, que
traz por armas em campo azul cinco flores de liz de oiro, em santor; timbre uma
raposa do mesmo metal armada de azul. Assim se acham no livro antigo dos reis
de armas.
CARRILHOS, de CORDOVA, É do reino de Cordova o outro ramo desta fa
milia, que tem as casas dos condes del Plego, e dos marquezes de la Guardia, São suas armas em campo azul um castello
de oiro, timbre o mesmo castello; Outros trazem este castello em campo
vermelho. de Carvalhal, junto á villa de Obidos, ainda que alguns dizem fôra no
termo da Certã. Pro cedem de Gonçalo Gil de Carvalhal, que foi pae de Martim
Gonçalves de Carvalhal, e de Iria Gonçalves de Carvalhal, mãe do condestavel D.
Nuno Alvares Pereira. São suas armas o escudo partido em pala; na primeira em
campo de prata um carva lho verde, na segunda em campo Vermelho um castello de
prata assentado em um mar de azul e prata; timbre um castello com um ramo de
carvalho na torre do meio. Alguns trazem o carvalho em campo vermelho com
fructos e perfis de oiro. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 31.
CARVALHAL. Esta familia é d’este reino;
parece ter o seu solar no logar de Carvalhal, junto á villa de Obidos, ainda
que alguns dizem fôra no termo da Certã. Pro cedem de Gonçalo Gil de Carvalhal,
que foi pae de Martim Gonçalves de Carvalhal, e de Iria Gonçalves de Carvalhal,
mãe do condestavel D. Nuno Alvares Pereira. São suas armas o escudo partido em
pala; na primeira em campo de prata um carva lho verde, na segunda em campo
Vermelho um castello de prata assentado em um mar de azul e prata; timbre um
castello com um ramo de carvalho na torre do meio. Alguns trazem o carvalho em
campo vermelho com fructos e perfis de oiro. Acham-se no livro da Torre do
Tombo, fl. 31.
CARVALHAL BEMFEITO. Esta familia
é diferente da de Carvalhal, porque des cende de Diogo Fernandes, a quem el-rei
D. João III deu por solar a sua quinta do Car valhal Bemfeito, nos coutos de
Alcobaça, com estas armas: — Em campo vermelho um castello de prata com portas
e frestas de negro, timbre meio moiro armado e toucado de prata, que tem no
braço esquerdo uma lua do mesmo metal atada com um torçal verme lho, e o dito
moiro atravessado com uma lança, que tem a haste de sua côr e o ferro de prata
com sangue, que sae da ferida. Acham-se no livro dos reis de armas. V. Archivo,
nº 548.
CARVALHOS. D'esta familia não
conheceram os auctores a antiguidade e o lus tre. Em uma doação feita ao
mosteiro de Lorvão no anno de 1131 se assigna Pelagius Carvalis do que se vê que
é mais antigo este appelido do que o fazem os que escreve ram d'elle. Era ele
senhor de toda a serra em que hoje está o morgado de Carvalho, que depois
instituiu seu neto D. Bartholomeu Domingues, filho de Domingos Feirol e de D.
Bel lida, que era filha do dito D. Pelagio Carvalho; deste morgado foi
administrador Sebas tião José de Carvalho e Mello, primeiro marquez de Pombal,
por eleição do Senado da cidade de Coimbra, conforme a instituição d'elle em
que manda chamar não ao filho mais velho do ultimo possuidor ou parente mais
chegado, mas sim ao mais idoneo para o ser viço do rei e do bem commum. São
suas armas em campo azul uma estrella de oiro de oito raios dentro de um qua
dernal de crescentes de prata; timbre um cisne de prata com a estrella das armas
no peito. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 30. CARVALHO JUNIOR. V.
Archivo, n.º 1598.
CARVALHOSA PALHAVÃ. Esta familia
é antiga e nobre, oriunda da província do Minho; tomou o appellido do seu
solar, que foi a quinta de Carvalhosa na comarca de Guimarães. São suas armas
em campo azul nm feixe de trigo com espigas, tudo de oiro atado com uma fita
vermelha entre quatro torres de prata acantonadas; timbre dois braços armados
de prata com o molho de palhas do escudo nas mãos. Acham-se no livro antigo dos
reis de armas.
CARVOEIRO E CARVÃO. Esta familia
é portugueza, e tem o seu solar em terra de Carvoeiros no termo de Barcellos.
São suas armas em campo de prata tres palas de vermelho entre doze sobreiros de
sua côr, tres em cada vão; timbre uma aspa vermelha carregada de cinco bolotas
de oiro; alguns trazem por timbre um dos sobreiros. Acham-se no livro antigo
dos reis de armas. Os Carvões trazem as mesmas armas.
CASCO. São das Asturias, onde
têem casa de Solar. • São suas armas em campo de prata um pinheiro verde saindo
de um mar que é o con trachefe, e junto ao pinheiro, em acção da o querer
arrancar, uma onça de sua côr com malhas de negro. Assim se acham na Asturia
Ilustrada, pag. 806.
CASQUEIRO. Escudo esquartelado;
no primeiro e quarto de verde uma aguia de oiro; no segundo e terceiro de
vermelho uma flôr de liz de oiro: um caibro em forma de asna, tudo de oiro, com
uma flôr de liz do mesmo em cima. V. Espelho da Nobreza, por Francisco Xavier
da Serra Craesbeeck.
CASTANHEDA. Esta familia é das Asturias,
o seu appelido é tomado de serem senhores de Castanheda : passou a Portugal no
tempo de el-rei D. Fernando, fugindo á perseguição do rei D. Pedro o Cru de
Castella. São suas armas em campo vermelho tres bandas de prata carregadas de
arminhos ne gros; timbre dois ramos de castanheiro de verde em aspa com os
ouriços de oiro. Acham-se no livro antigo dos reis de armas.
CASTANHO. É familia das Asturias, d’onde
passou a Portugal em tempo de el-rei D. João III e fez assento na villa de
Abrantes, onde grandemente figurou o valor0S0 Pedro Castanho de Abrantes, e o
dito rei lhe fez muitas mercês. São suas armas em campo de prata um castanheiro
de sua côr, e junto a ele um lobo negr0. Acham-se no livro antigo dos reis de
armas.
CASTEL-BRANCO. Esta familia começou
a ser conhecida no reinado de D. Diniz, o appellido foi tomado de serem os
primeiros naturaes e residentes em Castello-branco; eram sem duvida das
principaes pessoas d'aquela cidade; tem neste reino as casas de Villa-nova,
Pombeiro, Sabugal e Redondo. São suas armas em campo azul um leão de oiro
armado de vermelho; timbre o mesmo leão. Acham-se no livro de armaria na Torre
do Tombo, fl. 12. O chefe desta fa milia traz por cima do leão do timbre uma
fita côr de rosa com esta le tra — Sternuus non indiget armis.
CASTELLO. É familia de Castella,
d’onde passou a Portugal. São suas armas em campo vermelho um castello de prata
lavrado de negro e assentado sobre um monte de verde; timbre um braço armado de
prata com uma bandeira do mesmo metal enfiada em uma aste de sua côr na mão. Os
de Castella accrescentam uma orla de prata carregada de manilhas de negro.
Acham-se no livro antigo dos reis de armas.
CASTILHO. É familia antiga e
nobre das Asturias. Passou a Portugal no tempo de el-rei D. João III, e a ela
pertencem entre outros homens notaveis o grande D. Pedro de Castilho, que
occupou distinctos logares, como referem as memorias. Por fins do Sº culo XVIII
era senhor d’esta casa Jeronymo de Castilho. São suas armas em campo verde um
castello de prata com portas e frestas de neº gro, nas ilhargas do castello
dois libreos de prata com coleira vermelha, levantados º presos por cadeas de
oiro que saem das bombardeiras do castello; timbre um dos libre08. Acham-se no
livro dos reis de armas. No escudo tem mais sobre a torre dº meio do castello
uma flôr de liz de oiro. V. Archivo, nº 1117.
CASTRO. Esta familia é ilustrissima em Portugal e Castella, d’onde
passou para este reino. A sua varonia é constantemente real; tomou o appellido
do senhorio da Villa e Galliza, com D.
Maria Alvares, senhora d'aquella villa, descendente de Lain Calvo, e de Nuno
Rasura. Tem em Castella a casa dos condes
de Lemos, grandes de Hespanha; em Portugal a dos antigos condes de Basto, dos condes de Monsanto, de
Mesquitella, senhores de Cadaval, a de Boquilobo, e a dos almirantes do reino
(condes de Rezende).
São suas armas antigas em campo de oiro treze arruelas de azul em tres
palas; tim bre um leão de oiro nascente. - D'estas usaram os condes de Basto e
usam os condes de Rezende, almirantes do reino. A casa de Monsanto, e as que
d’ella procedem, usaram sómente de seis arruelas de azul em duas palas, em
campo de prata. A razão d’esta differença provém da disputa que ti veram D.
Alvaro Pires de Castro, senhor das
Alcaçovas, com seu tio D. Alvaro Pires de Castro, senhor de Arraiolos; não querendo que este por ser bastardo trouxesse
as armas dos Castros direitas; e para terminar a questão ordenou o rei que
trouxesse o bastardo só seis arruelas, e não treze como os legitimos, e como as
trazia a rainha D. Joanna de Castro, sua tia, mulher do rei D. Pedro de
Castella : e o conde de Arraiolos
usou d’ahi por diante só das seis; e por causa da bastardia as trazem tambem os
Castros de Melgaço, como descendentes dos de Fornellos, que tambem pela mesma
causa usaram só das seis. O timbre da casa de Monsanto é um caranguejo de prata
arruelado de azul : das outras casas é o meio leão de oiro, que alguns carregam
com arruelas de azul. Os des cendentes de D. Alvaro de Castro, filho do grande
D. João de Castro, vice-rei da India,
tomaram por timbre a roda de navalhas de Santa Catharina, em memoria de ser o
dito D. Alvaro armado cavalleiro á vista do monte Sinai por D. Estevão da Gama.
Ambos os dois escudos se acham no livro da Torre do Tombo.
CASTRO DO RIO. Esta familia teve
principio no reinado de D. João III, em que vivia com opulencia Antão Vaz de
Castro, pae de Diogo de Castro, e de Luiz de Castro, ambos fidalgos da casa
real e cavalleiros da ordem de Christo, aos quaes el-rei D. Sebas tião,
attendendo aos seus serviços, deu por solar a sua quinta do Rio de Sacavem com
a denominação de Castro do Rio, e por armas em campo de prata duas faxas de
agua on deada, entre nove arruelas de Vermelho; timbre meio cavallo marinho,
saindo de uma onda de agua; o cavallo é castanho. V. Archivo, nº 545.
CAVALCANTI. Esta familia é uma
das consulares de Florença, d’onde fugiu para Portugal Antonio Cavalcanti com
seu filho Filippe pelos annos de 1558, por se haver des coberto a traição ou
conjuração que com outros seus parentes tinham maquinado contra o duque Cosme
de Médicis, que havia usurpado a liberdade da republica fazendo-se seu
soberano. Passou a Pernambuco o dito Filippe Cavalcanti, onde casou na familia
dos Al buquerques d'aquella capitania. São suas armas o escudo de vermelho e de
prata; divididos estes esmaltes por uma asna de azul, a parte de baixo é de
prata, e a de cima de vermelho semeada de flores de prata de quatro folhas;
timbre um hippogripho de castanho, com azas e levantado sobre os pés entre
chammas de fogo. Acham-se no livro dos reis de armas.
CAVALLEIRO. Esta familia no mesmo
appellido inculca a sua nobreza. Na villa de Monte-mór o velho é conhecida
desde o anno de 1490; passou d'aqui ao Alem tejo, e d’ella foi o bispo
coadjutor de Evora D. Fr. Afonso Cavaleiro. São suas armas em campo vermelho um
leopardo de oiro com um chefe de azul car regado de tres flores de liz de oiro;
timbre o leão com uma flor de liz de azul na garra direita. - Acham-se no livro
antigo dos reis de armas. –
CASADO. Villas-boas diz que este
appelido é corrupto do de Quesada, que é uma familia castelhana e muito illustre;
assigna-lhe por armas em campo vermelho tres bandas de prata e sobre cada uma
tres molhos de trigo com espigas de sua côr; porém Gonçalo Argote de Molina
tratando da família de Quesadas diz, que tem por armas em campo vermelho quatro
bastões de prata, cada um com seis arminhos de negro; Orla de prata com oito
caldeiras de negro, com os fundos para cima e os bocaes e aros para baixo, e
como não temos notícia que nos desfaça esta duvida, o tempo mostrará o que se
deve seguir.
CASAL. A nobreza desta familia é
conhecida em Portugal desde os primeiros reis. O seu appelido foi tomado do
solar que foi a quinta do Casal, que estava junto a Rates. São suas armas em
campo de oiro cinco flores de liz de vermelho, em santor; timbre uma das ditas
flores. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 27. CERNA. Dizem que veiu de
França esta familia no tempo de el-rei D. Fernando, e fez assento na cidade do
Porto, São suas armas em campo de prata um leão de sua côr, que é aleonada,
armado de vermelho, orla vermelha com tres flores de liz e tres castellós, tudo
de oiro; timbre 0 leão do escudo nascente. Acham-se no livro dos reis de armas.
CERNACHE. Este appelido foi tomado do logar de
Cernache dos Alhos, d'onde foi natural Alvaro Annes Cernache, anadel-mór dos
besteiros, e na batalha de Aljubarrota alferes da bandeira dos namorados, o
qual no sobredito logar fundou um hospital. # suas armas em campo vermelho
cinco bastões de oiro, em pala, orla azul com oito vieiras de prata; timbre um
leão vermelho com uma vieira das armas na espadoa. Acham-se no livro dos reis
de armas.
CERNIGE, SARNIGE ou SARNIZE. Em
campo de prata tres rosas de vermelho com os pés na terra, e chefe azul
carregado de tres lizes atravessados com uma coticº vermelha; timbre um pescoço
de Serpe com um coração ensanguentado na boca. Assim as traz o abbade
Vallemont, nos Elementos de historia, não obstante estarem de outro modo
registradas na Torre do Tombo a Jeronymº Cernige.
CERQUEIRA. Esta família é
conhecida por nobre ha mais de quatrocentos annos. Teve o seu solar no couto de
Camposa, termo da villa dos Arcos, de que foram senhores. A primeira pessoa que
d’ella se encontra foi Gonçalo Pires de Cerqueira. São suas armas em campo
vermelho um leão de oiro armado de azul, com uma CO leira vermelha guarnecida de
oiro; timbre o mesmo leão. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 23.
CERVEIRA. É appelido tomado do
logar de Cerveira, de que foi senhor Jo㺠Nunes de Cerveira, em tempo de el-rei
D. Sancho II, em cujo sitío está hoje edificada Villa-nova de Cerveira. São
suas armas em campo de prata duas cervas de purpura armadas de negro, pºs:
santes; timbre uma das cervas. Alguns ramos accrescentam doze escudinhos das
quinºs de Portugal por modo de Orla, sem divisão, e outros a dividem com
filetes pretos. Acham-se no livro de Armaria da Torre do Tombo, fl. 14. dos cartorios de Arouca e Santa Cruz, e se
acha no tempo do conde D. Henrique. Tornou-se mais celebre no tempo de el-rei
D. Manuel com a grande acção de Vasco Fernandes Ce sar, desbaratando no
estreito seis galeotas de moiros com um só navio, de que era ca pitão, no anno
de 1520. Este usava das armas dos Vieiras, que lhe pertenciam por sua mãe
Joanna Vieira, que são seis vieiras de oiro em campo vermelho, em duas palas :
a estas accrescentou D. João III em campo de agua seis galeotas de sua côr com
remos de oiro e dois pendões vermelhos em cada uma, um na pôpa e outro na prôa,
postas em duas faxas, ficando o escudo cortado em faxa, na parte superior as
galeotas e na inferior . as vieiras; timbre uma das galeotas. Faz menção d'esta
mercê Damião de Goes, Chronica, part. Iv, cap. 58, e acham-se assim no livro
dos reis de armas.
CESAR. O appelido de Cesar é
antiquissimo neste reino, segundo consta dos cartorios de Arouca e Santa Cruz,
e se acha no tempo do conde D. Henrique. Tornou-se mais celebre no tempo de
el-rei D. Manuel com a grande acção de Vasco Fernandes Ce sar, desbaratando no
estreito seis galeotas de moiros com um só navio, de que era ca pitão, no anno
de 1520. Este usava das armas dos Vieiras, que lhe pertenciam por sua mãe
Joanna Vieira, que são seis vieiras de oiro em campo vermelho, em duas palas :
a estas accrescentou D. João III em campo de agua seis galeotas de sua côr com
remos de oiro e dois pendões vermelhos em cada uma, um na pôpa e outro na prôa,
postas em duas faxas, ficando o escudo cortado em faxa, na parte superior as
galeotas e na inferior . as vieiras; timbre uma das galeotas. Faz menção d'esta
mercê Damião de Goes, Chronica, part. Iv, cap. 58, e acham-se assim no livro
dos reis de armas.
CHACÃ0. Esta familia que em
Navarra, onde tem o seu solar, se nomea Facaon, em Castella se diz Chacon, e em
Portugal Chacão; em ambos aquelles reinos tem casas muito illustres de que
sairam grandes soldados, que nas guerras contra os moiros obra ram proezas.
Passaram a Portugal e supposto não tenham n’este reino casas da primeira
grandeza, conservaram-se com muita distincção e com nobreza. São suas armas o
escudo esquartelado, no primeiro quartel em campo de prata um lobo negro armado
de vermelho, no segundo em campo azul uma flôr de liz de oiro, e assim Os
contrarios; timbre um dos lobos. Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, Nobreza
de Andaluzia, fl. 234 v. e no livro dos reis de armas.
CHACIM. A família de Chacim foi
illustrissima como descendente por varonia de D. Mendo Alão, senhor de
Bragança. Tomou o appelido do logar de Chacim de que foi primeiro senhor Ruy
Mendes de Bragança, o Bravo, que foi casado com D. Thereza Affonso, filha do
primeiro rei deste reino, e n'elle fez solar para seus descendentes, que d'elle
se appellidaram de Chacim. São Suas armas em campo de arminhos tres bandas de
vermelho, que vem a ser o campo semeado de arminhos de negro; timbre um javali
de sua côr bandado de arminhos em tres faxas. Acham-se no livro de armaria da
Torre do Tombo, fl. 27.
CHACU. Não sabemos que exista
hoje este appellido em Portugal; temos noti cia que na villa de obidos viveu
Manuel da Silva Chacu, clerigo de grande estimação e honra. O appellido parece
corrupto de Chacim, o que provam as armas que são as mes mas d’esta familia. Em
campo de arminhos tres bandas de vermelho, que vem a ser o campo de prata se
meado de arminhos negros; timbre um javali de sua côr bandado de arminhos em
tres faxas. Acham-se no livro dos reis de armas.
CHAMAS. Não sabemos se hoje
existe este appelido. São suas armas esquarteladas; no primeiro quartel em
campo vermelho um castello de oiro ardendo em fogo, no segundo em campo de oiro
um leão vermelho, e assim os con trarios; orla de prata liza; timbre o leão com
o castello ardendo em fogo nos braços. Acham-se no livro dos reis de armas.
CHANOCA. A familia de Chanoca é
nobre; estabeleceu-se na cidade de Beja; a maior antiguidade que lhe descubrimos
é desde o tempo do rei D. Afonso IV, e já então a parentava com a casa e morgados
de Oliveira e Patameira. São suas armas o escudo partido em pala; a primeira em
campo de oiro com um braço de leão vermelho e uma estrella tambem vermelha
junto das unhas; a segunda em campo azul com outro braço de leão de oiro com
uma estrella tambem de oiro sobre as unhas; timbre os braços de leão de
vermelho em aspa atados com um torçal de oiro e uma es trella de oiro entre
elles. Acham-se no livro dos reis de armas.
CHAVES. Esta familia fez-se
conhecida desde o anno de 1160 em dois irmãos Garcia Lopes e Ruy Lopes, ambos
fidalgos, que ganharam aos moiros a villa de Chaves, chamada assim por ser a
chave de Portugal, por aquella parte, e por esta acção tomaram o nome da villa
por appellido, e em allusão a ele cinco chaves de oiro em aspa com 0$ aros para
baixo em campo vermelho; timbre duas chaves do escudo atadas com um tor çal
vermelho e em aspa. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 34.
CHAVES, de ALVARO LOPES. Alvaro Lopes de
Chaves era d’esta geração. Foi secretario de el-rei D. Affonso V, que em
remuneração de seus serviços lhe accrescen tOu aS SUaS al"ImaS. São estas
em campo vermelho cinco chaves de oiro, tendo uma forma de chefe na parte
superior do escudo, partida em pala, na primeira em campo azul um castello de
oiro, na segunda em campo de prata um leão vermelho; timbre o leão com uma
chave do escudo ". V. Archivo, nº 48. 1 Esta mercê foi feita em Toro a 4
de abril de 1477, e acha-se registrada na chancellaria de el-rei D. Afonso v,
liv. II de Misticos, fl. 57. Difere um tanto na descripção das ditas armas. —
Pegado.
CHERMONT. Esta família é oriunda
de França. Passou a Portugal no reinado de D. João V na pessoa de João
Alexandre de Chermont e outros parentes, que o vieram servir nas expedições da
India. Era ele filho legitimo de Alexandre de Chermont, fidalgº da casa real
d'aquele reino, capitão do regimento de Champagne, cavaleiro da real Ordem de
S. Luiz, e de sua mulher D. Maria Joanna Tilier, neto de Antonio Chermont que
teve o mesmo foro e foi capitão do castello de Freine, e bisneto de Francisco
Lemercier tam bem fidalgo da casa real, e senhor de Chermont e outras terras.
Era o dito João Alexan; dre de Chermont casado com D. Anna de Saint Aubin
Legros, e foi n'este reino marechal de campo e viveu na praça de Estremoz. Foi
seu filho Theodosio Constantino de Chermont, sargento-mór de artilheria no Grão
Pará, e outros que serviram na India. São suas armas em campo de prata uma faxa
negra entre tres treves no chefe post08 em faxa, e tres merletes no contrachefe
postos em roquete tudo de negro; timbre um dos merletes ". Assim vieram
authenticas de França em uma justificação de nobreza de duzem tos annos, que
fez D. Maria Francisca de Chermont, sobrinha do dito João Alexandre dº
Chermont, a qual estava no Cartorio da Nobreza junta á justificação do referido
Theodosiº Constantino de Chermont. 1 Esta descripção torna-se duvidosa por ser
de letra diferente do original. — Pegado.
CHICHORRO. V. Sousa Chichorro. S.
CHRISTOVÃO (Visconde de) José Marcellino da Costa e Sá. Não podemos ainda por
falta dos esclarecimentos necessarios dar aqui a descripção armas que lhe foram
conferidas. V. Archivo, n.º 1591.
CIAES. Esta familia é uma das
principaes em nobreza da cidade de Florença, porque pelos annos de 1507 foi
presidente do grande Conselho de Florença e generalis simo de toda a milicia de
Milão Alexandre de Ciaes; d’este foi filho Polycarpo de Ciaes, governador da
cidade e presidio libornense, que foi pae de João de Ciaes, que tambem foi do
Supremo Conselho, de quem foi filho ou neto João Baptista de Ciaes,
antiquario-mór das genealogias das familias nobres da dita republica, do qual
foi filho Lourenço de Ciaes, que passou a Portugal, e casou na villa de Monção
com D. Helena Maria Ferraz da Cunha que no anno de 1762 justificou a sua
nobreza na Correição do Civel da côrte, para cujo efeito apresentou provas
vindas da dita republica, que se acham na suà sentença que poz no Cartorio da
Nobreza, e se lhe passou brazão com as armas da dita familia, que são em campo
azul uma faxa de oiro carregada de tres montes de sua côr; timbre um dos
montes.
CIRNE. Esta familia é nobre e
antiga, porque já existia no tempo de el-rei D. Pe dro I. Teve os senhorios de
Baldigem dos Concellos, de Refojos, Ribad'ave e de Agrella. A primeira pessoa
que d’ella sabemos foi Ayres Affonso Cirne, alcaide-mór de Monforte no anno de
1357. O seu appellido é uma corrupção da palavra cisne, nome de uma ave bem
conhecida. Estão no livro dos reis de armas.
CISNEIROS. Os Cisneiros procedem
de D. Rodrigo Gonçalves, senhor de Cisneiros, rico-homem de Castella, pelos
annos de 1271, que era da varonia dos reis de Leão. Passaram de Sevilha a
Portugal, e se estabeleceram em Beja, Lisboa e Obidos. São suas armas o escudo
partido em pala; a primeira cortada em faxa, na supe rior em campo vermelho tres
cisnes de prata com colleiras de oiro, e armados do mesmo, em roquete; na
inferior em campo vermelho cinco flores de liz de prata, em santor; na segunda
pala em campo de prata tres bastões sanguineos, em pala; timbre um dos cisnes.
• Acham-se no livro dos reis de armas.
CLAMOUSE. É familia de França, da
cidade de Tolosa, onde tem o seu solar e casas illustres; passou a Portugal por
consul da nação franceza para a cidade do Porto Bernardo Clamouse, filho
segundo. Casou com D. Genoveva Clamouse, e foram seus fi lhos Bernardo
Clamouse, que se passou a Lisboa onde viveu com casa opulenta, e Ma nuel
Clamouse, que ficou na dita cidade do Porto no emprego de seu pae, e mandando
vir de França o seu brazão de armas o apresentou ao rei de armas Portugal, e
foi por este registrado. São as armas em campo azul um lirio de tres flores e
suas folhas tudo de oiro, e um pato de prata, tudo nascendo do contrachefe, que
é campanha verde, com um chefe de oiro, carregado de um casco negro; timbre o
pato nascente.
CLOOTS. Esta familia é dos
Paizes-baixos AustriacOS, onde teem Os barões de Cloots mais de quatrocentos
annos de antiguidade. D’ella serviram aos imperadores Fer nando II e III o
barão Gil Cloots e seus filhos Mathias Cloots e Antonio Cloots. Quebrou-se a primogenitura
em Paulo Cloots, pelos annos de 1715, em que o imperador Carlos VI fez mercê do
dito titulo a seu irmão João Baptista Cloots. Passou a Portugal Paulo Cloots,
que era natural da cidade de Amsterdam, e casando em Lisboa foi seu neto João
Baptista Corrand Cloots Vanzeller, cavalleiro da Ordem de Christo. São suas
armas em campo de oiro uma faxa de negro carregada de tres besantes de oiro, e
no chefe uma aguia negra imperial; timbre um besante de oiro do escudo enfiado
em um ferrão de oiro, entre duas azas do mesmo metal. Tem por tenentes dois
tigres leopardos de sua côr, cada um com seu pendão de oiro na mão,o da direita
com a aguia e o da esquerda com a bandeira negra e os besantes das armas".
Consta da sentença do referido João Baptista Corrand, que existia no Carto rio
da Nobreza. 1 Esta descripção é duvidosa, pois tem letra diferente do original.
— Pegado.
COELHO. Os Coelhos são fidalgos
antiquissimos, descendem do grande D. Egas Moniz, seu bisneto Soeiro Viegas
Coelho foi o primeiro d'este appellido nesta varonia, porque o tomou de seu avô
materno João Vasques Coelho, que era senhor da quinta da Coelha, junto ao
Douro, d’onde veiu chamarem-se Coelhos. São suas armas em campo de oiro um leão
de purpura faxado de tres faxas Xadreza das de oiro e azul, orla azul com sete
coelhos de prata manchados de preto; timbre 0 leão do escudo, a que alguns
accrescentam um coelho nas garras. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 18.
COELHOS ALBUQUERQUES, de
PERNAMBUCO. Este ramo de Coelhos procede de Duarte Coelho, que foi fidalgo
d'esta geração, e um dos primeiros capitães que chega ram até á China e deram
noticia d'aquelle imperio. El-rei D. João III lhe deu a capitania de Pernambuco
para a povoar e pacificar, o que ele fez com grande trabalho e valor, e com tão
grande utilidade da coroa, que ficou sendo a mais rendosa do Brazil; em alten
ção a estes serviços o mesmo rei lhe deu armas novas. São estas em campo de
oiro uma cruz ordinaria firmada em um calvario, tudo da côr de pau preto,
assentando tudo sobre um monte verde, e junto da cruz um leão vermelhº, chefe
de prata com cinco estrellas sanguinhas, orla azul carregada de cinco castellos
de prata, cobertos; timbre o leão das armas". V. Archivo, nº 614. 1 Esta
mercê foi feita em Evora a 6 de julho de 1545, e acha-se registrada na Chanc.
de el-rei D. João III, liv. xxxv, fi. 75 v. Difere alguma coisa na descripção
do referido brazão. — Pegado.
COELHOS, de NÍCOLAU COELHO.
Nicolau Coelho, famoso capitão na India, era da familia dos Coelhos e usava das
suas armas. El-rei D. Manuel, attendendo a seus ser viços, lhe fez mercê de
novas armas, que são: — Em campo vermelho um pé de terra verde junto a mar, e
n'elle assentam duas columnas de prata, e sobre cada uma destas um escudinho
das quinas de Portugal, ficando entre ellas o leão de oiro dos Coelhos, sem as
faxas; timbre o leão com uma columna das armas nas garras. Acham-se no livro de
armaria da Torre do Tombo, fl. 33.
C0G0MINHO. Deixando as diversas
opiniões que ha sobre a antiguidade desta familia e da etymologia do seu
appelido, diremos que ela é antiquissima, e de varonia muito illustre. Foi
senhor da villa de Chaves, alcaide-mór de Coimbra, senhor de Chacim e privado
do rei D. Afonso III, D. Fernão Fernandes Cogominho; e entendemos que por
virtude do senhorio d'aquela praça, tomou por armas em campo vermelho cinco
chaves de prata em aspa; timbre duas chaves atadas com um torçal sanguinho.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 35.
COLAÇ0. Acha-se este appelido no
tempo de el-rei D. Afonso III em Fernão Colaço de Portel, e no de el-rei D.
Fernando foi fidalgo honrado Afonso Colaço, avô de João Alvares Colaço, a quem
Villas-boas diz que foram dadas as armas de que usa esta familia. São estas em
campo de prata uma banda azul com um leão de oiró entre dois pinhei ros de
verde; timbre um leão nascente, saindo-lhe da boca um ramo de pinheiro. Acham
se no livro dos reis de armas. appellido parece tomado do logar da Columbeira,
que está uma legua da villa de Obidos, e devia ser o primeiro que se distinguiu
em alguma acção natural d’elle. Achamos comtudo me moria que a um Antonio
Fernandes Columbeiro se deram armas. São estas em campo de oiro nove lisonjas
de azul. Acham-se no livro dos reis de armas.
COLUMBEIRO. Não temos noticia se
existe actualmente esta familia; o appellido parece tomado do logar da
Columbeira, que está uma legua da villa de Obidos, e devia ser o primeiro que
se distinguiu em alguma acção natural d’elle. Achamos comtudo me moria que a um
Antonio Fernandes Columbeiro se deram armas. São estas em campo de oiro nove
lisonjas de azul. Acham-se no livro dos reis de armas.
CONESTÁGIO. D'esta familia não
encontramos outra noticia senão a de que el-rei D. Filippe I concedeu brazão de
armas a Jeronymo Franqui Conestagio, no anno de 1584. São estas em campo
vermelho um braço armado de prata, que sae do lado esquerdo do escudo, tendo na
mão uma espada de prata com as guarnições de oiro, com a ponta º para cima e
enfiada n’ella uma corôa ducal do mesmo metal; timbre um estrella de oiro como
cometa com a cauda para a parte de baixo, sobre o Virol. Acham-se no livro dos
reis de armas.
CONTREIRAS. É familia de
Andaluzia, d’onde passou a Portugal. Tomou o appel lido do logar de Contreiras,
como refere Gonçalo Argote de Molina, fl. 219. São suas armas em campo de prata
tres bastões de azul em pala, orla vermelha com oito aspas de oiro; timbre uma
aspa azul. Acham-se no livro dos reis de armas.
CORDEIRO. São as armas d’esta
familia em campo verde quatro cordeiros de prata acantonados; timbre um dos
cordeiros. Acham se no livro dos reis de armas. Villas-boas diz que são cinco
os cor deiros, postos em santor.
CORDEIRO FEYO. V. Fontainhas.
CORDES. É familia do reino de
França, dos estados de Flandres, onde tem mui tos senhorios. Passou a Portugal
em tempo de Filippe III João Baptista de Cordes, que era natural da cidade de
Anvers, e n'este reino casou, e deixou descendencia de que proce diam
modernamente os secretarios da Camara dos reis d’este reino. São suas armas em
campo de oiro dois leões de vermelho rompentes dando as costas um ao outro,
orla azul ondada de prata; timbre uma cabeça de veado de sua côr, com uma
campainha de oiro ao pescoço. Acham-se no livro dos reis de armas.
CORDOVA. E familia illustre de
Hespanha, que tomou o appellido da cidade de Cordova, em razão de ajudar na sua
conquista, e tiveram a alcaideria-mór da mesma. São suas armas em campo de oiro
quatro faxas de vermelho; assim as traz Gonçalo Argote de Molina na sua Nobreza
de Andaluzia, fl. 291, e no mesmo livro, a fl. 330, falando dos Cordovas de
Guiposcoa, diz que procedem de João Rodrigues de Cordova, alcaide de Sexura, e
que trazem estes por armas em campo de prata uma figueira de sua côr entre dois
lobos negros atravessados, e virados cada um para seu lado do escudo.
CORDOVIL. Este appelido se deu a
dois irmãos que da cidade de Cordova se passaram a este reino, e n'elle
deixaram descendentes, em os quaes se continuou. São suas armas em campo
vermelho uma oliveira cordovil com azeitonas de oiro; per fis do mesmo e as
raizes de prata; a oliveira de sua côr, e junto d'ella um libreu de prata com
coleira azul, preso á oliveira por uma cadea de oiro. Acham-se no livro da
Torre do Tombo, fl. 33.
CORELHA e CORELHÃO. Tomou esta
familia o appellido do senhorio de Co relha, villa de Navarra, na fronteira de
Aragão; passaram ao reino de Valença, e d'aqui a Portugal no tempo do domínio
de Castella. São suas armas em campo vermelho uma torre de prata entre dois
libreus do mesmo metal, trepantes, com coleiras de azul guarnecidas de oiro; no
alto da torre uma don Zella nascente vestida de azul, toucada de oiro,
apparecendo só dos peitos para cima; timbre um dos libreus. Acham-se no livro
dos reis de armas.
CORESCADA. M. N. concedida a Francisco
Joaquim da Silva Campos de Mello, barão de Corescada, fidalgo cavalleiro da
casa real, por alvará de 1 de junho de 1871: e- Escudo esquartelado; tendo o
superior da direita carregado com um leão de purpura, rompente, armado de azul
e sobre campo de prata, e assim o seu contrario; o superior da esquerda
carregado por cinco arminhos negros, colocados em aspa sobre campo de prata, e
orla de purpura, carregada com oito aspas de oiro; e finalmente o inferior da
di reita interceptado por uma doble cruz de oiro, firmada com orla do mesmo
metal sobre campo vermelho, com os quadrados carregados cada um com seu besante
de prata; co: ronél de visconde, e na sua ausencia elmo de prata lisa, decorado
de oiro lavrado, Virol de prata e purpura; timbre um leão de purpura rompente
armado de azul.
CORESMA ou QUARESMA. Este
appelido teve principio no reinado de D. San cho II, em Ruy Vasques Mogudo, que
pela grande devoção com que observava a quaresma foi chamado Ruy Vasques
Quaresma, e o appelido se continuou em seus descendentes. Não lhe achamos armas
proprias; porém os descendentes de Manuel Quaresma Barrel0, commendador da
ordem de Aviz, que foi do conselho de estado de el-rei D. Sebastião (com quem
acabou na batalha de Alcacer), e foi marido de D. Filippa Pessanha, que eram
ultimamente os condes de Villa-flor, usavam das armas dos Pessanhas, que são em
campo de prata uma banda vermelha dentada, carregada de tres flores de liz de
prata; timbre uma aza vermelha e n'ella as tres flores de liz de prata : os
outros ramos usam das ar mas dos Pereiras e Lacerdas. Acham-se no livro dos
reis de armas.
CORNEIO. Escudo terciado em pala;
na primeira de vermelho uma torre de prata lavrada de negro, e sobre ela uma
aguia negra voante; na segunda de azul um pi lar de prata e sobre ele uma cruz
de oiro floreada; a terceira dividida em faxa, na pri meira cinco cernejas
negras em aspa olhando umas para as outras, com pés e bicos Ver melhos, na
segunda de vermelho duas bandas de oiro; timbre a aguia. V. Espelho da Nobreza,
por Francisco Xavier da Serra Craesbeeck.
CORONEL.
Os Coroneis dizem-se descendentes dos antigos Cornelios romanos,
estabeleceram-se em Aragão, onde o seu solar é o mais antigo que se sabe de
ricos-h0 mens. D. Gastão de Biel foi o primeiro que d’esta familia passou a Portugal
com D. Pêdro Coronel, em tempo de el-rei
D. Sancho I; estabeleceram-se tambem em Segovia, d’onde passou outro ramo a
Portugal, e fundou a casa dos correios-móres que foram deste reino. São suas
armas em campo de oiro cinco gralhas de preto, em santor; porém os de Sº govia
mudaram as côres, tomando o campo azul e n'elle as cinco gralhas de oiro, em
aspa, e a do meio coroada de uma coroa do mesmo metal: timbre uma das gralhas.
Acham-se no livro dos reis de armas.
CORREA. Procedem os Correas de
Paio Ramiro, cavaleiro portuguez, rico h0 mem, que passou a Portugal com o
conde D. Henrique, e foi seu terceiro neto o grande D. Paio Correa, mestre da
ordem de Sant'Iago em toda a Hespanha. umas por outras de seis peças, tres em
banda e outras tres em contrabanda; timbre dois braços armados de prata, com as
mãos abertas e as palmas para a frente, atados pelos pulsos com uma correa
Sanguinha. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 30.
CORREA AGUIAR. Os Correas
Aguiares, que procedem de Pedro Paes Correa, e de sua mulher D. Dordea Paes,
filha de Pedro Mendes de Aguiar, trazem em campo de oiro uma aguia preta
estendida, de uma só cabeça, e no peito carregado o escudo dos Com reas, que é
o campo de oiro com seis correas vermelhas, em banda e contrabanda, repassadas
umas por outras; timbre a aguia nascente armada de oiro e uma correa do escudo
no bico. Acham-se no livro dos reis de armas.
CORREA BARAHEM. Este ramo de
Correas procede de Antonio Correa Teixeira Baharem, que indo contra o rei da
ilha d’este nome, na India, que se tinha levantado con tra o de Ormuz, este
capitão o venceu e matou, e reduziu tudo á obediencia do de Or muz; pelo que
el-rei D. João III lhe mudou o escudo, ordenando que o fizesse esquarte lado;
no primeiro quartel em campo vermelho a cabeça do rei moiro que matou, com corôa
de oiro; no segundo as dos Correas; no terceiro as mesmas do segundo; e o
quarto esquartelado, tendo no primeiro quartel em campo azul a cruz de oiro dos
Teixeiras, no segundo as cinco flores de liz de oiro em campo verde, dos
Mottas, e assim os contra rios; timbre um braço armado de prata, com a cabeça
do rei moiro pendurada da mão pelo turbante. Acham-se no livro dos reis de
armas.
CORREAS DE BELLAS. Os Correas de
Bellas por estarem na varonia dos Atou guias trazem em campo vermelho uma cruz
de oiro firmada no escudo, e nos quatro vãos cada um com sua flor de liz do
mesmo metal, que são as armas dos Atouguias; timbre o dos Correas, que é os
dois braços armados de prata, presos pelos pulsos com uma cor rea vermelha.
Acham-se no livro dos reis de armas.
CORTES. Escudo esquartelado; no primeiro
quartel de oiro uma aguia preta, no segundo de azul um leão de oiro rompente,
no terceiro de azul tres corôas de oiro em roquete, e e no quarto de prata uma
cidade de côres com chão verde e por baixo ondas de mar azulado. V. Espelho da
Nobreza, por Francisco Xavier da Serra Craesbeeck.
CORTE-REAL. Procede esta familia
de Vasco Annes da Costa Corte-real, alcaide mór de Tavira, que foi fidalgo de
grandes prendas e valor : achou-se na tomada de Ceuta; em Inglaterra teve um
grande desafio com outro, que trazia por divisa a cruz de S. Jorge; procedem
d'elle muitas casas titulares, e de senhores d’este reino. São suas armas as
mesmas dos Costas, seis costas de prata em campo vermelho, fir madas e postas
em duas palas, com um chefe de prata e n'elle a cruz de S. Jorge, que é
vermelha; timbre um braço armado de prata, com uma lança de ferro com haste de
oiro, e n’ella enfiada uma bandeira de prata com a cruz de S. Jorge vermelha, e
a lança enristada. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 15.
CORVEIRA ou CURVEIRA. É familia de Aragão, de
que se faz distincta memo ria nos annaes d’aquelle reino. São suas armas em
campo de oiro cinco corvos de sua côr, postos em santor; timbre um dos corvos.
Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, na sua Nobreza de Andaluzia, Vil. # se
enganou em dizer que tem tres corvos, como os Corvados e OTVOS,
CORVINEL. Esta familia não é
muito antiga, porém é nobre e muito distincta em Lisboa. A primeira pessoa de
que n'ella temos noticia foi Raphael Corvinel da Gama, pae de Silvestre
Corvinel da Gama, de quem procederam Christovão de Sousa de Alte, e seu irmão
Martinho de Sousa da Silva Cunha e Albuquerque, o primeiro destes guarda mór da
casa da India. São suas armas em campo de prata um castello vermelho, orla do
mesmo metal divi # por uma cotica preta, com sete arminhos tambem pretos;
timbre um corvo de sua I', Acham-se no livro dos reis de armas.
CORVO, CURVO, CORVINO, e
CORVACHO. A familia do appelido Corvo é an tiga e nobre. Achamos nas historias
d’este reino, que foi alcaide-mór do castello de La nhoso, Mendo Corvo, em
tempo dos reis D. Sancho II e D. Affonso III, e d’elle tomou nome a villa de Moncorvo;
seus descendentes tiveram muitos logares, principalmente de alcaide rias-móres.
São suas armas em campo de oiro, e que alguns dizem ser de prata, tres corvos
ne gros em roquete; timbre um dos corvos. Acham-se no livro dos reis de armas.
Os Curvos, Corvinos e Corvachos, tem as mesmas armas, como derivados de Corvos.
COSTA. A familia de Costas é
muito antiga e nobre. Tem o seu solar na quinta da Costa na comarca de
Guimarães, com torre e casa forte, de que foi senhor Gonçalo da Costa, no tempo
de el-rei D. Affonso I, e o possuiram seus descendentes até ao annº de 1400 em que
o perderam por crimes. E família muito extensa, que se divide em mul tos ramos
com casas muito illustres. São suas armas em campo vermelho seis costas de
prata firmadas, e postas em duas palas; timbre duas costas do escudo em aspa,
atadas com um torçal vermelho. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 15.
COSTAS, de ALPEDRINHA. Os Costas
de Alpedrinha, senhores de Pancas, tra zem o escudo partido em pala; na
primeira em campo azul uma roda de navalhas de oiro, com as navalhas de prata,
e na segunda em campo vermelho as seis costas de prata; timº bre as duas costas
em aspa atadas com um torçal vermelho. Estas armas usou o cardeal D. Jorge da
Costa, natural de Alpedrinha, e seu irmão D. Martinho da Costa, arcebispo de
Lisboa, em attenção á infantº D. Catharina, irmã de el-rei D. Afonso v, a quem
deveram as grandes fortunas que tiveram.
C0TA. A familia d’este appelido
foi illustrissima e antiquíssima em Roma; era consular, e no tempo dos
imperadores teve muitos generaes, capitães e grandes persona gens; estendeu-se
a sua descendencia até Milão, d’onde se transportou a Portugal nos seus
principios, porque já no tempo de el-rei D. Diniz era vereador de Santarem
Joannº Eannes Cota, cuja descendencia ficou estabelecida naquella villa. São
suas armas em campo de prata uma cota de armas vermelha, e em orla esta letrº
de preto — Sine sanguine non est victoria; timbre a cota do escudo. Acham-se no
livro dos reis de armas. oc cupou os primeiros logares do governo, e se
aparentou com outras similhantes; não sa bemos se existe hoje em alguma parte.
São suas armas em campo Vermelho nove memorias de prata, postas em tres palas.
Acham-se no livro dos reis de armas.
COTIMO. Esta familia foi nobre nas
villas de Setubal e Alcacer do Sal, onde oc cupou os primeiros logares do
governo, e se aparentou com outras similhantes; não sa bemos se existe hoje em
alguma parte. São suas armas em campo Vermelho nove memorias de prata, postas
em tres palas. Acham-se no livro dos reis de armas.
COTRIM. Os Cotrins não procedem
de Italia nem de França, como alguns di zem; mas sim de Inglaterra, d’onde veiu
com a rainha D. Filippa Jayme Coterel, que de pois foi monteiro-mór do infante
D. Henrique. Converteu-se pelo tempo adiante em Co trim o COterel. São suas
armas o escudo xadrezado de oiro e azul de seis peças em faxa, e outras tan tas
em pala; timbre tres pennachos de azul chapeados de oiro. Acham-se no livro da
Torre do Tombo, fl. 34.
COUCEIRO. Esta família tem o seu
solar no paço do Coucieiro, no julgado da villa de Regalados, que com o lapso
do tempo se corrompeu em Couceiro; estendeu-se esta geração por Tentugal,
Monte-mór o velho e outras terras; tiveram commendas, e des cendem d’ella
alguns fidalgos e muitos senhores. São suas armas em campo vermelho tres
couceiras de prata em tres palas, e dois leões de oiro entre elas; timbre um
leão nascente. Acham-se no livro dos reis de armas.
COUROS. Esta familia é oriunda da
provincia do Minho; estabeleceu-se na ci dade do Porto, onde deu nome a uma rua
que n’ella ha. Ha noticia d’este appelido desde o tempo de el-rei D. João I. $
São suas armas o campo do escudo de prata gotada de sangue e n'elle duas
grevas, que são botas de ferro com seus copetes ou palas com que cobriam os
sapatos, entre el las involta uma serpe de verde ferida no peito e mordendo uma
das botas, que são azu ladas; timbre um braço vestido de azul com manopla de
ferro, pegando no pescoço de uma serpe ou cabeça de que cae algum sangue.
Acham-se no livro dos reis de armas.
COUTINHO. Os Coutinhos tomaram o
appellido do couto de Leomil, de cujo senhorio lhe fez mercê o conde D.
Henrique. Esta illustre casa de Coutinhos tem produ zido grandes generaes, e
muitos fidalgos da primeira qualidade de Portugal. São suas armas em campo de
oiro cinco estrellas sanguinhas de cinco raios cada uma, postas em Santor;
timbre um leopardo Vermelho, passante, armado de oiro, com uma estrella do
mesmo metal na espadoa, e uma capella de flores na garra direita. Acham-se no
livro da Torre do Tombo, fl. 9.
COUTO. Tem por armas em campo
vermelho um castello de oiro, fundado so bre ondas, a primeira de prata, a
segunda de azul, e assim as mais; timbre o castello. Estas ganhou-as Alvaro do
Couto (dos de Benambar). Outros trazem em campo de prata uma serpe de verde,
picando em uma perna, e d’ella correndo sangue. V. Archivo, nº 45. •
COVA e LACUEVA. Esta familia é de
Andaluzia; teve por muito tempo a re gencia da cidade de Ubede, e d’ella
descende muita fidalguia de Castella. Passou a Por tugal no tempo dos Filippes,
e foi governador da fortaleza de S. Julião da Barra de Lis boa D. Fernando de
Lacueva. São suas armas em campo de oiro dois bastões sanguinhos com uma lapa
ou cova no contrachefe de sua côr, de que sae uma serpe de verde; orla vermelha
carregada de oito aspas de oiro; timbre a serpe do escudo nascente armada de
vermelho. Acham-se no livro dos reis de armas.
CRAESBEECK. Esta familia provém
da cidade de Lovaina, no estado de Bar bante, no condado de Flandres. O
imperador Carlos v deu armas a Cuilherme van Craes beeck no anno de 1530. Seu
neto Pedro Craesbeeck passou a Portugal, e el-rei D. Fi lippe II lhe concedeu
os privilegios de cavalleiro confirmado de sua casa, e que podesse usar de suas
armas, por alvará de 1617. São suas armas em campo azul uma estrella de oiro de
seis raios e acima d’ella um crescente de prata; timbre a estrella do escudo. •
Acham-se no livro dos reis de armas.
CRIADO. É família de Castella,
d’onde passou a Portugal. São suas armas em campo azul duas bandas de oiro,
orla vermelha com oito aspas tambem de oiro. Acham-se no livro dos reis de
armas, em Villas-boas e em Gonçalo Argote de Molina.
CROS (DU). Em um trabalho
heraldico (Manuscripto de 1525) achamos um rei de armas Portugal (que nos
parece ser contemporaneo do bacharel Antonio Rodrigues), cha mado Jean du Cros,
com as armas abaixo descriptas. Pela maneira porque estava escri pto o nome e
appelido, não oferece duvida que era francez, e é muito de suppôr que viesse de
França com o dito bacharel, quando lá foi por mandado de el-rei D. Manuel,
estudar a arte do brazão. Ainda mais se nos afigura que assim podesse ser, por
ter 0 dito mr. du Cros tido fim dos logares de rei de armas. São suas armas o
escudo de azul com tres faxas de oiro, chefe de vermelho com uma aguia de prata
estendida.
CRUZ ALAGOA. Esta familia, se
elevou á grandeza de fidalguia na pessoa de José Francisco da Cruz Alagoa, e
nas de seus irmãos por alvará de el-rei D. José de 17 de janeiro de 1763,
sendo-lhe dada por solar da sua casa a sua quinta da Alagoa, e re cebendo
outras muitas mercês, entre as quaes foi uma a de lhe dar armas por alvará de
15 de março de 1765. São estas o escudo partido em faxa; na primeira em campo
azul cinco estrellas de oiro postas em cruz, e a segunda de agua de azul e
prata; orla vermelha com esta letra de oiro — Nomen honor que meis; timbre um
cão de prata com colleira vermelha e uma chave de oiro na bôca. V. Archivo, n.º
1326 e 1515.
CUBELLOS. Esta familia é
originaria de Aragão, e tinha o seu solar junto a Caspe; Leonardo de Cubellos
foi conde de Gociano e marquez de Bistan, no reino de Sar denha. Passou um ramo
para Catalunha, onde D. Onofre de Cubellos foi senhor de Reig gros, e outros
ramos a outros reinos de Hespanha, como tambem a Portugal, onde existe na
provincia do Alemtejo. São suas armas em campo vermelho tres cubellos de prata,
com portas e frestas de preto, em roquete; timbre um dos cubellos.
CUNHA. Esta familia é das mais
illustres de Hespanha; uns a fazem descender de Gascunha, outros dos reis de
Leão, mas é certo que é e foi sempre das primeiras de Portugal, e que tem
n’este reino as primeiras casas: dizem tambem que o seu solar é em Cunha a
velha, no termo de Guimarães. gri pho nascente de oiro com cunhas de azul, e as
azas de azul com cunhas de oiro. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 10.
|)
DACORDA. É familia de Hespanha; tem por armas
o escudo partido em pala: a primeira esquartelada, no primeiro e ultimo quartel
em campo de prata um leão de pur pura, no segundo e terceiro em campo de
purpura um castello de oiro; na segunda pala de azul nove flores de liz de
oiro; timbre um leão de purpura, com uma flor de liz de oiro nas garras. Assim
as vimos em um manuscripto que foi do P. Fr. José da Cruz, reforma dor do
Cartorio da Nobreza, e tambem no livro dos reis de armas.
DEÇA. Esta familia tomou o
appelido da villa Deça em Galiza, de que fo ram Senhores. São suas armas o
escudo partido em pala; na primeira em campo de prata quatro flo res de liz de
azul acantonadas; na segunda em campo vermelho um castello de oiro, Acham-se no
livro dos reis de armas. Fr. Filippe de Lagandara, Armas e triunfos de Galiza,
pag. 778, dá-lhe em campo azul um castello de prata, timbre o mesmo castello.
DELCARPIO. Esta familia é de
Castella; tem por armas o escudo esquartelado; no primeiro quartel de azul tres
estrellas de oiro em roquete, no segundo de oiro uma banda negra entre os
braços de duas serpes verdes armadas de prata, no terceiro de prata um terraço
verde com um pinheiro da mesma côr, no quarto em campo vermelho um cas tello de
oiro assentado sobre uma rocha de sua côr; timbre uma cabeça de serpe verde
armada de sanguinho, entre quatro pennachos de oiro. • Assim as traz o já
citado manuscripto de Fr. José da Cruz a fl. 88.
DELGADO. Acha-se este appelido
nos principios de Portugal em Paio Delgado, e depois no anno de 1301 vivia na
honra de Lasim Domingos Delgado. São suas armas em campo vermelho um limoeiro
verde, com as raizes e limões de oiro, perfilado do mesmo, e preso no seu
tronco por uma cadeia do mesmo metal um galgo de prata com coleira azul; timbre
o galgo nascente, com um ramo de limoeiro na bôca com limões de oiro, e coleira
azul. Acham-se no livro dos reis de armas.
DEOCAMPO. Escudo xadrezado de
prata e vermelho de tres peças em faxa e quatro em pala. Manuscripto já citado
de Fr. José da Cruz, fl. 81, sem mais noticia.
DESCARÇA. Esta familia é
originaria da Biscaia, d’onde passou a Milão. Ahi fez uma grande casa, da qual
saiu o papa Innocencio XI, e seu sobrinho o principe D. Livio. O primeiro que
passou a Portugal foi Martim Descarça, que viveu em uma sua quinta no sitio de
Laveiras, antigo termo de Lisboa. • São suas armas em campo de prata tres faxas
de vermelho, entre a superior e a domeio tres calices da mesma cór, entre a
segunda e a terceira dois, e um no pé do es cudo, com um chefe partido em pala,
na primeira uma aguia negra estendida em campo de oiro, na segunda em campo de
prata um leão de purpura. Assim as trazia o referido pontifice.
DEUS-DARÁ. Esta familia procede
de Manuel Alvares de la Penha Deus-dará. Este appellido lhe foi dado na occasião
em que se expulsaram de Pernambuco os hollandezes, por conta das faltas de
viveres que experimentava o exercito portuguez, que recorrendo sempre à palavra
Deus-dará, com ela experimentou milagres, infundiu animo e conseguiu que o não
desamparassem os soldados, depois de ter dispendido com eles toda a sua fa
zenda. Em attenção a este e outros muitos serviços, el-rei D. João IV deu a seu
filho Si mão Alvares de la Penha Deus-dará armas novas, que são : em campo de
prata dois bra ços vestidos de verde, saindo dos cantos do chefe, inclinados
para baixo, largando di nheiro de oiro e orata, orla verde com esta letra de
oiro — Deus dará —; timbre um braço do escudo com moedas de oiro na mão.
Acha-se o registro d'esta mercê na Chanc. de el-rei D. João Iv, liv. xv, fl.58
v., e tem a data de 4 de agosto de 1646. V. Archivo, n.º 2285, onde por lapso
se escreveu serem estas armas dos antecessores do agraciado.
DIAS. Não é de admirar que em
muitos appelidos se ignore o motivo porque se lhe deram armas, e ainda quem foi
o sujeito que as ganhou. Achamos nos manuscri ptos dos reis de armas que a um
Domingos Dias se deram estas: em campo vermelhº um braço armado de prata saindo
da parte esquerda do escudo, tendo na mão um elmo do mesmo metal com plumas de
varias côres, sobre ele no alto uma aguia negra, e 0 contrachefe ondado de
agua, de azul e prata; timbre a aguia aberta. Outra memoria do appelido Dias
lhe expõe em armas em campo vermelho uma aspa de oiro, orla d’este metal
carregada de oito aspas sanguinhas; inferimos serem estas ar mas de Castella,
porque ordinariamente lhes não apontam timbre os livros que as trazem
d'aquelles reinos.
DIAS E FIDALG0. Este appelido de
Dias quer Gonçalo Argote de Molina que fosse ganho por Pedro Fidalgo, por matar
dez moiros na conquista do castello de Fiscar; e como dez em castelhano é diés,
esta palavra se converteu em Dias; e porque foi dº noite o caso se lhe deu por
armas em campo azul um grande luzeiro ou estrella de oiro de dez raios,
mostrando tambem neste numero o dos moiros que matou. Assim as traz o dito
Gonçalo Argote de Molina, Nobreza de Andaluzia, fl. 186, e se acham no livro
dos reis de armas.
D0CEM. Esta familia é antiga em
Portugal; d’ella se acha memoria na provin cia do Minho em uma torre chamada de
Pedro Docem, indo do Porto para Matosinhos. São suas armas em campo vermelho um
leão de oiro, orla azul carregada de oito viei ras de prata; timbre o leão do
escudo. Acham-se no livro dos reis de armas.
DOGALD0. Não temos temos mais
noticia d’este appelido do que acharmos lhe o escudo de armas no livro dos reis
de armas. São estas em campo vermelho uma arvore de sua côr, que sae de um mar
que é o con trachefe do escudo, junto á arvore uma cegonha de sua côr armada de
oiro, com uma cobra tambem de sua côr no bico; timbre a cegonha com a cobra.
DOLID. Em campo azul um crescente
de prata com as pontas para baixo, e em cada ponta uma estrella de oiro. Assim
as traz o já citado manuscripto de Fr. José da Cruz, fl. 82.
DO PAU. Tambem não temos outra
noticia d’esta familia mais do que a de achar mos-lhe armas no livro antigo.
São estas o escudo esquartelado com uma cruz de oiro dentada e firme, no
primeiro vão em campo vermelho duas palas de prata, no segundo em azul um leão
de prata, e assim os contrarios; timbre o leão nascente.
DO PÓ0. Legua e meia da villa de
Obidos está o logar que chama do Pó, onde ainda se mostram ruinas de grandes
edificios. Alli fundou pelos annos de 1419, João Annes do Póo, alcaide-mór da
dita villa, o morgado e capella que possuiu no seculo pas Sado Antonio de Brito
da Silva, Era o dito João Annes do PóO filho de Affonso do Póo, ca valeiro
alemão, que veiu a Portugal em tempo de el-rei D. Fernando, cujo vassallo foi,
e alcaide-mór da mesma villa, e d’elle tomou nome o dito logar; foi seu
terceiro neto André da Silveira do Póo, que no anno de 1532 tirou brazão de
suas armas. São estas em campo de prata um leão vermelho agachado, como quem
está descançando, orla vermelha com oito aspas de prata; timbre o leão da mesma
postura e forma da do escudo com uma aspa de prata na espadoa. Fernão do Póo
descobriu a ilha que se ficou chamando do seu nome no anno de 1471. Acham-se no
livro antigo dos reis de armas.
DORIA. Esta familia é a primeira
das antigas vinte e oito familias nobres da re publica de Genova. O seu
merecimento é constante a toda a Europa; d’ella passou á ilha da Madeira um
fidalgo de quem se ignora o nome, mas era tão distincto, que sua filha Leonor
Doria casou na mesma ilha com Ruy Gonçalves de Velloso, filho de Gonçalo Annes
de Velloso, fidalgo escudeiro da casa do infante D. Fernando; e seus
descendentes insti tuiram dois morgados, que no seculo passado administrava seu
oitavo neto Antonio Doria Teixeira. São suas armas o escudo cortado em faxa; a
primeira de oiro e a segunda de prata e sobre ambas uma aguia imperial de negro
com a lingua e unhas de vermelho e cortada; tim bre a aguia nascente ". V.
Archivo, nº 150. 1 Esta descripção torna-se duvidosa por ter letra diferente do
original. — Pegado.
DORIA (outros). São suas armas em
campo de prata nove arruellas de azul pos tas em tres faxas, entre tres ramos
vermelhos de palmas em faxa; timbre uma aspa san guinha com tres flôres de liz
de oiro em roquete. Assim as traz Fr. José da Cruz, no livro que copiou da
Torre do Tombo,
DORTAS, ORTAS ou HORTAS. De todas
estas tres formas escrevem este appel lido, que deve ser Horta, e é oriundo do
reino de Aragão, onde os seus ascendentes tiveram grandes empregos na casa
real, desde o tempo do rei D. Afonso II d’aquelle reino. Pas sou a Portugal com
Pedro de Horta no tempo de el-rei D. Afonso V. São suas armas em campo de oiro
um braço posto em faxa da esquerda para a direita com uma chave azul na mão com
o aro para cima, e o contrachefe ondado de agua; tim bre um braç0 com a chave
do escudo.
DOUTIS e OUTIS. É appelido de uma
familia antiga, tomado do seu solar, que foi a quinta de Outis no julgado de
Vermoim, termo de Barcellos, que uns dizem Doutis e outrOS Outis. São suas armas em campo de oiro seis arruelas
de vermelho em duas palas; timbre uma cabeça de dragão de oiro com uma das
arruelas na testa. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 36.
DOUTIS (outros). Em campo de oiro
uma estrella sanguinha em chefe, e dois besantes, sanguinhos, postos em duas
palas; timbre uma cabeça de drago de oiro com uma estrella sanguinha na testa.
Assim se acham no referido livro de Fr. José da Cruz, fi, 84.
DRAGOS. É familia de Castella,
que passou a este reino na pessoa de João Peres Drago no tempo do Rei D. Afonso
V. O appelido parece tomado de alcunha. São suas armas em campo vermelho dois
dragões de prata passantes com as cabeças voltadas para traz, armados de
sanguinho e postos em fugida; timbre um dos dra gões. Acham-se no livro da
Torre do Tombo, fl. 38.
DULVEIRA e ULVEIRA. Achamos
escripto d'estas duas formas este appelido, que deve ser Ulveira. São suas
armas em campo azul cinco crescentes de prata em santor; timbre uma Onça de sua
cór. E seu solar na freguezia de Santa Eulalia de Ulveira. Acham-se em
Villas-boas e no livro dos reis de armas.
DURÃO. Esta família é do reino de
Leão, porém muito antigo o seu transito para Portugal, porque já no tempo do rei
D. Afonso im deste reino, foi bispo de Evora D. Durão Paes, de quem parece que
é ou foi nome proprio este appelido, e no termo da villa de Obidos ha uma
quinta que se chama de D. Durão. • Achamos varios escudos de armas d’ella, e é
o primeiro em campo vermelho com pe de ondas de azul e prata, um bastão d’este
metal, orla de oiro com tres castellos de ne gro : alguns ramos trazem na orla,
em logar de castellos, oito cabeças de leão de sua côr, alludindo ao parecer de
Fr. Filippe de la Gandara, de que o principio desta familia foi de oito irmãos
que cada um matou seu moiro, e juntos apresentaram as cabeças aº rei D. Ramiro
II de Leão. • O outro escudo é em campo de oiro um leão de sua côr, orla azul
carregadá de oitº rodas de carretas de oiro. Acham-se as primeiras e as
segundas no dito Fr. Filippe de la Gandara nº seu livro Armas e triunfos de
Galiza, e as terceiras constam de um bra zão que vimos passado por Pedro de
Salazar e Girão, rei de armas Cas E" de Filippe IV, em 1651, ao capitão
Francisco Vicente Moreirº UlTAO.
DURMOND ou DRUMOND. A casa e
appellido de Durmond é no reino de Escº cia dos maiores e mais illustres
senhores de Escobal; d’ella foi Anna Bella, rainha do mesmo reino, mulher de
Roberto III; foi irmão da mesma rainha João de Durmond, e filho d’este João
Escocio de Durmond, que passou a Portugal e teve descendencia que se con serva
na ilha da Madeira, São suas armas em campo de oiro tres faxas ondeadas de
vermelho; timbre um libreu de vermelho nascente com uma coleira de oiro.
Acham-se no livro dos reis de armas. V. Archivo, n.º 1813.
DUTRE, DUTRA e UTRA. Este
appellido que se escreve de todas estas tres for mas é Utra. Procede de Job de
Utra, cavalleiro flamengo, criado da infante D. Beatriz, mãe do rei D. Manuel.
Povoou a ilha do Faial, e teve a capitania d’esta e da do Pic0. São suas armas
em campo azul tres besantes de oiro, em roquete, carregado cada um de tres
pontos pretos em contra roquete; timbre um abutre de sua côr armado de oiro. A
cham-se no livro dos reis de armas.
EMAUS. É familia holandeza da
cidade de Saendam occidental, que fica perto da perto da cidade de Amsterdam.
Passou a Portugal pelos annos de 1674 Nicolau Emaus, que vi veu em Lisboa com
uma grande casa, e era filho de Pedro Emaus, e sua mulher Catha rinha Berghen,
pessoas de muito distincta qualidade, e dos principaes que governavam a
republica. Casou o dito Nicolau Emaus com Helena Wanzitar, dos quaes foram
filhos o desembargador do Paço José Pedro Emauz, e André Emauz, e d’este foi
filho o desembar gador José Joaquim Emauz, corregedor do crime da Côrte e Casa.
Consta o referido de uma certidão authentica passada pelos senhores do governo
da cidade de Saendam, em virtude de uma justificação de testemunhas que para
esse efeito inquiriram, a qual foi vista para fazer este assento, e existia em
poder do sobredito José Joaquim Emaus. São suas armas em campo azul um castello
de oiro com portas e frestas de negro, e contrachefe ondado de agua de prata;
timbre o mesmo castello". 1 Esta descripção torna-se duvidosa por ter letra
diferente do original. — Pegado.
ENCERRAB0DES. Esta familia é da
provincia do Alemtejo; na villa de Olivença teve pessoas muito distinctas,
d’onde passou para a de Arruda. São suas armas em campo de oiro uma aguia negra
estendida armada de azul, chefe vermelho com duas columnas de prata postas em
aspa; timbre uma aza da aguia. Acham-se no livro dos reis de armas.
ESCOVAR. Esta familia é de
Castella, onde tem casa e solar; passou a Portugal no tempo de el-rei D.
Affonso v, e no tempo de el-rei D. Manuel á ilha da Madeira. São suas armas em
campo de prata cinco escovas de azul, em santor, com correas ver melhas; timbre
um braço vestido de Verde com uma escova na mão. Em Castella trazem em campo de
oiro as escovas de verde. Acham-se no livro dos reis de armas.
ESCUDEIRO. É familia antiga das
montanhas de Burgos, onde tem casa e solar conhecido, junto á villa de Espinosa
de los Monteros. Passou a Portugal Pedro Escudeiro de Lugo, cujos filhos
casaram na cidade do Porto e se aparentaram com os Seixas da II]CSII13. São
suas armas em campo de oiro um leão de sua côr coroado de vermelho, orla azul
carregada de oito estrellas de oiro de oito raios; timbre o leão do escudo.
Assim as traz o chronista Barahona no seu Rosal de Nobleza, fl. 144.
ESMERALDO. Os Esmeraldos são oriundos de
França, na provincia de Artois. Passou a Portugal João Esmeraldo no tempo de
el-rei D. Manuel, e no anno de 1508 se lhe passou brazão em Malinas, que
apresentou neste reino, com as armas dos Esmeral dos de Levargua da casa de
Firnes, e dos senhores de Norduchel, que são : escudo es quartelado; no
primeiro as dos Esmeraldos, em campo de prata uma banda negra; no segundo as de
Levargua, em campo azul uma faxa de oiro com ameias; no terceiro as da casa de
Norduchel, em azul uma banda de prata tambem com ameias; no quarto as de
Firnes, em campo de prata um leão negro, e semeado o escudo de bilhetes da
mesma côr negra em roda do leão, e atravessado com uma cotica vermelha, que
passa por cima do leão em contrabanda; timbre o mesmo leão ". 1 Esta mercê
foi confirmada por el-rei D. Manuel em Evora a 16 de maio de 1520, e acha-se
regis trada no liv. vi de Misticos, fl. 174 v. Differe na descripção do
referido brazão. — Pegado.
ESPANHA. É familia do reino de
Galliza, e tem por armas em campo de prata um cacho de uvas roxo, ou de sua côr
com suas parras. Acham-se no já citado livro de Fr. José da Cruz, fl. 92.
ESPARRAGOSA. Procedem de D.
Christovão Esteves de Esparragosa, desem bargador do Paço de el-rei D. João
III, que em attenção aos seus serviços o fez fidalgo de solar da sua quinta de
Valle de Pinta de Esparragosa, no termo de Santarem, e lhe deu por armas em
campo azul um castello de prata com portas e frestas de verde, e um leão de
ºitº com as mãos á porta; timbre o castello com um ramo de espargo na torre do
II1910 ". Acham-se no livro dos reis de armas, V. Archivo, n.° 494. 1 Esta
mercê foi feita por D. João III em Evora a 3 de novembro de 1533, e acha-se
registrada na Chanc. do dito rei, liv. xLvI, fl. 104. — Pegado. •
ESPINDOLA. V. Spinola.
ESPINOLA. A familia Spinola ou
Espinola é uma das vinte e oito nobres da re publica de Genova. Passou a
Hespanha, e desta a Portugal Lucano Spinola, que fez regis trar o seu appellido
e armas nos livros da nobreza. São estas em campo de oiro uma faxa xadrezada de
vermelho e prata de tres peças em pala, sobre o campo de cima pegado á faxa uma
especie de ponta de lança flordelizada de vermelho; timbre um ramo de
espinheiro de vermelho". Alguns trazem em logar da ponta da lança
flordelizada um ramo de espinheiro tambem vermelho. Acham-se em Gonçalo Argote
de Molina. P 1 # mercê está registrada no liv. das Ilhas, fl. 185, e tem
diferença na descripção das armas egaao. ESPINOZA. Tem por armas o escudo
cortado em faxa; a primeira partida em pala, na primeira d'estas em campo
vermelho um ramo de espinheiro de sua côr florido e perfilado de oiro, com
raizes de prata, na segunda no mesmo campo vermelho um leão de oiro; a segunda
faxa de prata, com uma corneta de caça de negro, com os bocaes de oiro e
cordões de vermelho; timbre o leão do escudo com um ramo de espinheiro na
garra. • Acham-se no livro dos reis de armas.
ESQUIVEL. Esta familia tem o seu
solar em Cantabria, onde é muito conhe cida; d’ella foi o santo prelado D.
Francisco de Esquivel, arcebispo de Calher, na ilha de Sardenha, e o santo
martyr Fr. Jacinto do Rosario, da ordem de S. Domingos. • São suas armas o
escudo partido em pala; na primeira em campo de oiro uma agula de sua côr, com
um coelho de sua côr nas unhas, na segunda em campo azul tres faxas de oiro;
timbre a aguia com o coelho do escudo. Assim se encontram em uma memoria de
José Freire Monterroio Mascarenhas.
ESSA ou DEÇA. Este appelido
escrevem uns com E e outros com D. Deve ser Deça, nome de uma villa no reino de
Galliza, de que foi senhor D. Fernando Deçº, filho do infante D. João, que era
filho do rei D. Pedro I de Portugal, e da rainha D. Ignez de Castro, o qual
andou muitos annos fugitivo em Castella; passaram depois seus descºn da Canha e
LOUVre. São suas armas as antigas de Portugal, em campo de prata os cinco
escudetes de azul em cruz, os das ilhargas com os redondos para o centro,
carregados cada um de nove besantes de prata em tres palas com um cordão como o
de S. Francisco com os nós de oiro, posto em cruz em aspa e em orla que cubra
quatro dos besantes em cada escudo excepto no do meio, que passa por baixo
d'elle; timbre uma aguia azul estendida armada de oiro com cinco besantes das
armas no peito. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 10.
ESSAS, GALLEGOS. Em campo de oiro
uma cruz sanguinha aberta e floreteada; escudo com duas orlas, a primeira de
prata com oito caldeiras de negro, a segunda tam bem de prata com tres aspas de
oiro coticadas de negro; timbre uma aguia azul aberta com cinco besantes de
oiro. Acham-se no referido livro de Fr. José da Cruz, fl. 90.
ESTEVENS. O appelido de Estevens
é derivado do nome proprio Estevão; d'elle achamos duas familias, uma que
procede de Lopo Esteves de Olivença, cavaleiro do rei D. Afonso V, a quem
serviu em Alcacer, Arzila, Tanger e Ceuta, e em remunera ção d’estes serviços
lhe deu o mesmo rei armas, que são em campo vermelho uma aguia de prata
estendida armada de preto; timbre a mesma aguia ". Os que procedem de
Leonardo Esteves trazem em campo de prata nove flôres de liz vermelhas, em tres
palas, timbre uma das flôres de liz; assim o diz Villas-boas, trocando o nome
de Leonardo em Lourenço; porém nós vimos um brazão passado a Henrique Es
tevens, em 31 de agosto de 1540, em que mostra ser filho de Henrique Esteves,
neto de João Esteves, e bisneto do dito Leonardo Estevens, no qual dá por armas
em campo de ouro treze flôres de liz, em tres palas, que vem a ser cinco na do
meio e quatro em cada uma das ilhargas, todas vermelhas; timbre uma das ditas
flôres. Assim as traz José Freire Monterroio em uma memoria que vimos d’elle. 1
Esta mercê feita a Lopo Esteves, acha-se registada na chancellaria de D. Afouso
v, liv. xxI, fl. 14 v. e liv. III de Misticos, fl. 12 v., e tem a data de 8 de
novembro de 1471. — Pegado.
ESTEVENS, de BUDALDE. Procedem de
João Lourenço de Budalde Estevens, alferes-mór de D. João I. Seus descendentes
se estabeleceram na Villa de Veiros, d’onde passou para Lisboa Gaspar Rodrigues
Paes Estevens, que em 1666 requereu brazão de SU13S dTII]3S. São estas em campo
de prata uma flôr de liz vermelha com duas espigas da mesma côr saindo d’ella;
timbre um leão de prata nascente armado de vermelho, com a flôr de liz do
escudo na espadoa. Assim as achamos no dito brazão; alguns põem por timbre só a
flôr de liz.
ESTEVES. M. N. feita a Lopo
Esteves pelos muitos serviços prestados em Al cacer, Arzilla e Tanger. Escudo
de purpura com uma aguia estendida de prata, armada de preto. V. Archivo, n.º
1723.
ESTRADA e DUQUE. Procedem de
Grimaldo, duque de Brabante e de Estra len, que vendo-se perseguido do seu tio
Carlos Martel, em França, passou a Hespanha onde serviu na guerra contra os
moiros, e seus descendentes conservando o titulo de duques de Estralen, ficou
depois em appelido, corrompendo o Estralen em Estrada, cha mendo-se ora Duques
ora Estradas. Passaram a Portugal a primeira vez na pessoa de Annião da
Estrada, companheiro do conde D. Henrique.—V. D. Francisco Piferrer, no seu Nobiliario
Espanhol, impresso em 1859, tom. III, p. 255. Passaram segunda vez na pes soa
de João de Estrada em tempo de el-rei D. Afonso v; e ainda terceira vez na
pessoa de João Duque Estrada, com o cardeal Alberto, archiduque d'Austria, no
tempo do go verno castelhano. São suas armas o escudo em pala, na primeira em
campo de oiro uma aguia de negro aberta e coroada da mesma côr, na segunda em
azul tres bandas de oiro carregadas de sete arminhos negros, tres na primeira e
dois em cada uma das outras; timbre a aguia. Acham-se em D. João Flores de
Ocaris, no tomo I das suas Genealogias do novo reino de Granada, arv. I, p.
303.
ESTURIAS e RIAS. Tem esta familia
por armas em campo de oiro duas faxas de azul ondadas de prata, orla de prata
carregada de cinco cabeças de serpes de Verde cortadas em sangue e com as
linguas sanguinhas; timbre uma das cabeças com a b0ca virada ou aberta para
cima *. Acham-se no Cartorio da Nobreza, e em Villas-boas. 1 Esta descripção
torna-se duvidosa por ter letra diferente do original. — Pegado.
EVANGELHOS. Este appelido foi
originado ou da verdade que tractava o pri meiro sujeito que o tomou, ou da
asseveração com que intimava o que dizia ou queria persuadir, dizendo que a sua
palavra era um Evangelho; do que procederia dar-se-lhe a alcunha de Evangelho,
que seus descendentes continuaram em appellido, e tomaram por armas as
insignias dos quatro Evangelistas. São estas em campo azul uma cruz de oiro
firmada, e nos vãos cada um com seu be sante de prata, no primeiro uma aguia da
sua côr, no segundo um anjo vestido de Ver melho com azas verdes, no terceiro
um boi de sua côr, e no quarto um leão tambem de sua côr; timbre dois braços
vestidos de verde, entre elles o livro dos Evangelhos, que se guram com as mãos
pela parte de cima. Acham-se no livro dos reis de armas.
EVELIN. A familia deste appelido
é originaria de França; passou á conquista da Terra-santa com Roberto, duque de
Normandia, onde Balduino rei de Jerusalem, lhe deu a cidade de Baruth, que
possuiram seus descendentes. Passaram a Chypre e perden do-se aquela ilha foram
para Ruan de França, d’onde foi Carlos Evelin, que vindo por capitão de
cavallos a Portugal servir el-rei D. Afonso VI contra Castella, foi depois resi
dente de França, e casou neste reino, onde deixou descendentes. São suas armas
em campo de oiro um leão de azul; chefe vermelho com uma cruz de Jerusalem de
oiro; timbre o leão do escudo. Assim as communicou José Freire Monter roio
Mascarenhas.
FAFES. O conde D. Pedro dá por
tronco a esta familia o conde D. Fafes Luz, cujo nome é uma abreviação de
Fafiole, que seus descendentes continuaram em appelido. Passou o dito D. Fafes
Luz a Portugal com o conde D. Henrique, e foi seu alferes: n㺠sabemos que hoje
exista este appelido, talvez porque seus descendentes seguiriam outr08. São
suas armas o escudo partido em pala; a primeira xadrezada de oiro e vermelhº,
azul e quatro de oiro; timbre um sol de oiro. Acham-se no livro da Torre do
Tombo, fl. 20.
FAGUNDES. Procedem de Gil
Fagundes natural de Merufe no julgado da Feira, de quem fala o conde D. Pedro,
Nobiliario, fl. 337, o qual procedia dos conquistadores da villa de Chaves, e
em commemoração disto pozeram por armas em campo de prata cinco chaves de azul,
postas em santor; timbre duas chaves em aspa atadas com um tor çal de prata.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 40.
FAJARDO. Os Fajardos são
originarios do reino de Galiza, tiveram solar na villa de Santa Martha de
Ortigueira, de que foram senhores: acharam-se na conquista do reino de Murcia,
passaram a Portugal no tempo de el-rei D. Affonso V, e fizeram assento na villa
de Penella. São suas armas em campo de oiro tres pés de Ortigas de verde sobre
tres montes de sua côr, que saem de um mar, que é o contrachefe; timbre meio
urso de oiro, com um ramo de Ortigas na mão direita. Acham-se no livro dos reis
de armas.
FALCÃO. Temos achado que esta
familia não procede de João Falcão, capitão inglez que veiu ajudar el-rei D. João I, como diz Villas-boas, e o
seguem muitos aucto res, porque no anno de 1104 da era de Cesar fez Falcão Paes
doação ao prior de S. Miguel de Pendorada, chamado Miguel, e a seus monges, de
Villa-Septa, como consta do cartorio do mesmo convento, alegado pelos
antiquarios Fr. Bernardo de Braga e Gaspar Alvares Lou sada: de maneira que
este appelido não é alcunha e sim patronimico, porque se acha Pedro Falcão,
morador em Chaves, no tempo de el-rei D. Diniz, e no de el-rei D. Pedro I vivia
em Evora Lourenço Annes Falcão, e o dito rei lhe coutou a sua herdade de Alva
randeus, que el-rei D. Fernando lhe confirmou em 1405 da era de Cesar, muitos
annos antes de vir a Portugal o dito João Falcão. • São suas armas em campo
azul tres bordões de Sant'Iago de prata, com os nós ver melhos e ferrados de
oiro, postos em pala; timbre um falcão de sua côr, com um dos bordões no bico e
pé direito. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 14.
FARIA. A familia dos Farias é tão
antiga, que se acha desde o tempo dos roma nos, e desde os nossos primeiros
reis até D. Fernando tiveram grandes empregos. O ap pellido foi tomado do
julgado de Faria, no termo de Barcellos; produziu sujeitos nas le tras e nas
armas os de maior nome, e pertence o seu sangue a muitas casas das primei ras
d’este reino. - São suas armas em campo vermelho um castello de prata, com
portas e frestas de ne gro, entre duas flores de liz do mesmo metal, e tres em
chefe; timbre o castello do es cudo, com uma flor de liz acima do torre do
meio. | Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 17.
FARINHA. Esta familia deve a sua
varonia á dos Goes, e o appelido á quinta de Farinha, de que eram senhores,
sita no julgado de Pena-cova, junto ao logar de Paradella. • São suas armas em
campo azul nove besantes de prata, em santor, e nos quatro an gulos quatro
cruzes de oiro floridas e vasias; timbre seis espigas de trigo de oiro atadas
com um torçal azul. Acham-se no livro dos reis de armas. LXVI
FARO – FEIJÓ FAR0. Deduzem os
Faros a sua varonia da serenissima Casa de Bragança, hoje reinante, porque D.
Fernando I de nome e segundo duque, teve entre outros filhos a D. Affonso, a
quem el-rei D. Affonso V fez conde de Faro, e por este motivo tomaram os seus
descendentes o nome d’esta cidade por appelido, como foram os condes de 0de
mira, e depois os do Vimieiro. São suas armas em campo de prata uma aspa
vermelha com cinco escudos das quinas de Portugal, sem a orla dos castellos;
timbre um cavallo de prata nascente bridado de oiro, com correas vermelhas, e
tres lançadas no pescoço, ou feridas de lança deitando Sangue. Acham-se no
livro dos reis de armas.
FAROS, de BISCAIA. Tem por armas
em campo de prata um carvalho verde. Acham-se no livro manuscripto de Fr. José
da Cruz, fl. 96.
FAROS, de CASTELLA. Escudo
partido em pala; na primeira em campo azul um crescente de prata, com as pontas
para baixo; na segunda de oiro tres bastões san guinhos. Acham-se no já citado
manuscripto de Fr. José da Cruz, fl. 97. FAYA. É familia d’este reino, que
existia no anno de 1651, em que se passou brazão de armas a Manuel Gomes Faya.
São estas em campo de prata uma arvore, faya, de sua côr; e junto d’ella um
lobo de sua côr, armado de vermelho; timbre o lobo. - Acham-se no livro dos
reis de armas. Villas-boas traz outras que n'elle se podem ver.
FAZENDA. Este appelido se deu a
João Afonso da Fazenda, por ter emprego no tribunal d’este nome, e outros da
fazenda real. São suas armas em campo vermelho um cardo verde perfilhado de
oiro florido e com raizes de prata, e em orla um cordão de S. Francisco, de
prata; timbre o mesmo cordão. Acham-se no livro dos reis de armas.
FEBO MONIZ. V. Moniz de
Luzinhano.
FEIO. Este appellido, que primeiro foi alcunha, deve a sua
ascendencia aos Ataides. Tem n’este reino o morgado de Monte-redondo. São suas
armas em campo de prata tres bandas vermelhas; timbre um leão de prata armado
de Vermelho com as tres bandas do escudo. Acham-se no livro dos reis de armas,
e tambem no brazão que se passou em 1583 a Paulo Cabral de Castello-branco.
Villas-boas lhe dá em campo azul tres bandas vermelhas coticadas de oiro.
FEIJÓ. Os Feijós são do reino de
Galliza. Os primeiros que tiveram este appel lido foram os filhos do conde D.
Thebaldo, descendente da casa dos condes de Cela-nova. Passaram a Portugal,
onde lhe achamos dois escudos de armas: é o primeiro (que di zem ser dos de
Galiza) em campo vermelho seis besantes de oiro, em duas palas, entre elles uma
espada de prata com os copos de oiro, em pala, com a ponta para cima; tim bre a
espada com um ramo de feijoeiro florido de sua côr, em aspa. É o segundo em
campo azul tres faxas vermelhas coticadas de oiro; timbre um leão de prata
bandado e armado de vermelho. As primeiras acham-se no livro dos reis de armas,
Villas-boas traz as priº Ineiras e as segundas.
FEITAL. É appelido tomado do nome
da freguezia do Feital, no bispado de Viseu, d’onde saiu o primeiro que o teve.
Não se encontrou até agora a fórma das armas ou brazão d’este appelido.
FERNANDES. V. Sena Fernandes,
FERNANDES. Tem por armas em campo
azul uma torre de oiro com seis bom bardas de sua côr, duas em baixo e quatro
em cima. D'esta forma se passaram em um brazão a Jeronymo Martins Fernandes, a
21 de outubro de 1789. Timbre a mesma torre.
FERNANDES, DAS ASTURIAS. Em campo
azul cinco flores de liz de oiro pos tas em santor; orla sanguinha carregada de
oito aspas de oiro : tem seu solar nas Asturias. Acham-se no já referido livro
de Fr. José da Cruz, fl. 109.
FERNANDES, de DIOGO FERNANDES
CORREA. Este escudo acha-se no livro dos reis de armas, a saber: esquartelado,
no primeiro quartel em campo de oiro uma aguia negra de duas cabeças armada de
vermelho com um crescente de prata nos peitos; no segundo em vermelho tres
escudetes de prata, cada um com sua cruz sanguinha, como as de S. Jorge, postos
em roquete; no terceiro em campo vermelho um castello de prata; no quarto em
campo vermelho tres vieiras de prata em roquete; timbre uma aguia nas cente
negra, de uma só cabeça, com um dos escudetes do segundo quartel no bico, pen
durado por um torçal vermelho. Estas foram as armas dadas pelo imperador
Maximiliano I, rei dos romanos, a Diogo Fernandes Correa, em 15 de junho de
1509. V. Archivo, n.° 549.
FERNANDES, de JOSÉ GABRIEL
FERNANDES. M. N. a José Gabriel Fernan des por alvará de 4 de janeiro de 1871.
—Escudo esquartelado, tendo o primeiro superior da direita carregado com uma
aguia bifronte de negro, estendida, armada de vermelho, e com um crescente de
prata, apontado para cima, no centro do peito, e sobre campo de oiro; o segundo
superior da esquerda carregado com uma cruzeta de oiro concentrada por tres
crescentes de prata apontados para cima, e colocados em roquete sobre campo
vermelho; o inferior da direita contendo uma fortaleza de prata firmada em
contrachefe, cosido de verde e pardo, sobre campo vermelho; e finalmente o
segundo inferior da es querda carregado de tres vieiras de prata colocadas em
roquete sobre campo azul celeste; timbre uma aguia negra andante, armada de
vermelho, e assim o paquife, quando o quei ram; elmo de prata liza decorado de
oiro lavrado, e forro azul celeste. • V. Archivo, n.º 1525.
FERRAZ. Acha-se este appelido
desde o tempo dos reis D. Sancho II e D. Afonso III. Teve a apresentação de
sete egrejas, de que ainda conservam tres. O escudo de suas armas se acha em
grande confusão. O livro dos reis de armas traz em campo vermelho seis besantes
de prata em duas palas, cada um com tres faxas ou gretas de negro; timbre cinco
besantes como os do escudo em santor; no brazão que se passou em 1667 a Luiz
Ferraz de Sousa, alcaide-mór do Redondo, tem em campo azul seis torteaus de
vermelho perfilados e faxados de oiro; outros trazem estes torteaus em campo de
prata sem o perfil, e Villas-boas traz em campo vermelho seis besantes de oiro
faxados de duas faxas de negro.
FERREIRA. A familia de Ferreiras
descende de D. Fernando Alvares Ferreira, rico-homem do rei D. Sancho I de
Portugal, em cujo tempo passou de Castella a este reino; viveu no concelho de
Aguiar de Sousa em uma casa que de seu appellido se ficou chamando paço de
Ferreira, e era descendente dos condes das Asturias de Santilhana; o appelido foi
tomado de uma villa chamada de Ferreira, que está no reino de Leão em terra de
Campos a que hoje chamam Herrera, de sorte que os Herreras de Castella e os
Ferreiras de Portugal tem a mesma origem. São suas armas em campo vermelho
quatro faxas de oiro; timbre uma ema de sua côr com um ferradura de oiro no
bico. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 19.
FERREIRA TABORDA. M. N. a Nuno
Augusto de Brito Homem Ferreira Ta borda, e Bento Maria de Brito Homem Ferreira
Taborda, por alvará de 28 de abril de 1865.—Escudo esquartelado, sendo o
primeiro superior da direita carregado de cinco qua dernaes compostas cada uma
de quatro crescentes de prata apontados para o centro, e colocadas em aspa
sobre campo vermelho; o primeiro superior da esquerda interceptado por tres
faxas de purpura sobre campo de prata; o primeiro inferior da direita
interceptado por cinco braceletes azues sobre campo de oiro orlado de prata
mosqueada de arminhos negros, e com uma espada de oiro fimbrada de negro e
colocada em faxa sobre o chefe; o segundo inferior da esquerda interceptado por
uma banda vermelha encabeçada por duas cabeças de serpente de oiro e fimbrada
do mesmo metal sobre campo verde; elmo de prata lisa com a viseira aberta e
decorada de oiro lavrado; virol decorado de prata e verme iho, e por timbre uma
aza de aguia vermelha carregada com uma das quadernas do escudo.
FERRER. Nos coutos de Alcobaça ha
um logar maritimo a que chamam Fer rer, e bem póde ser que o primeiro que assim
se appelidou fosse d’aquelle logar. Com: tudo, D. Francisco Pillerrer no seu
Nobiliario, tom. Iv, pag. 18, trata largamente desta familia. Tem por armas em
campo vermelho um elephante de prata com sua tromba; timbre o mesmo elephante.
Acham-se no livro dos reis de armas.
FERRÃO. Parece ser este o mesmo
appelido que Ferraz, porque no livro dos reis de armas lhe achamos o mesmo
escudo, que é seis besantes de prata com faxas de preto em campo vermelho;
porém Villas-boas diz que é distincta esta família, e dá-lhe por armas em campo
de prata cinco torteaus vermelhos com ferrões azues, postos em san tor; timbre
um leão de oiro.
FIALHO. A familia de Fialhos
tinha em Thomar uma capella instituida por Si mão Preto para andar no clerigo
seu parente mais chegado; como se acabou a linha to mou a Misericordia a si a
apresentação. No logar da Fanacha, junto á villa de Obidos, ha gente deste
appellido. | Trazem por armas em campo azul tres mundos de oiro em roquete,
cada um com sua cruz do mesmo metal no remate; timbre um dos mundos. Acham-se
no livro dos reis de armas, em Villas-boas, e no livro da Torre do Tombo, fl.
32.
FIGUEIRA e FIGUEROA. É tudo a mesma
familia, que passou de Galiza a Portugal na pessoa de Gonçalo de Figueroa, que
neste reino se chamou Gonçalo Figueira. São suas armas em campo de oiro cinco
folhas de figueira de verde, em santor; timº bre um braço vestido de vermelho,
com um ramo de figueira na mão. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 34.
FIGUEIRA CHAVES. No livro de
armaria da Torre do Tombo, e no dos reis de armas se acha este escudo de armas
dos Figueiras: em campo de oiro cinco folhas chaves do escudo em aspa atadas
com um ramo de figueira. Este escudo pertence ao ramo que se liou com os
Chaves.
FIGUEIREDO. Os Figueiredos tem a
mesma origem dos Figueroas, por des cenderem destes, e por terem casa em
Figueiredo das Donas. Tomaram o appellido de Figueiredo, e as suas armas com
pouca differença. São estas em campo vermelho cinco folhas de figueira de
verde, nervadas e perfiladas de oiro, postas em santor; timbre dois braços de
leão de vermelho, em aspa, cada um com sua folha de figueira na garra. Acham-se
no livro dos reis de armas.
FIGUEIREDOS, de JOÃO DE FIGUEIREDO. Não
podémos descobrir d’este es cudo mais do que a sua forma. É ele partido em
pala; na primeira em campo azul uma torre de prata, com porta e duas frestas de
vermelho, e com ameas; do alto destas saem duas bandeiras de prata, cada uma
com sua cruz como as da ordem de Christo, de ver melho, uma para cada lado, e
das duas frestas saem outras duas bandeiras da mesma forma, uma para cada lado;
na segunda pala as dos Figueiredos, em campo vermelho cinco folhas de figueira
verdes, nervadas e perfiladas de oiro, postas em santor; timbre dois braços de
leão de vermelho, em aspa, cada um com sua folha de figueira na garra. Estas
armas foi accrescentamento, porque se fôra aliança não havia de tomar o timbre
da segunda pala, mas sim o da primeira. (As hastes das bandeiras são de oiro).
FILGUEIRA. Esta familia começou a
apparecer no tempo de el-rei D. Pedro I em Lourenço Filgueira, alcaide-mór do
castello de Frojam por mercê do mesmo rei, e depois vassallo de el-rei D. João
I. Parece ser o solar desta familia o concelho de Filgueira. São suas armas em
campo azul nove lisonjas de prata, em tres palas; timbre um lobo nascente de
azul, lisonjado de prata. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 27.
FILIPPE. Trazem por armas em campo
de prata seis rosas de sua côr, com fo lhinhas verdes, em duas palas, orla
verde com dez aspas de oiro; timbre uma aspa do escudo com tres rosas das
armas. Acham-se no livro dos reis de armas, e as vimos no registro do brazão
que se passou a João Brestrollo Filippe em 1608. FLORES. Flores é um
patronimico derivado de Froilas; a familia d’este appel lido descende de D.
Fruela Ruy, titular das Asturias, pae do rei D. Bermudo I de Leão. São suas
armas o escudo partido em pala; a primeira de azul semeada de flores de liz de
oiro, com um mantel de prata carregado com um leão vermelho; a segunda de ver
melho com seis caldeiras de oiro em duas palas, orla azul cheia de cruzes de
prata como as de Malta; timbre um porco espinho negro, com espinhos de oiro.
Acham-se d’esta forma no livro dos reis de armas. Villas-boas nas armas que
descreve a esta familia troca a primeira pala, pondo-lhe o campo de prata com o
leão vermelho, e o mantel azul semeado de flores de liz de oiro, no mais
conforma-se com o que fica exposto. Gonçalo Argote de Molina dá a esta familia
por armas em campo azul cinco flores de liz de oiro, em Santor. D. João Flores
de Ocaris traz um catalogo de sujeitos distinctos d’esta familia. V. \"#
de Andaluzia, liv. II, cap. c, e D. João Flores, tom. 1, arv. II, . 366.
FOGAÇA. Esta familia dos Fogaças
é antiquissima em Portugal: já em tempo de el-rei D. Afonso Henriques apparece
Pedro Fogaça confirmando no anno de 1133 uma doação que o dito rei, então
infante, fez de um seu reguengo ao mosteiro de S. Romão de Neiva no mez de
setembro do anno acima. No tempo dos reis D. Pedro, D. Fernando e D. João I
apparece Lourenço Annes Fogaça, que foi chanceller-mór de el-rei D. Fernando e
seu vas sallo, embaixador a França por mandado deste rei a tractar da liga que
queria fazer com Luiz, duque de Anjou, contra o rei de Aragão, etc., e depois o
mandou tambem na mesma qualidade a Inglaterra a concluir a vinda do conde de
Candbrix a este reino, o que teve efeito como se pretendia. Depois por mandado
de D. João I voltou a Inglaterra a tractar negocios do estado em companhia do
mestre de Sant'Iago D. Fernando Affonso de Albu querque. Foi vedor da rainha D.
Filippa, alcaide-mór de Lisboa, senhor de Odemira e de um reguengo em Sacavem.
Casou com Leonor Rodrigues de Albergaria, filha de Alvaro Vasques de
Pedra-alçada, irmão de Gonçalo Vasques de Pedra-alçada, escrivão da puri dade
de el-rei D. Pedro I. Ha varias armas da familia dos Fogaças: as primeiras que
achamos são: o escudo fran xado; no primeiro e ultimo quarteis em campo
vermelho cinco palas ou bastões de oiro, que alcançam um e outro quartel, nos
dos lados em campo de oiro uma fogaça em cada um de azul, realçada de prata;
timbre um feixe de lenha ardendo. As de Antonio Fogaça são : escudo de oiro com
tres rosas de sua côr, com os pés e folhas verdes, postas em roquete; timbre um
fogacho ardendo.
FONSECA. Esta familia, a dos Tavares e a dos
Coutinhos teem todas as mes mas armas e só diferem nos timbres, porque todos
procedem do mesmo tronco. D. Mou sinho Viegas, o Gasco, tomou o appellido da
honra de Fonseca. São suas armas em campo de oiro cinco estrellas sanguinhas de
cinco raios, postas em santor; timbre um toiro vermelho armado de oiro e uma
estrella do mesmo na espadoa. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 19. V.
Archivo, nº 495.
FONTAINHAS. M. N. ao visconde das
Fontainhas, José Cordeiro Feyo, por al vará de 14 de novembro de 1865 — Escudo
esquartelado, sendo o primeiro superior da direita carregado com quatro
cordeiros de prata andantes e acantônados sobre camp0 verde; o primeiro
superior da esquerda interceptado por tres bandas de prata sobre campo de
purpura, e assim o seu alterno; o segundo inferior da esquerda carregado com
cinco estrellas de oiro de seis raios cada uma e colocadas em cruz sobre campo
azul; coronel de visconde. V. Archivo, n.º 1490.
FONTANA. Parece ser familia de
Castella. São suas armas em campo verde e florido uma fonte de prata redonda
com duas bicas de que corre agua, a fonte levantada e duas aguias de oiro
bebendo no chafariz da mesma fonte, coroadas; a agua corre por duas bicas, e a
côr do alto do escudo é azul celeste.
FONTES. Esta familia é da
provincia do Alemtejo. São suas armas partidas em pala; na primeira em campo de
prata tres faxas de azul, cada uma com tres flores de liz de oiro, em faxa,
orla vermelha com oito aspas de oiro; na segunda pala em campo verde uma banda
de prata lisa. Acham-se no livro dos reis de armas.
FONTOURA. É familia das Asturias,
d’onde passou a Portugal João de Fon toura, fidalgo muito principal, que se estabeleceu
na província de Traz-os-montes, foi seu filho Manuel de Fontoura, que serviu a
Casa de Bragança, e seus descendentes se espa lharam por varias terras, e passaram
tambem á America. de oiro redonda e alta, de que corre agua na bacia por duas
bicas; na segunda em campo de prata uma arvore de sua côr e um estandarte
vermelho com haste de oiro mettido na arvore, junto d'esta um libreo preto
preso á mesmo arvore por uma cadea de oiro.
FORTES. Teve sempre esta familia
homens notaveis por armas; descendem de Fortes Bermudo ou Fortum Bermudo, cujo
nome depois se converteu em appelido. São suas armas em campo vermelho um
castello de prata, e á porta d'elle um homem armado de armas brancas, com uma
lança de oiro na mão e ferro de negro, orla lisa de azul; timbre um braço
armado com uma lança como a do escudo. Acham-se no referido livro de Fr. José
da Cruz, pag. 656. V. tambem Astu ria illustrada, etc.
FOYOS. Esta familia veiu de Castella, tomou o
appelido do logar de Foyos, que foi o seu solar. Gomes Garcia de Foyos foi o
primeiro que veiu a Portugal, no tempo de el-rei D. Fernando, e el-rei D. João
I lhe fez mercê dos senhorios de varias terras; foi d’ella o secretario de
estado Mendo de Foyos Pereira e outras mais pessoas e prelados de grande
litteratura. São suas armas em campo azul uma banda de oiro mettida nas bôcas
de duas cabeças de serpes do mesmo, armadas de vermelho, orla de prata com oito
arminhos de negro. Acham-se sobre a porta da magnifica sachristia do convento
da Graça, em Lisboa, que fez o dito Mendo de Foyos Pereira.
FRADE. É familia de Portugal, o
appelido é o patronimico de Fradique, ou Frade Valdrique como nos primeiros
seculos se usava. El-rei D. Afonso V deu armas a Alvaro Affonso Frade por carta
passada em 8 de novembro de 1471 *. São
elas o escudo esquartelado com uma cruz vermelha; no primeiro quartel em azul
um besante de prata; no segundo em prata uma estrella vermelha, e assim os
contrarios; o contrachefe ondado de agua; timbre uma aspa vermelha com uma
estrella de prata. V. Archivo, n.º 38. 1. Acha-se este registro na Chanc. de D.
Afonso v, liv. xxI, fl. 14, e liv. III de Misticos fl. 12. Difere na descripção
do brazão. — Pegado.
FRAGOA ou FRAGA. Esta familia é
oriunda da provincia da Beira, e passou de pois para a comarca de Viseu e para
a ilha Terceira. Ignora-se a sua antiguidade; mas já no anno de 1481 era juiz
das sisas e direitos reaes João de Fraga, por mercê de el-rei D. Affonso V. • O
appellido parece derivado das suas armas, que são : em campo de prata um monte
de sua côr, ardendo em chammas de fogo; timbre o mesmo monte. Acham-se no livro
dos reis de armas.
FRAGOS0. É familia oriunda de
Genova, e tão illustre, que d’ella foi eleito du que e governador da republica
Domingos Fulgoso no anno de 1370. Teve muitos caval leiros e cardeaes, porém
fizeram-se tão asperos e soberbos, que lhes mudaram o appellido de Fulgosos em
Fragosos, e os perseguiram os Adornos, que era outra familia poderosa de quem
fugiu para Portugal Pedro Fragoso, filho de Octaviano Fragoso, duque d'aquella
republica, e el-rei D. João III lhe fez algumas mercês. Os de Portalegre são
muito mais antigos, porque no tempo de el-rei D. Diniz já os havia. São suas
armas em campo azul tres soes de oiro com seus raios do mesmo, postos em
roquete; timbre um lobo cerval de sua côr. Acham-se no livro dos reis de armas.
FRANÇA ou FRANCA. Destes
appelidos França, Franca, Franqui e Franco achamos varios escudos de armas com
tal confusão, que é dificultoso discernir qual d'el 'les pertence a cada um.
Villas-boas dá aos Franças e Franquas (que escreve com qu para melhor se
entender de que familias fala) em campo de prata quatro palas de verde,
atravessado o escudo com uma banda d’estes esmaltes, o que cae sobre o campo de
prata é de verde, e o que cae sobre as palas verdes é de prata; timbre duas
azagaias verdes em aspa, atadas com uma cinta de prata e os ferros de sua
côr. José Freire Monterroio, em uma
memoria que d’elle vimos, diz que os Franças proce dem de João de França, filho
bastardo de João de França, segundo do nome, duque de Alençon, que vindo a este
reino n’elle casou e deixou filhos com o appelido de Franças; e que suas armas
são : em campo azul flores de liz de oiro sem numero com uma banda de prata,
orla Vermelha com oito besantes de prata; que foram senhores do couto de Ser
Zedello, e que na ilha da Madeira ha descendentes seus. |- •
FRANCO. Nestes appelidos Franco,
Franca, Franque e França ha, como se diz acima, grande confusão a respeito das
armas que pertencem a cada um deles. O rei de armas Portugal, Francisco
Gonçalves Carrasco, deu como armas de Francos a Bartholomeu Franco em 1687, em
um brazão que lhe passou, de que vimos a copia, as armas seguin tes : em campo
verde um penhasco de sua côr, e sobre ele um castello de prata lavrado de
preto, com portas e frestas da mesma côr preta, e o contrachefe ondado de agua;
tim bre o mesmo castello. .
FRANQUI e FRANÇA. Esta familia
veiu de Genova no reinado de el-rei D. João I. Estabeleceu-se no Algarve e
serviu em Africa. São suas armas em campo sanguinho tres corôas de oiro
abertas, postas em roquete, chefe de prata com uma cruz Vermelha e firmada no
escudo; timbre meio cavallo branco com as clinas Crespas. Acham-se no livro dos
reis de armas, e em Gonçalo Argote de Molina, f.242. Dizem que neste reino se
mudou o Franqui em França. Villas-boas at tribue aos Francas as proprias armas
que acima puzémos aos Franças.
FRAZÃO. Este appelido foi tomado
da honra de Frazão, no concelho de Re foios, que é o solar desta familia e de
que foram senhores. Foi fundação sua o mosteiro de Grijó, de conegos regrantes,
e seus descendentes tiveram n’elle comedoria. São suas armas em campo vermelho
um chaveirão de prata firme entre tres flores de liz de oiro; timbre o
chaveirão, e em cima d’elle uma flor de liz do escudo. Acham-se no livro da
Torre do Tombo, fl. 25.
FREITAS. Este appelido foi tomado
do julgado de Freitas; a familia é illus trissima, por descender do grande D.
Arnaldo de Baião, que quando não tivesse outra honra bastava-lhe a de ter dado
o sempre memoravel Martim de Freitas, alcaide-mór de Coimbra, que defendeu a
favor de el-rei D. Sancho II, com taes circumstancia que não ha quem com elle
emparelhe em fidelidade. • • São suas armas em campo vermelho cinco estrellas
de oiro em santor; timbre dois braços de leão de oiro em aspa. Alguns lhe põem
nas garras uma alabarda de prata com o cabo Vermelho. Acham-se no livro da
Torre do Tombo, fl. 30.
FREITAS TEMUDOS. Conforme o
manuscripto de Francisco Coelho, rei de ar mas, que se guarda na Torre do
Tombo, o appelido de Temudo é uma palavra antiga que significava temido : por
tal era respeitado na villa de Abrantes Fernão Rodrigues, que º estendida, com
os pés sobre uma cabeça de moiro, com turbante de prata e vermelho, e um cordão
de S. Francisco de sua côr, com os nós de oiro, em orla; timbre dois braços de
leão, de oiro, em aspa, com uma alabarda de prata com haste vermelha nas
garras. Acha-se a carta de mercê d'estas armas, que foi feita no anno de 1476,
no liv. II de Misticos da Torre do Tombo 1. 1 Esta mercê foi feita a 21 de maio
de 1477 a Ruy Vaz ou Vasques, e acha se no liv. II de Misticos, fl.58 v. Por
este registro se vê que tudo acima dito está transformado, pois não é Ruy
Fernandes, nem tampouco a descripção do brazão é a que acima se descreve. —
Pegado. •
FREIXINHO. Não apparece outra
noticia d’este appelido mais que a de ter o seu brazão no livro dos reis de
armas. São estas em campo vermelho com o contrachefe de agua de prata e azul, e
d’elle sae um freixo de sua côr, perfilhado de oiro, e seis lanças com os
ferros de prata e as has tes de oiro arrimadas ao freixo, tres de cada banda;
timbre o freixo do escudo. FRIAS. Esta familia é das Asturias, procede de um de
doze irmãos, que parece ganharam aos moiros a cidade de Frias, junto ao rio
Ebro; assim o dão a entender as suas armas, que são : em campo de prata uma
torre de azul, entre dois leões de sua côr, trepantes, assentada junto de um
rio de agua, que é o contrachefe, orla vermelha com oito aspas de oiro; timbre
a torre do escudo. • Acham-se no livro dos reis de armas, e em Villas-boas.
FREIRE. Os d’este appelido em
Portugal procedem de Nuno Freire de Andrada, referido no appellido de Andradas,
de cujas armas usam.
FROES. É appelido patronímico do
nome proprio Froile, que teve D. Froile Paes, cavalleiro do tempo de el-rei D.
Afonso Henriques e de seu pae o conde D. Hen rique. D'elle descendeu esta
familia de Froes. • São suas armas em campo azul tres crescentes de oiro
apontados, que fazem um trian gulo; timbre uma pomba de prata, com o bico e pés
vermelhos, e no bico um ramo de oiro florido de azul. • Acham-se no livro dos
reis de armas, e no livro da Torre do Tombo, fl. 32.
FROTA. Descendem os Frotas de um
cavalleiro dos que vieram em uma frota do Norte pelejar contra os moiros na
tomada de Alcacer do Sal, e ficando em Portugal foi chamado o da Frota. São
suas armas o escudo cortado em faxa, a primeira de oiro, e a segunda de verme
lho, com um leão entrecambado d’estes esmaltes; timbre um leão de oiro
nascente, ar mado de Vermelho. Acham-se no livro dos reis de armas.
FUNES. São as armas deste
appelido o escudo cortado em faxa; na primeira em campo de prata seis arminhos
negros em duas palas, e a segunda lisa de vermelho. Assim as traz o dito Fr.
José da Cruz no seu livro por vezes citado.
FURTADO. Procedem os Furtados de
D. Furtado de Mendonça, senhor de
Men dibil, Mendonça, Peralta e outros logares, que era filho herdeiro de D.
Inigo Lopes de Mendonça, quarto senhor de Lodeo, e de sua mulher D. Leonor
Furtado, senhora de Mendibil, que era filha de D. Fernão Peres de Lara a quem
chamaram o Furtado, que era irmão
uterino do imperador D. Affonso VII, e se lhe deu este nome por haver
nascido do casamento clandestino da rainha D. Urraca com o conde D. Pedro
Gonçalves de Lara. Passou a Portugal com a rainha D. Brites, mulher de el-rei
D. Affonso III, D. Fernando Inigues de Mendonça Furtado, de quem descendem
todos os Furtados Mendonças que ha n'este reino.
São suas armas o escudo franxado;
nos quarteis alto e baixo em campo verde uma banda vermelha coticada de oiro, nos
das ilhargas em campo de oiro um — S — ou fuzil de cadea de negro; timbre uma
aza de oiro com um — S — de negro. Os de Castella tra zem em campo vermelho dez
folhas de golphão de prata, em tres palas. Acham-se no livro da Torre do Tombo,
fl. 12.
FUSTE. Escudo esquartelado; no
primeiro quartel em campo azul um crescente de prata com as pontas para baixo e
por cima tres estrellas de oiro; no segundo em campo verde tres flores de liz
de oiro, uma arvore carrasco de sua côr, e um urso tambem de sua côr atado ao
tronco por uma cadea de ferro; no quarto em campo vermelho tres bas tões de
negro coticados de oiro. Acham-se no referido livro de Fr. José da Cruz, a fl.
106, sem mais noticia.
GACHINEIRO. É familia da
provincia do Minho, d’onde passou para Lisboa. São suas armas em campo vermelho
dois gatos de prata passantes; timbre um dos ga tos do escudo. Acham-se no
livro dos reis de armas.
GAG0. É appelido tomado de alcunha e muito antigo, porque já no tempo
de el-rei D. Sancho I vivia Rodrigo Annes Gago, fidalgo de tanta nobreza que
casou com uma irmã de D. Gil Pires de Cerveira, bispo de Orense, em cuja
contemplação foi viver a Galliza, razão porque o conde D. Pedro diz que ele era
de Galliza. Nos registros de el-rei D. Afonso II se faz memoria em
Torres-vedras, e no tempo de el-rei D. Afonso III se acha nomeado João Peres
Gago.
São suas armas em campo vermelho
uma aspa de prata firme entre tres crescentes do mesmo metal, e uma estrella de
oiro de oito pontas em chefe; timbre um leopardo de prata, com uma estrella
vermelha na testa.
GAI0 e GALÃO. É familia d’este
reino, e no tempo de el-rei D. Afonso Hen riques se acha D. Nuno Soares Gaio.
Foi d’ella o bispo D. João Gaio, a quem a nobreza deve os grandes elogios que
nas suas obras lhe fez. Ha esta familia na villa de Abrantes. São suas armas em
campo de prata tres arminhos de negro postos em faxa, chefe par tido em pala,
na primeira em campo vermelho um castello de oiro, e na segunda em campo de
oiro quatro bastões sanguinhos, em pala; timbre um castello de oiro, saindo do
alto d'elle um estandarte de prata arminhado, com a haste de oiro. Alguns
cortam o escudo em faxa, na de baixo os arminhos e na de cima o castello e os
bastões.
GAIOSO. Os Gaios, Gaiões e
Gaiosos parece ser tudo a mesma familia, ainda que lhe achemos armas
diferentes. Não sabemos onde existe este appelido. Teem estes por armas em
campo azul tres faxas de oiro, a do meio entre dois peixes de prata. Acham-se
no livro dos reis de armas.
GALHARDO e GORJÃO. Os Galhardos
são antigos; o seu appellido foi tomado de alcunha de Cid Galhardo, que foi
herdeiro em Sevilha pelo rei D. Afonso o Sabio. Faz memoria Gonçalo Argote de
Molina. Fernão Soares Galhardo foi alcaide-mór da villa de Seda. Pedro Esteves
Galhardo se acha nomeado nos livros dos registros de el-rei D. João I. Tem esta
familia duas casas, uma na villa de Abrantes e outra na de Veiros, ambas com
nobreza. Em 1529 deram-se as seguintes armas a Zuzarte Soares Galhardo : Em
campo vermelho um leopardo de oiro, com uma flor de liz do mesmo metal no
chefe, acima da cabeça do leopardo; timbre o leopardo do escudo". 1 Esta
mercê foi feita em Lisboa a 6 de abril de 1529, e acha-se o registro na Chanc.
de el-rei D. João III, fl. 36 v. do liv. xvII. Não combina na descripção do
brazão, o qual lhe foi dado por descenden cia. — Pegado.
GALLEGO. É familia de Galiza, que
procede de el-rei D. Fruella 1 de Leão. Tem tido fidalgos muito illustres e
mestres das ordens militares. São suas armas, em Portugal, em campo azul uma
cruz de oiro firmada entre quatro # de prata, e um vermelho carregado na mesma
cruz; timbre um dos borregos de e prata. Os de Castella trazem o escudo partido
em pala; na primeira em campo vermelho um castello de oiro, a segunda de prata
com um leão sanguinho. Outros trazem as dos Fajardos.
GALVÃO. A familia d’este appelido
é oriunda de Portugal, e não de Inglaterra como disseram alguns. O seu
estabelecimento foi na provincia do Alemtejo; o appelido foi alcunha, onde ao
gavião chamavam galvão. Ha muitos annos que se acabou a sua Val'OIlld. As suas
armas são uma aliança de Galvão com Costas : o escudo partido em pala; na
primeira em campo de prata um gavião negro aberto armado de azul, com um
crescente de oiro no peito; na segunda em campo vermelho seis costas de prata
firmadas, e pos tas em pala; timbre um gavião como o do escudo nascente, com
uma costa de prata no bico. Acham-se no livro dos reis de armas.
GAMA. Esta familia procede de um
dos companheiros com quem Giraldo Sem pavor ganhou Evora aos moiros, era este
da familia dos Ulhoas, por nome Ruy Lopes, filho de D. Lopo Rodrigues de Ulhoa,
que vivia em Olivença, rico-homem de el-rei D. Af fonso I: o appelido foi
alcunha, por ter domesticado uma gama que o acompanhava por toda a parte, e
d’elle procedeu o grande D. Vasco da Gama, São suas armas o escudo xadrezado de
oiro e vermelho, de tres peças em faxa e cinco em pala, oito de oiro e sete
vermelhas, estas carregadas de duas faxas de prata; timbre uma gama de oiro,
faxada de tres faxas vermelhas. A casa da Vidigueira, que procede do dito D.
Vasco da Gama, traz as mesmas armas com um escudo com as quinas do reino no
meio; timbre meio nayre vestido ao modo da India, com uma trunfa e um bolante
que lhe cae pelas costas, braços nús, e na mão di reita um escudo como o das
armas e na esquerda um ramo de canella Verde com rosas de Oiro. Umas e outras
se acham no livro da Torre do Tombo, fl. 18.
GAMBOA. Procedem os Gamboas de D.
Ruy Lopes de Gamboa, senhor do lo gar de Gamboa em Guipuscoa, de que tomou o
appelido. Passou a Portugal Lopo San ches de Gamboa, que era alcaide-mór de
Villa-Quitaria, que defendeu sete annos pelo rei D. Pedro de Castella, e viveu
em Lisboa. São suas armas em campo de oiro tres folhas de golphão de azul, em
roquete. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 40. Villas-boas lhe ajunta as
ar mas dos Caiados, e de ambas faz uma só família.
GANÇO e GANÇOS0. O conde D. Pedro, a fl. 167
do Nobiliario, faz memoria de Lourenço Ganço, de quem parece que tomaram o appelido.
São conhecidos os Gan çosos por cidadãos honrados da cidade de Elvas e da villa
do Alandroal. São suas armas em campo vermelho uma cruz de prata chã, entre
quatro caldeiras de oiro, faxadas de duas faxas de negro, e uma outra caldeira
da mesma forma no pé ou contrachefe; timbre dois braços vestidos de vermelho,
com uma das caldeiras nas mãos. • Acham-se no livro dos reis de armas.
GANDAREI. Tem por armas : escudo em campo de azul um castello de
prata sobre ondas de mar, onde estão dois cisnes ao pé do castello, e á porta
d'elle uma nym pha armada com escudo no braço esquerdo; timbre a mesma nympha
armada. V. Espelho da Nobreza, por Francisco Xavier da Serra Craesbeeck.
GARCEZ. O appelido de Garces ou
Garcez é derivado do nome Garcia, de que foi patronimico. Uma das tres familias
d’este appelido veiu a Portugal no tempo de el-rei D. Diniz, era descendente
por varonia de el-rei D. Fruella II de Leão, mas parece que por bastardia. •
Tem esta por armas em campo de prata tres faxas sanguinhas, orla sanguinha com
oito aspas de oiro. Assim as traz Gonçalo Argote de Molina a fi, 67, e d’elles
descendem os Garcezes da Beira-alta.
GARCEZ, de AFFONSO GARCEZ. Esta
familia tem por chefe Afonso Garcez, escrivão da camara de el-rei D. Afonso V e
da sua fazenda, o qual foi filho de uma Ca tharina Garcez, e de Lopo de
Azevedo. Este armou o seu escudo de seis diferentes, como diz João Rodrigues de
Sá : Seis escudos em um fez De nobres gerações seis O douto Affonso Garcez. A
saber : o escudo partido em tres palas e cortado pelo meio em faxa, de sorte
que fica dividido em seis partes; na primeira e sexta em campo de oiro seis
arruelas verme lhas em duas palas; a segunda cortada em faxa, na de cima em
vermelho duas chaves de prata em aspa, e acima d’ellas um mingoante do mesmo
metal, a de baixo de prata lisa; na terceira e na quarta, que são as duas que
ficam em contrabanda, um castello de pri meiro quartel em vermelho uma cruz de
prata chã e um chefe liso do mesmo metal, no segundo tambem em vermelho tres
besantes de prata em pala, e assim os contrarios; tim bre as duas chaves de
prata em aspa, e acima d’ellas o mingoante do mesmo metal. Acham-se no livro da
Torre do Tombo, fl. 23.
GARCEZ, de JOÃO GARCEZ. Esta
familia é descendente de João Garcez, natu ral da cidade do Porto, que viveu no
tempo dos reis D. Affonso V e D. João II. Este ul timo o fez fidalgo, e lhe deu
armas em 1481. Destes são os Garcezes Palhas, senhores da quinta da
Espissandeira. São suas armas em campo azul uma ribeira de prata ondada de
agua, saindo d’ella uma garça de oiro armada de prata, entre quatro estrellas
de oiro, de seis pontas, duas de cada banda em faxa; timbre a garça". V. Archivo, n.º 1160. 1 Esta mercê foi feita
em Evora a 6 de novembro de 1481, e acha-se registrada no liv. II de Misticos,
fl. 143. Este registro não combina na descripção do brazão com o que acima fica
dito. — Pegado.
GARCIA. Em campo de prata tres
leopardos vermelhos, passantes, armados de preto; timbre um dos leopardos.
GARRIDO. É appelido castelhano de
que faz memoria Gonçalo Argote de Molina. São suas armas em campo de oiro uma
banda vermelha, que sae das bôcas de duas serpes de verde, entre dois lobos de
negro, orla vermelha com oito aspas de oiro; tim bre um dos lobos. • Acham-se
no dito Gonçalo Argote de Molina, Nobiliario, fl. 205, e no livro dos reis de
armas.
GARRO. Esta familia é oriunda de
Elvas; descende de Pedro Esteves Garro, que serviu el-rei D. João I, e na
tomada de Ceuta. O seu appellido foi alcunha, dizem que de tirar a um alferes
do inimigo a bandeira das mãos, o que indicam as armas. Ha pes soas d’esta
familia em Elvas, onde na capella de Nossa Senhora do Egypto da cathedral Se
acha a sepultura de André Lopes Garro. São suas armas em campo vermelho um leão
de prata com uma bandeira verde nas garras, de duas pontas, n’ella uma flor de
liz de oiro, e mettida em uma haste do mesmo metal; timbre o mesmo leão.
Acham-se no livro dos reis de armas.
GARROS, de CASTELLA. Escudo
esquartelado com uma cruz firme de verme lho em campo de prata, entre quatro
lobos de negro, armados de Vermelho. Acham-se no referido livro de Fr. José da
Cruz.
GARROS, de NUNO MARTINS GARR0.
Nuno Martins Garro foi desta geração, serviu a el-rei D. Afonso V em Africa e
nas guerras de Castella, pelo que o mesmo se nhor lhe deu por armas em campo
azul uma onça de oiro saltante, armada de preto; timbre a mesma onça. Tem
descendentes em Portalegre. V. Archivo, n.º 2127.
GASCO e GASCÃO. Teem por armas o
escudo partido em pala; na primeira em campo azul uma aguia de oiro estendida,
na segunda em campo vermelho um castello de prata entre sete flores de liz de
oiro, das quaestres são em chefe; timbre a aguia nascente. Acham-se no livro
dos reis de armas.
GATO e GATACHO. O appelido de
Gato é antiquissimo. É familia illustríssima, porque procede de D. Afonso Pires
Gato, filho de Pedro Nunes Velho, descendente de D. Arnaldo de Baião, ignoramos
o motivo desta alcunha. Na província do Alemtejo ha gente deste appellido. São
suas armas em campo de oiro dois gatos de azul passantes, orla vermelha com
oito crescentes de prata; timbre um dos gatos com um crescente do escudo na
espadoa. Acham-se no livro dos reis de armas.
GATUCHO. Este appelido parece
diminuitivo de Gato. Não ha notícia que hoje exista pessoa alguma d’esta
familia, nem que tivessem morgados. São suas armas em campo de oiro duas palas
verdes, orla vermelha com oito crescen tes de prata. • • Acham-se no livro dos
reis de armas.
GAVIÃO. Procedem de Gonçalo Martins, cidadão
honrado de Beja, que tinha o foro de escudeiro da casa de el-rei D. Affonso IV.
Passaram para a cidade de Braga, onde permanece a sua varonia, e procedem della
muitas casas illustres. São suas armas em campo azul cinco gaviões de sua côr
armados de oiro, postos em santor; timbre um dos gaviões. Acham-se no livro da
Torre do Tombo, fl. 39.
GAZ0. É familia de Genova, onde são
senhores do castello Gazo. Em 1704 pas sou a Portugal na pessoa de João André
Gazo, que foi neste reino capitão de bombar deiros, sargento-mór de artilheria,
e occupou outros muitos postos até o de general de batalha. Antonio Francisco
Gazo, filho do dito João André, mostrou authenticas e foram lhe confirmadas
neste reino em 1759 as seguintes armas : Em campo de prata um leão vermelho com
uma garça de sua côr na garra direita : timbre o leão nascente com a garça.
GENTIL. Esta família é uma das
vinte e oito nobres da republica de Genova. Passou a Portugal a servir nas
guerras deste reino, e passando depois á America tiveram o governo da cidade do
Grã-Pará, e os melhores foros na casa real. São suas armas o escudo xadrezado
de azul e oiro de nove peças, cinco de azul e qua tro de oiro. • • Acham-se no
livro dos reis de armas, e em Gonçalo Argote de Molina. GIL. Este nome proprio
de Gil é tambem appelido de familia, que o tomou de um sujeito que n'este reino
se intitulou mestre Gil, que devia ser medico de alguma das rainhas que vieram
de outros reinos casar a Portugal. Não temos notícia se existe hoje nem quem
foram os seus descendentes. São suas armas o escudo cortado em faxa; na
primeira em campo vermelho um leão de oiro nascente, na segunda em prata tres
raios de fogo de sua côr, virados para baixo; timbre o leão do escudo armado de
Vermelho. Acham-se no livro dos reis de armas. V. Monterroio.
GILVAZ VENISTE. É appelido de
Alemanha, que veiu a Portugal nos primei ros seculos. Não consta se hoje o ha,
nem que tempo existiu neste reino. São suas armas o escudo partido em pala; na
primeira em campo vermelho duas ala bardas em aspa, com cabos de oiro e os
ferros de azul, na segunda em campo de prata uma cruz da ordem de Christo, que
é a cruz vermelha com outra dentro de prata; tim bre as duas alabardas em aspa,
atadas com um torçal vermelho. Acham-se no livro dos reis de armas. –
GIRALDES. O appellido Giraldes
foi patronimico do nome Giraldo; a continua ção do tempo o transmudou em
appelido, e assim pode haver muitas familias do appel lido de Giraldes de
differentes ascendencias. Os de Portugal trazem por armas o escudo
esquartelado; no primeiro e quarto quar teis em azul tres flores de liz de oiro
em roquete, no segundo em campo de prata um cano de trigo com uma espiga de
verde, no terceiro no mesmo campo de prata uma ca beça de homem com o cabello
de ruivo. Acham se no livro dos reis de armas.
GIRALDES, de FLORENÇA. Em
Florença houve uma familia de Giraldes de que passaram a este reino e para as
ilhas algumas pessoas, no tempo dos reis D. Manuel e D. João III. D'elles foi
Lucas Giraldes, que em uma grande fome proveu Lisboa de trigos, sem tirar d’elles
mais utilidade do que o seu custo, e em attenção a este serviço el-rei D. Se
bastião lhe mandou registrar suas armas nos livros da nobreza e lhe passou
carta d’ellas. Foi seu filho Francisco Giraldes, que governou o Brazil. São
suas armas em campo de prata um leão negro armado de azul e coroado do oiro;
timbre o mesmo leão *. Acham-se no livro dos reis de armas. 1 Esta mercê foi
feita em Lisboa a 21 de junho de 1559, e acha-se este registro na Chanc. de D.
Se bastião, liv. I, fl. 251, e difere um tanto da descripção acima dita. —
Pegado.
GIRÃO. Esta familia é de
Castella; a sua varonia é real. O seu appelido foi al cunha, por haver D.
Rodrigo Gonçalves de Cisneiros livrado na batalha de Alarcos ao rei D. Afonso
VI de ficar prisioneiro ou ser morto pelos moiros, dando-lhe o cavallo em que
andava, e para signal de que fôra ele que o livrara lhe cortou tres pregas do
vestido, que guardou. Passou a Portugal D. Pedro Affonso Girão, a quem el-rei
D. Fernando deu tres Villas, e deixando em Portugal uma filha casada tornou
para Castella, São suas armas o escudo cortado em faxa; a primeira partida em
pala, na pri meira d'estas em vermelho um castello de oiro, na segunda em prata
um leão vermelho; na segunda faxa em oiro tres girões, que nascem do fundo do
escudo, vermelhos; tim bre o leão dos armas com um girão de oiro na espadoa.
Acham-se no livro dos reis de armas.
GODINHO. Os Godinhos são fidalgos
muito antigos, descendentes de D. Godi nho Fafes, senhor de Lanhoso, a quem o
infante D. Affonso Henriques no anno de 1132 fez doação do couto do mosteiro de
Fonte-arcada. Tiveram muitas terras na provincia de Traz-os-montes e morgados
em Setubal, Beja e Fronteira. São suas armas o escudo partido em pala; a
primeira Xadrezada de oiro e vermelho, de duas peças em faxa e cinco em pala, a
segunda tambem Xadrezada do mesmo numero de peças em faxa e em pala, de oiro e
azul; timbre uma hydra de sete cabeças de oiro, armada de sanguinho. Acham-se
no livro da Torre do Tombo.
GODIM. Os Godins parece terem a
mesma ascendencia dos Godinhos e serem a mesma familia, porque as differenças
assim nos appellidos como nas armas é muito pouca. São sua armas o escudo
xadrezado de oiro e vermelho, de quatro peças em faxa e cinco em pala; timbre
duas azas abertas xadrezadas dos mesmos esmaltes. Acham-se no livro da Torre do
Tombo.
GODOI. A família deste appelido é
oriunda de Hespanha. São suas armas : escudo jaquelado com oito escaques de
oiro e sete de azul. V. Archivo Heraldico, de D. Francisco Piferrer, pag. 157.
GODOLPHIM. São suas armas em
campo vermelho uma aguia de prata aberta, de duas cabeças, e cinco flores de
liz do mesmo metal; duas de cada lado e uma no fundo no escudo. Acham-se no
muitas vezes citado livro de Fr. José da Cruz, a fl. 110.
GOES. O appelido de Goes foi
tomado do senhorio da villa d’este nome, que tiveram os primeiros ascendentes
d’esta familia. São suas armas em campo azul seis quadernas de crescentes de
prata em duas palas; timbre um dragão azul armado de prata com uma das
quadernas do escudo no peito. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 30.
GOES, de DAMIÃO DE GOES. Damião
de Goes, chronista-mór d’este reino, foi da familia dos Goes, o qual querendo
fazer-se chefe de uma outra familia, fez uma mudança no seu escudo pondo em
campo azul cinco quadernas de crescentes, em Santor; timbre um leão de prata
nascente entre duas azas azues semeadas de quadernas de crescen tes de prata
como as do escudo. El-rei D. Sebastião lh'as confirmou em 15 de agosto de 1567.
Acham-se no livro dos reis de armas.
GOLDSMID. V. Archivo n.º 1031.
GOMES. Este appellido é uma
abreviação do nome antigo Gomesius. Villas boas lhe assigna por armas em campo
azul um pelicano de oiro ferindo o peito, e tres filhos bebendo o sangue que
lhe cae da mesma ferida; timbre o mesmo pelicano do escudo. Da mesma forma se
acham no livro dos reis de armas.
GOMES DE ELVAS. V. Archivo n.º
1782.—V. Matta.
GOMES DA MINA. Esta familia
procede de Fernão Gomes da Mina, cujo appel lido se lhe deu por trazer por
muitos tempos arrendado o contracto da Costa da Mina: Foi cidadão honrado de
Lisboa, e serviu o rei D. Afonso V nas guerras da Africa, e foi armado
cavaleiro na praça de Tanger. São suas armas em campo de prata tres cabeças de
negros com colares de oiro pen: dentes nas orelhas e no nariz, postas em roquete;
timbre uma das cabeças. O dito rei lh'as deu em 1474. Acham-se no livro dos
reis de armas.
GOMIDE. Esta família é illustre
em Portugal, procede de Nuno Martins de GO mide, que viveu no tempo do rei D.
Pedro I. Teve ela o senhorio de Villa-verde, e apa rentou com outras da
primeira nobreza. São suas armas em campo azul cinco gomis com suas azas e
tapadoiras tudo de oiro, postos em Santor; timbre um dos gomis do escudo.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 27.
GONÇALVES. Este appelido é o
patronimico do nome proprio Gonçalo, e assim pode haver muitas famílias d’elle
sem que tenham parentesco, procedendo de diferentes troncos. Os Gonçalves de
quem falamos agora são os que descendem de um Antão Gon çalves, a quem foram
dadas as seguintes armas : Em campo verde uma banda de prata carregada de dois
leões vermelhos; timbre um Gun deredo, capitão dos normandos, que no anno de
960 invadiram Galiza e fundaram a torre e paço de Gondim, na freguezia de
Cerdal, onde seus descendentes fundaram a egreja parochial de Santa Eulalia, de
que foram padroeiros, e possuiram varios coutos que lograram, honrados ainda no
tempo do rei D. Diniz, como consta das suas inqui TIÇOes. São suas armas em
campo de prata tres leões vermelhos armados de azul, passantes; timbre um dos leões.
Acham-se no livro dos reis de armas.
GONÇALVES (outros). V. Archivo
n.º 908.
GONÇALVES (outros). V. Ribafria.
GONDIM. Os Gondins são Oriundos
da Normandia e descendentes de Gun deredo, capitão dos normandos, que no anno
de 960 invadiram Galiza e fundaram a torre e paço de Gondim, na freguezia de
Cerdal, onde seus descendentes fundaram a egreja parochial de Santa Eulalia, de
que foram padroeiros, e possuiram varios coutos que lograram, honrados ainda no
tempo do rei D. Diniz, como consta das suas inqui TIÇOes. São suas armas em
campo de prata tres leões vermelhos armados de azul, passantes; timbre um dos
leões. Acham-se no livro dos reis de armas.
GONGORA. Trazem por armas em
campo de prata uma cruz sanguinha, carre gada de cinco leões de oiro em santor.
Acham-se no já referido livro de Fr. José da Cruz, fl. 121.
GORISSO. D'esta familia temos só
noticia de que existia no tempo de el-rei D. João I, que fez uma doação de
certos bens a Affonso Martins Gorisso. São suas armas em campo de prata cinco
aguias vermelhas abertas, e armadas de preto, postas em Santor; timbre uma das
aguias. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 16.
GORJÃO. Tem esta familia por
armas o escudo de campo vermelho, e n'elle um leopardo de oiro com uma flor de
liz do mesmo metal no chefe acima da cabeça do leo pardo; timbre o leopardo do
escudo.
GOSMA. A noticia que podémos
alcançar d’esta familia é só, que a um Pero da Gosma se deram estas armas : em
campo azul uma torre de prata coberta, com a porta e frestas de preto; timbre a
mesma torre. Acham-se no livro dos reis de armas.
GOUVEA, Gouvea é palavra antiga,
substantivo do verbo gouvir, que na lingua antiga significava gozar, e assim
Gouvea é o mesmo que Gozo; este nome se deu a uma aldea da Beira-alta, que
el-rei D. Sancho I fez villa e lhe deu foral, e el-rei D. Fernando deu a
alcaidaria-mór d’ella a Fernão Nunes de Bobadella, neto de Fernão Bareca; e por
que seus filhos Nuno Fernandes e Vasco Fernandes viveram n’ella, lhe deu o
mundo o appellido de Gouvea, e porque este ultimo casou com Brites de Mello,
neta de Vasco Martins de Mello, tomou as armas dos Mellos a que depois por
alliança juntaram seus des cendentes as dos Castros, e partem o escudo em pala;
na primeira seis besantes de prata entre uma cruz dobre e bordadura de oiro em
campo vermelho, que são as dos Mellos;. na segunda em campo de prata seis
arruelas de azul em duas palas, que são as dos Castros; timbre uma aguia preta
estendida, armada de prata, com os seis besantes no peito, tendo as azas
abertas. Acham-se no livro dos reis de armas.
GRADE. M. N. concedida a Eugenio
Dionysio Mascarenhas Grade, visconde de Lagoa, por alvará de 20 de agosto de
1861: Escudo esquartelado; no primeiro e quarto quarteis em campo sanguineo uma
grade de oiro, no segundo tambem em campo Sanguineo tres faxas de oiro, no
terceiro em campo azul uma lagoa de prata com duas cegonhas tambem de prata,
com as pernas cravadas n'agua; timbre... corôa de Visconde. V. Archivo, n.°
636.
GRALHA. Esta familia é da
província do Alemtejo, o seu morgado passou aos condes das Galveas. • São suas
armas em campo de oiro cinco gralhas de negro em santor; timbre uma das
gralhas. Acham-se no livro dos reis de armas. Villas-boas diz ser o campo azul,
e as gralhas de prata.
GRAM. Procedem os Grans de D.
Vivaldo Vivaldi, cavaleiro genovez da familia Vivaldi, d'aquela republica, que
passou a Lisboa no anno de 1257 fugindo de Simão Boca-negra, que com o povo da
republica quiz atropellar a nobreza. Casou com uma D. Ignez, que depois de
viuva fundou o mosteiro de Santa Clara d’esta cidade; foi seu filho D. João
Vivaldi, pae de Estevão Annes, que por descobrir a gram, e o modo de se
beneficiar, foi chamado Estevão Annes da Gram, appelido que continuaram seus
descen dentes largando o de Vivaldi. São suas armas em campo de oiro uma aguia
vermelha estendida; timbre a aguia naScente. Acham-se no livro da Torre do
Tombo, fl. 22.
GRAMACHO. Esta familia é antiga,
e oriunda do Alemtejo; existiu em Evora desde o tempo de D. Affonso III, e no
de D. João I tinham titulo de vassallos e logravam terras coutadas pelos reis.
Tiveram morgado em Alcacer do Sal, onde ainda existem des cendentes seus que o
possuem. São suas armas em campo vermelho um leão de oiro armado de prata,
entre quatro merletas de oiro acantonadas; timbre o leão do escudo nascente,
com uma das merletas nas garraS. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 36.
Villas boas em logar de mer letas diz muletas, que é outra figura de armaria
muito diversa.
GRANADAS. Este appelido se tomou da cidade de
Granada. São suas armas em campo azul cinco romãs de oiro rachadas, que lhe
apparecem bagos vermelhos, postas em santor, e cinco escudetes de prata, cada
um com sua banda negra, postos como em Orla. • • Acham-se no livro dos reis de
armas. Villas-boas traz tres escudos; o pri meiro diz que é em campo de prata
cinco romãs, e por orla uma banda negra com esta letra — No ay otro vencedor
sino Dios; o segundo diz que são duas romãs em campo de prata; e o terceiro que
era em campo de prata uma romã de oiro aberta com uma ferida, e um ramo. GRÁS.
Em campo de prata uma aguia sanguinha aberta. Assim as traz Fr. José da Cruz no
seu manuscripto, fl. 120.
GUADIANA. Este appelido foi
tomado do rio Guadiana, ou por caso de ar mas que succedesse n’elle, ou por
assistencia do sujeito que assim se chamou ser junto ao mesmo rio. Não sabemos
que haja em Portugal familia que se appellide de Guadiana. São suas armas em
campo azul uma ponte de prata de tres arcos, debaixo da ponte agua, e acima da
dita tres flores de liz de oiro em roquete, Acham-se no livro dos reis de
armas, e em Gonçalo Argote de Molina, na sua Nobreza de Andaluzia, fl. 164.
GUANTE. Esta familia foi muito
opulenta na cidade de Elvas, d’onde foi natural Vasco Rodrigues Guante, que
serviu os reis D. Duarte e D. Afonso v; acompanhou tam bem o infante D. Pedro
na jornada de Alemanha e Russia. A seu sobrinho Pedro Rodri gues Guante deu o
dito rei D. Afonso v armas por carta do anno de 1474. São estas em campo
vermelho duas manoplas de prata postas em pala, entre elas um arco turquesco de
oiro com a corda verde envolta n’elle; timbre um braço vestido de vermelho com
uma manopla do escudo calçada, e o arco na mão *. Extinguiu-se esta familia em
Elvas, e os seus bens ficaram á Misericordia e ao mosteiro de S. DomingOS da
mesma cidade. Acham-se no livro dos reis de armas. 1 Estas armas foram
confirmadas ao dito Pedro Rodrigues Guante em 20 de julho de 1454, e acha-se o
registro das mesmas no liv. II de Misticos, fl. 177 v. — Pegado.
GUARDA. Este appelido é tomado da
cidade da Guarda, por ser natural d’ella o primeiro que o usou, que suppomos
foi Estevão da Guarda, copeiro-mór de el-rei D. Di niz, e seu plenipotenciario
nos ajustes que fez com seu filho o infante D. Afonso, de pois rei quarto do
nome. D. João da Guarda seu descendente alcançou os reis D. Afonso V, D. João
II, e D. Ma nuel; foi do seu conselho, deão de Braga e Lamego, conde palatino,
etc. São suas armas em campo azul uma banda de oiro com tres flôres de liz de
azul; tim bre uma das lizes. Assim estavam pintadas na capella que fez o mesmo
Estevão da Guarda na egreja de S. Vicente de Lisboa; segundo o testemunho do
celebre Gaspar Alvares Louzada, que as viu antes que se demolissem para se
fazer a egreja nova.
GUEDES. É familia de Galiza,
descendente de D. Gueda o Velho, um dos anti gos ricos-homens de Hespanha.
Passou a Portugal Gonçalo Vaz Guedes, e el-rei D. João I lhe deu o fôro de
vassallo e escudeiro. Ajudou a tomar cincoenta e quatro cidades e vil las, e
foi senhor das villas de Murça, D. Chama, e Agua Reves. São suas armas em campo
azul cinco flores de liz de oiro em santor; timbre um leão azul nascente com
uma das lizes na testa. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 35.
GUERRAS, de D. PEDRO I. D'este
appelido houve em Portugal duas familias diferentes. A que descende da casa
real de D. Pedro I e da rainha D. Ignez de Castro, cujo appelido tomou do pae
da mesma senhora D. Pedro Fernandes de Castro, o da Guerra : São suas armas as
mesmas dos Eças, que são as antigas de Portugal, em campo de prata os cinco
escudetes de azul em cruz, os das ilhargas com os redondos para o cen tro,
carregados cada um de nove besantes de prata, em tres palas, com um cordão como
o de S. Francisco com os nós de oiro posto em cruz e em aspa e em orla que
cubra qua tro dos besantes em cada escudo, excepto no do meio, que passa por
baixo d'elle; tim bre uma aguia azul estendida armada de oiro, e cinco besantes
das armas no peito.
GUERRA. Uma das duas familias
diferentes d’este appellido é das Asturias, Onde tem casa e solar, e fidalgos
principaes. São suas armas em campo verde um castello de prata com chammas de
fogo, que lhe saem dos alicerces e o rodeiam; orla de oiro com esta letra de
azul — Ave Maria gratia plena; timbre o mesmo castello. Acham-se no livro dos
reis de armas.
GUERRA. V. Alves Guerra.
GUERREIRO. Esta familia é oriunda
de Castella; passou a Portugal no tempo de el-rei D. Afonso v, e fizeram
assento na villa de Almodovar, onde tiveram o posto de capitães-móres das
ordenanças. • São suas armas em campo vermelho um leão de oiro com uma espada
na garra direita, com a folha de prata e guarnições de oiro; timbre um braço
armado de prata, com a es pada do escudo na mão em acção de descarregar o
golpe. Acham-se no livro dos reis de armas.
GUEVARRA. A familia de Guevarras
é uma das doze mais illustres do reino de Navarra, das quaes escolheu o rei D.
Garcia Ramires doze ricos-homens á imitação dos doze pares de França. São suas
armas o escudo esquartelado; no primeiro quartel em campo de oiro tres ban das
de prata com coticas de preto e arminhos da mesma côr; no segundo em campo ver
melho cinco corações de prata, em santor, e assim os contrarios. Acham-se no
livro dos reis de armas.
GUIMARÃES. Este appelido foi
tomado da naturalidade, por ser João Lourenço o primeiro que assim se chamou,
natural da villa de Guimarães, em tempo de el-rei D. Af fonso v. Não sabemos a
qualidade da sua pessoa; mas inferimos que devia ser muito dis tincta, porque
se lhe deram armas que com o seu nome achamos no livro dos reis de armas. São
estas o escudo partido em tres palas; a primeira e ultima fretadas de coticas
pre tas em campo de prata; e na do meio em vermelho um leão de prata com uma
espada na garra direita, ensanguentada, copos de oiro e a folha de prata, a
qual cae na primeira pala, e a cauda do leão na ultima; timbre o mesmo leão com
a espada.
GUIMARÃES. M. N. a Luiz Antonio
da Silva Guimarães, dada a 25 de fevereiro de 1869: — Escudo esquartelado;
tendo o superior da direita carregado com um leão rompente de vermelho e armado
de azul, sobre campo de prata, e assim o seu contrario; o superior da esquerda
partido em tres palas, sendo a da direita e a da esquerda enfres tadas de dez
fimbretas negras em banda, contra outras tantas da mesma côr em barra, e a
centrica carregada com a vara de Mercurio, dourada e decorada com duas
serpentes batalhantes de prata, e aladas da mesma, sobre campo vermelho, e
assim o seu contrario; elmo de prata lisa decorado de oiro lavrado e forrado de
azul, virol de oiro e vermelho; timbre um leão rompente de prata com uma faxa
negra e armada da mesma côr. V. Archivo, n.º 1758.
GUIVAR. São suas armas em campo de oiro uma
aguia vermelha de duas ca beças, aberta, com as pernas e armada de preto, e um
crescente de prata no peito; tim bre a mesma aguia. Villas-boas dá estas armas
aos Aguilares.
GUNDAR. Este appelido antigo foi
tomado do sitio de Gundar, onde viveu D. Mendo Viegas, que por isso se chamou
de Gundar. Em Portugal mudaram o Gundar em Motta : porém em Galiza, para onde
tambem se estenderam, continuaram a appelli dar-se de Gundar, dos quaes passou
novamente a Portugal Estevão Mendes de Araujo, que era neto de D. Filippe
Mendes de Gundar, senhor da casa de Pombeiro e da torre de Sande, no dito
reino, e mostrando authenticadas as armas de que usam os Gundares n'aquelle
reino, se lhes confirmaram neste, que são : O escudo partido em pala; a
primeira de vermelho, lisa, e a segunda em campo de oiro quatro bandas de azul.
•
GURGEL. Este appelido é o mesmo
que o de Gorjão. Teve o oficio de procu rador da cidade de Lisboa, de que foi
proprietario Claudio Gurgel do Amaral, fidalgo da casa real. Passou á America
na pessoa de seu irmão O doutor José Correa do Amaral Gur gel, que depois de
ser juiz de fóra de Valença do Minho, e juiz dos orphãos do termo da casou e
deixou Successão. São suas armas em campo vermelho um leão de oiro com uma flor
de liz do mesmo metal acima da cabeça; timbre o mesmo leão. * Acham-se no livro
dos reis de armas.
GUSMÃ0. A familia de Gusmão é dos
cinco principaes solares castelhanos; pro cede por varonia do rei D. Ordonho I
de Leão, por seu filho o infante D. Nuno, pae de D. Rodrigo Nunes, o qual
casando com a filha do conde Grandemaro Piniolis, senhor da villa de Gusmão, em
Asturias, tomaram seus descendentes o nome d’este senhorio por appelido. Toca o
seu sangue á nossa casa real, e por outras linhas a muitos cavalleiros
portuguezes. São suas armas em campo azul duas caldeiras com suas azas
xadrezadas de oiro e ver melho, e nos encaixes das azas cada uma com tres
cabeças de serpe de oiro; orla de prata com oito arminhos de negro; timbre tres
pescoços de serpe de oiro retorcidos. Acham-se no livro dos reis de armas.
GUSMÕES, de BAEÇA. Teem por armas
em campo de prata cinco arminhos ne gros, postos em Santor; Orla sanguinha com
oito aspas de oiro. Assim as vimos no referido livro manuscripto de Fr. José da
Cruz, fl. 117.
GUSMÕES, do CONDE DE NIEBLA.
Escudo franxado; no primeiro e ultimo em campo azul duas caldeiras xadrezadas
de oiro e vermelho, com tres cabeças de serpe de oiro; nos dos lados que é
segundo e terceiro, em campo de prata cinco arminhos negros, postos em santor;
Orla composta de prata e Vermelho de dezeseis peças, oito de prata com leões
sanguinhos, e oito de vermelho com castellos de oiro. Acham-se no referido
livro de Fr. José da Cruz, fl. 119.
GUTERRES. Tem seu solar nas
Asturias; tem por armas o escudo partido em pala; na primeira em campo azul uma
torre de prata sobre ondas de agua de sua côr; na segunda em campo vermelho um
loureiro verde perfilhado de oiro, e junto d'elle um urso de sua côr, preso por
uma cadea de oiro ao tronco. Acham-se no livro manuscripto de Fr. José da Cruz,
fl 110. H
HARO. É uma familia illustre de
Hespanha; tomou o appelido da villa de Haro. Possuiram os Haros o Senhorio de
Biscaia, como Soberanos, e como Seus descendentes o tem hoje a casa real de
Hespanha. Deram uma rainha a Portugal, e em Castella teem muitas casas
titulares. São suas armas em campo de oiro dois lobos negros passantes e
cevados, cada um com seu cordeiro vermelho na bôca; e duas orlas, a primeira
interior de prata com quatro pe daços de caldeira de azul, e a segunda de
vermelho com oito aspas de oiro. Acham-se no livro dos reis de armas. HASSE. Esta
familia é oriunda de Hamburgo, celebre emporio da Alemanha. Passou a Portugal
no anno de 1639 em Pedro Hasse, que se estabeleceu em Lisboa, irmão de Jacobo
Hasse, secretario de um rei de Dinamarca, filhos de outro Pedro Hasse, netos de
Gaspar e bisnetos de Jacobo, que foi um dos quatro burgo-mestres ou senado res
de Hamburgo; do primeiro que passou a Portugal foi filho André Hasse, e el-rei
D. Pedro II o fez fidalgo de sua casa, foi cavalleiro da ordem de Christo e
instituidor de um morgado com a clausula dos seus possuidores usarem do seu
appelido e armas. São estas em campo de prata tres pinheiros verdes juntos, e
no pé um silvado de que vai saindo uma cabra de sua côr; timbre a cabra do
escudo. Assim as communicou José Freire Monterroio Mascarenhas.
HAUCURT, ou AUCOURT. Esta familia
é de França, tem o seu solar no castello de Haucurt em Brie, na provincia de Champagne,
e possue outros muitos senhorios. Te mos noticia de João Haucurt, senhor de La
Fortelle, quarto avô de Filippe Manuel Gual ter de Haucurt, gentil homem
servente da rainha D. Maria Thereza, mulher de Luiz XIV de França, commissario
geral das galés d’aquelle reino. Passou a Portugal no serviço da rainha D.
Maria Francisca Isabel, e foi seu neto Pedro Norberto de Haucurt e Padilha,
fidalgo da casa real, cavalleiro da ordem de Christo, e secretario de sua
magestade no seu Desembargo do Paço. José Freire Monterroio Mascarenhas
communicou as seguintes armas, que viu authen ticas, por lh'as mostrar o dito
Pedro Norberto de Haucurt e Padilha: em campo de prata uma banda vermelha
dentada de oiro pela parte superior chegando só ao centro da banda, com um chefe
de vermelho e n'elle uma muralha de oiro com cinco ameias, que chegam ao meio
do chefe.
HENRIQUES, Henriques é um
patronimico de Henrique, convertido pelo uso em appelido. Ha duas familias em
Portugal que usam d'elle. A dos Henriques do Bombarral, que procedem de Luiz
Henriques, monteiro-mór de el-rei D.
João I, tem por armas o es cudo mantelado; os dois campos superiores de prata,
cada um com seu leão vermelho, batalhantes; o de baixo de vermelho com um
castello de oiro; timbre o castello com um leão vermelho saindo da torre do
meio. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 12.
HENRIQUES, de CASTELLA. Descende
esta familia sem duvida de D. Fernando Henriques, filho natural do rei D.
Henrique de Castella e de D. Brites Peres de Angulo, que vindo para Portugal
foi neste reino tractado como filho de rei, e d’elle procedem os senhores das
Alcaçovas, e por femea todos os Mirandas Henriques, e muitas outras fami lias;
porque todos folgavam de se apparentar com elles. São suas armas o escudo
mantelado; os dois campos altos vermelhos, e em cada um seu castello de oiro, o
de baixo de prata com um leão vermelho. Assim as traz Antonio Soares de
Albergaria nos seus Trophéos lusitanos, na casa dos condes de Villa-flor d’este
reino de Portugal.
HEREDIA. A familia de Heredias é
de Aragão, Onde os seus ascendentes foram ricos-homens, e hoje tem muitos
titulos. Passou a Portugal no tempo de el-rei D. Afonso V, seguindo o partido
da excellente senhora, um fidalgo de quem procedem os que ha em Pinhel,
Barcellos e ilhas d’este reino. São suas armas em campo vermelho cinco
castellos de prata, em santor; timbre um dos castellos. Acham-se no livro dos
reis de armas.
HERRERA. É familia illustre
castelhana, que tomou o appelido da villa de Her rera, de que foram senhores em
terra de Campos. Descende de Alvaro Rodrigues rera, meirinho-mór de Castella,
filho da casa de Lara. Teve outros muitos senhorios, e os titulos de condes de
Lagomera e marquezes de Lancerote e de Aunhon. São suas armas em campo vermelho
duas caldeiras grandes de oiro com suas azas, em pala, e em orla doze caldeiras
da mesma forma mais pequenas. Acham-se no livro dos reis de armas.
HEVIAS. Tem seu solar nas
Asturias. Trazem por armas em campo sanguinho um caldeirão de oiro sobre
chammas de fogo; orla azul com oito castellos de Oiro. Vem no manuscripto já
citado de Fr. José da Cruz, fi. 124.
HOLBECHE. A familia de Holbeches
é de Inglaterra; tomou o appelido do se nhorio da villa de Holbeche, no condado
de Lincolose. Passou a Portugal Francisco Hol beche em 1645, e se estabeleceu
em Lisboa; tornou áquelle reino com a rainha D. Ca tharina, mulher de Carlos
II, a quem serviu alguns annos, e voltando outra vez a Portugal, casou, e
deixou descendentes dos quaes foi neto José Victorino Holbeche, escrivão dos fi
lhamentos, fidalgo da casa real, e thesoureiro da mesma. José Freire Monterroio
Masca renhas communicou as seguintes armas, que viu authenticas na casa do
mesmo José Victorino Holbeche : • Em campo verde cinco vieiras de prata, em
santor; timbre uma banda de verde vo lante com as cinco vieiras do escudo.
HOLLANDA. Esta familia procede de
Jacobo de Hollanda, hollandez de nas cimento, o qual em tempo de el-rei D.
Manuel foi á India e voltou por terra, sendo o primeiro que intentou esta
viagem. Casou neste reino com uma criada alemã da rainha D. Leonor, terceira
mulher do dito rei, dos quaes procedeu Francisco Jacome, a quem el-rei D.
Sebastião confirmou em 5 de setembro de 1561 as armas da geração do con dado de
Hollanda, seus ascendentes. Escudo partido em pala; a primeira de oiro com as
letras —III— negras, postas em roquete, a segunda de prata com quatro asnas
vermelhas, e uma brica verde, e n'ella um cisne de prata; elmo de prata aberto
guarnecido de oiro, paquife de oiro, prata, preto e vermelho, e por timbre o mesmo
cisne. O accrescentamento que lhe dá Villas-boas é diferença como foi passado o
brazão a filho segundo.
HOLZSCHUHER. Na Historia diplomatica
do famoso cavaleiro portuguez Mar tinho Behaim, natural de Nuremberg, faz-se
menção a fl. 116 de outro patricio seu, por nome Volfio Holzschuher, o qual por
seus valorosos feitos e extraordinarios merecimentos alcançou a 8 de fevereiro
de 1503, de el-rei D. Manuel, as armas seguintes : Escudo em campo de prata com
uma cruz de Christo vermelha, e uma cabeça de mouro cortada, e a confirmação
das que já tinha de seus antepassados, podendo acrescentar a estas, aquelas que
lhe eram dadas. Diz assim o diploma : «Eo quod sub signo, quod in vixillo
nostro deferimos, adversus Cemulos infideles sua devotione viriliter dimicavit,
cru cem Christi rubeam cum capite mauri abscisso armis familiae sua
superaddimus, etc., etc.» Este accrescentamento de armas confirmou depois
Carlos V, em 1547. Nos registros do real Archivo encontramos as armas que acima
vão descriptas, com al teração do nome a quem foram dadas, do modo seguinte :
Volfagango Holez Schuber. Consta que foi casado em Portugal com D. Filippa
Cardoso de Almeida, de quem teve descendencia.
HOMEM. A familia dos Homens é um
ramo da arvore dos Pereiras, procede
de D. Pedro Peres de Pereira, irmão segundo do grande conde D. Gonçalo Pereira,
o qual sendo rapaz se houve em uma occasião com tanto valor contra os mouros,
defendendo-se com uma faxa de armas, alabarda ou montante nas mãos, que el-rei
D. Sancho II, emcujo tempo o caso succedeu, disse que D. Pedro não era rapaz,
era homem, de que ele se prezou tanto, que o tomou e deixou a seus descendentes
por appelido, e tomando no vas armas poz em campo azul seis crescentes de oiro
em duas palas, e por timbre um leão azul armado de oiro com uma alabarda nas
garras, cabo de oiro e o ferro de sua côr. • Acham-se no livro da Torre do
Tombo, fl. 25.
HORTA. V. Dorta.
HORTEGA. Escudo esquartelado,
tendo no primeiro quartel as armas da familia Cavalleri, no segundo e terceiro
quartel as armas que em 1848 foram dadas pela rainha a senhora D. Maria II, em
satisfação de serviços prestados por João Diogo Francisco Hortega Solorzano
Costa e Cavalleri, que vem a ser : no segundo quartel em campo azul um castello
de prata com bandeira portugueza, assente na margem de um rio de prata e azul;
no terceiro em campo azul, uma embarcação de guerra de prata com tres mastros e
bandeira portugueza, em mar de prata e azul; no quarto quartel as armas da
familia Drago. V. Archivo, n.º 1130. |
IMPERIALI. É uma das vinte e nove familias
nobres de Genova, onde no anno de 1617 logrou a dignidade de doge João
Imperialí. Teve muitos varões illustres nas armas e lettras, muitos cardeaes, e
tem no reino de Napoles a casa dos duques de Santo Angelo. Passou a Portugal no
tempo de el-rei D. Manuel, Agostinho Imperiali, filho de Frederico Imperiali, o
qual no anno de 1529 apresentou perante o doutor Braz Netto, desembarga dor do
paço, um instrumento authentico em que provou a dita filiação, e descender
desta familia de Imperiali, e el-rei D. João III lhe mandou registrar as suas
armas, e se lhe pas Sou brazão d’ellas em Lisboa a 29 de junho do mesmo anno,
São estas o escudo partido em tres palas; a primeira e a ultima de prata, e a
do meio de oiro carregada de uma aguia negra estendida; timbre um anjo nascente
vestido de prata, que é escurecida de purpura, com um lyrio florido de verde na
mão ". * Esta mercê foi feita por el-rei D. João III em Lisboa a 17 de
junho de 1529, e acha-se registrada na sua Chancellaria no liv. xvII, fl. 75 v.
Tem alguma diferença na descripção. — Pegado.
INFANTE. Tem as mesmas armas dos Lopes: em
campo azul uma palmeira de oiro, e sobre ela um corvo negro; timbre o mesmo
corvo com um ramo de palma no bico.
IRANÇO. É familia de Aragão de que faz honrada
memoria Zurita em D. Pedro Ximenes de Iranço, a quem el-rei D. Jayme II
entregou como em deposito a cidade de Albarracim e o seu castello no anno de
1298. • São suas armas em campo azul tres flores de liz de oiro, em roquete,
orla de prata com cinco arminhos de negro; timbre duas plumas de prata e no
meio d’ellas uma flor de liz de oiro. Assim as communicou o rei de armas
Portugal Pedro de Sousa.
JACOME. Ha duas familias d’este
appelido. A mais antiga que se acha já no tempo de D. Diniz, traz a sua origem
de Italia, derivando o Jacome de Giacomo, que é o mesmo que Diogo na nossa
lingua, cujo chefe foi Rodrigo Jacome Raymundo de Noronha, fidalgo da casa real
e mestre de campo dos auxiliares de Thomar, em cuja villa era mo rador. A outra
familia é denominada a dos Jacomes de Hollanda, que vai em titulo de Hollanda.
As armas dos Jacomes antigos são : o escudo partido em pala; na primeira em
campo azul uma torre de prata coberta, e na segunda em campo de oiro meia aguia
de negro, estendida, armada de vermelho; timbre o castello do escudo.
JACQUES. É familia do reino de
Aragão, que tem o seu solar nas montanhas de Jaca, nome que se dá áquela parte
dos Pyrineos em que está situada a cidade de Jaca. Passou a Portugal na pessoa
de Guilherme Jacques, na familia da infanta D. Isabel, mulher do infante D.
Pedro, duque de Coimbra; estabeleceu-se no Algarve, onde seus descenden tes
fundaram o morgado da Bardeira; tem tido valentes generaes, governadores, e o
titulo de viscondes de Fonte-arcada. Não sabemos que tenham armas proprias; mas
usam das dos Magalhães, com quem se aparentaram. São estas em campo de prata
tres faxas Xadrezadas de vermelho e prata; timbre um abutre de prata armado de
oiro.
JARVIS ou JERVIS. Esta familia é
oriunda do condado de Staford, no reino de Inglaterra, e uma das mais
conspicuas d’elle, pois se acha a sua genealogia e armas regis tradas no
Tribunal da nobreza e armaria d'aquelle reino. Passou a Portugal na pessoa de
Ricarte Jarvis, que se estabeleceu na cidade do Funchal da ilha da Madeira, e
casou na familia dos Farias com Maria de Faria, senhora de muita nobreza. Foi
seu filho Ignacio Jarvis de Faria, pae do capitão Antonio Ricarte Correa Jarvis
de Faria, de quem foi filho Antonio Fernandes Jervis de Atouguia. Constam de
uma carta authentica passada pelo rei de armas de Londres, que está junta á
sentença da nobreza do dito Antonio Fernandes Jervis de Atouguia, as seguintes
armas: chaveirão de prata carregado de cinco arminhos negros entre tres
merletes de oiro; tim bre um dos merletes ". • * Esta descripção torna-se
duvidosa por ter letra diferente do original. — Pegado.
JASO. Em campo de oiro uma arvore
de sua côr, e junto d’ella um urso negro; orla vermelha com oito aspas de oiro.
•
JUSTINIANO. Escudo cortado em
faxa; a primeira composta de nove peças, cinco de oiro e quatro de vermelho; a
segunda partida em pala, na primeira de oiro meia aguia de negro aberta, e na
segunda em campo vermelho um castello de prata.
LACERDA. A familia de Lacerdas é uma das principaes e mais
illustres de Cas tella. A sua varonia é real, porque procede de D. Fernando de
Lacerda, filho primogenito e herdeiro do rei D. Affonso o Sabio, o qual
deixando tambem filho herdeiro por morrer em vida de seu pae, o rei D. Sancho,
que era tio d'elles, se levantou com o reino, ex cluindo-se d’esta forma os
herdeiros do dito D. Fernando de Lacerda, a quem o dito reino pertencia; dos
descendentes do dito D. Fernando procede muita fidalguia no mesmo reino, em
França e em Portugal. As suas armas são compostas das de Castella, de Leão e de
França, d’onde procediam por D. Branca, filha de S. Luiz e mulher do dito D.
Fernando de Lacerda. São estas o escudo partido em pala; a primeira cortada em
faxa, na primeira em campo vermelho um castello de oiro, e na segunda em campo
de prata um leão sanguinho; na segunda pala em campo azul tres flores de liz e
seis meias flores todas de oiro, postas em tres palas; timbre o leão do escudo.
(Acham-se no livro dos reis de armas.) Alguns esquartelam este escudo, pondo no
primeiro que tambem é esquartelado, o castello; no segundo o leão, e assim os
contrarios; no segundo quartel em azul tres flores de liz de oiro, em roquete,
e assim os contrarios; timbre o leão.
LAFETAT. É familia de Milão, com
solar na cidade de Cremona. Passou a Por tugal no tempo de el-rei D. Manuel
João Francisco de Lafetat, que teve o título de conde, o qual era terceiro
filho de Agostinho de Lafetat, pessoa principal da dita cidade. Tem hoje esta
família sua casa no termo da villa de Obidos. São suas armas em campo azul um
castello de oiro; timbre o mesmo castello. Acham-se no livro dos reis de armas,
no manuscripto de Fr. José da Cruz a fl. 87; e no de Fr. Manuel de Santo
Antonio e Silva, que se guardam na Bibliotheca Nacional. Fr. José da Cruz dá as
mesmas armas aos do ap pellido de Delafeitar.
LAGARTO. Esta familia parece ser da Beira,
bispado de Lamego; já existia no tempo de el-rei D. Manuel em que lograva
nobreza, porque se acham suas armas no li vro que o mesmo rei mandou fazer e
pôr na Torre do Tombo, fl. 37. Procedem desta família os filhos de D. Rodrigo
de Noronha e os de D. João de Mello e Abreu. São suas armas em campo de prata
tres lagartos de verde picados de oiro, passantes, com as linguas vermelhas;
timbre um dos lagartos.
LAGE. É appelido tomado de duas freguezias,
uma que está distante da cidade de Braga uma legua, e outra no bispado de
Coimbra. Não se acha descripta a forma do brazão d'esta familia ". 1
Torna-se duvidosa esta descripção por ter letra diferente do original. —
Pegado.
LAGO. É familia muito antiga e
com principios muito illustres. Procede de D. Gonçalo Gonçalves, senhor da honra e quinta do Lago, Entre-homem e Cavado, á qual quinta se
lhe deu este nome por ter no meio um grande lago, e dentro d'este uma torre em
que o dito D. Gonçalo assistia, o qual era irmão de D. Ruy Gonçalves de
Pereira, do tronco dos Pereiras, filhos ambos de D. Gonçalo Rodrigues de
Palmeira. O primeiro que II, D. Sancho II e D. Affonso III.
São suas armas em campo vermelho
uma torre de prata sobre um lago de azul e de prata em que apparecem tres
peixes; sobre a torre do meio uma donzella vestida de azul, com os cabellos
soltos, nascente, e tres flores de liz de oiro em chefe; timbre a mesma
donzella com uma flôr de liz de oiro na mão direita, tambem nascente. Acham-se no
livro dosreis de armas.
Os Pereiras do Lago partem o escudo em pala, na primeira as dos
Pereiras, e na segunda estas dos Lagos, Villas boas lhe dá tambem em campo
vermelho cinco flôres de liz de oiro, em santor; timbre uma aspa vermelha com
tres lizes.
LAMADEITA. Esta familia é
illustre nos reinos de Castella e Galiza, onde tem os senhorios de Deça e
outras terras. Passou a Portugal Bartholomeu Lamadeita que era natural de
Galliza, filho de Estevão de Lamadeita, e pae de outro Estevão de Lamadeita,
que teve a Domingos Gil Lamadeita, pae de João Gil Lamadeita Salgado Louzada,
mora dor em Moimenta, e administrador de um opulento morgado. São suas armas em
campo azul uma torre de prata com uma aguia do mesmo metal no alto da mesma
torre aberta; timbre a aguia. Assim se apresentaram authenticas para se
lançarem no livro da Nobreza, no anno de 1771, e se passou brazão ao dito João
Gil Lamadeita Salgado Louzada. LANÇA,
LANÇOS e LANÇÕES. Esta familia é
originaria de Galiza, deve a sua ascendencia á casa dos Andrades tão conhecida
em Galiza e Portugal pela sua antiga no breza. Assim o diz Afonso Lopes de
Haro, part. II, liv. VI, cap. VI, fl. 620. Foi o pri meiro d'esta familia
Fernão Peres de Andrade, que por ter herdado a terra de Lanções, no mesmo reino
de Galiza, tomaram os seus filhos e descendentes o appelido d'este se nhorio, e
em allusão a elle puzeram por armas em campo verde cinco lanças com ferros de
prata e as astes de oiro, postas em banda; timbre tres lanças das armas, postas
em roquete, atadas com um torçal verde *. Alguns trazem por timbre d’estas
armas um braço vestido de verde com uma lança das armas na mão. Passou a
Portugal Antonio Francoso de Lanções, e casando na villa de Monção, nobre mente
estabeleceu n’este reino a mesma familia. Villas-b0as traz tambem estas armas
da forma que ficam expostas. 1 Esta descripção torna-se duvidosa por ter letra
diferente do original.—Pegado.
LANCASTRO. A familia dos Lancastros é tão illustre, como é notorio
a todos os genealogicos, porque procede do senhor D. Jorge, filho legitimado de el-rei D. João II, havido de D. Anna
de Mendonça. Tomou o appellido de Lancastro em memoria da rainha D. Filippa,
mulher de el-rei D. João I, seus terceiros avós. Teve neste reino as casas de
Aveiro, com o titulo de duque de juro e herdade; e procederam tambem do senhor
D. Jorge, os marquezes de Gouveia, os condes de Obidos, Villa-nova, Unhão, e
outras muitas casas que não tem titulos.
São suas armas as do reino com um
filete preto em contrabanda, que passa por baixo do escudinho do meio; timbre
um pelicano do oiro ferindo o proprio peito em que bebem tres filhos, todos do
mesmo metal ". Usaram-n'as os condes de Villa-nova, commendado res-móres
de Aviz, e outras casas. * Torna-se duvidosa esta descripção por ter letra
diferente do original. — Pegado.
LANDIM. Esta familia dizem muitos
nobiliarios ser oriunda de Inglaterra, que passou a este reino com o duque de
Lancastro; porém contra isto temos o acharmos memorias d’ella mais antigas
neste reino, e em tempo em que o couto que agora por corrupção se chama Landim,
era então chamado Nandim, e nunca os d’esta familia tiveram senhorio. E muito
provavel que seja descendente dos Landins de Placencia em Italia, que é uma das
quatro mais nobres familias d’aquela cidade, d’onde passaria alguma pes soa em
tempos muito antigos a este reino : Isto se infere das côres dos escudos que
uma e outra tem, que é de prata e vermelho, e a faxa no meio do escudo, ainda
que com al guma diferença, que pôde proceder da com que se dão tambem as mesmas
armas aos filhos segundos e terceiros de qualquer casa. A Gaspar Dias Landim,
contador da fazenda das comarcas de Evora e Portalegre, que era por seu pae da
familia dos de Abul, e por sua mãe Landim, se passou brazão de ar mas dos
Landins em 21 de junho de 1539, d’onde consta que são : em campo de prata uma
faxa vermelha e em chefe uma cabeça de leão de sua côr; timbre a cabeça de leão
do escudo entre duas azas de oiro. Assim as achamos no Cartorio da Nobreza.
Villas-boas traz a cabeça de leão vermelha, e a do escudo tambem entre duas
azas de oiro, o que não achamos no registro desta mercê, a côr deve ser
aleonada ". 1 Esta mercê foi feita em Lisboa a 16 de abril de 1539, e
acha-se o registro na Chancellaria de el-rei D. João III, liv. xxvII, fl. 40 v.
Difere na descripção. — Pegado.
LANDO. A familia d’este appelido
de Lando é franceza. Passou a Castella João Lando com o rei D. Henrique II,
quando veiu contra seu irmão D. Pedro, o Cruel. Não temos notícia que se tenha
estendido a Portugal, porém como achamos as suas armas no Cartorio da Nobreza
por isso as descrevemos aqui. São estas em campo sanguinho uma aspa de oiro
aleçada; orla de prata carregada de dez leões sanguinhos ". Assim as
achamos tambem em Gonçalo Argote de Molina. 1 Esta descripção torna-se duvidosa
por ter letra diferente do original. — Pegado.
LARA. A familia de Laras foi das
primeiras e mais illustres de Hespanha, a sua varonia vem dos condes de
Castella e dos reis de Leão; tomou o appelido do senhorio da cidade de Lara;
foi o primeiro conde D. Gonçalo Nunes de Lara. São suas armas em campo vermelho
duas caldeiras xadrezadas de oiro e negro, com oito cabeças de serpes de oiro
em cada uma, quatro em cada encaxe, duas voltadas para fora e duas para dentro;
as caldeiras postas em pala. Alguns querem que as cabeças de serpe sejam
verdes. Acham-se no livro dos reis de armas.
LARACIN. Tem por armas em campo
vermelho uma faxa de prata em duas cal deiras de oiro; orla vermelha com oito
aspas de oiro. Acham-se nos manuscriptos de Frei José da Cruz, reformador do
Cartorio da Nobreza. É família de Castella.
LARZEDO, LOUREDO, e LAURED0. É tudo a mesma
familia, que deve ser Louredo, segundo se vê do conde D. Pedro, Nobiliario,
pag. 376; e é o seu solar na freguezia de S. Vicente de Louredo na terra de
Santa Maria. São suas armas em campo verde um castello de oiro com portas e
frestas de azul en tre dois leões de prata, trepantes; timbre um dos leões
armado de vermelho. Acham se no livro da Torre do Tombo, fl. 20.
LARRE. Este appelido foi tomado
da villa de Loare, em Hespanha, que está a qnatro leguas de Huesca. Passou a
Portugal e neste reino teve o emprego de provedor dos armazens. Não se encontra
a descripção do brazão d'esta familia ". 1 Torna-se duvidosa esta noticia
por ser de letra diversa do original. — Pegado. in fere tambem das armas serem
dois cães, cujo animal é symbolo da lealdade. São suas armas em campo de prata
dois cães negros passantes, armados, de lingua e unhas de vermelho, e postas
como em orla sete estrellas vermelhas; timbre um cão como os do escudo, com uma
estrella de prata na espadoa. • Acham-se no livro dos reis de armas.
LEAL. Este appelido foi originado
de alguma acção de fidelidade, o que se in fere tambem das armas serem dois
cães, cujo animal é symbolo da lealdade. São suas armas em campo de prata dois
cães negros passantes, armados, de lingua e unhas de vermelho, e postas como em
orla sete estrellas vermelhas; timbre um cão como os do escudo, com uma
estrella de prata na espadoa. Acham-se no livro dos reis de armas.
LEÃO. Esta familia é originaria
de Castella, e teve o seu solar na cidade de Leão, de que tomou o appellido.
Passou a Burgos, em cuja sé tinha jazigo; depois da conquista de Andaluzia fez
assento em Baeça, onde teve o posto de alcaide-mór. Passou a Portugal Pedro
Soares de Leão no tempo de el-rei D. Fernando, que o fez senhor de Villas-boas
e da Torre de D. Chama. São suas armas em campo de prata um leão vermelho, orla
vermelha com oito aspas de oiro; timbre um leão de oiro, Acham se no livro dos
reis de armas.
LEÃO, de JOÃO LOPES DE LEÃO. Esta familia
procede de João Lopes de Leão, o qual descendia de D. Gil de Leão, cavaleiro de
Burgos em Castella. Estes trazem por armas em campo de prata uma cruz de azul,
vazia do campo, com tres bolotas verdes e os casulos de oiro em cada ponta;
timbre uma aspa azul com as mesmas tres bolotas em cada ponta das pernas.
Acham-se no livro dos reis de armas.
LEÃO GOLDRMID. M. N. dada a Isaac
Lyon Goldrmid, baronete do reino unido da Grã-Bretanha e Irlanda, barão de
Goldrmid e da Palmeira, por alvará de 3 de abril de de 1846: escudo
esquartelado em aspa; o primeiro quartel de cima em campo de prata, o segundo
em campo de oiro, e assim os contrarios, todos semeados de arminhos negros, e
sobreposto um escudete sanguineo carregado com uma torre de oiro; corôa de
barão: chefe em campo sanguineo uma ave de prata com as azas amarellas e pontas
verdes, en tre duas rosas de oiro; brica de prata com uma mão vermelha sobre o
escudo, a corôa de barão, e por timbre um dragão de oiro com as azas levantadas,
segurando em uma rosa vermelha, com pedinculo e folhagem de côr propria, e a
par d’ella o timbre das ar mas de Goldrmid, que é um leão de prata rompente,
segurando nas garras um rolo de oiro interlaçado de fita azul clara, e por
supportes do lado direito um leão de prata rom pente, ducalmente coroado e
carregado na espadoa com uma rosa vermelha, e do lado esquerdo um dragão de
oiro com as azas levantadas, tambem carregado na espadoa com uma rosa vermelha,
e por baixo do escudo uma fita com a legenda seguinte : Concordia et Selitate.
LEBRÃ0. O solar dos Lebrões é a
quinta chamada do Outeiro, sita na fregue zia do Salvador, do concelho de
Roças, comarca de Guimarães. São suas armas o escudo de vermelho e n'elle cinco
lebres infantorum de sua côr; timbre uma das lebres.
LEÇA. Esta familia traz a sua
origem dos imperadores de Constantinopla, d’onde passou para a ilha de Corsega
c n’ella tem senhorios. Passou depois a Hespanha onde foi pessoa muito
distincta D. Matheus Vasques de Leça, conego da santa egreja de Sevilha. São
suas armas o escudo esquartelado; o primeiro quartel de vermelho, e o segundo
de verde, e assim os contrartos, e sobre todos eles um castello de prata com
uma aguia negra de duas cabeças sobre a torre do meio, que só lhe apparece
metade, coroada de oiro, e junto á porta do castello um leão de oiro; Orla de
oiro com cinco escudetes ver melhos, tendo cada um uma columna de prata coroada
de oiro; timbre um anjo vestido de prata com um labaro de oiro na mão esquerda
e n'elle uma fita com esta letra: In hoc signo victor eris. Acham-se em Gonçalo
Argote de Molina.
LEDESMA. Este appelido foi tomado
da cidade de Ledesma. São suas armas em campo azul uma aspa de oiro entre quatro
flôres de liz de prata, e oito crescentes tambem de prata em Orla. Acham-se em
Gonçalo Argote de Molina, Nobreza de Andaluzia, fl. 67.
LEDO. Escudo partido em pala; na
primeira as quinas das armas reaes, sem a orla dos castellos, na segunda em
campo vermelho, um castello de oiro; timbre o mesmo castello.
LEIRA e LIRA. A familia de Leira
é originaria de Galliza, e o seu solar na ci dade de Tui, onde se converteu em
Lira a palavra Leira, que significa terra de pão. Pas sou a Portugal no reinado
de el-rei D. Fernando, Afonso Gomes de Lira, a quem o mesmo rei deu a terra de
Frazão e outros bens; e no de el-rei D. João V passou tambem Pedro Marinho
Francoso de Lira, que era da casa da Piconha no dito reino; este casou na villa
de Barca, e d’elle procedem os que ha em Obidos. São suas armas em campo de
oiro cinco bandas de azul; timbre um leão de oiro com cinco bandas, e armado de
azul. Acham-se no livro dos reis de armas.
LEITE. Deixando as fabulas que se
tem inventado sobre a origem desta fami lia, teve ella principio na villa de
Chaves em Alvaro Pires, a quem chamaram de alcunha o Leite Coito, que na lingua
moderna é o mesmo que leite cozido, talvez por ser amigo d'elle. Viveu no tempo
de el-rei D. Affonso IV, e foi senhor do morgado de Santa Catha rina, que
instituiu seu pae Pedro Esteves. São suas armas em campo verde tres flôres de
liz de oiro em roquete; timbre uma das flôres de liz. Acham-se no livro dos
reis de armas.
LEITE PEREIRA. Da familia dos
Leites passou um ramo para a cidade do Porto, que se aparentou com os Pereiras,
e desta aliança procedem os Leites Pereiras, que trazem por armas o escudo
esquartelado, no primeiro quartel as dos Leites que são em campo verde tres
flôres de liz de oiro, no segundo as dos Pereiras, em campo ver melho uma cruz
de prata florida e vazia do campo, assim os contrarios; timbre a cruz dos
Pereiras de prata, entre duas flores de liz de verde. Acham-se no livro dos
reis de armas.
LEITÃO. Procedem os Leitões de D.
Gueda, o velho, que veio para Portugal com o conde D. Henrique; a seus
descendentes por viverem em Lodares foi dado a alcu nha de Leitões. Occuparam
estes as maiores dignidades de Portugal, os mestrados das ordens,
alcaiderias-móres, e tiveram o senhorio de muitas terras; porém como multipli
caram muito, se dividiram por muitas terras, e alguns caíram em pobreza;
d’elles proce dem os Mascarenhas e os Silveiras. São suas armas em campo de
prata tres faxas vermelhas; timbre um leitão de prata Com uma faxa do escudo.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 26.
LEITÔES, de CHRISTOVÃO LEITÃO.
D'esta familia foi Christovão Leitão, natu ral da villa da Certã, ao qual pelos
grandes serviços que fez em Africa a el-rei D. João III, e lhe deu por armas o
escudo esquartelado, no primeiro quartel em campo vermelho uma torre de prata
cravada de setas de oiro, duas bandeiras de prata com astes de oiro, no alto,
uma para cada banda, um sino azul com seu campanario ou sineira tambem de prata
no remate, e duas peças de artilheria montadas em carretas de oiro apontadas
contra a torre, uma de cada ilharga; no segundo quartel as tres faxas vermelhas
dos Leitões em campo de prata, e assim os contrarios; timbre a torre. Acham-se
no livro da Torre do Tombo, fl. 41. V. Archivo, nº 497.
LEME. Esta familia, oriunda de
Flandres, teve o seu solar na cidade de Bruges. Passou a Portugal Martim Leme,
no tempo de el-rei D. Afonso V, a quem serviu em Africa. Foi fidalgo da casa do
dito rei e lhe confirmou as suas armas a seu filho Antonio Leme em 12 de
novembro de 1471. Na ilha da Madeira tem bons morgados, e na Ame rica a casa de
guarda-mór das minas Pedro Dias Paes Leme. São suas armas em campo de oiro
cinco melros negros sem pés nem bicos, postos em santor; timbre uma aspa do
mesmo metal e no meio um melro do escudo". Acham-se no livro da Torre do
Tombo, fl. 24. V. Archivo, n.º 257. * Acha-se esta mercê registada no liv. III
de Misticos, fl. 13v, e na Chancellaria de el-rei D. Affonso v, fl. 90 do liv.
xxi. Tem diferença na descripção. — Pegado.
LEMES, de MANUEL LEME. Este ramo
procede de Manuel Leme, que vindo a cair em femea quizeram seus descendentes
variar de escudo, e puzeram em campo de prata tres melros só, em roquete, sem pés
nem bicos; timbre uma aspa de prata carre gada no meio de um dos melros.
Acham-se no livro dos reis de armas.
LEMOS. Esta familia é de Galiza; tomou o appelido do Valle de Lemos
: foi tão poderosa que logrou mais de vinte castellos e casas fortes. Passaram
a Portugal no anno de 1350 na pessoa de Lopo Lopes de Lemos, filho de outro do
mesmo nome, e seus Successores tiveram o senhorio da Trofa, que logram ainda
hoje por femea, e são tam bem muito fidalgos n’este reino.
São suas armas em campo vermelho
cinco quadernas de crescentes de oiro, em santor; timbre uma aguia vermelha
armada de oiro com uma quaderna dos crescentes no peito, e assentada sobre um
ninho de silvas de verde. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 31.
LEOTE. Esta familia era de Tanger;
tomou o appelido de uma façanha que obrou Francisco Leote Tavares em Africa,
junto áquella praça, matando um leão que o investiu, como se vê num alvará pelo
qual el-rei D. Filippe III o fez fidalgo, e pelos gran des serviços que
prestara n'aquela praça lhe deu por armas em campo verde um braço armado de
prata, tendo na mão uma cabeça de leão de oiro ensanguentada, timbre o braço
com a cabeça do leão. Assim constava do dito alvará que existia em poder de
Manuel José de Sousa Leote, chefe desta familia, e morador no reino do Algarve.
LEXANO. Escudo partido em tres
palas; na primeira em campo azul uma con trabanda de oiro entre as bôcas de
duas cabeças de serpe do mesmo metal, um crescente de prata e uma estrella de
oiro; na segunda em campo de oiro cinco corações de verde, postos em santor; na
terceira em campo de prata duas caldeiras de negro, em pala. Assim se encontram
em um manuscripto antigo.
LIMA. Os Limas são originarios de Galliza; descendem dos reis godos e dos suevos. Tomaram o
appellido do rio Lima, em cuja ribeira viveram, e foram sempre il lustres
senhores, servindo em Portugal e em Castella. Os de Portugal descendem de D.
Fernando Annes de Lima, que passou a este reino no tempo de el-rei D. João I,
que lhe deu muitas terras.
São suas armas em campo de oiro
quatro palas vermelhas, cujas armas deu el-rei D. Pedro II de Aragão no anno de
1212 a D. João Fernandes de Lima o Bom, que se achou em seu favor na batalha
das Navas de Tolosa, pelas grandes acções que obrou n'a quelle conflicto.
LIMAS, do VISCONDE. Esta casa do visconde (depois marquez) teve
principio em Leonel de Lima, filho e herdeiro de D. Fernando Annes de Lima, e
de sua mulher D. Thereza de Sousa, e foi o primeiro visconde de Villa-nova da Cerveira;
este ordenou o seu escudo partindo-o
em tres palas; na primeira as quatro palas vermelhas em campo de oiro; as
outras duas palas esquarteladas; no primeiro quartel em campo de prata um leão
de purpura armado de azul, que é dos Silvas por sua mãe; no segundo no mesmo
campo de prata tres faxas xadrezadas de oiro e vermelho, que é dos
Soutos-maiores por sua avó materna D. Ignez de Souto-maior; timbre o leão dos
Silvas. Depois lhe accres centaram mais as dos Britos e as dos Nogueiras.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 11.
LIMPO. Esta familia é oriunda da
villa de Monção, na provincia do Alemtejo; o appellido foi tomado de alcunha; a
sua antiguidade não excede o reinado de D. Afonso V. Achava-se já estabelecida
na villa de Moura, onde no anno de 1467 vivia Alvaro Limpo, avó de D. Fr. Balthasar
Limpo, bispo do Porto e arcebispo de Braga, que no anno de 1557 instituiu uma
capella na aldeia de Santo Aleixo com quatro missas cada semana, que hoje
logram seus descendentes com reconhecida nobreza. São suas armas em campo de
oiro tres bandas vermelhas carregadas de sete rosas de prata vasias no meio, a
de dentro com tres e as de fóra com dnas; timbre uma cabeça e pescoço de libreo
de prata, com uma coleira vermelha guarnecida de oiro, tendo a bôca aberta.
Acham-se no livro dos reis de armas.
LIZ. Este appellido é antigo em
Portugal, e d’elle ha familias muito nobres. Villas-boas, a fl. 296, lhe
assigna por armas sete bandas verdes em campo de oiro; timbre meio leão de oiro
armado e bandado de verde; alguns trazem as bandas de azul, assim no escudo
como no timbre. Em uma memoria, que se achava em um livro que ser viu ao P.º
Fr. José da Cruz, vê-se que esta familia tem tambem por armas em campo azul
tres flores de liz de oiro em roquete; poderá ser que algum ramo as tenha assim
". 1 Esta descripção torna-se suspeita por ter letra diversa do origiual.
— Pegado.
LOBÃO. Em uma certidão authentica
passada pelo principal rei de armas, em referencia, segundo ele dizia, ás que
se achavam registradas no livro VII do Cartorio da Nobreza, fl. 387, do anno de
1725, vem as seguintes armas : em campo de oiro cinco flores de liz azues
postas em aspas, com uma orla verde, e n'ella cinco lobos de oiro pos tos a seu
direito; elmo de prata aberto; timbre um lobo de oiro, com uma flor de liz do
escudo na espadoa. V. Lobeira.
LOBATO. É familia de Galiza; o
appelido é diminutivo de Lobo, que princi piou em alcunha. Passou a Portugal
homisiado D. Vasco Lobato, senhor do couto de Me don, e d’este se disse serem
descendentes todos os que ha n’este reino, de que se con Valladares e Monção, e
em S. Mamede de Lisboa º tem sepultura e uma missa cantada cada anno Pedro
Annes Lobato, a quem el-rei D. João I fez fidalgo. São suas armas em campo
vermelho tres castellos de prata em roquete, orla de oiro com oito lobos de
negro; timbre um castello, e saindo do alto da torre do meio um dos lobos.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 19. ! Refere-se á antiga egreja, que
ardeu em 1755.
LOBEIRA e LOBÁ0. São galegos antiquissimos,
e com principios muito illus tres; tem o seu solar na quinta da Lobeira, na
comarca de Ponte-vedra; procedem de Rodrigo Sanches de Lobeira, primeiro bispo
de Compostella. Passaram a Portugal no tempo dos seus primeiros reis, e no de
D. Afonso III se acham com o titulo de miles, que então significava o mesmo que
fidalgo. São suas armas em campo de oiro cinco flores de liz azues em santor,
orla verde com cinco lobos de oiro; timbre um dos lobos com uma das lizes na
espadoa. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 32.
LOBO. Deixando as diversas
origens que dão a esta familia, os Lobos de Por tugal procedem de D. Pedro Paes
Lobo, que veiu conduzir a rainha D. Mexia Lopes de Haro, sua prima segunda,
filha do seu soberano e parente o conde D. Lopo Dias de Haro, Senhor de
Biscaia; deste procedem por varonia os Lobos da rua de Alconchel de Evora,
Martim Lopes Lobo de Estremoz, Manuel do Quental Lobo em Elvas, Luiz Lobo da
Silva em Lisboa, e por femea os condes de Oriola e outros, barões de Alvito,
etc. São suas armas em campo de prata cinco lobos de negro, em santor, armados
de ver melho; timbre um dos lobos. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 13.
•
LOBOS, do BARÃO DE ALVITO. Este
ramo de Lobos teve principio em D. Ma ria de Sousa Lobo, filha e herdeira de
Diogo Lopes Lobo, senhor de Alvito, Villa-nova e Outras terras, a qual sendo
segunda mulher de D. João Fernandes da Silveira, regedor das justiças,
chanceller-mór de el-rei D. Afonso V e seu escrivão da puridade, foi por este
casamento senhor de Alvito, de que o mesmo rei o creou primeiro barão em 1475;
e em razão d’este senhorio tomou esta casa as armas dos Lobos
accrescentando-lhes uma Orla azul carregada de oito aspas de oiro, e o lobo do
timbre com uma aspa na espadoa. Assim as traz estampadas o padre D. Antonio
Caetano de Sousa no seu livro dos Grandes de Portugal, a pag.357.
LOBRA. Em campo de prata uma cruz
Vermelha, carregada de um lobo do IlleSII10 metal. Assim as traz o muitas vezes
citado livro de Fr. José da Cruz,
LOMBARDO. No livro dos reis de
armas achamos registradas as armas seguin tes, mas fazem alguma diferença das
que foram confirmadas a João Lombardo em 1513 por el-rei D. Manuel : Escudo
dividido em aspa por uma cotica vermelha; no primeiro de prata uma aguia negra
coroada do mesmo; o segundo e terceiro de prata lisa; o quarto de prata com uma
estrella negra; timbre duas azas de aguia, negras. V. Archivo, n.º 1189.
LOMELINO. Esta familia é uma das
vinte e oito, que em Genova eram antiga mente contadas como as principaes, e da
primeira nobreza daquela republica, a que de Pois se foram egualando outras.
Passou a Portugal no descobrimento das ilhas dos Açores, e achamos que Jorge
Lomelino fundou ou foi senhor do morgado do Seixo na ilha do Porto-santo, onde
casou sua filha Anna Lomelina com Estevão Calaça, criado do in fante D.
Henrique. São suas armas o escudo cortado em faxa e arqueado, a parte superior
de vermelho e a inferior de oiro. Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, na sua
Nobreza de Andaluzia, fl. 24.
LOPES. Lopes é patronimico de
Lopo; por este principio o tem usado em Por tugal os Sousas, os Azevedos e os
Lobos, e em Hespanha os Haros, todos com armas diferentes. Os de que aqui
tractamos são descendentes de João Lopes, cavalleiro da casa da infanta D.
Joanna, filha de el-rei D. Affonso V, ao qual por servir em Arzilla e nas
guerras que o dito rei teve em Castella, lhe foram dadas por armas em campo
azul uma palmeira de oiro, e um corvo negro pousado sobre ella; timbre o corvo
do escudo, com um ramo de palma no bico.
V. Archivo, n.º 1190.
LOPES, de CIDADE-RODRIGO. Os
Lopes de Cidade-Rodrigo trazem o escudo esquartelado; no primeiro quartel em
campo azul uma estrella de oiro de seis raios; no segundo em vermelho uma flor
de liz de prata, e assim os contrarios; orla vermelha com oito aspas de oiro;
timbre uma das aspas. Acham-se no livro dos reis de armas.
LOPES, de D. TORIBIO LOPES. Ao
bispo de Miranda D. Toribio Lopes deu el rei D. João III por armas o escudo
esquartelado; no primerio quartel em campo azul tres estrellas de oiro, em
roquete; no segundo em campo de prata uma palmeira verde com fructos de oiro, e
assim os contrarios; orla vermelha com esta letra de oiro—Unam petii a Domino
hanc requiram ut habitem in Domo Domini". Não nos consta que hoje use
d’estas armas familia alguma n’este reino. • 1 Esta mercê foi feita em Evora a
4 de novembro de 1545, e está registrada na Chanc. de el-rei D. João III, liv.
xxxv, fl. 111. Difere mnito da descripção acima dita. — Pegado.
LOPES BRANCO. M. N. conferida a
Antonio Roberto de Oliveira Lopes Branco, por alvará de 9 de janeiro de 1862: —
Escudo esquartelado; tendo o quartel superior da direita carregado com uma
palmeira de oiro, com duas estrellas de prata de cinco raios cada uma, e
acantonadas em chefe sobre campo azul; o superior da esquerda carregado com
tres corvos negros voantes, e colocados em roquete, e assim o seu alterno sobre
campos de prata; e o inferior da esquerda carregado com uma oliveira de sua côr
sobre campo de oiro; coronel de oiro decorado com pedras preciosas, e na parte
superior re cortado com oito angulos agudos, dos quaes só apparecem, em pintura,
apenas cinco, que rematam cada um em uma perola, ficando o virol sobre o do
centro, onde se firma O timbre, representado por um leão rompente de purpura e
com a lingua de prata. V. Archivo, n.º 325.
LORDELLO. É familia portugueza; o
appelido é tomado do logar de Lordello, freguezia de S. João, no julgado de
Neiva, que é o seu solar, e já no tempo de el-rei D. Diniz era honrado o mesmo
logar e uma quinta que alli havia dos Lordellos. São suas armas em campo verde
uma banda de prata carregada de tres rosas verme lhas, entre seis borregos do
mesmo metal; timbre um dos borregos, com uma rosa ver melha na bôca. Acham-se
no livro da Torre do Tombo, fl. 28. leão de sua côr, empunhando uma espada na
garra direita, com copos de oiro e o ferro de prata.
LORME (DE). É familia de França,
que passou a Portugal. São suas armas o escudo de campo negro com tres bandas
de prata; timbre um leão de sua côr, empunhando uma espada na garra direita,
com copos de oiro e o ferro de prata.
LORONHA. Os Loronhas são fidalgos
antigos, passaram a Inglaterra; e n'aquelle reino viveu Martim Affonso de
Loronha até o anno de 1440, em que se restituiu a Portugal. O rei de Inglaterra
lhe deu por armas o escudo partido em pala; a primeira de prata e a segunda
verde, no canto esquerdo desta uma pomba de prata, e no meio en tre uma e outra
pala duas meias rosas vermelhas e duas meias flores de liz de oiro, em pala;
timbre a pomba em acção de querer voar. Fernão de Loronha descobriu a ilha do
seu nome; era chefe desta familia no seculo passado Antonio Sanches de Noronha
e Loronha, que vivia na sua quinta da Ameixoeira, termo de Lisboa. V. Archivo,
nº 658.
LOUREDO, LAUREDO e LORED0. É tudo
a mesma familia, que deve ser Lo redo ou Louredo, segundo se vê do conde D.
Pedro, fl. 376, e tem o seu solar na fre guezia de S. Vicente de Louredo, na
terra de Santa Maria. São suas armas em campo verde um castello de oiro com
portas e frestas de azul, en tre dois leões de prata trepantes; timbre um dos
leões armado de vermelho, como os do escudo. Acham-se no livro da Torre do
Tombo, fi. 20.
LOUREIRO. Os Loureiros são
antigos e naturaes d’este reino; tomaram o appel lido do senhorio do lugar de
Loureiro; usaram das armas dos Figueiredos depois que Joanne Eannes de Loureiro
casou com Catharina de Figueiredo; porém depois el-rei D. João III deu a Luiz
de Loureiro seu bisneto, adail-mór que foi deste reino, pelos seus muitos
serviços, armas novas que são : O escudo esquartelado; no primeiro quartel em
vermelho, um castello de prata e arru mada a elle uma escada de oiro; no
segundo e no terceiro em campo de vermelho cinco folhas de figueira verdes
perfiladas de oiro; o quarto partido em pala, na primeira em campo de oiro uma
bandeira vermelha de duas pontas, a segunda de vermelho com uma bandeira de
prata tambem de duas pontas, e ambas com os ferros de sua côr; timbre dois
braços de leão de vermelho, em aspa, cada um com sua folha de figueira na
garra, e entre eles o alcaide de Azamor nascente com as mãos atadas com um
cordão de oiro. Alguns não trazem o alcaide". V. Archivo, n.º 1791. . 1
Esta mercê foi feita em Almeirim a 26 de julho de 1551 e acha-se registrada no
liv. 1v. de Privile gios de D. João III, fl. 80. Tem diferença na descripção.
LOURENÇO. W. Archivo, n. 1192.
LOUZADA. É familia de Galiza, que
tomou o appelido do palacio de Louzada no valle de Queiroga, que era seu. Foram
senhores da villa de la Puebla de Senabria. Passou a Portugal João de Louzada,
e seus irmãos Henrique e Gonçalo de Louzada, no tempo do rei D. Afonso v, e
d’elles procedem os que ha neste reino, e foi tambem des cendente o celebre
Gaspar Alvares Louzada, escrivão e reformador do Real Archivo da Torre do
Tombo, tido nó seu tempo por grande genealogista, e hoje na opinião de muitos
por um insigne falsario. São suas armas em campo de prata uma lagem de côr de
piçarra, saindo d’ella dois lagartos verdes com as linguas vermelhas. Acham-se
no livro da Torre do Tombo, fl. 14.
LOUZADAS (outros). Tem os d’esta
familia tambem o seguinte escudo: O escudo cortado em faxa, na primeira em campo
vermelho um leão de oiro com uma espada de prata na garra direita em acção de
descarregar o golpe; na segunda em campo vermelho cinco crescentes de prata com
as pontas para a parte direita do escudo, postos em santor; timbre o leão com a
espada. Acham-se no livro dos reis de armas.
LOUZADAS, de GALLIZA. Os Louzadas
de Galiza trazem as seguintes armas: Escudo de campo de oiro com uma louza ou
uma lage de côr piçarra, apparecendo por debaixo d'esta as cabeças e mãos de
seis lagartos de verde com escamas de oiro; orla vermelha carregada de seis
aspas de oiro; timbre quatro pennachos de côres distinctas.
LUCAS. Converteu esta familia em
appelido o nome de Lucas, que passou de Castella a Portugal. E o seu Solar na
villa de Belmonte onde são fidalgos notorios. Entre as pessoas d’esta familia
se fez mais notavel Ruy Correa Lucas, que foi do conselho dos reis D. João IV e
D. Affonso VI, teve varias commendas na ordem de Christo, foi depu tado da
Junta dos tres Estados, fundador do convento das religiosas inglezas de Santa
Bri zida de Lisboa, e do hospital dos Clerigos pobres. No seculo passado era o
chefe d’esta familia Sebastião Zalema Correa de Reboredo Lucas, moço fidalgo e
capitão de cavallos. São suas armas o escudo cortado em faxa, na primeira cinco
peras de sua côr com seus pés e folhas de verde em campo de prata; na segunda
em campo azul tres faxas de oiro; timbre uma das peras do escudo. Assim as
communicou José Freire Monterroio Mascarenhas.
LUCENA. É familia de Andaluzia;
passou a Portugal no tempo de el-rei D. João III em tres irmãos que tomaram por
appellido o nome da cidade de Lucena, d’onde eram na turaeS. São suas armas em
campo azul um sol de oiro, orla de prata com oito cruzes de verde, como as de
Aviz; timbre uma aspa de oiro com cinco cruzes como as do escudo. Acham-se no
livro dos reis de armas.
LUCIOS. Procedem de Adrião Lucio,
fidalgo flamengo, que passou a Portugal em tempo de D. João III, e este senhor
lhe mandou registrar as suas armas nos livros da nobreza. São estas em campo
azul, uma ribeira de prata, em banda, pela qual sobe um peixe lucio de sua côr,
entre dois leões de oiro armados de vermelho em contrabanda; timbre um dos
leões com o peixe na garra direita. Acham-se no livro dos reis de armas.
LUGO. A familia d’este appelido é
das mais antigas e illustres de Galiza. To mou o appelido da cidade de Lugo;
teve grandes e exemplares prelados e famosos ca pitães. Passaram a Portugal os
parentes de Alvaro Annes de Lugo resentidos dos reis catholicos os mandarem
matar, dos quaes foi Fernando de Lugo, que n'este reino foi go vernador de
Cabo-verde; instituiu morgado com obrigação do appellido e armas, e d'elle
descende muita fidalguia. São suas armas em campo vermelho uma cruz de oiro
floreteada com o centro de verde, que é o vazio, e d’elle saem quatro espigas
de trigo do mesmo metal que formam outra cruz nos angulos. - Acham-se no livro dos reis de armas, e em
Gonçalo Argote de Molina.
LUIZ, M. N. dada em Samora a 13
de novembro de 1475 por el-rei D. Af fonso V, pelos serviços nas armas na tomada
de Arzila, a Fernando Luiz:
campo azul com uma torre de prata
com portas, janellas e um canario verde dentro n’ella, e um leão rompente
armado de oiro subindo a torre. V. Archivo, nº 667.
LUNA. Esta familia é oriunda de
Aragão; foi d’ella D. Alvaro de Luna, grande valido do rei D. João II de
Castella; governou trinta e tres annos aquela monarchia, até que a inveja e a
emulação o fizeram acabar em um cadafalso. Passaram alguns de seus descendentes
a Portugal, de quem procedem muitos fidalgos da provincia de Entre Douro e
Minho. São suas armas em campo vermelho uma lua de prata minguante, que é com
as pon tas para baixo, e o contrachefe de prata lizo; timbre uma aspa vermelha
com um min guante de prata no meio. Acham-se no livro dos reis de armas. LUZIA.
Em campo azul um sol de oiro. Assim estão no referido manuscripto de Fr. José
da Cruz.
LYON GOLDRMID. W. Leão, e no
Archivo, n.º 1031. M •
MAÇAS. É familia de Aragão, que
procede de D. Fortum Maça, rico-homem do rei D. Pedro I d'aquelle reino, ao
qual por se achar na batalha de Alcoras com trezentos homens armados de maças,
se lhe deu este appelido. Depois D. Pedro Maça em razão de Se achar na batalha
das Navas de Tolosa, em memoria destas duas batalhas puzeram elle Ou seus
descendentes por armas em campo azul uma maça de oiro em pala e entre duas
cadeas do mesmo metal postas tambem em pala. Passaram a Portugal e a Italia.
Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, na sua Nobreza de Andaluzia, fl. 37.
MACEDO. É familia de Portugal,
que teve o seu solar em Macedo dos Cavalei ros, no termo de Bragança, e procede
de Ruy Martins de Macedo, senhor de Sanceris, que viveu no tempo de el-rei D.
Diniz. Foi seu filho Gonçalo Rodrigues de Macedo, que teve o dito senhorio e
foi alcaide-mór do castello da Feira, e deste o foi Martim Gonçal ves de
Macedo, que na batalha de Aljubarrota soccorreu el-rei D. João I matando a Al
varo Gonçalves de Sandoval, cavaleiro castelhano, que lhe tinha pegado na maça,
e por premio deste feito lhe fez o mesmo senhor mercê da alcaideria do castello
do Outeiro, dos direitos reaes de Bragança e outros muitos. São suas armas em campo azul cinco estrellas
de oiro de seis pontas postas em santor; timbre um braço vestido de azul, com
uma maça de oiro cravejada de pontas de ferro, como a clava de Hercules, em
acção de descarregar a pancada. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 41.
MACHADO. Este appelido principiou com o reino em D. Mendo Moniz,
pela acção de romper com machados as portas de Santarem; era ele rico-homem e
senhor de Gandarei, primo terceiro do grande Egas Moniz. Era o solar desta
familia o mosteiro de Santo André de Rendufe de frades bentos, junto do qual
estava a honra de Penagate, Eram as suas armas antigas em campo vermelho tres
machados postos em roquete e nove torres por orla, com dois machados em aspa
por timbre; mas na reforma que el-rei D. Manuel mandou fazer dos brazões se
formou este escudo de cinco machados de prata com os cabos de oiro em campo
vermelho, postos em santor; timbre dois machados do escudo em aspa, atados com
um torçal vermelho. Acham-se no livro da Torre do Tombo, que mandou fazer o
dito rei.
MACHADOS. Da copia de uma carta que tinha em seu poder José Freire Monterroio
Mascarenhas se vê que no anno de 1636 foi feita a seguinte mercê : A Alvaro
Machado Pinto e a seu primo irmão João Machado Moniz e a seu filho Francisco
Rodrigues Machado deu o imperador Fernando II por armas o escudo esquartelado;
no primeiro quar tel em campo verde tres machados de prata, com os cabos de
oiro em roquete; no se gundo em campo negro uma espada de prata e um bastão de
oiro, postos em aspa, en tre estes quatro letras de prata — F I L E — cuja
interpretação quer dizer — Ferdinan dus Imperator libenter fecit; no terceiro
em campo azul um coração sanguinho perfilado e cercado de letras de oiro, que
dizem — Spes mea in Deo est; e no quarto em campo de oiro um galo de côr
cinzenta, com algumas pennas negras.
MACHADO DA ROCHA. M. N. feita a Julio Gomes da Silva Sanches
Machado da Rocha, por alvará de 28 de abril de 1865 : — Escudo esquartelado;
tendo o superior da direita carregado com um leão rompente de purpura, e armado
de azul sobre campo de prata, e assim o alterno; o superior da esquerda em campo
de prata com uma estrella verme lha de seis raios acantonada no angulo superior
á direita, e uma torre negra com um braço nú armado de sabre azul em acção de
ferir, e a torre firmada em contrachefe de terreno de sua côr com uma escada de
mão encostada á esquerda; o superior da direita carre gado com um pelicano de
oiro ferindo-se no peito e com tres filhos colocados em um ni nho, sobre campo
azul; coronel de conde. V. Archivo, n.º 1704.
MACIEL, MAÇOULA, MACEIRA. Os
Macieis, Maçoulas e Maceiras são todos a mesma familia, cujo solar é a quinta
de Maceira, na freguezia de Santo Adrião de Faria, no termo de Barcellos, de
que tomaram o appelido, que se corrompeu em Macieis e Maçoulas. São suas armas
o escudo partido em pala; na primeira em campo de prata duas flo res de liz
azues em pala; na segunda no mesmo campo de prata meia aguia de Verme lho
estendida, armada de negro; timbre uma flor de liz de oiro entre dois ramos de
ma ceira de verde com fructos de prata. Acham-se no livro dos reis de armas.
MADEIRA e MEDEIROS. A familia de
Madeiras tomou o appelido de S. João de Madeira, no julgado da Feira, e a de
Medeiros ou é corrupção de Madeira, ou tomou tambem o appelido do logar de
Medeiros, que está na provincia de Traz-os-montes. Se gundo diz o padre Cordeiro
na sua Historia Insulana tem os Medeiros na ilha de S. Mi guel a principal e
rica casa que ha n’ella. São suas armas em campo vermelho cinco cabeças e
pescoços de aguia de oiro, corta das em sangue e postas em santor; timbre meia
aguia de oiro armada de vermelho, que alguns fazem vermelha armada de oiro. |
Acham-se no livro dos reis de armas.
MADUREIRA. Esta família foi de
grande distincção no tempo de el-rei D. Af fonso v, em que viveu Alvaro Annes
de Madureira, primo irmão do arcebispo primaz de Braga, D. Lourenço da Cunha,
que lhe fez muitas e crescidas mercês, que todas foram confirmadas pelo papa
Urbano VI, e o dito rei lhe fez tambem outras. leão de oiro, no segundo uma
flor de liz do mesmo metal, e assim os contrarios; timbre o leão. Acham-se no
livro dos reis de armas.
MAGALHÃES. O appelido de Magalhães appareceu
no reinado de D. Diniz em Afonso Rodrigues de Magalhães, senhor da torre e
quinta de Magalhães, da qual tomou o appellido. São suas armas em campo de
prata tres faxas Xadrezadas de vermelho e prata; timbre um abutre de prata
armado de oiro. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 19.
MAGALHÃES (outros). Tem esta
familia por armas o escudo esquartelado; no primeiro quartel em campo de prata
um pinheiro verde, no segundo em campo azul uma cruz de oiro florida e vazia, e
assim os contrarios; timbre um dos pinheiros. Acham-se no livro dos reis de
armas, fl. 31, e em Villas-boas.
MAGRIÇO. Não sabemos se esta
familia deve a sua origem á dos Coutinhos, e procede do grande Alvaro Gonçalves
Coutinho, de alcunha o Magriço, filho do marechal Gonçalo Vaz Coutinho, o qual
foi um dos cavalleiros portuguezes, que d’este reino pas saram a Inglaterra a
defender as damas d’aquele reino, e depois em singular batalha ou desafio
livrou a Flandres da sujeição de França por fazer serviço á infanta D. Isabel,
fi lha de el-rei D. João I, mulher de Filippe, duque de Borgonha e conde de
Flandres. São suas armas em campo de oiro tres bancos vermelhos com seus pés,
postos em tres faxas; timbre um leão de oiro, com uma estrella vermelha na
testa. Acham-se no livro dos reis de armas,
MAGRO. Este appelido foi tomado da alcunha que
teve D. Gonçalo Viegas, que por ser de constituição secca foi assim chamado;
era elle bisneto do grande D. Egas Mo niz, aio de el-rei D. Affonso Henriques,
São suas armas em campo azul quatro estrellas de oiro de seis raios
acantonadas, e uma cruz de prata chã no meio d’ellas; timbre um leão azul com
uma estrella na testa. Acham-se no livro dos reis de armas. Villas-boas diz
cinco estrellas, e a do meio carregada com uma cruz de prata, o que é contra as
regras da armaria.
MAIA. Os Maias procedem de D. Ramiro II, rei de Leão, por seu
bisneto D. Gonçalo Trastamires da Maia, cujo appelido tomou por ser senhor da
terra d’este nome. São suas armas em
campo vermelho uma aguia de oiro armada e gotada de negro; timbre a aguia
nascente. Alguns trazem a aguia preta gotada de oiro em campo verme lho; timbre
a aguia nascente. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 22.
MALACA. Procedem de um dos
conquistadores da cidade de Malaca na India, como diz Villas-boas, que lhe
assigna por armas um castello de prata em campo verme lho, por serem ganhas em
guerra contra infleis.
MALAFAIA. Começou a conhecer-se
este appelido desde o tempo de el-rei D. João I em Gonçalo Pires Malafaia, que
foi do seu conselho, senhor de Bellas e regedor das justiças; tomou o appellido
da honra de Malafaia, que tinha por herança de seus avós. São suas armas em
campo vermelho uma torre de prata e sobre ela um corvo de sua côr; timbre o corvo.
• Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 15.
MALDONAD0. Esta familia é de
Hespanha, deve a sua origem á dos Aldanas, que procedia dos condes do Minho,
descendentes dos reis godos. Teve homens muito dis tinctos. Passou a Portugal e
foi o chefe d’ella n'este reino D. Alvaro Maldonado, filho de D. João Ayres
Maldonado, senhor da villa de Madeiral e outras. Conservou-se por secu los a
sua varonia. São suas armas em campo vermelho cinco flores de liz de prata, em
santor; timbre um leão de oiro nascente com uma flor de liz vermelha na
espadoa, e armado de verme lho. Alguns trazem a flor de liz de oiro, como os
Aldanas. Acham-se no livro dos reis de armas.
MALHEIRO. Esta familia é muito
nobre, pretende descender de Estevão Malho, senhor da quinta da Lavandeira, na
terra de Santa Maria. São suas armas em campo vermelho uma ponte de tres arcos,
que toma a largura de todo o escudo, divisando-se a agua por baixo dos arcos da
dita ponte, em cima da ponte e no meio d'esta uma palmeira verde entre duas
torres de prata; timbre a palmeira. Acham-se no livro dos reis de armas.
MANSILHA. Esta familia traz a sua
origem da de Rios, que é muito nobre em Hespanha, e na cidade de Guadalaxara
tem grandes casas. Passou a Portugal onde tam bem logra nobreza. Tem dois
escudos de armas, no que se mostra que ha dois ramos. O primeiro é cortado em
faxa, na primeira em campo de oiro duas faxas ondadas de azul com uma orla
vermelha carregada de cinco cabeças de serpe de verde picadas de oiro, com
sangue nas cortaduras; na segunda em campo verde uma torre de prata sobre uma
penha de sua côr, de que sae uma levada de agua, e junto d’ella um freixo de
sua côr, e dois libreos de prata atados ao freixo. O outro escudo é partido em
pala; na primeira em campo vermelho um estoque de prata com guarnições de oiro;
na segunda tambem em campo vermelho uma cabeça de mouro cortada e toucada ao
mourisco; orla azul com cinco aspas de oiro. - Acham-se ambos em D. João Flores
de Ocaris.
MANIQUE. A familia Pina Manique é
uma das mais qualificadas neste reino. São suas armas o escudo de azul com tres
azas de prata estendidas, duas e uma.
MANUEL. Este appellido foi tomado do nome do infante D. Manuel, filho de el rei D. Fernando VI de Castella e da rainha D. Beatriz, que era neta de
Isaac Angelo, imperador de Constantinopla, e em contemplação d’este imperador
tomou o dito infante por armas o escudo esquartelado; no primeiro quartel em
campo vermelho uma mão de sua côr com uma espada empunhada de prata com as
guarnições de oiro, e em logar de braço uma aza aberta, tambem de oiro; no
segundo em campo de prata um leão verme lho armado de azul, e assim os
contrarios; timbre a mão, aza e espada do escudo. Al guns voltam este escudo, o
leão para o primeiro quartel, a aza com a mão e espada para o segundo, e assim
os contrarios. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 11.
MANRIQUE. A familia de Manriques é uma das mais illustres e antigas
de Hes panha, deveu a sua origem á de Lara, que procedia dos antigos condes
soberanos de Cas tella e Burgos. Tomou o appellido do nome proprio Manrique, em
memoria do seu illus tre ascendente D. Manrique de Lara, senhor de Lara, que
era filho do conde D. Pedro Gonçalves de Lara, o qual porque casou com D.
Hermezenda, herdeira do viscondado de Narbona, e filha de Amario, terceiro do
nome dos viscondes de Narbona, teve elle o viscon dado: destes, como de tronco
commum de todos os Manriques, procederam os senhores de Amusco de Santa Gadea,
duques de Naxera, os marquezes de Aguilar, os condes de Cas tanheda, de Ozorno,
de Morata, de Paredes, de Buendia, e outras muitas casas illustres de Hespanha,
e por casamentos muitas em Portugal. Tem diferentes armas, porque as primeiras
foram duas caldeiras de oiro em campo vermelho, que D. Luiz Salazar de Castro
diz serem xadrezadas de oiro e negro, com sete cabeças de serpe em cada encaixe
das armas verdes; e as traz tambem nas armas dos duques de Naxera. As segundas
são o escudo xadrezado de nove peças, tres em faxa e tres em pala, quatro de
purpura tendo cada uma seu castello de oiro, e cinco de oiro, e em cada uma um
leão sanguinho, as quaes pertencem aos marquezes de Aguilar, condes de Castanheda,
por este appelido de Manriques. Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, Nobreza
de Andaluzia, fl. 57.
MANRIQUES, de LARA. Trazem o escudo partido em pala; a primeira
franxada, o campo alto sanguinho com um castello de oiro, o seu contrario de
prata com uma aguia negra estendida, e nos das ilhargas em cada um seu leão
sanguinho em campo de prata; a segunda pala sanguinha com as duas caldeiras dos
Laras xadrezadas de oiro e negro, e as sete cabeças de serpe de verde nos
encaixes das azas. Acham-se no livro de Gonçalo Argote de Molina.
MANRIQUES, de OSORNO. Os condes de Osorno, ramo d'esta familia dos
Manriques, trazem o escudo esquartelado; o primeiro quartel de prata com uma
aguia negra estendida, o segundo de vermelho com um castello de oiro, e assim
os contrarios. Acham-se em Gonçalo Argote de Molina.
MANSO. Procedem os d’este
appelido de D. Lopo, senhor soberano de Biscaia, por seu filho D. Nuno Lopes
Manso, pae de D. Lopo Lopes Manso, fundador da casa dos Mansos; passou a
Portugal no serviço da Ercellente Senhora, Diogo Annes Manso, e d’elle procedem
os que ha neste reino d'este appelido. São suas armas em Castella em campo de
oiro dois freixos de verde, e entre elles um lobo de sua côr, arrimado ao
freixo da parte direita, e em chefe sobre o lobo uma es trella vermelha de seis
raios; timbre o lobo nascente, com uma estrella de oiro na espa doa. Em
Portugal trazem em campo de prata uma aguia azul armada de vermelho, rom pente;
timbre a aguia rompente. As primeiras constam das memorias de José Freire
Monterroio, e as segun das acham-se no livro dos reis de armas.
MARACOTE. Este appelido, que na
cidade de Bolonha, d’onde é oriundo, se diz Mariscote, passou a Portugal em
algum lente para neste reino ler alguma faculdade, e n'elle se corrompeu em
Maracote, e tem tido pessoas muito distinctas. • São suas armas o escudo
esquartelado; no primeiro em campo de prata um toiro ver melho armado de oiro,
o segundo xadrezado de prata e vermelho, de quatro peças em faxa e outras
tantas em pala, e assim os contrarios; timbre o toiro do escudo. Acham-se no
livro da Torre do Tombo, fl. 32.
MARCHÃO. Ha este appelido na
cidade de Aix, cabeça de Provença, e no reino de Aragão ha tambem familia
d'élle, que o tomou da vila de Marchão, no mesmo reino. A primeira tem por armas
o escudo cortado em tres faxas; a primeira vermelha com uma cruz de oiro
firmada, a segunda de azul, e a terceira de verde com uma faxa ou Onda de agua
de prata de que sae uma arvore verde, que sobe até ao cimo da faxa do meio;
timbre a mesma arvore. Assim as communicou José Freire Monterroio, A segunda,
ou os de Aragão tem o escudo esquartelado; no primeiro em azul cinco es trellas
de oiro em santor; no segundo em vermelho um castello de oiro com uma ban deira
de prata quadrada no alto, e nesta uma cruz de Sant'Iago; o terceiro cortado empovo,
tirando só o custo da despeza feita, e em attenção a este serviço e outros
muitos a rainha D. Catharina, na menoridade de el-rei D. Sebastião, seu neto,
lhe confirmou as armas da familia de que descendia por alvará de 8 de maio de
1560. São estas o escudo cortado em faxa; na de cima em campo negro duas palas
de oiro; na de baixo em oiro tres flores de liz de vermelho, em roquete; timbre
uma das lizes ". V. Archivo, n.° 567. 1 Esta mercê acha-se registrada na
Chanc. de D. Sebastião, liv. II, fl. 275 v., e tem a data de 1 de abril de
1560. — Pegado.
MARTINS DE DEUS. Procedem estes
de João Martins de Deus, fidalgo das As turias, que passou a Portugal, onde ha
descendentes seus em Setubal e Cezimbra. Tem por armas o escudo partido em
pala; na primeira em campo azul um castello de oiro, com um corvo de sua côr á
porta; na segunda em campo de oiro uma aguia de azul rompente; timbre cinco
plumas, duas de oiro e tres de azul. Acham-se no livro dos reis de armas.
MASCARENHAS. Fr. Filippe de Lagandara nas
Armas e triunfos de Galiza, fl. 145, os faz descendentes de Sancho Pires
Mascarenhas, fidalgo galego, que casou em Portugal no tempo de el-rei D. Afonso
de Castella: porém os genealogicos só a deduzem de Estevão Rodrigues Mascarenhas,
primeiro senhor e povoador da villa de Mascarenhas, na provincia da Beira, por
mercê de el-rei D. Sancho I de Portugal,
e d’elle procedem as grandes e illustres casas que ha neste reino d'esta
familia. Sãs suas armas em campo vermelho tres faxas de oiro; timbre um leão
vermelho ar mado de oiro (Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 14). Os
condes de Obidos accrescentam a estas armas uma orla azul com oito memorias de
oiro repassadas de duas em duas. em memoria de D. Pedro Mascarenhas, vice-rei
da India, a quem el-rei D. João III fez mercê deste accrescentamento no anno de
1554, e o leão do timbre, com um ramo de palma com tamaras, tudo de sua côr
". 1 Não existe o registro d'esta mercê, só se encontra a carta pela qual
el-rei D. Manuel concedeu a D. João Mascarenhas um accrescentamento ao seu
escudo de armas, muito diferente do que fica exposto. — Pegado.
MATTA. Este appellido é antigo em
Portugal e o conde D. Pedro faz memoria de Gomes Fernandes da Matta, e no tempo
de el-rei D. Fernando foi alcaide-mór do cas tello de Celorico de Basto,
Gonçalo Gomes da Matta, de quem procedem os Maltas da Certã, e OutrOS. - São
suas armas em campo verde cinco flores de liz de oiro, em santor; timbre uma
das flores de liz,
MATTAS, do CORREIO-MÓR. Esta
família descende de Fernão Peres Coronel,
regedor da cidade de Segovia, de quem foi filho Inigo Peres Coronel, secretario
de estado dos reis catholicos, e deste Tristão Reimão Coronel, que veiu para
Portugal em tempo de el-rei D. João III, do qual foi bisneto Luiz Gomes de
Elvas, que em 18 de fevereiro de 1600 teve mercê da carta de brazão de armas,
com o appellidó de Matta, e foi o primeiro correio-mór n’este reino. As
referidas armas são : em campo de oiro tres mattas verdes floridas, postas em
roquete; timbre uma das mattas. Villas-boas tral-as erradas. V. Archivo, n.º
1782.
MATTOS. Tomou-se este appelido da
quinta do Matto, na freguezia de S. Ci bram, da comarca de Lamego, fundação de
D. Paio Viegas, cujo filho D. Hermigio Paes de Mattos foi o primeiro que assim
se appelidou. raizes de prata, entre dois leões tambem de oiro, armados de
azul; timbre um leão do escudo nascente, com um ramo de pinheiro na garra direita.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 23.
MAZARENGO. Tem por armas em campo
de oiro uma cruz de vermelho, mas siça floreteada; orla vermelha, e n’ella oito
cravos de oiro com duas folhas. Assim as traz o referido Fr. José da Cruz.
MEDRAN0. É familia de Castella.
São suas armas em campo vermelho uma cruz de prata florida e vazia do campo.
Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, Nobreza de Andaluzia, fl. 40 v., em
Villas-boas, e no livro dos reis de armas.
MEGA. É familia de Castella. São
suas armas em campo verde uma torre de prata, saindo do alto desta um guião
sanguinho com uma cruz de prata, com uma escada de oiro arrimada á torre;
timbre a mesma torre com o guião ou bandeira. Acham-se no livro dos reis de
armas.
MEIRA. Procedem os Meiras de Rodrigo
Affonso de Meira, segundo uns, e ou tros os fazem descender de Galiza, e que
tem o seu solar no castello da Meira na visi nhanga de Bayona, e o possuem hoje
os marquezes de Valladares com o titulo de viscon des de Meira. Passou a
Portugal Paio de Meira no tempo de el-rei D. Diniz, e seus descendentes tiveram
varios senhorios. São suas armas em campo vermelho uma cruz de oiro florida e
vazia; timbre um li breu negro com coleira e lingua vermelhas. Acham-se no
livro da Torre do Tombo, fl. 15.
MEIRELLES. Os Meirelles tem o seu
solar na quinta de Meirelles, que ainda hoje é possuida de um de seus ramos. O
primeiro que teve este appelido foi Nuno Annes de Meirelles, filho de D. João
de Chacim, que viveu no tempo de el-rei D. Fernando. São suas armas em campo
vermelho uma cruz de oiro florida e vazia; timbre um li breu negro com coleira
e lingua vermelhas. Acham-se no livro da Torre do Tombo. Alguns lhe assignam as
armas dos Homens, pondo as luas com as pontas para baixo.
MELLO. Esta familia é das mais antigas e illustres de Portugal, e
das mais conhecidas da Europa, por não haver em toda ela principe, rei,
imperador ou senhor grande que d’ella não tenha tambem sua elevação; tomou o
appelido da villa de Mello, que é o Seu solar, de que foi senhor Mem Soares de
Mello; foi seu terceiro neto Vasco Martins de Mello, senhor da Castanheira e
outras terras, em cujo poder esteve preso o mestre de Aviz depois rei D. João
I, por industria da rainha D. Leonor Telles e do conde D. João Fernandes
Andeiro, e fez o bom feito de não o matar quando para isso lhe foram apre
Sentadas as provisões falsas do rei D. Fernando. Procedem deste fidalgo todas
as casas que neste reino ha de tão illustre appellido.
São, suas armas em campo vermelho
seis besantes de prata entre uma cruz dobre e bordadura de oiro; timbre uma
aguia negra estendida, armada e besantada de prata. Acham-se no livro da Torre
do Tombo, fl. 10.
MENAGEM. Procede esta familia de
Manuel Fernandes, que tomou o appelido de Menagem por fazer no reino de Sofala
uma fortaleza e matar o rei do mesmo reino chamado Zufen, que era mouro; em
attenção a este serviço el-rei D. Manuel lhe deu por armas em campo azul uma
torre de oiro com as portas e frestas de negro, e n'ella seis bombardeiras com
seis peças de sua côr; timbre a mesma torre, Passou-se o brazão d’estas armas
em 1512 ". Acham-se no livro dos reis de armas. * Não existe o registro
d'esta mercê na Torre do Tombo. — Pegado.
MENA. É uma das principaes
familias da cidade de Toledo. É seu solar no valle de Mena em Castella a velha.
São suas armas em campo azul cinco estrellas de oiro de oito raios, postas em
santor. O arcebispo de Sevilha D. Gonçalo de Mena, fundador do mosteiro da
Cartuxa da mesma cidade, acrescentou as ditas armas com uma orla sanguinha com
oito besantes de prata carregados de tres faxas de azul, por descender por sua
mãe da familia dos Roelas. Ou tros Menas trazem o escudo cortado em faxa, na
primeira em campo de prata dois lobos negros passantes, na segunda em campo vermelho
duas caldeiras de oiro; orla sanguinha com oito aspas de oiro. As primeiras e
as segundas acham-se no livro dos reis de armas, e estas ul timas acham-se em
D. João Flores, tom. II, arv. xiv, fl. 254, § 2º
MENDANHA. É familia de Castella, que passou a
Portugal depois da batalha de Toro em Pedro de Mendanha, alcaide-mór de
Castro-Nuno, que seguiu as partes de el-rei D. Afonso v deste reino, e seus
descendentes se aparentaram logo com a maior fidal guia d'elle. São suas armas
em campo azul um corpo de armas brancas de prata trespassado de tres setas
vermelhas com as pennas de oiro; timbre as tres setas em roquete atadas com um
torçal de prata. (Acham-se no livro dos reis de armas.) Villas-boas lhe dá em
campo de prata um leão negro armado de vermelho com duas orlas, a primeira
interior azul e a segunda vermelha, divididas por um filete de oiro; timbre o
leão do escudo. O mesmo Villas-boas traz segundas armas, que não seguimos.
MENDES. É patronimico do nome
proprio Mendo tão usado nos seculos antigos. A Manuel Mendes, soldado valoroso
em Tanger, pelos grandes serviços que fez naquela praça, deu el-rei D. Manuel
por armas o escudo cortado em faxa, na primeira em azul um muro de prata com
suas ameias com duas torres uma em cada canto, e uma porta de negro no meio do
muro; a segunda partida em pala, a primeira em vermelho uma ca beça de mouro
toucada de prata e azul e cortada em sangue, a segunda tambem verme lha com
tres lanças de prata e hastes de oiro, em roquetes; timbre a cabeça de mouro;
por carta do anno de 1520. Foram confirmadas a seu filho Bastião Mendes com o
appel lido de Tanger. Acham-se no livro dos reis de armas, como ficam acima
descriptas, mas fº zem diferença das dadas tanto ao pae como ao filho. V.
Archivo, nº 1974.
MENDES, de GALLIZA. Este
patronimico é appelido de uma familia nobre de Galliza onde tem as casas de
Pombeiro e outras com o senhorio da Torre de Sande. Della passou a Portugal D.
Estevão Mendes de Araujo, pae de D. Felix Duarte, ajudante de in fanteria com
exercicio de engenheiro na praça de Valença do Minho. Em uma executoria de
Nobreza, passada em Galliza ao dito Felix Duarte, que estava junta á
justificação que o mesmo fez neste reino para se lhe passar brazão de armas, se
achavam as seguintes al'II13S ; Escudo partido em pala; na primeira em campo
vermelho um braço armado de prata, tendo na mão uma espada com a ponta para
baixo enfiada por um broquel de oiro, º braço com a espada.
MENDONÇA. Esta familia é uma das
mais antigas e esclarecidas de Hespanha. Tomou o appellido da villa de Mendonça
em Biscaia, e procede dos senhores soberanos d'aquele senhorio : foi o primeiro
D. Gonçalo Lopes de Mendonça. Passou a Portugal no tempo de el-rei D. Diniz, D.
Fernando Furtado Inigues de Mendonça, filho terceiro de D. João Furtado de Mendonça,
senhor de Mendibil, e d’elle procedem as casas de Valle de Reis, do Rio,
alcaides-móres de Mourão, e os Mendonças do Campo de Santa Clara. São suas
armas o escudo franxado; nos campos alto e baixo em verde uma banda ver melha
coticada de oiro, nos das ilhargas em campo de oiro um — S-— de negro; timbre
uma aza de oiro carregada de um — S — do escudo. Os Mendonças Laços trazem em
lo gar dos — SS — esta letra—- Ave Maria —; mas não os ha em Portugal.
MENDONÇAS ARRAES. Em Ruy Arraes
de Mendonça se uniram estas duas fa milias, o qual era por seus paes Arraes, e
por sua mãe Mendonça, de quem descenderam n'este reino dois insignes
secretarios e ministros de estado, e todos os verdadeiros Men donças Arraes.
São suas armas o escudo esquartelado; no primeiro quartel em campo vermelho
nove folhas de golfão de oiro, em tres palas; no segundo as dos Mendonças, e
assim os con trarios; timbre um arraes de barco nascente, nú, cheio de
cabellos, tudo de sua côr, com um remo de oiro ás costas. • Acham-se no livro
da Torre do Tombo, fl. 12.
MENELAU. É familia da Grecia da
cidade de Athenas, d’onde veiu João de Me nelau, nobre grego, para ensinar a
lingua grega ao principe D. João, filho de el-rei D. Manuel : este mesmo, ou
seu filho do mesmo nome, foi neste reino rei de armas Portugal de el-rei D.
João III, porque ao filho deste rei de armas, chamado tambem João de Menelau,
confirmou el-rei D. Filippe II em 10 de dezembro de 1582 as suas armas; o qual
era fidalgo da casa real e seus filhos e netos continuaram no mesmo foro e
viveram no Seixal em uma sua quinta. • São suas armas em campo vermelho uma
serpente de prata picada de verde e amedron tada de uma aguia de oiro, armada
de azul, que está sobre ella; timbre meia aguia de Oiro, estendida. Acham-se no
livro dos reis de armas.
MENEZES. Esta familia é uma das mais antigas e illustres de
Hespanha, porque tem varonia real e procede de el-rei D. Fruella II de Leão por
D. Pedro Bernardo de S. Fagundo, seu quinto neto: d'este foi filho D. Tello
Pires de Menezes, primeiro senhor de Menezes, de que tomou o appelido, o qual
foi pae de D. Afonso Telles de Menezes, que de duas mulheres com quem casou (a
primeira D. Tareja Rodrigues, filha de Ruy Gon çalves Girão, e a segunda D.
Tareja Sanches, filha de el-rei D.
Sancho I de Portugal) teve numerosa descendencia, que se dividiu em
diferentes ramos, de que procedem as illus tres casas que hoje tem, e
procederam outras que já se extinguiram.
As suas primeiras armas são : em
campo de oiro um anel do mesmo metal perfilhado de vermelho, com um rubim
n’elle; timbre uma donzella nascente vestida de brocado, Com um escudo como o
das armas na mão direita, e os cabellos Soltos. Acham-se no livro dos reis de
armas.
MENEZES, de CANTANHEDE. Este ramo de Menezes procede de D. Afonso
Telles de Menezes e de sua segunda
mulher D. Tareja Sanches, dos quaes foi quarto neto D. Gonçalo Telles de
Menezes, conde de Neiva e Faria,
alcaide-mór de Coimbra e primeiro senhor
de Cantanhede, oitavo avô de D. Pedro de Menezes, primeiro conde de
Cantanhede, pae de D. Antonio Luiz de Menezes, primeiro marquez de Marialva, cujos descendentes lo graram os mesmos titulos
até nossos dias. D'esta mesma casa é ramo a da Ericeira, que se apartou em D.
Fernando de Menezes o Roxo, filho de outro D. Fernando de Menezes, senhor de
Cantanhede, e foi seu terceiro neto D. Henrique de Menezes, quarto senhor da casa do Louriçal, pae de D.
Luiz de Menezes, terceiro conde da
Ericeira.
São suas armas o escudo
esquartelado; no primeiro quartel as armas do reino com um filete negro em contrabanda;
no segundo em azul tres flores de liz em roquete, e assim os contrarios;
sobreposto um escudete de oiro com um anel do mesmo metal, perfilado de
vermelho e um rubim engastado no anel; timbre uma donzella nascente vestida de
brocado com um escudo como o das armas na mão direita, e os cabellos soltos.
Acham-se no livro dos reis de armas.
MENEZES, de TAROUCA. A casa de Tarouca, hoje marquezes de Penalva,
é um outro ramo dos Menezes, que se apartou em D. João Affonso Tello de Menezes, conde de Ourem, foi seu filho D. João Afonso Telles de Menezes,
primeiro conde de Vianna, e d’este foi bisneto D. João de Menezes, de alcunha
Trigo, primeiro conde de Tarouca e
prior do Crato, cuja varonia se acabou em sua sexta neta D. Joanna Rosa de
Menezes, e entrou n'esta casa a varonia dos Silvas.
São suas armas o escudo partido
em tres palas e cortado em faxa; na primeira em campo de oiro dois lobos
sanguinhos passantes, e assim a terceira e quinta; na segunda em campo de oiro
quatro bastões sanguinhos, e assim a quarta e sexta; sobreposto um escudete de
oiro com um anel do mesmo metal perfilado de vermelho, e um rubim en gastado
n’elle; timbre um dos lobos do escudo. Acham-se no livro dos reis de armas.
MERCADO. Gonçalo Argote de
Molina, Nobreza de Andaluzia, fl. 285, dá no ticia d’esta familia nacidade de
Ubeda, onde teve o emprego de regedor João Afonso de Mercado; passou para
Ledesma e para Jaen, onde teve grandes estimações. Sãs suas armas em campo de
oiro um leão vermelho entre quatro flores de liz azues acantonadas, orla
Vermelha com oito aspas de oiro; timbre o leão com uma das lizes na garra
direita. Acham-se no dito Gonçalo Argote de Molina, e no livro dos reis de
armas.
MERGULHÃO. Acha-se este appelido
na villa de Obidos. São suas armas: em campo de prata uma faxa ondada de azul e
prata, saindo d'agua um leão de azul, de sorte que fique o leão nascente com a
cabeça e uma das mãos no chefe do escudo, e no contrachefe uma rosa vermelha
aberta; timbre o leão tambem nas cente, com uma alabarda de oiro na mão com o
ferro de prata. Acham-se em Villas boas, e no livro dos reis de armas,
MESQUITA. Procedem de cinco
irmãos da familia dos Pimenteis, naturaes de Villa-real, que acompanharam
el-rei D. Affonso V na tomada de Arzila, onde recolhendo-se os mouros a uma
mesquita, na qual se não podia entrar, eles tirando os cintos e atahdo-os uns nos
outros lançaram-nos a uma ameia e subiram por elles, e dando entrada aos
christãos foi tomada a mesquita com morte dos mouros; pelo que o dito rei lhes
deu por armas em campo de oiro cinco cintas vermelhas com fivelas e passadores
de prata, postas em banda; orla azul com sete flores de liz de oiro; timbre
meio mouro vestido de azul com turbante de prata e uma lança de sua côr com a
haste de oiro, e n'ella enfiada uma bandeirinha de prata. trinta e tres
cavalleiros, que povoaram a cidade de Baeça quando foi tomada aos moiros, e dos
seus escudos de armas, refere este auctor que um cavaleiro da familia de Galeote casara com uma filha de um
mestre da ordem de Calatrava, chamada de alcunha a Mestra, e seus filhos continuaram
a usar deste appellido, e que esta fôra a origem d'elle. São suas armas em
campo de oiro uma aguia negra estendida, de uma só cabeça, en tre dois
carvalhos verdes, e duas flores de liz azues, acantonadas, sendo no canto alto
di reito e no baixo esquerdo as lizes, e no canto alto esquerdo e no baixo
direito os carvalhos. Acham-se em Gonçalo Argote de Molina. •
MESTRA e MESTRE. Seguindo a
Gonçalo Argote de Molina na relação dos trinta e tres cavalleiros, que povoaram
a cidade de Baeça quando foi tomada aos moiros, e dos seus escudos de armas,
refere este auctor que um cavaleiro da familia de Galeote casara com uma filha
de um mestre da ordem de Calatrava, chamada de alcunha a Mestra, e seus filhos
continuaram a usar deste appellido, e que esta fôra a origem d'elle. São suas
armas em campo de oiro uma aguia negra estendida, de uma só cabeça, en tre dois
carvalhos verdes, e duas flores de liz azues, acantonadas, sendo no canto alto
di reito e no baixo esquerdo as lizes, e no canto alto esquerdo e no baixo
direito os carvalhos. Acham-se em Gonçalo Argote de Molina. •
MESTRES (outros). Estevão Martins
Mestre teve por armas o escudo partido em pala; na primeira em campo de oiro
meia aguia de negro, coroada; na segunda em campo vermelho uma almarraxa de
prata, gotada de azul; timbre a almarraxa. Acham-se no Cartorio da Nobreza.
METELLA, ou METELLO. E tudo o
mesmo; querem uns que se tomasse este appellido de algum dos Metellos romanos,
e outros que da quinta de Metella, situada no concelho de Penalva. Tem o morgado
de Vallongo, e nobreza muito antiga. São suas armas em campo de prata uma faxa
vermelha com um chefe formado de tres meias lisonjas da mesma côr, carregada
cada uma de sua muleta de oiro; timbre um braço armado de prata, com duas
esporas de oiro penduradas da mão por correas vermelhas. Acham-se no livro da
Torre do Tombo, fl. 20.
MEXIA. A familia d’este appelido é antiga e ilustre. Deduz a sua
origem dos godos. Tem o seu solar em Galiza junto á cidade de Corunha, em uma
torre. O primeiro que teve este appellido foi Gonçalo Dias Mexia, que viveu
pelos annos de 1140, e era filho de D. Gonçalo Oureques, rico-homem de el-rei.
D. Fernando Rodrigues Mexia por seguir as partes de el-rei D. Pedro o Crú, de
Castella, se passou a Portugal, e d’elle descenderam D. João de Aguilar Mexia,
commendador da ordem de Christo, morador em Elvas, e outros fidalgos. São suas
armas em campo de oiro tres faxas de azul: no timbre ha muita variedade de
opiniões. O padre Peixoto, da Companhia, diz que é uma aguia de sua côr, estendida
e armada de vermelho, assim o diz em uma certidão que vimos alegada. No livro
dos reis de armas se diz que é meio leão de oiro, com as tres faxas do escudo,
Monterroio diz que é uma onça nascente de oiro, com as tres faxas de azul.
MIGUEIS. Este appelido foi tomado
por devoção do archanjo S. Miguel. É an tigo no reino de Galiza, porque no anno
de 1146 era alferes-mór da gente do conde D. Fernão Peres de Trava, Lopo
Migueis, quando foram com o imperador das Hespanhas conquistar a cidade de
Almeria. Foi seu filho Fernão Migueis, pae de outro Lopo Migueis e de D. Paula
Migueis, de quem procedem os duques de Pastrana e outras casas ilustres.
Estabeleceu-se esta familia por outras terras, e passou a França para a cidade
de Marselha, Onde viveu André Michel, pae de Pedro Miguel, que vindo para Portugal,
fez assento em Lisboa e foi cavaleiro da ordem de Christo. Foram seus filhos
José Miguel Ayres, capi tão-mór da cidade do Grão-Pará; Francisce Miguel Ayres,
capitão de mar e guerra da co rôa; e André Miguel Ayres. O dito Lopo Migueis
acima dito trouxe por armas em campo azul uma espada de prata, enfiada por uma
quaderna de crescentes do mesmo metal, en tre cinco flores de liz de oiro. Seu
filho, o dito Fernão Migueis, accrescentou-lhe uma orla sanguinha carregada de
oito aspas de oiro, em memoria de se achar na batalha de Baeca, e porque se
achou tambem na das Navas de Tolosa pôz por timbre uma cruz de prata Cruzada.
D'estas ficaram usando os descendentes da dita D. Paula Migueis, sua filha.
Acham-se em Fr. Filippe de Lagandara, nas Armas e triunfos de Galiza. chamado
Zufen, que era mouro; em attenção a este serviço el-rei D. Manuel lhe deu por
armas em campo azul uma torre de oiro com as portas e frestas de negro, e
n'ella seis bombardeiras com seis peças de sua côr; timbre a mesma torre,
Passou-se o brazão d’estas armas em 1512 ". Acham-se no livro dos reis de
armas. * Não existe o registro d'esta mercê na Torre do Tombo. — Pegado.
MOLINA. Esta família é uma das
quatro primeiras e principaes de Hespanha; teve por ascendentes os antigos reis
de Leão; tomou o appellido da cidade de Molina, de Ma falda, mulher de el-rei
D. Affonso Henriques. São suas armas em campo azul uma torre de prata,
mostrando por baixo uma mó de moinho do mesmo metal, entre tres lizes de oiro;
Orla Vermelha com oito aspas de oiro. Acham-se no livro dos reis de armas, e em
Gonçalo Argote de Molina, na sua Nobreza de Andaluzia, fl. 159.
MONIZ. Ordinariamente se diz que
procedem de D. Egas Moniz, aio de el-rei D. Affonso Henriques; porém nenhum de
seus filhos e netos tiveram este patronimico, nem se acha nas inquirições dos
reis D. Affonso III e D. Diniz. A mais antiga que temos é do tempo de el-rei D.
João I, em que viviam Vasco Martins Moniz, e Garcia Moniz no Algarve, e eram
filhos de Martim Fagundes e de Leonor Lourenço, como consta do livro velho da
chancellaria do dito rei. Do primeiro descenderam os alcaides-móres de Silves e
os senhores de Angeja. São suas armas em campo azul cinco estrellas de oiro, de
oito raios, em santor; timbre um leopardo de azul, com uma estrella do escudo
na testa. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 11.
MONIZ de LUZINHANO. Tem a mesma
origem dos Monizes, porque D. Leonor Moniz, mulher de Gil Ayres, escrivão da
puridade do condestavel D. Nuno Alvares Pereira a quem dão por tronco destes
Monizes, era irmã do referido Vasco Martins Moniz. Foi Seu filho Vasco Gil
Moniz, que casando com D. Leonor de Luzinhano, filha de Phebo de Luzinhano,
parente dos reis de Chipre, a qual tinha vindo de Aragão por dama da infanta D.
Isabel, mulher do infante D. Pedro, duque de Coimbra, por esta illustre aliança
se ficaram chamando Monizes de Luzinhano, e esquartelaram as suas armas, pondo
no primeiro e quarto quartel as armas dos Monizes; o segundo tambem
esquartelado, tendo no pri meiro quartel em campo de prata uma cruz de oiro
cruzada, entre quatro cruzetas tam bem de oiro acantonadas; no segundo em campo
faxado de prata e azul de seis peças um leão de oiro, coroado do mesmo: o
terceiro egual ao segundo, e no quarto em campo de prata um leão de purpura,
coroado de oiro; no terceiro quartel do escudo em campo ver melho um leão de
oiro, coroado do mesmo; e sobre tudo um escudete de prata com um leão negro;
timbre o leão vermelho, coroado de oiro. Acham-se no livro da Torre do Tombo,
fl. 13.
MONROY. Desta familia trata largamente Jeronymo d'Aponte. É uma das
illustres de Hespanha, Fernão Peres de Monroy, copeiro-mór de el-rei D. Sancho
IV, povoou a Villa de Monroy, que é na Estremadura, e lhe pôz por nome o seu
appelido. D. Filippe IV a fez marquezado, e foi o primeiro marquez D. Fernando
de Monroy. Passou esta familia a Portugal, e na India foi capitão da cidade de
Goa D. Guterre de Monroy, e seus irmãos D. Francisco e D. João de Monroy
serviram no mesmo estado com distincto valor.
São suas armas esquarteladas; o primeiro quartel de vermelho com um
castello de oiro, o segundo xadrezado de azul e prata de tres peças em faxa e
cinco em pala, e as SÍIII OS COntrarios. Acham se no livro dos reis de armas.
MONTALVO. Esta familia tem por
armas em campo azul uma aguia de prata estendida, com uma só cabeça; timbre a
mesma aguia. Acham-se no livro dos reis de armas.
MONTEIRO. Esta família diz José
Freire Monterroio, contra a opinião dos mais nobiliaristas, que procede de um
fidalgo por nome D. Monteiro, o qual vivera na villa de Trovões no tempo de
el-rei D. Sancho I, a quem as escripturas antigas, que se escreviam em latim,
chamavam Dominus Montairus, que d’elle tomaram seus filhos e descendentes o
patronimico por appellido, e em alusão a ele puzeram por armas em campo de
prata tres buzinas de preto com bocaes de oiro e cordões vermelhos, em roquete;
timbre duas buzinas postas em aspa, atadas com um torçal de prata. Acham-se no
livro da Torre do Tombo, fl. 39.
MONTEIRO DE PALLE. V. Palle.
MONTENEGRO. É familia de Galliza,
que procede de el-rei D. Fruela 1 pela li nha dos senhores de Monterroso, de
quem procedem tambem os Fajardos Bahamondes e LugOS. São suas armas em campo de
prata tres montes de negro ou escuros, juntos, sendo o do meio mais alto;
timbre um dos montes. Em Galiza trazem uns as armas dos Baha mondes, e outros
em campo de oiro uma arvore de sua côr, e arrimados a ella dois lobos
vermelhos; Orla vermelha com oito aspas de oiro. Acham-se as primeiras no livro
dos reis de armas e em Villas-boas, e as se gundas em Gonçalo Argote de Molina,
Nobreza de Andaluzia, fl. 72.
MONTENEGROS (outros). Procedem de
uma donzella parenta de um rei de Gal liza, que foi accusada e presa por um
aleive, até achar quem a livrasse; um fidalgo movido de compaixão, tomou a
defeza d’ella á sua conta, teve batalha com os traidores e cortou a cabeça ao
capitão da traição; pelo que o rei a casou com este cavaleiro, e por ella se
cha mar Maria lhe deu por armas em campo verde um —M — de oiro. Acham-se no livro
que foi de Fr. José da Cruz, reformador do cartorio da nobreza.
MONTERROIO. Esta familia em
Portugal descende de Fernão Gil, ao qual por carta de 21 de outubro de 1450
el-rei D. Affonso v, com o dito appelido lhe deu as ar mas seguintes: — Escudo
de oiro com um crescente branco, e sobre as pontas d'elle uma aguia vermelha de
cabeça partida, e de bicos e pés brancos com senhas, chapelletas de hera nas
cabeças ". Estas armas, não obstante terem metal sobre metal, são tão
verdadeiras como as que se deram em França a Godofredo de Buillon. Não sabemos
com que direito ou fundamento Villas-boas, Vallemont, Fr. Leão de S. Thomaz,
Francisco Coelho e outros escriptores as emendaram, substituindo o metal do
crescente por côr verde, etc. José Freire Monterroio Mascarenhas, que dizia descender
d’esta familia e fez tantas in vestigações a respeito d’ella, não quiz corregir
os erros, que não só nesta parte como em outras deixou passar sem o menor
reparo. Mal sabia el-rei D. Afonso v que para premiar um benemerito da patria
seria necessario consultar todos estes senhores ! 1. V. Archivo, n.° 656. A
carta citada vai na introducção ao mesmo Archivo, entre os documentos com
probativos, a pag. xxxIII e xxxiv, sob n.º 10.
MONTE. É appelido antigo em
Portugal. O conde D. Pedro, Nobiliario, tit. XLV, faz memoria de Pedro Annes de
Monte, pae de Martim de Monte, e de Paio de Monte. Tambem ha o mesmo appellido
em Galliza, que traz a sua origem dos senhores da casa de Ayala. São suas armas
em campo de prata dois lobos de negro, passantes; orla vermelha com oito aspas
de oiro. Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, em Villas-boas, e no livro dos
reis descendentes fizeram assento na villa de Alhandra, junto a Lisboa; foi
d’ella o padre mestre Fr. Agos tinho de S. Boaventura Montoya, religioso da
ordem de S. Paulo, em quem resplândeceu em grau superior a virtude da mansidão.
São suas armas em campo de oiro seis torteaua vermelhos em duas palas, orla
verde com um cordão de prata do feitio do de S. Francisco; timbre um leão de
oiro nascente, armado de vermelho com os torteaur do escudo. Outros trazem nove
folhas de golfão de prata em campo azul, em tres palas, com a orla exposta, e
outros trazem nove arruelas vermelhas em tres palas em campo de oiro, com a
referida orla; todos com o referido timbre. As primeiras e ultimas são da
aliança dos Montoyas e Taveiras; e a esta ultima familia dão uns seis e outros
nove arruelas; e as segundas da aliança que fez com a familia de Zarate em
Castella. Acham-se todas no livro dos reis de armas.
MONTOYA. É appelido castelhano,
que passou a Portugal, e seus descendentes fizeram assento na villa de
Alhandra, junto a Lisboa; foi d’ella o padre mestre Fr. Agos tinho de S.
Boaventura Montoya, religioso da ordem de S. Paulo, em quem resplândeceu em
grau superior a virtude da mansidão. São suas armas em campo de oiro seis
torteaua vermelhos em duas palas, orla verde com um cordão de prata do feitio
do de S. Francisco; timbre um leão de oiro nascente, armado de vermelho com os
torteaur do escudo. Outros trazem nove folhas de golfão de prata em campo azul,
em tres palas, com a orla exposta, e outros trazem nove arruelas vermelhas em
tres palas em campo de oiro, com a referida orla; todos com o referido timbre.
As primeiras e ultimas são da aliança dos Montoyas e Taveiras; e a esta ultima
familia dão uns seis e outros nove arruelas; e as segundas da aliança que fez
com a familia de Zarate em Castella. Acham-se todas no livro dos reis de armas.
MORAES. Os Moraes não descendem
dos Morales de Castella, como quizeram Al varo Ferreira de Vera e outros. São
portuguezes da provincia de Traz-os-montes, onde esta familia é muito estendida
e a principal, Tomou appelido do seu solar, que é o logar de Moraes no termo da
cidade de Bragança, onde ainda hoje se conservam vestigios da torre em que
viviam os fidalgos d’este appelido. O primeiro que achamos d’elle foi Gon çalo
Rodrigues de Moraes, que vivia no anno de 1217, o qual deu a sua ermida de
Santa Catharina a S. Francisco, quando foi a Bragança fundar o convento que
n'ella tem, segundo resam as chronicas. Era senhor de muitos logares, e
descendente dos senhores da dita cidade, São suas armas o escudo partido em
pala; na primeira em campo vermelho uma torre Saindo de um rio de agua, sendo a
torre de prata coberta de oiro, tendo uma bandeira de prata no remate; na
segunda em campo de prata uma moreira verde; timbre a torre do escudo. Acham-se
no livro da Torre do Tombo, fl. 32.
MORATO. Os Moratos são fidalgos
illustres do reino de Leão, d’onde passou a Portugal Gonçalo Morato, meirinho-mór
d'aquele reino, no tempo de el-rei D. Afonso v. Foi seu filho Miguel Morato,
pae de outro Gonçalo Morato, que teve o fôro de escudeiro da casa real. Ha esta
familia em Portugal, d’onde se estendeu a outras terras da provin cia do
Alemtejo e a Lisboa. São suas armas em campo de prata uma faxa vermelha entre
duas serpes verdes arma das de vermelho, uma no chefe e outra no fundo do
escudo; timbre uma das serpes Il3SCente. Acham-se no livro dos reis de armas.
MOREIRA. Os Moreiras são oriundos
de Portugal. Tomaram o appellido de . Santa Maria de Moreira no julgado de
Celorico de Basto, onde foram herdados, que é o Seu solar. Acham-se nos
reinados de D. Afonso III e D. Diniz, porque Gonçalo Rodrigues Moreira, de quem
fala o conde D. Pedro, foi naquele tempo juiz em certas duvidas que havia com
fidalgos que possuiam terras da corôa; seu neto João Fernandes Moreira ser Viu
os reis D. Fernando e D. João I, este ultimo lhe deu uma commenda na ordem de
Aviz, e a seu filho Diogo Fernandes Moreira deu o Senhorio da Villa de Gestaço
e outros bens, e a outro Diogo Fernandes Moreira, neto deste, deu el-rei D.
Afonso V a alcaida Fla-mór de Castello-branco e as armas desta familia, que são
: em campo vermelho nove escudinhos de prata, cada um com sua cruz verde
florida, em tres palas; timbre um lobo Vermelho nascente, com um escudinho das
armas no peito ". Acham-se no livro dos reis de armas, e no livro da Torre
do Tombo, fi, 38. * Não existe o registro da mercê feita ao dito Diogo
Fernandes Moreira. — Pegado.
MOREIRA PERANGUAL. Fernão Moreira
Perangual descendente da familia Mo reiras foi servir na India; e porque em
singular batalha matou um valente mouro na costa de Malabar á vista dos
inimigos, el-rei D. Filippe II lhe deu armas novas que são: em campo azul uma
faxa de prata dentada entre uma estrella de oiro de oito raios na parte
superior, e uma cabeça de mouro com turbante de prata, ensanguentada, na
inferior; tim bre um leão azul nascente, com uma estrella do escudo na espadoa.
Acham-se no livro dos reis de armas. MORELLI. Esta família é oriunda de
Florença, e uma das quarenta e oito que o grã-duque Alexandre de Medicis
escolheu para senatorias, e o foi Ludovico Morelli pelos annos de 1532; passou
a Portugal na pessoa de João Morelli, que em 1542 mostrou a no breza da sua
pessoa e dos seus ascendentes; el-rei D. João III lhe confirmou as suas ar mas
que são: em campo vermelho dois braços de leão de oiro postos em aspa, e entre
elles no chefe uma flôr de liz do mesmo metal, sem a folha do meio; timbre os
dois bra ços na mesma postura atados com um listão vermelho ". Acham-se na
sepultura de Bento Morelli, seu descendente que está na egreja de Santo Antão o
velho, da cidade de Lisboa, hoje chamada o Colleginho, e no livro dos reis de
armas. 1 Não existe o registro d'esta confirmação. Pegado.
MORELLIS (outros). Ha esta
familia tambem em França, e pode ser que d'a quele reino passassem alguns a
Portugal, e que seja desta familia o seguinte escudo que temos visto nas
memorias dos reis de armas. Em campo de oiro um leão de sua côr com um rodízio
de moinho na mão, por modo de broquel e preto; timbre o leão nascente com o
rodizio como o do escudo.
MORENO. A família d’este appelido
procede de um dos trinta e tres cavalleiros que el-rei D. Afonso, o sabio, de
Castella, herdou na torre de Gil de Olid, e poz de guar nição na cidade de
Baeça. Acha-se memoria d’ella nas confederações do tempo do rei D. Henrique IV.
Tem morgado na dita cidade, de que foi administrador Antonio Moreno, mestre de
campo e commendador da ordem de Calatrava, e seu pae outro do mesmo nome e
posto; ambos famosos cavalleiros. Passou a Portugal, e na província do Alemtejo
ha pes soas d’este appellido de distincta nobreza. São suas armas em campo de
oiro um castello vermelho com duas aguias negras, aber tas, sobre as torres das
ilhargas. Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, Nobreza de Andaluzia, fl. 146
v., e no livro dos reis de armas.
MORGUES. Esta familia veiu de França durante o
reinado de D. José I, sendo seu ministro o marquez de Pombal. Tem por armas o
escudo em campo vermelho, aspa de oiro; chefe cosido de azul, car regado de
tres estrellas de oiro.
MORIM. É familia diversa da de
Amorim; foi d’ella Gomes de Morim, moço da camara do infante D. Henrique, a
quem el-rei D. João III confirmou as armas em 28 de outubro de 1536 como consta
da memoria que achamos no livro dos reis de armas; e como foi confirmação devia
vir de fóra este appellido ". São suas armas em campo azul cinco vieiras
de prata, em santor, com tres estrellas aspa, e entre elles uma das vieiras.
Acham-se no livro dos reis de armas. 1 Esta mercê feita a Gomes de Amorim (sic)
acha-se registada no livro I, fl. 43 da Chancellaria ##" D. João III, e
foi dada em Evora era ut supra, por descender da geração dos Calheiros. — Pe
gado.
MOSCOSO. Esta familia é uma das
mais ilustres e antigas de Hespanha, pois se descobre pelos annos de 690 em
dois bispos, um de Orense e outro de Lugo, ambos irmãos, o primeiro chamado
Fructuoso de Moscoso, e o segundo Potencio de Moscoso, fi lhos de Ataulfo de
Moscoso, que assistiram nos concilios XV e XVI de Toledo. Tem gran des casas em
Castella e Andaluzia; e tem tambem passado a Portugal por casamentos, e d’ella
procedem muitos fidalgos da primeira grandeza. São suas armas em campo de prata
tres cabeças de lobos da sua côr cortadas em san gue, postas em pala: alguns
trazem tres cabeças de leões vermelhos, e em roda do escudo aquelles versos que
dizem: Non nos a sanguine Regum * Venimus ad mostro veniunt a sanguine Reges.
MOSQUEIRA. Em campo de prata
cinco cabeças de lobo de negro postas em Santor; timbre uma das cabeças.
Acham-se no livro que serviu a Fr. José da Cruz, reformador do Cartorio da
Nobreza.
MOTTA. Esta familia teve principio no reinado
de D. Afonso II, em Ruy Gomes de Gundar, da familia deste appelido, a quem se
deu o de Motta por viver na sua quinta da Motta, na freguezia de Santo Estevão
de Villa-chã no concelho de Gestaço, vi Sinha a Gundar, onde tinha uma torre
que foi o solar de seus descendentes e se desfez ha poucos annos.
Estabeleceu-se por varias partes do reino, teve varias pessoas de dis tincção,
e entre estas o cardeal da Motta e seu irmão Pedro da Motta, secretario de es
tado de el-rei D. João v: passou tambem a Castella, e n'aquele reino teve
muitas pessoas de reconhecida grandeza. São suas armas em campo verde cinco
flores de liz de oiro, postas em santor; timbre duas plumas de verde, e entre
elas uma das lizes do escudo. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 16.
MOTTAS (outros). Foi desta
familia o dr. Jeronymo da Motta, filho de Hen rique da Motta, escrivão da
camara de el-rei D. João III, que sendo graduado na Univer Sidade de Senna em
Italia, e sendo occupado pela republica em varios negocios de embaixa das de
que deu boa conta, e defendendo a porta Camilla da mesma cidade no tempo em que
estava sitiada por um grande exercito de inimigos; em attenção a este e outros
mui tos serviços lhe fez aquella Senhoria mercê de dar-lhe as suas armas para
accrescentar ás dos Mottas, e assim esquartelou o seu escudo, pondo no primeiro
quartel um leão de prata Coroado de oiro em campo vermelho, no segundo as dos
Mottas, e assim os contrarios; timbre o leão do escudo nascente ".
Acham-se no livro dos reis de armas, e em Villas-boas. 1 Esta mercê feita ao
desembargador Jeronymo da Motta em 2 de janeiro de 1552, acha-se registada no
livro 3 de privilegios de D. João III a fi. 119. Difere na descripção.—Pegado.
•
MOURA. Procedem de Pedro
Rodrigues, que no anno de 1107, no reinado de el rei D. Afonso Henriques, com
seu irmão D. Alvaro Rodrigues ganharam aos Mouros a villa de Moura, da qual fez
mercê a rainha D. Beatriz, mulher de el-rei D. Affonso III, a seu neto (do dito
Pedro Rodrigues) Vasco Martins Serrão de Moura, parente da mesma senhora, e foi
o solar da sua familia. Teve neste reino os marquezes de Castello Rodrigo, os
senhores da casa de Azambuja, e outras muitas casas illustres. São suas armas
em campo vermelho sete castellos de prata em tres palas, sendo tres na do meio,
e duas em cada uma das dos lados; timbre um castello do escudo. • Acham-se no
livro da Torre do Tombo, fl. 12.
MOURÃO. E família antiga, que
procede de D. Arnaldo de Baião por seu sexto neto D. Mourão Pires, pae de D.
Gonçalo Mourão, de quem falla o conde D. Pedro. Deste por varonia legitima foi
descendente Affonso Mourão, que viveu na vila de Mezão-frio, bisavô do dr.
Lourenço Mourão Homem, desembargador do Paço em 1608. Tem neste reino o morgado
da Comieira, instituido por Diogo Alvares Mourão e por seu filho o dr.
Balthazar Alvares Mourão, irmão tambem de D. Antonio Alvares Mourão, bispo de
Coimbra. Ornou tambem esta familia Fernão Pires Mourão, desembargador do Paço,
su jeito de grande virtude e letras. São suas armas em campo verde duas faxas
de oiro, e no meio d’ellas um castello de prata; timbre o castello. Acham-se no
livro dos reis de armas.
MOUSINHO ou MAUSINH0. O appelido
de Mousinho parece alcunha: ha quem diga que parece palavra arabiga corrupta de
Mousim, que na mesma lingua significa san cristão. É certo que é muito antigo,
porque se acha memoria de Gouçalo Mousinho que vivia em 13 de junho de 1145 em
que reinava el-rei D. Afonso Henriques, e no anno de 1269 vivia na Beira João
Mousinho, que tinha fazendas misticas com João Lourenço da Cunha, instituidor
do morgado de Taboa. No seculo XVIII foi chefe desta família Antonio Rodrigues
Mousinho, fidalgo da casa real, cavaleiro da ordem de Christo, morador em
Castello de Vide. São suas armas em campo azul uma banda de prata carregada de
tres muletas sangui nhas, entre seis estrellas de oiro, tres no canto alto e
outras tres no de baixo; timbre uma aspa de prata, e n’ella carregada uma
muleta do escudo. Acham-se no livro dos reis de armas e em Villas-boas.
MOUTA. Este appelido foi
procedido da naturalidade do primeiro, que o teve, ser de algum dos logares que
n'este reino tem o nome de Moita. Villas-boas lhe assigna por armas em campo
vermelho cinco castellos de prata, postos em santor; timbre um dos castellos. •
O mesmò se acha no livro dos reis de armas.
MOUTINHO. Este appellido parece
uma derivação diminutiva de Mouta pequena; acha-se estabelecido neste, reino, e
se tem passado muitos brazões de suas armas, São estas em campo azul quatro
cabeças de serpe de oiro com as linguas vermelhas, e as cortaduras em sangue,
acantonadas, e no meio uma flor de liz tambem de oiro; tim bre uma das cabeças
de serpe. Acham-se no livro dos reis de armas e em Villas-boas.
MUNHOZ. É familia das antigas e
illustres de Castella. Gonçalo Argote de Mo lina lhe dá principio no conde D.
Munhon Rodrigues, casado com D. Ximena Ordonhes filha do infante D. Ordonho;
que era filho ilegitimo de el-rei D. Bermudo II de Leão. Foi seu filho o conde
D. Rodrigo Munhoz, cujo appelido tomou do nome do pae, e deste pro cedeu D.
Diogo Munhoz, rico-homem e mordomo-mór do imperador das Hespanhas D. Afonso,
pae de D. Martim Munhoz, mordomo-mór de el-rei D. Sancho, o Desejado: pas conhe
cida nobreza. • São suas armas um escudo esquartelado, no primeiro quartel em
campo de oiro uma cruz sanguinha, florida, no segundo no mesmo campo de oiro
tres faxas sanguinhas, e assim os contrarios; orla de vermelho com uma cadea de
prata. Assim as traz Gonçalo Argote de Molina.
MURILLA. A família Murillas ou
Murilhas é oriunda da vila de Cubigana de Mu rilhas em terra de Ayala. D. João
Flores de Ocaris, Genealogia de Granada, liv. I fl. 410. arv. II, §§ 155, 161
tracta de alguns ramos, e a deduz de um João Sois de Murilhas, e Salazar de
Castro, falando da casa de Solis em Madrid traz outro ramo, que deduz de D.
Pedro de Murilhas Osorio, gentil homem de Filippe II. Passou a Portugal e a
mais an tiga pessoa que neste reino nos consta hiver d’ella foi Gaspar
Gonçalves de Murilhas, pae de Pedro Gonçalves Seixas de Murilhas, avô do dr.
Antonio Vaz Murillas, ouvidor e pro vedor geral das minas de Cuyaba em 1755, e
natural da villa de Agueda. São suas armas em campo de oiro uma torre de negro,
e do alto d'ella saindo um braço armado de prata, tendo na mão, que é de sua
côr, um alfange como que cortando uma cabeça de mouro com turbante de azul e
prata, e no contrachefe duas faxas vermelhas; timbre o braço com o alfange e
cabeça de mouro, como no escudo.
NAPOLES. Este appelido trouxe a
Portugal no tempo de el-rei D. Afonso IV, Estevão de Napoles, que era filho do
infante D. João de Napoles, principe da Morea, neto de el-rei Carlos II e de
madama Maria sua mulher, filha unica de Santo Estevão rei da Hungria, e bisneto
de Carlos I rei de Napoles e Sicilia, duque d'Anjou, conde de Provença, infante
de França e irmão de S. Luiz, filhos ambos de Luiz VIII rei de França. Passou O
dito Estevão de Napoles a Portugal, e se achou na batalha do Salado; foi seu
filho Leo nardo Esteves de Napoles, que dando-lhe o dito rei de Portugal o foro
de seu vassallo, que era naquelle tempo de grande estimação, ficou neste reino,
e o casou com D. Margarida Annes, filha do cônde D. João Afonso Tello de
Menezes e de D. Thereza Sanches sua mu lher, filha bastarda do rei D. Sancho de
Castella; foi neste reino senhor das villas de Cea, Penella, e toda a veiga de
Santa Maria, por cujo motivo tomaram muitos dos seus des cendentes o appelido
de Veigas. . São suas armas um escudo esquartelado, no primeiro em
campoºsanguinho uma aguia de oiro estendida, no segundo em campo azul tres
flores de liz de oiro, e assim os con trarios; timbre a aguia do escudo. •
Acham-se no livro dos reis de armas.
NARVAES. Tomou-se este appelido
da vila de Narvaes, no reino de Guevarra (?) de que foi senhor pelos annos de
1264 Sancho Rodrigues de Narvaes, que se achou na con. quista de Baeça onde
ficou herdado; d’este procedeu Inigo Rodrigues de Narvaes, pae de Pero Lopes de
Narvaes, que teve João Rodrigues de Narvaes, e deste foi filho Fernão Rodriguês
de Narvaes, paé de Rodrigo de Narvaes, a quem o infante D. Fernando entre 80u a
cidade de Antequera quando a ganhou aos mouros de Granada; cuja alcaidaria con
tinuou em seus descendentes. Passaram a Gibraltar, e nesta praça foi grande
capitão D. Rodrigo de Narvaes, pae de outro do mesmo nome, que passou a
Portugal, e casou n'este reino, e foi seu filho Francisco de Narvaes, bisavô de
Valerio José de Freitas de Narvaes, cavalleiro da ordem de Christo, governador
do castello da cidade de Lisboa, com patente de ajudante em 1793. São suas
armas em campo vermelho cinco lizes de prata, postas em santor; timbre uma das
lizes. Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, a fl. 236.
NAVARRETE. É familia de Hespanha,
que tomou o appelido da vila de Navar rete situada entre Logronho e Naxera
junto do reino de Navarra, d’onde veiu á conquista de Baeça Pedro Rodrigues, um
dos trinta e tres cavalleiros a quem se entregou a guarda d’esta praça, do qual
procederam Pedro Dias de Navarrete, João Dias de Navarrete e Ruy Peres de
Navarrete, que viveram na dita cidade, e os mais deste appelido de que tracta
Gonçalo Argote de Molina. São suas armas em campo vermelho uma cruz formada de
veiros de prata e azul; orla tambem vermelha com oito aspas de oiro. Acham-se
em Gonçalo Argote de Molina, na sua Nobreza de Andaluzia, fl. 277 v. e 308, e
tambem a fl. 145.
NAVARRO. Este appelido é do reino
de Navarra, onde entre os palacios da sua fidalguia, de que trata Gonçalo
Argote de Molina, traz o de Navarro, que tem por ar mas em campo azul dois
lobos de oiro passantes; orla vermelha com oito aspas de oiro. Parece proceder
dos reis d'aquella monarquia, porque D. Antonio Agostinho, arcebispo de Tarragona,
faz memoria de alguns fidalgos e casas procedidas d’aquele reino, entre el les
alguns com appellido de Navarro, e Fr. Filippe de Lagandara a faz de D.
Marqueza de Navarra, que teve este appelido por ser filha bastarda de el-rei
Theobaldo d'aquelle reino, e casou com D. Jayme II de Aragão : e a mesma
memoria faz do capitão Pedro Navarro que se achou nas guerras de Italia. Ha
esta família em Portugal. V. Nobreza de Andaluzia, fl. 73 v. D. Antonio
Agostinho, Dialogo 3º, fi. 36 n.º 10, Armas e triunfos de Galiza, fl. 532 e
435. NAVAS. Tem esta familia por armas em campo vermelho um castello de oiro
entre quatro barras do mesmo metal, que formam uma lisonja; orla vermelha com
oito aspas de oiro. • Assim se passaram em um brazão a Bernardino José do
Amaral Sousa e Navas de Fi gueiredo, do logar de Mizarella, termo e comarca da
Villa de Linhares, aos 22 do mez de abril de 1784.
NEGRÃ0. O appelido Negrão em
Portugal é o mesmo que Negron em Castella e Negrona em Genova, é uma das vinte
e oito familias senatorias d’aquela republica; d’esta passaram a Hespanha em
tempo de Filippe I Bartholomeu de Negron e Paulo Ba ptista Negron dos quaes
ficou numerosa descendencia, que se estendeu por Sevilha, Va lhadolid, Xerez de
la frontera, Cadiz e outras terras, d’onde suppomos que tambem passou a
Portugal e d’ella descenderam o desembargador Dionysio Esteves Negrão e seu
filho o desembargador Manuel Nicolau Esteves Negrão, que foi chanceller-mór do
reino, etc. São suas armas em campo de oiro tres bastões negros firmes. Acham-se
em Gonçalo Argote de Molina, na sua Nobreza de Andaluzia, fl. 241.
NEGREIROS. É o seu solar no couto
de Negrellos, no termo da cidade do Porto. É appelido corrupto de Negrellos.
São suas armas um escudo esquartelado, o primeiro quartel composto de seis
palas de oiro e azul, o segundo xadrezado de oiro e azul de seis peças em faxa
e outras seis de OlTO. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 19.
NEGRILHOS. Nada podemos apurar
desta familia, cujas armas são: em campo azul uma banda vermelha, coticada de
oiro, carregada de seis cruzes de oiro entre qua tro flores de liz do mesmo
metal. Assim as traz Fr. José da Cruz no seu livro muitas vezes mencionado.
NEGRO. Esta familia é a mesma que
a dos Pretos. Tem por armas as dos Negreiros, isto é : um escudo esquartelado,
o primeiro quartel composto de seis palas de oiro e azul, o segundo xadrezado
de oiro e azul de seis peças em faxa e outras seis em pala, e assim os
contrarios; difere só no timbre, que é um braço de negro com um bastão de oiro
na mão. Acham-se no livro dos reis de armas e em Villas-boas.
NEIVA. M. N. ao dr. Antonio da
Cunha Pereira Bandeira de Neiva, por alvará de 26 de novembro de 1864. • Escudo
esquartelado, tendo o superior da direita em campo de prata carregado com cinco
crescentes carmezins apontados para cima e colocados em aspa, e e assim repetido
O seu alterno; o superior da esquerda em campo azul interceptado por tres faxas
de oiro carregadas cada uma por uma flor de liz vermelha e colocadas em banda;
e o inferior da direita em campo carmezim carregado com um estandarte de oiro
fimbrado de franja de prata, e tambem carregado com um leão azul rompente,
armado de carmezim, e tudo hasteado em oiro com a lança e ferro de prata; elmo
de prata com a vizeira aberta, guar necida de oiro e forrada de vermelho com o
virol de prata e azul; timbre um leopardo de prata, rompente, armado de
carmezim e com um dos crescentes carmezins sobre a es padoa esquerda. - V.
Archivo, n.º 146.
NETO. O appelido de Neto já o
havia em Portugal em Pedro Neto que foi tes. temunha em uma escriptura do
mosteiro de Lorvão em 1168, como escreve Fr. Antonio Brandão. Passou a Cidade
Rodrigo d’onde se estendeu até Salamanca, e em ambas teve casas muito
distinctas e fidalgos conhecidos. No reinado de D. Manuel veiu de Salamanca a
este reino Pedro Gonçalves Neto, que foi pae de D. Braz Neto, enviado de
Portugal em Roma e bispo de Cabo-verde; este e seu irmão provaram serem dos
Netos de Salamanca e pertencerem-lhe suas armas, e se lhes mandaram registar.
São estas um escudo partido em pala, a primeira vermelha e a segunda de azul:
sobre ambas um leão de oiro armado de prata; orla de oiro com quatro folhas de
figueira acan tonadas, de verde, e quatro lizes de azul em cruz; timbre o leão
do escudo com uma folha de figueira sobre a testa ". Acham-se no livro da
Torre do Tombo, fl. 40. 1 Esta mercê feita a Braz Neto em 12 de setembro de
1515, acha-se registrada na chancellaria de D. Ma muel, liv. 11 fl. 124, e liv.
6 de Misticos fi. 142 — Pegado. — A mercê feita a Simão Neto, irmão do dito
#}"; dada em 28 de novembro de 1534, acha-se registrada na chancellaria de
el-rei D. João III lV. . 80 V.
NEVIA. Escudo esquartelado; no
primeiro e ultimo quartel em campo verme lho, cinco chaves de oiro postas em
santor; no segundo em campo de oiro tres faxas de Vermelho; no terceiro em
campo vermelho uma torre de prata com tres flores de liz em chefe, e uma de
cada lado. Acham-se no livro de Fr. José da Cruz, a fl. 180.
NICOTE. El-rei D. Filippe II deu
a Filippe de Brito Nicote, capitão de um cas tello que defendeu no reino de
Pegú na India, as seguintes armas: um escudo cortado em faxa, na primeira em
campo vermelho um castello de oiro com portas e frestas de azul, acompanhado de
seis bezantes de prata em duas palas; a segunda ondada de prata e azul; timbre
o castello do escudo com um dos bezantes no alto do mesmo sobre a torre do
meio. Acham-se no livro dos reis de armas. V. Archivo n.° 680.
NINHO. Esta familia passou de
França a Hespanha na pessoa de João Ninho, cavalleiro da casa real de França;
deste foi descendente D. Pedro Ninho, conde de Buelna e senhor de Cigales em
Castella, com numerosa descendencia, dos quaes procedeu D. Ga briel Ninho e
Zuniga, que no tempo dos Filippes passou a Portugal e foi governador da torre
de S. Julião da Barra de Lisboa, onde casou com D. Anna de Vilhena, viuva de Ma
nuel de Sousa da Silva e filha de Luiz Alvares de Tavora, senhor do Mogadouro.
São suas armas em campo de oiro sete flores de liz de azul postas em tres
palas, a do meio com tres, e as dos lados com duas em cada uma. Acham-se em
Gonçalo Argote de Molina, na sua Nobreza de Andaluzia, fl. 211, e no livro dos
reis de armas.
NOAYN. Tem por armas em campo de
prata dois lobos de azul; orla verme lha com oito aspas de oiro. Assim se acham
no livro de Fr. José da Cruz.
NOBEL. Este appelido é oriundo da
cidade de Haya, em Hollanda, d’onde passou a Portugal Simão Nobel no tempo de
el-rei D. Pedro II : casou em Lisboa com D. Anna Letre natural d’esta mesma
cidade; foi seu filho Jaques Nobel, que casou com D. Catha rina de Barros,
filha de Sebastião Ferreira de Barros e de D. Maria Magdalena, e foram seus
filhos João Guilherme Nobel de Barros, cavalleiro da ordem de Christo, Carlos
Dio nysio Nobel de Barros, e Jaques Nobel de Barros, cavalleiro tambem da mesma
ordem, e este ultimo pae de Antonio Joaquim Nobel de Barros. São suas armas em
campo vermelho um leão de oiro; timbre o leão do escudo, nas Cente. Acham-se no
livro dos reis de armas.
NOBOA ou NOVOA. São do reino de
Galliza, descendentes dos reis Suevos : O appellido foi tomado do castello de
Noboa junto a Ribadavia. Procedem desta familia muitas casas da primeira
grandeza do mesmo reino de Castella. Passou a Portugal João de Noboa, que era
da casa dos condes de Maceda; serviu os reis D. João II e D. Manuel e este
ultimo o mandou no anno de 1501 á India por general de quatro navios, e com el
les venceu outros do Samorim e obrou grandes proezas, e d’elle faz honrada
memoria João de Barros. São suas armas um escudo mantelado ou a trina, no
primeiro em campo vermelho uma aguia de oiro aberta, no de baixo em prata um
leão vermelho, e no terceiro em campo de oiro um castello vermelho; timbre a
aguia do escudo. Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, na sua Nobreza de
Andaluzia, e no livro dos reis de Armas.
NOBRE. É família do Algarve, tem
seus ascendentes na cidade de Tavira. O ap pellido lhe proveiu de um feito
assignalado, que o primeiro obrou na conquista de uma praça, segundo a
tradição, e é que levando-se a notícia ao rei, este dissera: — Nobre foi o
feito. São suas armas em campo vermelho uma torre de prata lavrada de negro
sobre um cortada em sangue; timbre um braço armado de prata, com a cabeça do
mouro pendurada pelos cabellos. Ha tambem esta familia na cidade de Elvas e em
Lisboa.
NOBREGA. Tomaram os Nobregas o
appelido do castello de Nobrega junto do reino de Galiza, que é o seu solar. E
familia antiga, que teve o desembargador Gaspar de Nobrega, que em 1537
justificou a sua nobreza, e se lhe passou brazão de armas d’esta familia por
mostrar descender d’ella. São estas armas em campo de oiro quatro bastões
sanguinhos, em pala. A Manuel de Nobrega se passaram estas mesmas armas com um
açor negro armado de oiro no meio do escudo; timbre de ambos um leão de oiro
nascente com um bastão do escudo nas mãos ". "A mercê feita a Gaspar
de Nobrega em 14 de fevereiro de 1537, acha-se registrada no livro 23 da
chancellaria de el-rei D. João III a fl. 44 v. — A mercê feita a Manuel de
Nobrega não se acha regis trada. — Pegado.
NOGUEIRA. Descendem os Nogueiras
de D. Mendo Paes Nogueira, sobrinho de D. Mendo Nogueira, cavaleiro da ordem
dos Templarios logo no principio da sua instituição, e vivia no anno de 1089,
governando em Portugal o conde D. Henrique. Teve o seu solar na torre de
Nogueira junto ao rio Minho. Foram os Nogueiras alcaides-móres de Lisboa, oc
cuparam muitos empregos, e foram revestidos de muitas dignidades. Fundaram o
mor gado de S. Lourenço de Lisboa no anno de 1299, possuido ultimamente por
seus descen dentes os viscondes de Villa-nova da Cerveira, depois marquezes de
Ponte de Lima. São suas armas em campo de oiro uma banda xadrezada de prata e
verde de cinco pe Cas em faxa com a ordem do meio coberta toda de uma cotica
vermelha; timbre uma cabeça de serpe de oiro xadrezada de verde e prata, com um
ramo de nogueira na boca, com fructos de sua côr. Acham-se no livro da Torre do
Tombo, fl. 17. •
As armas pertencentes a esta
familia, que usam as ditas duas casas de Arcos e Angeja, son um escudo
esquartelado, no primeiro quartel as armas de Portugal com um filété "Kro
em contrabanda; o segundo mantelado com o primeiro e segundo de prata, em cada
" Seu leão de purpura batalhantes, o terceiro sanguinho com um castello de
oiro e uma orla composta de dezoito peças, nove de oiro e outras nove de veiros
de prata e azul; e assim os contrarios; timbre um leão do escudo nascente.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 9.
NORONHAS (outros). Dos condes de Noronha e Gijon D. Afonso e
D. Isabel foi segundo filho D. Fernando de Noronha, que casando com D. Beatriz de Menezes, filha de D.
Pedro de Menezes, segundo conde de
Vianna, primeiro capitão general e governador da praça e cidade de Ceuta,
alferes-mór de el-rei D. Duarte, foi por este casamento capitão e governador da
dita praça, que herdou do dito conde com outra muita fazenda, com a clausula de
que os successores da sua casa usariam do appellido e armas de Menezes do dito
seu sogro; e por esta causa usaram do escudo dos Noronhas, tendo sobre elle ao
centro o escudo dos Menezes do dito seu sogro, que é o de Tarouca, com a
diferença de trazer no primeiro sextavo em logar dos dois lobos um estoque de
vermelho em campo de oiro entre quatro arruelas de azul, no segundo as quatro
palas vermelhas de Aragão, em campo de oiro, no terceiro em campo de oiro dois
lobos sanguinhos passantes, o quarto e sexto como o segundo, e o quinto como o
terceiro; e sobre este segundo escudo outro de oiro com um anel, que é o
proprio dos Menezes; timbre o leão do escudo nascente. Assim as trouxeram os
senhores d'esta casa, os marquezes de Villa-real e duques de Caminha, até que
se acabou, e hoje as continuam da mesma forma os condes de Valladares,
descendentes tambem da dita casa pela acção que a ella tem, supposto que já lhe
foi recompensada pelo concerto que el-rei D. Pedro II fez com D. Miguel Luiz de
Menezes, fazendo-o por ella conde de
Valladares. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 9.
NORONHAS, de LINHARES. Escudo
esquartelado; no primeiro e ultimo quartel as armas reaes com o filete em
contrabanda; no segundo e terceiro em campo de prata um mantel sanguinho com um
castello de oiro entre dois leões batalhantes da mesma côr; timbre um dos leões
nascente. | Assim estão no referido manuscripto de Fr. José da Cruz.
NORONHAS, de ODEMIRA. Tem por armas em campo
de prata uma aspa vermelha com cinco escudetes das armas reaes; timbre um
cavallo de prata nascente, com redeas vermelhas e tres feridas no pescoço,
Acham-se no referido livro de Fr. José da Cruz. NORONHA. V. Loronha.
NOVAES e NAVAES. O conde D. Pedro
dá principio a esta familia em D. Pedro de Novaes, o velho, com geração
continuada; e tractando dos Pimenteis traz outros Novaes, do que Fr. Filippe de
Lagandara tem para si que houve em Galiza duas casa de Novaes distincta uma da
outra no mesmo tempo : o seu solar naquelle reino era o castello de No vaes,
porém passando a Portugal com o conde D. Henrique, Afonso Fernandes de Novaes
pelos annos de 1090, fundaram neste reino outro solar com o mesmo nome no
districto de Guimarães. Foi neto do referido Afonso Fernandes de Novaes, Vasco
Fernandes de No vaes, que se achou na tomada de Lisboa, e viveu no referido
solar, o qual foi pae de Fer não Vásques de Novaes, por quem se continuou este
appelido. São suas armas em campo azul cinco novellos de prata postos em
santor; timbre uma aspa azul entre dois novellos como os do escudo. Assim as
traz Villas-boas, Nobiliarchia, pag. 311.
NUNES. Escudo dividido em pala;
na primeira de prata uma pala azul; na se gunda de vermelho um leão de oiro
entre quatro merletas de oiro; timbre o leão do escudo. tim bre um leão de sua
côr, com um ramo de palma nas garras. Assim se acham em um manuscripto antigo
de um rei de armas.
NUNES, de MARTINS GARRO. El-rei
D. Afonso V deu a Nuno Martins Garro em Arrayolos no anno de 1466 as seguintes
armas: — Em campo azul uma Onça de oiro armada de negro. • NUNES, de LARA. São
as armas desta familia em campo vermelho duas cal deiras de oiro faxadas de
negro, com sete cabeças de serpes em cada encaixe das azas. Assim as traz no
seu livro o referido Fr. José da Cruz. () •
OCHOA ou UCIIOA. É família de
Navarra, d’onde passou com o conde D. Hen rique á conquista de Portugal, Martim
Henriques Ochoa, fidalgo d'aquele reino da casa deste appelido. D'elle foi
quarto neto Pedro Afonso Ochoa, rico-homem de el-rei D. Di Illz, e deste foi
tambem quarto neto Alfonso Vaz Ochoa, moço fidalgo da casa de el-rei !). Alonso
V, e bisavô de Francisco Ochoa, de quem descendeu por varonia o bacharel F
rancisco André Ochoa, natural de Irada, jurisdicção de Bragança. São suas armas
em campo de prata dois lobos de azul passantes; timbre um dos lobos. Acham-se
em Gonçalo Argote de Molina, fl. 73 v. •
OKELLIS ou OQUELLIS. Este
appelido, que no reino de Irlanda d’onde é Oriundo se escreve Okellis, e neste
de Portugal se diz tambem 0quellis, é de uma fami lia muito nobre d'aquelle
reino. D'elle passou a França Bernardo Oquellis, que depois de servir nos exercitos
d'aquela monarchia com tanta distincção que chegou a ser gover "ador de
praças com patente de coronel, veiu militar a Portugal, onde casou e foi pae de
Guilherme Oquellis, que foi tenente de cavalaria do regimento de Moura, pae de
Diogo Oquellis, capitão de cavallos do mesmo regimento, parentes todos de
Guilherme Oquellis, Coronel do dito regimento, de Hugo Oquellis, brigadeiro de
infanteria, e do conde Okel lis, tenente general de infanteria nos exercitos do
imperador, e aparentados com os Porcilles. ão suas armas um escudo partido em
pala; na primeira em campo azul um castello de prata sobre um monte de sua côr,
entre dois leões de oiro rompentes contra o castello, presos por cadeas de
ferro pela cintura: na segunda em campo de prata seis cruzes com haste de ponta
de espada, postas em duas faxas, chefe Vermelho com tres mosquetas de Prata em
faxa; timbre um galgo de prata malhado de preto, em acção de correr, e abaixo
do escudo em um listão de prata esta letra de preto — Turris fortis mihi
Deus". Assim se communicaram da casa dos Porcilles. * Esta descripção
torna-se duvidosa por ter letra diferente do original, — Pegado.
OLDEMBOURG ou OLDEMBERG. É
familia do reino de Dinamarca, da cidade de Oldembourg. Passou a Portugal
Martinho Oldembourg, que era filho de Antonio Gou iºr, conde de Oldembourg, e
de Sophia Catharina, filha de Alexandre, duque de Holsace. Sunderburg; dos
ditos foi filho Feliciano Velho Oldembourg, pae de Martinho Velho da Rocha
Oldembourg, que em 1750 justificou na Correição do civel da côrte o referido,
São suas armas o escudo esquartelado; no primeiro quartel em campo de oiro duas
faxas vermelhas, no segundo em azul uma cruz de prata, e assim os contrarios;
timbre duas buzinas de caça de oiro com as bôcas para cima, cada uma com duas
faxas ver melhas. Assim se mostraram autenticas, e se passou brazão ao dito
Martinho Velho Oldembourg 1. 1 Não existe o registro d'esta mercê feita a
Martinho Velho Oldembourg.
OLIVA. É familia de Navarra,
d’onde passou a Portugal e se estabeleceu na ci dade de Tavira; d’esta passaram
a Tanger, onde Lourenço d’Oliva fez a proeza de matar um leão atravessando-o
com uma lança dos peitos ao costado, com grande risco de sua vida e admiração
assim dos christãos como dos mouros; pelo que o rei D. Sebastião, em cujo tempo
succedeu este caso, lhe deu por armas em campo verde um leão de oiro ar mado de
negro, saindo de uma ribeira de prata e azul no contrachefe, e atravessado pelo
peito e costado com uma lança de sua côr quebrada, com o ferro ensanguentado e
sain do-lhe o sangue das feridas; timbre um homem nascente vestido de encarnado
com o pedaço da parte da lança na mão. Foi esta mercê feita em 12 de novembro
de 1564. V. Archivo, n.º 1789.
OLIVAL. A familia d’este appelido
é antiga e nobre na provincia da Beira. A primeira pessoa de que se deduz é D.
Alvaro d'Olival, que vivia nos reinados de D. Pe dro I, D. Fernando, e D. João
I; e era senhor de um grande olival no termo da villa do Sabugal onde viveu, e
tem descendentes. São suas armas em campo de prata duas oliveiras verdes com
azeitonas de oiro, p0S tas em faxa; timbre uma das Oliveiras, Assim # acham em
um manuscripto de José Freire Monterroio Masca TeIlha S.
OLIVEIRA. E familia muito antiga
e illustre, porque já no reinado de D. Diniz era honrada, como consta dos
livros das suas inquirições; e no dos reis D. Afonso II, D. Sancho II e D.
Afonso III, viveu João Peres de Oliveira. Foi o seu solar no concelho de
Lanhozo na freguezia de S. Tiago de Oliveira, de que tomaram o appelido. Foram
instituidores dos morgados de Oliveira e do de Val de Sobrados, que depois se
uniram ao da Patameira instituido na família dos Mirandas. São suas armas em
campo vermelho uma oliveira verde com raizes, perfis e fructos de oiro; timbre
a oliveira. Alguns trazem as raizes da oliveira do escudo de prata. Acham-se no
livro da Torre do Tombo, fl. 35.
OLIVEIRA DO HOSPITAL. Os
descendentes de Domingos Joannes de Oliveira do Hospital, que se chamou assim
por ser cavaleiro e commendador de Malta, chamada a ordem do Hospital, trazem
por armas em campo azul uma aspa de prata firme entre quatro flores de liz de
oiro; timbre a aspa do escudo com uma flor de liz de oiro GII] CIII13. Acham-se
no livro dos reis de armas, e assim se passaram em 1515 a Fr. An dré do Amaral,
do conselho d'el-rei, chanceller-mór, embaixador em Roma e commendador de
Vera-Cruz.
OLIVEIRA. Escudo em campo verde,
um leão de oiro rompente atravessado com uma metade de lança de sua côr por
entre as espadoas, saindo-lhe o ferro pela barriga, armado de preto e
ensanguentado, junto de uma ribeira que vai pelo pé do escudo; el mo de prata
cerrado guarnecido de oiro; timbre um meio homem vestido de vermelho pala.
Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, e no livro dos reis d'armas.
OSORIO. A familia de Osorios é
uma das mais antigas e ilustres de Hespanha. Traz a sua origem do conde D.
Guterre Osorio do tempo de Mauregato, cujo filho o conde D. Osorio veiu povoar
a Portugal, e supposto seus descendentes largaram o appellido por outros que
tomaram, como se observa no conde D. Pedro, os de seu irmão outro D. Gu terre
Osorio, que ficou em Castella, o continuaram: e d’ella procedem n'aquelles reinos
as maiores casas que n'elles ha. Passou segunda vez a Portugal no tempo do rei
D. João I, na pessoa de Martim Osorio filho de Osorio Martins, que era da casa
dos marquezes de Astorga, cavalheiro de grande nome, e fazendo assento na villa
de Trancoso, ficou d'elle nobre descendencia. Passou tambem á India Bernardo
Osorio da Fonseca, capitão de Cei lão, cuja fortaleza defendeu valorosamente:
este teve por filhos a João Osorio da Fonseca commendador de Minhotaes na Ordem
de Christo, e o dr. Jeronymo Osorio, arcediago de Lagos, e depois comego
magistral d'Evora, os quaes foram sobrinhos de D. Jeronymo Osorio, bispo do
Algarve em tempo dos reis D. João III e D. Sebastião, tão caritativo e douto
prelado, que pelas muitas esmolas que fazia era chamado pae dos pobres; e pelos
admiraveis livros que compoz foi respeitado e buscado até das nações estranhas.
São suas armas em campo de oiro dois lobos sanguinhos passantes; timbre um dos
lobos. Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, no livro dos reis de armas e em
Villas-boas.
OSOURO. Tambem este appelido
parece ser corrupção de Osorios. São suas armas em campo de oiro dois toiros
vermelhos passantes; timbre um dos toiros. Acham-se em Gonçalo Argote de
Molina, e no livro dos reis de armas.
OUREM. É appelido tomado da vila
d'este nome. São suas armas em campo de prata uma aguia de negro aberta, armada
de vermelho; timbre a mesma aguia. Acham-se no livro dos reis de armas, e em
Villas-boas.
OVANDO. Tem por armas em campo de
prata uma cruz sanguinha floreteada, entre quatro Vieiras sanguinhas, orla da
mesma côr carregada de oito aspas de oiro. Tral-as o referido livro de Fr. José
da Cruz. P
PACHECO. Deixando as opiniões que
dizem proceder esta familia de Lucio Ju nio Pacieco, contemporaneo de Julio
Cesar; é certo que ella é das mais antigas d’este reino. O conde D. Pedro, a
deduz de D. Fernão Jeremias, que veiu a Portugal com o conde D. Henrique a quem
serviu valerosamente; d’este foi terceiro neto Fernão Rodrigues Pacheco, o
primeiro que usou deste appellido, e aquele valoroso alcaide do castello de Ce
lorico, que defendeu pelo rei D. Sancho II, contra o conde de Bolonha. Foi seu
filho Joã0 Fernandes Pacheco, pae de Lopo Fernandes Pacheco, grande privado do
rei D. Affonso IV a quem acompanhou na batalha do Salado, e o mesmo rei o fez
seu rico homem de pen dão e caldeira, em cuja memoria puzeram seus descendentes
por armas em campo de oiro duas caldeiras de negro com tres faxas cada uma de
Veiros de oiro e vermelho, e as azas da mesma forma, com quatro cabeças de
serpes negras nos encaxes das mesmas azas, de serpe; timbre dois pescoços de
serpe de oiro batalhantes, armados de sanguinho. Acham-se no livro de armarias
a fl. 17.
PACHECOS, de GASPAR PACHECO, V.
Archivo n.º 933.
PACIIECOS, de DUARTE PACIEC0. De
João Rodrigues Pacheco foi filho Diogo Lopes Pacheco, senhor de Ferreira
d'Aves, que fugindo para Castella e d’aquelle reino para o de Aragão por ter
sido cumplice na morte de D. Ignez de Castro, passados annos tor nou para
Portugal e teve a João Fernandes Pacheco, que serviu o rei D. João I, sendo um
dos tres capitães da batalha de Trancoso, em que foram vencidos os castelhanos,
porém retirando-se com seus filhos para Castella por desgostos que teve com o
rei D. João I, d'elles procedem n'aquele reino illustrissimas casas. Em
Portugal ficou seu filho bastardo Gonçalo Lopes Pacheco por quem se continuou
esta familia, que teve o grande Duarte Pacheco Pereira, Achilles Lusitano, como
lhe chama o principe dos poetas. A este grande capitão deu o rei de Cochim por
armas em campo vermelho cinco coroas reaes de oiro em santor, orla ondada de
prata e azul com oito castellos de oiro; timbre um dos cas tellos, cercado este
escudo com sete estandartes mouriscos, tres vermelhos, dois brancos e dois de
azul: as coroas pelos cinco reis que desbaratou, os castellos pelos oito que
des fez, e as bandeiras de sete batalhas que em defensa do dito rei venceu.
Acham-se em Villas-boas, fl. 310.
PAÇOS de PROBEM. É familia do
reino de Galiza, que tomou o appelido do Castello e paço de Probem, que é o seu
solar. Passou a Portugal na pessoa de Vasco de Paços que era senhor do dito
castello, e casou em Caminha, onde teve descendentes que se estenderam por
outras terras. São suas armas em campo de oiro um braço de sua côr com uma
espada de azul, met tendo-a pela boca de uma serpente verde; timbre uma
estrella de oiro entre duas azas de aguia de sua côr. Acham-se no livro dos
reis de armas. •
PADILHA. Esta familia é uma das
mais antigas e illustres de Hespanha. A mais Seguida opinião é que tomou o
appelido do logar de Padilha, visinho de Miranda de Cas fro-Xerez, junto a
Burgos, porque foram senhores e povoadores d'elle: porém a maior honra que esta
família recebeu foi entrar na casa real de Hespanha, e desta em todas as mais
da Europa pelo casamento de D. Pedro o Crú com D. Maria de Padilha, como ele
depoz com juramento e depois se verificou em sua neta D. Catharina, mulher de
el-rei D. Henrique III. Teve quatro mestres na ordem de Calatrava, um na de
Sant'Iago, e mui los annos andou n’ella o emprego de adiantado-mór de Castella.
Passou a Portugal, onde Procedeu d'ella Pedro Norberto de Arcourt e Padilha,
secretario do Desembargo do Paço na repartição do Minho. São suas armas em
campo azul tres pás de prata entre nove crescentes do mesmo me tal, tres em
chefe com as pontas para baixo, três no contrachefe com as pontas para cima, º
OS Outros tres em faxa, dois com as pontas para a parte esquerda e o terceiro
com as Pontas para a direita; timbre uma aguia negra volante. Acham-se no livro
dos reis de armas.
PADRÃO. Esta familia tem as
mesmas armas que as dos Caãos, pelo que se pre Sume que descendem de Diogo
Caão, a quem elas foram dadas. V. Caão. "…: PAES. Este appelido é o
patronimico do nome proprio Paio, muito antigo neste "no, porque já D.
Paio Paes foi alteres-mór de D. Afonso Henriques na batalha do campo de Ourique
: o mesmo appelido teve D. Gualdim Paes, mestre dos templarios em Portu gal, e
outros muitos fidalgos, que traz o conde D. Pedro. Porém onde se fez mais
famoso foi em Alvaro Paes, chanceller-mór d’este reino, cujos descendentes
tiveram grandes em pregos na casa real. São suas armas em campo azul nove
lisonjas veiradas de oiro e vermelho, postas em tres palas; timbre um pavão de
sua côr. Acham-se no livro dos reis de armas, e consta se passou d’ellas brazão
a Gas par Rodrigues Paes Esteves em 1666.
PAIM. Esta familia é de
Inglaterra; procede de Thomaz ou Thomasim Paim, que veiu com a rainha D.
Filippa, mulher de el-rei D. João I, e foi seu secretario. Seu filho . Duarte
Paim foi capitão da ilha Terceira, e d’este o foi Diogo Paim, pae de Jeronymo
Paim da Camara, de quem foi filho Francisco da Camara Paim, que teve a
Francisco de Ornel las da Camara, commendador de Pena-firme e governador do
castello da dita ilha, pae de Braz de Ornellas da Camara, que vindo viver em
Lisboa tratou-se n’esta cidade no tempo de el-rei D. Pedro II com muita
grandeza, e grande estado de carruagens. São suas armas o escudo franxado de
prata e negro, sendo os campos alto e baixo de prata e os das ilhargas de
negro, e sobre ele um leão entrecambado dos mesmos esmal tes, armado de
vermelho; timbre o leão do escudo. Acham-se no livro dos reis de armas.
PAIVA. Esta familia é
antiquissima e illustrissimo o seu principio, porque des cende de D. Arnaldo de
Baião. Tomou o appelido do concelho de Paiva, e foi a primeira pessoa d'elle
João Soares de Paiva, quinto neto do dito D. Arnaldo, por lhe cair em par tilha
o dito concelho ou o senhorio d'elle. São suas armas em campo azul tres flores
de liz de oiro, postas em banda; timbre uma aspa azul carregada de uma flor de
liz do escudo. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 27.
PALHARES. Os Palhares tomaram o
appelido do seu solar, que é a aldea de Palhares, na freguezia de S. Pedro de
Merufe, na província do Minho. A primeira pessoa de que ha noticia foi Pedro
Annes de Palhares, que vivia no anno de 1222, no tempo de el-rei D. Affonso
III. São suas armas em campo vermelho seis besantes de oiro em duas palas,
entre elas um braço com uma espada na mão, copos de oiro e folha de prata, com
a ponta para cima; timbre o braço com a espada. Assim se acham em um
manuscripto de José Freire Monterroio Masca renhas. PALHA. Os Palhas são
originarios de Galiza e antiquissimos em Portugal, por que Vicente Palha,
morador em Lisboa, viveu nos reinados de D. Affonso III e D. Diniz, é era já
morto no anno de 1288 em que faleceu Maria Fernandes, sua mulher, que dei Xou á
Sé de Lisboa um legado, como consta do livro dos obitos da mesma Sé, e vimos em
um manuscripto de José Freire Monterroio, e assim não pode esta familia ter a
origem que lhe dá Villas-boas; e o mesmo se colhe do que diz o conde D. Pedro,
tit. 76, fl. 398. Os Palhas liaram-se com os Almeidas, e como os primeiros não
tinham armas proprias fi caram usando das dos Almeidas, assim como o ramo que
se liou com os Garcezes, que intitulando-se Garcezes Palhas ficaram usando das
dos Garcezes, e assim tem estes por ar mas em campo vermelho seis besantes de
oiro entre uma cruz dobre e bordadura do mesmo metal; timbre uma aguia vermelha
besantada de oiro. appelido a esta familia, e tem morgado instituido por Joanne
Annes Palhavã, com capella em S. Do mingos da dita cidade, onde se acha
enterrado o seu filho e suas mulheres; foi senhor do dito morgado Jorge Gomes
de Carvalhosa Palhavã, que em 1540 requereu brazão de suas armas, e são as
desta familia em campo azul um molho de palhas e espigas de trigo de oiro
atados com uma fita vermelha, entre quatro torres de prata acantonadas; timbre
dois braços armados de prata, tendo nas mãos um feixe de trigo do escudo atado
com fita Vermelha 1. Acham-se no livro dos reis de armas. 1 Esta mercê feita ao
dito Jorge Gomes de Carvalhosa Palhavã acha-se registrada na chancellaria de
el-rei D. João III, liv. 1, fl. 201 v., e tem a data de 31 de julho de 1540 —
Pegado.
PALLE. Este appellido de Palle
foi tomado da fortaleza de Palle na India, onde Francisco Monteiro, soldado
portuguez, da familia dos Monteiros, valoroso nas guerras d'aquelle estado, fez
muitas proezas, a ponto de que mereceu ser chefe de familia nova, e el-rei D.
João III entre outras mercês lhe deu por armas em campo vermelho uma serra de
sua côr, com penhascos realçados de prata, no alto della dois baluartes com um
muro de um ao outro, caido por terra por duas peças de artilheria, que atiram a
ele, as pe Cas de sua côr, montadas em carretas de oiro, no alto do muro um
braço armado de prata Com uma adaga do mesmo metal na mão, com os copos de
oiro; timbre o braço com a adaga na mão". Acham-se no livro dos reis de
armas. V. Archivo, nº 829, * Esta mercê foi feita por el-rei D. João II ao dito
Francisco Monteiro de Palle em 12 de março de 1548, e acha-se registrada no
liv. II de Privilegios, fl. 176 — Pegado.
PALMA. Esta família teve a sua
origem em um dos logares que ha em Portu gal d’este nome; foi d’ella José
Carlos da Palma, natural da Villa de Obidos, das princi cipaes familias
d'aquela terra, governador da praça de Castello de Vide e um dos bons Soldados
que teve este reino. Na dita villa de Obidos instituiu um morgado, cuja admi
nistração ficou a sua filha D. Antonia Luiza de Menezes da Palma. Em Ceuta
tambem houve esta familia, onde governaram muitas vezes aquella praça na
ausencia dos marque Zes de Villa-real, capitães-móres e governadores d’ella:
dos ditos procede Luiz de Mes quita Alcoforado e Mello, • São suas armas em
campo de oiro uma palmeira verde sobre um monte de sua côr; timbre a palmeira.
| Acham-se no livro dos reis de armas.
PALMEIRIM. M. N. feita a, Luiz
Ignacio Xavier Palmeirim em 1824: — Escudo mantelado, tendo no primeiro em
campo azul uma peça de artilheria de oiro e uma es Pingarda de prata, postas em
aspa; no segundo tambem em campo azul uma peça de ar tilheria de prata e uma
ancora de oiro, postas egualmente em aspa; no terceiro em campo Vermelho um
leão de oiro rompente, com uma chave de prata na garra direita; chefe de prata
carregado de uma palmeira; orla de oiro com a legenda em letras vermelhas—Va
tor, Fidelidade, Honra; elmo de prata aberto guarnecido de oiro, e forrado de
verde, tendo o paquife dos metaes e côres do escudo; timbre tres ramos de
palmeira atados com um torçal de prata. V. Archivo, nº 1784.
PALOMINO. Em campo de oiro duas
caldeiras de negro, entre elas um bastão Verde, orla sanguinha com oito aspas
de oiro. Assim se acham em um manuscripto já por vezes citado.
PAMPLONA. Os Pamplonas são oriundos de
Navarra, e tomaram o appelido da cidade de Pamplona, corte do mesmo reino.
Passou a Portugal Pedro Vaz Pamplona, homem fidalgo, de quem foi filha Maria
Vaz Pamplona, mulher de Alvaro Affonso Ramos, senhor do morgado de Beyre, no
reinado de el-rei D. Manuel. Seus descendentes uns fica ram no reino, e Gonçalo
Alvares Pamplona passou á ilha Terceira, onde estabeleceu casa e morgado, que
hoje anda em seus descendentes. São suas armas em campo vermelho seis faxas de
oiro; timbre um leão de oiro nas cente faxado de duas faxas vermelhas, e armado
tambem de vermelho.
PANTOJA. Os Pantojas tiveram o
seu principio e primitivo solar na provincia de Entre-Douro e Minho, donde
foram á expugnação de Toleto em serviço de el-rei D. Af fonso VI de Leão, como
escreve Gandara. Pedro Pantoja entregou a el-rei D. Affonso v, cu jas partes
seguiu, as villas de Zagalla e Pedra-boa e passou a Portugal em 1477, onde o
mesmo rei lhe deu Sant'Iago de Cassem com a sua commenda e as de Tavira e
Loulé: da casa d’estes Pantojas era chefe no seculo passado Luiz Lobo, da
cidade de Beja. São suas armas em campo de oiro cinco flores de liz de azul em
cruz, com tres faxas de negro no contrachefe; timbre uma das lizes ".
Acham-se no livro dos reis de armas. 1 Os de Castella trazem em campo azul uma
cruz vermelha florida perfilada de oiro; orla composta de prata e vermelho.
PARANGUAL. M. N. concedida em 23
de março de 1585 a Francisco Moreira Parangual, pelos serviços por elle
prestados na guerra contra os mouros em Africa, por D. Filippe 1: — Escudo de
campo azul, e uma faxa de prata endentada entre uma estrella de oiro e a cabeça
do mouro que matou cortada em sangue e fretada de prata; elmo de prata cerrado
guarnecido de oiro; paquife de vermelho, azul e prata, e por timbre meio leão
azul rompente armado de vermelho, com a estrella das armas na espadoa. V.
Archivo, nº 673.
PARENTE. Este appelido deu el-rei
D. Filippe IV a Bento Maciel Parente em at tenção aos muitos serviços que lhe
fez, e a este reino por espaço de quarenta annos nas partes da America, em
conquistas e guerras, edificando fortalezas e destruindo outras, ba talhas
navaes e terrestres, e outros muitos e grandes serviços em que poz em perigo a
sua vida; deu-lhe o foro de moço fidalgo, terras e jurisdicções de juro e
herdade, e por armas um escudo esquartelado: no primeiro quartel em vermelho
uma onça ou tigre de oiro malhado de azul; no segundo em um mar de prata uma
canoa de sua côr, e dentro d’esta apparecendo as cabeças de seis homens que vão
remando; no terceiro em campo azul uma fortaleza de prata sobre um monte de sua
côr, que sae de um rio de prata e azul; no quarto em verde uma penha de sua côr
picada de oiro com uma cova na falda e n'esta tres barras de oiro, e o
contrachefe de todo o escudo ondado de azul e prata; timbre o tigre. • Assim as
vimos no registro do brazão do capitão Vital Maciel Parente, filho do dito
Bento Maciel, passado em 16521. 1 Não existe este registro na Torre do Tombo. —
Pegado.
PATALIM. Esta familia é antiga, porque já no
anno de 1319 Lopo Rodrigues Patalim e sua mulher Mór Pires instituiram um
morgado na parochia de S. Pedro da ci dade de Evora, que depois passou aos
Carvalhos, cujo ramo se intitula Carvalhos Patalins. São suas armas um escudo
esquartelado; no primeiro quartel em campo de oiro qua tro faxas de azul; no
segundo em Vermelho um castello de oiro, e assim os contrarios; timbre um dos
castellos. Acham-se no livro dos reis de armas. Villas-boas faz este escudo
franxado pondo nos quarteis alto e baixo em logar das qua tim bre um braço
armado com uma espada na mão.
PATO. Esta familia é antiga, o seu appelido
foi alcunha. A pessoa mais antiga de que temos notícia foi D. Egas Pato,
fidalgo honrado no tempo de el-rei D. Afonso III como consta do livro das suas
inquirições. Conserva-se esta familia nobre na comarca de Torres-Vedras, em
Alcochete, no Torrão e em outras terras, São suas armas em campo de prata nove
lisonjas em tres palas veiradas e contravei radas de azul e vermelho, sendo a
côr superior azul e a inferior vermelha; timbre um pato de prata armado de
vermelho. Acham-se no livro dos reis de armas.
PAU ou do PAU. Esta familia é
oriunda da cidade de Pau, no principado de Bearne em França; passou a Portugal
e já no anno de 1376 encontramos este appelido em Diogo Affonso do Pau, juiz
dos feitos da fazenda de el-rei D. Fernando; foi seu filho Rui Dias do Pau, pae
de João Rodrigues do Pau, que instituiu morgado em 1455. São suas armas um
escudo esquartelado com uma cruz de oiro dentada, o primeiro quartel de vermelho
com duas palas de prata, o segundo de azul com um leão de prata armado de
vermelho, e assim os contrarios; timbre o leão do escudo nascente, com uma pala
vermelha na espadoa. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 24.
PAVIA. Procedem de Roberto de Pavia,
cavaleiro da cidade deste nome no du cado de Milão, que vindo a Portugal povoou
e deu nome á Villa de Pavia no Alemtejo, de que foi senhor, e Martim Afonso de
Pavia seu descendente, a qual trocaram depois seus des Cendentes pela aldea de
S. Manços, onde Vasco Martins de Pavia fundou um rico morgado. São suas armas
um escudo xadrezado de prata e negro, de tres peças em faxa e cinco em pala;
timbre um leão nascente xadrezado dos mesmos esmaltes. Acham-se no livro dos
reis de armas.
PAZ. Esta familia tem por tronco
o infante D. Pedro, filho de D. Afonso XI, rei de Castella e Leão, chamado o
Sabio. Casou D. Pedro no anno de 1281 com D. Margarita, filha do senhor de
Narbona, de cujo ilustre matrimonio nasceu D. Sancho de Paz, àssim chamado por
ter acompanhado seu pae na guerra contra os reis mouros de Granada, Fez e
Marrocos, pelejando com tanta bizarria, e alcançando tão brilhantes victorias
que contribuiu poderosamente a dar aos hespanhoes a paz de que tanto careciam.
D. Sancho de Paz acima foi senhor de Ledesma, e teve muita descendencia que se
estendeu por Castela, Leão, Salamanca e cidade Rodrigo. Passou a Portugal com
Luiz Alvares da Paz, Commendador de Paradimas na ordem de Malta, furtar por 1).
Branca Maldonado e matar Outro fidalgo que pretendia casar com ella; foi sua
neta Branca da Paz mulher de Rui da Silva Telles, de qúem descendeu Luiz Correa
da Paz, fidalgo cavaleiro em 1705, depu tºdo da Junta do commercio e rico
negociante na praça de Lisboa; instituiu varios mor gados e casou com D.
Josepha Thereza de Mello da Silva, filha de Pedro de Brito de Mello, de quem
procede por varonia e vive actualmente Luiz Patricio Telles de Mello d'Almeida
Malheiro Sanches de Baena de Brito Freire e Albuquerque, nascido em 8 de
outubro de 1824, e primo do auctor da presente obra. • • São suas armas um
escudo partido em pala; na primeira em campo azul dez besantes de oiro em tres
palas, tendo quatro besantes a palá do meio e tres cada uma dos lados; "a
segunda em campo de oiro um leão de vermelho
PECHIM. O appelido de Pechim
parece o mesmo que o de Pechi, da cidade de Senna em Italia, desta passou a
Hespanha onde se corrompeu em Pecha, que tem por armas, assim na Hespanha como
em Senna, uma abelha de azul; em alguns brazões temos visto que os reis de
armas assignaram a esta familia por armas em campo de arminho, que é de prata
com umas pontas negras, sobre ele tres bandas de vermelho; timbre um javali
negro com uma faxa de arminhos, que são as proprias dos Chacins.
PEDRA ALÇADA. É familia
antiquissima em Portugal; veja-se o appelido Fo gaça. Segundo a opinião de
varios auctores são oriundos, e tiveram assento principalmente em Pamplona,
cidade de Navarra, nos principios do seculo IX. Estenderam-se por todas as cidades
de Hespanha passando mesmo a outros paizes. Em França é mui conhecido o ap
pellido de Pierre-levée. No reinado de D. Pedro I em Portugal foi escrivão da
puridade Gonçalo Vasques de Pedra Alçada. São suas armas um escudo
esquartelado, no primeiro de azul cinco pedras; no segundo de oiro um braço
armado sustendo uma cabeça de mouro; no terceiro de sinople com uma pala de
oiro no centro, acompanhado de uma bandeira vermelha á direita, e á es querda
uma pedra de prata suspensa no centro; no quarto de sinople um castello de
prata.
PEDROSA. É opinião descenderem de
Garcia Alvares de Pedrosa, fidalgo galego que passou a Portugal no tempo de
el-rei D. Afonso V, pae de Diogo Pedrosa, marido de Ignez Gomes de Azevedo,
creada da infante D. Leonor imperatriz da Alemanha. Foi seu descendente o
grande genealogico Manuel Alvares Pedrosa, a quem a fidalguia deste reino deve
a maior obrigação pelo incançavel trabalho que teve em lhes descrever as suas
genealogias. Ha esta familia na vila de Murça. São suas armas em campo de oiro
cinco pedras azuladas e de sua côr, em santor, S0 bre a do meio uma aguia negra
estendida armada de prata; timbre a aguia sobre uma pedra, como no escudo.
PEDROSO. Os Pedrosos tem a sua
origem n’este reino, e o seu solar no con celho de Pedroso: ha memorias d’esta
familia no reinado de el-rei D. João I, em que era senhor do mesmo concelho Rui
Gonçalves de Pedroso, filho de Pedro Annes de Araujo que devia ter o senhorio e
appellido por sua mãe. • São suas armas em campo de oiro duas faxas vermelhas,
entre sete lobos de purpura, tres no chefe, tres no meio é um no fundo do
escudo; timbre um dos lobos faxado de uma faxa de oiro. º . - " • ' ' ' '
. Acham-se no livro dos reis de armas.
PEGADO. A familia deste appelido
é muito antiga na cidade de Elvas, onde o mais antigo morgado foi instituido
por Fernando Esteves Pegado, filho de Estevão Martins Pegado, vassallo de
el-rei D. Afonso IV. O seu appellido é procedido de alcunha. Estendeu-se esta
familia a muitas terras d’este reino e das suas conquistas, e em todas logra
nobreza. O capitão-mór da vila de Obidos João Felix de Brito Pêgado, cavalleiro
da ordem de Christo, e fidalgo da casa real, foi desta familia no seculo
passado. São suas armas em campo de oiro quatro bandas vermelhas; timbre tres
settas com as hastes de oiro, ferros de prata e guias vermelhas, atadas com uma
fita vermelha ". 1 A Gaspar Pegado, alcaide-mór d’entre Tejo e Odiana, foi
feita mercê destas armas por el-rei D. João III em 3 de julho de 1528, e
acha-se registrada na sua chancellaria, livro 11 fl. 65. — Pegado.
PEGAS. A familia de Pegas tem a
mesma ascendencia que a dos Bejas, por virem am bas de João Domingues de Beja,
escrivão da puridade de el-rei D. Diniz. Foi seu chefe no seculo passado Gaspar
Lopes Lança Pegas e Beja, administrador dos grandes morgados da sua casa. São
suas armas em campo de prata tres pegas de sua côr, em roquete, e entre ellas
uma cabeça de lobo vermelha cortada em sangue; timbre uma das pegas. Acham-se
no livro dos reis de armas. Gomes Peixoto o Velho, filho de D. Egas Henriques
de Portocarrero, o appelido tomou-o da quinta de Pardelhas no concelho de
Monte-longo, que é o seu solar e de que foi senhor, Tem os Peixotos um morgado
em Pombeiro instituido por Vasco Gonçalves Peixoto, ou tro chamado da Pouzada instituido
por Gonçalo Gonçalves Peixoto, abbade de Pelões de Villa-cova e conego de
Braga, e por seu irmão Gomes Gonçalves Peixoto. Passou tambem ás ilhas na
pessoa de Jorge Peixoto de Carvalho, e na da Madeira instituiram os Peixotos um
bom morgado. São suas armas um escudo xadrezado de oiro e azul, de seis peças
em faxa; timbre um corvo marinho com um peixe de prata no bico. Alguns trazem
por timbre um delfim com um peixe pequeno na boca, tudo de prata.
PEIXOTOS CACHOS. Os Peixotos
Cachos procedem de Pedro Ayres Pei XOto Cacho. Trazem por armas em campo verde
um braço armado de prata, tendo na mão um pu nhal com a ponta para baixo, com o
ferro de prata e a guarnição de oiro. | Acham-se no livro da Torre do Tombo,
fl. 28.
PEIXOTOS (outros). Escudo em campº
sanguinho, dois peixes passantes de prata. Assim estavam em um escudo, em Nossa
Senhora a velha de Villa-boa, na egreja que foi dos padres Cruzios. •
PENAGUA. Escudo xadrezado de
prata e sanguinho, de tres peças em faxa e cinco em pala. • Assim estão no
referido livro de Fr. José da Cruz. • PENHA (de la). A familia deste appellido
é castelhana, e seu solar é na abba dia de S. João de la Penha junto a
Salamanca. O primeiro deste appelido foi Thomaz de la Penha, que fez tão
assignalados serviços a el-rei D. Fernando o Catholico, que o fez fi dalgo e
outras muitas mercês para ele e seus descendentes: passou a Portugal Diogo Men
des de la Penha que foi fidalgo da casa do infante D. Luiz, e el-rei D. João Iñ
a suas in stancias lhe confirmou o seu brazão em Almeirim a 27 de maio de 1527.
. . . . São suas armas um escudo em campo de prata, um penhasco Verde de cinco
pontas, Sendo a do meio maior que as outras, e sobre ela uma aguia negra
estendida, picada é armada de oiro, com um besante de oiro no peito carregado
de uma cruz vermelha e flo rida; timbre a aguia nascente. - - • • • V. Archivo,
nº 568 e 2123.
PERALTA. Esta familia é do reino
de Navarra, e foi o primeiro d’ella D. Ra mon de Peralta, que se achou na
batalha das Navas com el-rei D. Sancho d’aquele reino; º nº mesmo tiveram o
emprego de condestavel. Passaram a Portugal, e na India foi grandé Capitão
Gonçalo Pereira de Peralta. • São suas armas em campo vermelho um gripho de
oiro; Orla vermelha com oito aspas tambem de oiro. Acham-se no livro dos reis de
armas.
PERDIGÃO. Acha-se este appelido no tempo de el-rei
D. João I, em Lourenço Annes Perdigão seu escudeiro; na província do Alemtejo
tem um bom morgado. São suas armas em campo de oiro cinco perdigões de sua côr
postos em santor; tim bre um dos perdigões. Acham-se no livro dos reis de
armas, e no da Torre do Tombo, fl. 31.
PEREA. Esta familia é antiga e mui nobre em
Hespanha. Passou a Portugal, não sabemos em que anno. Fr. José da Cruz,
reformador (como já dissemos) do cartorio da nobreza, traz no seu livro
manuscripto as verdadeiras armas desta familia, que são: escudo de oiro com
cinco corações de verde em Santor; orla de vermelho com oito co rôas reaes de
oiro.
PEREIRA. Entre os appelidos das
famílias d’este reino tem este o primeiro lo gar, por descenderem d'elle os
nossos fidelissimos monarchas pela augustissima casa de Bragança. São suas
armas em campo vermelho uma cruz de prata florida e vazia do campo; tim bre uma
cruz Vermelha florida, entre duas azas de oiro abertas. Acham-se no livro da
Torre do Tombo.
PEREIRA DOS SANTOS. M. N.
concedida por alvará de 6 de junho de 1863 a Fernando Maria Pereira dos Santos:
— Escudo esquartelado tendo o superior da direita carregado com uma cruz de
prata florida e vazia em campo carmezim; e o supe rior da esquerda carregado
com um leão carmezim, armado de azul e rompente sobre campo de prata, e assim
os seus alternos, Coronel de barão, tendo por timbre uma cruz carmezim florida
e vazia, entre duas azas de aguia doiradas. V. Archivo, nº 670.
PERES e PIRES. É família de
Hespanha. São suas armas em campo vermelho uma cruz de oiro firme entre quatro
flores de liz do mesmo metal, com um chefe de agua tocado de prata; orla de
oiro carregada de oito aspas de vermelho; timbre uma aspa de oiro, e sobre ela
uma flor de liz de vermelho. Assim se passaram num brazão, que está registrado
no cartorio da nobreza por armas de Pires.
PERESTRELLO. Procedem de Filippe
Perestrello, cavaleiro lombardo da ci dade de Placencia, que veiu a Portugal
com a rainha D. Leonor, mulher de el-rei D. Duarte. Seu filho Bartholomeu
Perestrello, descobriu a ilha de Porto-santo, e foi o primeiro capi tão
donatario d’ella. El-rei D. João I mandou registrar as seguintes armas nos
livros da nobreza, e passar carta de brazão ao dito Filippe Perestrello: Escudo
partido em pala, na primeira em campo de oiro um leão de purpura; na segunda em
campo de prata uma banda azul carregada de tres estrellas de oiro de oito
pontas entre seis rosas de sua côr; timbre o leão do escudo com uma estrella na
es padoa ". Acham-se no livro dos reis de armas. * A mercê feita a Filippe
Perestrello não se acha registrada na Torre do Tombo, — Pegado.
PERNETY. E familia que veiu de
França para Portugal. Escudo esquartelado; no primeiro quartel de azul uma
tartaruga de oiro; no segundo de vermelho úma espada ao alto em pala de prata;
no terceiro de vermelho uma peça de artilheria movente a meio flanco direito, e
tendo á sua esquerda uma pilha de ballas de prata (alias e em chefe tres
estrellas do mesmo metal, 2 e 1 ;) no quarto de azul, uma torre com ameias de
quatro peças de prata, aberta, com maçonaria de preto, e no cimo á direita uma
bandeira de prata. PESSANHA. E familia de Genova, e uma das vinte e oito nobres
d’aquella re publica: tomou o nome do Castello Piçano de que foram senhores.
Passou a Portugal na pessoa de Misser Manoel Pessanha, que foi pedido á dita
republica por el-rei D. Diniz para ser almirante do mar deste reino, emprego
que continuou em seus descen dentes. fio res de liz de prata; timbre uma aza
vermelha e sobre ela uma flor de liz do escudo. Acham-se no livro dos reis de
armas, e no da Torre do Tombo, fi. 42. •
PESSOA. Este appelido proveiu de
alcunha. . São as armas dos Pessoas em campo azul seis crescentes de oiro com
as pontas para cima, orla preta dividida por uma cotica de oiro, carregada de
sele estrellas de prata de cinco pontas, sendo três no chefe; timbre um cometa
com cinco raios, e o que fica so bre o elmo mais comprido. Acham-se no livro
dos reis de armas.
PESTANA. Acha-se este appelido no
tempo dos primeiros reis deste reino em Pedro Nunes Pestana de Cão, o qual era
dos Ribeiros: e em tempo de el-rei
D. João I se fez mais conhecido em Gil Vaz Pestana, alferes-mór da cidade de
Evora. São suas armas em campo de prata tres faxas vermelhas; timbre um leão de
prata ar mado de vermelho. Acham se no livro dos reis de armas. PICANÇO. Esta
familia é tanto ou mais antiga, que o titulo de reino em Portu gal. D. Ouroanna
Picanço é a mais antiga pessoa que achamos deste appelido, e foi mãe de Abril
Domingues Picanço, que parece foi avó de Vasco Martins Picanço de quem fala o
conde D. Pedro, dizendo casara com D. Brites, filha de Gonçalo Mendes de
Gundar, o Sandeu. São suas armas em campo de prata uma azinheira de sua côr;
timbre a azinheira tendo sobre ela um passaro picanço de sua côr. A"# no
livro dos reis de armas: mas são diferentes estas das que se el'$l II].
PIMENTA. A familia dos Pimentas
traz a sua origem de Afonso Pimenta Telles filho de D. Ayres Pimenta, e neto de
D. Afonso Paes Telles, ambos priores do Crato. Es. tendeu-se a muitas terras
d’este reino em que logram nobreza. • São suas armas um escudo esquartelado: o
primeiro quartel faxado e contrafaxado de Prata e vermelho de cinco peças; no
segundo em campo azul tres Vieiras de oiro em ro quete, e assim os contrarios;
timbre um homem nascente vestido de azul com um bastão de oiro na mão. Acham-se
no livro dos reis de armas.
PIMENTEL. O appelido de Pimentel
é alcunha imposta por el-rei D. Afonso III a Vasco Martins de Novaes, sendo seu
moço fidalgo, pela sua esperteza e alacridade de ºnlino, e depois o fez seu
meirinho-mór, Este é o chefe de todos os Pimenteis de Portu 8al e Castella,
onde tem a grande casa dos condes de Benavente. AS armas proprias desta familia
são em campo verde cinco Vieiras de prata postas em # timbre um toiro vermelho
nascente armado de prata, com uma vieira do escudo Sld. Assim estão no livro da
Torre do Tombo; porém hoje em Portugal trazem estas armas º0m uma orla de prata
carregada de oito cruzes pateas de Vermelho, com o dito timbre,
PINA. Os Pinas teem a mesma
origem dos Pinheiros; procedem dos Pinarios Rºmanos, que se estabeleceram em
Aragão onde fundaram a Villa de Pina de que foram §enhores. Passaram a este
reino com D. Fernando Fernandes de Pina, embaixador do rei de Aragão, D. Pedro
II, acompanhando a rainha Santa Isabel nº anno de 1282. Tiveram ºuitos
empregos, alcaidarias-móres, e serviram muito os reis deste reino, assim nas
let tras como nas armas. São suas armas em campo vermelho uma torre de prata
sobre um monte de sua côr; timbre a torre. São estas as que trouxeram de
Aragão, e as usavam os Pinas de Evora e de Estremoz, como se vê em registros de
brazões.
PINAS (outros). Tem esta familia
por armas em campo vermelho uma banda de oiro carregada de um leão de azul
armado de negro, entre dois pinheiros de verde com raizes de prata e pinhas de
oiro; timbre uma cabeça de leão de oiro, saindo-lhe da bôca um ramo de pinheiro
do escudo. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 23.
PINELLA ou PENILLA. Tral-os o
manuscripto de Fr. José da Cruz, e diz que tem por armas em campo vermelho seis
pinhas de oiro em duas palas.
PINHATELLI. É familia de Italia,
e houve um pontifice desta familia. Tem por armas em campo de oiro tres pucaros
com suas azas de negro, com os bocaes de vermelho. PINHEIRO. Os Pinheiros fazem
uns descender da familia de Doute, e dos senho res da quinta de Doute, e outros
dizem que procedem dos Pinarios romanos, que era uma das linhagens mais
illustres e já conhecida por nobre no tempo de Evandro, que começou a reinar na
Italia 1241 annos antes do nascimento de Christo. Dividiu-se esta familia em
tres ramos, que são : Pinheiros Cogominhos, que foram alcaides-móres de
Barcellos; Pi nheiros de Aragão, que são os do bispo de Leiria D. Antonio
Pinheiro, de que era chefe no seculo passado Gaspar Pinheiro de Aragão; e Pinheiros
de Andrade. Tem os Pinheiros Cogominhos por armas em campo vermelho um pinheiro
de sua côr, com pinhas de oiro e raizes de prata, junto d'elle um leão de oiro
rompente; timbre o leão com um ramo de pinheiro nas mãos. Alguns teem
accrescentado este escudo com uma orla com esta lettra — Herculea quondam ducta
fuere manu. Assim se acham na sepultura dos Pinheiros em Guimarães, e na do
bispo do Funchal, D. Diogo Pinheiro.
PINHEIROS DE ANDRADE. Os
Pinheiros de Andrade tem por armas em campo de prata cinco pinheiros verdes ou
de sua côr em santor, com um chefe de verde e n'elle uma banda vermelha
coticada de oiro, saindo da bôca de duas cabeças de serpe do mesmo metal,
armadas de sanguinho; timbre uma cabeça de serpe, com um ramo de pinheiro na
boca que sae d’ella, tudo dos esmaltes das cabeças e pinheiros do escudo.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 30.
PINHEIROS DE ARAGÃ0. Os Pinheiros
de Aragão tem por armas em campo de prata cinco pinheiros de sua côr, postos em
santor; timbre um dos pinheiros. • Acham-se no livro da Torre do Tombo. PINHO.
O conde D. Pedro, Nobiliario, tit. XLIV, faz menção d’este appellido em João
Lourenço de Pinho, e o ha na terra da Feira. São suas armas em campo de prata
cinco pinheiros verdes com pinhas de oiro em san tor; timbre um dos pinheiros.
Acham-se no livro dos reis de armas.
PINTO. Esta familia não é ramo da
dos Sousas, como escrevem alguns; é sim aliada com elles, com os Pereiras e com
outras. Procede de Paio Soares Pinto, cavalleiro illustre que vivia no governo
do conde D. Henrique na quinta do Paço na terra de Santa Maria, que occupava o
logar que é hoje villa da Feira, o qual faleceu antes do anno de 1126, em que
sua mulher Maior Mendes vendeu a mesma quinta ao mosteiro de Grijó. ter ceiro
de D. Mendo de Gundar. Dividiu-se em varios ramos de que procederam os senho
res de Ferreira e de Tendaes, a de Balsemão, a de Real, a de Paramos, a da
Lagariça e Outras muitas illustres. • São suas armas em campo de prata cinco
crescentes de lua vermelhos com as pontas para cima em santor; timbre um
leopardo de prata armado de vermelho, com um dos crescentes na espadoa.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 18.
PIRES. Escudo em campo de prata
seis barras negras. Estão assim na sepul tura de D. Lourenço Pires na Sé de Angra.
V. Espelho da Nobreza, por Francisco Xavier da Serra Craesbeeck, e Ar chivo,
n.º 967.
PIRES (ANTONIO BARTHOLOMEU). V.
Archivo nº 110.
PISSARRO ou PIZARRO. É familia
antiquissima em Hespanha, que alguns que rem remontar ao tempo dos godos, e que
ajudaram a conquistar Toledo e outras muitas terras. Teve o grande Francisco
Pissarro, conquistador do Perú, de quem procedem mui tas casas illustres.
Passou a Portugal Pedro Gonçalves Pisarro, que se estabeleceu na villa }
"… D. Diogo Pissarro viveu em Angra em 1615, onde deixou descendentes, e
no I'37.11. . São suas armas em campo de prata duas pisarras de sua côr entre
as quaes nasce um pinheiro verde com pinhas de oiro, entre dois ursos de sua
côr, que subidos um por cada lado sobre as pissarras estão colhendo o fructo
dos pinheiros. Assim o escreve Haro no seu Nobiliario dos titulos de Hespanha,
livro 10 cap. 45.
PITTA. Esta família é oriunda da
Grã-Bretanha; entendem proceder dos povos Pictos, que habitaram a Escocia.
Passou a Portugal no tempo de el-rei D. Afonso v, João Pitta e seu irmão
Gonçalo Pitta, por haverem morto dois fidalgos das familias dos Pardos e
Fajardos, e na praça de Caminha estabeleceram casa e fundaram morgado. . São
suas armas um escudo esquartelado; no primeiro em campo azul uma torre de 0iro;
no segundo em vermelho uma banda de oiro saindo das bocas de duas cabeças de
Serpes de verde, picadas do mesmo metal e armadas de sanguinho, e assim os
contrarios; timbre a torre. A Sebastião Gonçalves Pitta, commendador da Ordem
de Christo, pelos muitos servi Os que fez a este reino deu el-rei D. Sebastião
outro escudo, que é em campo vermelho uma onça de sua côr gotada e armada de
oiro rompente, orla de oiro cheia de crescen # de azul; timbre a onça com um
crescente nas garras em acção de o querer des pedaçar 1. Umas e outras acham-se
no livro dos reis de armas. V. Archivo n.º 2264. "Esta mercê feita a
Sebastião Gonçalves Pitta acha-se registrada na chancellaria de D. Sebastião
li. "º º fl. 195, e foi feita em 21 de abril de 1569. — Pegado.
PLOESQUELLEC. Esta familia veiu
de França ha muitos annos para Portugal, º consta que varios membros d’ella
tiraram carta de brazão de armas. São estas: um escudo mantelado de prata e de
vermelho, de seis peças; lambel de tres Pºndentes de azul em chefe.
PÓ0 ou PÓ. Esta familia é
portugueza; tem o seu solar no logar ou aldea do Pó, termo da vila de obidos na
Estremadura, de que tomou o appelido. O primeiro que achamos com ele foi João
Affonso do Pó, vassallo de el-rei D. Fernando, e alcaide-mór de Obidos, como tambem
o foi seu filho Joanne Eannes do Pó. São suas armas em campo de prata um leão
de purpura agachado, como querendo sal tar; orla vermelha com oito aspas de
prata; timbre o leão com uma aspa na espadoa. Acham-se no livro dos reis de
armas, e temos noticia que se passaram assim a 12 de abril de 1532 a André da
Silveira do Pó, cavalleiro fidalgo, filho de Fernão Alvares do Pó, que foi neto
de Joanne Annes do Pó, fidalgo e alcaide-mór de Obidos, que suppomos ser o
acima dito.
PONCE DE LEON. Segundo Ocariz,
esta linhagem procede dos Ponces, familia patricia de Roma. V. Nobiliario de D.
Francisco Piferrer, tomo I, paginas 18. Tem por armas: escudo partido em pala,
na primeira em campo de prata um leão rompente de vermelho; na segunda em campo
de oiro quatro palas de vermelho; cerca dura de azul com oito DD de oiro.
Outros trazem a segunda pala com quatro coticas ver melhas em pala; orla
vermelha carregada de oito escudinhos de oiro, e em cada um d'el les uma faxa
de azul.
PONCES DE CARVALHO. M. N. a
Miguel Antonio Ponces de Carvalho por al vará de 28 de maio de 1866: — Escudo
esquartelado; tendo a direita superior carregada com um carvalho de sua côr
fimbrado de oiro, e um castello de prata, aquelle à direita e este á esquerda,
sobre campo de purpura com contrachefe de prata ondeado de azul; o superior da
esquerda interceptado por quatro verguetas de purpura sobre campo de oiro com
orla vermelha, carregada de oito escudetes de oiro, interceptados cada um por
uma faxa azul, e assim o seu alterno; o inferior da esquerda interceptado por
quatro ver guetas de purpura sobre campo de oiro, com orla azul carregada com
oito cruzes pul mellas de prata; elmo de prata lisa decorado de oiro lavrado;
virol de oiro e purpura; forro azul; timbre um carvalho de sua côr, mas não
fimbrado. V. Archivo, n.º 2096.
PONTE. Esta familia é de
Hespanha; teve o seu solar no valle de Salsedo, na villa de Val de Maceda.
Dizem proceder de Sancho Peres, que defendeu a ponte do rio Orbito, que
pretendia passar um famoso capitão mouro, ao qual cortou a cabeça. Passou a
Portugal no tempo de el-rei D. Fernando, Pedro da Ponte, filho de Diogo Annes
da Ponte, e se estabeleceu no Minho. Seus netos viveram em Elvas, e se
aparentaram com a principal nobreza d'aquela cidade. São suas armas em campo
vermelho uma ponte de prata de cinco arcos sobre um rio de sua côr, sobre a
ponte uma cabeça de serpe de oiro; timbre a cabeça de serpe. Os de Castella
trazem em logar de cabeça de serpe uma de mouro; os de Galliza uma de lobo.
Acham-se no livro dos reis de armas. PORCEL. É familia da Vasconia, em cuja
lingua se dá este nome ao javali pe queno. Passou a Portugal e se cstabeleceu
na villa de Monte-mór o novo, onde se apa rentou com as primeiras familias. São
suas armas em campo de oiro uma arvore verde em pala, junto a ella um javali
negro em faxa, e no alto do escudo em chefe uma cruz vermelha da ordem de
Calatrava. Antigamente usavam só de uma cabeça de javali negro em campo de
oiro. Gonçalo Argote de Molina fala n’ellas no liv. II, cap. 196, e se acham no
li vro dos reis de armas.
PORRES. É familia do reino de
Leão, que existia na cidade de Zamora, a qual entregaram ao rei D. Afonso V
deste reino, por seguirem as partes da Ercellente Senhora no anno de 1475.
Estabeleceram-se em Setubal. de azul com os cabos do mesmo em santor, orla
vermelha com oito flores de liz de prata; timbre duas clavas do escudo em aspa,
atadas com um torçal de oiro. 2 Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 25.
PORTO-CARREIRO. É familia de Portugal, e mais antiga que o reino.
Tomou o appelido do senhorio da terra, chamada o Porto-carreiro, na comarca do
Porto. É esta uma das famílias illustres que passaram de Portugal para
Castella, onde cresceu muito, e tem muitas casas titulares. Foi o seu solar a
quinta da torre e paço de Porto-carreiro, que no seculo passado lograva João da
Cunha Coutinho Osorio de Porto-carreiro, descendente de Martim Gonçalves de
Porto-carreiro, de que fala o conde D. Pedro. São suas armas o escudo xadrezado
de oiro e azul, de quatro peças em faxa e quatro em pala; timbre um cavallo de
oiro nascente, com cabeçada de azul. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl.
29
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PORTUGAL E TORRES. Esta
familia, a mais antiga d’este appelido, saiu im mediatamente da casa real deste
reino pelo infante D. Diniz, filho de el-rei D. Pedro I e da rainha D. Ignez de
Castro, o qual passando a Castella e casando naquele reino com D. Joanna, filha
bastarda de el-rei D. Henrique II, teve entre outros filhos a D. Fernando de
Portugal, que casou no mesmo reino com D. Maria de Torres, filha de Fernando
Rodrigues de Tôrres e de D. Ignez Solier, e foi seu filho D. Diniz de Portugal,
cujos descendentes foram senhores da casa e condado del Villardompardo. São suas armas o escudo franxado; no
primeiro, que é o alto, as quinas de Portugal; 00 Segundo em campo sanguinho
cinco torres de oiro postas em santor, e assim os con # Orla vermelha com sete
castellos de oiro, que é a mesma orla das armas d’este II10. Acham-se em
Gonçalo Argote de Molina.
PORTUGAL. A familia mais moderna
d’este appelido tem tambem a sua ori gem na casa real d’este reino; procedeu
immediatamente da seremissima casa de Bragança e são d’ella os marquezes de
Valença, os condes de Tentugal neste reino, e no de Castella os marquezes de
Gelves. São suas armas em campo de prata uma aspa vermelha carregada de cinco
escudetes das, quinas de Portugal, sem a orla dos castellos, e de quatro cruzes
de prata floridas e Vazias, que são dos Pereiras; timbre um cavallo de prata
nascente bridado de oiro, com redeas Sanguinhas e tres lançadas em sangue n0
pescoço. Acham-se no livro dos reis de armas.
POVOAS. Povoa se chama uma
pequena povoação da qual se originou o appel lido da familia que neste reino o
tem, de que sairam valerosos soldados e letrados de grande reputação. Dois
escudos de armas lhe achámos e nenhum é o proprio. primeiro é partido em pala;
na primeira em campo vermelho (que outros dizem Verde) uma aguia negra gotada e
armada de oiro, de duas cabeças; na segunda em azul ºinco flores de liz de
oiro, em santor; timbre a aguia nascente de uma só cabeça. Assim ºs traz Pedro
de Sousa Castello-branco no seu livro Elementos da Historia, pag.205, po
"º" estas armas são proprias dos Proenças. O segundo é o dos
Privados, em campo de oiro quadro bandas de vermelho; timbre Um gripho
vermelho, com azas de oiro. Assim estão no livro da Torre do Tombo por ar mas
dos Privados. • .,
PRADO. D. Nuno Fruela, filho de el-rei D. Fruela II, e neto de
el-rei D. Afonso III, *º considera como tronco e principal ascendente da mui
ilustre e qualificada linhagem de Prado. O marquez de Mondejar tractando d'esta
família diz, que este D. Nuno era filho de D. Branca Gutierres da Silva,
senhora da villa do Prado, e que os seus descendentes adoptaram as armas d’esta
senhora, que eram as dos Silvas, mudando tão sómente os esmaltes. Para mais
detalhados esclarecimentos recommendamos o Nobilicrio de D. Fran cisco
Piferrer, 1858, vol. II, pag. 80. As verdadeiras armas dos Prados são: — Escudo
de sinople, leão de preto rompente coroado de oiro. Villas-boas, Francisco
Coelho e outros, aferrados às regras de armaria, querem que as armas d’esta
familia sejam: — Escudo de oiro com um pinheiro verde e junto d'elle um leão
negro andante.
PRAET ou VAN-PRAET. Este appelido
Praet é o que se costuma dizer Van prat, procede de Antonio Van-Praet, natural
da cidade de Anvers, nos Paizes-baixos, d’onde passou para Lisboa, e nesta
cidade tem descendentes com distincto tractamento e com nobreza. São suas armas
em campo de prata tres folhas de golfão de verde, postas em roquete; timbre uma
das folhas de golfão. Acham-se no livro dos reis de armas, e estavam tambem no
livro que se in cendiou, que vimos e tivemos em nosso poder muitas vezes. PRAT.
V. Praet. PRAGA. Escudo em campo azul tres coticas de oiro em pala. V. Espelho
da Nobreza, por Francisco Xavier da Serra Craesbeeck.
PREGO. É familia de Galliza,
d’onde passou a Portugal. São suas armas em campo verde uma ponte de tres arcos
de prata, sobre ela tres tor res do mesmo metal, e por baixo da ponte agua da
sua côr; orla tambem verde com oito ameias de prata. Acham-se no livro dos reis
de armas e em Villas-boas.
PRESNO. Esta familia é das
antigas de Portugal; e seus descendentes deviam lar gar o appelido por outros,
ou se extinguiu de todo, porque não temos encontrado hoje pessoa alguma deste appelido.
Dizemos que é antiga, e que a houve porque tem armas no livro da Torre do
Tombo, fl. 40. • São estas o escudo faxado de seis peças de oiro e azul; timbre
um abutre volante de sua côr armado de oiro. Villas-boas tambem faz memoria
d’ellas.
PRETO. Este appelido é certamente
procedido de alcunha. A pessoa mais an tiga de que temos notícia que o teve em
Portugal, foi Gonçalo Pires Preto, vassallo de el rei D. João I, e no mesmo
reinado consta haver em Castella, Diogo Preto, que defendia a praça de Melgaço
que estava por aquele reino, e assim não sabemos se esta familia é de Castella,
se de Portugal. N’este reino usa das armas dos Negros, que são : o escudo
esquartelado; no primeiro quartel o escudo palado de seis peças de oiro e azul;
o segundo xadrezado tambem de óiro e azul de seis peças em faxa e seis em pala,
e assim os contrarios; timbre um braço de negro nú, com um bastão de oiro na
mão. Os de Castella trazem em campo de oiro dois lobos de sua côr, passantes;
orla San guinha com sete aspas de oiro, e um castello de oiro no meio d’ellas.
Assim as expõem Gonçalo Argote de Molina e D. João Flores de Ocaris.
PROENÇA: Um escudo partido em
pala; a primeira de verde com uma aguia de preto de duas cabeças, armada de
oiro; na segunda de azul cinco flores de liz de oiro, bico de oiro.
PRIVADO. Esta família é ramo dos
Azambujas, que teve principio em João Es leves de Azambuja Privado, vedor da
Chancellaria, alcaide-mór de Lisboa, e reposteiro mór de el-rei D. Fernando, e
tanto seu privado que lhe deu occasião a ficar com este ap pellido. Seu filho
D. João Estevens Privado fundou o mosteiro do Salvador de Lisboa; Serviu el-rei
D. João I nas guerras de Castella, e fazendo-se clerigo foi bispo de Coimbra e
do Porto, d’onde passou para arcebispo de Lisboa, e ultimamente foi cardeal da
santa Egreja romana. Achou-se no concilio de Piza, foi a Jerusalem e na volta
faleceu em Bru ges do condado de Flandres em 1413. Seus ossos vieram para o
dito mosteiro. São suas armas em campo de oiro quatro bandas de vermelho; timbre
um gripho ver melho com azas de oiro. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl.
27.
PUGA. É familia do reino de
Galiza; o seu appelido foi alcunha. Passou a Por tugal no tempo de el-rei D.
João III Gonçalo Annes de Puga, filho de João Correa de Puga, º neto de Fernão
Pires de Puga, senhor de Alguens no dito reino de Galiza, e se estabe leceu em
Ponte de Lima. São suas armas em campo vermelho duas esporas de oiro de gineta,
nos logares do Primeiro e do ultimo quartel, e nos outros dois duas caldeiras
de prata; timbre um braço Vestido de vermelho, com as duas esporas de oiro na
mão. Alguns dizem que o braço ar mado deve ser de prata.
QUADROS. É familia antiga de
Castella, onde tiveram a alcaidaria-môr da cidade de Sevilha, que occupou D.
Fernando Dias de Quadros, que procedia dos conquistadores da mesma cidade: dos
mesmos passou a Portugal por Occasião de certa morte Alvaro de Quadros, de quem
foi filho Ayres Gomes de Quadros, sujeito muito amado do infante regente do
reino, e vedor de el-rei D. Afonso V. Honrou muito esta família pela sua grande
littera tura D. André de Quadros, bispo da Guarda, reformador e Visitador da
Universidade de Coimbra; na Indializeram grandes proezas. São suas armas o
escudo xadrezado de prata e azul, de tres peças em faxa e tres em pala; timbre
um leopardo de azul armado de prata nascente posto em frente, com um ta boleiro
de xadrez como no escudo nas mãos. Acham-se no livro dos reis de armas. •
QUARESMA. O appelido de Quaresma
procede de Ruy Vasques Mogudo, que foi tambem chamado Ruy Vasques Quaresma pela
devotão com que passava o tempo d’ella; º seus descendentes continuaram este
nome por appelido; um deles chamado Pedro Qua "ºsma passou para a villa de
Serpa onde viveu, e foi seu neto Manuel Quaresma, valido de el-rei D. Sebastião,
vedor de sua fazenda e seu conselheiro de estado; conservava a Sua Varonia no
seculo passado Antonio Veríssimo Pereira de Lacerda. Não tem este appelido
armas proprias, o ramo que se aparentou com os Pessanhas usa do escudo daquela
familia: os que se aparentaram com os Pereiras Lacerdas trazem o ºscudo partido
em pala; na primeira em campo vermelho a cruz de prata, vazia, dos Pe Tºiras; a
segunda tambem partida em pala, a primeira destas cortada em faxa, tendo no campo
alto em vermelho um castello de oiro, e no de baixo em prata um leão sanguinho,
a segunda de azul com tres flores de liz inteiras, e seis meias flores de liz
de oiro em tres palas. Acham-se no livro dos reis de armas.
QUARESMA. V. Coresma. QUEIROGA. É
família illustre de Galiza, de que procedeu D. Gaspar de Quei roga, arcebispo
de Toledo e cardeal da santa Egreja romana, e outras muitas personagens. Passou
esta familia a Portugal, e neste reino se tem tractado com nobreza. São suas
armas em campo verde cinco estacas de prata, postas em pala. Acham-se em D,
João Flores de Ocaris, tom. I, fl. 328, § 15. As armas que Villas-boas aponta a
esta familia são as dos Queirozes de Castella, que é familia muito diversa da
de Queirogas.
QUEIROZ. Procedem de Bernardo del
Carpio, e é uma das familias mais illus tres e antigas de Hespanha; em Galliza
tem a casa dos senhores de Mós. Passou a Por tugal Fernão Alvaro de Queiroz,
que era senhor da dita casa, que perdeu por seguir as partes de el-rei D.
Fernando, que lhe deu neste reino Balhelhas. Sua filha unica D. Leo nor Alvares
de Queiroz casou com Vasco Fernandes de Gouvea, alcaide-mór de Castello
Rodrigo, dos quaes procedem todos os que ha deste appellido, São suas armas o
escudo esquartelado; no primeiro quartel em campo de oiro seis cres centes
vermelhos em duas palas; no terceiro em campo de prata um leão sanguinho, e
assim os contrarios; timbre um leão do escudo, com um crescente de oiro na
espadoa. Alguns trazem todo o campo dos quarteis do escudo de prata, e o leão
do timbre sem crescente. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 18.
QUELUZ, M. N. dada em 8 de
novembro de 1828 ao barão de Queluz, Antonio Bartholomeu Pires, a saber: —
Escudo esquartelado; no primeiro em campo de prata o escudo das armas reaes,
com a differença pertencente aos primeiros infantes; no segundo em campo
vermelho uma espada de prata, com as guarnições de oiro, posta em pala, com a
ponta para cima; no terceiro em campo azul um cão de prata sentado, tendo na
boca uma chave de oiro; no quarto quartel em campo de prata uma corôa de louro
verde, e orla azul com o moto seguinte em letras de oiro — Iu perpetuam
memoriam honoris, fi delitatis et constantiae. Sobre o escudo uma corôa de oiro
de cinco perolas, e por timbre um braço armado de prata, tendo na mão a espada
das armas em acção de descarregar o golpe, e n’ella enrolada uma fita vermelha,
com o moto seguinte em letras de oiro — Pro defentione Regis. V. Archivo, n.º
110.
QUENTAL. E familia d’este reino,
que tem por solar o logar do Quental no con celho de Besteiros, onde ainda
existem as ruinas da torre em que viviam. A primeira pes soa de que temos
noticia foi Afonso Annes do Quental; foram seus filhos Lopo Affonso do Quental,
que serviu na guerra a el-rei D. João I, pae de Pedro Lopes do Quental, al
caide-mór de Mourão, e João Afonso do Quental, de quem descenderam os que houve
em Leiria e Obidos. São suas armas em campo de prata uma banda xadrezada de vermelho
e prata de tres peças em faxa, e a ordem do meio coberta com uma cotica preta;
timbre um pescoço e cabeça de lobo xadrezada de vermelho e prata. Acham se no
livro da Torre do Tombo, fl. 37.
QUESSADA. Procedem de Pedro Dias Carrilho, de Toledo, que depois se
cha mou Pedro Dias de Quessada, primo adiantado de Cassorla, que sendo alcaide
da Villa Ques Sada; era irmão de D. Gonçalo Palomeque, arcebispo de Toledo, da
família dos Palomeques, que procedia de uma das familias mosarabes, que se
conservaram catholicas na mesma cidade no dominio dos mouros. Passou esta
familia a Portugal, onde o appelido se corrompeu em Casados, e usa das armas
seguintes: Em campo vermelho quatro bastões de prata em pala, carregado cada um
de Seis ar minhos negros; orla de prata com oito caldeiras negras, com as bôcas
para baixo; esta Orla lhe accrescentou o alcaide Afonso de Quessada por mercê
de el-rei D. João I de Castella no anno de 1385. Assim o explica Gonçalo Argote
de Molina, fl. 179 e 268 v.
QUEVEDO. Esta familia é illustre
e antiga em Castella, com casa de solar nas montanhas de Burgos, que apresenta
muitas egrejas. Passou a Portugal na pessoa de Diogo Dias de Quevedo, que foi
da familia do infante D. Pedro, duque de Coimbra; d’elle foi filho outro do
mesmo nome, vassallo de el-rei D. Afonso V, deste o foi Gonçalo Dias de
Quevedo, sexto avô de Manuel Correa de Quevedo, morador em Lisboa, moço da ca
mara e porteiro da mesma da rainha, e seu escrivão da Cozinha, em cuja linha se
con Serva o appelido sem corrupção. Porém sendo tambem filho do referido
Gonçalo Dias de Quevedo, Jorge de Quevedo, e passando seus descendentes para a
villa de Setubal, n'a quella terra se corrompeu o Quevedo em Cabedo,
appellidando-se assim ha muitos dIII1OS. São suas armas o escudo partido em pala;
a primeira cortada em faxa, na de cima em Campo azul tres flores de liz de oiro
em roquete, e na de baixo em prata uma caldeira negra; a segunda pala de azul
com uma bandeira de duas pontas, uma sanguinha com "In crescente de oiro,
a outra de prata com um crescente sanguinho, enfiada em uma haste de oiro;
timbre uma das flores de liz do escudo". Acham-se no livro dos reis de
armas.V. Cabedo. * Esta descripção torna-se duvidosa por ter letra diferente do
original. — Pegado.
QUINHONES. É appelido castelhano,
o primeiro que achamos com ele foi Al Varo, Peres de Quinhones, que viveu pelos
annos de 1240 no reinado de el rei D. Fer mando. É seu solar nas Asturias. D.
Nuno Peres de Quinhones foi quarto mestre da or dem de Calatrava, e na cidade
de Toledo tem os Quinhones o logar de regedores. Pas Sou a Portugal João de
Quinhones, que viveu na villa da Vidigueira, onde casou, e foram Seus filhos
Vasco de Quinhones, o dr. Francisco de Quinhones e outros, e ele era filho de
D. Francisco de Quinhones, e neto de outro D. João de Quinhones, os quaes ambos
vi. Veram na dita cidade, e tiveram o referido logar. Procedem desta familia os
seladores mores da Alfandega de Lisboa. São suas armas um escudo xadrezado de
vermelho e prata de tres peças em faxa e cinco em pala, sendo oito vermelhas e
sete de prata, e estas sete faxadas de duas faxas de veiros de azul e prata.
QUINTANILHA. É appelido
castelhano, e o mesmo que Quintinha em portu 8uez; porém é tão antigo que já na
conquista de Sevilha se acharam Fernão Rodrigues de Quintanilha e Gonçalo
Martins de Quintanilha, que foram herdados na mesma cidade. fº Medina del Campo
ha casa grande de Quintanilhas. Ha tambem esta familia em ortugal. São suas
armas em campo vermelho uma cruz formada de veiros de prata e azul; orla da mesma
côr vermelha com oito aspas de oiro. Acham-se em D. João Flores de Ocaris, tomo
II, fl. 302, § 4. R
RABASQUIERO ou RAVASQUEIRO, é
familia procedente da Italia. Tem por armas: escudo de prata com tres bandas de
vermelho, a do meio carregada de um leão de oiro coroado.
RAMALHO. Parece ser esta familia ramo dos
Queirozes, porque uzam as suas armas. Ha esta familia com nobreza em Condeixa,
termo de Coimbra, onde tem uma grande casa, e nas Ilhas. São suas armas
esquarteladas, no primeiro e ultimo quartel em campo de prata (?) seis
crescentes de vermelho em duas palas, no segundo e terceiro no mesmo campo de
prata um leão de purpura rompente; timbre o leão do escudo". 1 Esta
descripção é duvidosa, por estar em letra diferente do original. — Pegado.
RAMIRES. E appelido derivado de
Ramiro, nome proprio de muitos reis, e de fidalgos antigos, da primeira
grandeza dos reinos de Hespanha. São suas armas um escudo todo de azul
esquartelado, no primeiro e ultimo uma cruz de oiro, no segundo tres flores de
liz de oiro, no terceiro uma torre de prata, e uma Orla de Oiro. Em Portugal
tomaram este appelido os descendentes de Ramiro Alvares, que viveu na villa de
Alvito, da província do Alemtejo, onde fundou casa da Misericordia que ha
n’ella, e fez na mesma jazigo para sua familia. São suas armas em campo
vermelho um leão de oiro desfolhando um ramo verde pi cado de oiro, e o
contrachefe de prata; orla carregada de quatro aspas e quatro vieiras de oiro;
assim as passou Antonio Nunes Pereira, rei de armas Portugal em 1639, a João
Ramires de Carvalho ". Alguns põem por timbre uma aspa do escudo entre
cinco vieiras tudo de oiro º. As primeiras acham-se em D. João Flores de
Ocaris. 1 Não existe o registre d’esta mercê feita a João Ramires de Carvalho.
— Pegado. * Esta descripção é duvidosa pela letra ser diferente da do original.
— Pegado.
RAMOS. Este appelido tomaram
algumas pessoas por nascerem no dia em que a Egreja celebra o triumpho com que
Christo senhor nosso entrou em Jerusalem antes da sua dolorosa paixão, e assim
pode haver muitas familias d’elle, sem que tenham pa: TenteSCO. São suas armas
esquarteladas, no primeiro e ultimo quartel em campo de oiro um leão de
purpura, no segundo e terceiro em campo vermelho um castello de prata ardendo
em fogo que lhe sae do alto, das portas, e das janellas; orla composta de oito
peças, quatro de prata com leões sanguinhos, e outras quatro vermelhas com
leões de prata; timbre um leão sanguinho ". Acham-se em Villas-boas. *
Esta descripção é suspeita, por estar com letra diferente da do original. —
Pegado.
RANGEL. Temos em Portugal duas familias d’este appelido. A primeira
tem nas armas em campo azul uma flor de liz de prata; orla de oiro com sete
romãs de sua côr. Destas usam os Rangeis de Lisboa.
Os do morgado de Beire, os do Rio
de Janeiro, que descendem de Balthasar Rangel de Sousa, e os do couto e baliado
de Leça, todos usam daquelas armas. A outra familia é a dos senhores do morgado
deste appelido na villa (hoje cidade) de Aveiro, que trazem em campo de oiro
seis cabeças de corvos de negro, tendo cada um no bico um pão de sua côr,
postas em duas palas; timbre o ramo da romeira com as quatro romãs como as do
escudo acima ". "Esta descripção torna-se suspeita, por ser de letra
diferente da do original. — Pegado.
RAPOSO. Os Raposos tem a mesma
varonia que os Menezes: foi desta familia Egas Loureiro Raposo, de quem
descendeu Gil Vaz Raposo, que por uma filha sua é as cendente dos Lobos da
cidade de Beja. Esta família tem por
armas um escudo franchado, o primeiro, que é o de cima, enxe quetado de prata e
azul, de peças miudas, e o de baixo da mesma fórma; os dos lados de prata com
um crescente vermelho apontado em cada um; timbre um rapozo de oiro". .
"O livro dos reis de armas só traz o desenho do brazão; esta descripção
porém é tirada da Nobi. liarchia portugueza a fl. 323. — Pegado.
RATTON. Fsta família é do reino
de França, da cidade de Briançon no Delphi nado. Passou a Portugal na pessoa de
Jaques Ratton, que era escudeiro e senhor de um Oficio de conselheiro e
secretario do rei daquele reino, e se estabeleceu em Lisboa. Deste e de sua
mulher Francisca Bellon foi filho Jaques Ratton, o qual casando com D. Anna de
Clamousse, filha de Bernardo Clamousse, cônsul que foi da nação franceza na
cidade do Porto, teve por filho Diogo Ratton de Clamousse, e outros. São suas
armas: o campo do escudo dividido em quatro partes eguaes, em faxa, na pri
meira em campo de prata um rato negro andante, as duas do meio de azul sem
divisão ºntre ellas, e a quarta de agua ondada, com um atum de negro nadando;
timbre o rato do escudo nascente 1. "Esta descripção torna-se duvidosa por
estar em letra diferente do original. — Pegado.
REBELLO. É o solar d’esta familia
no couto de Rebello, concelho de Roriz, no bispado de Viseu. Tem por armas em
campo azul tres faxas de oiro, e sobre cada uma destas uma flor de liz vermelha
(que formam uma banda); timbre um leopardo de oiro com uma flor de liz vermelha
sobre a cabeça". "Esta descripção é feita em vista do brazão que se
acha pintado no respectivo livro, pois que este não *** descripção alguma. —
Pegado.
REBOLEDO e REBOREDO. É familia de
Aragão, que passou a Portugal; e em Setubal viveu no tempo de D. João II Diogo
de Reboredo, progenitor dos que ha deste ºppellido em em Alcacer do Sal, Alter
do Chão e Torres-novas. . Tem por armas um escudo de campo de oiro, e n'elle
tres ramos verdes de carvalho; timbre um braço armado de prata, com um ramo do
escudo na mão". "Esta descripção é transcripta da Nobreza de
Andaluzia, fl. 323; pois que o livro de que são extrahi. das estas notícias
traz apenas o desenho do brazão. — Pegado.
REBOREDOS (outros). Escudo em
campo azul um gripho de prata; timbre o 8ripho das armas com as azas abertas.
V. Espelho da Nobreza, por Francisco Xavier da Serra Craesbeeck. CL
REBOLLO – REINOSO REBOLLO. Este
appelido parece tomado de algum sitio assim chamado, se não foi alcunha, que se
poz ao primeiro que o usou em razão de ser grosso do corpo e baixo. São suas
armas em campo vermelho tres rebollos de oiro postos em roquete, furados no
meio. Acham-se no livro dos reis de armas.
REFOIOS. Procede esta familia de
D. Mendo Affonso de Refoios, cujo appelido tomou por ser senhor da torre d’este
nome que é o seu solar, e d’elle procedem muitos fidalgos d’este reino. São
suas armas em campo de prata quatro bastões vermelhos, firmes; timbre duas
pernas de aguia de oiro com um bastão de prata nas garras entre quatro plumas
ver melhas. Acham-se no livro dos reis de armas.
REGO. Este nome, que significa
uma abertura que se faz na terra para se levar agua onde se quer, é appellido
de uma familia que nos primeiros seculos foi de grandes senhores, e ainda hoje
tem pessoas muito distinctas. Ha notícia de um Gonçalo Vaz do Rego, que serviu
em Africa com grande valor contra os mouros, em 1415. São suas armas em campo
verde uma ribeira de prata e azul, em banda, e n'ella tres vieiras de oiro;
timbre uma das vieiras entre duas plumas de verde realçadas de oiro. Acham-se
no livro da Torre do Tombo, fl. 37.
REGRAS. Este appelido, que teve
um dos varões mais notaveis do nosso reino como foi o dr. João das Regras, não
é hoje usado em seus descendentes, e supposto se vá pondo em esquecimento
queremos ao menos deixar memoria das suas armas, São estas o escudo franxado
nos campos alto e baixo; em vermelho uma cruz de oiro florida e aberta, nos
quarteis dos lados em campo de oiro uma serpente vermelha bata lhante com as
azas abertas, e a lingua saida; timbre as duas serpentes do escudo. Assim se
esculpiram na sepultura do mesmo João das Regras, no tumulo que tem na egreja
que foi dos religiosos de S. Domingos em Bemfica.
REIMÃO ou REIMONDES. Do nome
proprio Reimão nasceu o patronimíco Rei mondes. O conde D. Pedro traz muitos
fidalgos deste nome Reimão, e de algum proce deria esta familia. São suas armas
um escudo esquartelado, no primeiro quartel em campo azul uma flor de liz de
prata, no segundo em campo de prata uma arvore verde, e assim os contrarios;
timbre um peixe reimão de prata com um ramo da arvore do escudo na boca. Em uma
memoria de José Freire Monterroio lhe dá o reimão de oiro por timbre.
REINALDO e REVALDO. Reinaldos ou
Revaldos suppomos ser tudo a mesma familia, como se acha no livro de armarias
da Torre do Tombo, fl. 36. É appelido es trangeiro, mas ignora-se d’onde e como
passou a Portugal, onde já existia no tempo de el-rei D. Manuel. São suas armas
em campo azul um gripho de oiro armado de vermelho; timbre o mesmo gripho.
REINOSO ou REINEL. E tudo a mesma
familia, que procede de um cavaleiro, da geração dos Cisneiros, alferes-mór de
el-rei D. Affonso, que ganhou a batalha das Na vas, e em memoria d’ella tomaram
por armas uma cruz vermelha florida e vazia do campo, orla composta de dezeseis
peças de oiro e vermelho; timbre a cruz do escudo. Acham-se em Gonçalo Argote
de Molina, na sua Nobreza de Andaluzia, parte 1.", cap. 48, fl. 40 prata,
postas em duas palas; timbre uma das reixas ! "Esta descripção torna-se
suspeita, por ter letra diferente da do original. — Pegado.
RENDON. Procede esta familia de
Garcia Peres Rendon de Burgos, que era dos Sarmentos, e achando-se no exercito
de el-rei D. Sancho de Castella proximóá villa de Tarifa, vendo um grande
tropel de mouros disse, falando com os seus: A eles de rendon, e
accommettendo-os valerosamente foram os mouros desbaratados, e em memoria da
voz com que investiu os mouros lhe deu o dito rei a mesma palavra por appelido,
e por ar mas uma banda de oiro saindo das bôcas de duas cabeças de serpe de
verde, sendo o Campo alto vermelho e o debaixo verde; orla vermelha com treze
besantes de oiro; tim bre um braço e mão de sua côr pegando em sete hastes de
lanças, sendo tres com os fer ros e quatro sem elles, e uma fita volante de
vermelho, com esta letra : Vencer e nunca tencido. Passaram a Portugal, e na
cidade de S. Paulo do Rio de Janeiro tem casas no bres, de uma das quaes
descendeu o desembargador João Pereira Ramos, que foi procu rador da Corôa, e
sujeito digno de maiores empregos.
REZENDE. É das mais antigas
familias do reino, porque procede de Martim Af. fonso de Baião, que deixou este
appelido da sua varonia por haver herdado o senhorio de Rezende por sua mãe D.
Urraca Afonso, e ele descendia de D. Arnaldo de Baião e do rei D. Ramiro II de Leão, pelo infante I).
Ardonio Ramires Alboazar. · . São suas armas em campo de oiro duas cabras de
preto gotadas de oiro, passantes; timbre uma das cabras. Acham-se no livro da
Torre do Tombo, fl. 12.
RIBADENEIRA. É família do reino
de Galiza, tomou o appelido do rio cha mado Neira, por acima d’elle ser o seu
solar. E antiga, porque se acharam sujeitos d’ella nº batalha das Navas, onde
tomaram por armas em campo de oiro uma cruz vermelha flo rida, carregada de
cinco vieiras de prata, e o contrachefe ondado de agua. Assim se acham em
Gonçalo Argote de Molina, O qual accrescenta, que alguns trazem º campo verde e
a cruz perfilada de oiro, e no contrachefe ondado tres peixes de sua côr.
Villas-boas traz em campo de prata uma cruz Vermelha como a de Christo, e
n'ella cinco Conchas, sem explicar o esmalte d’ellas, e tres peixes em agua no
fundo,
RIBAFRIA. Procedem de Gaspar
Gonçalves Ribafria, natural do sitio de Riba fria, no termo de Cintra, que
agradando-se d’elle el-rei D. Manuel o trouxe para a côrte º º tomou em seu
serviço, e pelos muitos que lhe fez e a el-rei D. João III foi cavaleiro da
ordem de Christo, fidalgo da casa real, e se lhe confirmou o morgado que
instituira, ºbtendo tambem carta de brazão. São suas armas em campo verde uma
torre de prata formada sobre ondas de agua, Coberta de azulejos de azul e oiro,
entre duas estrellas de oiro de oito pontas no alto do #""; timbre um
leopardo de azul armado de oiro, com uma das estrellas na es Dadoa. V. Archivo,
n.º 925.
RIBAS. É appellido castelhano
tomado da vila de Ribas, junto a Ledesma. É {'tigo, porque já na batalha das
Navas se achou Salvador Garcia de Ribas, a quem el-rei D. Afonso armou
cavalleiro. Passaram a Portugal e fizeram morada no Alemtejo, São suas armas em
campo de oiro uma cruz azul florida, orla azul carregada de sete flores de liz
de oiro. Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, na sua Nobreza de Andaluzia,
liv. I, cap. 49.
RIBEIRA. Esta familia é de
Castella, onde tem nobilíssimas casas e muitos ti tulos. Passou a Portugal, e
no reinado de D. Manuel foi alcaide mór da villa da Amieira, Ruy Dias da
Ribeira, pae de Damião Dias da Ribeira, escrivão da Fazenda de el-rei D. João
III e fidalgo da sua casa. Possuia esta casa no seculo XVIII Antonio Dias de
Menezes, senhor da quinta da Meca junto a Alemquer, e é seu solar a ribeira de
Lima. São suas armas em campo azul um leopardo de prata armado de oiro, chefe
de oiro com tres estrellas vermelhas de cinco pontas; timbre o leopardo do
escudo, com uma es trella na espadoa. Acham-se no livro dos reis de armas.
RIBEIRO. Esta familia é das mais antigas e nobres d’este reino, e
já o conde D. Pedro no tít. LIII a tracta de fidalgos e de alto sangue, e a
deduz do conde D. Osorio, natural de
Cabreira, progenitor dos Vasconcellos;
tambem teve n'este reino alcaidarias móres e muitos morgados, e ainda hoje a
grande casa de Castello-melhor e outras.
São suas armas em campo verde
tres faxas de oiro, em memoria dos condes de Ribeira de que mais se presaram;
timbre um lirio verde com cinco flores de oiro. Porém Villas-boas, ou por mais
bem informado ou menos, lhe descreveu o escudo es quartelado; no primeiro em
oiro quatro bastões sanguinhos firmes, no segundo em preto tres faxas veiradas
de prata e sanguinho, e assim os contrarios; timbre o lirio verde com cinco
flores de oiro; cuja opinião se tem seguido, supposto que as primeiras se acham
no livro da Torre do Tombo, fl. 13, e as segundas no mesmo livro, fl. 20, com o
titulo Ribeiros Vasconcellos; outros
trazem em campo de oiro uma banda azul, e o contrachefe ondado de agua; timbre
o referido.
RICALDES. É familia da provincia de Guipuzcoa
no senhorio de Biscaia, onde tem casa e sepultura na capela-mór da parochial da
villa de Ascoria. João Martins de Ri caldes foi general em quatorze naus no
serviço de el-rei D. Filippe II contra Inglaterra; este ou outro do mesmo nome
passou a Portugal, e fez casa em Vianna do Minho, onde seus descendentes são da
primeira nobreza d’ella. São suas armas um campo vermelho com o contrachefe de
agua, de que sae uma penha de sua côr, e sobre esta uma aguia de sua cor
coroada de oiro, picando em uma truta de prata; orla de prata com quatro lobos
de sua côr acantonados. Acham-se em D. João Flores de Ocaris, tom. II, arv. 29,
fl. 415.
RICHART. Escudo de campo azul
semeado de flores de liz de ôiro. Estas armas foram dadas a Bartholomeu Ferraz
em 10 de dezembro de 1516, por des cender do infante Richart, filho de el-rei
de França. V. Archivo, n.º 388. RILVAS. M. N. por alvará de 7 de dezembro de
1864 a João Gomes de Oliveira Silva Bandeira de Mello, visconde de Rilvas, pela
qual lhe foi dado por accrescentamento ás armas, a que já tinha direito por
successão, o seguinte: — Elmo de prata aberto, sobre uma cruz de Malta por
detraz do escudo tendo por orla enlaçada a divisa -- Mitte non permitte; timbre
a bandeira das armas dos Bandeiras, sustentada por um leão rompente de purpura
armado de azul, e com a divisa — Mitte non promitte; tenente ou apoio do escudo
o leão do timbre do lado esquerdo, e do direito uma aguia preta com seis besan
tes de prata sustentando outra bandeira. V. Archivo, n.º 1163. RIO. El-rei D.
Sebastião deu a Diogo de Castro do Rio, pelos seus serviços, as seguintes
armas: — Em campo de prata nove tortaos de purpura, cada tres em faxa, mari
nho, nascendo de uma onda, -
RIOS DAS ASTURIAS. Esta familia é
de Galiza. Passou a Portugal seguindo a Ercellente Senhora, Fernando Ayres do
Rio e seus filhos, no tempo de el-rei D. Af fonso v; seu neto Lopo Mendes do
Rio foi senhor de Unhos e Friellas e Instituiu um morgado de que fez cabeça uma
capela no claustro do mosteiro de Bemfica, tão mages tosa que n'ella faziam os
padres o seu capilulo. . São suas armas em campo verde um castello de prata
sobre um rio, e em chefe tres flores de liz de oiro; timbre uma aspa verde carregada
das tres lizes do escudo. Assim Se acham na sepultura de Lopo Mendes do Rio, em
Bemfica, e em Elvas em varios mo IluInentOS desta familia. Os Rios das Asturias
trazem em campo de oiro duas faxas de agua; Orla de prata car regada de cinco
cabeças de serpe de verde armadas de Vermelho com sangue nas corta duras;
timbre uma das cabeças. Passaram a Portugal no tempo de el-rei D. João III, que
confirmou estas armas a Christovão do Rio no anno de 1530 ". ! Posto que o
livro de que é tirado este summario diz que esta mercê feita a Christovão do
Rio S8 acha na Tôrre do Tombo no respectivo livro de Privilegios de D. João
III, creio ser engano: pois não só não achei tal registro, mas até os indices
respectivos não fazem menção d'elle. — Pegado.
RIVALDO ou REVALDO. São suas
armas em campo azul um gripho de prata armado de preto; timbre o mesmo gripho
". "Esta descripção é feita em vista do desenho do brazão, que se
acha no respectivo livro, pois que não traz descripção alguma. — Pegado.
ROBALLO. Villas-boas lhe assigna
as armas dos Revaldos, dizendo ser corru pºio d’aquele appelido: comtudo
acha-se em um manuscripto de um rei de armas an tigo, que os Roballos sejam o
mesmo que Revaldos opinião é: porém é certo que na re partição que se fez das
terras, quando se ganhou Penamacor aos mouros, se deu a estes Roballos sua
parte como quem foi tanto naquela conquista, e assim de tempo immemo rial ha
n’ella muitos d’está família, que como nobres foram sempre do seu governo, p0
rém diferentes em armas, porque os Roballos trazem por allusão do nome um
pescado àssim chamado peire roballo de prata, em campo azul posto em banda
entre duas estrel las de oiro. O bacharel Francisco Xavier da Serra Craesbeeck,
no seu Espelho da Nobreza, dá aos Roballos: escudo em campo azul, um gripho de
oiro; timbre o mesmo gripho, ROCHA. Nos reinos de França, Castella, Aragão,
Galiza, Napoles e na Hibernia tem sido este appelido de grandes senhores e
ilustres casas. Da mesma forma { achamos em Portugal, sem que se saiba se é
oriundo d este reino ou se vºu de algum d'aqueles. José Freire Monterroio diz,
que as memorias deste appelido só se acham do tempo de el-rei D. João I para
cá. • • • São suas armas em campo de prata uma aspa vermelha, carregada de
cinco vieiras de ºuro; timbre a aspa do escudo, com uma vieira no meio.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 68.
RODOVALHO. É familia de França,
descendente da casa Redoval, uma das fa milias illustres da Normandia. Passou a
este reino um fidalgo d’ella, que foi viver em Alcacer do Sal, onde casou e teve
filho a Diogo Vaz Redoval, que foi casar a Vianna da ººmarca de Evora, onde
aportuguezando-se a palavra Redoval em Rodovalho tem conti ºuado seus
descendentes a chamar-se assim. São suas armas em campo vermelho tres ferros de
lança de prata em roquete; timbre uma flor de liz vermelha. Outros trazem em
campo de oiro um delphim, animal aqua tico, de sua côr, sobre um pé de mar
ondeado, ficando a figura sobre o oiro, mas che gada ao mar; timbre o mesmo
delphim. Acham-se no livro dos reis de armas.
RODRIGUES. Este appellido é o
patronimico do nome proprio Rodrigo. A um Martim Rodrigues, que não sabemos
quem foi, nem porque motivo, se deram armas pro prias, que são : — Em campo de
oiro cinco flores de liz de vermelho, chefe vermelho com uma cruz de oiro florida
e vazia do campo; timbre um leão de oiro nascente, com uma das lizes na
espadoa. Acham-se no livro dos reis de armas, e em Villas boas.
RODRIGUES CAMELLO. V. Archivo,
n.º 1727.
RODRIGUES, de ANTONIO RODRIGUES.
Escudo partido em pala, na primeira de preto uma meia aguia de oiro estendida,
e na segunda de prata, uma faxa de verme lho entre duas pombas de purpura
voando. São estas as armas de que usava o bacharel Antonio Rodrigues, principal
rei de armas Portugal no tempo de el-rei D. Manuel.
RODRIGUES de SALAMANCA. Procedem
do conde D. Vela, filho de el-rei Ra miro I de Aragão, o qual povoou Salamanca;
foi seu filho entre outros D. Rodrigo G mes, que ficou vivendo na mesma terra,
e seus descendentes se appellidaram Rodrigues, e porque as suas armas eram as
barras de Aragão, se disseram Rodrigues de las Varilhas. Destes passou a
Portugal em tempo de D. Filippe II, Diogo Rodrigues de las Varilhas que,
casando neste reino, foi seu neto Diogo Rodrigues, que em 1629 alcançou li
cença para usar das armas dos Rodrigues de Salamanca. Foi desta familia Duarte
Salter de Mendonça, fidalgo da casa real e conselheiro da real Fazenda. São
suas armas em campo de oiro quatro palas de vermelho; orla azul com oito cru
zes de Jerusalem de prata, as palas como descendentes dos reis de Aragão, e as
cruzes em memoria de haverem os seus ascendentes servido nas guerras da
Terra-santa.
ROL. Escudo em campo de oiro
cinco pombas azues em aspa, bicadas de prata e picadas do mesmo; timbre uma das
pombas. V. Espelho da Nobreza por Francisco Xavier da Serra Craesbeeck. ROLÃO.
Esta familia querem alguns que seja dos estados de Flandres, d’onde veiu a
Portugal um Jacome Rolão de Auges, pae de Pedro Jacome, que teve por filho a
Diogo Velho. São suas armas em campo vermelho um leão de oiro armado de prata;
timbre o mesmo leão. Acham-se no livro dos reis de armas.
ROLIN. É familia ingleza que veiu
a este reino na pessoa de Rogerio Child Ro lin, na armada que ajudou a tomar
Lisboa aos mouros; era filho de D. Rolan, abreviação de Rolando, conde de
Chester, e de uma irmã de Guilherme de Longa-espada, filho natu ral de
Henrique, rei de Inglaterra: d'este foi irmã D. Maria Rolan, mulher de Gonçalo
Fernandes Tavares, em cuja varonia andou o senhorio da villa de Azambuja até se
metter na dos Palhas, e d’esta na dos Mouras, d’onde passou á dos condes de Val
de Reis, de pois marquezes de Loulé. Sobre as suas armas ha duvidas.
Villas-boas lhe assigna as dos Mouras; porém nós lhe achamos nos já referidos
manuscriptos dos reis de armas antigos, que são suas armas em campo vermelho
cinco espadas com as pontas para baixo, em santor, tendo as laminas de prata e
os copos de oiro. uma flor de liz azul, orla vermelha carregada de oito aspas
de oiro; timbre a dita cruz. V. Espelho da Nobreza, por Francisco Xavier da
Serra Craesbeeck.
ROMBO ou ROMO. É família de
Castella, que passou a Portugal na pessoa de Gon. çalo Romo, no tempo de el-rei
D. Fernando. Seu filho Diogo Gonçalves Rombo teve o fôro de fidalgo da casa de
el-rei D. João 1: ha tres casas desta familia, a de Pedro Rombo Ta Vares,
senhor do morgado do Carregal em Portalegre, a de José Alexandre Garcez de
Brito, provedor das Vallas e Lezírias, e a de Francisco de Moraes e Brito da
Serra, em Coimbra. Eram as suas armas antigas em campo de oiro cinco vieiras de
vermelho, em aspa: mas achando-se na batalha das Navas um seu ascendente tomou
no mesmo campo de oiro uma cruz de verde florida como a de Alcantara, que toma
todo o escudo, em cada um dos quatro angulos uma vieira vermelha, e sobre o
meio da cruz outra de oiro. Assim as traz Gonçalo Argote de Molina.
ROMEIRO. É família que teve o seu
assento em Mazagão, onde viveu Antonio Gonçalves Romeiro, a quem se passou
brazão de suas armas em 1688. São estas em campo verde cinco bordões de romeiro
de Sant'Iago Vermelhos, ferrados de oiro, entre eles quatro vieiras de prata,
os bordões em santor; timbre dois bordões em aspa atados com uma fita verde
". . "Esta mercê não se acha registrada na Torre do Tombo, nem na
chancellaria respectiva, nem nos "vros dos registros de mercês do mesmo
reinado (D. Pedro II). — Pegado.
RUA. Esta familia é das Asturias,
donde passou para o Algarve, e d'aqui para a Província do Minho, Apparentou-se
com a dos Atouguias por D. Ignez Alvares da Rua, mulher de Luiz de Atouguia,
thesoureiro-mór de el-rei D. Manuel, e filha de Alvaro An nºs da Rua, escudeiro
do infante D. Fernando, pae do dito senhor. A Francisco da Rua, natural da
cidade do Porto, deu o imperador Carlos v por armas em campo de oiro seis rosas
de vermelho em duas palas, com uma flor de liz de azul no meio do chefe, as
quaes lhe confirmou el-rei D. João III 1. As suas armas antigas eram cinco
flores de oiro raiadas de vermelho como tulipas. "Não existe o registro
d'esta confirmação. Pegado. * • S SÁ, Procedem os Sás de Paio Rodrigues de Sá,
que viveu pelos annos de 1300, no reinado de el-rei D. Diniz no concelho de
Lafões, pae de João Afonso de Sá, vassallo de el-rei D. Afonso iv e D. Pedro I.
Era senhor da quinta de Sá, no termo de Guima rãºs, solar desta familia, de
quem foi neto João Rodrigues de Sá, que se fez mais conhe cido pelo grande
esforço com que na barra de Lisboa com uma lança na mão libertou \ma galé, que
os castelhanos tinham ganho no tempo de el-rei D. João I, foi alcaide-mór º
Capitão-mór da cidade do Porto, e camareiro-môr do dito rei. Casou com D.
Isabel Pa "heço, filha do grande Diogo Lopes Pacheco, e dele procede a grande
casa dos condes dº Penaguião, camareiros-móres de Portugal, e os Sás de
Coimbra, Amoreira e as mais Casas que ha deste appelido. CLVI
SAAVEDRA – SALAZAR São suas armas
um escudo xadrezado de prata e azul de seis peças em faxa e sete em pala;
timbre um bufalo xadrezado de negro e prata, armado de prata, e com uma ar gola
de oiro nas ventas. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 13.
SAAVEDRA. É uma das familias mais
antigas de Hespanha. Em uma memoria que vimos de José Freire Monterroio a deduz
de Fernando, rei de uma grande parte de Galliza, feudataria dos romanos, cuja
estirpe continuou nos condes dos patrimonios de Galliza, em tempo dos godos, e
d’elles procedeu el-rei D. Pelayo. Tomaram o appellido do couto de Saavedra no
mesmo reino, e tem em Hespanha muitas casas titulares. Pas sou a Portugal, e
existe com nobreza no concelho de Lumiares. São suas armas em campo de prata
tres faxas xadrezadas de vermelho e oiro, de tres peças, e a do meio coberta
com uma cotica de oiro; timbre um leão de prata com as tres faxas do escudo.
Assim as traz Gonçalo Argote de Molina, fl. 237 v. Villas-boas não lhe dá a
cotica de oiro.
SACOTO. Os Sacotos são fidalgos
honrados. As suas primeiras armas são: em campo de oiro cinco estrellas
vermelhas de oito pontas, postas em cruz; timbre uma onça de sua côr nascente,
com uma estrella do escudo na espadoa. Depois se liaram com os Azinhaes e
esquartelaram o escudo pondo no primeiro quartel as armas d’esta familia, que é
uma azinheira de sua côr em campo de prata; no segundo as ditas cinco
estrellas, e assim os contrarios. Porém nos reinados dos reis D. João II, D.
Manuel, e D. João III se fez mais conhecida esta familia na pessoa de Gonçalo
Mendes Sacoto, adail-mór d’este reino, que se achou em quasi todos os feitos de
guerra, que no tempo d’aquelles reis suc cederam em Africa, onde foi capitão de
Safim, Tangere e Azamor, alcançando em todas estas praças gloriosas victorias
dos mouros, principalmente do alcaide Aly, mouro prin cipal da enxovia, que era
tão poderoso que só de sua casa tinha mil de cavallo, e dos seus aliados
juntava mais de cinco mil, ao qual desbaratou captivando-lhe suas mulheres e
muitos xeques seus aliados, não tendo a nossa gente mais que duzentos de
cavallo e poucos infantes. E sendo em outra Occasião investido de cinco
alcaides mouros do rei de Fez, elle os desbaratou e lhe ganhou as bandeiras,
matando pela sua mão o alcaide Alatar que era capitão de todos, e em attenção a
estes serviços entre outras mercês que lhe fez el rei D. João III, lhe
accrescentou as ditas armas com um chefe de oiro carregado de qua tro cabeças
de mouros toucadas de azul e prata, e cortadas em sangue; timbre um braço
armado de oiro com uma das cabeças do escudo pendurada da mão pelo turbante.
Assim as achamos em uma copia da carta desta mercê, que nos participou José
Freire Monterroio Mascarenhas, que diz ser passada a 19 de julho de 1538".
Villas-boas lhe dá em campo vermelho cinco pendões de azul com hastes de oiro,
e em cada um uma lua do mesmo metal. • 1 A carta do brazão que foi dado ao dito
Gonçalo Mendes Sacoto, acha-se registrada na chancellaria de el-rei D. João
III, livro 27, fl. 17, e traz o dito accrescentamento; em 19 de julho de 1538 —
Pegado.
SALAZAR. A casa de Salazar foi
tão grande na Hespanha, que chegou a pôr exercitos e dar batalhas só com os
seus parentes e vassallos. Tomou o appelido do valle de Salazar em Castella a
velha. Passou a Portugal no tempo de el-rei D. João III Ventura de Frias
Salazar, pae de D. Christovão de Frias Salazar e D. João de Frias Salazar, de
sembargador do Paço. São suas armas em campo vermelho treze estrellas de oiro
em tres palas; timbre um braço de gigante nu, passado com um punhal de prata,
com os copos de oiro. oiro. Assim as vimos em um brazão que mandou vir de
Inglaterra Antonio Salter de Macedo, filho do dito Duarte Salter, e se lhe
confirmaram neste reino 4. * Não existe o registro d'esta confirmação na Torre
do Tombo. — Pegado,
SALUCIO. Acha-se este appelido de
Salucio Adorno em um dos manuscriptos já citados. Traz por armas desta familia
em campo azul cinco flores de liz de oiro em santor, e por baixo tres faxas
ondadas de prata e azul.
SALVADOR. A devoção e christandade
pia dos antigos catholicos introduziu que alguns tomassem o santo nome de
Salvador, que só é proprio de Christo senhor nosso, como se vê em muitas partes
do conde D. Pedro; e passando a patronimico se continuou em familia por
appelido, que é uma das doze nobres da cidade de Soria. São suas armas em campo
de oiro uma aguia negra aberta. Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, livro 2,
cap. 113, f. 218.
SALVADO. Tem esta familia por
armas em campo de oiro um torteau de negro, carregado de um leão de prata armado
de sanguinho; timbre o leão do escudo com um torteau negro na espadoa. Acham-se
em Gonçalo Argote de Molina.
SALVAGO. E esta família uma das
vinte e oito da nobreza antiga de Genova. Passou a Portugal, e já no anno de
1502 era conego da Sé de Coimbra Nicolau Salvago, e n'elle legitimou dois
filhos bastardos, Jeronymo e Antonio. Passou tambem á ilha da Ma deira onde tem
casa grande. São suas armas em campo de oiro um torteau de negro carregado de
um leão de prata armado de sanguinho; timbre o leão do escudo com um torteau
negro na espadoa. Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, livro 2, cap. 121, fl.
241, SALZEDO. Procedem os Salzedos dos antigos reis de Leão, e ha em Hespanha
muitas casas que procedem deste appelido e familia. Gonçalo Argote traz a sua
ori gem, no livro 1, cap. 80. São suas armas em campo de prata uma arvore
salgueirô verde, com raizes da mesma côr, e n'ella pendurado um escudo de oiro
com cinco folhas de golphão verdes. Assim as traz o dito Gonçalo Argote.
Villas-boas lhe accrescenta uma orla de vermelho com oito aspas de oiro.
SAMPAIO. Esta familia é oriunda
d’este reino, tomou o appelido do logar de Sampaio na comarca da Torre de
Moncorvo, e já no tempo de el-rei D. Afonso IV era pessoa grande Pedro do
Souto, pae de Vasco Pires de Sampaio, o primeiro deste appel lido, a quem os
reis D. Fernando e D. João I deram outras muitas terras. Está hoje ele vada ás
dignidades de condes e marquezes. São suas armas um escudo esquartelado, no
primeiro em campo de oiro uma aguia vermelha armada de negro, o segundo
xadrezado de oiro e azul de quatro peças em faxa e quatro em pala, com uma orla
vermelha carregada de oito SS de prata, e assim os con trarios; timbre uma
aguia como a do escudo com um dos SS no peito. Acham-se no livro da Torre do
Tombo, fl. 14.
SAMUEL. M. N. concedida por alv.
de 22 de agosto de 1856 ao barão Diniz de Samuel: — Escudo esquartelado, no
primeiro quartel em campo azul tres coroas de oiro de tres flores, postas em
roquete, e no centro um leão de oiro, brica de prata com a condecoração da
imperial ordem da Rosa; no segundo quartel em campo vermelho uma cruz de prata,
no primeiro vão um leão de prata, no segundo uma aguia de prata, no ver melha;
e assim os contrarios. Sobre o escudo a corôa de barão com dois timbres, o
primeiro um leão de oiro saindo de uma coroa mural azul, coroado de oiro
segurando em uma maça de oiro; o segundo uma aguia de prata assente sobre um
rolo de prata e verme lho, coroada de oiro: o escudo entre dois supportes,
sendo o do lado direito um leão de oiro coroado do mesmo, e o esquerdo uma
aguia de prata coroada de oiro; passando por baixo do escudo uma fita com a
legenda seguinte: Habent sua sidera reges. V. Archico, nº 531.
SANCHES, da CIDADE-RODRIGO. Este
appelido é o patronimico do nome pro prio Sancho. Nos cadernos dos reis de
armas lhe achamos varios escudos. Esta familia tem por armas em campo de prata
uma torre de preto, saindo do alto d’ella um braço de sua côr nu com uma espada
de azul em acção de descarregar o golpe, e arrimada á torre uma escada de sua côr;
timbre o braço com a espada. Villas-boas lhe accrescenta uma estrella vermelha
no canto direito, que entendemos ser diferença dada pelo rei de armas.
SANCHES, da VILLA DE ALBUQUERQUE.
Gil Alvares Sanches, cavaleiro da Ordem de Sant'Iago, passou a Villa-viçosa, a
amparar-se do duque de Bragança D. Jayme, por ter commettido um homicidio de
consideração em Castella, em consequencia de um Caso de honra que lhe
aconteceu. Acompanhou o mesmo duque, e com ele se achou na tomada de Azamor, em
1513, com armas, cavallos e homens à sua custa. Seu neto Pe dro Alvares
Sanches, mandou tirar o seu brazão de armas, que se acha registrado na Torre do
Tombo, como se vê nesta obra no logar competente, e nele se declara que os
deste appelido e linhagem de Sanches são da Extremadura, accrescentando as
seguintes Palavras: «Muy buenos y muy antigos hijos de algo y naturales de
Albuquerque, donde *ha havido dellinage de Sanches muy principales hijos de
algo y de ali lian salido a di. "Versas partes d’estes reynos.» As quaes
armas são as seguintes: Em campo azul um cas tello de oiro, e n'elle em
homenagem uma bandeira branca, e aos lados do castello duas caldeiras de oiro,
uma de cada lado. D. Francisco Piferrer no seu Nobiliario de los rei uos e
señorios de España, Madrid 1859, tomo v a pag. 105, tambem assim as descreve.
Este mesmo auctor no seu Armorial Español a pag. 43 diz o seguinte: «La linea
de Al “Varez, enlazada desde muy antiguo con el ilustre linge de Sanchez,
reconoce por uno «de sus principales ascendientes á D. Gil Alvarez Sanchez,
hijo de D. Pedro Alvarez San chez, natural de Albuquerque, procedentes por
ambos appelidos de la casa real de Navarra, y fué D. Gil caballero del órden de
Santiago». João Sanches de Baena, filho do mencionado Pedro Alvares Sanches,
conservou sempre a alleição que seus avós tinham á Casa de Bragança, e dos
senhores d’ella foi tratado com particular amizade, a que correspon deu expondo
a vida, e uma brilhante posição ao empenho de lhe restituir á coroa portu
gueza, sendo um dos primeiros que em 1640 com João Pinto Ribeiro, tractaram de levar a cabo empreza tão gloriosa como
arriscada. Na pessoa que na actualidade representa aquelle benemerito da
patria, quiz el-rei o senhor D. Luiz , commemorar tão relevantes Serviços,
conferindo-lhe o título de visconde de Sanches de Baena, em duas vidas. O bra
Zăo antigo d'esta familia é o que descrevemos ha pouco; mas aquele de que
usaram e Usam em Portugal os membros d’ella é o seguinte: Escudo partido em
pala com uma linha de oiro; na primeira em campo vermelho uma torre de prata
com portas e frestas de azul, na segunda tambem em campo vermelho um Pendão com
haste é lança, tudo de ºtro, e abaixo do pendão em contrachefe uma caldeira com
azas, tudo do mesmo me al; timbre um braço armado de prata com um pendão na
mão, feito de bandas de oiro C Vermelho. V. Archivo, n.º 2149 e 273.
SANCHES (outros). O rei de armas
Francisco Gonçalves Carrasco passou o se guinte brazão de armas a Bernardo
Sanches Pereira em 15 de junho de 1683: Escudo partido em pala; na primeira em
campo azul sete estrellas de oiro, em tres palas; na segunda tambem em campo
azul uma banda vermelha coticada de oiro entre duas flores de liz tambem de
oiro; timbre uma estrella do escudo : accrescentando-lhe uma orla ver melha com
oito aspas de oiro, e por timbre uma aspa do escudo carregada de uma es trella
de azul. Porém o rei de armas Pedro de Sousa sempre o passou como fica exposto,
mas sem orla. Villas-boas o traz tambem, e aponta outro que diz ser : em campo
de azul um gallo picando em uma espiga, de negro.
SANDE. A esta familia dão os
genealogicos varias origens. Seguimos a opinião de José Freire Monterroio em um
papel que vimos d’elle, que a faz portugueza com o solar na quinta de Sande, na
freguezia de S. Clemente da comarca de Guimarães, e que procede de Fernão de
Sande, que vivia no reinado de el-rei D. Diniz, e foi considerado como fidalgo
na honra que lograva a dita sua quinta, e em outras fazendas que foram de
Ramiro Paes Seu ascendente. São suas armas em campo vermelho um leão de oiro
armado de prata, entre quatro flores de liz de oiro postas em cruz; timbre um
leão vermelho nascente, com uma das lizes na cabeça. Os de Galliza tazem em
campo de prata uma aguia negra volante, coroada de oiro, com um ramo de
oliveira no bico. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 41.
SANDOVAL. É familia antiga e illustre de Hespanha, e tão rica, que
só no bispado de Palencia teve sessenta logares. Tem no mesmo reino muitas
casas de grandes de primeira classe. São suas armas em campo de oiro uma banda negra.
• Acham-se no livro dos reis de armas.
SANHUD0. Em um livro que serviu a
um rei de armas antigo, achamos que os d’este appelido teem por armas : escudo
partido em pala : a primeira de oiro e a se gunda de verde, nestes dois campos
entrecambado um leão da mesma côr e esmalte; timbre um leão de oiro.
SANTA MARIA. É familia de
Andaluzia, que procede de Micer Benedicto Zacha rias, almirante-mór de Castella
no tempo do rei D. Sancho, o Bravo, que lhe fez mercê do porto de Santa Maria,
de que seus descendentes tomaram o appelido, era ele natu ral de Genova, de uma
das vinte e oito familias nobres d'aquela republica. Passou a Por tugal no
tempo de el-rei D. João III, João de Santa Maria, quinto avô de João Zuzarte de
Santa Maria, que em 1751 governava as ilhas de Cabo-verde, compatente de
capitão general. São suas armas o escudo esquartelado; o primeiro quartel de
oiro, e o segundo de vermelho, e assim os contrarios, sem alguma outra divisa.
Acham se em Gonçalo Argote de Molina, liv. II, cap. cxxI, fl. 245 v.
SANTAREM. Procede de João
Guilherme de Santarem, que tomou este appel lido por ser natural da villa (hoje
cidade) deste nome, em tempo de el-rei D. Diniz. Fo ram seus terceiros netos
João Afonso de Santarem e Fernando Afonso de Santarem, fi dalgos de grande
estima; o primeiro foi do conselho de el-rei D. João I, vedor de sua Fazenda e
alcaide-mór de Santarem, onde fundou o hospital de Jesus Christo. São suas
armas esquarteladas; no primeiro em campo negro um leão de prata armado de
vermelho, no segundo em campo vermelho tres palas de oiro; timbre o leão; e
assim os quarteis contrarios". |- Acham-se no livro dos reis de armas, e
em Villas-boas. 1 O dito João Afonso trazia estas armas em pala; na primeira o
leão, na segunda as palas; timbre o leão com uma pala vermelha na espadoa.
el-rei D. João III, na pessoa de Francisco de Sant'Iago, e foi neste reino
cavaleiro da ordem de Aviz, armado em Lisboa a 2 de junho de 1550 por D. João
de Menezes, como vimos em uma memoria. São suas armas em campo de prata um pendão,
feito de listas de azul e vermelho, em uma haste vermelha, seguro por duas mãos
de sua côr, cortadas e destilando sangue. Acham-se em D. João Flores de Ocaris,
tom. II, arv. 27, fl. 381, § 38.
SARAIVA, São os Saraivas fidalgos
antigos, oriundos de Biscaia, onde é seu solar a villa de Saraiva : o conde D.
Pedro fala nesta familia no titulo dos Marinhos; passou a Portugal no tempo de
el-rei D. João I, nas pessoas de Vicente Fernandes Sa raiva e Antonio Saraiva,
que vieram acompanhar sua irmã dama da rainha D. Leonor, mu lher de el-rei D.
Duarte, e se estabeleceram na villa de Trancoso e visinhanças, d’onde passa ram
alguns de seus descendentes para a cidade da Guarda e outras partes do reino.
Foi desta familia João Theodoro Saraiva Fragoso de Vasconcellos Cardoso, capitão-mór da villa de Manteigas, e
provedor da comarca de Coimbra, filho de Fernando José Saraiva, capitão mór da
mesma villa, e commandante das guarnições e entrincheiramentos que se puzeram
la Serra da Estrella, immediações do inimigo, na guerra de 1762, e de sua
mulher D. Anna Maria Soares de Oliveira e Vasconcellos:
neto de João Saraiva, capitão-mór da mesma Villa, Segundo neto de Fernando
Saraiva, senhor da quinta de Siqueiras, que militou nas guer ras da acclamação,
terceiro neto de Domingos Saraiva, cavaleiro da ordem de Christo e Senhor da
quinta da Pizaria, em Santa Marinha; quarto neto de João Saraiva, natural da
Povoa, termo de Trancoso, e morador em Santa Marinha, onde casou com D. Isabel
do Couto, filha de Gregorio Pessoa; quinto neto de Alonso Saraiva de Lucena,
escudeiro fi dalgo, e senhor da casa da Povoa: sexto neto de Alvaro Saraiva
Lopes de Aguiar, escu deiro fidalgo e contador da real Fazenda, na comarca de
Lamego e Viseu: setimo neto de Francisco Lopes de Aguiar, irmão de D. Francisco
Bispo, que morreu em Roma: Oitavo neto de Alvaro Lopes de Aguiar, o qual casou
com Antonia de Lucena, filha de Afonso de Lucena, fidalgo de Cordova (segundo o
que escreve Leite) e de Catharina Sa raiva; e o mesmo Alvaro Lopes de Aguilar
era filho de Tello e Froilo de Aguilar, natu raes de Ecia, em Castella, d’onde
veiu para Portugal: neto de Fernando de Goios, com mendador do Barreiro;
segundo neto de Nuno, prior do Crato; terceiro neto de Este vão Vasques de
Goios, nono senhor de Goes; quarto neto de Martinho Vasques de GOes, Oitavo
senhor de Goes ; e quinto neto de Vasco Roiz Viegas, de quem trata o conde D.
Pe dro, tit. 59, pag. 337. • • São suas armas um escudo cortado em taxa, a
primeira composta de veiros de prata º azul, a segunda ondada de agua de sua
côr; Orla vermelha em que appareça por detraz ºs pontas de uma cruz de oiro
florida; timbre uma cabeça de peixe serra de prata. Acham-se no livro dos reis
de armas.
SARCIDE ou SARZILDE. É familia de
Inglaterra, que passou a Portugal na PºSSOa de Roberto Sarcide. • São suas
armas em campo de prata uma cruz Vermelha, chã, firmada no escudo, e dez
"minhos pretos, quatro nos dois campos altos, sendo dois em cada um, e
seis nos de baixo, tres em cada um; timbre uma aspa de prata com cinco arminhos
e gotada de sangue; ºs arminhos são pretos. V. Archivo, n.º 2221.
SARDINHA. Acha-se memoria desta
familia no tempo dos primeiros reis, em Pedro Sardinha, pae de Pedro Pires
Sardinha, prior do mosteiro de S. Vicente de Lisboa, º 1209. No julgado de
Neiva viveu Martim Saldinha, honrando a quinta de Riba-fria, º em 1316 vivia
Martim Martins Sardinha. Em Setubal houve esta familia, que instituiu o morgado
que hoje possue Jorge Bruno de Cabedo: em Elvas tambem lograram nobreza, e
permanecem ahi varias sepulturas de pessoas desta familia. São Suas armas em
campo verde uma banda ondada de prata e azul com cinco sardi nhas de sua côr;
timbre uma cabeça de balea de sua côr com a boca aberta, e dentro d’ella
algumas sardinhas. Acham-se no livro dos reis de armas. ,
SARMENTO. D. Antonio de Alarcão,
alegado por Fr. Filippe de la Gandara, diz que esta familia procede do conde
Fernão Gonçalves, de Castella. Foi o primeiro do ap pellido D. Rodrigo Gomes
Sarmento. Liou-se esta familia com os condes de Boaneva, e descende desta união
grande parte da fidalguia de Hespanha. Seguiu ela as partes de el-rei D.
Henrique contra D. Pedro, o Crú, e logrou grandes adiantamentos em remune ração
das grandes perdas que lhe fez nas suas terras o dito D. Pedro, o Crú. São suas
armas em campo vermelho treze besantes de oiro em tres palas. Acham-se no livro
dos reis de armas.
SARNACHE ou SERNACHE. V.
Cernache.
SAUVAGE. É familia franceza, da
qual tem havido varios individuos com este appellido, mas já traduzido em
portuguez. Nos livros dos registros dos reis de armas lá vemos alguns que
tiraram armas do mencionado appellido, Selvagem. São estas armas em campo
vermelho uma aguia de prata estendida, armada de azul.
SEABRA. Tomaram este appelido da
villa de la Puebla de Senabria de que fo ram senhores, e de toda a serra onde é
fundada. Passou a Portugal Mem Rodrigues de Seabra e seus filhos, no tempo de
el-rei D. Fernando, que lhes fez mercê das villas da Feira, de Montalegre e de
outras rendas e regalias, e de um d'elles procedeu o desem bargador Lucas de
Seabra e Silva, pae de José de Seabra e Silva, secretario de estado de el-rei
D. José I e da rainha D. Maria I. São suas armas em campo vermelho dois leões
de oiro batalhantes, entre eles um S tambem de oiro, coroado com uma corôa real
egualmente de oiro; orla de prata com uma cadea preta fechada em baixo com um
cadeado da mesma côr; timbre um leão do es cudo. Alguns trazem todo o campo
vermelho, a cadea e o cadeado de oiro. Acham-se no livro dos reis de armas.
SECCO e SICO. Esta familia é do ducado
de Milão, onde se diz — Sico. — Pas sou a Portugal, e foi d’ella Jorge Secco,
que pretendendo neste reino mostral-o, fez no dito ducado uma justificação de
sua ascendencia e nobreza, no anno de 1584; e Pedro Al vares Secco, que
escreveu quatro volumes sobre a ordem de Christo, que estavam no mos teiro de
Alcobaça. São suas armas em campo de prata um leão vermelho com uma espada na
mão di reita de azul com copos de oiro, atravessado o escudo com uma
contrabanda que passa por cima do leão, sendo esta de azul com tres rosas de
prata. Acham-se no livro dos reis de armas.
SEGUARRA. É familia de Hespanha,
que passou a Portugal, e tem casa em Se vilha. São suas armas em campo de oiro
tres bandas de azul; orla sanguinha liza.
SEGURA. Desta familia tracta Gonçalo
Argote de Molina na sua Nobreza de Andaluzia falando em D. Bartholomeu de
Segura, que viveu na cidade de Ubeda, onde seus descendentes são fidalgos
principaes. trevedas de azul, e oito aspas sanguíneas em orla, tambem de oiro.
Acham-se no dito Gonçalo Argote de Molina.
SEGURADO. Parece que este
appelido teve principio no tempo de D. João I. Ha um morgado desta família
instituido por Nuno Martins Segurado, filho de Fernando Rodrigues Segurado, que
foi chanceller-mór neste reino pelos annos de 1522, de que foi administrador
Luiz Segurado de Barbuda seu descendente, de quem procedeu outro do mesmo nome,
capitão-mór da villa da Arruda, administrador do mesmo morgado. São suas armas
em campo azul cinco seguros de prata com cabos de oiro, postos em Santor; timbre
dois seguros em aspa, atados com um torçal azul. Acham-se no livro dos reis de
armas.
SEIXAS. É família de Galiza, e
seu solar a casa de Narla, junto à cidade de Lugo. Achou-se na conquista de
Sevilha Fernão Peres de Seixas. Passou a PortugalVasco Go mes de Seixas em
tempo de el-rei D. João I com trinta lanças e alguns besteiros. Liga ram-se com
os Lugos e Vasconcellos de quem
procedem os que ha neste reino. São suas armas em campo verde cinco pombos de
prata, com os pés e bicos verme lhos, em aspa; timbre um dos pombos. A estes
polubos chamam tambem seiras em al guns livros de armaria, Acham-se no livro
dos reis de armas.
SENABRIA. É familia de Castella.
Tem por armas em campo azul uma aspa de ºuro entre quatro lirios de prata; orla
azul carregada de oito mingoantes de lua de prata. Tral-as o manuscripto que
serviu ao reformador da nobreza Fr. José da Cruz.
SENNA FERNANDES. M. N. por alvará
de 11 de maio de 1871 a Bernardino de Senna Fernandes: — Escudo de oiro
carregado com uma aguia bifronte de negro es tendida, armada de vermelho, e com
um crescente de prata apontado para cima, sºbre 0 Pºllo; orla de vermelho
carregada com quatro cruzetas de Oiro entre quatro crescentes de prata
apontados para cima, sendo estes acantonados e aquelas nos centros do chefe
Cºntra-chefe e lateraes; timbre uma aguia de negro andante e armada de
vermelho; virol de oiro e vermelho, e assim o paquile; elmo de prata lisa,
decorado de oiro lavrado, e º forro azul celeste. 3 V. Archivo, nº 433.
SEPULVEDA. É appelido castelhano,
tomado da Villa de Sepulveda. Passou a Portugal na pessoa de Martim de
sepulveda, um dos vinte e quatro regedores de Sevilha que tendo o castello de
Noudar em serviço de el-rei D. Fernando o Catholico, ele o en: "gou ao principe
D. João, que depois foi segundo do nome de Portugal, e em remune ºção lhe deu a
vila de Buarcos e outras rendas. São suas armas em campo vermelho uma oliveira
de verde com raizes de prata e per fis de oiro, entre dois loios de oiro e duas
estrelas de prata de oito DOntaS em chefe; ºmbre um leão do escudo nascente. 3
Acham-se no livro dos reis de armas. Tei
SEQUEIRA. Esta família é por todos os seus principios das mais
ilustres do 100. Descende de D. Arnaldo de Baião, cujo setimo neto Gonçalo
Annes Redondo casou segunda vez com D. Urraca Fernandes, que levou em dote º
quinta de Sequeira, situada # "# de Santa Maria de Sequeira no termo de
Barcellos, d’onde seus descenden Inaram o appellido e a fizeram solar. São suas
armas em campo azul cinco vieiras de oiro, postas em santor; timbre quatro
plumas de azul guarnecidas de oiro, com uma das vieiras no meio. Acham-se no
livro da Torre do Tombo, fl. 15.
SEREJ0. Esta familia é da villa
de Serpa, onde tem morgado de que foi senhor Manuel Serejo, pae de Lopo Serejo,
de quem foi filho Ruy Raposo Serejo, que foi pae de outro Manuel Serejo,
ascendente de Luiz da Costa Serejo de Vasconcellos,
cavaleiro da Ordem de Christo, morador em Lisboa, que no anno de 1736
justificou esta ascendencia e se lhe passou brazão de armas dos Serejos em 3 de
junho do mesmo anno ". São estas em campo de oiro uma arvore cerejeira de
verde, com fructos vermelhos; orla de prata com quatro leões vermelhos em cruz;
timbre um dos leões. Acham-se no livro dos reis de armas. 1 Não existe o registro
d'esta mercê. — Pegado.
SERPA. Ha tradição que procedem
do infante D. Fernando, filho terceiro de el rei D. Afonso II d’este reino, que
foi chamado D. Fernando de Serpa por ser senhor da villa d’este nome, o qual
casando em Castella dizem que deixou neste reino um filho natural. São suas
armas em campo verde um leão de oiro entre duas torres de prata, e abaixo do
leão uma serpe tambem de oiro volante; timbre uma das torres com a serpe
nascente no alto. Acham-se no livro dos reis de armas.
SERRA. Este appelido foi dado sem
duvida a sujeito que tinha as casas da sua habitação em alguma serra, e é tão
geral que o ha em Catalunha, nas Asturias, em Ge nova, na Sardenha e em França.
Em Portugal descendem dos Serras casas muito distin ctas, como Duarte Gorjão da
Serra, fidalgo da casa real, e outras muitas pessoas. São suas armas em campo
vermelho um castello de prata sobre um monte de sua côr, entre duas cabeças de
serpe verdes salpicadas de oiro; timbre um braço vestido de ver melho, com uma
espiga de trigo de oiro na mão. Acham-se no livro dos reis de armas.
SERRÃ0. Esta familia tem a mesma
origem dos Mouras em Vasco Martins Serrão de Moura, a quem a rainha D. Beatriz,
mulher de el-rei D. Affonso III, deu a villa d’este nome. Foram d’ella Manuel
Serrão, capitão-menor na India, e Francisco Serrão, ca pitão esforçado no cerco
de Dio. Em Villa-verde junto a Alemquer ha familia deste ap pellido, e no logar
de Friellas junto de Lisboa teve uma nobre quinta Manuel Serrão Di niz,
chanceller da Relação da Bahia, e desembargador que foi do Senado da camara
desta côrte. São suas armas em campo de prata um leão sanguinho armado de
negro, sobre um monte de sua côr; timbre o leão nascente. Acham-se no livro da
Torre do Tombo, fl. 22.
SEVERIM. Os Severins se prezam de
descender dos Severinos romanos, que foi uma familia consular, d’onde passaram
aos mais reinos da Europa como provincias do imperio, e em França tiveram
illustrissimas casas. Deste reino passou a Portugal Pedro Severim em tempo de
el-rei D. João I, e se achou na tomada de Ceuta, e assim nas let tras como nas
armas tem esta familia dado individuos mui notaveis. São suas armas partidas em
pala; na primeira o campo de prata lisa com uma orla composta de vermelho e
prata, na segunda em campo vermelho duas barras de prata em vermelhas. (Assim
se acham no livro da Torre do Tombo, fl. 40.) - • • José Freire Monterroio
expõe estas armas de outro modo, e põe a primeira pala xa drezada de prata e
vermelho, na segunda em prata as duas barras vermelhas; timbre o acima dito. •
Nos manuscriptos dos reis de armas achamos outra fórma, que é: — Escudo
esquarte lado; o primeiro e o ultimo quartel de prata, o segundo e o terceiro
de vermelho, cada um destes com as duas barras de prata em pala; orla de quatro
peças, a primeira e a ultima sanguinha, a segunda e a terceira de prata; timbre
um cavallo de prata nascente: este timbre lhe dá o Tombo.
SILVA. É tão constante a grandeza, antiguidade e lustre d’esta
familia, que to das as expressões seriam diminutas nos seus louvores. Procede
ela por uma parte dos antigos reis de Leão, e por outra dos Silvios romanos,
que vieram viver em Hespanha no tempo que os romanos a conquistaram, como
extensamente se mostra em um manuscripto de José Freire Monterroio Mascarenhas.
São suas armas em campo de prata um leão de purpura armado de azul; timbre o
IneSImo leão. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 11.
SILVA E OLIVEIRA. Apezar de
varias diligencias, não foi ainda possivel obter º descripção do escudo de
armas, dado em mercê nova a Francisco da Silva e Oliveira, descripção que se
acha omittida no respectivo registro. V. Archivo, nº 866.
SILVEIRA. Esta familia é das
illustres deste reino; descende dos Pestanas, e tºmou o appelido da herdade e
torre da Silveira, junto á villa de Assumar. Tem neste Teln0 varias casas
titulares. São suas armas em campo de prata tres faxas vermelhas; timbre um
urso de prata nascente armado de sanguinho, saindo de uma capella de silvas da
sua côr. Alguns tra Zºm o urso de sua côr; e João Rodrigues de Sá lhe accrescenta
uma silva de sua côr em Orla de prata. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl.
14.
SIMÕES. Este appelido é tirado do
nome proprio Simão. O conde D. Pedro faz memoria de Martim Simões, que podia
ser ascendente de Gil Simões Villarinho e de seu Irmão Vicente Simões, o primeiro
cavaleiro e o segundo escudeiro da casa do rei D. Duarte, ºs quaes eram filhos
de outro Gil Simões e de sua mulher D. Ignez de Vilhena, filha bas tarda de D.
Henrigue Manuel de Vilhena, conde de Cea. Foi familia nobre no Algarve, onde
ainda tem descendentes, e d’estes foi a ermida da Ascenção, da calçada do
Combro, em Lisboa, junto à egreja do extincto convento dos Paulistas, onde teem
sepultura na ca pela-mór com suas armas. • São estas em campo de prata um leão
de negro armado de vermelho e gotado de oiro, Sobre um monte de sua côr; timbre
o mesmo leão ". * Estas duas mercês feitas a Gil Simões e Vicente Simões,
são as mais antigas de que ha registros, ºs quaes existem na Chanc. de D.
Duarte, liv. I, fi. 236 e liv. rv de Misticos, fl. 45, em 1438.—Pegado. - A
carta passada a Gil Simões vai transcripta na integra, entre os documentos da
Introducção que Precede este nosso Archivo, a pag. xxIII.
SOARES, de TANGIL. O appelido de
Soares é patronimico do nome Soeiro. Os Soares de Tangil teem dois solares; o
primeiro na parochia de Tangil no condado de Valladares, em duas torres
distantes uma da outra um tiro de arcabuz, junto ao rio Minho; o segundo é o
castello de Tangil, no arcebispado de Braga. São suas armas: em campo azul uma
ponte de prata de tres arcos com suas guardas de ameia sobre um rio de agua, no
meio da ponte um leão de oiro com os pés nas ameias e uma espada na mão
direita, ferro de prata e as guarnições de oiro, entre duas torres tambem de
prata assentadas sobre a ponte, que se unam ás ilhargas do escudo, e sobre cada
uma d’estas uma aguia preta aberta e coroada, olhando uma para a outra; timbre
O leão do escudo.
SOARES, de ALBERGARIA. Esta
familia procede de Paio Delgado, fundador da albergaria de S. Bartholomeu de
Lisboa; e em memoria de seu bisneto Soeiro Fernandes tomaram seus descendentes
por appelido este patronimico. Os Soares Alvarengas, e Soa res Galhardos usam
deste patronimico por descenderem dos Soares Albergarias. São suas armas em
campo de prata uma cruz vermelha florida, orla de prata com oito escudetes das
armas do reino; timbre uma serpe volante, com uma cruz de prata florida no
peito. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 14.
SOARES, de TOLEDO. Esta familia
traz a sua origem da cidade de Toledo, e por isso são assim chamados. Tem por
armas em campo vermelho uma banda de oiro saindo das bôcas de duas ca beças de
serpe, tambem de oiro, armadas de azul entre duas jarras tambem de oiro, cheias
de flores ou açucenas de prata, sendo as jarras de duas azas; timbre uma jarra
como as do escudo. Assim as confirmou el-rei D. João III a Diogo Soares,
morador na cidade de Goa, em 1556. V. Archivo, n.° 579.
SOARES, de TOLEDO (outros). Esta
familia tem por armas em campo verme lho uma torre de prata; timbre a mesma torre.
Acham-se em Villas-boas. SOBRAL. Este appelido deu el-rei D. José I a Joaquim
Ignacio da Cruz Sobral com o senhorio da villa do Sobral do Monte-agraço, e o
fez fidalgo pelos grandes serviços que lhe fez nos logares de conselheiro da
sua Fazenda e thesoureiro do real Erario: e por alvará de 3 de outubro de 1776,
registrado no livro dos alvarás da Secretaria de estado, foram-lhe dadas por
armas as mesmas que já tinha seu irmão José Francisco da Cruz Alagoa, as quaes
ficam descriptas no logar competente. V. Cruz Alagoa.
SOBRINHO e SOBRINO. Esta familia
é antiga no reino, natural da provincia do Minho, onde já no anno de 1285, no
tempo de el-rei D. Diniz, vivia Martim Sobrinho, o qual era sobrinho de Pedro
Sobrinho, conego de Orense. Passaram ao Alemtejo, onde no anno de 1490 vivia
Fernão Sobrinho, de quem procedem muitas pessoas distinctas d'a quella familia.
• São suas armas o escudo esquartelado; no primeiro em campo vermelho uma torre
de prata, no segundo em verde um casco de prata, e acima d’elle uma flor de liz
de oiro, e assim os contrarios; timbre um leão vermelho com o casco do escudo
na cabeça, e a flor de iiz na espado a 1. O rei de armas Manuel Leal da Silva
passou por armas de Sobrinhos a Miguel Alvares * Estas duas mercês feitas a
André Bugalho Sobrinho e a Antonio Sobrinho acham-se registradas na Chanc. de
D. Sebastião, a primeira no liv. II a fl. 228 v. e teu a data de 12 de setembro
de 1561, a se gunda que foi feita em 20 de março de 1567, acha-se no liv. vim a
fl. 58 v. — Pegado. na primeira em campo verde dois cintos com suas fivellas e
passadores, tudo de prata, na Segunda em campo de prata tres flores de liz de
azul em banda, e os cintos tambem em banda. As primeiras são as verdadeiras.
SODRÉ, É familia de Inglaterra,
onde foram condes de Betaford; d’aquelle reino passou a Portugal Fradique
Sodré; foi seu filho Duarte Sodré, veador da casa de el-rei D. Manuel,
alcaide-mór de Thomar e Cea, commendador de Cardiga, pae de Francisco Sodré,
que casou com D. Violante Pereira, filha de João Pereira, senhor da villa de
Aguas bellas : por este casamento entrou na familia dos Sodrés o senhorio da
dita villa. São suas armas em campo azul um chaveirão de prata firmado no
escudo, carregado de tres estrellas sanguinhas, entre tres jarras do mesmo
metal, com duas azas; timbre O chaveirão do escudo. Acham-se no livro dos reis
de armas e em Villas-boas.
SOLIS. É familia de Castella. São
suas armas em campo de prata um sol sanguinho, e uma orla composta de oiro e
Veiros de prata e azul.
SOROMENHO. É appelido portuguez
procedido de alcunha. São suas armas em campo vermelho uma arvore soromenheiro
de sua côr perfilada de oiro, com fructos e raizes de prata, entre uma flor de
liz e um crescente de oiro no chefe; timbre o mesmo soromenheiro. Acham-se no
livro dos reis de armas.
S0TELLO. É familia de Galiza, que
passou a Portugal, e fez assento na co marca de Miranda do Douro, d’onde se
estendeu a outras terras. São suas armas em campo azul uma cruz de oiro florida
e aberta, entre quatro abro lhos do mesmo metal; orla de oiro com oito
escudetes de azul, cada um com sua banda } prata. (Acham-se em Gonçalo Argote
de Molina, na sua Nobreza de Andaluzia, liv. I, . 4.) Em Castella ha outra
familia de Sotellos, que traz em campo de prata uma azinheira entre duas cabras
negras. (Assim o diz D. João Flores de Ocaris, P. 1, pre. 1, fl. 174.)
SOUTO. Na comarca de Villa-real
está a villa de Souto, e nas provincias de Traz-os-montes, Beira e Minho
costumam chamar Soutos aos arvoredos em que se dão as castanhas; de algum
destes principios se originou o appellido de Souto, se não veiu de Castella,
Leão ou Galliza onde tambem o ha. São suas armas em campo azul uma aguia de
oiro estendida com um escudete no peito vermelho com tres palas do mesmo oiro,
orla de oiro com oito cadeados negros abertos; timbre a aguia nascente. Assim
as descreve D. João Flores de Ocaris, P. 1, fl. 263. Os Soutos do reino de Leão
trazem em campo de oiro um toiro vermelho.
SOUTO-MAIOR. Esta familia é de Galliza, onde tem as casas dos
duques de Souto-maior, grandes de Hespanha de primeira classe, e outras muitas.
Passou a Portu gal Pedro Alvares de Souto-maior no tempo de el-rei D. Afonso V,
que era senhor da casa do seu appellido, e foi n'este reino conde de Caminha.
D'elle ficaram neste reino fi lhos de quem procedem os que ha em Portugal
d’este appelido. São suas armas em campo de prata tres faxas Xadrezadas de oiro
e vermelho de tres peças em pala; timbre um leão de prata com as tres faxas do
escudo. Alguns trazem a ordem de xadrez do meio coberta com uma cotica preta em
memoria de um d'aquela fa milia ter morto por desastre um infante do duque
soberano de Cantabria. Acham-se no livro dos reis de armas.
SOUSAS, de ARRONCHES. Esta familia não cede a nenhuma das illustres
de Hespanha, nem em antiguidade nem em grandeza, e deixando as antiguidades
para os titulos genealogicos, o primeiro que se chamou Sousa foi D. Egas Gomes
de Sousa no tempo de el-rei D. Afonso III; fez esta familia alianças na casa
real, de que procederam tres ramos. Foi a primeira casar D. Gonçalo de Sousa, alferes-mór
d’este reino, com D. Leonor Affonso de Portugal, filha não legitima do dito rei
D. Affonso, e d’este matrimonio procedem os condes de Miranda, de Arronches,
duques de Lafões, e os mais ramos que sairam desta grande casa. São suas armas
o escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas do reino com um filete
preto em contrabanda, que não chegue à orla e passe por baixo do escudinho do
meio; no segundo em campo sanguinho quatro crescentes de lua de prata
apontados, e assim os contrarios; timbre um castello do escudo. Acham-se no
livro da Torre do Tombo.
SOUSAS do PRADO, e SOUSAS CHICHORROS. O casamento de D. Maria Pires
Ribeira de Sousa com D. Afonso Diniz, filho ilegitimo de el-rei D. Affonso V,
de quem procedem os condes do Prado, marquezes das Minas e outras muitas casas,
foi a segunda aliança d'esta familia com a casa real.
SOUSAS CANSELLOS. Foi a terceira aliança com a casa real o
casamento de D. Ignez Lourenço Soares de Valladares, filha de D. Maria Mendes
de Sousa, com D. Martim Affonso Chichorro, filho tambem ilegitimo do mesmo rei
(Affonso V), de quem procedem os Sousas Cansellos, senhores de Baião, Sousas de
Alcube, e outras muitas casas de não menor qualidade.
- São as armas d’estas duas
alianças o escudo esquartelado; no primeiro quartel as qui nas do reino sem a
orla dos castellos, no segundo em campo de prata um leão sanguinho, que alguns
trazem de prata com uma grinalda de flores na cabeça. Acham-se no livro dos
reis de armas.
SOVERAL. É familia nobre e antiga
d’este reino, que descende de Pedro Mar tins do Soveral, que foi meirinho-mór
da província de Traz-os-montes no anno de 1287, no reinado de D. Diniz. Tomou o
appellido de Soveral por ser senhor de uma grande her dade cheia de sovereiros.
Lograva esta varonia no seculo passado Rodrigo Homem do S0veral de Carvalho e Vasconcellos, fidalgo da casa real,
senhor dos coutos de Vieira e do reguengo da Lagoa, morador em Sernancelhe, na
provincia da Beira. São suas armas em campo de oiro tres faxas de vermelho
carregada cada uma de tres estrellas de prata de seis raios, em faxa; timbre
tres espadas nuas em roquete com as pontas fincadas no virol, com os copos de
oiro e punhos sanguinhos. Assim o vimos em um manuscripto de José Freire
Monterroio Mascarenhas.
SPINOLA. É familia das vinte e
oito primitivamente nobres de Genova. Passou , a Hespanha, onde tem produzido
varões grandes e tem as casas dos marquezes dos Ba lhazes, duques de S.
Severino e outras de grandeza egual. Passou a Portugal Luciano Spi nola
(chamado em outros documentos Lucano Espindola), que fez registrar por auctor
dade regia as suas armas nos livros da nobreza. Estabeleceram-se na ilha da
Madeira. São estas em campo de oiro uma faxa xadrezada de prata e vermelho, de
tres peças em pala, sobre ela uma especie de ponta de lança flordelizada de
vermelho, ou como escreve Argote de Molina, um lirio vermelho posto sobre a
fimbria da faxa; timbre um ramo de espinhos de vermelho. |- V. Archivo, n.º 154
e 155. dis tinctos. Seu antigo solar é na cidade de Orense em uma terra que tem
o nome de Ta boada. V. Archivo Heraldico de D. Francisco Piferrer, pag. 1831,
São suas armas o escudo de vermelho com seis tablas de oiro, e em chefe uma ban
deira de prata tendida, em cujas pontas se veem duas caldeiras de preto;
bordadura de Oiro carregada de oito caldeiras de preto. /* * Os genealogicos
reconhecem como variantes do mesmo appelido os de Tahlada, Tablares, Tabuada,
Tabuade e outros analogos.
TABORDA. É familia de Galiza com
solar junto da cidade de Tuy, no logar de S. Miguel de Taborda, que
corruptamente se chama de Taboada. Passou a Portugal Gar cia Rodrigues de
Taborda, primo do conde de Ourem D. João Fernandes Andeiro. El rei D. Fernando
lhe deu a villa de Porto de Moz, e outras terras de juro e herdade, al
caide-mór de Leiria e seu meirinho-mór. De Gonçalo Vaz Taborda seu parente
procedem todos os que ha em Portugal, e descendeu o famoso Salvador Taborda,
enviado deste reino em França. - São suas armas em campo vermelho cinco
quadernas de crescentes de oiro, em san tor; timbre uma aza vermelha carregada
de uma quaderna do escudo. Acham-se no livro dos reis de armas, e no da Torre
do Tombo, fi, 27.
TABORDA. V. Ferreira Taborda.
TAHUSTE. Tem por armas em campo
de oiro tres bandas de azul. Assim estão em uma sepultura em S. João de Baeça,
de Fernão Rodrigues de Tahuste, commendador, e tambem as traz o muitas vezes
citado ma nuscripto de Fr. José da Cruz. TANGER. V. Mendes. TAPIA. É familia de
Hespanha. São suas armas em campo de oiro seis cabeças de corvos de sua côr,
postas em duas palas, cada uma com seu pau no bico. Assim estão no referido
manuscripto de Fr. José da Cruz.
TARNATE. V. Ternate.
TAQUES. É familia de muitos annos
estabelecida na cidade e provincia de S. Paulo do Brazil, para onde passou no
seculo XVII Pedro Taques, natural de Setubal. Eram Suas armas primitivas: —
Escudo partido em faxa; na primeira em campo de oiro uma aguia imperial de duas
cabeças e sobre ela uma corôa real; a segunda em campo de prata e partida outra
vez em pala, na primeira em campo verde um porco azul, e na se gunda um
penhasco azul. A estas se ajuntaram depois por aliança as dos Proenças, La ºs e
Moraes, formando reunidas o escudo esquartelado, que tem por timbre a aguia dos
Taques, e por diferença um trifolio de sua côr. • Consta da carta de brazão passada
ao capitão Pedro Taques de Almeida em 5 de ju lho de 1707, que existe
registrada no archivo da Camara de S. Paulo.
TAVARES. Tem a mesma ascendencia dos Coutinhos
e Fonsecas. Tomaram o appelido do logar de Tavares, na comarca de Lamego, e é
familia tão illustre que des cende d’ella a casa dos duques de Lafões. São suas
armas em campo de oiro cinco estrellas de vermelho de seis pontas, em san tor;
timbre um cavallo nascente de vermelho, selado com peitoral, cascaveis e freio
de oiro. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 15.
TAVEIRA. Esta familia floreceu em
grandes senhorios até ao tempo de el-rei D. Afonso Iv. Procede de Paio Soares
Romeu, fidalgo de alta nobreza, pae de D. Thereza Paes Taveira, mulher de
Martim de Bulhão, de cujo matrimonio nasceu a honra de Por tugal, o glorioso
Santo Antonio de Lisboa. São suas armas em campo de oiro nove torteaus de
vermelho em tres palas; timbre um leão de oiro nascente, armado de vermelho e
cheio de torteaus do escudo. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 24.
TAVORA. Ácerca d’esta familia V.
as Memorias historico-genealogicas de D. Antonio Caetano de Sousa, pag. 193 e
seg. da edição de 1755. São suas armas em campo de oiro cinco faxas de azul
ondadas de agua; timbre um delphim de sua côr sobre uma panella de ramos
vermelhos, floridos de lizes de oiro. O marquez Luiz Alvares de Tavora, no
escudo que pôz sobre a porta de sua quinta de Mirandella assentou o delphim
entre as ondas, pondo-lhe por orla uma legenda que dizia : Quascunque findit.
TEIVE. É familia de Portugal e
seu solar junto ao Porto, na quinta de Teive. A pessoa mais antiga de que ha
noticia foi Vasco Pires de Teive; passaram tambem às ilhas, onde tem morgado na
da Madeira. São suas armas o escudo esquartelado; no primeiro em campo de oiro
seis torteaus vermelhos, em duas palas, no segundo em campo de prata tres
arminhos pretos, em ro quete, e assim os contrarios; timbre um leopardo de oiro
com arminhos negros, e um torteau do escudo na mão. Acham-se no livro da Torre
do Tombo, fl. 25.
TEIXEIRA. A familia dos Teixeiras é uma das
antiquissimas de Hespanha, e ne nhuma tem principios mais illustres. O conde D.
Pedro lh'o dá em D. Fafes Sarracim, que foi conde e rico-homem, e senhor de
Lanhoso. As investigações modernas o fazem neto ou descendente de D. Favila,
rei das Asturias, morto no anno de 739, cujos filhos não succederam no throno
por serem meninos, e foi tão devoto da Cruz, que lhe edificou não longe de
Cangas uma egreja, onde está sepultado. O primeiro que usou do appelido de
Teixeira foi D. Hermigio Mendes, por ser senhor do concelho de Teixeira. São
suas armas em campo azul uma cruz de oiro potentea e vazia; timbre um unic0r
nio de prata armado de oiro, nascente. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl.
16.
TELLES. Tello e Telles não são appelidos; o primeiro é nome
proprio, e o ser gundo é o seu patronimico, que foi muito usado nos Menezes em memoria de Tello Peres,
rico-homem e senhor de Menezes, de quem descendem todos os deste appelido, e dos
Girões, e d'alguns Silvas, depois que se aparentaram com os Menezes. Não tem
armas proprias, e usam as que trazem os condes de Unhão, marquezes de Alegrete
e condes de Villa-pouca, é o leão dos Silvas esquartelado com o campo de olfº
dos Menezes, por descenderem de Fernão Telles, filho segundo de Ayres Gomes da
Silva, senhor de Vagos, e de sua mulher D. Brites de Menezes; timbre o leão dos
Silvas.
TEMUDO. A palavra Temudo era no
portuguez antigo o mesmo que temido, epitheto que se deu a Ruy Fernandes,
natural da villa de Abrantes, por ser muito valoroso e destemido; o qual casou
com Isabel Gonçalves de Freitas, filha de Gabriel Gonçalves de Freitas, a quem
el-rei D. Affonso V tinha feito mercê de armas novas pelos serviços que lhe
fizera em Africa. Os filhos d’este matrimonio se appellidaram Temudos, e usaram
das ditas armas de seu avô materno. São estas em campo azul uma aguia de oiro
de duas cabeças, com as azas abertas e os pés fincados em uma cabeça de moiro
ensanguentada e toucada de prata, com um cordão de S. Francisco de oiro em
orla; timbre a aguia nascente ". Acham-se no livro dos reis de armas. * A
mercê d’estas armas, feita a Gabriel Gonçalves de Freitas, acha-se registrada
na chancellaria de D. Afonso v, livro xxx fl. 20 v. e liv. II de Misticos, fl.
63, e tem a data de 11 de outubro de 1475. — Pegado.
TENORIO. É familia de Castella. São suas armas em campo vermelho
uma torre de prata, saindo de uma fresta um braço nú com uma palma de sua côr
na mão; timbre o braço com a palma. Assim estão no muitas vezes referido livro
de Fr. José da Cruz.
TENREIRO. Ainda que o conde D.
Pedro tracte deste appellido em João Pires Tenreiro, não se deduz d'elle esta
familia que traz a sua origem de Galiza, de Garcia Tenreiro, que passou a
Portugal, seguindo el-rei D. Fernando na pretenção ou direito que este rei
tinha á corôa de Castella, por morte de el-rei D. Pedro, o Cruel, e trouxe com
Sigo seus filhos e irmão, dos quaes procedem os que hoje ha d’este appelido.
São suas armas em campo azul um pinheiro verde perfilado de oiro, e enroscada
n’elle uma serpente de prata com as azas estendidas; timbre a serpente
nascente. Acham-se no livro dos reis de armas.
TERNATE ou TARNATE. Escudo em
campo vermelho com um baluarte de prata, Sem portas, lavrado de preto,
apparecendo dentro d'elle um braço vestido de malha com uma espada nua na mão
com o cabo de oiro, e ao pé do baluarte uma cabeça de mouro foteada de prata;
elmo de prata cerrado guarnecido de oiro, paquife de prata e vermelho, e por
timbre o dito braço com a cabeça pela fóta. Foram dadas estas armas em mercê nova
a Belchior Vieira, pelos serviços por elle prestados na guerra contra os
mouros. V. Archivo, n.º 397.
TIBAO. É familia muito antiga, já
dos tempos dos primeiros reis d’este reino. O seu appelido é o nome proprio
Theobaldo corrompido. Della tomou nome um beco que havia anteriormente ao
terremoto de 1755 entre o Corpo-santo e os Romulares, cheio de ambos os lados
de propriedades de casas pertencentes ao morgado que instituiu Gas Par Thibao
no anno de 1563, que passou aos senhores de Aguas-bellas. São suas armas em
campo vermelho uma arvore verde com raizes de prata, perfilada de oiro, entre
dois leões tambem de oiro batalhantes; timbre um dos leões com um ramo de
arvore na garra. Acham-se no livro dos reis de armas.
TIÇÃO. O conde D. Pedro no tít.
XXI trata de D. Afonso Telles Tição, e de seu filho D. Martim Affonso Tição,
porém não temos notícia da sua descendencia, nem se a fa milia deste appelido
procede d'elles. • São suas armas em campo verde uma torre de prata com dois
tições de lume á porta que estão ardendo em fogo; timbre a torre tambem ardendo
em fogo que lhe sae pelo alto. Assim constam no livro dos reis de armas, e se
passaram a Bento da Costa Tição em 1553; segundo uma copia que vimos do
respectivo brazão.
TILMAM. É familia do principado
de Liege, e das primeiras em nobreza. Pas sou a Portugal na pessoa de Eduardo
José Tilmam, que em 30 de junho de 1734 tirou em Bruxelas brazão de suas armas,
para o que mostrou ser filho de Balthazar Tilmam e de Catharina de Beir, neto
de Pedro Tilmam e de Anna de Givel. São as ditas armas em campo vermelho um
chaveirão de prata, que não toque a extre midade alta do escudo, entre tres
besantes de oiro; timbre um dos besantes. Assim consta do dito brazão.
TINOCO. E família antiga, porque
ja no tempo de el-rei D. Sancho I viveu em Thomar Martim Tinoco, como consta
das inquirições das Ordens militares, tom. I, fl. 94. Estendeu-se a varias
terras em que tem logrado nobreza. São suas armas em campo de oiro tres aguias
vermelhas, postas em roquete; orla xa drezada de oiro e negro de duas palas;
timbre uma das aguias do escudo. • Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 20.
TOLEDO. Esta familia tomou o
appellido da cidade de Toledo onde fez a sua primeira residencia. Procede dos
Commenos, imperadores de Constantinopla, e um desta familia veiu a Hespanha e
se achou na conquista da dita cidade. Tem em Castella varias casas, sendo a
primeira a dos duques d'Alba; passou a Portugal, onde procedem della muitas das
casas titulares d’este reino. São suas armas um escudo xadrezado de quinze
peças de prata e azul, tres em faxa e cinco em pala; timbre um anjo com a
tunica xadrezada dos mesmos esmaltes. Acham se no livro dos reis de armas.
TOLEDOS (outros). É familia de
Castella, d’onde passon para Portugal. Tem por armas em campo sanguinho um
castello de prata. Assim as traz o já citado manuscripto de Fr. José da Cruz.
TOLOSA. Este appellido é sem
duvida tomado da cidade de Tolosa, e em me moria da batalha d’este nome tomaram
seus descendentes por armas em campo de oiro uma cruz vermelha florida, e vazia
do campo. Acham-se no livro dos reis de armas.
TOPETE. D'este appelido faz memoria
o conde D. Pedro em Martim Topete, tit. LXXV. São suas armas tres faxas
xadrezadas de oiro e vermelho, em campo composto de prata e negro, que vem a
ser o primeiro e o terceiro vão de prata, o segundo e o quarto de negro.
Acham-se no livro dos reis de armas.
TOREL. Esta familia é oriunda da
Flandres Hollandeza, d’onde passou a Portu gal Marco Antonio Torel, que vivia
junto ao Carmo de Lisboa em umas nobres casas; e n'esta cidade casou com D.
Joanna..., e foram seus filhos João Caetano Torel, desembar gador nesta côrte,
Nicolau Torel, bispo de Lamego, e outros. Nos escudos que serviram na sagração
do dito D. Nicolau Torel estavam as seguintes armas: Em campo azul um castello
de oiro, e sobre este outro mais pequeno, saindo da janella do superior uma lua
de prata, que vem finalisar no castello de baixo; timbre o castello do escudo.
TORNEIO. É familia da provincia
do Alemtejo, da cidade de Beja. A sua maior antiguidade é do tempo de el-rei D.
Afonso v; e no de el-rei D. Manuel viveram Diogo e CLXXIII Duarte Lopes de
Torneio, ambos irmãos, o primeiro almocadem de Safim. A sua varonia achava-se
no seculo passado em Manuel Jacques Lobo de Torneio, morador na villa de
Merceana. Estavam na egreja de Santo Eloy, na sepultura do desembargador
Antonio Lobo de Torneio, e foram communicadas por José Freire Monterroio
Mascarenhas as seguintes armas: — Em campo vermelho cinco espadas de prata com
as pontas para baixo, postas em aspa; timbre um braço armado de prata com um
punhal na mão levantado, e de prata.
TORQUEMADA. Este appelido foi tomado da villa
d’este nome, a tres leguas da cidade de Placencia, e d’elle ha familias nobres
em Castella. São suas armas em campo verde um castello de prata ardendo em
fogo, que são as mesmas da villa de Torquemada. Acham-se no livro dos reis de
armas.
TORRE (DA). É familia distincta
da de Torres, porque se denomina de la Torre. São suas armas em campo vermelho
uma torre de prata entre duas cabeças de leão de oiro, e o contrachefe ondado
de agua, de azul e prata; timbre a torre do escudo. Acham-se no livro dos reis
de armas e em Villas-boas.
TORRIANO. É familia muito
illustre e antiga em Italia e Alemanha. Descende de Herberto da Torre, que
casou com a filha herdeira de Tasso, conde de Valassina, no ducado de Milão,
pelos annos de 1100. Dividiu-se em varios ramos, um dos quaes logra a dignidade
de principe do imperio, outros teem varios titulos, e um tem o emprego de
correio-mór do imperio. No tempo dos Filippes veiu a Portugal Leonardo
Torriano, que foi fidalgo da casa real e engenheiro-mór do reino, o qual casou
em 1602 com D. Maria Manuel Cubea de Faria, herdeira de um morgado em Oeiras,
que passou a seus descen dentes. O uso corrompeu este appelido em Troiano, e
d’elle foi o padre José Troiano, da Congregação do Oratorio. São suas armas em
campo azul um castello de prata, com uma flor de liz de oiro em chefe: timbre o
castello. Acham-se no livro dos reis de armas.
TORRES. Trazem a sua origem do reino de Navarra, de D. Sancho
Fortum de Torres, neto de um rei d'aquele reino. Passaram a Castella, onde se
liaram por casamento com D. Fernando de Portugal, neto de el-rei D. Pedro deste
reino, de quem procedeu a Casa de Villar
Dompardo, e um ramo passou a Jaen, d’onde veiu para Portugal em tempo de
el-rei D. João III em dois filhos de Fernando de Torres, naturaes de Malaga,
que vi Viam em Lisboa em 1550 : no qual anno casou Afonso de Torres, que era o
primeiro, com D. Violante de Mello, e d’elles procede neste reino muita
fidalguia. El-rei D. Sebastião mandou registrar no livro da Nobreza no anno de
1569 as seguintes armas: Em campo vermelho cinco castellos de oiro, postos em
santor; timbre um dos castellos, e acima d’elle uma estrella vermelha. • V.
Archivo, n.º 11 e 12.
TORREZÃO. A opinião tida por mais
provavel é, que descendem dos antigos Torrichões, que foram senhores ilustres
em Galiza, dos quaes passou a Portugal Fer não Peres Torrichão, e n'este reino
foi senhor das villas de Pereira, Villa-nova de Anços e outras em tempo de
el-rei D. Fernando; e foi pae de Alvaro Fernandes Torrichão, e Seus
descendentes uns se chamaram Torrichões, e outros Torrezões, cuja mudança prOce
deria de passagem para outras terras. • São suas armas em campo verde uma torre
de prata, de cujas janellas saem duas has ºs de lança vermelhas, cada uma com
sua flor de liz de oiro na ponta. Acham-se no livro dos reis de armas.
TOSCANO. O ducado de Toscana deu
o appelido a esta familia, por um caval leiro que d’elle passou a este reino no
tempo de el-rei D. Afonso III, e que foi chamado O Toscano. Estabeleceu-se em
Evora, e d’esta cidade se espalharam a outras terras. São suas armas em campo
vermelho um leão de prata armado de azul; timbre o leão Il3SCente. Acham-se no
livro dos reis de armas.
TOURINHO. É familia d’este reino
na província do Alemtejo; acha-se no rei nado de D. Afonso IV em Martim
Tourinho, e no anno de 1510 em Luiz Pires Tourinho, que era natural da villa de
Vianna na dita provincia, o qual era bisneto de Martim Tou rinho, que deve ser
o supra dito. Foi desta familia Pedro do Campo Tourinho, senhor da capitania de
Porto-seguro de juro e herdade por mercê de el-rei D. João III, com ju
risdicção civel e crime em cincoenta leguas de costa e dez de fundo, e das
ilhas visinhas. São suas armas em campo verde um touro sanguinho, com pontas de
prata e unhas de oiro; timbre o touro nascente. Acham-se no livro dos reis de
armas.
TOURREGÃO. No livro dos reis de
armas se acha este appelido, e existia tam bem no registro do brazão, que no
anno de 1640 se passou a Manuel Fernandes Tourre gão, alcaide-mór de
Villa-ruiva, antes de se incendiar o cartorio no fogo que sobreveiu ao
terramoto de 1755. São suas armas em campo azul cinco crescentes de oiro,
postos em santor; timbre um leão de sua côr nascente, com um estandarte
vermelho nas mãos, com o ferro e haste de oiro.
TOVAR. É familia de Castella, que
tomou o appelido da villa de Tovar, e no mesmo reino tem casas illustrissimas.
Passou a Portugal Sancho de Tovar, filho de Mar tim Fernandes de Tovar, que
seguiu o partido de el-rei D. Afonso v, e d’elle procedem Os condes das Galveas
e outras muitas casas grandes. São suas armas em campo azul uma banda de oiro
saindo das bôcas de duas cabeças de leão do mesmo metal; timbre um leão de
azul, armado de oiro nascente. Alguns dizem que as cabeças são de serpe.
Acham-se no livro dos reis de armas, e em Gonçalo Argote de Molina.
TRAVASSOS. Tomaram o appelido do
logar de Travassos de que foram senho res, e é familia que teve principio com
os primeiros reis d’este reino. O primeiro de que temos notícia foi D. Pedro de
Travassos, que viveu no tempo dos reis D. Sancho I e D. Affonso II. Tem tido
grandes fidalgos. • São suas armas em campo vermelho cinco flores de trevo de oiro,
postas em santoar timbre dois troncos de Vermelho, cada um com sua flor do
escudo na ponta, postos em asp. ; Acham-se no livro dos reis de armas. José
Freire Monterroio Mascarenhas, seguindo ao comego Mattheus Peixoto, quer que em
logar de flores dº trevo sejam folhas de trevo; assim as do escudo como as do
timbre.
TRIGUEIROS. Tomaram o appelido da
villa de Trigueiros, no condado de Nie bla. D'esta familia passou a Portugal
com o emprego de trinchante da rainha D. Maria, segunda mulher de el-rei D. Manuel,
Antonio Trigueiros, a quem o mesmo rei fez fidalgo de sua casa e a seus filhos,
cuja varonia existia no seculo passado em Manuel Triguelr08 de Castello-branco,
senhor do morgado da Canoeira, no termo de Leiria. São suas armas em campo
verde cinco espigas de trigo de oiro, em santor; timbre um passaro chamado
trigueiro, de sua côr, com uma espiga de oiro no bico; estas esquarte como as
da casa de Austria. Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 36.
TRONCOSO. Esta familia é do reino
de Galiza, d’onde tem passado a Portugal por varias vezes. No dito reino foram
senhores do couto de Rio-frio e Alda. Hoje se acha o seu sangue e appellido nas
casas dos condes de S. Romão, e dos senhores dos coutos de Piconha e Lira.
Destes passou a Portugal Pedro Marinho Troncoso, que era filho de D. Luiz de
Lira Souto-maior, irmão do senhor dos ditos coutos, o qual casando na villa da
Barca na familia dos Araujos, seu filho passou a viver na villa de Obidos, por
nome João Mauricio Troncoso de Lira Souto-maior, onde tem descendentes; e já no
tempo de el-rei D. Fernando tinha passado Pedro Troncoso, cujo filho Ruy Pires
Troncoso foi al caide-mór de Marialva. São suas armas em campo azul dois
troncos de oiro, em aspa; timbre um braço ar mado de prata com um tronco do
escudo na mão. Acham-se no livro dos reis de armas.
TRUQUILHO. São suas armas em campo de oiro
treze arruelas de azul, postas em tres palas; orla vermelha carregada de oito
aspas de oiro, Assim as traz no seu livro o referido Fr. José da Cruz.
TUDELLA. É familia nobre de Navarra,
que tomou o appelido da cidade de Tudella. Passou a Portugal no tempo dos
Filippes um Fernão Tudella, que casou nobre mente em Castello-branco. Seu neto
Fernão Tudella de Castilho foi fidalgo da casa real e desembargador do Paço, e
cavaleiro da ordem de Christo. Deste foi descendente Diogo Tudella de Castilho,
fidalgo da casa real, juiz proprietario da alfandega de Castello-branco e
tenente de infanteria no regimento de Campo-maior. São suas armas o escudo partido em pala; na
primeira em campo azul tres bandas de Oiro, na segunda em campo de oiro dez
arruelas de azul em tres palas, a do meio com quatro, e tres em cada uma das
outras duas; orla de prata cheia de um ramo de verde. Acham-se no livro dos
reis de armas e em Villas-boas.
ULRICH. M. N. concedida por
alvará de 12 de fevereiro de 1867 a João Hen rique Ulrich: — Escudo partido em
pala, na primeira em campo vermelho um caduceu de oiro; orla de oiro com seis
flores de liz de azul; na segunda em campo azul a figura da beneficencia, tendo
na mão esquerda tres botões de dormideiras e no chefe o sol, tudo de oiro; elmo
de prata aberto guarnecido de oiro, paquife dos metaes e côres das ar mas;
timbre um caduceu de oiro. V. Archivo n.º 1166.
ULVEIRA. V. Dulveira.
UNHA. É appellido antigo. São
suas armas um escudo xadrezado de prata e ne gro com um leão entrecambado dos
mesmos esmaltes; timbre o leão negro. Sebastião Bravo Botelho traz estampadas
nove unhas de leão em tres palas. Acham-se no livro da Torre do Tombo.
VAB0. É familia da provincia do Alemtejo
ainda que pouco extensa, porque ha d’ella pouca notícia, e só nos consta que D.
Maria de Vabo, mulher de Braz Rodri gues da Anaia, era filha de Antonio Fogaça,
que foi residente em Inglaterra, no tempo de Henrique vim, onde foi morto e
confiscado por defender o partido da rainha D. Catharina. Dos referidos foi
filha outra D. Maria do Vabo Pimentel, mulher do capitão Manuel Soro menho
Dias. paes de Luiz Pimentel do Vabo, governador da praça de Albufeira, de quem
foi filho Antonio Pimentel do Vabo, capitão-mór da villa de Alvor em 1750. São
suas armas em campo vermelho um leão xadrezado de prata e negro, sobre um pé de
agua de prata e azul; timbre o leão do escudo. Acham-se no livro dos reis de
armas.
VADRE. V. Vedra.
VALLADARES. Esta familia tomou o
appelido da villa de Valladares de que fo ram senhores seus descendentes; e o
conde D. Pedro faz d’ella memoria. De D. Lourenço Soares de Valladares procedem
quasi todos os reis da Europa, por sua neta a rainha D. Ignez de Castro. São
suas armas um escudo esquartelado, no primeiro quartel em campo azul um leão de
prata armado de vermelho, o segundo xadrezado de prata e vermelho, de seis
peças em faxa e outras tantas em pala, e assim os contrarios; timbre um leão de
prata com a cabeça xadrezada de vermelho e prata. Acham-se no livro da Torre do
Tombo, fl. 20.
VALDEZ. É familia de Hespanha,
que tomou o appelido do senhorio de Valdez, e já no anno de 1253 foi herdado em
Sevilha Pedro Melendes de Valdez; passou a Por tugal na pessoa de Gonçalo Mendes
de Valdez, filho segundo dos senhores de Valdez, e indo seus descendentes
servir á India ali ganharam as armas de que hoje usam. São estas em campo
vermelho um elephante de sua côr armado de prata; sobre este um castello de
madeira de sua côr ligada com cintas de prata; timbre dois dentes de ele phante
de prata em aspa atados com um torçal verde. (Acham-se no livro dos reis de
3III13S. OS # Castella trazem em campo de prata tres faxas de azul, e dez
arruelas xadrezadas de oiro e azul, tres no campo superior, tres no inferior e
duas em cada uma das do meiº. (Acham-se estas em Gonçalo Argote de Molina, liv.
2, cap. 132, fl. 255.)
VALDEZ. Em campo de prata tres
barras azues; orla branca com um corº dão por ella.
VALDEVESSO. É familia de
Castella. Passou á ilha da Madeira, onde viveu Pê dro de Valdevesso, pessoa
nobre que tirou executoria de suas armas, como diz Gonçalo Argote de Molina.
São estas armas em campo azul um castello de oiro, saindo-lhe ondas de fogo dos
aº mesmo; orla vermelha, carregada de tres peixes de prata no chefe e dois de
cada lado, estes com as cabeças para baixo. V. Espelho da Nobreza, por
Francisco Xavier da Serra Craesbeeck.
VALENÇA. Este appellido foi sem
duvida tomado ou da villa e praça de Valença n'este reino, ou da cidade de Valencia
em Castella. Tem por armas em campo azul uma torre de ouro assentada sobre
ondas de prata e azul; timbre um libreo negro faxado de ouro. Acham-se no livro
dos reis de armas.
VALENTE. É appelido derivado de
alcunha, mas de tanta honra como valor. A familia tem a mesma origem dos
Freitas. Afonso Peres Valente foi o primeiro que se cha mou assim. Tem n’este
reino casas da maior grandeza. São suas armas em campo vermelho um leão de Ouro
faxado de tres faxas de azul; timbre o mesmo leão. Acham-se no livro da Torre
do Tombo, fl. 19.
VALLEJO. É familia antiga em
Hespanha, de que se acharam pessoas na con quista da cidade de Baeça, e tem
solar no valle de Mena. São suas armas em campo de ouro cinco faxas de azul;
orla de prata carregada de sete arminhos negros, e na parte superior uma aspa
de ouro com perfis de negro. Assim as traz Gonçalo Argote de Molina, fl. 66.
VALLE. É appelido antiquissimo
neste reino. São suas armas em campo vermelho tres espadas de prata, com os
copos de ouro, postas em tres palas, com as pontas para baixo; timbre as tres
espadas em roquete, ata das com um torçal vermelho, e as pontas fincadas no
virol do elmo. Acham-se no livro dos reis de armas.
VAN-ROSSEM. É dos Paizes-baixos.
Tomou o appelido do logar de Rossem, de que teve o senhorio, e se acha já no
anno de 1280 memoria de João Van-Rossem com O titulo de Cavalleiro. Seus
descendentes foram senhores principaes no ducado de Guel dres, e lograram os
senhorios de muitas terras. Martinho Van-Rossem foi marechal ou ge neral
supremo do imperador Carlos V em Flandres. Passou esta familia a Portugal no
tempo de el-rei D. Afonso vi, e procedeu d’ella o desembargador Francisco
Xavier Por Cili Van-Rossem. São suas armas em campo de prata tres papagaios
vermelhos, postos em roquete; tim bre um homem sem braços vestido de prata, com
tres bandas de vermelho e com umas Orelhas negras muito grandes como as dos
jumentos. Assim se acham em um manuscripto de José Freire Monterroio
Mascaranhas.
VANZELLER ou WANZELLER. É familia
da província de Gueldria, onde occu pou os primeiros logares da cidade de
Nimegue, e na mesma estão cheias as egrejas de escudos de suas armas em
sepulturas nobres. Passou a Portugal, no reinado de D. Pe dro II na pessoa de
Rolando Vanzeller, e de um irmão seu; o primeiro foi n'esta côrte ministro
residente do rei da Prussia, e seu neto Lourenço Vanzeller teve o grande em
prego de contador mór do reino, pelo haver comprado no reinado de el-rei D.
João v. São suas armas em campo de prata tres melros de negro armados de ouro
em roquete, e entre elles uma estrella de ouro de seis pontas; timbre um dos
melros do escudo com a estrella no peito.
VAREJÃO. É familia que existe
neste reino com nobreza. São suas armas em campo vermelho um castello de prata
sobre ondas de agua de sua côr, e na ilharga direita do castello saindo da
fresta um braço nú, com uma vara de sua côr na mão; o castello com uma bandeira
de prata entre duas estrellas de ouro de seis raios; timbre a braç0 com a Vara.
Acham se no livro dos reis de armas.
VAREJOLA. Villas-boas tracta
d'esta familia, e lhe assigna por armas em campo verde quatro lisonjas de ouro
postas em pala acompanhadas de seis flores de liz do mesmo metal, tres de cada
banda: timbre uma flôr de liz do escudo e quatro lisonjas, tudo posto em aspa,
porém o mais commodo é pôr só por timbre a flôr de liz.
VARELLA. Os Varellas e os
Varilhas são a mesma familia. Os genealogicos a deduzem de D. Ramiro primeiro,
rei de Aragão. Existiram illustremente em Galiza, d’onde passaram a Portugal
Fernão Dias Varella no tempo do rei D. Fernando, e seus descen dentes se
estabeleceram em varias terras d’este reino, com nobreza. São suas armas em
campo de prata cinco bastões verdes em banda alçados; timbre um leão de prata
nascente, com um bastão do escudo nas mãos. |- Acham-se no livro dos reis de
armas.
VARELLAS, de JORGE VARELLA.
Escudo esquartelado; no primeiro e quarto de sinople, cinco flores de liz de
ouro em aspa; no segundo e terceiro de azul, um leão de Our0. Estas armas foram
dadas em 30 de abril de 1622, em Madrid, a José Varella, filho de Jorge
Varella.
VARGAS. Esta familia tem o seu
solar na villa de Madrid onde o seu appelido é couhecido desde o anno de 1083,
em que vivia Iban de Vargas, o primeiro que nos dão a conhecer as historias.
Tem casas da primeira nobreza em Castella, d’onde tem passado a Portugal por
varias vezes alguns fidalgos; foi o ultimo Tristão Fernandes de Vargas, a quem
el-rei D. Manuel, em 1512, pelos serviços que ele lhe fez mandou registrar as
suas armas nos livros da nobreza ". São estas em campo de prata cinco
ondas de azul em faxa, orla composta de vermelhº e prata, tendo sobre o
vermelho castellos de oiro, e sobre a prata leões de purpura; tim bre um leão
azul com as cinco Ondas de prata. Acham-se no livro dos reis de armas. 1 Não
existe o registro d'esta mercê. — Pegado.
VASCONCELLOS. Esta familia é uma das primeiras de Portugal, assim
em antiguidade como em nobreza, como sabem todos os genealogicos, e as
illustres casas e morgados que tem n’este reino. São suas armas em campo negro
tres faxas veiradas de prata e vermelho, sendo a prata da parte de cima e a
vermelha de baixo; timbre um leão de preto faxado das tres faxas do escudo.
Acham-se no livro da Torre do Tombo, fl. 20.
VAZ. Este appelido é patronimico
do nome proprio Vasco, que é livre a todos, e assim ha muitas pessoas d’este
appelido sem parentesco umas com as outras. Na villa da Certã ha uma familia
nobre que o tem, e possuia em 1584 uma capella, que muitos annos antes havia
sido instituida por um Fernão Alvares, e no referido a tinha Jorge Vaz, filho
de João Vaz, e na mesma villa aparentou com outras familias principaes d’ella.
de azul e prata. Assim as vimos em um registro do brazão que se passou a Pedro
Rebello, que era tambem Vaz, em 26 de fevereiro de 1645 *. Acham-se no livro
dos reis de armas. 1 Não apparece registrado este brazão passado a Pedro
Rebello, em tempo de el-rei D. João IV, pondo em duvida o que acima fica
exposto. — Pegado.
VAZ, de MARTIM VAZ. Martim Vaz,
arauto de el-rei D. Manuel, foi por seu mandado com o rei de armas Portugal,
Antonio Rodrigues, ás côrtes da Europa para se instruirem nas obrigações dos
seus oficios de armaria, em que estavam empregados. Chegando á côrte do
imperador Maximiliano, este monarcha deu a este Martim Vaz por armas o escudo
partido em pala, na primeira em campo de oiro meia aguia vermelha es tendida;
na segunda em campo azul tres pombos de prata com os pés e bicos de verme lho,
em pala; timbre uma cabeça de leão de vermelho entre duas pennas de pavão de
oiro de forma que a cercam ". Assim se acham no livro dos reis de armas.
De Martim Vaz foi filho Pedro de Evora, rei de armas Algarve, e escrivão da
nobreza, e deste o foi Jorge Pedroso, e uma filha que casou com Jeronymo de
Mattos, dos quaes foi filho Jorge Pedroso de Mattos. * Não existe registro
d'esta mercê feita a Martim Vaz, pelo imperador Maximiliano. — Pegado.
VAZ, de RUY VAZ. Foi Ruy Vaz
cavalleiro da casa de D. Vasco ou D. Fr. Vasco de Ataide. A este deu el-rei D.
Afonso V por armas em campo de oiro um tronco de arvore com seus esgalhos de
sua côr, o qual é furado, e d’elle sae um leão de azul ar mado de vermelho;
timbre o leão ". V. Archivo, n.º 2249. * Esta mercê feita a Ruy Vaz em 21
de maio de 1477 acha-se registrada no liv. II de Misticos, fl. 58 V., mas
difere um pouco do que fica dito. — Pegado.
VEDRA. Da familia de Vedras não
temos noticia, e nos inclinamos a que de Verá Ser Vadre. O escudo que achamos
nos manuscriptos de um rei de armas do appelido de Vedra é o seguinte : — Em
campo de oiro um tronco de sua côr realçado os esgalhos de prata, entre oito
sestos tambem de sua côr realçados de prata, e o tronco deve ser tambem en
Sanguentado
VEGA (LASO DE LA) ou GARCILASO DE
LA VEGA. Quem quizer lêr uma no ticia circumstanciada d’esta familia veja o que
diz D. Francisco Piferrer no seu Nobiliario a pag. 242 do vol. II. São suas
armas: escudo flanqueado, em chefe, e na ponta de sinople, com uma faxa de
Vermelho fileteada de oiro; os flancos de oiro, e em letras de azul a saudação
angelical Ave Maria, do lado direito, e do esquerdo Gratia plena. . Fr. José da
Cruz nos seus manuscriptos tral-as do seguinte modo : — Escudo de oiro liso com
uma orla de prata, e n'ella a legenda acima em letras de preto. Póde mui bem
que estas fossem dadas em Portugal a algum descendente d’esta familia, mas as
de Laso de la Vega são as que acima descrevemos.
VEIGA. É appelido antigo de que
ha diferentes familias em toda a Hespanha. Os de Portugal (que tambem se
dividem em varios ramos) procedem de D. Arnaldo de Baião por seu setimo neto D.
João Pires da Veiga, cujo appelido teve por que foi her dado em uma veiga que
está uma legua distante de Braga. São suas armas em campo vermelho uma aguia de
oiro estendida armada de prata; timbre a mesma aguia; cujas armas são as do
dito D. Arnaldo, e de que usam os Aze vedos seus descendentes, só com a
differença de variarem de esmaltes. Acham-se no livro dos rois de armas.
VEIGAS, do ARCEBISPO DE BRAGA.
Esta familia procede do arcebispo de Braga D. Lourenço, que era natural da
Lourinhã. Estes trazem o escudo esquartelado; no pri meiro quartel em campo
vermelho a aguia de oiro aberta armada de prata dos Veigas, no segundo em campo
de prata tres flores de liz de azul, em roquete, e assim os contra rios; timbre
a aguia do escudo. Acham-se no livro dos reis de armas.
VEIGAS NAPOLES. Este ramo de
Veigas, que se ligou com os Napoles, tem por armas em campo de prata nove
flores de liz ". Assim se acham no livro dos reis de armas. 1 Estas armas
são dos Altes. Entendemos que haveria algum casamento dos Napoles com os Altes,
ou d’estes com os Veigas, de que procedeu usar este ramo das armas dos Altes,
porque os Napoles tem ou tras armas.
VELLASCOS. É familia
illustrissima das Asturias onde tem o seu solar. Tem em Castella as casas da
maior grandeza, d’onde veiu para Portugal a serenissima senhora D. Anna de
Vellasco, mãe de el-rei o senhor D. João IV. Tem passado a este reino por
outras pessoas, e existe em varias terras d’elle, e na America. São suas armas
o escudo xadrezado de quinze peças, tres em faxa e cinco em pala, de oiro e
veiros de azul e prata, sendo a primeira de oiro e a segunda de veiros; timbre
um leão vestido de veiros de azul e prata, e armado de vermelho. (Acham-se no
livro dos reis de armas.) Villas-boas lhe assigna outras, que não sabemos onde
as foi buscar.
VELLASQUES. É esta familia de
fidalgos muito honrados em Hespanha. Gon çalo Argote de Molina trata d’ella, e
lhe assigna por armas em campo de prata treze ar ruelas de azul em tres pallas;
orla vermelha carregada de oito aspas de ouro. Villas-boas lhe assigna as dos
Vellascos muito mal explicadas, o que não seguimos porque achamos que os reis
de armas passavam estas que aqui descrevemos. Desta fa milia passou a Portugal
no tempo de elrei D. Sebastião, D. João Vellasques de Alarcão. Foram seus
descendentes D. Manuel Caetano Vellasques Sarmento de Vasconcellos, mo rador no Espinhal termo de Coimbra, e D. José de
Alarcão de Castro Sarmento, morador em Penalva de Alva.
VELHO. Procedem de D. Arnaldo de
Baião, por seu bisneto D. Nuno Soares, ou D. Nuno Velho, e porque descendiam
por femea de Caio Carpo, regulo de Maia que existia no tempo que veio aportar a
Galiza o corpo do apostolo Sant'Iago, de quem os auctores contam aquelle grande
caso em que appareceu coberto de conchas ou vieiras: Tomaram os d’esta familia
por armas em campo vermelho cinco vieiras de ouro em santor; timbre um chapeo
pardo de romeiro, com uma Vieira na aba. Acham-se no livro da Torre do Tombo.
VELLOS0. Querem os amantes de fabulas que esta familia proceda de
um infante filho do rei D. Ramiro I,
e de sua irmã a infanta D. Ermezenda, quando ella descende do conde D. Rodrigo Velloso, senhor de Ribeira e Cabreira em Galiza,
não filho do fingido infante, mas simdo conde D. Vella Osorio, como se vê no
conde D. Pedro.
São suas armas em campo vermelho
um castello de prata com tres torres, e acima de cada uma d’estas uma flôr de
liz de oiro, em chefe; o castello sobre um monte de sua unhas, tudo de suas
côres: timbre o açor com a perdiz, sendo o açor armado de ouro. Procedem n’este
reino de Antonio Velloso, fidalgo gallego, que passou a Portugal em tempo de
el-rei D. Fernando. Acham-se no
livro dos reis de armas.—Velloso da Cruz V. Archivo, n.º 1689. VELLOSO DA CRUZ,
W. Archivo, nº 1689.
VELOUVY. É familia de Inglaterra
muito illustre, com mais de setecentos an nos de antiguidade; tem os duques de
Aoscaster, e os barões de Velouvy e de Parlan. Pas sou á ilha da Madeira pouco
depois do anno de 1600, e se estabeleceu na cidade do Fun chal Roberto Velouvy,
neto de outro Roberto que era irmão de Guilherme progenitor dos duques de
Ancater. Da ilha passou tambem para este reino e existe na villa de Al # D’ella
foi Jorge Velouvy de Araujo, fidalgo da casa real por alvará de 15 de abril e
1735. São suas armas o escudo esquartelado: no primeiro que é tambem esquartelado,
no primeiro em campo negro uma cruz de oiro dentada e firme, no segundo em
vermelho uma cruz de prata florida, que é a divisa propria de Velouvy, e assim os
contrarios; no Segundo quartel em campo vermelho a mesma cruz de prata florida,
que lhe pertence por Segnnda aliança de Velouvy; no terceiro em campo vermelho
quatro lisonjas de prata em faxa, carregada cada uma de sua vieira vermelha com
a parte redonda para baixo; no quarto em campo de ouro uma faxa de prata
arqueada e perfilada de preto, e todo este quartel com uma bordadura tambem de
preto, dentada; timbre uma cabeça de um rei mouro coroada, com cabellos e
barbas compridas. Assim as vimos em uma memoria de José Freire Monterroio
Mascaranhas.
VENEGAS. Este appellido fazem uns
ser patronimico do nome proprio Egas, e lhe dão por tronco o grande Egas Moniz;
outros o derivam de Viegas, dando-lhe por as Cendente a D. Mozinho Viegas, e
outros o fazem proceder de uma das trinta e duas linha gens mouras que se
fizeram christãs de Granada, das quaes foi Roduam Venegas, governa dor da
cidade de Granada, pelos annos de 1407, e D. Pedro de Granada Venegas, visconde
da Villa de Mirales, pelos annos de 1632. Passou esta familia a Portugal onde
existe. São suas armas em campo azul, tres palas de prata, que alguns trazem em
faxa, e Outros em banda; timbre um leão de sua côr armado de Ouro. Acham-se em
D. João Flores de Ocaris.
VERA. Este appelido temos
encontrado em nome proprio feminino em D. Vera Gentil, da família dos Gentis,
porém não temos genealogia d'elle, nem Alvaro Ferreira de Vera fala d’ella. O
que podemos inferir é que foi tomado em memoria de alguma grande Senhora, pois
lhe achamos armas no livro mestre dos reis de armas. , , São estas em campo
vermelho um castello de ouro, tendo sobre a torre do meio uma bandeirinha de
prata, e o contrachefe ondado de agua, de azul e prata; timbre o castello com a
bandeirinha.
VHITON E GOLARTE. Esta familia,
que hoje se acha estabelecida na cidade de Horta da ilha do do Fayal, é oriunda
de Inglaterra d'onde passou para ella, fugido por ser catholico romano, João
Vhiton com sua mulher Apollonia Sabat; era filho de Nicolau Blount Whiton
gentil-homem do dito reino, neto de João Vhiton do condado de Uxonia, e bis
neto de Jorge Vhiton, de Hensington, do dito condado. Aparentou na dita ilha
com os Go lartes, e procede desta união José Rodrigues Golarte Vhiton, morador
na mesma, que em 1753 justificou o referido, e se lhe passou brazão de armas.
São estas o escudo partido em pala, na primeira em campo de prata um chaveirão
de preto, que principiando no fundo do escudo chega só até ao meio, e é
carregado de cinco besantes de prata; na segunda, tambem em campo de prata,
tres cabeças de touros ne gros armadas de azul, deitando fogo pelas bocas e
ventas, postas em roquete; timbre uma das cabeças com um dos besantes na testa.
* """ na authentica que apresentou o dito Josè Rodrigues Golarte
iton.
VIANNA. Diz Villas-boas, que é apelido tomado
da villa de Vianna do Lima, e lhe assigna por armas o seguinte: Em campo de
ouro uma aguia, sem dizer de que côr; por isso se vê que deve ser da côr
natural d’estas aves.
VIDAL. Esta familia de Vidaes,
segundo um brazão que vimos passado na corte de Madrid por D. Ramon Zaro e
Ortega, rei de armas universal, em 11 de janeiro de 1770, ao desembargador José
Roberto Vidal da Gama, consta que procede d'aquele illustre ca valeiro, que nas
côrtes de Jaca celebradas em 912 fez jurar rei de Aragão um infante, filho dos
reis D. Garcia Inigues e D. Urraca; o qual cavalleiro foi ascendente de
Bernardo Vidal de Besala, fidalgo d'aquele reino, que se achou na conquista de
Valença onde ficou, e seus descendentes se estabeleceram com grande casa, e
d’elle procedeu D. Je ronymo Vidal, pae de D. Francisco José Simão Vidal, que
teve a D. Francisco Vidal, de quem foram filhos D. Marcos Jorge Vidal e outros,
e este foi pae de D. José Jorge Vidal e de D. Pedro Vicente Vidal, ambos
cavalleiros da ordem de Christo n’este reino, para onde passaram do de
Castella, e serviram nos maiores postos militares com valor inimi tavel, o
primeiro neste reino, e o segundo no estado da India; de ambos ha descenden
tes, sendo filho do primeiro o dito José Roberto Vidal da Gama e outros. São suas
armas o escudo partido em pala; na primeira em campo azul uma aza de prata
voltada para baixo, com oito ameias do mesmo metal em orla sem divisão; a se
gunda pala esquartelada, no primeiro quartel em campo vermelho um leão de
prata, no segundo em ouro uma rosa com seu pé e duas folhas tudo vermelho, e
assim os contra rios; timbre quatro plumas de ouro, Verde, azul e vermelho,
cada uma de sua côr. A…? as vimos no referido brazão que tem o dito José
Roberto Vidal da 8II18,
VIDAL e VIDE. Ha neste reino duas
familias de Vidal; a mais antiga achava-se na villa de Castello de Vide pelos
annos de 1400, em que viveu Lourenço Vidal, pae de Vasco Pires Vidal, que teve
a Fernão Vaz Vidal, pae de outro Vasco Pires Vidal, todos pessoas nobres da
dita villa onde se conservam seus descendentes, que parece alguns se appellidam
Vide, porque uma e outra familia tem as mesmas armas. São estas em campo de
prata cinco folhas de videira de sua côr, em santor; timbre uma das folhas.
Acham-se no livro dos reis de armas.
VIEGAS. A familia Viegas procede
dos Ataides, que assim o prova o dr. Chris tovão Alam de Moraes, e José Freire
Monterroio o segue; ainda que o conde D. Pedro diga que Gonçalo Viegas filho de
Nuno Gonçalves de Ataide morrera sem geração, que é de quem a deduzem, e as
suas armas o provam tambem. • São estas em campo azul quatro bandas de prata;
timbre um leopardo de sua côr picado de prata. Acham-se no livro dos reis de
armas.
VIEIRA. Esta familia fazem alguns
descendente de D. Arnaldo de Baião, e outrOS de Caio Carpo, regulo da Maia no
tempo dos romanos. É o seu solar o concelho de Vieira. uma Vieira do escudo
entre dois bordões de Sant'Iago vermelhos forrados de ouro, postos em aspa, e
atados com um torçal de prata. Acham-se no livro dos reis de armas.
VIEIRA. V. Tarnate.
VILHEGAS. A familia de Vilhegas é
de Castella, e tem a mesma origem dos Gusmãos. Tomou o appelido do Senhorio de
Vilhegas, que é uma povoação de Castella-a velha, de que foi senhor o conde D.
Nuno Peres de Gusmão, e seu filho Diogo Nunes foi o primeiro que se chamou de
Vilhegas. Passou a Portugal esta familia em diversos tempos, no de el-rei D.
Fernando e de el-rei D. Manuel, e d’ella descendem muitos fidalgos neste reino.
São suas armas em campo de prata uma cruz negra florida, e vazia do campo entre
oito caldeiras tambem negras com as azas formadas de serpes verdes, duas em
cada uma das caldeiras, e estas postas em Orla; timbre dois braços armados de
prata com uma cal deira do escudo nas mãos, ficando a caldeira direita. -
Acham-se no livro dos reis de armas.
VILHENA. É appelido tomado do
senhorio da vila de Vilhena no reino de Castella, que foi do Infante D. Manuel,
filho de el-rei D. Fernando o Santo:
seu neto D. Henrique se appelidou de Vilhena, o qual passando a Portugal
acompanhando sua irmã a infanta D. Constança, mulher de el-rei D. Pedro I, foi
neste reino conde de Cintra e senhor das villas de Cascaes e Cea, e teve varios
filhos, de quem procedem varias casas assim em Portugal como em Castella. São
suas armas o escudo esquartelado, no primeiro quartel em campo de prata um leão
sanguinho armado de azul; no segundo em vermelho uma aza de ouro de que sae uma
mão de sua côr tendo n’ella uma espada de prata com guarnições de ouro e a
ponta para cima, e assim os contrarios; timbre a aza, mão, e espada. Acham-se
no livro dos reis de armas.
VILLA-BOA. Ao mestre Manuel de
Villa-boa fez el-rei D. João III a mercê de fidalgo de solar da aldea de
Villa-boa, no termo de Beja, e que usasse d’este appellido, tendo tambem as
armas dos Villa-novas, as quaes seus descendentes esquartelaram, em razão do
casamento d’este com D. Francisca Soares de Toledo, accrescentando-lhe as ar
mas dos Soares de Toledo. Ainda que Villas-boas assigna a esta familia de
Villa-boa o escudo esquartelado; no primeiro em vermelho tres flores de liz de
oiro, em roquete, no segundo em verde uma aguia de oiro estendida com um rotulo
de oiro no bico, e assim os contrarios; timbre a aguia. V. Archivo, n.º 2048.
VILLAÇA. É familia castelhana, que já se achou
na conquista de Baeça. Passou a Portugal onde existe. São suas armas o escudo
xadrezado de ouro e azul, de tres peças em faxa e cinco em Pala; orla vermelha
com oito aspas de ouro. Acham-se em Gonçalo Argote de Molina, na sua Nobreza de
Andaluzia.
VILLA-LOBOS. Procedem dos
Osorios. E uma das mais illustres familias de Hespanha. O appelido foi tomado
do senhorio de Villa-lobos, situada no reino de Leão, fundada por D. Pedro
Osorio. São suas armas as mesmas dos Osorios: em campo de oiro dois lobos
esfolados, ou Vermelhos passantes; timbre um dos lobos. Acham-se no livro da
Torre do Tombo, fl. 22.
VILLA-NOVA. Esta familia procede
do mestre Pedro de Villa-nova, que veiu de Castella a este reino por physico da
rainha D. Catharina, mulher de el-rei D. João III, e foi physico-mór do reino.
O dito rei lhe deu as seguintes armas: Em campo verde um bicho negro picado de
ouro e armado de sanguinho; o bicho é chamado tiro; timbre o mesmo bicho
nascente ". V. Archivo, nº 2208. 1 Esta mercê acha-se registrada na
chancellaria de D. João III, livro xLIv, fl. 114 v., e tem a data de 3 de
fevereiro de 1538. — Pegado.
VILLARINHO. Esta familia póde
vangloriar-se de proceder d’ella a casa
real d’este reino por D. Thereza Pires Villarinho, avó do condestavel D.
Nuno Alvares Pereira. Teve os senhorios da Torre de Villa-Martins e outras, e o
padroado da egreja de S. Paio de Seguede, onde jaz sepultado Rodrigo Alvares
Villarinho, e outros seus descenhentes. São suas armas em campo azul quatro
flores de liz de ouro acantonadas, e uma lua de prata mingoante no centro, e tres
faxas de prata no contrachefe. Os descendentes de Gil Simões Villarinho, cavalleiro
da casa de el-rei D. Duarte, trazem as armas que 0 mesmo rei lhes deu.
VILLAS-B0AS. É familia oriunda
d’este reino com o seu solar na quinta do paço de Villas-boas, no termo de
Barcellos. A primeira pessoa que d’ella se descobre foi Joanne Annes de Villas-boas,
que viveu no tempo de el-rei D. Diniz. As suas armas antigas eram em campo
vermelho um castello de prata de tres torres, em memoria de haverem ganhado o
castello de Penafiel aos mouros. Depois servindo Diogo Fernandes de Villas-boas
ao rei D. Pedro de Castella na fronteira de Granada, e ganhando outro castello
aos mouros, subindo primeiro a elle e pondo entre as suas ameias um ramo de
palma, aquelle principe lhe esquartelou o escudo pondo as suas armas an tigas
no primeiro quartel, com um ramo de palma verde na torre do meio, e no segundo
em campo azul um dragão de prata volante armado de vermelho, e assim os
contrarios; timbre o dragão do escudo nascente, Acham-se no livro dos reis de
armas.
VISEU, Escudo esquartelado; no
primeiro e quarto de oiro dois montes ver des: no segundo e terceiro as armas
dos Guimarães. V. Espelho da Nobreza, por Francisco Xavier da Serra Craesbeeck.
VISTER ou WISTER. É familia que
parece ser ingleza: algum individuo d'ella passaria a Portugal, onde em
altenção a sua qualidade e merecimentos se lhe faria a mercê de cavaleiro da
Ordem de Christo, como indicam as suas armas. São estas o escudo esquartelado;
no primeiro em oiro uma alparca de negro forrada de vermelho, no segundo em
azul uma cabeça de mouro toucada ou com turbante dº prata, e assim os
contrarios; sobre tudo uma cruz da ordem de Christo; timbre meio mouro sem
braços com roupão e turbante de oiro, com barrete encarnado. Acham-se no livro
da Torre do Tombo.
VOGADO. Esta familia é antiga. O
seu appelido é alcunha procedida do oficio de advogado ou procurador da corôa,
que se chamavam Vogados de El-rei. Afonso An nes Vogado viveu em Lisboa no anno
1331; seu neto João Vogado foi cavalleiro da casa de el-rei D. Afonso v, e
escrivão da Fazenda real; o mesmo rei lhe deu duas ilhas. São suas armas: em
campo vermelho um leão de oiro armado de preto, entre quatro vieiras de prata
acantonadas; timbre o leão do escudo. Acham-se no livro da Torre do Tombo.
prisioneiro na batalha de Toro, que venceu el-rei D. João II de Portugal, sendo
ainda principe, ficou neste reino onde, seus descendentes estabeleceram casa
grossa, que tem despendido em fundações de egrejas, capellas, seminarios, e em
esmolas mais de trezentos mil cruzados. São suas armas em campo vermelho duas
columnas de oiro, postas em pala, sobre cada uma d’ellas uma flor de liz tambem
de oiro; entre as columnas duas espadas de prata com as guarnições de oiro,
postas em aspa, com as pontas para cima; timbre um braço armado de prata com
uma espada do escudo na mão em acção de descarregar o golpe. Acham-se no livro
dos reis de armas.
XIRA. É familia ingleza, do qual
passou a Portugal na armada que ajudou a tomar Lisboa, Guilhelmo Schire; e na
repartição que el-rei D. Afonso Henriques fez de algumas terras, lhe coube a
elle Villa-franca de Xira que fundou, e se lhe deu este nome, que é uma
corrupção de Schire. Viveu ele em uma torre fóra da povoação que ainda hoje se
chama a torre de Xira, e era pessoa de tão distincta qualidade que casou n'este
reino seu filho com D. Maria Paes, senhora da Albergaria de Paio Delgado, que
seus descendentes lograram com o senhorio da dita villa. Hoje parece que está
extincta, e só na villa de Torres-vedras parece que ha descendencia por femea.
Foi d'esta familia João Xira, plenipotenciario do conde de Arondel em Lisboa, e
Fr. João Xira, confessor de el-rei D. João I e que o acompanhou na jornada de
Ceuta. São suas armas em campo vermelho um chaveirão de prata firme, carregado
de cinco cruzes de S. Jorge vermelhas; timbre uma cabeça de uíicornio de prata
armada de vermelho. Acham-se ne livro dos reis de armas.
XODAR. São as armas d’este
appellido em campo de oiro um pé de terra de sua côr, de que sae uma amoreira
verde entre dois corvos de negro. Orla vermelha car regada de oito aspas de oiro;
timbre a mesma amoreira do escudo. Tral-as o referido livro de Fr. José da
Cruz.
XODAR ALFERES. Teem as mesmas
armas dos Xodares, só com a diferença do timbre que é um cavalleiro armado de
prata, com um pendão entre os braços, e as mãos cortadas em sangue. Estão na
sua egreja da capella de Baeça. O mesmo caso aconteceu a outro alferes na
batalha da Espina a 12 de abril de 1122. D'este vem a casa de Olea. Acham-se no
referido livro de Fr. José da Cruz. /
ZACHARIAS. Esta familia tem casa
em a cidade de Xerez de la Frontera. . são suas armas escudo esquartelado: o
primeiro e ultimo de oiro liso sem mais nada: o segundo e terceiro de vermelho
da mesma fórma.
ZAGALO. Zagalo é o mesmo que
Zagal, palavra antiga que significa rapaz. A pes soa mais antiga que se acha
deste appelido é Martim Annes Zagalo, que vivia na villa de Monsaraz na
província do Alemtejo no tempo de el-rei D. Afonso III, e era dos princi paes da
mesma villa; foi seu neto Martim Pires Zagalo, e procederam deles os senhores
Villa nova de Portimão. São suas armas em campo de oiro dois crescentes de lua,
duas estrellas e dois torteaux tudo de vermelho, postos em duas palas
desencontradas; timbre um leopardo de oiro com uma das estrellas na testa, e um
torteau na garra direita, * Acham-se no livro dos reis de armas. •
ZAMBRANO. É familia de Andaluzia. A primeira
pessoa que d’ella sabemos foi Pedro Rodrigues de Zambra, natural da cidade de
Ubeda. Tiveram a alcaidaria mór de Segura, commendadores na ordem de Calatrava,
e o senhorio de la Puebla e de For nalva. Passou a Portugal Martim Fernandes
Zambrano no tempo de el-rei D. Afonso v, Seguindo o partido da Eccellente
Senhora, e o mesmo rei lhe concedeu o fôro de seu vas Sallo. Fez seu assento em
Elvas e por cazamentos mudaram o appelido da sua varonia em Ataides. D'elles
procedia Sebastião de Ataide Coutinho e Castro, morador no seculo pas Sado na
villa de Abrantes. • São suas armas em campo vermelho um castello de prata de
tres torres, e duas estrellas do mesmo metal em chefe com oito raios cada uma;
orla azul carrregada de oito aspas de oiro. Acham-se em Gonçalo Argote de
Molina.
ZAMUDIO. É familia antiga e
illustre de Hespanha. Teve principio em D. Or donho, conde de Gaviria, filho
natural de um rei de Navarra; o qual teve por filho a Ga lindo Ordonhes, que
povoou o logar de Zamudio, onde fundou casa que deu appelido a Seus
descendentes, que tiveram o título de marquezes de Belvir. Passaram a Portugal
e Ila cidade de Castello-branco se aparentaram com muitas familias, e na Beira
baixa, São suas armas o escudo partido em pala; na primeira em campo vermelho
as cadeas de Qiro dos reis de Navarra; na segunda em campo de prata cinco
folhas de golfão de Verde em santor; o contrachefe de ondas de azul e prata,
que formem agua. Assim as expõem o padre Fr. Thomaz de Ramo, no seu Nobiliario
de casas e linhagens de Hespanha, tit. xiii, fl. 38.
ZAPATA. É familia de Castella.
Tem por armas em campo vermelho cinco sapa ºs jºquetadas de prata e negro,
postas em santor: orla vermelha carregada de oito es ºudinhos de oiro, cada um
com sua banda negra. Tral-as o referido livro de Fr. José da Cruz.
ZARATE, São de Biscaia. Tem por
armas o escudo cortado em faxa: na primeira de oiro uma aguia negra coroada
entre duas corôas, da parte direita corôa imperial, e da ºsquerda, corôa real:
na segunda faxa tambem de oiro cinco corações sanguinhos pos tos em Santor;
timbre uma aguia nascente de oiro sobre chammas de fogo. Acham-se no livro de
Fr. José da Cruz.
ZUNIGAS. É familia de Navarra,
que procede dos reis d'aquele reino, e seus descendentes tiveram o senhorio da
vila de Estuniga, cujo nome se corrompeu em Zu *8% e em Castella tem muitas
casas da primeira grandeza. Passou a Portugal D. Afonso C Zuniga com a rainha
D. Catharina, e foi seu estribeiro-mór, que teve filhos que casa ""
neste reino, de que descende muita fidalguia d'elle, e os Mendonças Zunigas de
Ca ººº; e já depois passou tambem a este reino Pedro Gonçalves Zuniga a casar
na casa dos Abreus, senhores da Grade, alcaides móres de la Pella, de que ha
geração que existe. f São suas armas em campo de prata uma banda negra, e uma
cadea de oiro de oito "º em Orla, que passe por cima da banda. Acham-se em
Gonçalo Argote de Molina, e tambem as traz Haro, no seu Nobiliario.
ZUNIGA-AVILA. São do marquez de
Mirabel as seguintes armas: Escudo par tido em pala: na primeira em campo de
prata as armas dos Zunigas, em campo de prata a banda negra e a cadea de oiro
como fica dito: na segunda pala as dos Avilas, que são em campo de oiro treze
arruellas de azul em tres palas. Assim as traz o já referido Fr. José da Cruz.
ZUZARTE. É tradição que esta
familia é oriunda de Inglaterra, e provém de um conde chamado Lizuarte, que
veio a Portugal no tempo de el-rei D. Fernando, em cujo serviço entrou. O seu
nome se corrompeu em Zuzarte, foi seu filho Pedro Zuzarte, estribeiro mór do
infante D. Pedro duque de Coimbra, de quem procederam todos os Zuzartes,
alcaides móres de Monforte, de Setubal e de Aviz. São suas armas o escudo
partido em palla, na primeira em campo azul quatro fivellas de oiro postas em
duas faxas, na segunda em campo verde sete espadas de prata com as guarnições
de oiro, gotadas de sangue com as pontas para cima, postas em tres palas, tendo
a do meio tres e as outras duas; orla vermelha carregada de seis castellos de
oiro da parte das fivellas, e seis molhos de troços de lanças de sua côr,
atados com torçal de oiro da parte das espadas; timbre duas espadas do escudo
em aspa fincadas com as pontas no virol, e atadas com um torçal verde, com uma
fivella do escudo em uma das pontas. Acham-se no livro dos reis de armas.
FIM DO INDICE
APPENDICE ARCHIV() HERALDICO GENEALOGICO CONTENDO OS EXTRACTOS DAN
(ARIAN DE MIMO VARIAS PASSADAS NO BRAZIL ANTES E DEPOIS DA INDEPENDÊNCIA
DO IMPERIO SEGUNDO OS RESPECTIVOS REGISTROS ACTUALMENTE EXISTENTES
Já ia muito adiantada a impressão
desta obra (que circumstancias alheias da nossa vontade demoram ha mais de um
anno no prelo) quando se nos deparou a possibilidade de addicionar-lhe varias
noticias que julgamos interessantes, e algu mas especies novas, que servirão de
proveitoso auxilio aos genealogistas, tanto de Portugal como do Brazil. Com
ellas organisámos pois o presente appendice. —==--- Pouco tempo depois da
chegada do senhor D. João VI, então principe regente, ao Rio de Janeiro, foi instituido
na nova côrte o Cartorio da Nobreza. Isto se com prova pela carta passada em 17
de setembro de 1816 a Balthasar Rangel de Sousa Coutinho (a qual damos na
integra em logar competente.) Della consta haver sido registrada em 28 do dito
mez a fl. 66 do livro respectivo; e como os livros usa dos para tal mister
foram sempre de folio grande, segue-se que naquele deviam já existir á data
referida bastantes cartas registradas. Não é possivel avaliar ao certo o numero
de brazões de armas mandados con ferir por aquele monarcha durante a sua
permanencia no Brazil; mas deve ser avultado. Á volta da côrte para Lisboa
ficaram esses livros no Rio de Janeiro, e neles tomou principio a numeração dos
que se lhe seguiram até o quinto, que servia em 1848, epoca em que se perderam,
com tudo o mais que fazia parte do cartorio, por morte de Possidonio Carneiro
da Fonseca Costa, escrivão da Nobreza e Fidal guia do Imperio. Até hoje tem
sido inuteis todas as investigações empregadas para saber ao certo º modo de
descaminho que taes livros levaram, posto que a essas diligencias se Prestasse
com zeloso empenho o ex-" barão de Gavia, proximo parente do referido
finado. Consta apenas que tendo este sido atacado de enfermidade mental, d´ella
viera a falecer em casa de uma sua irmã; e que esta senhora entregara então,
sem depois saber dizer a quem, todos os livros e documentos do cartorio que
existia em sua casa. E o que tambem confirmam as cartas do exºbarão, que temos
em nosso poder. . O sr. Luiz Aleixo Boulanger, que actualmente desempenha o
cargo de escrivão da Nobreza, tem sido por sua parte incansavel em procurar
saber onde param cartas originaes de brazões concedidos antes e depois da
independencia do imperio, para obtendo-se de novo serem registrados: e é para
sentir que não haja colhido mais amplo resultado de suas investigações. No
entretanto, o unico livro de registro que hoje existe é coordenado por elle, e
muito lhe devemos pelas maneiras cortezes e obsequiosas com que francamente se
prestou a dar os extractos dos seus registros por ele authenticados, e taes
como se haviam mister para o fim que pretendiamos.
A
1. ANANIAs DE OLIVEIRA E SousA,
barão de S. João do Principe com grandeza, commendador da ordem de Christo, e
da ordem imperial da Rosa. Escudo esquartelado; no primeiro e quarto em campo
de vermelho uma oliveira verde com azeitonas de oiro e raizes de prata, no
segundo e terceiro as quinas de Por tugal esquarteladas com as armas de Leão;
timbre a oliveira das armas. — Br. p. em ... de agosto de 1854. (M.N.) Reg. no
Cart. da N., liv. VI, fl. 13. (Conf.—L. A. Boulanger.)
2. ANTONIO CANDID o ANTUNEs DE
OLIVEIRA, barão de Mecejana, oficial da ordem da Rosa, major da guarda
nacional, negociante matriculado na cidade de Aracaty, da pro Vincia do Ceará,
proprietario e fazendeiro na mesma provincia. Em campo azul, uma banda de prata
com tres arruelas de goles, acompanhada á Sextra de um caduceo de ouro, e á
dextra de um encontro de boi, do mesmo.—Br. p. em 28 de novembro de 1867.
(M.N.) Reg. no Cart. da N., liv. vi, fl. 94. (Conf. —L. A. Boulanger.)
3. ANTONIO DE CERQUEIRA CALDAs,
primeiro barão de Diamantino, segundo vice presidente da província de
Matto-Grosso, coronel commandante superior da guarda nacio nal de Cuyabá,
cavaleiro da ordem da Rosa, proprietario e negociante matriculado na dita
cidade. Em campo de ouro um leão de goles rompente, tendo nas garras um caduceo
de azul; bordadura de sinople; carregada de quatro abelhas de ouro e quatro
besantes de prata; as abelhas nos cantos do escudo e os besantes entre elas. Corôa
de barão. Paquife das côres e metaes do escudo. —Br. p. em 29 de junho 1871.
(M.N.) Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 115. (Conf.—L. A. Boulanger.)
4. ANToN 1o CLEMENTE PINT o,
primeiro barão de S. Clemente, fidalgo cavalleiro da casa imperial, filho
legitimo de Antonio Clemente Pinto, barão de Nova-Friburgo, fidalgo Cavaleiro
da casa imperial, commendador das ordens de Christo e da Rosa, e de sua mu lher
D. Laura Clementina da Silva Pinto. Escudo esquartelado: nos primeiro e quarto,
em campo de ouro cinco crescen tes de luas de azul postos em aspa; no segundo e
terceiro, em campo preto tres faxas Veiradas e contraveiradas de prata e goles.
Corôa de barão. Timbre uma aguia preta es tendida. Paquife das côres e metaes
das armas. — Br. p. em 20 de julho de 1863. (M.N.) Reg, no Cart. da N., liv.
vi, fl. 58. 3 (Conf.—L. A. Boulanger.)
5. ANTONIO CLEMENTE PINTO,
primeiro barão de Nova-Friburgo, fidalgo cavaleiro da casa imperial,
commendador da ordem de Christo e da ordem da Rosa. Escudo partido em palla; no
primeiro, em campo de ouro, cinco crescentes de lua de azul, postos em aspa; no
segundo, em campo preto, tres faxas veiradas e contravei radas de prata e
goles. Timbre uma aguia preta estendida. — Br. p. em 8 de dezembro de 1857.
(M.N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 37. (Conf.—L. A. Boulanger.)
6. ANToNIo DIAs Co ELHo NETTo Dos
REIS, bacharel formado em direito pela Uni versidade de Coimbra, moço da camara
da imperial guarda-roupa, cavaleiro da Ordem de Malta; natural e baptizado na
cidade de Campos dos Goytacazes; filho legi timo de Joaquim Pinto Netto dos
Reis, primeiro barão de Carapebús, commendador da ordem de Christo e da ordem
da Rosa, moço da camara da imperial guarda roupa honorario, tenente coronel
commandante do 13.º batalhão da guarda nacional da província do Rio de Janeiro,
e de sua mulher D. Antonia Joaquina Netto dos Reis, baroneza de Carapebús,
ambos naturaes de Campos dos Goytacazes; neto por parte paterna do guarda-mór
Bernardo Pinto Netto da Silva, natural de Portugal, e de sua mu D. Anna Maria
Pereira, natural de Campos dos Goytacazes, e pela materna do capitão Antonio
Dias Coelho Netto, filho, e de D. Maria Pinto da Cruz Netto, dama de palacio h0
noraria; bisneto por parte paterna de Manuel Pinto dos Reis, e de sua mulher D.
Jose pha da Costa, ambos naturaes do reino de Portugal. Escudo esquartelado;
(V. Joaquim Pinto Netto dos Reis) elmo de prata, guarnecido de oiro; timbre o
leão das armas com uma folha de figueira na testa. — Br. p. em 25 de junho de
1855. Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl. 22. (Conf.—L. A. Boulanger.)
7. ANTONIO JoAQUIM DA SILVA
PINTo, barão de S. Fidelis, fazendeiro do municipio de Campos na provincia do
Rio de Janeiro. Escudo esquartelado; no primeiro quartel, em campo de goles
cinco crescentes de lua de oiro postos em aspa, no segundo de goles duas cannas
de assucar de oiro postas em santor, no terceiro de prata um leão rompente de
goles armado de azul; no quarto faxado de seis peças de oiro e azul. Corôa de
barão; timbre um leão de prata com um crescente de lua na espadoa esquerda. —
Br. p. em 25 de maio de 1868. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv, VI, fl. 99.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
8. ANToNIo JosÉ DE CASTRO, barão
de Bemfica, oficial da ordem da Rosa, capitão da guarda nacional, negociante
matriculado na cidade do Recife, na provincia de Pernam buco, proprietario e
fazendeiro na mesma provincia. Escudo esquartelado; no primeiro e quarto em
campo de azul seis besantes de oiro em duas palas; no segundo e terceiro, em
campo de prata cinco quadrilongos de goles postos em aspa. — Br. p. em 5 de
junho de 1867. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 78. (Conf.—L. A.
Boulanger.)
9. ANToNIO MARTINS DA CRUZ JoBIM,
barão de Cambahy, proprietario na província de S. Pedro do Sul. Em campo azul
um cavalleiro armado de prata, e um chefe de oiro com uma cruz florida de
goles. — Br. p. em 2 de abril de 1862. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl.
30. (Conf.—L. A. Boulanger.) são as de varonia, em campo azul cinco brandões de
oiro acezos e postos em santor; no se gundo as dos Silvas, em campo de prata um
leão de purpura, armado de azul; no ter ceiro as dos Avilas, em campo de ouro
treze tortões de azul em tres pallas. Elmo de prata, guarnecido de oiro.
Paquife dos metaes e côres das armas.— Br. p. em 4 de ou tubro de 1867. Reg. no
Cart. da N. liv. VI, fl. 92. (Conf.—L. A. Boulanger.)
10. ANToN1o PAULINO LIMPo DE ABREU,
visconde de Abaeté, conselheiro de estado, senador e grande do imperio,
presidente da camara dos srs. senadores, grã-cruz da or dem de Christo,
dignitario da imperial do Cruzeiro, grã-cruz da real Ordem portugueza de Nossa
Senhora da Conceição de Villa-viçosa; filho legitimo do tenente coronel do
corpo de engenheiros Manuel do Espirito-Santo Limpo de Abreu, e de D. Maria da
Maternidade de Abreu e Oliveira. Em campo azul uma asna de prata acompanhada em
chefe de duas estrellas de oiro, e em ponta de uma palmeira do mesmo. Divisa —
Consilium in providendo, celeritas in conficiendo. — Br. p. em 22 de julho de
1864. (M. N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 63. (Conf. — L. A. Boulanger.)
11. A NTONIO PEDRozo
D'ALBUQUERQUE JUNIOR, bacharel, fidalgo cavaleiro da casa imperial, natural da
provincia da Bahia, filho legitimo de Antonio Pedrozo de Albuquerque, fidalgo
cavaleiro da casa imperial, coronel da guarda nacional da provincia da Bahia,
com mendador da Ordem de Christo. Escudo esquartelado: no primeiro quartel, em
campo de ouro um leão sanguinho rompente; no segundo em campo azul cinco
perolas em aspa; no terceiro, em campo de prata cinco chagas de goles 1, 3 e 1;
e no quarto, em campo vermelho uma cruz de ouro # em banda. —Br. p. em 9 de
julho de 1864. (M. N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI, . 62. (Conf.—L. A.
Boulanger.)
12. ANToN1o DE SOUSA LEÃO, barão
de Morenos, dignitario da ordem da Rosa, com #" da ordem de Christo,
fazendeiro, natural e residente na provincia de Pernam UlCO. Escudo
esqnartelado: no primeire e quarto quartel em campo de prata as quinas de
Portugal postas em aspa; no segundo e terceiro em campo de ouro um leão de
goles rompente. Corôa de barão. Timhre o leão das armas com uma grinalda de
prata florida so bre a cabeça, e por diferença uma brica de sinople com a
inicial A de ouro. — Br. p. em 18 de março de 1871. (M, N.) Reg, no Cart. da
N., liv. vi, fl. 112. (Conf. —L. A. Boulanger.)
13. ANToN1o TER TULIANo Dos
SANTos, barão de Silveiras, fazendeiro no municipio de Rio-Claro, na provincia
de S. Paulo, proprietario e negociante matriculado n’esta côrte. Em campo de
prata uma banda de azul com cinco besantes de ouro, acompanhada em chefe de um
caduceo de goles, e em ponta de um ramo de cafeeiro de sinople, com fructas de
goles. — B. p. em 22 de maio de 1868. (M.N.) Reg, no Cart. da N., liv, VI, fi.
98. (Conf.—L. A. Boulanger.)
14. ANTONIo ToRQUATO LEITE
BRANDÃO, filbo legitimo de Bernardo Xavier da Silva Ferrão Brandão, e de D.
Francisca Eulina Lobo Leite. Neto por parte paterna do sar gento-mór Manuel da
Rocha Brandão, e de D. Joanna Rosa Marcellina de Seixas. Bisneto pelo lado
paterno de Francisco da Rocha Brandão, e de D. Maria da Silva Figueiredo, e
tambem bisneto do tenente mestre de campo general Bernardo da Silva Ferrão e D.
Fran cisca de Seixas da Fonseca. Terceiro neto por parte paterna do capitão-mór
Francisco Sanches Brandão, e de D. Maria da Rocha Vieira, e tambem terceiro
neto de Antonio José da Silva e D. Maria d'Avila da Silva Figueiredo, filha de
outra do mesmo nome, prima do coronel Garcia d'Avila de Figueiredo, senhor da
illustre casa da Torre, da cidade da Ba hia; e o dito Antonio José da Silva,
que era filho de D. Francisco Antonio e de D. Maria da Silva, que era filha do
conde de Aveiras, Luiz da Silva Tello de Menezes, Escudo esquartelado: no
primeiro e quarto quarteis as armas dos Brandões, que são
15. AUGUSTO LEVERGER, barão de
Melgaço com grandeza, presidente da provincia de Matto-Grosso, chefe de
esquadra graduado e reformado, commendador da ordem de S. Bento de Aviz,
oficial da ordem da Rosa, cavaleiro da ordem imperial do Cruzeiro, mem bro do
Instituto Historico e Geographico do Brazil. • Em campo de goles um castello de
oiro, sahindo pela porta uma dextra ao natural armada de uma espada de azul,
posta em banda; acompanhado em chefe de uma estrella de prata entre as lettras
iniciaes M. G. de oiro; e em ponta de um rio de prata, carre gado de uma ancora
de sable. Divisa: Sempre prompto. —Br. p. em 4 de dezembro de 1865. (M. N.)
Reg. no Cart. da N. liv. VI, fl. 69. (Conf. — L. A. Boulanger.) }
16. BALTHAZAR RANGEL DE SOUSA COUTINHO. Foi-lhe passada a carta
seguinte *: D. João, por graça de Deus rei do reino unido de Portugal, e do Brazil
e Algar ves, d'aquem e d'alem mar em Africa, senhor de Guiné, e da conquista,
navegação, e commercio da Ethiopia, Arabia, Persia, e da India, etc. Faço saber
aos que esta minha carta de brazão de armas de nobreza e fidalguia virem, que o
capitão Balthazar Rangel de Sousa Coutinho, cavalleiro professo na ordem de
Christo, natural da freguezia de S. Salvador do Mundo da Guaratiba, bispado do
Rio de Janeiro, me fez petição dizendo: que pela sentença de justificação de
sua nobreza, a ella junta, proferida pelo meu desem bargador corregedor do
civel da côrte, e casa da supplicação, o doutor Claudio José Pe reira da Costa,
cavalleiro professo na ordem de Christo, subscripta por Antonio Joaquim da
Silva Maia, escrivão do mesmo juizo, e pelos documentos a ella tambem juntos,
Se mostrava que elle é filho legitimo do doutor Miguel Rangel de Sousa
Coutinho, natural da dita freguezia, ao qual se passou brazão de armas das
mesmas familias em 3 de março de 1727, e de sua mulher D. Helena da Cruz
Freire; neto paterno de Julião Rangel de Sousa, e de sua mulher D. Maria
Josepha Pereira de Mariz, e pela parte ma terna do capitão Fento Figueiroa
Bravo, e de sua mulher D. Josepha Freire; bisneto do capitão Balthazar Rangel
de Sousa, e de sua mulher D. Angela de Mendonça; terceiro neto de Vasco
Fernandes Coutinho, senhor e donatario da villa e capitania do Espirito Santo;
cujos netos na côrte de Lisboa lograram os titulos de almotaceis-móres do
reino, e a dita D. Angela de Mendonça era filha legitima de Francisco de Sousa
Coutinho, 0 qual era segundo neto de D. Jorge de Sousa, irmão de D. Antonio de
Sousa, conde do Prado, e ele supplicante pela materna é terceiro neto do
capitão Constantino Machado Sampaio,
e de sua mulher D. Josepha da Silva e Mariz Pereira, filha legitima de Duarte 1
Copiada da original que existe em mão de seu neto, o doutor em medicina José
Aldrete de Men donça Rangel de Queiroz Carreira. fo ram pessoas da primeira
qualidade e grandeza do reino de Portugal, aonde são fidalgos de linhagem,
cotta de armas, e de solar, conhecidos por taes tidos e reputados, e se tra
taram com armas, criados, cavallos, e toda a mais Ostentação pertencente a sua
nobreza e fidalguia, servindo no politico, e no militar os logares e postos
mais distinctos do go verno, sem que em tempo algum commettessem crime de lesa
magestade divina ou hu mana. Pelo que me pedia ele supplicante, por mercê, que
para a memoria de seus pro genitores se não perder, e clareza de sua antiga
nobreza, e fidalguia, lhe mandasse dar minha carta de brazão de armas das ditas
familias, para d’ellas tambem usar na forma que as trouxeram, e foram
concedidas aos ditos seus progenitores. E vista por mim a dita sua petição,
sentença, e mais documentos, e constar de tudo o referido, e que a elle como
descendente das mencionadas familias lhe pertence usar e gosar de suas armas,
se gundo o meu regimento, e ordenação de armaria, lhe mandei passar esta minha
carta de brazão d’ellas, na forma que aqui vão brazonadas, divisadas, e
illuminadas, com côres, e metaes, segundo se acham registadas no livro do
registo das armas da nobreza e fidal guia de meus reinos, que tem Portugal, meu
principal rei de armas. A saber:
um escudo esquartelado; no
primeiro quartel as armas dos Sousas do Prado, que são: escudo es quartelado,
no primeiro e quarto quartel em campo de prata as cinco quinas de Portu gal; no
segundo e terceiro quartel em campo de prata um leão rompente de vermelho. No
segundo quartel as armas dos Coutinhos, que são em campo de oiro cinco
estrellas Vermelhas postas em santor. No terceiro as armas dos Pereiras, que
são em campo ver melho uma cruz de prata florida, e vazia do campo. No quarto
as armas dos Rangeis, que São em campo azul uma flôr de liz de prata, com uma
orla de oiro, e n’ella sete romans Verdes abertas com bagos vermelhos. Elmo de
prata aberto guarnecido de oiro. Paquife dos metaes, e côres das armas. Timbre
dos Sousas, que é um leão rompente vermelho, com uma grinalda florída de verde,
e por diferença uma brica vermelha com um far pão de oiro. O qual escudo e armas
poderá trazer, e usar, tão sómente o dito Baltha Zar. Rangel de Sousa Coutinho,
assim como as trouxeram, e usaram os ditos nobres, e antigos fidalgos seus
antepassados, em tempo dos senhores reis meus antecessores, e com el las poderá
entrar em batalhas, campos, reptos, escaramuças, e exercitar todos os mais
actos licitos da guerra, e da paz. E assim mesmo os poderá trazer em seus
firmaes, aneis, sinetes, e divisas, pol-as em suas casas, capellas, e mais
edifícios, e deixal-asso bre sua propria sepultura; e finalmente se poderá
servir, honrar, gosar, aproveitar d'el las, em todo e por todo, como a sua
nobreza convem. Com o que, quero, e me praz, que haja elle, e todos os seus
descendentes todas as honras, privilegios, liberdades, graças, mercês, isenções,
e franquezas, que hão, e devem haver os fidalgos e nobres de antiga linhagem, e
como sempre de todo usaram e gosaram, os ditos seus antepassados; e seus successores,
não poderão usar d’este bra zão, e privilegios, sem que novamente lhe seja a
cada um deles confirmado. Pelo que mando aos meus desembargadores,
corregedores, juizes, e mais justiças dos meus reinos, e Senhorios, e em
especial aos meus reis de armas, arautos, e passavantes, e a quaes quer outros
oficiaes, e pessoas a quem esta minha carta for mostrada, e o conhecimento
d’ella pertencer, que em tudo lha cumpram, e guardem como n’ella se contem, sem
duvida nem embargo algum, que em ella lhe seja posto; porque assim é minha
mercê. Pagou de no Vos direitos cinco mil réis que se carregaram ao thesoureiro
delles a folha 14 do livro 5.° de sua receita, como consta do conhecimento em
forma registado a folha 83 v. do li Vro 10º do registo geral dos mesmos. El-rei
nosso senhor o mandou por Izidoro da Costa e Oliveira, cavalleiro professo na
ordem de Christo, e da Torre e espada, cavalleiro fidalgo de sua casa real, seu
criado particular, e seu rei d'armas Portugal. Antonio Ber nardo Cardoso
Pessanha de Castel-branco, cavaleiro professo na ordem militar de Sant' Iago da
espada, fidalgo de linhagem, e colta de armas, escrivão da fidalguia e nobreza
do reino unido, e suas conquistas, a fez em a côrte e cidade de S. Sebastião do
Rio de Janeiro, aos dezesete dias do mez de setembro do anno do nascimento de
nosso senhor Jesus Christo de mil oitocentos e dezeseis. Eu Antonio Bernardo
Cardoso Pessanha de Castel-branco a fiz e subscrevi. Portugal rei de armas
principal Isidoro da Costa e 0li {'017'01. Registada no livro primeiro do
registo dos brazões e armas da nobreza e fidalguia do reino unido e suas
conquistas, a folhas 66. Rio de Janeiro 28 de setembro de 1816. Antonio
Bernardo Cardoso Pessanha de Castel-branco. N’esta secretaria do registro geral
das mercês fica registrada esta carta de brazão de armas n.º 191. Rio de
Janeiro 10 de fevereiro de 1817. Pg. 25$000. Luiz Antonio de Faria Sousa
Lobatto. - Pg. tres mil e duzentos réis de sêlo. Rio de Janeiro 21 de novembro
de 1816. — Drumond.
17. BELARMINO RICARDO DE SIQUEIRA,
barão de S. Gonçalo com grandeza, de putado á assembléa províncial do Rio de
Janeiro, coronel commandante superior da guarda nacional do municipio de
Nictheroy, presidente do banco rural e hypothecario na côrte. Escudo
esquartelado: no primeiro em campo de ouro sete barras de azul, lançadas ao
viez; no segundo, tambem em campo de ouro, cinco estrellas de goles em aspa;
b0r dadura de goles; e no centro um escudete azul, com uma colmêa e seis
abelhas de prata. Corôa de conde, sendo grande do imperio. — Br. p. em 31 de
dezembro de 1855. (M. N.) Reg, no Cart. da N.. liv. VI, fl. 28. (Conf.—L. A.
Boulanger.)
18. BENJAMIM FRANCKLIN TORREÃO DE BARROS,
bacharel em sciencias sociaes e juridicas pela faculdade de direito da cidade
do Recife, addido de primeira classe á lega ção brazileira na republica,
oriental do Uruguay, filho legitimo de Bento José Fernandes de Barros,
commendador da Ordem de Christo e da ordem da Rosa, e de D. Joaquina Brazileira
Torreão de Barros; neto pela parte paterna do capitão Bento José Fernandes de
Barros, e de sua mulher D. Anna Rita Freire de Azevedo; e pela parte materna de
Bazilio Quaresma, ex-presidente da provincia do Rio-grande do Norte e da
Parahyba, ex deputado á assembléa geral legislativa pela dita província do
Rio-grande do Norte, e dº sua mulher D. Anna Catharina de Barros Torreão;
bisneto por parte paterna de Manuel José Fernandes, e de sua mulher D. Maria
Josepha de Barros, da cidade de Lisboa; tam bem bisneto do capitão-mór Bento
Freire de Revoredo, e de sua mulher D. Monica da Rocha Bezerra, ambos naturaes
da provincia do Rio-grande do Norte; terceiro neto do capitão Diogo Marques de
Revoredo, e de sua mulher D. Timothea Freire: tambem ter ceiro neto do capitão
Leonardo Pinheiro Teixeira, e de sua mulher D. Maria Borges da Rocha Bezerra,
naturaes do Rio-grande do Norte.
Escudo esquartelado: no primeiro
e quarto quartel as armas dos Bezerras; em campo verde dois bezerros de ouro
andantes com os rabos sobre a anca; no segundo º terceiro as armas dos
Revoredos, que são partidas em palla, na primeira em campo de ouro, fretada de
vermelho; na segunda em campo verde, um castello de ouro coberto º lavrado, com
bordadura azul, carregada de sete peixes salemas de prata. Timbre um be zerro
sem chifres. — Br. p. em 30 de agosto de 1864.
19. CAETANO MARIA LOPES GAMA, fidalgo cavaleiro da casa imperial,
membro or dinario do conselho de estado, senador do imperio, ministro
aposentado no supremo tri bunal de justiça, grande dignitario da Ordem da Rosa,
oficial da imperial do Cruzeiro, commendador da de Christo, o qual tem occupado
por diferentes vezes o cargo de mi nistro e secretario de estado em diversos
ramos da administração publica, além do de presidente de provincia, natural e
baptisado na freguezia do Santissimo Sacramento da cidade do Recife, na
provincia de Pernambuco, filho legitimo do doutor João Lopes Cardoso Machado, natural da cidade de Lisboa, e de D.
Anna Bernarda do nascimento Gama, natural e baptisada n'aquela provincia; neto
por parte paterna do capitão-mór José Lopes Cardoso, natural de Guimarães, e de
D. Agueda Maria de Sousa Machado,
natural da Villa de Soure, ambos do reino de Portugal; e pela materna do
sargento-mór Pedro Fer nandes Gama, e D. Thereza Maria de Jesus, ambos naturaes
d’aquela mesma provincia; bisneto materno do fidalgo cavaleiro Pedro Fernandes
Gama, e de sua mulher D. Maria dos Prazeres Neves; terceiro neto pelo dito lado
do fidalgo cavaleiro Manuel Fernandes Gama, e de D. Francisca Gomes, filha
legitima do coronel do regimento de linha da cidade do Porto, Bento Gomes;
quarto neto por esta mesma parte do fidalgo Ayres da Silva Coutinho, morgado de
Azurara, e de D. Margarida da Gama, filha de D. Vasco da Gama, terceiro marquez
de Niza.
Escudo esquartelado: no primeiro
quartel as armas dos Gamas, a saber: quinze es caques de ouro e vermelho de
tres peças em faxa e cinco em palla, sendo as vermelhas acoticadas com suas
faxas de prata, e no meio um escudo com as quinas do reino de Portugal; no
segundo quartel as dos Lopes, em campo azul uma palmeira de ouro, um corvo
pousante n’ella com azas estendidas; no terceiro quartel as dos Cardosos, em
campo Vermelho dois cardos de verde floridos com flôr e raizes de prata entre
dois leões de ouro batalhantes armados de vermelho; no quarto quartel as dos Machados, em campo vermelho cinco machados de prata, manicados de ouro
postos em aspa. Elmo de prata, guarnecido de Ouro em relevos. Timbre o dos
Gamas, um naire da cintura para cima vestido ao modo da India, com o escudo das
armas na mão. — Br. p. em 26 de fevereiro de 1849. Reg. no Cart. da N., liv.
VI, fl. 8. (Conf.—L. A. Boulanger.)
20. CAETANO MARIA DE PAIVA LOPES GAMA, moço fidalgo da casa imperial,
natu ral e baptisado na cidade do Rio de Janeiro, filho legitimo do visconde de
Maranguape, grande do imperio, membro ordinario do conselho de estado, senador
do imperio, mmis tro aposentado do tribunal de justiça, grande dignitario da
Ordem da Rosa, oficial da or dem imperial do Cruzeiro, commendador da ordem de
Christo, ministro e secretario de estado dos negocios estrangeiros, natural e
baptisado na cidade do Recife, na provincia º de Pernambuco, e da viscondessa
de Maranguape; neto paterno do doutor João
Lopes Cardoso Machado, natural da cidade de Lisboa, e de D. Anna Bernarda
do Nascimento Gama, natural e baptisada naquela província; bisneto por parte
paterna do capitão-mór José Lopes Cardoso, natural de Guimarães, e de D. Agueda Maria de Sousa Machado, na
tural da villa de Soure, ambos do reino de Portugal; e pela materna do
sargento-mór Pe-. dro Fernandes Gama, e de D. Thereza Maria de Jesus, ambos
naturaes daquela mesma Provincia; terceiro neto materno do fidalgo cavaleiro
Pedro Fernandes Gama, e de sua mulher D. Maria dos Prazeres Neves: quarto neto
pelo dito lado do fidalgo cavaleiro Ma nuel Fernandes Gama, e de D. Francisca
Gomes, filha legitima do coronel do regimento de linha da cidade do Porto,
Bento Gomes: quinto neto por esta mesma parte do fidalgo Ayres da Silva
Coutinho, morgado de Azurára, e de D. Margarida da Gama, filha de D. Vasco da
Gama, terceiro marquez de Niza. .
Escudo esquartelado (ver o de
Caetano Maria Lopes Gama), — Br. p. em... novem bro de 1857. Reg. no Cart. da
N., liv. VI, fl. 36. - (Conf.—L. A. Boulanger.)
21. CANDIDo José DE CAMPos
FERRAZ, barão de Porto-Feliz, fazendeiro e proprie tario no municipio da
Limeira, na provincia de S. Paulo. Escudo esquartelado: no primeiro e quarto em
campo de prata, quatro pallas de sinople; no segundo e terceiro em campo de
goles, cinco besantes de ouro postos em aspa, cada um com tres faxas de sable.
— Br. p. em 5 de fevereiro de 1868. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl.
96. (Conf.—L. A. Boulanger.) 22. CANDID o JosÉ CARDoso, doutor em medicina pela
faculdade do Rio de Janeiro, proprietario nesta côrte, negociante matriculado e
director do banco rural e hypothecario. (0 resto como a carta de Manuel José
Cardoso.) — Br. p. em 20 de setembro de 1860. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl.
47. (Conf.—L. A. Boulanger.)
23. CANDID o JosÉ PEREIRA CoDEço,
filho legitimo de Alexandre José Pereira Codeço, e de D. Maria de Sousa
Rodrigues, natural de Campos dos Goytacazes. Escudo orlado de ouro, em campo
azul cinco estrellas de prata, postas em aspa. Timbre um leão de purpura
rompente com uma espada de ouro na garra dextra, e uma estrella de prata na
esquerda sobre um elmo de prata. Paquife das côres e metaes do brazão. — Br. p.
em 20 de setembro de 1858. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 38.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
24. DELPHIM CARLos DE CARVALHO,
barão da Passagem com grandeza, chefe de di: visão do corpo da armada,
dignitario da ordem de Rosa, commendador da de Christo, º cavalleiro da de S.
Bento de Aviz. Em campo de ouro um vapor encouraçado de sable, andando em um
rio de azul on deado de prata, carregado á dextra de uma corrente posta em
barra e á sestra de um torpedo dó mesmo; um chefe de azul com um delphim, um
carolus e uma bolota de carº valho de ouro. Divisa: Arante. — Br. p. em 9 de
abril de 1869. (M. N.) Reg. no Carl. da N., liv. VI, fl. 104. (Conf. — L. A.
Boulanger.)
25. DoM ING os FRANCIsco DE SousA
LEÃO, barão de Tabalinga, natural e residente na província de Pernambuco,
oficial da ordem da Rosa. Escudo esquartelado: no primeiro e quarto em campo de
prata, as quinas de Portugal rompente. Corôa de barão. Timbre o leão das armas.
— Br. p. em 30 de agosto de 1867. (M. N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 68.
26. ESTEVÃO RIBEIRO DE REZENDE, barão
de Lorena com grandeza, desembargador honorario, commendador da ordem da
Rosa, cavalleiro da de Christo, socio correspon dente do instituto historico e
geographico do Brazil, ex-presidente da provincia de Matto Grosso, proprietario
n'esta côrte, e fazendeiro no municipio de Pirahy. Em campo azul um leão de
ouro rompente, tendo na garra Sestra uma balança de prata, e na dextra uma
espada do mesmo, acompanhado á direita de um ramo de cafeseiro de ouro com
fructas de goles, e á esquerda de tres besantes de prata em roquete, entre
cinco estrellas do mesmo postas em aspa. — Br. p. em 22 de maio de 1867. (M.N.)
Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 76. (Conf. —L. A. Boulanger.) (Conf. — L. A.
Boulanger.)
27. ESTEVÃO RIBEIRO DE REZENDE, conde
de Valença, natural da provincia de Mi nas-Geraes, filho legitimo do
coronel Severino Ribeiro, e de sua mulher D. Josepha Maria de Rezende, seu pae
natural de Lisboa, e sua mãe da freguezia dos Prados, bispado de arianna; neto
paterno de Estevão Ribeiro, e de D. Leonarda Maria, naturaes de Lisboa, e
materno de João de Rezende Costa, natural da ilha de Santa Maria, e de D.
Helena Ma ria de Rezende, natural da ilha do Fayal. Escudo partido de azul e
ouro: no primeiro as armas de Damião Dias Ribeiro, que São um leopardo de prata
passante, e um chefe de ouro com tres estrellas de vermelho; no Segundo as dos
Rezendes, duas cabras em palla de preto, gotadas de ouro. Timbre o leopardo das
armas com uma estrella na espadoa. Elmo de prata aberto guarnecido de Ouro.
Corôa de conde, e por diferença uma brica azul com uma flôr, — Br. p. em 29 de
novembro de 1829. Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl. 1. (Conf— L. A. Boulanger.)
28. FELIsBERTO IGNACIO DE
OLIVEIRA, barão de Cruangy, negociante matriculado, natural da provincia de
Pernambuco. (Ver as armas de Manuel Ignacio de Oliveira, barão de Ouricury.) —
Br. p. em 30 de agosto de 1867. (M. N.) Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl. 87.
(Conf. — L. A. Boulanger.)
29. FLAvro CLEMENTINO DA SILVA
FREIRE, barão de Mamanguape, oficial da ordem da Rosa, deputado á assembléa
geral legislativa pela província da Parahyba, proprietario Com fazenda de
assucar na dita provincia. Em campo de ouro uma banda de azul, carregada de
tres flôres de canna de assu car, de ouro. Corôa de barão. — Br. p. em 23 de
junho de 1860. (M. N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 42. (Conf.—L. A.
Boulanger.)
30. FRANCIs co BALTHAZAR DA
SILVEIRA (D.), fidalgo cavalleiro da casa imperial, commendador da ordem de
Christo, desembargador da relação do Maranhão, deputado á assembléa geral
legislativa, filho legitimo de D. Luiz Balthazar da Silveira, coronel refor
mado da primeira linha do exercito, cavaleiro da ordem de S. Bento de Aviz, e
de D. Joanna Maria de Araujo; neto de D. Carlos Balthazar da Silveira,
brigadeiro dos reaes exercitos, commandante do regimento da Bahia, e de D. Anna
Michaela Joaquina da Sil veira; bisneto de D. Luiz Thomé da Silveira; terceiro
neto de D. Braz Balthazar da Sil veira, senhor de S. Cosmade, na comarca de
Lamego, commendador de Ranhados, e das mais commendas que teve seu pae; mestre
de campo general, conselheiro de guerra, g0 vernador e capitão general de S.
Paulo, governador das armas da Beira; e de D. Joanna Ignez Vicencia de Menezes,
filha de Aleixo de Sousa da Silva, segundo conde de Sant'Iago; quarto neto de D.
Luiz Balthazar da Silveira, veador da rainha D. Maria Anna de Austria,
commendador de S. Thomé de Corrilhão, S. Cosme e Damião de Garfe, Santo Estevão
de Oldroens, S. Thomé de Penalva, S. Vicente de Figueira, da ordem de Christo;
e de D. Luiza Bernarda de Lima. | Escudo esquartelado: no primeiro e quarto
quarteis as quinas de Portugal; e no se gundo e terceiro as armas de Leão;
timbre um leão das armas." — Br. p. em 5 de agosto de 1854. Reg. no Cart.
da N., liv. VI, fl. 14. (Conf.—L. A. Boulanger.) 1 Estas são em Portugal as
armas dos Sousas do Prado.
31. FRANCIsco DE BARRos FALCÃO
CAVALCANTI ALBUQUERQUE, ex-primeiro tê nente de artilheria, cavaleiro da ordem
de Christo, condecorado com a medalha de dis tincção pela campanha da
independencia na Bahia, fidalgo cavaleiro da casa imperial, na tural da cidade
de Santo Antônio do Recife, provincia de Pernambuco. (Ver a carta de Pedro
Alexandrino de Barros Cavalcanti de Lacerda Albuquerque). Br. p. em 20 de
agosto de 1865. Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl. 68. (Conf.--L. A. Boulanger.)
32. FRANCIsco JoAQUIM PEREIRA
Lobo, coronel e chefe da segunda legião de guar das nacionaes da cidade do
Recife da provincia de Pernambuco, natural e morador na mesma cidade, filho
legitimo de João Baptista Pereira Lobo, e da sua mulher D. Maria Francisca de
Gusmão, ambos naturaes da mesma cidade de Recife. (Ver a ascendencia dº João
Baptista Pereira Lobo). Escudo esquartelado: no primeiro quartel as armas dos
Campellos, que são as mes mas dos Moraes, partidas em palla; na primeira em
campo vermelho, é sobre um rio uma torre de prata lavrada de preto, com telhado
de ouro, e bandeira de prata; no Sº gundo quartel as armas dos Barros, que são
em campo sanguinho tres bandas de pratº, entre nove estrellas de ouro; no
terceiro quartel as armas dos Pregos, em campo verde uma larga banda perfilada
de prata, e ondeada de agua azul, e sobre ela tres vieiras dº ouro: no quarto
quartel as dos Lobos, que são em campo de prata cinco lobos prelos postos em
aspa, e armados de vermelho. Elmo de prata aberto, e guarnecido de Ouro. Timbre
dos Campellos, que é a amoreira verde de suas armas, e por diferença uma brica
de prata com trifolio de azul. — Br. p. em 26 de novembro de 1846. Reg. no
Cart. da N., liv. VI, fl. 5. de Vianna
de Lima, e de sua mulher e prima D. Ignacia de Barros Rego, natural da mesma
cidade do Recife, sendo a mulher do referido terceiro avô Manuel Rodrigues
Campello, D. Inn0 cencia de Brito Falcão, filha legitima do capitão Luiz Braz
Bezerra, e de sua mulher D. Francisca Sanches del Poço. Quarto neto do capitão
Floriano Correa de Brito, e de sua mulher D. Luiza Carneiro da Silva, e tambem
quarto neto do doutor Domingos Filippe de Gusmão, de estirpe illustre na cidade
de Tavira, d’onde era natural, e de sua mulher D. Maria Tavares de Lira,
natural da sobredita cidade do Recife. Quinto neto do capitão mór Francisco Ribeiro da Silva, e de sua mulher D.
Filippa Nunes Tavares, natural do Recife, sendo ele da cidade de Braga em
Portugal; tambem quinto neto do fidalgo Ma nuel Rodrigues, natural de Refoios
de Lima, casado com D. Natalia Domingues Cam pello, natural de Vianna de Lima
do dito reino de Portugal, e do capitão Francisco Re pello de Barros, natural
de Caminha, e de sua mulher e prima D. Maria da Rocha de Ramos Rego, natural da
dita villa de Vianna de Lima. Sexto neto do capitão-mór Pedro Ribeiro da Silva,
natural da cidade de Braga, e bem assim sexto neto de Domingos G0n çalves
Campello, natural do Prado, casado com D. Justa Gonçalves Campello, e de sua
mulher e prima D. Paschoa de Faria Lobo, filha de João Lobo Pinheiro de Faria,
e de sua mulher D. Jeronyma de Antas da Silveira, da familia dos Pinheiros,
alcaides-móres de Barcellos, fidalgos aparentados com a maior parte dos grandes
e senhores do rein0, e descendentes da nobilissima familia dos Villas-boas,
senhores da casa de Ayró, dos Ay res de Moraes do conselho de Baião, e quinta
do Quelhas em S. Bartholomeu de Cam pello, e senhores da casa Camposa,
marquezes deste titulo, enlaçados com as illus tres varonias dos Lobos, dos
Silveiras, dos barões de Alvito, condes de Oriola e de Sarzedas. Escudo (ver
Francisco Joaquim Pereira Lobo.) — Br. p. em 16 de julho de 1863. Reg. no Cart.
da N., liv. VI, fl. 57. (Conf.—L. A. Boulanger.)
33. FRANCISCO JosÉ CARDoso,
commendador da ordem de Christo, commandante superior da 12.º legião da guarda
nacional, negociante matriculado, proprietario n'esta côrte, e na villa de
Itaguahy, dono do canal de S. Pedro de Alcantara, presidente da com panhia
seropedica fluminense, filho legitimo do brigadeiro Manuel José Cardoso,
fidalgo cavalleiro da casa real de Portugal, commendador da ordem de Christo, e
de sua mulher D. Maria Francisca de Portugal e Castro; neto por parte paterna
do coronel Manuel José Cardoso, fidalgo cavalleiro da casa real, commendador da
ordem de Christo, senhor do morgado da Vaccaria, com assento no solar desde D.
Afonso I, cujo solar é a quinta dos Cardosos em Lamego, e de sua mulher D. Anna
Monteiro de Barros; e por parte ma terna de Christovão de Portugal e Castro,
fidalgo cavaleiro da casa real, commendador da ordem de Christo, e de sua
mulher D. Francisca de Assis da Nobrega Botelho. Escudo partido em tres pallas,
as quaes são partidas em faxa; na primeira, tendo por cima as armas de Portugal
(as antigas da casa de Bragança) e por baixo as dos Cas tros, que trazem em
campo de ouro treze arruelas de azul em tres pallas; na segunda as armas dos
Monteiros, em campo de prata tres cornetas de preto em roquete, com bocaes de
Ouro e cordões vermelhos, e as dos Barros, que são em campo vermelho tres
bandas de prata, e no campo nove estrellas de ouro, postas 1, 3, 3 e 2; na
terceira palla as ar mas dos Nobregas, em campo de ouro quatro pallas de goles,
e as dos Botelhos, em campo de ouro quatro bandas de goles; e no meio um
escudete com as armas dos Car dosos, em campo vermelho dois cardos floridos com
flôres e raizes de prata, entre dois leões de ouro batalhantes, armados de
goles. Timbre o dos Cardosos, que é uma cabeça de leão de ouro, saindo-lhe da
boca um cardo de verde florido de prata. Elmo de prata, guarnecido de ouro.
Paquife dos metaes e côres das armas. — Br. p. em 16 de agosto de 1860. Reg, no
Cart. da N., liv. VI, fl. 44. (Conf.--L. A. Boulanger.)
34. FRANCIsco JosÉ CARDoso
JUNIOR, bacharel formado em mathematicas, capitão do estado maior de primeira
classe, deputado á assembléa provincial do Rio de Janeiro, proprietario n'esta
côrte. • (O resto como a carta de Manuel José Cardoso.) — Br. p. em 20 de
setembro de 1860. Reg. no Cart, da N., liv. vi, fl. 47. (Conf.—L. A. Boulanger.)
35. FRANCIs co LEoPoLD INO DE
GUsMÃo Lo Bo, bacharel em direito pela faculdade do Recife, promotor publico da
capital de Pernambuco, filho legitimo de Francisco Joaquim Pereira Lobo,
coronel chefe do estado maior da guarda nacional de Olinda e Igua rassú, commendador
da ordem da Rosa, e da real ordem militar de Portugal de nosso Senhor Jesus
Christo, condecorado com a medalha do exercito cooperador da boa ordem; e de
sua mulher D. Leandra Joaquina de Sá Lobo, filha legitima do negociante
Alexandre José de Sá, e de sua mulher D. Vicencia Clara de Sá Pegado; neto por
parte paterna de João Baptista Pereira Lobo, e de sua mulher D. Maria Francisca
de Gusmão, ambos da mesma cidade do Recife; bisneto pela parte paterna do
capitão Manuel Pereira Lobo, rico-homem, natural da cidade de Lamego em
Portugal, freguezia da Sé, e de sua mu lher D. Maria Josepha do Espirito Santo,
natural e moradora na mesma cidade do Recife: e pela parte materna bisneto do
sargento-mór Filippe Rodrigues Campello, fidalgo da casa real com accrescentamento
de fôro e moradia, e de D. Ignez Francisca de Gusmão, filha le gitima do
capitão Belchior Mendes de Carvalho, e de sua mulher D. Maria Tavares de Lira
Gusmão. Terceiro neto por parte paterna do capitão Manuel Pacheco da Silva, e
de Sua mulher D. Thereza de Jesus Correa de Brito, ambos da mesma cidade do
Recife; e Por parte materna terceiro neto do sargento-mór Manuel Rodrigues
Campello, cavaleiro Professo na ordem de Christo, fidalgo da casa real, tambem
com fôro é moradia paga, filho legitimo de outro sargento-mór Antonio Rodrigues
Campello, natural da vila de
36. FRANCISCO MARIA DOS GUIMARÃES
PEIXOTO, fidalgo cavalleiro da casa impê rial, capitão da 7.° companhia de
fusileiros, filho legitimo do doutor Domingos Ribeiro dos Guimarães Peixoto, barão de Iguarassú. (O resto ver
Pedro Leopoldo dos Guimarães Peixoto.)— Br. p. em 18 de agosto de 1862. Reg. no
Cart. da N., liv. VI, fl. 54. (Conf.—L. A. Boulanger.)
37. FRANCIsco MARIANO DE VIVEIRos
So BRINHo, barão de S. Bento, fidalgo ca valeiro da casa imperial, deputado á
assembléa geral legislativa pela provincia do Ma ranhão. Escudo esquartelado:
no primeiro, em campo de ouro tres viveiros cheios de agua azulada, com orla de
verde; no segundo em campo azul, um muro com porta, entre duas torres, tudo de
prata, e lavrado de preto; no terceiro em campo de prata, duas cervºs de
purpura passantes, e uma bordadura vermelha cheia de escudinhos das armas de
Por: tugal; e no quarto tambem em campo de prata, uma aspa azul com cinco
besantes de ouro n’ella. Corôa de barão. Paquife dos metaes e côres das armas.
— Br. p. em 6 de ju nho de 1857. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 35.
(Conf. — L. A. Boulanger.)
38. FRANCIsco MARTINS DE ALMEIDA,
sargento-mór de guardas nacionaes, na prº vincia de S. Paulo, filho do
arcediago José Gomes de Almeida, que o legitimou; neto d0 coronel Jeronymo
Martins Fernandes, cavalleiro professo na ordem de Christo, e de Sua mulher D.
Josepha Caetana Leonor Mendes de Almeida; bisneto de João Gomes, e de sua
mulher D. Maria Fernandes; tataraneto de Francisco Gomes, e de sua mulher D.
Mariº Martins de Macedo. campo de prata tres cabeças de negro, com pendentes
nas orelhas e narizes e colares, tudo de ouro, postas em roquete; no segundo as
dos Martins, que são cortadas em faxa, na de cima de negro com duas pallas de
ouro, na de baixo em campo de ouro tres flôres de liz vermelho postas em contra
roquete; no terceiro quartel as dos Macedos, em campo azul cinco estrellas de
ouro de seis raios em santor; no quarto as dos Fernandes, em campo azul uma
torre de ouro, com seis bombardas de sua côr, quatro em cima e duas em baixo.
Elmo de prata guarnecido de ouro. Paquife dos metaes e côres das armas. Tim bre
dos Gomes, que é uma das cabeças do escudo e por diferença uma brica vermelha
com um F da prata. — Br. p. em 25 de outubro de 1855. Reg, no Cart. da N., liv.
VI, fl. 25. (Conf—L. A. Boulanger.)
39 FRANCIsco PEIxoto DE LACERDA WERNECK, barão
de Paty do Alferes com grandeza, commendador da ordem da Rosa, cavaleiro da de
Christo, natural e baptisado na freguezia de Nossa Senhora da Conceição do Paty
do Alferes, filho legitimo de Fran cisco Peixoto de Lacerda, capitão de
cavallaria da segunda linha em 1811, reformado ma jor da mesma arma em 1818,
condecorado com o habito de Christo em 1824 em renu meração de serviços, e de
D. Amelia de Werneck; neto pela parte paterna do capitão André Peixoto de Lacerda,
e de D. Gertrudes da Silveira Bittencourt, e pela materna do sar gento-mór
Ignacio de Sousa Werneck, e de D. Francisca das Chagas. Escudo esquartelado: no
primeiro as armas dos Peixotos, que são enxequetado de Ouro e azul de seis
peças em faxa, e no segundo as armas dos Lacerdas, que são de Cas tella e Leão,
em campo partido com as armas antigas de França, e assim dos contrarios. — Br. p.
em 26 de fevereiro de 1855. Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl. 18. (Conf.—L. A.
Boulanger.)
40. FRANCIsco TELLEs CosME Dos
REIS, juiz de paz com exercicio na freguezia de Jacarepaguá, cavaleiro da ordem
da Rosa, condecorado com o habito da ordem de S. Gre gorio Magno, fazendeiro e
proprietario na freguezia de Jacarepaguá no municipio neutr0. (Ascendencia e
brazão ver Pascoal Telles Cosme dos Reis) e por diferença no escudo uma brica
com a letra F. —Br. p. em 2 de setembro de 1868. deg, no Cart. da N., liv. VI,
fl. 101. • (Conf. — L. A. Boulanger.) .
41. FRANCIsco XAvIER DE OLIVEIRA,
barão de Campo-verde, proprietario e nego ciante na cidade do Recife, província
de Pernambuco. Escudo esquartelado: no primeiro e quarto em campo verde uma
oliveira de ouro com fructas de sinople e raizes de prata; no segundo e
terceiro, em campo de prata um Caduceo de azul posto em palla entre duas
estrellas de goles. Corôa de barão. Paquife das côres e metaés do escudo. — Br.
p. em 31 de julho de 1867. (M.N.) Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl. 84.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
42. FRUCTUoso PINTO DA CosTA,
barão de Catú, cavaleiro da ordem de Christo, #"… superior da guarda
nacional da Villa Jaguaipe, natural da provincia da à013. • Escudo partido em
duas faxas: na primeira em campo azul, dois colheireiros de prata, afrontados;
na segunda, em campo verde, uma sussurana de ouro deitada. — Br. p. em 31 de
agosto de 1864. (M. N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 66. (Conf.—L. A.
Boulanger) G
43. GERALDO RIBEIRO DE SOUSA REZENDE, moço fidalgo com exercicio na
casa im perial, proprietario e fazendeiro em Campinas, província de S. Paulo,
filho legitimo de Estevão Ribeiro de Rezende, natural da provincia de
Minas-Geraes, grande do imperio, marquez de Valença, senador pela provincia de
Minas-Geraes, membro honorario do an tigo conselho de estado, grã-cruz da ordem
de Christo, e dignitario da imperial do Cru zeiro, e de sua mulher D. Ilidia
Mafalda de Sousa Queiroz; neto pela parte paterna do coronel Severino Ribeiro,
natural de Lisboa, e de D. Josepha Maria de Rezende, natural da freguezia de
Prados, bispado de Marianna, e pela materna do brigadeiro Luiz Antonio de
Sousa, e D. Genebra de Barros Leitão; bisneto pela parte paterna de Estevão
Ribeiro, e de D. Leonarda Maria, naturaes de Lisboa, e bem assim de João de
Rezende Costa, natural da ilha de Santa Maria, e D. Helena Maria de Rezende,
natural da ilha do Fayal. Escudo esquartelado: no primeiro e quarto as armas de
Damião Dias Ribeiro, que são em campo azul um leopardo de prata passante, com
um chefe de ouro carregado dº estrellas de goles; no segundo as armas dos
Sousas, que são esquarteladas com as qui nas de Portugal, e as armas de Leão; e
no terceiro quartel as armas dos Rezendes, em campo de ouro duas cobras de
sable gotadas do primeiro, passantes e postas em palla; e pôr diferença uma
brica azul com uma flôr de ouro. Paquife dos metaes e das côres do brazão. Elmo
de prata guarnecido de ouro, Timbre o dos Ribeiros, o leopardo das ar mas, com
uma estrella de goles na espada. — Br. p. em 27 de junho de 1870. Reg, nº Cart.
da N. liv. VI, fl. 108.
44. HENRIQUE José DA SILVA, barão
de Ariró, proprietario e fazendeiro do muniti pio do Bananal, na província de
S. Paulo, e major da guarda nacional da mesma prº VlIlCl3. Escudo esquartelado:
no primeiro e quarto em campo de ouro, um leão de purpura rompente, tendo na
garra dextra um cafeeiro ao natural; no segundo e terceiro em campº de Sinople
um rio de prata ondeado de azul, entre seis besantes de ouro, com um cheiº de
prata, carregado de duas cabeças de indio afrontadas. Corôa de barão. Paquife
dº côrês e metaes do escudo. — Br. p. em 17 de setembro de 1869. (M.N.) Reg, no
Cart da N. liv. VI, fl. 105. (Conf.—L. A. Bonlanger.) (Conf.—L. A. Boulanger.)
45. HoNo Rio HERMETO CARNEIRO
LEÃO, marquez de Paraná, conselheiro de estadº, senador do imperio, presidente
do conselho de ministros, ministro e secretario de estadº dos negocios da
fazenda, e presidente do tribunal do thesouro nacional, provedor da Santº casa
da misericordia, grão-cruz da ordem de Christo, e oficial da ordem imperial dº
Cruzeiro. qua tro flôres de liz de azul e quatro folhas de figueira ao natural,
sendo o primeiro de goles e o esquerdo de azul, e sobre elles um leão de ouro
rompente, armado de prata; terceiro e quarto, em campo de goles, uma banda de
azul acoticada de ouro, com tres flôres de liz do mesmo metal, entre dois
carneiros de prata, passantes, armados de ouro. Corôa de marquez. Timbre o leão
do escudo com uma folha de figueira na testa; divisa — Cor unum via una. — Br.
p. em 28 de novembro de 1855. (M.N.) Reg. no Cart. da N. VI, liv. 26. (Conf.—L.
A. Boulanger.)
46. IGNAcio BARB os A Dos SANTos
WERNECK, barão de Bemposta, proprietario e fazendeiro na freguezia de S. José
do Rio-Preto na Parahyba do Sul. Em campo de prata um cafeeiro de sinople com
fructas de goles, acompanhado em chefe de duas estrellas do mesmo; e uma
bordadura de azul, carregada de oito besan tes de ouro. — Br. p. em 1 de
dezembro de 1868. (M. N.) Reg. no Cart. da N. liv. VI, fl. 103. (Conf. — L. A.
Boulanger.)
47. IRENÊo EvANGELISTA DE SOUSA,
barão de Mauá, commendador da ordem da Rosa. Escudo partido em faxa; no primeiro
de ouro, uma locomotiva e trilhos de sable; no segundo de azul, um navio a
vapor de prata em um mar do mesmo; bordadura de goles, carregada de quatro
lampeões de gaz, de ouro, com chamma de vermelho, dois em chefe e dois em
ponta. Corôa de barão. Tenans dois mercurios de carnação com manto de azul,
azas, caducêo e bolsa de ouro. Divisa: Labor improbus omnia vincit.— Br. p. em
28 de dezembro de 1855. (M.N.) Reg. no Cart. da N. liv. VI, fl. 27. (Conf.—L.
A. Boulanger.)
48. JACINTo Alves BARBosA, barão
de Santa Justa com grandeza, proprietario e fazendeiro no municipio da Parahyba
do Sul, e na provincia de Minas-Geraes. Em campo de ouro um leão de sinople
rompente armado de goles, tendo na garra dextra um ramo de cafeeiro ao natural;
bordadura de goles, com oito besantes de prata. Pa quife das côres e metaes das
armas. — Br. p. em 25 de maio de 1867. (M.N.) Reg, no Cart. da N. liv. VI, fl.
77. (Conf.—L. A. Boulanger.)
49.. JACINTo PAEs DE MENDoNÇA,
fidalgo da casa imperial, bacharel em leis pela fa culdade do Recife,
commendador da ordem de Christo, e da Ordem da Rosa, comandante superior da
guarda nacional do Porto-Calvo, deputado á assembléa geral legislativa pela
provincia das Alagoas, segundo vice-presidente da dita província, natural e
baptisado na freguezia de Nossa Senhora da Apresentação, da villa do
Porto-Calvo, provincia das Ala gôas, filho legitimo do tenente coronel Bernardo
Antonio de Mendonça, e de sua mulher D. Anna Barbara de Mattos Castello-branco;
neto pela parte paterna do desembargador Jösé de Mendonça de Mattos Moreira,
juiz de fóra da villa de Odemira, natural de Albu feira, reino do Algarve, e
pela parte materna do desembargador Joaquim Pereira de Mat tos Castello-branco;
bisneto do sargento-mór José de Mendonça Vieira, e de sua mulher D. Barbara
Francisca Xavier de Mattos Moreira; terceiro neto de Francisco Dias Vieira e
Sousa. Escudo esquartelado: (ver o de Manuel Joaquim de Mendonça
Castello-branco.)— Br. p. em 13 de setembro de 1861. Reg, no Cart. da N. liv.
VI, fi. 49. • (Conf.—L. A. Boulanger.)
50. JESUINO LAMEG o CosTA,
segundo barão da Laguna, chefe de esquadra, conse lheiro de guerra, inspector
do arsenal de marinha da côrte, dignitario da ordem da Rosa, commendador da de
S. Bento de Aviz, de Nossa Senhora da Conceição da Villa-Viçosa de Portugal, da
real ordem hespanhola de Carlos III, e da ordem holiandeza do Leão Neer landez,
oficial da imperial ordem do Cruzeiro e da Legião de honra de França, condeco
rado com a medalha de ouro da passagem do Tonelero, deputado á assembléa geral
le: gislativa pela provincia de Santa Catharina. Em campo de ouro um chaveirão
de goles, acompanhado á dextra de um esquadro de azul, movente de norte de uma
bussola do mesmo; á sestra de um gallo de azul cam tante cristado e barbado de
goles, e na ponta de uma ancora de sable. Chefe de azul com quatro estrellas de
prata. Corôa de barão. Paquife das côres e metaes do escudo. — Br. p. em 25 de
julho de 1871. (M.N.) Reg, no Cart, da N, liv. VI, fl. 116. (Conf.—L. A.
Boulanger.)
51. JoÃO ANToNIo DE ARAUJo
FREITAS HENRIQUEs, bacharel, cavaleiro da Ordem de Christo, juiz de direito da
comarca de Goyana, na provincia de Pernambuco, filho le gitimo do coronel João
Joaquim de Freitas Henriques. Escudo partido em pala: a primeira partida em
faxa, tendo em cima as armas dos Freitas, em campo vermelho cinco estrellas de
ouro de seis pontas cada uma postas em aspa; e por baixo as dos Henriques, em campo
de prata dois leões de purpura bala lhantes, e um manteler de vermelho,
carregado de um castello de ouro, lavrado de pretº; na segunda palla,
esquartelada, as armas dos Esmeraldos, que são: no primeiro quartel de prata
uma banda de preto; e no contrario do mesmo, um leão do mesmo, e sobre ellº um
filete em banda; no segundo de azul, uma faxa de ouro, e no contrario do mesm0,
uma banda de prata fimbrada de goles. Elmo de prata guarnecido de ouro. Paquile
d0S metaes e côres das armas. Timbre o dos Freitas, dois braços de leão de ouro
cm aspa. — Br. p. em 23 de agosto de 1860. Reg, no Cart. da N. liv. VI, fl. 45.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
52. JOSE BAPTISTA PEREIRA Lobo,
inspector da thesouraria provincial de rendas publicas da provincia de
Pernambuco, oficial da ordem da Rosa, cavaleiro da Ordem de Christo, natural e
morador na cidade do Recife da mesma provincia; filho legitimo de Jo㺠Baptista
Pereira Lobo, e de sua mulher D. Maria Francisca de Gusmão ambos da mesmº
cidade do Recife; neto pela parte paterna do capitão Manuel Pereira Lobo, rico
home", natural da cidade de Lamego em Portugal, freguezia da Sé, e de D.
Maria do Espirilº Santo, natural da mesma cidade do Recife; pela materna neto
do sargento-mór Filippe Rodrigues Campello, fidalgo da casa real, e de D. Ignez
Francisca de Gusmão, filho lºgº timo do capitão Belchior Mendes de Carvalho, e
sua mulher D. Maria Tavares de Lirº mulher D. Thereza de Jesus Correa de Brito,
ambos da mesma cidade do Recife; por parte ma terna bisneto do sargento mór
Manuel Rodrigues Campello, cavalleiro professo na ordem de Christo, e fidalgo
da casa real, filho legitimo de outro sargento-mór Antonio Rodrigues Campello,
natural da villa de Vianna de Lima, e D. Ignacia dos Ramos Reis, natural da
mesma cidade do Recife; sendo a mulher do referido Manuel Rodrigues Campello,
D. In nocencia de Brito Falcão, filha do capitão Luiz Braz Bezerra, e de sua
mulher D. Fran cisca Sanches del Poço. Terceiro neto do capitão Floriano Correa
de Brito, e de sua mu lher D. Luiza Carneiro da Silva, e tambem terceiro neto
do doutor Domingos Filippe de Gusmão, natural da cidade de Tavira (Portugal) e
de sua mulher D. Maria Tavares de Lira, natural da sobredita cidade do Recife;
quarto neto do capitão-mór Francisco Ribeiro
da Silva, natural da cidade de Braga, e bem assim quarto neto do fidalgo
Manuel Rodrigues, natural de Refojos de Lima, casado com D. Natalia Domingues
Campello, natural de Vianna de Lima, em Portugal, e do capitão Francisco
Rebello de Barros, natural de Ca minha, e de sua mulher D. Maria da Rocha de
Barros Reis, natural d'aquella mencionada villa; quinto neto do capitão-mór
Pedro Ribeiro da Silva, natural da cidade de Braga, e bem assim quinto neto de
Domingos Gonçalves Campello, natural do Prado, casado com D. Justa Gonçalves
Campello; e de sua mulher e prima D. Paschoa de Faria Lobo, filha de João Lobo
Pinheiro de Faria, e de sua mulher D. Jeronyma de Antas da Silveira, da família
dos Pinheiros, alcaides-móres de Barcellos, fidalgos aparentados com a maior
parte dos grandes do reino, descendentes da noblissima familia dos Villas-boas,
senhores da casa de Ayró, dos Annes de Moraes do conselho de Baião, e quinta do
Quelhas em S. Bartholomeu de Campello, e senhores da casa de Camprosa,
marquezes d’este titulo, enla çados com as illustres varonias dos Lobos,
Silveiras, barões de Alvito, e condes de Oriola e de Sarzedas. Um escudo
esquartelado: no primeiro quartel as armas dos Campellos, que são as mesmas dos
Moraes, partidas em palla; na primeira em campo vermelho e sobre um rio uma torre
de prata; e na segunda palla, em campo de prata, uma amoreira verde; no se
gundo quartel as armas dos Gamas, que são quinze escaques de ouro e vermelho,
tres peças em palla, e cinco em faxa, e as peças vermelhas acoticadas com duas
faxas de prata e um escudo das armas de Portugal no meio; no terceiro quartel
as armas dos Regos, em campo verde uma larga banda perfilada de prata e ondeada
de agua azul, e sobre ella três vieiras de ouro; no quarto quartel as dos
Lobos, que são em campo de prata cinco lobos pretos postos em aspa, e armados
de vermelho. Elmo de prata e guarnecido de Ouro. Timbre dos Campellos, que é a
amoreira verde de suas armas, e por diferença uma brica de prata com trifolio
azul. — Br. p. em 24 de novembro de 1846. Reg. no Cart, da N., liv., vi fl. 4.
(Conf—L. A. Boulanger.)
53. Jo Âo CALDAs VIANNA FILHO,
proprietario e fazendeiro no municipio de Campos, provincia do Rio de Janeiro,
filho legitimo do doutor João Caldas Vianna, advogado n’esta côrte, e de sua
mulher D. Margarida Perpetua Pessanha Vianna; neto por parte paterna do capitão
Paulo Francisco da Costa Vianna, e de sua mulher D. Maria Joaquina do Nas
cimento Reis, filha do coronel Joaquim Vicente dos Reis Barroso, riquissimo
homem da Villa de Campos; e por parte materna do conselheiro Dionysio de
Azevedo Pessanha e Vilhegas Castello-branco, ao qual se passou brazão de armas
em 2 de agosto de 1814, onde está justificada sua descendencia das nobres
familias dos Pessanhas, Azevedos, Vilhegas, Castello-brancos e Telles de
Tavora, que foram pessoas de qualificada, antiquissima e co nhecida nobreza:
João Telles de Tavora, seu decimo terceiro avô, era descendente, con forme a
Historia genealogica da Casa real portugueza, de el-rei D. Afonso Henriques.
Escudo esquartelado: no primeiro quartel as armas dos Vilhegas, que são em
campo de prata uma cruz de negro florida e aberta, entre oito caldeiras da
mesma cór, com azas formadas de serpes tambem negras; no segundo as dos
Castello-brancos, que são em campo azul um leão de ouro armado de sanguinho; no
terceiro quartel as dos Azevedos, que é esquartelado, o primeiro de ouro, com
uma aguia preta estendida, o segundo de azul com cinco estrellas de prata em
aspa, e uma bordadura vermelha. cheia de aspas de ouro, e assim dos contrarios;
no qnarto as dos Pessanhas, que são em campo de prata uma banda de vermelho
dentada, carregada de tres flôres de liz de prata. Elmo de prata aberto,
guarnecido de ouro. Paquife dos metaes e côres das armas. Timbre dos Vilhegas,
que é dois braços armados de prata, com uma caldeira das armas nas mãos; e por
dife rença uma brica vermelha com uma estrella de ouro. — Br. p. em 18 de junho
de 1863. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 56. (Conf.—L. A. Boulanger.)
54. JoÃO DE FIGUEIREDO PEREIRA DE
BARROS, barão de Fonseca, oficial da Ordem da Rosa, e proprietario na côrte e
provincia do Rio de Janeiro. Escudo partido de azul e prata; no primeiro um
castello de ouro, acompanhado em chefe de uma aguia de prata estendida; no
segundo um leão de goles rompente, armado de sable, tendo na boca uma espada de
azul com punho de ouro. Corôa de barão. Di visa: Libenter. --Br. p. em 11 de
dezembro de 1867. (M. N.) Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl. 95. (Conf.—L. A.
Boulanger.)
55. JoÃO GOMES DE CARVALHO, barão
de Barra-Mansa com grandeza, commendador da ordem de Christo e da de Nossa
Senhora da Conceição de Villa-Viçosa de Portugal, proprietario e fazendeiro no
municipio de Barra-Mansa da provincia do Rio de Ja IlelI'O. Escudo esquartelado:
no primeiro e quarto em campo de ouro tres cabeças de indios araris com um
turbante de pennas de côres, postas em roqnete; no segundo e terceiro em campo
de goles um pelicano de ouro, em um ninho mordendo as entranhas para com seu
sangue nutrir os filhos, tendo um chefe de azul com tres bolotas de prata. Paquife
dos metaes e côres do brazão. Corôa de conde. Timbre uma das cabeças dos indios
do escudo. Divisa: Ambitio et invidia sit procul. Differença uma brica de prata
com um ramo de cafeeiro de sinople, e bordadura de azul, — Br. p. em 18 de
julho de 1867. (M. N.) Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl. 82. (Conf. — L. A.
Boulanger.)
56. João Go MEs FERREIRA VELLozo,
primeiro barão da villa do Conde, doutor em direito, cavaleiro da ordem da
Rosa, natural da Bahia, proprietario e fazendeiro da mesma provincia. * Escudo
esquartelado de sinople e ouro: no primeiro duas pennas de ouro postas em aspa;
no segundo um barrete de magistrado de sable com arminhos; no terceiro duas
cannas de assucar ao natural em aspa; no quarto um annel de ouro coberto de um
ru bim. Corôa de barão. — Br. p. em 24 de janeiro de 1872. (M.N.) Reg. no Cart.
da N., liv. VI, fl. 119. (Conf.—L. A. Boulanger.)
57. JoÃo GoMES DE MELLo, barão de
Marvim com grandeza, senador do imperi0, commandante superior reformado da
guarda nacional da cidade de Marvim da pr0 vincia de Sergipe, commendador da
ordem de Christo, cavaleiro da imperial ordem do Cruzeiro, cemmendador da ordem
de S. Gregorio Magno de Roma, natural da pro vincia de Sergipe. Escudo partido
em palla de prata e goles: no primeiro um leão de sable rompente, e no segundo
seis besantes de prata entre uma dobre cruz de ouro, Corôa de conde. Tim (M.N.)
Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 81. (Conf.—L. A. Boulanger.)
58. JOÁO GOMES RIBEIRO DE AVELLAR, primeiro barão da Parahyba com
grandeza, commendador da ordem de Christo, e da ordem da Rosa. Um escudo
esquartelado: no primeiro e quarto quarteis, em campo verde, um leo pardo de
ouro passante, e um chefe de ouro, com tres estrellas de goles; ao segundo e
terceiro, em campo de ouro tres faxas de azul, com tres besantes de prata cada
uma; e no centro um escudete, tendo em campo de prata um ramo de cafeeiro e uma
canna de assucar ao natural postos em aspa. Corôa de conde, como grande do imperio.
— Br. p. em 31 de dezembro de 1858. (M.N.) Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl.
39. (Conf. —L. A. Boulanger.)
59. JOÃO HUET BACELLAR PINTO GUEDES SOUTO-MAIOR, fidalgo cavaleiro da
casa imperial, coronel graduado e reformado do extincto corpo da brigada,
oficial da imperial ordem do Cruzeiro, cavaleiro da militar de S. Bento de
Aviz, e da da Rosa, natural e bapti sado na freguezia de S. Martinho de
Recezinhos da cidade do Porto, filho legitimo do fidalgo cavalleiro da casa
real de Portugal, Duarte Claudio Huet de Bacellar Souto-Maior, senhor do
morgado de Pavoiso d'aquella mesma cidade, e de D. Anna Joaquina Guedes de
Carvalho Vasconcellos e Menezes,
senhora do morgado de Canavezes, ambos moradores na quinta do Föfo; neto por
parte paterna de Lourenço Huel de Bacellar Souto-Maior, e de D. Vi ctoria de
Lacerda de Pinho Pereira, e pela materna de Victoriano José Mendes de Carva
lho, e de D. Angelica Maria Guedes, ambos naturaes da cidade do Porto; bisneto
paterno do fidalgo cavaleiro Duarte Claudio Huet Souto-Maior, e de D. Maria
Josepha de Freitas, e materno de Diogo Moreira Cardoso de Vasconcellos, e de D. Josepha Violante de Vasconcellos, naturaes da villa da Feira, da cidade do Porto; e bem
assim bisneto de Bernardo Mendes de Carvalho, e de D. Maria Camello de Sousa,
senhores e moradores na quinta de Fôfo, e mais de Luiz Pinto da Fonseca, e de
D. Luiza da Fonseca Pinto, naturaes do logar de Grades, bispado de Viseu;
terceiro neto paterno do fidalgo cavalleiro da casa real Vicente Huet de
Souto-Maior, commendador e alcaide-mór de Villa-nova de Mil-Fontes, brigadeiro
e governador de Valença do Minho, e sua mulher D. Thereza Isabel de Almeida Machado Porto-Carreiro, herdeira do
morgado dos Pintos em Braga e do padroado da Conceição, descendentes das
principaes familias do Minho; quarto neto paterno do fidalgo cavalleiro Duarte
Claudio Huet, cavalleiro alemão que se alistara ao serviço do senhor infante D.
Duarte de Portugal, a quem servira como seu camareiro na prisão do castello de
Milão, com tanto amor e lealdade que por morte do dito infante fôra este
cavalleiro nomeado por elle seu testamenteiro; e como viesse a Portugal prestar
contas d’esta tes tamentaria, em renumeração d’estes e outros serviços
relevantes fôra nomeado cavalleiro da ordem de Christo, e commendador de S. Gil
de Portugal, Onde casára com D. Cons tança Malheiro Souto-Maior, filha de
Marcos Malheiro Pereira de Bacellar, alcaide-mór de Villa-nova de Mil-Fontes,
commendador de Nossa Senhora da Graça, senhor da casa, torre e honras de Mira
da casa de Bacellar, além de Senhor do Solar e paço de Antas, e da honra e
solar de Coroneis. Escudo esquartelado: no primeiro quartel as armas dos Huets,
em campo azul tres flôres de liz de ouro, postas em roquete; no Segundo quartel
as dos Bacellares, em campo de ouro um bacello verde de duas Verguntas
retorcidas postas em pala, com quatro cachos de purpura; no terceiro quartel as
dos Pintos, em campo de prata cinco crescentes de luas vermelhas em aspa; no
quarto quartel as de Souto-Maior, em campo de prata tres faxas enxequetadas de
ouro e vermelho de tres peças em pala. Corôa a dos duques de Souto-Maior, por
assim ter sido concedida á sua descendencia. Paquife dos metaes e côres das
armas. Timbre o dos Huels; uma flôr de liz de ouro collocada sobre a corôa.
—Br. p. em 25 de março de 1849. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 9. (Conf.—L.
A. Boulanger.)
60. JoÃo Jo AQUIM DA CUNHA REGo
BARRos, segundo barão de Goyana, dignitario da ordem da Rosa, commendador da de
Christo, coronel commandante superior da guarda nacional de Goyana, na
provincia de Pernambuco. Escudo partido de sinople e de goles; no primeiro as
armas dos Regos, uma banda de prata, ondeada de azul, e sobre ella tres vieiras
de ouro; no segundo as armas dos Barros, tres bandas de prata e no meio nove
estrellas de ouro 1, 3, e 2. Campanha de ouro com uma canna de assucar e um
ramo de cafeeiro ao natural, postos em santor, este em barra, aquella em banda.
Corôa de barão. Paquife das côres e metaes do escudo. — Br. p. em 30 de agosto
de 1870. (M. N.) Reg, no Cart. da N., fl. 110. (Conf. — L. A. Boulanger.)
61. JoÃO PEREIRA DARRIGUE FAR o,
moço fidalgo com exercicio na casa imperial, natural e baptisado na cidade do
Rio de Janeiro, filho legitimo de João Pereira Darrigue Faro, coronel chefe da
quinta legião da guarda nacional, commendador da ordem de Christo, cavalleiro
da ordem imperial do Cruzeiro, oficial da ordem da Rosa, visconde do
Rio-Bonito, com grandeza, que foi vice-presidente da provincia do Rio de
Janeiro, director e vice-presidente do banco do Brazil, moço da camara da
imperial guarda-roupa, veador de sua magestade a imperatriz; e de sua mulher D.
Marianna Joaquina da Fonseca; neto paterno de Joaquim José Pereira de Faro,
natural da cidade de Braga no reino de Portu gal, commendador da ordem de
Christo, cavaleiro da imperial ordem do Cruzeiro, coro nel reformado do
extincto primeiro regimento de infanteria da segunda linha do exercito, e
primeiro barão do Rio-Bonito, e de sua mulher D. Anna Rita de Faro; bisneto de
Josè Pereira de Faro, natural do reino de Galliza, e de sua mulher D. Francisca
Thereza Pereira Fernandes de Sá; terceiro neto de Jacob de Bugarim Sá e
Sarmento, natural de Galliza; quarto neto de D. Gregorio de Sá, natural da
villa de Ponte de Lima, do reino de Portugal. Escudo esquartelado: (Ver o de
José Pereira de Faro.) — Br. p. em 20 de maio de 1857. Reg. no Cart. da N.,
liv. VI, fl. 34. (Conf.—L. A. Boulanger.)
62. JoÃo RodRIGUEs DE ARAUJo,
fidalgo cavalleiro da casa imperial, conego, juiz de casamentos e dispensas
matrimoniaes, commendador da ordem de Christo. Em campo de prata, uma aspa
azul, com cinco besantes de ouro em ela. Chapé0 preto, com cordões da mesma
côr, — Br. p. em 12 de novembro de 1856. (M. N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI,
fl. 32. (Conf.—L. A. Boulanger.)
63. JOÃO
DA SILVA MACHADO, primeiro barão de Antonina, senador do imperio, fidalgo
cavalleiro e veador honorario da casa imperial, grande dignitario da ordem da
Rosa, oficial da imperial do Cruzeiro.
Em campo de prata um leão de
purpura armado de goles, tendo na garra dextra um catechismo e um rosario de
ouro, e na espadoa um machado do
mesmo, acompanhado á direita de um indio ao natural, virado para a esquerda
depondo as armas, que são de ouro. — Br. p. em 17 de setembro de 1859. (M. N.)
Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 40. (Conf.—L. A. Boulanger.)
64. JoAo UIM CANDIDO SOARES DE
MEIRELLEs, chefe de divisão graduado, cirur gião-môr da armada, cavaleiro da
ordem de S. Bento de Aviz, oficial da imperial ordem do Cruzeiro, e commendador
da Ordem da Rosa, de goles uma cruz florida de ouro, vazia do campo; no segundo
e terceiro, as dos Soares, tambem em campo de goles uma torre de prata; e no
meio um escudete, tendo em campo de ouro uma ancora de sable, carregada de uma
cobra de sinople, enroscando uma verga de prata. Elmo de prata guarnecido de
ouro. Timbre um lebreo de sable com a boca aberta. Paquife das côres e metaes
das armas. — Br. p. em 1 de maio de 1862. (M. N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI,
fl. 52. (Conf.—L. A. Boulanger.)
65. JOAQIM JosÉ GOMES DA SILVA, barão
de Villa-Maria, fazendeiro e lavrador em Albuquerque, provincia de
Matto-grosso. Em campo de ouro, um indio ao natural cortando a canna de assucar
com um po dão de azul, em um canavial de verde. Campanha de azul, carregada de
um pira-pitanga (peixe) de prata, com barbatanas e rabo de goles. Divisa: Famam
extendere factis hoc virtutis opus, — Br. p. em 28 de fevereiro de 1863. (M.
N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 55. (Conf.—L. A. Boulanger.)
66. JoAQUIM JosÉ PEREIRA DE FAR
o, fidalgo cavalleiro da casa imperial, cavaleiro professo da ordem de Christo,
e cavaleiro da imperial ordem do Cruzeiro, coronel refor mado do extincto
regimento de infanteria de segunda linha do exercito, membro da junta
administrativa da caixa de amortisação da divida publica, negociante
matriculado pela junta do commercio, natural da cidade de Braga no reino de
Portugal; filho legitimo do mer cador José Pereira de Faro, natural do reino de
Galliza, e de sua mulher D. Francisca Thereza Pereira Fernandes de Sá, natural
da cidade de Braga no reino de Portugal; neto paterno de Jacob de Bugarim Sá e Sarmento,
natural de Galiza; e pela materna de Anto nio Pereira, natural da cidade de
Braga, bisneto paterno de D. Gregorio de Sá, natural da Villa de Ponte de Lima,
do reino de Portugal, e pela materna de Manuel Pereira, na tural da cidade de
Braga. Escudo partido em pala: na primeira pala as armas dos Pereiras, que são
em campo Vermelho uma cruz de prata florida, vazia de campo; na segunda pala as
armas dos Fa ros, que são em campo de prata, uma aspa Vermelha, e sobre a aspa
cinco escudos das quinas do reino, sem a orladura dos castellos. Elmo de prata
aberto guarnecido de Ouro. Paquife dos metaes e côres das armas. Timbre o dos
Faros, que é meio cavallo branco com tres lançadas no pescoço em sangue,
bridado de ouro com cabeçadas e redeas de vermelho. E por diferença uma brica
azul com uma estrella de ouro, — Br. p. em 24 de março de 1841. Reg. no Cart.
da N., liv. VI, fl. 3. (Conf.—L. A. Boulanger.)
67. JOAQUIM MIGUEL RIBEIRO LISBOA, baptisado na freguezia de S. João
Baptista de Nitheroy, capital da provincia do Rio de Janeiro, filho legitimo de
Miguel Maria Lis boa, natural da cidade do Rio de Janeiro, do conselho de sua
magestade o imperador, grande dignitario da ordem da Rosa, commendador da Ordem
de Christo, enviado extra ordinario e ministro plenipotenciario do Brazil nos
Estados-Unidos, e de D. Maria Isabel de Andrade Lisboa, natural d’esta cidade;
neto por parte paterna de José Antonio Lisboa, natural d’esta cidade, do
conselho de sua magestade o imperador, commendador da or dem de Christo,
deputado da junta do commercio, agricultura, fabricas e navegação; o qual foi
no reinado do senhor D. João VI chamado a dar conselho no conselho de estado
d'aquelle augusto senhor, e no reinado do senhor D. Pedro I ministro e
secretario de estado dos negocios da fazenda; e de sua legitima mulher D. Maria
Euphrasia de Lima Lisboa natural da provincia do Rio-Grande do Sul; neto pela
parte materna de João José de An drade Pinto, natural da cidade de Lisboa,
fidalgo cavaleiro da casa real de Portugal, gentil-homem da imperial camara,
commendador da ordem de Christo, oficial da da Rosa, e de sua legitima mulher
D. Maria José de Paiva e Andrade, natural da cidade da Bahia, dama honoraria de
sua magestade a imperatriz; bisneto pela parte paterna do capitão José Antonio
Ribeiro, natural da villa de Famelicão, no reino de Portugal, cavalleiro pr0
fesso na ordem de Christo, e de sua legitima mulher D. Barbara da Conceição de
Jesus, natural da ilha do Pico; tambem bisneto pela parte paterna do capitão
Francisco Marques Lisboa, natural do reino de Portugal, cavaleiro professo na
ordem de Christo, e de sua legitima mulher D. Euphrasia de Azevedo Lima,
natural da provincia do Rio-Grande do Sul; bisneto pela parte materna de
Caetano José de Campos e Andrade, natural de Lis boa, fidalgo cavaleiro da casa
real de Portugal, guarda-roupa de sua magestade fidelis sima, e de sua legitima
mulher D. Isabel Germana Jorge, natural de Lisboa; tambem bis neto pela parte
materna de Antonio Soares de Paiva, natural da villa da Colonia, na provincia
de Montevideo, e de sua legitima mulher D. Bernardina de Azevedo Lima, natural
da pro vincia do Rio-Grande do Sul; terceiro neto pela parte paterna de Manuel
Luiz Seraphim Ribeiro, natural da villa de Famelicão no reino de Portugal, e de
sua legitima mulher D. Maria Ribeiro Fidalgo, natural da mesma villa, terceiro
neto pela parte paterna de Luiz Marques de Oliveira, natural de Portugal, e
capitão-mór da vila de Famelicão naquele reino, e de sua legitima mulher D.
Thereza Ribeiro Fidalgo, natural do mesmo rein0, e tambem terceiro neto, tanto
pela parte paterna como pela materna, de Domingos de Lima e Veiga natural de
Portugal, e escrivão da junta da fazenda da província de S. Paulo, e de sua
legitima mulher D. Gertrudes de Araujo Paes Leme, natural de Sorocaba na pro
vincia de S. Paulo; e tambem terceiro neto pela parte materna de José Caetano
Sergio de Andrade, natural da cidade de Lisboa, fidalgo cavalleiro da casa real
de Portugal, º guarda-roupa de sua magestade fidelissima, e de sua legitima
mulher D. Helena Rita Sei xas de Andrade; quarto neto pela parte paterna de
Manuel Luiz Ribeiro, natural de Portu gal, e de sua mulher D. Seraphina da
Conceição, natural do mesmo reino; e tambem quarto neto pela parte paterna de
Manuel Francisco Arrojado, natural de Portugal, e filho segundo do morgado da
quinta dos Arrojados; e de sua legitima mulher D. Isabel Ribeiro Fidalgo,
natural do mesmo reino; e tambem quarto neto pela parte paterna, como pela
materna, de Marçal de Lima, natural de Portugal e descendente dos senhores de
Ponte de Lima em Portugal; e tambem quarto neto, tanto pela parte paterna como
pela materna, de Pedr0 de Araujo Paes, natural da província de S. Paulo, e de
sua legitima mulher D. Marianna Leme Garcia, natural da mesma provincia; e
tambem quarto neto pela parte materna de Caetano de Andrade Pinto, natural de
Portugal, fidalgo cavalleiro da casa real de Portugal, guarda-roupa de sua
magestade fidelissima, e aio do senhor rei D. José, e de sua legitima mulher D.
Maria Thereza Leonor da Veiga e Cidade; quinto neto pela parte materna de Ma
nuel Campos e Andrade,natural de Lisboa, fidalgo cavaleiro da casa real de
Portugal e guarda roupa de sua magestade fidelíssimº; sexto neto pela parte
materna de João Campos e Anº drade, natural de Portugal, fidalgo cavaleiro da
casa real de Portugal e contador do rein0. Escudo esquartelado: no primeiro
quartel as armas dos Ribeiros, que são em campº de oiro tres faxas verdes; no
segundo as armas dos Limas, que são partidas em trº palas; a primeira de
Aragão, quatro faxas vermelhas; e nas outras duas palas, o escudo esquartelado
dos Silvas, isto é em campo de prata um leão de purpura, armado de azul, no
terceiro quartel as armas dos Andrades, em campo verde uma banda de goles acoti
cada de ouro, com duas cabeças de serpes; no quarto quartel as armas dos
Pintos, em campo de prata cinco crescentes de lua de goles, postos em aspa.
Timbre dos Oliveirºs, que é uma aspa de prata com uma flôr de liz de ouro. —
Br. p. em 20 de agosto de 1864. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 64. (Conf. —
L. A. Boulanger.)
68. JoAQUIM PINTO NETTO Dos Reis,
primeiro barão de Carapebús, commendador das ordens de Christo e da Rosa, moço
da camara da imperial guarda roupa, bacharel formado em direito pela
universidade de Coimbra, tenente coronel commandante do 13.º batalhão da guarda
nacional da provincia do Rio de Janeiro, natural e baptisado na fre guezia de
S. Salvador dos Campos dos Goytacazes; filho legitimo do guarda mór Bernardo
Pinto Netto da Silva, natural do reino de Portugal, e irmão-germano do capitão
Jeronymo Pinto Netto, pae de Manuel Pinto Netto Cruz, primeiro barão de Muriahé
com grandeza, fidalgo cavalleiro da casa imperial, commendador da ordem de
Christo, e de sua mulher D. Anna Maria Pereira, natural dos Campos dos
Goytacazes; neto por parte paterna de Manuel Pinto dos Reis, e de sua mulher D.
Josepha da Costa, ambos naturaes do reino de Portugal; neto por parte materna
de Gervasio Caetano Peixoto, e de sua mulher D. Leonor Pereira de Sampaio,
ambos naturaes dos Campos dos Goytacazes. Escudo esquartelado: no primeiro e
quarto as armas dos Pintos, em campo de prata cinco crescentes de lua vermelhos
postos em aspa; no segundo e terceiro as dos Nettos, campo partido em pala
vermelho e azul, e sobre tudo um leão de ouro rompente armado de prata, e uma
bordadura de ouro com quatro flôres de liz de azul, e quatro folhas de figueira
ao natural. Corôa de barão. Timbre o leão das armas com uma folha de figueira
na testa. Paquife das côres e metaes do escudo. — Br. p. em 10 de maio de 1855.
Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 20. (Conf.—L. A. Boulanger.)
69. JoAQUIM DE SousA LEÃo, barão
de Campo-Alegre, natural e residente na pro Vincia de Pernambuco, oficial da
ordem da Rosa, major commandante de uma secção da reserva da guarda nacional.
(Ver as armas de Domingos Francisco de Sousa Leão, barão { #"…). — Br. p.
em 30 de agosto de 1867. (M. N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI, (Conf.—L. A.
Boulanger.)
70. JosÉ DE AGUIAR ToLEDo, primeiro
barão de Bella-Vista, commendador da ordem de Christo, cavaleiro da ordem da
Rosa, tenente coronel commandante do batalhão de infanteria da guarda nacional
da cidade do Bananal, proprietario com fazendas de café Ila província de S.
Paulo. Escudo esquartelado: no primeiro em campo de ouro uma aguia de vermelho,
ar mada de preto estendida; no segundo enxequetado oito peças de prata e sete
de azul. No meio um escudete tendo em campo de ouro um cafeeiro ao natural.
Corôa de barão. Tim bre a aguia das armas. — Br. p. em 30 de junho de 1855.
(M.N.) Reg. no Cart, da N., liv. VI, fl. 23. (Conf—L. A. Boulanger.)
71. JOSE ALEXANDRE PEREIRA
CoDEco, natural da cidade de Campos dos Goyta Cazes, filho legitimo de Candido
José Pereira Codeço, cavaleiro da Ordem de Christo, e de sua mulher D. Anna
Francisca Candida Torres; neto por parte paterna de Alexandre José Pereira
Codeço, e de sua mulher D. Maria de Sousa Rodrigues; e pela materna do
guarda-mór Vicente Torres Homem, e de sua mulher D. Joaquina Gomes de Sousa;
bis neto paterno do capitão Estevão Ribeiro
de Alvarenga, a quem o rei de Portugal D. Pe dro II concedeu brazão de armas de
nobreza e fidalguia. , , Escudo orlado de ouro; em campo azul cinco estrellas
de prata postas em aspa. Timbre um leão de purpura rompente com uma espada de
ouro na mão direita, e uma estrella de prata na esquerda sobre um elmo de
prata. — Br. p. em 29 de dezembro de 1866. Reg. no Cart. da N., liv. vi, fl.
72, (Conf.—L. A. Boulanger.)
72. José Alves RANGEL, barão de
S. João da Barra com grandeza, cavalleiro da or dem de Christo, oficial da
ordem da Rosa. Escudo partido em pala; na primeira de vermelho um gallo de
prata andando, cris tado e armado de ouro; na segunda de ouro uma dextra ao
natural, tendo uma canna de assucar de sinople, posta em pala. Uma bordadura de
azul carregada em chefe da insignia da ordem de Christo, e em ponta da medalha
de oficial da ordem da Rosa; e em baixo do escudo por divisa: Vele n'essa
gloria, que é o anagramma do appelido José # Rangel. — Br. p. em 24 de março de
1855. (M. N.) Reg. no Cart. da N., liv. vi, fl. 19. (Conf.—L. A. Boulanger.)
73. JosÉ ANToNIo CoRREA DA
CAMARA, segundo visconde de Pelotas com gran deza, marechal de campo,
dignitario da ordem imperial do Cruzeiro, commendador da ordem de S. Bento de
Aviz, oficial da da Rosa; condecorado com as medalhas, de prata do exercito no
estado oriental do Uruguay em 1852, do merito, e de ouro do exercito no
Paraguay. Escudo esquartelado: no primeiro quartel um campo de ouro fretado de
correas de goles, repassadas umas por outras; no segundo quartel esquartelado
em aspa, sendo º chefe e a ponta enxequetados de ouro e azul, á dextra, e a
sestra de azul com dois cres centes de prata apontados; no terceiro quartel em
campo azul uma faxa de Ouro com tres vieiras de goles, e em chefe tres merletas
de prata; no quarto quartel em campo de ouro um leão de goles rompente, e por
divisa: Aquidaban. — Br. p. em 18 de maio de 1871. (M.N.) Reg, no Cart. da N.,
liv. VI, fl. 113. (Conf.—L. A. Boulanger.)
74. JosÉ ANToN1o DE MENDONÇA,
barão de Jaraguá, commendador da ordem de Christo, commandante superior
reformado das guardas nacionaes da comarca de Maceió, capital da provincia das
Alagoas. Escudo esquartelado: no primeiro quartel as armas dos Mendonças, que
são o escudº franxado, no primeiro verde, uma banda vermelha coticada de ouro;
no segundo um $ preto, em campo de ouro, e assim os contrarios: no segundo as
armas dos Vieiras, em campo vermelho seis vieiras de ouro em duas palas; no
terceiro as dos Mattos, em campo vermelho um pinheiro verde, com fructos,
perfis e raizes de ouro, entre dois leões do mesmo metal, armados de azul; no
quarto as dos Moreiras, em campo Vermº lho nove escudetes de prata, sobre cada
um sua cruz verde florida, como as de Ay", em tres palas. Corôa de barão.
Timbre o dos Mendonças, que é uma aza de Ouro, Sobre ella um S como os do
escudo, e por diferença uma brica de prata com um S prel0. " Br. p. em 22
de agosto de 1861. (M.N.) Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl. 48. (Conf.—L. A.
Boulanger.)
75. JosÉ DA CostA CARVALHO, marquez de
Mont’alegre, conselheiro de estado, Sº: nador do imperio, grão-cruz da ordem
imperial do Cruzeiro, e da legião de honra de França, ex-membro da regencia
permanente eleita em 1831, ministro e secretario de es" tado, presidente
do conselho de ministros. • Escudo partido em pala: no primeiro de azul, seis
costas de prata, em tres favº$3 no segundo de ouro, tres bolotas de Verde
postas em roquete. Corôa de marquez. —Br. p. em 31 de dezembro de 1855. (M.N.)
Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 29. (Conf.—L. A. Boulanger.)
76. JosÉ FRANCISCO CARDOSO, presidente
da provincia do Paraná, bacharel em leis pela faculdade de S. Paulo, cavaleiro
da ordem de Christo. (O resto como a carta de # José Cardoso.) — Br. p. em 20
de setembro de 1860. Reg. no Cart. da N., l" VI, fl. 47. patrão-mór do Rio-Grande do Sul, e coronel de milicias,
e de sua mulher D. Euphrazia Joaquina de Azevedo Lima e Alarcão; neto paterno
de Luiz Marques Lisboa de Oliveira, capitão-mór da villa de Famelicão, e de sua
mulher D. Thereza Maria de Jesus Bueno da Ribeira; neto paterno de Domingos de
Lima Veiga, escrivão da provedoria da cidade de Porto-ale gre, e guarda-mór das
terras mineraes d'aquela provincia, e de sua mulher D. Gertrudes Paes Leme de
Araujo Gusmão. Escudo esquartelado: no primeiro quartel as armas dos Limas, que
são o escudo terceado em tres pallas: a primeira de Aragão, e as duas outras
esquarteladas de prata, ao primeiro um leão de purpura armado de azul; ao
segundo tres faxas enxequetadas de ouro e vermelho de tres peças em palla, e
assim os contrarios; no segundo quartel as armas dos Azevedos, que são um
escudo esquartelado, no primeiro e quarto de Ouro, uma aguia preta estendida;
no segundo e terceiro, de azul, cinco estrellas de prata pos tas em aspa, com bordadura
vermelha carregada de aspas de ouro; no terceiro quartel as armas dos
Oliveiras, que são em campo vermelho uma oliveira verde com azeitonas de ouro e
raizes de prata; no quarto quartel as armas dos Souto-Maior, que são em campo
de prata tres faxas enxequetadas de ouro e vermelho de tres peças em palla com
uma cinta de preto cada uma. Elmo de prata aberto e guarnecido de ouro. Paquife
dos me taes e côres das armas. Timbre o dos Limas, que é o leão das armas. —
Br. p. em 15 de janeiro de 1847. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 6. (Conf.—L.
A. Boulanger.)
83. JosÉ PEREIRA DE FARO, fidalgo
cavalleiro da casa imperial, natural d’esta ci dade do Rio de Janeiro, filho
legitimo de Joaquim José Pereira de Faro, fidalgo cavaleiro da casa imperial,
coronel chefe da primeira legião da guarda nacional da côrte, moço da camara da
imperial guarda-roupa, commendador da ordem de Christo, e de sua mulher D.
Angelica Joaquina Vergueiro; neto, pela parte paterna, de Joaquim José Pereira
de Faro, commendador da ordem de Christo, cavaleiro da imperial ordem do
Cruzeiro, co ronel reformado do extincto primeiro regimento de infanteria da
segunda linha do exer cito e primeiro barão do Rio-Bonito, e de sua mulher D.
Anna Rita de Faro; e pela ma terna de Nicoláo Pereira de Campos Vergueiro,
decano do senado brazileiro, que foi um dos tres membros da regencia
provisoria, na menoridade, e ministro e secretario de es tado dos negocios do
imperio, da fazenda, e da justiça; bisneto paterno de José Pereira de Faro,
natural do reino de Galiza, e de sua mulher D. Francisca Pereira Fernandes de
Sá; terceiro neto de D. Jacob de Bugarim Sá e Sarmento, natural de Galliza;
quart0 neto de D. Gregorio de Sá, natural da villa de Ponte de Lima, do reino
de Portugal. Escudo esquartelado: no primeiro quartel as armas dos Faros, que
são em campo de prata uma aspa de vermelho, e sobre a aspa cinco escudos das
quinas de Portugal, sem a orladura dos castellos; no segundo, em campo vermelho
quatro faxas de Ouro; no terceiro, em campo vermelho uma cruz de prata florida,
vazia de campo; e no quarto, burelado de prata e azul, com tres asnas de
vermelho por cima. Elmo de prata abertº, guarnecido de ouro. Paquife dos metaes
e côres das armas, Timbre, o dos Faros, que º um meio cavallo branco, com tres
lançadas no pescoço, em sangue, bridado de ouro, com cabeçadas e redeas vermelhas;
e por diferença uma brica azul com uma estrella de Ouro. — Br. p. em 20 de maio
de 1857. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 33. (Conf.—L. A. Boulanger.)
84. JosÉ PEREIRA Dos SANTos,
barão de Saquarema com grandeza, natural da pro vincia do Rio de Janeiro,
fazendeiro abastado do municipio de Saquarema, oficial da Orº dem da Rosa,
delegado de policia e primeiro substituto do juiz municipal e orphãos d0 mesmo
municipio. Escudo partido de prata e goles: no primeiro uma faxa de sinople, e
um chefe dº azul carregado de uma estrella de ouro; no segundo uma cruz de
prata florida e Vaziº prata entre duas azas de anjos. — Br. p. em 24 de agosto
de 1867. (M.N.) Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl. 85. (Conf—L. A. Boulanger.)
85. JosÉ PEREIRA VIANNA, barão da
Soledade, negociante matriculado, natural e residente na provincia de
Pernambuco. Um escudo partido em palla de góles e de ouro: ao primeiro uma cruz
de prata flo rida e vazia de campo; o segundo, de ouro, com uma aguia de sable.
Corôa de barão. Timbre, uma cruz vermelha, florida e vazia, entre dois cotos de
azas de anjos. — Br. p. em 18 de junho de 1867. (M.N.) Reg, no Cart. da N.,
liv. VI, fl. 79. (Conf. — L. A. Boulanger.)
86. JOSÉ RIBEIRO DE SOUSA LEÃO, coronel reformado da guarda nacional,
oficial da ordem da Rosa, cavaleiro da de Christo, negociante matriculado e
proprietario, filho legitimo do capitão Manuel José Ribeiro da Silva,
negociante de grosso trato e proprieta rio, e de D. Senhorinha Rosa da
Conceição e Silva; neto, por parte paterna, do negociante e proprietario João
Ribeiro da Silva, e de D. Catharina Ribeiro e Silva, e materna do # cavalleiro
da ordem de Santiago, Jacinto Gomes Leão, e de D. Joaquina do Ama ral Leão.
Escudo esquartelado: no primeiro quartel, em campo vermelho tres estrellas de
Ouro, 2 e 1 ; no segundo e terceiro, em campo de prata, um leão sanguineo
armado de azul; no quarto, faxado de azul e de ouro, de quatro peças. — Br. p.
em 2 de setembro de 1863. (M.N.) Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl. 60.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
87. JOSÉ TEIXEIRA DE VASCONCELLOS, barão de Maraú, oficial da ordem da
Rosa, proprietario com fazenda de assucar na provincia da Parahyba, ex-coronel
na antiga guarda nacional da dita província. Em campo de góles tres faxas de
veiro; e no meio um escudete com uma cruz de Ouro, potentea, vazia de campo.
Corôa de barão. —Br. p. em 28 de junho de 1860. (M.N.) Reg. no Cart. da N.,
liv. VI, fl. 43. (Conf. —L. A. Boulanger.)
88. José THoMAZ DA SILVA
QUINTANILHA, bacharel formado em mathematicas pela universidade de Coimbra,
oficial da ordem imperial do Cruzeiro, cavalleiro da ordem de Christo,
Aresidente da directoria da companhia brazileira dos paquetes a vapor, e
primeiro barão de Paquetá com grandeza. Escudo esquartelado: no primeiro e
quarto, em campo de Ouro um leão de purpura rompente, armado de azul, tendo na
garra dextra um compasso de góles, na espadoa uma folha de independencia de
sinople nervada e orlada de ouro, e por cima da cabeça uma estrella de góles;
no segundo e terceiro, em campo de sinople cinco seixas de prata Voando e
postas em aspa. Corôa de grande do imperio, Paquife das côres e metaes do
escudo. —Br. p. em 29 de janeiro de 1872. (M.N.) Reg, no Cart. da N., liv. VI,
fl. 120. (Conf.—L. A. Boulanger.) L
89. Lopo DINIZ CoRDEIRo, filho
legitimo de Antonio Cordeiro da Silva Guerra, e de D. Henriqueta de Albuquerque
Diniz Cordeiro, neto do coronel Joaquim da Silva Diniz e de D. Maria José de
Albuquerque Diniz; bisneto por parte materna do capitão João Ba ptista Santiago
Roballo Pacheco da Silva, e de sua mulher D. Clara Magdalena de Albu uerque. •
Q Escudo esquartelado: no primeiro quartel as armas dos Pachecos, que são em
campo de ouro duas caldeiras de negro, com tres faxas cada uma, veiradas de
ouro e contra veiradas de vermelho, e assim as azas; e nos encaixes quatro
cabeças de serpes, negras, duas para dentro e duas para fóra; no segundo
quartel as de Santiago, que são em campo de prata um pendão, que é metade azul
e outra metade sanguinha, haste vermelha se gura por duas mãos de sua côr
cortadas e distillando sangue; no terceiro quartel as dos Roballos, que são em
campo azul um roballo de prata entre duas estrellas de Ouro; n0 quarto quartel
as dos Silvas, que são em campo de prata um leão de purpura armado de azul; e
no meio um escudete com as armas dos Albuquerques, que são esquarteladas: nos
primeiro e quarto as armas de Portugal com seu filete é contrabanda acostumada;
segundo e terceiro vermelhos, e cinco flôres de liz de ouro em aspa. Elmo de
prata abertº, guarnecido de ouro. Timbre uma aza de aguia estendida, e sobre
ela as cinco flôres dº liz das armas, e por diferença uma brica azul com um
farpão de prata. Paquife dos mº taes e côres das armas. — Br. p. em 15 de
fevereiro de 1866. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 70. (Conf.—L. A. Boulanger.)
90. LUIZ ANTONIO DE SEQUEIRA,
barão de Itabapoana, fidalgo cavaleiro da casa im perial, commendador da ordem
de Christo, cavalleiro da ordem da Rosa, proprietariº com fazendas de assucar
em Campos, coronel commandante superior da guarda nacional. Escudo
esquartelado: no primeiro, em campo azul cinco vieiras de ouro estendidas de
preto, postas em aspa; no segundo, em campo de prata, um leão de purpura armado
de azul. — Br. p. em 4 de junho de 1855. (M.N.) Reg. no Cart. da Nobreza, liv.
VI, fl. 21. (Conf.—L. A. Boulanger.)
91. Luiz FILIPPE DE SousA LEÃO,
natural da província de Pernambuco, bacharº formado em sciencias sociaes e
juridicas, pela faculdade de direito do Recife, deputadº º assembléa geral
legislativa, agricultor e proprietario na referida provincia. —(Vêr as dº mas
de Domingos Francisco de Sousa Leão, barão de Tabatinga). — Br. p. em 30 de
agosto de 1867. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 90. (Conf.—L. A.
Boulanger.)
92. LUIZ FRANC1sco GONÇALVES JUNQUEIRA,
barão de Jacuipe, fidalgo cavaleir0 da casa imperial, proprietario com fazenda
de assucar na provincia da Bahia. Em campo azul, cinco flôres de canna de
assucar de ouro, abertas e postas em 28Pºr Corôa de barão. Divisa: Eu perto
credite. — Br. p. em 16 de junho de 1800. (M.N.) Rºg. no Cart. Da N., liv. VI,
fl. 41. (Conf.—L. A. Boulanger.)
93. LUIZ MARTINHo DE AZEVEDo
Couto, natural e residente na província do Pará, cavalleiro fidalgo da casa
imperial, conego da sé da mesma província, vigario collado da freguezia da Sé,
filho legitimo de Antonio Bernal do Couto, cavaleiro da ordem imperial do
Cruzeiro, e de D. Anna Joaquina de Carvalho. Escudo esquartelado: no primeiro
quartel em campo vermelho um leão de ouro fa xado com tres faxas de azul; no
segundo quartel em campo vermelho, um castello de prata lavrado de negro com as
portas e frestas de verde, assentado sobre ondas de prata, e azul em contra
chefe; no terceiro quartel esquartelado; no primeiro quartel em campo de ouro
uma aguia negra de duas cabeças armada de vermelho com um crescente de prata
nos peitos; no segundo quartel em campo sanguinho tres escudetes de prata, car
regado cada um de sua cruz sanguinha chã postas em roquete; no terceiro quartel
tam bem em campo sanguinho um castello de prata; e no quarto quartel no mesmo
campo vermelho tres vieiras de prata em roquete; no quarto quartel em campo
azul, uma estrella de ouro de oito raios, no centro de quatro crescentes de
prata apontados. Chapéo de co nego, e por diferença uma brica de prata com um L
de preto. — Br. p. em 12 de feve reiro de 1870. (M. N.) Reg. no Cart. da N.,
liv. VI, fl. 107. (Conf.—L. A. Boulanger.)
94. LUIZ PEixoto DE LACERDA
WERNECK, fidalgo cavaleiro da casa imperial, com mendador da ordem de Christo,
consul geral do Brazil junto á confederação Helvetica, Ba viera e outros
estados da confederação Germanica, doutor em direito civil e canonico pela universidade
de Roma, bacharel em direito pela academia de Paris, membro do conselho fiscal
do imperial instituto fluminense de agricultura, ex-director da companhia da
estrada de ferro de D. Pedro II, filho legitimo de Francisco Peixoto de Lacerda
Werneck, barão de Paty do Alferes, com as honras de grandeza, commendador da
ordem da Rosa, caval leiro da ordem de Christo, e de sua mulher D. Maria Isabel
de Lacerda; neto pela parte paterna de Francisco Peixoto de Lacerda, capitão de
cavallaria da segunda linha em 1811, reformado major da mesma arma em 1818,
cavalleiro da ordem de Christo em 1824, e de D. Amatilde Verneck; bisneto do
capitão André Peixoto de Lacerda, e de sua mulher D. Gertrudes Marianna da
Silveira Bittencourt; tambem bisneto do sargento-mór Ignacio de Sousa Verneck e
de D. Francisca das Chagas. Escudo (ver o de Francisco Peixoto de Lacerda,
Werneck, barão de Paty do Alferes.) - Br. p. em 24 de agosto de 1865. Reg. no
Cart. da N., liv. VI, fl. 59. (Conf. —L. A. Boulanger.) .
95. LUIZ QUIRINO DA RochA
WERNECK, fidalgo cavaleiro da casa imperial, proprie tario e fazendeiro no
município de Vassouras, filho legitimo do tenente-coronel Luiz Qui rino da
Rocha, fidalgo cavaleiro da casa imperial, cavaleiro da ordem de Christo, e de
D. Francisca das Chagas Verneck; neto por parte paterna de Francisco Quirino da
Ro cha, barão de Palmeiras com grandeza, e commendador da ordem de Christo, e
por parte &# do sargento-mór Francisco das Chagas Werneck, commendador da
ordem de TISt0. As armas dos Rochas, que são em campo de prata uma aspa de
vermelho, e sobre ela cinco vieiras de ouro bordadas de azul; elmo de prata,
guarnecido de ouro; timbre a aspa das armas, com uma vieira por cima. — Br. p.
em 27 de fevereiro de 1866. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 71. (Conf.—L. A.
Boulanger.)
96. LUIZ RIBEIRo DE SOUSA REZENDE, moço fidalgo com exercicio na casa
imperial, cavaleiro da ordem da Rosa, fazendeiro na provincia de Minas-Geraes,
filho legitimo de Estevão Ribeiro de Rezende, natural da provincia de
Minas-Geraes, grande do imperio, marquez de Valença, senador pela provincia de
Minas-Geraes, membro honorario do antigo conselho de estado, grão-cruz da ordem
de Christo, e dignitario da imperial do Cru zeiro; neto por parte paterna de
Severino Ribeiro, natural de Lisboa, e de D. Josepha Maria de Rezende, natural
da freguezia dos Prados, bispado de Marianna; bisneto pela mesma parte de
Estevão Ribeiro, e de D. Leonarda Maria, naturaes de Lisboa, e bem assim de
João de Rezende Costa, natural da ilha de Santa Maria, e de D. Helena Maria de
Rezende, natural da ilha do Faial. Escudo (ver o de Estevão Ribeiro de
Rezende.)— Br. p. em 22 de abril de 1852. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 10.
(Conf.—L. A. Boulanger.) M
97. MANUEL DE AZEREDo CouTINHO
MEssEDER, cavaleiro da ordem de Christo, natural e baptisado na sé do Rio de
Janeiro, filho legitimo de Nicolau Coelho Messeder, negociante de grosso trato
na dita cidade, e de D. Francisca de Paula Rangel de Azevedo Coutinho; neto por
parte paterna de Zacharias Messeder, depositario e recebedor das rºlº das de
sua magestade britanica em Londres, e do coronel Antonio Coelho da cidade dº
Porto; por parte materna do tenente-coronel do extincto regimento de Tapocorá,
Fran cisco Martins da Cunha Tenreiro, fidalgo da casa real, e do capitão-mór
Antonio da CU' nha Falcão, cavaleiro da ordem de Christo. Além destes quatro
avós nobres, é sºbri: nho em terceiro grau do desembargador do paço, e
procurador da corôa João Pereirº Ramos, e do excelentissimo e reverendissimo
bispo-conde de Arganil, e sobrinho em Sº: gundo grau do brigadeiro Domingos de
Azeredo Coutinho Sousa Chichorro, monsenhor Miguel José Correa de Lima de
Azeredo, e do gentil-homem da imperial camara Marianº de Azeredo Coutinho.
Escudo esquartelado: no primeiro as armas dos Azeredos, que são em campº de
ouro sete barras azues lançadas ao viez; no segundo as dos Coutinhos, tambem em
campº de ouro cinco estrellas de vermelho de cinco pontas cada uma, postas em
aspa; e assº dos contrarios. Elmo de prata. Timbre meio leão rompente de azul,
coticado de Ourº — Br. p. em 19 de outubro de 1855. Reg, no Cart. da N., liv.
VI, fl. 24. | (Conf.—L. A. Boulanger.)
98. MANUEL GOMES DE CARVALHO,
primeiro barão do Amparo, fazendeiro prºp" tario da província do Rio de
Janeiro, residente na freguezia de Nossa Senhora do Amparº município da
Barra-Mansa, tenente-coronel do corpo de cavallaria das extinctas milicias, º
commendador da ordem de Christo. Escudo esquartelado: no primeiro e quarto
quartel em campo de ouro tres cabeçº de indios araris, tendo na cabeça um
turbante de pennas de côres, postas em roquºlº duas e uma; no segundo e
terceiro quartel em campo vermelho, um pelicano de Ouro" um ninho mordendo
as entranhas para com seu sangue nutrir os filhos; tendo em chº uma banda azul
com tres bolotas. Paquife dos metaes e côres do brazão. Corôa de bar㺠Timbre
uma das cabeças dos indios do mesmo brazão, e por baixo do escudo a legendº:
Ambitio et incidia sit procul, — Br. p. em 21 de agosto de 1853. (M.N.) Reg, no
Car" real, com mendador da ordem de Christo, e de sua mulher D. Francisca
de Assis de Nobrega Botelho. Escudo (vêr o de Francisco José Cardoso). —
Br. p. em 20 de setembro de 1860. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 46.
(Conf.—L. A. Boulanger.)
99. MANUEL GoMEs D E CARVALHo,
barão do Rio-Negro, proprietario e capitalista n'esta côrte. Escudo (ver o de
Manuel Gomes de Carvalho, barão do Amparo.) — Br. p. em 18 de julho de 1867.
(M.N.) Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl. 63. (Conf.—L. A. Boulanger.)
100. MANUEL IGNA CIo DE OLIVEIRA,
barão de Ouricury, natural e residente na pro vincia de Pernambuco, negociante
matriculado, commendador da ordem de Christo. Um campo de prata partido: ao
primeiro uma oliveira de sinople com fructa de ouro; ao segundo tres faxas de
azul, com uma abelha de ouro em cada uma. Corôa de barão. Timbre uma cruz de
goles florida e aberta. — Br. p. em 30 de agosto de 1867. (M.N.) Reg. no Cart.
da N., liv. VI, fl. 86. (Conf.—L. A. Boulanger.)
101. MANUEL JoAQUIM DE MENDoNÇA
CASTELLo-BRANCo, fidalgo cavaleiro da casa imperial, deputado á assembléa geral
legislativa pela provincia das Alagôas, natural e baptisado na freguezia de
Nossa Senhora da Apresentação da villa de Porto-Calvo, pro vincia das Alagôas,
filho legitimo do tenente-coronel Bernardo Antonio de Mendonça, e de sua mulher
D. Anna Barbara de Mattos Castello-Branco; neto, pela parte paterna, do
desembargador José de Mendonça de Mattos Moreira, juiz de fóra da villa de
Odemira, natural de Albufeira, reino do Algarve, e pela parte materna, do
desembargador Manuel Joaquim Pereira de Mattos Castello-Branco; bisneto do
sargento-mór José de Mendonça Vieira e de sua mulher D. Barbara Francisca
Xavier de Mattos Moreira, terceiro neto de Francisco Dias Vieira e Sousa.
Escudo esquartelado: no primeiro quartel as armas dos Mendonças, que são o es
cudo franxado, ao primeiro de verde, uma banda vermelha coticada de ouro; no
segundo um S preto, em campo de ouro; e assim dos contrarios. No segundo quartel,
as armas dos Vieiras, em campo vermelho seis vieiras de ouro em duas pallas: no
terceiro as dos Mattos, em campo vermelho um pinheiro de verde, com fructos,
perfis e raizes de ouro entre dois leões do mesmo, armados de azul; no quarto
as dos Moreiras, em campo ver melho nove escudetes de prata, e sobre cada um,
uma cruz florida verde, como as de Aviz, em tres pallas; e no meio um escudete
com as armas dos Castellos-Brancos, que são, em campo azul um leão de ouro
rompente, armado de góles. Elmo de prata aberto, guarnecido de ouro. Paquife
dos metaes e côres das armas. Timbre, o leão dos Castellos Brancos. — Br. p. em
12 de setembro de 1856. Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl. 30. (Conf.—L. A.
Boulanger.)
102. MANUEL JosÉ CARDoso,
commendador da Ordem de Christo, oficial da ordem da Rosa, presidente da camara
municipal de Itaguahy, negociante matriculado, proprieta rio n'esta côrte e em
Itaguahy, filho legitimo de Francisco José Cardoso, commendador da ordem de
Christo, commandante superior da guarda nacional de Itaguahy e Mangara tiba,
dono do canal de S. Pedro de Alcantara, presidente da imperial companhia serope
dica fluminense e de sua mulher D. Propicia Francisca Carneiro da Fontoura
Barreto; neto, por parte paterna, do brigadeiro Manuel José Cardoso, fidalgo
cavaleiro da casa real de Portugal, commendador da ordem de Christo, e de sua
muiher D. Maria Fran cisca de Portugal e Castro; e por parte materna, de
Antonio Joaquim Pinto Carneiro da Fontoura Barreto, e de D. Anna Josepha de
Macedo e Sampaio: bisneto do coronel Ma nuel José Cardoso, fidalgo cavaleiro da
casa real, commendador da ordem de Christo, Senhor do morgado da Vaccaria, com
assento no solar desde D. Affonso I, cujo solar é a quinta dos Cardosos em
Lamego, e de sua mulher D. Anna Monteiro de Barros; e por parte materna, de
Christovão de Portugal e Castro, fidalgo cavalleiro da casa real, com mendador
da ordem de Christo, e de sua mulher D. Francisca de Assis de Nobrega Botelho.
103. MANUEL L o PEs PEREIRA BAHIA, barão de
Merity com grandeza. Em campo de prata um escudete de azul, carregado de uma
abelha de ouro. Corôa de grande do imperio. Paquife das côres e metaes do
escudo. — Br. p. em 8 de janeiro de 1855. (M. N.) Reg, no Cart. da N., liv. VI,
fl. 17. (Conf.—L. A. Boulanger.)
104. MANUEL LUIZ OsoRio, marquez
do Herval, tenente-general commandante do primeiro corpo de exercito em
operações, na campanha do Paraguay, grão-cruz da ordem de Christo e da imperial
do Cruzeiro, commendador da ordem de S. Bento de Aviz e da ordem da Rosa,
condecorado com a medalha de ouro de Paysandú, e a do Merito. Em campo de goles
um leopardo de prata arremessando-se, tendo na garra dextra uma espada de ouro;
chefe de azul com tres estrellas de ouro, — Br. p. em 15 de outu bro de 1870.
(M.N.) Reg, no Cart. da N.. liv. VI, fl. 111. (Conf. — L. A. Boulanger.)
105. MANUEL NUNEs DA CUNHA, barão
de Poconé, proprietario na provincia de * Matt0-GrOSSO. - Em campo azul uma
asna de ouro, acompanhada de tres estrellas do mesmo; com um chefe de prata
carregado de tres...... de goles. — Br. p. em 12 de abril de 1862. (M.N.) Reg.
no Cart. da N., liv. VI, fl. 51. (Conf.—L. A. Boulanger.)
106. MANUEL PINTO NETTO CRUZ,
grande do imperio, primeiro barão de Muriahé, fidalgo cavaleiro da casa
imperial, cavaleiro professo na ordem de Christo, fazendeiro abastado da
freguezia de Santo Antonio de Guarulhos, e residente na cidade de Camp0$ dos
Goytacazes, municipio de Campos, provincia do Rio de Janeiro. Escudo
esquartelado: no primeiro e quarto quarteis, em campo de prata uma cruz de azul,
com uma cruzeta de prata colocada no centro; no segundo e terceiro quartel, em
campo azul cinco meias luas da mesma prata em aspa; por sustentaculos do escudº
dois indios ornados de pennas coloridas, tendo nas mãos um ramo de canna e
café, apoiá dos sobre uma legenda vermelha com letras de prata: Spes Crux mea
est. Corôa de grande do imperio. Timbre, uma cruz azul egual á das armas. — Br.
p. em 17 de maio de 1852. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv, VI,fl. 11. (Conf.—L.
A. Boulanger.)
107. MARIA DAS DORES DE CARVALHO
GUIMARÃEs (D.), viuva de Domingos Cus todio Guimarães, visconde do Rio-Preto
com grandeza, commendador da ordem da Rosa, e da de Christo, provedor da Santa
casa da misericordia da cidade de Valença. Escudo partido em tres pallas: a
primeira e terceira de prata, cobertas com uma rede de sable; a segunda de
goles, com um leão de prata rompente armado de preto, com uma espada na garra
dextra, e um chefe de azul, carregado com um coração inflam mado, de ouro,
entre duas estrellas de prata. Corôa de conde. Paquife das côres e metaes }
escudo. — Br. p. em 28 de outubro de 1869. (M. N.) Reg. no Cart. da N., liv.
VI, . 106. (Conf.—L. A. Boulanger.)
108, MARIA EMILIA DA SILVA
PEREIRA (D.), viuva de João Baptista da Silva Pe reira, barão de Gravatahy. ar
mas de Aragão, isto é, em campo de ouro quatro barras vermelhas, e nas duas
outras pallas o #udº esquartelado dos Silvas, isto é, em campo de prata um leão
de purpura armado de azul, com o de
Souto-Maior, que são em campo de prata enxequetado de ouro e vermelho, de tres
peças em palla; no quarto quartel as armas dos Paes, que são em campo de prata
nove lisonjas em tres pallas enxequetadas de azul e vermelho. Elmo de prata,
guarnecido de ouro. Timbre dos Oliveiras, que é a aspa de prata e flôr de liz
de ouro das armas, e por differença um castello de prata em campo azul. — Br.
p. em 20 de agosto de 1848. Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 7. (Conf.—L. A.
Boulanger.)
109. MATHIAs GoNÇALVES DE
OLIVEIRA Roxo, barão da Vargem-Alegre, com gran deza, commendador da ordem de
Christo, cavalleiro da da Rosa, proprietario e fazendeiro no municipio de Pirahy,
na provincia do Rio de Janeiro. Em campo de purpura uma contracotica de prata,
carregada de tres arruelas de go les, acompanhada em chefe de uma oliveira de
ouro, com fructas de sinople, e em ponta de uma abelha de ouro. Divisa: Virtute
et labore, — Br. p. em 4 de março de 1867. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI,
fl. 74. (Conf. — L. A. Boulanger.)
110. MIGUEL MARIA LIS BOA,
commendador da ordem de Christo, empregado diplo matico do imperio, havendo
servido os logares de representante do Brazil, como encarre gado de negocios em
Londres, em Santiago de Chile e em Caracas, natural e morador na côrte do Rio
de Janeiro, filho legitimo de José Antonio Lisboa, do conselho de sua mages
tade o imperador, commendador da ordem de Christo, deputado presidente da junta
do commercio, agricultura, fabricas e navegação, que foi no reinado do senhor
D. João VI chamado a dar conselho no conselho de estado d'aquele augusto
senhor, e no reinado do Senhor D. Pedro I, ministro e secretario de estado dos
negocios da fazenda, e de D. Maria Euphrasia de Lima; elle d’esta côrte e
cidade do Rio do Janeiro, ela da cidade de Porto Alegre, da provincia do
Rio-Grande do Sul; neto, por parte paterna, do capitão José An tonio Lisboa,
cavalleiro da ordem de Christo, rico-homem, natural da freguezia de Nossa
Senhora da Victoria, de Famelicão, patriarchado de Lisboa, e de sua mulher D.
Barbara da Conceição de Jesus; neto, pela parte materna, do capitão Francisco
Marques Lisboa, cavalleiro da ordem de Christo, e de sua mulher D. Euphrasia de
Azevedo Lima; bisneto, pela parte paterna, de Manuel Luiz Seraphim Ribeiro, e de sua mulher D. Maria
Ribeiro Fidalgo, ambos da provincia da Extremadura, reino de Portugal; bisneto,
por parte ma terna, de Luiz Marques de Oliveira, varão illustre da provincia da
Extremadura, em Por tugal, descendente de uma familia nobre do appellido de
Oliveira, e de sua mulher D. The reza Ribeiro Fidalgo; e tambem bisneto, pela
parte materna, de Domingos de Lima e Veiga, e de sua mulher D. Gertrudes de
Araujo Paes Leme; terceiro neto, pela parte paterna, de Manuel Luiz Serrador, e
de sua mulher D. Seraphina da Conceição, e tambem terceiro neto, pela parte
paterna, de Manuel Francisco Arrojado, e de sua mulher D. Isa bel Ribeiro
Fidalgo, da provincia de Extremadura, em Portugal, sendo todos estes Ribei ros
de estirpe illustre, no dito reino de Portugal, pertencente à casa dos morgados
da quinta dos Arrojados; terceiro neto, pela parte materna, de Marçal de Lima e
Abreu, rico homem e senhor na provincia do Rio-Grande do Sul, da ilha de Marçal
de Lima, da es tirpe dos senhores de Ponte de Lima, em Portugal; e tambem
terceiro neto, por parte *# de Pedro Dias e de D. Marianna Leme Garcia, ambos
oriundos da provincia de . Paulo. Escudo esquartelado: no primeiro quartel as
armas dos Ribeiros, em campo de ouro tres faxas verdes; no segundo quartel as
armas dos Soares de Oliveira, que são, em campo azul uma aspa de prata entre
quatro flôres de liz de ouro; no terceiro quartel as armas dos Limas, que são
um escudo dividido em tres pallas: na primeira palla as ar mas de Aragão, isto
é, em campo de ouro quatro barras vermelhas, e nas duas outras pallas o #udº
esquartelado dos Silvas, isto é, em campo de prata um leão de purpura
111. PAs.cHoAL TELLEs CosME Dos
REIs, fazendeiro na freguezia de Jacarépagná, no município neutro, em cuja
fazenda tem na respectiva capella a permanencia do Santissimo Sacramento por
breve de sua santidade Pio IX, de 14 de outubro de 1861; proprietario n'esta
côrte, condecorado por sua santidade Pio IX, com o habito da ordem de S. Grego
rio Magno, filho legitimo de Nicolau Antonio Cosme dos Reis, e de D. Thereza
Telles Cosme dos Reis; neto por parte paterna do sargento-mór Nicolau Cosme dos
Reis, e de D. Leonidia Angelica do Espirito Santo, e por parte materna do commendador
Paschoal Cosme dos Reis, e de D. Catharina Josepha de Andrade Telles; bisneto
pela parte paterna de Carlos Cosme, e de D. Thereza das Dores; e pela materna
do doutor Francisco Telles Bar reto de Menezes, e de D. Francisca Joaquina de
Oliveira Brito; terceiro neto por parte materna do doutor Antonio Telles
Barreto de Menezes; padroeiro do convento da ilha do Senhor Bom Jesus, em cuja
egreja existe a carneira para elle e sua descendencia, man: dada fazer por seu
filho o doutor Francisco Telles Barreto de Menezes, e de D. Calharina Josepha
de Andrade; quarto neto do doutor Luiz Telles Barreto de Menezes; quinto netº
de Francisco Tellos Barreto de Menezes, e de D. Maria da Silveira, filha de
André de Villa-lobos, e de D. Isabel do Souto; sexto neto de Diogo Lobo Telles
de Menezes. Escudo esquartelado: no primeiro quartel em campo de prata, um leão
de purpura rompente; no segundo em campo verde uma banda de goles acoticada de
ouro, saindo das bocas de duas cabeças de serpes; no terceiro em campo azul, cinco
estrellas de Ourº de seis pontas postas em aspa; no quarto de ouro com seis
lobos de goles postos em duas palas; e no meio um escudete, tendo em campo de
ouro um annel encoberto. Elmº de prata guarnecido de ouro. Timbre uma meia
donzella vestida de ouro, com um escudo nas mãos, e por diferença uma brica de
azul com a letra P de ouro, — Br, p. em 29 de agosto de 1868. (M.N.) Reg, no
Cart. da N., liv. VI, fl. 100. N. B. As armas são copiadas da esculptura da
pedra tumular do doutor Antonio Teles Barreto de Menezes, no seu jazigo na
capella do convento da ilha do senhor Bom Jesus. (Conf.—L. A. Boulanger.)
112. PAULo DE AMORIM SALGADO,
fidalgo cavalleiro da casa imperial, major do com mando superior da guarda
nacional da comarca do Rio-Formoso, onde é um dos princi paes proprietarios;
natural e baptisado na freguezia de Una, provincia de Pernambuco; filho
legitimo de Paulo de Amorim Salgado, coronel commandante superior da guarda naº
cional dos municipios do Rio-Formoso e Palmares, commendador da ordem de Christo,
oficial da da Rosa, proprietario abastado na comarca do Rio-Formoso, e de sua
mulher D. Francisca de Paula Wanderley; neto paterno do capitão José de Barros Pimentel,
e dº Ma ria Gurgel do Amaral. Escudo esquartelado: no primeiro quartel em campo
de prata um leão de purpura rompente; no segundo em campo verde uma banda de
goles acoticada de ouro, saindo das bocas de duas cabeças de serpes; no
terceiro em campo azul cinco estrelas de ouro de seis pontas em aspa; no quarto
de ouro, com seis lobos de goles postos em duas pa las, e no meio um escudete,
tendo em campo de ouro um annel encoberto. Elmo de prata. Timbre uma meia
donzella vestida de ouro, com um escudo nas mãos; e uma brica n0 escudo. — Br.
p. em 27 de abril de 1868. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 97. N. B.
As armas são copiadas da esculptura da pedra tumular do doutor Antonio Telles
Barreto de Menezes, no seu jazigo na capela do convento da ilha do senhor Bom
Jesus. (Conf.—L. A. Boulanger)
113. PED R o ALEXANDRINO DE
BARRos CAVALCANTI DE LACERDA ALBUQUERQUE, tenente reformado do exercito,
oficial da Ordem da Rosa, cavaleiro da de Christo, con decorado com a medalha
de distincção pela campanha da Bahia, fidalgo cavalleiro da casa imperial,
natural da provincia de Pernambuco, filho legitimo do coronel do exercito José
de Barros Falcão de Lacerda Cavalcanti, oficial da ordem imperial do Cruzeiro,
governa dor das armas da mesma provincia, tambem condecorado com a medalha da
campanha da independencia na Bahia, e D. Bernarda Francisca da Conceição Vieira
Cavalcanti de La cerda; neto por parte paterna do tenente José de Barros Falcão
de Lacerda Cavalcanti de Albuquerque, natural de Goyanna, proprietario e juiz
almotacel n'esta cidade, e de sua mulher D. Ursula Maria de Abreu e Lima; e por
parte materna do capitão-commandante de Jabesatão Nicolau Coelho de Lacerda, e
de sua mulher D. Maria Francisca Marianna Vieira Cavalcanti de Lacerda. Escudo
esquartelado: no primeiro as armas dos Albuquerques, que são tambem es
quarteladas: no primeiro as quinas de Portugal com seu filete em contrabanda; o
segundo de vermelho com cinco flôres de liz de ouro em aspa, e assim dos
contrarios; no segundo quartel as armas dos Camellos, que são em campo de prata
tres vieiras de azul em ro quete; no terceiro as dos Cavalcantis, uma ansa azul
coticada de negro, sendo o campo do fundo de prata, e o de cima de vermelho
semeado de flôres de prata de quatro folhas; e no quarto as dos Pereiras, que
são em campo vermelho uma cruz de prata florida e Vazia do campo. Elmo de prata
aberto, guarnecido de ouro. Paquife dos metaes e côres das armas. Timbre um
castello de ouro. Brica de prata, trifolio verde. — Br. p. em 20 de abril de
1865. Reg, no Cart. da N. liv. VI, fl. 67. (Conf. —L. A. Boulanger.)
114. PEDR o ANToNIO TELLES
BARRETO DE MENEZEs, cavaleiro da ordem de Christo, Sub-delegado e juiz de paz
da freguezia de S. João de Merity, proprietario n'esta côrte, e fazendeiro no
município de Iguassú, filho legítimo de Luiz Telles Barreto de Menezes, juiz de
orphãos, e de D. Maria Rita Felicidade da Gama e Freitas; neto pela parte
paterna do doutor Francisco Telles Barreto de Menezes, juiz de orphãos, e de D.
Francisca Joaquina de Oliveira Brito; e pela materna de Pedro Antonio da Gama e
Freitas, e de D. Anna Ma ria Gurgel do Amaral. Escudo esquartelado: no primeiro
quartel em campo de prata um leão de purpura rompente; no segundo em campo
verde uma banda de goles acoticada de ouro, saindo das bocas de duas cabeças de
serpes; no terceiro em campo azul cinco estrelas de ouro de seis pontas em
aspa; no quarto de ouro, com seis lobos de goles postos em duas pa las, e no
meio um escudete, tendo em campo de ouro um annel encoberto. Elmo de prata. Timbre
uma meia donzella vestida de ouro, com um escudo nas mãos; e uma brica n0
escudo. — Br. p. em 27 de abril de 1868. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI,
fl. 97. N. B. As armas são copiadas da esculptura da pedra tumular do doutor
Antonio Telles Barreto de Menezes, no seu jazigo na capela do convento da ilha
do senhor Bom Jesus. (Conf.—L. A. Boulanger)
115. PEDRO DE ARAUJO LIMA, do
conselho de sua magestade o imperador, natural da província de Pernambuco,
filho legitimo de Manuel de Araujo Lima, e de D. Anna Tei xeira Cavalcanti,
naturaes da mesma provincia; neto paterno de Antonio Casado Lima, e neto
materno de Pedro Teixeira Lima Cavalcanti, ambos naturaes da mesma provincia.
Escudo esquartelado: no primeiro quartel as armas dos Casados, que são em campo
vermelho tres bandas de prata, e sobre cada quai tres molhos de trigo de sua
côr, com espigas; no segundo quartel as armas dos Limas, que são escudo partido
em pala, o pri mêiro de Aragão, em campo de ouro quatra barras vermelhas, e a
segunda pala esquar telada de Silva e S uto-Maior, que são Silva, em campo de
prata um leão de purpura ar mado de azul, e Souto-Maior, em campo de prata tres
faxas enxequetadas de ouro e ver melho, de tres peças em pala; no terceiro
quartel as armas dos Cavalcantis, que são em campo de prata com uma asna azul,
coticada de negro, e o campo de cima vermelho se meado de flôres de prata de
quatro folhas; no quarto quartel as armas dos Araujos, que são em campo de
prata uma aspa azul com cinco besantes de ouro em ella, Timbre dos Casados, que
é tres molhos de trigo de sua côr com espigas. Elmo de prata aberto, guar:
necido de ouro. Paquife dos metaes e côres das armas, e por diferença uma brica
azul com uma estrella de ouro, — Br. p. em 30 de outubro de 1828. Reg, no Cart.
da N., liv. VI, fl. 2. (Conf.—L. A. Boulanger.)
116. PEDRO LEoPoLDO DE GUIMARÃEs PEixoto,
fidalgo cavalleiro da casa impº rial, negociante matriculado, e banqueiro na
praça do Rio de Janeiro, filho legitimo do doutor Domingos Ribeiro de Guimarães Peixoto, barão de Iguarassú. Escudo
esquartelado: no primeiro enxequetado de ouro e azul, de cinco peças em faxa;
no segundo e terceiro, em campo de goles um leão de ouro rompente; e no quartº
de prata, fretado de negro, com uma palla de goles, carregada de um leão de prata
com uma espada ensanguentada nas mãos, Elmo de prata, guarnecido de ouro.
Timbre, º mesmo leão, com uma maça de ouro em ambas as mãos. Divisa: Quascunque
findil. - Br. p. em 14 de agosto de 1862. (M.N.) Reg, no Cart. da N. liv. VI,
fl. 53. (Conf.—L. A. Boulanger.)
117. PERE GRINo JosÉ DE AMERIco
PINHEIRO, barão de Ipiaba com grandeza, comº mendador da ordem da Rosa,
cavaleiro da de Christo, coronel reformado da guarda nº cional de Valença, em
cujo município é fazendeiro de café muito importante. Em campo azul um pinheiro
de ouro, com raizes de prata entre dez besantes dº ouro em duas palas, e uma
orla de prata. Coroa de conde. Paquife das cores e metaes das armas, — Br. p.
em 14 de setembro de 1867. (M. N.) Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl. 91. (Conf.
— L. A. Boulanger.) commendador da ordem da Rosa, e tenente-coronel da guarda
nacional do municipio da cidade do Re cife, na provincia de Pernambuco,
capitalista. Escudo partido de goles e de prata: no primeiro uma torre de ouro,
e no segundo um caducêo de azul, entre seis arruellas de goles postas em
pallas. Corôa de barão. Pa quife das côres e metaes do escudo. — Br. p. em 25
de julho de 1870. (M.N.) Reg. no Cart. da N., liv. VI, fl. 109. (Conf.—-L. A.
Boulanger.) T
118. SILVIN o GUILHERME DE
BARRos, primeiro barão de Nazareth, commendador da ordem da Rosa, e
tenente-coronel da guarda nacional do municipio da cidade do Re cife, na
provincia de Pernambuco, capitalista. Escudo partido de goles e de prata: no
primeiro uma torre de ouro, e no segundo um caducêo de azul, entre seis
arruellas de goles postas em pallas. Corôa de barão. Pa quife das côres e
metaes do escudo. — Br. p. em 25 de julho de 1870. (M.N.) Reg. no Cart. da N.,
liv. VI, fl. 109. (Conf.—-L. A. Boulanger.)
119. THoMAz JosÉ DA SILVA,
fidalgo cavaleiro da casa imperial, commendador da ordem de S. Bento de Aviz,
oficial da imperial ordem do Cruzeiro, cavaleiro da ordem da Rosa, condecorado
com as medalhas das campanhas do Uruguay e Cisplatina, marechal de campo do
exercito imperial. Escudo esquartelado: no primeiro, partido em faxa, tendo por
cima em campo azul quatro estrellas de ouro (a constelação do Cruzeiro) e por
baixo em campo vermelho duas espadas de ouro em aspa; no segundo em campo de
prata, uma oliveira ao natural, junta a um serro de verde, tendo ao pé um rio
de prata, ondado de azul; no terceiro, em campo de ouro uma fortaleza de
vermelho: e no quarto em campo azul uma fortaleza de prata. Elmo de prata
aberto, e guarnecido de ouro. Timbre a fortaleza de vermelho — Br. p. em 7 de
novembro de 1854. (M. N.) Reg, no Cart. da N., liv. VI, fl. 16. (Conf.—L. A.
Boulanger.)
120. URSULA MARIA DE ALMEIDA
CARVALHO (D.), natural do Rio de Janeiro, casada com Joaquim Caetano da Silva,
proprietario e escrivão do tribunal do jury de Nitheroy, filha legitima de Eloy
Francisco da Silva, e de D. Maria de Almeida Carvalho, tambem na turaes do Rio
de Janeiro: neta por parte materna de João de Almeida Carvalho, natural da
freguezia de Santa Eulalia de Chaves, bispado de Lamego, no reino de Portugal,
e de sua mulher D. Domingas Maria da Conceição, natural do Rio de Janeiro;
bisneta de An tonio de Almeida Carvalho, e de D. Maria Mendes; terceira neta de
Manuel de Carvalho, e de D. Domingas de Almeida; quarta neta de D. Luiza de
Carvalho; quinta neta de D. Maria de Carvalho; sexta neta de D. Isabel Carvalho
da Assumpção; setima neta de Antonio Fernandes, e de D. Isabel Carvalho; oitava
neta de João Carvalho, e de D. Anna Mendes Vasconcellos,
e tambem de Manuel Gomes Leite do Pascal, e de D. Maria Mendes Solteira; nona
neta de Alvaro de Carvalho; decima neta de Ruy Carvalho, que foi fidalgo muito
hon rado d'esta geração dos Carvalhos. • Lisonja com as armas dos Carvalhos, em
campo azul. uma estrella de ouro, entre uma quaderna de crescentes de prata.
Elmo de ferro aberto guarnecido de ouro. Paquife das côres e metaes das armas.
Timbre um cysne de prata com uma estrella de ouro no peito. — Br. p. em 6 de
julho de 1867. Reg, no Cart. da N., liv. vi, fl. 80. (Conf.—L. A. Boulanger.) 1
121. ZozIMo BARRoso, bacharel em sciencias
physicas e mathematicas pela escola | central do Rio de Janeiro, fidalgo
cavalleiro da casa imperial, engenheiro civil, filho legi * timo de Francisco
Fidelis Barroso, coronel reformado da guarda nacional da capital da | provincia
do Ceará, e de D. Anna Candida Ribeiro
Barroso; neto, pela parte paterna, de + José Fidelis Barroso de Mello,
tenente-coronel e cavaleiro professo da ordem de Christo; \ bisneto de Antonio
Gonçalves Barroso e de D. Maria de Albuquerque; terceiro neto de Manuel de
Mello e Albuquerque e de sua mulher D. Anna Clara Cavalcanti; quarto nel0 de
Sebastião Pereira de Mello, e de D. Maria Tavares; tambem quarto neto do
capitão-mór Antonio Feijó de Mello, cavalleiro da ordem de Christo, que serviu
na guerra contra os hollandezes, e de D. Laura Cavalcanti; quinto neto de
Sebastião Guimarães, e de D. Luiza de Mello Albuquerque, e tambem quinto neto
de João Soares Cavalcanti, cavaleiro da ordem de Christo, e de D. Calharina de
Albuquerque; sexto neto de Baptista Guimarães, e tambem de Antonio Pereira da
Cunha e D. Isabel. Escudo esquartelado: no primeiro quartel as armas dos
Barrosos, que são em camp0 vermelho cinco leões de prata rompentes, postos em
aspa, cada um carregado de duas faxas enxadrezadas de purpura e ouro, uma pelo
pescoço e outra pela barriga; no se gundo quartel as armas dos Mellos, que são
em campo vermelho seis besantes de prata entre uma dobre cruz e uma bordadura
de ouro; no terceiro quartel as armas dos Albu querques, que são esquarteladas;
no primeiro as armas de Portugal, com seu filete em > contrabanda; no
segundo, em campo sanguinho cinco flôres de liz de ouro em aspa, e - - assim os
contrarios. Elmo de prata aberto, guarnecido de ouro, Paquife dos metaes e cô •
res das armas. Timbre, um dos leões das armas dos Barrosos; e por diferença uma
brica de ouro com um Z de sable. — Br. p. em 18 de março de 1867. Reg, no Cart.
da N., liv. VI, fl. 75. (Conf.--L. A. Boulanger.)
º A Abreu. A Imparo.............. (Barão do)..... • • • • • • • • • • Manuel Gomes de Carvalho. Antonina ............ (Dito de)................. João da Silva Machado. Ariró ................ . (Dito de)............. .... Henrique José da Silva. Barra-Mansa........ (Dito com grandeza de).... João Gomes de Carvalho. Bella Vista.......... (Barão da) ............... José de Aguiar Toledo. Bemfica.............. (Dito de)............... ... Antonio José de Castro. Bemposta ........... (Dito de)................. Ignacio Barbosa dos Santos Werneck. Cambalay. ........... (Dito de)................. Antonio Martins da Cruz Jobim. Campo-Alegre ...... (Dito de)................. Joaquim de Souza Leão. Campo-Verde ....... (Dito de). . . . . . . . . . . . . . . . . Francisco Xavier de Oliveira. Carapebus .......... (Dito de)................. Joaquim Pinto Netto dos Reis. Cateí .................. (Dito de)................. Fructuoso Pinto da Costa. Cruzamgy ............. (Dito de)................. Felisberto Ignacio de Oliveira. Diamantimo......... (Dito de)................. Antonio Cerqueira Caldas. Fonseca ............. (Dito de)................. João de Figueiredo Pereira de Barros. Goyama ........... ... (Dito de)............ . . . . . João Joaquim da Cunha Rego Barros. Gravatahy........... (Baroneza de) ........... D. Maria Emilia da Silva Pereira. Herval ............... (Marquez do)............. Manuel Luiz Osorio. MPiabas .............. (Barão com grandeza de)... Peregrino José de Americo Pinheiro. Itabapoana ......... (Barão de) .............. . Luiz Antonio de Siqueira. Jacuipe.............. (Dito de)................. Luiz Francisco Gonçalves Junqueira. Jaraguá ............. (Dito de).............. ... José Antonio de Mendonça. Laguna .............. (Dito de)....... • • • • • • • • ... Jesuino Lamego Costa. Lorena............... (Dito com grandeza de).... Estevão Ribeiro de Rezende. Mamanguape ....... (Barão de) ............... Flavio Clementino da Silva Freire. Marau................ (Dito de)................. José Teixeira de Vasconcellos. Maroim ....... • • • • • • • (Barão com grandeza de)... João Gomes de Mello. Mauá ................. (Barão de) ............... Ireneu Evangelista de Sousa. Mecejana............ (Dito de)................. Antonio Candido Antunes de Oliveira. Melgaço.............. (Barão com grandeza de).. Augusto Leverger. Merity................ (Barão com grandeza de)"... Manuel Lopes Pereira Bahia. Mont'Alegre......... (Marquez de)............. José da Costa Carvalho. Morenos ............. (Barão de) ............... Antonio de Sousa Leão. Muria Iné ........... ... (Barão com grandeza de) ... Manuel Pinto Netto Cruz. Nazareth............. (Barão de)............... Silvino Guilherme de Barros. Nºva-Friburgo..... (Dito de)..... … - - - - - - - - - - Antonio Clemente Pinto. Ouricury...... ….…. (Dito de)................. Manuel Ignacio de Oliveira. Para hyba (Barão com grandeza da) . . João Gomes Ribeiro de Avellar, (Marquez de) Honorio Hermeto Carneiro Leão, Passagens (Barão com grandeza da)... Delfim Carlos de Carvalho. Paty do AITeres (Barão com grandeza do) . . Francisco Peixoto de Lacerda Werneck ********** . . . . . . . . . . ... (Visconde com grandeza de) José Antouio Correa da Camara, (Barão de) ............... Manuel Nunes da Cunha. *********-******Z, , , , , . . . . . (Barão de) Candido José de Campos Ferraz, *#0-Era+co.......... (Visconde com grandeza do) José Maria da Silva Paranhos. Rio-Negro............ (Barão do) Manuel Gomes de Carvalho. ********* ##*-********* . . . . . . . . . . ... (Viscondessa com grandeza) D. Maria das Dôres de Carvalho Guimarães, Jacinto Alves Barbosa. . Francisco Mariano de Viveiros Sobrinho, Antonio Clemente Pinto, s. Fidelis........ ..... (Dito de)............... . Antonio Joaquim da Silva Pinto. S. Gonça Io (Barão com grandeza de) . . Belarmino Ricardo de Siqueira. s. João da Barra... (Barão com grandeza de) .. José Alves Rangel. João do Principe (Barão com grandeza de)... Ananias de Oliveira e Sousa. (Barão de) José Gomes de Oliveira Lima. Saquarenna (Barão com grandeza de) .. José Pereira dos Santos, S#Iveiras (Barão de) ....... • • • • • • • • Antonio Tertuliano dos Santos, S•+e+i+a+Ie (Barão da) José Pereira Vianna. Taya 15mga (Dito de) Domingos Francisco de Sousa Leão, Trium PIao (Barão com grandeza do) .. José Joaquim de Andrade Neves. Valença (Conde de) ............. ... Estevão Ribeiro de Rezende, Vargem-Alegre...... (Barão com grandeza de)... Mathias Gonçalves de Oliveira Roxo, \#\Joaquim José Gomes da Silva. S, CIemente
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